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MARCOS VARGAS VALENTIN
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS ESCOLARES
Dissertação apresentada à Faculdade de Arquitetura
e Urbanismo da Universidade de São Paulo para
obtenção do título de Mestre em Arquitetura.
Orientador: Dra. Rosaria Ono
São Paulo
2008
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ii
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE
TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO,
PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.
Valentin, Marcos Vargas
Saídas de emergência em edifícios escolares / Marcos Vargas
Valentin –
São Paulo, 2008.
362 p.
Dissertação (Mestrado) – Área de Concentração: Tecnologia
Orientadora: Dra. Rosaria Ono
1.Escolas (Arquitetura) São Paulo 2. Instalações prediais contra
incêndio
I. Ono, Rosaria, orient. II. Título
CDD 628.92
Serviço de Biblioteca e Informação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP
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iii
AGRADECIMENTOS
Durante esta trajetória contei com o apoio, o auxílio e a amizade de diversas
pessoas, sem as quais este trabalho teria sido muito mais difícil.
Sou imensamente grato à minha orientadora, a Professora Dra. Rosaria Ono, por
todas as oportunidades que ela me ofereceu e por compartilhar comigo seus
conhecimentos, experiência e por estar sempre disposta a me ajudar e a me orientar
em todos os momentos desta trajetória. Devo a ela todo o meu respeito e carinho.
Ao meu pai, minha mãe e ao meu irmão, pelo amor incondicional e pelo apoio que
sempre me deram, inclusive durante a época difícil da graduação.
À Erika, minha querida esposa, pela compreensão e paciência.
À minha querida filha Sofia, por ter tentado compreender que o papai precisava
estudar e não podia brincar na hora que ela queria.
Ao Antonio Alfonso Gill, que conheci logo no início do mestrado e que hoje considero
um grande amigo.
Sou grato ainda ao amigo Paulo Corrêa, que me acompanhou desde o início do
mestrado com aulas de inglês e, por fim, de português.
Ao Instituto Brasileiro de Siderurgia / Centro Brasileiro da Construção em Aço que
permitiu a aquisição da licença de uso do buildingExodus para o desenvolvimento
dos estudos na Universidade de São Paulo.
Aos amigos da FAU-USP, do IPT, da POLI-USP, da PMSP, do Corpo de Bombeiros
de São Paulo e a todos aqueles que, de alguma maneira, contribuíram para o
desenvolvimento desse trabalho. Meu muito obrigado.
iv
RESUMO
A segurança contra incêndios ainda é um tema incipiente no Brasil. Em São Paulo a
primeira legislação data de 1983, sendo conseqüência das tragédias ocorridas nos
anos de 1970, como a do Edifício Andraus, em 1972, e a do Edifício Joelma em
1975.
Este trabalho procura discorrer sobre o projeto de saídas de emergência dos
edifícios escolares construídos pelo Estado de São Paulo e em especial, os mais
contemporâneos, que estão elevando seu gabarito de altura e concentrando sua
população.
Inicialmente fez-se uma abordagem histórica e procurou-se examinar as principais
características tipológicas das escolas produzidas pelo Estado de São Paulo e, em
seguida, um levantamento das legislações edilícias produzidas pelo Município e pelo
Estado de São Paulo, sempre com foco na segurança contra incêndio e, em
especial, nas saídas de emergência.
Em seguida, procurou-se compreender o conceito de desempenho, os principais
modelos matemáticos utilizados na segurança contra incêndios e as variáveis que
podem influenciar um processo de abandono, tais como: a velocidade das pessoas,
o tempo de resposta ao alarme e o comportamento humano em situações de
incêndio.
Por fim, algumas simulações de abandono por computador para quatro escolas
foram realizadas, utilizando o modelo matemático denominado buildingExodus, com
o objetivo de avaliar as saídas de emergência e contribuir para o aprofundamento e
a divulgação do conhecimento sobre o assunto.
Palavras chave: Escolas (arquitetura), instalações prediais contra incêndios e saídas
de emergência.
v
ABSTRACT
Fire safety is still an incipient subject in Brazil. In São Paulo, the first piece of
legislation dates back to 1983, being a consequence of the tragedies that occurred in
the 1970s, such as the one in the Andraus Building in 1972 and the one in the
Joelma Building in 1975.
This work aims at discoursing on the design of the emergency exits of the school
buildings that have been constructed by the State of São Paulo, especially the design
of the most contemporary structures, which have been increasing in height and
concentrating their population.
Initially, a historical perspective is presented, followed by an examination of the
principal characteristics of the schools that the State of São Paulo has built and by a
study of the building regulations that the City and the State of São Paulo have
created, always focusing on fire safety and, especially, on emergency exits.
After that, this work tries to understand the performance-based concept, the principal
mathematical models utilized in fire safety and the factors that may influence an
evacuation process, such as: people’s travel speeds, the time delay to start
evacuating on hearing a fire alarm, and the human behavior in fire situations.
Finally, some computer-based evacuation simulations in four schools were done,
utilizing the mathematical model called buildingExodus, in order to evaluate the
emergency exits and to contribute to the further understanding and dissemination of
the subject.
Key-words: (architecture) schools, fire safety and emergency exits in enclosed
premises.
vi
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 17
1.1. O
BJETIVO PRINCIPAL __________________________________________________ 20
1.1.1. Objetivos Específicos______________________________________________ 21
1.1.2. Justificativa _____________________________________________________ 21
2. ANÁLISE DAS EDIFICAÇÕES ESCOLARES COM DOIS OU MAIS PAVIMENTOS
PRODUZIDAS PELO ESTADO DE SÃO PAULO: ÊNFASE NAS SAÍDAS DE
EMERGÊNCIA 25
2.1. M
ETODOLOGIA DE TRABALHO ___________________________________________ 25
2.2. B
REVE HISTÓRICO ____________________________________________________ 26
2.2.1. A escola no Brasil até o período Republicano___________________________ 26
2.2.2. A revolução industrial brasileira______________________________________ 28
2.3. C
ONSIDERAÇÕES SOBRE A TIPOLOGIA ARQUITETÔNICA DE EDIFÍCIOS NO ESTADO DE SÃO
PAULO ___________________________________________________________ 31
2.3.1. Período Republicano: Primeira República até os anos de 1920. ____________ 31
2.3.2. Comissão de Prédios Escolares – 1934 a 1937 _________________________ 34
2.3.3. O Convênio Escolar: 1949 a 1954____________________________________ 39
2.3.4. Governo Carvalho Pinto - FECE - 1959 a 1974__________________________ 41
2.3.5. Criação da CONESP - 1975 a 1987 __________________________________ 44
2.3.6. A FDE - Fundação para o Desenvolvimento da Educação _________________ 47
2.4. A
NÁLISE DAS EDIFICAÇÕES POR PERÍODO___________________________________ 50
2.4.1. Período Republicano: As três primeiras décadas ________________________ 50
2.4.2. Comissão de Prédios Escolares – 1934 a 1937 _________________________ 55
2.4.3. Convênio Escolar – 1949 a 1954_____________________________________ 60
2.4.4. Governo Carvalho Pinto - FECE - 1959 a 1974__________________________ 65
2.4.5. Companhia de Construções Escolares de São Paulo - CONESP - 1975 a 1987 70
2.4.6. Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE - 1987_____________ 75
3. EVOLUÇÃO DAS LEGISLAÇÕES EDILÍCIAS QUE CONTEMPLARAM A QUESTÃO DA
SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS NO ESTADO E MUNICÍPIO DE SÃO PAULO 89
3.1. L
EVANTAMENTO DAS LEGISLAÇÕES EDILÍCIAS. PRIMEIRA PARTE: DE 1886 ATÉ 1955 ___ 90
vii
3.1.1. Código de Posturas do Município de São Paulo de 1886 __________________ 90
3.1.2. O Código Arthur Saboya de 1929 ____________________________________ 93
3.1.3. Lei Nº 4.615 de 13 de janeiro de 1955 ________________________________ 97
3.2. L
EVANTAMENTO DAS LEGISLAÇÕES EDILÍCIAS. SEGUNDA PARTE: DE 1956 ATÉ OS DIAS
ATUAIS
__________________________________________________________ 100
3.2.1. Lei Municipal N° 8.266 de 20 de junho de 1975 ________________________ 101
3.2.2. Decreto Estadual N° 20.811 de 11 de março de 1983 ___________________ 111
3.2.3. Decreto Estadual N° 38.069 de 14 de dezembro de 1993 ________________ 113
3.2.4. Lei Municipal N° 11.228 de 25 de junho de 1992 e o Decreto Municipal N° 32.329
de 23 de setembro de 1992. _______________________________________ 116
3.2.5. Decreto Estadual N° 46.076 de 31.08.2001 ___________________________ 127
4. O CÓDIGO BASEADO EM DESEMPENHO E OS MODELOS MATEMÁTICOS
UTILIZADOS NA ENGENHARIA DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO 151
4.1. A
BORDAGEM HISTÓRICA ______________________________________________ 152
4.2. O
CONCEITO DE DESEMPENHO _________________________________________ 155
4.2.1. Projeto Baseado em Desempenho __________________________________ 159
4.3. M
ODELOS MATEMÁTICOS PARA SIMULAÇÃO DE INCÊNDIO E ABANDONO ___________ 160
4.3.1. Modelos de zona ________________________________________________ 162
4.3.2. Modelos de campo ______________________________________________ 164
4.3.3. Modelos para detecção de incêndio _________________________________ 165
4.3.4. Modelos de abandono ____________________________________________ 166
4.3.5. Modelos para Simulação do Comportamento das Estruturas Submetidas ao
Incêndio _______________________________________________________ 172
5. MOVIMENTO E COMPORTAMENTO HUMANO EM SITUAÇÕES DE INCÊNDIO 177
5.1. I
NTRODUÇÃO _______________________________________________________ 177
5.2. A
SPECTOS CINEMÁTICOS DO MOVIMENTO DAS PESSOAS _______________________ 178
5.2.1. Pesquisas realizadas no Reino Unido ________________________________ 182
5.2.2. Pesquisas realizadas na União Soviética _____________________________ 183
5.2.3. Pesquisas realizadas no Japão _____________________________________ 188
5.2.4. Modelos empíricos de Jake Pauls ___________________________________ 189
5.2.5. Modelos empíricos de John J. Fruin _________________________________ 192
5.3. T
EMPO TOTAL DE ABANDONO ___________________________________________ 197
5.4. C
OMPORTAMENTOS ADAPTATIVOS E NÃO ADAPTATIVOS _______________________ 200
viii
5.5. EFEITO DO SISTEMA DE ALARME NO PROCEDIMENTO DE ABANDONO ______________ 207
5.6. P
ERCEPÇÃO DAS CRIANÇAS EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO _______________________ 209
6. DESCRIÇÃO E ANÁLISE ESPACIAL DOS EDIFÍCIOS ESCOLARES 217
6.1. C
RITÉRIOS ADOTADOS PARA SELEÇÃO DOS EDIFÍCIOS_________________________ 217
6.2. C
ARACTERÍSTICAS DOS EDIFÍCIOS _______________________________________ 218
6.2.1. Estudo 1_______________________________________________________ 218
6.2.2. Estudo 2_______________________________________________________ 222
6.2.3. Estudo 3_______________________________________________________ 226
6.2.4. Estudo 4_______________________________________________________ 230
7. SIMULAÇÕES 235
7.1. A
POPULAÇÃO ______________________________________________________ 236
7.2. O
S CENÁRIOS E AS SIMULAÇÕES ________________________________________ 239
7.3. E
STUDO 1 _________________________________________________________ 242
7.3.1. Análise dos Resultados do Estudo 1 _________________________________ 242
7.4. E
STUDO 2 _________________________________________________________ 252
7.4.1. Análise dos Resultados do Estudo 2 _________________________________ 253
7.5. E
STUDO 3 _________________________________________________________ 262
7.5.1. Análise dos Resultados do Estudo 3. ________________________________ 264
7.6. E
STUDO 4 _________________________________________________________ 272
7.6.1. Análise dos Resultados do Estudo 4 _________________________________ 273
7.7. S
UMÁRIO DAS ANÁLISES DOS RESULTADOS_________________________________ 282
8. CONCLUSÕES 264
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 291
ANEXO A 305
ANEXO B 313
ix
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1: Grupo Escolar de Pindamonhangaba. _______________________________ 33
Figura 2.2: EEPSG Rodrigues Alves. _________________________________________ 34
Figura 2.3: Órgãos responsáveis pela construção das escolas públicas do Estado de São
Paulo.__________________________________________________________________ 48
Figura 2.4: Escola Estadual de Primeiro Grau Marechal Floriano. ___________________ 52
Figura 2.5: Escola Estadual de Primeiro Grau Dr. Cardoso de Almeida. ______________ 53
Figura 2.6: Grupo Escolar de Santos. _________________________________________ 54
Figura 2.7: Grupo Escolar do Sacomã. ________________________________________ 57
Figura 2.8: Grupo Escolar Visconde Congonhas do Campo – Pavimento térreo e primeiro
pavimento. ______________________________________________________________ 58
Figura 2.9: Grupo Escolar Visconde Congonhas do Campo – Segundo pavimento. _____ 59
Figura 2.10: Ginásio Santo Amaro – Planta do pavimento térreo. ___________________ 62
Figura 2.11: Ginásio Santo Amaro – Plantas do primeiro e segundo pavimento, cortes e
fachadas. _______________________________________________________________ 63
Figura 2.12: Grupo Escolar Portugal. _________________________________________ 64
Figura 2.13: Centro Educacional de Jaú. ______________________________________ 67
Figura 2.14: Grupo Escolar de São Bernardo do Campo – Plantas.__________________ 68
Figura 2.15: Grupo Escolar de São Bernardo do Campo – Cortes e Fachadas. ________ 69
Figura 2.16: Escola Estadual de Primeiro Grau Jardim Marica – Plantas. _____________ 71
Figura 2.17: Escola Estadual de Primeiro Grau Jardim Marica – Corte e Fachada. ______ 72
Figura 2.18 :Escola Estadual de Primeiro Grau Jardim Alpino – Plantas.______________ 73
Figura 2.19: Escola Estadual de Primeiro Grau Jardim Alpino – Corte e Fachadas. _____ 74
Figura 2.20: Escola Estadual de Primeiro Grau Bandeirantes - Plantas do pav. térreo e
primeiro andar.___________________________________________________________ 77
Figura 2.21: Escola Estadual de Primeiro Grau Bandeirantes - Planta do segundo andar,
cortes e fachadas. ________________________________________________________ 78
Figura 2.22: Escola Estadual de Primeiro Grau Galo Branco - Plantas _______________ 79
Figura 2.23: Escola Estadual de Primeiro Grau Galo Branco – Corte e fachadas._______ 80
Figura 2.24: Escola Padrão FDE. ____________________________________________ 81
Figura 2.25: Escola Padrão FDE – Corte e elevações.____________________________ 82
Figura 2.26: Escola Estadual Jardim Dom Angélico ll – Plantas. ____________________ 83
Figura 2.27: Escola Estadual Jardim Dom Angélico ll – Corte. ______________________ 84
x
Figura 2.28: Escola Estadual Antonio Prado Jr. - Plantas. _________________________ 85
Figura 2.29: Escola Estadual Antonio Prado Jr. – Cortes. _________________________ 86
Figura 4.1: Processo evolutivo do sistema baseado em desempenho. ______________ 154
Figura 4.2: Caracterização geral do conceito do sistema de desempenho. ___________ 159
Figura 4.3: Esquema geral da concepção do processo de PBD. ___________________ 160
Figura 4.4: Classificação dos Modelos de Abandono.____________________________ 170
Figura 5.1: Variação do fluxo específico de evacuação em função da densidade de
ocupação. _____________________________________________________________ 181
Figura 5.2: Variação da velocidade em função da densidade. _____________________ 181
Figura 5.3: Medida da largura efetiva da escada em relação às paredes e corrimãos. __ 190
Figura 5.4: Fluxo de pessoas em escadas no fluxo descendente. __________________ 191
Figura 5.5: Representação gráfica do nível de serviço para pessoas paradas ou em filas. 197
Figura 5.6: Linha do tempo de um caso de incêndio. ____________________________ 199
Figura 5.7: Modelo de sistema heurístico do comportamento humano em incidentes de
incêndio. ______________________________________________________________ 207
Figura 5.8: Resultado das rotas de escape desenhadas pelos alunos da 6º série. _____ 213
Figura 5.9: Resultado da questão relacionada ao fenômeno de propagação da fumaça. 213
Figura 6.1: Estudo de caso 1 – Plantas. ______________________________________ 219
Figura 6.2: Estudo de caso 1 – Corte Transversal. ______________________________ 220
Figura 6.3: Estudo de caso 1 – Perspectiva.___________________________________ 220
Figura 6.4: Estudo de caso 2. – Perspectiva. __________________________________ 222
Figura 6.5: Estudo de caso 2 – Plantas. ______________________________________ 223
Figura 6.6: Estudo caso 2 – Cortes. _________________________________________ 224
Figura 6.7: Estudo de caso 3 – Vista frontal.___________________________________ 226
Figura 6.8: Estudo de caso 3 – Plantas. ______________________________________ 227
Figura 6.9: Estudo de caso 3 – Corte Transversal. ______________________________ 228
Figura 6.10: Escola Estadual Jardim Hold – Perspectiva._________________________ 230
Figura 6.11: Escola Estadual Jardim Hold – Plantas. ____________________________ 231
Figura 7.1: Imagem do segundo pavimento extraída após 1,19s do início da simulação
demonstrando as pessoas aguardando sua vez para entrar na escada – Estudo 1. ____ 243
Figura 7.2: Simulação 1 do Estudo 1 – Geometria preenchida com os nós (em verde). _ 250
Figura 7.3: Vista parcial da geometria com o mobiliário e a população – Estudo 1._____ 251
Figura 7.4: Imagem do pavimento térreo extraída durante a simulação mostrando as
pessoas saindo das escadas e se dirigindo para saída principal – Estudo 1.__________ 251
Figura 7.5: Representação da escada e suas ligações – Estudo 1. _________________ 251
xi
Figura 7.6: Posicionamento das pessoas dentro das salas e localização das escadas
existentes – Estudo 2. ____________________________________________________ 253
Figura 7.7: Aglomeração de pessoas junto à escada – Estudo 2. __________________ 254
Figura 7.8:Imagem da Simulação 3 do Estudo 2 com a nova escada. _______________ 256
Figura 7.9: Disposição das Saídas de descarga 1 e 4 – Pav. térreo do Estudo 2. ______ 257
Figura 7.10: Disposição das Saídas de descarga 2 e 3 – Pavimento Térreo superior do
Estudo 2. ______________________________________________________________ 257
Figura 7.11: Aglomeração de pessoas junto às escadas._________________________ 258
Figura 7.12: Disposição da Saída de descarga 1 do Estudo 3 – Pav. térreo inferior.____ 263
Figura 7.13: Disposição da saída de descarga 2 do Estudo 3 – Pav. Térreo superior. __ 263
Figura 7.14: Geometria original com as pessoas dentro das salas – Estudo 3. ________ 264
Figura 7.15: Ocupantes se direcionando para Saída de descarga 1. ________________ 265
Figura 7.16: Aglomeração de pessoas junto às escadas – Estudo 3.________________ 266
Figura 7.17: Ocupantes se direcionando para Saída 2 – Estudo 3. _________________ 268
Figura 7.18: Aglomeração de pessoas nos pavimentos superiores – Estudo 3.________ 269
Figura 7.19: Geometria original com o posicionamento da escada e rampa existente. __ 273
Figura 7.20: Imagem do terceiro pavimento extraída após 60 s do início da simulação. _ 274
Figura 7.21: Disposição da Saída 1 do Estudo 4 – Pavimento térreo. _______________ 275
Figura 7.22: Disposição das Saídas 2 e 3 do Estudo 4 – Primeiro pavimento._________ 276
Figura 7.23: Imagem da Simulação 3 do estudo 4 com a nova escada.______________ 277
Figura 7.24: Aglomeração de pessoas junto às escadas – Estudo 4.________________ 278
Figura 7.25: Saídas internas 3a e 1a (terceiro e segundo pavimento) da Simulação 4 do
Estudo 4. ______________________________________________________________ 280
xii
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1: Dados obtidos nos censos de 1920, 1940, 1950._______________________ 29
Tabela 2.2: Edifícios escolares públicos construídos no Estado de São Paulo. _________ 46
Tabela 2.3: A duração das etapas da Educação Básica: __________________________ 49
Tabela 2.4: Quantidade de contratos executados pelo FDE de 2001 a 2005 - Projetos para
obras novas, ampliações, adequações e serviços de engenharia em geral. ___________ 49
Tabela 3.1: Classificação dos materiais de acabamento. _________________________ 109
Tabela 3.2: Tabela para o cálculo da lotação:__________________________________ 119
Tabela 3.3: Valores de K para Prestação de serviços de educação. ________________ 120
Tabela 3.4: Distâncias máximas a serem percorridas em metros. __________________ 121
Tabela 3.5: Classificação dos revestimentos de paredes e pisos. __________________ 122
Tabela 3.6: Índices para o cálculo de espaços de circulação existente.______________ 126
Tabela 3.7: Classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação –Tabela 1 do
Anexo do Decreto (parcial).________________________________________________ 129
Tabela 3.8: Classificação das edificações quanto à altura – Tabela 2 do Anexo do Decreto
(parcial)._______________________________________________________________ 129
Tabela 3.9: Classificação das edificações e áreas de risco quanto à carga incêndio – Tabela
3 do Anexo do Decreto.___________________________________________________ 130
Tabela 3.10: Edificações do grupo e com área superior a 750 m² ou altura superior a 12,00
m – Tabela 6E do Anexo do Decreto. ________________________________________ 130
Tabela 3.11: Instruções Técnicas a serem atendidas para edifícios educacionais______ 131
Tabela 3.12: Via de acesso e faixa de estacionamento __________________________ 132
Tabela 3.13: Classificação dos materiais de acabamento – Tab. B do Anexo B (parcial). 134
Tabela 3.14: Classificação dos materiais conforme a velocidade de propagação de chama e
emissão de fumaça.______________________________________________________ 134
Tabela 3.15: Tabela 4 da IT (parcial) - Dados para o dimensionamento das saídas de
emergência para E-1. ____________________________________________________ 135
Tabela 3.16: Tabela 5 da IT - Distância máximas a serem percorridas. ______________ 136
Tabela 3.17: Tabela 6 da IT (parcial) - Número mínimo de saídas e tipos de escadas de
emergência para edifícios E-1 com área do pavimento 750 m². __________________ 137
Tabela 3.18: Tabela 6 da IT (parcial) - Número mínimo de saídas e tipos de escadas de
emergência para edifícios E-1 com área do pavimento > 750 m². __________________ 137
Tabela 3.19: Exigências para escadas enclausuradas protegidas (EP). _____________ 139
xiii
Tabela 3.20: Exigências para escadas enclausuradas à prova de fumaça (PF). _______ 139
Tabela 3.21: Exigências para antecâmaras de ingresso nas escadas enclausuradas. __ 139
Tabela 3.22: Porcentual de cálculo para composição da brigada de incêndio – Anexo A
desta IT (parcial).________________________________________________________ 140
Tabela 3.23: Tipos de sistemas de proteção por hidrante – Tabela 2 desta IT. ________ 145
Tabela 3.24 - Tipo de sistemas e volume de reserva de incêndio mínima (m³) - Tabela 3
desta IT (parcial).________________________________________________________ 146
Tabela 4.1: Modelos de zona para compartimentos._____________________________ 163
Tabela 4.2: Modelos de campo. ____________________________________________ 165
Tabela 4.3: Modelos para detecção de incêndio. _______________________________ 166
Tabela 4.4: Modelos de abandono. __________________________________________ 167
Tabela 4.5: Modelos de Movimento. _________________________________________ 167
Tabela 4.6: Modelos de Comportamento Parcial. _______________________________ 168
Tabela 4.7: Modelos Comportamentais. ______________________________________ 168
Tabela 4.8: Modelos para simul. do comportamento da estrutura submetidas ao incêndio.173
Tabela 5.1: Fluxo específico para movimento em condições normais._______________ 178
Tabela 5.2: Valores de K para diferentes densidades. ___________________________ 184
Tabela 5.3: Valores do coeficiente de condições de movimento. ___________________ 187
Tabela 5.4: Expressões de velocidade em circulações horizontais. _________________ 187
Tabela 5.5: Expressões de velocidade para escadas em fluxo descendente. _________ 187
Tabela 5.6 Expressões de velocidade para escadas em fluxo ascendente.___________ 187
Tabela 5.7: Expressões de velocidade através de vãos. _________________________ 187
Tabela 5.8: Níveis de serviço para circulação horizontal. _________________________ 194
Tabela 5.9: Níveis de serviço para pessoas paradas ou em filas. __________________ 195
Tabela 5.10: Níveis de serviço para pessoas escadas. __________________________ 196
Tabela 5.11: Como ficou sabendo que algo extraordinário tinha ocorrido no WTC._____ 201
Tabela 5.12: Motivos que provocaram a reentrada de ocupantes no incêndio do ______ 203
Tabela 5.13: Crianças mortas e feridas no ano de 2001. _________________________ 211
Tabela 5.14: Causas que lideram os ferimentos de incêndio em crianças no ano de 2001 em
porcentagem.___________________________________________________________ 211
Tabela 5.15: Causas que lideram as mortes de crianças em incêndios no ano de 2001 em
porcentagem.___________________________________________________________ 212
Tabela 6.1: Características do edifício – Escola Estadual Jardim Santa Emília. _______ 221
Tabela 6.2: Percursos máximos para corredores sem saída ao seu final. ____________ 224
Tabela 6.3: Características do edifício – Escola Estadual Antonio Prado Jr. __________ 225
xiv
Tabela 6.4: Características do edifício – Escola Estadual Palanque. ________________ 229
Tabela 6.5: Características do edifício – Escola Estadual Jardim Hold. ______________ 233
Tabela 7.1: Escola Estadual Jd. Santa Emília – População total e porcentagem de
funcionários. ___________________________________________________________ 237
Tabela 7.2: Escola Estadual Antônio Prado Jr. – População total e porcentagem de
funcionários. ___________________________________________________________ 237
Tabela 7.3: Escola Estadual Jd. Palanque – População total e porcent. de funcionários. 237
Tabela 7.4: Escola Estadual Jd. Hold – População total e porcentagem de funcionários. 237
Tabela 7.5: Atributos default gerados randomicamente pelo buildingExodus e utilizados nas
simulações para população de adultos. ______________________________________ 238
Tabela 7.6: Velocidade de caminhamento em escadas (derivadas de Fruin, (1971) e
utilizados nas simulações para população de adultos). __________________________ 238
Tabela 7.7: Input para as Simulações 1, 2, 3 e 4. _______________________________ 242
Tabela 7.8: Resultado das simulações 1 e 2 do Estudo 1. ________________________ 243
Tabela 7.9: Resultados da Simulação 1 do Estudo 1 – por pavimento e saída interna. __ 244
Tabela 7.10: Resultados da Simulação 2 do Estudo 1 – por pavimento e saída interna. _ 244
Tabela 7.11: Resultado da simulação 3 do Estudo 1. ____________________________ 246
Tabela 7.12: Resultados da Simulação 3 do Estudo 1 – por pavimento e saída interna. _ 246
Tabela 7.13: Resultado da simulação 4 do Estudo 1. ____________________________ 248
Tabela 7.14: Inputs para as Simulações 1, 2,3 e 4. _____________________________ 252
Tabela 7.15: Resultado das simulações 1 e 2 do Estudo 2. _______________________ 254
Tabela 7.16: Resultados da Simulação 1 do Estudo 2 – por pavimento e saída interna. _ 255
Tabela 7.17: Resultados da Simulação 2 – por pavimento e saída interna. ___________ 255
Tabela 7.18: Resultado das simulações 3 e 4. _________________________________ 258
Tabela 7.19: Resultados da Simulação 3 – por pavimento e saída interna. ___________ 259
Tabela 7.20: Resultados da Simulação 4 – por pavimento e saída interna ___________ 259
Tabela 7.21: Inputs para as Simulações 1e 2 e 3. ______________________________ 262
Tabela 7.22: Resultado das Simulações 1 e 2 do Estudo 3._______________________ 265
Tabela 7.23: Resultados da Simulação 1 do Estudo 3 – por pavimento e saída interna. _ 266
Tabela 7.24: Resultados da Simulação 2 do Estudo 3 – por pavimento e saída interna. _ 267
Tabela 7.25: Resultado da simulação 3 do Estudo 3. ____________________________ 269
Tabela 7.26: Resultados da Simulação 3 do Estudo 3 – por pavimento e saída interna. _ 269
Tabela 7.27: Inputs para as Simulações 1, 2, 3 e 4 do estudo 4. ___________________ 272
Tabela 7.28: Resultado das simulações 1 e 2 do Estudo 4. _______________________ 274
Tabela 7.29: Resultados da Simulação 1 do Estudo 4 – por pavimento e saída interna. _ 275
xv
Tabela 7.30: Resultados da Simulação 2 do Estudo 4 – por pavimento. _____________ 275
Tabela 7.31: Resultado das simulações 3 e 4 do Estudo 4. _______________________ 278
Tabela 7.32: Resultados da Simulação 3 do Estudo 4 – por pavimento e saída interna. _ 279
Tabela 7.33: Resultados da Simulação 4 do Estudo 4 – por pavimento e saída interna. _ 279
xvi
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1.1: Incêndios em estabelecimentos de ensino. ___________________________ 22
Gráfico 5.1: Número de alunos que saíram do edifício e seus respectivos tempos._____ 214
Gráfico 7.1: Desempenho das saídas internas nos andares – Sim. 1 do Estudo 1. _____ 245
Gráfico 7.2: Desempenho das saídas internas nos andares – Sim. 2 do Estudo 1. _____ 245
Gráfico 7.3: Desempenho das saídas internas nos andares – Sim. 3 do Estudo 1. _____ 246
Gráfico 7.4: Curvas de tempo para o abandono de toda a população – Sim. 1, 2 e 3 do
Estudo 1. ______________________________________________________________ 247
Gráfico 7.5: TCE (em segundos) para as Simulações 1, 2 e3 – Estudo 1. ____________ 247
Gráfico 7.6: Curvas de tempo de saída para a Simulação 4 do Estudo 1. ____________ 249
Gráfico 7.7: Relação entre o acréscimo de população e o TCE para Sim. 4 do Estudo 1. 250
Gráfico 7.8: Desempenho das saídas internas nos andares – Simulação 1 do Estudo 2. 255
Gráfico 7.9: Desempenho das saídas internas nos andares – Sim. 2 do Estudo 2. _____ 256
Gráfico 7.10: Desempenho das saídas internas nos andares – Sim. 3 do Estudo 2. ____ 260
Gráfico 7.11: Desempenho das saídas internas nos andares – Sim. 4 do Estudo 2. ____ 260
Gráfico 7.12: Curvas de tempo de saída para as Simulações 1, 2, 3 e 4 do Estudo 2. __ 261
Gráfico 7.13: TCE para as Simulações 1, 2, 3 e 4 do Estudo 2. ____________________ 261
Gráfico 7.14: Desempenho das saídas internas nas andares – Sim. 1 do Estudo 3. ____ 267
Gráfico 7.15: Desempenho das saídas internas nas andares – Sim. 2 do Estudo 3. ____ 267
Gráfico 7.16: Desempenho das saídas internas nas andares – Sim. 3 do Estudo 3. ____ 270
Gráfico 7.17: Curvas de tempo de saída para as Simulações 1, 2 e 3 do Estudo 3. ____ 271
Gráfico 7.18: TCE para as Simulações 1, 2 e 3 do Estudo 3. ______________________ 271
Gráfico 7.19: Desempenho das saídas internas nos andares – Sim. 1 do Estudo 4. ____ 276
Gráfico 7.20: Desempenho das saídas internas nos andares – Simulação 2 do Estudo 4. 277
Gráfico 7.21: Desempenho das saídas internas nos andares – Simulação 3 do Estudo 4. 280
Gráfico 7.22: Desempenho das saídas internas nos andares – Simulação 4 do Estudo 4. 280
Gráfico 7.23: Curvas de tempo de saída para as Simulações 1, 2, 3.e 4 do Estudo 4. __ 281
Gráfico 7.24: TCE para as Simulações 1, 2, 3 e4 do Estudo 4. ____________________ 282
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
MARCOS VARGAS VALENTIN
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM EDIFÍCIOS ESCOLARES
São Paulo
2008
17
1. INTRODUÇÃO
O incêndio é um fato indesejado e inesperado que põe em risco a vida humana e os
bens materiais. Eliminar todos os riscos seria desejável, mas infelizmente, existem
variáveis condicionadas por fatores imponderáveis de forma que uma ação global, a
fim de eliminar todos os riscos, seria impossível.
No Brasil, a segurança contra incêndio é garantida pelo atendimento a requisitos
prescritivos contidos nas normas e regulamentações. Tais requisitos estabelecem
valores e critérios freqüentemente definidos empiricamente e que nem sempre
possuem fundamentação teórica ou permitem uma inovação tecnológica.
Nos casos em que os requisitos possuem fundamentação teórica, muitas vezes essa
fundamentação deriva de normas ou regulamentações estrangeiras, as quais nem
sempre refletem a realidade brasileira.
Alguns países já adotaram em seus códigos e normas o sistema baseado em
desempenho, os quais definem de forma clara os objetivos a serem atingidos,
possibilitando-se assim várias soluções técnicas para atingir o mesmo fim, desde
que devidamente comprovadas.
Numa situação de incêndio ocorrem diversos fenômenos, em maior ou menor
intensidade, como a presença de chamas, fumaça e gases tóxicos e o aumento da
temperatura. Estes podem contribuir para provocar uma instabilidade emocional nas
pessoas, podendo assim aumentar o tempo mínimo necessário para que possam
abandonar o edifício antes que as condições tornem-se insuportáveis, colocando
assim a vida em risco.
Determinar a velocidade de deslocamento das pessoas em situações normais pode
ser uma tarefa fácil; contudo, em situações de incêndio, tal determinação torna-se
extremamente complexa devido aos vários fatores que podem interferir nesse
processo.
Os meios de circulação são projetados e construídos para proporcionar o
escoamento das pessoas tanto em situações normais quanto em situações de
emergência. Portanto, a fim de atender ao seu propósito, os mesmos devem
18
proporcionar conforto (largura mínima, degraus uniformes, desobstruções) e
segurança (corrimãos adequados, escadas protegidas, controle de materiais de
acabamento, sinalização de emergência, iluminação) aos seus usuários.
Entretanto, as instalações físicas não constituem o único fator condicionante para
que um processo de abandono seja bem sucedido. É extremamente importante que
exista uma estratégia de abandono e um gerenciamento do sistema com o objetivo
de garantir que, quando solicitado, todo o conjunto funcione.
Não são raros os casos em que o edifício possuía saídas de emergência, mas,
quando solicitadas, não foram utilizadas de modo adequado ou estavam obstruídas.
No incêndio da danceteria The Station (NIST, 2005), nos EUA, ocorrido em 2003, no
qual 100 pessoas foram levadas a óbito, a maioria delas dirigiu-se para uma única
saída, embora houvesse outras disponíveis (NICHOLSON, 2005). Já no incêndio da
discoteca Cromagnón, na Argentina, ocorrido em 2004 (ÁLVARES, 2005), a
obstrução de uma das saídas associada a outros fatores deixou um saldo de 93
mortos e 900 feridos.
Para que o abandono de uma edificação ocorra da melhor forma possível, devem
ser satisfeitas as seguintes condições (MALHOTRA, 1987):
as pessoas devem ser avisadas sobre a emergência e sobre a necessidade
de abandonar a edificação;
deve existir sinalização que oriente as pessoas, principalmente quando estas
não estiverem familiarizadas com o local;
os caminhos a serem percorridos devem estar perfeitamente visíveis
(iluminados e desobstruídos);
os caminhos devem estar dimensionados apropriadamente, de modo que não
ocorram congestionamentos;
as pessoas devem estar protegidas do calor e dos gases tóxicos decorrentes
do incêndio (por medidas de proteção como: compartimentação, barreiras
contra fumaça, limitação na distância de caminhamento, etc.).
19
A proteção contra incêndio tradicionalmente é dividida em proteção ativa e passiva.
A proteção ativa abrange os equipamentos destinados a combater ou minimizar o
incêndio e as suas conseqüências. São exemplos equipamentos como extintores
portáteis, hidrantes, chuveiros automáticos, detectores e sistemas de exaustão de
fumaça.
A proteção passiva compreende as medidas relacionadas à construção
propriamente dita, como por exemplo, a adequada resistência ao fogo da estrutura
que visa a evitar o colapso estrutural da edificação em decorrência de um incêndio e
o controle de materiais de acabamento. Do ponto de vista da garantia do escape das
pessoas, o que mais interessa são características da proteção passiva como:
compartimentação: contenção do incêndio dentro de certos limites, através de
paredes, lajes e portas resistentes ao fogo, evitando que o calor e a fumaça
se propaguem rapidamente pela edificação;
corredores protegidos: caso específico de compartimentação de rotas de fuga
horizontais que têm por objetivo garantir a proteção das pessoas durante o
abandono;
escadas protegidas: outro caso específico de compartimentação de rotas de
fuga, porém verticais. Diferentes tipos de escadas protegidas podem ser
exigidas com ou sem antecâmaras, em função do risco característico do tipo
de ocupação. Para garantir as condições de sobrevivência no interior das
escadas, evitando o acúmulo de fumaça, gases e calor, exige-se a instalação
de dutos de ventilação natural ou sistema de pressurização.
A segurança contra incêndios em edifícios passa fundamentalmente pela segurança
das pessoas, o que significa criar condições apropriadas, ou seja, a provisão de
rotas de fugas adequadas, para que possam abandonar o edifício de forma
incólume.
Com relação às rotas de fuga, Berto (1991, p. 276-277) afirma que:
A confiabilidade deste elemento deve ser necessariamente, mais elevada do
que dos outros elementos do sistema, pois na hipótese do incêndio ocorrer,
20
pondo em risco a incolumidade dos usuários do edifício, significando que
outros elementos do sistema falharam, a evacuação segura do edifício não
poderá falhar. Trata-se desta forma, do elemento mais importante e mais
diretamente associado à segurança da vida humana, em caso de incêndio.
Rompendo o paradigma das escolas com baixo gabarito de altura, alguns dos
edifícios educativos que estão sendo atualmente construídos pelo Estado de São
Paulo concentram suas instalações em um único bloco verticalizado. Esses prédios
de múltiplos pavimentos, geralmente atingindo o limite de quatro, e tendo em seu
último pavimento a quadra de esportes, podem concentrar uma grande quantidade
de pessoas justamente no andar mais distante do piso de saída.
Tal alteração tem se dado principalmente pela escassez e pelas dimensões
reduzidas dos terrenos passíveis de utilização, visto que parte dessas escolas são
construídas quando da implantação de conjuntos habitacionais ou após a invasão de
áreas inadequadas (como por exemplo: áreas de mananciais e de topografia
acidentada), fato que gera maior dificuldade para a viabilização de edificações com
baixo gabarito.
Um incêndio em uma escola pode ser devastador e suas conseqüências podem
permanecer por anos. Além das perdas materiais, há de se considerar as possíveis
perdas humanas e as conseqüências psicológicas que perdurarão nas pessoas
envolvidas no incêndio bem como em seus familiares.
1.1. Objetivo principal
Este trabalho tem por objetivo discutir os aspectos associados às saídas de
emergência em edifícios escolares, tais como a tipologia e o leiaute dos edifícios,
bem como refletir sobre algumas tendências para o futuro, como por exemplo, a
adoção de códigos baseados em desempenho, as características específicas dos
seus ocupantes e o uso de modelos matemáticos para a simulação de abandono.
Além disso, pretende-se analisar os resultados provenientes de diversas simulações
e avaliar se os projetos arquitetônicos contemporâneos estão ou não agravando o
tempo mínimo necessário para que as pessoas possam abandonar o edifício antes
21
que as condições ambientais atinjam níveis que coloque em risco a vida dos
ocupantes.
1.1.1. Objetivos Específicos
A fim de se atingir o objetivo principal, tem-se como objetivos específicos e
intermediários, compreender:
o processo evolutivo das tipologias e o leiaute das escolas de ensino
fundamental construídas pelo Estado de São Paulo, tendo-se como foco as
saídas de emergência;
o processo de transformações e desenvolvimento das legislações edilícias
que de alguma maneira abordaram a questão da segurança contra incêndio
no Estado de São Paulo;
os fatores que influenciam no processo de abandono, tais como o
comportamento humano, o conhecimento dos riscos do incêndio, o estresse,
a percepção espacial, a capacidade de tomada de decisão e o treinamento;
os principais aspectos do projeto baseado em desempenho e as principais
diferenças em relação aos métodos prescritivos;
os modelos matemáticos para a simulação de abandono e em quais
circunstâncias eles são utilizados;
1.1.2. Justificativa
Segundo dados levantados no guia publicado pelo governo britânico (HER
MAJESTY’S GOVERNMENT, 2000), mais do que 2000 incêndios ocorrem em
edifícios escolares por ano no Reino Unido, e o custo desses incêndios ultrapassa
50 milhões de libras. Nos EUA, uma média de 14.300 incêndios ocorrem em
instalações educacionais para crianças (públicas, privadas e paroquiais), com
perdas materiais de 103,6 milhões de dólares (FEMA, 2004). Infelizmente, no Brasil,
ainda não existe um banco de dados estatísticos que contenham informações desta
22
natureza e, sendo assim, não se sabe com exatidão quantos incêndios ocorrem em
instalações educacionais no âmbito nacional.
O Gráfico 1.1, extraído do Anuário Estatístico do Corpo de Bombeiro do Estado de
São Paulo demonstra que os incêndios em estabelecimentos educacionais têm
aumentado a cada ano neste estado.
ESTABELECIMENTOS DE ENSINO
75
93
79
90
54
71
104
223 223
246
252
182
240
275
298
316
325
342
236
311
379
-
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
2.000 2.001 2.002 2.003 2.004 2.005 2.006
ANOS
Atendimentos/Ocorrências
CAPITAL INTERIOR ESTADO
Gráfico 1.1: Incêndios em estabelecimentos de ensino.
Fonte: Anuário Estatístico do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo (2000-2006).
Entretanto, acredita-se que esses dados não representem a realidade, visto que
apenas 20% dos municípios do Estado de São Paulo possuem unidades
operacionais do Corpo de Bombeiros. E sendo assim, é provável que uma parcela
dos incêndios que ocorre não é registrada e consequentemente não entra nas
estatísticas.
De acordo com Ono e Tatebe (2004), crianças são consideradas como pertencentes
a um grupo no qual a capacidade física, a experiência e o conhecimento são
menores, se comparadas às de um adulto, o que então torna tais crianças mais
vulneráveis em situações de emergência, como os incêndios.
O Decreto Estadual N° 46076/01 – “Regulamento de Segurança Contra Incêndios
das Edificações e Áreas de Risco do Estado de São Paulo” classifica as edificações
23
de acordo com sua ocupação, área construída e altura para que, a partir dessas
variáveis, possam se fazer as exigências de segurança contra incêndio. Entretanto,
o decreto classifica as escolas de ensino fundamental, ensino médio e ensino
superior, cursos supletivos e pré-universitários e assemelhados como pertencentes à
mesma divisão; o que significa fazer as mesmas exigências para uma escola de
ensino fundamental ou uma universidade.
Para esse grupo de edifícios pode haver uma variação etária que se estende de 6 a
24 anos, o que significa afirmar que a legislação acima citada considera que as
percepções espaciais, a velocidade de caminhamento e o processo de tomada de
decisão são os mesmos para um aluno do primeiro ano do ensino fundamental, um
estudante universitário ou uma pessoa portadora de deficiência.
Com a finalidade de garantir um abandono satisfatório, além das proteções passivas
e ativas, faz-se necessário conhecer o comportamento e o movimento das pessoas
em situações de incêndio.
É importante considerar que raramente as escolas públicas possuem equipamentos
adequados de segurança contra incêndios ou brigada de incêndios e que simulações
de abandono, bem como o ensino relacionado à segurança contra incêndio são
raramente implementados, o que faz com que as pessoas, e principalmente as
crianças, se tornem mais vulneráveis em uma situação de incêndio.
Na área de engenharia de segurança contra incêndio, o uso de modelos
matemáticos tem se mostrado uma ferramenta útil na simulação de eventos e
avaliação de suas conseqüências. Dentre os principais modelos utilizados destacam-
se os que simulam: a combustão (modelos de zona e de campo), a detecção do
incêndio, o movimento da fumaça, a propagação do incêndio, a resistência ao fogo
das estruturas e o abandono.
24
EM BRANCO
25
2. ANÁLISE DAS EDIFICAÇÕES ESCOLARES COM DOIS OU MAIS
PAVIMENTOS PRODUZIDAS PELO ESTADO DE SÃO PAULO: ÊNFASE
NAS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA
Este capítulo tem como objetivo examinar as principais características tipológicas e
as técnicas construtivas predominantes na arquitetura escolar produzida pelo Estado
de São Paulo e as circunstâncias políticas e educacionais em que estas escolas
foram construídas, sob a ótica da segurança contra incêndio. Tem-se como meta
final compreender como o Estado de São Paulo se posicionou frente à questão das
saídas de emergência quando da construção destas escolas.
A fim de delimitar o objeto de estudo, optou-se por analisar as escolas construídas a
partir de 1890 até os dias atuais, no Estado de São Paulo pelo Governo Estadual,
com dois ou mais pavimentos, por possuir este farta documentação e projetos
arquitetônicos significativos.
2.1. Metodologia de Trabalho
Com o objetivo de compreender em quais circunstâncias tais escolas foram
produzidas, uma abordagem sócio-política e econômica, mesmo que sucinta, se faz
necessário.
Desde a chegada dos jesuítas no Brasil em 1549 juntamente com o primeiro
governador geral do Brasil, Tomé de Souza, até hoje, a arquitetura escolar vem
sofrendo constantes alterações.
Segundo Ventura (2003, p. 60); Silva (1998, p. 13) e Valentim, (2003, p. 13), pode-se
identificar alguns momentos marcados por ações expressivas frente à questão da
produção do espaço arquitetônico escolar no Estado de São Paulo, conforme
descritos abaixo:
Primeira República: até os anos 20;
Comissão de Prédios Escolares: 1934 a 1937;
26
Convênio Escolar: 1949 a 1954;
Governo Carvalho Pinto: 1959 a 1963;
A CONESP (Construções Escolares de São Paulo): 1975 a 1987;
A FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação): de 1987 até os dias
atuais.
Para cada período, procurou-se discorrer sobre os motivos que levaram à
construção destas escolas, a circunstância política e econômica, a tecnologia
predominante e, por fim, como o programa e o projeto arquitetônico consideravam as
saídas de emergência. Em seguida, a fim de ilustrar o presente estudo, são
apresentados exemplos de projetos arquitetônicos escolares de cada período.
2.2. Breve histórico
2.2.1. A escola no Brasil até o período Republicano
Diante da expansão do protestantismo na Europa, que teve como conseqüência a
perda de adeptos do catolicismo, foi criada em Paris, no ano de 1534, a Companhia
de Jesus, fundada por Inácio de Loiola, com objetivos catequéticos.
Os primeiros jesuítas da Companhia de Jesus chegaram ao território brasileiro em
março de 1549 juntamente com o primeiro governador·geral, Tomé de Souza,
comandados pelo Padre Manoel de Nóbrega. Quinze dias após a chegada,
edificaram em Salvador a primeira escola elementar brasileira.
Em virtude do cenário encontrado, os jesuítas perceberam que não seria possível
converter os índios ao catolicismo sem que estes soubessem ler e escrever. Em
1570, vinte anos após a chegada dos jesuítas no Brasil, o país possuía cinco
escolas de instrução elementar, sendo estas localizadas em: Porto Seguro, São
Vicente, Espírito Santo, São Paulo de Piratininga; além de três colégios no Rio de
Janeiro, Pernambuco e Bahia, respectivamente.
27
Durante duzentos e dez anos, os jesuítas foram os mantenedores da educação
brasileira, até que em 1759, foram expulsos das colônias portuguesas por decisão
do Marques de Pombal, primeiro ministro de Portugal, de 1750 a 1777, em função de
divergências políticas, econômicas e filosóficas. No momento da expulsão, os
jesuítas tinham estabelecido na colônia 25 residências, 36 missões e 17 colégios e
seminários; além de seminários menores e escolas de primeiras letras, instaladas
em todas as cidades onde havia casas da Companhia de Jesus. Tais construções
representaram os primórdios da arquitetura escolar no Brasil. A educação brasileira,
com isso, vivenciou uma grande ruptura histórica num processo já implantado e
consolidado como modelo educacional. <www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb02.htm>
Acesso em 20/10/2006.
Diante de tal decisão tomada pelo Marquês de Pombal, a situação da educação
brasileira ficou reduzida a quase nada, tendo sofrido mudanças somente com a
chegada da família real ao Brasil em 1808, que se instalou na cidade do Rio de
Janeiro. A família real trouxe consigo importantes transformações econômicas,
políticas e sociais. Várias medidas foram tomadas no campo intelectual: a criação da
Imprensa Régia (1808); a Biblioteca Pública (1810); o Jardim Botânico do Rio de
Janeiro (1810); o Museu Nacional (1818) e a implantação da Academia da Marinha
(1808), a Academia Real Militar (1810), a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios
(1816), a Escola de Cirurgia da Bahia (1808); e os cursos de anatomia e de cirurgia
no Rio de Janeiro (1809), entre outros.
A implantação do ensino superior no Brasil foi bastante tardia, se comparada a
alguns países da América Latina. A título de exemplo, a Real Pontifícia Universidade
foi criada no México em 1551; a Universidade de São Marcos, em Lima (Peru), no
mesmo ano; a Universidade de Santa Fé de Bogotá (Colômbia), em 1573 e a
Universidade de La Plata, na Argentina, em 1623. No Brasil, apesar das
controvérsias históricas, parece ser consensual entre os historiadores que a primeira
universidade criada pelo governo federal brasileiro foi a do Rio de Janeiro em 1920,
que aglutinou as Escolas Politécnicas, de Medicina e de Direito já existentes.
Em sete de setembro de 1822, D. Pedro I proclamou a Independência do Brasil e,
inspirada na Constituição francesa, de cunho liberal, em 1824 é outorgada a primeira
Constituição brasileira. O Art. 179 desta Lei Magna dizia que a "instrução primária é
28
gratuita para todos os cidadãos". Entretanto, até a Proclamação da República, em
1889, praticamente nada se tinha feito de concreto pela educação brasileira.
2.2.2. A revolução industrial brasileira
Entre o final do século XIX e o início do século XX, período em que acontecimentos
marcantes ocorreram, tais como a imigração em massa e a abolição da escravatura,
criou-se um cenário para que transformações expressivas ocorressem na sociedade
brasileira.
Neste período, a atividade econômica predominante em São Paulo era a plantação
de café. São Paulo possuía uma posição geográfica privilegiada por estar próximo
ao porto de Santos, o que favorecia as transações comerciais. O grande incremento
populacional deste período se deu principalmente em torno do ‘ouro verde’ e
juntamente com este incremento, a necessidade de trabalho e meios de transporte
(PEREIRA, 1988).
No período entre 1880 e 1890, o país assistia à maior exportação de café do regime
imperial; e foi justamente neste período que se deu o primeiro grande impulso
industrial no Brasil. Esta superprodução de café provocou um afluxo de colonos para
as cidades, fato este que favoreceu a formação de um mercado interno propício à
indústria. O advento da eletricidade, principalmente nas cidades do Rio de Janeiro e
São Paulo, contribuiu para o surgimento da indústria brasileira.
Surgia em São Paulo “uma nova estruturação social, um novo conjunto de atividades
produtivas e de comercialização, fazendo da cidade de São Paulo o centro de
gravidade dos deslocamentos provocados pela expansão das plantações de café e a
vanguarda de novas formas de organização do trabalho” (PEREIRA, 1988).
A mão de obra que viria a suprir a demanda das primeiras indústrias era proveniente
principalmente da mão-de-obra ociosa, deixada à margem pela lavoura que
empregava principalmente escravos. Embora extremamente barata, a mão de obra
disponível, que propiciava um ambiente muito favorável para os industriais, deixava
a desejar do ponto de vista de qualificação, pois, na maioria dos casos, não
possuíam nem mesmo as primeiras letras.
29
Para que o cenário nacional se transformasse de maneira mais consubstanciada, foi
necessário que uma sucessão de acontecimentos internacionais viesse à tona, como
a Primeira Grande Guerra Mundial entre 1914 e 1918 e o crack de 1929 da bolsa de
valores de Nova Iorque, acontecimentos estes que geraram uma grande crise no
mundo capitalista.
Diante destas crises internacionais, as exportações de café caíram drasticamente e
o Brasil passou a ter dificuldades em obter mercadorias importadas. A ausência
deixada pelos produtos internacionais foi aos poucos sendo suprida por produtos
nacionais. Em função destes acontecimentos, a indústria brasileira expandiu-se em
um ritmo inédito até então. Entre 1929 e 1939, a taxa de crescimento industrial foi de
125%, em oposição a uma agricultura que cresceu apenas 20% no mesmo período.
Neste período houve uma transferência dos recursos acumulados pelo setor agrícola
em decadência, para o setor industrial, que estava em expansão. Começava, então,
a revolução industrial no Brasil. As indústrias existentes no país, que operavam com
uma capacidade ociosa, passaram a utilizar todo seu potencial e a expandir-se.
Durante a Segunda Guerra Mundial, travada entre 1939 a 1945, o Brasil voltou a ser
alvo da demanda internacional por matérias primas e gêneros alimentícios, pois
eram desses produtos que necessitavam os países envolvidos na conflagração.
Com mão-de-obra muito superior, que foi obrigada a ser aperfeiçoada
compulsoriamente devido às restrições do comércio exterior, provocadas pela
Primeira Guerra Mundial, houve um crescimento significativo na indústria brasileira,
conforme pode ser visto na Tabela 2.1, cujos dados são provenientes dos censos de
1920, 1940 e 1950.
Tabela 2.1: Dados obtidos nos censos de 1920, 1940, 1950.
Ano
População do país
(número de
habitantes)
Número de indústrias
de transformação
Número de
operários
empregados
Força motriz
empregada em
C.V.
1920 30.635.605 13.336 275.512 363.296
1940 41.236.315 40.983 669.348 1.186.358
1950 51.944.397 82.154 1.095.059 2.824.152
Fonte: Grinover (1960, p. 8).
30
A Tabela 2.1 demonstra um crescimento populacional de 69,55 % entre 1920 e
1950, o número de indústrias cresceu mais de seis vezes e a quantidade de
operários empregados aumentou quatro vezes, enquanto a força motriz empregada
deu um salto de quase oito vezes.
O crescimento populacional não era entrave, pois o país possuía uma grande
extensão territorial, entretanto, este excessivo aumento constituiria em um sério
problema para o futuro se estes milhões de brasileiros, que todos os anos saiam à
procura de trabalho, não pudessem se instruir.
Segundo Grinover (1960, p. 8) o Brasil, no recenseamento de 1950, tinha 52% dos
brasileiros com menos de 20 anos; os jovens até 15 anos eram da ordem de
21.694.000 enquanto que os homens de 15 a 64 anos eram de 14.500.000; isto
significa dizer que havia três dependentes jovens para dois homens que
trabalhavam.
Segundo Lambert (s.d., apud GRINOVER, 1960, p.8),
O encargo de uma juventude que constitui a metade da população não pode
ser suportado senão com prejuízo da sua formação técnica, da instrução e da
saúde, e eis as características sociais do subdesenvolvimento. Do ponto de
vista escolar, as conseqüências dessa composição por idades são evidentes e
seria totalmente impossível proporcionar a toda a população uma instrução
prolongada. As conseqüências econômicas dessa falta de formação são
temíveis, mas a composição por idade desfavorável pode retardar muito mais
diretamente ainda o desenvolvimento econômico do país. Há um desequilíbrio
inevitável entre os investimentos econômicos possíveis e os que se tornaram
necessários pelo crescimento demográfico.
Diante deste crescimento, surge a necessidade de mão-de-obra qualificada para
estas indústrias em expansão.
Pontos localizados de industrialização passam a surgir, a fim de produzir
principalmente bens de consumo não-duráveis tais como têxteis e produtos
alimentícios.
31
2.3. Considerações sobre a tipologia arquitetônica de edifícios escolares no
Estado de São Paulo
2.3.1. Período Republicano: Primeira República até os anos de 1920.
Herdadas do Período Imperial, escolas de ler e escrever, que com raras exceções
funcionavam em locais apropriados, sofriam com ausência de iluminação e
ventilação, muitas vezes instaladas em paróquias ou mesmo em cômodos
improvisados. No final do século XIX, políticos republicanos e educadores passam a
defender a idéia de uma escola projetada especialmente para o fim específico.
No início da fase republicana, as novas atribuições do estado passaram a exigir
instalações físicas adequadas para o funcionamento de sua estrutura, e dentre estas
estavam as escolas.
Ênfase foi dada à construção de escolas normais para a formação de professores,
acreditando-se que estes seriam os que impulsionariam a educação no Estado de
São Paulo. As escolas se dividiam em dois grupos, ou seja, os grupos escolares que
atendiam o nível primário de ensino e as escolas secundárias que atendiam aos
cursos ginasial e colegial, sendo estes últimos divididos em normal e cientifico.
A primeira escola de ensino primário compreendida de várias salas de aula e um
professor para cada uma delas, surge pela primeira vez no ensino público, no estado
de São Paulo, na década de 1890. Tendo sido projetada por Ramos de Azevedo,
inicialmente denominada Escola Modelo da Luz e posteriormente denominada Grupo
Escolar Prudente de Moraes, localizado na Avenida Tiradentes (BUFA; PINTO,
p.33).
A partir de então, obras para construção dos grupos escolares e das escolas
secundárias ficaram sob a responsabilidade do Departamento de Obras Públicas do
Estado. Diante da superprodução cafeeira, dos recursos financeiros que estavam em
circulação no Estado de São Paulo proveniente das exportações e da incipiente
industrialização, era possível vislumbrar escolas que viessem a proporcionar
melhorias para os mais desfavorecidos, e desta forma viabilizar um dos pontos
fundamentais dos ideais republicanos.
32
Vários foram os arquitetos que contribuíram para o desenvolvimento dos novos
projetos, alguns estrangeiros, sendo os de maior expressão: Victor Dubugras,
arquiteto francês formado na Argentina; Giovanni Battista Bianchi, italiano, formado
pela Escola de Belas Artes de Milão; Carlos Rosencrants, nascido e formado na
Alemanha; José Van Hunbeeck, Manuel Sabater, César Marchisio e também
arquitetos brasileiros, dos quais o mais importante é Francisco de Paula Ramos de
Azevedo, formado na Bélgica. Vale ressaltar a importante contribuição dos mestres
de obras, construtores, pintores e muralistas, imigrantes provenientes principalmente
da Itália (BUFA; PINTO, 2002, p.34).
Diante do dinamismo econômico impulsionado pela cafeicultura, conforme já citado,
neste período os edifícios eram construídos basicamente com alvenaria de tijolos e
telhas de barro; revestimentos, assoalhos e telhados de madeira, características
construtivas que se firmaram desde a época colonial, embora esses edifícios
contassem com uma grande quantidade de materiais importados, da mesma forma
que os estilos predominantes empregados, que eram provenientes da Europa: o
neoclássico e o eclético.
Outra característica marcante destes edifícios era a abundância de aberturas
(caixilharia) que tinha como objetivo garantir a entrada de luz e a circulação de ar, a
fim de se criar um ambiente favorável à salubridade; o estado passa a ter uma
preocupação higienista.
A quantidade de edifícios construídos nesse período, era fruto de um projeto
republicano paulista de modernização da cidade e do Estado, que tinha como
objetivo, construir rapidamente prédios escolares, tanto na cidade de São Paulo
quanto nas cidades do interior, para suprir a demanda por vagas nas escolas.
De acordo com Wolff (1986), as construções escolares foram predominantemente
marcadas pelo emprego de projetos-tipo, com a utilização de porões, que era o
recurso tradicionalmente usado para ventilação do assoalho de madeira e para a
contenção da umidade capilar ascendente, pois possibilitava a implantação do
edifício em terrenos com topografias diversificadas. Segundo Verçoza (1991), as
emulsões para impermeabilização começaram a ser utilizadas no Brasil somente na
década de 1950.
33
Devido ao crescimento demográfico e à formação de grandes centros urbanos neste
período, surge a necessidade de se construir uma grande quantidade de escolas, a
um custo baixo, sendo assim, optou-se pela adoção de um projeto-tipo. Esses
prédios contavam com um programa arquitetônico composto basicamente por oito
salas de aula, quatro para cada sexo, um número reduzido de ambientes
administrativos e um galpão destinado ao recreio, à ginástica e às festas cívicas.
Os prédios que eram de dois pavimentos foram duramente criticados pelos próprios
membros do governo, devido ao seu elevado custo. Diante desta situação, em 1905
surge um novo projeto-tipo (ver Figura 2.1), desta vez térreo, concebido pelo
arquiteto José Van Hunbeeck.
Figura 2.1: Grupo Escolar de Pindamonhangaba.
Fonte: Côrrea et al. (1991, p. 47).
Entretanto, para a cidade de São Paulo e outras de maior importância da época, no
Estado de São Paulo, foram projetados prédios maiores, de dois pavimentos, e
sempre bem localizados. Um exemplo desse padrão adotado é o prédio da EEPSG
Rodrigues Alves, localizado na Avenida Paulista e ainda em funcionamento
(WOLFF, 1986, p. 66 - 71).
34
Figura 2.2: EEPSG Rodrigues Alves.
Fonte: www.sampaonline.com.br
. Acesso em 20 nov. 2006.
A quantidade, a intensidade e o empenho que marcou a construção dos Grupos
Escolares e de Escolas Normais entre os anos de 1890 a 1920 pelo governo
republicano paulista esfriaram na década seguinte. Porém, nas cidades do interior,
não ocorreu este hiato, pois entre 1920 e 1934, foram construídos 32 prédios para
grupos escolares em cidades médias.
2.3.2. Comissão de Prédios Escolares – 1934 a 1937
Em 1924, um grupo de intelectuais provenientes das mais diversas áreas do
conhecimento, envolvidos com a escolarização, e por isso denominados
profissionais da educação, fundaram a Associação Brasileira de Educação - ABE-
tendo como objetivo, promover discussões sobre a problemática educacional no
país, uma vez que o analfabetismo aparecia como um grande mal a ser erradicado.
Com a chegada ao poder em 1930, Getúlio Vargas solicita a este grupo que prepare
um plano educacional para o país. Entretanto, mesmo antes de recebê-lo, o
Ministério da Educação e Saúde, criado pelo então presidente, reformou o ensino
secundário e superior brasileiro. Em resposta a tal mudança, estes educadores se
manifestaram através de um protesto conhecido como Manifesto dos Pioneiros da
Escola Nova. Vários foram os signatários deste manifesto, provenientes de diversas
regiões do país como, por exemplo, Fernando de Azevedo, Anísio Teixeira,
Lourenço Filho e Carneiro Leão (BUFA;PINTO, 2002, p.66).
Em 1933 é instituído o Código de Educação do Estado de São Paulo a fim de
unificar toda legislação escolar no Estado de São Paulo. Neste período Fernando de
35
Azevedo era o Diretor Geral de Instrução Pública de São Paulo. É criada uma
comissão permanente para dar pareceres sobre as condições higiênicas e
pedagógicas dos prédios a serem construídos. Segundo Bufa e Pinto (2002, p. 67) o
parágrafo único do artigo 35 estabelece que:
[…] essa comissão, presidida pelo chefe do Serviço, terá como membros, o
chefe ou um representante do Serviço de Higiene e Educação Sanitária
Escolar; um técnico de educação; um educador de conhecimentos
especializados sobre a instituição escolar a que se destina o prédio projetado e
um engenheiro arquiteto da Secretaria da Viação e Obras Públicas, cuja
designação será solicitada ao respectivo Secretário.
Os edifícios construídos nos anos de 1930, tinham como diferença fundamental aos
construídos na República Velha, a liberdade de implantação no lote, privilegiando
aspectos de conforto térmico e luminoso para os ambientes das salas de aula.
No ano de 1936, acontece um fato fundamental para a história da arquitetura
brasileira com a vinda de Le Corbusier, convidado pelo então Ministro da Educação
e Saúde, Gustavo Capanema, para assessorar na elaboração do projeto para o
edifício do Ministério da Educação e Saúde na cidade do Rio de Janeiro. Essa obra,
que foi concluída em 1943, tornou-se um marco decisivo na transformação da
arquitetura brasileira. Deve-se ressaltar que, paralelamente, outras manifestações
arquitetônicas significativas ocorriam com os irmãos Roberto, Atílio Correa Lima e
Oscar Niemeyer que no conjunto de Pampulha, em 1942, rompe paradigmas até
então presentes na arquitetura brasileira (BRUAND, 1981, p. 81).
Em São Paulo, já no início da década de 1930, a linguagem dos edifícios escolares
passou por uma revisão, aproximando-se da proposta modernista. O uso do
concreto armado possibilitava a utilização de lajes e pilotis, incorporando desta
forma o galpão ao edifício principal.
Somente em 1936, período em que a preocupação higienista se intensificou, pois se
tratava de um momento marcado por epidemias contagiosas, verminoses além das
doenças infantis que causavam grande quantidade de mortes, é que foram
incorporados nos edifícios escolares, os ambientes de gabinete dentário e vestiários
36
para banho. Nas escolas secundárias sediadas na capital, incorporou-se o auditório
e o ginásio, a fim de abrigar as atividades musicais, teatrais, esportivas, etc
(MOREIRA, 2000, p. 64).
Esses aspectos dominantes nas edificações desse período se mantiveram até o final
da década de 1950, quando alguns deles serão abandonados.
Segundo Caldeira (2005, p. 38), este período é considerado por alguns historiadores
de arquitetura protomoderna, pois contém alguns elementos que viriam a ser
incorporado na arquitetura moderna propriamente dita, ou seja:
Uso de sistemas construtivos que posteriormente seriam muito explorados
pela arquitetura moderna;
Eliminação de qualquer vestígio aparente de ornamentação que lembrasse
qualquer figura, imagem ou aparência de arquiteturas ecléticas;
E por utilizar uma volumetria externa ligada ao uso dos espaços internos.
Ainda segundo Caldeira (2005, p. 45) é na década de 1930 que se delinearão as
principais diretrizes para os projetos escolares feitos pelo Estado e Município de São
Paulo, que perdurarão por quase 30 anos, a saber:
Posicionamento das salas de aula para a mesma orientação, o norte, criando
os grupos lineares de salas de aula, com corredores de acesso em um lado
apenas;
Multiplicidade de funções no edifício escolar, o que traz a necessidade de
adequar, em termos de desenho e de circulação, ambientes com dimensões,
necessidades e usos muito distintos entre si;
Pátio para recreio coberto e intimamente ligado à circulação;
Profunda preocupação com a insolação das salas de aula;
Os projetos são realizados acreditando-se que o espaço é parte fundamental
do processo de ensino, apesar de não terem sido feitas quaisquer análises
37
mais profundas sobre isso para sua efetiva aplicação nos desenhos para as
novas construções;
Baixo gabarito da edificação. [grifo do autor].
Durante o período de 1940 e 1950, marcado pela Segunda Grande Guerra Mundial e
a saída do Presidente Getulio Vargas, após um golpe militar, pouco se fez no
tocante à arquitetura escolar. Entretanto, vale ressaltar a criação do Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI.
Criado em 22 de janeiro de 1942 pelo Decreto-Lei Nº. 4.048 do então presidente
Getúlio Vargas, o SENAI surgiu para atender a uma necessidade premente: a
formação de mão-de-obra para a incipiente indústria de base, inspirada na
experiência bem sucedida do Centro Ferroviário de Ensino e Seleção (SENAI, 1992).
Em 1943, começou a funcionar a primeira escola do SENAI em prédio próprio, na
cidade de São Paulo, no bairro da Barra Funda. No mesmo ano foram iniciadas, de
forma improvisada, as atividades das escolas do Brás e Lapa.
Iniciou-se, também em 1943, as atividades na escola de Taubaté, primeira escola a
funcionar no interior. No ano seguinte, em 1944, iniciaram-se as atividades nas
escolas de Jundiaí e Campinas.
As primeiras escolas do SENAI possuíam um projeto padrão elaborado pelo
escritório Severo Villares, projeto esse que deveria adaptar-se ao terreno. Exemplos
desse projeto são as escolas da Barra Funda, Brás e Ipiranga. Segundo Bauer (1990
apud SENAI, 1992, p. 158,159):
Estas escolas, num estilo tradicional, aproximado do neoclássico, têm como
característica marcante “um aspecto imponente (...), com um pórtico muito
bonito”, e “ partiam do principio (...) que o mais importante numa escola é a
oficina”, “ o SENAI basicamente colocou suas oficinas junto à rua e em grandes
painéis de vidro, como se fossem vitrines de formação profissional patrocinada
pela indústria.
38
Ao fim da Segunda Grande Guerra, em 1945, com a queda de Getúlio Vargas, que
já perdurava no poder por 15 anos, é eleito um governo democrático, juntamente
com uma Assembléia Constituinte, para elaborar a nova carta constitucional.
Por sua vez, a classe dominante almejava participar mais de perto das decisões
governamentais e reduzir a intervenção do Estado na economia. De um lado,
estavam empresários que queriam a adoção de uma política econômica
liberalizante, de forma a facilitar o acúmulo de capital à custa de baixos salários, e a
expansão das empresas estrangeiras. De outro, industriais identificados com valores
éticos e capitaneados por Roberto Simonsen e Euvaldo Lodi, eram contrários às
práticas destruidoras da ordem social como o lucro fácil, a competição desenfreada
e a ausência de "espírito de serviço, tão recomendado pela filosofia cristã”.
Essa última corrente, favorável à construção social em bases mais justas, vinha
organizando grandes congressos no final da Era Vargas, que culminaram na 1ª
Conferência das Classes Produtoras, em Teresópolis, na primeira semana de maio
de 1945. Seu documento conclusivo foi a "Carta de Teresópolis", que propunha o
combate ao pauperismo, o aumento da renda nacional, o desenvolvimento das
forças econômicas e a justiça social.
Inspirados nos princípios sociais da Carta de Teresópolis, um grupo de empresários
lançou, em 1946, a Carta da Paz Social, expressando o desejo de estabelecer
solidariedade e harmonia entre capital e trabalho - o primeiro passo para humanizar
essas relações seria a criação dos serviços sociais, tanto da indústria, quanto do
comércio.
Em 25 de julho de 1946, pelo Decreto-Lei n°. 9.403, do então Presidente General
Eurico Gaspar Dutra, é criado o Serviço Social da Indústria – SESI – com o objetivo
de prestar serviços destinados aos trabalhadores da indústria. Entretanto, somente
dez anos após a sua criação é que se construiu um grupo de edifícios que
agregasse no mesmo local todas as modalidades de serviços assistenciais e
educacionais. O critério adotado para a escolha da primeira unidade, foi um local
onde houvesse um número acentuado de indústrias e também núcleos
habitacionais. O bairro escolhido para a implantação da primeira unidade do SESI foi
o Belenzinho, situado entre o Brás e Vila Maria. O arquiteto Arquimedes Rocha Rego
39
elaborou o projeto com cinco blocos, erguidos pela empresa Draco A. de Moraes
S.A., que resultou num conjunto modelo de 12.772 m² de área construída (SENAI,
1992).
Atualmente o SENAI conta com 83 unidades espalhadas pelo Estado de São Paulo,
sendo 22 na capital, 12 na grande São Paulo e 49 nas cidades do interior. O SESI,
em 2005, estava presente em 125 municípios, por meio de 211 unidades que
compõe sua rede de escolas. Em 2005, a rede de educação do SESI-SP computou
184.732 matrículas, classificando-o como um dos maiores sistemas educacionais
privados do Brasil.
2.3.3. O Convênio Escolar: 1949 a 1954
A fim de atender um dispositivo da Constituição de 1946, que obrigava União,
Estados e Municípios a investirem parte dos recursos arrecadados na educação
primária, em fins de 1948, o Governo Estadual e a Prefeitura de São Paulo
celebraram um acordo que ficou conhecido como Convênio Escolar (CE).
A meta do CE era sanar o déficit escolar em um prazo de cinco anos, ou seja, de
1949 a 1954, antes da comemoração do IV Centenário da fundação de São Paulo
(VENTURA, 2002a, p. 22).
A Comissão Executiva do CE era composta por engenheiros, professores e
pedagogos que tinham como objetivo as atividades de planejamento, realização e
execução de obras, cabendo à Prefeitura construir os prédios necessários para
atender a demanda, ficando a cargo do Estado a administração do ensino.
Esta foi a primeira vez que arquitetos trabalhavam para o governo de forma livre,
sendo subordinados apenas aos princípios programáticos. Inicialmente, o CE tinha
em postos chaves da Comissão Executiva três profissionais de diferentes
formações, mas que tinham em comum a probidade profissional. Sob a presidência
do engenheiro José Amadei, desenvolveram-se os trabalhos das duas
subcomissões: de Planejamento e de Construções; a primeira entregue ao arquiteto
Helio de Queiroz Duarte e a segunda, ao engenheiro Júlio C. Lacreta (DUARTE,
1965, p. 25).
40
Uma das características marcantes deste período foi o uso intenso do concreto
armado, proporcionando mudanças substanciais na conceituação dos edifícios
escolares já iniciados nos anos 30, como por exemplo, o uso de pilotis liberando o
pavimento térreo para outras atividades e o abandono da compactação do edifício
em um único bloco, firmando assim, de forma definitiva, os conceitos da arquitetura
moderna.
Como os governos até então não acreditavam na nova arquitetura contemporânea
brasileira, tornava-se imperioso quebrar este tabu, o que foi feito pela equipe do CE,
através de exposições e conferências. Este movimento alastrou-se, permitindo a
introdução da nova arquitetura nos serviços públicos (ACROPOLE, n°314, p. 25): “A
atuação do Convênio não ficou adstrita ao campo da arquitetura escolar – passou,
ele próprio a ser uma escola”.
O arquiteto Hélio Queiroz Duarte, formado pela Escola de Belas Artes do Rio de
Janeiro, desde o início da implantação do CE foi responsável pelo estabelecimento
das principais premissas a serem adotadas. Ele manteve presença sempre ativa,
influenciado por Anísio Teixeira, educador baiano, que tivera introduzido o
pensamento do educador norte-americano John Dewey, que por sua vez relacionava
a experiência, a educação e a vida; vendo a arquitetura como instrumento para a
realização de suas pretensões pedagógicas, sendo estes os conceitos básicos da
então chamada Escola Nova.
Segundo Caldeira (2003), muitos dos conceitos presentes nos projetos realizados
pela CE possuíam influência de Anísio Teixeira, baseados em uma relação entre as
chamadas escolas-classe (onde se ministravam as aulas tradicionais) e as escolas-
parque (onde as crianças recebiam uma educação complementar como música,
atividades físicas dentre outras).
Alguns arquitetos foram convidados a trabalhar no CE, dentre estes: Eduardo
Corona, Roberto Goular Tibau, ambos formados pela escola de Belas Artes do Rio
de Janeiro, Ernesto Roberto Carvalho Mange e Oswaldo Correa Gonçalves
formados pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. A presença de
arquitetos formados no Rio de Janeiro explica a adoção de soluções de projetos
arquitetônicos com características modernas.
41
Neste mesmo período, em São Paulo, arquitetos como João Batista Vilanova
Artigas, Rino Levi e Oswaldo Bratke estavam atuando em seus próprios escritórios,
entretanto, não haviam se deparado com a elaboração de projetos para escolas
públicas.
Uma preocupação dos arquitetos e engenheiros da CE era elaborar espaços que
não viessem a ter somente a função de educar crianças, mas sim criar escolas que
agregassem outros conceitos, tais como o de ser um centro social para a
comunidade, sede de sociedade de amigos de bairro, local para a promoção de
pequenos bailes, cursos para as mães - um local de reunião. Diante desta
preocupação, era imprescindível que se criassem circunstâncias para que tal
proposta fosse se materializando. Sendo assim, os edifícios muitas vezes
incorporavam teatros, bibliotecas e outros equipamentos para o uso da comunidade.
Em 1954, com as eleições municipais, o convênio escolar foi rompido e o Arquiteto
Hélio Duarte deixou o CE. Foram construídas 68 escolas ao todo. Embora o CE
tenha permanecido ativo até 1959, sua contribuição significativa conciliando uma
proposta pedagógica renovadora com uma arquitetura moderna, coincide com o
período de liderança de Hélio Duarte.
2.3.4. Governo Carvalho Pinto - Fundo Estadual de Construções Escolares -
FECE - 1959 a 1974
Carvalho Pinto assume o governo de São Paulo no ano de 1959 e encontra um
cenário marcado pela ausência de escolas e pela degradação das existentes. Com o
objetivo de ter um planejamento que contemplasse metas, prioridades e prazos para
o Governo do Estado, que abrangia também a questão educacional, o governo
montou uma equipe para elaborar um “Plano de Ação” para o Estado de São Paulo,
com o objetivo de reverter à situação caótica em que se encontravam a infra-
estrutura dos órgãos estaduais.
Vale ressaltar, que diante da magnitude do “Plano de Ação” e da quantidade de
edifícios que deveriam ser construídos, não existiam sinais de que as duas esferas
de governo, a estadual e a municipal, fossem atuar conjuntamente, conforme
ocorreu no período de vigência do CE. Mesmo com o fim do CE, a prefeitura
42
manteve em seus quadros os seus profissionais que mais tarde daria origem ao
Departamento de Edificações (EDIF), responsável pela elaboração e manutenção
dos projetos municipais, existente até hoje.
Para que o “Plano de Ação” fosse implementado, em 1959, criou-se o Fundo
Estadual de Construções Escolares (FECE), através da Lei 5.444 de 17/11/1959,
regulamentada pelo Decreto 36.799 de 21/06/1960, com a finalidade de elaborar,
desenvolver e custear o programa para ampliação e manutenção da rede escolar
estadual de ensino primário e médio. Criado inicialmente por Celso Lamparelli e por
outros profissionais como Flavio Vilhaça e Mayumi Souza Lima, o FECE teve como
diretor executivo Carlos Pasquale, no momento em que o estado introduzia uma
série de novos conceitos educacionais. Inicia-se uma nova maneira de atuar na
construção da rede física da educação de ensino médio e primário que ainda hoje
persiste, desde a escolha do terreno, definição do programa e contratação de
profissionais não pertencentes ao setor público. (CALDEIRA, 2005, p. 112).
O Plano de Ação, cuja coordenação educacional ficou a cargo do pesquisador Celso
Lamparelli, contava com uma equipe formada por Fernando Henrique Cardoso,
Delfim Neto, dentre outros, e uma equipe executiva dirigida por Plínio de Arruda
Sampaio (CALDEIRA, 2005, p. 92,93).
A fim de se obter um panorama da situação do ensino público, o FECE iniciou seus
estudos pela coleta de dados, procurando obter as características da rede estadual
de educação por meio de dados estatísticos.
Concluiu-se que devido ao crescimento vertiginoso das áreas urbanas no estado,
estas possuíam um déficit maior de salas que nas zonas rurais, que em muitos
casos, funcionavam em apenas um período de aula e em prédios raramente piores
do que os barracões de madeira da cidade de São Paulo, onde eram ministradas
aulas em 3 ou 4 períodos. Sendo assim, concluiu-se que a precariedade dos prédios
das grandes cidades do estado era maior do que das áreas rurais.
Diante do diagnóstico apresentado, o FECE desenvolveu suas atividades a partir de
três pontos fundamentais:
43
Fixação de critérios seletivos para novas construções;
Objetivos do Plano de Ação;
Os recursos financeiros disponíveis.
A partir destes pontos foram estabelecidas algumas normas quanto ao ensino
primário. A primeira é que o FECE não construiria prédios para escolas isoladas nas
zonas rurais, deixando à cargo dos municípios, pois, de acordo com a Constituição
Federal de 18/06/1946 em seu artigo 169:
Anualmente, a União aplicará nunca menos de dez por cento, e os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios nunca menos de vinte por cento da renda
resultante dos impostos, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
A segunda norma adotada era que todos os recursos disponíveis fossem ser
aplicados para aumentar o número de salas de aula, tanto na ampliação de prédios
antigos como na construção de prédios novos. Diante disso, foram suprimidas as
ampliações das dependências complementares, tais como galpões, cozinhas,
dependências administrativas, muros, etc. Entretanto, quando da ampliação do
número de salas de aula, procedia-se a ampliação das áreas de apoio, caso fosse
necessário.
Em termos educacionais, o Plano de Ação (SE-FECE, 1963, p. 21) definiu como
meta para o ensino primário proporcionar condições de efetivo ensino elementar a
todas as crianças em idade escolar e para tanto seria necessário:
1°. Construir e equipar 3.000 salas de aula de ensino primário, com capacidade
para 240.000 alunos, possibilitando o funcionamento das unidades escolares
existentes em condições de ensino – em dois turnos de quatro horas diárias.
2°. Construir e equipar 4.000 salas de ensino primário, com capacidade para
atender em dois turnos de quatro horas diárias, 320.000 novos alunos, a fim de
eliminar o déficit atual de vagas e possibilitar o atendimento, nos próximos 4
anos, de toda população escolarizável.
44
Até então os projetos para construção das escolas eram elaborados por funcionários
públicos. A partir de 1959, o governo de Carvalho Pinto inicia uma nova forma de
intervir no problema da construção de edifícios escolares. A fim de conseguir que a
rede física fosse ampliada mais rapidamente, o Instituto de Previdência do Estado de
São Paulo (IPESP) decidiu investir seu capital em imóveis e alugar estes para o
Estado, agindo assim, o IPESP teria retorno de seu capital investido e o estado
conseguiria suprir o déficit mais rapidamente.
Diante desta nova forma de realizar construções escolares, vários escritórios de
arquitetura foram contratados para projetar não só edifícios escolares, mas também
postos de saúde, fóruns, etc. Destacam-se os arquitetos Villanova Artigas, Paulo
Mendes da Rocha, João de Gennaro, Ícaro de Castro Mello, Roberto Machado de
Almeida, dentre outros. Segundo Ferreira et al (1998, p. 32) foram contratados 70
arquitetos, muitos recém formados, entre 1959 e 1962 pelo IPESP, para a realização
de 130 projetos.
Diante da necessidade de sanar o déficit de salas de aula, o FECE pouco fez no que
tange ao aprimoramento em pesquisas da arquitetura escolar. Segundo Bussab
(apud OLIVEIRA, 1998, p. 25):
Fazia-se a arquitetura pela arquitetura. Vãos generosos, pátios amplos. Mas
tudo sem uma sistematização ou sem uma interpretação do que era o processo
pedagógico no que diz respeito à arquitetura.
O FECE restringiu-se à fixação de diretrizes fundamentais básicas, como a
dimensão máxima e mínima dos edifícios educacionais e padronização dos
programas a serem adotados nos projetos. Outra questão importante diz respeito à
falta de sincronia entre a arquitetura e as questões pedagógicas.
2.3.5. Criação da CONESP - 1975 a 1987
Em 1971, a Lei Federal N°. 5.692/1971, que – “Fixa as diretrizes e bases para o
ensino de 1°. e 2°. graus, e dá outras providências”, alterou a rede escolar existente
até então. Esta definia que em um mesmo edifício escolar deveriam estudar alunos
45
que cursavam o primário, o ginásio e o colegial, ou seja, alunos que possuíam uma
faixa etária que variava de 7 a 17 anos de idade.
Diante do impacto gerado por esta lei federal na estruturação das escolas existentes,
que tiveram que se adaptar a esta nova realidade, ou seja, deveriam possuir entre
outros ambientes, laboratórios e bibliotecas, anteriormente implantados somente nos
edifícios destinados ao ensino secundário, em substituição ao FECE, é criado em
1975, no governo Paulo Egydio Martins, a CONESP – Construções Escolares de
São Paulo, cujo objetivo era instituir uma nova estrutura com agilidade operacional.
Segundo Silva (1998, p. 145 -146)
Esta teria, entre outras, a virtude de desvincular formalmente o
desenvolvimento de suas atividades de numerosa e quase sempre demoradas
consultas a outros organismos do governo e evitar a freqüente demora nos
procedimentos para aprovação das decisões adotadas. Essa desvinculação
operacional na companhia visaria, assim, a permitir uma real eficácia da
estrutura de empresa, uma vez que, por meio da simultânea criação do
FUNFESP, a gestão de seus recursos seria fiscalizada diretamente pela
Secretaria da Educação.
