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LUIZ FERNANDO PRICINOTTO
RESPOSTA DO MILHO PIPOCA ÀS DOSES E ÉPOCAS DE APLICAÇÃO DO
NITROGÊNIO EM ADUBAÇÃO DE COBERTURA
MARINGÁ
PARANÁ – BRASIL
MARÇO – 2009
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LUIZ FERNANDO PRICINOTTO
RESPOSTA DO MILHO PIPOCA ÀS DOSES E ÉPOCAS DE APLICAÇÃO DO
NITROGÊNIO EM ADUBAÇÃO DE COBERTURA
Dissertação apresentada à Universidade
Estadual de Maringá, como parte das
exigências do Programa de Pós-
Graduação em Agronomia, Área de
Concentração em Produção Vegetal,
para obtenção do título de Mestre.
MARINGÁ
PARANÁ – BRASIL
MARÇO – 2009
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Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
(Biblioteca Central - UEM, Maringá – PR., Brasil)
Pricinotto, Luiz Fernando
P947r Resposta do milho pipoca às doses e épocas de
aplicação do nitrogênio em adubação de cobertura /
Luiz Fernando Pricinotto. -- Maringá, 2009.
xv, 74 f. : il., figs.
Orientador : Prof. Dr. Pedro Soares Vidigal Filho.
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de
Maringá, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, 2009.
1. Milho-pipoca (Zea mays L.) - Adubação
nitrogenada - Produtividade. I. Vidigal Filho, Pedro
Soares, orient. II. Universidade Estadual de Maringá.
Programa de Pós-Graduação em Agronomia. III. Título.
CDD 21.ed. 633.15
ii
iii
iv
“O único lugar onde o sucesso vem
antes do trabalho é no dicionário.”
Albert Einstein
v
Aos meus amados pais Valmir e Ivone, pelo apoio, amor, orações,
carinho e exemplos de luta, força e dignidade.
Dedico.
vi
AGRADECIMENTOS
Ao Criador, pelas graças proporcionadas em minha vida;
À Universidade Estadual de Maringá, que me proporcionou a
oportunidade de aperfeiçoamento por meio do Programa de Pós-graduação em
Agronomia (PGA);
À Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES), pela concessão da Bolsa de Estudo;
Ao professor Pedro Soares Vidigal Filho (DAG/PGA), pela Orientação;
Aos professores Carlos Alberto Scapim (DAG/PGA), Alessandro de
Lucca e Braccini (DAG/PGA) e Maria Anita Gonçalves da Silva (DAG/PGA)
pelas valorosas contribuições a esse trabalho;
Ao amigo Odair José Marques, pelo grandioso auxílio nas dificuldades
e pela valorosa amizade firmada nesses dois anos de convivência;
Aos amigos Deivid Lincoln Reche e Luciano Ivano da Silva pelo
valoroso auxílio na condução do experimento e pela grande amizade;
Aos senhores Paulo, Antônio e Gildo (Funcionários da Fazenda
Experimental de Iguatemi), pelo auxílio nas tarefas realizadas na área
experimental;
À Érika Cristina Takamizawa Sato (Secretária do PGA), pela atenção
dedicada e amizade;
Ao meu irmão, Gustavo Pricinotto, que sempre esteve presente e
incentivou-me nos momentos difíceis;
À minha namorada, Michelly Poliana Viguiato, que sempre me serviu
de exemplo de dedicação para realização de minhas tarefas;
A todos os parentes, amigos e colegas não nominados que, de uma
forma ou de outra, contribuíram para que esse trabalho pudesse ser realizado e
que rezaram pelo meu sucesso;
vii
BIOGRAFIA
LUIZ FERNANDO PRICINOTTO, filho de Valmir Pricinotto e Ivone
Polizer Pricinotto, nasceu na cidade de Japurá (PR), aos 05 dias do mês de
Outubro de 1984.
Em 1986, mudou-se com a família para o município de Araguari (MG),
de onde retornou para Japurá (PR) no ano de 1993.
Em 1991, ingressou no ensino fundamental na Colégio Positivo, em
Araguari (MG).
Em 1998, concluiu o ensino fundamental na Escola Estadual Emílio de
Menezes, em Japurá (PR).
Em 1999, ingressou no ensino médio no Colégio Estadual Rui Barbosa,
concluindo-o em 2001.
Em 2001, foi aprovado no vestibular de Inverno da Universidade
Estadual de Maringá - UEM, no curso de Agronomia, onde, em 2006 concluiu o
ensino em nível superior, obtendo o título de Engenheiro Agrônomo;
Em Março de 2007, ingressou no Curso de Mestrado em Agronomia,
área de concentração em Produção Vegetal, junto ao Programa de s-
graduação em Agronomia – PGA, da Universidade Estadual de Maringá
UEM, em Maringá, PR.
viii
ÍNDICE
LISTA DE FIGURAS...........................................
............................................
.......ix
LISTA DE QUADROS................................................................................
...
.......xi
LISTA DE QUADROS DO APÊNDICE....................................................
.......
......xii
RESUMO.................................................................................................
.......
...........................
..
....xiii
ABSTRACT.............................................................................................
........
..........................
..
.....xv
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................4
2.1. Origem.....................................................................................................4
2.2. Produtividade e capacidade de expansão...............................................4
2.3. Nitrogênio e crescimento e desenvolvimento da planta de milho............7
2.3.1. Respostas da cultura à adubação nitrogenada.....................................9
2.3.2. Época de aplicação do nitrogênio.......................................................15
2.4. Adubação em milho pipoca ...................................................................18
2.5. Estádios fenológicos da planta de milho ...............................................19
3. MATERIAL E MéTODOS .........................................................................20
3.1. Localização ...........................................................................................20
3.2. Clima .....................................................................................................20
3.3. Solo das áreas experimentais ...............................................................21
3.4. Tratamentos e delineamento experimental ...........................................22
3.4.1. Características das unidades experimentais ......................................23
3.5. Implantação e condução dos experimentos ..........................................23
3.5.1. Preparo do solo da área experimental................................................23
3.5.2. Cultivares de milho pipoca utilizadas..................................................23
3.5.3. Semeadura e população de plantas ...................................................24
3.5.4. Adubação de semeadura....................................................................24
3.5.5. Adubação de cobertura ......................................................................25
3.5.6. Identificação dos estádios fenológicos ...............................................25
3.5.7. Tratos culturais e fitossanitários .........................................................26
3.5.8. Irrigação..............................................................................................27
3.6. Avaliações fitotécnicas ..........................................................................27
ix
3.6.1. Altura média de plantas......................................................................27
3.6.2. Altura média de inserção de espiga....................................................27
3.6.3. Índice de área foliar ............................................................................28
3.6.4. Comprimento da espiga......................................................................28
3.6.5. Número de grãos por fileira ................................................................28
3.6.6. Massa de 1.000 grãos ........................................................................28
3.6.7. Massa de grãos por espiga ................................................................29
3.6.8. Produtividade de grãos da cultura ......................................................29
3.6.9. Capacidade de expansão...................................................................29
3.7. Análises estatísticas..............................................................................30
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...............................................................32
4.1. Safra de “Verão”....................................................................................32
4.1.1. Condições climáticas..........................................................................32
4.1.2. Características da parte aérea das plantas ........................................32
4.1.3. Componentes de produção e capacidade de expansão.....................35
4.1.4. Contrastes entre o fatorial e as testemunhas adicionais ....................43
4.2. Safra de Outono/Inverno (‘Safrinha’).....................................................45
4.2.1. Ccondições climáticas ........................................................................45
4.2.2. Características da parte aérea das plantas ........................................45
4.2.3. Componentes de produção e capacidade de expansão.....................49
4.2.4. Contrastes entre o fatorial e as testemunhas adicionais ....................56
5. CONCLUSÕES........................................................................................59
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................60
APÊNDICE.......................................................................................................71
x
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Precipitação pluvial acumulada (mm) e temperaturas
médias máximas e nimas (ºC) semanais, ocorridas na
Fazenda Experimental de Iguatemi, no período de outubro
de 2007 a setembro de 2008. (Dados obtidos junto ao
LAS/FEI). .....................................................................................21
Figura 2 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela
e (b) IAC-125 e das épocas de aplicação na altura das
plantas de milho pipoca cultivado na safra de “Verão” de
2007/2008....................................................................................33
Figura 3 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela
e (b) IAC-125 e das épocas de aplicação na altura de
inserção da espiga de milho pipoca cultivado na safra de
“Verão” de 2007/2008..................................................................34
Figura 4 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela
e (b) IAC-125 e das épocas de aplicação no índice de área
foliar das plantas de milho pipoca cultivado na safra de
“Verão” de 2007/2008..................................................................35
Figura 5 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela
e (b) IAC-125 e das épocas de aplicação no comprimento
da espiga de milho pipoca cultivado na safra de “Verão” de
2007/2008....................................................................................36
Figura 6 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela
e (b) IAC-125 e das épocas de aplicação no número de
grãos por fileira das espigas de milho pipoca cultivado na
safra de “Verão” de 2007/2008....................................................37
Figura 7 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela
e (b) IAC-125 e das épocas de aplicação na massa de
grãos por espiga de milho pipoca cultivado na safra de
“Verão” de 2007/2008..................................................................38
Figura 8 Efeito das doses de N, (a) dentro das cultivares e (b) dentro
das épocas de aplicação na massa de 1.000 grãos de
milho pipoca cultivado na safra de “Verão” de 2007/2008...........39
Figura 9 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela
e (b) IAC-125 e das épocas de aplicação na produtividade
de grãos de milho pipoca cultivado na safra de “Verão” de
2007/2008....................................................................................41
xi
Figura 10 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela
e (b) IAC-125 e das épocas de aplicação na capacidade de
expansão dos grãos de milho pipoca cultivado na safra de
“Verão” de 2007/2008..................................................................42
Figura 11 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela
e (b) IAC-125 e das épocas de aplicação na altura de
plantas de milho pipoca cultivado na “Safrinha” de 2008. ...........46
Figura 12 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela
e (b) IAC-125 e das épocas de aplicação na altura de
inserção de espiga das plantas de milho pipoca cultivado
na “Safrinha” de 2008. .................................................................47
Figura 13 Efeito das doses de N, (a) dentro das cultivares e (b) dentro
das épocas de aplicação no índice de área foliar das
plantas de milho pipoca cultivado na “Safrinha” de 2008. ...........48
Figura 14 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela
e (b) IAC-125 e das épocas de aplicação no comprimento
de espiga de milho pipoca cultivado na “Safrinha” de 2008. .......50
Figura 15 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela
e (b) IAC-125 e das épocas de aplicação no número de
grãos por fileira da espiga de milho pipoca cultivado na
“Safrinha” de 2008.......................................................................51
Figura 16 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela
e (b) IAC-125 e das épocas de aplicação na massa de
grãos por espiga de milho pipoca cultivado na “Safrinha” de
2008.............................................................................................52
Figura 17 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela
e (b) IAC-125 e das épocas de aplicação na massa de
1.000 grãos de milho pipoca cultivado na “Safrinha” de
2008.............................................................................................53
Figura 18 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela
e (b) IAC-125 e das épocas de aplicação na produtividade
de grãos de milho pipoca cultivado na “Safrinha” de 2008..........54
Figura 19 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela
e (b) IAC-125 e das épocas de aplicação na capacidade de
expansão dos grãos de milho pipoca cultivado na “Safrinha”
de 2008........................................................................................56
xii
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Características químicas e físicas do LATOSSOLO
VERMELHO distrófico da área experimental do cultivo de
“Verão”......................................................................................... 21
Quadro 2 Características químicas e físicas de NITOSSOLO
VERMELHO eutrófico da área experimental do cultivo da
“Safrinha”..................................................................................... 22
Quadro 3 Características agronômicas das cultivares de milho pipoca
utilizadas...................................................................................... 24
Quadro 4 Descrição dos tratamentos estudados......................................... 25
Quadro 5 Estádios fenológicos* da cultura do milho ................................... 26
Quadro 6 Contrastes entre os tratamentos do fatorial e os tratamentos
adicionais em relação à produtividade de grãos, safra de
“Verão” de 2007/2008.................................................................. 43
Quadro 7 Contrastes entre os tratamentos do fatorial e os tratamentos
adicionais em relação à capacidade de expansão, safra de
“Verão” de 2007/2008.................................................................. 44
Quadro 8 Contrastes entre os tratamentos do fatorial e os tratamentos
adicionais em relação à produtividade de grãos, “Safrinha
de 2008........................................................................................ 57
Quadro 9 Contrastes entre os tratamentos do fatorial e os tratamentos
adicionais em relação à capacidade de expansão, “Safrinha”
de 2008........................................................................................ 58
xiii
LISTA DE QUADROS DO APÊNDICE
Quadro 1A Resumo da análise de variância (Quadrados Médios) das
variáveis respostas altura de plantas (AP), altura de
inserção da espiga (AIE) e índice de área foliar (IAF), safra
de “Verão” de 2007/2008 ........................................................72
Quadro 2A Resumo da análise de variância (Quadrados Médios) das
variáveis respostas comprimento de espigas (CPE),
número de grãos por fileira (NGF) e massa de grãos por
espiga (MGE), safra de “Verão” de 2007/2008 .......................72
Quadro 3A Resumo da análise de variância (Quadrados Médios) das
variáveis respostas massa de 1.000 grãos (MMG),
produtividade de grãos (PROD) e capacidade de
expansão (CE), safra de “Verão” de 2007/2008 .....................73
Quadro 4A Resumo da análise de variância (Quadrados Médios) das
variáveis respostas altura de plantas (AP), altura de
inserção da espiga (AIE) e índice de área foliar (IAF),
“Safrinha” de 2008 ..................................................................73
Quadro 5A Resumo da análise de variância (Quadrados Médios) das
variáveis respostas comprimento de espigas (CPE),
número de grãos por fileira (NGF) e massa de espiga
(MGE), “Safrinha” de 2008......................................................74
Quadro 6A Resumo da análise de variância (Quadrados Médios) das
variáveis respostas massa de 1.000 grãos (MMG),
produtividade de grãos (PROD) e capacidade de
expansão (CE), “Safrinha” de 2008 ........................................74
xiv
RESUMO
PRICINOTTO, LUIZ FERNANDO, M.Sc. Universidade Estadual de Maringá.
Março de 2009. Resposta do milho pipoca às diferentes doses e épocas de
aplicação de nitrogênio em cobertura. Professor Orientador: Pedro Soares
Vidigal Filho. Professores Conselheiros: Carlos Alberto Scapim, Maria Anita
Gonçalves da Silva e Alessandro de Lucca e Braccini.
O objetivo desse trabalho foi avaliar a resposta do milho pipoca na
produtividade, nas características da planta e na qualidade da pipoca, em
função da adubação nitrogenada (N) em cobertura. O trabalho foi realizado na
Fazenda Experimental de Iguatemi, da Universidade Estadual de Maringá,
durante os períodos da safra de “Verão” de 2007/2008 e da “Safrinha” de 2008.