Considerando-se o grande volume de atividades de competência da Secretaria,
por força dos objetivos fixados pelo Governo do Estado, no que se refere à
provisão de recursos físicos para o setor educacional, somente a constituição
de uma companhia poderia promover devidamente a administração de uma
gama tão variada de itens como construções, ampliação, reformas e
manutenção de edifícios públicos de ensino, bem como a aquisição de
equipamento e mobiliário escolar. Uma estrutura flexível permitiria, ainda, que o
órgão desenvolvesse, paralelamente, estudos e projetos para atender à política
de recursos físicos destinados á rede escolar da Secretaria da Educação.
Esse órgão seria a Companhia de Construções Escolares do Estado de São
Paulo (CONESP), finalmente criada pela Lei Estadual N°. 906, de 18 de
dezembro de 1975, texto legal que criou também o Fundo de Desenvolvimento
da Educação em São Paulo (FUNDESP) e extinguiu o FECE.
46
Com o objetivo de agilizar as adaptações e a implantação de novos edifícios
escolares, em um curto prazo, a CONESP em cooperação com o Ministério da
Educação e da CONESCAL – Centro de Estudos de Construções Escolares para a
América Latina e Caribe, órgão vinculado à OEA – Organização dos Estados
Americanos, desenvolveu manuais técnicos para padronizar os componentes e os
ambientes escolares.
Vale ressaltar que foi durante o período de atuação da CONESP que o Estado de
São Paulo atingiu o ápice do número de edifícios escolares construídos em um único
ano, conforme pode ser visto no gráfico abaixo.
Tabela 2.2: Edifícios escolares públicos construídos no Estado de São Paulo.
0
50
100
150
200
250
300
350
400
1860
1890
1895
1897
1900
1902
1904
1906
1908
1910
1912
1914
1916
1918
1920
1922
1924
1926
1929
1931
1933
1935
1937
1939
1941
1943
1945
1947
1949
1951
1953
1955
1957
1959
1961
1963
1965
1967
1969
1971
1973
1975
1977
1979
1981
1983
1985
1987
1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2006
Fonte: Ferreira e Mello (2006a, p. 16).
Segundo Moreira (2000, p. 70), esses manuais são utilizados até hoje pela
sucessora da CONESP, ou seja, a FDE – Fundação para o Desenvolvimento da
Educação, com as devidas adaptações necessárias. Embora utilize grande parte das
diretrizes estabelecidas pela CONESP, FECE e a “Equipe do Convênio Escolar”,
quanto ao dimensionamento dos ambientes e modulação funcional, a FDE adotou
como sistema construtivo a estrutura independente, com modulação entre pilares de
7,20 m e módulos de 0,90 m, pois desta forma facilitaria a implementação de novos
leiautes, quando necessário.
47
2.3.6. A FDE - Fundação para o Desenvolvimento da Educação
A Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), foi criada em 1987 pela
Secretaria da Educação, através do Decreto Estadual N° 27.102 de 23/06/1987,
para ser o órgão executor da política da Secretaria Estadual da Educação. Sua
atribuição é colocar em prática ações que visem o crescimento e o aprimoramento
da rede de ensino público do Estado de São Paulo, tanto do ponto de vista
pedagógico como no de recursos físicos escolares.
A criação da FDE foi o resultado da fusão da FLE - Fundação para o Livro Escolar,
cujas ações estavam voltadas para aquisição e distribuição de livros didáticos, parte
das funções, funcionários e bens da CENAFOR - Fundação Centro Nacional para a
Formação Profissional e que era incumbida de capacitar os docentes,
desenvolvendo pesquisa e material instrucional e da CONESP – Companhia de
Construções Escolares do Estado de São Paulo, que tinha como meta suprir os
recursos físicos da educação, ou seja, as atividades de planejamento, projetos para
construções novas ou reformas bem como o restauro de edificações e a aquisição
de mobiliário e equipamentos escolares.
A partir de 1989, a FDE assume a função relativa à construção de novas obras que
desde 1987 ficara à cargo da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e
Urbano do Estado de São Paulo – CDHU, e da Companhia Paulista de Obras e
Serviços – CPOS.
Em 1987, quando da criação da FDE, o Estado de São Paulo contava com cerca de
6.000 edifícios educacionais na área urbana, o que segundo Silva (1998, p. 193)
representava um número satisfatório em relação à demanda, embora existisse
carências em algumas áreas. O que neste momento alarmava era a qualidade do
ensino, pois os índices de analfabetismo e evasão escolar tornavam-se
assustadores.
Diante da experiência acumulada ao longo de vários anos, desde a criação do FECE
em 1959, e posteriormente da CONESP em 1975, a FDE tem desenvolvido uma
política baseada na seguinte premissa:
48
[…] o prédio escolar, além de abrigar fisicamente os seus usuários, constitui
condição básica para o desenvolvimento das atividades educacionais no seu
interior e, portanto, suporte e material de ensino e aprendizagem; no entanto,
esta função auxiliar e complementar da ação educativa exige uma
compreensão mais ampla dos recursos físicos estendendo-se não apenas ao
prédio escolar, mas ao conjunto constituído pelos espaços determinados pelas
construções, instalações, mobiliário e equipamentos, bem como ao tratamento
visual e paisagístico que vai da entrada ao terreno. (FDE, 1994 , p.194).
Com isso, desde 1890, logo após a Proclamação da República, vários foram os
órgãos que se responsabilizaram pela construção das escolas públicas do estado de
São Paulo. O gráfico abaixo apresenta os principais órgãos e seu período de
atuação.
Figura 2.3: Órgãos responsáveis pela construção das escolas públicas do Estado de São Paulo.
DOP: Departamento de Obras Públicas; IPESP: Instituto de Previdência do Estado de São Paulo; FECE: Fundo
Estadual de Construções Escolares; CONESP: Companhia de Construções Escolares do Estado de São Paulo;
FDE: Fundação para o Desenvolvimento Educacional; CDHU: Companhia de Desenvolvimento Habitacional e
Urbano do Estado de São Paulo; CPOS: Companhia Paulista de Obras e Serviços.
Fonte: Ferreira e Mello (2006b, p. 19).
Atualmente, a Educação Básica é composta pela Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Ensino Médio. O objetivo da Educação Básica é assegurar a todos
os brasileiros a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e
fornecer-lhes os meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. A
Tabela 2.3 demonstra a duração de cada etapa da Educação Básica.
49
Tabela 2.3: A duração das etapas da Educação Básica:
Etapas Duração Idade
Creche 3 a 4 anos 0 a 3 anos
Educação infantil
Pré-escola 2 ou 3 anos 4 e 5/6 anos *
Ensino fundamental 8 ou 9 anos 6/7 aos 14 anos *
Ensino médio 3 anos 15 aos 17 anos
Fonte:< http://portal.mec.gov.br>. Acesso em 15 nov. 2006.
A quantidade de edifícios escolares construídos pelo Estado de São Paulo nos
últimos cem anos é de cerca de sete mil (FDE, 2006, p. 19), todavia, apenas em
alguns momentos pode-se agregar produções arquitetônicas que unissem e
apresentassem resultados satisfatórios do ponto de vista construtivo, funcional,
econômico e plástico.
A FDE tem mantido a metodologia implantada pela CONESP no que diz respeito à
padronização dos ambientes e dos componentes arquitetônicos. A padronização
possibilita agilizar o desenvolvimento do projeto bem como facilitar a quantificação
da obra. A fim de estar em consonância com o desenvolvimento da técnica, das
normas e legislações, estas padronizações vêm constantemente sofrendo alterações
para que possa constantemente manter-se atualizadas.
Com referência à elaboração dos projetos, a FDE manteve a prática adotada nos
anos de 1960, ou seja, a de contratar escritórios de arquitetura para a elaboração e
o desenvolvimento dos projetos. Esta prática possibilita uma diversidade à produção
arquitetônica além de gerar emprego no setor. A Tabela 2.4 abaixo, apresenta a
quantidade de contratos para este setor entre os anos de 2001 a 2005.
Tabela 2.4: Quantidade de contratos executados pelo FDE de 2001 a 2005 - Projetos para obras
novas, ampliações, adequações e serviços de engenharia em geral.
Ano
Projetos para obras novas, ampliações,
adequações e serviços de engenharia em geral.
2001 212
2002 927
2003 479
2004 479
2005 500
Fonte: Ferreira e Mello (2006b, p. 35).
50
Atualmente, diante da dificuldade de se encontrar terrenos maiores, com topografia
satisfatória e a fim de diminuir os custos e a proteção contra vandalismos, os
edifícios têm sido implantados de forma compacta, com a concentração em um único
bloco. Esta forma de implantação permite também o controle dos alunos pela
direção da escola. Com o objetivo de evitar a fuga dos alunos, estas escolas são
fechadas com portões, e acaba tornando-se um problema do ponto de vista da
segurança contra incêndio, uma vez que a abertura fica condicionada geralmente a
uma pessoa que possui as chaves.
2.4. Análise das edificações por período
2.4.1. Período Republicano: As três primeiras décadas
Diante da necessidade de equipar o país com uma rede de edifícios educacionais,
uma vez que com a República, a educação primária passa a ser obrigatória, o
estado adotou o uso de projetos padrões. Cerca de 170 edifícios foram construídos
entre 1890 e 1920, sendo que destes, em 96 edifícios empregou-se projetos padrões
(20 tipologias).
A utilização de projetos padrões se deu por vários fatores, como a necessidade de
se construir um contingente grande de edifícios num prazo exíguo e a baixo custo, o
pequeno número de profissionais atuando nos órgãos públicos e a possibilidade de
adaptação do projeto em situações topográficas diversas.
A fim de atender o regimento dos grupos escolares que obrigava a separação entre
meninos e meninas, a maior parte dos projetos analisados possuia uma arquitetura
marcada pela simetria. Em algumas escolas como na do bairro Brás e a da Cidade
de Santos, as salas do porão destinavam-se as aulas do período noturno; as do
pavimento térreo às meninas e as do pavimento superior aos meninos. Já no Grupo
Escolar do bairro Belenzinho, a diferenciação no pavimento se dava por sexo, ou
seja, cada sexo ocupava uma ala do prédio.
51
Quanto à técnica construtiva predominante empregada na época, vale ressaltar:
o uso de paredes de tijolos autoportantes apoiadas em sapatas de pedra e os
arcos em tijolos nos porões para apoiar as alvenarias internas;
o uso de assoalhos de madeira;
o uso do porão para adequar a edificação ao lote e para proteger as
alvenarias e o assoalho de umidade.
uso abundante da madeira nos revestimentos e escadas;
Quanto às circulações horizontais e verticais, observou-se que um número
significativo de edifícios com mais de um pavimento possuía mais de uma escada e
os corredores possuíam larguras compatíveis com o fluxo. Vale ressaltar que o
Grupo Escolar do Brás, do Belenzinho e o de Santos, possuíam tipologias similares
e um número elevado de classes, contavam com duas escadas.
Nos exemplos a seguir percebe-se o emprego de três tipologias distintas, com
características próprias, tais como: números de salas de aula, distribuição espacial,
número de pavimentos e área. Entretanto, possuem em comum a simetria em
planta, os corredores avantajados e a quantidade e posicionamento das escadas, ou
seja, duas escadas posicionadas nas extremidades. Cabe ressaltar que o regimento
dos grupos escolares exigia acessos independentes para meninos e meninas o que
resultava na adoção de, no mínimo, de duas escadas.
52
Autor do projeto: Ramos de Azevedo
EEPG Marechal Floriano
Vila Mariana, São Paulo, SP, 1895
PAVIMENTO TÉRREO
PAVIMENTO SUPERIOR
LEGENDA (uso atual):
1. SALA DE AULA
2. DIRETOR E COORDENADOR
3. SECRETARIA
4. PROFESSORES
5. SALA DE ARTES
6. SALA DE VÍDEO
7. BIBLIOTECA
8. ALMOXARIFADO
9. DATILOGRAFIA
10. COZINHA/DESPENSA
11. REFEITÓRIO
12. GALPÃO
13. SANITÁRIOS
14. ZELADORIA
15. CANTINA
16. DEP. ED. FÍSICA
17. DEPÓSITO
18. VESTIÁRIO FUNCIONÁRIOS
19. MATERIAL DE LIMPEZA
20. DENTISTA
Figura 2.4: Escola Estadual de Primeiro Grau Marechal Floriano.
Fonte: Ferreira et al. (1998, p. 59).
53
Autor do projeto: Vitor Dubugras
EEPG Dr. Cardoso de Almeida
Botucatu, SP, 1895
PAVIMENTO TÉRREO
PAVIMENTO SUPERIOR
LEGENDA:
1. SALA DE AULA
2. PROFESSORES
3. COORDENADOR PEDAGÓGICO
4. SANITÁRIO
5. SECRETARIA
6. DIRETORIA/ASSISTENTE
7. ALMOXARIFADO
8. DENTISTA
9. GALPÃO
10. COZINHA/DESPENSA
11. REFEITÓRIO
12. ZELADORIA
13. VESTIÁRIO FUNCIONÁRIOS
14. MEDIDORES
15. BIBLIOTECA
16. SALA DE VÍDEO
17. LABORATÓRIO
Figura 2.5: Escola Estadual de Primeiro Grau Dr. Cardoso de Almeida.
Fonte: Ferreira et al. (1998, p. 66).
54
Autor do projeto: Manuel Sabater
Grupo Escolar de Santos
Santos, SP, 1911
LEGENDA (uso atual):
1. ARQUIVO
2. SANITÁRIO
3. DEPÓSITO
4. AULA PRÁTICA
5. BIBLIOTECA
6. GRÊMIO
7. SECRETARIA
8. PROFESSORES
9. ALMOXARIFADO
10. ARQUIVO
11. XEROX
12. PROTOCOLO
13. SUPERVISOR
14. ADMINISTRAÇÃO
15. ALMOX.
16. COPA/COZ.
17. SALA
18. S. DE AULA
19. DIRETORIA
20. INFORMÁTICA
21. GAB. DELEG.
22. ASS. GABIN.
23. PLANEJAM.
24. DEP. PESSOAL
25. PAGAMENTO
26. DEP. FINANÇAS
27. ASS. COORD.
28. AUDITÓRIO
29. DESPACHO
30. SUPERVISÃO
31. COORD. PEDAG.
32. OFICINA PEDAG.
33. ZELADORIA
34. REFEITÓRIO
35. COZ. DESPENSA
36. DEP. MAT. LIMP.
37. SANIT./VEST. FUN
38. GALPÃO
39. MAT. ED. FIS.
40. CANTINA DESP.
41. GUARITA
Figura 2.6: Grupo Escolar de Santos.
Fonte: Ferreira et al. (1998, p. 164).
55
2.4.2. Comissão de Prédios Escolares – 1934 a 1937
Os edifícios construídos nos anos de 1930 tinham como diferença principal aos
construídos nas três primeiras décadas do período republicano, a liberdade de
implantação da edificação no lote. As salas de aula que eram dispostas ao longo de
corredores centrais passaram a ser dispostas ao longo de eixos ortogonais.
Outro aspecto a ser considerado é a criação de novos ambientes tais como, a sala
da educadora sanitária, o vestiário para o banho diário, introduzidos em função do
surto de doenças infecciosas. Acrescenta-se também aos edifícios, ambientes
destinados à leitura, o auditório destinado às atividades musicais, teatrais e
assembléias e o ginásio, possibilitando desta forma uma maior integração entre os
alunos (VENTURA, 2002b, p. 61).
Do ponto de vista construtivo, a mudança mais significativa foi o emprego do
concreto armado, usado de forma ampla em pilares, vigas e lajes, permitindo assim
abolir o uso dos porões, dos assoalhos e dos forros de madeira e incorporar o pátio
coberto sob o volume total da edificação. A introdução dos critérios modernos nos
projetos escolares traz consigo mudanças substanciais, se comparadas às
produzidas no período anterior.
Entretanto, segundo Caldeira (2005, p. 39) apesar das novas tecnologias disponíveis
baseadas no concreto armado, que permitia uma maior versatilidade para a
organização espacial, a volumetria ainda estava vinculada aos antigos processos,
baseados na alvenaria portante, ou seja, a partir da elaboração de um desenho
bidimensional, confere-se uma altura a estes e depois se coloca uma cobertura,
processo que foi denominado “concepção volumétrica por extrusão”, apesar da
estrutura ser independente.
Vale ressaltar, que com a promulgação do Código de Obras Arthur Saboya (Lei n°.
3.427 de 19 de novembro de 1929), no Município de São Paulo, percebe-se uma
preocupação, ainda que incipiente e não explícita, com a questão das saídas de
emergência, tendo-se em vista a limitação do gabarito de altura, as características
das escadas e o dimensionamento das salas de aula proporcional ao número de
alunos.
56
Abaixo são transcritos os artigos deste código com maior relação à segurança contra
incêndios:
Art. 405.° - Nas escolas os revestimentos das paredes internas devem ser
executados, tanto quanto possível for, com materiaes permittindo lavagens
freqüentes.
Art.° 406 - A iluminação das salas de classe será unilateral esquerda, tolerada,
todavia, a bilateral esquerda-direita differencial.
Parágrafo 1.° - A illuminação artificial preferida será a electrica, todavia, a
iluminação a gaz ou a álcool quando convenientemente estabelecidas.
Art.° 407 – As escolas terão um pavimento apenas, sempre que possível, e
porão de cincoenta centímetros, no mínimo, convenientemente ventilado. [grifo
do autor].
Art.° 408 – As escadas das escolas serão de lanço recto e seus degraus não
terão mais de dezesseis centímetros de altura nem mesmo de vinte e oito de
largura.
Art.° 409 – As dimensões das salas de classe serão proporcionaes ao numero
de alumnos: estes não excederão de quarenta em cada sala e cada um diporá,
no mínimo, de um metro quadrado de superfície, quando duplas carteiras, e de
um metro e trinta e cinco decímetros.
57
Autor do projeto: José Maria da Silva Neves
Grupo Escolar do Sacomã
São Paulo, SP, 1936
Figura 2.7: Grupo Escolar do Sacomã.
Fonte: Silva (1998, p. 63 - 64).
LEGENDA
1. AULA
2. SANITÁRIOS / VESTIÁRIOS
3. DIRETOR
4. PORTARIA
5. PROPÓSITOS MÚLTIPLOS
6. PROFESSORES
7. DENTISTA
8. BIBLIOTECA
GRUPO ESCOLAR DO SACOMÃ
SÃO PAULO - SP
58
Autor do projeto: José Maria da Silva Neves
Grupo Escolar Visconde Congonhas do Campo
São Paulo, SP, 1938
Figura 2.8: Grupo Escolar Visconde Congonhas do Campo – Pav. térreo e primeiro pavimento.
Fonte: Silva (1998, p. 68 – 69).
LEGENDA
1. AULA
2. GALPÃO
3. GINÁSIO / SALÃO DE FESTAS
4. SANITÁRIOS / VESTIÁRIOS
5. PORTARIA
6. DENTISTA
7. MÉDICO
8. SECRETARIA
9. COORDENADOR
10. PROFESSORES
11. DIRETOR
12. BIBLIOTECA
13. AULA ESPECIAL
GRUPO ESCOLAR VISCONDE DE
CONGONHAS DO CAMPO
SÃO PAULO - SP
59
Figura 2.9: Grupo Escolar Visconde Congonhas do Campo – Segundo pavimento.
Fonte: Silva (1998, p. 70).
LEGENDA
1.AULA
2.GALPÃO
3.GINÁSIO / SALÃO DE FESTAS
4.SANITÁRIOS / VESTIÁRIOS
5.PORTARIA
6.DENTISTA
7.MÉDICO
8.SECRETARIA
9.COORDENADOR
10.PROFESSORES
11.DIRETOR
12.BIBLIOTECA
13.AULA ESPECIAL
GRUPO ESCOLAR VISCONDE DE
CONGONHAS DO CAMPO
SÃO PAULO - SP
60
2.4.3. Convênio Escolar – 1949 a 1954
Com um programa educacional diferenciado em relação à década de 1930,
baseados nas idéias ousadas de Anísio Teixeira, e pela influência marcante da
arquitetura produzida no Rio de Janeiro, procurou-se, neste período, produzir
escolas que atendessem a esta nova forma de educação.
Essa nova escola deveria ter sua função expandida. A proposta de Anísio Teixeira,
absorvida por Hélio Duarte, presente nos projetos realizados pela CE, tinha como
objetivo implantar um sistema educacional mais abrangente, que além de educar
crianças, agregaria outros valores, tornando-se uma espécie de centro social. Sendo
assim, foram incorporados nestas escolas, teatros, bibliotecas e outros
equipamentos comunitários (CALDEIRA 2005, p. 60-61).
Embora no período da Comissão de Prédios Escolares, de 1934 a 1937, tenha se
iniciado o uso do concreto armado, mesmo que de forma incipiente, a concepção de
construções compactas ainda estava presente.
Provavelmente, no período do CE, tenha sido a primeira vez em que se abandona o
conceito de edifícios compactos, agrupado em um único bloco, e proposto partidos
de edifícios em blocos independentes, interligados por marquises. A concepção dos
edifícios passa a ser mais livre, deixando de ser simétrica e proporcionando uma
riqueza volumétrica visível.
Formados pela adição de elementos e volumes, segundo Caldeira (2003, p. 64),
“tratava-se de um léxico arquitetônico formado por uma série de formas que, uma
vez tenham sido criadas e aplicadas em alguns projetos, seriam reutilizadas
inúmeras vezes”, entretanto, não eram iguais, quanto à implantação, volumetria e
dimensões gerais.
Embora tecnologicamente fosse possível construir escolas verticais, a
disponibilidade de terrenos espaçosos permitia a adoção de um gabarito menor,
proporcionando desta forma, uma redução nos custos da construção e o
atendimento ao que preconizava o Código de Obras Arthur Saboya, de 1929, ainda
em vigência.
61
A tecnologia construtiva predominante utilizada nas obras era a que havia de mais
comum na época, devido à necessidade de se construir de forma rápida a um baixo
custo, exceto para a cobertura dos galpões de recreação que foram executadas com
arcos de concreto pré-moldado e cobertos com telhas de fibrocimento.
O objetivo a ser atingindo pelo CE era a construção 100 escolas até 1954, ano em
que a cidade comemoraria o IV Centenário de sua fundação, que demandaria a
construção de cerca de 20 unidades por ano. Entretanto, segundo Segawa (1986, p.
65), entre 1949 e 1955, foram construídos 68 prédios escolares, projetados por Hélio
Queiroz Duarte, Eduardo Corona, Roberto Tibau, Oswaldo Corrêa de Andrade e o
Engenheiro Robert Carvalho Mange.
Pode-se perceber nos exemplos a seguir o uso de circulações horizontais
localizadas nas laterais dos edifícios e contíguas às salas de aula e a adoção de
duas escadas localizadas nas extremidades dos edifícios.
EM BRANCO
62
Autor do projeto: Roberto Tibau
Ginásio Santo Amaro
Local: São Paulo, SP, 1951.
Figura 2.10: Ginásio Santo Amaro – Planta do pavimento térreo.
Fonte: Silva (1998, p.81).
LEGENDA
1.AULA
2.SANITÁRIOS / VESTIÁRIOS
3.GRÊMIO
4.PROFESSORES
5.CONGREGAÇÃO
6.SECRETARIA
7.DEPÓSITO
8.DIRETOR
9.AUDITÓRIO
10. PISCINA
11. LABORATÓRIO
12. MÉDICO
13. DENTISTA
14. ENFERMARIA
15. ZELADOR
16. ANFITEATRO
17. AULA PRÁTICA / ARTES
63
Figura 2.11: Ginásio Santo Amaro – Plantas do primeiro e segundo pavimento, cortes e fachadas.
Fonte: Silva (1998, p.82 - 83).
LEGENDA
1.AULA
2.SANITÁRIOS / VESTIÁRIOS
3.GRÊMIO
4.PROFESSORES
5.CONGREGAÇÃO
6.SECRETARIA
7.DEPÓSITO
8.DIRETOR
9.AUDITÓRIO
10.PISCINA
11.LABORATÓRIO
12.MÉDICO
13.DENTISTA
14.ENFERMARIA
15.ZELADOR
16.ANFITEATRO
17.AULA PRÁTICA / ARTES
64
Autor do projeto: Eduardo Corona
Grupo Escolar Portugal
Sumaré, SP, 1951
Figura 2.12: Grupo Escolar Portugal.
Fonte: Silva (1998, p.90 – 91).
65
2.4.4. Governo Carvalho Pinto – Fundo Estadual de Construções Escolares -
FECE - 1959 a 1974
A partir de 1959, Carvalho Pinto assume o governo do Estado de São Paulo e inicia
uma nova forma de intervir no problema da construção de edifícios escolares. Por
meio do “Plano de Ação”, estabeleceu-se que seriam construídas 6.000 salas de
aula no Estado de São Paulo. Diante desta meta estabelecida, era preciso agilidade,
padronização, equipe autônoma e independência da morosidade estatal.
Quanto à tecnologia empregada nos edifícios escolares, vale ressaltar que os
princípios da arquitetura moderna já estavam plenamente arraigados e que a
qualidade dos materiais e componentes implantados estava consolidada. Graças ao
avanço da tecnologia da impermeabilização, foi possível construir grandes
coberturas em concreto armado.
Diferentemente do que ocorreu no período de atuação do CE, onde se abandonou o
conceito de edifícios compactos, agrupados em um único bloco, os edifícios
produzidos no período de atuação do FECE, principalmente sob a influência de
Vilanova Artigas, continham como concepção, a distribuição das funções em um
único e amplo espaço.
Vale ressaltar que com a promulgação da Lei Municipal Nº 4.615 de 13/01/1955, que
regulava as condições gerais das edificações no Município de São Paulo, no item
5.4 relativo a escolas, percebe-se uma preocupação, mesmo que incipiente, no que
tange a segurança contra incêndios. Abaixo são transcritos os artigos deste código:
5.4.1 – Os edifícios escolares destinados a cursos primários, ginasiais ou
equivalentes, deverão ter comunicação direta obrigatória entre a área de fundo
e logradouro público, por uma passagem mínima de 3 m e altura mínima de
3,50m.
5.4.4 – As escadas e rampas internas deverão ter em sua totalidade largura
correspondente, no mínimo, a um centímetro por aluno previsto na lotação do
pavimento superior, acrescida de 0,5 cm por aluno de outro pavimento que
deles dependa.
66
1) As escadas deverão ter largura mínima de 1,50 m e não poderão apresentar
trechos em leque. As rampas não poderão ter largura inferior a 1,50 m e nem
apresentar declividade superior a 10%.
5.4.5 – Os corredores deverão ter largura correspondente, no mínimo, a um
centímetro por aluno que deles dependa, respeitando o mínimo absoluto de um
metro e oitenta centímetros (1,80 m).
1) No caso de ser prevista a localização de armários ou vestiários ao longo,
será exigido o acréscimo de meio metro por lado utilizado.
5.4.6 – As portas das salas de aula terão largura mínima de 0,90 m e altura
mínima de 2,00 m.
5.4.19 – As escolas deverão ser dotadas de instalações e equipamentos
adequados contra incêndios, de acordo com as normas legais e
regulamentações e vigor. [grifo do autor].
Inicialmente, o FECE restringiu-se à fixação de diretrizes fundamentais básicas,
como a dimensão máxima e mínima dos edifícios educacionais e padronização dos
programas a serem adotados nos projetos. Durante o período do FECE, pouco se
fez no que tange ao aprimoramento das propostas pedagógicas, permanecendo as
mesmas dos períodos anteriores.
Diferentemente dos períodos anteriores, em que as escolas eram providas de duas
escadas, independentemente do número de salas de aula, neste período, conforme
pode ser visto em um dos exemplos a seguir, poucas são as preocupações relativas
às saídas de emergência, visto que o pavimento superior do Grupo Escolar de São
de Bernardo do Campo, por exemplo, conta com oito salas de aula e apenas uma
escada. A adoção de uma única rota de fuga torna-se extremamente perigosa, pois
no caso de obstrução desta, as pessoas ficam confinadas e sem outra opção para
abandonar o edifício.
67
Autor do projeto: João Batista Vilanova Artigas
Centro Educacional de Jaú
Jaú, SP, 1966
Figura 2.13: Centro Educacional de Jaú.
Fonte: Silva (1998, p.127 – 128).
LEGENDA
1. AULA
2. GALPÃO
3. CIÊNCIAS
4. ARTES
5. ZELADOR
6. COZINHA
7. PÁTEO
8. CANTINA
9. SANITÁRIOS / VESTIÁRIOS
10.MÉDICO
11.DENTISTA
12.ENFERMARIA
13.PROPÓSITOS MÚLTIPLOS
14.SECRETARIA
15.DIRETORA
16.PROFESSORES
17.COORDENAÇÃO
18.BIBLIOTECA
19.GRÊMIO
68
Autor do projeto: Paulo Mendes da Rocha e João de Genaro
Grupo Escolar de São Bernardo do Campo
São Bernardo do Campo, SP, 1967
Figura 2.14: Grupo Escolar de São Bernardo do Campo – Plantas.
Fonte: Silva (1998, p.130 – 131).
LEGENDA
1.AULA
2.GALPÃO
3.SANITÁRIOS / VESTIÁRIOS
4.ADMINISTRAÇÃO
69
Figura 2.15: Grupo Escolar de São Bernardo do Campo – Cortes e Fachadas.
Fonte: Silva (1998, p.132).
70
2.4.5. Companhia de Construções Escolares de São Paulo - CONESP - 1975 a
1987
Em 1975, em substituição ao FECE, é criado no governo Paulo Egydio Martins a
CONESP – Construções Escolares de São Paulo, cujo objetivo era instituir uma
nova estrutura com agilidade operacional.
Durante o período de sua atuação, sob a coordenação do Arquiteto João Honório de
Mello Filho, a CONESP continuou a seguir o modelo adotado pela sua antecessora,
que era o de contratar profissionais externos ao governo para elaborar seus projetos,
chegando a ter sob contrato cerca de 120 escritórios.
Segundo Ventura (2002a, p. 29), a política de apoio governamental oferecida para a
indústria, que privilegiou os investimentos em bens de consumo, como por exemplo,
a indústria automobilística, aos poucos atingiu todos os setores, inclusive o da
construção civil.
Estabeleceu-se o módulo base de 0,90 m, a partir do qual, todos os ambientes
tinham sua padronização definida, como por exemplo: as circulações que deveriam
medir 1,80, 2,70 ou 3,60 m de largura; a sala de aula deveria medir 7,20 x 7,20 m; a
modulação estrutural deveria ser de 3,60 x 7,20 m ou 3,60 x 10,80 m ou 7,20 x 10,80
m, e assim sucessivamente.
O objetivo da padronização era obter maior rapidez no projeto, pela redução de
soluções alternativas, agilidade na quantificação, medição e controle de qualidade.
Pretendia-se também proporcionar um sistema de manutenção e de reposição
racional dos edifícios escolares em uso.
Conforme pode ser visto nos exemplos a seguir, pouca ênfase é dada à questão das
saídas de emergência, visto que a Escola Estadual de Primeiro Grau Jardim Marica,
por exemplo, possui sete salas de aula no pavimento superior e apenas uma
escada; já a Escola Estadual de Primeiro Grau Jardim Alpino possui sete salas de
aula com duas escadas, entretanto posicionadas de maneira não satisfatória, visto
estarem próximas demais entre si, podendo assim, em caso de incêndio, ficarem
ambas bloqueadas.
71
Autor do projeto: Moara Arquitetura S/C Ltda – Ernesto T. Walter, Helena A. Ayoub
Silva e Maria de Lourdes Carvalho
Escola Estadual de Primeiro Grau Jardim Maricá
Mogi das Cruzes, SP, 1985.
Figura 2.16: Escola Estadual de Primeiro Grau Jardim Marica – Plantas.
Fonte: Silva (1998, p.164).
72
Figura 2.17: Escola Estadual de Primeiro Grau Jardim Marica – Corte e Fachada.
Fonte: Silva (1998, p.164 - 165).
73
Autor do projeto: Paulo de Mello Basto
Escola Estadual de Primeiro Grau Jardim Alpino
São Paulo, SP, 1986
Figura 2.18 :Escola Estadual de Primeiro Grau Jardim Alpino – Plantas.
Fonte: Silva (1998, p.181).
74
Figura 2.19: Escola Estadual de Primeiro Grau Jardim Alpino – Corte e Fachadas.
Fonte: Silva (1998, p.181 - 182).
75
2.4.6. Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE - 1987
Em 1987, em substituição a CONESP, é criado no governo Orestes Quércia, a FDE,
para ser o órgão executor da política da Secretaria Estadual da Educação, visando o
crescimento e o aprimoramento da rede de ensino público estadual.
Seguindo o caminho iniciado por seus antecessores, a FDE manteve a modularidade
anteriormente estabelecida e a padronização dos componentes e serviços. Um dos
benefícios da padronização é o barateamento dos componentes e a facilidade de
reposição.
Os projetos produzidos neste período apresentam uma riqueza plástica associada a
uma opulência espacial, contrariando a opinião de que a padronização representa
uma camisa-de-força, confinando a criatividade dos arquitetos. Exemplos destes
projetos podem ser vistos nas figuras seguintes.
Vários foram os arquitetos que contribuíram para o desenvolvimento destes projetos,
tais como: Paulo Mendes da Rocha, Abrahão Sanovics, Siegbert Zanettini, Antonio
Carlos Barossi e José Osvaldo de Araújo Vilela, Lampatelli Consultores Associados
Ltda, Eduardo de Almeida Arquitetos Associados, Piratininga Arquitetos Associados
S/C Ltda, Paulo Sophia Arquitetos & Associados, dentre outros.
Dando continuidade à adoção de medidas que visam um melhor atendimento a sua
clientela, a FDE inseriu alterações, em meados de 2003, que são pré-requisitos nos
projetos para construções de suas escolas: a incorporação de quadras de esportes
cobertas, a inserção das salas de informática e a adoção da pré-fabricação da
estrutura do edifício.
Vale ressaltar o uso, em algumas obras, de lajes alveolares que dispensam o
escoramento na montagem e que demonstram melhor relação custo-benefício se
comparadas às do tipo treliçadas. Os vedos pré-fabricados, por outro lado, até o
momento, não apresentam preços convincentes, se comparados aos da alvenaria
convencional.
Ampliando as diretrizes delineadas pela Comissão de Prédios Escolares, nos anos
de 1930, que preconizava que o pátio para recreio fosse coberto e estivesse
76
intimamente ligado a circulação, com a incorporação da sala de informática e a
quadra de esportes cobertas, agregados quase sempre em um único bloco, foi
possível ampliar as atividades no prédio e incentivar sua utilização.
Dando continuidade ao processo de aperfeiçoamento das legislações edilícias, em
25/06/1992, no governo Luiza Erundina, é sancionada a Lei Nº. 11.228, denominada
Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo, COE, revogando o
Código de Obras de 1975 (Lei Nº. 8.266 de 20/06/1975). No ano seguinte, no
governo Luiz Antônio Fleury Filho, entra em vigor o Decreto Nº. 38.069 de
14/12/1993, que aprova as especificações para instalações de proteção contra
incêndios para o Estado de São Paulo, e mais recentemente, em 2001, no governo
Geraldo Alkmin, é instituído através do Decreto Estadual N°. 46.076 de 31/08/2001,
o Regulamento de Segurança contra Incêndios das edificações e áreas de risco para
os fins da Lei N°. 684, de 30/09/1975.
Pode-se perceber nos exemplos a seguir o aumento de gabarito de altura de
algumas escolas projetadas neste período, sendo que muitas destas contam com
apenas uma rota de saída vertical.
Alguns projetos estão incorporando no terceiro pavimento, além das salas de aula, a
quadra de esportes, contribuindo assim para uma maior aglomeração de pessoas,
sem o devido aumento do número de saídas de emergência, podendo estar
colocando em risco a incolumidade das pessoas.
Uma análise mais detalhada acerca de legislações edilícias, relativas à segurança
contra incêndios em edifícios escolares, no Estado de São Paulo, será apresentada
no próximo capítulo.
77
Autor do projeto: Paulo Mendes da Rocha
Escola Estadual de Primeiro Grau Bandeirantes
Franco da Rocha, SP, 1992
Figura 2.20: Escola Estadual de Primeiro Grau Bandeirantes - Plantas do pav. térreo e primeiro andar.
Fonte: Silva (1998, p.197 - 198).
LEGENDA
1.GALPÃO
2.SANITÁRIOS / VESTIÁRIOS
3.COZINHA
4.REFEITÓRIO
5.CANTINA
6.ZELADORIA
7.SALA DE LEITURA
8.DIRETORIA
9.SECRETARIA
10.AULA PRÁTICA
11.COORDENAÇÃO
12.PROFESSORES
13.VÍDEO
14.GRÊMIO
15.ASSISTENTE ESCOLAR
16.AULA
78
Figura 2.21: Escola Estadual de Primeiro Grau Bandeirantes - Planta do segundo andar, cortes e
fachadas.
Fonte: Silva (1998, p.199 - 200).
LEGENDA
1. GALPÃO
2. SANITÁRIOS / VESTIÁRIOS
3. COZINHA
4. REFEITÓRIO
5. CANTINA
6. ZELADORIA
7. SALA DE LEITURA
8. DIRETORIA
9. SECRETARIA
10. AULA PRÁTICA
11. COORDENAÇÃO
12. PROFESSORES
13. VÍDEO
14. GRÊMIO
15. ASSISTENTE ESCOLAR
16. AULA
79
Autor do projeto: Antonio Carlos Barossi e José Osvaldo Araújo Vilela
Escola Estadual de Primeiro Grau Galo Branco
São José dos Campos, SP, 1992.
Figura 2.22: Escola Estadual de Primeiro Grau Galo Branco - Plantas
Fonte: Silva (1998, p.219 - 220).
LEGENDA
1.GALPÃO
2.CANTINA
3.REFEITÓRIO
4.ADMINISTRAÇÃO
5.ZELADOR
6.AULA
7.LABORATÓRIOS / BIBLIOTECA
8.ESPLANADA DE ACESSO
9.ANFITEATRO
10.ESTACIONAMENTO
11.SANITÁRIOS / VESTIÁRIOS
80
Figura 2.23: Escola Estadual de Primeiro Grau Galo Branco – Corte e fachadas.
Fonte: Silva (1998, p. 221).
81
Autor do projeto: Equipe Técnica da Fundação para o Desenvolvimento da
Educação - FDE
Projeto Padrão
São Paulo, SP, 1997.
Figura 2.24: Escola Padrão FDE.
Fonte: Silva (1998, p.231).
82
Figura 2.25: Escola Padrão FDE – Corte e Elevações.
Fonte: Silva (1998, p. 232).
83
Autor do projeto: Pedro Mendes da Rocha
Escola Estadual Jardim Dom Angélico ll
Guaianazes, SP, 2005
LEGENDA:
1. RECREIO COBERTO
2. REFEITÓRIO
3. CANTINA
4. SANITÁRIO
5. COZINHA
6. DESPENSA
7. PÁTIO
8. GRÊMIO
9. SECRETARIA
10. USO MÚLTIPLO
11. LEITURA
12. SALA DE AULA
13. INFORMÁTICA
14. REFORÇO
15. DEPÓSITO
16. COORDENAÇÃO
17. DIRETORIA
Figura 2.26: Escola Estadual Jardim Dom Angélico ll – Plantas.
Fonte: Ferreira e Mello (2006, p. 141).
84
Figura 2.27: Escola Estadual Jardim Dom Angélico ll – Corte.
Fonte: Ferreira e Mello (2006, p. 141).
EM BRANCO
85
Autor do projeto: Projeto Paulista de Arquitetura
Escola Estadual Antonio Prado Junior
Mauá, SP, 2006 (projeto)
Figura 2.28: Escola Estadual Antonio Prado Jr. - Plantas.
Fonte: Ferreira e Mello (2006, p. 262).
86
Figura 2.29: Escola Estadual Antonio Prado Jr. – Cortes.
Fonte: Ferreira e Mello (2006, p. 263).
87
Este capítulo tinha como objetivo examinar as principais características tipológicas e
as técnicas construtivas predominantes na arquitetura escolar produzida pelo Estado
de São Paulo e as circunstâncias políticas e educacionais em que estas escolas
foram construídas, sob a ótica da segurança contra incêndio.
A fim de desenvolver tal estudo, procurou-se analisar alguns momentos marcados
por ações expressivas frente à questão da produção do espaço arquitetônico.
Pode-se constatar que desde o início da fase republicana até o período do CE, o
Estado de São Paulo produziu edifícios escolares com circulações horizontais e
verticais compatíveis à demanda de alunos, entretanto, durante o período do FECE,
da CONESP e da FDE apenas alguns arquitetos preocuparam-se com as saídas de
emergência.
Constatou-se também que o emprego de materiais combustíveis, incorporados ao
sistema construtivo, foi abolido no início dos anos de 1930 e o concreto armado
passa a substituir os assoalhos e escadas de madeira. O baixo gabarito,
determinado pelo Código Arthur Saboya, de 1929, e corroborado pela Lei Municipal
Nº 4.615 de 13/01/1955, passa a ser uma diretriz que perdurou até os anos de 1990,
quando, principalmente nas áreas metropolitanas, devido a questões relativas a
escassez de terrenos, custo por metro quadrado e a adoção de novos conceitos
pedagógicos, e o baixo gabarito é abolido.
Entretanto, cabe ressaltar que com a promulgação dos Decretos Estaduais n°
20.811 de 11.03.1983, n° 38.069 de 14.12. 1993 e nº 46.076/01, de 31.08.2001, um
grande avanço nas exigências para a segurança das pessoas e na proteção do
patrimônio no Estado de São Paulo foi dado. A questão que se coloca é se mesmo
com o aumento do gabarito das edificações escolares, o nível da segurança contra
incêndio continua mantido.
Vale lembrar novamente que a confiabilidade das saídas de emergência deve ser
elevada, pois se outros elementos do sistema de segurança contra incêndio
falharem, as saídas de emergência não poderão falhar, principalmente se o edifício
for ocupado por crianças.
88
EM BRANCO
89
3. EVOLUÇÃO DAS LEGISLAÇÕES EDILÍCIAS QUE CONTEMPLARAM A
QUESTÃO DA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS NO ESTADO E
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
Este capítulo tem por objetivo fazer um levantamento histórico das legislações
edilícias do Município e do Estado de São Paulo, entre o período de 1886 até os dias
atuais, que, de alguma forma, abordaram a questão da segurança contra incêndio.
Tem-se como meta compreender como se deu o processo evolutivo dessas
legislações e apresentar quais eram e quais são as exigências atuais, atinentes às
saídas de emergência, para construção de edifícios escolares com mais de um
pavimento.
Esta análise será dividida em duas partes. A primeira contempla o Código de
Posturas Municipais até o Código de Obras de 1955, no qual uma análise mais
ampla é feita, pois os artigos relacionados com a segurança contra incêndio são
apresentados de forma dispersa. Procurou-se reunir e resumir os artigos e, em
seguida, agrupá-los por tópicos que possuem relação direta com a segurança contra
incêndio. Na segunda parte, que inicia com a Lei Municipal Nº 8.266 de 20.06.1975
até os dias atuais, há apresentação das exigências relativas à segurança contra
incêndio de forma específica para estabelecimentos de ensino, com foco nas saídas
de emergência, conforme disposto na Lei.
As legislações objeto desta análise são:
Código de Posturas do Município de São Paulo de 1886;
Código Arthur Saboya de 1929 - Lei Nº 3.427 de 19.11.1929;
Código de Obras de 1955 - Lei Nº 4.615 de 13.01.1955;
Código de Obras de 1975 - Lei Municipal N° 8.266 de 20.06.1975;
Decreto Estadual N° 20.811 de 11.03.1983;
Código de Obras de 1992 - Lei Municipal N° 11.228 de 25.06.1992 e Decreto
Municipal N° 32.329 de 23.09.1992;
90
Decreto Estadual N° 38.069 de 14.12. 1993;
Decreto Estadual N° 46.076 de 31.08.2001.
3.1. Levantamento das Legislações Edilícias. Primeira parte: de 1886 até 1955
3.1.1. Código de Posturas do Município de São Paulo de 1886
Segundo Nobre (2006a, p.1-2), as normas edilícias e as leis urbanísticas no mundo,
como se conhece hoje, são um fenômeno moderno que começaram a desenvolver-
se após a Revolução Industrial, quando o aumento da produtividade e,
consequentemente a construção de novas unidades fabris começam a requerer a
regulação estatal do uso e ocupação do solo.
No final do século XIX, a cidade de São Paulo encontra-se em processo de
transformações de suas estruturas urbanas, devido ao grande desenvolvimento
econômico proporcionado pela exportação do café e ao crescimento populacional,
decorrente principalmente da imigração européia.
Diante da necessidade de suprir as demandas para a circulação de mercadorias,
provenientes da exportação do café, a administração pública, tanto no Império como
na Velha República, passou a priorizar o setor de infra-estruturas de circulação e,
em função das epidemias que assolavam as cidades a partir de 1860, o
saneamento.
É diante desse cenário que em 06 de outubro de 1886, é promulgado o Código de
Posturas do Município de São Paulo, agrupando algumas regras existentes para a
execução de obras, no que se refere à harmonia estética, segurança e higiene.
Segundo o sitio Atlas Ambiental do Município de São Paulo,
http://atlasambiental.prefeitura.sp.gov.br/pagina.php?id=20
:
Nesta época, a preocupação com a expansão urbana reside apenas em
questões estéticas e de higiene. Em 1886, o Código de Posturas constitui-se
na primeira legislação urbanística, sem, entretanto configurar diretrizes gerais
91
de uso e ocupação do solo. Estabelece largura mínima das vias de circulação,
localização de algumas atividades como teatros, hospitais, indústrias e seus
horários de funcionamento.
Exigências de Segurança Contra Incêndio
No tocante à Segurança Contra Incêndio, esse código traz poucas considerações,
enfatizando sua aplicação principalmente em questões relacionadas ao benefício
das áreas centrais, em detrimento das áreas mais afastadas do centro, e ao
aprimoramento da infra-estrutura voltada a escoamento da produção de café.
As exigências contidas nesse código, além de acanhadas, são basicamente de
cunho preventivo, tais como a obrigatoriedade de limpeza das chaminés, a restrição
de algumas atividades na região central da cidade, o dimensionamento mínimo das
portas; não constando nenhuma exigência relativa à instalação de equipamentos e
nem a separação das exigências por uso.
A seguir são apresentados, de forma resumida, alguns artigos relacionados com a
segurança contra incêndio desse código:
Art. 11 - A altura dos edifícios e de seus diferentes pavimentos, bem como as
dimensões exteriores das portas e janelas que se abrirem, são reguladas pelo
seguinte padrão:
Para o 1° pavimento terá 5 m (sem contar a soleira);
Para o 2° pavimento 4,88 m;
Para o 3° pavimento 4,56 m;
Ao todo 14,44 m.
Estas alturas são as mínimas e podem variar para um edifício de 3 pavimentos até
17 m de altura total.
As janelas terão 2,20 m sobre 1,10 m de largura, sem contar as humbreiras, vergas
e peitoris, e as vergas das portas devem acompanhar o nível das janelas.
92
Art. 19 – Proíbe a construção dentro da cidade e em outras povoações do município,
e mesmo no interior dos quintais, casa de meia água, ranchos ou puchados,
cobertos de capim, palha ou sapé. [grifo do autor].
Art. 240 - Proíbe as fogueiras em qualquer dia do ano nas ruas da Capital. Nas
adjacências elas serão permitidas nas noites de São João, São Pedro e Santo
Antonio, nunca, porém, em ruas estreitas.
Art. 243 - Proíbe dentro da cidade e sua povoação, a fabricação de fogos de
artifício, salvo em casas completamente isoladas. O infrator sofrerá a multa de 30$ e
oito dias de prisão.
Art. 245 - As fábricas de fósforos e outros matérias inflamáveis, não são permitidas
senão fora da cidade, e em casas estabelecidas nas condições ao Art. 243, sob a
pena de multa de 30$ e oito dias de prisão.
Art. 248 e 248 - Obriga todo o sineiro, sacristão ou encarregado a tocar os sinos das
igrejas, logo que tiver notícia de algum incêndio, é a dar o competente sinal, que
será designado pelo Chefe de Polícia em Regulamento, de modo que se conheça
em qual das freguesias tem lugar o incêndio.
Do Artigo 249 até o 254, procura-se gratificar monetariamente os sineiros que em
primeiro lugar derem o sinal de incêndio, o oficial mecânico que primeiro se
apresentar no local do incêndio com suas próprias ferramentas para prestar
serviços, e os carroceiros ou vendedores de água que se apresentarem no lugar do
incêndio com a pipa cheia. Por outro lado, quanto aos carroceiros, esses são
obrigados a manter suas pipas cheias de água durante a noite e obrigados a
concorrer ao lugar do incêndio e, aqueles que forem encontrados com as pipas
vazias durante a noite e não se apresentarem no lugar do incêndio, sofrerá multas e
terão suas licenças caçadas. Os cidadãos que tivessem poços e tanque em suas
casas, eram também obrigados a disponibilizar a água sob pena de multa.
Os Artigos 255 e 256 obrigavam os moradores a limpar de seis em seis meses a
chaminé de suas habitações, sob pena de multa, e aqueles que causarem incêndios
por falta de limpeza das chaminés também eram multados.
93
Agregado a este Código, encontra-se o Padrão Municipal de São Paulo, que procura
de forma mais detalhada definir a ordenação da cidade, abordando exigências,
mesmo que incipientes, relativas a escadas e ao dimensionamento mínimo das
aberturas, conforme apresentado abaixo:
Parágrafo 16.ª do item VI - Cortiços, Casas de Operários e Cubículos:
As escadas deverão ter como limite máximo de declividade, 80 cm de altura por 100
cm de horizontal. Os contra degraus deverão ser fechados. A largura da escada
nunca poderá ser inferior a 0,80 m.
Item V – Construções e Reconstruções: As novas construções ou reconstruções
devem observar as seguintes determinações:
Sobre dimensões de aberturas devem observar no mínimo os seguintes limites:
Portas 3,20 m x 1,30 m;
Janelas de peitoril 2,20 m x 1,10 m;
Janelas portas 3,20 m x 1,30 m.
Em nenhum dos 318 artigos menciona-se o dimensionamento mínimo para as
circulações verticais e horizontais, exceto no parágrafo 16.ª do item VI – Cortiços,
Casas de Operários e Cubículos do Padrão Municipal de São Paulo.
3.1.2. O Código Arthur Saboya de 1929
O Código de Posturas Municipais de 1886, limitava as edificações em 17 metros de
altura e não mais do que três pavimentos; não possuía instrumentos que pudessem
controlar as ocupações, exceto para as edificações que colocassem em risco a
salubridade das pessoas, visto que epidemias como a febre amarela, a malária, a
peste bubônica, a varíola e a tuberculose assolavam o país.
O emprego do concreto armado e o advento do elevador no Brasil, no início do
século XX, a partir de meados de 1910, possibilitaram o início da verticalização da
área central da cidade de São Paulo. Segundo Marcolin (2006, p. 1): “O concreto
94
armado provocou uma revolução na engenharia brasileira porque apenas com
estruturas metálicas não haveria condições de fazer tantas grandes obras”.
Quando da inauguração do Edifício Martinelli, com seus vinte e sete pavimentos, em
1929, a construção mais alta da cidade de São Paulo tinha doze andares.
Diante das crises internacionais, como a Primeira Grande Guerra Mundial, entre
1914 e 1918 e o crack de 1929 na bolsa de Nova Iorque, as exportações de café
caíram drasticamente. Nesse período, houve uma transferência dos recursos
acumulados pelo setor agrícola em decadência para o setor industrial promovendo a
expansão urbana.
Foi diante desse cenário que no final da década de 1920, na gestão do Prefeito J.
Pires do Rio, foi aprovada a Lei Nº 3.427 de 19.11.1929, também denominada
Código de Obras Arthur Saboya, que agrupou todas as disposições relativas a
arruamentos e edificações vigentes na época. Conforme Osello (1986 apud NOBRE
2006b, p. 2): “Percebendo os problemas advindos de uma verticalização sem
controle, a Prefeitura do Município incorporou o controle de altura das edificações no
primeiro Código de Obras Municipal”.
Determinou-se que a altura máxima das edificações seria de 80 metros (parágrafo
4.º, art. 151).
Com a promulgação desse código, o controle atinente às construções novas passa a
ser mais rigoroso. De acordo com o art. 47, nenhuma edificação poderia ser iniciada
se o interessado não possuísse alvará de construção, e qualquer alteração no uso
originalmente proposto dependeria de alvará de licença, mediante requerimento
acompanhado da planta original aprovada para ser novamente analisada.
Determinava ainda no art. 75 a obrigatoriedade do “Habite-se” para as habitações e
do visto para as edificações destinadas a outros fins.
Exigências de Segurança Contra Incêndios
Comparando com o Código de Posturas de 1886, esse código em questão
acrescenta uma série de exigências de segurança contra incêndio, principalmente
em relação à proteção passiva. Atenção especial foi dada aos edifícios com
95
potencial para abrigar uma grande concentração de pessoas, tais como: teatros,
cinemas, casas de reunião, etc. Adicionalmente, para os edifícios cuja utilização
oferecia uma probabilidade maior de incêndio, em função de sua carga de incêndio
1
,
medidas preventivas também foram adotadas.
Algumas medidas até então não contempladas pelo poder público municipal
passaram a ser consideradas, como por exemplo: a) a exigência de recuos, b) uma
preocupação ainda incipiente com a segurança estrutural das edificações, c) a
compartimentação vertical e horizontal, d) a carga incêndio, e) o controle dos
materiais de acabamento e revestimento. Uma atenção maior foi dada às saídas de
emergência, conforme pode ser visto mais adiante pela quantidade de artigos que
tratam do tema.
Quanto às medidas ativas, para as indústrias com mais de vinte trabalhadores,
passou-se a exigir extintores e dispositivos especiais para alarme; para os teatros,
casas de diversão ou de espetáculos públicos, instalações e aparelhos contra
incêndios; e para os depósitos de inflamáveis, quantidade de areia proporcional aos
seus materiais inflamáveis e pás necessárias ao seu emprego. Os hidrantes nas
edificações não eram exigidos para nenhum uso.
Tendo-se em vista a forma dispersa como os artigos relacionados com a segurança
contra incêndios era apresentada nesse código, procurou-se reunir os artigos e
resumi-los, para, em seguida, agrupá-los por tópicos que possuíssem relação direta
com a segurança contra incêndio.
A seguir são apresentados, de forma resumida, alguns artigos relacionados com a
segurança contra incêndio desse código:
a) Separação entre as edificações:
Art. 340: Edificações de madeira devem ficar recuadas das divisas do lote em no
mínimo 5 m.
1
-De acordo com a Instrução Técnica Nº 03 do D.E. 46.076/2001, Carga de incêndio é a soma das
energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais
combustíveis contidos em um espaço, inclusive o revestimento das paredes, divisórias, pisos e
tetos.
96
Art. 346: Em uma zona de proteção a 20 m das pontes públicas, as edificações com
mais de dois pavimentos devem ser de materiais incombustíveis.
b) Segurança estrutural das edificações:
Art. 159: Os meios de comunicação entre porão e lojas devem ser incombustíveis.
Art. 183: Edificações com quatro ou mais pavimentos devem ser construídas com
materiais incombustíveis.
c) Compartimentação horizontal e vertical:
Art. 217: Quando houver outro pavimento na parte superior das garagens, esse
deve ter teto de material incombustível.
d) Controle de materiais de acabamento e revestimento:
Art. 290: A cobertura dos edifícios deve ser executada com materiais
incombustíveis.
Art. 340 e 342: Restringem o uso da madeira em edificações e o seu uso próximo às
chaminés, estufas e canalização de gases.
Art. 359: Aceita o uso de material combustível apenas nos pisos, esquadrias,
madeiramento de cobertura ou cenários que não possam ser de materiais
incombustíveis.
e) Saídas de emergência:
Art. 182: Trata da ventilação nas caixas de escadas em habitações múltiplas.
Art. 183: A partir de cinco pavimentos, todas as escadas devem ser ininterruptas, do
térreo ao telhado.
Art. 184: Nas edificações cujo pavimento térreo é destinado a fins comerciais ou nas
industriais, a escada deve ser de material incombustível.
Art. 186: Adota a fórmula de Blondel ou outra equivalente para dimensionamento
97
dos degraus e a obrigatoriedade de patamares intermediários.
Art. 407: As escolas devem ter apenas um pavimento, sempre que possível, e
porão convenientemente ventilado. [grifo do autor]
Art. 408: As escadas das escolas devem ter lances retos e define também as
dimensões para os degraus.
f) Exigências diversas:
Art. 347: Define material incombustível como sendo:
[...] não sómente o que não é consumido pelo fogo; é necessário que esse
material, sob a acção das temperaturas communs em incendios, não soffra
deformação que ponha em risco as suas condições de segurança e as das
partes da edificação com elle em contactto.
Art. 409: Para as escolas, as salas de aula não excederão 40 alunos cada. [grifo
do autor].
3.1.3. Lei Nº 4.615 de 13 de janeiro de 1955
A década de 1950, segundo Taralli (1993, p. 157), “...consolida uma imagem de
modernidade e progresso do ambiente construído na área central, resultado de
sucessivas intervenções no sistema viário e na infra-estrutura, e a substituição
intensa dos edifícios”.
Fruto do impulso econômico promovido pelo Estado, tal modernidade acaba por
favorecer a indústria, os serviços urbanos, além do incentivo à construção civil e aos
novos materiais e tecnologias construtivas (TARALLI, 1993).
Entretanto, diferentemente da mudança abrupta ocorrida com a implementação do
Código de Obras Arthur Saboya, frente ao Código de Posturas Municipais, a Lei N°
4.6145 de 13.01.1955, conhecida também como Código de Obras de 1955,
aprovada na gestão do então Prefeito Jânio Quadros, não apresenta mudanças
significativas se comparada ao código até então vigente.
98
Vale ressaltar que as disposições de caráter urbanístico contidas no Código de
Obras Arthur Saboya ficam valendo até a promulgação da Lei Municipal N° 7.805 de
1972, mais conhecida como Lei de Zoneamento.
Exigências de Segurança Contra Incêndios
a) Separação entre as edificações
Art. 4.16: As edificações de madeira devem possuir recuo mínimo de 3 m das
divisas do lote, 5 m de outra edificação de madeira e estar situadas a pelo menos 20
m de pontes e viadutos.
b) Segurança estrutural nas edificações
Art. 4.16: As edificações de madeira devem ter no máximo dois pavimentos ou
altura máxima de 10 m.
c) Compartimentação horizontal e vertical
Art. 4.6: Nas edificações cujo pavimento térreo for destinado a fins comerciais ou
industriais, a escada deve ser de material incombustível.
Art. 4.8: Quando houver outro pavimento na parte superior das garagens, estas
devem possuir teto de material incombustível.
Art. 4.10: As paredes divisórias entre prédios contíguos devem ser de material
incombustível e elevar-se até atingir a cobertura.
Art. 4.16: As paredes que separam as edificações de madeira agrupadas devem ser
de material incombustível, até 0,30 m acima do telhado.
Art. 5.1: Os prédios de apartamentos, bem como as edificações de 2 ou mais
pavimentos, devem ter paredes externas, lajes de piso e escadas construídas de
material incombustível.
d) Controle de materiais de acabamento e revestimento
Art. 6.7: Os materiais utilizados para cobertura de edificações devem ser
99
impermeáveis e incombustíveis.
e) Saídas de emergência:
Art. 4.5: As larguras dos corredores internos devem ser de 0,90 m. Nos edifícios de
habitação coletiva e para fins comerciais, a largura mínima deve ser de 1,20 m. Nos
edifícios de apartamentos, nos hotéis e escritórios, a largura mínima das escadas
deve ser de 1,20 m. Esse artigo ainda define os critérios para o dimensionamento
dos degraus e exige patamares intermediários nas escadas. Já para as edificações
cujo pavimento térreo for destinado a fins comerciais, industriais ou edificações com
três ou mais pavimentos, a escada deve ser de material incombustível.
Art. 4.7: Os elevadores não podem constituir meio exclusivo de acesso aos
pavimentos.
Art. 5.4: Os edifícios escolares destinados a cursos primários, ginasiais ou
equivalentes devem ter comunicação direta obrigatória entre a área do fundo e o
logradouro público, de largura mínima de 3 m. As escadas e rampas devem ter em
sua totalidade, largura correspondente de, no mínimo, um centímetro por aluno,
conforme previsto na lotação do pavimento superior, acrescida de 0,50 cm por aluno
de outros pavimentos. As escadas devem ter largura mínima de 1,50 m e não podem
apresentar trechos em leque. Os corredores devem ter largura correspondente de,
no mínimo, um centímetro por aluno, respeitando um mínimo absoluto de 1,80 m.
g) Art. 5.4: Os edifícios escolares destinados a cursos primários, ginasiais ou
equivalentes, devem ser dotados de instalações e equipamentos contra incêndios,
de acordo com as normas legais em vigor.
h) Iluminação de emergência/Alarme
Art. 5.9.0: As casas ou locais de reunião devem possuir sistema de luz de
emergência com autonomia mínima de uma hora.
i) Exigências diversas:
Art. 6.1: Os materiais de construção devem satisfazer as especificações e normas
adotadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Para efeito desta
100
lei, entende-se por material incombustível: concreto simples ou armado; estruturas
metálicas; alvenarias; materiais cerâmicos e de fibrocimento e outros desde que
comprovado.
3.2. Levantamento das Legislações Edilícias. Segunda parte: de 1956 até os
dias atuais
Diante das catástrofes ocorridas no início dos anos de 1970, como os incêndios do
Edifício Andraus, em 1972, e do Edifício Joelma, em 1974, deixando um saldo de 16
e 179 mortos respectivamente, e ante a aprovação da Lei de Zoneamento de 1972,
até então parte integrante do Código de Obras, somada à pressão para o aumento
da segurança e a necessidade de se estabelecer condições mínimas aceitáveis de
insolação, ventilação, criou-se um grupo de trabalho, subordinado a Comissão
Permanente do Código de Obras (CPCO), que tinha dentre outras funções elaborar
um novo Código de Obras.
Sob a coordenação de Luiz Gomes Cardim Sangirardi, que era presidente da CPCO,
o grupo, após dois anos de trabalho, em 1974, apresentou ao público, um
anteprojeto do Código de Obras, composto por 553 artigos disposto em cinco
capítulos, sendo esses: a) normas gerais; b) normas específicas; construções
diversas; d) novos materiais e equipamentos e e) execução de obras. Em 18 de abril
de 1974, através do Diário Oficial do Município, este documento foi oficialmente
divulgado.
Tendo em vista os debates que surgiram logo após sua publicação, durante os seis
meses subseqüentes, o documento foi reavaliado por técnicos do grupo de trabalho
da Prefeitura e representantes do Instituto de Engenharia, Instituto de Arquitetos do
Brasil, Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura, Federação e Centro das
Indústrias do Estado de São Paulo e Sindicato das Empresas de Compra e Venda,
Locação e Administração de Imóveis.
No último bimestre de 1974, já com a nova versão do documento, denominado então
de Código de Obras, foi enviado à Câmara Municipal para apreciação, e
permaneceu no Legislativo até abril de 1975, quando a Comissão de Urbanismo,
Obras e Serviços Municipais, anunciou que havia preparado um substitutivo, com o
101
objetivo de deixar o trabalho encaminhado pelo executivo em perfeitas condições e a
altura dos anseios do povo paulistano.
Com algumas alterações, finalmente o Código de Edificações do Município de São
Paulo foi aprovado pela Câmara em 9 de julho de 1975, e sancionado pelo prefeito,
em 20 de julho de 1975, como Lei Municipal N° 8.266.
Entretanto, vale ressaltar que em 07 de fevereiro de 1974, logo após o incêndio do
Edifício Joelma, ocorrido no dia primeiro de fevereiro deste mesmo ano, a fim de
esmerar a segurança contra incêndio nas edificações, foi sancionado o Decreto
Municipal N ° 10.878, que “Institui normas especiais para a segurança dos edifícios,
a serem observada nas elaboração dos projetos e na execução, bem como no
equipamento e no funcionamento, e dispõe ainda sobre sua aplicação em caráter
prioritário” e em 22 de abril de 1974 é aprovado pela Câmara Municipal, de forma
extremamente aligeirada, a Lei Municipal N° 8.050 que “Dispõe sobre adaptação de
edifícios e projetos às condições de segurança de uso.”
3.2.1. Lei Municipal N° 8.266 de 20 de junho de 1975
A Lei Municipal 8.266 de 1975 (CO/75), que aprova o Código de Edificações e dá
outras providências, segundo seu Artigo 1° tem por objetivo regular “o projeto, a
execução e a utilização das edificações, com observância de padrões de segurança,
higiene, salubridade e conforto, no Município de São Paulo”.
Abaixo são apresentadas as exigências relativas à segurança contra incêndio de
forma específica para estabelecimentos de ensino conforme disposto na Lei.
NORMAS GERAIS - PARTE A
Circulação e segurança (Artigos 23° a 25°)
O Art. 23 fixa as exigências relativas a disposições internas e construtivas das
edificações consideradas essenciais à circulação e à proteção das pessoas em
situações de emergência e o Art. 25, a lotação da edificação, a altura do andar mais
elevado, bem como a natureza dos materiais manipulados, utilizados ou depositado;
102
define ainda os riscos de uso e as correspondentes exigências de circulação e
segurança para a edificação.
As edificações com área total de construção não superior a 750 m² e que não
ultrapassem a altura de 12 m, nem mais de dois andares, ficam excluídas das
exigências especiais de segurança contra incêndios.
Lotação das edificações (Artigo 27°):
Para escolas 15 m² por pessoa - área bruta do andar;
De acordo com o § 2°, a lotação resultante prevista nesse artigo será
acrescida da lotação correspondente ao uso específico, segundo a relação
abaixo discriminada:
a) salas de aula de exposição oral 1,50 m²/pessoa
b) laboratório ou similares 1,00 m²/pessoa
c) salas de pré do primeiro grau 3,00 m²/pessoa
Para o cálculo da lotação, pode-se excluir das áreas brutas dos andares, as áreas
destinadas exclusivamente ao escoamento das pessoas, tais como: antecâmaras,
escadas ou rampas, átrios, corredores e saídas.
Cálculo do fluxo (Artigo 29°):
Considera-se unidade de saída mínima aquela com dimensões iguais a 0,60
m que permite, em escadas, o escoamento de 45 pessoas por minuto. As
escadas de uso comum ou coletivo devem ter largura mínima de 1,20 m,
permitindo o escoamento de 90 pessoas por minuto, em duas filas;
As escadas com largura de 1,50 m, são consideradas como tendo capacidade
de escoamento para 135 pessoas/minuto.
Escadas de uso comum ou coletivo (Artigos 29° a 33°):
A largura mínima das escadas de uso comum ou coletivo, para escolas, é de
103
1,50 m;
A largura máxima permitida para uma escada é de 3 m, sendo necessário
mais de uma escada, essas devem ser separadas entre si e ter largura
mínima conforme disposto nesse artigo;
As alturas máximas e larguras mínimas admitidas para degraus de escadas
de uso comum ou coletivo são de: 0,18 m e 0,27 m respectivamente;
Obrigatoriedade de patamares quando o lance precisar vencer altura superior
a 2,90 m;
Corrimão de ambos os lados, com altura constante, situada entre 0,75 m e
0,85 m, acima do nível da borda do piso; largura máxima de 0,06 m;
afastados das paredes, no mínimo 0,04 m e corrimão intermediário quando a
largura for superior a 1,80 m;
Pisos e patamares revestidos com material não escorregadio.
Escadas de segurança (Artigos 34° a 37°):
As escadas de segurança, além de atender aos requisitos previstos para as escadas
de uso comum ou coletivo, devem ser a prova de fogo, de fumaça e dotadas de
antecâmara ventilada, e ainda satisfazer as seguintes exigências:
A porta dos elevadores não pode abrir para a caixa de escada e nem para a
antecâmara;
Nenhum tipo de equipamento ou portinhola para coleta de lixo pode ser
colocado na caixa de escada ou na antecâmara;
A caixa de escada e a antecâmara devem possuir paredes e pavimentos com
resistência ao fogo de, no mínimo, 4 horas;
Só podem possuir aberturas internas comunicando com as antecâmaras;
As aberturas para o exterior devem ter afastamento mínimo de 5 m de
104
qualquer outra abertura no plano horizontal;
A iluminação natural, obrigatória para as escadas, quando não possuir o
afastamento mínimo exigido, deve ser provida de caixilho fixo ou móvel, com
fecho, com resistência ao fogo de no mínimo 1 hora e área máxima de 0,50
m²;
A iluminação natural pode ser substituída por luz artificial, devendo essa estar
conjugada com a iluminação de emergência.
Antecâmara de escadas de segurança (Artigo 35°):
O acesso às escadas será somente através de antecâmaras, podendo essas, ser
constituídas por balcão, terraço ou vestíbulo, e devem atender as seguintes
condições:
Pelo menos uma de suas dimensões deve ser 50% superior à largura da
escada que serve, observando a dimensão mínima de 1,80 m;
O balcão, terraço ou vestíbulo não deve apresentar desnível em relação ao
piso dos compartimentos ou ao piso da escada;
O balcão ou terraço deve ter pelo menos uma face aberta diretamente para o
exterior, provido de guarda-corpo, com altura mínima de 0,90 m e máxima de
1,20 m;
O vestíbulo deve ter ventilação direta, que poderá ser por janela para o
exterior ou abertura para poço;
A proteção das escadas deve ser assegurada por pressurização, com
funcionamento garantido em caso de emergência;
A iluminação da antecâmara deve seguir as mesmas exigências descritas
para a caixa de escadas;
105
O acesso às caixas de escadas e as antecâmaras devem (Artigo 36°):
Abrir sempre no sentido de fuga, não reduzindo as dimensões mínimas das
escadas, antecâmaras, patamares, corredores ou demais acessos;
Possuir dimensões suficientes para dar vazão às pessoas que delas se
servirem, calculada na razão de 0,01 m por pessoa, não podendo ter
nenhuma dimensão inferior a 0,80 m;
Ter resistência mínima ao fogo de 1,30 horas;
Ter altura livre igual ou superior a 2 m;
Átrios, corredores e saídas (Artigos 39° a 42°):
Não podem ter dimensões inferiores às exigidas para as escadas ou rampas;
Devem ter largura livre, medida no ponto de menor dimensão, correspondente
pelo menos, a 0,01 m por pessoa da lotação dos compartimentos, com
largura mínima de 1,20 m;
Os acessos fronteiros às portas dos elevadores devem ter dimensão não
inferior a 1,50 m;
Os átrios, passagens ou corredores de circulação geral do andar devem
apresentar, pelo menos, 1,80 m de largura;
As portas das passagens e corredores de uso coletivos que proporcionam o
escoamento das pessoas devem abrir no sentido de saída, e ao abrir, não
podem reduzir as dimensões mínimas exigidas;
Os locais com lotação superior a 200 pessoas devem possuir ferragens
antipânico;
Condições mínimas das escadas e saídas (Artigos 43° e 44°):
De acordo com suas características, área construída, lotação, altura e natureza dos
106
materiais manipulados, devem atender as condições mínimas relativas ao número e
localização das escadas e saídas. Os edifícios escolares objeto deste trabalho se
enquadram na seguinte situação:
Piso ou andar mais alto situados à altura não superior a 10 m, com qualquer
capacidade deve dispor, pelo menos, de:
Duas saídas independentes e situadas em diferentes faces da edificação ou
distanciamento mínimo de10 m;
Circulação tal que a distância máxima a ser percorrida de qualquer ponto a
uma escada seja no máximo de 35 m;
Se existir mais de um andar, uma escada deve estar contida em caixa
resistente ao fogo, com resistência mínima de 2 horas.
As escadas, patamares, respectivas caixas das escadas, antecâmaras, átrios,
corredores e saídas, bem como qualquer parte da edificação com a função de
proporcionar o escoamento devem estar:
Permanentemente livres e desimpedidas;
Sem qualquer comunicação direta com compartimento de despejo,
depósito ou instalação que possa vir a ser utilizada para a guarda de
mais de 20 litros de combustíveis líquidos ou mais de 2,0 m³ de
materiais sólidos combustíveis, podendo haver comunicação indireta,
através de antecâmara, dotadas de portas resistentes a 1 ½ hora ao
fogo;
Separadas de andares de garagem, subsolo, porão ou equivalentes,
por paredes e pavimentos com resistência ao fogo de no mínimo 4
horas;
Construídas com material resistente ao fogo por no mínimo 2 horas;
Construídas e possuir os acabamentos de pisos, paredes e forros
visando assegurar a proteção contra incêndios.
107
Condições construtivas especiais (Artigos 45° a 48°):
Fachadas (Artigo 46°)
Os pavimentos com área superior a 400 m², sem subdivisão em compartimentos
menores, por paredes resistentes ao fogo por 2 horas no mínimo, ou ainda situadas
a uma altura superior a 10 m do piso do andar mais baixo, devem dispor das
seguintes proteções:
Parede, no plano vertical da fachada, com altura mínima de 1,20 m e de
material resistente ao fogo, no mínimo por 2 horas e ainda estar solidária com
o pavimento ou teto;
Aba horizontal, avançando pelo menos 0,90 m em projeção sobre a face
externa da edificação, resistente ao fogo, no mínimo por 2 horas e ainda estar
solidária com o pavimento ou teto;
Soluções técnicas alternativas que comprovadamente dificulte a propagação
do fogo podem ser aceitas.
Subdivisão dos compartimentos (Artigo 47°):
Devem ser divididos, de modo que nenhum compartimento ultrapasse a área de
800 m²; a divisão dos andares que ultrapassar esse limite será feita com paredes de
material resistente ao fogo, no mínimo, por 2 horas, tendo as portas de comunicação
ou acesso resistentes ao fogo por no mínimo 1 hora.
Dos materiais e elementos construtivos (Artigos 83° a 103)
A Prefeitura poderá impedir o emprego de material, instalação ou equipamentos
considerados inadequados e que possam comprometer a estabilidade, segurança,
higiene, salubridade, conforto térmico e acústico da edificação (Artigo 83°).
Materiais, instalações ou equipamentos ainda não consagrados pelo uso, assim
como os já conhecidos, dependem de prévio exame e aceitação pela Prefeitura. A
adequabilidade do material ao fim que se destina, deve ser comprovada através de
108
ensaios realizados por entidades oficiais ou reconhecidas pela Prefeitura (Artigo
86°).
Resistência ao fogo – Avaliada pelo tempo que o elemento construtivo, quando
exposto ao fogo, pode resistir sem se inflamar ou expelir gases combustíveis,
sem perder a coesão ou forma, nem deixar passar para a face oposta elevação
de temperatura superior à prefixada (artigo 89, Parágrafo I).
Estruturas (Artigo 92°)
Os elementos componentes da estrutura de sustentação do edifício e da escada
devem ter resistência ao fogo de 4 horas, no mínimo. As exigências desse artigo
prevalecerá enquanto não houver norma técnica oficial relativa ao tema.
Paredes (Artigo 93°)
As paredes externas bem como as que separam as unidades autônomas, ainda que
não componham sua estrutura, devem observar, no mínimo, às norma técnicas
oficiais relativas a resistência ao fogo, correspondentes a uma parede de alvenaria
de tijolos comuns de barro maciço, revestida com argamassa de cal e areia, com
espessura acabada de 0,25 m.
Guarda-corpos (Artigo 94°)
Andares acima do solo tais como terraços, balcões e outros que não forem vedados
por paredes externas, devem dispor de guarda-corpo, com altura mínima de 0,90 m,
e se forem vazados, os vãos devem ter pelo menos uma das dimensões igual ou
inferior a 0,12 m.
Coberturas (Artigo 95°)
Seja de telhado apoiado em estrutura, telhas auto sustentáveis ou laje de concreto,
deverem observar, no mínimo, as norma técnicas oficiais relativas a resistência ao
fogo, correspondentes aos do telhado de telha de barro sustentadas por armação de
madeira, na inclinação adequada e com forro de estuque.
109
Pavimentos (Artigo 97°)
Devem observar os índices de resistência ao fogo, correspondente ao de um
pavimento de laje de concreto armado, com espessura final de 0,10 m, acabada na
face superior com piso de tacos de madeira e revestida na face inferior, com
argamassa de cal e areia.
Portas e janelas (Artigos 99° e 100°)
Devem observar, de acordo com sua destinação, no mínimo, às normas técnicas
oficiais relativas à resistência ao fogo, correspondente as do caixilho de madeira,
com espessura de 0,025 m.
As escadas, rampas, antecâmaras, átrios, corredores e saídas de uso comum ou
coletivo, destinado ao escoamento das pessoas, devem ter resistência ao fogo de 1
hora no mínimo.
Acabamentos (Artigo 101° a 103°)
Paredes, pisos e forros, devem observar no mínimo, os seguintes requisitos:
Tabela 3.1: Classificação dos materiais de acabamento.
Tipo de acabamento Local de instalação Rapidez de expansão do fogo
C No conjunto da edificação 76 até 200
B
Nos espaços de acesso e
circulação de uso comum ou
coletivo.
26 até 75
Das instalações e equipamentos (Artigos 104° a 124°)
Instalações de emergência e proteção contra fogo (Artigo 113)
As edificações em geral, segundo o risco de uso, devem dispor de:
Hidrantes;
Reservatório para fornecimento de água em caso de incêndio;
110
Chuveiros automáticos;
Detectores de fumaça;
Sinalização de alarme a saída;
Iluminação de emergência;
Extintores;
Outros equipamentos ou sistemas para emergência e proteção contra
incêndio.
Os espaços destinados à circulação e escoamento (antecâmaras, escadas ou
rampas, átrios, corredores e saídas) de uso comum ou coletivo devem ter instalação
de luz de emergência, que na falta de energia da rede geral, assegure condições de
circulação das pessoas; essa deverá dispor de alimentação autônoma capaz de
funcionar durante uma hora, no mínimo, independente da rede elétrica.
As instalações ou equipamentos relativos a este artigo devem seguir as normas
técnicas oficiais.
Pára-raios (Artigo 124)
Para edificações escolares, independente da altura, é obrigatório a instalação de
pára-raios.
NORMAS ESPECÍFICAS DAS EDIFICAÇÕES – PARTE B
Estabelece as normas peculiares aplicáveis a cada destinação indicando as
adaptações eventualmente necessárias das Normas Gerais (Parte A) à utilização
específica (Artigo 171°).
Escolas
As áreas de acesso e circulação, sem prejuízo da observância das disposições
estabelecidas na Parte A, devem satisfazer aos seguintes requisitos (Artigo 293°):
111
Locais de ingresso e saída ter largura mínima de 3 m;
Espaços de circulação e acesso de pessoas, como vestíbulos, corredores e
passagens de uso comum e coletivo, devem ter largura mínima de 1,50 m;
Escadas de uso comum e coletivo devem ter largura mínima de 1,50 m e
degraus com largura mínima de 0,31 m e altura máxima de 0,16 m;
Compartimentos destinados a refeitório, lanches e outros fins, de uso coletivo devem
dispor de no mínimo duas portas (Artigo 301).
Escolas de primeiro grau e profissional
Não poderão ter mais de dois andares, admitindo-se um terceiro andar para
internato, entretanto, os alunos não deverão vencer desnível superior a 9,00 m
[grifo do autor]
SEGURANÇA E USO DAS EDIFICAÇÕES – PARTE F
As edificações existentes, como aquelas que vierem a ser reformadas, devem dispor
de instalações e equipamentos considerados necessários para garantir a segurança
de sua utilização.
As edificações existentes que apresentem perigo para os seus usuários, devem ser
adaptadas às exigências de segurança prevista na legislação, para que possam ser
utilizadas.
Soluções alternativas podem ser aceitas, desde que baseadas em normas ou
critérios de comprovada eficácia.
3.2.2. Decreto Estadual N° 20.811 de 11 de março de 1983
A partir da promulgação deste Decreto, que Institui as “Especificações Para
Instalação de Proteção Contra Incêndio no Estado de São Paulo”, os municípios em
cumprimento a Lei N° 684 de 30 de setembro de 1975, que autoriza o Poder
Executivo a celebrar convênio com os Municípios sobre serviços de prevenção e
112
extinção de incêndios, passam a atuar de forma conjunta com os Corpos de
Bombeiros em questões relativas à obtenção de alvarás de construção e Habite-se.
Artigo 3°: Os municípios se obrigarão a autorizar o órgão competente do Corpo
de Bombeiros, da Polícia Militar, a pronunciar-se nos processos referentes à
aprovação de projetos e à concessão de alvarás para construção, reforma ou
conservação de imóveis, os quais, à exceção dos que se destinarem às
residências unifamiliares, somente serão aprovados ou expedidos se
verificada, pelo órgão, a fiel observância das normas técnicas de prevenção e
segurança contra incêndio.
No Município de São Paulo, este decreto veio complementar as exigências contidas
no Código de Obras de 1975, entretanto, para a maioria dos municípios do Estado
de São Paulo, essa era a única regulamentação de segurança contra incêndios a ser
seguida.
Edificações destinadas ao uso de instituições, incluindo escolas, hospitais, clinicas,
laboratórios, creches, casas de recuperação, sanatórios e similares, com área de
construção superior a 750 m² e/ou altura superior a 10 metros, conforme Capítulo VI,
artigo 6.2.2, devem atender as seguintes exigências:
Isolamento Vertical:
Ter entre piso de concreto armado, executados de acordo com as normas da ABNT,
paredes externas resistentes ao fogo, por no mínimo 2 horas; afastamento mínimo
de 1,20 metros entre vergas e peitoris em pavimentos consecutivos, podendo essa
última ser substituídas por abas horizontais que avancem 1,0 m da face externa da
edificação, devendo ser solidária com o entre piso e ser constituída de material com
resistência mínima ao fogo de 2 horas.
Escada de segurança:
Poderão ser elaboradas dentro dos critérios estabelecidos na Norma
Regulamentadora N° 23 (NR-23), Proteção Contra Incêndios, do Ministério do
Trabalho e da Norma Brasileira 208 (NB-208), da Associação Brasileira de Normas
Técnicas.
113
Iluminação de emergência:
Poderão ser elaboradas dentro dos critérios estabelecidos na Norma Brasileira 652
(NB-652), Sistema de iluminação de Emergência da Associação Brasileira de
Normas Técnicas.
Extintores manuais:
Conforme Capítulo VII – Sistemas de Proteção por Extintores Manuais e Extintores
sobre Rodas, define basicamente, a área protegida por cada unidade extintora, bem
como as distâncias máximas a serem percorridas, seu posicionamento e sua
distribuição.
Hidrantes:
Conforme determinado no Capítulo VIII – Sistemas de Proteção por Hidrantes,
define basicamente, a distribuição dos pontos de hidrantes, seu alcance máximo,
características mínima dos sistemas, como por exemplo: dimensão mínima das
tubulações, tipos de materiais a serem empregados, capacidade dos reservatórios,
vazões e pressões, bombas de recalque e instalação e manutenção dos sistemas.
Sinalização e indicações específicas que facilitem as operações de combate e
fuga:
Conforme determinado no Anexo I – Sinalização, a sinalização em todas as
edificações é obrigatória, com setas, círculos e faixas, bem como a sinalização em
colunas. É opcional a sinalização do solo em edifícios destinados a igrejas, escolas,
apartamentos ou escritórios.
O Capítulo XI, que trata de prédios existentes, dispõe basicamente sobre
adaptações a serem feitas a fim de garantir condições mínimas de segurança.
3.2.3. Decreto Estadual N° 38.069 de 14 de dezembro de 1993
Após a promulgação do Código de Obras para o Município de São Paulo, Lei N°
11.228 de 25/06/1992, regulamentada pelo Decreto N° 32.329 de 23/09/1992, o
114
Governador Luiz Antônio Fleury Filho, aprova o Decreto Estadual N° 38.069, de
14.12.1993, que estabelece um novo texto para as “Especificações Para Instalação
de Proteção Contra Incêndio no Estado de São Paulo”, revogando as disposições
contidas no Decreto N° 20.811 de 11.03.1983.
As edificações destinadas ao uso de instituições, incluindo escolas, hospitais,
clinicas, laboratórios, creches, sanatórios, asilos e similares, com área de construção
superior a 750 m² e altura superior a 12 metros, conforme Capítulo 3, artigo 3.2.3,
devem atender às seguintes exigências:
Compartimentação Horizontal:
As unidades autônomas devem ser separadas, entre si, por paredes resistentes ao
fogo de no mínimo, 2 horas. Essas devem atingir o ponto mais alto do telhado. As
aberturas nas paredes de compartimentação devem ser protegidas por elementos
resistentes ao fogo de no mínimo, 1 hora e meia.
Compartimentação vertical:
Ter entre piso de concreto armado, executados de acordo com as normas da ABNT,
paredes externas resistentes ao fogo, de no mínimo, 2 horas; afastamento mínimo
de 1,20 metros entre vergas e peitoris em pavimentos consecutivos, podendo esta
última ser substituídas por abas horizontais que avancem 0,90 m da face externa da
edificação, devem ainda ser solidária com o entre piso e ser constituída de material
com resistência mínima, ao fogo, de 2 horas. Internamente, devem possuir vedação
que impeça a passagem de calor, fumaça ou gases nos dutos e aberturas de
piso/teto.
Escada de segurança:
Deve ser executadas de acordo com os critérios estabelecidos na Norma Brasileira
NBR 9077 da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Sistema de Iluminação de emergência:
Deve ser executado de acordo com os critérios estabelecidos na Norma Brasileira
NBR 10.989 da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
115
Sistema de alarme contra incêndios:
Deve ser executados de acordo com os critérios estabelecidos na Norma Brasileira
da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Sinalização:
Deve ser adequadamente sinalizada: todas as saídas de emergência, escadas,
rampas, corredores e acessos. Edificações elevadas devem possuir sinalização que
identifique o andar. Os equipamentos de combate a incêndio devem também ser
sinalizados; os hidrantes devem ser pintados de vermelho e os abrigos devem ser
identificados.
Extintores portáteis:
Define, basicamente, a área protegida por cada unidade extintora, bem como as
distâncias máximas a serem percorridas, seu posicionamento, distribuição e alguns
locais específicos que devem ser protegidos, tais como: casa de máquinas, casa de
bombas, transformadores, etc.
Sistema de hidrantes:
Define, basicamente, a distribuição dos pontos de hidrantes, seu alcance máximo,
características mínima dos sistemas, como por exemplo: dimensão mínima das
tubulações, tipos de materiais a serem empregados, capacidade dos reservatórios,
vazões e pressões, bombas de recalque e instalação e manutenção do sistema.
O Capítulo 16, que trata de prédios existentes, dispõe basicamente sobre
adaptações a serem feitas a fim de garantir condições mínimas de segurança. Os
seguintes tipos de proteção são exigidos, de acordo com sua classificação:
Sistema de iluminação de emergência;
Sistema de alarme contra incêndio;
Sinalização;
116
Extintores portáteis;
Extintores sobre rodas, conforme o caso;
Sistema de hidrantes.
Os demais tipos de proteção são dispensados, desde que haja comprovação da
existência da edificação e justificativa ou impossibilidade técnica devidamente
comprovada. Para a instalação de rede de hidrantes, em edifícios existentes,
algumas concessões, tais como: mangueiras com 45 m, afastamento maior do que
5 m de portas e escadas, sistema de acionamento da bomba, etc.
3.2.4. Lei Municipal N° 11.228 de 25 de junho de 1992 e o Decreto Municipal N°
32.329 de 23 de setembro de 1992.
A partir de um projeto de Lei, de 1989, de então vereador Arnaldo Madeira e de uma
proposta da Prefeitura, fruto da participação de diversas entidades civis, foi
elaborada e aprovada a presente legislação, também denominada Código de Obras
e Edificações (COE).
Revogando as disposições contidas na Lei Municipal 8.266 de 1975, esse novo
código, diferentemente do anterior, que apresentava uma série de informações
técnicas, considera essas como sendo responsabilidade do profissional projetista e
recomenda o uso das Normas Técnicas Oficiais (NTO) da ABNT, desde que não
disponham em contrário ao estabelecido no COE.
O COE tem por objetivo disciplinar “os procedimentos administrativos e executivos, e
as regras gerais e específicas a serem obedecidas no projeto, licenciamento,
execução, manutenção e utilizão de obras e edificações, dentro dos limites dos
imóveis em que se situam, inclusive os destinados ao funcionamento de órgãos ou
serviços públicos” (Anexo I)
Para efeito das disposições contidas no COE, as edificações agrupar-se-ão de
acordo com sua finalidade, no todo ou em parte. De acordo com artigo 8 do capítulo
1, a edificação objeto deste trabalho classifica-se como: Prestação de serviços de
educação.
117
Componentes – Materiais, elementos construtivos, e equipamentos (Seção 9
do Anexo I da Lei)
O dimensionamento, especificação e emprego dos materiais e elementos
construtivos deverão assegurar a estabilidade, segurança e salubridade das
obras, edificações e equipamentos, garantindo desempenho, no mínimo,
similar aos padrões estabelecidos deste Código. (Seção 9.1 do Anexo I da Lei)
Os componentes básicos da edificação, que compreendem fundações,
estruturas, paredes e cobertura, deverão apresentar resistência ao fogo,
isolamento térmico, isolamento e condicionamento acústicos, estabilidade e
impermeabilidade adequadas à função e porte do edifício, de acordo com as
NTO, especificados e dimensionados por profissional habilitado. (Seção 9.2 do
Anexo I da Lei)
A execução das instalações prediais, tais como as de água potável, águas
pluviais, luz, força, pára-raios, telefone, gás e guarda de lixo observarão, em
especial, as NTO. (Seção 9.3 do Anexo I da Lei)
Qualquer equipamento mecânico de transporte vertical não poderá se constituir
no único meio de circulação e acesso as edificações. (Seção 9.5 do Anexo I da
Lei)
Abaixo são apresentadas as exigências relativas à segurança contra incêndio de
forma específica para estabelecimentos de ensino conforme disposto na Lei.
Disposições específicas
Circulação e segurança (Seção 12 do Anexo I da Lei)
As exigências constantes deste Capítulo, relativas às disposições construtivas
das edificações e instalação de equipamentos considerados essenciais à
circulação de seus ocupantes visam, em especial, permitir a evacuação da
totalidade da população em período de tempo previsível e com as garantias
necessárias de segurança, na hipótese de risco. (Seção 12 do Anexo I da Lei).
118
Edificações Existentes (Seção 12.1.1 do Anexo I da Lei)
As edificações existentes, que não atenderem aos requisitos mínimos de
segurança estabelecidos nesta lei, deverão ser adaptados, nas condições e
prazos a serem estabelecidos pelo Executivo. (Seção 12.1.1 do Anexo I da Lei)
Edificações que não necessitam de adaptações:
Edificações regularizadas de uso residencial, que não sofreram reforma;
Edificações aprovadas anteriormente a promulgação da Lei Municipal 8.266
de 20/06/1975, que já tenham sido objeto de adaptação as Normas de
Segurança e que não tenham sofrido alterações.
Edificações aprovadas após a promulgação da Lei Municipal 8.266 de
20/06/1975, que atendam à legislação edilícia vigente à época de sua
aprovação e que não tenham sofrido alterações.
Espaços de circulação coletiva. (Seção 12.2 do Anexo I da Lei)
Consideram-se como espaços de circulação coletiva as escadas, rampas,
corredores e vestíbulos, que devem observar a largura mínima de 1,20 m (Seção
12.2 do Anexo I da Lei).
Escadas protegidas (Seção 12.3 do Anexo I da Lei)
Quando coletiva e considerada para o escoamento da população em condições
especiais de segurança, devem atender aos seguintes requisitos:
Degraus com altura igual ou inferior a 0,18 m e largura maior ou igual a 0,27
m;
Assegurar passagem livre, verticalmente, de 2 m;
Ter patamares intermediários sempre que vencer desnível superior a 3,25 m,
ou houver mudança de direção; patamares com no mínimo a dimensão da
largura da escada;
119
Corrimãos de ambos os lados e contínuos, sem interrupção nos patamares.
Para escadas com largura superior a 2,40 m é obrigatório a instalação de
corrimão intermediário;
Descontinuidade a partir do pavimento correspondente a saída.
Rampas (Seção 12.4 do Anexo I da Lei)
Inclinação máxima de 10%, quando exceder 6% deve ter piso antiderrapante;
Obrigatoriedade para locais de reunião com mais de 100 pessoas e para
qualquer outro uso com mais de 600 pessoas;
Podem ser substituídas por elevadores ou meios mecânicos.
Potencial de Risco (Seção 12.5 do Anexo I da Lei)
O potencial de risco que definirá as exigências de circulação e segurança de
uma edificação será estabelecido em função de sua destinação, área
construída, altura e natureza do material utilizado efetivamente na construção.
Lotação das edificações (Seção 12.6 do Anexo I da Lei)
É a somatória das lotações de seus andares, tomando-se a área útil efetivamente,
excluindo-se da área bruta, aquelas correspondentes às paredes, sanitários,
circulações horizontais e verticais, vazios de elevadores, passagens de dutos de
ventilação, dividida pelo índice correspondente.
Tabela 3.2: Tabela para o cálculo da lotação:
Ocupação m² / pessoa
Prestação de serviços de educação
Salas de aula 1,50
Laboratórios, oficinas 4,00
Atividades não especificadas e administrativas 15,00
120
Dimensionamento dos espaços de circulação coletiva (Seção 12.7 do Anexo I
da Lei)
São constituídos por módulos de 0,30 m adequados ao escoamento de 30 pessoas
por módulo, respeitando a largura mínima de 4 módulos;
A lotação de origem de cada ambiente será corrigida em virtude da distância entre o
local de origem e a via de escoamento a dimensionar, através da formula:
Lc = 60 x Lo x Y / K
Onde:
Lc: Lotação corrigida
Lo: Lotação de origem
Y e K: Valores determinados pelas características da edificação
Y: Ho + 3 / 15 1
Onde:
Ho: Altura em metros, entre a cota do pavimento de saída e a cota do último
pavimento, excluindo o ático.
Tabela 3.3: Valores de K para Prestação de serviços de educação.
Tipo de circulação Corredores e rampas Escadas
Uso Coletivo
Coletivo
protegido
Coletivo
Coletivo
protegido
Demais usos 100 250 65 160
Cada via de escoamento horizontal de um andar deve ser dimensionada em razão
da contribuição da lotação corrigida dos ambientes e setores do andar, não podendo
haver diminuição de sua largura no sentido de saída;
As vias de escoamento vertical, escada ou rampa devem ser dimensionadas em
121
razão do andar que detiver a maior lotação corrigida;
O espaço fronteiro à saída das escadas deve ter no mínimo, uma vez e meia a
largura da escada;
No pavimento de saída, os espaços de circulação devem ser dimensionados de
acordo com a capacidade de escoamento das escadas, acrescidos da população do
próprio andar que também venham a utilizar a via de escoamento;
As portas de acesso ao escoamento devem abrir no sentido da saída, e ao abrir não
poderão reduzir as dimensões mínimas exigidas.
Disposição de escadas e saídas (Seção 12.8 do Anexo I da Lei)
Devem dispor de uma escada protegida os edifícios destinados à prestação
de serviços de educação com altura superior a 9 metros e lotação superior a
100 pessoas por andar.
Quando houver obrigatoriedade de mais de uma escada, a distância mínima
entre os seus acessos não poderá ser inferior a 10 m;
O número de saídas no pavimento de saída deve ser no mínimo de duas, com
distanciamento mínimo de 10 m, sem prejuízo do dimensionamento dos
espaços e percursos máximos estabelecidos.
Na Tabela 3.4 é apresentado à distância máxima horizontal a ser percorrida:
Tabela 3.4: Distâncias máximas a serem percorridas em metros.
Distância máxima horizontal a percorrer
Aberto ou coletivo
Andar Percurso
Coletivo ou
aberto
Com chuveiros
automáticos
Coletivo protegido
De qualquer ponto
até o exterior
45 m 68 m 68 m
De saída da
edificação
Da escada até o
exterior
25 m 38 m 45 m
Demais
andares
De qualquer ponto
até uma escada
25 m 38 m 45 m
122
Espaços de circulação protegido (Seção 12.9 do Anexo I da Lei)
São considerados protegidos os espaços de circulação que, por suas características
construtivas, permita o escoamento em segurança. Esses devem atender às
seguintes disposições:
Manter isolamento de qualquer outro espaço interno da edificação, por
elementos construtivos resistentes ao fogo, por no mínimo, duas horas,
dotados de portas resistentes, por no mínimo uma hora;
Ser exclusivo para circulação, estando permanentemente desobstruídos;
Conter apenas as instalações elétricas próprias do recinto e do sistema de
segurança;
Não conter aberturas para dutos ou serviços;
Ter revestimentos das paredes e pisos ensaiados conforme as NTO e
aplicados conforme a Tabela 3.5.
Tabela 3.5: Classificação dos revestimentos de paredes e pisos.
Espaços de circulação protegidos
Uso
Saída Acesso das saídas Outros espaços
Educacional
A
I ou II
A ou B
I ou II
A, B ou C
Com a instalação de chuveiros automáticos, esses índices podem ser reduzidos em
uma classe.
Enquadram-se como escadas protegidas:
Escada aberta para o exterior, limitada a altura máxima de 27 m, sem a
obrigatoriedade de vestíbulo/antecâmara, que possua ventilação natural
através de pelo menos 50% de seu perímetro; suas aberturas devem ser
distanciadas, no mínimo, 5 m de outra abertura da mesma edificação ou 5 m
de outra edificação no mesmo lote e 3 m das divisas do lote;
123
Escada pressurizada, comunicando-se através de vestíbulo/antecâmaras
protegidos;
Escada fechada sem iluminação natural dotada de vestíbulo/antecâmara
protegidos;
Escada fechada com iluminação natural, com abertura para o exterior, com
área máxima de 0,50 m², distanciada, no mínimo, a 3 m de outras aberturas
da edificação e das divisas do lote, dotada de vestíbulo/antecâmara
protegidos;
Escada “protegida”, “enclausurada” e “à prova de fumaça”, de acordo com a
NBR 9077.
Os vestíbulos devem ter suas dimensões atendendo à proporção de 1:1,5, sendo
sua menor dimensão maior ou igual a largura da escada, devendo apresentar
ventilação obrigatória, através das seguintes condições:
Ventilação natural, com área mínima de 50% do seu lado maior;
Ventilação mecânica com dispositivo que a faça funcionar em caso de falta de
energia;
Ventilação natural com área mínima de 0,70 m², para duto de ventilação com
área mínima de 1 m² capaz de conter um círculo de 0,70 m, com captação de
ar em sua base e saída de ar situada no mínimo a 1 m acima da cobertura;
devendo possuir paredes resistentes ao fogo por duas horas.
Condições construtivas especiais (Seção 12.10 do Anexo I da Lei)
Pavimentos com área superior a 400 m² situados a altura superior a 9 m devem
dispor de uma das proteções:
Parede externa, em todos os andares, com altura mínima de 1,20 m e com
resistência ao fogo de 120 minutos, e ainda ser solidária com o pavimento ou
teto;
124
Aba horizontal, com projeção de no mínimo 0,90 m e com resistência ao fogo
de 120 minutos, e ainda ser solidária com o piso ou teto;
As proteções previstas nesse item poderão ser substituídas por outras soluções
técnicas, desde que comprovadamente dificultem a propagação do fogo.
Edifícios destinados à prestação de serviços de educação com altura superior a
15 m devem ter seus espaços compartimentados em setores de incêndios, com área
menor ou igual a 2.000 m², com paredes e piso resistentes a duas horas e portas
resistentes à uma hora e subdivididos em subsetores com área menor ou igual a 500
m², com paredes e piso resistentes à uma hora e portas resistente a 30 minutos. A
compartimentação prevista nesse item pode ser substituída pela instalação de
chuveiros automáticos em toda a área.
Constituem também em setores de incêndio, delimitados por elementos resistentes
ao fogo às áreas destinadas as seguintes atividades e equipamentos:
Casa de máquinas ou de equipamentos que possam agravar o risco de
incêndio;
Medidores de energia e gás;
Centrais de instrumentos de incêndio;
Antecâmaras ou áreas de refúgio.
Sistemas de segurança (Seção 12.10 do Anexo I da Lei)
As edificações destinadas à prestação de serviços de educação, com população
superior a 100 pessoas ou que necessitem, no mínimo, de uma escada protegida,
devem obrigatoriamente dispor do Sistema Básico de Segurança, que consiste em:
Iluminação de emergência;
Sinalização de rotas de fuga;
Alarme de acionamento manual;
125
Equipamentos móveis e semifixos de operação manual.
As edificações que necessitarem de mais de uma escada protegida deverão dispor
do Sistema Especial de Segurança, que consiste em:
Instalação do sistema básico;
Detecção e alarme de acionamento automático;
Equipamento fixo de combate a incêndio com acionamento automático ou
manual.
Adaptação das edificações existentes as condições mínimas de segurança
(Anexo 17 do Decreto)
Edificações existentes, que não apresentarem condições mínimas de segurança,
conforme estabelecido no COE, devem ser adaptadas conforme disposto neste
anexo, quando:
Aprovadas anteriormente a 20.06.1975, e ainda não tenha sido objeto de
adaptação às normas de segurança posteriores;
Aprovadas após 20.06.1975, e que sofreram alterações de ordem física e/ou
de utilização em relação ao regularmente licenciado;
Não serão necessariamente adaptadas as edificações em que os espaços de
circulação protegido estejam desobrigados, de acordo com o capítulo 12 do COE,
que tenham:
Altura igual ou superior a 9 m;
População igual ou inferior a 100 pessoas por andar.
Espaços de circulação (Seção 17.B)
Nos espaços de circulação como, escadas, rampas, corredores e vestíbulos, de uso
coletivo, poderão ser tolerados os espaços de circulação existentes, com largura
inferior a 1,20 m.
126
Escadas (Seção 17.C)
Para as escadas existentes, será tolerado:
Degraus com as seguintes dimensões: altura 0,19 m e largura 0,25 m
Escadas em curva ou com degraus em leque, desde que atenda aos
requisitos contidos nesta seção;
Na impossibilidade de descontinuidade no pavimento de saída, deve ser
executado isolamento com paredes e portas, resistentes ao fogo por 2 horas
e 1 hora respectivamente.
Para construção de escadas novas em edificações existentes, deve-se seguir as
disposições contidas na Seção 12.3 da Lei.
Lotação da edificação (Seção 17.F)
Idem a Seção 12.6 da Lei.
Dimensionamento dos espaços de circulação (Seção 17.G)
Idem a Seção 12.7 da Lei, entretanto, os espaços de circulação existentes, de
acordo com suas características e dimensionamentos, devem ser adequados ao
escoamento da população conforme a tabela abaixo:
Tabela 3.6: Índices para o cálculo de espaços de circulação existente.
Escoamento do espaço de circulação (pessoas)
Horizontal Vertical
Mudança de direção
Largura efetiva
“LE” Existente
(m)
-
Com
patamar
Com degraus
em leque
Em curva
0,60 LE < 0,90 60 60 30 40
0,90 LE < 1,20 90 90 45 60
LE 1,20 120 120 60 80
Disposição das escadas e saídas (Seção 17.H)
Idem a Seção 12.8 da Lei. Entretanto, não faz menção quanto ao número mínimo de
saídas, no pavimento de saída.
127
Espaços de circulação protegidos (Seção 17.I)
Idem a Seção 12.9 da Lei e 12.I do Decreto. Entretanto, para as edificações que
necessitarem de mais de uma escada protegida, metade destas poderão ser
substituídas por interligação por passarelas e/ou passadiço protegido ou áreas de
refúgio devidamente protegidas.
Condições Construtivas especiais (Seção 17.J)
Idem a Seção 12.10 da Lei e 12.J do Decreto. Entretanto, se em função do tipo de
proteção dos espaços de circulação for recomendável manter as portas resistentes
ao fogo abertas, estas devem estar acopladas a sistema de fechamento automático;
obriga as edificações passíveis de adaptação a instalar sistema de proteção contra
descargas atmosféricas, de acordo com as NTO.
Sistemas de segurança (Seção 17.L)
Idem a Seção 12.11 da Lei e 12.L do Decreto, acrescentando-se como item do
sistema básico de segurança a formação de brigada de incêndio.
3.2.5. Decreto Estadual N° 46.076 de 31.08.2001
Em 2001, a promulgação do Decreto Estadual N° 46.076, que “Institui o
Regulamento de Segurança contra Incêndios das edificações e áreas de risco para
os fins da Lei N° 684, de 30 de setembro de 1975 e estabelece outras providências”,
em substituição ao Decreto Estadual N° 38.069 de 14/12/1993, traz consigo uma
formatação mais clara e passa a contemplar medidas de segurança contra incêndio
de forma mais ampla e detalhada.
Em seguida, em 22 de dezembro de 2001, foram promulgadas as 38 Instruções
Técnicas (IT`s) que estabelecem os critérios técnicos e administrativos para
aplicação das medidas de segurança, passando a vigorar a partir de 22 de abril de
2002. Em 2004, as IT`s passaram por uma revisão, tendo sido republicadas e
entrado em vigor a partir de 02 de julho de 2004.
128
Disposições gerais
Objetivos do Regulamento (Capítulo I, Artigo 2°)
I. Proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco, em caso de
incêndio;
II. Dificultar a propagação do Incêndio, reduzindo danos ao meio ambiente a ao
patrimônio;
III. Proporcionar meios de controle e extinção de incêndio;
IV. Dar condições de acesso para as operações do Corpo de Bombeiros.
Função do Serviço de Segurança Contra Incêndio (Capítulo IV, Artigo 7°)
São funções do Serviço de Segurança Contra Incêndio:
I. Realizar pesquisa de incêndio;
II. Regulamentar as medidas de segurança contra incêndio;
III. Credenciar seus oficiais e praças;
IV. Analisar o processo de segurança contra incêndios;
V. Realizar a vistoria nas edificações e áreas de risco;
VI. Expedir o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB);
VII. Cassar o AVCB.
Dos Procedimentos Administrativos (Capítulo V)
O AVCB será expedido, após vistoria, desde que as edificações e áreas de risco
estejam com suas medidas de segurança contra incêndio projetadas e executadas
de acordo com o projeto aprovado. (Artigo 9°)
129
Das Responsabilidades (Capítulo VI)
Cabe aos respectivos autores e/ou responsáveis técnicos, o detalhamento dos
projetos e instalações das medidas de segurança contra incêndio objeto deste
regulamento, e ao responsável pela obra, o cumprimento do que foi projetado (Artigo
16°).
Classificação das Edificações e Áreas de Risco (Capítulo VIII)
Para efeito deste Regulamento, as edificações e áreas de risco são classificadas:
I. Quanto à ocupação: de acordo com a Tabela 1;
II. Quanto à altura: de acordo com a Tabela 2;
III. Quanto à carga de incêndio: de acordo com a Tabela 3 (Artigo 22).
Medidas de Segurança Contra Incêndios (Capítulo IX)
Para a implementação e execução das medidas de segurança contra incêndio das
edificações e áreas de risco, devem ser atendidas as IT`s elaboradas pelo Corpo de
Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo (CBPMESP).
A seguir são apresentadas as tabelas que contemplam as exigências atinentes as
“Escolas em geral”.
Tabela 3.7: Classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação –Tabela 1 do Anexo do
Decreto (parcial).
Grupo Ocupação / Uso Divisão Descrição Exemplos
E
Educacional e
cultura física
E-1 Escola em geral
Escolas de primeiro, segundo e
terceiro graus, cursos supletivos
e pré-universitários e
assemelhados
Tabela 3.8: Classificação das edificações quanto à altura – Tabela 2 do Anexo do Decreto (parcial).
Tipo Denominação Altura
I Edificação Térrea Um pavimento
II Edificação baixa H 6,00 m
III Edificação de Baixa-Média Altura 6,00 m < H 12,00 m
IV Edificação de Média Altura 12,00 m < H 23,00 m
130
Tabela 3.9: Classificação das edificações e áreas de risco quanto à carga incêndio – Tabela 3 do
Anexo do Decreto.
Risco Carga de Incêndio MJ/m²
Baixo até 300 MJ/m²
Médio Entre 300 e 1.200 MJ/m²
Alto Acima de 1.200 MJ/m²
Tabela 3.10: Edificações do grupo e com área superior a 750 m² ou altura superior a 12,00 m –
Tabela 6E do Anexo do Decreto.
Grupo de Ocupação Grupo E – Educacional e Cultural
Divisão
E-1=E-2=E-3=E-4=E-5=E-6
Classificação quanto à altura (em metros)
Medidas de Segurança contra
Incêndio
Térrea H6 6<H 12<H23 23<H30
Acima
de 30
Acesso de Viatura na Edificação X
3
X
3
X
3
X
3
X
3
X
3
Segurança Estrutural contra Incêndio X X X X X X
Compartimentação Vertical X
1
X
1
X
2
Controle de Materiais de acabamento X X X X X X
Saídas de Emergência X X X X X X
Brigada de Incêndio X X X X X X
Iluminação de emergência X X X X X X
Alarme de incêndio X X X X X X
Sinalização de Emergência X X X X X X
Extintores X X X X X X
Hidrantes e Mangotinhos X X X X X X
Chuveiros Automáticos X
Notas específicas:
1. A compartimentação vertical será considerada para as fachadas e selagens dos shafts e
dutos de instalações;
2. Poderá ser substituído por controle de fumaça, detecção de incêndio e chuveiros
automáticos, exceto para as compatimentações das fachadas e selagens dos shafts e dutos
de instalações; e
3. Recomendado.
Notas Genéricas:
a. Edificações destinadas a escolas que possuam alojamentos ou dormitórios devem ser
protegidas pelo sistema de detecção de fumaça nos quartos; e
b. Os locais destinados a laboratórios devem ter proteção em função dos produtos utilizados.
131
As medidas de segurança contra incêndios devem estar de acordo com as
exigências contidas nas IT`s. Para os edifícios enquadrados no Grupo E, Divisão E-
1, as seguintes instruções técnicas devem ser atendidas:
Tabela 3.11: Instruções Técnicas a serem atendidas para edifícios educacionais
Medida de segurança Contra Incêndio Instrução Técnica
Acesso de viatura na edificação e áreas de risco IT N° 06/04
Segurança estrutural nas edificações – Resistência
ao fogo dos elementos de construção
IT N° 08/04
Compartimentação horizontal e vertical IT N° 09/04
Controle de materiais de acabamento e revestimento IT N° 10/04
Saídas de emergência IT N° 11/04
Brigada de incêndio IT N° 17/04
Iluminação de emergência IT N° 18/04
Sistema de detecção e alarme de incêndio IT N° 19/04
Sinalização de emergência IT N° 20/04
Sistema de proteção por extintores de incêndio IT N° 21/04
Sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate
a incêndio
IT N° 22/04
Sistema de chuveiros automáticos IT N° 23/04
Instruções Técnicas do DE 46.076/2001
Conforme já mencionado anteriormente, as IT`s foram revisadas em 2004. A seguir
será apresentado, de forma resumida, as IT`s pertinentes a este trabalho. A IT N°
23/04 não será analisada, tendo em vista que sua obrigatoriedade se dá somente
para edifícios com altura superior a 30 m, que não faz parte desta análise.
Convém ressaltar, que algumas Instruções Técnicas não possuem caráter
obrigatório, ou seja, são apenas recomendadas, podendo ou não ser atendida, não
implicando na aprovação do projeto. Dentre as IT`s apresentadas acima, a única que
possui caráter recomendatório é a IT N° 06/04.
Acesso de Viatura na Edificação e Áreas de Risco (IT N° 06/2004)
Esta Instrução Técnica fixa condições mínimas exigíveis para o acesso e
estacionamento de viaturas de bombeiros nas edificações e áreas de risco,
visando a disciplinar o seu emprego operacional na busca e salvamento de
132
vítimas e no combate a incêndios, atentando ao previsto no Decreto Estadual
N° 46.076/2001.
Tabela 3.12: Via de acesso e faixa de estacionamento
Largura mínima de 6,00 m.
Suportar viaturas com peso de 25.000 Kgf.
Desobstrução em toda a largura e com altura livre mínima
de 4,50 m.
Se o acesso for por portão, este deve ter largura mínima de
4,00 m e altura mínima de 4,50 m.
Características da via de
acesso
Vias de acesso que excedam 45 m de comprimento devem
possuir retorno circular, em formato de “Y” ou em formato
de “T”.
Largura mínima de 8,00 m.
Comprimento mínimo de 15,00 m.
Suportar viaturas com peso de 25.000 Kgf.
Desnível máximo não poderá ultrapassar o valor de 5%,
tanto na longitudinal quanto na transversal.
Pelo menos uma faixa de estacionamento deve existir em
uma das faces da edificação e que possua portas e/ou
janelas.
Distância máxima entre a faixa de estacionamento e a
edificação deve ser de 8,00m.
Deve estar livre de postes, painéis e árvores.
Características da faixa de
estacionamento
Deve estar adequadamente sinalizadas, com placas de
proibido estacionar ou parar e com sinalização no solo.
Edificações com altura menor
ou igual a 12,00 m
Edificações afastadas a mais de 20,00 m da via pública,
deve possuir via de acesso e faixa de estacionamento.
Edificações com altura
superior a 12,00 m
Edificações afastadas a mais de 20,00 m da via pública,
deve possuir via de acesso e faixa de estacionamento.
Segurança Estrutural nas Edificações – Resistência ao fogo dos elementos de
construção (IT N° 08/2004)
Esta Instrução Técnica estabelece as condições a serem atendidas pelos
elementos estruturais e de compartimentação que integram as edificações,
quanto aos Tempos Requeridos de Resistência ao Fogo, para que, em
situação de incêndio, seja evitado o colapso estrutural....
Os Tempos Requeridos de Resistência ao Fogo (TRRF) são aplicados aos
elementos estruturais e de compartimentação. São considerados como elementos
estruturais: lajes, painéis pré-moldados que apresentem função estrutural e painéis
alveolares utilizados para compartimentação.
133
Para comprovar os TRRF, são aceitas as seguintes metodologias:
Execução de ensaios específicos de resistência ao fogo em laboratórios;
Atendimento a tabelas elaboradas a partir de resultado obtido em ensaio de
resistência ao fogo;
Modelos matemáticos (analíticos) devidamente normatizados ou
internacionalmente reconhecidos.
Para efeito de compartimentação, admitem-se as metodologias a) e b) e para os
elementos estruturais, as três metodologias são aceitas.
Os elementos de compartimentação, incluindo as lajes, as fachadas, as paredes
externas, a selagens dos shafts e os dutos de instalações, devem ter, no mínimo, o
mesmo TRRF da estrutura principal da edificação, não podendo ser inferior a 60
minutos.
Dimensionamento de elementos estruturais em situação de incêndio
Para estruturas de aço, deve-se adotar a NBR-14323 - Dimensionamento de
estruturas de aço em edifícios em situação de incêndios. Recomenda-se que a
temperatura critica do aço seja tomada como um valor máximo de 550 °C para os
aços convencionais, ou calculada para cada elemento estrutural, conforme a norma
citada.
Para estruturas de concreto, adota-se a NBR-15200 - Projetos de estruturas de
concreto em situação de incêndio.
Compartimentação Horizontal e Compartimentação Vertical (IT N° 09/2004)
Esta Instrução Técnica estabelece os parâmetros da compartimentação
horizontal e compartimentação vertical, atendendo ao previsto no Decreto
Estadual N° 46.076/01.
Para edifícios escolares com altura até 12 m não é exigido nenhum tipo de
compartimentação, passa a ser exigida quando a altura ultrapassar 12 m.
134
Controle de Materiais de Acabamento e Revestimento (IT N° 10/2004)
Esta Instrução Técnica estabelece as condições a serem atendidas pelos
materiais de acabamentos e revestimento empregados nas edificações, para
que, na ocorrência de incêndio, restrinjam a propagação de fogo e o
desenvolvimento de fumaça, atendendo ao previsto no Decreto Estadual N°
46.076/01.
Material de revestimento é todo material ou conjunto de materiais aplicados nas
superfícies das edificações, tanto internamente como externamente, com objetivo de
atribuir características estéticas, de conforto térmico ou acústico, de durabilidade,
incluindo-se os pisos, forros e as proteções térmicas dos elementos estruturais.
A classe dos materiais a serem utilizados considerando o grupo/divisão da ocupação
em função da finalidade do material é apresentada de forma parcial, contemplando
apenas o uso a ser estudado, Tabela B do Anexo B (ver Tabela 3.13):
Tabela 3.13: Classificação dos materiais de acabamento – Tabela B do Anexo B (parcial).
Grupo/Divisão Finalidade do Material
Piso
Parede e
divisória
Teto ou forro
Acabamento/
Revestimento
Acabamento/
Revestimento
Acabamento/
Revestimento
E
Classe I, II-A, III-A
ou IV-A
Classe I, II-A, III-A Classe I, II-A
A classificação dos materiais conforme a velocidade de propagação de chama e
emissão de fumaça é apresentada de forma parcial, contemplando apenas a classe
de materiais pertinentes ao uso objeto desse trabalho, na Tabela A do Anexo A (ver
Tabela 3.14).
Tabela 3.14: Classificação dos materiais conforme a velocidade de propagação de chama e emissão
de fumaça.
Método de ensaio
Classe
ISSO 1182 NBR 9442 ASTM E 662
I Incombustível - -
II-A Combustível Ip25 Dm450
III-A Combustível 25<Ip75 Dm450
IV-A Combustíve 75<Ip150 Dm450
Ip - Índice médio de propagação superficial de chama.
Dm – Densidade ótica específica máxima de fumaça, para ensaios com chama e sem chama
135
Saídas de Emergência (IT N° 11/2004)
Esta Instrução Técnica estabelece os requisitos mínimos necessários para o
dimensionamento das saídas de emergência em edificações, a fim de que sua
população possa abandoná-las em caso de incêndio ou qualquer outro sinistro,
completamente protegida em sua integridade física, e também para permitir o
acesso de guarnições de bombeiros para o combate ao fogo ou retirada das
pessoas, atendendo ao previsto no Decreto Estadual N° 46.076/01.
As saídas de emergência são constituídas pelos seguintes componentes: acessos,
rotas de saídas horizontais, escadas e rampas e descarga, que devem ser
dimensionados em função da população da edificação. Para o cálculo da população
de cada pavimento deve-se considerar os coeficientes da Tabela 4 desta IT (ver
Tabela 3.15), considerando sua ocupação de acordo com a Tabela 1 do Decreto
Estadual N° 46.076/01.
Tabela 3.15: Tabela 4 da IT (parcial) - Dados para o dimensionamento das saídas de emergência
para E-1.
Ocupação Capacidade da U de passagem
Grupo Divisão
População
Acessos/
Descargas
Escadas/
Rampas
Portas
E E-1 a E-4
Uma pessoa por 1,50 m² de área de sala de
aula
F
100 60 100
(F) Auditórios e assemelhados, em escolas, bem como salões de festas e centos de convenções em
hotéis são considerados nos grupos de ocupação F-5 e F-6 e outros, conforme o caso.
A largura das saídas de emergência é dada pela seguinte fórmula:
N=P/C
Onde:
N: Número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro;
P: População, conforme coeficiente da Tabela 4 desta IT;
C: Capacidade da unidade de passagem conforme Tabela 4 desta IT.
136
A largura mínima das saídas de emergência, em qualquer caso, deve ser de no
mínimo 1,20 m, medida em sua parte mais estreita, não sendo admitidas saliências
de pilares, alizares e outros.
Distâncias máximas a serem percorridas
As distâncias máximas a serem percorridas (ver Tabela 3.16), para atingir um lugar
seguro (espaço livre fora do edifício, área de refúgio e escadas), a fim de garantir a
incolumidade das pessoas, devem considerar:
Acréscimo de risco quando a fuga for possível em apenas um sentido e em
função das características construtivas da edificação;
Redução de risco em caso de proteção por chuveiros automáticos ou
detectores ou pela facilidade de saída em edificações térreas.
Tabela 3.16: Tabela 5 da IT - Distância máximas a serem percorridas.
Sem chuveiros ou sem
detectores automáticos
Com chuveiros ou com
detectores automáticos Tipo de
edificação
Grupo e
divisão de
ocupação
Saída única
Mais de uma
saída
Saída única
Mais de uma
saída
X Qualquer 10 m 20 m 25 m 35 m
Y Qualquer 20 m 30 m 35 m 45 m
Z
C, D, E, F, G-3,
G-4, H, I, L e M
30 m 40 m 45 m 55 m
Número de saídas nos pavimentos
A quantidade e o tipo de saídas exigidas se dão em função da altura da edificação, dimensões em
planta e características construtivas de cada edificação, conforme Tabela 6 desta IT (ver
Tabela 3.17 e 3.18)). Caso seja necessário duas ou mais escadas de emergência, a
distância mínima de trajeto entre as suas portas de ser de no mínimo de 10 m.
137
Tabela 3.17: Tabela 6 da IT (parcial) - Número mínimo de saídas e tipos de escadas de emergência
para edifícios E-1 com área do pavimento 750 m².
Dimensão Área do pavimento 750 m²
Altura em metros Térrea
H 6 6 < H 12 12 < H 30
Acima de 30
Ocupação
Gr. Div.
N°s N°s
Tipo
Esc.
N°s
Tipo
Esc.
N°s
Tipo
Esc.
N°s
Tipo
Esc.
E E-1 1 1 NE 1 NE 1 EP 2 PF
Tabela 3.18: Tabela 6 da IT (parcial) - Número mínimo de saídas e tipos de escadas de emergência
para edifícios E-1 com área do pavimento > 750 m².
Dimensão Área do pavimento > 750 m²
Altura em metros Térrea
H 6 6 < H 12 12 < H 30
Acima de 30
Ocupação
Gr. Div.
N°s N°s
Tipo
Esc.
N°s
Tipo
Esc.
N°s
Tipo
Esc.
N°s
Tipo
Esc.
E E-1 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PF
Portas de saída de emergência
As portas das rotas de saídas e aquelas das salas com capacidade superior a 50
pessoas devem abrir no sentido da fuga. A largura das portas comuns ou corta-fogo,
utilizadas nas rotas de saída de emergência, devem ser dimensionadas conforme a
fórmula já apresentada, devendo ter as seguintes dimensões mínimas:
a) 80 cm, valendo por uma unidade de passagem;
b) 1 m, valendo por duas unidades de passagem;
c) 1,5 m, em duas folhas, valendo por três unidades de passagem;
d) 2 m, em duas folhas, valendo por quatro unidades de passagem.
As portas das antecâmaras das escadas à prova de fumaça e das paredes corta-
fogo devem ser do tipo corta-fogo (PCF), obedecendo à NBR 11742, no que lhe for
aplicável.
138
Escadas
Qualquer edificação que possuir pavimentos sem saída em nível para o espaço livre
exterior, deve ser dotada de escadas, que precisam atender as seguintes
exigências:
a) Ser constituída de material estrutural incombustível;
b) Possuir TRRF conforme a IT N° 9;
c) Atender às condições estabelecidas na IT N° 10 quanto aos matérias de
acabamento e revestimento;
d) Ser dotada de guardas em seus lados abertos e corrimão de ambos os lados;
e) Atender a todos os andares e terminando obrigatoriamente no pavimento de
descarga;
f) Ter pisos antiderrapantes.
A largura das escadas deve ser proporcional ao número de pessoas que por ela
devam transitar em caso de emergência. Os degraus devem ter altura compreendida
entre 16 cm e 18 cm, com tolerância de 0,5 cm e largura dimensionada pela fórmula
de Blondel (63 cm (2h+b) 64 cm).
As escadas nessa IT são classificadas em: escadas não enclausuradas ou escada
comum (NE), escadas enclausuradas protegidas (EP), escada enclausuradas à
prova de fumaça (PF), escadas à prova de fumaça pressurizada (PFP) e escada
aberta externa (AE). Para os edifícios classificados em E-1, objeto desta dissertação,
apenas as escadas do tipo EP e PF são exigidas. Abaixo apresentaremos as
exigências para esses tipos de escadas.
139
Tabela 3.19: Exigências para escadas enclausuradas protegidas (EP).
Ter suas caixas isoladas por paredes resistentes ao fogo, por no mínimo, 2 h.
Possuir PCF com resistência mínima de 90 minutos.
Ser dotadas em todos os pavimentos de janelas abrindo para o espaço livre exterior.
Ser dotadas de janelas que permita a ventilação em seu término superior, com área mínima de 0,80
m², devendo estar localizada na parede junto ao teto ou no máximo a 15 cm deste, no término da
escada.
Possuir ventilação permanente inferior, com área de 1,20 m² no mínimo, devendo ficar junto ao solo
da caixa de escada podendo ser no piso do pavimento térreo ou no patamar intermediário entre o
pavimento térreo e o pavimento imediatamente superior, que permita a entrada de ar puro.
Tabela 3.20: Exigências para escadas enclausuradas à prova de fumaça (PF).
Ter suas caixas enclausuradas por paredes resistentes ao fogo de no mínimo, 4 h.
Ter ingresso por antecâmaras ventiladas, terraços ou balcões.
Ser providas de PCF com resistência ao fogo de no mínimo, 60 minutos.
Tabela 3.21: Exigências para antecâmaras de ingresso nas escadas enclausuradas.
Ter comprimento mínimo de 1,80 m e pé direito mínimo de 2,50 m.
Ser dotadas de PCF na entrada e na comunicação com a caixa de escada, com resistência ao
fogo de no mínimo, 2 horas.
Ser ventiladas por dutos de entrada e saída de ar.
Ter a abertura de entrada de ar do duto respectivo situada junto ao piso ou, no máximo, a 15 cm
deste, com área mínima de 0,84 m² e quando retangular, obedecendo à proporção máxima de 1:4
entre suas dimensões.
Ter abertura de saída de ar do duto respectivo situada junto ao teto ou no máximo, a 15 cm deste,
com área mínima de 0,84 m² e, quando retangular, obedecendo à proporção máxima de 1:4 entre
suas dimensões.
Ter paredes resistentes ao fogo por no mínimo 120 minutos.
Guarda-corpos e corrimãos
Toda saída de emergência, corredores, balcões, terraços, mezaninos, galerias,
patamares, escadas, rampas e outros devem ser protegidas em ambos os lados, por
paredes ou guardas (guarda-corpo), contínuas, sempre que o desnível for maior que
19 cm, e ainda ter altura mínima, medida internamente, de 1,05 m, podendo ser
reduzidas para 0,92 nas escadas internas. Para as escadas externas, devem ser de
no mínimo 1,30 m.
140
Os corrimãos devem ser instalados em ambos os lados das escadas ou rampas,
devendo estar situados entre 80 cm e 92 cm acima do nível do piso; devem estar
afastados 40 mm, no mínimo das paredes ou guardas às quais forem fixados. Não é
aceitável, em saídas de emergência, corrimãos com arestas vivas.
Brigada de Incêndio (IT N° 17/2004)
Esta Instrução Técnica estabelece as condições mínimas para a formação,
treinamento e reciclagem da brigada de incêndio para atuação em edificações
e áreas de risco no Estado de São Paulo.
A brigada de incêndio deve ser composta por um porcentual da população fixa,
estabelecida no Anexo A desta IT (ver Tabela 3.22), considerando-se o grupo e a
divisão de ocupação em planta. Para população maior que 10 pessoas, considerar o
cálculo:
[(população fixa por pavimento de 10 pessoas) x (%de calculo da coluna
“I” do anexo A)] + [(população fixa por pavimento menos 10 pessoas) x
(% de cálculo da coluna “2”(C2) do Anexo A)]
Tabela 3.22: Porcentual de cálculo para composição da brigada de incêndio – Anexo A desta IT
(parcial).
População fixa por
pavimento
-
Coluna 1 Coluna 2
Grupo
Divisão Descrição
Até 10 Acima de 10
Educacional
E-1 Escola em geral 40% 20%
O curso de formação de brigada de incêndio deve ter carga horária mínima de 12
horas, abrangendo as partes teóricas e práticas, sendo de caráter obrigatório aos
candidatos. O currículo básico do curso deve conter, no mínimo, o conteúdo disposto
no Anexo B desta IT.
141
Quando da solicitação do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) ou de sua
renovação, será exigido o Atestado de Formação de Brigada de Incêndio, emitido
por profissional habilitado.
Iluminação de Emergência (IT N° 18/2004)
Esta Instrução Técnica fixa as condições necessárias para o projeto e
instalação do sistema de iluminação de emergência em edificações e áreas de
risco, atendendo ao previsto no Decreto Estadual N° 46.076/01.
Esta IT adota a NBR 10.898/1999 – Sistema de iluminação de emergência, naquilo
que não contraria o disposto nesta IT.
Quando as tubulações e suas conexões forem aparentes, essas devem ser
metálicas ou de PVC rígido do tipo antichama, conforme NBR 6.150/1980 –
Eletroduto de PVC rígido.
A distância máxima entre dois pontos de aclaramento deve ser no máximo de 15 m
ponto a ponto, entretanto, outros distanciamentos podem ser aceitos desde que
atenda à NBR 10.898/1999.
Sistema de Detecção de Alarme de Incêndio (IT N° 19/2004)
Esta Instrução Técnica estabelece “os requisitos mínimos necessários para o
dimensionamento dos sistemas de detecção e alarme de incêndio, na segurança e
proteção de uma edificação”.
Tem por objetivo, também, adequar o texto da NBR 9441/1998 – Execução de
sistemas de detecção e alarme de incêndio, para aplicação na análise e vistoria dos
projetos técnicos de proteção contra incêndio.
Todo sistema deve ter duas fontes de alimentação, a principal constituída pela rede
de tensão alternada e a auxiliar, constituída por baterias ou “no-break”. A segunda
fonte indicada deve ter autonomia mínima de 24 horas em regime de supervisão,
sendo que no regime de alarme deve ser no mínimo de 15 minutos, a fim de suprir
as indicações sonoras e/ou visuais ou o tempo para evacuação do edifício.
142
A central de alarme/detecção deve ficar em local de constante vigilância humana e
de fácil visualização, e quando solicitado, deve acionar o alarme geral da edificação,
que deve ser audível em toda edificação.
A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa, até atingir um acionador
manual mais próximo, não deve ser superior a 30 m, e estar preferencialmente,
localizados junto aos hidrantes. Os edifícios com mais de um pavimento, devem ter
pelo menos um acionador manual em cada pavimento.
Nas centrais de detecção e/ou alarme é obrigatório um painel/esquema ilustrativo
indicando a localização dos acionadores manuais ou detectores dispostos na
edificação.
Sinalização de Emergência (IT N° 20/2004)
Esta Instrução Técnica fixa as condições exigíveis que devem satisfazer a
sistema de sinalização de emergência em edificações e áreas de risco,
atendendo ao previsto no decreto Estadual N° 46.076/01.
Tem como finalidade reduzir o risco de ocorrência de incêndio, alertar para os riscos
existentes, garantir que ações adequadas sejam tomadas, facilitar a localização dos
equipamentos e das rotas de saída para que seja feito o abandono seguro da
edificação em caso de incêndio.
A sinalização de emergência divide-se em duas categorias, ou seja, a sinalização
básica e a sinalização complementar.
Sinalização básica é um conjunto mínimo de sinalização que uma edificação deve
apresentar, é constituído por quatro categorias, sendo:
a) Proibição: tem por objetivo proibir e coibir ações capazes de conduzir ao início
do incêndio ou seu agravamento;
b) Alerta: tem por objetivo alertar para áreas e materiais com potencial risco de
incêndio, explosão, coques elétricos e contaminação por produtos perigosos;
143
c) Orientação e salvamento: tem por objetivo indicar as rotas de saída a as
ações necessárias para o seu acesso e uso;
d) Equipamentos: tem por objetivo indicar a localização e os tipos de
equipamentos de combate a incêndios e alarmes disponíveis no local.
A sinalização básica deve ser implantada “em função de características específicas
de uso e de riscos, bem como em função de necessidades básicas para a garantia
da segurança contra incêndios e pânico na edificação.”, atendendo aos
procedimentos específicos desta IT.
Sinalização complementar é um conjunto de sinalização composto por faixas de cor,
símbolos ou mensagens escritas e complementares, a sinalização básica, porém
independentes.
Requisitos básicos para que a sinalização possa ser visualizada e compreendida no
interior da edificação:
a) Deve destacar-se da comunicação visual;
b) Não deve ser neutralizada pelas cores de paredes e acabamentos;
c) Deve ser instalada perpendicularmente aos corredores;
d) Devem seguir as regras, termos e vocábulos da língua portuguesa, podendo
complementarmente, e nunca exclusivamente, adotar língua estrangeira;
e) As sinalizações básicas destinadas à orientação e salvamento, alarme de
incêndio e equipamentos de combate a incêndio devem possuir efeito
fotoluminescente;
f) Sinalizações complementares de indicação continuada das rotas de saída e
indicação de obstáculos devem possuir efeito fotoluminescente;
144
Para confecção das sinalizações de emergência, os seguintes materiais podem ser
utilizados:
a) Placas em material plástico;
b) Chapas metálicas;
c) Outros materiais semelhantes.
No anexo A desta IT, nas Tabelas 1,2, e 3 são estabelecidas as formas geométricas
e dimensões para a sinalização de emergência, a altura mínima das letras em placas
em função da distância de leitura, bem como as cores de segurança e contraste.
No anexo B desta IT são apresentados os símbolos adotados para sinalização de
emergência.
Sistemas de Proteção por Extintores de Incêndio (IT N° 21/2004)
Esta Instrução Técnica estabelece critérios para proteção contra incêndios em
edificações e áreas de risco por meio de extintores de incêndio (portáteis ou
sobre rodas), atendendo ao previsto no Decreto Estadual N° 416.076/01.
A distância máxima a ser percorrida para que o operador possa alcançar os
extintores de ser de:
Risco baixo com carga de incêndio até 300Mj/m² : 25 m;
Risco médio com carga de incêndio entre 300 e 1.200 Mj/m²: 20 m;
Risco alto com carga de incêndio acima de 1.200 Mj/m²: 15 m.
Os extintores devem ser adequados à classe de incêndio predominante dentro da
área a ser protegida. Cada pavimento deve possuir, no mínimo, duas unidades
extintoras, sendo uma para incêndios de classe A e outra para classe B e C. A
menos de 5 m da entrada principal e das escadas nos demais pavimentos deve ser
instalado pelo menos um extintor.
145
Devem ser instalados extintores de incêndio, independente da proteção geral, em
locais de riscos especiais, tais como:
Casa de caldeiras;
Casa de bombas;
Casa de força elétrica;
Casa de máquinas.
Quando instalados em paredes ou divisórias, a altura de fixação do suporte deve ser
no máximo de 1,60 m do piso. Permite-se a instalação no piso acabado, desde que
apoiados em suportes apropriados, com altura recomendada entre 0,10 e 0,20 m do
piso. Os extintores não devem ser instalados em escadas.
“Os extintores devem possuir marca de conformidade concedida por órgão
credenciado pelo Sistema Brasileiro de Certificação.”
Sistema de Hidrantes e de Mangotinhos para Combate a Incêndio (IT N°
22/2004)
Esta Instrução Técnica fixa as condições necessárias exigíveis para
dimensionamento, instalação, manutenção, aceitação e manuseio, bem como
as características dos componentes de sistema de hidrantes e/ou de
mangotinhos para uso exclusivo de combate a incêndio.
Conforme especificado na Tabela 2 desta IT (ver Tabela 3.23), os sistemas de
combate a incêndio estão classificados em sistema de mangotinho (tipo 1) e sistema
de hidrantes (tipo 2,3,4 e 5).
146
Tabela 3.23: Tipos de sistemas de proteção por hidrante ou mangotinho – Tabela 2 desta IT.
Mangueiras de incêndio
Tipo Esguicho
Diâmetro
(mm)
Comprimento
máximo (m)
Número de
expedições
Vazão mínima no
hidrante mais
desfavorável
(l/min)
1 jato regulável 25 ou 32 45
3)
simples 80
1)
ou 100
2)
2
jato compacto & 13
mm ou regulável
40 30 simples 130
3
jato compacto & 16
mm ou regulável
40 30 simples 200
4
jato compacto & 19
mm ou regulável
40 ou 65 30 simples 400
5
jato compacto & 25
mm ou regulável
65 30 duplo 600
1-Edificações enquadradas nos grupos A, E, F-2 e F-3 da Tabela 3.
2- Demais ocupações da Tabela 3, que utilizam sistemas 1 ou 2, não enquadradas na nota 1).
3- Acima de 30 m de comprimento de mangueiras semi-rigidas é obrigatório o uso de carretéis axiais.
A Tabela 3 (ver Tabela 3.24) especifica o volume mínimo para a reserva de incêndio,
separados grupo de ocupação e uso, abaixo apresentaremos os tipos de sistemas
especificados para edifícios escolares.
Tabela 3.24 - Tipo de sistemas e volume de reserva de incêndio mínima (m³) - Tabela 3 desta IT
(parcial).
Classificação das edificações e áreas de risco conforme Tabela 1 do
Decreto Estadual N° 46.076/01
Áreas das edificações e áreas de
risco
E-1, E-2, E-3, E-4, E-5, E-6
Até 2.500 m² Tipo 1 - R.I. 5 m³ Tipo 2 - R.I. 8 m³
Acima de 2.500 até 5.000 m² Tipo 1 - R.I. 8 m³ Tipo 2 - R.I. 12 m³
Acima de 5.000 até 10.000 m² Tipo 1 - R.I. 12 m³ Tipo 2 - R.I. 18 m³
Acima de 10.000 até 20.000 m² Tipo 1 - R.I. 18 m³ Tipo 2 - R. I. 25 m³
Acima de 20.000 até 50.000 m² Tipo 1 - R.I. 25 m³ Tipo 2 - R.I. 35 m³
Acima de 50.000 m³ Tipo 1 - R.I. 35 m³ Tipo 2 - R.I. 47 m³
Para a Reserva de Incêndio (R.I.), não será admitida utilização de reservatórios
superiores e inferiores conjugados a fim de atender a R.I. mínima estabelecida. A R.
I. deve ser construída em material resistente que garanta a resistência ao fogo e
resistência mecânica.
Importante destacar, que independente do sistema adotado, deve ser previsto
dispositivo de recalque, consistindo de um prolongamento da rede de diâmetro no
147
mínimo igual ao da tubulação principal, provido em sua extremidade com junta de
união tipo “engate rápido”, podendo este estar situado no passeio público, na
fachada principal da edificação ou muro de divisa com a rua.
Os pontos de tomada de água dos hidrantes e dos mangotinhos devem ser
posicionados:
a) Nas proximidades das portas externas, escadas e/ou acesso principal a
ser protegido, a não mais de 5,00 m;
b) Em posições centrais nas áreas protegidas, devendo atender ao item
1) obrigatoriamente;
c) Fora das escadas ou antecâmaras a prova de fumaça;
d) De 1,00 m a 1,50 m do piso.
Independente do tipo de sistema especificado, quando do dimensionamento da rede,
deve-se considerar o uso simultâneo de dois jatos de água mais desfavoráveis,
devendo observar ainda, as vazões mínimas especificados na Tabela 2 desta IT.
Quanto às bombas de incêndio acopladas a motores elétricos, essas devem atender
ao disposto nesta IT conforme segue:
Dispor de acionamento manual ou automático;
Seus condutores devem ser protegidos contra danos físicos, mecânicos,
químicos, umidade e fogo.
Possuir alimentação elétrica independente do consumo geral, de forma a
permitir o desligamento sem prejuízo ao funcionamento da mesma;
Possuir placa de identificação indicando suas características.
148
Tendo-se em vista que até 1983 o Estado de São Paulo não possuía legislações que
contemplassem a questão da segurança contra incêndios, procurou-se identificar
quais eram as exigências contidas nas legislações do Município de São Paulo de
forma ampla e para todos os usos, visto que até então não existia uma divisão
claramente definida. A partir da Lei Municipal N° 8.266 de 1975, foram apresentadas
as disposições específicas relativas à segurança contra incêndios para edifícios de
uso educacional.
Somente em 1975, com a promulgação do Código de Obras do Município de São
Paulo, é que as exigências relativas à segurança contra incêndio foram definidas de
forma mais aprofundada. A partir de então, determina-se, pela primeira vez, de
forma explícita, as proteções passivas e ativas que devem ser instaladas nas
edificações, de acordo com o uso e risco. Passa-se a exigir a instalação de
hidrantes, reservatório de incêndio, chuveiros automáticos, detectores de fumaça,
sinalização de alarme e saída, iluminação de emergência, extintores, etc. Com
relação às escolas, o CO/75 determina que as de primeiro grau não poderão ter
mais de dois andares, define a largura mínima para as escadas, a relação de
pessoas por metro quadrado, o percurso máximo a ser percorrido até se atingir uma
escada e o espaçamento mínimo entre essas, ou seja, é o primeiro Código de Obras
a exigir, de forma clara e abrangente, medidas relativas à segurança contra incêndio.
Em 1983, com a promulgação do Decreto Estadual N° 20.811, e em cumprimento a
Lei N° 684 de 30 de setembro de 1975, estado e município passam a atuar de forma
conjunta em questões relativas à obtenção de alvará de construções e habite-se.
Vale ressaltar que para a maioria dos municípios do Estado de São Paulo esta foi a
primeira e única regulamentação de segurança contra incêndios. Outra questão a
ser destacada é que para o cumprimento de algumas exigências, este decreto
remete às normas da ABNT. Trata-se da primeira legislação estadual relativa à
segurança contra incêndios.
O Decreto N° 38.069 de 1993, traz poucas alterações se comparadas ao de 1983
para edifícios escolares.
Revogando as disposições contidas na Lei Municipal 8.266 de 1975, o COE de
1992, diferentemente do anterior, que apresentava uma série de informações
149
técnicas, considera estas como sendo responsabilidade do profissional projetista,
recomendando o uso das Normas Técnicas Oficiais (NTO) da ABNT.
Em 2001, a promulgação do Decreto Estadual N°46.076, traz consigo uma
formatação mais clara e passa a contemplar medidas de segurança contra incêndio
de forma mais ampla e detalhada.
Em seguida, em 22 de dezembro de 2001, foram promulgadas as 38 Instruções
Técnicas (IT`s) que estabelecem os critérios técnicos e administrativos para
aplicação das medidas de segurança, passando a vigorar a partir de 22 de abril de
2002. Em 2004, as IT`s passaram por uma revisão, tendo sido republicadas e
entrado em vigor a partir de 02 de julho de 2004.
Segundo Negrisolo (2006), “Com esse Decreto mais as Instruções Técnicas o Corpo
de Bombeiros de São Paulo passou a abranger, em sua regulamentação, todas as
medidas de proteção contra incêndio, conhecidas e usadas nos países
desenvolvidos”.
150
EM BRANCO
151
4. O CÓDIGO BASEADO EM DESEMPENHO E OS MODELOS MATEMÁTICOS
UTILIZADOS NA ENGENHARIA DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
Segundo Pursals (2005), há milhares de anos o homem ocupa edifícios cujos
desenhos lhe permite abandoná-los de forma razoavelmente segura. Segundo Fruin
(1987 apud PURSAL, 2005), uma das primeiras referências escritas acerca do
dimensionamento das saídas em edifícios acha-se no livro das leis do hebraísmo,
chamado Talmud, e nas construções egípcias, onde se observa uma repetição e
evolução dos elementos de desenho, manifestando uma transcrição de
determinados conceitos. No mundo greco-romano, as construções que tinham
capacidade de reunir grandes concentrações de público, tais como os circos, teatros
e o Coliseu; apresentavam tempos de abandono razoavelmente curtos.
O problema com incêndio e a conseqüente evasão das pessoas dos edifícios onde
ele ocorre, tornou-se mais significativo nos edifícios complexos a partir da metade do
século XIX, pois, além de mais altos, tais edifícios passaram a concentrar maior
carga de incêndio e também a reunir grandes quantidades de pessoas.
Segundo Ono (1997), um incêndio ocorrido no Lakewood Grammar School em Ohio,
EUA, em 1908, deixou 175 vítimas fatais, e outro, em uma escola primária em
Chicago, EUA, em 1958, deixou um saldo de 95 mortos, sendo que 93 eram
crianças.
Regulamentações têm sido criadas e aperfeiçoadas a fim de minimizar os efeitos
devastadores que o fogo indesejado causa às propriedades, pessoas e ao meio
ambiente.
Até o início da década de 1970, as regulamentações utilizadas em várias partes do
mundo possuíam um cunho prescritivo, ou seja, o profissional projetava para estar
em conformidade com as regulamentações e normas. A partir de 1970, teve início
uma mudança no paradigma prescritivo, visto que com o desenvolvimento da
engenharia de segurança contra incêndio, novas possibilidades passaram a ser
consideradas, sem que a segurança contra incêndio fosse diminuída. Desde então,
tem-se percebido um crescente interesse pelo projeto baseado em desempenho,
principalmente nos países desenvolvidos. Segundo Beck (1997 apud MATTEDI,
152
2005), “Existem três principais razões para a introdução do conceito do performance-
based design: promover inovações, implementar projetos que atendam à relação de
custo/eficiência e estimular a normalização de aplicação internacional”.
No projeto de segurança contra incêndios baseado em desempenho, as ferramentas
de projeto e de cálculo são utilizadas para equacionar ou definir qual solução é a
mais apropriada para um projeto específico.
Uma das ferramentas utilizadas para avaliar os meios de escape em projetos
baseados em desempenho, a fim de avaliar o tempo necessário para que as
pessoas possam abandonar o edifício, antes que as condições ambientais se tornem
críticas, são os modelos matemáticos de abandono.
A seguir são apresentados os seguintes itens:
abordagem histórica;
conceito de projeto baseado em desempenho;
modelos matemáticos utilizados na engenharia de segurança contra incêndio,
a partir da análise dos trabalhos realizados por Olenick; Carpenter (2002) e
Kuligowski; Peacock (2005).
O objetivo principal deste capítulo é compreender o conceito de desempenho
aplicado ao projeto de segurança contra incêndios e quais são os modelos
matemáticos utilizados neste processo; além de discutir as circunstâncias em que os
modelos de abandono são utilizados.
4.1. Abordagem Histórica
A fim de se compreender como se deu processo de implantação do conceito do
sistema baseado em desempenho em âmbito internacional, uma abordagem
histórica, mesmo que sucinta, se faz necessária.
O conceito de desempenho aplicado a edifícios não é novo, remonta a milhares de
anos (GROSS, 1996). A abordagem de desempenho é uma maneira de pensar
153
sobre os problemas e as soluções, na qual se define o resultado esperado, ao invés
de se descrever qual o caminho a ser trilhado para atingí-lo.
Segundo Gross (1996), é creditada ao Rei Hammurabi, que reinou na Babilônia
entre 1955 AC até 1913 AC, a primeira regulamentação edilícia. No Museu do
Louvre, em Paris, existe um obelisco com inscrições que datam de
aproximadamente 4000 anos atrás, com citações do Rei Hammurabi relativas às
construções de edifícios.
Artigo 229: O construtor que construir uma casa para um homem e seu
trabalho não for forte e a casa que ele construiu cair e matar o proprietário,
aquele construtor deve ser morto.
Esse artigo é uma declaração de desempenho. Embora incompleta, pois remete a
apenas a uma exigência do usuário, ou seja, a segurança estrutural, ela não diz
qualquer coisa sobre as maneiras e os meios para atingir estes resultados; tais
como: espessura das paredes, tamanho das peças estruturais ou materiais que
serão utilizados, mas deixa claro o resultado final em termos de exigências.
Ainda segundo Gross (1996), há aproximadamente 2000 anos, o arquiteto Marcus
Vitruvius Pollio, em seus Dez livros sobre Arquitetura, Livro I, ponderou como os
edifícios deveriam satisfazer às exigências dos usuários.
Embora a preocupação com desempenho em uso seja muito antiga, somente no
século passado uma metodologia foi desenvolvida e aplicada. Uma publicação de
1925, denominada Recommended Practice for Arrangement of Building Codes,
preparada por um comitê do National Bureau of Standards (NBS), antecessor do
National Institute of Standards and Technology (NIST) dos EUA, contém a seguinte
declaração:
Sempre que possível, as exigências devem ser declaradas em termos de
desempenho, tendo-se por base os resultados de testes para condições de
serviço, ao invés de dimensões, métodos detalhados ou especificação de
materiais. Caso contrário, novos materiais que ayenderiam satisfatoriamente e
economicamente demandas para construções, poderiam estar restritos do uso,
obstruindo o progresso da indústria.
154
No início da década de 1970, uma cooperação entre a International Union of
Laboratories and Experts in Construction Materials, System and Structures (RILEM),
a Americam Society for Testyng end Materials (ASTM) e o International Council for
Reserch and Innovation in Building and Construction (CIB), fomentou o primeiro
simpósio internacional sobre o conceito de desempenho em edifícios, na Filadélfia,
EUA. O segundo simpósio, patrocinado pelas mesmas organizações, foi sediado em
Lisboa, Portugal, em 1982 (GROSS,1996).
Nas últimas quatro décadas, aproximadamente, o sistema baseado em desempenho
tem demonstrado um grande avanço, principalmente pelo impulso tecnológico que
tem ocorrido em algumas áreas, tais como a de materiais, ferramentas de análise e
do conhecimento da dinâmica do incêndio. Com estas mudanças, os códigos de
segurança contra incêndios e os de edificações ao redor do mundo começaram a
mudar, a fim fazer uso desse novo conhecimento (LORD; MARRION, 2003).
Num curto espaço de tempo, o processo evolutivo do sistema baseado em
desempenho demonstrou um significativo progresso, conforme pode ser visto na
Figura 4.1.
Figura 4.1: Processo evolutivo do sistema baseado em desempenho.
Fonte: Mattedi (2005, p. 36).
A década de 1980 pode ser considerada como um período em que os conceitos e
metodologias relacionados ao sistema baseado em desempenho consolidaram-se,
principalmente devido ao aprimoramento das ferramentas e do conhecimento
técnico.
Até a década
de 1970
Década de 1980
Década de 1990 até os
dias atuais
debate de idéias
organização
sistematizada dos
conceitos
grande evolução;
impulso mundial
(códigos, pesquisas,
aprofundamento técnico-
científico
155
Atualmente existem vários países na vanguarda em matéria de normas e
regulamentações que enfocam o sistema baseado em desempenho, tais como:
Reino Unido (1984), Nova Zelândia (1992), Austrália (1998), Canadá (1995-2003),
Países Baixos (1996), Suécia (1994), Noruega (1998), Estados Unidos (2001),
Japão (2000), e mais recentemente, em 2006, a Espanha.
4.2. O Conceito de Desempenho
Em 1970, o então International Council for Building Research and Documentation,
comumente conhecido como CIB
1
, criou a comissão W060 a fim de discutir o
conceito de desempenho em edifícios. Com o objetivo de enfocar e ampliar a
discussão sobre esse conceito, faz-se necessário compreender em qual
circunstância esta comissão foi criada. Para tanto, nos basearemos no relatório N°
32 do CIB de 1975 denominado: The performance concept and its terminology (CIB,
1975) que apresenta o seguinte comentário:
O mercado está sendo progressivamente saturado por novos materiais e
produtos que fornecem mais possibilidades do que às quais estávamos
acostumados. Entretanto, em se tratando de edificação, existe o problema de
como avaliar se os novos produtos são aplicáveis ou não. Um procedimento
comum tem sido comparar os novos produtos com aqueles que conhecemos e
solicitar que estes novos produtos sejam tão bons quanto àqueles com os
quais estamos familiarizados, ao menos nas propriedades essenciais.
Este procedimento é, no entanto, dificilmente aceito hoje em dia, porque na
realidade ninguém sabe se as propriedades dos produtos reconhecidos são
necessárias, e se necessárias, se são realmente satisfatórias.
Com relação ao fato de estarmos abertos ao desenvolvimento de novos
produtos e a evolução de ambos, dos novos produtos e dos existentes, torna-
se necessário começarmos a considerar as funções que um produto deva
satisfazer e em quais condições de solicitação eles podem ser expostos.
1
Conseil International du Bâtiment em 1998 mudou para International Council for Research and
Innovation in Building and Construction (CIB).
156
A fim de caracterizarmos o fato de que os produtos devem ter certas
propriedades que os habilitem para suas funções quando expostos ao estresse
(solicitações), a palavra desempenho foi escolhida.
Como o desenvolvimento das edificações tem sido necessário, as
possibilidades para satisfazer estas necessidades têm sido cada vez maiores.
Não podemos seguir por muito tempo conformados em fazer apenas o que
sabemos.
O uso do conceito de desempenho sugere tentar definir como os resultados
que se almeja será satisfeito, sem recorrer à descrição de qual deve ser o
resultado. Com isto, uma nova possibilidade se abre.
Este relatório do CIB, parcialmente traduzido e reproduzido aqui, consegue explicar
o conceito de desempenho até alguns anos distante da construção civil. O uso do
conceito de desempenho estimula a aplicação de novas tecnologias, fato inerente ao
mundo globalizado em que os novos métodos tendem a substituir os antigos.
Rojas e Casals (2006), apresentam algumas definições do termo desempenho
estabelecido por instituições e organizações internacionais, sendo:
a) Desempenho (abordagem): É a prática de pensar e funcionar em termos dos fins
ante os meios, é uma preocupação com o que um edifício é requerido a fazer e
não com a descrição de como deve ser construído (CIB 64, 1982).
b) Desempenho: É um conjunto de características qualitativas e quantitativas
claramente identificáveis de um edifício que possibilita avaliar se sua capacidade
de funcionamento satisfaz ao que foi projetado (Código Técnico de la Edificación
Espanõl).
c) Desempenho (de uma instalação): É o comportamento de uma instalação para
uso/emprego especificado (ISO/TC 59/SC3 Document N474: Performance
standards in buildings – levels of functional requeriments and levels of
serviceability – Part 1: Principles).
157
d) Desempenho (em uso): É um nível qualitativo de uma característica ou
propriedade crítica em qualquer ponto de tempo considerado (ISO/FDIS 15686 –
1:2000(E), 3.3.3).
e) Desempenho (exigências) É um nível de desempenho apropriado que deve ser
alcançado por materiais, componentes, projetos e métodos de construção, com o
objetivo de que uma edificação alcance bases relevantes de funcionamento
(Guide to the Building Code of Austrália, 1996).
f) Desempenho (especificações): Declaração que define o funcionamento requerido
para um material de construção, elemento, subsistema ou sistema em um
documento contratual (International Centre for Facilities, 2000).
g) Desempenho (padronização): Medida ou padrão que define o funcionamento
requerido de material de construção, elemento, subsistema ou sistema de um
edifício (ASTM E632).
h) Desempenho: É uma expressão quantitativa (de valor, escala, classe ou de nível)
do comportamento ou da conduta total dos trabalhos, de uma parte dos trabalhos
ou do produto, para uma ação que esta sujeita ou é gerada em condições de
serviço solicitadas ou para condições de emprego requerida (European
Commission, Construction Products Directive, Meaning of common terms used in
interpretative Documents, 2002).
Como pode ser observado, o conceito de desempenho tem diversos significados e é
extremamente amplo, permeando desde o conjunto do edifício, das instalações, do
sistema hidráulico, mecânico, estrutural até os projetos. De acordo com Bramwel
apud Rojas; Casals (2006), não existe uma definição mundialmente adotada para o
conceito de desempenho, mas sim uma visão comum.
Muitos países têm percebido que a forma tradicional, puramente prescritiva, nem
sempre oferece uma flexibilidade necessária que satisfaça as especificações de
projeto, as necessidades funcionais ou mesmo os mais modernos métodos de
projeto e de construção.
158
Segundo Meachan et al. (2002), o conceito de desempenho nas regulamentações de
edifícios tende a aumentar a flexibilidade, reduzir as barreiras para as inovações,
aumentar a habilidade para integrar os processos, reduzir os custos gerais e
aumentar o campo de fornecedores.
A diferença entre os códigos prescritivos e os baseados em desempenho é que o
último está focado em resultados aceitáveis e não num conjunto de soluções
aceitáveis (LORD; MARRION, 2003).
O conceito de desempenho proporciona um marco flexível e técnico para a
elaboração de projetos e na construção dos edifícios. O seu uso consiste em traduzir
as necessidades humanas aos requisitos de funcionamento técnico, colocando-os
em execução dentro de um marco regulador com códigos, normas e especificações
para permitir que a construção de edifícios proporcione um funcionamento
satisfatório a longo prazo.
Em 1982, o CIB definiu o conceito nos seguintes termos: O conceito de desempenho
é em primeiro lugar e antes de mais nada, a prática de pensar e trabalhar os
resultados ao invés dos meios. Essa é uma preocupação com o que o edifício é
solicitado a fazer e não com as prescrições de como ele deve ser construído
Meachan et al. (2002).
Segundo Rojas e Casals (2006), o conceito de desempenho em edifícios está
baseado na crença de que o edifício foi projetado e construído para melhorar e
ajudar a realizar as atividades e objetivos dos usuários.
Diferentemente do que ocorre com o modelo prescritivo, onde o profissional projeta a
fim de estar em conformidade com as regulamentações e normas, observando as
especificações de como o edifício deve ser projetado, construído e mantido, o
modelo de desempenho caracteriza-se pela avaliação e demonstração técnica,
através de métodos científicos, de alternativas que apresentam a melhor solução ao
problema proposto, sob os prismas técnico e econômico.
159
4.2.1. Projeto Baseado em Desempenho
Segundo Averill (1998), o primeiro objetivo do projeto baseado em desempenho
(PBD) é resolver o seguinte paradoxo em um projeto de edificação: maximizar a
segurança a um custo satisfatório. O custo do PBD deve ser comparado ao de um
projeto prescritivo e comprovar o aumento da segurança das pessoas a um custo
menor para que se possa justificar o tempo adicional de projeto e as despesas
associadas. O projetista, o poder público e o proprietário devem concordar que os
problemas serão remetidos ao projeto, e, portanto, os objetivos devem estar
claramente definidos. Definidas estas condições, o projetista deve então demonstrar
como o projeto satisfará as metas de segurança à vida, da propriedade tanto quanto
da sociedade.
O PBD traz consigo uma abordagem ampla onde consideram-se os aspectos únicos
de uma edificação, as expectativas do cliente e da sociedade. De forma resumida,
conforme pode ser visto na Figura 4.2, o PBD pode ser dividido em dois
componentes: a porção qualitativa, que compreende metas, requisitos e níveis de
desempenho; e a parte quantitativa que abrange critérios de desempenho
mensuráveis e métodos de verificação onde a concretização do sistema ocorre
efetivamente (MATTEDI; CLARET, 2006).
Modelo do sistema de desempenho
Figura 4.2: Caracterização geral do conceito do sistema de desempenho.
Fonte: Meachan et al. (2003, s.p.).
Meta/Ob
j
etivo
Cláusulas
Requisitos operacionais e
de desempenho
Nível de risco/desem
p
enho
Q u a l i t a t i v o
Critérios
Verifica
ç
ão
Q u a n t i t a t i v o
F l u x o d e i n f o r m ç õ e
160
A principal característica do PBD consiste em buscar objetivos de desempenho
específicos em substituição às exigências genéricas. Dado um determinado
contexto, definido pelos envolvidos no processo, medidas de proteção são
projetadas a fim de satisfazer todas as partes. Ou seja, é necessário transformar os
objetivos qualitativos em soluções de segurança quantificáveis.
O componente qualitativo está geralmente onde as metas, as funções e os níveis de
desempenho são descritos. Este componente do modelo define a estrutura e o ponto
focal para o componente quantitativo do modelo.
De forma geral, o processo do projeto de segurança contra incêndio baseado em
desempenho pode ser sintetizado como demonstrado na Figura 4.3.
Figura 4.3: Esquema geral da concepção do processo de projeto baseado em desempenho.
Fonte: Mattedi (2005, p. 75).
4.3. Modelos Matemáticos para Simulação de Incêndio e Abandono
Diante desta nova realidade, ou seja, da abordagem rumo aos códigos baseados em
desempenho, os profissionais envolvidos no processo de elaboração de projetos, em
substituição aos códigos de edificação prescritivos, podem projetar utilizando-se
ANÁLISE QUALITATIVA
Planejamento estratégico
(Qualitative design review – QDR ou
Fire engineering design brief - FEDB
ANÁLISE QUANTITATIVA
As soluções ou estratégias de
projeto (trial design) atendem
aos critérios de desempenho
Selecionar o projeto definitivo
a. análise arquitetônica e características dos
ocupantes (escopo do projeto);
b. definição dos objetivos e metas;
c. identificação dos perigos e conseqüências
do incêndio;
d. estabelecimento dos critérios de
desempenho;
e. definição dos cenários de incêndio;
f. desenvolvimento das estratégias (medidas)
de
p
rote
ç
ão contra incêndio
(
trial desi
g
n
)
DEFINIÇÃO DOS PARTICIPANTES
(intervenientes do processo – stakeholders)
ETAPAS DO
PROCESSO
Modificar as estratégias
(trial design) ou os objetivos
161
dessas ferramentas a fim de obter um cenário mais adequado e que vá ao encontro
de seu objetivo.
A fim de se compreender seu campo de utilização, uma descrição da classificação
dos modelos para incêndio e abandono, mesmo que concisa, se faz necessária.
Uma pesquisa foi conduzida por Friedman (1992) a pedido do Forum for
International Cooperation on Fire Research a fim de identificar e classificar os
modelos matemáticos para simulação de incêndio, transporte de fumaça e abandono
existentes. Essa pesquisa identificou 74 modelos matemáticos, tornando-se uma
fonte de referência para os profissionais da engenharia de segurança contra
incêndios.
Dez anos após essa pesquisa, ou seja, em 2002, uma nova pesquisa foi conduzida
por Olenick e Carpenter (2002), onde foram identificados 168 modelos matemáticos
provenientes de vários países. Este aumento no número de modelos matemáticos
para simulação de incêndio, transporte de fumaça e abandono, se deu
principalmente devido ao aumento significativo de dados disponíveis sobre incêndios
e do movimento rumo aos códigos de edificações baseados em desempenho,
adotado por alguns países conforme já apresentado.
Nessa última pesquisa, os modelos foram classificados em:
modelos de zona;
modelos de campo;
modelos para detecção de incêndio;
modelos de abandono;
modelos de resistência ao fogo da estrutura.
Kuligowski e Peacock (2005), realizaram uma vasta pesquisa específica sobre
modelos de abandono com o objetivo de auxiliar os profissionais envolvidos na
elaboração de projetos de segurança contra incêndio a escolher o modelo mais
apropriado para seu projeto em particular. Tal pesquisa fornece informações sobre a
162
proposta de cada modelo, a disponibilidade do modelo para uso, método de
modelação, estrutura e perspectiva do modelo, métodos para simulação do
movimento e comportamento dos ocupantes, dados de saída, uso de dados de
incêndio, uso de visualização e projetos em Computer-Aided Design (CAD), etc.
Enquanto que a pesquisa realizada por Olenick e Carpenter (2002), apresentou uma
revisão de 16 modelos de abandono, nessa pesquisa é apresentada uma revisão de
28 modelos de abandono.
4.3.1. Modelos de zona
Modelos de zona são programas de computador que prevêem os efeitos do
desenvolvimento do incêndio dentro de um compartimento. Na maioria dos casos, os
compartimentos não são totalmente fechados, uma vez que possuem portas e
janelas, sendo assim, os efeitos da ventilação estão geralmente inclusas nos
modelos.
A abordagem por zona divide o compartimento em duas ou mais zonas uniformes,
que quando combinadas descrevem a área de interesse como um todo. Dentro de
cada uma destas zonas, níveis de conservação pertinentes, tais como massa e
energia, são solucionados por meio de equações matemáticas. A abordagem por
zona geralmente divide o compartimento em duas zonas distintas, ou seja: a zona de
fumaça, mais alta e mais quente, e a outra zona de “ar limpo”, mais baixa e menos
quente, entretanto, dependendo das dimensões do compartimento e da taxa de
liberação de calor do incêndio, não existe perfeitamente definida a interface entre o
nível de fumaça superior e mais quente e o nível mais baixo e mais frio, o que
implica em aproximações razoáveis do desenvolvimento de um incêndio (OLENICK;
CARPENTER, 2002).
Segundo Friedman (1992), a principal vantagem do modelo de zona é que ele é
relativamente mais simples do que o modelo de campo, o que permite a inclusão de
mais fenômenos em uma dada zona sem torná-lo demasiadamente complexo.
Uma descrição dos modelos de zona identificados por Olenick e Carpenter (2002) é
apresentada na Tabela 1.
163
Tabela 4.1: Modelos de zona para compartimentos.
MODELOS PAÍS DESCRIÇÃO
ARGOS Dinamarca Modelo de zona para múltiplos compartimentos
ASET EUA Modelo de zona para um compartimento e sem ventilação
ASET-B EUA Modelo de zona programado em Basic ao invés de Fortran
BRANZFIRE Nova Zelândia
Modelo de zona, incluindo propagação da chama, incêndios
múltiplos e mecanismo de ventilação
BRI-2 Japão/EUA
Modelo de zona de dois níveis para transporte de fumaça em
múltiplos compartimentos e múltiplos pisos
CALTECH EUA Modelo de zona pré-flashover
CCFM.VENTS EUA Modelo de zona para múltiplos ambientes com ventilação
CFAST/FAST EUA
Modelo de zona usado para calcular a distribuição da fumaça e
os gases e calor provenientes do incêndio por todo o edifício
durante um incêndio.
CFIRE-X Alemanha
Modelo de zona para compartimentos em especial para
incêndios em tanques de hidrocarboreto líquido
CiFi França Modelos de zona para múltiplos compartimentos
COMPBRN-III EUA Modelo de zona para compartimento
COMF2 EUA Modelo para único compartimento pós flashover
DACFIR-3 EUA Modelo de zona para cabine de aeronaves
DSLAYV Suécia Modelo de zona para um único compartimento
FASTlite EUA Modelo com característica limitada da versão CFAST
FFM EUA Modelo de zona pré-flashover
FIGARO-II Alemanha Modelo de zona para determinar a insustentabilidade
FIRAC EUA Usa o FIRIN, incluindo sistemas de ventilação complexos
FireMD EUA Modelo de duas zonas para ambiente único
FIREWIND Austrália
Modelo de zona múltiplos compartimentos com sub-modelos
menores (atualização do FRECALC)
FIRIN EUA
Modelo de zona para múltiplos ambientes com dutos, ventilação
e filtros
FIRM EUA Modelo de duas zonas para um único compartimento
FIRST EUA Modelo de zona de compartimento único, inclui ventilação
FMD EUA Modelo de zona para átrio
HarvardMarkVI EUA Versão mais antiga do FIRST
HEMFAST EUA Incêndio de mobiliário em um ambiente
HYSLAV Suécia Modelo de zona pré flashover
IMFE Polônia Modelo de zona para um único compartimento com ventilação
MAGIC França Modelo de duas zonas para estação de energia nuclear
MRFC Alemanha
Modelo de zona para múltiplos ambientes para o cálculo do
movimento de fumaça
NAT França
Modelo de zona para um único compartimento com ênfase para
resposta de estruturas
NBS EUA Modelo de zona pré-flashover
NRCC1 Canadá Modelo de zona para um único compartimento
NRCC2 Canadá Modelo de zona para áreas de escritório grandes
OSU EUA Modelo de zona para um único compartimento
Ozone Bélgica Modelo de zona com ênfase para resposta de estruturas
POGAR Rússia Modelo de zona para um único compartimento
RADISM Reino Unido Modelo de zona que incorpora ceiling jet
RFIRES EUA Modelo de zona pré-flashover
R-VENT Noruega
Modelo de zona com ventilação e fumaça para um único
ambiente
SFIRE-4 Suécia Modelo de zona pós flashover
SICOM França Modelo de zona para um único compartimento
SMKFLW Japão
Modelo de zona de um nível para transporte de fumaça em
edifícios
SmokePro Australia Modelo de zona de posição de interface do nível da fumaça
SP Reino Unido Modelo de zona pré flashover
WPI-2 EUA Modelo de zona para compartimento único
WPIFIRE EUA Modelo de zona para ambientes múltiplos
ZMFE Polônia Modelo de zona para um único compartimento
Fonte: Olenick e Carpenter (2002, p. 91-92) - Adaptada pelo autor.
164
4.3.2. Modelos de campo
Os modelos de campo, da mesma forma que os modelos de zona, são usados para
modelar o desenvolvimento do incêndio dentro de um ou vários compartimentos.
Enquanto o modelo de zona divide o compartimento em duas zonas, e resolve as
equações de conservação dentro destas zonas, o modelo de campo divide o
compartimento em vários volumes, na ordem de milhares, e resolve as equações
dentro de cada volume. Isto permite uma solução mais detalhada, se comparada aos
modelos de zona. Desta forma, o modelo de campo pode ser mais apropriado para
geometrias mais complexas onde duas zonas não descrevem de forma exata o
fenômeno do incêndio. Este modelo também pode ser usado na simulação de
incêndio de compartimentos externos tais como grandes tanques de combustível
(OLENICK; CARPENTER 2002).
Uma vez que os modelos de campo fornecem uma solução mais detalhada, eles
também requerem informações de entrada mais detalhada, e geralmente requerem
computadores com mais recursos de hardware a fim de modelar o incêndio. Isto
pode criar um atraso custoso na obtenção de soluções enquanto os modelos de
zona geralmente fornecem resultados mais rapidamente.
Segundo Friedman (1992), a principal vantagem do modelo de campo sobre o
modelo de zona e que o primeiro pode fornecer informações mais detalhadas sobre
o movimento dos fluidos enquanto o outro não pode.
Uma descrição dos modelos de campo identificados por Olenick e Carpenter (2002)
é apresentada na Tabela 4.2.
165
Tabela 4.2: Modelos de campo.