Os experimentos foram instalados sob o delineamento em blocos completos
com tratamentos casualizados, no esquema fatorial de 5 x 2 x 2 + 2, em que
foram estudadas 5 doses de nitrogênio em cobertura, aplicados em 2 estádios
fenológicos de 2 cultivares de milho pipoca, com 2 testemunhas com 4
repetições. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e de
regressão. As características avaliadas foram altura de planta, altura de
inserção da espiga, índice de área foliar, comprimento da espiga, número de
grãos por fileira, massa de grãos por espiga, massa de 1.000 grãos,
produtividade de grãos e capacidade de expansão da pipoca. No período de
“Verão”, as características da parte aérea das plantas de milho pipoca não
foram influenciadas pela adubação nitrogenada, enquanto que, os
componentes de produção responderam de forma positiva ao N aplicado em
cobertura, sobretudo na cultivar BRS-Angela, mesmo com a ocorrência de
déficit hídrico. No período da “Safrinha”, a adubação nitrogenada proporcionou
respostas positivas nas características da parte aérea das plantas. Os
componentes de produção foram influenciados pelas baixas temperaturas, em
ambas as cultivares, mesmo assim, a produtividade de grãos da cultivar IAC-
125 respondeu de forma positiva à adubação nitrogenada. o houve
xv
influência da adubação nitrogenada na capacidade de expansão do milho
pipoca, nos dois períodos avaliados.
Palavras-chave: Zea mays L., Fertilizantes, Nitrogênio, Adubação, Capacidade
de expansão.
xvi
ABSTRACT
PRICINOTTO, LUIZ FERNANDO, M.Sc. State University of Maringá. March,
2009. Popcorn responses to different shots and times of application of
nitrogen in covering. Adviser: Pedro Soares Vidigal Filho. Committee
members: Carlos Alberto Scapim, Maria Anita Gonçalves da Silva and
Alessandro de Lucca e Braccini.
The objective of this work was to evaluate the responses of the popcorn in the
productivity, in the characteristics of the plant and in the quality of the popcorn,
in function of the manure with nitrogen (N) in covering. The work was conducted
in Fazenda Experimental de Iguatemi, of the Universidade Estadual de
Maringá, during the summer harvest of 2007/2008 and the autumn/fall of 2008.
The experiments was installed in a blocks with treatments completely
randomized, in the factorial design of 5 x 2 x 2 + 2, in that they were studied five
N shots in covering, applied in two fenologic stadiums of two cultivate of
popcorn (a variety and a hybrid), with two additional treatments (shot of 180kg
ha
-1
fractional, for each to cultivate) with four repetitions. The data were
submitted to analyses of variance and regression. The popcorn characteristics
evaluated were: plant height, height of the ear insert, index of foliar area, length
of the ear, number of the grains for row, mass of the grains for ear, mass of the
a thousand grains, productivity and expansion capacity. In the "summer", the
characteristics of the aerial part of the plants of the popcorn were not influenced
by nitrogen fertilization, while the components of production to respond
positively to N applied in coverage, especially in the BRS-Angela, even with the
occurrence of water deficit. In the period of the "autumn", the nitrogen provided
positive responses on the characteristics of the aerial part of the plants. The
components of production were affected by low temperatures, in both cultivars,
in the "autumn", even so, the grain yield of the cultivar IAC-125 responded
positively to nitrogen fertilization. The use of manure with nitrogen in covering
didn't interfere in the expansion capacity of the it cultivate of popcorn in both
appraised periods.
Index terms: Zea mays everta, Fertilizers, Nitrogen, Manuring, Expansion
Capacity.
1
1. INTRODUÇÃO
O milho pipoca é um tipo de milho especial que tem como principal
característica a capacidade de estourar o grão quando aquecido, e se
transformar em pipoca, característica essa que o diferencia do milho comum,
embora ambos pertençam a mesma espécie botânica (Zea mays L.). É
considerado um milho de grãos duros, com sementes pequenas e pericarpo
mais espesso entre os tipos de milho (ZIEGLER e ASHMAN, 1994).
No Brasil, os dados sobre produção, produtividade e consumo de milho
pipoca o escassos pelo fato de ele ser incluído, nos levantamentos
estatísticos, no total de produção de grãos de milho comum.
De acordo com informações de empresas que atuam no setor, na safra
2003/04 foram importadas cerca de 61.000 toneladas, e a produção nacional
foi de aproximadamente 20.000 toneladas, podendo-se estimar que o consumo
no período considerado foi de aproximadamente 80.000 toneladas de grãos,
cerca de 75% desse mercado corresponde ao milho pipoca americano,
importado principalmente da Argentina (PACHECO et al., 1998; GALVÃO et al.,
2000; PEREIRA e AMARAL Jr., 2001; SCAPIM et al. 2006). Enquanto que na
safra 2004/05, segunda estas mesmas empresas, a importação brasileira de
milho pipoca caiu para 20.000 toneladas.
O milho pipoca é muito apreciado no Brasil e devido ao aprimoramento
e popularização das pipoqueiras elétricas, e dos fornos de microondas,
constata-se um aumento crescente na produção e no consumo do referido
produto (NUNES, 2003).
O melhoramento de cultivares e o desenvolvimento de uma tecnologia
de produção específica para o milho pipoca levaram a um aumento significativo
na qualidade do produto nos Estados Unidos, fato que contribuiu para ampliar a
aceitação dos híbridos americanos no mercado brasileiro. No Brasil, o milho
pipoca não recebeu a mesma atenção dos pesquisadores que o milho comum,
e as pesquisas encontram-se restritas a poucas instituições oficiais e a
2
algumas empresas privadas produtoras de sementes ou grãos para exportação
(NUNES, 2003).
Todavia, o interesse pelo cultivo de milho pipoca vem crescendo a
cada ano, tendo em vista o potencial de retorno econômico da cultura,
sobretudo, para os pequenos agricultores que praticam a agricultura familiar.
Isso tem sido confirmado pelo número crescente de trabalhos com milho pipoca
como objeto de pesquisa, principalmente nas linhas de melhoramento genético,
adaptabilidade da cultura e qualidade de grãos (RUFFATO et al., 2000;
ANDRADE et al., 2001; ANDRADE et al., 2002; PINHO et al., 2003;
CARNEIRO et al., 2003; SIMON et al., 2004; PACHECO et al., 2005;
CARPENTIERI-PÍPOLO et al., 2005; SCAPIM et al., 2006; SEIFERT et al.,
2006; FREITAS Jr. et al., 2006; PINTO et al., 2007; VILELA et al., 2008), mas
ainda é necessário o desenvolvimento tecnológico em outras áreas do
conhecimento.
Um dos fatores limitante na produtividade brasileira de milho pipoca é a
falta de informações sobre práticas culturais aplicadas à cultura, dentre as
quais se destaca o manejo da adubação. A adubação afeta, principalmente a
produtividade, mas também quando efetuada de forma correta, pode contribuir
para a melhoria da qualidade dos grãos.
Em nível de campo, observa-se que vários agricultores têm utilizado as
recomendações de adubação do milho comum para a cultura do milho pipoca,
de forma adaptada. Isso ocorre, principalmente, em função dos resultados
experimentais para a cultura do milho pipoca serem escassos. No entanto,
devido diferenças de potenciais produtivos entre eles, as doses de fertilizantes
utilizadas para o milho pipoca podem estar sendo superestimadas (NUNES,
2003).
Os fertilizantes estão entre os itens que mais oneram o custo de
produção da cultura do milho pipoca. Esse fato, somado à pequena
disponibilidade de recursos para investimentos da maioria dos agricultores,
contribui para que o uso desse insumo seja inadequado. Para estimular o
emprego da adubação, é necessário desenvolver estudos para aumentar a sua
3
eficiência, de forma a tornar o investimento economicamente viável
(EMBRAPA, 1993).
Na cultura do milho comum o manejo adequado do nitrogênio (N) é
importante porque ele está diretamente associado com a elevação dos
produtividades de grãos desta cultura (HEINRICHS et al., 2003; MAR e
MARCHETTI, 2003; ARAÚJO et al., 2004; FERNANDES e BUZETTI, 2005;
SILVA et al., 2005; SILVA et al., 2006; DUETE et al.,2008), apesar dos seus
efeitos dependerem de fatores genotípicos (CARLONE e RUSSELL, 1987) e
ambientais (BONDAVALLI et al., 1970), o que também ocorre com a maioria
das culturas.
No solo o N proveniente de fertilizantes minerais segue diferentes
caminhos: i) parte é absorvida pelas plantas; ii) parte é perdida por processos
de lixiviação, volatilização, erosão e denitrificação (LARA CABEZAS et al.,
2000); iii) parte permanece no solo na forma de nitrogênio orgânico
(SCIVITTARO et al.,2000; SILVA et al., 2006)
A quantidade de nitrogênio a ser aplicado deve ser definida levando em
consideração a produtividade almejado, a cultivar utilizada, a fertilidade e
classe do solo, o clima local, a época de semeadura, a cultura antecessora e o
sistema de produção adotado (PÖTTKER e WIETHÖLTER, 2004).
Além da produtividade de grãos, outra característica importante na
cultura do milho pipoca é a sua capacidade de expansão dos grãos (CE), a
qual normalmente é utilizada como referência na avaliação do valor comercial
da cultivar e dos grãos comercializados. Quanto maior for a CE, maior valor
comercial terá a cultivar, pois essa característica esta associada com a maciez
da pipoca. Tal característica é afetada por diversos fatores, entre eles os
genéticos e ambientais (SAWAZAKI, 1996). Existe uma escassez de literatura
e informações a respeito da interação entre adubação nitrogenada e
produtividade de grãos e/ou características agronômicas do milho pipoca.
Diante do exposto, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de
avaliar a resposta do milho pipoca à doses e épocas de aplicação da
adubação nitrogenada em cobertura.
4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Origem
O milho pipoca (Zea mays L.) tem como centro de origem o Sul do
México e a América Central, Incluindo as Antilhas (VAVILOV, 1951). Essa
espécie é uma cultura típica do continente americano e de acordo com
descobertas arqueológicas, esse tipo de milho teve um importante papel no
desenvolvimento pré-histórico do milho comum no referido continente (LUZ,
2003).
Várias hipóteses têm sido propostas a cerca da origem e evolução do
milho pipoca, entretanto nenhuma destas hipóteses é aceita definitivamente
(ZINSLY e MACHADO, 1987; RICCI, 2006). Erwin (1949) propôs que o milho
pipoca tivesse sido originado por meio de uma mutação do milho “flint”. Outra
teoria da origem do milho pipoca demonstra que ele provém do teosinte (Zea
mexicana) por seleção direta do homem (GAMA et al., 1990).
Quando comparadas com o milho comum, as plantas de milho pipoca,
na sua maioria, apresentam-se mais precoces, prolíficas, menores, com menor
número de folhas, limbo foliar estreito, maior tamanho de pendão, espigas
menores, inserção de espiga mais alta, maior suscetibilidade a doenças e a
pragas, e menor produtividade de grãos (ZIEGLER e ASHMAN, 1994).
2.2. Produtividade e capacidade de expansão
A produtividade de grãos e a capacidade de expansão são duas
características de importância para o milho pipoca, sendo que a presença de
bons resultados em apenas uma destas características não propicia bom
produtividade econômico da cultura. Embora seja almejada a maior
produtividade da lavoura, é a capacidade de expansão que tem papel decisivo
no valor comercial da pipoca (ZINSLY e MACHADO, 1987).
5
No ambiente agronômico ou agrícola, a produtividade é definida como
a quantidade de produção por unidade de área cultivada. Assim sendo, a
produtividade, tanto do milho comum como a do milho pipoca, é influenciada
por vários fatores ambientais, genéticos e de manejo da cultura. E dentre os
fatores associados ao manejo da cultura, um dos principais é a adubação, e no
caso de gramíneas se dá uma maior importância a adubação nitrogenada.
De acordo com Fancelli e Dourado Neto (2004), para se obter
produtividade elevada e lucrativa na cultura do milho, é necessário que se
tenha atenção especial com a escolha da época correta de semeadura para a
região em questão, o uso de genótipos adequados as condições do ambiente,
conhecimento pleno das etapas críticas do desenvolvimento da cultura,
emprego de ações de intervenção fundamentadas em estádios fenológicos e a
garantia não do equilíbrio, mas também do fornecimento de nutrientes em
doses adequadas. Os mesmos autores, citam ainda que a produtividade da
cultura do milho está diretamente relacionada com a população de plantas e
prolificidade, ambas otimizadas para cada genótipo utilizado, e também o
número médio de fileiras de grãos por espiga, número médio de grãos por
fileira e da massa média dos grãos.
Por sua vez, a propriedade de expansão do milho pipoca ocorre na
medida em que o calor no interior do grão aumenta e as moléculas de água se
expandem, aumentando a pressão interna (SILVA et al., 1993). De acordo com
Silva et al. (1993), quando a temperatura atinge aproximadamente 180ºC e a
pressão no grão alcança 930,8 kPa, o pericarpo se rompe e o endosperma se
expande violentamente por meio das fraturas do pericarpo (RUFFATO et al.,
2000).
A capacidade de expansão (CE), obtida pelo teste oficial de volume,
pode ser estimada seja pela relação entre volume de pipoca estourada e o
volume de grãos utilizados para estourar, ou pelo teste oficial de peso, cuja
expansão é medida pela razão de volume expandido por peso de grãos, sendo
que o resultado é expresso pelo índice de capacidade de expansão (ICE),
conforme Ruffato et al. (2000). Tal característica é afetada por vários fatores,
entre eles os genéticos e os ambientais (SAWAZAKI, 1996). Dentre os fatores
6
ambientais, é importante verificar se variações em determinadas práticas
culturais, tais como a adubação, poderão afetar a qualidade da pipoca,
avaliada pela CE.
De acordo com o projeto de Normas de Identidade e Qualidade de
Milho Pipoca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)
do Brasil, para que o milho pipoca possa ser comercializado, segundo o teste
oficial de volume, é necessário apresentar, no mínimo, um ICE de 15
(PACHECO et al., 1996; GUADAGNIN, 1996). Entretanto, conforme Gama et
al. (1990), sementes de uma boa cultivar devem ter capacidade de expansão
acima de 25.
Contudo, pelo teste oficial de peso, de acordo com Green e Harris
(1960) uma população de milho pipoca com capacidade de expansão menor
que 25ml g
-1
é considerada pobre, apresentando em torno de 25 e 30ml g
-1
é
considerada regular e, para valores entre 30 e 35ml g
-1
é considerada boa.
Acima de 35ml g
-1
as populações são consideradas como excelentes.
As características de produtividade e de capacidade de expansão do
milho pipoca, até a primeira metade da década de 90, estavam por volta de
2.500kg ha
-1
e de 20 (v/v), respectivamente. Na segunda metade da mesma
década, a produtividade de grãos estava por volta de 3.000kg ha
-1
e a CE em
25 (v/v). Em experimentos conduzidos em Viçosa e Visconde do Rio Branco,
na Zona da Mata de Minas Gerais, foram obtidas médias de produtividade de
grãos de até 2.766kg ha
-1
(ANDRADE, 1996). Por outro lado, o ‘Ensaio
Nacional de Milho Pipoca’, realizado no ano agrícola de 1991/1992, apresentou
média geral de 2.075kg ha
-1
, e a melhor cultivar produziu 3.058kg ha
-1
. A
capacidade de expansão (v/v) nesses ensaios teve valor médio de 17,5 e maior
valor de 20,8 (SAWAZAKI, 1996). Estudos desenvolvidos por Coimbra et al.