MODELO PAÍS DESCRIÇÃO
ALOFT-FT EUA Movimento de fumaça em grandes ambiente externos
CFX Reino Unido Modela CFD
1
de forma geral aplicável para incêndios e explosões
FDS EUA Modelo CFD específico para fluxos relacionados a incêndio
FIRE Austrália
Modelo CFD com sprays de água e dupla fase para sólido e líquido para
prever a taxa de queima dE extinção
FLUENT EUA Modelo CFD para propósitos múltiplos
JASMINE Reino Unido
Modelo de campo para prever conseqüências do incêndio e avaliar a
distribuição do projeto (baseado no PHOENICS)
Kameleon
FireEx
Noruega
Modelo CFD para incêndio ligado a um código de elementos finitos para
resposta térmica de estruturas
KOBRA-3D Alemanha
CFD para transferência de calor e propagação de fumaça em geometrias
complexas
MEFE Portugal
CFD para um ou dois compartimentos, incluindo tempo-resposta para
termopar
PHOENICS Reino Unido CFD para propósitos múltiplos
RMFIRE Canadá
Modelo de campo bidimensional para cálculo transitório de movimento de
fumaça em ambientes com incêndio
SMARTFIRE Reino Unido Modelo de campo de incêndio
SOFIE
Reino
Unido/Suécia
Modelo de campo de incêndio
SOLVENT EUA Modelo CFD para transporte de calor e fumaça em túnel
SPLASH Reino Unido
Modelo de campo que descreve a interação de sprinklers com gases de
incêndio
STAR-CD Reino Unido Modelo CFD para propósitos múltiplos
UNDSAFE EUA/Japão Modelo de campo para uso em lugares abertos ou fechados
Fonte: Olenick e Carpenter (2002, p. 94) - Adaptada pelo autor.
1-CFD - Computational Fluid Dynamics. A CFD consiste em utilizar métodos computacionais para a predição
quantitativa das características de escoamentos, incluindo: transferência de calor, transferência de massa,
reações químicas (combustão, oxidação), aspectos mecânicos, tensões e deslocamento de sólidos imersos ou
circundante -<http://www.fem.unicamp.br/~phoenics/Objetivo/cfdintro.htm>Acessado em 20 mar. 2007.
4.3.3. Modelos para detecção de incêndio
Modelos para detecção do incêndio prevêem primeiramente o tempo de ativação de
um dispositivo. A maioria desses modelos prevê tempo de resposta de um detector
térmico ou sprinkler, entretanto, poucos calculam a resposta de um detector de
fumaça (OLENICK; CARPENTER 2002).
De forma geral, estes modelos utilizam uma abordagem por zona para calcular e
transportar calor, embora utilizem sub-modelos para determinar a resposta de um
elemento térmico. Os dados de entrada para os sub-modelos são geralmente de
características e localização de elementos térmicos e taxa de liberação de calor do
incêndio. Para alguns dos mais sofisticados modelos de detecção, detalhes tais
como a geometria e as característisticas dos materiais da edificação são requeridos.
166
Uma descrição dos modelos para detecção de incêndio identificados por Olenick e
Carpenter (2002) é apresentada na Tabela 4.3.
Tabela 4.3: Modelos para detecção de incêndio.
MODELO PAÍS DESCRIÇÃO
DETACT-QS EUA Calcula o tempo de ativação de um detector térmico abaixo do forro
DATACT-T2 EUA Calcula o tempo de ativação de um detector térmico abaixo do forro
G-JET Noruega Modelo de detecção de fumaça
JET EUA
Modelos de zona com ênfase particular para a ativação de fusíveis de
sprinklers e ventilação
LAVENT EUA
Modelos de zona com ênfase particular para a ativação de fusíveis de
sprinklers e ventilação
PALDET Finlândia Resposta de sprinklers e detectores de fumaça sob forros confinados
SPRINK EUA
Resposta de sprinklers para incêndios em armazéns com prateleiras
altas
TDISX EUA Resposta de sprinklers para armazéns
Fonte: Olenick e Carpenter (2002, p. 95) - Adaptada pelo autor.
4.3.4. Modelos de abandono
Modelos de abandono prevêem o tempo necessário para os ocupantes
abandonarem um edifício. Muitos modelos de abandono podem incorporar dados
dos modelos de zona a fim de determinar se os ocupantes têm tempo suficiente para
abandonar o ambiente antes que encontrem condições coloquem em risco sua vida.
Os modelos de abandono são frequentemente utilizados nos códigos baseados em
desempenho, como solução alternativa aos códigos prescritivos, a fim de determinar
quais são as áreas críticas durante o processo de abandono, assim como o tempo
de abandono.
Nas Tabelas 4.4, são descritos os modelos de abandono encontrados por Olenick e
Carpenter (2002) e a na Tabela 4.5 e 4.6 e 4.7, aqueles encontradas por Kuligowski
e Peacock (2005) que os dividiu em três categorias, sendo essas: modelos de
movimento, modelos de comportamento parcial e modelos comportamentais.
167
Tabela 4.4: Modelos de abandono.
MODELO PAÍS DESCRIÇÃO
Allsafe Noruega Modelo de abandono que inclui fatores humanos
ASERI Alemanha
Movimento de pessoas em geometria complexas, incluindo
resposta comportamental para crescimento do incêndio e fumaça.
buildingEXODUS Reino Unido
Modelo de abandono que inclui a iteração de milhares de pessoas
em grandes geometrias
EESCAPE Austrália Evacuação de edifícios com vários andares via escadas
EGREES Reino Unido
Evacuação de várias pessoas em geometrias complexas. Inclui
visualização
EgressPro Austrália
Modelo de abandono que inclui o tempo de ativação de detectores
e sprinklers
ELVAC EUA Modelo de abandono para uso de elevadores
EVACNET 4 EUA Determina o plano de abandono mais eficaz em um edifício
EVACS Japão Modelo de Evacuação que determina o projeto mais favorável
EXIT 89 EUA Modelo de evacuação para edifícios altos
EXITT EUA
Modelo de abandono do tipo arco e nó que inclui aspectos
comportamentais dos ocupantes
PATHFINDER EUA Modelo de abandono
SAVE-P França Modelo de abandono que inclui obstruções no percurso
SIMULEX Reino Unido
Modelo de abandono baseado em coordenadas. Simula o
abandono em edifícios com múltiplos andares
STEPS Reino Unido Modelo de abandono
WAYOUT Austrália Parte de abandono do conjunto de programas FireWind
Fonte: Olenick e Carpenter (2002, p. 94) - Adaptada pelo autor.
Dentre os modelos identificados pelos autores, Olenick e Carpenter (2002), nenhuma referência ou informações
foram fornecidas durante a pesquisa para os seguintes: BFIRE II, BGRAF, ERM, ESCAPE, Magnetic Simulation,
PEDROUTE, Takahashi`s Fluid Model, VEGAS.
Tabela 4.5: Modelos de Movimento.
MODELO PAÍS DESCRIÇÃO
FPETool EUA
Estima o tempo necessário para um ocupante ou grupo de ocupantes
abandonarem uma área.
EVACNET4 EUA
Descreve qual a melhor forma de evacuação em um edifício a fim de
minimizar o tempo de abandono
Takahashi`s
Fluid Model
Japão
Prevê e avalia o tempo de abandono das pessoas em um incêndio. O
princípio deste modelo é que as pessoas movem-se da mesma forma
que os fluidos.
PathFinder
)
)
TIMTEX EUA
Indicado para edifícios de 4 a 15 pavimentos. Considera certos
fatores humanos tais como: tomada de decisão do ocupante em usar
escadas
WAYOUT
)
)
Magnetic Model Japão
Visualiza o movimento de cada pedestre num piso com animação.
Usa uma analogia funcional do movimento de um objeto magnético
em um campo magnético.
EESCAPE
)
)
EgressPro
)
)
PedGo Alemanha
Simula o abandono de pedestres em edifícios, navios, aviões e
outros tipos de sistema de transportes públicos.
STEPS
)
)
) - Modelo já descrito na Tabela 4.4.
Fonte: Kuligowski e Peacock (2005) – Adaptada pelo autor.
168
Tabela 4.6: Modelos de Comportamento Parcial.
MODELO PAÍS DESCRIÇÃO
PEDROUTE/
PAXPORT
Reino Unido
Simula a passagem de usuários através de estações de transportes
públicos, podendo ser usado também em aeronaves, trens e ônibus.
EXIT89
)
)
SIMULEX
)
)
GridFlow Reino Unido
Calcula o tempo de saída dos ocupantes individualmente ou em
grupo. Tempos de pré movimento e iterações durante o abandono
são considerados.
ALLSAFE
)
)
) - Modelo já descrito na Tabela 4.4.
Fonte: Kuligowski e Peacock (2005) – Adaptada pelo autor.
Tabela 4.7: Modelos Comportamentais.
MODELO PAÍS DESCRIÇÃO
CRISP Reino Unido
Simula cenários de incêndio incorporando a técnica Monte Carlo.
Permite simular um abandono utilizando um modelo de evacuação
próprio ou outro.
ASERI
)
)
BFIRES-2 EUA
Simula o movimento dos ocupantes num edifício considerando as
decisões tomadas durante um período de tempo.
buildingExodus
)
)
EGRESS
)
)
EXITT
)
)
VEgAS Reino Unido
Simula a resposta comportamental sob condições de estresse e através
do ambiente em chama, monitorando os níveis de toxidade e as
restrições físicas
E-SCAPE Reino Unido
Visualiza a evacuação em tempo real identificando os gargalos em um
edifício
BGRAF EUA Simula o processo cognitivo durante um processo de abandono.
EvacSim Austrália
Simula uma variedade de atividades do complexo comportamento
humano de forma determinística, probabilística ou ambas. É capaz de
modelar grandes populações considerando o comportamento
individualizado
Legion Reino Unido
Auxilia no planejamento e otimização de grandes espaços
estabelecendo relação entre os indivíduos. Pode ser utilizado para
simulações em estações de trem, metrô, aeronaves e edifícios altos.
Myriad Reino Unido
Avalia a dinâmica espacial necessária para que um processo de
abandono seja bem sucedido
) - Modelo já descrito na Tabela 4.4.
Fonte: Kuligowski e Peacock (2005) – Adaptada pelo autor.
Segundo Kulikowski (2003), pesquisadores começaram a desenvolver os modelos
para simular o comportamento humano em situações de incêndios no final dos anos
de 1970. À medida que a tecnologia computacional e os conhecimentos sobre o
comportamento e movimento humano foram evoluindo, os modelos de abandono
têm sido aperfeiçoados, tornando-se capazes de calcular e fornecer informações
importantes até então indisponíveis, tais como:
169
taxas de fluxo através de certas áreas do edifício;
áreas de congestionamento no edifício;
risco para os ocupantes (incapacitação ou morte) durante a evacuação devido
as condições de incêndio em um edifício;
tempo e distância de caminhamento para um ocupante abandonar certos
espaços;
velocidade dos ocupantes ao longo do edifício sob várias densidades;
a posição individual dos ocupantes por todo tempo durante a simulação;
fluxo da população separado em certas rotas, escadas, saídas, etc;
movimento individual e rotas escolhidas em circunstâncias extremas, tais
como evacuação total, movimento no contra fluxo, condições do incêndio, etc.
Diferentemente do que ocorre com os projetos que seguem os códigos prescritivos,
no PBD o projetista de segurança contra incêndios tem a tarefa de propor qual será
o nível de proteção a ser adotado. A fim de avaliar qual será a solução que melhor
se enquadra para aquele projeto em particular, o projetista pode usar os modelos de
abandono para simular diferentes cenários. As variáveis para os cenários de
abandono incluem as características do edifício, tais como o número de pavimentos,
o leiaute dos pavimentos, as características dos ocupantes, tais como o seu número
e localização, a velocidade e dados antropométricos.
No início de 1982, os modelos de abandono podiam ser classificados em dois tipos,
ou seja, os que viam os ocupantes de forma similar ao fluxo hidráulico atravessando
condutos em direção às saídas e os modelos com estrutura algorítmica que
procuram incorporar o comportamento e um pensamento associado com
características de evacuação específicas.
Atualmente, os modelos em geral são categorizados em dois tipos, ou seja, os
determinísticos e os probabilísticos (estocásticos). O determinístico é aquele onde a
situação está bem definida pela física e independentemente do número de
170
simulações o resultado sempre se repete, enquanto o probabilístico tenta capturar a
aleatoriedade baseada em dados probabilísticos das situações, conduzindo a
resultados que são sempre diferentes (PURSALS, 2005). Os modelos de abandono
podem ser tanto determinísticos como probabilísticos.
Alguns modelos possuem características sofisticadas que simulam os aspectos
psicológicos dos ocupantes devido à ação da fumaça tóxica e diminuição da
visibilidade, permitem visualizar a situação de um ocupante durante a simulação e
ao final, apresentam dados como o tempo em que cada ocupante iniciou e finalizou
o abandono.
Métodos de Modelação
Os modelos de abandono podem ser categorizados a fim de descrever o método
que cada um utiliza para calcular os tempos de abandono para certos tipos de
edifícios. Os modelos podem ser classificados em uma das três categorias:
Figura 4.4: Classificação dos Modelos de Abandono.
Fonte: Kuligowski (2003, p. 13) – Adaptada pelo autor.
a) Modelos de Movimento
Os modelos de movimento são aqueles que simulam o deslocamento do ocupante
de um ponto no interior do edifício para outro ponto, geralmente para uma saída ou
uma posição segura. Esses modelos são úteis para avaliar as áreas em que haverá
congestionamento, filas ou gargalos dentro de um edifício simulado. As premissas
básicas desses modelos são a de que: todos os ocupantes iniciam o abandono ao
Modelos de Abandono
Modelos de Com
p
utado
r
Modelos de Movimento
Modelos de
Com
p
ortamento Parcial
Modelos Com
p
ortamentais
171
mesmo tempo; o fluxo dos ocupantes não sofre nenhuma interrupção durante o
processo de abandono; as pessoas não possuem nenhuma deficiência e desta
forma possuem uma mobilidade completa.
b) Modelos de Comportamento Parcial
Modelos de abandono de comportamento parcial são aqueles que primeiramente
calculam o movimento dos ocupantes. Entretanto, começam a simular
comportamentos menos complexos, tais como: a distribuição dos tempos de pré-
movimentos entre os ocupantes e comportamentos de ultrapassagem.
Diferente dos modelos de movimento, esses modelos são capazes de reconhecer
projetos desenvolvidos em Computer-Aided Design (CAD) e possibilitam a
visualização dos ocupantes durante a simulação.
Estes modelos são baseados em pesquisas de observação do comportamento
humano (KULIGOWSKI, 2003).
c) Modelos Comportamentais
Modelos de abandono comportamentais são aqueles que incorporam as ações
desempenhadas pelo ocupante durante o movimento rumo às saídas. Algumas
destas ações podem ser definidas antes de se iniciar a simulação, enquanto que
outras são dinâmicas, alterando-se de acordo com os dados provenientes de outros
modelos, tais como os modelos de zona ou de campo.
Muitos desses modelos podem incorporar a tomada de decisão ou ações que são
desempenhadas devido às condições ambientais dentro do edifício. Diferentemente
dos modelos de comportamento parcial, esses modelos são capazes de aceitar
dados de incêndio provenientes de outros modelos.
O modelo matemático utilizado nesse trabalho pertence à família EXODUS, que é
composta por um conjunto de softwares e foi desenvolvido pelo Grupo de
Engenharia de Segurança Contra Incêndios da Universidade de Greenwich, Reino
Unido, para simular a circulação e o abandono de grande quantidade de pessoas.
172
Atualmente, a família EXODUS é composta pelos seguintes softwares: airExodus,
buildingExodus e maritimeExodus.
Neste trabalho será utilizado o modelo comportamental denominado buildingExodus
O buildingExodus considera a iteração entre as pessoas, pessoas-edifício e pessoa-
incêndio. O modelo rastreia a trajetória de cada indivíduo à medida que eles se
movem no edifício. Nas simulações de abandono envolvendo incêndio, o modelo
pode também prever quando os ocupantes serão afetados pelos perigos do
incêndio, tais como a fumaça, calor e os gases tóxicos.
O comportamento e o movimento de cada ocupante são determinados por um
conjunto de condições heurísticas. O buildingExodus possui cinco sub-modelos que
se interagem, sendo esses: Ocupante, Movimento, Comportamento, Toxicidade e
Perigo. Esses sub-modelos operam em uma região de espaço definida por uma
geometria fechada (GALEA, 2004).
O leiaute do edifício pode ser especificado usando-se um arquivo do tipo Drawing
Interchange File (DXF) produzido em CAD.
4.3.5. Modelos para Simulação do Comportamento das Estruturas Submetidas
ao Incêndio
Estes modelos simulam a resposta dos elementos estruturais quando expostos ao
incêndio. Alguns destes trabalham sozinhos enquanto outros estão incorporados em
modelos de zona ou campo. O conceito destes modelos é similar ao dos modelos de
campo, ou seja, divide o objeto estrutural em pequenos volumes e então as
equações de transferência de calor e de comportamento mecânico para sólidos são
resolvidas, a fim de determinar quando a estrutura entrará em colapso.
Estes modelos podem determinar quando um elemento estrutural deformará ou
entrará em ruína. Tendo-se em vista que muitos elementos estruturais são
construídos de forma diferente, e, portanto possuem diferentes características, o
projetista deve avaliar qual é o modelo mais apropriado para sua estrutura.
173
Uma descrição dos modelos para simulação do comportamento da estrutura
submetida a incêndios identificados por Olenick e Carpenter (2002) é apresentada
na Tabela 4.8.
Tabela 4.8: Modelos para simulação do comportamento da estrutura submetidas ao incêndio.
MODELO PAÍS DESCRIÇÃO
CEFICOSS Bélgica Modelo de resistência ao fogo
CIRCON Canadá
Modelo de resistência ao fogo para pilares de concreto
carregados e reforçados com seção circular
CMPST França
Resistência mecânica das seções submetidas a temperaturas
elevadas
COFIL Canadá
Resistência ao fogo de pilares de aço circulares preenchidos
com concreto
COMPSL Canadá
Temperatura de estruturas com multi camadas expostas ao
fogo
FIRE-T3 EUA
Avalia a distribuição de temperatura das estruturas em três
dimensões
HSLAB Suécia
Desenvolvimento da temperatura que passa em uma estrutura
aquecida composta por um ou muitos materiais
INSTAI Canadá Resistência ao fogo de pilares de aço circulares isolados
INSTCO Canadá
Resistência ao fogo de pilares de aço tubular e redondo
preenchidos com concreto
LENAS França
Comportamento mecânico de estruturas de aço expostas ao
fogo
RCCON Canadá
Resistência ao fogo de pilares de concreto com seção
retangular submetidos a cargas
RECTST Canadá
Resistência ao fogo de pilares de aço isolados com seção
retangular
SAFIR Bélgica Análise mecânica e de passagem de estrutura exposta ao fogo
SAWTEF EUA
Análise estrutural das ligações de metal conectadas a treliças
de madeira expostas ao fogo
SISMEF França
Comportamento mecânico das estruturas de aço e concreto
expostas ao fogo
SQCON Canadá
Resistência ao fogo de pilares de concreto com seção
quadrada
STA Reino Unido Avalia a condução em objetos sólidos aquecidos
SUPERTEMPCALC Suécia
Análise térmica de transferência de calor e dimensionamento
de vigas de concreto e aço, integradas ou não a alvenarias
TASEF Suécia
Método de elementos finitos para análise da temperatura de
estruturas expostas ao fogo
TCSLBM Canadá
Distribuição da temperatura em duas dimensões para
associação de vigas/lajes de concreto expostas ao fogo
THELMA Reino Unido
Código de elementos finitos para análise térmica de
componentes de um edifício submetidos ao fogo
TR8
Nova
Zelândia
Resistência ao fogo de sistemas de piso e lajes de concreto
VULCAN Reino Unido
Análise estrutural de elementos de aço em situação de
incêndio
WSHAPS Canadá
Resistência ao fogo de pilares de aço tipo W-shape protegidos
e carregados
Fonte: Olenick; Carpenter (2002, p. 94) - Adaptada pelo autor.
174
Nesse capítulo foi possível verificar que com o desenvolvimento da engenharia de
segurança contra incêndios, associada ao desenvolvimento de modelos
matemáticos que simulam o comportamento de vários componentes do edifício, bem
como de seus ocupantes em situação de incêndio, e o avanço da tecnologia
computacional (hardware), vários países implementaram em suas regulamentações
e normas, o conceito de desempenho.
Constatou-se que a regulamentação e as normas prescritivas tradicionalmente
utilizadas estão aos poucos cedendo lugar aos modelos baseados em desempenho,
visto que esse último se aplica em algumas situações sem que haja redução nos
níveis mínimos de segurança, mas com reduções significativas de custos.
Buscou-se compreender quais são os modelos matemáticos mais utilizados como
ferramenta no projeto de segurança contra incêndio em edificações e quais as suas
especificidades. Concluiu-se que alguns países encontram-se na vanguarda com
relação ao desenvolvimento de modelos matemáticos, tais como: Bélgica, Suécia,
Canadá, Japão, Reino Unido, Austrália, etc.
Com relação aos modelos de abandono, percebeu-se que esses se dividem em três
categorias, ou seja, os modelos de movimento, os de comportamento parcial e
modelos comportamentais.
Para atingir o cenário internacional apresentado, relativo ao conceito de
desempenho, os países estabeleceram metas, fizeram investimentos em sua rede
laboratorial e, embora não comentado neste trabalho, fizeram investimentos na área
educacional.
Vale ressaltar que a norma brasileira NBR 9077/93 Saídas de Emergência em
Edifícios (ABNT, 1993), o Decreto Estadual n. 46.076/2001 de 31 de agosto de 2001
e Lei Municipal n.11.228 de 25 de Junho de 1992 regulamentada pelo Decreto
Municipal n.32.329 de 23 de Setembro de 1992, vigentes no Estado e Município de
São Paulo, respectivamente, classificam as edificações escolares para ensino médio
e fundamental no mesmo grupo, o que significa adotar os mesmos parâmetros para
o dimensionamento das saídas de emergência.
175
Entretanto, para este grupo de edifícios há uma variação etária que vai de 6 a 18
anos, o que significa afirmar que a norma e as regulamentações acima citadas,
consideram que as percepções espaciais e as velocidades de caminhamento são as
mesmas para um aluno do primeiro ano do ensino fundamental, um aluno do terceiro
ano do ensino médio ou uma pessoa com mobilidade reduzida.
Diante do exposto, e visto que as edificações escolares no Estado de São Paulo têm
aumentado o seu gabarito de altura, em função principalmente da escassez de
terrenos, e que materiais até então não tão utilizados estão sendo incorporados
nesses edifícios, o uso dos modelos matemáticos para simulação do incêndio e
abandono torna-se uma ferramenta importante a ser considerada, pois pode
minimizar os gastos com proteção sem diminuir o nível de segurança contra
incêndio.
176
EM BRANCO
177
5. MOVIMENTO E COMPORTAMENTO HUMANO EM SITUAÇÕES DE
INCÊNDIO
Este capítulo tem por objetivo compreender as principais linhas de pesquisa e as
possíveis variáveis que podem influenciar no processo de abandono, como por
exemplo: os aspectos cinemáticos, o tempo de resposta ao alarme, o grau de
familiaridade dos ocupantes com e edifício, a percepção espacial das pessoas,
particularmente das crianças, os comportamentos não adaptativos e o tempo total de
abandono.
5.1. Introdução
Determinar a velocidade de deslocamento das pessoas em situações normais pode
ser uma tarefa fácil. Entretanto, em situações de incêndio, tal tarefa torna-se
extremamente complexa devido aos vários fatores que podem interferir nesse
processo tais como: a familiaridade com o edifício, os aspectos comportamentais
das pessoas, a densidade de ocupação, a presença de chama e fumaça, etc.
Segundo Gwyne (1998 apud PURSALS, 2005, p. 17), não se pode precisar uma
referência histórica sobre o primeiro estudo relativo ao problema de abandono em
edifícios. Porém, um dos trabalhos precursores poderia ser um estudo sobre o
incêndio do Teatro de Edimburgo, ocorrido em 1911, na Escócia. Entretanto, de
acordo com Bryan (2002a), o estudo mais antigo data de 1909, no qual há uma
avaliação da capacidade de medir a velocidade de pedestres com vistas a auxiliar na
elaboração do projeto de construção do edifício para o Terminal de metrô de Hudson
na cidade de Nova York, e que posteriormente, em 1971, cedeu lugar a uma nova
estação, chamada World Trade Center.
Cálculos para avaliar o processo de abandono das pessoas estão se tornando parte
dos projetos baseados em desempenho e têm por objetivo garantir o
dimensionamento dos meios de escape, assegurando um abandono satisfatório das
pessoas e evitando assim gargalos, congestionamentos, etc. Em alguns casos, os
projetistas calculam o abandono manualmente (o Handbook da SFPE (SFPE, 2000),
em seu capítulo sobre movimento, fornece essas equações), mas em outros utilizam
software.
178
Os primeiros estudos científicos relativos ao movimento de pessoas foram realizados
após a Segunda Guerra Mundial, quando foram desenvolvidas expressões
analíticas, com o objetivo de estimar o tempo de abandono das pessoas de uma
edificação.
Vários pesquisadores já estudaram o movimento de pessoas; porém, os estudos
mais consistentes, que estão presentes na literatura científica atual, foram
publicados somente a partir de 1955.
A Tabela 5.1 apresenta dados obtidos por diferentes autores relativos ao fluxo
específico médio para circulações horizontais e em condições normais de
movimento.
Tabela 5.1: Fluxo específico para movimento em condições normais.
AUTOR PAÍS ANO
FLUXO –
p/m.s
Kikuji Togawa Japão 1955 1,50
Murdoch Galbreath Canadá 1969 1,20
V. M. Predtechenshii URSS 1969 1,35
John J. Fruin EUA 1971 1,40
K. Nakamura Japão 1975 1,65
Harold E. Nelson EUA 1988 1,65
Fonte: Coelho (1997, p. 5) - Adaptada pelo autor.
Tendo-se em vista que no Brasil ainda não existem referências de estudos
significativos sobre o movimento de pessoas, este trabalho terá por base modelos
experimentais desenvolvidos em outros países, tais como: Rússia, Reino Unido,
EUA, Japão, Canadá, etc.
5.2. Aspectos cinemáticos do movimento das pessoas
Segundo Proulx (2002a, p. 342), as pesquisas sobre o movimento de pessoas
recaem em duas escolas: a primeira examina a capacidade de fluxo das saídas e a
segunda avalia a resposta humana. A primeira escola enfatiza como ponto chave, o
posicionamento das saídas, no entanto, a mesma autora afirma que a capacidade de
saída, apesar de ser uma condição necessária para uma saída segura, não é uma
condição suficiente. Essa escola assume que as pessoas iniciarão o seu movimento
179
de forma ordenada no momento que o alarme for acionado, deixando imediatamente
o que estão fazendo. A segunda escola, leva em consideração a interação entre as
pessoas, a familiaridade com o edifício, a opção de escolha das rotas a serem
utilizadas e os tempos de atraso, fatores que, somados, obviamente resultam num
tempo de abandono maior.
Ambas as escolas utilizam as três grandezas fundamentais para a quantificação de
um conjunto de pessoas, a saber:
Densidade de ocupação (pessoas/m²): é o número de pessoas que se
encontra em uma unidade de área. No Brasil, a unidade de superfície utilizada
é o m². Então, a unidade para densidade usada aqui é o número de pessoas
por m². Contudo, algumas literaturas não utilizam a densidade, mas o seu
inverso, ou seja, a unidade de superfície por pessoa (m²/pessoa).
Velocidade (m/s ou m/min): é a distância percorrida por uma pessoa em uma
unidade de tempo. As unidades de tempo utilizadas habitualmente são o
segundo e o minuto.
Fluxo específico (pessoas/m.s): representa o número de pessoas que
cruzam uma unidade de largura (metros) em uma unidade de tempo
(segundos).
Fluxo total (pessoa/s): representa o número de pessoas que cruzam um
determinado ponto em uma unidade de tempo. O fluxo é uma das mais
importantes características do tráfego, visto que ele determina a largura do
caminho de pedestres. Uma largura inadequada restringe o fluxo, resultando
em inconveniências para os pedestres.
Essas grandezas estão relacionadas à largura dos caminhos numa equação
fundamental de trafego, apresentada a seguir:
Fluxo = velocidade x densidade
Fluxo específico = velocidade x densidade x largura
180
É importante destacar que a velocidade das pessoas varia de acordo com a
densidade e, para que possam se mover rapidamente, deve existir espaço entre
elas. Quanto mais próximas estiverem uma das outras, ou seja, quanto maior for a
densidade, o movimento tende a se tornar mais lento e desconfortável. Vale
ressaltar que o grau de desconforto pode variar, dependendo de vários fatores, tais
como o cultural e o tipo de relacionamento entre as pessoas envolvidas.
A velocidade das pessoas pode variar amplamente atingindo até aproximadamente
10 m/s em uma corrida de curta distância. Variações na velocidade dependem de
inúmeros fatores, tais como a idade, as características físicas, os estados
psicológicos no momento do evento, etc. Segundo Proulx (2002a), o fator que
determinará a velocidade de um grupo familiar é a velocidade da pessoa mais lenta,
tais como crianças, pessoas idosas ou pessoas portadoras de deficiências.
Segundo Proulx (2002a, p. 346), quando a densidade é menor que 0,5 pessoas/m²,
as pessoas são capazes de mover-se ao longo dos caminhos a uma velocidade
média de 1,25 m/s, considerando-se que os caminhos estejam desimpedidos. Com
uma densidade maior, a velocidade diminui, chegando a um impasse quando a
densidade alcança 4 ou 5 pessoas/m², o que é equivalente a uma situação de
elevador cheio.
Segundo Coelho (1997, p. 1), não são as circulações horizontais que condicionam o
processo de abandono de um edifício, pois é justamente quando elas ocorrem que o
movimento se processa com maior fluidez. Um estudo desenvolvido no Building
Research Establishment (BRE), em 1975, demonstra, com base em dados
provenientes de vários países, um fluxo específico médio de 1,5 p/m.s para
circulações horizontais.
Na Figura 5.1, extraída do mesmo trabalho, demonstra a relação entre fluxo
específico e a densidade para circulações horizontais.
181
Figura 5.1: Variação do fluxo específico de evacuação em função da densidade de ocupação.
Fonte: Coelho (1997, p. 2).
Pode-se observar que o fluxo específico aumenta à medida que a densidade
aumenta, atingindo o valor máximo de aproximadamente 1,8 p/m.s, para uma
densidade de aproximadamente 4,5 p/m². A medida que a densidade ultrapassa o
valor citado, verifica-se uma diminuição expressiva do fluxo específico.
A Figura 5.2, ainda com base na mesma bibliografia, apresenta a variação da
velocidade em função da densidade.
Figura 5.2: Variação da velocidade em função da densidade.
Fonte: Coelho (1997, p. 2).
182
Percebe-se que à medida que a densidade aumenta, há uma diminuição da
velocidade. Para baixas densidades, a velocidade aproxima-se da velocidade livre
de cada indivíduo, entretanto, para altas densidades, a partir de 5,5 p/m², a
velocidade torna-se praticamente nula.
5.2.1. Pesquisas realizadas no Reino Unido
Segundo Pursals (2005, p. 24), existe uma série de publicações referenciadas por
trabalhos mais recentes e que contribuíram para o estudo do problema de meios de
escape em edifícios. Uma destas foi publicada no ano de 1952, é o denominado
Post-Ward Building Studies que faz referência ao incêndio do Empire Palace Theatre
de Edimburgo, ocorrido em 1911, na Escócia, onde se estabelece que o tempo
máximo para abandonar um ambiente deve ser inferior a 2,5 minutos. A partir desta
definição de tempo para abandono recomendava-se a largura mínima para as saídas
de um ambiente de 21 polegadas (0,53 m) para cada 40 pessoas.
Ainda segundo Pursals (2005, p.24) o tempo máximo de 2,5 minutos foi uma
referência para os projetos de meios de escape, até que o General Service
Administration do Reino Unido estabeleceu que as pessoas deveriam alcançar uma
área protegida em 90 segundos, contados a partir do acionamento do sistema de
alarme.
Segundo Malhotra (1987, p. 69), outro trabalho significativo foi o Second Report of
the Operational Research Team on the Capacity of Footways desenvolvido pelo
London Transport Board e publicado em 1958, que examinou o fluxo de passageiros
passando por caminhos pré-definidos dentro de um período de tempo. Esse
apresentou taxas de fluxo de 89 p/min/m em corredores, 62 p/min/m em escadas
ascendentes e 69 p/min/m em escadas descendentes.
Esse trabalho define que as velocidades de circulação e os fluxos são funções direta
da densidade, e que quando as pessoas encontram-se separadas uma das outras, e
com um objetivo definido, se deslocam a uma velocidade de 3,5 milhas por hora,
(1,56 m/s). Entretanto, para uma densidade de 2 pessoas por m², a velocidade
resultante é de 50 m/s, diminuindo a medida de que a densidade aumenta. Esse
183
trabalho ainda afirma que as pessoas entram em estado de pânico (sic) quando se
alcança densidades iguais ou superiores a 4,3 p/m².
Um outro estudo citado em diversos trabalhos, desenvolvido pelo Fire Research
Station do Building Research Establishment (BRE), no ano de 1975, elaborado por
S. J. Melinek e S. Booth, é intitulado Analysis of evacuation times and the movement
of crows in building. No tocante ao movimento das pessoas, este trabalho está
dividido em três partes, a saber: circulação horizontal; circulação em escadas em
movimento ascendente e descendente; e movimento através das saídas. Concluiu-
se que as pessoas se adaptam automaticamente à circulação através de uma
organização de suas posições, entretanto, quando o fluxo de pessoas tem que se
adaptar bruscamente a uma largura significantemente inferior, produz-se uma série
de arcos causando assim uma notável redução na velocidade.
5.2.2. Pesquisas realizadas na União Soviética
Segundo Predtechenskii e Milinskii (1969), traduzido para o inglês e publicado pelo
National Bureau of Standards (NBS) dos EUA em 1978, o Institute of Architecture of
the Russian Academy of Arts (VAKh), em 1937, foi a primeira organização na União
Soviética a estudar o tráfego de pessoas de forma científica. Foram feitas
aproximadamente 200 séries de observações em locais públicos a fim de estudar a
velocidade e a capacidade de tráfego.
Com base nestes resultados, uma série de recomendações foram feitas para
cálculos e regulamentações de abandono de pessoas em edifícios, sendo essas:
para circulações horizontais a velocidade de 0,26 m/s, para escadas descendentes
0,16 m/s e 0,13 m/s para escadas ascendentes.
Este estudo serviu como fonte para a ordenação da Norma Temporária para
Projetos de Teatros e contribuiu muito para o entendimento do processo de fluxo de
tráfego de pedestres.
Outra pesquisa foi desenvolvida pelo Central Scientific Research Institute of the Fire
Protection Service (VNIIPO) entre os anos de 1946 e 1948, que, diferentemente do
estudo desenvolvido pelo VAKh, ampliou seu escopo e melhorou sua metodologia.
Mais de 6000 séries de observações foram feitas em edifícios públicos incluindo
184
teatros, escolas, indústrias e estações de transporte. Estudou-se as dimensões
médias das pessoas (com roupas de verão e inverno), incluindo sua área de
projeção horizontal, a densidade, a taxa de fluxo de pedestres e a capacidade de
tráfego nas passagens de portas.
Nesse estudo, observou-se a importância da dimensão horizontal das pessoas e
definiu-se que a velocidade e o fluxo são funções da área de piso ocupada, definida
como a soma das áreas de projeção horizontal de todas as pessoas presentes no
ambiente. Através das observações de velocidade e fluxo de tráfego de pedestres, a
relação entre densidade e velocidade, apresentada pelo VAKh, expressada por
v=f (D), foi confirmada e valores médios para vários fluxos e densidades foram
obtidas. O estudo que avaliou a capacidade de tráfego em passagens de portas de
diferentes dimensões (de 0,5 a 2,4 m) levou à seguinte fórmula:
Q
d
= δ
d
( Dv + K ) m²/min
Onde:
Q
d
é o fluxo específico que atravessa uma passagem;
δ
d
é a largura da passagem em metros;
D é a densidade expressa como a soma das projeções horizontais das pessoas na
área ocupada em m²/m²;
v é a velocidade de movimento em m/min;
K é um fator de correção (ver Tabela 5.1)
Tabela 5.2: Valores de K para diferentes densidades.
D (m²/m²) 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 D
max
=0,92
K 0 0,8 1,55 1,87 1,8 1,47 1.12 0,8 0,5 0,4
Fonte: Predtechenskii e Milinskii (1969, p. 18).
Vale ressaltar os estudos desenvolvidos pelo Engineering Construction Institute de
Moscou (MISI), entre os anos de 1965 e 1966, que tinham como principal objetivo
formular os princípios teóricos que governam o mecanismo de fluxo de tráfego de
pessoas e desenvolver métodos de cálculo. Pela primeira vez, observações
185
envolvendo filmagens do fluxo de tráfego foram feitas em aproximadamente 800
séries, o que permitiu não apenas uma avaliação quantitativa, mas também
qualitativa. As investigações do MISI corroboraram e validaram estatisticamente os
trabalhos desenvolvidos pelo VNIIPO para circulação vertical e escadas. Suas
relações matemáticas permitiram a elaboração de tabelas com valores de velocidade
para todas as faixas de densidade. Todos estes trabalhos conduziram a uma
formulação da locomoção das pessoas.
No ano de 1969, em Moscou, foi publicado o trabalho desenvolvido por
Predtechenskii e Milinskii, fruto da análise de observações de movimentos de
pessoas em situações normais e de emergência, de aproximadamente três décadas,
que posteriormente, em 1978, foi traduzido para o inglês e intitulado Planning for
Foot Traffic Flow in Buildings. Este trabalho trata de forma singular os princípios para
se planejar a circulação das pessoas em edifícios apresentando formulas para
estimar tempos de abandono em várias situações. Coelho (1997, p. 76) o define
como:
... é o mais completo de todos os existentes sobre o movimento de pessoas em
edifícios, quer em situações normais, quer em situações de emergência. O
estudo constitui ainda hoje uma fonte única, quer como modelo descritivo do
movimento de pessoas no interior dos edifícios, quer sob o ponto de vista de
leis empíricas relativa a esse movimento.
Os autores apresentam um conjunto de expressões que determinam a velocidade
em função da densidade para três tipos de condições de movimento, ou seja:
normal, confortável e o de emergência.
Para determinar a velocidade em circulações horizontais em função da densidade,
os autores apresentam a seguinte expressão empírica:
v = 112 D
4
– 380 D
3
+ 434 D
2
– 217 D + 57 m/min
Onde:
v: velocidade em circulações horizontais para condições normais e densidade
compreendida entre: 0 e 0,92 (m²/m²)
186
D: Densidade (m²/m²)
O movimento através de passagens de portas e escadas em condições normais é
obtido utilizando-se a expressão anterior e inserindo nesta um fator de correção
denominado m
dependendo do tipo de circulação, sendo:
Fator de correção para movimento através de passagens de portas:
v
0
= v m
0
m/min
Onde:
m
0
= 1,17 + 0,13 sen (6,03 D – 0,12)
Fator de correção para movimento através escadas, fluxo descendente:
v = v m m/min
Onde:
m = 0,775 + 0,44 e
-0,39D
sen (5,61 D - 0,224)
Fator de correção para movimento através escadas, fluxo ascendente:
v = v m m/min
Onde:
m = 0,785 + 0,09
e3,45D
sen (15,7 D) ( para 0 D 0,6 )
m = 0,785 – 0,10 sen (7,85 D +1,57) (para 0,6 D 0,92 )
O estudo leva em consideração as diferenças que podem ocorrer na velocidade em
função do estado das pessoas e, a fim de considerar tais alterações, utiliza-se do
então chamado coeficiente de condições de movimento, representado pelo símbolo
µ e definido pela expressão abaixo, onde v’ é o valor em situações especiais como
emergência ou conforto e v corresponde ao valor da velocidade normal. Para
condições normais µ = 1; para condições de emergência µ
e
> 1 e para condições
confortáveis µ
c
< 1.
187
µ = v’/v
A Tabela 5.3 apresenta os valores para cada uma das situações acima citadas.
Tabela 5.3: Valores do coeficiente de condições de movimento.
Tipo de circulação µ
emerg.
µ
conf.
Circulação horizontal e passagens entre vãos
1,49 - 0,36 D 0,63 + 0,25 D
Escadas em fluxo descendente 1,21 0,76
Escadas em fluxo ascendente 1,26 0,82
Com base nos dados acima apresentados, obtem-se as diferentes expressões de
velocidade, apresentadas nas tabelas abaixo.
Tabela 5.4: Expressões de velocidade em circulações horizontais.
MOVIMENTO VELOCIDADE NAS CIRCULAÇÕES HORIZONTAIS (m/min)
Normal
v = 112 D
4
– 380 D
3
+ 434 D
2
– 217 D + 57
Confortável
v
c
= ( 0,63 + 0,25 D ) v
Emergência
v
e
= (1,49 – 0,36 D ) v
Tabela 5.5: Expressões de velocidade para escadas em fluxo descendente.
MOVIMENTO VELOCIDADE NAS ESCADAS (m/min)
Normal
v= v [0,775 + 0,44 e
-0,39D
sen (5,61 D - 0,224)]
Confortável
v= v 0,76
Emergência
v= v 1,21
Tabela 5.6 Expressões de velocidade para escadas em fluxo ascendente.
MOVIMENTO VELOCIDADE NAS ESCADAS (m/min)
Normal
v = v [0,785 + 0,09
e3,45D
sen (15,7 D)] ( para 0 D 0,6 )
v = v [0,785 – 0,10 sen (7,85 D +1,57)] (para 0,6 D 0,92 )
Confortável
v = v 0,82
Emergência
v = v 1,26
Tabela 5.7: Expressões de velocidade através de vãos.
MOVIMENTO VELOCIDADE ATRAVÉS DE PASSAGENS DE PORTAS (m/min)
Normal
v
0
= v [1,17 + 0,13 sen (6,03 D – 0,12)
Confortável
v
c
= ( 0,63 + 0,25 D ) v
Emergência
v
e
= (1,49 – 0,36 D ) v
188
5.2.3. Pesquisas realizadas no Japão
Segundo Coelho (1997, p. 82), Pursals (2005, p. 28) e Shen (2003, p. 89), o trabalho
de Kikuji Togawa publicado pelo Japanese Building Research Institute (BRI) de
Tóquio no ano de 1955, com base na análise de diversas observações, apresenta
equações que determinam o tempo necessário para o abandono de um edifício bem
como o número de pessoas que abandonariam o edifício em um tempo determinado.
A equação abaixo apresentada estabelece uma relação entre velocidade de
deslocamento e densidade para circulações verticais.
v = v
0
D
-0,8
Onde:
v: velocidade de deslocamento (m/s)
v
0
:constante cujo valor para circulação horizontal é de 1,3 (m/s)
D: densidade em pessoas/m²
Togawa desenvolveu duas equações cujo objetivo era avaliar o tempo necessário
para se abandonar um edifício, abaixo é apresentada a equação simplificada.
t = p/l
v
f
e
+ d
max
/v
Onde:
t: tempo necessário para escape do edifício
p: número total de ocupantes do edifício
l
v
: dimensão do menor vão existente no caminho de abandono
f
e
: fluxo específico no vão de saída (m/m.s)
d
max
: distância máxima a ser percorrida
v: velocidade de caminhamento (m/s)
189
Segundo Ono (1999, p. 117), Dr. Tadahisa Jin, desde os anos de 1960, desenvolveu
pesquisas relacionada aos efeitos da fumaça gerada por incêndios em edifícios,
devido às altas taxas de mortes causadas pelos efeitos da fumaça nas pessoas.
Esse trabalho, que foi baseado em pesquisas experimentais, concentrou-se em três
principais pontos, sendo esses:
visibilidade sobre condições de fumaça;
comportamento humano sobre condições de fumaça;
eficiência das sinalizações de saída e dos sistemas de direcionamento ativo
para escape em edifícios.
Sob condições experimentais, Jin descobriu que ao encontrar fumaça, além da
redução da velocidade de caminhamento, o movimento das pessoas torna-se mais e
mais ineficiente ao longo de um corredor preenchido por fumaça. Isso é devido ao
obscurecimento visual causado pelas condições ambientais densas e irritantes. Um
comportamento adicional percebido por Jin foi que em condições de fumaça, as
pessoas tendem a usar as paredes para ajudá-los em seu direcionamento (GALEA
et al, 2004, p. 2.64).
Devido a importância de suas pesquisas, o buildingExodus utiliza o conjunto de
dados extraídos do trabalho de Jin para simular o impacto que é causado na taxa de
movimento das pessoas expostas à fumaça aos gases irritantes
5.2.4. Modelos empíricos de Jake Pauls
Segundo Proulx (2002a), Jake Pauls iniciou seus trabalhos observando várias
simulações de abandono em edifícios altos no Canadá, registrando cuidadosamente
muitos aspectos de cada exercício de simulação e, então, desenvolvendo relações
que melhor descrevessem o que foi de fato observado.
Ao todo foram observadas 29 simulações em edifícios altos, de 8 a 21 pisos,
utilizando-se os procedimentos de abandono tradicionais. Uma média de duas
escadas foi observada em cada simulação, resultando assim em 58 casos para
análise.
190
Segundo Pursals (2003), as pesquisas e publicações de Pauls são possivelmente as
mais referenciadas e que desfrutam de maior reconhecimento entre os especialistas.
Essas podem ser classificadas em três momentos, ou seja: a primeira etapa entre os
anos de 1969 a 1974, período este em que somente algumas publicações são
apresentadas; entre os anos de 1976 e 1979, quando suas publicações,
participações em congressos e conferências são mais notórias e numerosas; e
atingindo nos anos de 1980, o reconhecimento mundial.
Tendo-se por base esses trabalhos, Pauls desenvolveu o modelo de largura efetiva
para aglomerações de pessoas (Tabela 5.3), ou seja, demonstrou que as pessoas
utilizam parte do espaço para possibilitar seu movimento oscilante quando
caminham, e se arranjam em escadas, ao contrário das crenças anteriores que eram
baseadas nas dimensões estáticas dos ombros das pessoas. Sendo assim, deve-se
deduzir da largura da escada 150 mm do limite das paredes ou 90 mm do centro do
corrimão, conforme figura abaixo.
Figura 5.3: Medida da largura efetiva da escada em relação às paredes e corrimãos.
Fonte: Bryan (2002b, p. 352).
Outra descoberta sobre a abordagem de largura efetiva é que o fluxo médio (por
metro efetivo de largura de escada) varia de maneira não linear, e que o uso de
191
roupas extras (para proteção contra intempéries) contribui para esta variação,
conforme demonstrado na Figura 5.4.
Figura 5.4: Fluxo de pessoas em escadas no fluxo descendente.
Fonte: Bryan (2002b, p. 353).
Pauls estabeleceu uma equação de regressão que relaciona fluxo e população.
f = 0,206 p
0,27
Onde:
f: fluxo médio (pessoa por segundo por metro de largura efetiva de escada)
p = número de pessoas por metro de largura efetiva
Uma outra equação descreve a relação entre largura efetiva de escada, população
total real e o fluxo de tempo esperado, sendo:
w = 8040 p
t
1,37
Onde:
w: largura efetiva da escada (mm)
p: população total real (pessoas)
t = tempo de fluxo esperado (segundos)
192
E por último, algumas equações para prever o tempo total de abandono através de
escadas em grandes edifícios são apresentadas, sendo:
t = 0,68 + 8,081 p 0,73 se p 800
t = 0,70 + 0,0133 p se p 800
Onde:
t: tempo mínimo em minutos para se completar um procedimento de abandono total
sem controle
p: é população real por metro de largura efetiva de escada medida no nível de
descarga de saída
5.2.5. Modelos empíricos de John J. Fruin
O livro de John J. Fruin (1971), denominado Pedestrian Planning and Design, foi
publicado nos EUA, pela Metropolitan Association of Urban Designers and
Environmental Planners, tendo sido reeditado em 1987. Trata-se de um livro
estruturado em oito capítulos e que inicialmente aborda questões históricas
relacionadas ao movimento das pessoas, da formação das cidades bem como a
relação do homem com estas; das características humanas como conhecimento
necessário para desenvolvimento de um projeto a contento e, por fim, apresenta
algumas propostas para a elaboração de projetos.
J. J. Fruin desenvolveu suas pesquisas nos EUA, no mesmo período em que J.
Pauls desenvolvia a suas no Canadá, ou seja, durante a década de 1960.
Seu trabalho aborda a complexidade da locomoção humana em geral e não apenas
no interior dos edifícios, considerando o balanço do corpo e regulação do tempo das
pessoas, a percepção espacial, bem como as diferenças entre o caminhar em uma
superfície em nível ou em uma escada. Avalia, ainda, a dimensão das pessoas, mais
precisamente a largura dos ombros e a profundidade do corpo, medidas estas
principais para aqueles que projetam espaços para o uso de pedestres.
193
Fruin adota o conceito de padrão de nível de serviço, já utilizado na engenharia de
tráfego de veículos, incorporando a esse considerações relativas à conveniência
humana bem como do ambiente a ser projetado e abordando as diferentes maneiras
de projetar considerando as características próprias de cada ambiente, tais como, os
padrões de tráfego, restrições físicas, etc.
São considerados seis níveis de serviço, identificados pelas letras (A, B, C, D, E e
F), correspondendo cada um a uma determinada densidade que fornecem ao
projetista um meio útil para determinar a qualidade do espaço do a ser projetado.
Cabe ao projetista examinar todos os elementos do projeto tais como os momentos
e a duração do pico, a chegada repentina de várias pessoas e todas as ramificações
econômicas do espaço a ser utilizado.
Os seis níveis de serviço que variam de acordo com a liberdade de movimentação,
conforto pessoal e em função das densidades de ocupação para as diferentes
situações. As Tabelas 2.8, 2,9 e 2.10, descrevem resumidamente os níveis de
serviços para área de pedestres em movimento, em filas e em escadas.
Cabe ressaltar que o nível de serviço F corresponde a altas densidades e, portanto,
pode levar a uma paralisação do movimento. Este nível de serviço deve ser evitado
em espaços de circulação de emergência.
Quanto ao nível E, este corresponde a condições de movimento onde existe contato
inevitável e a velocidade é restringida, mas possível. Corresponde a capacidade
máxima suportável de caminhamento. Segundo METRÔ (s.d.), estudos realizados
no início da operação do Metrô de São Paulo indicaram este nível como padrão de
densidade nos horários de pico.
194
Tabela 5.8: Níveis de serviço para circulação horizontal.
Nível de
Serviço
Descrição Aplicação
Densidade
(pessoas/m²)
Velocidade
(metros/min)
Fluxo específico
(pessoas/m min)
A
Há circulação livre de pedestres permitindo a
ultrapassagem. São possíveis fluxos em todas as
direções, inclusive fluxo reverso e cruzado, com um
mínimo de restrições e inconvenientes.
Edifícios ou praças públicas, sem horários
de pico ou restrições do espaço.
< 0,30 >79,25 < 22,97
B
Densidade maior que a anterior, mas a circulação
de pedestres ainda é feita dentro da área de
conforto pessoas. Há liberdade para
ultrapassagem. Para o fluxo reverso encontra-se
pequena dificuldade e há restrições ao fluxo
cruzado.
Terminais de transporte e edifícios onde
picos são recorrentes, mas não severos.
0,30 a 0,43 70,25 a 76,20 22,97 a 32,81
C
Há maior densidade e as velocidades são
restringidas, devendo ser ajustadas a fim de evitar
conflitos. Encontram-se restrições no fluxo reverso
ou cruzado, existindo alta possibilidade de conflitos
e inconvenientes.
Terminais de transporte, edifícios públicos
ou espaços abertos, onde picos severos
combinados com restrição de espaço
limitam a flexibilidade do projeto.
0,43 a 0,71 76,20 a 70,10 32,81 a 49,21
D
Dificuldade para ultrapassar os pedestres mais
lentos, velocidade normal reduzida. Fluxo no
sentido reverso com severas restrições e
ocorrência de múltiplos conflitos. Existe a
possibilidade de se alcanças densidades críticas
intermitentes.
Áreas públicas com grande concentração de
pessoas.
0,71 a 1,07 70,17 a 60,96 49,21 a 65,62
E
A velocidade é restringida, requerendo freqüentes
ajustes para andar. Área insuficiente para
ultrapassagem e extrema dificuldade para o fluxo
reverso ou cruzado. O contato entre as pessoas é
inevitável. Este nível aproxima-se da capacidade
máxima suportável de caminhamento, provocando
freqüentes paradas e interrupções de fluxo.
Saída de estádios de esportes e estações
de trens.
1,07 a 2,15 60,96 a 33,53 65,62 a 82,02
F
Velocidade é extremamente restringida e caminha-
se por empurrões. Existe contato freqüente e
inevitável e o movimento reverso ou cruzado seria
impossível. O fluxo seria esporádico e dependeria
das pessoas que estão na frente.
Não é recomendado >2,15 <33,53 > 82,02
Fonte: Fruin (1987, p. 74 - 78) – Adaptada pelo autor.
195
Tabela 5.9: Níveis de serviço para pessoas paradas ou em filas.
Nível de
Serviço
Descrição Aplicação
Área/pessoa
(m²/pessoa)
Densidade
(pessoas/m²)
Espaço médio
interpessoal (m)
A
Zona de livre circulação. Há espaço suficiente
para livre circulação sem a ocorrência de
nenhum tipo de distúrbio entre as pessoas
Saguões de passageiros. >1,21 < 0,83 >1,20
B
Zona de circulação restrita. Há espaço
suficiente para posicionamento estático com
bastante conforto psicológico, sem a
ocorrência de nenhum tipo de distúrbio entre
as pessoas. Começas a surgir restrições à
livre circulação.
Saguões de plataformas ferroviárias e
saguões de passageiros.
0,93 a 1,21 0,83 a 1,08 1,10 a 1,20
C
Zona de conforto pessoal. Há espaço
suficiente para posicionamento estático com
bastante conforto psicológico Circulação é
restringida e só é possível incomodando os
outros.
Área de vendas de bilhetes com filas
ordenadas e saguões de elevadores.
0,65 a 0,93 1,08 a 1,54 0,90 a 1,10
D
Zona de não contato. Há espaço suficiente
para posicionamento estático, mas as
circulações são severamente restringidas e o
movimento só é possível em grupo.
Filas em escadas rolantes e áreas de
espera para travessias. Não é
recomendado para longos períodos de
espera.
0,28 a 0,65 1,54 a 3,58 0,60 a 0,90
E
Zona de toque. Há espaço suficiente para
posicionamento estático com contato físico
inevitável. Circulação dentro de áreas com fila
não é possível. Pode apenas ser sustentado
por curtos períodos de tempo com
desconforto físico e psicológico.
Aplica-se somente para elevadores 0,17 a 0,28 3,58 a 5,38 < 0,60
F
Elipse do corpo. O contato físico é inevitável
causando desconforto físico e psicológico.
Nenhum movimento é possível e em grandes
aglomerações o potencial para “pânico”
existe,
Aplicação não recomendada. > 5 > 5,38
Fonte: Fruin (1987, p. 85 - 87) – Adaptada pelo autor.
196
Tabela 5.10: Níveis de serviço para pessoas escadas.
Nível de
Serviço
Descrição Aplicação
Densidade
(pessoas/m²)
Velocidade
(m/min)
Fluxo específico
(pessoas/m min)
A
Há circulação livre de pedestres permitindo a
ultrapassagem. Nenhuma dificuldade seria
experimentada com o fluxo reverso.
Edifícios públicos ou praças que não
apresentam pico de tráfego ou
limitação de espaços.
< 0,53 > 38,01 < 16,40
B
Há circulação livre de pedestres. Alguma
dificuldade pode ocorrer ao ultrapassar
pedestres mais lentos. Para o fluxo reverso
encontra-se pequena dificuldade.
Terminais de transporte e edifícios
onde picos são recorrentes, mas não
severos.
0,53 a 0,71 38,01 a 36,58 16,40 a 22,97
C
A velocidade de locomoção seria levemente
restringida devido à incapacidade de
ultrapassar os mais lentos. Para o fluxo
reverso encontra-se pequena dificuldade e
há restrições ao fluxo cruzado.
Terminais de transporte, edifícios
públicos, onde há demandas de pico
recorrentes e alguma restrição de
espaço.
0,71 a 1,07 36,58 a 35,05 22,97 a 32,81
D
A velocidade de locomoção é restringida para
a maioria das pessoas devido ao espaço
limitado e a impossibilidade de
ultrapassagem. Fluxo no sentido reverso com
severas restrições e ocorrência de conflitos
de tráfego.
Áreas públicas com grande
concentração de pessoas e terminais
de transporto.
1,07 a 1,53 35,05 a 32,00 32,81 a 42,65
E
É a área mínima possível para locomoção
em escadas. Todas as pessoas teriam sua
velocidade reduzida devido o espaço
reduzido e a impossibilidade de
ultrapassagem. Intermitentes paradas são
prováveis a ocorrer. Fluxo no sentido reverso
causaria conflitos.
Estádios de esportes e instalações de
trânsito onde existe um tempo curto de
saída de pedestres.
1,53 a 2,69 32,00 a 25,91 42,65 a 55,77
F
Há uma quebra no fluxo, com muitas
paradas. O fluxo seria esporádico e
dependeria das pessoas que estão na frente.
Aplicação não recomendada > 2,69 < 25,91 > 55,77
Fonte: Fruin (1987, p. 80 - 84) – Adaptada pelo autor.
197
A Figura 5.5 representa graficamente os níveis de serviço para pessoas paradas ou
em filas.
Figura 5.5: Representação gráfica do nível de serviço para pessoas paradas ou em filas.
Fonte: Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô).
No buildingExodus a velocidade de caminhamento dos ocupantes em nós de escada
está baseada nos dados provenientes das pesquisas de Fruin. No Capítulo 7 será
apresentada uma tabela com as velocidades adotadas.
5.3. Tempo total de abandono
É importante compreender que o tempo total de abandono é composto por várias
parcelas de tempo e que a velocidade de caminhamento é somente uma delas. Faz-
se necessário entender cada uma destas parcelas de tempo, pois se a somatória de
tempos que precedem o caminhamento for muito alta, quando o ocupante decidir
efetivamente iniciar o movimento, o limite tolerável pode ser mínimo, ou seja, os
gases quentes e tóxicos podem já tem invadido as rotas de fuga ou o incêndio pode
já ter se alastrado. A Figura 5.6 demonstra graficamente esses tempos.
198
O tempo de abandono inclui:
Tempo até detecção do incêndio – pode ser curto quando as pessoas estão
despertas no recinto em que iniciou o incêndio, ou longo se o incêndio ocorrer
em sala distante da presença de pessoas e não houver sistema de detecção
automática de incêndio. Neste caso, ao ser descoberto, o incêndio já terá se
desenvolvido e gerado uma grande quantidade de fumaça ou gases tóxicos;
Tempo de alarme – depende das ações realizadas pelas pessoas que
tomam conhecimento do incêndio ou das características dos sistemas de
detecção e alarme;
Tempo de reconhecimento – mesmo depois de soado o alarme as pessoas
normalmente não iniciam o abandono imediatamente, elas querem se
certificar do que está havendo antes de decidir a abandonar o local e acabam
por perder um tempo nesta ação;
Tempo de resposta – algumas pessoas ainda vão executar certas tarefas
antes de iniciarem o abandono. Estas tarefas podem ser de caráter pessoal
ou tarefas necessárias referentes a algum tipo de processo produtivo. A soma
do tempo de reconhecimento e de resposta é denominada de tempo de pré-
movimento;
Tempo de percurso – é aquele efetivamente gasto no deslocamento até a
saída. Inúmeros fatores influem nesse tempo, tais como: as condições físicas
e mentais das pessoas, a idade, a familiaridade com o edifício, entre outros.
Esse é o tempo que está relacionado diretamente às distâncias de
caminhamento citadas nas normas e regulamentações.
199
Figura 5.6: Linha do tempo de um caso de incêndio.
Fonte: British Standads Institute (2001).
Portanto, percebe-se que o tempo de escape ou abandono é a soma de cinco
tempos parciais e a soma destes tempos deve ser menor do que o tempo em que as
condições ambientais (gases tóxicos e calor) apresentem perigo à vida dos
ocupantes da edificação, ou seja, menor que o tempo limite tolerável de
sobrevivência
.
O tempo de percurso é um dos componentes do tempo de escape e está
relacionado à geometria da edificação e às condições físicas e mentais dos
ocupantes. Todos os demais tempos estão ligados a fatores como o tipo de incêndio
(características da combustão), as formas de detecção do incêndio e a reação das
pessoas à situação de emergência. Pode-se, portanto, ter duas situações de
incêndio totalmente diferentes na mesma edificação, com a mesma distância de
caminhamento e que conduzem a conseqüências bem distintas.
É muito comum as pessoas terem uma resposta lenta ao alarme de incêndio, muitas
vezes postergando o início de seu movimento de abandono e quando os ocupantes
decidem mover-se para uma área segura, o tempo restante para uma evacuação
pode ser insuficiente.
Ignição
Detecção
Alarme
Fim do abandono
Limite Tolerável
(sobrevivência)
t
alarme
t
detecção
t
pré
tempo de pré-movimento
t
esc
tempo para abandono
t
evac
tempo para evacuação
t
perc
tempo de percurso
reconhecimento
tempo de resposta
Tempo até atingir uma condição limite
TEMPO
200
5.4. Comportamentos adaptativos e não adaptativos
Ao tratar da segurança dos ocupantes em um edifício, é importante entender e
considerar os fatores que podem influenciar a resposta e o comportamento das
pessoas frente a uma ameaça. A presciência do comportamento humano e a
previsão da resposta comportamental é uma das mais complexas áreas da
engenharia de proteção contra incêndios, se comparada a outras áreas desta
ciência, visto que o entendimento do comportamento humano nestas circunstâncias
ainda é limitado.
Segundo Sara (1983, apud COELHO, 1997), os estudos sobre o comportamento
humano em situações de emergência são recentes; somente nas últimas décadas o
assunto recebeu uma abordagem sistemática proporcionando, assim, um
desenvolvimento sobre este conhecimento.
No início do Século XX, são encontrados os primeiros estudos sobre comportamento
humano nos EUA. Conforme já citado na introdução, o estudo mais antigo data de
1909. No início da década de 1930, foram conduzidos estudos de abandono
envolvendo terminais de trem, estações de metrô, teatros, lojas de departamento e
escritórios do governo federal em situações normais e em simulações de abandono.
Em 1967, dois incêndios politicamente significativos aceleraram as mudanças na
engenharia de proteção contra incêndio nos EUA. O primeiro envolveu o veiculo
espacial Apollo 1, em 27 de janeiro, no Cabo Kennedy na Florida, com a perda de
três astronautas. O segundo incêndio ocorreu em 07 de fevereiro, no Restaurante
Dale`s Penthouse, em Montgomery, Alabama, e resultou em 25 mortos e 12 feridos.
A U.S. House of Representatives Comittee on Science and Astronautics conduziu
uma investigação de maio a junho de 1967, que resultou no Ato de 1967. Esse Ato
foi assinado pelo Presidente Johnson estabelecendo a Comissão Nacional para
Prevenção e Controle de Incêndio, cujo trabalho resultou no relatório de 1973
denominado America Burning. O Centro para Pesquisa em Incêndio do National
Bureau of Standards do Departamento de Comércio foi formado em 1974 e tornou-
se vitalício.
201
O primeiro seminário sobre comportamento humano em incêndio aconteceu na
Universidade de Surrey, Reino Unido, em março de 1977, organizado por David
Canter e pelos membros da unidade de pesquisa de incêndio. Os artigos técnicos
apresentados nesse seminário, juntamente com artigos de pesquisadores
convidados, resultaram no primeiro livro sobre comportamento humano em incêndio
(Fires end Human Behaviour). O segundo Seminário foi conduzido em outubro de
1978 no National Bureau of Standards dos EUA. Os pesquisadores presentes neste
Seminário estavam especialmente envolvidos com a examinação e os métodos para
investigação do comportamento humano em situação de incêndio tanto nos EUA
quanto na Grã Bretanha.
Um dos mais intensivos estudos sobre comportamento humano em situações de
emergência foi desenvolvido tendo como objeto o atentado à bomba no World Trade
Center (WTC), ocorrido em 26 fevereiro de 1993. Este incidente foi profundamente
estudado por Fahy e Proulx (1995), utilizando como ferramentas de pesquisa
entrevistas e questionários, relacionados com o comportamento dos ocupantes.
Esse incidente também foi uma das poucas fontes de estudo sobre o abandono de
pessoas com deficiência física. A Tabela 5.11 apresenta alguns dados obtidos nessa
pesquisa. Vale ressaltar que dos 1598 questionários que foram enviados às pessoas
envolvidas (vítimas do atentado), 419 (26,2%) retornaram dos quais 406 (25,4%)
foram utilizados na pesquisa.
Tabela 5.11: Maneira como ficou sabendo que algo extraordinário tinha ocorrido no WTC.
Maneira como ficou sabendo Torre 1 Torre 2
Ouviu ou sentiu a explosão 38% 27%
Falta de energia elétrica / telefone ou variação na iluminação 5% 11%
Viu ou sentiu cheiro da fumaça 4% 6%
Foi avisado por alguém 5% 3%
Ouviu a explosão e a perda de energia elétrica 27% 30%
Ouviu a explosão, perda de energia elétrica e viu ou sentiu cheiro da
fumaça
6% 5%
Ouviu a explosão, viu ou sentiu cheiro de fumaça ou poeira 11% 7%
Ouviu a explosão, com ou sem outra informação 84% 74%
Perda de energia com ou sem outra informação 40% 53%
Fonte: Fahy, Proulx (1995, p. 61).
202
Os efeitos nocivos do incêndio não podem ser atribuídos exclusivamente aos
sistemas de proteção. Muitos dos incêndios que ocorrem no dia-a-dia não são
relatados pelos jornais, no entanto, provavelmente, as fatalidades que decorrem
desses são mais associadas ao erro humano do que a deficiências de engenharia.
Numa situação de incêndio podem ocorrer diversos fenômenos tais como: a
presença de chamas, aumento das temperaturas, presença de fumaça e gases
tóxicos, que podem contribuir para provocar uma instabilidade emocional nas
pessoas. Embora na maioria das vezes as pessoas apresentem um comportamento
dentro dos padrões normais, tais fenômenos podem contribuir para que surjam
comportamentos denominados não adaptativos.
Segundo Schultz (1968 apud BRYAN, 2002) um comportamento não adaptativo
pode ser definido como um comportamento de fuga induzido pelo medo irracional,
não adaptativo, anti-social, que serve para reduzir as possibilidades de escape do
grupo como um todo.
De uma forma geral, as pessoas tem um comportamento adaptativo, ou seja,
consegue abandonar o edifício sem se afastar dos padrões normais de
comportamento. Entretanto, podem surgir alguns fenômenos que contribuam para
que o indivíduo passe a ter uma resposta comportamental não adaptativa. Um
comportamento não adaptativo pode ser definido por um tipo de resposta
comportamental que envolve esforços exagerados induzidos pelo medo.
Alguns comportamentos podem, além de dificultar o abandono dos indivíduos que
estão tentando sair do edifício, dificultar a entrada de equipes de socorro, pois pode
diminuir o escoamento das pessoas.
Na Tabela 5.12 apresenta-se exemplos de comportamentos não adaptativos,
resultado de um estudo relativo ao comportamento das pessoas durante um incêndio
ocorrido no edifício do Arundel Park, em 1956, nos EUA, cujo objetivo era determinar
e quantificar os motivos que levavam as pessoas a entrar no edifício depois de já
estarem fora dele.
203
Tabela 5.12: Motivos que provocaram a reentrada de ocupantes no incêndio do
edifício do Arundel Park.
SEXO
SAÍDA E REENTRADA
PELO MESMO LOCAL
SAÍDA E REENTRADA
POR LOCAIS
DIFERENTES
MOTIVO DECLARADO
M 1 - Desligar o fogão
M 1 1
Alertar para as pessoas
saírem
M 3 1 Auxílio não especificado
M 1 - Ajudar as pessoas
M 2 3 Procurar a esposa
M 2 2 Ajudar combate ao incêndio
M+1F - 5 Razão não declarada
Fonte: Bryan (2002, p. 331).
Este incêndio ocorreu em um local de reunião que estava sendo utilizado para um
evento familiar. Sendo assim, o papel cultural do marido ou pai pode ter sido uma
variável crítica neste comportamento de reentrada, predominantemente masculino,
da população entrevistada. O comportamento de reentrada é frequentemente
adotado por pais quando crianças estão perdidas durante um incidente de incêndio.
Este comportamento é considerado não adaptativo visto que afeta negativamente a
saída daqueles que estão ainda dentro do edifício assim como a entrada dos
bombeiros (BRYAN, 2002).
Segundo Coelho (s.d.) a probabilidade de um comportamento não adaptativo
aumenta se não forem consideradas as seguintes medidas de segurança contra
incêndio:
concepção correta dos caminhos de evacuação (visibilidade das saídas,
larguras suficientes, adequada relação entre largura e altura dos degraus das
escadas, existência de corrimãos nas escadas, etc);
evitar passagens estreitas ou estrangulamentos nos caminhos de evacuação;
existência de sinalização de segurança adequada;
existência de iluminação de emergência;
detecção do incêndio em sua fase inicial e adequados sistemas de alarme;
204
existência de áreas de refúgio e sistema de comunicação com os ocupantes
(edifício muito alto);
sistema adequado de controle de fumaça.
Diante desta situação, independente de sua experiência anterior, idade, sexo ou
treinamento, toda pessoa envolvida em uma situação de emergência sentirá algum
estresse. Este sentimento não é uma situação anormal, pelo contrário, é visto como
um sentimento necessário para motivar reação e ação. A tomada de decisão
mediante o estresse é freqüentemente caracterizada pelo estreitamento das opções.
Por este motivo, o treinamento constante de abandono torna-se extremamente
importante.
A tomada de decisão do ocupante no estresse, situada entre o tempo de
reconhecimento e o tempo de resposta, torna-se muito mais complexa do que uma
tomada de decisão cotidiana, devido a (Proulx, 2002b):
existência de risco muito maior em um incêndio do que em outras situações
(as conseqüências de uma tomada de decisão podem determinar sua
sobrevivência);
o tempo disponível que é limitado e o tomador de decisão sente que sua
decisão deve ser tomada rapidamente;
qualidade das informações disponíveis para a tomada de decisão são
ambíguas e incompletas.
Ainda segundo Proulx (2002b), embora, em geral, as pessoas pensem que o
incêndio pode gerar o pânico em massa, tendo como problemas saídas obstruídas e
pisoteamento, este tipo de comportamento é extremamente raro em incêndio. A idéia
que as pessoas terão um comportamento irracional é muito forte devido
principalmente à mídia, que exibe imagens extremamente intensas, porém com
interpretações equivocadas.
Convém relembrar que o conceito de “pânico”, que ainda figura em nossas
legislações e regulamentações, é muito poderoso principalmente pela ênfase que a
205
mídia e indústria cinematográfica dão a esse. Por exemplo, jornais Britânicos
noticiaram o incêndio do Beverly Hills Supper Club, que ocorreu em 28 de maio de
1977, e incluíam as seguintes manchetes: “Panic Kills 300” (The Sum); “Panic and
Stapede to Death” (Daily Mail); “A Killer called Panic” (Daily Express) (Sime, 1978). A
falta de saídas ou a competição por um lugar é freqüentemente citada como uma
evidência de pânico.
Vale ressaltar que o conceito de pânico não está limitado a situações de incêndio.
Ele tem uma longa história. A palavra Pânico tem origem na mitologia Grega, na
figura do deus Pan. O pânico é definido na lenda como uma “emoção contagiosa”
instalada pelo deus Pan no exército Persa, que embora fosse maior que seus
inimigos Gregos, perderam a batalha de Marathon.
Quando pessoas estão tentando escapar de um edifício em chamas por uma única
saída, seu comportamento parece extremamente irracional para uma pessoa que
analisa a situação depois e constata que existiam outras saídas. Entretanto, as
pessoas que estão tentando sair desconhecem as outras saídas, tendo aquela como
a única disponível; tentar brigar por ela ao invés de morrer queimado parece ser uma
escolha lógica. O pânico ainda é muito confundido com comportamento de fuga
(Turner e Killian, 1957, apud SIME, 1978).
Vários pesquisadores procuraram demonstrar como se dá o processo de percepção
do incêndio nas pessoas. Withey (1962 apud BRYAN, 2002) examinou seis
processos físicos e psicológicos que um indivíduo pode utilizar na tentativa de
perceber, identificar, estruturar e avaliar uma situação de informação de incêndio,
sendo estas:
Reconhecimento: ocorre quando a pessoa identifica as informações
ambíguas do incidente e toma ciência do incêndio.
Validação: consiste na tentativa de validar a percepção inicial das
informações do incêndio.
206
Definição: é o processo através do qual o indivíduo tenta relatar as
informações relativas ao incêndio e as variáveis contextuais e percebidas,
incluindo sua posição em relação ao incêndio.
Avaliação: é o processo no qual o indivíduo avalia o incêndio e pode ser
descrito como uma atividade física e cognitiva necessária para a resposta
individual à ameaça.
Compromisso: consiste num mecanismo utilizado pelo indivíduo para iniciar
sua resposta comportamental necessária para atingir uma estratégia de
resposta comportamental que foi formulada no processo de avaliação.
Reavaliação: trata-se do processo mais estressante para o indivíduo, devido
ao fracasso na tentativa anterior em atingir as estratégias para as respostas
formuladas. Uma energia física e psicológica mais intensa é alocada para a
resposta comportamental e o indivíduo tem uma tendência a tornar-se menos
seletivo aos riscos envolvidos.
Breaux et al. (1976 apud BRYAN, 2002), desenvolveu um modelo conceitual do
processo de decisão cognitiva das pessoas em um incidente de incêndio. Ao invés
dos seis processos adotados por Withey, Breaux utilizou três processos:
reconhecimento/interpretação, comportamento e o resultado das ações. Ambos
reconhecem que o processo de reconhecimento/interpretação e o processo
comportamental têm inputs cognitivos que são processos de tomada de decisão
críticos. Esses envolvem experiências anteriores, fatores que surgem naquele
momento e fatores do estado atual do indivíduo que causam um impacto no
processo de reconhecimento e interpretação. O modelo conceitual desenvolvido por
Breaux é mostrado na Figura 2.8.
207
Figura 5.7: Modelo de sistema heurístico do comportamento humano em incidentes de incêndio.
Fonte: Breaux et al. (1976 apud Bryan, 2002, p. 321).
Segundo Bryan (2002b), atualmente, os países que lideram este campo de pesquisa
são: Austrália, Canadá, Grã Bretanha, Japão, Nova Zelândia, Irlanda do Norte,
Noruega e Suécia. A aplicação de estudos experimentais com seres humanos
relativos à procura de caminhos e os efeitos da fumaça foram conduzidos pelo
Japão e Noruega.
5.5. Efeito do sistema de alarme no procedimento de abandono
A existência de sistemas automáticos de detecção de incêndio e alarme em edifícios
tem uma grande influência na segurança das pessoas visto que se o incêndio for
detectado em sua fase inicial, sua extinção pode ser fácil, não colocando em risco a
incolumidade das pessoas.
A detecção pode ser feita automaticamente ou manualmente. A detecção manual, é
aquela em que as pessoas detectam o incêndio ao notar a presença de fumaça,
aumento de temperatura, som e luz; para tanto, utilizam-se de seus sentidos (olfato,
tato, audição e visão), enquanto que a automática utiliza-se de sensores capazes de
detectar fumaça ou aumento de temperatura, podendo ainda estar associado a
sistemas de combate automático, tais como chuveiros automáticos.
Interpretação e
reconhecimento
Input 1
Fatores que
surgem
imediatamente
Input 1
Fatores
ambientais
Comportamento
(ação / sem ação)
Resultados (avaliação
– efeito a longo prazo
Input 3
Fatores de
suporte presentes
Input 2
Fatores sociais
Input 2
Experiências
anteriores
208
A maneira que os indivíduos são alertados da ocorrência do incêndio pode predispor
a percepção sobre a ameaça envolvida. Keating e Loftus (1981 apud BRYAN,
2002b), em seus estudos sobre sistemas de alerta de voz, enfatizaram que as
variações na qualidade de voz, volume tanto quanto no conteúdo da mensagem
podem reforçar as informações de ameaça aos ocupantes.
Um dos poucos estudos que retrata esta situação ocorreu na Torre Sul do World
Trade Center em 17 de abril de 1975. Lathrop (1976 apud BRYAN, 2002b)
apresentou um estudo sobre esse incidente, ocorrido em um carrinho de lixo numa
área de depósito do quinto piso, às 9:04 horas, adjacente a porta de acesso à
escada. Este posicionamento permitiu que a fumaça se espalhasse até o vigésimo
segundo andar. Os ocupantes destes pisos moveram-se para a área central dos
seus andares, às 9:10 h o sistema de comunicação de voz avisou que os ocupantes
deveriam retornar a seus locais de trabalho, entretanto, a disparidade entre a
informação recebida pelos sentidos, ou seja, a presença de fumaça e a do sistema
de comunicação deixou os ocupantes mais ansiosos. Visto que os ocupantes não
retornaram para seus locais de trabalho, às 9:16 h, a mensagem para abandono foi
anunciada.
Outro incidente de incêndio bastante presente na literatura e com um número
significativo de mortos e feridos foi o ocorrido no MGM Grand Hotel, no dia 21 de
novembro de 1980, em Nevada, EUA. Segundo Bryan (2002b), a NFPA conduziu um
estudo a fim de descobrir como os hóspedes tomaram ciência do incidente e quais
foram suas respostas comportamentais.
O incêndio ocorreu no restaurante do cassino aproximadamente às 7:10 h, e foi
imediatamente comunicado ao corpo de bombeiros através de uma linha telefônica
direta; estes chegaram ao local aproximadamente às 7:17 h. Devido à presença de
fumaça, os operadores de telefonia foram afastados de suas posições impedindo
assim que utilizassem o sistema de comunicação de voz para avisar os hóspedes. O
calor e a fumaça propagaram-se para os andares superiores através das juntas
sísmicas, aberturas dos elevadores e escadas atingindo todos os pisos do hotel.
Devido ao abandono dos operadores de telefonia no estágio inicial do incêndio, os
hospedes não foram avisados do incêndio. Ainda que as chamas não tivessem saído
209
do pavimento de origem, esse incidente teve um saldo de 85 mortes, sendo: 14
pessoas no nível do cassino, 29 pessoas nos quartos de hóspedes, 29 nos
corredores e lobbies, 9 pessoas nas escadas e 5 pessoas nos elevadores. Foram
encontradas vítimas no nível do cassino e do décimo sexto ao vigésimo quinto
andar, sendo que a maioria encontrava-se entre o vigésimo e vigésimo quinto andar.
Esse incidente demonstra a importância dos sistemas de alarme nos estágios iniciais
do incêndio.
No atentado à bomba ocorrido no WTC, em 1993, 96% dos ocupantes da Torre 1 e
95 % dos ocupantes da Torre afirmaram que não ouviram o alarme de incêndio
(FAHY e PROULX, 1995).
Segundo Bryan (2002), pesquisas sobre práticas de abandono têm demonstrado que
o uso de sistemas de alerta de voz podem ser mais eficientes do que alarmes do tipo
sirene em reduzir o tempo de atraso para o início do processo de abandono.
5.6. Percepção das crianças em situação de incêndio
Crianças são identificadas como pertencentes a um grupo de alto risco com relação
ao incêndio, devido a suas habilidades limitadas para compreender os perigos
intrínsecos do fogo ou de gerenciá-lo caso esse saia do controle. Crianças são
tipicamente dependentes em algum nível de outras pessoas para sua segurança.
Sendo assim, escapar de um incêndio por si só pode ser difícil para uma criança.
Piaget (1975 apud NAGAMINE, 2006, p. 16,17), identificou quatro estágios na
evolução mental da criança, sendo esses: sensório-motor, pré-operatório, operatório
concreto e o operatório formal, que serão descritos abaixo com mais detalhes.
Sensório-motor
Esse estágio inicia-se no nascimento e perdura até o 18° mês de vida. Nessa fase, a
criança busca adquirir controle motor e reconhecer os objetos físicos que a rodeiam
por meio de suas próprias ações.
210
Pré-operatório
Durante esse estágio, que começa no 18° mês e vai até o oitavo ano de vida, a
criança busca adquirir a habilidade verbal. Nessa fase, ela já consegue nomear
objetos e raciocinar intuitivamente, mas ainda não consegue coordenar as
operações fundamentais.
Operatório concreto
Nesse estagio, que dura dos 8 aos 12 anos de vida, conceitos abstratos como
números e relacionamentos começam a ser explorados. Inicia-se nesse período,
uma lógica interna mais consistente e a habilidade de solucionar problemas
concretos.
Operatório formal
Desenvolvido entre os 12 e 15 anos, a criança passa a engajar-se em raciocínios
abstratos. As deduções lógicas podem ser feitas sem o apoio de objetos concretos.
É nessa fase que ocorre o início da transição para a forma adulta de pensar,
podendo assim raciocinar sobre idéias abstratas.
Cada uma dessas fases representa um momento com características específicas na
vida de cada criança. Visto que existe um processo que é inerente à idade, atenção
específica deve ser dada a cada grupo de crianças, tal como: a maneira de ensiná-
las sobre os fenômenos do incêndio; a maneira que devem se comportar caso a
alarme seja soado, etc.
Fisiologicamente, as crianças são mais suscetíveis a ferimentos sérios ou a morrer
vítimas do incêndio. Sua pele é mais fina se comparada a de adultos, podendo sofrer
queimaduras profundas mais rapidamente. A exposição aos produtos tóxicos
provenientes do incêndio são especialmente sérios nas crianças. Nos EUA, 33% das
crianças mortas com idade inferior a 15 anos foram vítimas de aspiração de fumaça
e gases, enquanto que para idades acima de 15 anos esta porcentagem cai para
26% (FEMA, 2004).
211
A Federal Emergency Management Agency (FEMA, 2004), dos EUA, em seu
relatório denominado The Fire Risk to Children, apresenta alguns dados relativos à
quantidade de crianças que são levadas a óbito ou feridas, vítimas de incêndios.
Embora as mortes tenham diminuído ao longo dos últimos anos, os números nos
EUA permanecem entre os mais altos do mundo industrializado. Em 2001, 599
crianças com idade inferior a 15 anos foram vítimas fatais de incêndios,
correspondendo a cerca de 15% a 20% das mortes por incêndio, dependendo da
fonte. A Tabela 5.13 apresenta o número de vítimas de incêndio divididas por grupos
de faixas etárias.
Tabela 5.13: Crianças mortas e feridas no ano de 2001.
Todas de 0-14 anos De 0-4 anos De 5-9 anos De 10 a 14 anos
Quantidade % Quantidade % Quantidade % Quantidade %
Mortos 599 100 320 53,4 181 30,2 98 16,4
Feridos 2926 100 1420 48,5 575 19,7 931 31,8
Fonte: Federal Emergency Management Agency (FEMA, 2004, p. 2).
Em função do não reconhecimento do perigo do fogo, as crianças tem curiosidade
em tocar e manipular o que estiver ao seu alcance, isto inclui palito de fósforo,
isqueiro, vela, fogão e fogos de artifício. A maioria dos incidentes está relacionada
com crianças brincando com palitos de fósforo e isqueiros, sendo este último o maior
causador de mortes, ferimentos e danos à propriedade nos EUA. Brincar com estas
fontes de calor resulta em um grande número de incêndios: mais de 34.000
incêndios em 2001, dos quais 8.000 foram em residências (FEMA, 2004). Nas
Tabelas 2.14 e 2.15 são apresentadas as principais causas de ferimentos e mortes
de crianças relacionadas ao fogo.
Tabela 5.14: Causas que lideram os ferimentos de incêndio em crianças no ano de 2001 em
porcentagem.
Causas 0-14 anos 0-4 anos 5-9 anos 10 a 14 anos
Brincadeiras 19,1 12,8 37,7 16,7
Ato incendiário ou suspeito 18,0 17,0 19,5 18,7
Cozinhando 16,2 18,6 9,8 16,7
Fogueira e brasa 13,9 13,5 12,8 15,3
Fonte: Federal Emergency Management Agency (FEMA, 2004, p. 4).
212
Tabela 5.15: Causas que lideram as mortes de crianças em incêndios no ano de 2001 em
porcentagem.
Causas 0-14 anos 0-4 anos 5-9 anos 10 a 14 anos
Ato incendiário ou suspeito 22,4 31,4 12,2 13.
Fogueira e brasa 14,9 8,6 22,0 21,7
Criança brincando 14,2 17,1 14,6 4,3
Cozinhando 10,4 5,7 14,6 17,4
Distribuição elétrica 10,4 11,4 14,6 -
Fonte: Federal Emergency Management Agency (FEMA, 2004, p. 4).