(2001), trabalhando com a população de milho pipoca DFT-1 Ribeirão,
resultaram na produtividade de 4.924kg ha
-1
sob irrigação, enquanto que,
Galvão et al., 2000, avaliando híbridos de milho pipoca, obtiveram
produtividade de até 5.000kg ha
-1
de grãos.
WILLIER e BRUNSON (1927) observaram que a capacidade de
expansão teve uma correlação com a massa de cem grãos, diminuindo de 24,2
7
para 6,0 à medida que essa massa aumentou de 11,6 para 15,5g. A mesma
relação entre tamanho dos grãos e capacidade de expansão foi constatada por
Sawazaki et al. (1986), que afirmam que a expansão do endosperma é afetada
principalmente pelo fator genético, além do tamanho e da umidade dos grãos,
havendo indicações de que a maior capacidade de expansão é obtida com
grãos de tamanho menor e com umidade entre 10,5 e 11,5%.
2.3. Nitrogênio e crescimento e desenvolvimento da planta de milho
O nitrogênio é absorvido pelas plantas principalmente na forma de NO
3
-
e NH
4
+
(MARENCO E LOPES, 2005), que são reduzidas à N-NH
2
e
incorporado à biomassa vegetal.
Conforme Below (1995), o N é o nutriente que mais frequentemente
limita o crescimento e a produtividade de plantas não-leguminosas, que
requerem relativamente grandes quantidades de N (1,5 a 5% da massa seca
da planta) para incorporação em numerosos componentes orgânicos. Estes
componentes incluem aminoácidos, proteínas, que contém em torno de 18% de
N (MARENCO E LOPES, 2005), açúcares nucléicos e reguladores de
crescimento, todos eles desempenham funções vitais no crescimento e
desenvolvimento de plantas (BELOW, 1995).
Em adição a sua função na formação de proteínas, o N é uma parte
integral da clorofila, que é o principal receptor da energia luminosa necessária
para a fotossíntese (TISDALE et al. 1985).
Segundo Marschner (1995) dentre os fatores que fazem do N o
nutriente mais importante para a cultura do milho pode-se citar sua participação
no crescimento vegetativo, na fotossíntese, no aumento da porcentagem total
de proteínas, tendo por conseqüência o aumento da produtividade.
Below (1995), afirma que o N é incorporado em numerosos compostos
orgânicos à planta, cuja maioria (90%) está presente nas proteínas. Embora, o
metabolismo do N em relação ao crescimento e produtividade da planta seja
complexo, é possível resumi-lo em duas funções básicas, como: manutenção
da capacidade fotossintética, em particular, pela participação no N na molécula
8
de clorofila e pelo estímulo ao crescimento e o desenvolvimento de drenos
reprodutivos.
O nitrogênio (N) é um dos nutrientes absorvidos em maiores
quantidades pelas culturas e também pode ser o mais limitante para as
mesmas. Büll (1993) relata que o N é o elemento mais exportado pelas plantas
de milho, e que a cada tonelada de grãos produzida são exportados
aproximadamente 15kg de N, outros autores afirmam que este valor se
encontra entre 20 e 25kg (SOUZA e LOBATO, 2004). Isto se deve ao fato da
maior parte do N presente na planta ser exportado junto com os grãos, que
retém cerca de dois terços do N da plantas e, somente, um terço se distribui
nas partes remanescentes da planta (DUETE et al., 2008; SILVA et al., 2006).
O uso de fertilizantes propicia o fornecimento dos nutrientes necessário
para o desenvolvimento das culturas, e este insumo é um dos itens que mais
oneram o custo de produção das culturas, principalmente na cultura do milho
(AMADO et al., 2002; ARAÚJO et al., 2004; SILVA et al., 2005). Dessa forma,
torna-se necessário o correto manejo do fertilizante visando o maior
aproveitamento pela cultura, de forma a tornar o investimento economicamente
viável.
No que se refere a absorção de N pelas plantas de milho, a mesma
ocorre em todo seu ciclo vegetativo, sendo pequena no primeiro mês, aumenta
consideravelmente a partir daí, atingindo taxa superior a 4,5kg ha
-1
por dia,
durante todo o florescimento (CRUZ et al., 2008).
A maior demanda de N pela cultura do milho se a partir do estádio
de quatro a cinco folhas expandidas (V
4
e V
5
), quando o suprimento insuficiente
nessa fase pode levar a uma redução na diferenciação do número de óvulos
nos primórdios da espiga e no número de espigas por planta, reduzindo assim
o o potencial produtivo da cultura (MENGEL e BARBER, 1974; COELHO et al.,
2003).
Todavia, Fancelli (1997) evidencia que nesse caso particular, a baixa
disponibilidade de nitrogênio (< 25kg ha
-1
) e a ocorrência de temperaturas
baixas (< 12°C) no início do desenvolvimento da planta (estádios V
4
/V
5
),
9
contribuem de forma decisiva para a redução do potencial de produção da
cultura.
O N, depois de aplicado ao solo, está sujeito a perdas por volatilização,
imobilização, denitrificação e lixiviação, e a eficiência das plantas em utilizar
este N é regulada por fatores edafoclimáticos, bem como pelo tipo de cultura e
de fertilizante e das práticas de manejo (BASSO e CERETTA, 2000; LARA
CABEZAS et al., 2005; LARA CABEZAS e COUTO, 2007).
A condição favorável à mineralização ou imobilização do N, é
influenciada por fatores como: temperatura, umidade, presença de O
2
,
biomassa microbiana do solo e pela relação C/N do material orgânico
adicionado ao solo (LOPES et al., 2004).
A dinâmica do N fertilizante no solo, seja ele de origem mineral ou
orgânica, tem relação direta com o teor de matéria orgânica do solo, o tipo de
cultura implantada anteriormente, relação C/N dos resíduos da cultura anterior,
tipo de solo, dentre outros, sendo os processos de imobilização/mineralização
governados pelas condições climáticas (AMADO e MIELNICZUK, 2000).
2.4. Respostas da cultura à adubação nitrogenada
A obtenção de elevada produtividade na cultura do milho requer
grandes quantidades de N (ROJAS et al., 1999; CANTARELLA et al., 2003;
COUTO, 2003; GAVA, 2003). Atualmente, no Brasil, para a cultura do milho
são recomendadas doses de N que variam de 30 a 40kg ha
-1
na semeadura
(adubação de semeadura) e 140 a 180kg ha
-1
em cobertura (SOUZA e
LOBATO, 2004). Pauletti e Costa (2000), em condições mais específicas
para a região dos Campos Gerais no Paraná, afirmam que a dose total de
120kg ha
-1
, é suficiente para atender as necessidades em nitrogênio na cultura
do milho para obtenção de altas produtividades.
O aumento no suprimento de N proporciona maior taxa de crescimento
e o vigor das plantas, enquanto a deficiência resulta em plantas menores e com
folhas de coloração mais pálidas. Conjuntamente, em qualquer uma destas
situações as deficiências indicadas afetam a interceptação solar, a fotossíntese
e, em ultima instância, a produtividade de grãos (BELOW, 2002).
10
Vale ressaltar que a adubação nitrogenada, além de proporcionar
aumento na produtividade, também propicia maior altura da planta, altura da
inserção da espiga e maiores teores de N na folha. Sangoi e Almeida (1994)
observaram efeito do uso de adubação nitrogenada na altura das plantas ou de
inserção da primeira espiga quando a cultura se desenvolveu em condições de
estresse hídrico. Também foi verificado efeito da adubação nitrogenada na
altura de plantas e altura de espigas em trabalho realizado por Pauletti e Costa
(2000).
Estudos desenvolvidos por Mar e Marchetti (2003), provaram que o
fornecimento da dose de N de 120kg ha
-1
foi a que proporcionou maiores
alturas de plantas e de inserção de espigas. Os mesmos resultados foram
obtidos por Silva et al. (2005), no qual os autores afirmaram que a altura das
plantas e altura de inserção das espigas estão diretamente relacionadas.
Silva et al. (2005) demonstraram que o incremento da dose de N
aplicada proporcionou aumento na altura da planta e da espiga, atingindo os
pontos de ximo, com as doses de 171 e 158kg ha
-1
, respectivamente. De
acordo com Büll (1993), uma planta bem nutrida em N apresenta melhor
desenvolvimento de área foliar e de sistema radicular, uma vez que o nutriente
influencia diretamente a divisão e expansão celular e o processo fotossintético,
podendo causar aumento da altura da planta e, consequentemente, favorecer a
maior altura da espiga.
Gomes et al. (2007) observaram aumento na altura de plantas em
função do aumento das doses de N aplicado, sendo que os maiores valores
foram obtidos com a dose de 150 kg de N.ha
-1
.
A altura das plantas de milho também apresentou resposta à diferentes
doses de N utilizadas no trabalho realizado por Cruz et al. (2008), no qual a
altura das plantas respondeu de forma quadrática ao aumento do fornecimento
de N com máxima altura alcançada com a dose de 90kg ha
-1
. O autor afirma
que até determinadas doses de N, a planta continua a crescer, a partir dessas
doses, o auto-sombreamento e o sombreamento mútuo entre plantas, contribui
para a redução do crescimento. Por sua vez, Duete et al. (2008), da mesma
11
forma, observaram efeito das doses de N sobre a altura de plantas e de
inserção de espigas de milho comum.
De acordo com Fancelli e Dourado Neto (2004), a produtividade da
cultura do milho está diretamente relacionada com a atividade fotossintética da
planta, sendo que esta depende da extensão da área foliar e do tempo de
permanência das folhas em plena atividade na planta. O desenvolvimento e
permanência dessas folhas têm relação direta, entre outros fatores, com o
estado nutricional da planta, principalmente em relação à disponibilidade de
nitrogênio. O aumento no fornecimento de nitrogênio possibilitou maior número
de folhas, e também altura de inserção da espiga e índice de área foliar à
cultura do milho em estudo realizado por Soares (2003).
Por outro lado, Casagrande e Fornasieri Filho (2002), quando
avaliando doses e épocas de aplicação do N em milho safrinha, não
observaram efeito significativo para altura de plantas e de espigas,
independente da forma de aplicação, ausência de resposta essa justificada
pelo alto teor de matéria orgânica do solo. A mesma ausência de resposta da
altura de plantas às doses de N foi obtida em trabalho realizado por Ferreira et
al. (2001).
Os fatores ambientais, os fatores inerentes à própria cultura e os
fatores do solo afetam a resposta da cultura do milho à adubação nitrogenada
de tal forma que as respostas de produtividade podem ter comportamento
variado em diferentes locais, assim como em solos férteis, com alto teor
residual de N, adubações nitrogenadas podem não ter efeito ou a mesmo
reduzir os produtividades (BELOW, 2002).
A adubação nitrogenada está diretamente relacionada com os
componentes que definem a produtividade da cultura do milho. O aumento da
adubação nitrogenada proporciona maiores valores para número de espigas
por planta, número de grãos por fileira, massa de grãos por espigas e massa
de 1.000 grãos e por fim, maiores produtividades (BÜLL, 1993; SANGOI E
ALMEIDA, 1994; FERREIRA et al., 2001).
Raij et al. (1981) conduziram 25 ensaios avaliando o efeito do
nitrogênio na cultura de milho, e observaram reação positiva das plantas em 16
12
destes ensaios, sendo que o ganho médio de produtividade alcançado com a
maior dose de N (120kg ha
-1
), foi de aproximadamente 1.500kg ha
-1
de grãos, e
o maior ganho de produtividade obtido com a mesma dose foi de 5.000kg ha
-1
.
Sangoi e Almeida (1994) mostraram que em condições de solo com
elevado teor de matéria orgânica aliado a estresse hídrico, houve menor
produtividade e maior efeito de doses de N, em termos de incremento
porcentual na produtividade de grãos. Quando as condições hídricas foram
mais favoráveis, a produtividade foi maior, mas o efeito das doses de N foi
menos acentuado. Desta forma é possível afirmar que a maior disponibilidade
de umidade no solo tenha proporcionado maior mineralização da matéria
orgânica, reduzindo o efeito do N-mineral.
Pauletti e Costa (2000), afirmam que na ausência de adubação
nitrogenada, ocorre redução da massa de 1.000 grãos, dados estes que
diferem dos observados por Escosteguy et al. (1997).
Outro estudo feito por Ferreira et al. (2001), com relação ao efeito da
adubação nitrogenada em quatro doses (0; 70; 140 e 210kg ha
-1
) sobre a
produção e qualidade de grãos, mostraram que a produção de grãos, o número
de espigas por planta, a massa das espigas com e sem palha e a massa de
1.000 grãos aumentaram com o incremento das doses de N, obtendo-se a
máxima produção com a dose de 200kg ha
-1
. Por outro lado, Casagrande e
Fornasieri Filho (2002), quando avaliando doses e épocas de aplicação do N
em milho safrinha, não observaram o efeito do N para massa de 1.000 grãos,
índice de colheita e produtividade de grãos, independente da forma de
aplicação, ausência de resposta essa justificada pelo alto teor de matéria
orgânica presente no solo.
Trabalho realizado por Oliveira e Caíres (2003) demonstrou maior
produtividade de grãos, massa de grãos por espigas e por planta e massa de
1.000 grãos quando o N foi fornecido em maiores quantidades à cultura.
Por sua vez, Soares (2003) constatou que a aplicação de N na dose de
120kg ha
-1
proporcionou aumento tanto da produtividade de grãos quanto de
uma série de outras variáveis que contribuíram para esse aumento, tais como
diâmetro do colmo, comprimento da espiga, massa seca de espiga e
13
prolificidade, sendo que a aplicação do dobro da dose (240kg ha
-1
) não resultou
em acréscimo significativo nos valores obtidos. Por outro lado, um efeito
positivo das doses de N sobre o comprimento de espigas não foi observado em
trabalho realizado por Heinrichs et al. (2003), enquanto que, a massa de 1.000
grãos e a produtividade foram influenciados pelas doses de N. Da mesma
forma, Araújo et al. (2004) demonstraram efeito do uso de N em cobertura
sobre a produtividade de grãos de milho em condições de alta produtividade (>
9.000 kg ha
-1
), pois foi obtido ajuste linear desta em função das doses de N.
Fernandes et al. (2004), não observaram diferenças significativas na
massa de 1.000 grãos e número de grãos por fileira em diferentes doses de N
(90, 180 e 270kg ha
-1
) e diferentes épocas de aplicação. Por outro lado,
Fernandes e Buzetti (2005), avaliando três doses de N (0, 90 e 180kg ha
-1
)
observaram resposta na massa de 100 grãos, e não no número de grãos por
fieira e um ajuste quadrático das doses de N em relação aa produtividade de
grãos de milho comum, sendo a maior produtividade alcançada com a dose de
142 kg ha
-1
.
Posteriormente, Lourente et al. (2007) avaliando doses de N e
diferentes coberturas antecessoras ao cultivo do milho, evidenciaram que em
média, a adubação nitrogenada proporcionou um aumento no teor de N foliar,
no comprimento e no diâmetro das espigas, na massa de 1.000 grãos, e na
produtividade. Aumentos na produtividade devido as maiores doses de N
utilizadas, independente da cultura antecessora, também foram observados por
Silva et al. (2006) e Andrioli et al. (2008).
Gomes et al. (2007) observaram aumento da produtividade de grãos e
massa de grãos por espiga em função do aumento das doses de N aplicado,
sendo que os maiores valores foram obtidos com a dose de 150 kg de N.ha
-1
.
Aumento na produtividade de grãos também foi observada em trabalho de
Duete et al. (2008), no qual os autores observaram efeito do N sobre a massa
de 1.000 grãos.
Cruz et al. (2008) obtiveram efeito das doses de N sobre a
produtividade das cultivares estudadas, com ajuste quadrático para a variedade
utilizada e linear para os híbridos. Os diferentes resultados o explicados
14
devido à variedade apresentar menor potencial produtivo que híbridos, os quais
são selecionados visando altas produtividades.
Em condições de plantio direto com diferentes tipos de cobertura
morta, Andrioli et al. (2008) verificaram que as doses de N para a xima
produtividade foram de 97,1; 87,8 e 96,1kg ha
-1
para coberturas com crotalária,
lablab e milheto, respectivamente, para a condição de plantio convencional a
dose de N necessária para a máxima produtividade foi de 120kg ha
-1
(média de
três anos).
O nitrogênio quando utilizado em altas doses pode modificar o pH do
solo, aumentando ou diminuindo a disponibilidade de alguns nutrientes e pode
também proporcionar aumento na mineralização da matéria orgânica do solo e,
consequentemente, aumentar a quantidade de nutrientes disponíveis (LANGE,
2006).
Em ensaios realizados por Silva et al. (2003) e Cazetta et al. (2005), a
cultura do milho apresentou aumentos lineares na produtividade em função do
aumento das doses, não sendo possível a identificação do ponto de máxima
produtividade da cultura.
Na maioria dos casos a eficiência na utilização da adubação
nitrogenada pela cultura do milho se encontra entre 43 a 57% tal como
observado por Reddy e Reddy (1993). Os autores observaram também que o N
não aproveitado pelas plantas foi três vezes maior quando se dobrou a dose de
100kg ha
-1
para 200kg ha
-1
. Tais resultados evidenciam que doses maiores
aumentam a produção, mas diminuem a eficiência de utilização do fertilizante.
Visando maior eficiência na utilização do N aplicado na forma de
fertilizante, é importante não aplicar quantidade de N maior que a necessidade
da cultura para a produtividade ximo, informação essa confirmada por
ensaios realizados por Olson (1980), que não verificou diferença de
produtividade entre as doses de 50 e 150kg ha
-1
. outros trabalhos como os
de Coelho et al. (1992) e Fernandes et al. (1998) que evidenciaram que, tanto a
produção de palhada quanto a de grãos de milho aumentaram de forma
quadrática com o aumento das doses de N, e as doses de N para máxima
eficiência econômica (90% da máxima produção) foram de 70 e 80kg ha
-1
,
15
respectivamente. Tais doses são bem inferiores as doses mais elevadas
testadas, doses estas que proporcionaram produtividades inferiores.
2.5. Época de aplicação do nitrogênio
Normalmente, o aproveitamento do N fertilizante pela cultura do milho
decresce com o aumento da dose aplicada, uma vez que o suprimento deste
nutriente pode exceder as necessidades da cultura, podendo ocorrer perdas,
principalmente por lixiviação, volatilização e denitrificação (LARA CABEZAS et
al., 2000; SILVA et al., 2006).
Em geral, a absorção do nitrogênio pela cultura do milho é mais intensa
no período entre o 40º e 60º dia após a germinação, mas a planta ainda
absorve pequena quantidade na germinação e após o início do florescimento,
caracterizando dessa forma três fases para a absorção: uma fase inicial logo
após a germinação, uma fase de crescimento rápido, quando 70 a 80% de toda
a matéria seca é acumulada, e uma última fase de crescimento lento, que
ocorre o acumulo de cerca de 10% da massa seca total (MACHADO et al.,
1982; HARPER e SHARPE, 1995; VASCONCELLOS et al., 1998).
Por sua vez, Mengel e Barber (1974), definem a época de maior
demanda por N pela cultura do milho com base nos estádio fenológicos da
cultura, sendo que a maior demanda seria a partir do momento em que as
plantas apresentam de 4 a 5 folhas completamente expandidas. O suprimento
de N insuficiente nessa fase pode reduzir a diferenciação celular e o número de
óvulos nos primórdios da espiga e o número de espigas por planta e, com isso,
afetar negativamente a produtividade de grãos (MENGEL e BARBER, 1974;
SCHREIBER et al., 1998).
A adubação nitrogenada pode ser realizada em diferentes épocas, seja
em pré-semeadura (manejo de cobertura do solo), semeadura ou cobertura
(após a emergência da cultura).
O parcelamento da dose utilizada e a avaliação da época de aplicação
do adubo nitrogenado constituem-se em alternativas para maximizar a
eficiência da adubação nitrogenada e reduzir as perdas. Isso acontece devido o
maior aproveitamento do N pela cultura, resultante da sincronização entre as
16
aplicações e o período de alta demanda do nutriente pela cultura (AMADO et
al., 2002; SILVA et al., 2005).
Em condições de solos com baixo teor de argila, períodos chuvosos e
altas doses de N, o parcelamento da adubação de cobertura pode ser realizado
em duas ou mais vezes visando melhor aproveitamento pela cultura do N
aplicado. O parcelamento da adubação nitrogenada se faz necessário quando
o solo apresenta percentual de argila menor do que 30% ou quando a época de
aplicação coincidir com o período chuvoso (FANCELLI e DOURADO NETO,
2004). Gava et al. (2006) verificaram que, em média, cerca de 25% do N
aplicado em cobertura não é aproveitado pela planta de milho, devido perdas
por lixiviação, volatilização da amônia e denitrificação (LARA CABEZAS et al.
2000).
Dessa forma, o parcelamento visando ao aumento da eficiência da
adubação nitrogenada, constitui uma prática recomendada (COSTA e
OLIVEIRA, 1998). Além disso, a adubação nitrogenada em cobertura tem sido
bastante efetiva, ao minimizar as perdas do nutriente aplicado e atender à
demanda da cultura. Deve-se, entretanto, levar em consideração a fenologia da
cultura do milho, as condições climáticas e a classe de solo, pois grande
parcelamento do adubo nitrogenado em cobertura pode comprometer os
retornos econômicos da adubação (FRANÇA et al., 1994).
Coelho et al. (2003) afirma que o parcelamento reduz o excesso de
sais no sulco de plantio, o risco de prejuízo à germinação e atenua as perdas
de nitrato por lixiviação.
Silva e Silva (2002) observaram que a aplicação única do N aos 45
dias após a semeadura proporcionou menor altura de plantas e de espigas que
em tratamentos, nos quais, o N foi aplicado ao menos em parte na semeadura
ou na época de 25 dias após a semeadura, sendo que não foi observado efeito
das épocas de aplicação sobre a massa de 100 grãos e produtividade de grãos
de milho comum.
Ao avaliar efeitos das doses e épocas de aplicação de N no cultivo do
milho “Safrinha”, Silva e Silva (2002) e Mar e Marchetti (2003) verificaram que a
aplicação da dose total do N, tanto no estádio V
4
quanto no V
8
, o
17
proporcionou diferenças na produtividade de grãos de milho, mas o
parcelamento (1/3 na semeadura e 2/3 em cobertura, nos estádios V
4
e V
8
) das
doses de 90 e 120kg ha
-1
de N proporcionou melhor aproveitamento do
nutriente, enquanto que para doses inferiores (60 kg ha
-1
) não foram
observados efeitos significativos.
Heinrichs et al. (2003) verificaram que a adubação nitrogenada em
cobertura não afetou o diâmetro e o comprimento de espiga, diâmetro de
sabugo e massa seca de plantas, enquanto que a massa de 1.000 grãos e a
produtividade de grãos de milho aumentaram em função das doses de N
aplicada em cobertura.
Por outro lado, Silva et al. (2005) demonstraram que a maior
produtividade foi proporcionada pela aplicação do N nos estádios iniciais da
cultura (na semeadura e entre ao estádios V
4
e V
6
), enquanto que a aplicação
no 35º dia após a emergência da plântulas foi considerada tardia para a planta
de milho no sistema de plantio direto.
Silva et al. (2006) demonstraram que as épocas de aplicação do N
influenciaram a altura da planta e da espiga, apenas quando se confrontaram
os tratamentos em que todo o N foi aplicado entre os estádios V
8
a V
10
com
aquele em que se aplicou meia dose do N na semeadura e o restante entre os
estádios V
8
a V
10
, sendo que a aplicação de parte na semeadura proporcionou
plantas maiores. E a aplicação parcelada do N (metade da dose de N na
semeadura e metade entre os estádios V
4
a V
6
) também proporcionou maior
altura de espiga, quando comparada ao tratamento em que todo o N foi
aplicado entre os estádios V
8
a V
10
.
Silva et al (2006) observaram maior produtividade de grãos quando o N
foi aplicado no estádio V
4
, quando comparado a aplicação no estádio V
8
.
Em ensaios realizados por Gomes et al. (2007), os autores observaram
que os maiores produtividades de grãos foram obtidos quando o N foi aplicado
todo em cobertura em dose única ou parcelado em duas ou três vezes. Tais
resultados corroboram com aqueles obtidos por Fernandes e Buzetti (2005),
bem como os obtidos por Rambo et al. (2008), em que a maior dose de N
aplicado (20% na semeadura e o restante em cobertura (estádio V
6
) foi
18
responsável pela maior produtividade da cultura. Arf et al. (2007) não obtiveram
a mesma resposta as épocas de aplicação, quando utilizando a dose de 100 kg
de N.ha
-1
aplicada toda na semeadura, parcelada 20, 40, 60 ou 80% da dose
total em cobertura e o restante na semeadura ou dose total em cobertura.
Gomes et al. (2007) também verificaram aumento significativo na
massa de grãos por espigas e na massa de 1.000 grãos com a aplicação do N
em cobertura (30 dias após a emergência).
O milho apresenta alto aproveitamento do N quando este é aplicado
parcelado em, no máximo, três vezes até o estádio V
8
, sendo que
parcelamentos em quatro eu cinco vezes em estádios mais avançados da
cultura, não proporcionaram incremento na eficiência da utilização e nem na
produtividade (DUETE et al., 2008).
2.6. Adubação em milho pipoca
Os dados experimentais sobre práticas de adubação para a cultura do
milho pipoca são escassos no Brasil, principalmente relacionados ao uso de
adubação nitrogenada em cobertura. O que se encontra na maioria das vezes
são dados técnicos publicados por empresas particulares, os quais, se baseiam
em adaptações das recomendações do milho comum para o milho pipoca.
A avaliação da resposta do milho pipoca a adubação foi efetuada por
Brugnera (2003), utilizando duas doses na adubação de semeadura, 250 e
500kg.ha
-1
da formulação 08-28-16. Os autores observaram que o aumento na
dose da adubação de semeadura proporcionou aumento da produtividade de
grãos, todavia, o alterou a capacidade de expansão e, consequentemente, a
qualidade da pipoca.
Gökmen et al. (2001) observaram que o aumento nas doses de N
utilizada na cultura do milho pipoca levou a um aumento na produtividade.
Entretanto, as doses entre 100 a 250kg.ha
-1
não apresentaram efeito
significativo no aumento da produtividade, apesar de que as maiores doses de
N propiciaram maior massa de 1.000 grãos e maior massa de grãos por espiga.
As recomendações de adubação nitrogenada para milho pipoca
segundo Sawazaki (2001) é de 20 a 30kg ha
-1
de N na semeadura e de 100, 70
19
e 40 kg ha
-1
em cobertura para solos de alta, média e baixa resposta ao
nitrogênio, respectivamente.
2.7. Estádios fenológicos da planta de milho
O conceito de fenologia envolve o conhecimento de todas as etapas de
crescimento e desenvolvimento da vida do vegetal, uma vez que a reunião
desses conhecimentos, de forma ordenada e concisa, possibilita a
determinação das relações e do grau de influência dos diversos fatores
envolvidos no processo produtivo, favorecendo o estabelecimento de
estratégias de manejo e de tomada de decisão (FANCELLI e DOURADO
NETO, 2004).
Fancelli (1986) destaca que a fenologia é utilizada por ser uma
referência exata, pois o manejo baseado na simples escala de tempo, como
dias transcorridos após a semeadura, pode ocasionar equívocos dependendo
das condições ambientais nas quais a cultura é submetida. O autor destaca,
ainda, que a condução da cultura, baseada na fenologia, considera que
correlações entre os eventos fisiológicos e bioquímicos (inerentes a cada etapa
de crescimento e de desenvolvimento da planta) e suas características
morfológicas, proporcionando maior segurança e precisão nas práticas de
manejo.
A importância de se conhecer os acontecimentos fisiológicos e
bioquímicos ocorridos na planta durante cada estádio fenológico é essencial
devido a importância que estes acontecimentos tem na definição da
produtividade da cultura. Fancelli (1986) afirma que o conhecimento das
ocorrências em cada estádio, como diferenciação floral e término da fase de
diferenciação das folhas entre os estádios V
4
e V
6
, confirmação do número de
fileiras e por consequência o número de ovários da espiga de V
7
a V
9
, bem
como o tamanho da espiga, a qual é definida quando as plantas se encontram
no estádio V
12
, é essencial para definição do manejo a ser adotado para
proporcionar maiores produtividades. O mesmo autor ressalta que a baixa
disponibilidade de N (< 25kg ha
-1
) e a presença de temperaturas baixas (<
12ºC) no início do desenvolvimento da planta (V
4
~ V
5
) contribuem de forma
decisiva para a redução do tamanho da raiz (redução da síntese de citocinina)
e, consequentemente, do potencial produtivo da cultura.
20
3. MATERIAL E MÉTODOS
No período de outubro de 2007 a agosto de 2008 foram conduzidos
dois experimentos, sendo um na safra de “Verão” e outro na safra de
Outono/Inverno (‘Safrinha’). Para a safra de “Verão” a semeadura foi realizada
em 17 de outubro de 2007 e a colheita em 29 de fevereiro de 2008. Por sua
vez, na “Safrinha” a semeadura foi realizada em 19 de março de 2008 e a
colheita dia 30 de agosto do mesmo ano.
3.1. Localização
Os experimentos foram conduzidos em nível de campo na Fazenda
Experimental de Iguatemi (FEI), de propriedade da Universidade Estadual de
Maringá. A FEI está localizada no Distrito de Iguatemi, no município de
Maringá, na região Noroeste do Estado do Paraná (coordenadas geográficas:
23º21’ S e 52º04’ W), com altitude média de 550m.