Em seus estudos, Ono e Tatebe (2004), apresentam resultados acerca da atitude
das crianças, em relação à segurança contra incêndio, focando principalmente seu
comportamento durante o processo de abandono. Dentre outros fatores avaliados,
consideraram a capacidade intelectual, o reconhecimento do risco do incêndio e a
capacidade das crianças em encontrar o caminho de saída.
Essa pesquisa foi realizada aplicando-se questionários a crianças de 11 a 14 anos
de idade, em escolas públicas, localizadas na cidade de São Paulo, e seus
resultados foram comparados com os resultados da pesquisa realizada no Japão
pelo Aichi Institute of Technology.
No Japão, as simulações de abandono são praticadas todos os anos o que faz com
que as crianças estejam mais bem preparadas para enfrentar uma situação de
emergência. Infelizmente nas escolas públicas do Estado de São Paulo o ensino da
segurança contra incêndio e as práticas de abandono são raras.
Desde 1994, aproximadamente 5.500 crianças foram pesquisadas em 17 escolas
Japonesas. No Brasil, a pesquisa foi conduzida entre os anos de 2001 a 2003 em 4
escolas com uma amostra de 800 crianças.
Uma das questões dessa pesquisa pedia que os alunos demarcassem em planta
qual caminho seguiriam a fim de encontrar um local seguro caso houvesse um
incêndio na escola. Foi entregue aos alunos a planta da escola e o local onde o
incêndio ocorreria. A Figura 5.8 apresenta graficamente as respostas dos alunos da
6º série de ambos os países.
213
Figura 5.8: Resultado das rotas de escape desenhadas pelos alunos da 6º série.
Fonte: Ono e Tatebe (2004, s.p.).
É possível perceber as diferenças significativas nos resultados entre as crianças dos
dois países. 85% das crianças japonesas foram capazes de identificar a rota mais
segura contra 37% das crianças brasileiras. Outra questão relevante e preocupante
foi o número elevado (37%) de crianças brasileiras que não conseguiram responder
a questão.
Com relação à questão que diz respeito ao fenômeno de propagação da fumaça, fica
evidente que este fenômeno é mais conhecido pelos estudantes japoneses, uma vez
que a maioria das questões foi respondida corretamente enquanto que uma pequena
porcentagem dos estudantes brasileiros soube responder.
Figura 5.9: Resultado da questão relacionada ao fenômeno de propagação da fumaça.
Fonte: Ono e Tatebe (2004, s.p.).
Um dos fatores que pode ter influenciado nos resultados desta comparação é a
preocupação dos japoneses em ensinar suas crianças sobre o fenômeno do
incêndio.
214
Sendo assim, torna-se essencial desenvolver um programa de educação sobre
segurança contra incêndio às crianças, a fim de ensiná-los como lidar de maneira
segura com o fogo.
Em seu estudo, a fim de avaliar o programa denominado “Fire Ed”, conduzido pela
Melbourne Metropolitan Fire Brigade, destinado às crianças de escolas primárias,
Satyen (2004), demonstra que o conhecimento das crianças com relação à
segurança contra incêndio melhora significamente quando testadas após três
semanas do término do programa. Entretanto, quando avaliados após cinco
semanas, um declínio no conhecimento foi percebido. Esse estudo demonstra que
crianças podem não reter a informação durante um longo período de tempo e que
treinamentos periódicos em escolas primárias devem ser implementados.
Klüpfel et al. (s.d.), apresenta dados empíricos sobre simulações de abandono em
uma escola primária na Alemanha, onde participaram 200 crianças (com idade de 6
a 10 anos). O edifício é composto de duas alas, a maior contém 120 crianças. Foram
realizadas três simulações, com o mesmo cenário. No Gráfico 2.1, pode-se ver uma
redução no tempo de abandono para a Simulação 3, onde participaram 120
crianças, demonstrando a eficácia da repetição periódica do exercício.
Gráfico 5.1: Número de alunos que saíram do edifício e seus respectivos tempos.
Fonte: Klüpfel et al. (s.d., p. 4).
215
Nesse capítulo apresentou-se inicialmente algumas expressões desenvolvidas por
pesquisadores de vários países, e que ainda hoje estão presentes nas literaturas
científicas e utilizadas nos modelos matemáticos que simulam o abandono de
pessoas.
Outra questão importante abordada foi a composição das parcelas de tempo para
abandono e como se dá o processo de percepção das pessoas em situações de
incêndio.
Vale ressaltar a necessidade de se avaliar com critério os dados relativos à
velocidade de caminhamento e espaço ocupado pelas pessoas, que são
provenientes de outros países, e podem não retratar a realidade brasileira.
Por fim, foram apresentadas algumas pesquisas relacionadas à percepção espacial
da criança sobre o ambiente construído e sobre o incêndio. E pode-se constatar a
necessidade de se implantar, no Brasil, programas educacionais associados com
exercícios de abandono, que podem além de conscientizar as crianças dos riscos de
lidar com o fogo, exercer grande influência na redução do tempo para que as
pessoas possam abandonar o edifício.
216
EM BRANCO
217
6. DESCRIÇÃO E ANÁLISE ESPACIAL DOS EDIFÍCIOS ESCOLARES
6.1. Critérios adotados para seleção dos edifícios
Conforme apresentado previamente no Capítulo 2, e em função de questões
também já discutidas anteriormente, algumas das escolas que estão sendo
construídas pela FDE possuem altura e número de pavimentos superiores aos até
então existentes, aumentando e concentrando sua população e consequentemente
o tempo para que as pessoas possam abandonar o edifício caso seja necessário.
Em 2006, foi publicado o livro denominado “Arquitetura escolar paulista: estruturas
pré-fabricadas” (FERREIRA; MELLO, 2006), onde as organizadoras apresentam a
experiência da FDE na construção de escolas com a utilização do sistema
construtivo pré-moldado de concreto. Nessa publicação, os edifícios são
apresentados em dois grupos, ou seja, o das obras finalizadas e os que ainda não
foram concluídas. Por se tratar da mais recente publicação da FDE, todos os
projetos selecionados para as simulações de abandono foram extraídos deste
trabalho. Dos quatro projetos que foram selecionados, cujos critérios de seleção
serão descritos em seguida, apenas um já tinha sido concluído à época da
publicação.
A fim de se definir quais projetos seriam selecionados para proceder as simulações,
utilizando-se o modelo matemático denominado buildingExodus, já descrito no
Capítulo 4, dois critérios básicos foram utilizados, a saber: projetos com no mínimo
quatro pavimentos (térreo mais três pavimentos) e projetos com população superior
a 240 pessoas, em qualquer um dos andares acima do térreo.
Os projetos de edifícios selecionados foram os seguintes:
1) Escola Estadual Jardim Santa Emília – Estudo 1;
2) Escola Estadual Antônio Prado Jr. – Estudo 2;
3) Escola Estadual Palanque (concluído) – Estudo 3;
4) Escola Estadual Jardim Hold – Estudo 4.
218
Abaixo são descritas as características dos edifícios que foram utilizados nas
simulações por computador.
Deve ser ressaltado que as dimensões dos edifícios apresentados neste trabalho
foram extraídas da publicação já mencionada e que possíveis pequenas
divergências podem ocorrer uma vez que na publicação foram apresentadas em
escala gráfica.
6.2. Características dos edifícios
6.2.1. Estudo 1
A ser implantada na cidade de Guarulhos, o edifício concentra-se em um único bloco
constituído de quatro pavimentos (térreo mais três pavimentos), ver Figura 6.1, 6.2 e
6.3. No pavimento térreo estão concentradas as atividades administrativas, refeitório
e a área destinada ao recreio. O primeiro e o segundo pavimentos destinam-se
exclusivamente a atividades didáticas (salas de aulas, laboratório de informática e
sala de múltiplo uso). O terceiro andar abriga a quadra poliesportiva.
A circulação vertical se dá por duas escadas localizadas em cada uma das
extremidades do edifício, distanciadas 30,00 m uma da outra, e por um elevador que
atende a todos os pavimentos.
Quanto às circulações horizontais, no primeiro e segundo pavimento, que
concentram a maior quantidade de pessoas, esta se dá por um corredor central que
possibilita a saída das pessoas pelas duas escadas. Deve ser ressaltado que no
centro deste corredor existe uma fileira de pilares, havendo assim uma diminuição
na sua largura, de 40 cm.
O pavimento térreo possui uma ampla área de circulação horizontal e o abandono
das pessoas se dá por uma única saída para via a pública.
219
Figura 6.1: Estudo de caso 1 – Plantas.
Fonte: Ferreira e Mello (2006, p. 228).
SAÍDA
INTERNA 6
SAÍDA DE DESCARGA
SAÍDA
INTERNA 5
SAÍDA
INTERNA 4
SAÍDA
INTERNA 3
SAÍDA
INTERNA 2
SAÍDA
INTERNA 1
220
Figura 6.2: Estudo de caso 1 – Corte Transversal.
Fonte: Ferreira; Mello (2006, p. 228).
Figura 6.3: Estudo de caso 1 – Perspectiva.
Fonte: Ferreira e Mello (2006, p. 228-229).
221
A seguir é apresentada na Tabela 6.1, as principais características do edifício
relacionadas ao processo de abandono.
Tabela 6.1: Características do edifício – Escola Estadual Jardim Santa Emília.
Área total construída
1
2.742,00
Andar tipo
2
685,50
Número de salas de aula 12
Número de laboratórios de informática 1
Salas de reforço 2
Sala de múltiplo uso 1
Largura de cada escada 1,80 m
Largura do corredor contíguo às salas de aula
3
3,40 m
Percurso horizontal máximo a ser percorrido até uma das
escadas
4
27,00 m
Altura da edificação
5
9,90 m
Número de saídas nos pavimentos superiores 2
Número de saídas no pavimento de descarga 1
Largura total das saídas no pavimento de descarga 3,50 m
1 - Dado extraído do livro “Arquitetura escolar paulista: estruturas pré-fabricadas” (FERREIRA e
MELLO, 2006).
2 - Considerou-se o perímetro externo das paredes que constituem o pavimento.
3 - Esta medida deve ser reduzida em 0,40 m nos pontos onde se encontram os pilares.
4 - Embora a IT nº 11 considere que o percurso para se atingir uma escada deva ser medido a partir
da porta de acesso da unidade autônoma mais distante, desde que seu caminhamento interno não
ultrapasse 10,00 m, para fins de simulação considerou-se como percurso máximo a maior distância a
ser percorrida por uma pessoa.
5 - “Medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível de descarga, sobre a projeção
do paramento externo da parede da edificação ao piso do último pavimento, excluindo-se áticos, casa
de máquinas, barrilete, reservatório de água e assemelhados” (IT nº 03/2004 do DE 46.076/2004).
222
6.2.2. Estudo 2
A ser implantado na cidade de Mauá, o edifício é constituído por cinco pavimentos
(térreo/implantação, térreo superior mais três pavimentos) e dois blocos aqui
denominados bloco principal e quadra poliesportiva (ver Figura 6.4, 6.5 e 6.6). No
pavimento térreo/implantação concentram-se as atividades administrativas e parte
dos ambientes destinados às atividades didáticas. No pavimento térreo superior
concentram-se as atividades sociais (refeitório, cantina, recreio coberto, cozinha e
cantina). Os demais pavimentos destinam-se exclusivamente às atividades didáticas.
A quadra esta poliesportiva se localiza no primeiro pavimento e possui interligação
com o bloco principal somente por este andar.
Figura 6.4: Estudo de caso 2. – Perspectiva.
Fonte: Ferreira e Mello (2006, p. 263).
223
Figura 6.5: Estudo de caso 2 – Plantas.
Fonte: Ferreira e Mello (2006, p. 262).
SDA INTERNA 1
SDA INTERNA 1a
SDA INTERNA 2
SDA INTERNA 2a
SDA INTERNA 3
SDA INTERNA 3a
SAÍDA INTERNA 4
SAÍDA DE
DESCARGA 4
SAÍDA DE
DESCARGA 1
SAÍDA DE
DESCARGA 2
SAÍDA DE
DESCARGA 3
224
Figura 6.6: Estudo caso 2 – Cortes.
Fonte: Ferreira e Mello (2006, p. 263).
A circulação vertical que atende a todos os pavimentos se dá por uma escada e um
elevador localizados no centro do edifício. No pavimento térreo/implantação existe
uma segunda escada, independente das demais, que dá acesso ao logradouro
público. A quadra poliesportiva é servida por uma terceira escada que dá acesso ao
pavimento térreo superior.
Quanto às circulações horizontais, no primeiro, segundo e terceiro pavimento, que
concentram a maior quantidade de pessoas, esta se dá por um corredor central com
um único acesso à escada. Deve ser destacado que estes corredores que possuem
uma única saída, também conhecidos como corredores sem saída ao seu final,
devem ser evitados visto que podem confinar as pessoas caso sua única saída fique
bloqueada pelo fogo ou fumaça.
Entretanto, quando imprescindíveis, os corredores sem saída devem ter seus
comprimentos reduzidos. O Life Safery Code (NFPA 101), em seu artigo 7.5.1.6,
determina que o acesso às saídas deva ser projetado de maneira que não existam
tais corredores ao menos que permitido e limitado às dimensões especificas para
cada uso. A Tabela 6.2, extraída da NFPA 101, apresenta os percursos máximos
admitidos para edifícios escolares, e limita em 6,10 m o comprimento de tais
corredores sem sprinklers, aumentando para 15,00 m com a instalação desses.
Tabela 6.2: Percursos máximos para corredores sem saída ao seu final.
Tipo de Ocupação Corredores comuns Corredores sem saída ao seu final
Educacional Sem Sprinklers Com Sprinklers Sem Sprinklers Com Sprinklers
Edificação nova 23 30 6,1 15
Edificação existente 23 30 6,1 15
Fonte: NFPA 101 – Tabela A.7.6.1 (2000, s.p.).
225
Deve ser ressaltado que no centro destes corredores existe uma fileira de pilares
diminuindo assim a sua largura nesses pontos. No pavimento térreo existem duas
escadas, uma que atende todos os pavimentos e uma segunda que dá acesso direto
do térreo à via pública.
A seguir é apresentada na Tabela 6.3 as principais características do edifício
relacionadas ao processo de abandono.
Tabela 6.3: Características do edifício – Escola Estadual Antonio Prado Jr.
Área total construída
1
3.601,00
Andar tipo (segundo e terceiro pavimento)
2
493,00
Área do primeiro pavimento (andar tipo + quadra)
2
1.015,00
Número de salas de aula
3
18
Sala ambiente 3
Salas de reforço 2
Largura da escada principal 2,20 m
Largura da escada do pav. térreo inferior 7,20 m
Largura da escada da quadra poliesportiva 1,20 m
Largura do corredor
4
3,40 m
Percurso horizontal máximo a ser percorrido até uma das
escadas
5
32,00 m
Altura da edificação
6,7
13,20 m
Número de saídas nos pavimentos superiores 1
Número de saídas no pavimento de descarga 1
Largura total das saídas pavimento de descarga 3,00 m
1 - Dado extraído do livro “Arquitetura escolar paulista: estruturas pré-fabricadas” (FERREIRA e
MELLO, 2006).
2 - Considerou-se o perímetro externo das paredes que constituem o pavimento.
3 - Trata-se da escola a ser simulada com maior quantidade de salas de aula.
4 - Esta medida é reduzida em 0,40 m nos pontos onde se encontram os pilares.
5 - Embora a IT nº 11 considere que o percurso para se atingir uma escada deva ser medido a partir
da porta de acesso da unidade autônoma mais distante, desde que seu caminhamento interno não
ultrapasse 10,00 m, para fins de simulação considerou-se como percurso máximo a maior distância a
ser percorrida por uma pessoa.
6 - “Medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível de descarga, sobre a projeção
do paramento externo da parede da edificação ao piso do último pavimento, excluindo-se áticos, casa
de máquinas, barrilete, reservatório de água e assemelhados” (IT nº 03/2004 do DE 46.076/2004).
Não se considerou o quarto pavimento tendo-se em vista que não possui população fixa.
7- Visto que o pavimento térreo/implantação possui saídas independentes, este não foi considerado
para fins de altura.
8 – Somente o primeiro pavimento possui duas saídas (escada principal e escada da quadra
poliesportiva)
226
6.2.3. Estudo 3
Trata-se da única escola, das quatro selecionadas, cuja obra encontrava-se
concluída até a publicação do livro citado anteriormente. Localizada no Município de
São Paulo, o edifício é constituído por cinco pavimentos (térreo mais quatro
pavimentos), conforme pode ser visto nas Figuras 6.7, 6.8 e 6.9. No pavimento
térreo estão concentradas as atividades administrativas, refeitório e a área destinada
ao recreio. O primeiro e o segundo pavimento destinam-se quase que
exclusivamente a atividades didáticas (salas de aulas, laboratório de informática),
exceto para o bloco anexo que abriga no primeiro pavimento as salas de
coordenação, diretoria e professores e, no segundo pavimento a biblioteca. O
terceiro andar abriga a quadra poliesportiva e em seu anexo, a sala de múltiplo uso.
E o quarto pavimento, que ocupa uma área pequena, destina-se ao grêmio, depósito
e sanitários.
Figura 6.7: Estudo de caso 3 – Vista frontal.
Fonte: Ferreira e Mello (2006, p. 152).
227
Figura 6.8: Estudo de caso 3 – Plantas.
Fonte: Ferreira e Mello (2006, p. 150-151).
SAÍD
A
INTERNA 1
SAÍD
A
INTERNA 2
SAÍD
A
INTERNA 3
SAÍD
A
INTERNA 4
SAÍD
A
INTERNA 5
SAÍD
A
INTERNA 6
SAÍDA DE
DESCARGA 2
SAÍDA DE
DESCARGA 1
228
Figura 6.9: Estudo de caso 3 – Corte Transversal.
Fonte: Ferreira e Mello (2006, p. 152).
A circulação vertical se dá por duas escadas, localizadas em uma das extremidades
do edifício, distanciadas 12,00 m uma da outra, e por um elevador. Quanto às
circulações horizontais, no primeiro e no segundo pavimento, onde se concentra a
maior quantidade de pessoas, estas se dão por dois corredores contíguos às salas
de aula que levam em direção às escadas. Mais uma vez fica caracterizado o
corredor sem saída ao seu final.
O pavimento térreo possui uma ampla área de circulação possibilitando a saída das
pessoas em duas direções distintas, contudo, qualquer que seja a escolhida, um
lance adicional de escada deve ser vencido.
229
A seguir é apresentada na Tabela 6.4 as principais características do edifício
relacionadas ao processo de abandono.
Tabela 6.4: Características do edifício – Escola Estadual Palanque.
Área total construída
1
3.494,00
Andar tipo (sem o anexo) 647,00 m²
Área do anexo 99,00 m²
Passarela 26,00
Área total do pavimento
2
772,00
Número de salas de aula 12
Número de laboratórios de informática 1
Salas de reforço 2
Largura da escada 1,70 m
Largura do corredor contíguo às salas de aula 2,00 m
Percurso horizontal máximo a ser percorrido até uma das
escadas
3
37,00 m
Altura da edificação
4
9,90 m
Número de saídas nos pavimentos superiores 2
Número de saídas no pavimento de descarga 2
Largura total das saídas no pavimento de descarga 2,50 e 3,50 m
1- Dado extraído do livro “Arquitetura escolar paulista: estruturas pré-fabricadas” (FERREIRA e
MELLO, 2006).
2- Considerou-se o perímetro externo das paredes que constituem o pavimento.
3 - Embora a IT nº 11 considere que o percurso para se atingir uma escada deva ser medido a partir
da porta de acesso da unidade autônoma mais distante, desde que seu caminhamento interno não
ultrapasse 10,00 m para fins de simulação considerou-se como percurso máximo como sendo a maior
distância a ser percorrida por uma pessoa.
4- “Medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível de descarga, sobre a projeção
do paramento externo da parede da edificação ao piso do último pavimento, excluindo-se áticos, casa
de máquinas, barrilete, reservatório de água e assemelhados” (IT nº 03/2004 do DE 46.076/2004).
Não se considerou o quarto pavimento tendo-se em vista que não possui população fixa.
230
6.2.4. Estudo 4
A ser implantada na cidade de Cajati, São Paulo, o projeto é constituído por quatro
pavimentos (térreo mais três pavimentos) e dois blocos, aqui denominados Bloco 1 e
Bloco 2, ver Figuras 6.1, 6.11 e 6.12. Este projeto possui dois acessos para via
pública visto que a rua é inclinada (sendo uma no pavimento térreo (Bloco 2) e a
segunda no primeiro pavimento (Bloco 1)). No pavimento térreo estão concentradas
as atividades sociais, ou seja, refeitório, cozinha, cantina e a área destinada ao
recreio. No primeiro pavimento encontram-se as atividades administrativas, a quadra
poliesportiva e uma área destinada à futura ampliação. Os outros dois pavimentos,
ou seja, o segundo e o terceiro, destinam-se as atividades didáticas (salas de aula,
salas de múltiplo uso, sala de leitura e laboratório de informática).
Figura 6.10: Escola Estadual Jardim Hold – Perspectiva.
Fonte: Ferreira e Mello (2006, p. 204).
231
Figura 6.11: Escola Estadual Jardim Hold – Plantas.
Fonte: Ferreira e Mello (2006, p. 204).
SAÍDA
INTERNA 1
SAÍDA
INTERNA 2
SAÍDA
INTERNA 3
SAÍDA
INTERNA 4
SAÍDA
INTERNA 5
SAÍDA
INTERNA 6
SAÍDA DE
DESCARGA 3
SAÍDA DE
DESCARGA 2
SAÍDA DE
DESCARGA 1
SAÍDA
INTERNA 1a
BLOCO 1
BLOCO 2
SAÍDA
INTERNA 3a
3º PAVIMENTO
19. SALA DE REFORÇO
TÉRREO/IMPLANTAÇÃO
1. RECREIO COBERTO
2. REFEITÓRIO
3. COZINHA
4. SANITÁRIO
5. CANTINA
6. GRÊMIO
7. PALCO
2º PAVIMENTO
15. USO MÚLTIPLO
16. LEITURA
17. SALA DE AULA
18. INFORMÁTICA
1º PAVIMENTO
8. PROFESSORES
9. COORDENAÇÃO
10. DIRETORIA
11. DEPÓSITO
12. ALMOXARIFADO
13. FUTURA AMPLIAÇÃO
14. QUADRA
232
A circulação vertical se dá por uma rampa e por uma escada, distantes
aproximadamente 6,00 m uma da outra, ambas localizadas entre os dois blocos.
Quanto à circulação horizontal, no primeiro e segundo pavimento, que concentram a
maior quantidade de pessoas, esta se dá por um corredor central com um único
acesso às duas saídas verticais. Embora existam duas saídas verticais (rampa e
escada) só existe um ponto de acesso a essas. Deve ser destacado que no corredor
do Bloco 1 existem pilares diminuindo a sua largura.
O primeiro andar possui duas circulações horizontais distintas: a do bloco 1, que
abriga neste andar exclusivamente a área administrativa e uma área para futura
ampliação com acesso à saída 1 e a da quadra poliesportiva, que possui uma única
saída para as circulações verticais. Quanto ao pavimento térreo, este possui ampla
circulação possibilitando fácil acesso à saída 2.
233
A seguir é apresentada na Tabela 6.5 as principais características do edifício
relacionadas com o processo de abandono.
Tabela 6.5: Características do edifício – Escola Estadual Jardim Hold.
Área total construída
1
3.650,00
Bloco 1- andar tipo (segundo e terceiro pavimento) 657,00 m²
Passarela de interligação (entre Bloco 1 e 2) 63,00 m²
Área total do andar tipo
2
720,00
Área do primeiro pavimento (andar tipo + quadra) 1.727,00 m²
Salas de aula 12
Laboratórios de informática 1
Sala de múltiplo uso 1
Sala de leitura 1
Salas de reforço 1
Largura da escada 1,60 m
Largura da rampa 2,50 m
Largura do corredor contíguo às salas de aula
5
3,40 m
Percurso horizontal máximo a ser percorrido até uma das
saídas no andar tipo
3
40,50 m
Altura da edificação
4
9,90 m
Número de saídas nos pavimentos superiores 1
Número de saídas no pavimento térreo 1
Largura da saída no pavimento térreo 3,50 m
Número de saídas no primeiro pavimento 1
Largura da saída no primeiro pavimento 3,50 m
1- Dado extraído do livro “Arquitetura escolar paulista: estruturas pré-fabricadas” (FERREIRA e
MELLO, 2006).
2- Considerou-se o perímetro externo das paredes que constituem o pavimento.
3 - Embora a IT nº 11 considere que o percurso para se atingir uma escada deva ser medido a partir
da porta de acesso da unidade autônoma mais distante, desde que seu caminhamento interno não
ultrapasse 10,00 m, para fins de simulação considerou-se como percurso máximo a maior distância a
ser percorrida por uma pessoa.
4- “Medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível de descarga, sobre a projeção
do paramento externo da parede da edificação ao piso do último pavimento, excluindo-se áticos, casa
de máquinas, barrilete, reservatório de água e assemelhados” (IT nº 03/2004 do DE 46.076/2004).
Não se considerou o quarto pavimento tendo-se em vista que não possui população fixa.
5 - Esta medida deve ser reduzida em 0,40 m nos pontos onde se encontram os pilares.
234
EM BRANCO
235
7. SIMULAÇÕES
O objetivo deste capítulo é apresentar e discutir os resultados das simulações de
abandono para as quatro escolas já mencionadas no capítulo anterior utilizando o
modelo matemático de abandono comportamental denominado buildingExodus.
Deve ser ressaltado que neste estudo não se considerou os efeitos de um
incêndio, sendo assim, nas simulações as pessoas não se depararam com a
fumaça e nem com o aumento da temperatura.
Os modelos matemáticos têm sido utilizados para auxiliar arquitetos e
engenheiros não só na elaboração de projetos, mas também na análise posterior
de incêndios ocorridos. Vários estudos foram conduzidos nos EUA, tais como o
do incêndio do WTC (NIST 2005a) e The Station (2005b), a fim de avaliar as
condições de abandono diante de vários cenários.
Assim como na Avaliação Pós Ocupação (APO), estudos relacionados com as
simulações de abandono, tanto utilizando modelos matemáticos quanto in-loco,
são de fundamental importância, uma vez que podem oferecer parâmetros para a
avaliação de projetos. Segundo Ornstein (2006), existe uma carência de
instrumentos que possam oferecer parâmetros de qualidade aos projetos
arquitetônicos. E ao encontro dessa carência está a aplicação de técnicas de
APO visando à criação de um banco de dados que realimente continuamente o
processo de projeto. Segundo Melhado et al. (2005 apud ORSTEIN; VILLA, 2006)
esta retroalimentação funcionaria como um mecanismo de aprendizagem
operacional, cujo objetivo consiste em identificar, documentar e comunicar os
erros cometidos, proporcionando oportunidades para a melhoria contínua dos
produtos e serviços.
A análise dos resultados das simulações tem por objetivo contribuir com a
divulgação e o aprimoramento do dimensionamento dos meios de escape e, em
especial, para os edifícios escolares, que abrigam grande quantidade de crianças.
236
7.1. A população
Para as simulações de abandono das quatro escolas, foram utilizados dois perfis
de população, ou seja, a default do buildingExodus, aqui denominado “Adultos”,
com características extraídas de estatísticas antropométricas Britânicas e que,
portanto, podem não retratar o perfil da população brasileira; e um outro grupo
denominado “Crianças”.
Tendo-se em vista que o buildingExodus não possui em seu default dados
relativos à velocidade de crianças e que não foi possível encontrar dados
atinentes à velocidade de caminhamento de crianças brasileiras ou britânicas,
adotou-se para o grupo “Crianças” dados extraídos do modelo matemático
designado Simulex desenvolvido por Peter Thompson da Integrated
Environmental Solutions Ltd (IES, 2001).
A localização e a quantidade de indivíduos dentro de cada ambiente seguiram as
diretrizes estabelecidas no Catálogo de Especificações da Edificação Escolar
(FDE, 2003), desenvolvido pela FDE, que apresenta os programas arquitetônicos
para as escolas do Ensino Fundamental da 1
a
a 4
a
série (ciclo I), da 5
a
a 8
a
série
(ciclo II) e para as de Ensino Médio. Foram considerados os ambientes
preenchidos por ocupantes do ciclo II do ensino fundamental (ver Anexo A). Em
todas as simulações o edifício foi avaliado com sua ocupação total.
Nas simulações em que o grupo de população “Crianças” foi utilizado, optou-se
por não inserir outro perfil de população (adultos) por dois motivos, a saber:
a) por se tratar de uma população pequena se comparada a de alunos;
b) por estarem concentradas nos andares inferiores (exceto para caso dos
professores).
As Tabelas 6.1, 6.2, 6.3 e 6.4, apresentam dados relativos à população total de
cada escola, a população de alunos e funcionários por andar e a porcentagem de
funcionários em cada andar, calculada conforme o Catálogo de Especificações da
Edificação Escolar (FDE, 2003).
237
Tabela 7.1: Escola Estadual Jd. Santa Emília – População total e porcentagem de funcionários.
População
Pavimento
Funcionários Alunos Total
% de funcionários
Térreo 15 0 15 100%
1º Pavimento 8 282 290 2,8%
2º Pavimento 8 320 328 2,4%
3º Pavimento 1 40 41 2,4%
Total 32 642 674 4,7%
Tabela 7.2: Escola Estadual Antônio Prado Jr. – População total e porcentagem de funcionários.
População
Pavimento
Funcionários Alunos Total
% de funcionários
Térreo Inferior 21 161 182 13,0%
Térreo 6 0 6 100%
1º Pavimento 7 280 287 2,4%
2º Pavimento 6 240 246 2,4%
3º Pavimento 6 240 246 2,4
Total 46 921 967 4,8%
Tabela 7.3: Escola Estadual Jd. Palanque – População total e porcentagem de funcionários.
População
Pavimento
Funcionários Alunos Total
% de funcionários
Térreo Inferior 7 0 7 100%
Térreo 5 0 5 100%
1º Pavimento 7 289 296 2,36%
2º Pavimento 8 272 280 2,85%
3º Pavimento 1 40 41 2,43%
Total 28 601 629 4,45%
Tabela 7.4: Escola Estadual Jd. Hold – População total e porcentagem de funcionários.
População
Pavimento
Funcionários Alunos População
% de funcionários
Térreo 4 0 4 100%
1º Pavimento 16 40 56 28,57%
2º Pavimento 7 295 302 2,31%
3º Pavimento 9 336 345 2,60%
Total 36 672 707 5,09%
238
As Tabelas 7.5 e 7.6, apresentam alguns dos atributos default para os ocupantes
no buildingExodus.
Tabela 7.5: Atributos default gerados randomicamente pelo buildingExodus e utilizados nas
simulações para população de adultos.
Atributo Variação dos valores default
Sexo Masculino, Feminino
Idade 20 a 60 anos
Tempo de resposta
1
0 a 30 s
Mobilidade
2
1
Velocidade de caminhamento rápida 0,8 a 1,5 m/s (randômico)
Velocidade de caminhamento 90 % da Velocidade de caminhamento rápida
Fonte: User guide and technical manual (BuildingExodus V4.0 (2004), Chapter 5, p. 5.4)
Adaptada pelo autor.
1- Representa a diferença entre o tempo que a pessoa começou efetivamente a abandonar o
edifício e o momento que recebeu o sinal para abandonar o edifício. No default do buildingExodus,
as pessoas iniciam seus movimentos entre 0 e 30 s após o sinal.
2- O atributo mobilidade tem duas funções, ou seja: permitir a inserção de deficientes na
simulação e reduzir a velocidade de caminhamento das pessoas em resposta a exposição de
agentes narcóticos e concentração de fumaça. Uma pessoa que não sofre de qualquer deficiência
terá uma mobilidade inicial de 1, enquanto um ocupante com pequena deficiência, como um braço
engessado, terá sua mobilidade levemente reduzida para 0,9. Maiores deficiências, tais como
cegueira ou uma perna quebrada, resultaria em uma redução considerável para 0,2. Em todas as
simulações adotou-se mobilidade igual a 1.
Tabela 7.6: Velocidade de caminhamento em escadas (derivadas de Fruin, (1971) e utilizados nas
simulações para população de adultos).
Sexo Idade
Velocidade Média (descida)
(m/s)
Velocidade Média (subida)
(m/s)
Masculino < 30 1,01 0,67
Feminino <30 0,76 0,64
Masculino 30 a -50 0,87 0,63
Feminino 30 a-50 0,67 0,59
Masculino > 50 0,6 0,49
Feminino > 50 0,6 0,49
Fonte: User guide and technical manual (buildingExodus V4.0 (2004), Chapter 2, p. 2.18)
Adaptada pelo autor.
239
Deve ser enfatizado que o atributo que define a altura e o peso das pessoas não
foi alterado para a população denominada “Crianças”, visto que esse atributo
somente exerce influência na simulação quando dados provenientes de outros
modelos, tais como os do CFAST/Smartfire (modelos de simulação de incêndio),
descritos no Capítulo 3, são inseridos na simulação, a fim de avaliar a influência
dos produtos da combustão no ser humano.
Outra questão a ser enfatizada é que o buildingExodus não considera a
possibilidade de fadiga e, sendo assim, durante toda a simulação as pessoas
mantêm a velocidade descendente constante, ao menos que encontrem um
congestionamento.
7.2. Os cenários e as simulações
Para cada uma das quatro escolas, no mínimo, três cenários foram investigados.
Estes incluem casos em que se considerou:
projeto com mobiliário e toda população de crianças;
projeto sem mobiliário e toda população de crianças;
projeto sem mobiliário e toda população de adultos;
projeto sem mobiliário com população de crianças e simulação faseada;
alteração na quantidade, posicionamento e dimensionamento das escadas.
Em nenhuma das simulações considerou-se os tempos de atraso, ou seja, a
variação de tempo entre o recebimento das informações e o início do movimento.
Sendo assim, todos os ocupantes iniciaram seus deslocamentos em no máximo
30 s após o início da simulação, seguindo o default do buildingExodus. Assumiu-
se que, no momento do abandono, todos os indivíduos estavam dentro dos
ambientes de permanência prolongada e, em nenhuma das simulações, a
população flutuante foi considerada.
Convém ressaltar que os casos descritos abaixo devem ser considerados ideais
(ausência de comportamentos não adaptativos e movimento livre de obstáculos),
visto que não se considerou os riscos inerentes a um incêndio, tais como a
240
presença de fogo e fumaça. Presumiu-se ainda que o sistema de alarme se
apresentava em perfeitas condições de funcionamento e que as saídas de
emergência encontravam-se desobstruídas.
No default do buildingExodus os ocupantes seguem a rota mais curta para
abandonar o edifício. Entretanto, em alguns casos, essa escolha pode gerar
aglomerações. Assim sendo, ao invés de seguir o default do programa, nas
simulações onde havia mais de uma saída vertical nos andares superiores,
direcionou-se os ocupantes para a saída (escada/rampa) mais próxima,
procurando assim distribuir a população de forma equilibrada.
Objetivando-se direcionar a saídas das pessoas, fazendo com que estas utilizem
as escadas/rampa de forma balanceada e não se dirijam a uma única saída
interna, inseriu-se em todas as simulações o atributo denominado nó de saída
interna. O posicionamento das saídas internas está demonstrado nas Figuras 6.1,
6.5, 6.8 e 6.11 do Capítulo 6.
Além do tempo de abandono, outro dado que pode ser extraído do
buildingExodus para cada indivíduo é o Cumulative Wait Time (CWT), que a partir
daqui será denominado Tempo Cumulativo de Espera (TCE). Essa é a medida da
quantidade de tempo que cada pessoa perde em congestionamentos,
permanecendo parada após iniciar o abandono (inclui o tempo em filas para
entrar na escada e o tempo em fila nas escadas).
As primeiras simulações tiveram como objetivo testar as conexões nos
pavimentos e nas escadas. A primeira escola a ser simulada foi a denominada
Estudo 1. Percebeu-se que o tempo para abandonar o edifício estava
extremamente alto (2.334 s). Então, procurou-se avaliar qual procedimento
poderia estar causando esse tempo tão dilatado. Após uma investigação
minuciosa na geometria do edifício, verificou-se que os arcos que fazem a ligação
da geometria com as escadas estavam com suas dimensões incorretas,
aumentando assim o percurso. Tal ajuste foi realizado para todas as simulações.
Duas simulações foram comuns para as quatro escolas, a saber:
Geometria original sem mobiliário e toda população de crianças;
241
Geometria original sem mobiliário e toda população de adultos;
Para todos os estudos será apresentado:
Tabela contendo os dados de entrada para as simulações;
Tabela com o tempo final da simulação;
Tabela com os resultados da simulação por pavimento e saída interna;
Gráfico com a curva de tempo final das simulações;
Histograma contendo o TCE para cada simulação.
As simulações para cada uma das quatro escolas serão descritas em seguida
com mais detalhes. No Anexo B é apresentado os resultados das simulações,
sendo uma com todos os dados de saída e as demais de forma resumida.
EM BRANCO
242
7.3. Estudo 1
Para esta escola foram realizadas quatro simulações, a saber:
Simulação 1: Geometria original com a inserção de mobiliário e população
de crianças;
Simulação 2: Geometria original sem mobiliário e população de crianças;
Simulação 3: Geometria original sem mobiliário e população de adultos;
Simulação 4: Geometria original sem mobiliário e população de crianças
(faseada);
A Tabela 7.7 demonstra os dados inseridos nas quatro simulações.
Tabela 7.7: Input para as Simulações 1, 2, 3 e 4.
Quantidade de usuários 674 pessoas
Largura da saída de descarga 3,50 m
Largura de cada escada 1,80 m
1
Dimensão dos degraus 0,165 m x 0,30 m
Altura da edificação
2
9,90 m
Características da população
Crianças para as Simulações 1, 2 e 4 e
adultos (default) para a simulação 3. Toda
população foi inserida nos ambientes
randomicamente
Geometria
Somente para população Simulação 1 inseriu-
se o mobiliário
1- No default a largura requerida para cada pessoa nas escadas é de 0,76 m.
2- “Medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível de descarga, sobre a
projeção do paramento externo da parede da edificação ao piso do último pavimento, excluindo-se
áticos, casa de máquinas, barrilete, reservatório de água e assemelhados” (IT nº 03/2004 do DE
46.076/2004).
7.3.1. Análise dos Resultados da Simulação 1
a) Simulação 1 e 2
Na Simulação 1, o mobiliário foi inserido conforme as diretrizes estabelecidas pela
FDE (2003), com o objetivo de avaliar qual o impacto desse no tempo final de
abandono. Para fins de comparação, uma segunda simulação foi realizada
243
(Simulação 2), com as mesmas características da Simulação 1, apenas
suprimindo-se o mobiliário.
A convicção inicial era de que o mobiliário poderia influenciar no tempo final de
saída dos ocupantes. Entretanto, conforme pode ser visto nos dados de tempo
contidos na Tabela 7.8, essa convicção não se concretizou. O tempo final de
abandono das duas simulações foi praticamente o mesmo.
Isso pode ser explicado ao se examinar a Figura 7.1, onde se observa que todas
as salas estão vazias (exceto aquelas junto às escadas), pois o tempo que as
pessoas aguardam para adentrar as escadas é maior do que para sair das salas,
e ao analisar as Tabelas 7.9 e 7.10, onde pode ser visto que o tempo para a
última pessoa sair dos pavimentos é semelhante nas duas simulações.
Tabela 7.8: Resultado das simulações 1 e 2 do Estudo 1.
Simulação
Velocidade
(m/s)
Tempo em que a
primeira pessoa cruzou
a saída de descarga
1
(s)
Tempo em que a última
pessoa cruzou a saída
de descarga
2
(s)
Fluxo médio
Pessoas/min.
Simulação 1 20,5 443,9 95,5
Simulação 2
0,9 (± 0,3)
18,9 449,4 94,0
1- O projeto possui uma única saída para via pública.
2- Ao cruzar a saída de descarga, considera-se que a pessoa saiu do edifício e atingiu um local seguro.
Figura 7.1: Imagem do segundo pavimento extraída após 1,19s do início da simulação
demonstrando as pessoas aguardando sua vez para entrar na escada – Estudo 1.
244
Outra observação importante é que as pessoas que estavam nas salas próximas
às escadas tiveram um tempo maior de espera devido à ocorrência de uma
elevada densidade junto a essas.
A Tabela 7.9 e a Tabela 7.10 demonstram a quantidade de pessoas que utilizou
cada saída interna e o tempo em que a última pessoa deixou o pavimento;
demonstram também o fluxo para cada saída. Os Gráficos 7.1 e 7.2 demonstram
o desempenho das saídas internas de ambas as simulações. Pode-se perceber
que as saídas internas do primeiro e segundo pavimento apresentam um
desempenho semelhante nos 100 primeiros segundos, e que a partir desse tempo,
as Saídas 3 e 4 apresentam um fluxo inferior.
Tabela 7.9: Resultados da Simulação 1 do Estudo 1 – por pavimento e saída interna.
Pavimento
Nº da
saída
interna
1
Quantidade de
pessoas que
utilizou
Tempo em que a
primeira pessoa
cruzou a saída (s)
Tempo em que a
última pessoa
cruzou a saída (s)
Fluxo médio
pessoas/min.
1 18 7,9 45,1 29,1
Terceiro
2 23 9,6 43,6 40,6
3 190 6,3 300,9 38,7
Segundo
4 179 7,6 343,4 31,9
5 319 8,7 362,9 54,0
Primeiro
6 340 9,6 394,2 53,0
1- O posicionamento das saídas internas está indicado na Figura 6.1 do Capítulo 6.
Tabela 7.10: Resultados da Simulação 2 do Estudo 1 – por pavimento e saída interna.
Pavimento
Nº da
saída
interna
1
Quantidade
de pessoas
que utilizou
Tempo em que a
primeira pessoa
cruzou a saída (s)
Tempo em que a
última pessoa
cruzou a saída (s)
Fluxo médio
pessoas/min.
1 18 7,9 45,0 29,1
Terceiro
2 23 9,6 43,0 41,3
3 190 6,3 292,7 39,8
Segundo
4 179 7,6 334,4 32,9
5 319 8,7 365,9 53,8
Primeiro
6 340 9,6 394,6 52,8
245
Estudo 1 - Sim. 1
0
50
100
150
200
250
300
350
400
0 60 120 180 240 300 360 420
Tempo (s)
Pessoas
Saída Interna 1
Saída Interna 2
Saída Interna 3
Saída Interna 4
Saída Interna 5
Saída Interna 6
Gráfico 7.1: Desempenho das saídas internas nos andares – Simulação 1 do Estudo 1.
Estudo 1 - Sim. 2
0
50
100
150
200
250
300
350
400
0 60 120 180 240 300 360 420
Tempo (s)
Pessoas
Saída Interna 1
Saída Interna 2
Saída Interna 3
Saída Interna 4
Saída Interna 5
Saída Interna 6
Gráfico 7.2: Desempenho das saídas internas nos andares – Simulação 2 do Estudo 1.
b) Simulação 3
Na Simulação 3, que difere da Simulação 2 apenas pela substituição do perfil da
população (usou-se a população de “Adultos”), pode-se perceber uma redução
significativa no tempo final de abandono, da ordem de 26%. Isso possivelmente
se deve ao fato simples da velocidade de adultos, sem deficiência, ser maior do
que a de crianças.
A Tabela 7.11 demonstra o tempo final de abando total e a Tabela 7.12 os tempos
parciais por andar e saída interna.
246
Tabela 7.11: Resultado da simulação 3 do Estudo 1.
Simulação
Velocidade
(m/s)
Tempo em que a
primeira pessoa cruzou
a saída de descarga
(s)
Tempo em que a última
pessoa cruzou a saída
de descarga
(s)
Fluxo médio
Pessoas/min.
Simulação 3
Default
1
22,00 332,6 130,2
1- Consultar Tabelas 7.5 e 7.6.
Tabela 7.12: Resultados da Simulação 3 do Estudo 1 – por pavimento e saída interna.
Pavimento
Nº da
saída
interna
Quantidade de
pessoas que
utilizou
Tempo em que a
primeira pessoa
cruzou a saída (s)
Tempo em que a
última pessoa
cruzou a saída (s)
Fluxo médio
pessoas/min.
1 22 6,7 43,2 36,1
Terceiro
2 19 9,1 37,8 39,6
3 184 3,8 223,8 50,2
Segundo
4 185 9,9 257,1 44,9
5 311 6,4 272,5 70,1
Primeiro
6 348 7,3 302,6 70,7
Ao analisar o Gráfico 7.3, percebe-se que as saídas internas do segundo
pavimento continuam tendo um desempenho inferior se comparada as do primeiro
pavimento, mas que, se comparada aos resultados da Simulação 1 e 2,
apresentam um desempenho superior.
Estudo 1 - Sim. 3
0
50
100
150
200
250
300
350
400
0 60 120 180 240 300 360
Tempo (s)
Pessoas
Saída Interna 1
Saída Interna 2
Saída Interna 3
Saída Interna 4
Saída Interna 5
Saída Interna 6
Gráfico 7.3: Desempenho das saídas internas nos andares – Simulação 3 do Estudo 1.
247
c) Análise comparativa das Simulações 1, 2 e 3.
Ao analisar o Gráfico 7.4, que demonstra a curva de tempo para o abandono de
toda a população das três simulações, pode-se ver a similaridade entre a
Simulação 1 e 2 e a diferença no tempo final entre essas e a Simulação 3.
Simulações 1, 2 e 3 - Estudo 1
0
100
200
300
400
500
600
700
0 60 120 180 240 300 360 420 480
Tempo (s)
Pessoas
Simulação 1
Simulação 2
Simulação 3
Simulação 5
Gráfico 7.4: Curvas de tempo para o abandono de toda a população - Simulações 1, 2 e 3 do
Estudo 1.
O Gráfico 7.5, demonstra o TCE para cada simulação, divididos em intervalos de
tempo de espera. Vale ressaltar que o tempo para o abandono de toda população
é a soma dos seguintes tempos: tempo de resposta, TCE e o tempo efetivamente
gasto com o deslocamento.
Tempo Cumulativo de Espera
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
Sim 1Sim 2Sim 3
% da População
< 60
60 a 120
120 a 180
180 a 240
240 a 300
>=300
Gráfico 7.5: TCE (em segundos) para as Simulações 1, 2 e3 – Estudo 1.
248
Pode-se perceber, analisando o Gráfico 7.5, que para as Simulações 1 e 2, 50%
da população perdeu mais do que 120 minutos em congestionamentos, e que
aproximadamente 7% dos usuários perderam mais do que 300 s. Demonstrando
que a maior parte do tempo dessas pessoas foi perdido em congestionamentos,
evidenciando assim, um desempenho insatisfatório dessas saídas.
Na Simulação 3, 43% da população perdeu mais do que 120 s, entretanto,
apenas 3% da população teve TCE maior que 240 s, demonstrando assim, um
desempenho mais satisfatório do que o das Simulações 1 e 2.
d) Simulação 4
O objetivo dessa simulação era avaliar qual seria o impacto, no tempo final de
abandono, ao se inserir novos grupos de pessoas, provenientes de andares
diferentes, na simulação. A Tabela 7.14 mostra os resultados obtidos para cada
simulação.
Esta simulação foi desenvolvida em etapas, ou seja, simulou-se primeiramente,
somente a saída da população do terceiro andar, e em seguida, na simulação
subseqüente, agregou-se a população do segundo andar e assim
sucessivamente.
Tabela 7.13: Resultado da simulação 4 do Estudo 1.
Simulação População
Tempo em que a
primeira pessoa
cruzou a saída de
descarga
(s)
Tempo em que a
última pessoa
cruzou a saída de
descarga
(s)
Fluxo médio
pessoas/min
TCE (s)
Média
3º Pav 41 66,6 152,9 29,5 2,3
2º e 3º Pav 369 49,6 316,2 83,1 206,9
1º, 2º e 3º Pav 659 18,9 438,6 96,4 301,2
Térreo, 1º, 2º
e 3º Pav.
674 18,9 449,4 93,9 313,3
Na primeira simulação, somente com a população do terceiro pavimento, o tempo
final de abandono foi de 152,9 s, apesar da distância máxima a ser percorrida ser
de aproximadamente 90 m. Nessa simulação, em função da pequena quantidade
de pessoas, essas puderam caminhar livremente ser perder tempo em
congestionamentos, produzindo um TCE médio de 2,3 s. Entretanto, ao inserir a
população do segundo andar (328 pessoas), o tempo final de abandono para as
249
duas populações, terceiro e segundo pavimento, salta para 316,2 s, ou seja, um
acréscimo de 206 % produzindo um TCE médio de 206,9 s. Ao inserir a
população do primeiro andar (290 pessoas), o tempo final de abandono para as
três populações atinge 438,58 s, ou seja, um acréscimo de 39% se comparada à
simulação anterior e 287% se comparada a primeira, produzindo um TCE de
301,2 s. Tendo-se em vista que a população do pavimento térreo é pequena, 15
pessoas, essa não exerceu influência significativa no tempo final de abandono da
simulação.
No Gráfico 7.6, pode-se perceber a influência da inserção de novos grupos de
pessoas no tempo final de abandono. No Gráfico 7.7, que demonstra a evolução
do TCE, fica claro que a inserção de novos grupos de pessoas gera
congestionamento, e consequentemente, aumenta o tempo final para que as
pessoas possam sair do edifício. TCE elevados indicam que as pessoas
passaram a maior parte do tempo parada.
Simulação 4 (faseada) do Estudo 1
0
100
200
300
400
500
600
700
0 60 120 180 240 300 360 420 480
Tempo (s)
Pessoas
Todos Pav.
, e 3º Pav
e 3º Pav.
Pav.
Gráfico 7.6: Curvas de tempo de saída para a Simulação 4 do Estudo 1.
250
População x TCE (s)
0
60
120
180
240
300
360
0 100 200 300 400 500 600 700 800
População
Média do TCE (s)
TCE (s)
Gráfico 7.7: Relação entre o acréscimo de população e o TCE para Simulação 4 do Estudo 1.
Diante do exposto, para a Simulação 4, pode-se concluir que o acréscimo de
andares e consequentemente de população geram um tempo final de abandono
maior, uma vez que as pessoas passam a maior parte do tempo em
congestionamentos, aguardando sua vez para adentrar às escadas.
As figuras abaixo demonstram algumas imagens extraídas do buildingExodus
sobre variadas situações relativas ao Estudo 1.
Figura 7.2: Simulação 1 do Estudo 1 – Geometria preenchida com os nós (em verde).
251
Figura 7.3: Vista parcial da geometria com o mobiliário e a população – Estudo 1.
Figura 7.4: Imagem do pavimento térreo extraída durante a simulação mostrando as pessoas
saindo das escadas e se dirigindo para saída principal – Estudo 1.
Figura 7.5: Representação da escada e suas ligações – Estudo 1.
252
7.4. Estudo 2
Para esta escola foram realizadas quatro simulações, a saber:
Simulação 1: Geometria original sem mobiliário e população de crianças;
Simulação 2: Geometria original sem mobiliário e população de adultos;
Simulação 3: Geometria sem mobiliário e população de crianças, com
alteração na largura da escada existente de 2,20 m para 1,20 m e criou-se
uma nova escada de 1,20m ;
Simulação 4: Geometria sem mobiliário e população de adultos, com
alteração na largura da escada existente de 2,20 m para 1,20 m e criou-se
uma nova escada de 1,20m.
Tendo-se em vista que no Estudo 1, o mobiliário dentro dos ambientes não
exerceu nenhuma influência no tempo final de abandono, simulações com estas
características não serão mais consideradas.
A Tabela 7.14 demonstra os dados inseridos nas quatro simulações.
Tabela 7.14: Inputs para as Simulações 1, 2,3 e 4.
Quantidade de usuários 967 pessoas
Térreo inferior: duas saídas medindo 2,00 m e
3,00 m
Largura das saídas de descarga
Térreo superior: saída única de 2,50 m
Largura das escadas
Simulação 1 e 2: uma escada de 2,20 m
Simulação 3 e 4 : duas escadas de 1,20 m
Dimensão dos degraus 0,165 m x 0,30 m
Altura da edificação 9,90 m
Características da população
Simulações 1 e 3: crianças
Simulação 2 e 4: adultos (default)
Geometria Sem mobiliário
253
7.4.1. Análise dos Resultados da Simulação 2
a) Simulações 1 e 2
Nas Simulações 1 e 2, as características arquitetônicas do projeto original foram
mantidas (ver Figura 7.6). A única diferença entre as duas simulações refere-se
ao perfil da população. Na Simulação 1 utilizou-se a população de “Crianças” e na
Simulação 2, a população de “Adultos”. Essas simulações têm por objetivo avaliar
qual o seria o impacto nas simulações ao substituir o perfil da população.
Figura 7.6: Posicionamento das pessoas dentro das salas e localização das escadas existentes –
Estudo 2.
Análise dos resultados das Simulações 1 e 2
Em ambas as simulações, pode-se perceber que em pouco tempo, menos de dois
minutos, todas as pessoas já tinham saído das salas, e aguardavam sua vez para
adentrar à escada (ver Figura 7.7). Assim como na Simulação 1 do Estudo 1, as
pessoas que estavam nas salas próximas à escada levaram um tempo maior para
atingir o corredor.
254
Figura 7.7: Aglomeração de pessoas junto à escada – Estudo 2.
Com relação ao tempo final de abandono, ao compararmos as duas simulações
(ver Tabela 7.15), que diferem entre si somente no perfil da população, pode-se
perceber que na simulação onde se utilizou a população “Adultos”, houve um
decréscimo significativo no tempo final de abandono, da ordem de 32%.
Tabela 7.15: Resultado das simulações 1 e 2 do Estudo 2.
Simulação
Saídas de
Descarga
Usuários
por saída
Velocidade
(m/s)
Tempo em
que a primeira
pessoa cruzou
a saída de
descarga
(s)
Tempo em que
a última
pessoa cruzou
a saída de
descarga
(s)
Fluxo médio
pessoas/min
Saída 1 167 24,1 132,8 92,2
Saída 2 15 22,0 58,0 24,9
Simulação
1
(crianças)
Saída 3 785
0,9 (± 0,3)
37,7 848,8 58,1
Saída 1 167 14,0 120,3 94,3
Saída 2 15 17,4 50,3 27,4
Simulação
2
(adultos)
Saída 3 785
Default
1
31,8 580,8 85,8
1- Consultar Tabelas 7.5 e 7.6.
2- O posicionamento das saídas internas está indicado na Figura 6.5 do Capítulo 6.
Ao analisar as Tabelas 7.16 e 7.17, pode-se perceber um desempenho mais
satisfatório na Simulação 2, tendo-se em vista que as pessoas deixaram os
andares em um tempo menor.
255
Tabela 7.16: Resultados da Simulação 1 do Estudo 2 – por pavimento e saída interna.
Pavimento
Nº da
saída
interna
Quantidade de
pessoas que
utilizou
Tempo em que a
primeira pessoa
cruzou a saída (s)
Tempo em que a
última pessoa
cruzou a saída (s)
Fluxo médio
pessoas/min.
Terceiro 1 246 17,8 673,1 23,6
Segundo 2 492 10,7 702,7 42,7
3 754 9,1 764,9 59,9
Primeiro
4 25 8,9 57,3 30,7
Tabela 7.17: Resultados da Simulação 2 – por pavimento e saída interna.
Pavimento
Nº da
saída
interna
1
Quantidade de
pessoas que
utilizou
Tempo em que a
primeira pessoa
cruzou a saída (s)
Tempo em que a
última pessoa
cruzou a saída (s)
Fluxo médio
pessoas/min.
Terceiro 1 246 7,1 449,2 33,4
Segundo 2 492 7,1 488,1 61,4
3 759 8,5 510,7 90,7
Primeiro
4 20 7,99 42,3 35,0
1- O posicionamento das saídas internas está indicado na Figura 6.5 do Capítulo 6.
Ao analisar o Gráfico 7.8 e Gráfico 7.9, percebe-se que as saídas internas do
segundo e do terceiro pavimento continuam tendo um desempenho inferior se
comparada as do primeiro pavimento.
Pode-se ver no Gráfico 6.8 que os ocupantes do terceiro e segundo pavimento
permanecem a maior parte de seus tempos inertes, aguardando sua vez para
adentrar na escada.
Estudo 2 - Sim 1
0
100
200
300
400
500
600
700
800
0 60 120 180 240 300 360 420 480 540 600 660 720 780 840
Tempo (s)
Pessoas
Saída interna 1
Saída interna 2
Saída Interna 3
Saída Interna 4
Gráfico 7.8: Desempenho das saídas internas nos andares – Simulação 1 do Estudo 2.
256
Estudo 2 - Sim. 2
0
100
200
300
400
500
600
700
800
0 60 120 180 240 300 360 420 480 540
Tempo (s)
Pessoas
Saída interna 1
Saída interna 2
Saída Interna 3
Saída Interna 4
Gráfico 7.9: Desempenho das saídas internas nos andares – Simulação 2 do Estudo 2.
b) Simulações 3 e 4
Nas Simulações 3 e 4, alterou-se o dimensão da escada existente de 2,20 m para
1,20 m, e criou-se uma segunda escada, com a mesma dimensão da já citada,
localizada na extremidade oposta à existente conforme pode ser visto na Figura
7.8. Em conjunto com esta nova escada, e exclusivamente para esta, criou-se
uma nova saída no pavimento térreo inferior, aqui denominada Saída 4 (A
localização de cada saída para calçada pode ser vista nas Figura 7.9 e Figura
7.10).
Figura 7.8:Imagem da Simulação 3 do Estudo 2 com a nova escada.
257
Figura 7.9: Disposição das Saídas de descarga 1 e 4 – Pavimento térreo do Estudo 2.
Figura 7.10: Disposição das Saídas de descarga 2 e 3 – Pavimento Térreo superior do Estudo 2.
A única diferença entre as duas simulações refere-se ao perfil da população. Na
Simulação 3 utilizou-se a população de “Crianças” e na Simulação 4, a população
de “Adultos”. O objetivo destas simulações é avaliar qual o impacto nas
simulações ao, criar uma nova escada e alterar a dimensão da escada existente.
258
Com esta nova configuração de saídas, embora continue a existir aglomerações
junto às escadas, conforme pode ser visto na Figura 7.11, o tempo final de
abandono apresentou reduções significativas, se comparado às Simulações 1 e 2.
Figura 7.11: Aglomeração de pessoas junto às escadas.
A Tabela 7.17 demonstra o tempo final de abandono total e as Tabelas 7.18 e
7.19, os tempos parciais por andar e saída interna.
Tabela 7.18: Resultado das simulações 3 e 4.
Simulação
Saídas de
descarga
Usuários
por saída
Velocidade
(m/s)
Tempo em
que a primeira
pessoa cruzou
a saída de
descarga
(s)
Tempo em que
a última
pessoa cruzou
a saída de
descarga
(s)
Fluxo médio
pessoas/min
Saída 1 167 24,11 140,9 85,8
Saída 2 15 22,01 58,0 24,9
Saída 3 416 37,46 502,9 53,6
Simulação
3
(crianças)
Saída 4 369
0,9 (± 3)
52,64 475,9 52,3
Saída 1 167 22,74 108,9 116,2
Saída 2 15 16,02 48,9 27,3
Saída 3 416 40,53 471,0 57,9
Simulação
4
(adultos)
Saída 4 369
Default
1
45,44 425,6 58,2
1-Consultar Tabelas 7.5 e 7.6.
259
Tabela 7.19: Resultados da Simulação 3 – por pavimento e saída interna.
Pavimento
Nº da
saída
interna
Quantidade de
pessoas que
utilizou
Tempo em que a
primeira pessoa
cruzou a saída (s)
Tempo em que a
última pessoa
cruzou a saída (s)
Fluxo médio
pessoas/min.
1 123 12,4 311,3 24,7
Terceiro
1a 123 16,7 304,9 25,6
2 246 10,9 385,7 39,4
Segundo
2a 246 11,1 364,2 41,8
3 369 10,3 413,0 54,9
3a 385 9,7 421,7 56,0
Primeiro
4 25 8,8 57,3 30,9
Tabela 7.20: Resultados da Simulação 4 – por pavimento e saída interna
Pavimento
Nº da
saída
interna
Quantidade de
pessoas que
utilizou
Tempo em que a
primeira pessoa
cruzou a saída (s)
Tempo em que a
última pessoa
cruzou a saída (s)
Fluxo médio
pessoas/mi
1 123 9,45 282,7 27,0
Terceiro
1a 123 10,48 290,0 26,4
2 246 7,97 343,4 44,0
Segundo
2a 246 10,05 349,8 43,4
3 369 7,14 377,2 59,8
3a 390 9,76 409,1 58,6
Primeiro
4 20 15,82 42,9 44,1
Ao analisar o Gráfico 7.10 e o Gráfico 6.11, percebe-se que as saídas internas do
segundo e do terceiro pavimento continuam tendo um desempenho inferior se
comparada as do primeiro pavimento, mas que se comparadas as Simulações 1 e
2 apresentam reduções de tempo significativas. Embora os ocupantes do terceiro
e segundo pavimento permaneçam a maior parte de seus tempos inertes,
aguardando sua vez para adentrar à escada, em aproximadamente 300 s já
haviam deixado o pavimento, enquanto que nas Simulações 1 e 2, somente após
450 s o último ocupante conseguiu deixar o terceiro pavimento.
260
Estudo 2 - Sim. 3
0
100
200
300
400
500
0 60 120 180 240 300 360 420 480
Tempo (s)
Pessoas
Saída interna 1
Saída interna 1a
Saída Interna 2
Saída Interna 2a
Saída Interna 3
Saída Interna 3a
Saída Interna 4
Gráfico 7.10: Desempenho das saídas internas nos andares – Simulação 3 do Estudo 2.
Estudo 2 - Sim. 4
0
100
200
300
400
500
0 60 120 180 240 300 360 420 480
Tempo (s)
Pessoas
Saída interna 1
Saída interna 1a
Saída Interna 2
Saída Interna 2a
Saída Interna 3
Saída Interna 3a
Saída Interna 4
Gráfico 7.11: Desempenho das saídas internas nos andares – Simulação 4 do Estudo 2.
Análise Comparativa das quatro simulações do Estudo 2
Pode-se observar, analisando o Gráfico 7.12, que aproximadamente 250 a 300
pessoas já tinham atingido uma das saídas nos primeiros 120 s. Estas primeiras
pessoas a abandonar o edifício estavam posicionadas no pavimento térreo inferior,
pavimento térreo e primeiro pavimento, e sendo assim, não enfrentaram
congestionamentos durante o processo de abandono. O restante da população
perdeu grande parte de seu tempo em congestionamentos
261
Simulações EE Antonio Prado Jr.
0
200
400
600
800
1000
1200
0 60 120 180 240 300 360 420 480 540 600 660 720 780 840 900
Tempo (s)
Pessoas
Simulão 1
Simulão 2
Simulão 3
Simulão 4
Gráfico 7.12: Curvas de tempo de saída para as Simulações 1, 2, 3 e 4 do Estudo 2.
O Gráfico 7.13 demonstra o TCE por faixas de tempo. Na Simulação 1, 7% da
população (68 pessoas), perdeu mais de 600 s em congestionamentos; e 33% da
população (320 pessoas), perdeu mais de 300 s. O caso mais crítico foi
observado na simulação 1, onde uma pessoa que se encontrava no terceiro
pavimento, distante 130,53 m da saída mais próxima (Saída 3), concluiu seu
percurso em 848,81 s e que deste, 76,18% foi perdido em congestionamento,
demonstrando assim um desempenho insatisfatório dos meios de escape para
esta simulação.
Tempo de Espera
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
Sim 1Sim 2Sim 3Sim 4
Tempo (s)
% da População
< 60
60 a 120
120 a 180
180 a 240
240 a 300
300 a 360
360 a 420
420 a 480
480 a 540
540 a 600
>=600
Gráfico 7.13: TCE para as Simulações 1, 2, 3 e 4 do Estudo 2.
262
7.5. Estudo 3
Para esta escola foram realizadas três simulações, ou seja, uma a menos do que
nos estudos anteriores, visto que não se simulou com o mobiliário e a escola já
conta com duas escadas, são elas:
Simulação 1: Geometria original sem mobiliário e população de crianças;
Simulação 2: Geometria original sem mobiliário e população de adultos;
Simulação 3: Geometria sem mobiliário e população de crianças – com
direcionamento da população para Saída 2.
A Tabela 7.20 demonstra os dados inseridos nas três simulações.
Tabela 7.21: Inputs para as Simulações 1e 2 e 3.
Quantidade de usuários 629 pessoas
Largura das saídas de descarga
Térreo inferior: 2,00 m
Térreo superior: 3,00 m
Largura das escadas Duas escadas de 1,80
1
m cada
Dimensão dos degraus 0,165 m x 0,30 m
Altura da edificação
2
9,90 m até o piso pátio (térreo superior)
Características da população
Simulações 1 e 3: crianças
Simulação 2: adultos (default)
Geometria Sem mobiliário
1- No default a largura requerida para cada pessoa nas escadas é de 0,76 m.
2- “Medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível de descarga, sobre a
projeção do paramento externo da parede da edificação ao piso do último pavimento, excluindo-se
áticos, casa de máquinas, barrilete, reservatório de água e assemelhados” (IT nº 03/2004 do DE
46.076/2004).
Embora o pavimento térreo ofereça duas alternativas para saída de descarga,
qualquer que seja a escolhida, um lance adicional de escada deve ser vencido, ou
seja, se a Saída 1 for escolhida, os ocupantes devem descer um lance de escada;
caso a saída 2 seja escolhida, os ocupantes devem subir um lance de escada.
Entretanto, a escada que dá acesso à saída de descarga 1 possui 6,00 m de
largura e a que dá acesso a saída de descarga 2 mede 1,80 m (o posicionamento
das saídas 1 e 2 pode ser visto na Figura 7.12 e na Figura 7.13). Nas duas
primeiras simulações optou-se por direcionar os ocupantes para a saída de
263
descarga 1 (ver Figura 7.15). Na simulação 3, para fins comparativos, direcionou-
se todos os ocupantes para saída de descarga 2.
Figura 7.12: Disposição da Saída de descarga 1 do Estudo 3 – Pavimento térreo inferior.
Figura 7.13: Disposição da saída de descarga 2 do Estudo 3 – Pavimento Térreo superior.
264
7.5.1. Análise dos Resultados do Estudo 3.
a) Simulação 1 e 2
Nas Simulações 1 e 2, as características arquitetônicas do projeto original foram
mantidas (ver Figura 7.14). A única diferença entre as duas simulações refere-se
ao perfil da população. O objetivo dessas simulações é de avaliar o impacto ao
substituir o perfil da população.
Nessas duas simulações, direcionou-se toda população para saída de descarga 1.
Figura 7.14: Geometria original com as pessoas dentro das salas – Estudo 3.
265
Figura 7.15: Ocupantes se direcionando para Saída de descarga 1.
Com relação ao tempo de abandono, ao comparar as Simulações 1 e 2, pode-se
perceber que na simulação onde se utilizou a população “Adultos” (Simulação 2)
houve um decréscimo significativo no tempo final de abandono, da ordem de
20% . Isso possivelmente se deve ao fato, como já citado anteriormente, de a
velocidade de adultos, sem deficiência, ser maior do que a de crianças.
Em ambas as simulações, em aproximadamente 60 s, as pessoas já haviam
deixado as salas de aulas e aguardavam sua vez para adentrar às escadas,
formando uma grande fila junto dessas (ver Figura 7.16).
Tabela 7.22: Resultado das Simulações
1 e 2 do Estudo 3.
Simulação
Saídas de
Descarga
Velocidade
(m/s)
Tempo em que a
primeira pessoa
cruzou a saída de
descarga
(s)
Tempo em que a
última pessoa
cruzou a saída de
descarga
(s)
Fluxo médio
pessoas/min
Simulação 1
(crianças)
Saída 1 0,9 (± 0,3) 84,9 483,1 94,8
Simulação 2
(adultos)
Saída 1
Default
1
62,5 387,4 116,1
1- Consultar Tabelas 7.5 e 7.6.
266
Figura 7.16: Aglomeração de pessoas junto às escadas – Estudo 3.
As Tabelas 7.23 e 7.24 mostram o desempenho das saídas internas por andar.
Mais uma vez, pode-se perceber um melhor desempenho na simulação onde se
utilizou a população denominada “adultos”.
Tabela 7.23: Resultados da Simulação 1 do Estudo 3 – por pavimento e saída interna.
Pavimento
Nº da
saída
interna
1
Quantidade de
pessoas que
utilizou
Tempo em que a
primeira pessoa
cruzou a saída (s)
Tempo em que a
última pessoa
cruzou a saída (s)
Fluxo médio
pessoas/min.
1 22 11,1 55,2 29,9
Terceiro
2 19 9,9 55,8 24,8
3 162 8,1 251,9 39,9
Segundo
4 159 8,0 251,2 39,2
5 310 10,8 295,9 65,2
Primeiro
6 307 20,9 294,1 67,4
1- O posicionamento das saídas internas está indicado na Figura 6.8 do Capítulo 6.
267
Tabela 7.24: Resultados da Simulação 2 do Estudo 3 – por pavimento e saída interna.
Pavimento
Nº da
saída
interna
Quantidade de
pessoas que
utilizou
Tempo em que a
primeira pessoa
cruzou a saída (s)
Tempo em que a
última pessoa
cruzou a saída (s)
Fluxo médio
pessoas/min.
1 23 2,7 48,5 30,1
Terceiro
2 18 2,9 38,9 29,9
3 1,63 7,3 232,1 43,5
Segundo
4 158 11,5 215,3 46,5
5 313 6,4 267,8 71,8
Primeiro
6 304 3,9 255,4 72,5
Nos Gráficos 7.14 e 7.15, pode-se observar um perfil semelhante, embora os
tempos finais para Simulação 2 tenham apresentado melhor desempenho final.
Estudo 3 - Sim. 1
0
100
200
300
400
0 60 120 180 240 300 360
Tempo (s)
Pessoas
Saída interna 1
Saída interna 2
Saída Interna 3
Saída Interna 4
Saída Interna 5
Saída Interna 6
Gráfico 7.14: Desempenho das saídas internas nas andares – Simulação 1 do Estudo 3.
EE Palanque - Sim 2
0
100
200
300
400
0 60 120 180 240 300
Tempo (s)
Pessoas
Saída interna 1
Saída interna 2
Saída Interna 3
Saída Interna 4
Saída Interna 5
Saída Interna 6
Gráfico 7.15: Desempenho das saídas internas nas andares – Simulação 2 do Estudo 3.
268
b) Simulação 3
Na simulação 3, utilizou-se o perfil de população de crianças e, a fim de se
comparar com a Simulação 1, que foi direcionada para a saída de descarga 1,
direcionou-se toda população para saída de descarga 2 (ver Figura 7.17). Embora
esta última seja a saída mais próxima da via pública, quando as pessoas chegam
ao pavimento térreo, para atingir essa saída de descarga, um lance adicional de
escada ascendente deve ser vencido.
Figura 7.17: Ocupantes se direcionando para Saída 2 – Estudo 3.
Análise dos resultados da Simulação 3
Apesar da distância a ser vencida pelos ocupantes para atingir uma saída de
descarga ser inferior, se comparada à saída de descarga 1, essa escada mede
1,80 m, restringindo assim, o fluxo das pessoas. A Figura 7.18 demonstra uma
aglomeração na escada (no segundo pavimento) que dá acesso a Saída de
descarga 2, enquanto que a população que se dirigiu à outra escada já tinha
saído do pavimento.
269
Figura 7.18: Aglomeração de pessoas nos pavimentos superiores – Estudo 3.
As Tabelas 7.25 demonstra o tempo final de abandono e a Tabela 7.26 os tempos
parciais por andar e saída interna. Ao induzir a população para essa saída, o
tempo final aumentou significativamente se comparado as Simulações 1 e 2.
Tabela 7.25: Resultado da simulação 3 do Estudo 3.
Simulação
Saídas de
Descarga
Velocidade
(m/s)
Tempo em que a
primeira pessoa
cruzou a saída de
descarga
(s)
Tempo em que a
última pessoa
cruzou a saída de
descarga
(s)
Fluxo médio
pessoas/min
Simulação 3 Saída 2 0,9 (± 0,3) 29,5 645,2 61,3
Tabela 7.26: Resultados da Simulação 3 do Estudo 3 – por pavimento e saída interna.
Pavimento
Nº da
saída
interna
Quantidade de
pessoas que
utilizou
Tempo em que a
primeira pessoa
cruzou a saída (s)
Tempo em que a
última pessoa
cruzou a saída (s)
Fluxo médio
pessoas/min
1 22 11,1 55,2 29,9
Terceiro
2 19 9,9 55,8 24,8
3 162 8,0 243,1 41,3
Segundo
4 159 7,9 447,9 21,7
5 310 10,8 290,3 66,5
Primeiro
6 307 20,9 516,8 37,1
270
Ao analisar o Gráfico 7.16, pode-se perceber que a Saída interna 4, que encontra-
se no segundo pavimento, apresenta tempo maior se comparada a Saída interna
3 do mesmo pavimento. Há de ressaltar que ambas saídas deram vazão a um
número similar de pessoas. Entretanto, a Saída interna 3 apresentou um fluxo de
41,3 pessoas/min., enquanto que a Saída 4, de 21,68 pessoas/min.
Estudo 3 - Sim. 3
0
100
200
300
400
0 60 120 180 240 300 360 420 480
Tempo (s)
Pessoas
Saída interna 1
Saída interna 2
Saída Interna 3
Saída Interna 4
Saída Interna 5
Saída Interna 6
Gráfico 7.16: Desempenho das saídas internas nas andares – Simulação 3 do Estudo 3.
Análise das três simulações do Estudo 3
Ao comparar o tempo final de abandono das Simulações 1 e 3, contido na Gráfico
7.17, ambas com população de crianças, constata-se que houve um acréscimo
significativo no tempo final de abandono para a Simulação 3, da ordem de 66%. A
causa para tal aumento se deve ao fato de que para atingir a saída de descarga 2
todos os ocupantes obrigatoriamente tiveram que utilizar a única escada que dá
acesso a tal saída de descarga e, que por possuir medidas reduzidas, provoca
uma diminuição na vazão. Além disso, o buildingExodus aplica um fator de
redução maior para velocidade no fluxo ascendente em escadas, provocando
assim, um tempo mais dilatado. Quanto à Simulação 2, onde se utilizou a
população denominada “Adultos”, como nas simulações anteriores, apresentou
um resultado mais satisfatório.
271
Simulações do Estudo 3
0
100
200
300
400
500
600
700
0 60 120 180 240 300 360 420 480 540 600 660 720
Tempo (s)
Pessoas
Simulação 2
Simulação 1
Simulação 3
Gráfico 7.17: Curvas de tempo de saída para as Simulações 1, 2 e 3 do Estudo 3.
Ainda analisando o Gráfico 7.17, pode-se ver que até os 289 s iniciais, a
Simulação 3 apresenta um desempenho mais satisfatório, principalmente por
conta da distância a ser vencida pelos ocupantes que é menor e, que a partir
desse tempo, apresenta um desempenho inferior ao da Simulação 1. Ao
comparar o TCE, para as Simulações 1 e 3, (ver Gráfico 7.18), pode-se perceber
que na Simulação 3 as pessoas perdem a maior parte de seu tempo em
congestionamentos.
Tempo de Espera
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
Sim 1 Sim 2 Sim 3
Simulações
Porcentagem
< 60
60 a 120
120 a 180
180 a 240
240 a 300
300 a 360
360 a 420
420 a 480
>=480
Gráfico 7.18: TCE para as Simulações 1, 2 e 3 do Estudo 3.
272
7.6. Estudo 4
Para esta escola foram realizadas quatro simulações, a saber:
Simulação 1: Geometria original sem mobiliário e população de crianças;
Simulação 2: Geometria original sem mobiliário e população de adultos;
Simulação 3: Geometria sem mobiliário e população de crianças – com
alteração da largura da escada existente de 1,60 m para 1,20 m e inserção
de uma nova escada de 1,20m (a rampa foi suprimida);
Simulação 4: Geometria sem mobiliário e população de adultos – com
alteração da largura da escada existente de 1,60 m para 1,80 m e inserção
de uma nova escada de 1,80m (a rampa foi suprimida).
Conforme descrito no Capítulo 6, embora esta escola conte com duas saídas
verticais (rampa e escada), só existe um corredor para acessá-las. Sendo assim,
nas Simulações 3 e 4 inseriu-se uma nova escada, com o objetivo de criar uma
segunda saída vertical, distante da escada e da rampa existente e avaliar qual o
impacto do posicionamento das saídas verticais no tempo final de abandono.
A Tabela 7.27 demonstra os dados inseridos nas quatro simulações.
Tabela 7.27: Inputs para as Simulações 1, 2, 3 e 4 do estudo 4.
Quantidade de usuários 707 pessoas
Largura das saídas de descarga
Térreo inferior: 5,00 m
Térreo superior: 2,00 m
Largura da escada
1, 2
1,60 m
Largura da rampa
3
2,50 m
Dimensão dos degraus 0,165 m x 0,30 m
Altura da edificação 9,90 m até o piso pátio (térreo superior)
Características da população
Simulação 1: adultos (default)
Simulação 2: crianças
Geometria Sem mobiliário
1- Nas Simulações 4 a largura da escada existente foi alterada para 1,80 m.
2- Nas Simulações 3 e 4, criou-se escadas adicionais medindo 1,20 m e 1,80 m.
3- Nas Simulações 3 e 4, a rampa foi suprimida.
273
7.6.1. Análise dos Resultados da Simulação 4
a) Simulação 1 e 2
Nas Simulações 1 e 2 a geometria original foi mantida (ver Figura 7.19). Deve ser
ressaltado que para correr essas simulações (tendo-se em vista que o
buildingExodus não simula caminhos inclinados), e seguindo a recomendação do
desenvolvedor do software, inseriu-se uma escada rampada no lugar da rampa,
procurando-se assim fazer uma aproximação.
Análise dos resultados das Simulações 1 e 2
Com relação ao tempo final de abandono, ao compar as duas simulações que
diferem entre si somente no perfil da população, pode-se ver que na simulação
onde se utilizou a população “Adultos”, diferentemente das outras simulações,
houve um decréscimo no tempo final de apenas de 5% (ver Tabela 7.28).
Em ambas as simulações, nos primeiros 60 s após o início da simulação, as
pessoas já haviam deixado as salas de aulas e aguardavam sua vez para
adentrar às escadas, formando uma grande fila junto dessas (ver Figura 7.20).
Assim como nas simulações anteriores, as pessoas que estavam nas salas
próximas à escada levaram um tempo maior para sair ao corredor.
Figura 7.19: Geometria original com o posicionamento da escada e rampa existente.
274
Figura 7.20: Imagem do terceiro pavimento extraída após 60 s do início da simulação.
Entretanto, ao compararmos o tempo final de abandono para as pessoas que
utilizaram a Saída de descarga 2, e não utilizaram a rampa, percebe-se que a
diferença entre os tempos finais das duas simulações mantiveram-se parecidos
às simulações anteriores, ou seja, da ordem de 40%. Portanto, a provável causa
para que o tempo final das simulações tenha-se mantido parecidos, se deve ao
tempo gasto pelas pessoas para atravessar a escada rampada.
Tabela 7.28: Resultado das simulações 1 e 2 do Estudo 4.
Simulação
Saídas
de
descarga
Usuários
por saída
Velocidade
(m/s)
Tempo em que
a primeira
pessoa cruzou
a saída de
descarga
(s)
Tempo em que
a última
pessoa cruzou
a saída de
descarga
(s)
Fluxo médio
pessoas/min
Saída 1 692 67,6 652,6 70,9
Simulação
1
Saída 2 15
0,9 (± 3)
23,9 102,0 11,5
Saída 1 692 51,5 623,4 72,6
Simulação
2
Saída 2 15
Default
1
30,7 62,1 28,7
1- Consultar Tabelas 7.5 e 7.6.
275
Tabela 7.29: Resultados da Simulação 1 do Estudo 4 – por pavimento e saída interna.
Pavimento
Nº da
saída
interna
Quantidade de
pessoas que
utilizou
Tempo em que a
primeira pessoa
cruzou a saída (s)
Tempo em que a
última pessoa
cruzou a saída (s)
Fluxo médio
pessoas/min
1 181 18,7 219,9 53,9
Terceiro
2 164 28,4 345,9 30,9
3 355 22,1 421,3 53,4
Segundo
4 292 29,4 410,8 45,9
5 378 22,9 509,1 46,6
Primeiro
6 310 18,5 448,3 43,2
1-O posicionamento das saídas internas está indicado na Figura 6.11 do Capítulo 6.
Tabela 7.30: Resultados da Simulação 2 do Estudo 4 – por pavimento.
Pavimento
Nº da
saída
interna
Quantidade de
pessoas que
utilizou
Tempo em que a
primeira pessoa
cruzou a saída (s)
Tempo em que a
última pessoa
cruzou a saída (s)
Fluxo médio
pessoas/min
1 181 15,8 214,6 54,6
Terceiro
2 164 22,0 327,5 32,2
3 354 19,8 416,6 53,5
Segundo
4 293 23,7 383,8 48,8
5 371 15,4 505,4 45,4
Primeiro
6 317 14,0 414,0 47,5
Figura 7.21: Disposição da Saída 1 do Estudo 4 – Pavimento térreo.
276
Figura 7.22: Disposição das Saídas 2 e 3 do Estudo 4 – Primeiro pavimento.
O Gráfico 7.19 e o Gráfico 7.20 demonstram que o desempenho da Saída interna
3 é inferior ao das demais saídas, trata-se justamente das saída interna que dá
acesso a escada rampada.
Estudo 4 - Sim. 1
0
100
200
300
400
0 60 120 180 240 300 360 420 480
Tempo (s)
Pessoas
Saída interna 1
Saída interna 2
Saída Interna 3
Saída Interna 4
Saída Interna 5
Saída Interna 6
Gráfico 7.19: Desempenho das saídas internas nos andares – Simulação 1 do Estudo 4.
277
Estudo 4 - Sim. 2
0
100
200
300
400
0 60 120 180 240 300 360 420 480
Tempo (s)
Pessoas
Saída interna 1
Saída interna 2
Saída Interna 3
Saída Interna 4
Saída Interna 5
Saída Interna 6
Gráfico 7.20: Desempenho das saídas internas nos andares – Simulação 2 do Estudo 4.
b) Simulações 3 e 4
Nas Simulações 3 e 4, a rampa foi suprimida. Para Simulação 3, menteve-se a
escada existente e criou-se uma nova escada medindo 1,20 m (ver Figura 7.23).
Na Simulação 4, alterou-se a dimensão da escada existente de 1,60 m para 1,80
m, e criou-se uma segunda escada, medindo 1,80 m, localizada na mesma
posição que a escada da Simulação 3. Em conjunto com essas novas escadas, e
exclusivamente para essas, criou-se uma nova saída de descarga no primeiro
pavimento, aqui denominada Saída de descarga 3 (ver Figura 7.22).
Figura 7.23: Imagem da Simulação 3 do estudo 4 com a nova escada.
278
Com relação ao tempo final de abandono, ao compararmos as duas simulações,
embora continue a existir aglomerações junto às escadas, conforme pode ser
visto na Figura 7.24, uma segunda alternativa de saída foi criada e o tempo final
de abandono apresentou reduções da ordem de 10% para a Simulação 3 e 32%
para Simulação 4 conforme pode ser visto na Tabela 7.32.
Figura 7.24: Aglomeração de pessoas junto às escadas – Estudo 4.
Tabela 7.31: Resultado das simulações 3 e 4 do Estudo 4.
Simulação
Saídas
de
descarga
Usuários
por saída
Velocidade
(m/s)
Tempo em que
a primeira
pessoa cruzou
a saída de
descarga
(s)
Tempo em que
a última
pessoa cruzou
a saída de
descarga
(s)
Fluxo médio
pessoas/min
Saída 1 354 67,6 584,9 41,1
Saída 2 15 23,9 102,0 11,5
Simulação
3
Saída 3 338
0,9 (± 3)
80,9 538,4 44,3
Saída 1 354 67,6 444,5 56,3
Saída 2 15
0,9 (± 3)
23,9 102,0 11,5
Simulação
4
Saída 3 338 76,9 406,5 61,5
Conforme pode ser visto nas Tabelas 7.32 e 7.33, que demonstram o
desempenho das saídas internas nos andares, embora a quantidade de pessoas
que utilizou as saídas internas 2 e 4, (terceiro e segundo pavimento
279
respectivamente) sejam parecidas, o desempenho da saída interna 4 se mostrou
mais satisfatório.
Na Figura 7.25 pode-se ver as pessoas que ocupavam o terceiro pavimento
aglomeradas, aguardando sua vez para adentrar na escada, enquanto que toda a
população do segundo pavimento já havia adentrado à caixa de escada.
Nessas simulações pode-se perceber a dificuldade encontrada pelas pessoas que
se encontram nos andares superiores em adentrar à caixa de escada já
preenchida pelos ocupantes dos andares inferiores.