3.2. Clima
O clima de Maringá, segundo a classificação de Köppen, pertence ao
tipo Cfa, definido como clima subtropical; temperatura média no s mais frio
inferior a 18ºC (mesotérmico) e temperatura média no mês mais quente acima
de 22ºC, com verões quentes, geadas pouco frequentes e tendência de
concentração das chuvas no período de verão, contudo sem estação seca
definida. Os dados referentes às médias de precipitação pluvial e temperaturas
médias ximas e mínimas, observadas no período experimental, encontram-
se na Figura 1. Tais informações foram obtidas junto ao Laboratório de Análise
de Sementes (LAS) da FEI.
21
Figura 1 Precipitação pluvial acumulada (mm) e temperaturas médias
máximas e mínimas (ºC) semanais, ocorridas na Fazenda
Experimental de Iguatemi, no período de outubro de 2007 a
setembro de 2008. (Dados obtidos junto ao LAS/FEI).
3.3. Solo das áreas experimentais
O solo da área experimental de “Verão” foi classificado como sendo um
LATOSSOLO VERMELHO distrófico (EMBRAPA, 1999), cujas principais
características químicas e texturais estão apresentadas no Quadro 1.
Quadro 1 Características químicas e físicas do LATOSSOLO VERMELHO
distrófico da área experimental do cultivo de “Verão”
Características Valores
pH em CaCl
2
4,60
C (g dm
-3
) 6,97
P (mg dm
-3
), Mehlich 1 11,30
K
+
(cmol
c
dm
-3
), Mehlich 1 0,08
Ca
+2
(cmol
c
dm
-3
), KCl 1mol L
-1
1,09
Mg
+2
(cmol
c
dm-3), KCl 1mol L
-1
0,54
Al
+3
(cmol
c
dm
-3
), KCl 1 mol L
-1
0,00
H
+
+ Al
+3
(cmol
c
dm
-3
), método SMP 2,73
SB (cmol
c
dm
-3
) 1,71
V (%) 38,51
m (%) 0,00
CTC (cmol
c
dm
-3
) 4,44
S-SO
4
-2
(mg dm
-3
), método Fósforo Monocálcico 1,21
Areia (g kg
-1
) 760
Silte (g kg
-1
) 10
Argila (g kg
-1
) 230
Análises realizadas no Laboratório de Solos do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual de Maringá.
22
Na “Safrinha”, optou-se pela mudança da área experimental para outro
local, devido a disponibilidade de sistema de irrigação, tendo em vista as
dificuldades enfrentadas com estiagens no período de verão (Figura 1). Além
disso, havia a possibilidade de proceder-se o molhamento das plantas nas
madrugadas visando minimizar os danos de possíveis geadas. O solo da
segunda área experimental foi classificado como NITOSSOLO VERMELHO
eutrófico (EMBRAPA, 1999), cujas principais características químicas e
texturais são apresentadas no Quadro 2.
Quadro 2 Características químicas e físicas de NITOSSOLO VERMELHO
eutrófico da área experimental do cultivo da “Safrinha”
Características Valores
pH em CaCl
2
5,0
C (g dm
-3
) 12,77
P (mg dm
-3
), Mehlich 1 8,2
K
+
(cmol
c
dm
-3
), Mehlich 1 0,58
Ca
+2
(cmol
c
dm
-3
), KCl 1mol L
-1
3,34
Mg
+2
(cmol
c
dm-3), KCl 1mol L
-1
1,60
Al
+3
(cmol
c
dm
-3
), KCl 1 mol L
-1
0,00
H
+
+ Al
+3
(cmol
c
dm
-3
), método SMP 4,96
SB (cmol
c
dm
-3
) 5,52
V (%) 52,67
m (%) 0,00
CTC (cmol
c
dm
-3
) 10,48
S-SO
4
-2
(mg dm
-3
), método Fósforo Monocálcico 6,32
Areia (g kg
-1
) 340
Silte (g kg
-1
) 140
Argila (g kg
-1
) 520
Análises realizadas no Laboratório de Solos do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual de Maringá.
3.4. Tratamentos e delineamento experimental
Os experimentos foram instalados em um delineamento experimental
em blocos completos, com tratamentos casualizados, no esquema fatorial 5 x 2
x 2 + 2, com quatro repetições. Os fatores estudados foram: i) fator A - cinco
doses de adubação nitrogenada de cobertura (0, 45; 90; 135 e 180kg ha
-1
); ii)
fator B – duas cultivares de milho pipoca (uma variedade e um híbrido); iii) fator
C - duas épocas de aplicação, correspondentes à dois estádios fenológicos das
plantas (V
4
e V
8
), de acordo com Ritchie et al. (1993); v) dois tratamentos
adicionais constituídos pelas duas cultivares submetidas a aplicação da dose
23
de 180kg ha
-1
de forma fracionada, sendo meia dose em cada estádio
fenológico.
3.4.1. Características das unidades experimentais
Cada parcela experimental foi constituída por cinco linhas de plantas
com 6,0m de comprimento, espaçadas em 0,9m. As avaliações foram
realizadas nas três linhas centrais, excluindo 0,5m de cada extremidade de
cada uma das parcelas, totalizando 13,5m
2
de área útil.
3.5. Implantação e condução dos experimentos
3.5.1. Preparo do solo da área experimental
A área experimental do cultivo de “Verão” havia sido anteriormente
cultivada com mandioca, em que após a colheita das raízes tuberosas, foi
efetuada a calagem um mês antes da semeadura com a aplicação de cerca de
0,65t ha
-1
de calcário calcítico (PRNT 78%), visando elevar a saturação por
bases até 50%. O calcário foi aplicado a lanço, manualmente, e posteriormente
incorporado com grade niveladora.
Para o cultivo do milho pipoca de “Safrinha” foi adotado o sistema de
plantio direto na palha, sendo que o manejo das plantas daninhas foi realizado
por meio da dessecação com Glyphosate (Roundup Original) e Atrazine
(Atranex 500), em ambos os casos foi utilizada a dose de 4L ha
-1
.
3.5.2. Cultivares de milho pipoca utilizadas
Foram testadas as cultivares BRS Angela (Variedade) e IAC 125
(Híbrido Top Cross), cujas características agronômicas encontram-se descritas
no Quadro 3.
24
Quadro 3 Características agronômicas das cultivares de milho pipoca
utilizadas
Cultivar BRS-Angela*
IAC-125**
Tipo de cultivar Variedade Híbrido top cross
Tipo de grãos Branco e arredondado Duro, tipo pérola, cor alaranjado
Altura de planta 2,10m 2,04m
Altura de espiga 1,25m 1,10m
Ciclo Precoce 57 dias
Empalhamento Ótimo Bom
Massa de 1000 grãos - 148,8g
Massa específica aparente 840kg m
-3
869kg m
-3
Capacidade de expansão 26mL g
-1
43,2mL g
-1
Fonte: *Embrapa (2008); **IAC (2008).
3.5.3. Semeadura e população de plantas
Em ambas as épocas, a semeadura foi realizada direto na palha,
utilizando-se o espaçamento entre linhas de 0,9m. A mesma foi efetuada com
semeadora manual (matraca), com covas distantes umas das outras em 0,20m
e sendo colocadas 2 sementes por cova. Após a emergência das plantas foi
realizado o desbaste deixando 5 plantas m
-1
, de forma a estabelecer uma
população final de aproximadamente 55.000 plantas ha
-1
.
3.5.4. Adubação de semeadura
A adubação de semeadura no cultivo de “Verão” foi realizada com o
fornecimento de N (sulfato de amônio), P
2
O
5
. (superfosfato triplo) e K
2
O
(cloreto de potássio) nas doses de 24, 80 e 60kg ha
-1
, respectivamente.
Enquanto que no período da “Safrinha” a adubação de semeadura constou da
aplicação de N, P
2
O
5
e K
2
O, respectivamente nas doses de 24, 50 e 50kg ha
-1
,
as mesmas fontes empregadas na safra de “Verão”, ambas as recomendações
são baseadas nos resultados das análises de solo de cada área (Quadro 1 e
2).
Em ambas as épocas, a adubação de semeadura foi realizada
aplicando-se a adubação nitrogenada, fosfatada e potássica no fundo do sulco
através de semeadora de plantio direto.
25
3.5.5. Adubação de cobertura
A adubação nitrogenada de cobertura foi realizada de forma manual, a
lanço, utilizando Sulfato de Amônio (NH
4
)
2
SO
4
nas doses de N de 0, 45, 90,
135 e 180kg ha
-1
. O fertilizante foi aplicado distante aproximadamente 0,08m
das fileiras de plantas, quando estas se apresentavam nos estádios V
4
ou V
8
(4
e 8 folhas completamente expandidas, respectivamente), conforme Ritchie et
al. (1993). No caso da dose de 180kg ha
-1
, além de ser aplicada a dose total
nos estádio V
4
ou V
8
, também foi aplicada a dose fracionada, sendo meia dose
em cada referido estádio. Os tratamentos são discriminados no Quadro 4.
Quadro 4 – Descrição dos tratamentos estudados
Tratamentos Cultivar Época Dose de N (kg ha
-1
)
1
0
2
45
3
90
4
135
5
4 folhas
180
6
0
7
45
8
90
9
135
10
8 folhas
180
11
BRS-Angela
4 e 8 folhas 180
12
0
13
45
14
90
15
135
16
4 folhas
180
17
0
18
45
19
90
20
135
21
8 folhas
180
22
IAC-125
4 e 8 folhas 180
3.5.6. Identificação dos estádios fenológicos
Visando maior facilidade de manejo dos experimentos, bem como com
o objetivo de estabelecer as relações entre eventos fisiológicos, climatológicos,
entomológicos, fitopatológicos e fitotécnicos com o desempenho da planta,
26
utilizou-se a descrição dos estádios fenológicos distintos (Quadro 5), conforme
proposto por Ritchie et al. (1993) para as plantas de milho comum.
Quadro 5 – Estádios fenológicos* da cultura do milho
Estádios vegetativos Estádios reprodutivos
VE – emergência R1 – florescimento feminino
V1 – primeira folha R2 – grão leitoso
V2 – segunda folha R3 – grão pastoso
V3 – terceira folha R4 – grão farináceo
Vn – enésima folha R5 – grão farináceo-duro
VT - pendoamento R6 – maturidade fisiológica
*Os estádios fenológicos de uma plantação de milho somente é definido quando 50% ou
mais das plantas no campo estiveram num determinado estádio. Fonte: Ritchie et al.
(1993).
Conforme Fancelli (1986) a folha completamente expandida é aquela
que apresenta a linha de união lâmina-bainha (“colar”) facilmente visível, e que
o estádio das plantas é determinado quando cerca de 50% das plantas da
lavoura apresentarem a descrição característica.
3.5.7. Tratos culturais e fitossanitários
Os tratos culturais e fitossanitários realizados em ambos os
experimentos foram àqueles comuns a cultura do milho pipoca. Inicialmente o
controle de plantas daninhas foi realizado por meio do manejo (dessecação)
mencionado anteriormente no item 3.5.1, e mediante a aplicação em pós-
emergência do produto Callisto (Mesotrione) na dose de 0,4L.ha
-1
, associado a
realização de capinas manuais quando necessário.
O controle de pragas iniciais que atacam o milho pipoca foi realizado
por meio do tratamento de sementes com Imidacloprido + Tiodicarbe ( Cropstar
), na dose de 0,3L 100kg
-1
de sementes, enquanto que o controle da lagarta-
do-cartucho (Spodoptera frugiperda Smith) foi realizado com aplicação dos
inseticidas Benzoilureia (Match CE ), Organofosforado (Lorsban 480BR) e
Metilcarbamato de Oxima (Larvin), nas doses de 0,3 e 0,6L ha
-1
e 0,15kg ha
-1
,
respectivamente.
27
No período da “Safrinha”, realizou-se ainda, mais duas aplicações do
fungicida Azoxystrobin + Cyproconazole (Priori Xtra), na dose de 0,3L ha
-1
,
visando o controle de helmintosporiose (Exserohilum turcicum), cercosporiose
(Cercospora zeae-maydis e Cercospora sorghi f. maydis) e ferrugem comum
(Puccinia sorghi) do milho.
3.5.8. Irrigação
Ao longo do período de desenvolvimento das plantas na “Safrinha” foi
utilizada a irrigação suplementar em períodos de ocorrência de estiagem
(Figura 1), de forma a evitar o estresse hídrico.
3.6. Avaliações fitotécnicas
Na etapa final do trabalho foram avaliadas as características
fitotécnicas da cultura, tais como altura da planta, altura da inserção da espiga,
índice de área foliar, comprimento da espiga, número de grãos por fileira,
massa de 1.000 grãos, massa de grãos por espiga, produtividade e capacidade
de expansão da pipoca.
3.6.1. Altura de plantas
A determinação da altura das plantas, expresso em metros, foi
efetuada por ocasião do pleno florescimento (estádio V
T
) por meio da
mensuração do comprimento do colmo (da superfície do solo até a base da
inflorescência masculina), sendo avaliadas dez plantas por parcela.
3.6.2. Altura de inserção de espiga
A altura de inserção de espiga, expresso em metros, foi determinada
por meio da mensuração da distância entre a superfície do solo até a inserção
da espiga mais alta com o colmo. Nesta avaliação foram consideradas as
mesmas 10 plantas avaliadas no item 3.6.1.
28
3.6.3. Índice de área foliar
Na determinação da área foliar (AF), realizada logo após a constatação
do estádio V
T
nas plantas, foram avaliadas 7 plantas de cada parcela, sendo
mensurado o comprimento (C) e a maior largura (L) de todas as folhas de cada
uma das plantas. Os dados obtidos foram submetidos à seguinte expressão,
proposta por Francis (1969): LCAF **75,0
=
, obtendo-se, dessa forma, a área
foliar. Em seguida, o índice de área foliar (IAF), expresso em m
2
de folha por m
-
2
de superfície do solo, foi calculado a partir das medidas de AF, conforme a
expressão:
( )
2*1 ee
AF
IAF = , em que, 1 e 2 referem-se ao espaçamento entre
plantas na linha de plantio (m) e entre as linhas de plantio (m),
respectivamente.
3.6.4. Comprimento de espiga
A determinação do comprimento das espigas, expresso em
centímetros, foi realizada após a colheita, mensurando aleatoriamente 10
espigas do total de espigas colhidas de cada parcela.
3.6.5. Número de grãos por fileira
O número de grãos por fileira foi determinado pela contagem simples
dos grãos de cada fileira de grãos das espigas, sendo que para tanto, utilizou-
se as mesmas espigas do item 3.6.4.
3.6.6. Massa de 1.000 grãos
Após a debulha de todas as espigas colhidas na área útil das parcelas
experimentais foi determinada a massa de 1.000 grãos (MMG), de acordo com
a metodologia proposta por Brasil (1992), a qual corresponde à média da
massa de oito amostras de cem grãos cada, retiradas de forma aleatória de
cada parcela, pesadas em balança digital de precisão de milésimo de gramas.