Tabela 7.32: Resultados da Simulação 3 do Estudo 4 – por pavimento e saída interna.
Pavimento
Nº da
saída
interna
Quantidade de
pessoas que
utilizou
Tempo em que a
primeira pessoa
cruzou a saída (s)
Tempo em que a
última pessoa
cruzou a saída (s)
Fluxo médio
pessoas/min
1a 164 7,4 375,0 26,8
Terceiro
2 181 27,7 377,0 31,1
3a 174 8,5 255,5 42,2
Segundo
4 309 29,4 443,0 44,8
Primeiro 5a 350 18,5 481,7 45,3
As saídas internas 1a, 2a e 3a foram criadas junto à nova escada.
Tabela 7.33: Resultados da Simulação 4 do Estudo 4 – por pavimento e saída interna.
Pavimento
Nº da saída
interna
Pessoas que
utilizaram
Tempo para
primeira pessoa
cruzar (s)
Tempo para
última pessoa
cruzar (s)
Pessoas/min.
(média
1a 164 6,9 217,4 46,7
Terceiro
2 181 27,8 256,9 47,4
3a 309 29,4 307,1 66,8
Segundo
4 174 7,6 191,9 56,7
Primeiro 5a 350 18,1 338,8 65,5
As saídas internas 1a, 2a e 3a foram criadas junto à nova escada.
280
Figura 7.25: Saídas internas 3a e 1a (terceiro e segundo pavimento) da Simulação 4 do Estudo 4.
Estudo 4 - Sim. 3
0
100
200
300
400
0 60 120 180 240 300 360 420 480
Tempo (s)
Pessoas
Saída interna 1
Saída interna 2
Saída Interna 3
Saída Interna 4
Saída Interna 5
Gráfico 7.21: Desempenho das saídas internas nos andares – Simulação 3 do Estudo 4.
Estudo 4 - Sim. 4
0
100
200
300
400
0 60 120 180 240 300 360 420
Tempo (s)
Pessoas
Saída interna 1
Saída interna 2
Saída Interna 3
Saída Interna 4
Saída Interna 5
Gráfico 7.22: Desempenho das saídas internas nos andares – Simulação 4 do Estudo 4.
281
Análise Comparativa das quatro simulações do Estudo 4
As Simulações 1 e 2 apresentaram um desempenho semelhante, mesmo com o
perfil de população diferenciado. A provável causa para tal semelhança se deve
ao tempo perdido pelas pessoas em congestionamentos.
A Simulação 3 apresentou uma diferença de 6% no tempo final de saída se
comparada à Simulação 2, entretanto, uma segunda alternativa de saída, distante
da existente, foi inserida.
A Simulação 4 foi a que apresentou melhor desempenho. Pode ser visto no
Gráfico 7.24, que menos do que 2% da população perdeu mais do que 240 s em
congestionamentos, e que 37% perdeu menos de 60s.
Simulações do Estudo 4
0
100
200
300
400
500
600
700
800
0 60 120 180 240 300 360 420 480 540 600 660 720
Tempo (s)
Pessoas
Sim 1
Sim 2
Sim 3
Sim 4
Gráfico 7.23: Curvas de tempo de saída para as Simulações 1, 2, 3.e 4 do Estudo 4.
282
Tempo de Espera
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
Sim 1Sim 2Sim 3Sim 4
Simulações
Porcentagem
< 60
60 a 120
120 a 180
180 a 240
240 a 300
300 a 360
>= 360
Gráfico 7.24: TCE para as Simulações 1, 2, 3 e4 do Estudo 4.
7.7. Sumário das análises dos resultados
O tempo disponível para abandono depende de vários fatores, tais como: a
distância de caminhamento até atingir um local seguro, a taxa de risco da
edificação, o número de saídas apropriadas, número de usuários, a condição
física dos usuários, etc. Segundo o guia publicado por Her Majesty’s Government
(2006), o tempo disponível para o abandono depende do nível de risco do edifício
e esse define, ainda, que para edifícios com riscos mais elevados este tempo
deve ser de 2 min; para edifícios com risco normal 2,5 min e para edifícios onde o
risco é baixo, 3 min.
Este mesmo documento define algumas diretrizes que tem por objetivo classificar
as edificações em um dos riscos acima citados, sendo estas:
Riscos elevados: onde existe a probabilidade do fogo iniciar e se propagar
rapidamente (ou o incêndio crescer rapidamente sem ser rapidamente
detectado e as pessoas avisadas) e afetar os meios de escape antes que
as pessoas sejam capazes de usá-la.
Riscos mais baixos: onde existe um baixo nível de ocupação e os
ocupantes são capazes de usar os meios de escape sem ajuda de outras
pessoas; onde há uma pequena chance de ocorrer um incêndio; baixa
283
quantidade de materiais combustíveis; não existe a probabilidade do
incêndio crescer rapidamente e se ocorrer, será rapidamente detectado
permitindo que as pessoas escapem rapidamente.
Segundo esse mesmo documento, na maioria dos casos o risco é considerado
normal.
Ao considerar a classificação acima descrita, as escolas aqui analisadas não
poderiam ser classificadas com de baixo risco devido ao alto nível de ocupação.
Entretanto, mesmo que consideremos como sendo estas de baixo risco, o tempo
de 3 min deveria ser satisfeito. Contudo, nenhuma das simulações em que a
população denominada “Crianças” foi inserida atingiu-se tempos finais de
abandono inferiores a 7 min.
O estudo que apresentou menor tempo final de abandono foi o Estudo 1, seguido
do Estudo 3. Ambos possuem duas escadas em seus pavimentos superiores.
Entretanto, nesse último citado, as escadas encontram-se próximas demais.
Quanto ao Estudo 4, que apesar de ter duas saídas verticais, ou seja, uma
escada e uma rampa, estas estão contíguas, distantes aproximadamente 6,00 m
uma da outra e servidas por uma única circulação horizontal, impossibilitando
assim uma segunda alternativa de saída para as pessoas. Vale ressaltar que a
disposição tanto quanto a quantidade de saídas verticais desses estudos estão
respaldadas pela IT nº 11 do DE 46.076/2004. Já o COE, para este tipo de
edificação, exige duas escadas protegidas (ver artigo 12.8.5 do COE), cuja
distância entre acessos não pode ser inferior a 10,00 m (ver artigo 12.8.2 do
COE).
O estudo que apresentou o pior desempenho foi o Estudo 2, sendo esse o único
que possui uma única escada. Diferentemente do outros três estudos, onde os
andares possuem duas saídas verticais, este projeto conta com apenas uma para
os pavimentos superiores (exceto para o primeiro pavimento que possui uma
escada adicional). Deve ser ressaltado que este projeto também possui o
respaldo da IT nº 11 do DE 46.076/2001, visto que esta exige apenas uma saída
vertical para este tipo de ocupação (andar com área inferior a 750 m² e altura
284
inferior ou igual a 12 m, independente da quantidade de pessoas que utilizarão o
edifício).
Pode-se concluir que nos Estudos 3 e 4 o processo de abandono foi prejudicado
devido à proximidade entre as saídas verticais. Em ambos os estudos e
principalmente no Estudo 4, a proximidade entre as saídas verticais gerou uma
alta densidade e consequentemente uma redução na velocidade das pessoas.
A inserção de uma nova escada no Estudo 4 e a supressão da rampa demonstrou
que nesse estudo o bom desempenho dos meios de escape está mais associado
ao posicionamento do que o dimensionamento das circulações verticais.
Ainda com relação à quantidade de saídas, a NFPA 101 B (2000), em seu artigo
3-5.1.22, determina que em edifícios educacionais, todo ambiente com
capacidade superior a 50 pessoas, ou área superior a 93 m², deva dispor de no
mínimo duas saídas. Já o Her Majesty’s Government (2006), determina que no
mínimo duas saídas sejam fornecidas se o ambiente/área for ocupado por mais
de 50 pessoas.
Outra questão que não foi abordada, mas que merece ser considerada é que
todas as escolas aqui analisadas são acessíveis, ou seja, satisfazem a Norma
Brasileira de Acessibilidade (NBR 9050/2004), podendo assim receber alunos ou
funcionários portadores de algum tipo de deficiência. Entretanto, em nenhuma
existe local apropriado que garanta a incolumidade destas, deixando assim esta
população vulnerável a um evento como o do incêndio.
285
8. CONCLUSÕES
Pode-se constatar que nas três primeiras décadas do período republicano, isto é, até
1920, as escolas construídas no Estado de São Paulo, possuíam duas escadas, pois
uma legislação da época determinava que meninos e meninas tivessem acessos
independentes. O Código de Posturas Municipais vigente à época, fazia poucas
exigências no tocante à segurança contra incêndio; entretanto, limitava o número de
pavimentos.
Durante o período de vigência da Comissão de Prédios Escolares (1943 a 1937), os
materiais combustíveis empregados nas construções foram abolidos, cedendo lugar
ao concreto armado. Nesse período, estava vigente o Código de Obras Artur
Saboya, que de forma incipiente, passa a contemplar algumas exigências
relacionadas às saídas de emergência. Apenas para teatros, cinemas e casas de
espetáculos foi estabelecida uma relação entre o número de ocupantes e o
dimensionamento dos meios de circulação. Esse mesmo código determinava que os
edifícios escolares deveriam ter apenas um pavimento, sempre que possível. Mas
como pode ser visto no Capítulo 3, alguns prédios possuíam três pavimentos.
No período de vigência do Convênio Escolar (1949 a 1954), foi rompido o paradigma
de edifícios compactos, construídos em um único bloco, e esses passaram a ser
construídos em blocos independentes. O código de Obras Artur Saboya ainda está
em vigência.
Em 1959, quando foi criado o Fundo Estadual de Construções Escolares já estava
em vigência o, então conhecido, Código de Obras de 1955, que em pouco se
diferencia do código que o antecedeu. Pela primeira vez foi estabelecida a relação
entre número de ocupantes e a largura dos meios de escape para edifícios
educacionais. A largura mínima para as escadas estabelecida era de 1,50 m. Foi
retomado o conceito de edifício compacto e alguns edifícios foram projetados com
apenas uma escada.
No mesmo ano da criação da Companhia de Construções Escolares de São Paulo,
em 1975, foi aprovado o Código de Obras de 1975. Pela primeira vez foi
estabelecida uma relação entre a área construída e a lotação. Além disso, o conceito
286
de unidade de saída fluxo foi adotado. Manteve-se a largura mínima para as
escadas de 1,50 m. O conceito de edifício compacto foi mantido e alguns edifícios
continuam a ser projetados com apenas uma escada.
Com a criação da Fundação para o Desenvolvimento da Educação em 1987, além
da existência do Código de Obras do Município de São Paulo, em 1983, estava em
vigência o primeiro decreto estadual que tratava da questão da segurança contra
incêndio. Com relação às saídas de emergência, esse decreto remete à NR-23 do
Ministério do Trabalho e a NB-208 da ABNT. Em 2002, foi aprovado o Código de
Obras Municipal, vigente até hoje, e, em 1993, foi promulgado o segundo decreto
estadual, que no tocante às saídas de emergência, não cria texto próprio (remetendo
à NBR 9077/93).
Com a entrada em vigor do terceiro decreto estadual, promulgado em 2001, e
vigente até hoje, surgem as Instruções Técnicas. Entretanto, a IT nº 11, que trata
das saídas de emergência, pouco se diferencia da NBR 9077/93 e, sendo assim,
pode-se afirmar que no que tange ao dimensionamento dos meios de escape, o
Estado de São Paulo vem adotando uma norma que está em vigência há 15 anos.
Deve ser ressaltado que a as Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros, assim
como a NBR 9077/93, encontram-se em processo de revisão e, que talvez este seja
o momento para reavaliar as questões discutidas nesse trabalho, tais como: a
quantidade de escadas e o cálculo para o seu dimensionamento, a distância máxima
a ser percorrida até atingir uma escada, a limitação do comprimento dos corredores
com uma saída única, a diferenciação de exigência para edifícios nos quais a
população possa ser mais vulnerável, etc.
Apesar das alterações que têm ocorrido nos edifícios construídos pela FDE, no que
concerne ao dimensionamento das saídas de emergência, o Estado de São Paulo
fez poucas alterações em suas regulamentações. Já o COE de 1992, inseriu
algumas exigências questionáveis, como por exemplo, a obrigatoriedade de uma
escada enclausurada para edifícios com dois pavimentos e com população acima de
100 pessoas.
287
Tendo-se em vista que o objetivo das saídas de emergência é garantir um rápido
abandono das pessoas, seria mais conveniente garantir uma segunda saída, uma
vez que o enclausuramento pressupõe a instalação de porta corta-fogo e que, se
essa não for corretamente dimensionada, pode diminuir o fluxo, deixando assim as
pessoas vulneráveis aos perigos do incêndio.
Outra questão a ser considerada com relação ao COE e a IT nº 11, é que essas
regulamentações, para o dimensionamento dos meios de escape, não fazem
diferenciação quanto ao perfil da população que a utilizará. Tal generalização é erro
gravíssimo, pois, conforme foi visto no Capítulo 5, a percepção espacial e o
processo de tomada de decisão de uma criança difere daquela de um adulto. E,
corroborando o que foi dito, em todas as simulações em que se utilizou uma
população de crianças, o tempo de escape foi maior.
As regulamentações consideram uma população homogênea quando reage de
maneira padronizada durante um processo de abandono. Porém, como foi visto,
pode haver uma grande variação no perfil e na reação das pessoas envolvidas.
Ainda com relação ao COE, no que diz respeito ao dimensionamento das saídas de
emergência, além de diminuir a largura mínima das escadas, que era de 1,50 m e
passou para 1,20 m, esse código determina ainda que as vias de escoamento sejam
constituídas por módulos de 30 cm, adequados ao escoamento de 30 pessoas. Essa
é uma outra questão que merece ser revista, uma vez que acréscimos na largura
das escadas devem considerar a largura do corpo humano. A única diferença entre
uma escada de 1,20 m e outra de 1,50 m é o nível de conforto que sua dimensão
proporcionará aos seus usuários.
A IT nº 11 não considera a população do edifício para fins de quantificação das
circulações verticais, mas somente a área do pavimento e a altura da edificação.
Sendo assim, todas as escolas que foram objeto de simulações neste trabalho estão
em conformidade com essa IT. Isso indica que os projetistas seguiram a
regulamentação.
288
Pode-se constatar que os países que conseguiram atingir um nível elevado na
engenharia de segurança contra incêndio estabeleceram metas, fizeram
investimentos em sua rede laboratorial e em sua área educacional.
Concluiu-se também que os requisitos contidos no modelo de código prescritivo,
presentes em nossas regulamentações, não permitem inovações tecnológicas. Já no
modelo baseado em desempenho, inúmeras soluções técnicas podem ser adotadas
para atingir o mesmo objetivo, desde que devidamente comprovadas.
Visto que a velocidade das pessoas sofre uma redução nas escadas, e pelo fato de
essas concentrarem o fluxo proveniente de todos os pavimentos, elas acabam
regulando o fluxo durante o processo de abandono e, sendo assim, devem ser
projetadas de maneira a não proporcionar “arcos”, como foi observado em algumas
simulações e já descrito no Capítulo 7.
Pode-se concluir que o uso de modelos matemáticos para simulação de eventos e
avaliação de suas conseqüências está cada vez mais presente, principalmente para
avaliar os projetos mais complexos. Esses modelos são ferramentas úteis e podem
contribuir para que os edifícios sejam projetados de maneira racional e com um nível
igual ou superior de segurança se comparado aos projetos que seguem os modelos
prescritivos.
Os estudos de caso apontaram que os profissionais responsáveis pela elaboração
dos projetos restringem-se a seguir as exigências contidas nas regulamentações,
mas que, quando adotam soluções que vão além das exigências, como por exemplo,
a adoção de mais de uma escada, não a fazem de maneira correta.
No estudo de caso 4, pode-se constatar que o reposicionamento de uma das saídas
verticais proporcionou uma redução significativa no tempo final de abandono, da
ordem de 32%. Há de se ressaltar, que em caso de incêndio, essa diferença pode
representar a diferença entre a vida e a morte.
Portanto, além da necessidade de revisar as regulamentações e, mantê-las sempre
atualizadas, acompanhando o desenvolvimento tecnológico, é imprescindível
conscientizar os projetistas, ainda na graduação e, principalmente os arquitetos,
sobre suas responsabilidades. A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP,
289
disponibiliza uma disciplina, na graduação, denominada “Acessibilidade e Segurança
de Edifícios”, que aborda questões relacionadas à segurança contra incêndio.
No Brasil, embora ainda não existam cursos de graduação específicos de
engenharia de segurança contra incêndio, algumas iniciativas, mesmo que pontuais,
devem ser consideradas, tais como:
o curso de especialização “Gestão da Segurança Contra Incêndios e
Explosões” realizado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo;
a disciplina “Dimensionamento de Estruturas em Situação de Incêndio”
ministrada desde 1999 na pós-graduação da Escola Politécnica da USP;
o seminário realizado pelo NUTAU em 2005, denominado “A Tecnologia de
Segurança Contra Incêndio em Edificações no Japão” com a presença de
pesquisadores de renome internacional;
o projeto denominado Brasil Sem Chamas (2005-2006) realizado por iniciativa
do Ministério de Ciência e Tecnologia;
o Projeto de Lei N° 3.572/2004 do Deputado Federal Carlos Nader que obriga
as instituições de ensino a ministrar treinamento de abandono em caso de
incêndio.
Este trabalho não esgota o assunto, pois por ser um tema ainda embrionário no
Brasil, muito há que ser feito. Além do que já foi citado acima, há de ressaltar a
necessidade da criação um banco de dados que contenha informações relativas à
velocidade de caminhamento das pessoas e de dados antropométrios da população
brasileira. Além da continuidade de estudos relacionados a modelos matemáticos,
bem como a análise comparativa entre simulações reais e virtuais.
290
EM BRANCO
291
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÁLVAREZ E.; CVETREZNIK, F. Projetos baseados em desempenho, NFPA
Journal Latinoamericano, Quincy, vol. 1, nº 6, pg.65-67, 2002.
ÁLVAREZ, E. Incêndio na discoteca Cromagnon. NFPA Journal Latinoamericano,
Quincy, n 2, pg.54-58, 2005
ATLAS AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. A Metrópole –
Apresentação. Disponível em:
<http://atlasambiental.prefeitura.sp.gov.br/pagina.php?id=20> Acesso em 15 jan.
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Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Federal de
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SILVA, V. P. Estruturas de aço em situação de incêndio. São Paulo: Zigurate,
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304
VENEZIA, A. P. P. G. Determinação de parâmetros para o projeto arquitetônico
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Dissertação (Mestre profissional em habitação) – Instituto de Pesquisas
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WOLF, A. Behind closed doors. NFPA Journal, vol 7 nº 3, p. 80 -84, May/ June
2003.
305
ANEXO A
306
307
308
309
310
311
312
313
ANEXO B
314
LEGENDA:
MNS – Mean Non-fluxo Statistics
PET – Personal Evacuation Time
AvgPPM – Flow Rate Across the line (in person per minute)
CWT – Cumulative Waiting Time
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Simulation of Antonio Prado Jr - Sim 1.exo, with 967 People, Generated Sun Nov 25 12:59:00 2007
buildingEXODUS V4.06
Academic
Licence No: 694761072
Expires on: 5/12/2008
buildingEXODUS is a product of
U.G.M.T.
a subsidiary of
the University of Greenwich
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Simulação 1
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Simulation Options Default
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Attribute | Average| Min| Max|
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Males | 967| 967| 967|
Female | 0| 0| 0|
Age | 10.51| 7.00| 14.00|
Agility | 5.03| 3.01| 7.00|
Drive | 9.91| 5.02| 14.99|
F. Walk(m/s) | 0.90| 0.60| 1.20|
Walk (m/s) | 0.81| 0.54| 1.08|
Crawl (m/s) | 0.18| 0.12| 0.24|
Leap (m/s) | 0.72| 0.48| 0.96|
Mobility | 1.00| 1.00| 1.00|
Patience (s) | 3.01| 1.00| 4.99|
Response (s) | 14.78| 0.02| 29.85|
Weight | 65.63| 40.03| 89.99|
Height | 1.75| 1.50| 2.00|
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Switch |Value |
++++++++++++++++++++++++++++++++++
Angle of Movement |OFF |
Avoid Congestion |OFF |
Avoid Pop. Density |OFF |
Crawling |ON |
Extreme Behaviour |OFF |
Floor Potentials |OFF |
Impatient |OFF |
Local Familiarity |OFF |
Local Fam.Main Exits|OFF |
Local Potentials |ON |
Maintain Target Exit|OFF |
Maintain Itinerary |OFF |
Milling |OFF |
Response Zones |OFF |
Seat Jumping |OFF |
315
Specified Response |OFF |
Specified Resp. Time| 0.00|
Stair Packing |OFF |
Stair Edge Perf |ON |
Smoke Redirection |OFF |
Smoke Redir. Type |Woods |
Smoke Gender Inf. |ON |
Smoke Stagger |OFF |
Smoke Viz. Coef. | 2.00|
Wall Proximity |OFF |
Max Sim. |OFF |
Max Sim. Time | 3600.00|
Number of People out 967, first out (secs) 22.01 last 848.81
Final Simulation time 848.81
Number of People Starting on floor 0 (Floor_0) was 182, last exit (secs) 132.80
Number of People Starting on floor 1 (Floor_1) was 6, last exit (secs) 848.81
Number of People Starting on floor 2 (Floor_2) was 287, last exit (secs) 787.25
Number of People Starting on floor 3 (Floor_3) was 246, last exit (secs) 736.26
Number of People Starting on floor 4 (Floor_4) was 246, last exit (secs) 672.59
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Exit results table:-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Pos|Gender|Start Node|Level|Floor|Age|Weight|Walk Rt|FWalk Rt|Mobility|Response|End Node|CWT|Distance|PET|Jumps|
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
1|Male |2988 | 0|Floor_0 | 12| 61.85| 0.91| 1.01| 1.00| 0.45|Door_2 | 0.00| 17.65| 22.01| 0|
2|Male |1254 | 0|Floor_0 | 10| 81.49| 1.02| 1.13| 1.00| 0.02|Door_1 | 0.00| 25.47| 24.11| 0|
3|Male |2865 | 0|Floor_0 | 13| 55.68| 0.75| 0.84| 1.00| 1.12|Door_2 | 0.00| 17.06| 24.63| 0|
4|Male |2158 | 0|Floor_0 | 10| 82.89| 0.81| 0.90| 1.00| 1.60|Door_2 | 0.00| 19.03| 26.31| 0|
5|Male |3121 | 0|Floor_0 | 10| 77.21| 1.06| 1.17| 1.00| 7.82|Door_2 | 0.00| 17.38| 27.57| 0|
6|Male |2070 | 0|Floor_0 | 12| 67.46| 1.06| 1.17| 1.00| 11.48|Door_1 | 0.62| 19.21| 30.06| 0|
7|Male |2868 | 0|Floor_0 | 13| 46.17| 0.69| 0.77| 1.00| 3.99|Door_2 | 0.00| 18.10| 30.07| 0|
8|Male |2479 | 0|Floor_0 | 8| 50.56| 0.95| 1.06| 1.00| 6.85|Door_2 | 0.00| 21.61| 31.73| 0|
9|Male |1548 | 0|Floor_0 | 12| 86.83| 0.99| 1.10| 1.00| 0.88|Door_1 | 4.03| 29.71| 33.43| 0|
10|Male |917 | 0|Floor_0 | 10| 63.61| 0.70| 0.78| 1.00| 4.02|Door_1 | 0.62| 21.42| 33.81| 0|
11|Male |3047 | 0|Floor_0 | 14| 62.54| 0.76| 0.84| 1.00| 9.92|Door_2 | 0.00| 18.65| 35.28| 0|
12|Male |1182 | 0|Floor_0 | 13| 62.55| 0.81| 0.90| 1.00| 2.17|Door_1 | 2.81| 25.88| 35.41| 0|
13|Male |2527 | 0|Floor_0 | 11| 84.91| 0.88| 0.98| 1.00| 12.07|Door_2 | 0.00| 21.31| 37.54| 0|
14|Male |12238 | 2|Floor_2 | 13| 52.12| 0.94| 1.04| 1.00| 2.71|Door_3 | 0.00| 29.57| 37.67| 0|
15|Male |1241 | 0|Floor_0 | 14| 82.90| 1.05| 1.16| 1.00| 5.68|Door_1 | 6.42| 28.69| 38.34| 0|
16|Male |987 | 0|Floor_0 | 7| 68.85| 0.76| 0.85| 1.00| 4.85|Door_1 | 2.98| 25.78| 39.85| 0|
17|Male |1444 | 0|Floor_0 | 11| 70.09| 0.83| 0.92| 1.00| 0.25|Door_1 | 4.90| 30.52| 39.95| 0|
18|Male |1038 | 0|Floor_0 | 12| 57.97| 0.98| 1.09| 1.00| 12.79|Door_1 | 2.81| 25.34| 40.39| 0|
19|Male |373 | 0|Floor_0 | 13| 77.23| 0.99| 1.11| 1.00| 0.29|Door_1 | 3.87| 40.53| 42.46| 0|
20|Male |12144 | 2|Floor_2 | 9| 59.91| 0.90| 1.00| 1.00| 2.39|Door_3 | 0.00| 33.81| 42.51| 0|
21|Male |1032 | 0|Floor_0 | 9| 42.25| 0.60| 0.66| 1.00| 1.45|Door_1 | 2.75| 24.94| 43.35| 0|
22|Male |1183 | 0|Floor_0 | 13| 88.25| 0.88| 0.98| 1.00| 12.70|Door_1 | 1.34| 27.75| 43.90| 0|
23|Male |2999 | 0|Floor_0 | 11| 55.60| 0.80| 0.89| 1.00| 21.09|Door_2 | 0.00| 17.94| 44.68| 0|
24|Male |1091 | 0|Floor_0 | 12| 80.17| 0.88| 0.97| 1.00| 6.42|Door_1 | 8.14| 28.41| 45.42| 0|
25|Male |1441 | 0|Floor_0 | 8| 86.67| 0.72| 0.80| 1.00| 1.74|Door_1 | 3.77| 31.04| 45.66| 0|
26|Male |2330 | 0|Floor_0 | 11| 78.95| 1.02| 1.13| 1.00| 24.13|Door_2 | 0.33| 18.96| 45.74| 0|
27|Male |509 | 0|Floor_0 | 9| 78.55| 0.88| 0.97| 1.00| 6.15|Door_1 | 3.77| 33.64| 46.11| 0|
28|Male |1086 | 0|Floor_0 | 7| 81.97| 0.63| 0.70| 1.00| 1.13|Door_1 | 5.69| 27.20| 47.33| 0|
29|Male |1731 | 0|Floor_0 | 11| 81.12| 0.82| 0.91| 1.00| 5.14|Door_1 | 4.08|
33.41| 47.57| 0|
30|Male |1609 | 0|Floor_0 | 13| 84.14| 0.94| 1.04| 1.00| 3.00|Door_1 | 11.05| 33.46| 47.75| 0|
31|Male |2835 | 0|Floor_0 | 13| 69.60| 0.90| 1.00| 1.00| 16.25|Door_2 | 0.00| 27.16| 48.18| 0|
32|Male |1791 | 0|Floor_0 | 13| 72.15| 0.76| 0.85| 1.00| 7.28|Door_1 | 2.28| 32.34| 49.26| 0|
33|Male |1503 | 0|Floor_0 | 12| 89.31| 0.86| 0.96| 1.00| 10.88|Door_1 | 4.54| 31.26| 49.60| 0|
34|Male |3144 | 0|Floor_0 | 14| 65.25| 0.79| 0.88| 1.00| 22.89|Door_2 | 1.15| 19.78| 49.82| 0|
35|Male |550 | 0|Floor_0 | 9| 60.35| 1.06| 1.17| 1.00| 13.78|Door_1 | 6.10| 33.61| 50.17| 0|
36|Male |2367 | 0|Floor_0 | 9| 58.62| 1.00| 1.11| 1.00| 28.65|Door_2 | 0.00| 18.98| 50.17| 0|
37|Male |1559 | 0|Floor_0 | 10| 47.02| 0.74| 0.82| 1.00| 4.98|Door_1 | 4.52| 32.62| 50.75| 0|
38|Male |444 | 0|Floor_0 | 10| 51.93| 0.98| 1.09| 1.00| 14.44|Door_1 | 5.09| 33.14| 51.64| 0|
39|Male |2641 | 0|Floor_0 | 11| 62.26| 0.94| 1.04| 1.00| 24.92|Door_2 | 0.00| 23.68| 51.87| 0|
40|Male |1685 | 0|Floor_0 | 8| 47.97| 0.95| 1.06| 1.00| 14.71|Door_1 | 5.21| 32.20| 51.92| 0|
41|Male |12569 | 2|Floor_2 | 8| 71.45| 0.86| 0.96| 1.00| 14.95|Door_3 | 1.60| 28.25| 51.97| 0|
42|Male |773 | 0|Floor_0 | 8| 46.32| 0.99| 1.10| 1.00| 12.93|Door_1 | 5.48| 35.85| 52.62| 0|
43|Male |1245 | 0|Floor_0 | 11| 89.92| 0.80| 0.89| 1.00| 12.49|Door_1 | 5.23| 30.02| 53.23| 0|
316
44|Male |12551 | 2|Floor_2 | 12| 79.63| 0.67| 0.75| 1.00| 6.32|Door_3 | 0.00| 32.34| 53.31| 0|
45|Male |12618 | 2|Floor_2 | 13| 54.34| 0.74| 0.83| 1.00| 4.05|Door_3 | 1.09| 36.04| 53.38| 0|
46|Male |776 | 0|Floor_0 | 8| 81.95| 1.03| 1.15| 1.00| 10.42|Door_1 | 8.62| 37.61| 53.54| 0|
47|Male |646 | 0|Floor_0 | 11| 79.53| 1.02| 1.13| 1.00| 12.09|Door_1 | 9.44| 36.19| 55.09| 0|
48|Male |604 | 0|Floor_0 | 8| 69.42| 0.70| 0.78| 1.00| 3.96|Door_1 | 4.56| 35.40| 55.56| 0|
49|Male |697 | 0|Floor_0 | 12| 85.43| 0.93| 1.03| 1.00| 6.81|Door_1 | 6.05| 42.55| 55.66| 0|
50|Male |11355 | 2|Floor_2 | 8| 74.94| 0.97| 1.07| 1.00| 5.94|Door_3 | 4.56| 41.84| 56.33| 0|
51|Male |360 | 0|Floor_0 | 9| 88.47| 0.72| 0.80| 1.00| 2.26|Door_1 | 4.40| 38.89| 57.08| 0|
52|Male |211 | 0|Floor_0 | 7| 66.55| 1.00| 1.11| 1.00| 8.10|Door_1 | 8.92| 42.82| 57.09| 0|
53|Male |673 | 0|Floor_0 | 9| 75.61| 0.89| 0.99| 1.00| 4.65|Door_1 | 3.31| 47.63| 57.88| 0|
54|Male |3389 | 0|Floor_0 | 13| 54.91| 0.58| 0.64| 1.00| 20.28|Door_2 | 0.00| 23.32| 58.04| 0|
55|Male |11701 | 2|Floor_2 | 7| 71.47| 0.81| 0.90| 1.00| 3.33|Door_3 | 1.82| 43.01| 58.41| 0|
56|Male |12535 | 2|Floor_2 | 12| 89.14| 1.00| 1.11| 1.00| 20.30|Door_3 | 5.36| 28.79| 58.72| 0|
57|Male |1199 | 0|Floor_0 | 7| 60.54| 0.66| 0.73| 1.00| 11.65|Door_1 | 3.05| 31.03| 58.80| 0|
58|Male |553 | 0|Floor_0 | 9| 81.96| 0.92| 1.02| 1.00| 20.22|Door_1 | 1.78| 36.32| 59.07| 0|
59|Male |848 | 0|Floor_0 | 12| 56.30| 1.07| 1.19| 1.00| 12.87|Door_1 | 12.48| 39.14| 59.73| 0|
60|Male |12592 | 2|Floor_2 | 9| 42.29| 0.60| 0.67| 1.00| 8.14|Door_3 | 1.82| 31.63| 59.81| 0|
61|Male |12169 | 2|Floor_2 | 11| 77.24| 0.90| 1.00| 1.00| 19.68|Door_3 | 2.62| 31.53| 60.41| 0|
62|Male |849 | 0|Floor_0 | 10| 52.26| 0.80| 0.89| 1.00| 13.48|Door_1 | 2.77| 37.97| 60.59| 0|
63|Male |1093 | 0|Floor_0 | 12| 87.72| 0.78| 0.87| 1.00| 18.88|Door_1 | 6.73| 29.34| 61.04| 0|
64|Male |275 | 0|Floor_0 | 11| 79.14| 0.72| 0.80| 1.00| 1.02|Door_1 | 6.35| 42.16| 61.42| 0|
65|Male |11578 | 2|Floor_2 | 12| 74.56| 0.87| 0.97| 1.00| 6.72|Door_3 | 5.27| 41.81| 61.42| 0|
66|Male |1253 | 0|Floor_0 | 12| 83.48| 0.82| 0.92| 1.00| 18.69|Door_1 | 9.43| 30.29| 62.75| 0|
67|Male |5767 | 1|Floor_1 | 12| 83.23| 0.78| 0.86| 1.00| 6.35|Door_3 | 0.83| 46.66| 62.92| 0|
68|Male |12045 | 2|Floor_2 | 10| 58.45| 0.59| 0.65| 1.00| 6.30|Door_3 | 0.62| 35.44| 63.37| 0|
69|Male |1434 | 0|Floor_0 | 12| 77.12| 0.88| 0.97| 1.00| 12.37|Door_1 | 18.52| 30.23| 63.49| 0|
70|Male |741 | 0|Floor_0 | 12| 82.59| 1.06| 1.18| 1.00| 10.27|Door_1 | 12.56| 46.60| 64.02| 0|
71|Male |600 | 0|Floor_0 | 11| 77.12| 1.07| 1.19| 1.00| 18.52|Door_1 | 12.24| 38.10| 64.25| 0|
72|Male |12026 | 2|Floor_2 | 13| 81.49| 0.97| 1.08| 1.00| 18.07|Door_3 | 3.33| 39.34| 64.71| 0|
73|Male |5607 | 1|Floor_1 | 8| 53.90| 0.84| 0.93| 1.00| 15.58|Door_3 | 0.00| 44.95| 65.36| 0|
74|Male |981 | 0|Floor_0 | 10| 78.86| 0.98| 1.09| 1.00| 5.95|Door_1 | 7.19| 55.70| 65.75| 0|
75|Male |11611 | 2|Floor_2 | 10| 56.81| 0.76| 0.85| 1.00| 9.48|Door_3 | 1.57| 42.45| 66.03| 0|
76|Male |10066 | 2|Floor_2 | 14| 45.41| 1.00| 1.11| 1.00| 2.24|Door_3 | 0.56| 62.02| 66.10| 0|
77|Male |12630 | 2|Floor_2 | 10| 54.57| 0.87| 0.96| 1.00| 12.95|Door_3 | 5.64| 41.10| 67.16| 0|
78|Male |10097 | 2|Floor_2 | 8| 41.54| 0.85| 0.94| 1.00| 0.67|Door_3 | 0.56| 56.78| 67.31| 0|
79|Male |1193 | 0|Floor_0 | 10| 67.31| 0.63| 0.70| 1.00| 17.29|Door_1 | 7.10| 29.07| 67.52| 0|
80|Male |12221 | 2|Floor_2 | 12| 63.21| 0.87| 0.96| 1.00| 15.91|Door_3 | 2.56|
42.49| 68.44| 0|
81|Male |594 | 0|Floor_0 | 10| 61.81| 0.72| 0.80| 1.00| 20.34|Door_1 | 3.43| 34.68| 68.50| 0|
82|Male |10148 | 2|Floor_2 | 12| 86.25| 1.00| 1.11| 1.00| 0.88|Door_3 | 5.57| 61.18| 68.75| 0|
83|Male |405 | 0|Floor_0 | 12| 60.39| 0.72| 0.80| 1.00| 0.15|Door_1 | 6.83| 48.52| 68.91| 0|
84|Male |11575 | 2|Floor_2 | 13| 79.48| 0.86| 0.95| 1.00| 12.65|Door_3 | 6.84| 42.22| 69.86| 0|
85|Male |803 | 0|Floor_0 | 12| 42.04| 0.88| 0.98| 1.00| 5.06|Door_1 | 10.75| 51.85| 70.12| 0|
86|Male |4716 | 1|Floor_1 | 14| 66.14| 1.05| 1.17| 1.00| 3.71|Door_3 | 7.34| 67.33| 70.35| 0|
87|Male |11675 | 2|Floor_2 | 13| 74.63| 0.64| 0.71| 1.00| 7.09|Door_3 | 3.87| 40.19| 70.81| 0|
88|Male |1092 | 0|Floor_0 | 13| 86.20| 0.62| 0.68| 1.00| 15.66|Door_1 | 8.83| 30.67| 70.90| 0|
89|Male |1697 | 0|Floor_0 | 10| 55.29| 0.56| 0.63| 1.00| 3.14|Door_1 | 7.32| 36.97| 71.16| 0|
90|Male |10261 | 2|Floor_2 | 9| 61.24| 0.99| 1.10| 1.00| 2.07|Door_3 | 1.81| 65.92| 71.67| 0|
91|Male |1442 | 0|Floor_0 | 11| 64.43| 0.82| 0.91| 1.00| 21.91|Door_1 | 12.97| 32.26| 72.00| 0|
92|Male |10141 | 2|Floor_2 | 10| 73.74| 0.89| 0.99| 1.00| 2.44|Door_3 | 4.06| 58.53| 72.04| 0|
93|Male |9563 | 2|Floor_2 | 8| 54.97| 1.06| 1.18| 1.00| 3.08|Door_3 | 2.13| 69.74| 72.14| 0|
94|Male |214 | 0|Floor_0 | 9| 76.24| 0.76| 0.84| 1.00| 12.18|Door_1 | 9.02| 42.08| 72.69| 0|
95|Male |12446 | 2|Floor_2 | 9| 75.53| 0.55| 0.61| 1.00| 14.78|Door_3 | 2.90| 33.10| 73.19| 0|
96|Male |1445 | 0|Floor_0 | 9| 47.46| 0.77| 0.86| 1.00| 13.43|Door_1 | 19.27| 33.32| 73.26| 0|
97|Male |462 | 0|Floor_0 | 11| 50.07| 0.95| 1.05| 1.00| 7.13|Door_1 | 16.54| 50.53| 73.39| 0|
98|Male |11769 | 2|Floor_2 | 7| 74.89| 0.78| 0.87| 1.00| 21.63|Door_3 | 0.82| 40.29| 73.92| 0|
99|Male |252 | 0|Floor_0 | 12| 65.59| 0.60| 0.67| 1.00| 0.45|Door_1 | 8.98| 42.28| 74.65| 0|
100|Male |826 | 0|Floor_0 | 7| 70.85| 1.01| 1.13| 1.00| 17.35|Door_1 | 13.23| 48.00| 74.75| 0|
101|Male |11743 | 2|Floor_2 | 13| 84.15| 0.70| 0.78| 1.00| 20.22|Door_3 | 1.62| 38.22| 74.86| 0|
102|Male |12233 | 2|Floor_2 | 13| 57.87| 1.03| 1.14| 1.00| 28.18|Door_3 | 2.59| 43.01| 75.64| 0|
103|Male |10738 | 2|Floor_2 | 9| 44.74| 0.98| 1.09| 1.00| 2.91|Door_3 | 8.25| 62.31| 75.79| 0|
104|Male |778 | 0|Floor_0 | 11| 86.71| 0.78| 0.86| 1.00| 8.62|Door_1 | 15.64| 43.25| 76.09| 0|
105|Male |877 | 0|Floor_0 | 7| 87.62| 1.03| 1.14| 1.00| 10.61|Door_1 | 16.90| 53.69| 76.27| 0|
106|Male |453 | 0|Floor_0 | 14| 55.44| 0.69| 0.77| 1.00| 6.60|Door_1 | 6.30| 47.30| 76.28| 0|
107|Male |9776 | 2|Floor_2 | 13| 65.95| 1.07| 1.19| 1.00| 2.67|Door_3 | 7.22| 70.83| 77.18| 0|
108|Male |1433 | 0|Floor_0 | 8| 45.91| 0.80| 0.89| 1.00| 24.92|Door_1 | 14.41| 32.56| 77.37| 0|
109|Male |12632 | 2|Floor_2 | 10| 57.46| 0.80| 0.89| 1.00| 26.90|Door_3 | 1.28| 39.34| 77.52| 0|
110|Male |219 | 0|Floor_0 | 8| 50.13| 0.76| 0.85| 1.00| 17.70|Door_1 | 12.41| 39.13| 77.75| 0|
111|Male |1491 | 0|Floor_0 | 13| 87.32| 1.03| 1.14| 1.00| 28.04|Door_1 | 18.59| 33.69| 77.75| 0|
112|Male |1369 | 0|Floor_0 | 11| 49.57| 0.68| 0.75| 1.00| 18.52|Door_1 | 17.50| 31.20| 78.92| 0|
113|Male |341 | 0|Floor_0 | 7| 58.77| 0.72| 0.80| 1.00| 13.58|Door_1 | 8.83| 44.53| 79.42| 0|
114|Male |820 | 0|Floor_0 | 11| 61.65| 0.93| 1.04| 1.00| 29.73|Door_1 | 12.92| 37.62| 80.42| 0|
115|Male |120 | 0|Floor_0 | 11| 71.83| 0.72| 0.80| 1.00| 17.75|Door_1 | 9.79|
41.57| 80.74| 0|
116|Male |217 | 0|Floor_0 | 13| 40.34| 0.79| 0.88| 1.00| 11.53|Door_1 | 23.55| 39.78| 82.09| 0|
117|Male |10121 | 2|Floor_2 | 13| 40.35| 0.88| 0.98| 1.00| 9.35|Door_3 | 3.61| 61.68| 82.10| 0|
118|Male |572 | 0|Floor_0 | 8| 82.32| 0.73| 0.82| 1.00| 7.72|Door_1 | 14.43| 47.79| 82.20| 0|
119|Male |685 | 0|Floor_0 | 9| 52.06| 0.91| 1.01| 1.00| 27.43|Door_1 | 16.85| 37.32| 82.79| 0|
317
120|Male |1065 | 0|Floor_0 | 11| 70.54| 0.99| 1.10| 1.00| 12.56|Door_1 | 17.26| 57.81| 83.75| 0|
121|Male |302 | 0|Floor_0 | 9| 52.90| 1.06| 1.18| 1.00| 28.57|Door_1 | 20.00| 39.77| 83.93| 0|
122|Male |1381 | 0|Floor_0 | 14| 54.21| 0.67| 0.75| 1.00| 18.25|Door_1 | 19.71| 33.88| 84.98| 0|
123|Male |647 | 0|Floor_0 | 8| 64.15| 0.60| 0.66| 1.00| 14.30|Door_1 | 10.28| 39.37| 85.42| 0|
124|Male |238 | 0|Floor_0 | 11| 56.27| 0.61| 0.68| 1.00| 11.08|Door_1 | 10.82| 42.64| 86.26| 0|
125|Male |9176 | 2|Floor_2 | 8| 40.89| 1.01| 1.12| 1.00| 3.96|Door_3 | 7.73| 73.29| 86.27| 0|
126|Male |10128 | 2|Floor_2 | 8| 54.45| 0.97| 1.08| 1.00| 6.72|Door_3 | 11.86| 64.48| 86.45| 0|
127|Male |67 | 0|Floor_0 | 13| 61.67| 0.59| 0.65| 1.00| 4.65|Door_1 | 14.95| 42.76| 86.59| 0|
128|Male |349 | 0|Floor_0 | 11| 63.61| 0.82| 0.91| 1.00| 16.91|Door_1 | 17.78| 46.81| 87.42| 0|
129|Male |515 | 0|Floor_0 | 13| 74.35| 0.91| 1.02| 1.00| 28.25|Door_1 | 15.85| 43.12| 88.09| 0|
130|Male |5898 | 1|Floor_1 | 14| 45.76| 0.70| 0.77| 1.00| 13.42|Door_3 | 6.60| 51.59| 88.30| 0|
131|Male |1288 | 0|Floor_0 | 11| 86.56| 0.83| 0.92| 1.00| 0.37|Door_1 | 23.44| 58.20| 88.60| 0|
132|Male |9561 | 2|Floor_2 | 8| 52.84| 0.83| 0.92| 1.00| 2.42|Door_3 | 4.85| 69.93| 88.89| 0|
133|Male |398 | 0|Floor_0 | 11| 54.73| 0.78| 0.86| 1.00| 10.39|Door_1 | 21.59| 47.75| 88.92| 0|
134|Male |11929 | 2|Floor_2 | 9| 58.80| 0.65| 0.73| 1.00| 27.26|Door_3 | 0.00| 42.46| 89.17| 0|
135|Male |10692 | 2|Floor_2 | 13| 49.77| 0.95| 1.05| 1.00| 15.09|Door_3 | 4.87| 64.88| 89.24| 0|
136|Male |534 | 0|Floor_0 | 10| 41.19| 0.74| 0.83| 1.00| 9.62|Door_1 | 20.76| 47.71| 89.75| 0|
137|Male |1072 | 0|Floor_0 | 12| 80.14| 0.75| 0.84| 1.00| 2.00|Door_1 | 16.30| 58.61| 89.92| 0|
138|Male |182 | 0|Floor_0 | 13| 84.06| 0.76| 0.84| 1.00| 20.56|Door_1 | 22.49| 38.41| 90.09| 0|
139|Male |1062 | 0|Floor_0 | 13| 83.19| 0.69| 0.77| 1.00| 8.73|Door_1 | 9.16| 54.76| 90.40| 0|
140|Male |9545 | 2|Floor_2 | 9| 46.79| 0.89| 0.99| 1.00| 3.84|Door_3 | 5.66| 74.16| 90.73| 0|
141|Male |531 | 0|Floor_0 | 11| 58.54| 0.74| 0.82| 1.00| 7.63|Door_1 | 23.07| 48.71| 91.42| 0|
142|Male |1041 | 0|Floor_0 | 11| 85.85| 0.89| 0.99| 1.00| 28.79|Door_1 | 31.94| 29.05| 91.59| 0|
143|Male |11290 | 2|Floor_2 | 10| 75.87| 0.79| 0.88| 1.00| 2.06|Door_3 | 4.27| 69.55| 91.62| 0|
144|Male |11482 | 2|Floor_2 | 8| 60.02| 0.91| 1.02| 1.00| 8.63|Door_3 | 6.90| 70.35| 91.73| 0|
145|Male |695 | 0|Floor_0 | 9| 40.91| 0.70| 0.78| 1.00| 20.80|Door_1 | 10.48| 45.94| 91.92| 0|
146|Male |234 | 0|Floor_0 | 11| 61.89| 0.97| 1.08| 1.00| 20.58|Door_1 | 25.05| 49.25| 92.77| 0|
147|Male |293 | 0|Floor_0 | 9| 78.81| 1.05| 1.16| 1.00| 18.18|Door_1 | 32.41| 47.78| 93.25| 0|
148|Male |1771 | 0|Floor_0 | 11| 49.05| 1.07| 1.19| 1.00| 24.47|Door_1 | 14.43| 62.94| 93.27| 0|
149|Male |178 | 0|Floor_0 | 11| 67.87| 0.97| 1.08| 1.00| 24.59|Door_1 | 23.90| 47.14| 93.95| 0|
150|Male |1312 | 0|Floor_0 | 7| 63.51| 1.02| 1.14| 1.00| 22.81|Door_1 | 40.27| 33.61| 94.25| 0|
151|Male |45 | 0|Floor_0 | 13| 42.80| 1.01| 1.12| 1.00| 29.84|Door_1 | 22.29| 46.08| 94.92| 0|
152|Male |172 | 0|Floor_0 | 8| 43.49| 0.81| 0.90| 1.00| 14.14|Door_1 | 29.54| 44.48| 94.92| 0|
153|Male |10292 | 2|Floor_2 | 14| 83.74| 0.81| 0.90| 1.00| 6.63|Door_3 | 8.35|
66.03| 95.00| 0|
154|Male |1133 | 0|Floor_0 | 14| 52.64| 0.54| 0.60| 1.00| 19.85|Door_1 | 19.38| 32.83| 95.42| 0|
155|Male |1571 | 0|Floor_0 | 11| 89.04| 0.95| 1.05| 1.00| 16.52|Door_1 | 43.25| 36.21| 95.75| 0|
156|Male |12081 | 2|Floor_2 | 13| 63.61| 0.57| 0.63| 1.00| 27.12|Door_3 | 0.00| 42.43| 96.08| 0|
157|Male |779 | 0|Floor_0 | 8| 47.26| 0.99| 1.10| 1.00| 29.85|Door_1 | 21.75| 47.69| 96.42| 0|
158|Male |1119 | 0|Floor_0 | 8| 74.14| 0.62| 0.68| 1.00| 3.48|Door_1 | 7.46| 57.45| 96.50| 0|
159|Male |11278 | 2|Floor_2 | 13| 57.79| 1.06| 1.18| 1.00| 12.77|Door_3 | 11.90| 74.57| 96.80| 0|
160|Male |1590 | 0|Floor_0 | 7| 77.75| 0.86| 0.96| 1.00| 20.85|Door_1 | 7.22| 64.57| 96.94| 0|
161|Male |408 | 0|Floor_0 | 7| 49.20| 0.68| 0.76| 1.00| 25.17|Door_1 | 14.58| 42.52| 97.25| 0|
162|Male |10130 | 2|Floor_2 | 11| 79.77| 0.64| 0.71| 1.00| 1.09|Door_3 | 2.79| 64.22| 97.31| 0|
163|Male |10151 | 2|Floor_2 | 13| 42.92| 1.00| 1.11| 1.00| 11.90|Door_3 | 14.88| 68.98| 97.87| 0|
164|Male |491 | 0|Floor_0 | 11| 79.04| 1.07| 1.19| 1.00| 26.17|Door_1 | 25.28| 53.64| 98.09| 0|
165|Male |10459 | 2|Floor_2 | 10| 77.15| 0.65| 0.73| 1.00| 4.77|Door_3 | 5.05| 61.72| 98.20| 0|
166|Male |1607 | 0|Floor_0 | 8| 86.57| 0.86| 0.95| 1.00| 29.54|Door_1 | 27.81| 37.58| 98.37| 0|
167|Male |1403 | 0|Floor_0 | 14| 72.70| 1.03| 1.14| 1.00| 22.16|Door_1 | 21.11| 61.71| 98.89| 0|
168|Male |1302 | 0|Floor_0 | 13| 73.48| 0.57| 0.63| 1.00| 19.93|Door_1 | 29.47| 30.20| 98.98| 0|
169|Male |691 | 0|Floor_0 | 9| 81.49| 0.99| 1.10| 1.00| 29.27|Door_1 | 34.26| 37.91| 99.64| 0|
170|Male |10118 | 2|Floor_2 | 11| 77.47| 0.75| 0.84| 1.00| 7.16|Door_3 | 12.40| 63.08| 100.06| 0|
171|Male |797 | 0|Floor_0 | 11| 73.74| 0.94| 1.04| 1.00| 19.48|Door_1 | 26.89| 54.38| 100.09| 0|
172|Male |1237 | 0|Floor_0 | 10| 64.21| 1.00| 1.11| 1.00| 12.59|Door_1 | 30.87| 61.46| 100.42| 0|
173|Male |1475 | 0|Floor_0 | 13| 77.95| 1.07| 1.19| 1.00| 24.38|Door_1 | 20.66| 64.21| 100.56| 0|
174|Male |8583 | 2|Floor_2 | 9| 48.46| 0.83| 0.93| 1.00| 0.81|Door_3 | 10.13| 77.00| 100.76| 0|
175|Male |738 | 0|Floor_0 | 8| 49.09| 0.85| 0.95| 1.00| 24.21|Door_1 | 27.15| 45.83| 101.25| 0|
176|Male |629 | 0|Floor_0 | 14| 56.01| 0.87| 0.97| 1.00| 24.97|Door_1 | 21.24| 52.06| 101.59| 0|
177|Male |1121 | 0|Floor_0 | 10| 75.43| 0.95| 1.06| 1.00| 17.19|Door_1 | 29.55| 56.62| 101.92| 0|
178|Male |1447 | 0|Floor_0 | 13| 53.56| 0.62| 0.69| 1.00| 27.61|Door_1 | 21.30| 35.64| 102.23| 0|
179|Male |855 | 0|Floor_0 | 9| 84.60| 0.83| 0.93| 1.00| 10.49|Door_1 | 33.00| 53.60| 102.92| 0|
180|Male |1233 | 0|Floor_0 | 13| 74.09| 0.87| 0.97| 1.00| 13.39|Door_1 | 24.88| 61.38| 103.09| 0|
181|Male |287 | 0|Floor_0 | 14| 87.89| 0.55| 0.61| 1.00| 27.16|Door_1 | 21.47| 32.80| 103.77| 0|
182|Male |236 | 0|Floor_0 | 14| 43.08| 0.57| 0.63| 1.00| 2.81|Door_1 | 27.54| 45.47| 103.92| 0|
183|Male |698 | 0|Floor_0 | 9| 82.61| 0.73| 0.81| 1.00| 22.03|Door_1 | 26.13| 44.09| 104.42| 0|
184|Male |1345 | 0|Floor_0 | 11| 55.83| 0.99| 1.10| 1.00| 27.05|Door_1 | 20.33| 61.24| 104.59| 0|
185|Male |1067 | 0|Floor_0 | 8| 61.86| 0.89| 0.99| 1.00| 23.43|Door_1 | 25.48| 54.51| 105.42| 0|
186|Male |251 | 0|Floor_0 | 10| 65.82| 0.81| 0.90| 1.00| 27.30|Door_1 | 22.32| 48.64| 105.42| 0|
187|Male |581 | 0|Floor_0 | 8| 83.81| 0.80| 0.89| 1.00| 12.53|Door_1 | 32.94|
52.59| 106.12| 0|
188|Male |1234 | 0|Floor_0 | 12| 65.37| 0.64| 0.71| 1.00| 6.39|Door_1 | 19.51| 55.78| 106.25| 0|
189|Male |1574 | 0|Floor_0 | 11| 73.11| 0.91| 1.01| 1.00| 22.75|Door_1 | 41.86| 41.17| 106.91| 0|
190|Male |9191 | 2|Floor_2 | 9| 76.89| 0.94| 1.04| 1.00| 0.85|Door_3 | 18.08| 84.62| 107.15| 0|
191|Male |131 | 0|Floor_0 | 12| 81.08| 0.55| 0.61| 1.00| 6.01|Door_1 | 30.73| 42.44| 107.35| 0|
192|Male |1650 | 0|Floor_0 | 11| 48.87| 1.05| 1.16| 1.00| 19.27|Door_1 | 54.93| 37.27| 107.85| 0|
193|Male |1599 | 0|Floor_0 | 14| 82.28| 0.90| 1.00| 1.00| 17.05|Door_1 | 23.59| 66.39| 108.34| 0|
194|Male |9558 | 2|Floor_2 | 12| 51.12| 1.05| 1.17| 1.00| 7.16|Door_3 | 27.02| 76.93| 108.55| 0|
195|Male |1161 | 0|Floor_0 | 7| 42.37| 0.98| 1.09| 1.00| 24.79|Door_1 | 26.81| 60.93| 108.92| 0|
318
196|Male |9085 | 2|Floor_2 | 12| 43.29| 1.00| 1.11| 1.00| 3.15|Door_3 | 20.11| 86.73| 109.21| 0|
197|Male |1215 | 0|Floor_0 | 12| 60.92| 0.78| 0.87| 1.00| 24.99|Door_1 | 15.56| 58.39| 109.42| 0|
198|Male |10336 | 2|Floor_2 | 11| 75.96| 0.80| 0.89| 1.00| 4.64|Door_3 | 20.72| 70.04| 109.75| 0|
199|Male |1112 | 0|Floor_0 | 13| 48.11| 0.72| 0.80| 1.00| 12.40|Door_1 | 23.26| 58.22| 109.92| 0|
200|Male |1085 | 0|Floor_0 | 10| 62.39| 0.64| 0.71| 1.00| 24.50|Door_1 | 36.81| 33.52| 110.09| 0|
201|Male |9700 | 2|Floor_2 | 7| 83.03| 0.87| 0.96| 1.00| 5.94|Door_3 | 18.93| 75.79| 110.43| 0|
202|Male |10181 | 2|Floor_2 | 8| 88.55| 0.80| 0.89| 1.00| 9.99|Door_3 | 17.60| 68.57| 110.92| 0|
203|Male |804 | 0|Floor_0 | 13| 79.10| 0.89| 0.99| 1.00| 11.83|Door_1 | 41.16| 56.56| 111.55| 0|
204|Male |1646 | 0|Floor_0 | 12| 45.96| 0.56| 0.62| 1.00| 25.76|Door_1 | 29.48| 34.24| 111.85| 0|
205|Male |1673 | 0|Floor_0 | 11| 70.67| 0.83| 0.92| 1.00| 21.82|Door_1 | 20.61| 62.97| 112.28| 0|
206|Male |1351 | 0|Floor_0 | 9| 73.55| 0.74| 0.82| 1.00| 25.75|Door_1 | 12.50| 59.57| 112.64| 0|
207|Male |9991 | 2|Floor_2 | 12| 81.67| 0.95| 1.06| 1.00| 3.56|Door_3 | 26.78| 79.44| 112.91| 0|
208|Male |510 | 0|Floor_0 | 13| 56.44| 0.55| 0.61| 1.00| 23.93|Door_1 | 16.76| 43.35| 113.37| 0|
209|Male |9628 | 2|Floor_2 | 11| 61.25| 0.85| 0.94| 1.00| 3.85|Door_3 | 22.85| 75.16| 113.41| 0|
210|Male |59 | 0|Floor_0 | 10| 54.60| 0.89| 0.99| 1.00| 19.84|Door_1 | 48.84| 42.69| 113.59| 0|
211|Male |9353 | 2|Floor_2 | 11| 83.79| 0.93| 1.04| 1.00| 5.51|Door_3 | 22.52| 81.14| 114.15| 0|
212|Male |196 | 0|Floor_0 | 10| 64.82| 0.69| 0.76| 1.00| 13.48|Door_1 | 34.83| 49.30| 114.65| 0|
213|Male |9288 | 2|Floor_2 | 8| 51.33| 0.84| 0.93| 1.00| 7.76|Door_3 | 15.70| 79.34| 114.96| 0|
214|Male |1732 | 0|Floor_0 | 13| 85.42| 0.56| 0.62| 1.00| 27.90|Door_1 | 23.60| 38.82| 115.29| 0|
215|Male |273 | 0|Floor_0 | 7| 51.22| 0.67| 0.75| 1.00| 15.84|Door_1 | 37.52| 45.19| 115.45| 0|
216|Male |9882 | 2|Floor_2 | 10| 88.42| 0.87| 0.97| 1.00| 3.35|Door_3 | 19.25| 83.52| 115.52| 0|
217|Male |10648 | 2|Floor_2 | 12| 80.93| 0.87| 0.97| 1.00| 22.01|Door_3 | 17.35| 67.40| 115.58| 0|
218|Male |1438 | 0|Floor_0 | 13| 84.05| 0.60| 0.67| 1.00| 16.66|Door_1 | 47.11| 33.57| 115.79| 0|
219|Male |1568 | 0|Floor_0 | 11| 83.29| 0.75| 0.84| 1.00| 16.82|Door_1 | 54.33| 36.85| 116.75| 0|
220|Male |10203 | 2|Floor_2 | 12| 72.05| 0.66| 0.74| 1.00| 9.78|Door_3 | 17.48| 63.40| 117.07| 0|
221|Male |1338 | 0|Floor_0 | 13| 49.81| 0.79| 0.88| 1.00| 9.65|Door_1 | 37.82| 59.59| 117.13| 0|
222|Male |9537 | 2|Floor_2 | 13| 76.66| 0.88| 0.97| 1.00| 9.10|Door_3 | 22.20| 77.47| 117.28| 0|
223|Male |9826 | 2|Floor_2 | 12| 73.46| 0.76| 0.84| 1.00| 0.96|Door_3 | 17.17| 79.32| 117.37| 0|
224|Male |480 | 0|Floor_0 | 14| 52.51| 0.60| 0.66| 1.00| 15.03|Door_1 | 29.02| 48.56| 118.72| 0|
225|Male |1840 | 0|Floor_0 | 11| 70.23| 0.82| 0.92| 1.00| 16.87|Door_1 | 55.49| 41.10| 118.81| 0|
226|Male |4739 | 1|Floor_1 | 14| 45.50| 0.63| 0.70| 1.00| 16.15|Door_3 | 5.73| 67.01| 118.85| 0|
227|Male |8734 | 2|Floor_2 | 9| 73.80| 1.07| 1.18| 1.00| 1.23|Door_3 | 38.34| 84.37| 118.92| 0|
228|Male |10006 | 2|Floor_2 | 11| 74.16| 0.54| 0.60| 1.00| 10.25|Door_3 | 11.00| 58.36| 119.37| 0|
229|Male |1795 | 0|Floor_0 | 10| 56.58| 0.99| 1.10| 1.00| 19.13|Door_1 | 60.78|
42.44| 120.25| 0|
230|Male |1019 | 0|Floor_0 | 8| 47.48| 0.83| 0.92| 1.00| 26.13|Door_1 | 31.81| 56.17| 120.53| 0|
231|Male |1164 | 0|Floor_0 | 7| 49.04| 0.55| 0.61| 1.00| 23.76|Door_1 | 6.70| 53.89| 120.70| 0|
232|Male |9117 | 2|Floor_2 | 10| 44.38| 0.88| 0.98| 1.00| 1.64|Door_3 | 27.33| 83.05| 120.70| 0|
233|Male |9859 | 2|Floor_2 | 10| 63.40| 0.90| 1.00| 1.00| 4.85|Door_3 | 31.57| 77.75| 121.24| 0|
234|Male |1015 | 0|Floor_0 | 12| 70.85| 0.87| 0.97| 1.00| 23.46|Door_1 | 34.78| 60.15| 121.85| 0|
235|Male |326 | 0|Floor_0 | 13| 48.54| 0.90| 1.00| 1.00| 28.41|Door_1 | 42.92| 49.10| 122.02| 0|
236|Male |9177 | 2|Floor_2 | 7| 61.75| 0.87| 0.97| 1.00| 11.13|Door_3 | 28.17| 74.00| 122.21| 0|
237|Male |434 | 0|Floor_0 | 10| 70.20| 0.56| 0.62| 1.00| 0.66|Door_1 | 41.59| 48.91| 122.25| 0|
238|Male |1297 | 0|Floor_0 | 11| 41.04| 0.79| 0.88| 1.00| 7.50|Door_1 | 43.72| 61.98| 123.49| 0|
239|Male |1407 | 0|Floor_0 | 14| 67.21| 0.68| 0.76| 1.00| 14.87|Door_1 | 25.34| 61.78| 123.52| 0|
240|Male |1221 | 0|Floor_0 | 13| 89.25| 0.95| 1.06| 1.00| 3.40|Door_1 | 62.16| 59.87| 123.59| 0|
241|Male |9287 | 2|Floor_2 | 8| 63.25| 0.71| 0.79| 1.00| 4.51|Door_3 | 26.92| 69.28| 123.67| 0|
242|Male |1194 | 0|Floor_0 | 10| 52.74| 0.57| 0.63| 1.00| 29.84|Door_1 | 41.29| 32.40| 123.75| 0|
243|Male |10533 | 2|Floor_2 | 8| 49.14| 0.61| 0.68| 1.00| 17.57|Door_3 | 9.73| 63.84| 124.11| 0|
244|Male |1404 | 0|Floor_0 | 11| 49.23| 0.60| 0.66| 1.00| 13.07|Door_1 | 17.28| 61.66| 125.09| 0|
245|Male |8693 | 2|Floor_2 | 11| 82.48| 0.98| 1.09| 1.00| 8.13|Door_3 | 28.43| 89.10| 125.18| 0|
246|Male |1359 | 0|Floor_0 | 10| 70.04| 0.59| 0.66| 1.00| 27.47|Door_1 | 11.19| 56.06| 125.18| 0|
247|Male |320 | 0|Floor_0 | 13| 53.39| 0.88| 0.98| 1.00| 18.54|Door_1 | 57.95| 47.26| 126.27| 0|
248|Male |9707 | 2|Floor_2 | 14| 72.95| 0.73| 0.81| 1.00| 2.35|Door_3 | 29.15| 73.70| 126.85| 0|
249|Male |1023 | 0|Floor_0 | 11| 66.46| 0.55| 0.61| 1.00| 19.77|Door_1 | 16.89| 54.02| 126.96| 0|
250|Male |1776 | 0|Floor_0 | 11| 76.21| 0.65| 0.72| 1.00| 23.70|Door_1 | 16.58| 61.55| 127.64| 0|
251|Male |11403 | 2|Floor_2 | 11| 45.83| 0.90| 1.00| 1.00| 27.27|Door_3 | 23.00| 72.13| 128.60| 0|
252|Male |752 | 0|Floor_0 | 10| 89.83| 0.79| 0.88| 1.00| 16.14|Door_1 | 49.97| 53.90| 128.85| 0|
253|Male |71 | 0|Floor_0 | 13| 73.77| 0.56| 0.63| 1.00| 15.78|Door_1 | 41.70| 43.75| 129.04| 0|
254|Male |10680 | 2|Floor_2 | 10| 52.52| 0.93| 1.03| 1.00| 23.95|Door_3 | 32.68| 67.27| 129.09| 0|
255|Male |304 | 0|Floor_0 | 8| 83.41| 0.58| 0.65| 1.00| 28.22|Door_1 | 38.18| 39.64| 129.13| 0|
256|Male |1127 | 0|Floor_0 | 12| 68.58| 0.56| 0.62| 1.00| 26.53|Door_1 | 13.31| 54.23| 129.25| 0|
257|Male |1485 | 0|Floor_0 | 9| 42.79| 0.73| 0.81| 1.00| 28.15|Door_1 | 22.63| 63.00| 130.44| 0|
258|Male |9242 | 2|Floor_2 | 12| 61.83| 0.99| 1.10| 1.00| 8.70|Door_3 | 48.38| 71.63| 130.78| 0|
259|Male |10059 | 2|Floor_2 | 11| 48.92| 0.86| 0.95| 1.00| 13.01|Door_3 | 40.97| 67.09| 130.99| 0|
260|Male |1594 | 0|Floor_0 | 10| 59.13| 0.57| 0.64| 1.00| 27.90|Door_1 | 5.14| 61.36| 131.16| 0|
261|Male |1600 | 0|Floor_0 | 12| 63.21| 0.57| 0.64| 1.00| 13.05|Door_1 | 17.20| 63.23| 131.19| 0|
262|Male |9415 | 2|Floor_2 | 13| 56.07| 1.07| 1.19| 1.00| 6.02|Door_3 | 52.27| 77.93| 131.99| 0|
263|Male |10315 | 2|Floor_2 | 8| 61.97| 0.60| 0.66| 1.00| 5.80|Door_3 | 19.11|
69.91| 132.54| 0|
264|Male |1725 | 0|Floor_0 | 8| 80.52| 0.57| 0.63| 1.00| 29.06|Door_1 | 7.66| 59.97| 132.71| 0|
265|Male |1279 | 0|Floor_0 | 12| 60.50| 0.56| 0.62| 1.00| 24.69|Door_1 | 15.75| 56.16| 132.80| 0|
266|Male |9866 | 2|Floor_2 | 8| 41.15| 0.73| 0.81| 1.00| 1.50|Door_3 | 32.15| 77.35| 134.06| 0|
267|Male |9694 | 2|Floor_2 | 11| 50.47| 0.94| 1.05| 1.00| 20.68|Door_3 | 35.73| 74.99| 135.13| 0|
268|Male |11190 | 2|Floor_2 | 10| 74.67| 0.73| 0.82| 1.00| 23.65|Door_3 | 18.57| 72.43| 135.61| 0|
269|Male |10601 | 2|Floor_2 | 8| 50.55| 0.89| 0.99| 1.00| 28.86|Door_3 | 37.00| 63.30| 136.64| 0|
270|Male |9709 | 2|Floor_2 | 12| 58.93| 0.85| 0.95| 1.00| 9.76|Door_3 | 35.50| 80.98| 137.03| 0|
271|Male |9910 | 2|Floor_2 | 14| 55.94| 0.86| 0.96| 1.00| 26.18|Door_3 | 22.19| 79.98| 137.78| 0|
319
272|Male |9949 | 2|Floor_2 | 7| 87.94| 0.72| 0.81| 1.00| 6.79|Door_3 | 27.49| 81.24| 139.82| 0|
273|Male |10003 | 2|Floor_2 | 11| 85.24| 0.68| 0.75| 1.00| 0.77|Door_3 | 21.86| 85.70| 140.37| 0|
274|Male |9480 | 2|Floor_2 | 9| 58.28| 0.79| 0.88| 1.00| 12.12|Door_3 | 40.46| 72.90| 141.81| 0|
275|Male |9841 | 2|Floor_2 | 10| 68.74| 0.70| 0.78| 1.00| 10.40|Door_3 | 30.10| 76.46| 142.81| 0|
276|Male |9360 | 2|Floor_2 | 13| 58.53| 0.76| 0.84| 1.00| 9.74|Door_3 | 35.12| 79.26| 144.13| 0|
277|Male |10184 | 2|Floor_2 | 10| 79.77| 0.67| 0.75| 1.00| 15.69|Door_3 | 34.61| 68.07| 144.89| 0|
278|Male |10026 | 2|Floor_2 | 9| 42.68| 0.87| 0.96| 1.00| 1.23|Door_3 | 55.48| 78.74| 145.20| 0|
279|Male |9695 | 2|Floor_2 | 12| 59.02| 0.74| 0.82| 1.00| 26.29|Door_3 | 21.86| 75.43| 145.22| 0|
280|Male |8984 | 2|Floor_2 | 10| 81.46| 0.90| 1.00| 1.00| 13.42|Door_3 | 36.72| 88.29| 145.59| 0|
281|Male |9784 | 2|Floor_2 | 11| 52.76| 0.90| 1.00| 1.00| 24.34|Door_3 | 39.45| 76.38| 147.13| 0|
282|Male |4841 | 1|Floor_1 | 7| 77.37| 0.57| 0.63| 1.00| 19.73|Door_3 | 7.47| 74.77| 147.27| 0|
283|Male |9500 | 2|Floor_2 | 13| 70.04| 0.89| 0.98| 1.00| 12.28|Door_3 | 53.30| 73.01| 147.28| 0|
284|Male |10185 | 2|Floor_2 | 9| 67.20| 0.58| 0.64| 1.00| 5.87|Door_3 | 24.29| 74.09| 147.62| 0|
285|Male |10047 | 2|Floor_2 | 11| 82.13| 0.75| 0.83| 1.00| 23.83|Door_3 | 42.15| 64.23| 148.92| 0|
286|Male |9302 | 2|Floor_2 | 10| 56.11| 0.68| 0.75| 1.00| 12.78|Door_3 | 39.56| 70.40| 149.54| 0|
287|Male |8869 | 2|Floor_2 | 9| 77.53| 1.08| 1.20| 1.00| 5.36|Door_3 | 65.50| 85.11| 150.92| 0|
288|Male |11293 | 2|Floor_2 | 8| 78.28| 0.56| 0.62| 1.00| 7.20|Door_3 | 25.79| 73.41| 152.25| 0|
289|Male |9260 | 2|Floor_2 | 14| 41.62| 0.81| 0.90| 1.00| 3.40|Door_3 | 51.39| 84.55| 154.51| 0|
290|Male |14464 | 3|Floor_3 | 14| 74.31| 1.00| 1.11| 1.00| 5.26|Door_3 | 65.33| 78.51| 155.76| 0|
291|Male |9650 | 2|Floor_2 | 12| 89.58| 1.04| 1.16| 1.00| 1.20|Door_3 | 60.97| 99.47| 157.20| 0|
292|Male |9989 | 2|Floor_2 | 10| 62.44| 0.77| 0.85| 1.00| 10.21|Door_3 | 48.69| 80.02| 158.29| 0|
293|Male |8969 | 2|Floor_2 | 7| 41.03| 0.88| 0.98| 1.00| 5.89|Door_3 | 57.21| 87.79| 159.53| 0|
294|Male |9883 | 2|Floor_2 | 12| 69.76| 0.92| 1.02| 1.00| 14.36|Door_3 | 57.53| 82.20| 159.87| 0|
295|Male |10277 | 2|Floor_2 | 7| 48.94| 0.73| 0.81| 1.00| 15.54|Door_3 | 53.49| 71.70| 161.78| 0|
296|Male |9761 | 2|Floor_2 | 7| 84.51| 0.79| 0.88| 1.00| 15.22|Door_3 | 45.03| 84.68| 162.13| 0|
297|Male |9637 | 2|Floor_2 | 9| 75.54| 0.61| 0.68| 1.00| 15.74|Door_3 | 37.09| 72.58| 162.74| 0|
298|Male |9598 | 2|Floor_2 | 7| 65.22| 0.65| 0.73| 1.00| 9.11|Door_3 | 39.88| 80.91| 164.08| 0|
299|Male |9622 | 2|Floor_2 | 14| 79.37| 0.71| 0.78| 1.00| 11.76|Door_3 | 54.70| 74.11| 165.56| 0|
300|Male |8996 | 2|Floor_2 | 9| 43.81| 0.99| 1.10| 1.00| 3.54|Door_3 | 74.97| 88.36| 166.97| 0|
301|Male |9259 | 2|Floor_2 | 14| 88.58| 0.70| 0.78| 1.00| 24.10|Door_3 | 25.53| 89.03| 168.09| 0|
302|Male |9672 | 2|Floor_2 | 8| 45.76| 0.76| 0.85| 1.00| 10.61|Door_3 | 60.92| 77.60| 168.30| 0|
303|Male |9955 | 2|Floor_2 | 13| 81.02| 0.89| 0.99| 1.00| 10.24|Door_3 | 74.84| 75.74| 168.90| 0|
304|Male |9515 | 2|Floor_2 | 12| 54.44| 0.79| 0.88| 1.00| 8.33|Door_3 | 41.79| 100.23| 169.79| 0|
305|Male |8795 | 2|Floor_2 | 8| 52.72| 0.85| 0.95| 1.00| 21.84|Door_3 | 57.01|
80.44| 170.54| 0|
306|Male |9720 | 2|Floor_2 | 8| 88.35| 0.89| 0.98| 1.00| 9.07|Door_3 | 58.47| 97.94| 173.92| 0|
307|Male |8975 | 2|Floor_2 | 8| 41.09| 0.57| 0.63| 1.00| 0.63|Door_3 | 36.49| 85.92| 174.34| 0|
308|Male |9115 | 2|Floor_2 | 11| 52.25| 1.00| 1.11| 1.00| 10.45|Door_3 | 83.29| 80.71| 174.59| 0|
309|Male |11377 | 2|Floor_2 | 8| 46.37| 0.55| 0.61| 1.00| 28.93|Door_3 | 25.98| 73.16| 176.20| 0|
310|Male |8935 | 2|Floor_2 | 10| 71.69| 0.72| 0.80| 1.00| 17.77|Door_3 | 42.02| 90.87| 177.75| 0|
311|Male |9457 | 2|Floor_2 | 9| 64.48| 1.07| 1.19| 1.00| 28.96|Door_3 | 54.70| 101.54| 178.00| 0|
312|Male |9372 | 2|Floor_2 | 12| 83.74| 0.94| 1.04| 1.00| 28.21|Door_3 | 69.43| 76.70| 179.25| 0|
313|Male |11226 | 2|Floor_2 | 13| 71.30| 0.57| 0.64| 1.00| 29.55|Door_3 | 35.08| 72.45| 179.97| 0|
314|Male |9273 | 2|Floor_2 | 10| 51.22| 0.86| 0.96| 1.00| 11.86|Door_3 | 61.56| 96.94| 180.97| 0|
315|Male |9122 | 2|Floor_2 | 10| 83.18| 0.92| 1.02| 1.00| 18.27|Door_3 | 74.23| 84.10| 182.28| 0|
316|Male |9136 | 2|Floor_2 | 7| 79.20| 0.99| 1.10| 1.00| 20.16|Door_3 | 86.93| 74.18| 182.53| 0|
317|Male |8878 | 2|Floor_2 | 12| 70.04| 1.07| 1.19| 1.00| 22.60|Door_3 | 78.61| 85.82| 182.93| 0|
318|Male |10027 | 2|Floor_2 | 10| 51.99| 0.99| 1.10| 1.00| 16.03|Door_3 | 97.21| 76.56| 189.88| 0|
319|Male |9162 | 2|Floor_2 | 12| 44.03| 0.98| 1.09| 1.00| 24.43|Door_3 | 80.86| 83.97| 190.19| 0|
320|Male |10235 | 2|Floor_2 | 11| 62.26| 0.55| 0.61| 1.00| 16.51|Door_3 | 59.93| 69.13| 190.79| 0|
321|Male |9665 | 2|Floor_2 | 11| 87.90| 0.62| 0.69| 1.00| 9.11|Door_3 | 62.89| 80.79| 192.41| 0|
322|Male |10108 | 2|Floor_2 | 9| 60.38| 1.07| 1.19| 1.00| 26.42|Door_3 | 105.69| 62.44| 192.65| 0|
323|Male |9455 | 2|Floor_2 | 11| 80.72| 0.95| 1.06| 1.00| 10.87|Door_3 | 80.18| 100.52| 194.06| 0|
324|Male |9160 | 2|Floor_2 | 10| 54.94| 0.67| 0.75| 1.00| 6.24|Door_3 | 72.58| 84.02| 194.86| 0|
325|Male |8876 | 2|Floor_2 | 14| 40.15| 1.07| 1.19| 1.00| 12.90|Door_3 | 103.76| 83.98| 195.86| 0|
326|Male |14589 | 3|Floor_3 | 12| 74.63| 0.73| 0.81| 1.00| 3.10|Door_3 | 82.81| 82.69| 195.93| 0|
327|Male |9739 | 2|Floor_2 | 12| 86.87| 0.99| 1.10| 1.00| 16.51|Door_3 | 94.61| 84.19| 196.45| 0|
328|Male |10023 | 2|Floor_2 | 8| 73.23| 0.55| 0.61| 1.00| 27.10|Door_3 | 38.36| 80.32| 197.31| 0|
329|Male |9341 | 2|Floor_2 | 7| 77.41| 0.91| 1.01| 1.00| 20.35|Door_3 | 74.35| 97.30| 197.72| 0|
330|Male |8887 | 2|Floor_2 | 11| 53.84| 1.02| 1.13| 1.00| 26.91|Door_3 | 82.83| 91.79| 198.17| 0|
331|Male |9594 | 2|Floor_2 | 9| 69.07| 0.97| 1.07| 1.00| 20.44|Door_3 | 79.36| 97.56| 198.19| 0|
332|Male |8802 | 2|Floor_2 | 9| 42.33| 0.77| 0.85| 1.00| 23.43|Door_3 | 64.77| 91.99| 201.60| 0|
333|Male |9656 | 2|Floor_2 | 10| 40.47| 0.91| 1.01| 1.00| 21.20|Door_3 | 75.89| 100.35| 203.64| 0|
334|Male |9643 | 2|Floor_2 | 9| 89.52| 0.87| 0.97| 1.00| 17.92|Door_3 | 76.55| 100.90| 205.09| 0|
335|Male |9941 | 2|Floor_2 | 7| 86.47| 0.61| 0.68| 1.00| 27.22|Door_3 | 57.25| 80.11| 205.68| 0|
336|Male |8881 | 2|Floor_2 | 12| 52.07| 0.61| 0.68| 1.00| 6.28|Door_3 | 70.28| 87.71| 207.67| 0|
337|Male |8657 | 2|Floor_2 | 12| 75.11| 0.77| 0.86| 1.00| 22.08|Door_3 | 84.58| 83.53| 209.09| 0|
338|Male |9049 | 2|Floor_2 | 9| 86.16| 0.84| 0.94| 1.00| 11.01|Door_3 | 92.13| 93.56| 209.29| 0|
339|Male |9963 | 2|Floor_2 | 9| 52.66| 0.56| 0.63| 1.00| 28.71|Door_3 | 42.93|
86.30| 211.20| 0|
340|Male |8991 | 2|Floor_2 | 7| 82.11| 1.03| 1.15| 1.00| 5.93|Door_3 | 117.93| 91.47| 211.86| 0|
341|Male |9198 | 2|Floor_2 | 9| 60.35| 0.64| 0.71| 1.00| 2.66|Door_3 | 76.96| 93.20| 213.77| 0|
342|Male |9728 | 2|Floor_2 | 10| 88.78| 0.74| 0.82| 1.00| 17.06|Door_3 | 69.08| 100.97| 214.41| 0|
343|Male |9194 | 2|Floor_2 | 11| 53.34| 0.58| 0.65| 1.00| 11.36|Door_3 | 54.47| 95.16| 214.65| 0|
344|Male |9448 | 2|Floor_2 | 11| 77.07| 0.84| 0.93| 1.00| 13.94|Door_3 | 93.19| 95.98| 216.09| 0|
345|Male |8633 | 2|Floor_2 | 8| 42.31| 0.75| 0.83| 1.00| 0.19|Door_3 | 108.95| 84.44| 216.11| 0|
346|Male |9244 | 2|Floor_2 | 9| 60.92| 0.78| 0.87| 1.00| 16.55|Door_3 | 92.73| 88.50| 216.17| 0|
347|Male |8825 | 2|Floor_2 | 9| 87.21| 1.05| 1.16| 1.00| 17.41|Door_3 | 115.81| 89.98| 218.11| 0|
320
348|Male |9042 | 2|Floor_2 | 9| 68.32| 0.82| 0.91| 1.00| 11.54|Door_3 | 104.13| 88.69| 218.97| 0|
349|Male |9469 | 2|Floor_2 | 8| 83.41| 1.00| 1.12| 1.00| 26.81|Door_3 | 96.84| 97.87| 219.23| 0|
350|Male |11479 | 2|Floor_2 | 9| 54.44| 0.58| 0.65| 1.00| 18.82|Door_3 | 79.66| 77.67| 220.22| 0|
351|Male |9648 | 2|Floor_2 | 11| 73.84| 0.75| 0.84| 1.00| 5.16|Door_3 | 82.24| 106.69| 220.33| 0|
352|Male |14662 | 3|Floor_3 | 11| 57.78| 0.83| 0.92| 1.00| 2.50|Door_3 | 117.54| 83.88| 221.05| 0|
353|Male |9386 | 2|Floor_2 | 10| 81.24| 0.78| 0.87| 1.00| 19.54|Door_3 | 85.64| 95.86| 221.25| 0|
354|Male |10168 | 2|Floor_2 | 11| 41.14| 0.94| 1.04| 1.00| 20.15|Door_3 | 131.11| 66.84| 222.05| 0|
355|Male |9876 | 2|Floor_2 | 11| 80.12| 0.96| 1.07| 1.00| 25.09|Door_3 | 111.93| 82.19| 222.55| 0|
356|Male |8989 | 2|Floor_2 | 10| 69.09| 0.90| 1.00| 1.00| 6.68|Door_3 | 114.39| 93.79| 222.92| 0|
357|Male |9947 | 2|Floor_2 | 8| 65.33| 0.57| 0.63| 1.00| 21.94|Door_3 | 68.55| 83.68| 224.64| 0|
358|Male |9595 | 2|Floor_2 | 10| 40.65| 0.62| 0.69| 1.00| 13.40|Door_3 | 87.29| 83.63| 224.92| 0|
359|Male |10001 | 2|Floor_2 | 11| 43.70| 0.62| 0.68| 1.00| 26.16|Door_3 | 83.51| 78.37| 226.97| 0|
360|Male |9261 | 2|Floor_2 | 11| 87.02| 0.74| 0.82| 1.00| 26.30|Door_3 | 88.35| 89.64| 228.86| 0|
361|Male |9445 | 2|Floor_2 | 12| 51.33| 1.04| 1.15| 1.00| 12.61|Door_3 | 129.50| 93.06| 230.49| 0|
362|Male |9096 | 2|Floor_2 | 8| 84.23| 0.63| 0.71| 1.00| 28.27|Door_3 | 60.95| 97.69| 230.81| 0|
363|Male |9214 | 2|Floor_2 | 10| 71.43| 0.59| 0.66| 1.00| 20.59|Door_3 | 65.16| 94.74| 232.08| 0|
364|Male |9422 | 2|Floor_2 | 12| 86.02| 0.65| 0.72| 1.00| 19.99|Door_3 | 96.84| 81.07| 232.60| 0|
365|Male |8997 | 2|Floor_2 | 8| 82.15| 1.07| 1.18| 1.00| 21.42|Door_3 | 122.50| 96.10| 233.59| 0|
366|Male |8674 | 2|Floor_2 | 12| 41.81| 0.58| 0.64| 1.00| 13.72|Door_3 | 83.93| 86.33| 233.80| 0|
367|Male |9518 | 2|Floor_2 | 11| 56.99| 0.80| 0.88| 1.00| 14.58|Door_3 | 105.03| 95.98| 233.94| 0|
368|Male |9133 | 2|Floor_2 | 11| 56.57| 0.59| 0.66| 1.00| 15.30|Door_3 | 72.02| 95.76| 235.50| 0|
369|Male |9354 | 2|Floor_2 | 13| 83.86| 0.86| 0.95| 1.00| 9.38|Door_3 | 136.37| 79.61| 235.63| 0|
370|Male |9112 | 2|Floor_2 | 12| 80.96| 0.57| 0.63| 1.00| 15.07|Door_3 | 75.69| 90.95| 236.10| 0|
371|Male |9528 | 2|Floor_2 | 7| 60.68| 0.56| 0.63| 1.00| 2.64|Door_3 | 77.67| 97.91| 238.01| 0|
372|Male |9823 | 2|Floor_2 | 14| 68.32| 0.84| 0.94| 1.00| 19.48|Door_3 | 122.64| 84.75| 239.24| 0|
373|Male |9459 | 2|Floor_2 | 7| 70.37| 0.69| 0.77| 1.00| 18.25|Door_3 | 87.04| 100.23| 239.66| 0|
374|Male |8612 | 2|Floor_2 | 12| 66.92| 0.76| 0.85| 1.00| 18.86|Door_3 | 110.42| 89.02| 239.97| 0|
375|Male |9337 | 2|Floor_2 | 13| 74.05| 0.86| 0.96| 1.00| 24.47|Door_3 | 109.86| 96.34| 240.82| 0|
376|Male |9253 | 2|Floor_2 | 10| 78.51| 0.72| 0.80| 1.00| 19.27|Door_3 | 107.16| 88.08| 240.93| 0|
377|Male |8761 | 2|Floor_2 | 8| 61.82| 0.80| 0.89| 1.00| 1.50|Door_3 | 130.19| 92.52| 242.14| 0|
378|Male |9378 | 2|Floor_2 | 8| 48.58| 0.70| 0.78| 1.00| 10.79|Door_3 | 112.25| 93.12| 246.14| 0|
379|Male |9213 | 2|Floor_2 | 13| 59.37| 1.01| 1.12| 1.00| 7.01|Door_3 | 147.94| 95.46| 247.74| 0|
380|Male |10210 | 2|Floor_2 | 12| 56.65| 0.68| 0.76| 1.00| 18.17|Door_3 | 140.38| 64.77| 248.08| 0|
381|Male |14460 | 3|Floor_3 | 13| 60.60| 1.08| 1.20| 1.00| 2.28|Door_3 | 163.96|
81.09| 249.69| 0|
382|Male |10243 | 2|Floor_2 | 11| 41.21| 0.58| 0.64| 1.00| 22.74|Door_3 | 121.48| 66.60| 249.99| 0|
383|Male |9851 | 2|Floor_2 | 8| 62.85| 0.58| 0.64| 1.00| 21.22|Door_3 | 109.59| 77.58| 252.90| 0|
384|Male |9608 | 2|Floor_2 | 10| 43.66| 0.95| 1.05| 1.00| 25.67|Door_3 | 144.51| 79.59| 254.05| 0|
385|Male |9189 | 2|Floor_2 | 12| 67.18| 0.61| 0.68| 1.00| 16.84|Door_3 | 106.91| 87.30| 255.49| 0|
386|Male |8805 | 2|Floor_2 | 10| 82.31| 0.97| 1.07| 1.00| 20.45|Door_3 | 140.10| 93.02| 255.85| 0|
387|Male |8789 | 2|Floor_2 | 13| 59.55| 0.89| 0.99| 1.00| 13.58|Door_3 | 141.34| 91.90| 255.94| 0|
388|Male |8620 | 2|Floor_2 | 10| 77.69| 0.54| 0.60| 1.00| 10.39|Door_3 | 103.46| 85.86| 257.07| 0|
389|Male |9255 | 2|Floor_2 | 12| 43.83| 0.66| 0.74| 1.00| 21.31|Door_3 | 109.13| 90.93| 257.59| 0|
390|Male |9762 | 2|Floor_2 | 10| 69.92| 0.81| 0.90| 1.00| 27.92|Door_3 | 126.36| 87.46| 257.87| 0|
391|Male |9346 | 2|Floor_2 | 11| 83.02| 0.58| 0.64| 1.00| 14.41|Door_3 | 88.92| 98.30| 258.39| 0|
392|Male |9644 | 2|Floor_2 | 13| 51.98| 0.58| 0.64| 1.00| 23.54|Door_3 | 82.31| 97.14| 258.74| 0|
393|Male |9442 | 2|Floor_2 | 8| 58.13| 1.02| 1.13| 1.00| 20.37|Door_3 | 153.44| 87.93| 260.01| 0|
394|Male |9463 | 2|Floor_2 | 10| 83.20| 0.83| 0.93| 1.00| 24.60|Door_3 | 119.31| 101.52| 260.04| 0|
395|Male |9130 | 2|Floor_2 | 12| 49.13| 0.76| 0.85| 1.00| 3.02|Door_3 | 140.29| 95.22| 261.05| 0|