Inicialmente, determinou-se a umidade das amostras em um determinador
29
digital (marca MOTOMCO) e, em seguida, os valores de massa obtidos na
pesagem das amostras foram corrigidos para umidade de 14%.
3.6.7. Massa de grãos por espiga
A massa de grãos por espiga foi avaliada por meio da seguinte
expressão:
=
1000
**
MMG
NGFNFMGE
, em que MGE é a massa de grãos por
espiga, NF é o número de fileiras por espiga, NGF é o número de grãos por
fileira e MMG é a massa de 1.000 grãos.
3.6.8. Produtividade de grãos
A produtividade foi obtida a partir da debulha e pesagem dos grãos
oriundos de todas as espigas colhidas na área útil (13,5m
2
) das parcelas
experimentais (kg parcela
-1
) e, em seguida, convertida para kg ha
-1
após ser
corrigida para umidade de 14%.
3.6.9. Capacidade de expansão
A massa de grãos submetida ao processo de expansão foi retirada da
parte central das espigas, sendo formadas amostras-piloto, com
aproximadamente 0,5kg correspondentes a cada parcela dos experimentos
para posterior monitoramento da umidade nos grãos. Tais amostras foram
armazenadas em câmara seca e fria com umidade relativa e temperatura
aproximadas de 30% e 10ºC, respectivamente (SCAPIM et al. 2006). O
processo de estouro para obtenção da característica capacidade de expansão
(CE) foi realizada somente a partir do momento em que as amostras-piloto
atingiram umidade aproximada de 11,5%, visando propiciar melhor expansão,
conforme demonstrado por Sawazaki (1986). O volume da pipoca expandida foi
medido em proveta de 2.000ml. As amostras de 30g de grãos foram
submetidas à temperatura de 280ºC durante dois minutos e quinze segundos,
sob constante agitação, utilizando uma pipoqueira elétrica modelo EMBRAPA.
Foram realizadas 3 repetições de cada tratamento. Em seguida, foi
determinado o índice de capacidade de expansão (ICE) de cada tratamento
30
pela razão entre o volume da pipoca expandida (VPE) e a massa de grãos
(30g) de milho pipoca, conforme a expressão:
=
MP
VPE
ICE
, sendo expresso
em ml g
-1
.
3.7. Análises estatísticas
Os dados experimentais obtidos na ‘Safra’ e ‘Safrinha’ foram
submetidos aos testes de homocedasticidade das variâncias (teste de Levene)
e de normalidade dos erros (teste de Shapiro-Wilks), utilizando-se o programa
estatístico SAS. A seguir, uma vez atendidas as pressuposições básicas da
estatística, os dados foram submetidos à análise de variância individual
(ZIMMERMANN, 2004), utilizando-se o programa estatístico SISVAR. O
modelo matemático adotado foi:
ijkljklkljljklkjiijkl
ABCBCACABCBAbmY
ε
+++++++++=
Em que:
ijkl
Y
= valor observado na ijkl-ésima parcela;
m
= média geral do experimento;
i
b
= efeito associado ao i-ésimo bloco
j
A
= efeito do j-ésimo nível do fator A;
k
B
= efeito do k-ésimo nível do fator B;
l
C
= efeito do l-ésimo nível do fator C;
jk
AB
= efeito da interação do j-ésimo nível do fator A com o k-ésimo
nível do fator B;
jl
AC
= efeito da interação do j-ésimo nível do fator A com o l-ésimo
nível do fator C;
kl
BC
= efeito da interação do k-ésimo nível do fator B com o l-ésimo
nível do fator C;
31
jkl
ABC
= efeito da interação do j-ésimo nível do fator A com k-ésimo
nível do fator B com o l-ésimo nível do fator C;
ijkl
ε
= efeito residual associado ao i-ésimo bloco com o j-ésimo nível
do fator A com o k-ésimo nível do fator B com l-ésimo nível do fator C;
Independente da obtenção da interação significativa ou não, procedeu-
se aos desdobramentos necessários. Isso é necessário, pois a análise de
variância inicial apresenta um teste F “médio” e às vezes, interações não
significativas, em determinado nível de probabilidade, quando se efetua um
estudo mais detalhado encontram-se resultados significativos e importantes do
ponto de vista prático.
As médias do efeito das doses de nitrogênio em cobertura sobre as
variáveis respostas foram submetidas à análise de regressão (ZIMMERMANN,
2004). Por sua vez, as médias dos tratamentos do fatorial foram comparadas
com as médias dos tratamentos adicionais, por meio do teste de Dunnett
(ZIMMERMANN, 2004).
32
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Safra de “Verão”
4.1.1. Condições climáticas
A precipitação pluvial observada ao longo do cultivo de “Verão” de
2007/2008 foi de 767,9mm (Figura 1), sendo essa quantidade suficiente para o
desenvolvimento da cultura do milho pipoca. Segundo Fornasieri Filho (1992),
a quantidade de água necessária para o crescimento e desenvolvimento da
planta de milho da emergência a maturação fisiológica é de
aproximadamente 573mm, sendo que a maior demanda (7mm dia
-1
) ocorre no
período compreendido entre o pré-florescimento e o término do enchimento de
grãos (Ritchie et al. 1993). Todavia, a cultura passou por períodos de estiagem
entre os estádios V
8
e V
T
. Considerando o período entre os dias 16 de
novembro e 20 de dezembro de 2007, as precipitações pluviais observadas
não chegaram a 30mm e a estiagem máxima foi de 20 dias, ocorrida entre os
dias 16 de novembro e 05 de dezembro (Figura 1). Tal fato, aliado à textura do
solo da área experimental, comprometeu o desenvolvimento das plantas de
milho pipoca.
4.1.2. Características da parte aérea das plantas
Em relação às características da parte aérea das plantas de milho
pipoca, o houve efeito significativo das doses de N dentro de cada
combinação com os fatores cultivar e/ou época de aplicação, para altura de
plantas (Figura 2), altura de inserção de espiga (Figura 3) e índice de área
foliar (Figura 4).
4.1.2.1. Altura de plantas (AP)
Os resultados de AP (Figura 2) são condizentes com aqueles
encontrados por Ferreira et al. (2001) e Casagrande e Fornasieri Filho (2002)
33
em trabalhos com milho comum. Por outro lado, Pauletti e Costa (2000), Below
(2002), Mar e Marchetti (2003), Silva et al. (2005), Gomes et al. (2007), Cruz et
al. (2008) e Duete et al. (2008) encontraram respostas significativas do efeito
da adubação nitrogenada sobre a AP em milho comum. Em trabalho de Gomes
et al. (2007), a maior AP (2,2m) foi obtida com a dose de 150kg ha
-1
. Duete et
al. (2008) observaram que a maior AP foi obtida com a maior dose estudada
(175kg ha
-1
).
(a) (b)
Figura 2 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela e (b)
IAC-125 e das épocas de aplicação na altura das plantas de milho
pipoca cultivado na safra de “Verão” de 2007/2008.
Efeito significativo das doses de N sobre a AP de milho pipoca, foi
encontrado por Gökmen et al. (2001), que afirmaram que o aumento na AP,
com o aumento das doses de N, se deve ao fato do nitrogênio promover maior
desenvolvimento vegetativo da cultura. Os autores observaram, ainda, que as
maiores APs foram alcançadas com a maior dose de N utilizada no trabalho
(250kg ha
-1
).
4.1.2.2. Altura de inserção de espigas (AIE)
A característica AIE (Figura 3) foi avaliada nos trabalhos de Escosteguy
et al. (1997) e Mar e Marchetti (2003), com milho comum, entretanto, os
34
autores também não observaram efeito significativo das doses de N sobre a
AIE. Todavia, Duete et al. (2008) observaram que a AIE foi incrementada na
ordem de 0,0314m para cada unidade de N aplicado em cobertura, em
diferentes épocas de aplicação na cultura do milho comum.
(a) (b)
Figura 3 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela e (b)
IAC-125 e das épocas de aplicação na altura de inserção da
espiga de milho pipoca cultivado na safra de “Verão” de
2007/2008.
4.1.2.3. Índice de área foliar (IAF)
Em relação ao IAF (Figura 4), os resultados obtidos discordam
daqueles encontrados por Soares (2003) e Tomazela (2005), os quais
observaram diferença significativa na característica em questão, em plantas de
milho comum com o aumento do N fornecido.
35
(a) (b)
Figura 4 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela e (b)
IAC-125 e das épocas de aplicação no índice de área foliar das
plantas de milho pipoca cultivado na safra de “Verão” de
2007/2008.
4.1.3. Componentes de produção e capacidade de expansão
4.1.3.1. Comprimento de espiga (CPE)
As médias de CPE, para a cultivar BRS-Angela, se ajustaram de forma
linear e quadrática nos estádios V
4
e V
8
, respectivamente (Figura 5a). No
estádio V
4
a cada unidade da dose de N incrementou o comprimento de espiga
em 0,009cm, enquanto que no estádio V
8
a resposta máxima ŷ = 14,99cm foi
estimada na dose de N de x = 107,71kg ha
-1
(Figura 5a).
A cultivar IAC-125 apresentou médias de CPE com ajuste quadrático e
linear nos estádios V
4
e V
8
, respectivamente (Figura 5b). No estádio V
4
a dose
de N estimada em x = 112,45kg ha
-1
proporcionou a resposta máxima ŷ =
14,76cm, por sua vez, no estádio V
8
houve o incremento de 0,0075cm no CPE
a cada unidade da dose de N aplicada (Figura 5b).
36
(a) (b)
Figura 5 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela e (b)
IAC-125 e das épocas de aplicação no comprimento da espiga de
milho pipoca cultivado na safra de “Verão” de 2007/2008.
Gökmen et al. (2001) observaram que o aumento das doses de N
utilizada na cultura do milho pipoca proporcionou o aumento significativo do
CPE e, que os maiores CPEs foram obtidos com as maiores doses de N
utilizadas (250kg ha
-1
). Enquanto que, Soares (2003) e Lourente et al. (2007)
observaram que houve efeito significativo do N sobre o CPE de milho comum.
No entanto, Heinrichs et al. (2003) observaram que o CPE de milho comum
não foi influenciado pelo aumento das doses de N.
4.1.3.2. Número de grãos por fileiras (NGF)
Em relação ao NGF, as médias, para a cultivar BRS-Angela, se
ajustaram à regressão quadrática no estádio V
8
, enquanto que, no estádio V
4
não houve ajuste significativo da regressão (Figura 6a). A resposta máxima ŷ =
36 grãos fileira
-1
foi proporcionada pela dose de N estimada em x = 100,65kg
ha
-1
(Figura 6a).
Por sua vez, para a cultivar IAC-125, as médias do NGF se ajustaram de
forma de forma quadrática no estádio V
4
e, não houve ajuste significativo da
regressão no estádio V
8
(Figura 6b). No estádio V
4
a dose de N estimada em
37
x = 110,17kg ha
-1
proporcionou a resposta máxima ŷ = 35,7 grãos fileira
-1
(Figura 6b), enquanto que no estádio V
8
o NGF foi incrementado em 0,028
grãos fileira
-1
a cada unidade da dose de N aplicada (Figura 6b).
(a) (b)
Figura 6 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela e (b)
IAC-125 e das épocas de aplicação no número de grãos por fileira
das espigas de milho pipoca cultivado na safra de “Verão” de
2007/2008.
Soares (2003) observou que houve aumento no NGF de milho comum,
influenciado pelo incremento de N em cobertura. Por outro lado, Fernandes et
al. (2004) não observaram diferenças significativas no NGF, quando as plantas
de milho comum foram submetidas a diferentes doses de N (90, 180 e 270kg
ha
-1
).
4.1.3.3. Massa de grãos por espiga (MGE)
As médias de MGE, para a cultivar BRS-Angela, apresentaram ajuste
quadrático no estádio V
8
, enquanto que no estádio V
4
não houve diferença
significativa pela análise de regressão (Figura 7a). No estádio V
8
a resposta
máxima ŷ = 76,0g foi estimada na dose de N de x = 106,28kg ha
-1
(Figura 7a).
Em relação a cultivar IAC-125, houve ajuste quadrático das médias do
NGF no estádio V
4
e, não houve ajuste significativo da regressão no estádio V
8
38
(Figura 6b). No estádio V
4
a resposta máxima ŷ = 67,6g foi obtida com a dose
de N estimada em x = 105,71kg ha
-1
(Figura 6b), enquanto que no estádio V
8
houve incremento de 0,094g na MGE por unidade da dose de N aplicada
(Figura 7b).
(a) (b)
Figura 7 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela e (b)
IAC-125 e das épocas de aplicação na massa de grãos por espiga
de milho pipoca cultivado na safra de “Verão” de 2007/2008.
Gökmen et al. (2001) observaram o aumento significativo na MGE de
milho pipoca com o aumento da quantidade de N fornecida a cultura. Ferreira
et al. (2001), Oliveira e Caíres (2003), Soares (2003) e Gomes et al. (2007)
também encontraram efeito significativo das doses de N sobre a MGE de milho
comum.
O efeito das doses de N sobre as características CPE, NGF e MGE da
cultivar BRS-Angela, observado no estádio V
4
(Figuras 5a, 6a e 7a,
respectivamente), pode ser atribuído à maior imobilização do N aplicado,
devido à maior quantidade de restos culturais presentes na superfície do solo,
quando foi realizada da adubação em cobertura (BASSO e CERETTA, 2000;
LARA CABEZAS et al., 2005; LARA CABEZAS e COUTO, 2007). Enquanto
que, no caso da cultivar IAC-125, o mesmo efeito foi observado quando o N foi
aplicado no estádio V
8
(Figuras 5b, 6b e 7b, respectivamente), o que,
39
possivelmente, se deve ao fato de ser uma cultivar híbrida, com maior
sensibilidade às intempéries climáticas. O déficit hídrico observado no período
de cultivo (Figura 1) pode ter prejudicado a absorção de N, pois as plantas
estavam sob estresse (TAIZ e ZEIGER, 2004).
4.1.3.4. Massa de 1.000 grãos (MMG)
A análise de regressão dos efeitos das doses de N dentro das
combinações de cultivares e de épocas de aplicação não apresentou ajuste
significativo de regressão na MMG. Dessa forma, procedeu-se o
desdobramento das interações duplas (Figura 8) para análise dos efeitos da
adubação nitrogenada dentro das cultivares (Figura 8a) e dentro das épocas de
aplicação do N (Figura 8b).
(a) (b)
Figura 8 Efeito das doses de N, (a) dentro das cultivares e (b) dentro das
épocas de aplicação na massa de 1.000 grãos de milho pipoca
cultivado na safra de “Verão” de 2007/2008.
Assim, observou-se que as médias de MMG se ajustaram de forma
quadrática para a cultivar IAC-125, com incremento de 0,033g a cada
quilograma de N aplicado em cobertura (Figura 8a). No entanto, para a cultivar
BRS-Angela, não houve ajuste significativo de regressão (Figura 8a). Por sua
40
vez, as médias de MMG o apresentaram ajustes significativos de regressão,
para as épocas de aplicação do N (Figura 8b).