396|Male |9521 | 2|Floor_2 | 11| 64.39| 0.75| 0.83| 1.00| 8.18|Door_3 | 122.21| 104.64| 261.29| 0|
397|Male |8673 | 2|Floor_2 | 9| 45.49| 0.89| 0.99| 1.00| 22.35|Door_3 | 140.49| 90.38| 262.24| 0|
398|Male |9711 | 2|Floor_2 | 12| 53.45| 0.60| 0.67| 1.00| 7.05|Door_3 | 98.50| 103.72| 262.69| 0|
399|Male |9885 | 2|Floor_2 | 13| 73.73| 0.60| 0.66| 1.00| 14.00|Door_3 | 118.36| 85.02| 263.02| 0|
400|Male |8934 | 2|Floor_2 | 12| 73.59| 0.70| 0.78| 1.00| 25.77|Door_3 | 115.57| 91.87| 264.17| 0|
401|Male |9313 | 2|Floor_2 | 13| 63.33| 0.69| 0.76| 1.00| 16.25|Door_3 | 133.55| 85.44| 265.87| 0|
402|Male |9108 | 2|Floor_2 | 13| 80.17| 0.88| 0.98| 1.00| 15.76|Door_3 | 158.00| 84.41| 267.39| 0|
403|Male |8945 | 2|Floor_2 | 14| 60.17| 0.71| 0.79| 1.00| 27.05|Door_3 | 115.94| 95.11| 267.83| 0|
404|Male |9819 | 2|Floor_2 | 11| 55.91| 0.72| 0.80| 1.00| 21.37|Door_3 | 141.94| 81.28| 269.18| 0|
405|Male |9484 | 2|Floor_2 | 11| 89.55| 0.58| 0.64| 1.00| 26.15|Door_3 | 112.17| 83.03| 269.25| 0|
406|Male |9873 | 2|Floor_2 | 10| 72.01| 0.55| 0.62| 1.00| 28.17|Door_3 | 107.23| 82.94| 271.07| 0|
407|Male |8865 | 2|Floor_2 | 11| 52.20| 0.70| 0.78| 1.00| 3.58|Door_3 | 143.32| 92.95| 271.19| 0|
408|Male |8591 | 2|Floor_2 | 13| 69.16| 0.98| 1.09| 1.00| 18.94|Door_3 | 173.06| 79.46| 272.75| 0|
409|Male |8660 | 2|Floor_2 | 8| 83.88| 0.92| 1.02| 1.00| 21.76|Door_3 | 158.30| 87.24| 273.15| 0|
410|Male |9605 | 2|Floor_2 | 13| 62.80| 0.81| 0.90| 1.00| 25.23|Door_3 | 155.20| 77.61| 273.21| 0|
411|Male |9286 | 2|Floor_2 | 10| 68.38| 0.85| 0.94| 1.00| 17.99|Door_3 | 171.10| 74.54| 274.88| 0|
412|Male |10234 | 2|Floor_2 | 11| 78.63| 0.90| 1.00| 1.00| 19.75|Door_3 | 180.64| 69.95| 277.70| 0|
413|Male |9986 | 2|Floor_2 | 10| 78.01| 1.06| 1.17| 1.00| 7.29|Door_3 | 196.94| 78.02| 279.34| 0|
414|Male |9581 | 2|Floor_2 | 10| 80.41| 0.56| 0.62| 1.00| 6.71|Door_3 | 113.73| 100.21| 282.14| 0|
415|Male |8661 | 2|Floor_2 | 11| 49.90| 1.06| 1.18| 1.00| 29.68|Door_3 | 164.73|
93.42| 283.47| 0|
416|Male |9027 | 2|Floor_2 | 9| 67.46| 1.04| 1.16| 1.00| 27.36|Door_3 | 163.95| 98.21| 284.63| 0|
417|Male |9412 | 2|Floor_2 | 10| 48.70| 0.75| 0.84| 1.00| 28.40|Door_3 | 160.10| 76.85| 285.10| 0|
418|Male |9481 | 2|Floor_2 | 13| 87.30| 0.76| 0.84| 1.00| 29.02|Door_3 | 151.63| 83.09| 285.29| 0|
419|Male |14229 | 3|Floor_3 | 7| 59.04| 1.03| 1.14| 1.00| 3.32|Door_3 | 184.54| 94.86| 286.80| 0|
420|Male |9279 | 2|Floor_2 | 13| 44.30| 0.63| 0.70| 1.00| 0.16|Door_3 | 144.70| 97.16| 287.39| 0|
421|Male |8590 | 2|Floor_2 | 7| 49.37| 0.80| 0.88| 1.00| 18.97|Door_3 | 162.70| 89.59| 288.55| 0|
422|Male |9576 | 2|Floor_2 | 11| 57.16| 0.94| 1.04| 1.00| 14.50|Door_3 | 169.04| 102.00| 288.90| 0|
423|Male |8729 | 2|Floor_2 | 8| 56.76| 0.60| 0.66| 1.00| 12.93|Door_3 | 145.54| 85.26| 289.66| 0|
321
424|Male |8728 | 2|Floor_2 | 8| 84.16| 1.05| 1.17| 1.00| 19.21|Door_3 | 191.12| 85.83| 291.40| 0|
425|Male |9334 | 2|Floor_2 | 12| 89.19| 0.62| 0.69| 1.00| 24.81|Door_3 | 124.24| 96.81| 291.54| 0|
426|Male |8644 | 2|Floor_2 | 10| 77.22| 1.07| 1.19| 1.00| 18.12|Door_3 | 190.97| 88.32| 292.01| 0|
427|Male |9476 | 2|Floor_2 | 7| 60.15| 0.80| 0.89| 1.00| 21.46|Door_3 | 172.00| 82.99| 292.94| 0|
428|Male |8833 | 2|Floor_2 | 10| 86.78| 0.87| 0.97| 1.00| 7.81|Door_3 | 194.37| 82.37| 294.09| 0|
429|Male |8910 | 2|Floor_2 | 9| 77.93| 0.94| 1.05| 1.00| 27.75|Door_3 | 174.52| 93.12| 298.17| 0|
430|Male |10279 | 2|Floor_2 | 9| 75.64| 0.98| 1.08| 1.00| 25.22|Door_3 | 198.67| 71.58| 298.22| 0|
431|Male |8799 | 2|Floor_2 | 11| 70.71| 0.55| 0.61| 1.00| 22.26|Door_3 | 127.05| 91.92| 300.30| 0|
432|Male |9018 | 2|Floor_2 | 8| 71.74| 0.62| 0.68| 1.00| 14.33|Door_3 | 143.56| 95.78| 300.48| 0|
433|Male |10327 | 2|Floor_2 | 12| 56.20| 0.79| 0.88| 1.00| 24.32|Door_3 | 191.81| 69.64| 300.94| 0|
434|Male |9204 | 2|Floor_2 | 9| 86.40| 0.84| 0.94| 1.00| 3.40|Door_3 | 196.82| 89.54| 301.98| 0|
435|Male |14426 | 3|Floor_3 | 14| 75.37| 0.91| 1.01| 1.00| 10.61|Door_3 | 193.40| 84.65| 302.04| 0|
436|Male |9524 | 2|Floor_2 | 7| 71.67| 0.57| 0.63| 1.00| 18.18|Door_3 | 129.47| 96.70| 302.95| 0|
437|Male |10312 | 2|Floor_2 | 12| 67.11| 1.04| 1.16| 1.00| 27.17|Door_3 | 200.49| 76.41| 303.07| 0|
438|Male |9717 | 2|Floor_2 | 8| 51.88| 0.54| 0.61| 1.00| 24.08|Door_3 | 106.34| 104.36| 303.74| 0|
439|Male |9292 | 2|Floor_2 | 9| 81.09| 0.88| 0.98| 1.00| 24.40|Door_3 | 186.73| 84.79| 304.48| 0|
440|Male |9135 | 2|Floor_2 | 11| 77.32| 0.94| 1.04| 1.00| 25.24|Door_3 | 205.82| 69.94| 305.72| 0|
441|Male |9154 | 2|Floor_2 | 11| 80.54| 0.63| 0.70| 1.00| 15.26|Door_3 | 151.98| 94.52| 305.97| 0|
442|Male |9729 | 2|Floor_2 | 14| 53.07| 0.68| 0.76| 1.00| 23.75|Door_3 | 151.80| 95.65| 306.06| 0|
443|Male |9024 | 2|Floor_2 | 10| 81.77| 0.90| 1.00| 1.00| 5.66|Door_3 | 203.90| 89.32| 306.28| 0|
444|Male |8694 | 2|Floor_2 | 11| 51.79| 0.86| 0.95| 1.00| 16.08|Door_3 | 185.36| 94.97| 307.95| 0|
445|Male |14550 | 3|Floor_3 | 7| 85.07| 0.88| 0.98| 1.00| 7.99|Door_3 | 200.28| 84.53| 307.95| 0|
446|Male |10107 | 2|Floor_2 | 9| 41.10| 0.58| 0.65| 1.00| 17.06|Door_3 | 183.93| 68.95| 309.33| 0|
447|Male |9685 | 2|Floor_2 | 13| 43.93| 1.05| 1.17| 1.00| 29.85|Door_3 | 201.35| 82.93| 310.71| 0|
448|Male |14554 | 3|Floor_3 | 10| 65.74| 0.84| 0.93| 1.00| 9.23|Door_3 | 195.09| 88.52| 311.14| 0|
449|Male |10098 | 2|Floor_2 | 8| 73.03| 0.71| 0.79| 1.00| 23.82|Door_3 | 195.00| 70.50| 312.56| 0|
450|Male |9976 | 2|Floor_2 | 11| 79.42| 0.68| 0.75| 1.00| 19.58|Door_3 | 181.45| 81.16| 313.41| 0|
451|Male |9725 | 2|Floor_2 | 9| 67.53| 0.67| 0.75| 1.00| 10.78|Door_3 | 163.33| 102.24| 314.70| 0|
452|Male |9275 | 2|Floor_2 | 11| 46.72| 0.99| 1.10| 1.00| 22.57|Door_3 | 196.88| 97.05| 315.67| 0|
453|Male |13314 | 3|Floor_3 | 11| 64.31| 0.91| 1.01| 1.00| 0.23|Door_3 | 205.38| 98.06| 316.42| 0|
454|Male |9246 | 2|Floor_2 | 9| 46.62| 0.97| 1.08| 1.00| 19.47|Door_3 | 208.47| 88.95| 318.64| 0|
455|Male |8790 | 2|Floor_2 | 8| 51.99| 1.06| 1.18| 1.00| 12.56|Door_3 | 216.80| 95.56| 319.14| 0|
456|Male |9406 | 2|Floor_2 | 9| 89.52| 1.00| 1.11| 1.00| 2.35|Door_3 | 225.61| 94.91| 321.86| 0|
457|Male |9385 | 2|Floor_2 | 10| 52.89| 1.00| 1.11| 1.00| 26.16|Door_3 | 205.99|
90.62| 321.97| 0|
458|Male |9727 | 2|Floor_2 | 8| 60.31| 0.89| 0.99| 1.00| 14.48|Door_3 | 202.60| 100.00| 324.86| 0|
459|Male |9549 | 2|Floor_2 | 12| 71.74| 0.63| 0.70| 1.00| 12.09|Door_3 | 189.21| 85.00| 325.52| 0|
460|Male |10209 | 2|Floor_2 | 12| 75.11| 0.56| 0.62| 1.00| 29.27|Door_3 | 180.17| 71.50| 325.86| 0|
461|Male |13702 | 3|Floor_3 | 11| 71.56| 0.92| 1.02| 1.00| 10.69|Door_3 | 206.36| 97.35| 326.59| 0|
462|Male |13423 | 3|Floor_3 | 8| 62.49| 0.98| 1.09| 1.00| 0.19|Door_3 | 223.19| 97.92| 327.51| 0|
463|Male |10278 | 2|Floor_2 | 11| 54.59| 0.71| 0.79| 1.00| 23.90|Door_3 | 207.98| 72.14| 327.98| 0|
464|Male |9040 | 2|Floor_2 | 9| 54.07| 0.95| 1.06| 1.00| 25.93|Door_3 | 206.92| 92.55| 328.09| 0|
465|Male |9965 | 2|Floor_2 | 11| 78.37| 0.66| 0.73| 1.00| 29.32|Door_3 | 183.09| 82.47| 328.54| 0|
466|Male |14133 | 3|Floor_3 | 8| 44.17| 0.92| 1.03| 1.00| 11.89|Door_3 | 205.22| 99.33| 329.62| 0|
467|Male |9943 | 2|Floor_2 | 13| 85.66| 0.93| 1.04| 1.00| 24.04|Door_3 | 221.62| 79.66| 329.75| 0|
468|Male |10058 | 2|Floor_2 | 8| 70.43| 0.67| 0.74| 1.00| 26.53|Door_3 | 207.37| 68.40| 329.95| 0|
469|Male |10002 | 2|Floor_2 | 12| 85.09| 0.75| 0.84| 1.00| 21.34|Door_3 | 199.17| 88.12| 331.25| 0|
470|Male |10201 | 2|Floor_2 | 8| 89.55| 0.66| 0.73| 1.00| 28.80|Door_3 | 204.38| 70.58| 332.93| 0|
471|Male |14555 | 3|Floor_3 | 13| 44.47| 0.77| 0.85| 1.00| 4.73|Door_3 | 225.60| 79.76| 333.18| 0|
472|Male |10195 | 2|Floor_2 | 10| 48.67| 0.71| 0.79| 1.00| 25.84|Door_3 | 216.22| 69.85| 335.22| 0|
473|Male |9218 | 2|Floor_2 | 13| 56.37| 0.81| 0.90| 1.00| 8.02|Door_3 | 221.11| 91.95| 337.11| 0|
474|Male |14461 | 3|Floor_3 | 8| 81.38| 0.83| 0.92| 1.00| 15.89|Door_3 | 213.90| 87.98| 337.34| 0|
475|Male |9840 | 2|Floor_2 | 9| 72.57| 0.64| 0.71| 1.00| 28.66|Door_3 | 198.48| 75.73| 337.39| 0|
476|Male |8983 | 2|Floor_2 | 13| 79.42| 1.03| 1.14| 1.00| 8.61|Door_3 | 243.18| 91.08| 340.54| 0|
477|Male |14387 | 3|Floor_3 | 11| 50.75| 1.02| 1.13| 1.00| 11.68|Door_3 | 241.53| 81.70| 341.95| 0|
478|Male |14626 | 3|Floor_3 | 8| 55.49| 0.79| 0.88| 1.00| 11.65|Door_3 | 217.47| 90.52| 343.27| 0|
479|Male |13650 | 3|Floor_3 | 9| 67.38| 0.66| 0.73| 1.00| 5.37|Door_3 | 211.25| 88.82| 343.81| 0|
480|Male |8611 | 2|Floor_2 | 9| 52.57| 0.63| 0.70| 1.00| 28.34|Door_3 | 183.64| 89.71| 344.11| 0|
481|Male |10144 | 2|Floor_2 | 8| 57.97| 0.68| 0.75| 1.00| 18.32|Door_3 | 228.72| 70.80| 345.19| 0|
482|Male |14331 | 3|Floor_3 | 7| 59.16| 0.93| 1.03| 1.00| 11.46|Door_3 | 243.01| 79.79| 345.75| 0|
483|Male |10170 | 2|Floor_2 | 9| 72.55| 0.54| 0.60| 1.00| 29.03|Door_3 | 202.56| 68.51| 345.84| 0|
484|Male |13768 | 3|Floor_3 | 12| 50.68| 1.07| 1.19| 1.00| 15.22|Door_3 | 231.61| 95.14| 346.19| 0|
485|Male |12932 | 3|Floor_3 | 12| 69.30| 1.00| 1.11| 1.00| 5.19|Door_3 | 231.01| 105.21| 347.46| 0|
486|Male |13943 | 3|Floor_3 | 11| 88.85| 1.04| 1.16| 1.00| 11.17|Door_3 | 232.58| 100.35| 347.52| 0|
487|Male |14586 | 3|Floor_3 | 14| 63.50| 0.71| 0.78| 1.00| 4.17|Door_3 | 224.66| 87.04| 347.68| 0|
488|Male |14193 | 3|Floor_3 | 13| 85.27| 1.00| 1.11| 1.00| 3.05|Door_3 | 240.40| 101.13| 349.25| 0|
489|Male |9977 | 2|Floor_2 | 11| 65.72| 0.91| 1.02| 1.00| 11.25|Door_3 | 255.20| 78.63| 350.94| 0|
490|Male |13949 | 3|Floor_3 | 7| 53.46| 0.81| 0.90| 1.00| 2.48|Door_3 | 226.20| 100.53| 351.46| 0|
491|Male |13836 | 3|Floor_3 | 7| 55.24| 0.88| 0.98| 1.00| 7.82|Door_3 | 232.79|
96.61| 353.02| 0|
492|Male |13457 | 3|Floor_3 | 11| 87.23| 1.06| 1.18| 1.00| 25.94|Door_3 | 233.31| 91.77| 353.98| 0|
493|Male |9155 | 2|Floor_2 | 11| 76.27| 0.56| 0.62| 1.00| 11.40|Door_3 | 185.17| 97.27| 354.74| 0|
494|Male |9159 | 2|Floor_2 | 13| 65.19| 0.97| 1.08| 1.00| 3.18|Door_3 | 261.66| 88.70| 355.43| 0|
495|Male |16439 | 4|Floor_4 | 9| 64.15| 0.94| 1.04| 1.00| 2.08|Door_3 | 236.82| 100.14| 356.15| 0|
496|Male |9814 | 2|Floor_2 | 10| 61.93| 1.00| 1.11| 1.00| 26.21|Door_3 | 240.89| 90.97| 356.98| 0|
497|Male |14294 | 3|Floor_3 | 13| 84.18| 0.71| 0.79| 1.00| 13.96|Door_3 | 228.46| 83.90| 357.22| 0|
498|Male |13715 | 3|Floor_3 | 9| 51.08| 1.05| 1.17| 1.00| 20.82|Door_3 | 235.26| 97.41| 358.00| 0|
499|Male |14099 | 3|Floor_3 | 8| 54.55| 0.92| 1.02| 1.00| 10.92|Door_3 | 234.26| 101.35| 359.08| 0|
322
500|Male |9217 | 2|Floor_2 | 14| 76.90| 0.66| 0.73| 1.00| 29.62|Door_3 | 197.74| 95.31| 360.77| 0|
501|Male |14625 | 3|Floor_3 | 12| 70.98| 0.66| 0.74| 1.00| 6.51|Door_3 | 225.35| 90.93| 361.27| 0|
502|Male |13786 | 3|Floor_3 | 11| 55.89| 1.06| 1.17| 1.00| 2.90|Door_3 | 241.02| 119.12| 362.80| 0|
503|Male |9258 | 2|Floor_2 | 11| 86.05| 0.59| 0.65| 1.00| 19.63|Door_3 | 202.69| 92.49| 365.79| 0|
504|Male |13815 | 3|Floor_3 | 9| 60.19| 0.99| 1.10| 1.00| 10.30|Door_3 | 251.76| 99.04| 368.27| 0|
505|Male |13125 | 3|Floor_3 | 8| 79.06| 1.01| 1.12| 1.00| 27.83|Door_3 | 222.43| 112.53| 368.93| 0|
506|Male |13091 | 3|Floor_3 | 11| 62.50| 0.95| 1.06| 1.00| 15.88|Door_3 | 240.27| 104.73| 371.06| 0|
507|Male |12940 | 3|Floor_3 | 7| 65.03| 0.72| 0.80| 1.00| 4.82|Door_3 | 227.63| 106.17| 373.82| 0|
508|Male |9984 | 2|Floor_2 | 8| 43.89| 0.55| 0.62| 1.00| 27.39|Door_3 | 221.19| 80.13| 379.89| 0|
509|Male |13900 | 3|Floor_3 | 13| 67.82| 0.85| 0.95| 1.00| 16.90|Door_3 | 246.77| 98.54| 379.95| 0|
510|Male |13755 | 3|Floor_3 | 11| 83.04| 1.01| 1.12| 1.00| 1.81|Door_3 | 283.67| 89.69| 380.49| 0|
511|Male |14512 | 3|Floor_3 | 13| 71.90| 0.69| 0.77| 1.00| 11.68|Door_3 | 249.12| 87.46| 381.89| 0|
512|Male |14104 | 3|Floor_3 | 14| 67.41| 0.92| 1.02| 1.00| 5.43|Door_3 | 263.27| 102.58| 381.92| 0|
513|Male |14630 | 3|Floor_3 | 10| 50.26| 0.89| 0.99| 1.00| 6.39|Door_3 | 273.89| 87.64| 382.35| 0|
514|Male |14063 | 3|Floor_3 | 11| 47.21| 1.08| 1.20| 1.00| 14.87|Door_3 | 264.19| 103.34| 383.08| 0|
515|Male |13918 | 3|Floor_3 | 11| 69.16| 0.82| 0.91| 1.00| 10.78|Door_3 | 230.79| 119.05| 383.38| 0|
516|Male |13956 | 3|Floor_3 | 7| 75.92| 0.74| 0.82| 1.00| 4.05|Door_3 | 245.85| 103.16| 384.09| 0|
517|Male |14149 | 3|Floor_3 | 9| 59.07| 0.85| 0.94| 1.00| 10.48|Door_3 | 248.44| 107.97| 386.32| 0|
518|Male |13504 | 3|Floor_3 | 7| 76.34| 0.63| 0.70| 1.00| 9.79|Door_3 | 236.45| 95.91| 387.41| 0|
519|Male |14245 | 3|Floor_3 | 11| 50.39| 0.80| 0.89| 1.00| 4.33|Door_3 | 259.26| 100.87| 387.96| 0|
520|Male |13328 | 3|Floor_3 | 9| 48.36| 0.87| 0.96| 1.00| 21.97|Door_3 | 238.53| 111.31| 388.99| 0|
521|Male |9734 | 2|Floor_2 | 11| 57.73| 0.60| 0.67| 1.00| 15.91|Door_3 | 213.45| 105.21| 389.03| 0|
522|Male |14431 | 3|Floor_3 | 9| 62.59| 0.88| 0.97| 1.00| 22.17|Door_3 | 266.54| 85.57| 389.89| 0|
523|Male |13259 | 3|Floor_3 | 12| 85.91| 1.03| 1.14| 1.00| 4.64|Door_3 | 269.30| 114.11| 389.95| 0|
524|Male |14051 | 3|Floor_3 | 10| 46.14| 0.95| 1.06| 1.00| 22.72|Door_3 | 258.88| 99.76| 390.90| 0|
525|Male |10085 | 2|Floor_2 | 8| 80.26| 0.93| 1.03| 1.00| 23.68|Door_3 | 291.54| 70.19| 391.52| 0|
526|Male |12963 | 3|Floor_3 | 9| 57.61| 0.85| 0.94| 1.00| 3.21|Door_3 | 262.92| 105.67| 391.53| 0|
527|Male |13599 | 3|Floor_3 | 7| 83.18| 0.70| 0.78| 1.00| 9.73|Door_3 | 230.51| 112.91| 393.09| 0|
528|Male |13973 | 3|Floor_3 | 8| 47.83| 0.94| 1.04| 1.00| 22.84|Door_3 | 260.94| 99.05| 393.32| 0|
529|Male |14591 | 3|Floor_3 | 13| 70.63| 1.02| 1.13| 1.00| 23.67|Door_3 | 265.83| 99.38| 394.69| 0|
530|Male |14638 | 3|Floor_3 | 9| 58.97| 0.56| 0.62| 1.00| 7.98|Door_3 | 226.05| 99.78| 394.88| 0|
531|Male |13958 | 3|Floor_3 | 8| 68.16| 0.91| 1.01| 1.00| 15.47|Door_3 | 264.10| 105.41| 396.99| 0|
532|Male |13428 | 3|Floor_3 | 11| 53.42| 0.71| 0.79| 1.00| 21.08|Door_3 | 227.45| 111.14| 398.09| 0|
533|Male |12860 | 3|Floor_3 | 7| 50.66| 1.02| 1.13| 1.00| 7.64|Door_3 | 280.36| 1
07.21| 399.60| 0|
534|Male |13716 | 3|Floor_3 | 13| 74.44| 1.04| 1.16| 1.00| 22.81|Door_3 | 278.47| 94.44| 399.93| 0|
535|Male |13356 | 3|Floor_3 | 11| 40.03| 0.89| 0.98| 1.00| 7.99|Door_3 | 266.37| 110.15| 400.17| 0|
536|Male |13765 | 3|Floor_3 | 8| 62.47| 0.56| 0.62| 1.00| 9.59|Door_3 | 244.29| 90.37| 401.05| 0|
537|Male |13789 | 3|Floor_3 | 12| 54.54| 0.85| 0.95| 1.00| 7.88|Door_3 | 259.88| 115.61| 402.18| 0|
538|Male |13632 | 3|Floor_3 | 13| 64.99| 0.68| 0.75| 1.00| 9.68|Door_3 | 258.40| 96.43| 402.63| 0|
539|Male |14137 | 3|Floor_3 | 10| 51.90| 0.62| 0.68| 1.00| 2.74|Door_3 | 237.89| 108.80| 403.56| 0|
540|Male |13909 | 3|Floor_3 | 13| 69.67| 0.65| 0.72| 1.00| 17.79|Door_3 | 240.17| 102.36| 405.71| 0|
541|Male |13213 | 3|Floor_3 | 12| 58.37| 0.71| 0.79| 1.00| 29.28|Door_3 | 238.65| 103.27| 406.14| 0|
542|Male |13901 | 3|Floor_3 | 10| 45.35| 0.76| 0.85| 1.00| 19.11|Door_3 | 268.37| 94.33| 407.86| 0|
543|Male |14293 | 3|Floor_3 | 7| 56.34| 0.68| 0.75| 1.00| 8.90|Door_3 | 282.51| 83.44| 408.29| 0|
544|Male |13530 | 3|Floor_3 | 8| 77.43| 1.00| 1.11| 1.00| 17.96|Door_3 | 270.46| 113.76| 408.33| 0|
545|Male |13890 | 3|Floor_3 | 14| 47.98| 0.65| 0.72| 1.00| 23.63|Door_3 | 233.16| 105.73| 409.68| 0|
546|Male |13790 | 3|Floor_3 | 10| 56.81| 1.07| 1.19| 1.00| 22.14|Door_3 | 268.02| 122.22| 410.19| 0|
547|Male |13180 | 3|Floor_3 | 9| 45.18| 1.02| 1.14| 1.00| 10.81|Door_3 | 292.11| 105.40| 411.27| 0|
548|Male |13874 | 3|Floor_3 | 13| 82.84| 0.76| 0.85| 1.00| 4.11|Door_3 | 285.34| 95.65| 411.99| 0|
549|Male |13442 | 3|Floor_3 | 12| 67.02| 0.91| 1.01| 1.00| 22.41|Door_3 | 267.55| 112.55| 414.61| 0|
550|Male |13776 | 3|Floor_3 | 9| 69.86| 0.75| 0.83| 1.00| 13.64|Door_3 | 271.91| 100.14| 415.39| 0|
551|Male |12944 | 3|Floor_3 | 10| 46.89| 1.00| 1.11| 1.00| 0.23|Door_3 | 304.66| 105.92| 417.72| 0|
552|Male |13529 | 3|Floor_3 | 7| 47.40| 0.87| 0.97| 1.00| 28.91|Door_3 | 253.22| 118.53| 417.75| 0|
553|Male |14262 | 3|Floor_3 | 11| 55.79| 0.89| 0.98| 1.00| 23.07|Door_3 | 271.36| 107.55| 417.92| 0|
554|Male |13525 | 3|Floor_3 | 11| 70.25| 1.04| 1.15| 1.00| 2.93|Door_3 | 290.78| 124.71| 418.86| 0|
555|Male |13372 | 3|Floor_3 | 7| 76.20| 0.98| 1.09| 1.00| 11.68|Door_3 | 285.99| 116.70| 419.84| 0|
556|Male |14180 | 3|Floor_3 | 11| 89.90| 0.80| 0.88| 1.00| 20.90|Door_3 | 268.49| 105.29| 419.84| 0|
557|Male |12884 | 3|Floor_3 | 13| 73.41| 0.80| 0.89| 1.00| 8.01|Door_3 | 281.51| 106.56| 420.05| 0|
558|Male |14207 | 3|Floor_3 | 8| 70.12| 1.05| 1.17| 1.00| 21.37|Door_3 | 294.09| 102.22| 420.28| 0|
559|Male |13219 | 3|Floor_3 | 13| 40.50| 1.01| 1.12| 1.00| 8.66|Door_3 | 307.79| 100.32| 422.72| 0|
560|Male |14124 | 3|Floor_3 | 12| 63.25| 0.69| 0.76| 1.00| 28.30|Door_3 | 257.99| 103.01| 428.48| 0|
561|Male |13435 | 3|Floor_3 | 11| 72.51| 0.57| 0.63| 1.00| 9.55|Door_3 | 243.15| 111.17| 429.43| 0|
562|Male |12913 | 3|Floor_3 | 12| 81.87| 0.77| 0.86| 1.00| 9.84|Door_3 | 289.68| 103.09| 430.67| 0|
563|Male |13474 | 3|Floor_3 | 7| 50.19| 0.61| 0.67| 1.00| 9.94|Door_3 | 243.98| 116.89| 431.04| 0|
564|Male |13268 | 3|Floor_3 | 13| 87.72| 1.00| 1.11| 1.00| 6.27|Door_3 | 309.19| 109.59| 431.09| 0|
565|Male |14664 | 3|Floor_3 | 14| 80.51| 0.63| 0.70| 1.00| 5.41|Door_3 | 291.36| 91.63| 432.55| 0|
566|Male |14521 | 3|Floor_3 | 11| 56.70| 0.75| 0.84| 1.00| 9.84|Door_3 | 307.26| 88.09| 432.59| 0|
567|Male |14155 | 3|Floor_3 | 7| 64.95| 0.79| 0.88| 1.00| 17.97|Door_3 | 286.70| 10
4.56| 434.91| 0|
568|Male |13820 | 3|Floor_3 | 13| 77.37| 1.06| 1.18| 1.00| 16.90|Door_3 | 319.33| 96.21| 435.21| 0|
569|Male |13037 | 3|Floor_3 | 10| 55.98| 1.03| 1.14| 1.00| 9.04|Door_3 | 315.26| 109.37| 436.09| 0|
570|Male |13109 | 3|Floor_3 | 9| 69.82| 0.93| 1.03| 1.00| 15.83|Door_3 | 304.46| 106.49| 437.59| 0|
571|Male |13003 | 3|Floor_3 | 14| 73.42| 0.84| 0.94| 1.00| 9.30|Door_3 | 300.29| 110.42| 440.35| 0|
572|Male |13723 | 3|Floor_3 | 8| 86.42| 1.08| 1.20| 1.00| 19.35|Door_3 | 300.59| 121.61| 440.36| 0|
573|Male |13215 | 3|Floor_3 | 10| 59.49| 0.62| 0.69| 1.00| 16.29|Door_3 | 264.70| 107.91| 441.64| 0|
574|Male |13093 | 3|Floor_3 | 14| 68.71| 0.97| 1.08| 1.00| 26.42|Door_3 | 300.67| 105.96| 442.06| 0|
575|Male |13270 | 3|Floor_3 | 13| 87.41| 0.87| 0.96| 1.00| 8.40|Door_3 | 310.22| 107.17| 443.25| 0|
323
576|Male |14070 | 3|Floor_3 | 7| 58.14| 0.66| 0.73| 1.00| 2.96|Door_3 | 264.84| 123.66| 443.97| 0|
577|Male |13734 | 3|Floor_3 | 9| 81.85| 0.87| 0.97| 1.00| 0.56|Door_3 | 314.16| 112.82| 444.16| 0|
578|Male |13398 | 3|Floor_3 | 14| 57.67| 0.68| 0.75| 1.00| 25.22|Door_3 | 264.72| 112.76| 446.82| 0|
579|Male |13528 | 3|Floor_3 | 14| 41.97| 1.05| 1.17| 1.00| 7.39|Door_3 | 330.87| 110.11| 449.63| 0|
580|Male |13903 | 3|Floor_3 | 11| 70.31| 0.59| 0.65| 1.00| 13.55|Door_3 | 280.69| 100.46| 450.84| 0|
581|Male |14546 | 3|Floor_3 | 9| 72.04| 0.73| 0.81| 1.00| 18.81|Door_3 | 314.57| 88.09| 451.06| 0|
582|Male |13441 | 3|Floor_3 | 8| 80.20| 0.95| 1.06| 1.00| 4.62|Door_3 | 324.58| 113.57| 452.15| 0|
583|Male |13492 | 3|Floor_3 | 10| 62.26| 0.69| 0.77| 1.00| 16.54|Door_3 | 280.47| 113.29| 452.86| 0|
584|Male |14233 | 3|Floor_3 | 8| 73.56| 0.78| 0.87| 1.00| 27.36|Door_3 | 299.80| 104.11| 456.96| 0|
585|Male |14174 | 3|Floor_3 | 9| 42.10| 0.69| 0.77| 1.00| 10.17|Door_3 | 319.86| 92.23| 456.97| 0|
586|Male |13603 | 3|Floor_3 | 13| 42.63| 0.90| 1.00| 1.00| 25.80|Door_3 | 308.87| 109.89| 457.37| 0|
587|Male |14039 | 3|Floor_3 | 8| 52.39| 0.68| 0.75| 1.00| 20.34|Door_3 | 287.11| 108.36| 458.85| 0|
588|Male |13696 | 3|Floor_3 | 13| 50.04| 1.07| 1.18| 1.00| 19.53|Door_3 | 344.46| 93.96| 459.98| 0|
589|Male |13256 | 3|Floor_3 | 10| 58.28| 0.70| 0.78| 1.00| 12.82|Door_3 | 295.27| 112.74| 460.77| 0|
590|Male |13145 | 3|Floor_3 | 9| 47.40| 0.74| 0.82| 1.00| 20.99|Door_3 | 292.24| 112.99| 460.94| 0|
591|Male |10205 | 2|Floor_2 | 13| 47.27| 1.03| 1.15| 1.00| 15.02|Door_3 | 376.75| 70.26| 461.88| 0|
592|Male |13793 | 3|Floor_3 | 8| 72.63| 0.57| 0.63| 1.00| 2.02|Door_3 | 264.82| 122.84| 462.33| 0|
593|Male |14078 | 3|Floor_3 | 7| 42.62| 0.64| 0.71| 1.00| 28.07|Door_3 | 252.13| 126.02| 463.30| 0|
594|Male |14134 | 3|Floor_3 | 11| 50.60| 0.71| 0.79| 1.00| 21.33|Door_3 | 300.52| 104.87| 463.43| 0|
595|Male |14225 | 3|Floor_3 | 10| 80.90| 0.78| 0.86| 1.00| 19.93|Door_3 | 310.87| 105.47| 463.99| 0|
596|Male |13792 | 3|Floor_3 | 7| 48.25| 0.79| 0.88| 1.00| 9.35|Door_3 | 307.45| 120.97| 465.04| 0|
597|Male |14505 | 3|Floor_3 | 12| 67.01| 0.65| 0.72| 1.00| 9.31|Door_3 | 328.69| 89.60| 467.66| 0|
598|Male |16608 | 4|Floor_4 | 13| 81.67| 1.07| 1.19| 1.00| 6.17|Door_3 | 350.24| 104.56| 468.09| 0|
599|Male |14005 | 3|Floor_3 | 12| 41.14| 0.71| 0.79| 1.00| 27.31|Door_3 | 279.58| 123.20| 470.38| 0|
600|Male |13982 | 3|Floor_3 | 11| 80.35| 1.00| 1.11| 1.00| 20.65|Door_3 | 340.18| 102.96| 470.40| 0|
601|Male |14432 | 3|Floor_3 | 9| 64.87| 0.58| 0.65| 1.00| 22.14|Door_3 | 307.59| 89.71| 470.68| 0|
602|Male |13952 | 3|Floor_3 | 8| 78.03| 0.92| 1.02| 1.00| 6.44|Door_3 | 353.21| 99.24| 472.07| 0|
603|Male |13388 | 3|Floor_3 | 14| 61.55| 0.67| 0.74| 1.00| 14.42|Door_3 | 298.76| 113.26| 472.52| 0|
604|Male |13106 | 3|Floor_3 | 7| 70.12| 0.72| 0.80| 1.00| 24.21|Door_3 | 306.27| 109.44| 475.45| 0|
605|Male |13563 | 3|Floor_3 | 13| 61.50| 0.83| 0.92| 1.00| 5.02|Door_3 | 362.24| 88.81| 476.21| 0|
606|Male |14538 | 3|Floor_3 | 13| 80.61| 0.82| 0.92| 1.00| 28.76|Door_3 | 337.13| 91.82| 478.60| 0|
607|Male |14466 | 3|Floor_3 | 10| 58.93| 0.70| 0.77| 1.00| 16.79|Door_3 | 336.63| 91.15| 478.74| 0|
608|Male |15191 | 4|Floor_4 | 12| 53.19| 0.97| 1.07| 1.00| 1.57|Door_3 | 348.91| 116.09| 480.53| 0|
609|Male |12888 | 3|Floor_3 | 8| 83.70| 0.81| 0.91| 1.00| 23.06|Door_3 | 325.03| 11
0.57| 481.86| 0|
610|Male |13471 | 3|Floor_3 | 13| 53.94| 0.55| 0.61| 1.00| 8.95|Door_3 | 278.15| 118.81| 483.31| 0|
611|Male |16354 | 4|Floor_4 | 11| 87.39| 0.94| 1.05| 1.00| 8.67|Door_3 | 356.59| 102.06| 483.68| 0|
612|Male |14170 | 3|Floor_3 | 10| 84.99| 0.74| 0.82| 1.00| 27.75|Door_3 | 330.68| 97.30| 485.25| 0|
613|Male |16249 | 4|Floor_4 | 12| 59.92| 0.61| 0.68| 1.00| 13.53|Door_3 | 323.60| 97.07| 485.27| 0|
614|Male |13913 | 3|Floor_3 | 14| 64.93| 0.69| 0.76| 1.00| 25.31|Door_3 | 301.75| 116.92| 487.00| 0|
615|Male |14123 | 3|Floor_3 | 9| 85.69| 0.55| 0.61| 1.00| 15.14|Door_3 | 304.15| 103.95| 488.69| 0|
616|Male |16562 | 4|Floor_4 | 8| 87.76| 0.89| 0.98| 1.00| 5.74|Door_3 | 352.81| 109.25| 489.86| 0|
617|Male |13663 | 3|Floor_3 | 14| 86.03| 0.87| 0.96| 1.00| 25.24|Door_3 | 328.51| 119.36| 490.81| 0|
618|Male |13059 | 3|Floor_3 | 8| 67.53| 1.08| 1.20| 1.00| 7.27|Door_3 | 379.96| 102.48| 490.82| 0|
619|Male |13463 | 3|Floor_3 | 10| 55.95| 0.62| 0.69| 1.00| 28.05|Door_3 | 298.62| 111.15| 492.27| 0|
620|Male |13158 | 3|Floor_3 | 14| 82.76| 0.56| 0.62| 1.00| 25.29|Door_3 | 282.28| 114.23| 492.36| 0|
621|Male |14025 | 3|Floor_3 | 13| 43.21| 0.81| 0.90| 1.00| 10.11|Door_3 | 359.08| 100.77| 492.45| 0|
622|Male |13591 | 3|Floor_3 | 9| 89.51| 0.97| 1.07| 1.00| 17.71|Door_3 | 352.16| 116.50| 493.92| 0|
623|Male |13325 | 3|Floor_3 | 12| 75.85| 0.58| 0.65| 1.00| 26.31|Door_3 | 299.82| 107.50| 494.71| 0|
624|Male |14002 | 3|Floor_3 | 11| 72.08| 0.71| 0.79| 1.00| 21.84|Door_3 | 310.87| 122.09| 495.82| 0|
625|Male |13582 | 3|Floor_3 | 10| 89.45| 1.07| 1.19| 1.00| 23.97|Door_3 | 361.19| 114.24| 497.25| 0|
626|Male |16684 | 4|Floor_4 | 12| 48.54| 0.89| 0.99| 1.00| 1.42|Door_3 | 368.91| 106.56| 497.71| 0|
627|Male |13613 | 3|Floor_3 | 9| 56.05| 0.60| 0.67| 1.00| 21.45|Door_3 | 300.55| 115.23| 498.10| 0|
628|Male |13371 | 3|Floor_3 | 14| 69.16| 1.07| 1.19| 1.00| 11.03|Door_3 | 380.38| 109.33| 499.42| 0|
629|Male |14071 | 3|Floor_3 | 13| 69.94| 0.54| 0.60| 1.00| 14.37|Door_3 | 287.94| 119.65| 500.36| 0|
630|Male |14192 | 3|Floor_3 | 10| 65.16| 0.78| 0.87| 1.00| 20.28|Door_3 | 356.04| 99.37| 501.84| 0|
631|Male |13919 | 3|Floor_3 | 14| 85.40| 0.59| 0.66| 1.00| 25.38|Door_3 | 288.43| 122.50| 502.36| 0|
632|Male |14668 | 3|Floor_3 | 11| 79.62| 0.62| 0.68| 1.00| 24.53|Door_3 | 337.87| 94.06| 503.50| 0|
633|Male |13664 | 3|Floor_3 | 14| 53.55| 0.67| 0.74| 1.00| 23.91|Door_3 | 312.38| 120.00| 504.18| 0|
634|Male |12855 | 3|Floor_3 | 9| 75.52| 0.82| 0.92| 1.00| 16.18|Door_3 | 369.11| 99.24| 504.68| 0|
635|Male |16247 | 4|Floor_4 | 8| 72.96| 0.74| 0.83| 1.00| 10.73|Door_3 | 367.86| 95.82| 507.04| 0|
636|Male |12861 | 3|Floor_3 | 7| 66.98| 0.84| 0.93| 1.00| 28.38|Door_3 | 354.35| 104.12| 507.42| 0|
637|Male |14058 | 3|Floor_3 | 10| 45.59| 0.88| 0.98| 1.00| 23.72|Door_3 | 369.57| 99.63| 508.13| 0|
638|Male |13844 | 3|Floor_3 | 8| 42.06| 0.55| 0.61| 1.00| 3.68|Door_3 | 305.84| 121.61| 508.52| 0|
639|Male |15976 | 4|Floor_4 | 10| 85.40| 0.89| 0.99| 1.00| 10.78|Door_3 | 366.82| 111.80| 509.85| 0|
640|Male |13113 | 3|Floor_3 | 7| 42.98| 0.83| 0.92| 1.00| 23.10|Door_3 | 347.40| 117.81| 511.37| 0|
641|Male |14079 | 3|Floor_3 | 10| 73.99| 0.57| 0.63| 1.00| 18.03|Door_3 | 290.54| 128.08| 512.84| 0|
642|Male |16050 | 4|Floor_4 | 9| 49.80| 1.03| 1.14| 1.00| 12.16|Door_3 | 381.23| 109.58| 512.92| 0|
643|Male |13489 | 3|Floor_3 | 10| 45.75| 0.71| 0.79| 1.00| 23.42|Door_3 | 341.56| 112
.31| 514.47| 0|
644|Male |16222 | 4|Floor_4 | 9| 65.40| 1.05| 1.17| 1.00| 4.81|Door_3 | 388.85| 114.42| 514.68| 0|
645|Male |13487 | 3|Floor_3 | 7| 40.57| 0.61| 0.68| 1.00| 14.99|Door_3 | 332.55| 113.04| 517.10| 0|
646|Male |13552 | 3|Floor_3 | 11| 74.66| 0.82| 0.92| 1.00| 13.54|Door_3 | 374.59| 108.44| 517.57| 0|
647|Male |13596 | 3|Floor_3 | 8| 56.20| 0.94| 1.05| 1.00| 16.04|Door_3 | 369.20| 124.04| 517.60| 0|
648|Male |13124 | 3|Floor_3 | 10| 82.72| 0.59| 0.65| 1.00| 24.09|Door_3 | 335.23| 104.17| 521.47| 0|
649|Male |14244 | 3|Floor_3 | 10| 54.98| 0.98| 1.09| 1.00| 26.31|Door_3 | 390.91| 96.82| 521.60| 0|
650|Male |14228 | 3|Floor_3 | 9| 62.39| 0.89| 0.98| 1.00| 13.57|Door_3 | 395.30| 97.82| 522.03| 0|
651|Male |13016 | 3|Floor_3 | 12| 54.99| 0.96| 1.06| 1.00| 23.34|Door_3 | 377.31| 113.76| 523.33| 0|
324
652|Male |15473 | 4|Floor_4 | 11| 49.85| 0.96| 1.07| 1.00| 4.33|Door_3 | 399.96| 105.44| 523.99| 0|
653|Male |13884 | 3|Floor_3 | 9| 40.14| 0.65| 0.72| 1.00| 25.23|Door_3 | 358.24| 98.46| 524.78| 0|
654|Male |13787 | 3|Floor_3 | 11| 45.50| 0.54| 0.60| 1.00| 13.38|Door_3 | 307.50| 123.80| 525.40| 0|
655|Male |13437 | 3|Floor_3 | 8| 63.97| 0.75| 0.84| 1.00| 27.17|Door_3 | 356.69| 111.26| 526.25| 0|
656|Male |13879 | 3|Floor_3 | 10| 76.65| 0.94| 1.04| 1.00| 16.36|Door_3 | 400.82| 99.47| 526.94| 0|
657|Male |14701 | 3|Floor_3 | 10| 47.62| 1.02| 1.14| 1.00| 27.15|Door_3 | 402.68| 92.85| 527.45| 0|
658|Male |13156 | 3|Floor_3 | 8| 71.02| 0.79| 0.88| 1.00| 25.27|Door_3 | 361.60| 114.21| 528.00| 0|
659|Male |13200 | 3|Floor_3 | 12| 40.75| 0.87| 0.97| 1.00| 19.15|Door_3 | 381.21| 112.88| 528.93| 0|
660|Male |13019 | 3|Floor_3 | 7| 51.65| 0.99| 1.10| 1.00| 23.41|Door_3 | 388.51| 112.94| 529.42| 0|
661|Male |13451 | 3|Floor_3 | 7| 44.86| 0.98| 1.09| 1.00| 22.06|Door_3 | 404.58| 96.97| 529.93| 0|
662|Male |14132 | 3|Floor_3 | 7| 64.85| 0.59| 0.65| 1.00| 22.26|Door_3 | 358.53| 96.11| 530.98| 0|
663|Male |13728 | 3|Floor_3 | 8| 44.08| 0.73| 0.81| 1.00| 17.59|Door_3 | 355.34| 121.64| 531.69| 0|
664|Male |13886 | 3|Floor_3 | 10| 80.50| 0.93| 1.03| 1.00| 21.65|Door_3 | 402.85| 97.50| 533.46| 0|
665|Male |13946 | 3|Floor_3 | 13| 86.67| 0.88| 0.97| 1.00| 11.06|Door_3 | 405.94| 100.83| 533.80| 0|
666|Male |13072 | 3|Floor_3 | 10| 88.36| 0.60| 0.67| 1.00| 4.82|Door_3 | 348.61| 119.03| 535.12| 0|
667|Male |14115 | 3|Floor_3 | 7| 67.63| 0.85| 0.94| 1.00| 11.56|Door_3 | 409.18| 96.88| 535.49| 0|
668|Male |13542 | 3|Floor_3 | 9| 48.78| 0.69| 0.77| 1.00| 1.34|Door_3 | 392.60| 103.59| 535.53| 0|
669|Male |16353 | 4|Floor_4 | 10| 63.86| 0.64| 0.71| 1.00| 12.60|Door_3 | 380.16| 96.87| 536.08| 0|
670|Male |13669 | 3|Floor_3 | 13| 42.10| 0.94| 1.05| 1.00| 4.52|Door_3 | 412.73| 111.52| 537.59| 0|
671|Male |14117 | 3|Floor_3 | 11| 86.10| 0.65| 0.72| 1.00| 9.90|Door_3 | 369.30| 110.02| 537.62| 0|
672|Male |13293 | 3|Floor_3 | 12| 70.24| 0.62| 0.69| 1.00| 8.87|Door_3 | 368.10| 108.06| 538.20| 0|
673|Male |13376 | 3|Floor_3 | 14| 64.22| 1.02| 1.14| 1.00| 3.98|Door_3 | 419.97| 113.18| 538.89| 0|
674|Male |13752 | 3|Floor_3 | 14| 88.60| 0.82| 0.91| 1.00| 9.50|Door_3 | 407.11| 101.78| 539.50| 0|
675|Male |14072 | 3|Floor_3 | 8| 66.93| 0.68| 0.76| 1.00| 25.13|Door_3 | 349.70| 120.27| 540.26| 0|
676|Male |13189 | 3|Floor_3 | 10| 47.32| 0.66| 0.73| 1.00| 5.25|Door_3 | 385.77| 105.64| 540.52| 0|
677|Male |13491 | 3|Floor_3 | 9| 53.04| 0.95| 1.05| 1.00| 13.36|Door_3 | 413.96| 105.99| 542.75| 0|
678|Male |13668 | 3|Floor_3 | 12| 52.40| 0.89| 0.99| 1.00| 28.30|Door_3 | 386.37| 114.97| 544.20| 0|
679|Male |13769 | 3|Floor_3 | 8| 86.19| 0.66| 0.74| 1.00| 21.94|Door_3 | 404.57| 83.03| 545.09| 0|
680|Male |13450 | 3|Floor_3 | 12| 67.01| 0.71| 0.79| 1.00| 16.29|Door_3 | 389.89| 103.27| 546.15| 0|
681|Male |14031 | 3|Floor_3 | 13| 62.14| 0.82| 0.91| 1.00| 0.08|Door_3 | 424.29| 100.07| 546.70| 0|
682|Male |13316 | 3|Floor_3 | 11| 45.65| 0.70| 0.77| 1.00| 20.80|Door_3 | 386.06| 104.30| 548.92| 0|
683|Male |13714 | 3|Floor_3 | 10| 48.76| 0.77| 0.86| 1.00| 21.77|Door_3 | 407.74| 95.89| 551.74| 0|
684|Male |13048 | 3|Floor_3 | 7| 82.09| 0.94| 1.05| 1.00| 11.94|Door_3 | 422.28| 107.98| 552.78| 0|
685|Male |16057 | 4|Floor_4 | 13| 54.94| 0.86| 0.96| 1.00| 1.34|Door_3 | 417.05| 11
1.64| 553.80| 0|
686|Male |13593 | 3|Floor_3 | 10| 60.18| 0.58| 0.64| 1.00| 12.11|Door_3 | 352.46| 122.04| 556.86| 0|
687|Male |14436 | 3|Floor_3 | 14| 68.95| 0.87| 0.97| 1.00| 24.67|Door_3 | 434.57| 83.95| 557.81| 0|
688|Male |14249 | 3|Floor_3 | 12| 76.13| 0.95| 1.06| 1.00| 13.02|Door_3 | 438.50| 97.24| 558.47| 0|
689|Male |12939 | 3|Floor_3 | 8| 63.37| 0.68| 0.76| 1.00| 28.38|Door_3 | 379.96| 109.42| 558.64| 0|
690|Male |14194 | 3|Floor_3 | 11| 44.43| 0.93| 1.03| 1.00| 28.47|Door_3 | 415.23| 106.08| 560.06| 0|
691|Male |13081 | 3|Floor_3 | 12| 80.36| 1.01| 1.12| 1.00| 13.95|Door_3 | 433.73| 107.98| 560.79| 0|
692|Male |15780 | 4|Floor_4 | 11| 42.45| 1.03| 1.14| 1.00| 3.94|Door_3 | 436.12| 110.40| 561.10| 0|
693|Male |14507 | 3|Floor_3 | 13| 63.78| 0.95| 1.06| 1.00| 26.96|Door_3 | 434.76| 88.92| 561.64| 0|
694|Male |13485 | 3|Floor_3 | 9| 54.31| 0.87| 0.97| 1.00| 10.84|Door_3 | 427.80| 107.95| 562.56| 0|
695|Male |16468 | 4|Floor_4 | 13| 73.59| 1.03| 1.15| 1.00| 4.33|Door_3 | 436.40| 111.18| 563.12| 0|
696|Male |15984 | 4|Floor_4 | 7| 74.37| 0.91| 1.01| 1.00| 16.46|Door_3 | 414.09| 113.88| 564.08| 0|
697|Male |16556 | 4|Floor_4 | 13| 80.64| 0.86| 0.95| 1.00| 8.49|Door_3 | 428.03| 106.24| 565.27| 0|
698|Male |13168 | 3|Floor_3 | 14| 51.73| 0.78| 0.87| 1.00| 5.31|Door_3 | 437.60| 98.43| 565.85| 0|
699|Male |14054 | 3|Floor_3 | 7| 52.95| 0.60| 0.67| 1.00| 16.07|Door_3 | 389.58| 104.97| 566.58| 0|
700|Male |13402 | 3|Floor_3 | 10| 69.68| 0.72| 0.80| 1.00| 28.04|Door_3 | 415.79| 91.91| 567.53| 0|
701|Male |14030 | 3|Floor_3 | 9| 48.88| 0.71| 0.79| 1.00| 18.85|Door_3 | 408.56| 104.97| 568.16| 0|
702|Male |14239 | 3|Floor_3 | 13| 58.91| 1.07| 1.19| 1.00| 22.80|Door_3 | 462.13| 79.64| 568.43| 0|
703|Male |13737 | 3|Floor_3 | 11| 48.25| 1.04| 1.15| 1.00| 3.20|Door_3 | 451.05| 114.54| 568.78| 0|
704|Male |13572 | 3|Floor_3 | 9| 46.99| 0.98| 1.09| 1.00| 25.07|Door_3 | 436.03| 101.78| 569.98| 0|
705|Male |13427 | 3|Floor_3 | 13| 61.64| 0.68| 0.76| 1.00| 16.86|Door_3 | 398.27| 113.05| 570.72| 0|
706|Male |13253 | 3|Floor_3 | 9| 46.26| 0.78| 0.87| 1.00| 22.92|Door_3 | 408.27| 112.80| 571.83| 0|
707|Male |16313 | 4|Floor_4 | 10| 78.05| 0.82| 0.91| 1.00| 0.77|Door_3 | 454.39| 94.70| 574.22| 0|
708|Male |16509 | 4|Floor_4 | 7| 79.94| 0.96| 1.07| 1.00| 7.81|Door_3 | 449.85| 102.79| 574.76| 0|
709|Male |15973 | 4|Floor_4 | 14| 82.70| 1.03| 1.15| 1.00| 13.10|Door_3 | 433.24| 121.23| 576.22| 0|
710|Male |14097 | 3|Floor_3 | 8| 82.74| 0.76| 0.85| 1.00| 25.18|Door_3 | 420.14| 102.85| 576.23| 0|
711|Male |14671 | 3|Floor_3 | 14| 45.90| 1.00| 1.11| 1.00| 25.12|Door_3 | 451.75| 95.17| 577.67| 0|
712|Male |14367 | 3|Floor_3 | 10| 87.12| 0.96| 1.07| 1.00| 27.75|Door_3 | 455.00| 87.26| 578.30| 0|
713|Male |13749 | 3|Floor_3 | 11| 67.66| 0.89| 0.99| 1.00| 17.54|Door_3 | 444.02| 103.79| 580.51| 0|
714|Male |15890 | 4|Floor_4 | 10| 53.45| 1.00| 1.12| 1.00| 3.98|Door_3 | 446.56| 121.69| 583.40| 0|
715|Male |13068 | 3|Floor_3 | 13| 89.89| 0.77| 0.86| 1.00| 9.44|Door_3 | 440.41| 106.38| 584.27| 0|
716|Male |14359 | 3|Floor_3 | 10| 66.29| 0.55| 0.61| 1.00| 23.04|Door_3 | 414.52| 89.59| 584.60| 0|
717|Male |13007 | 3|Floor_3 | 13| 50.47| 0.74| 0.82| 1.00| 28.28|Door_3 | 412.03| 111.83| 585.18| 0|
718|Male |16278 | 4|Floor_4 | 13| 70.34| 0.95| 1.05| 1.00| 2.99|Door_3 | 449.61| 119.00| 586.43| 0|
719|Male |14592 | 3|Floor_3 | 12| 76.88| 0.65| 0.72| 1.00| 23.02|Door_3 | 432.54| 9
1.33| 587.42| 0|
720|Male |15579 | 4|Floor_4 | 13| 40.81| 0.88| 0.98| 1.00| 12.22|Door_3 | 437.18| 115.66| 587.45| 0|
721|Male |15742 | 4|Floor_4 | 9| 84.14| 0.95| 1.06| 1.00| 9.59|Door_3 | 427.32| 136.75| 587.94| 0|
722|Male |16305 | 4|Floor_4 | 14| 84.75| 1.04| 1.16| 1.00| 7.82|Door_3 | 446.78| 128.14| 589.75| 0|
723|Male |13821 | 3|Floor_3 | 13| 54.35| 0.64| 0.71| 1.00| 22.03|Door_3 | 418.28| 103.24| 590.25| 0|
724|Male |13482 | 3|Floor_3 | 10| 72.24| 0.78| 0.87| 1.00| 27.70|Door_3 | 422.52| 112.96| 590.68| 0|
725|Male |16195 | 4|Floor_4 | 8| 77.08| 1.04| 1.16| 1.00| 11.89|Door_3 | 447.13| 125.59| 591.07| 0|
726|Male |13218 | 3|Floor_3 | 13| 83.29| 0.77| 0.85| 1.00| 20.90|Door_3 | 432.65| 109.35| 591.80| 0|
727|Male |14633 | 3|Floor_3 | 14| 75.81| 0.91| 1.02| 1.00| 16.68|Door_3 | 473.64| 89.91| 592.29| 0|
325
728|Male |13350 | 3|Floor_3 | 8| 59.63| 0.90| 1.00| 1.00| 15.90|Door_3 | 458.10| 105.66| 592.93| 0|
729|Male |13150 | 3|Floor_3 | 7| 41.68| 0.59| 0.65| 1.00| 3.46|Door_3 | 408.50| 116.51| 593.23| 0|
730|Male |15752 | 4|Floor_4 | 13| 42.62| 0.99| 1.11| 1.00| 2.30|Door_3 | 446.35| 135.69| 594.26| 0|
731|Male |16164 | 4|Floor_4 | 10| 62.48| 0.94| 1.04| 1.00| 0.72|Door_3 | 466.35| 112.71| 594.29| 0|
732|Male |14077 | 3|Floor_3 | 13| 84.87| 0.86| 0.95| 1.00| 6.80|Door_3 | 456.30| 115.82| 596.52| 0|
733|Male |12962 | 3|Floor_3 | 13| 73.21| 0.81| 0.90| 1.00| 28.53|Door_3 | 438.27| 108.91| 598.53| 0|
734|Male |15778 | 4|Floor_4 | 11| 88.72| 1.04| 1.16| 1.00| 4.25|Door_3 | 479.89| 109.60| 600.87| 0|
735|Male |16126 | 4|Floor_4 | 13| 45.11| 0.94| 1.04| 1.00| 20.35|Door_3 | 446.40| 117.09| 601.49| 0|
736|Male |15859 | 4|Floor_4 | 11| 84.63| 1.03| 1.15| 1.00| 15.05|Door_3 | 442.76| 138.39| 602.58| 0|
737|Male |16474 | 4|Floor_4 | 9| 71.35| 0.65| 0.72| 1.00| 0.69|Door_3 | 447.53| 106.05| 603.16| 0|
738|Male |13397 | 3|Floor_3 | 9| 53.91| 1.00| 1.11| 1.00| 28.27|Door_3 | 464.20| 110.58| 606.47| 0|
739|Male |15519 | 4|Floor_4 | 12| 88.89| 1.07| 1.19| 1.00| 10.06|Door_3 | 475.96| 114.26| 607.17| 0|
740|Male |13637 | 3|Floor_3 | 10| 58.65| 0.59| 0.65| 1.00| 24.73|Door_3 | 425.30| 101.69| 608.05| 0|
741|Male |13750 | 3|Floor_3 | 13| 89.95| 0.95| 1.06| 1.00| 9.25|Door_3 | 485.20| 105.33| 608.68| 0|
742|Male |15447 | 4|Floor_4 | 8| 62.48| 0.81| 0.90| 1.00| 0.18|Door_3 | 456.04| 123.52| 609.53| 0|
743|Male |15577 | 4|Floor_4 | 11| 70.09| 0.85| 0.95| 1.00| 18.66|Door_3 | 457.94| 111.96| 612.58| 0|
744|Male |15077 | 4|Floor_4 | 8| 54.53| 1.04| 1.16| 1.00| 16.08|Door_3 | 460.55| 131.31| 614.65| 0|
745|Male |15068 | 4|Floor_4 | 7| 50.29| 0.71| 0.79| 1.00| 4.15|Door_3 | 438.72| 127.12| 614.69| 0|
746|Male |16518 | 4|Floor_4 | 10| 82.51| 0.56| 0.62| 1.00| 0.97|Door_3 | 448.93| 102.72| 615.27| 0|
747|Male |15469 | 4|Floor_4 | 10| 83.63| 1.07| 1.19| 1.00| 18.26|Door_3 | 474.68| 117.49| 616.36| 0|
748|Male |16678 | 4|Floor_4 | 9| 61.67| 0.79| 0.88| 1.00| 9.10|Door_3 | 465.74| 111.92| 618.40| 0|
749|Male |14617 | 3|Floor_3 | 10| 57.40| 0.73| 0.81| 1.00| 9.51|Door_3 | 490.81| 89.65| 619.92| 0|
750|Male |13102 | 3|Floor_3 | 14| 71.74| 0.61| 0.68| 1.00| 26.09|Door_3 | 436.74| 104.05| 620.06| 0|
751|Male |16108 | 4|Floor_4 | 10| 64.36| 0.97| 1.08| 1.00| 7.61|Door_3 | 470.38| 130.16| 621.49| 0|
752|Male |15067 | 4|Floor_4 | 14| 84.69| 0.87| 0.96| 1.00| 16.46|Door_3 | 456.82| 126.70| 624.94| 0|
753|Male |16376 | 4|Floor_4 | 9| 42.91| 0.76| 0.85| 1.00| 13.15|Door_3 | 464.88| 113.62| 627.26| 0|
754|Male |15210 | 4|Floor_4 | 12| 67.41| 0.93| 1.03| 1.00| 12.41|Door_3 | 465.68| 132.42| 628.35| 0|
755|Male |15408 | 4|Floor_4 | 8| 89.48| 1.05| 1.16| 1.00| 8.64|Door_3 | 486.68| 127.60| 628.80| 0|
756|Male |15911 | 4|Floor_4 | 8| 48.94| 0.75| 0.84| 1.00| 10.74|Door_3 | 457.45| 123.25| 630.11| 0|
757|Male |15117 | 4|Floor_4 | 12| 87.75| 1.02| 1.14| 1.00| 0.52|Door_3 | 496.38| 125.49| 630.49| 0|
758|Male |15823 | 4|Floor_4 | 12| 87.68| 0.66| 0.74| 1.00| 5.52|Door_3 | 450.13| 123.11| 630.89| 0|
759|Male |13994 | 3|Floor_3 | 12| 65.83| 1.02| 1.14| 1.00| 10.18|Door_3 | 490.41| 129.50| 630.91| 0|
760|Male |16681 | 4|Floor_4 | 9| 72.07| 0.55| 0.62| 1.00| 7.95|Door_3 | 443.58| 110.85| 631.53| 0|
761|Male |16027 | 4|Floor_4 | 13| 68.53| 1.00| 1.11| 1.00| 13.60|Door_3 | 486.77| 121
.46| 632.59| 0|
762|Male |15189 | 4|Floor_4 | 7| 82.82| 0.93| 1.03| 1.00| 11.77|Door_3 | 469.21| 135.47| 632.59| 0|
763|Male |16123 | 4|Floor_4 | 10| 53.47| 0.69| 0.76| 1.00| 1.30|Door_3 | 459.47| 124.12| 632.95| 0|
764|Male |13020 | 3|Floor_3 | 8| 85.70| 0.84| 0.93| 1.00| 3.73|Door_3 | 509.20| 101.44| 634.02| 0|
765|Male |15141 | 4|Floor_4 | 14| 88.70| 1.00| 1.11| 1.00| 7.21|Door_3 | 488.87| 128.19| 635.06| 0|
766|Male |15974 | 4|Floor_4 | 10| 53.40| 0.59| 0.66| 1.00| 8.34|Door_3 | 448.77| 115.81| 635.82| 0|
767|Male |13258 | 3|Floor_3 | 11| 59.39| 0.58| 0.65| 1.00| 14.94|Door_3 | 444.22| 113.71| 637.04| 0|
768|Male |16348 | 4|Floor_4 | 11| 80.03| 0.73| 0.81| 1.00| 12.67|Door_3 | 467.94| 116.78| 637.42| 0|
769|Male |14876 | 4|Floor_4 | 14| 57.84| 0.83| 0.92| 1.00| 17.74|Door_3 | 471.34| 121.11| 637.90| 0|
770|Male |15252 | 4|Floor_4 | 10| 40.80| 0.77| 0.85| 1.00| 6.53|Door_3 | 464.18| 130.88| 638.92| 0|
771|Male |16035 | 4|Floor_4 | 14| 53.29| 0.70| 0.78| 1.00| 4.47|Door_3 | 468.92| 120.94| 639.33| 0|
772|Male |15839 | 4|Floor_4 | 12| 64.85| 1.00| 1.11| 1.00| 12.04|Door_3 | 500.99| 114.80| 639.59| 0|
773|Male |15032 | 4|Floor_4 | 12| 63.52| 0.87| 0.97| 1.00| 1.78|Door_3 | 501.50| 116.12| 640.95| 0|
774|Male |14621 | 3|Floor_3 | 11| 59.11| 1.04| 1.16| 1.00| 26.12|Door_3 | 519.47| 93.00| 642.08| 0|
775|Male |14940 | 4|Floor_4 | 7| 85.19| 1.01| 1.12| 1.00| 14.56|Door_3 | 481.76| 135.41| 642.19| 0|
776|Male |15449 | 4|Floor_4 | 14| 43.61| 0.75| 0.84| 1.00| 3.24|Door_3 | 475.71| 125.33| 642.39| 0|
777|Male |15126 | 4|Floor_4 | 13| 63.98| 1.03| 1.14| 1.00| 4.27|Door_3 | 504.60| 129.44| 644.10| 0|
778|Male |14541 | 3|Floor_3 | 12| 66.66| 0.72| 0.81| 1.00| 19.24|Door_3 | 508.57| 88.17| 645.28| 0|
779|Male |12910 | 3|Floor_3 | 11| 81.62| 0.67| 0.74| 1.00| 26.16|Door_3 | 464.05| 112.28| 647.13| 0|
780|Male |15572 | 4|Floor_4 | 11| 77.37| 0.91| 1.01| 1.00| 0.50|Door_3 | 488.50| 138.28| 647.50| 0|
781|Male |15412 | 4|Floor_4 | 12| 51.20| 0.83| 0.92| 1.00| 14.16|Door_3 | 485.70| 121.73| 648.92| 0|
782|Male |15936 | 4|Floor_4 | 12| 54.29| 1.02| 1.13| 1.00| 13.64|Door_3 | 497.35| 132.12| 651.94| 0|
783|Male |15760 | 4|Floor_4 | 14| 75.38| 1.03| 1.15| 1.00| 21.78|Door_3 | 514.26| 109.78| 654.98| 0|
784|Male |16633 | 4|Floor_4 | 10| 80.05| 0.86| 0.96| 1.00| 6.75|Door_3 | 515.15| 110.44| 656.52| 0|
785|Male |15504 | 4|Floor_4 | 9| 86.46| 0.56| 0.62| 1.00| 1.55|Door_3 | 432.71| 138.26| 657.02| 0|
786|Male |15436 | 4|Floor_4 | 13| 52.81| 0.86| 0.95| 1.00| 29.80|Door_3 | 465.89| 136.07| 657.24| 0|
787|Male |16238 | 4|Floor_4 | 13| 52.00| 0.75| 0.83| 1.00| 18.92|Door_3 | 467.59| 130.77| 657.89| 0|
788|Male |15639 | 4|Floor_4 | 10| 79.92| 0.62| 0.69| 1.00| 15.19|Door_3 | 446.23| 133.33| 659.92| 0|
789|Male |15105 | 4|Floor_4 | 12| 73.81| 0.79| 0.88| 1.00| 21.57|Door_3 | 482.56| 124.80| 661.31| 0|
790|Male |16013 | 4|Floor_4 | 8| 64.41| 0.98| 1.09| 1.00| 19.15|Door_3 | 489.84| 141.31| 661.35| 0|
791|Male |13430 | 3|Floor_3 | 11| 72.06| 0.82| 0.91| 1.00| 11.90|Door_3 | 520.20| 108.79| 662.77| 0|
792|Male |15779 | 4|Floor_4 | 14| 40.72| 1.06| 1.18| 1.00| 21.74|Door_3 | 519.49| 114.97| 664.93| 0|
793|Male |13153 | 3|Floor_3 | 12| 42.59| 0.88| 0.98| 1.00| 1.69|Door_3 | 538.92| 109.66| 665.06| 0|
794|Male |13110 | 3|Floor_3 | 13| 48.21| 1.02| 1.13| 1.00| 28.49|Door_3 | 516.62| 119.34| 667.14| 0|
795|Male |15097 | 4|Floor_4 | 8| 72.87| 0.82| 0.91| 1.00| 3.53|Door_3 | 508.14| 1
27.36| 668.19| 0|
796|Male |15645 | 4|Floor_4 | 10| 67.17| 0.63| 0.70| 1.00| 14.92|Door_3 | 488.21| 112.10| 669.06| 0|
797|Male |15574 | 4|Floor_4 | 14| 74.64| 0.91| 1.01| 1.00| 12.97|Door_3 | 519.01| 120.00| 670.81| 0|
798|Male |15518 | 4|Floor_4 | 10| 74.36| 0.61| 0.68| 1.00| 14.41|Door_3 | 486.14| 115.66| 675.40| 0|
799|Male |15497 | 4|Floor_4 | 9| 60.54| 0.84| 0.93| 1.00| 5.89|Door_3 | 521.49| 123.54| 675.94| 0|
800|Male |16134 | 4|Floor_4 | 11| 43.71| 0.89| 0.98| 1.00| 25.18|Door_3 | 515.66| 115.76| 677.51| 0|
801|Male |15798 | 4|Floor_4 | 13| 66.69| 0.83| 0.92| 1.00| 15.27|Door_3 | 494.56| 138.61| 677.60| 0|
802|Male |15299 | 4|Floor_4 | 8| 77.66| 1.08| 1.20| 1.00| 26.57|Door_3 | 515.76| 131.39| 677.96| 0|
803|Male |15650 | 4|Floor_4 | 7| 82.07| 0.58| 0.65| 1.00| 4.36|Door_3 | 499.55| 111.54| 678.93| 0|
326
804|Male |16054 | 4|Floor_4 | 9| 76.10| 1.02| 1.13| 1.00| 16.33|Door_3 | 532.41| 121.22| 679.26| 0|
805|Male |13404 | 3|Floor_3 | 10| 47.06| 0.71| 0.79| 1.00| 17.46|Door_3 | 527.48| 101.38| 680.83| 0|
806|Male |15438 | 4|Floor_4 | 8| 73.68| 0.81| 0.90| 1.00| 9.02|Door_3 | 492.39| 146.73| 681.15| 0|
807|Male |15797 | 4|Floor_4 | 10| 81.21| 0.63| 0.70| 1.00| 1.43|Door_3 | 476.12| 139.29| 681.88| 0|
808|Male |15751 | 4|Floor_4 | 8| 64.16| 0.64| 0.71| 1.00| 0.93|Door_3 | 484.21| 135.67| 682.36| 0|
809|Male |15858 | 4|Floor_4 | 14| 51.28| 0.70| 0.78| 1.00| 26.82|Door_3 | 462.69| 142.00| 682.90| 0|
810|Male |15541 | 4|Floor_4 | 11| 62.89| 0.75| 0.83| 1.00| 4.16|Door_3 | 502.68| 135.29| 683.42| 0|
811|Male |16060 | 4|Floor_4 | 12| 81.53| 1.00| 1.11| 1.00| 24.39|Door_3 | 531.61| 117.36| 684.06| 0|
812|Male |15064 | 4|Floor_4 | 14| 84.26| 0.83| 0.93| 1.00| 8.70|Door_3 | 517.50| 130.07| 685.52| 0|
813|Male |13252 | 3|Floor_3 | 7| 55.85| 0.63| 0.70| 1.00| 14.23|Door_3 | 504.34| 115.09| 688.24| 0|
814|Male |15570 | 4|Floor_4 | 10| 65.92| 0.78| 0.86| 1.00| 20.43|Door_3 | 496.17| 136.90| 690.82| 0|
815|Male |15012 | 4|Floor_4 | 13| 86.62| 0.86| 0.95| 1.00| 11.87|Door_3 | 521.66| 131.09| 691.07| 0|
816|Male |16005 | 4|Floor_4 | 11| 74.34| 0.60| 0.67| 1.00| 6.22|Door_3 | 470.48| 142.00| 692.59| 0|
817|Male |15347 | 4|Floor_4 | 8| 53.93| 0.73| 0.81| 1.00| 5.07|Door_3 | 515.86| 128.90| 692.60| 0|
818|Male |15197 | 4|Floor_4 | 9| 63.87| 0.76| 0.84| 1.00| 11.10|Door_3 | 527.35| 117.75| 693.00| 0|
819|Male |16097 | 4|Floor_4 | 10| 56.01| 0.73| 0.81| 1.00| 3.57|Door_3 | 523.27| 125.45| 694.63| 0|
820|Male |15913 | 4|Floor_4 | 11| 73.16| 0.56| 0.62| 1.00| 13.98|Door_3 | 493.17| 116.26| 694.75| 0|
821|Male |16589 | 4|Floor_4 | 13| 70.48| 0.81| 0.90| 1.00| 7.45|Door_3 | 549.80| 111.10| 696.87| 0|
822|Male |14920 | 4|Floor_4 | 9| 67.59| 0.80| 0.89| 1.00| 4.53|Door_3 | 549.75| 115.16| 697.80| 0|
823|Male |15472 | 4|Floor_4 | 8| 86.55| 0.56| 0.62| 1.00| 12.64|Door_3 | 510.95| 108.16| 699.19| 0|
824|Male |15917 | 4|Floor_4 | 12| 52.04| 0.85| 0.94| 1.00| 6.98|Door_3 | 553.87| 113.87| 699.35| 0|
825|Male |16301 | 4|Floor_4 | 13| 87.63| 0.75| 0.83| 1.00| 1.23|Door_3 | 538.62| 121.46| 699.85| 0|
826|Male |15404 | 4|Floor_4 | 10| 57.88| 0.96| 1.07| 1.00| 22.33|Door_3 | 524.73| 139.75| 700.75| 0|
827|Male |15764 | 4|Floor_4 | 13| 42.84| 0.79| 0.88| 1.00| 7.48|Door_3 | 547.64| 114.77| 701.40| 0|
828|Male |16325 | 4|Floor_4 | 10| 68.62| 0.72| 0.80| 1.00| 15.60|Door_3 | 541.56| 106.40| 701.95| 0|
829|Male |15209 | 4|Floor_4 | 8| 81.72| 1.05| 1.17| 1.00| 16.08|Door_3 | 544.71| 134.73| 702.78| 0|
830|Male |15480 | 4|Floor_4 | 11| 64.76| 0.77| 0.85| 1.00| 3.39|Door_3 | 565.74| 102.82| 703.82| 0|
831|Male |15707 | 4|Floor_4 | 13| 59.31| 0.84| 0.93| 1.00| 7.25|Door_3 | 554.05| 117.23| 704.41| 0|
832|Male |15539 | 4|Floor_4 | 11| 50.50| 0.67| 0.75| 1.00| 4.62|Door_3 | 515.94| 130.75| 704.57| 0|
833|Male |15467 | 4|Floor_4 | 13| 54.17| 1.04| 1.15| 1.00| 12.40|Door_3 | 559.55| 126.68| 705.86| 0|
834|Male |14973 | 4|Floor_4 | 11| 69.99| 0.89| 0.98| 1.00| 22.18|Door_3 | 536.36| 126.64| 706.00| 0|
835|Male |15906 | 4|Floor_4 | 13| 68.05| 0.74| 0.82| 1.00| 2.39|Door_3 | 542.68| 121.29| 706.18| 0|
836|Male |15455 | 4|Floor_4 | 11| 75.66| 0.78| 0.87| 1.00| 20.89|Door_3 | 524.24| 127.84| 706.59| 0|
837|Male |16232 | 4|Floor_4 | 11| 49.56| 1.04| 1.16| 1.00| 14.00|Door_3 | 560.36| 125
.93| 708.07| 0|
838|Male |15104 | 4|Floor_4 | 10| 87.97| 0.93| 1.03| 1.00| 21.89|Door_3 | 547.30| 123.43| 708.74| 0|
839|Male |16032 | 4|Floor_4 | 10| 51.14| 0.93| 1.03| 1.00| 26.07|Door_3 | 548.84| 120.04| 711.02| 0|
840|Male |15488 | 4|Floor_4 | 8| 82.19| 0.66| 0.74| 1.00| 28.77|Door_3 | 498.59| 130.76| 712.74| 0|
841|Male |16040 | 4|Floor_4 | 9| 79.22| 0.97| 1.08| 1.00| 24.91|Door_3 | 557.19| 117.92| 713.12| 0|
842|Male |15861 | 4|Floor_4 | 11| 74.95| 0.70| 0.78| 1.00| 7.29|Door_3 | 522.86| 134.35| 713.89| 0|
843|Male |15957 | 4|Floor_4 | 12| 88.60| 0.63| 0.70| 1.00| 11.07|Door_3 | 532.33| 116.64| 715.22| 0|
844|Male |15211 | 4|Floor_4 | 12| 41.86| 0.92| 1.03| 1.00| 24.20|Door_3 | 537.54| 135.95| 715.33| 0|
845|Male |15062 | 4|Floor_4 | 8| 45.19| 0.70| 0.77| 1.00| 11.41|Door_3 | 528.40| 128.33| 716.75| 0|
846|Male |16279 | 4|Floor_4 | 14| 46.72| 0.71| 0.79| 1.00| 11.43|Door_3 | 538.45| 123.22| 716.97| 0|
847|Male |15013 | 4|Floor_4 | 13| 49.30| 0.99| 1.10| 1.00| 22.86|Door_3 | 559.66| 125.12| 717.26| 0|
848|Male |15168 | 4|Floor_4 | 12| 84.15| 0.78| 0.87| 1.00| 23.16|Door_3 | 543.22| 119.31| 718.43| 0|
849|Male |15009 | 4|Floor_4 | 11| 61.76| 0.74| 0.82| 1.00| 1.67|Door_3 | 537.65| 135.95| 718.53| 0|
850|Male |14948 | 4|Floor_4 | 10| 48.90| 0.64| 0.71| 1.00| 9.06|Door_3 | 512.84| 135.20| 719.14| 0|
851|Male |15804 | 4|Floor_4 | 9| 40.56| 0.86| 0.95| 1.00| 21.33|Door_3 | 537.77| 136.97| 720.82| 0|
852|Male |15040 | 4|Floor_4 | 9| 53.72| 0.69| 0.77| 1.00| 2.40|Door_3 | 545.09| 125.77| 721.20| 0|
853|Male |15941 | 4|Floor_4 | 13| 51.69| 0.91| 1.01| 1.00| 18.50|Door_3 | 548.75| 136.99| 723.46| 0|
854|Male |15453 | 4|Floor_4 | 14| 63.24| 0.76| 0.85| 1.00| 28.69|Door_3 | 525.04| 131.38| 723.67| 0|
855|Male |16120 | 4|Floor_4 | 13| 71.21| 0.88| 0.97| 1.00| 14.86|Door_3 | 573.30| 114.67| 725.09| 0|
856|Male |16692 | 4|Floor_4 | 10| 64.40| 0.99| 1.10| 1.00| 21.95|Door_3 | 586.98| 106.93| 725.99| 0|
857|Male |16347 | 4|Floor_4 | 8| 88.82| 0.87| 0.96| 1.00| 1.19|Door_3 | 597.66| 106.89| 728.44| 0|
858|Male |15889 | 4|Floor_4 | 10| 52.49| 0.89| 0.99| 1.00| 23.75|Door_3 | 574.42| 113.40| 730.15| 0|
859|Male |15371 | 4|Floor_4 | 14| 45.86| 0.66| 0.73| 1.00| 8.06|Door_3 | 529.69| 134.52| 730.55| 0|
860|Male |15918 | 4|Floor_4 | 13| 46.93| 0.73| 0.81| 1.00| 14.35|Door_3 | 531.15| 141.67| 732.19| 0|
861|Male |15496 | 4|Floor_4 | 9| 48.48| 0.73| 0.81| 1.00| 20.09|Door_3 | 549.47| 123.62| 735.06| 0|
862|Male |15919 | 4|Floor_4 | 13| 84.07| 0.59| 0.65| 1.00| 4.54|Door_3 | 518.65| 136.86| 735.39| 0|
863|Male |15749 | 4|Floor_4 | 14| 64.82| 0.81| 0.91| 1.00| 9.85|Door_3 | 559.55| 136.56| 736.82| 0|
864|Male |16721 | 4|Floor_4 | 10| 53.87| 0.84| 0.93| 1.00| 6.78|Door_3 | 603.39| 103.70| 736.98| 0|
865|Male |16159 | 4|Floor_4 | 8| 68.43| 0.76| 0.84| 1.00| 23.47|Door_3 | 554.76| 123.95| 737.95| 0|
866|Male |16012 | 4|Floor_4 | 10| 73.98| 0.81| 0.90| 1.00| 28.81|Door_3 | 548.26| 131.69| 738.68| 0|
867|Male |15263 | 4|Floor_4 | 11| 67.29| 0.59| 0.65| 1.00| 14.04|Door_3 | 520.56| 131.92| 739.27|
868|Male |16304 | 4|Floor_4 | 12| 79.28| 1.06| 1.18| 1.00| 13.13|Door_3 | 601.34| 118.01| 739.64| 0|
869|Male |15678 | 4|Floor_4 | 8| 89.99| 0.60| 0.67| 1.00| 28.09|Door_3 | 510.67| 133.87| 742.37| 0|
870|Male |16241 | 4|Floor_4 | 9| 86.10| 0.66| 0.73| 1.00| 18.83|Door_3 | 553.74| 118.49| 742.80| 0|
871|Male |15367 | 4|Floor_4 | 11| 89.62| 0.65| 0.72| 1.00| 27.71|Door_3 | 521.47| 134
.92| 743.64| 0|
872|Male |15740 | 4|Floor_4 | 8| 85.23| 0.99| 1.10| 1.00| 27.79|Door_3 | 568.75| 137.76| 744.25| 0|
873|Male |13580 | 3|Floor_3 | 12| 68.82| 0.62| 0.69| 1.00| 28.51|Door_3 | 573.34| 96.27| 745.22| 0|
874|Male |15513 | 4|Floor_4 | 7| 46.25| 1.02| 1.14| 1.00| 26.65|Door_3 | 578.51| 132.81| 746.49| 0|
875|Male |15796 | 4|Floor_4 | 8| 43.87| 0.87| 0.97| 1.00| 17.96|Door_3 | 565.27| 141.72| 748.31| 0|
876|Male |15601 | 4|Floor_4 | 8| 54.22| 0.63| 0.70| 1.00| 25.72|Door_3 | 537.99| 126.24| 749.77| 0|
877|Male |16271 | 4|Floor_4 | 12| 75.79| 0.78| 0.86| 1.00| 3.40|Door_3 | 603.71| 112.02| 751.65| 0|
878|Male |15739 | 4|Floor_4 | 7| 58.49| 0.68| 0.76| 1.00| 14.31|Door_3 | 548.62| 136.37| 752.01| 0|
879|Male |16019 | 4|Floor_4 | 14| 41.29| 0.69| 0.77| 1.00| 8.45|Door_3 | 566.30| 128.38| 752.19| 0|
327
880|Male |15586 | 4|Floor_4 | 7| 75.98| 0.86| 0.95| 1.00| 19.72|Door_3 | 592.84| 117.83| 753.83| 0|
881|Male |14919 | 4|Floor_4 | 8| 86.01| 0.77| 0.85| 1.00| 22.91|Door_3 | 580.04| 118.80| 756.26| 0|
882|Male |15880 | 4|Floor_4 | 14| 44.71| 0.87| 0.97| 1.00| 8.95|Door_3 | 594.72| 129.02| 757.30| 0|
883|Male |15910 | 4|Floor_4 | 9| 84.37| 0.59| 0.65| 1.00| 1.52|Door_3 | 579.30| 113.81| 757.79| 0|
884|Male |16090 | 4|Floor_4 | 11| 54.68| 0.60| 0.67| 1.00| 21.97|Door_3 | 559.33| 115.77| 758.94| 0|
885|Male |15143 | 4|Floor_4 | 7| 50.43| 1.01| 1.12| 1.00| 5.69|Door_3 | 611.59| 134.87| 760.67| 0|
886|Male |16150 | 4|Floor_4 | 9| 57.15| 0.88| 0.98| 1.00| 14.36|Door_3 | 602.95| 123.55| 760.91| 0|
887|Male |15666 | 4|Floor_4 | 9| 57.39| 1.02| 1.14| 1.00| 27.61|Door_3 | 617.71| 108.62| 762.42| 0|
888|Male |15442 | 4|Floor_4 | 7| 52.56| 0.59| 0.66| 1.00| 4.54|Door_3 | 548.33| 136.32| 763.47| 0|
889|Male |16210 | 4|Floor_4 | 13| 66.76| 0.68| 0.76| 1.00| 19.81|Door_3 | 576.71| 120.05| 764.39| 0|
890|Male |15629 | 4|Floor_4 | 13| 65.88| 0.78| 0.86| 1.00| 16.34|Door_3 | 589.01| 125.52| 764.81| 0|
891|Male |16563 | 4|Floor_4 | 11| 76.11| 0.97| 1.08| 1.00| 3.87|Door_3 | 641.23| 105.84| 765.47| 0|
892|Male |16560 | 4|Floor_4 | 14| 83.04| 0.81| 0.90| 1.00| 25.01|Door_3 | 610.10| 105.61| 766.75| 0|
893|Male |15854 | 4|Floor_4 | 9| 79.77| 0.83| 0.93| 1.00| 18.29|Door_3 | 576.59| 143.03| 767.10| 0|
894|Male |16029 | 4|Floor_4 | 14| 86.21| 0.66| 0.73| 1.00| 25.71|Door_3 | 553.06| 131.38| 767.65| 0|
895|Male |15982 | 4|Floor_4 | 9| 50.64| 0.91| 1.02| 1.00| 19.13|Door_3 | 616.19| 113.65| 767.67| 0|
896|Male |15673 | 4|Floor_4 | 13| 74.73| 0.84| 0.94| 1.00| 16.50|Door_3 | 583.17| 142.50| 769.59| 0|
897|Male |15625 | 4|Floor_4 | 9| 72.20| 0.97| 1.08| 1.00| 3.02|Door_3 | 631.24| 124.88| 771.80| 0|
898|Male |15565 | 4|Floor_4 | 8| 84.55| 1.00| 1.12| 1.00| 6.62|Door_3 | 628.66| 127.42| 772.90| 0|
899|Male |15510 | 4|Floor_4 | 9| 52.38| 0.61| 0.68| 1.00| 9.98|Door_3 | 579.06| 122.71| 774.51| 0|
900|Male |16687 | 4|Floor_4 | 8| 68.43| 0.98| 1.09| 1.00| 8.46|Door_3 | 645.20| 108.79| 775.55| 0|
901|Male |15816 | 4|Floor_4 | 11| 55.16| 0.72| 0.80| 1.00| 27.35|Door_3 | 588.18| 118.44| 776.01| 0|
902|Male |15624 | 4|Floor_4 | 11| 89.09| 0.60| 0.67| 1.00| 1.20|Door_3 | 573.49| 132.17| 776.52| 0|
903|Male |15285 | 4|Floor_4 | 10| 76.41| 0.73| 0.81| 1.00| 25.75|Door_3 | 571.86| 135.46| 777.45| 0|
904|Male |15921 | 4|Floor_4 | 8| 55.65| 0.64| 0.71| 1.00| 14.47|Door_3 | 556.15| 142.49| 778.92| 0|
905|Male |15116 | 4|Floor_4 | 8| 40.94| 1.06| 1.17| 1.00| 19.73|Door_3 | 634.48| 121.77| 780.79| 0|
906|Male |15302 | 4|Floor_4 | 12| 59.43| 0.61| 0.67| 1.00| 24.14|Door_3 | 561.14| 129.53| 781.98| 0|
907|Male |15123 | 4|Floor_4 | 12| 62.84| 0.65| 0.72| 1.00| 4.78|Door_3 | 594.01| 127.78| 783.54| 0|
908|Male |16030 | 4|Floor_4 | 9| 78.07| 0.85| 0.94| 1.00| 23.63|Door_3 | 619.10| 119.54| 785.45| 0|
909|Male |16522 | 4|Floor_4 | 9| 65.89| 0.88| 0.98| 1.00| 26.94|Door_3 | 633.95| 105.18| 787.40| 0|
910|Male |16672 | 4|Floor_4 | 14| 62.04| 0.58| 0.65| 1.00| 28.83|Door_3 | 595.65| 104.30| 787.69| 0|
911|Male |15683 | 4|Floor_4 | 13| 46.81| 0.85| 0.95| 1.00| 11.42|Door_3 | 606.98| 143.26| 788.46| 0|
912|Male |15928 | 4|Floor_4 | 11| 87.33| 0.70| 0.78| 1.00| 24.50|Door_3 | 572.06| 141.78| 788.92| 0|
913|Male |15759 | 4|Floor_4 | 9| 48.03| 1.01| 1.12| 1.00| 12.13|Door_3 | 639.53| 127
.16| 789.68| 0|
914|Male |15594 | 4|Floor_4 | 7| 66.46| 1.03| 1.14| 1.00| 13.78|Door_3 | 652.93| 113.31| 789.73| 0|
915|Male |15785 | 4|Floor_4 | 14| 46.39| 0.67| 0.74| 1.00| 9.08|Door_3 | 621.44| 112.07| 789.89| 0|
916|Male |15266 | 4|Floor_4 | 8| 44.54| 0.78| 0.87| 1.00| 23.31|Door_3 | 595.88| 136.40| 791.70| 0|
917|Male |15010 | 4|Floor_4 | 10| 74.53| 0.76| 0.84| 1.00| 14.59|Door_3 | 615.34| 125.23| 792.59| 0|
918|Male |16403 | 4|Floor_4 | 8| 71.98| 0.80| 0.89| 1.00| 24.08|Door_3 | 630.31| 109.25| 793.00| 0|
919|Male |16506 | 4|Floor_4 | 11| 54.64| 0.98| 1.09| 1.00| 3.79|Door_3 | 665.37| 112.60| 794.15| 0|
920|Male |16685 | 4|Floor_4 | 13| 67.54| 1.01| 1.12| 1.00| 28.08|Door_3 | 639.43| 114.75| 794.40| 0|
921|Male |15604 | 4|Floor_4 | 12| 59.56| 0.57| 0.63| 1.00| 18.51|Door_3 | 562.74| 134.27| 795.05| 0|
922|Male |16148 | 4|Floor_4 | 12| 79.33| 1.01| 1.12| 1.00| 18.13|Door_3 | 652.62| 117.17| 795.48| 0|
923|Male |16524 | 4|Floor_4 | 8| 88.07| 0.69| 0.76| 1.00| 15.07|Door_3 | 618.95| 115.77| 796.27| 0|
924|Male |16505 | 4|Floor_4 | 13| 58.92| 1.08| 1.20| 1.00| 7.59|Door_3 | 691.25| 101.24| 805.51| 0|
925|Male |16438 | 4|Floor_4 | 12| 53.94| 1.03| 1.14| 1.00| 15.44|Door_3 | 665.27| 113.95| 805.77| 0|
926|Male |14949 | 4|Floor_4 | 8| 76.90| 0.70| 0.78| 1.00| 16.88|Door_3 | 619.54| 122.97| 806.14| 0|
927|Male |15251 | 4|Floor_4 | 8| 72.69| 1.00| 1.12| 1.00| 16.18|Door_3 | 656.90| 123.14| 807.21| 0|
928|Male |15381 | 4|Floor_4 | 12| 46.62| 0.85| 0.94| 1.00| 10.75|Door_3 | 643.53| 127.13| 807.59| 0|
929|Male |15426 | 4|Floor_4 | 8| 85.94| 0.55| 0.61| 1.00| 22.61|Door_3 | 592.20| 118.43| 807.72| 0|
930|Male |16146 | 4|Floor_4 | 12| 80.13| 0.86| 0.96| 1.00| 8.07|Door_3 | 654.85| 121.91| 808.21| 0|
931|Male |15738 | 4|Floor_4 | 13| 40.96| 0.85| 0.95| 1.00| 4.93|Door_3 | 643.31| 136.40| 809.78| 0|
932|Male |15348 | 4|Floor_4 | 8| 80.69| 0.74| 0.82| 1.00| 16.64|Door_3 | 623.99| 129.49| 811.46| 0|
933|Male |15063 | 4|Floor_4 | 9| 56.16| 1.07| 1.19| 1.00| 24.72|Door_3 | 653.67| 130.28| 812.76| 0|
934|Male |14969 | 4|Floor_4 | 8| 43.25| 0.96| 1.06| 1.00| 24.59|Door_3 | 647.78| 127.64| 813.46| 0|
935|Male |16167 | 4|Floor_4 | 11| 42.33| 0.99| 1.10| 1.00| 9.80|Door_3 | 657.51| 134.82| 814.08| 0|
936|Male |15864 | 4|Floor_4 | 14| 60.61| 0.95| 1.06| 1.00| 16.76|Door_3 | 657.68| 127.39| 816.10| 0|
937|Male |14869 | 4|Floor_4 | 11| 83.49| 0.55| 0.61| 1.00| 22.26|Door_3 | 588.06| 125.88| 816.50| 0|
938|Male |15847 | 4|Floor_4 | 8| 58.14| 0.75| 0.84| 1.00| 19.63|Door_3 | 642.32| 118.03| 816.93| 0|
939|Male |15537 | 4|Floor_4 | 7| 60.64| 0.61| 0.67| 1.00| 22.44|Door_3 | 581.28| 141.25| 818.20| 0|
940|Male |15418 | 4|Floor_4 | 9| 61.83| 1.07| 1.19| 1.00| 19.46|Door_3 | 670.61| 123.41| 818.22| 0|
941|Male |15125 | 4|Floor_4 | 7| 88.14| 0.79| 0.88| 1.00| 9.00|Door_3 | 646.45| 131.76| 819.62| 0|
942|Male |15743 | 4|Floor_4 | 9| 64.75| 0.83| 0.92| 1.00| 18.29|Door_3 | 635.98| 137.59| 820.56| 0|
943|Male |15717 | 4|Floor_4 | 13| 88.15| 1.03| 1.14| 1.00| 9.53|Door_3 | 681.61| 122.89| 821.71| 0|
944|Male |16471 | 4|Floor_4 | 9| 72.86| 1.05| 1.16| 1.00| 16.61|Door_3 | 684.84| 113.56| 822.75| 0|
945|Male |15641 | 4|Floor_4 | 12| 43.31| 0.63| 0.71| 1.00| 13.60|Door_3 | 613.45| 134.86| 824.43| 0|
946|Male |15578 | 4|Floor_4 | 11| 75.05| 0.82| 0.91| 1.00| 12.85|Door_3 | 669.22| 116.05| 826.03| 0|
947|Male |15991 | 4|Floor_4 | 12| 48.70| 0.58| 0.64| 1.00| 13.19|Door_3 | 584.86| 146
.25| 828.11| 0|
948|Male |15294 | 4|Floor_4 | 13| 48.90| 0.57| 0.64| 1.00| 7.05|Door_3 | 606.39| 135.99| 828.75| 0|
949|Male |15283 | 4|Floor_4 | 11| 47.20| 0.98| 1.09| 1.00| 19.53|Door_3 | 668.73| 132.17| 830.76| 0|
950|Male |15187 | 4|Floor_4 | 11| 88.71| 0.58| 0.65| 1.00| 20.91|Door_3 | 615.91| 125.48| 833.31| 0|
951|Male |16605 | 4|Floor_4 | 12| 57.89| 0.67| 0.75| 1.00| 27.54|Door_3 | 644.90| 114.17| 834.07| 0|
952|Male |15534 | 4|Floor_4 | 10| 76.51| 0.66| 0.74| 1.00| 25.04|Door_3 | 657.31| 106.53| 835.32| 0|
953|Male |16481 | 4|Floor_4 | 11| 79.66| 0.79| 0.88| 1.00| 19.83|Door_3 | 675.12| 109.86| 835.59| 0|
954|Male |16595 | 4|Floor_4 | 10| 86.10| 0.57| 0.63| 1.00| 22.90|Door_3 | 638.66| 108.65| 835.65| 0|
955|Male |15950 | 4|Floor_4 | 10| 42.00| 0.58| 0.64| 1.00| 16.77|Door_3 | 625.92| 124.00| 837.52| 0|
328
956|Male |14893 | 4|Floor_4 | 11| 40.88| 0.74| 0.82| 1.00| 9.43|Door_3 | 667.05| 122.44| 837.98| 0|
957|Male |14911 | 4|Floor_4 | 9| 80.79| 0.88| 0.98| 1.00| 26.51|Door_3 | 655.26| 135.11| 839.17| 0|
958|Male |16059 | 4|Floor_4 | 9| 75.29| 0.58| 0.64| 1.00| 18.01|Door_3 | 645.85| 111.74| 840.48| 0|
959|Male |15421 | 4|Floor_4 | 7| 49.00| 0.84| 0.94| 1.00| 17.68|Door_3 | 659.21| 137.30| 840.98| 0|
960|Male |16599 | 4|Floor_4 | 9| 81.24| 0.73| 0.81| 1.00| 16.84|Door_3 | 680.32| 107.04| 841.76| 0|
961|Male |16601 | 4|Floor_4 | 11| 80.28| 0.87| 0.97| 1.00| 26.19|Door_3 | 688.49| 107.57| 842.18| 0|
962|Male |15535 | 4|Floor_4 | 8| 73.44| 0.71| 0.79| 1.00| 7.97|Door_3 | 678.05| 113.98| 842.35| 0|
963|Male |15233 | 4|Floor_4 | 13| 49.38| 0.91| 1.01| 1.00| 27.41|Door_3 | 663.19| 134.59| 843.66| 0|
964|Male |15163 | 4|Floor_4 | 10| 70.14| 0.82| 0.92| 1.00| 2.59|Door_3 | 682.66| 130.58| 843.71| 0|
965|Male |15514 | 4|Floor_4 | 8| 47.25| 0.72| 0.80| 1.00| 9.24|Door_3 | 673.31| 120.62| 844.77| 0|
966|Male |15552 | 4|Floor_4 | 13| 61.69| 0.61| 0.68| 1.00| 24.46|Door_3 | 629.47| 128.06| 847.80| 0|
967|Male |15515 | 4|Floor_4 | 12| 50.61| 0.62| 0.69| 1.00| 6.95|Door_3 | 646.70| 130.53| 848.81| 0|
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Avg| | | | | 10.5| 65.63| 0.81| 0.90| 1.00| 14.78| | 250.30| 89.38| 376.48| 0.0|
Internal Doors and Census Points performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Int. Exit: InDoor_1 Number Used: 246 First entry: 16.77 (s) Last : 673.12 (s) Avg PPM : 23.57
Flow Time: 626.35 (s) No Flow Time: 285.51 (s) MNS : 45.58 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 246 Avg.PPM : 23.57
Int. Exit: InDoor_2 Number Used: 492 First entry: 10.72 (s) Last : 702.69 (s) Avg PPM : 42.66
Flow Time: 691.97 (s) No Flow Time: 126.35 (s) MNS : 18.26 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 492 Avg.PPM : 42.66
Int. Exit: InDoor_4 Number Used: 25 First entry: 8.88 (s) Last : 57.29 (s) Avg PPM : 30.72
Flow Time: 48.51 (s) No Flow Time: 9.78 (s) MNS : 20.16 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 25 Avg.PPM : 30.92
Int. Exit: InDoor_3 Number Used: 754 First entry: 9.12 (s) Last : 764.92 (s) Avg PPM : 59.86
Flow Time: 755.80 (s) No Flow Time: 2.33 (s) MNS : 0.31 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 754 Avg.PPM : 59.86
End of Internal Doors and Census Points data
Door performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Ext. Exit: Door_3 Number Used: 785 First entry: 37.67 (s) Last : 848.81 (s) Avg PPM : 58.07
Flow Time: 811.14 (s) No Flow Time: 38.19 (s) MNS : 4.71 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Ext. Exit: Door_1 Number Used: 167 First entry: 24.11 (s) Last : 132.80 (s) Avg PPM : 92.18
Flow Time: 108.70 (s) No Flow Time: 3.32 (s) MNS : 3.05 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Ext. Exit: Door_2 Number Used: 15 First entry: 22.01 (s) Last : 58.04 (s) Avg PPM : 24.98
Flow Time: 36.03 (s) No Flow Time: 7.85 (s) MNS : 21.79 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
329
Simulation of EE Jd S Emília Sim 1.exo, with 674 People, Generated Mon Oct 22 11:15:05 2007
buildingEXODUS V4.02b
Academic
Licence No: 694761072
Expires on: 31/10/2007
buildingEXODUS is a product of
U.G.M.T.