É válido lembrar que, no caso das interações duplas de um fatorial com
três fatores, como é o fatorial deste trabalho, o efeito do fator ausente da
combinação de fatores está implícito nas médias da variável resposta.
Com exceção das dias de MMG da cultivar IAC-125 (Figura 8a),
todos os demais resultados estão de acordo com os obtidos por Escosteguy et
al. (1997), Gökmem et al. (2001), Bortolini et al (2001), Casagrande e
Fornasieri Filho (2002); Fernandes et al. (2004) e Gomes et al. (2007), os quais
também não observaram efeito das doses de N sobre a MMG de milho comum.
Por outro lado, Sangoi e Almeida (1994), Ferreira et al. (2001), Oliveira e
Caíres (2003), Fernandes e Buzetti (2005), Lourente et al. (2007) e Duete et al.
(2008) afirmaram em seus trabalhos que a MMG em milho comum foi
influenciada pelas doses de N utilizada. Ferreira et al. (2001) observaram que
as médias de MMG se ajustaram de forma quadrática, obtendo a resposta
máxima ŷ = 352,4g com a dose de N estimada em 207kg ha
-1
.
4.1.3.5. Produtividade de grãos da cultura (PROD)
Em relação à PROD, as médias se ajustaram de forma linear crescente
para a cultivar BRS-Angela no estádio V8, cujo incremento de PROD foi de
0,005t ha
-1
a cada quilograma de N aplicado em cobertura (Figura 9a). Por
outro lado, as médias de PROD para a cultivar BRS-Angela no estádio V4 e
para a cultivar IAC-125 em ambos os estádios não apresentaram ajustes
significativos de regressão (Figura 9).
Gökmen et al. (2001) observaram que as menores doses de N (0, 50 e
100kg ha
-1
) proporcionaram incrementos significativos na PROD de milho
pipoca, enquanto que as maiores dose de N (150, 200 e 250kg ha
-1
) não
proporcionaram incrementos significativos na PROD. Araujo et al. (2004),
Duete et al. (2008) observaram que houve incrementos na PROD de milho
comum de forma linear crescente em resposta ao aumento das doses de N
aplicado em cobertura.
41
Silva et al. (2006) observaram que a aplicação do N em cobertura entre
os estádios V
4
a V
6
proporcionou maior PROD de milho comum do que quando
o N foi aplicado entre os estádios V
8
a V
10
, visto que por ocasião da aplicação
tardia do N a cultura havia definido seu potencial produtivo (RITCHIE et al.,
1993). Resultados semelhantes foram obtidos por Silva et al. (2006), em que os
autores observaram maior PROD da cultura de milho comum quando a
adubação nitrogenada foi realizada no estádio V
4
, em comparação a aplicação
no estádio V
8
.
(a) (b)
Figura 9 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela e (b)
IAC-125 e das épocas de aplicação na produtividade de grãos de
milho pipoca cultivado na safra de “Verão” de 2007/2008.
A cultivar BRS-Angela apresentou PRODs maiores do que a cultivar
IAC-125 (Figura 9). Tais resultados divergem da afirmação de Cruz et al (2008)
de que a maior PROD do milho é obtida com híbridos, tendo em vista o
potencial genético associado à essas plantas. Desse modo, maior PROD da
cultivar BRS-Angela (variedade) em relação à cultivar IAC-125 (híbrido
comercial), pode estar associada à sua maior rusticidade às condições
adversas, como o déficit hídrico (Figura 1), ocorrido na safra de “Verão”.
O efeito positivo do N sobre os componentes de produção e a
produtividade de grãos, possivelmente está associado ao efeito do N na
42
definição da capacidade reprodutiva da planta, a qual ocorre nos estádios
iniciais na cultura do milho (RITCHIE et al. 1993), ocasião em que a divisão
celular é intensa. O fornecimento de N às plantas proporciona o aumento dos
níveis de citocinina na parte aérea, aumentando a divisão celular
(SAMUELSON et al., 1992), influenciando positivamente a formação de órgãos
reprodutivos (RITCHIE et al. 1993). Por sua vez, a ausência do efeito do N na
PROD, possivelmente, deve-se a dificuldade do aproveitamento da adubação
nitrogenada imposta pelo déficit hídrico (Figura 1), visto que o N é absorvido,
principalmente, por fluxo de massa (BARBER, 1984; FLOSS, 2006).
4.1.3.6. Capacidade de expansão (CE)
As médias de CE, de forma análoga ao que ocorreu com as
características da parte aérea, não apresentaram ajustes significativos da
regressão (Figura 10).
(a) (b)
Figura 10 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela e (b)
IAC-125 e das épocas de aplicação na capacidade de expansão
dos grãos de milho pipoca cultivado na safra de “Verão” de
2007/2008.
Os resultados médios obtidos de CE do milho pipoca foram
classificados como: regular (26,77ml g
-1
) e bom (33,08ml g
-1
), de acordo com
Green e Harris (1960), para a cultivar BRS-Angela e IAC-125, respectivamente.
43
A CE apresentada pelas cultivares de milho pipoca nesse estudo foi
superior ao maior valor que consta dos resultados do Ensaio Nacional de Milho
Pipoca (20,8ml g
-1
), realizado na safra 1991/1992 (SAWAZAKI, 1996). Além
disso, a CE pode ter sido influenciada pela diferença genética entre as
cultivares utilizadas e não pelas doses ou épocas de aplicação do N, de modo
que, tais diferenças, possivelmente, foram condicionadas pelas características
dos grãos de cada cultivar tais como o tamanho, a espessura do pericarpo e o
teor de umidade (SAWAZAKI et al., 1986; RUFFATO et al., 2000).
4.1.4. Contrastes entre o fatorial e as testemunhas adicionais
Na comparação dos tratamentos do fatorial “versus” (vs) tratamentos
adicionais (aplicação da dose de N de 180kg ha
-1
fracionada em V
4
e V
8
), em
relação à PROD no “Verão”, não foi observada diferença significativa (p > 0,1)
entre os tratamentos adicionais e o fatorial, em cada cultivar, enquanto que,
foram observadas diferenças significativas (p < 0,1) entre as cultivares (Quadro
6).
Quadro 6 Contrastes entre os tratamentos do fatorial e os tratamentos
adicionais em relação à produtividade de grãos, safra de
“Verão” de 2007/2008
Tratamentos adicionais
BRS-Ângela IAC-125
Tratamentos
Médias de
produtividade
(t ha
-1
)
V4-8 - 180 V4-8 - 180
BRS-Ângela - V4 - 45
4,474
ns * (+)
BRS-Ângela - V4 - 90
4,563
ns * (+)
BRS-Ângela - V4 - 135
5,038
ns * (+)
BRS-Ângela - V4 - 180
4,537
ns * (+)
BRS-Ângela - V8 - 45
4,449
ns * (+)
BRS-Ângela - V8 - 90
5,310
ns * (+)
BRS-Ângela - V8 - 135
5,194
ns * (+)
BRS-Ângela - V8 - 180
5,033
ns * (+)
BRS-Ângela - V4-8 - 180
4,774
—- * (+)
IAC-125 - V4 - 45
3,154
* (-) ns
IAC-125 - V4 - 90
3,320
* (-) ns
IAC-125 - V4 - 135
3,375
* (-) ns
IAC-125 - V4 - 180
3,101
* (-) ns
IAC-125 - V8 - 45
2,912
* (-) ns
IAC-125 - V8 - 90
3,536
* (-) ns
IAC-125 - V8 - 135
3,123
* (-) ns
IAC-125 - V8 - 180
3,432
* (-) ns
IAC-125 - V4-8 - 180
3,085
* (-) —-
ns: não difere da testemunha pelo teste de Dunnett em nível de 0.1.
* (+): difere e é superior à testemunha pelo teste de Dunnett em nível de 0,1.
* (-): difere e é inferior à testemunha pelo teste de Dunnett em nível de 0,1.
44
Resultados semelhantes foram obtidos por Sangoi e Almeida (1994) e
por Silva e Silva (2002) em milho comum. Sangoi e Almeida (1994) atribuíram à
ocorrência de estiagem, entre os estádios iniciais da cultura até V
9
, a ausência
de resposta do milho comum ao fracionamento da adubação nitrogenada,
sendo tais condições semelhantes as que ocorreram no período de verão
(Figura 1), nesse trabalho.
De forma análoga, em relação à CE, os tratamentos do fatorial o
diferiram significativamente (p > 0,1) dos tratamentos adicionais, em cada
cultivar e diferiram (p > 0,1) entre as cultivares (Quadro 7).
Quadro 7 Contrastes entre os tratamentos do fatorial e os tratamentos
adicionais em relação à capacidade de expansão, safra de
“Verão” de 2007/2008
Tratamentos adicionais
BRS-Ângela IAC-125
Tratamentos
Médias de
capacidade de
expansão (ml g
-1
)
V4-8 - 180 V4-8 - 180
BRS-Ângela - V4 - 45
27,6
ns *(-)
BRS-Ângela - V4 - 90
26,3
ns *(-)
BRS-Ângela - V4 - 135
25,9
ns *(-)
BRS-Ângela - V4 - 180
28,8
ns *(-)
BRS-Ângela - V8 - 45
25,3
ns *(-)
BRS-Ângela - V8 - 90
26,8
ns *(-)
BRS-Ângela - V8 - 135
25,5
ns *(-)
BRS-Ângela - V8 - 180
27,3
ns *(-)
BRS-Ângela - V4-8 - 180
28,5
—- *(-)
IAC-125 - V4 - 45
32,1
ns ns
IAC-125 - V4 - 90
33,6
*(+) ns
IAC-125 - V4 - 135
32,9
*(+) ns
IAC-125 - V4 - 180
34,2
*(+) ns
IAC-125 - V8 - 45
33,8
*(+) ns
IAC-125 - V8 - 90
33,1
*(+) ns
IAC-125 - V8 - 135
33,6
*(+) ns
IAC-125 - V8 - 180
32,6
*(+) ns
IAC-125 - V4-8 - 180
33,3
*(+) —-
ns: não difere da testemunha pelo teste de Dunnett em nível de 0.1.
* (+): difere e é superior à testemunha pelo teste de Dunnett em nível de 0,1.
* (-): difere e é inferior à testemunha pelo teste de Dunnett em nível de 0,1.
Os resultados indicaram que a estratégia de fracionamento da
adubação nitrogenada não proporcionou incrementos significativos na
produtividade de grãos (Quadro 6), nem na capacidade de expansão do milho
45
pipoca (Quadro 7), além do ônus proporcionado pela duplicidade da operação
de aplicação do N.
4.2. Safra de Outono/Inverno (‘Safrinha’)
4.2.1. Condições climáticas
No período de outono-inverno do ano agrícola de 2008 (‘Safrinha’), em
função da utilização de irrigação durante os períodos de restrição hídrica
(Figura 1) e de maior demanda de água pelas plantas (RITCHIE et al. 1993), a
cultura não sofreu nenhum estresse decorrente da falta de água. Por sua vez,
nesse cultivo houve a ocorrência de baixas temperaturas na primeira semana
do s de maio e em meados de junho (Figura 1), ocasião em que as
temperaturas foram inferiores à temperatura base (10ºC), considerada ótima
para o crescimento e o desenvolvimento da planta de milho (TOLLENAAR et
al., 1979; DIDONET et al.,2008). Em alguns dias foram registradas
temperaturas mínimas abaixo de 5ºC, oferecendo risco de geada à área
experimental, onde na maior parte do período as temperaturas encontravam-se
abaixo das temperaturas mínimas exigidas pela cultura do milho.
4.2.2. Características da parte aérea das plantas
4.2.2.1. Altura de plantas (AP)
A AP de ambas as cultivares foi influenciada significativamente pelas
doses de N em cobertura, quando este foi aplicado no estádio V
4
(Figura 11).
Nos dois casos houve ajuste de regressão linear crescente das médias de AP,
com incrementos de 0,0009 e 0,0017m para as cultivares BRS-Angela e IAC-
125, respectivamente, a cada unidade de N acrescida. Enquanto que, no
estádio V
8
, não houve ajuste significativo das médias de AP (Figura 11).
46
(a) (b)
Figura 11 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela e (b)
IAC-125 e das épocas de aplicação na altura de plantas de milho
pipoca cultivado na “Safrinha” de 2008.
Gökmen et al. (2001) encontraram efeito significativo de diferentes
doses de N na AP de milho pipoca, sendo a maior altura de plantas obtida com
a maior dose de N utilizada no trabalho. Below (2002), Mar e Marchetti (2003),
Silva et al. (2005), Gomes (2007) e Cruz et al. (2008) também encontraram
respostas significativas do efeito da adubação nitrogenada sobre a AP em
milho comum.
Mar e Marchetti (2003) observaram ajuste de regressão quadrática
para AP de milho comum cultivado na “Safrinha” e, a maior altura (2,1m) foi
obtida com a aplicação de N na dose de 121,4kg ha
-1
. Enquanto que Duete et
al. (2008) obtiveram a maior AP com a maior dose de N utilizada (175kg ha
-1
)
com milho comum cultivado na safra de “Verão”.
Por outro lado, os resultados obtidos quando o N foi aplicado no
estádio V
8
(Figura 12) são condizentes com aqueles encontrados por Ferreira
et al. (2001) e Casagrande e Fornasieri Filho (2002) em trabalhos com milho
comum. Casagrande e Fornasieri Filho (2002) afirmam que isso se deve as
condições adversas do cultivo de “Safrinha”.
47
4.2.2.2. Altura de inserção da espiga (AIE)
As médias de AIE, para a cultivar BRS-Angela, de forma análoga à AP,
se ajustaram linearmente quando o N foi aplicado no estádio V
4
, com
incremento de 0,0006m por unidade de N, enquanto que no estádio V
8
não
houve ajuste significativo (Figura 12a).
(a) (b)
Figura 12 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela e (b)
IAC-125 e das épocas de aplicação na altura de inserção de
espiga das plantas de milho pipoca cultivado na “Safrinha” de
2008.
Por sua vez, as médias de AIE, para a cultivar IAC-125, se ajustaram
de forma linear crescente em ambos os estádios de aplicação do N, com
incrementos de 0,0009 e 0,0007m a cada unidade de N aplicado nos estádios
V
4
e V
8
, respectivamente (Figura 12b).
O efeito significativo da adubação nitrogenada, na AIE, também foi
encontrado em trabalhos realizados por Sangoi e Almeida (1994), Pauletti e
Costa (2000), Soares (2003) e Silva et al. (2005) com milho comum.
Casagrande e Fornasieri Filho (2002) não encontraram efeito
significativo das doses de N sobre a AIE de milho comum cultivado na
“Safrinha”. Por outro lado, Duete et al. (2008) observaram efeito significativo
das doses de N sobre a AIE, sendo que o aumento das doses de N
48
proporcionou incrementos na ordem de 0,0314m por unidade de N. Mar e
Marchetti (2003) observaram ajuste de regressão quadrática das médias de
AIE em milho comum cultivado no período da “Safrinha” e que a maior AIE
média foi de 0,99m foi proporcionada pela dose de N de 116,1kg ha
-1
.