a subsidiary of
the University of Greenwich
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
SIMULAÇÃO 1
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Simulation Options Default
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Attribute | Average| Min| Max|
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Males | 674| 674| 674|
Female | 0| 0| 0|
Age | 10.34| 7.00| 14.00|
Agility | 4.97| 3.01| 6.99|
Drive | 9.98| 5.08| 14.99|
F. Walk(m/s) | 0.90| 0.60| 1.20|
Walk (m/s) | 0.81| 0.54| 1.08|
Crawl (m/s) | 0.18| 0.12| 0.24|
Leap (m/s) | 0.72| 0.48| 0.96|
Mobility | 1.00| 1.00| 1.00|
Patience (s) | 3.00| 1.00| 4.99|
Response (s) | 14.83| 0.00| 29.96|
Weight | 65.63| 40.01| 89.99|
Height | 1.75| 1.50| 2.00|
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Number of People out 674, first out (secs) 20.52 last 443.89
Final Simulation time 443.89
Number of People Starting on floor 0 (Segundo_Pav) was 328, last exit (secs) 363.14
Number of People Starting on floor 1 (Primeiro_Pav) was 290, last exit (secs) 411.29
Number of People Starting on floor 2 (Térreo) was 15, last exit (secs) 443.89
Number of People Starting on floor 3 (Terceiro_Pav) was 41, last exit (secs) 58.05
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Internal Doors and Census Points performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Int. Exit: InDoor_1 Number Used: 18 First entry: 7.92 (s) Last : 45.06 (s) Avg PPM : 29.08
Flow Time: 37.14 (s) No Flow Time: 6.52 (s) MNS : 17.55 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 18 Avg.PPM : 29.08
Int. Exit: InDoor_2 Number Used: 23 First entry: 9.64 (s) Last : 43.64 (s) Avg PPM : 40.59
Flow Time: 34.00 (s) No Flow Time: 1.79 (s) MNS : 5.27 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 23 Avg.PPM : 40.59
Int. Exit: InDoor_3 Number Used: 190 First entry: 6.27 (s) Last : 300.86 (s) Avg PPM : 38.70
Flow Time: 294.59 (s) No Flow Time: 15.70 (s) MNS : 5.33 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
330
Forward 190 Avg.PPM : 38.70
Int. Exit: InDoor_4 Number Used: 179 First entry: 7.58 (s) Last : 343.38 (s) Avg PPM : 31.98
Flow Time: 335.80 (s) No Flow Time: 34.53 (s) MNS : 10.28 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 179 Avg.PPM : 31.98
Int. Exit: InDoor_5 Number Used: 319 First entry: 8.72 (s) Last : 362.97 (s) Avg PPM : 54.03
Flow Time: 354.25 (s) No Flow Time: 0.59 (s) MNS : 0.17 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 319 Avg.PPM : 54.03
Int. Exit: InDoor_6 Number Used: 340 First entry: 9.63 (s) Last : 394.18 (s) Avg PPM : 53.05
Flow Time: 384.56 (s) No Flow Time: 0.42 (s) MNS : 0.11 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 340 Avg.PPM : 53.05
Door performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Ext. Exit: Door_1 Number Used: 674 First entry: 20.52 (s) Last : 443.89 (s) Avg PPM : 95.52
Flow Time: 423.37 (s) No Flow Time: 11.25 (s) MNS : 2.66 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
331
Simulation of EE Jd S Emília Sim 2.exo, with 674 People, Generated Sun Nov 25 11:41:11 2007
buildingEXODUS V4.06
Academic
Licence No: 694761072
Expires on: 5/12/2008
buildingEXODUS is a product of
U.G.M.T.
a subsidiary of
the University of Greenwich
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
SIMULAÇÃO 2
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Simulation Options Default
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Attribute | Average| Min| Max|
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Males | 674| 674| 674|
Female | 0| 0| 0|
Age | 10.34| 7.00| 14.00|
Agility | 4.97| 3.01| 6.99|
Drive | 9.98| 5.08| 14.99|
F. Walk(m/s) | 0.90| 0.60| 1.20|
Walk (m/s) | 0.81| 0.54| 1.08|
Crawl (m/s) | 0.18| 0.12| 0.24|
Leap (m/s) | 0.72| 0.48| 0.96|
Mobility | 1.00| 1.00| 1.00|
Patience (s) | 3.00| 1.00| 4.99|
Response (s) | 14.83| 0.00| 29.96|
Weight | 65.63| 40.01| 89.99|
Height | 1.75| 1.50| 2.00|
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Number of People out 674, first out (secs) 18.97 last 449.36
Final Simulation time 449.36
Number of People Starting on floor 0 (Segundo_Pav) was 328, last exit (secs) 357.79
Number of People Starting on floor 1 (Primeiro_Pav) was 290, last exit (secs) 416.95
Number of People Starting on floor 2 (Térreo) was 15, last exit (secs) 449.36
Number of People Starting on floor 3 (Terceiro_Pav) was 41, last exit (secs) 58.05
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Internal Doors and Census Points performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Int. Exit: InDoor_1 Number Used: 18 First entry: 7.92 (s) Last : 45.06 (s) Avg PPM : 29.08
Flow Time: 37.14 (s) No Flow Time: 6.52 (s) MNS : 17.55 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 18 Avg.PPM : 29.08
Int. Exit: InDoor_2 Number Used: 23 First entry: 9.64 (s) Last : 43.03 (s) Avg PPM : 41.33
Flow Time: 33.39 (s) No Flow Time: 2.85 (s) MNS : 8.54 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 23 Avg.PPM : 41.33
Int. Exit: InDoor_3 Number Used: 190 First entry: 6.27 (s) Last : 292.65 (s) Avg PPM : 39.81
Flow Time: 286.37 (s) No Flow Time: 17.74 (s) MNS : 6.20 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 190 Avg.PPM : 39.81
332
Int. Exit: InDoor_4 Number Used: 179 First entry: 7.58 (s) Last : 334.43 (s) Avg PPM : 32.86
Flow Time: 326.85 (s) No Flow Time: 32.53 (s) MNS : 9.95 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 179 Avg.PPM : 32.86
Int. Exit: InDoor_5 Number Used: 320 First entry: 8.72 (s) Last : 365.89 (s) Avg PPM : 53.76
Flow Time: 357.16 (s) No Flow Time: 0.46 (s) MNS : 0.13 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 320 Avg.PPM : 53.76
Int. Exit: InDoor_6 Number Used: 339 First entry: 9.63 (s) Last : 394.59 (s) Avg PPM : 52.84
Flow Time: 384.96 (s) No Flow Time: 0.97 (s) MNS : 0.25 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 339 Avg.PPM : 52.84
End of Internal Doors and Census Points data
Door performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Ext. Exit: Door_1 Number Used: 674 First entry: 18.97 (s) Last : 449.36 (s) Avg PPM : 93.96
Flow Time: 430.40 (s) No Flow Time: 16.44 (s) MNS : 3.82 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
333
Simulation of EE Jd S Emília Sim 3.exo, with 674 People, Generated Sun Oct 14 13:41:25 2007
buildingEXODUS V4.02b
Academic
Licence No: 694761072
Expires on: 31/10/2007
buildingEXODUS is a product of
U.G.M.T.
a subsidiary of
the University of Greenwich
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
SIMULAÇÃO 3
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Simulation Options Default
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Attribute | Average| Min| Max|
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Males | 352| 352| 352|
Female | 322| 322| 322|
Age | 39.21| 20.00| 59.00|
Agility | 4.98| 3.01| 7.00|
Drive | 7.84| 1.01| 14.99|
F. Walk(m/s) | 1.14| 0.80| 1.50|
Walk (m/s) | 1.03| 0.72| 1.35|
Crawl (m/s) | 0.23| 0.16| 0.30|
Leap (m/s) | 0.91| 0.64| 1.20|
Mobility | 1.00| 1.00| 1.00|
Patience (s) | 1000.00| 1000.00| 1000.00|
Response (s) | 15.09| 0.02| 29.99|
Weight | 61.21| 49.00| 80.00|
Height | 1.68| 1.54| 1.83|
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Number of People out 674, first out (secs) 22.00 last 332.57
Final Simulation time 332.57
Number of People Starting on floor 0 (Segundo_Pav) was 328, last exit (secs) 272.59
Number of People Starting on floor 1 (Primeiro_Pav) was 290, last exit (secs) 310.95
Number of People Starting on floor 2 (Térreo) was 15, last exit (secs) 332.57
Number of People Starting on floor 3 (Terceiro_Pav) was 41, last exit (secs) 67.92
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Internal Doors and Census Points performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Int. Exit: InDoor_1 Number Used: 22 First entry: 6.65 (s) Last : 43.41 (s) Avg PPM : 36.02
Flow Time: 35.76 (s) No Flow Time: 2.78 (s) MNS : 7.77 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 22 Avg.PPM : 36.92
Int. Exit: InDoor_2 Number Used: 19 First entry: 9.06 (s) Last : 37.83 (s) Avg PPM : 39.63
Flow Time: 28.76 (s) No Flow Time: 0.79 (s) MNS : 2.76 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 19 Avg.PPM : 39.63
Int. Exit: InDoor_3 Number Used: 184 First entry: 3.84 (s) Last : 222.83 (s) Avg PPM : 50.12
Flow Time: 217.98 (s) No Flow Time: 8.88 (s) MNS : 4.07 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
334
Forward 185 Avg.PPM : 50.92
Int. Exit: InDoor_4 Number Used: 185 First entry: 9.92 (s) Last : 257.80 (s) Avg PPM : 44.96
Flow Time: 248.89 (s) No Flow Time: 41.76 (s) MNS : 16.78 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 184 Avg.PPM : 44.36
Int. Exit: InDoor_5 Number Used: 311 First entry: 6.40 (s) Last : 272.50 (s) Avg PPM : 70.05
Flow Time: 266.10 (s) No Flow Time: 0.00 (s) MNS : 0.00 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 312 Avg.PPM : 70.35
Int. Exit: InDoor_6 Number Used: 348 First entry: 7.32 (s) Last : 301.67 (s) Avg PPM : 70.73
Flow Time: 294.35 (s) No Flow Time: 0.00 (s) MNS : 0.00 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 347 Avg.PPM : 70.73
End of Internal Doors and Census Points data
Door performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Ext. Exit: Door_1 Number Used: 674 First entry: 22.00 (s) Last : 332.57 (s) Avg PPM : 130.21
Flow Time: 310.57 (s) No Flow Time: 1.78 (s) MNS : 0.57 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
335
Simulation of EE Jd S Emília Sim 4 - 3 pav.exo, with 41 People, Generated Thu Nov 29 15:11:30
2007
buildingEXODUS V4.06
Academic
Licence No: 694761072
Expires on: 5/12/2008
buildingEXODUS is a product of
U.G.M.T.
a subsidiary of
the University of Greenwich
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
SIMULAÇÃO 4 -3 pavimento
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Simulation Options Default
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Attribute | Average| Min| Max|
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Males | 41| 41| 41|
Female | 0| 0| 0|
Age | 10.56| 7.00| 14.00|
Agility | 4.71| 3.07| 6.62|
Drive | 9.87| 5.38| 14.96|
F. Walk(m/s) | 0.89| 0.60| 1.15|
Walk (m/s) | 0.81| 0.54| 1.03|
Crawl (m/s) | 0.18| 0.12| 0.23|
Leap (m/s) | 0.72| 0.48| 0.92|
Mobility | 1.00| 1.00| 1.00|
Patience (s) | 2.89| 1.08| 4.71|
Response (s) | 14.09| 1.05| 29.57|
Weight | 70.37| 41.58| 88.50|
Height | 1.76| 1.51| 2.00|
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Number of People out 41, first out (secs) 66.57 last 152.97
Final Simulation time 152.97
Number of People Starting on floor 0 (Segundo_Pav) was 0, last exit (secs) 75.79
Number of People Starting on floor 1 (Primeiro_Pav) was 0, last exit (secs) 94.98
Number of People Starting on floor 2 (Térreo) was 0, last exit (secs) 152.97
Number of People Starting on floor 3 (Terceiro_Pav) was 41, last exit (secs) 58.05
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Internal Doors and Census Points performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Int. Exit: InDoor_1 Number Used: 18 First entry: 7.92 (s) Last : 45.06 (s) Avg PPM : 29.08
Flow Time: 37.14 (s) No Flow Time: 6.22 (s) MNS : 16.75 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 18 Avg.PPM : 29.08
Int. Exit: InDoor_2 Number Used: 23 First entry: 9.64 (s) Last : 43.64 (s) Avg PPM : 40.59
Flow Time: 34.00 (s) No Flow Time: 2.49 (s) MNS : 7.32 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 23 Avg.PPM : 40.59
Int. Exit: InDoor_3 Number Used: 23 First entry: 27.06 (s) Last : 62.67 (s) Avg PPM : 38.75
Flow Time: 35.62 (s) No Flow Time: 1.71 (s) MNS : 4.80 (%)
Event Times (secs) None
336
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 23 Avg.PPM : 38.75
Int. Exit: InDoor_4 Number Used: 18 First entry: 24.00 (s) Last : 62.35 (s) Avg PPM : 28.16
Flow Time: 38.35 (s) No Flow Time: 6.00 (s) MNS : 15.65 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 18 Avg.PPM : 28.16
Int. Exit: InDoor_5 Number Used: 23 First entry: 44.00 (s) Last : 81.80 (s) Avg PPM : 36.52
Flow Time: 37.79 (s) No Flow Time: 0.66 (s) MNS : 1.76 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 23 Avg.PPM : 36.52
Int. Exit: InDoor_6 Number Used: 18 First entry: 39.75 (s) Last : 79.19 (s) Avg PPM : 27.39
Flow Time: 39.44 (s) No Flow Time: 7.54 (s) MNS : 19.12 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 18 Avg.PPM : 27.39
End of Internal Doors and Census Points data
Door performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Ext. Exit: Door_1 Number Used: 41 First entry: 66.57 (s) Last : 152.97 (s) Avg PPM : 29.47
Flow Time: 86.40 (s) No Flow Time: 13.52 (s) MNS : 15.64 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
337
Simulation of EE Jd S Emília Sim 4- 3º e 2º pav.exo, with 369 People, Generated Thu Nov 29
15:19:53 2007
buildingEXODUS V4.06
Academic
Licence No: 694761072
Expires on: 5/12/2008
buildingEXODUS is a product of
U.G.M.T.
a subsidiary of
the University of Greenwich
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
SIMULAÇÃO 4 – 2 e 3 pavimentos
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Simulation Options Default
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Attribute | Average| Min| Max|
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Males | 369| 369| 369|
Female | 0| 0| 0|
Age | 10.47| 7.00| 14.00|
Agility | 4.97| 3.02| 6.98|
Drive | 9.83| 5.08| 14.99|
F. Walk(m/s) | 0.90| 0.60| 1.20|
Walk (m/s) | 0.81| 0.54| 1.08|
Crawl (m/s) | 0.18| 0.12| 0.24|
Leap (m/s) | 0.72| 0.48| 0.96|
Mobility | 1.00| 1.00| 1.00|
Patience (s) | 3.04| 1.00| 4.99|
Response (s) | 14.53| 0.00| 29.96|
Weight | 66.17| 40.01| 89.99|
Height | 1.75| 1.50| 2.00|
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Number of People out 369, first out (secs) 49.67 last 316.23
Final Simulation time 316.23
Number of People Starting on floor 0 (Segundo_Pav) was 328, last exit (secs) 237.59
Number of People Starting on floor 1 (Primeiro_Pav) was 0, last exit (secs) 262.30
Number of People Starting on floor 2 (Térreo) was 0, last exit (secs) 316.23
Number of People Starting on floor 3 (Terceiro_Pav) was 41, last exit (secs) 58.05
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Internal Doors and Census Points performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Int. Exit: InDoor_1 Number Used: 19 First entry: 7.92 (s) Last : 45.06 (s) Avg PPM : 30.69
Flow Time: 37.14 (s) No Flow Time: 3.71 (s) MNS : 9.97 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 19 Avg.PPM : 30.69
Int. Exit: InDoor_2 Number Used: 22 First entry: 9.64 (s) Last : 43.03 (s) Avg PPM : 39.53
Flow Time: 33.39 (s) No Flow Time: 1.79 (s) MNS : 5.37 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 22 Avg.PPM : 39.53
Int. Exit: InDoor_3 Number Used: 189 First entry: 6.27 (s) Last : 221.06 (s) Avg PPM : 52.80
Flow Time: 214.78 (s) No Flow Time: 0.03 (s) MNS : 0.01 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
338
Forward 189 Avg.PPM : 52.80
Int. Exit: InDoor_4 Number Used: 180 First entry: 7.58 (s) Last : 208.44 (s) Avg PPM : 53.77
Flow Time: 200.86 (s) No Flow Time: 0.26 (s) MNS : 0.13 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 180 Avg.PPM : 53.77
Int. Exit: InDoor_5 Number Used: 189 First entry: 22.37 (s) Last : 246.05 (s) Avg PPM : 50.70
Flow Time: 223.68 (s) No Flow Time: 0.69 (s) MNS : 0.31 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 189 Avg.PPM : 50.70
Int. Exit: InDoor_6 Number Used: 180 First entry: 23.56 (s) Last : 230.36 (s) Avg PPM : 52.22
Flow Time: 206.80 (s) No Flow Time: 0.00 (s) MNS : 0.00 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 180 Avg.PPM : 52.22
End of Internal Doors and Census Points data
Door performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Ext. Exit: Door_1 Number Used: 369 First entry: 49.67 (s) Last : 316.23 (s) Avg PPM : 83.06
Flow Time: 266.56 (s) No Flow Time: 2.22 (s) MNS : 0.83 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
339
Simulation of EE Jd S Emília Sim 4- 1 pav - 2 pav e 3 pav.exo, with 674 People, Generated Mon
Oct 22 12:24:14 2007
buildingEXODUS V4.02b
Academic
Licence No: 694761072
Expires on: 31/10/2007
buildingEXODUS is a product of
U.G.M.T.
a subsidiary of
the University of Greenwich
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
SIMULAÇÃO 4 1°, 2° e 3º
Simulation Options Default
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Attribute | Average| Min| Max|
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Males | 674| 674| 674|
Female | 0| 0| 0|
Age | 10.34| 7.00| 14.00|
Agility | 4.97| 3.01| 6.99|
Drive | 9.98| 5.08| 14.99|
F. Walk(m/s) | 0.90| 0.60| 1.20|
Walk (m/s) | 0.81| 0.54| 1.08|
Crawl (m/s) | 0.18| 0.12| 0.24|
Leap (m/s) | 0.72| 0.48| 0.96|
Mobility | 1.00| 1.00| 1.00|
Patience (s) | 3.00| 1.00| 4.99|
Response (s) | 14.83| 0.00| 29.96|
Weight | 65.63| 40.01| 89.99|
Height | 1.75| 1.50| 2.00|
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Number of People out 674, first out (secs) 18.97 last 438.58
Final Simulation time 438.58
Number of People Starting on floor 0 (Segundo_Pav) was 328, last exit (secs) 362.36
Number of People Starting on floor 1 (Primeiro_Pav) was 290, last exit (secs) 413.31
Number of People Starting on floor 2 (Térreo) was 15, last exit (secs) 438.58
Number of People Starting on floor 3 (Terceiro_Pav) was 41, last exit (secs) 58.05
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Internal Doors and Census Points performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Int. Exit: InDoor_1 Number Used: 19 First entry: 7.92 (s) Last : 45.06 (s) Avg PPM : 30.69
Flow Time: 37.14 (s) No Flow Time: 4.32 (s) MNS : 11.64 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 19 Avg.PPM : 30.69
Int. Exit: InDoor_2 Number Used: 22 First entry: 9.64 (s) Last : 43.03 (s) Avg PPM : 39.53
Flow Time: 33.39 (s) No Flow Time: 1.79 (s) MNS : 5.37 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 22 Avg.PPM : 39.53
Int. Exit: InDoor_3 Number Used: 187 First entry: 6.27 (s) Last : 300.96 (s) Avg PPM : 38.07
Flow Time: 294.69 (s) No Flow Time: 12.11 (s) MNS : 4.11 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
340
Forward 187 Avg.PPM : 38.07
Int. Exit: InDoor_4 Number Used: 182 First entry: 7.58 (s) Last : 340.60 (s) Avg PPM : 32.79
Flow Time: 333.02 (s) No Flow Time: 41.47 (s) MNS : 12.45 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 182 Avg.PPM : 32.79
Int. Exit: InDoor_5 Number Used: 315 First entry: 8.72 (s) Last : 357.37 (s) Avg PPM : 54.21
Flow Time: 348.64 (s) No Flow Time: 0.62 (s) MNS : 0.18 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 315 Avg.PPM : 54.21
Int. Exit: InDoor_6 Number Used: 344 First entry: 9.63 (s) Last : 391.98 (s) Avg PPM : 53.98
Flow Time: 382.36 (s) No Flow Time: 0.26 (s) MNS : 0.07 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 344 Avg.PPM : 53.98
End of Internal Doors and Census Points data
Door performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Ext. Exit: Door_1 Number Used: 674 First entry: 18.97 (s) Last : 438.58 (s) Avg PPM : 96.37
Flow Time: 419.62 (s) No Flow Time: 12.20 (s) MNS : 2.91 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
341
Simulation of EE Jd S Emília Sim 4 - térreo - 1 pav - 2 pav e 3 pav.exo, with 674 People, Generated
Mon Oct 22 12:24:14 2007
buildingEXODUS V4.02b
Academic
Licence No: 694761072
Expires on: 31/10/2007
buildingEXODUS is a product of
U.G.M.T.
a subsidiary of
the University of Greenwich
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
SIMULAÇÃO 4 Térre, 1°, 2° e 3º pav
Simulation Options Default
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Attribute | Average| Min| Max|
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Males | 674| 674| 674|
Female | 0| 0| 0|
Age | 10.34| 7.00| 14.00|
Agility | 4.97| 3.01| 6.99|
Drive | 9.98| 5.08| 14.99|
F. Walk(m/s) | 0.90| 0.60| 1.20|
Walk (m/s) | 0.81| 0.54| 1.08|
Crawl (m/s) | 0.18| 0.12| 0.24|
Leap (m/s) | 0.72| 0.48| 0.96|
Mobility | 1.00| 1.00| 1.00|
Patience (s) | 3.00| 1.00| 4.99|
Response (s) | 14.83| 0.00| 29.96|
Weight | 65.63| 40.01| 89.99|
Height | 1.75| 1.50| 2.00|
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Number of People out 674, first out (secs) 18.97 last 449.38
Final Simulation time 438.58
Number of People Starting on floor 0 (Segundo_Pav) was 328, last exit (secs) 362.36
Number of People Starting on floor 1 (Primeiro_Pav) was 290, last exit (secs) 413.31
Number of People Starting on floor 2 (Térreo) was 15, last exit (secs) 449.38
Number of People Starting on floor 3 (Terceiro_Pav) was 41, last exit (secs) 58.05
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Internal Doors and Census Points performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Int. Exit: InDoor_1 Number Used: 19 First entry: 7.92 (s) Last : 45.06 (s) Avg PPM : 30.69
Flow Time: 37.14 (s) No Flow Time: 4.32 (s) MNS : 11.64 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 19 Avg.PPM : 30.69
Int. Exit: InDoor_2 Number Used: 22 First entry: 9.64 (s) Last : 43.03 (s) Avg PPM : 39.53
Flow Time: 33.39 (s) No Flow Time: 1.79 (s) MNS : 5.37 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 22 Avg.PPM : 39.53
Int. Exit: InDoor_3 Number Used: 187 First entry: 6.27 (s) Last : 300.96 (s) Avg PPM : 38.07
Flow Time: 294.69 (s) No Flow Time: 12.11 (s) MNS : 4.11 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 187 Avg.PPM : 38.07
342
Int. Exit: InDoor_4 Number Used: 182 First entry: 7.58 (s) Last : 340.60 (s) Avg PPM : 32.79
Flow Time: 333.02 (s) No Flow Time: 41.47 (s) MNS : 12.45 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 182 Avg.PPM : 32.79
Int. Exit: InDoor_5 Number Used: 315 First entry: 8.72 (s) Last : 357.37 (s) Avg PPM : 54.21
Flow Time: 348.64 (s) No Flow Time: 0.62 (s) MNS : 0.18 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 315 Avg.PPM : 54.21
Int. Exit: InDoor_6 Number Used: 344 First entry: 9.63 (s) Last : 391.98 (s) Avg PPM : 53.98
Flow Time: 382.36 (s) No Flow Time: 0.26 (s) MNS : 0.07 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 344 Avg.PPM : 53.98
End of Internal Doors and Census Points data
Door performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Ext. Exit: Door_1 Number Used: 674 First entry: 18.97 (s) Last : 449.40 (s) Avg PPM : 93.90
Flow Time: 419.62 (s) No Flow Time: 12.20 (s) MNS : 2.91 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
343
Simulation of Antonio Prado Jr - Sim 2.exo, with 967 People, Generated Mon Oct 22 10:47:47 2007
buildingEXODUS V4.02b
Academic
Licence No: 694761072
Expires on: 31/10/2007
buildingEXODUS is a product of
U.G.M.T.
a subsidiary of
the University of Greenwich
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Simulação 2
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Simulation Options Default
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Attribute | Average| Min| Max|
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Males | 465| 465| 465|
Female | 502| 502| 502|
Age | 39.75| 20.00| 59.00|
Agility | 4.98| 3.00| 7.00|
Drive | 7.57| 1.02| 14.99|
F. Walk(m/s) | 1.15| 0.80| 1.50|
Walk (m/s) | 1.03| 0.72| 1.35|
Crawl (m/s) | 0.23| 0.16| 0.30|
Leap (m/s) | 0.92| 0.64| 1.20|
Mobility | 1.00| 1.00| 1.00|
Patience (s) | 1000.00| 1000.00| 1000.00|
Response (s) | 15.37| 0.00| 29.97|
Weight | 61.43| 49.00| 80.00|
Height | 1.68| 1.54| 1.83|
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Number of People out 967, first out (secs) 14.04 last 580.80
Final Simulation time 580.80
Number of People Starting on floor 0 (Floor_0) was 182, last exit (secs) 120.25
Number of People Starting on floor 1 (Floor_1) was 6, last exit (secs) 580.80
Number of People Starting on floor 2 (Floor_2) was 287, last exit (secs) 521.80
Number of People Starting on floor 3 (Floor_3) was 246, last exit (secs) 503.43
Number of People Starting on floor 4 (Floor_4) was 246, last exit (secs) 471.09
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Internal Doors and Census Points performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Int. Exit: InDoor_1 Number Used: 246 First entry: 7.07 (s) Last : 449.22 (s) Avg PPM : 33.38
Flow Time: 442.15 (s) No Flow Time: 230.46 (s) MNS : 52.12 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 246 Avg.PPM : 33.38
Int. Exit: InDoor_2 Number Used: 492 First entry: 7.12 (s) Last : 488.07 (s) Avg PPM : 61.38
Flow Time: 480.95 (s) No Flow Time: 100.13 (s) MNS : 20.82 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 492 Avg.PPM : 61.38
Int. Exit: InDoor_4 Number Used: 20 First entry: 7.99 (s) Last : 42.27 (s) Avg PPM : 35.00
Flow Time: 34.28 (s) No Flow Time: 6.28 (s) MNS : 18.32 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
344
Forward 20 Avg.PPM : 35.00
Int. Exit: InDoor_3 Number Used: 759 First entry: 8.45 (s) Last : 510.66 (s) Avg PPM : 90.68
Flow Time: 502.21 (s) No Flow Time: 0.12 (s) MNS : 0.02 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 759 Avg.PPM : 90.68
End of Internal Doors and Census Points data
Door performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Ext. Exit: Door_3 Number Used: 785 First entry: 31.80 (s) Last : 580.80 (s) Avg PPM : 85.79
Flow Time: 549.00 (s) No Flow Time: 2.73 (s) MNS : 0.50 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Ext. Exit: Door_1 Number Used: 167 First entry: 14.04 (s) Last : 120.25 (s) Avg PPM : 94.34
Flow Time: 106.21 (s) No Flow Time: 10.90 (s) MNS : 10.26 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Ext. Exit: Door_2 Number Used: 15 First entry: 17.38 (s) Last : 50.26 (s) Avg PPM : 27.37
Flow Time: 32.88 (s) No Flow Time: 7.47 (s) MNS : 22.72 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
345
Simulation of Antonio Prado Jr Sim 3.exo, with 967 People, Generated Mon Oct 22 21:32:46 2007
buildingEXODUS V4.02b
Academic
Licence No: 694761072
Expires on: 31/10/2007
buildingEXODUS is a product of
U.G.M.T.
a subsidiary of
the University of Greenwich
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Simulação 3
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Simulation Options Default
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Attribute | Average| Min| Max|
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Males | 967| 967| 967|
Female | 0| 0| 0|
Age | 10.51| 7.00| 14.00|
Agility | 5.03| 3.01| 7.00|
Drive | 9.91| 5.02| 14.99|
F. Walk(m/s) | 0.90| 0.60| 1.20|
Walk (m/s) | 0.81| 0.54| 1.08|
Crawl (m/s) | 0.18| 0.12| 0.24|
Leap (m/s) | 0.72| 0.48| 0.96|
Mobility | 1.00| 1.00| 1.00|
Patience (s) | 3.01| 1.00| 4.99|
Response (s) | 14.78| 0.02| 29.85|
Weight | 65.63| 40.03| 89.99|
Height | 1.75| 1.50| 2.00|
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Number of People out 967, first out (secs) 22.01 last 502.86
Final Simulation time 502.86
Number of People Starting on floor 0 (Floor_0) was 182, last exit (secs) 475.89
Number of People Starting on floor 1 (Floor_1) was 6, last exit (secs) 502.86
Number of People Starting on floor 2 (Floor_2) was 287, last exit (secs) 439.32
Number of People Starting on floor 3 (Floor_3) was 246, last exit (secs) 404.39
Number of People Starting on floor 4 (Floor_4) was 246, last exit (secs) 375.47
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Internal Doors and Census Points performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Int. Exit: InDoor_1 Number Used: 123 First entry: 12.44 (s) Last : 311.29 (s) Avg PPM : 24.69
Flow Time: 298.85 (s) No Flow Time: 69.28 (s) MNS : 23.18 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 123 Avg.PPM : 24.69
Int. Exit: InDoor_2 Number Used: 123 First entry: 16.77 (s) Last : 304.99 (s) Avg PPM : 25.61
Flow Time: 288.22 (s) No Flow Time: 112.81 (s) MNS : 39.14 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 123 Avg.PPM : 25.61
Int. Exit: InDoor_3 Number Used: 246 First entry: 10.94 (s) Last : 385.70 (s) Avg PPM : 39.39
Flow Time: 374.76 (s) No Flow Time: 14.46 (s) MNS : 3.86 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 246 Avg.PPM : 39.39
346
Int. Exit: InDoor_4 Number Used: 246 First entry: 11.14 (s) Last : 364.23 (s) Avg PPM : 41.80
Flow Time: 353.09 (s) No Flow Time: 41.17 (s) MNS : 11.66 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 246 Avg.PPM : 41.80
Int. Exit: InDoor_5 Number Used: 369 First entry: 10.30 (s) Last : 412.99 (s) Avg PPM : 54.98
Flow Time: 402.69 (s) No Flow Time: 0.48 (s) MNS : 0.12 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 369 Avg.PPM : 54.98
Int. Exit: InDoor_6 Number Used: 385 First entry: 9.65 (s) Last : 421.66 (s) Avg PPM : 56.07
Flow Time: 412.01 (s) No Flow Time: 0.00 (s) MNS : 0.00 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 385 Avg.PPM : 56.07
Int. Exit: InDoor_7 Number Used: 25 First entry: 8.78 (s) Last : 57.29 (s) Avg PPM : 30.92
Flow Time: 48.51 (s) No Flow Time: 9.78 (s) MNS : 20.16 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 25 Avg.PPM : 30.92
End of Internal Doors and Census Points data
Door performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Ext. Exit: Door_3 Number Used: 416 First entry: 37.46 (s) Last : 502.86 (s) Avg PPM : 53.63
Flow Time: 465.40 (s) No Flow Time: 24.21 (s) MNS : 5.20 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Ext. Exit: Door_1 Number Used: 167 First entry: 24.11 (s) Last : 140.92 (s) Avg PPM : 85.78
Flow Time: 116.81 (s) No Flow Time: 2.86 (s) MNS : 2.45 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Ext. Exit: Door_2 Number Used: 15 First entry: 22.01 (s) Last : 58.04 (s) Avg PPM : 24.98
Flow Time: 36.03 (s) No Flow Time: 7.85 (s) MNS : 21.79 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Ext. Exit: Door_4 Number Used: 369 First entry: 52.64 (s) Last : 475.89 (s) Avg PPM : 52.31
Flow Time: 423.24 (s) No Flow Time: 11.64 (s) MNS : 2.75 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
347
Simulation of Sim 4 Antonio Prado jr.exo, with 967 People, Generated Mon Oct 22 22:19:31 2007
buildingEXODUS V4.02b
Academic
Licence No: 694761072
Expires on: 31/10/2007
buildingEXODUS is a product of
U.G.M.T.
a subsidiary of
the University of Greenwich
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Simulação 4
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Simulation Options Default
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Attribute | Average| Min| Max|
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Males | 594| 594| 594|
Female | 373| 373| 373|
Age | 45.69| 17.00| 80.00|
Agility | 4.41| 2.00| 7.00|
Drive | 8.24| 1.02| 14.96|
F. Walk(m/s) | 1.35| 1.20| 1.50|
Walk (m/s) | 1.22| 1.08| 1.35|
Crawl (m/s) | 0.27| 0.24| 0.30|
Leap (m/s) | 1.08| 0.96| 1.20|
Mobility | 1.00| 1.00| 1.00|
Patience (s) | 2.94| 1.00| 5.00|
Response (s) | 14.52| 0.03| 30.00|
Weight | 64.61| 40.02| 89.99|
Height | 1.76| 1.50| 2.00|
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Number of People out 967, first out (secs) 16.02 last 471.04
Final Simulation time 471.04
Number of People Starting on floor 0 (Floor_0) was 182, last exit (secs) 425.63
Number of People Starting on floor 1 (Floor_1) was 6, last exit (secs) 471.04
Number of People Starting on floor 2 (Floor_2) was 287, last exit (secs) 429.16
Number of People Starting on floor 3 (Floor_3) was 246, last exit (secs) 371.66
Number of People Starting on floor 4 (Floor_4) was 246, last exit (secs) 334.44
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Internal Doors and Census Points performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Int. Exit: InDoor_1 Number Used: 123 First entry: 9.45 (s) Last : 282.67 (s) Avg PPM : 27.01
Flow Time: 273.22 (s) No Flow Time: 64.87 (s) MNS : 23.74 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 123 Avg.PPM : 27.01
Int. Exit: InDoor_2 Number Used: 123 First entry: 10.48 (s) Last : 290.02 (s) Avg PPM : 26.40
Flow Time: 279.54 (s) No Flow Time: 118.25 (s) MNS : 42.30 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 123 Avg.PPM : 26.40
Int. Exit: InDoor_3 Number Used: 246 First entry: 7.97 (s) Last : 343.45 (s) Avg PPM : 44.00
Flow Time: 335.47 (s) No Flow Time: 18.27 (s) MNS : 5.45 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 246 Avg.PPM : 44.00
Int. Exit: InDoor_4 Number Used: 246 First entry: 10.05 (s) Last : 349.81 (s) Avg PPM : 43.44
Flow Time: 339.76 (s) No Flow Time: 34.02 (s) MNS : 10.01 (%)
Event Times (secs) None
348
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 246 Avg.PPM : 43.44
Int. Exit: InDoor_5 Number Used: 369 First entry: 7.14 (s) Last : 377.17 (s) Avg PPM : 59.83
Flow Time: 370.03 (s) No Flow Time: 0.00 (s) MNS : 0.00 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 369 Avg.PPM : 59.83
Int. Exit: InDoor_6 Number Used: 390 First entry: 9.76 (s) Last : 409.14 (s) Avg PPM : 58.59
Flow Time: 399.38 (s) No Flow Time: 0.42 (s) MNS : 0.11 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 390 Avg.PPM : 58.59
Int. Exit: InDoor_7 Number Used: 20 First entry: 15.82 (s) Last : 42.99 (s) Avg PPM : 44.16
Flow Time: 27.17 (s) No Flow Time: 0.00 (s) MNS : 0.00 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 20 Avg.PPM : 44.16
End of Internal Doors and Census Points data
Door performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Ext. Exit: Door_3 Number Used: 416 First entry: 40.53 (s) Last : 471.04 (s) Avg PPM : 57.98
Flow Time: 430.51 (s) No Flow Time: 17.36 (s) MNS : 4.03 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Ext. Exit: Door_1 Number Used: 167 First entry: 22.74 (s) Last : 108.92 (s) Avg PPM : 116.27
Flow Time: 86.18 (s) No Flow Time: 1.40 (s) MNS : 1.63 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Ext. Exit: Door_2 Number Used: 15 First entry: 16.02 (s) Last : 48.95 (s) Avg PPM : 27.33
Flow Time: 32.93 (s) No Flow Time: 5.80 (s) MNS : 17.60 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Ext. Exit: Door_4 Number Used: 369 First entry: 45.44 (s) Last : 425.63 (s) Avg PPM : 58.23
Flow Time: 380.19 (s) No Flow Time: 2.80 (s) MNS : 0.74 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
349
Simulation of Sim 1 - Palanque.exo, with 629 People, Generated Fri Oct 26 10:49:46 2007
buildingEXODUS V4.02b
Academic
Licence No: 694761072
Expires on: 31/10/2007
buildingEXODUS is a product of
U.G.M.T.
a subsidiary of
the University of Greenwich
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Simulation 1
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Attribute | Average| Min| Max|
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Males | 629| 629| 629|
Female | 0| 0| 0|
Age | 10.52| 7.00| 14.00|
Agility | 5.02| 3.00| 6.99|
Drive | 9.92| 5.01| 14.98|
F. Walk(m/s) | 0.90| 0.60| 1.20|
Walk (m/s) | 0.81| 0.54| 1.08|
Crawl (m/s) | 0.18| 0.12| 0.24|
Leap (m/s) | 0.72| 0.48| 0.96|
Mobility | 1.00| 1.00| 1.00|
Patience (s) | 3.06| 1.00| 5.00|
Response (s) | 14.83| 0.01| 29.96|
Weight | 65.36| 40.05| 89.92|
Height | 1.75| 1.50| 2.00|
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Number of People out 629, first out (secs) 84.95 last 483.07
Final Simulation time 483.07
Number of People Starting on floor 0 (Floor_0) was 7, last exit (secs) 483.07
Number of People Starting on floor 1 (Floor_1) was 5, last exit (secs) 418.05
Number of People Starting on floor 2 (Floor_2) was 296, last exit (secs) 317.53
Number of People Starting on floor 3 (Floor_3) was 280, last exit (secs) 290.39
Number of People Starting on floor 4 (Floor_4) was 41, last exit (secs) 244.48
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Internal Doors and Census Points performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Int. Exit: InDoor_1 Number Used: 22 First entry: 11.08 (s) Last : 55.18 (s) Avg PPM : 29.93
Flow Time: 44.10 (s) No Flow Time: 7.27 (s) MNS : 16.49 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 22 Avg.PPM : 29.93
Int. Exit: InDoor_2 Number Used: 19 First entry: 9.88 (s) Last : 55.83 (s) Avg PPM : 24.81
Flow Time: 45.94 (s) No Flow Time: 14.12 (s) MNS : 30.73 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 19 Avg.PPM : 24.81
Int. Exit: InDoor_3 Number Used: 162 First entry: 8.08 (s) Last : 251.97 (s) Avg PPM : 39.85
Flow Time: 243.89 (s) No Flow Time: 39.29 (s) MNS : 16.11 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 162 Avg.PPM : 39.85
Int. Exit: InDoor_4 Number Used: 159 First entry: 7.99 (s) Last : 251.15 (s) Avg PPM : 39.23
Flow Time: 243.16 (s) No Flow Time: 43.08 (s) MNS : 17.72 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 159 Avg.PPM : 39.23
350
Int. Exit: InDoor_5 Number Used: 310 First entry: 10.79 (s) Last : 295.89 (s) Avg PPM : 65.24
Flow Time: 285.10 (s) No Flow Time: 0.00 (s) MNS : 0.00 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 310 Avg.PPM : 65.24
Int. Exit: InDoor_6 Number Used: 307 First entry: 20.91 (s) Last : 294.06 (s) Avg PPM : 67.44
Flow Time: 273.15 (s) No Flow Time: 0.00 (s) MNS : 0.00 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 307 Avg.PPM : 67.44
End of Internal Doors and Census Points data
Door performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Ext. Exit: Door_1 Number Used: 629 First entry: 84.95 (s) Last : 483.07 (s) Avg PPM : 94.80
Flow Time: 398.12 (s) No Flow Time: 14.52 (s) MNS : 3.65 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
351
Simulation of 2 Palanque .exo, with 629 People, Generated Wed Oct 24 21:59:21 2007
buildingEXODUS V4.02b
Academic
Licence No: 694761072
Expires on: 31/10/2007
buildingEXODUS is a product of
U.G.M.T.
a subsidiary of
the University of Greenwich
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Simulation 2
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Attribute | Average| Min| Max|
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Males | 387| 387| 387|
Female | 242| 242| 242|
Age | 46.01| 17.00| 80.00|
Agility | 4.37| 2.00| 6.99|
Drive | 8.18| 1.01| 14.98|
F. Walk(m/s) | 1.34| 1.20| 1.50|
Walk (m/s) | 1.21| 1.08| 1.35|
Crawl (m/s) | 0.27| 0.24| 0.30|
Leap (m/s) | 1.07| 0.96| 1.20|
Mobility | 1.00| 1.00| 1.00|
Patience (s) | 3.04| 1.00| 4.99|
Response (s) | 14.57| 0.10| 29.95|
Weight | 64.71| 40.01| 89.86|
Height | 1.75| 1.50| 2.00|
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Number of People out 629, first out (secs) 62.46 last 387.42
Final Simulation time 387.42
Number of People Starting on floor 0 (Floor_0) was 7, last exit (secs) 387.42
Number of People Starting on floor 1 (Floor_1) was 5, last exit (secs) 342.92
Number of People Starting on floor 2 (Floor_2) was 296, last exit (secs) 287.69
Number of People Starting on floor 3 (Floor_3) was 280, last exit (secs) 265.26
Number of People Starting on floor 4 (Floor_4) was 41, last exit (secs) 222.15
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Internal Doors and Census Points performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Int. Exit: InDoor_1 Number Used: 23 First entry: 2.69 (s) Last : 48.46 (s) Avg PPM : 30.15
Flow Time: 45.77 (s) No Flow Time: 16.27 (s) MNS : 35.54 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 23 Avg.PPM : 30.15
Int. Exit: InDoor_2 Number Used: 18 First entry: 2.90 (s) Last : 38.99 (s) Avg PPM : 29.93
Flow Time: 36.09 (s) No Flow Time: 9.77 (s) MNS : 27.07 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 18 Avg.PPM : 29.93
Int. Exit: InDoor_3 Number Used: 163 First entry: 7.28 (s) Last : 232.15 (s) Avg PPM : 43.49
Flow Time: 224.87 (s) No Flow Time: 27.52 (s) MNS : 12.24 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 163 Avg.PPM : 43.49
Int. Exit: InDoor_4 Number Used: 158 First entry: 11.45 (s) Last : 215.27 (s) Avg PPM : 46.51
352
Flow Time: 203.82 (s) No Flow Time: 35.40 (s) MNS : 17.37 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 158 Avg.PPM : 46.51
Int. Exit: InDoor_5 Number Used: 313 First entry: 6.36 (s) Last : 267.81 (s) Avg PPM : 71.83
Flow Time: 261.45 (s) No Flow Time: 0.00 (s) MNS : 0.00 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 313 Avg.PPM : 71.83
Int. Exit: InDoor_6 Number Used: 304 First entry: 3.89 (s) Last : 255.36 (s) Avg PPM : 72.53
Flow Time: 251.47 (s) No Flow Time: 0.00 (s) MNS : 0.00 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 304 Avg.PPM : 72.53
End of Internal Doors and Census Points data
Door performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Ext. Exit: Door_1 Number Used: 629 First entry: 62.46 (s) Last : 387.42 (s) Avg PPM : 116.14
Flow Time: 324.96 (s) No Flow Time: 4.72 (s) MNS : 1.45 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
353
Simulation of Sim 3 - Palanque.exo, with 629 People, Generated Fri Oct 26 12:06:31 2007
buildingEXODUS V4.02b
Academic
Licence No: 694761072
Expires on: 31/10/2007
buildingEXODUS is a product of
U.G.M.T.
a subsidiary of
the University of Greenwich
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Simulation 3
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Attribute | Average| Min| Max|
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Males | 629| 629| 629|
Female | 0| 0| 0|
Age | 10.52| 7.00| 14.00|
Agility | 5.02| 3.00| 6.99|
Drive | 9.92| 5.01| 14.98|
F. Walk(m/s) | 0.90| 0.60| 1.20|
Walk (m/s) | 0.81| 0.54| 1.08|
Crawl (m/s) | 0.18| 0.12| 0.24|
Leap (m/s) | 0.72| 0.48| 0.96|
Mobility | 1.00| 1.00| 1.00|
Patience (s) | 3.06| 1.00| 5.00|
Response (s) | 14.83| 0.01| 29.96|
Weight | 65.36| 40.05| 89.92|
Height | 1.75| 1.50| 2.00|
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Number of People out 629, first out (secs) 29.54 last 645.23
Final Simulation time 645.23
Number of People Starting on floor 0 (Floor_0) was 7, last exit (secs) 642.61
Number of People Starting on floor 1 (Floor_1) was 5, last exit (secs) 645.23
Number of People Starting on floor 2 (Floor_2) was 296, last exit (secs) 537.49
Number of People Starting on floor 3 (Floor_3) was 280, last exit (secs) 510.99
Number of People Starting on floor 4 (Floor_4) was 41, last exit (secs) 436.51
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Internal Doors and Census Points performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Int. Exit: InDoor_1 Number Used: 22 First entry: 11.08 (s) Last : 55.18 (s) Avg PPM : 29.93
Flow Time: 44.10 (s) No Flow Time: 7.86 (s) MNS : 17.82 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 22 Avg.PPM : 29.93
Int. Exit: InDoor_2 Number Used: 19 First entry: 9.88 (s) Last : 55.83 (s) Avg PPM : 24.81
Flow Time: 45.94 (s) No Flow Time: 14.12 (s) MNS : 30.73 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 19 Avg.PPM : 24.81
Int. Exit: InDoor_3 Number Used: 162 First entry: 8.08 (s) Last : 243.15 (s) Avg PPM : 41.35
Flow Time: 235.07 (s) No Flow Time: 32.34 (s) MNS : 13.76 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 162 Avg.PPM : 41.35
354
Int. Exit: InDoor_4 Number Used: 159 First entry: 7.99 (s) Last : 447.99 (s) Avg PPM : 21.68
Flow Time: 440.00 (s) No Flow Time: 218.04 (s) MNS : 49.55 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 159 Avg.PPM : 21.68
Int. Exit: InDoor_5 Number Used: 310 First entry: 10.76 (s) Last : 290.26 (s) Avg PPM : 66.55
Flow Time: 279.50 (s) No Flow Time: 0.56 (s) MNS : 0.20 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 310 Avg.PPM : 66.55
Int. Exit: InDoor_6 Number Used: 307 First entry: 20.91 (s) Last : 516.78 (s) Avg PPM : 37.15
Flow Time: 495.87 (s) No Flow Time: 98.64 (s) MNS : 19.89 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 307 Avg.PPM : 37.15
End of Internal Doors and Census Points data
Door performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Ext. Exit: Door_1 Number Used: 0 First entry: 0.00 (s) Last : 0.00 (s) Avg PPM : 0.00
Flow Time: 0.00 (s) No Flow Time: 0.00 (s) MNS : 0.00 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Ext. Exit: Door_2 Number Used: 629 First entry: 29.54 (s) Last : 645.23 (s) Avg PPM : 61.30
Flow Time: 615.69 (s) No Flow Time: 14.29 (s) MNS : 2.32 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
355
Simulation of Hold Sim 1.exo, with 707 People, Generated Wed Dec 19 16:59:36 2007
buildingEXODUS V4.06
Academic
Licence No: 694761072
Expires on: 5/12/2008
buildingEXODUS is a product of
U.G.M.T.
a subsidiary of
the University of Greenwich
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Simulation 1
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Attribute | Average| Min| Max|
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Males | 707| 707| 707|
Female | 0| 0| 0|
Age | 10.45| 7.00| 14.00|
Agility | 5.07| 3.00| 6.99|
Drive | 9.81| 5.01| 14.99|
F. Walk(m/s) | 0.91| 0.60| 1.20|
Walk (m/s) | 0.82| 0.54| 1.08|
Crawl (m/s) | 0.18| 0.12| 0.24|
Leap (m/s) | 0.73| 0.48| 0.96|
Mobility | 1.00| 1.00| 1.00|
Patience (s) | 2.96| 1.00| 5.00|
Response (s) | 15.52| 0.07| 29.92|
Weight | 64.81| 40.03| 89.62|
Height | 1.75| 1.50| 2.00|
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Number of People out 707, first out (secs) 23.95 last 652.55
Final Simulation time 652.55
Number of People Starting on floor 0 (Floor_0) was 4, last exit (secs) 652.55
Number of People Starting on floor 1 (Floor_1) was 56, last exit (secs) 583.04
Number of People Starting on floor 2 (Floor_2) was 302, last exit (secs) 499.43
Number of People Starting on floor 3 (Floor_3) was 345, last exit (secs) 384.93
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Internal Doors and Census Points performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Int. Exit: InDoor_1 Number Used: 181 First entry: 18.67 (s) Last : 219.90 (s) Avg PPM : 53.97
Flow Time: 201.23 (s) No Flow Time: 1.28 (s) MNS : 0.64 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 181 Avg.PPM : 53.97
Int. Exit: InDoor_2 Number Used: 164 First entry: 28.36 (s) Last : 345.89 (s) Avg PPM : 30.99
Flow Time: 317.53 (s) No Flow Time: 51.37 (s) MNS : 16.18 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 164 Avg.PPM : 30.99
Int. Exit: InDoor_3 Number Used: 355 First entry: 22.15 (s) Last : 421.29 (s) Avg PPM : 53.37
Flow Time: 399.13 (s) No Flow Time: 1.87 (s) MNS : 0.47 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 355 Avg.PPM : 53.37
Int. Exit: InDoor_4 Number Used: 292 First entry: 29.40 (s) Last : 410.78 (s) Avg PPM : 45.94
Flow Time: 381.38 (s) No Flow Time: 4.00 (s) MNS : 1.05 (%)
Event Times (secs) None
356
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 292 Avg.PPM : 45.94
Int. Exit: InDoor_5 Number Used: 378 First entry: 22.97 (s) Last : 509.11 (s) Avg PPM : 46.65
Flow Time: 486.14 (s) No Flow Time: 25.95 (s) MNS : 5.34 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 378 Avg.PPM : 46.65
Int. Exit: InDoor_6 Number Used: 310 First entry: 18.52 (s) Last : 448.33 (s) Avg PPM : 43.27
Flow Time: 429.82 (s) No Flow Time: 7.89 (s) MNS : 1.83 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 310 Avg.PPM : 43.27
End of Internal Doors and Census Points data
Door performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Ext. Exit: Door_1 Number Used: 692 First entry: 67.60 (s) Last : 652.55 (s) Avg PPM : 70.98
Flow Time: 584.95 (s) No Flow Time: 24.30 (s) MNS : 4.15 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Ext. Exit: Door_2 Number Used: 15 First entry: 23.95 (s) Last : 102.02 (s) Avg PPM : 11.53
Flow Time: 78.07 (s) No Flow Time: 43.72 (s) MNS : 56.00 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
357
Simulation of Hold Sim 2.exo, with 707 People, Generated Wed Dec 19 18:13:52 2007
buildingEXODUS V4.06
Academic
Licence No: 694761072
Expires on: 5/12/2008
buildingEXODUS is a product of
U.G.M.T.
a subsidiary of
the University of Greenwich
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Simulation 2
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Attribute | Average| Min| Max|
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Males | 435| 435| 435|
Female | 272| 272| 272|
Age | 45.30| 17.00| 80.00|
Agility | 4.41| 2.02| 6.97|
Drive | 8.48| 1.08| 14.99|
F. Walk(m/s) | 1.35| 1.20| 1.50|
Walk (m/s) | 1.22| 1.08| 1.35|
Crawl (m/s) | 0.27| 0.24| 0.30|
Leap (m/s) | 1.08| 0.96| 1.20|
Mobility | 1.00| 1.00| 1.00|
Patience (s) | 3.02| 1.00| 5.00|
Response (s) | 14.98| 0.06| 29.98|
Weight | 65.78| 40.06| 89.97|
Height | 1.76| 1.50| 2.00|
Number of People out 707, first out (secs) 30.67 last 623.42
Final Simulation time 623.42
Number of People Starting on floor 0 (Floor_0) was 4, last exit (secs) 623.42
Number of People Starting on floor 1 (Floor_1) was 56, last exit (secs) 578.86
Number of People Starting on floor 2 (Floor_2) was 302, last exit (secs) 500.77
Number of People Starting on floor 3 (Floor_3) was 345, last exit (secs) 365.43
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Internal Doors and Census Points performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Int. Exit: InDoor_1 Number Used: 181 First entry: 15.76 (s) Last : 214.61 (s) Avg PPM : 54.61
Flow Time: 198.85 (s) No Flow Time: 0.42 (s) MNS : 0.21 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 181 Avg.PPM : 54.61
Int. Exit: InDoor_2 Number Used: 164 First entry: 22.03 (s) Last : 327.54 (s) Avg PPM : 32.21
Flow Time: 305.52 (s) No Flow Time: 58.28 (s) MNS : 19.08 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 164 Avg.PPM : 32.21
Int. Exit: InDoor_3 Number Used: 354 First entry: 19.78 (s) Last : 416.63 (s) Avg PPM : 53.52
Flow Time: 396.85 (s) No Flow Time: 2.90 (s) MNS : 0.73 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 354 Avg.PPM : 53.52
Int. Exit: InDoor_4 Number Used: 293 First entry: 23.73 (s) Last : 383.76 (s) Avg PPM : 48.83
Flow Time: 360.02 (s) No Flow Time: 1.01 (s) MNS : 0.28 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 293 Avg.PPM : 48.83
358
Int. Exit: InDoor_5 Number Used: 371 First entry: 15.42 (s) Last : 505.40 (s) Avg PPM : 45.43
Flow Time: 489.98 (s) No Flow Time: 40.53 (s) MNS : 8.27 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 371 Avg.PPM : 45.43
Int. Exit: InDoor_6 Number Used: 317 First entry: 14.00 (s) Last : 414.87 (s) Avg PPM : 47.45
Flow Time: 400.86 (s) No Flow Time: 1.47 (s) MNS : 0.37 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 317 Avg.PPM : 47.45
End of Internal Doors and Census Points data
Door performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Ext. Exit: Door_1 Number Used: 692 First entry: 51.51 (s) Last : 623.42 (s) Avg PPM : 72.60
Flow Time: 571.91 (s) No Flow Time: 14.07 (s) MNS : 2.46 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Ext. Exit: Door_2 Number Used: 15 First entry: 30.67 (s) Last : 62.05 (s) Avg PPM : 28.68
Flow Time: 31.39 (s) No Flow Time: 4.89 (s) MNS : 15.56 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
359
Simulation of Sim 3 Base Jd Hold.exo, with 707 People, Generated Wed Dec 19 18:37:27 2007
buildingEXODUS V4.06
Academic
Licence No: 694761072
Expires on: 5/12/2008
buildingEXODUS is a product of
U.G.M.T.
a subsidiary of
the University of Greenwich
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Simulation 3
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Attribute | Average| Min| Max|
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Males | 707| 707| 707|
Female | 0| 0| 0|
Age | 10.45| 7.00| 14.00|
Agility | 5.07| 3.00| 6.99|
Drive | 9.81| 5.01| 14.99|
F. Walk(m/s) | 0.91| 0.60| 1.20|
Walk (m/s) | 0.82| 0.54| 1.08|
Crawl (m/s) | 0.18| 0.12| 0.24|
Leap (m/s) | 0.73| 0.48| 0.96|
Mobility | 1.00| 1.00| 1.00|
Patience (s) | 2.96| 1.00| 5.00|
Response (s) | 15.52| 0.07| 29.92|
Weight | 64.81| 40.03| 89.62|
Height | 1.75| 1.50| 2.00|
Number of People out 707, first out (secs) 23.95 last 584.94
Final Simulation time 584.94
Number of People Starting on floor 0 (Floor_0) was 4, last exit (secs) 584.94
Number of People Starting on floor 1 (Floor_1) was 56, last exit (secs) 538.43
Number of People Starting on floor 2 (Floor_2) was 302, last exit (secs) 472.14
Number of People Starting on floor 3 (Floor_3) was 345, last exit (secs) 413.16
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Internal Doors and Census Points performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Int. Exit: InDoor_1 Number Used: 181 First entry: 27.76 (s) Last : 377.07 (s) Avg PPM : 31.09
Flow Time: 349.31 (s) No Flow Time: 65.67 (s) MNS : 18.80 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 181 Avg.PPM : 31.09
Int. Exit: InDoor_2 Number Used: 164 First entry: 7.44 (s) Last : 375.07 (s) Avg PPM : 26.77
Flow Time: 367.63 (s) No Flow Time: 97.08 (s) MNS : 26.41 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 164 Avg.PPM : 26.77
Int. Exit: InDoor_3 Number Used: 309 First entry: 29.40 (s) Last : 443.04 (s) Avg PPM : 44.82
Flow Time: 413.64 (s) No Flow Time: 6.08 (s) MNS : 1.47 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 309 Avg.PPM : 44.82
Int. Exit: InDoor_4 Number Used: 174 First entry: 8.46 (s) Last : 255.51 (s) Avg PPM : 42.26
Flow Time: 247.06 (s) No Flow Time: 8.71 (s) MNS : 3.53 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 174 Avg.PPM : 42.26
360
Int. Exit: InDoor_5 Number Used: 350 First entry: 18.52 (s) Last : 481.68 (s) Avg PPM : 45.34
Flow Time: 463.17 (s) No Flow Time: 4.10 (s) MNS : 0.89 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 350 Avg.PPM : 45.34
End of Internal Doors and Census Points data
Door performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Ext. Exit: Door_1 Number Used: 354 First entry: 67.60 (s) Last : 584.94 (s) Avg PPM : 41.06
Flow Time: 517.34 (s) No Flow Time: 40.07 (s) MNS : 7.75 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Ext. Exit: Door_2 Number Used: 15 First entry: 23.95 (s) Last : 102.02 (s) Avg PPM : 11.53
Flow Time: 78.07 (s) No Flow Time: 41.51 (s) MNS : 53.17 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Ext. Exit: Door_3 Number Used: 338 First entry: 80.88 (s) Last : 538.43 (s) Avg PPM : 44.32
Flow Time: 457.55 (s) No Flow Time: 70.31 (s) MNS : 15.37 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
361
Simulation of Sim 4 Base Jd Hold.exo, with 707 People, Generated Tue Jan 01 15:41:51 2008
buildingEXODUS V4.06
Academic
Licence No: 694761072
Expires on: 5/12/2008
buildingEXODUS is a product of
U.G.M.T.
a subsidiary of
the University of Greenwich
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Simulation 4
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Attribute | Average| Min| Max|
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Males | 707| 707| 707|
Female | 0| 0| 0|
Age | 10.45| 7.00| 14.00|
Agility | 5.07| 3.00| 6.99|
Drive | 9.81| 5.01| 14.99|
F. Walk(m/s) | 0.91| 0.60| 1.20|
Walk (m/s) | 0.82| 0.54| 1.08|
Crawl (m/s) | 0.18| 0.12| 0.24|
Leap (m/s) | 0.73| 0.48| 0.96|
Mobility | 1.00| 1.00| 1.00|
Patience (s) | 2.96| 1.00| 5.00|
Response (s) | 15.52| 0.07| 29.92|
Weight | 64.81| 40.03| 89.62|
Height | 1.75| 1.50| 2.00|
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Number of People out 707, first out (secs) 23.95 last 444.54
Final Simulation time 433.70
Number of People Starting on floor 0 (Floor_0) was 4, last exit (secs) 444.54
Number of People Starting on floor 1 (Floor_1) was 56, last exit (secs) 412.01
Number of People Starting on floor 2 (Floor_2) was 302, last exit (secs) 335.07
Number of People Starting on floor 3 (Floor_3) was 345, last exit (secs) 303.46
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Internal Doors and Census Points performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Int. Exit: InDoor_1 Number Used: 164 First entry: 6.91 (s) Last : 217.43 (s) Avg PPM : 46.74
Flow Time: 210.52 (s) No Flow Time: 10.73 (s) MNS : 5.10 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 164 Avg.PPM : 46.74
Int. Exit: InDoor_2 Number Used: 181 First entry: 27.76 (s) Last : 256.90 (s) Avg PPM : 47.39
Flow Time: 229.14 (s) No Flow Time: 15.31 (s) MNS : 6.68 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 181 Avg.PPM : 47.39
Int. Exit: InDoor_3 Number Used: 174 First entry: 7.64 (s) Last : 191.94 (s) Avg PPM : 56.65
Flow Time: 184.30 (s) No Flow Time: 0.88 (s) MNS : 0.48 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 174 Avg.PPM : 56.65
Int. Exit: InDoor_4 Number Used: 309 First entry: 29.40 (s) Last : 307.07 (s) Avg PPM : 66.77
362
Flow Time: 277.67 (s) No Flow Time: 0.45 (s) MNS : 0.16 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 309 Avg.PPM : 66.77
Int. Exit: InDoor_5 Number Used: 350 First entry: 18.10 (s) Last : 338.77 (s) Avg PPM : 65.49
Flow Time: 320.67 (s) No Flow Time: 1.65 (s) MNS : 0.51 (%)
Event Times (secs) None
Potential: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Forward 350 Avg.PPM : 65.49
End of Internal Doors and Census Points data
Door performances :-
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Ext. Exit: Door_1 Number Used: 354 First entry: 67.60 (s) Last : 444.54 (s) Avg PPM : 56.35
Flow Time: 366.10 (s) No Flow Time: 23.19 (s) MNS : 6.34 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Ext. Exit: Door_2 Number Used: 15 First entry: 23.95 (s) Last : 102.02 (s) Avg PPM : 11.53
Flow Time: 78.07 (s) No Flow Time: 41.66 (s) MNS : 53.36 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
Ext. Exit: Door_3 Number Used: 338 First entry: 76.91 (s) Last : 406.47 (s) Avg PPM : 61.54
Flow Time: 331.89 (s) No Flow Time: 22.90 (s) MNS : 6.90 (%)
Event Times (secs) None
Type: General Potential: 100.00 Attractiveness: 100.00 Unit Flow Rate (occ/m/s): 1.33 1.33
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