4.2.2.3. Índice de área foliar (IAF)
A análise de regressão dos efeitos das doses de N dentro das
combinações de cultivares e de épocas de aplicação não apresentou ajuste
significativo de regressão no IAF, procedendo-se o desdobramento das
interações duplas (Figura 13).
(a) (b)
Figura 13 Efeito das doses de N, (a) dentro das cultivares e (b) dentro das
épocas de aplicação no índice de área foliar das plantas de milho
pipoca cultivado na “Safrinha” de 2008.
Dessa forma, foi possível observar que as médias de IAF se ajustaram
de forma linear para a cultivar IAC-125 (Figura 13a) e para a aplicação do N no
estádio V
4
(Figura 13b), com incrementos de 0,0012 e 0,0013m
2
m
-2
a cada
unidade de N aplicado, respectivamente. Enquanto que para a cultivar BRS-
Angela e para o estádio V
8
não houveram ajustes significativos de regressão
(Figura 13).
49
Soares (2003) e Tomazela (2005) também encontraram respostas
lineares crescentes das doses de N sobre o IAF de milho comum.
A resposta positiva das características de parte aérea à adubação
nitrogenada foi explicada por Arnon (1975) que afirmou que plantas bem
nutridas com N têm maior capacidade de assimilar CO
2
e de sintetizar
carboidratos durante a fotossíntese, resultando no maior acúmulo de biomassa
e na intensa divisão celular nos pontos de crescimento, levando ao aumento da
AP e AIE, bem como no IAF.
No entanto, a ausência de resposta das características da parte aérea à
adubação nitrogenada, principalmente nas condições onde o N foi fornecido no
estádio V
8
, provavelmente ocorreu devido às baixas temperaturas observadas
a partir desse período (Figura 1), as quais, possivelmente, interferiram no
desenvolvimento das plantas e, consequentemente, restringiu o efeito do N
sobre as características da parte aérea. De acordo com Taiz e Zeiger (2004) a
ocorrência de baixas temperaturas afetam o crescimento de algumas espécies
vegetais, promovendo perda da semi-permeabilidade de membranas celulares,
alterações na oxidação de mitocôndrias, alteração no funcionamento dos
cloroplastos e redução da atividade da enzima PEPcase (fosfoenolpiruvato
carboxilase), com consequente redução na fixação de CO
2
.
4.2.3. Componentes de produção e capacidade de expansão
4.2.3.1. Comprimento de espiga (CPE)
Em relação ao CPE, para a cultivar BRS-Angela, não houve ajuste
significativo de regressão (Figura 14a). Enquanto que, para a cultivar IAC-125,
as médias de CPE se ajustaram de forma linear crescente, sendo que a cada
unidade de N acrescida houve incrementos na ordem de 0,0097 e 0,0056cm no
CPE quando o N foi aplicado nos estádios V
4
e V
8
, respectivamente (Figura
14b).
50
(a) (b)
Figura 14 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela e (b)
IAC-125 e das épocas de aplicação no comprimento de espiga de
milho pipoca cultivado na “Safrinha” de 2008.
Gökmen et al. (2001) observaram que o aumento das doses de N
proporcionou o aumento significativo no CPE de milho pipoca. Enquanto que,
em milho comum, o CPE foi influenciado pela aplicação de N em cobertura,
conforme observado por Soares (2003) e Lourente et al. (2007). No entanto,
Heinrichs et al. (2003) não observaram o efeito significativo das doses de N
sobre o CPE de milho comum, de forma análoga ao que ocorreu na cultivar
BRS-Angela (Figura 14a).
4.2.3.2. Número de grãos por fileiras (NGF)
As médias de NGF se ajustaram de forma quadrática, para a cultivar
BRS-Angela quando o N foi aplicado no estádio V
4
, sendo a resposta máxima ŷ
= 31,8 grãos por fileira obtida com a dose de N estimada de x = 118,25kg ha
-1
(Figura 15a). Por sua vez, quando o N foi aplicado no estádio V8 não houve
ajuste significativo de regressão (Figura 15a), bem como para a cultivar IAC-
125, em ambos os estádios de aplicação do N (Figura 15b).
Com exceção da resposta quadrática obtida, os demais resultados,
contradizem os obtidos por Fernandes et al. (2004) que observaram diferenças
51
significativas no NGF, quando as plantas de milho comum foram submetidas a
diferentes doses de N, assim como das diferentes épocas de aplicação do N.
(a) (b)
Figura 15 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela e (b)
IAC-125 e das épocas de aplicação no número de grãos por fileira
da espiga de milho pipoca cultivado na “Safrinha” de 2008.
A ausência de respostas significativas, provavelmente está ligada à
ocorrência das baixas temperaturas observadas no período (Figura 1).
4.2.3.3. Massa de grãos por espiga (MGE)
Em relação à MGE, para a cultivar BRS-Angela não foram observados
ajustes significativos de regressão, em nenhuma da época de aplicação do N
(Figura 16a). Por sua vez, para a cultivar IAC-125, as médias de MGE se
ajustaram de forma quadrática e linear crescente, quando o N foi aplicado nos
estádio V
4
e V
8
, respectivamente (Figura 16b). A dose de N de x = 107,98kg ha
-
1
proporcionou 74,97g de MGE, enquanto que, o incremento na MGE foi de
0,052g a cada unidade de N acrescida (Figura 16b).
No caso específico da cultivar IAC-125 (Figura 16b), as diferentes
respostas observadas em ambas as épocas de aplicação do N em cobertura se
devem, provavelmente, ao fato de que o fornecimento no estádio V
4
proporcionou melhores condições de aproveitamento do N, uma vez que, na
52
ocasião, as temperaturas observadas no período (Figura 1) foram favoráveis ao
desenvolvimento da cultura. Enquanto que, quando o N foi fornecido mais
tardiamente, no estádio V
8
, o desenvolvimento da cultura foi afetado pelas
baixas temperatura, podendo ter interferido no aproveitamento do N pelas
plantas.
(a) (b)
Figura 16 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela e (b)
IAC-125 e das épocas de aplicação na massa de grãos por espiga
de milho pipoca cultivado na “Safrinha” de 2008.
De forma semelhante, Gökmen et al. (2001) observaram o aumento
significativo na MGE de milho pipoca com o aumento da quantidade de N
fornecida a cultura. Ferreira et al. (2001), Oliveira e Caíres (2003), Soares
(2003) e Gomes et al. (2007) também encontraram efeito significativo das
doses de N sobre a MGE de milho comum.
4.2.3.4. Massa de 1.000 grãos (MMG)
A MMG, de forma análoga à MGE (Figura 16), apresentou o mesmo
comportamento, ou seja, não houve ajustes significativos de regressão, para a
cultivar BRS-Angela (Figura 17a). Enquanto que, para a cultivar IAC-125,
também foram observados ajustes quadrático e linear das médias de MMG,
nos estádios V
4
e V
8
, respectivamente, sendo a resposta máxima ŷ = 155,57g,
53
obtida com a dose de N de x = 119,74kg ha
-1
, no estádio V
4
, e, cada unidade
de N proporcionou o incremento de 0,068g na MMG, no estádio V
8
(Figura
17b).
Os resultados da Figura 16a estão de acordo com os obtidos por
Escosteguy et al. (1997), Gökmem et al. (2001), Bortolini et al (2001),
Casagrande e Fornasieri Filho (2002); Fernandes et al. (2004) e Gomes et al.
(2007). Casagrande e Fornasieri Filho (2002), afirmam que a ausência de
resposta da MMG, em relação às doses de N, provavelmente, se deve às
condições adversas encontradas pelas plantas de milho durante o cultivo da
“Safrinha”.
(a) (b)
Figura 17 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela e (b)
IAC-125 e das épocas de aplicação na massa de 1.000 grãos de
milho pipoca cultivado na “Safrinha” de 2008.
Por outro lado, os resultados condizem com os que foram observados
por Sangoi e Almeida (1994), Ferreira et al. (2001), Oliveira e Caíres (2003),
Fernandes e Buzetti (2005), Lourente et al. (2007) e Duete et al. (2008), que
também observaram efeito significativo da adubação nitrogenada na MMG de
milho comum. Ferreira et al. (2001) observaram ajuste quadrático de regressão
da MMG, cuja resposta máxima ŷ = 352,4g foi obtida com a dose de N de x =
207kg ha
-1
.
54
4.2.3.5. Produtividade de grãos da cultura (PROD)
Ao contrário do que ocorreu na safra de “Verão (Figura 9), na
“Safrinha” as médias de PROD da cultivar BRS-Angela não se ajustaram
significativamente à regressão polinomial (Figura 18a), provavelmente, devido
aos fatores climáticos desfavoráveis observados no período de cultivo (Figura
1), os quais interferiram no desenvolvimento das plantas dessa cultivar,
impedindo a máxima expressão do nutriente na planta.
Casagrande e Fornasieri Filho (2002) também não observaram efeito
da adubação nitrogenada sobre A PROD de milho comum cultivado na
“Safrinha”, em que pesa o fato desse cultivo ser realizado num período em que
as condições climáticas são adversas à cultura.
(a) (b)
Figura 18 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela e (b)
IAC-125 e das épocas de aplicação na produtividade de grãos de
milho pipoca cultivado na “Safrinha” de 2008.
Por sua vez, para a cultivar IAC-125, as médias de PROD se ajustaram
linearmente, de forma crescente, em ambas as épocas em que foi realizada a
adubação nitrogenada de cobertura, com incrementos de 0,0055 e 0,0046t ha
-
1
, a cada unidade de N aplicada nos estádios V
4
e V
8
, respectivamente (Figura
18b).
55
Gökmen et al. (2001) observaram incrementos significativos na PROD
de milho pipoca, proporcionados até a dose de N de 100kg ha
-1
. Ferreira et al.
(2001) obtiveram ajuste quadrático de regressão para médias de PROD de
milho comum, em função da adubação nitrogenada, com 8,5t ha
-1
estimada
com a dose de N de 201,2kg ha
-1
.
Mar e Marchetti (2003) observaram efeito significativo das doses de N
sobre a PROD, com ajuste de regressão quadrático, sendo a maior
produtividade (6,55t ha
-1
) obtida com a dose de N de 131kg ha
-1
. Os autores
afirmam, ainda, que as melhores PRODs foram alcançadas quando o N em
cobertura foi aplicado no estádio V
8
e as menores no V
4
, entretanto, embora
tenha sido observada diferença significativa entre as médias de PROD, em
função das épocas de aplicação, os autores a consideraram mínima, o que os
levou a recomendar a adubação nitrogenada em ambos os estádios
fenológicos.
Araujo et al. (2004) e Duete et al. (2008) observaram que a PROD de
milho comum respondeu de forma linear crescente aos incrementos nas doses
de N, sendo as maiores doses de N utilizadas 240 e 175kg ha
-1
,
respectivamente.
A ausência de resposta da adubação nitrogenada nos componentes de
produção, em alguns casos, pode ser atribuída à ocorrência de baixas
temperaturas no período de cultivo da “Safrinha” (Figura 1), as quais,
possivelmente, interferiram no desempenho reprodutivo da cultura e,
consequentemente, restringiu a expressão xima do N sobre a PROD (TAIZ
e ZEIGER, 2004).
4.2.3.6. Capacidade de expansão (CE)
Da mesma forma que no período de “Verão”, na “Safrinha”, a CE o
apresentou ajustes significativos de regressão, em nenhuma das combinações
com as cultivares e épocas de aplicação do N em cobertura (Figura 19).
56
(a) (b)
Figura 19 Efeito das doses de N dentro das cultivares (a) BRS-Angela e (b)
IAC-125 e das épocas de aplicação na capacidade de expansão
dos grãos de milho pipoca cultivado na “Safrinha” de 2008.
Os resultados médios obtidos de CE do milho pipoca foram
classificados como: pobre (23,08ml g
-1
) e regular (26,95ml g
-1
), de acordo com
Green e Harris (1960), para a cultivar BRS-Angela e IAC-125, respectivamente,
mesmo assim, os resultados foram superiores à média de CE apresentada
pelas cultivares de pipoca utilizadas no Ensaio Nacional de Milho Pipoca
(20,8ml g
-1
), realizado na safra 1991/1992 (SAWAZAKI, 1996).
4.2.4. Contrastes entre o fatorial e as testemunhas adicionais
Na comparação dos tratamentos do fatorial vs tratamentos adicionais,
em relação à PROD na “Safrinha”, não foi observada diferença significativa (p >
0,1) entre os tratamentos adicionais e o fatorial, em cada cultivar, enquanto,
entre as cultivares, apenas os tratamentos da cultivar BRS-Angela que
receberam as doses de N de 45 e 90kg ha
-1
no estádio V
4
diferiram e foram
superados pelo tratamento adicional da cultivar IAC-125 (Quadro 8).
57
Quadro 8 Contrastes entre os tratamentos do fatorial e os tratamentos
adicionais em relação à produtividade de grãos, “Safrinha” de
2008
Tratamentos adicionais
BRS-Ângela IAC-125
Tratamentos
Médias de
produtividade
(t ha
-1
)
V4-8 - 180 V4-8 - 180
BRS-Ângela - V4 - 45
2,396
ns * (-)
BRS-Ângela - V4 - 90
2,711
ns ns
BRS-Ângela - V4 - 135
2,757
ns ns
BRS-Ângela - V4 - 180
2,302
ns * (-)
BRS-Ângela - V8 - 45
2,651
ns ns
BRS-Ângela - V8 - 90
2,434
ns ns
BRS-Ângela - V8 - 135
2,938
ns ns
BRS-Ângela - V8 - 180
2,572
ns ns
BRS-Ângela - V4-8 - 180
2,599
—- ns
IAC-125 - V4 - 45
2,560
ns ns
IAC-125 - V4 - 90
3,026
ns ns
IAC-125 - V4 - 135
3,191
ns ns
IAC-125 - V4 - 180
3,123
ns ns
IAC-125 - V8 - 45
2,661
ns ns
IAC-125 - V8 - 90
2,726
ns ns
IAC-125 - V8 - 135
2,843
ns ns
IAC-125 - V8 - 180
3,151
ns ns
IAC-125 - V4-8 - 180
3,126
ns —-
ns: não difere da testemunha pelo teste de Dunnett em nível de 0.1.
* (+): difere e é superior à testemunha pelo teste de Dunnett em nível de 0,1.
* (-): difere e é inferior à testemunha pelo teste de Dunnett em nível de 0,1.
Em relação à CE, os tratamentos do fatorial também não diferiram (p >
0,1) dos tratamentos adicionais, em cada cultivar. Por sua vez, entre as
cultivares, apenas o tratamento da cultivar BRS-Angela que recebeu a dose de
N de 180kg ha
-1
no estádio V
4
diferiu (p < 0,1) e foi superado pelo tratamento
adicional da cultivar IAC-125 e, os tratamentos da cultivar IAC-125 que
receberam as doses de N de 45 e 90kg ha
-1
, no estádio V
4
, e 135kg ha
-1
, no
estádio V
8
, diferiram (p < 0,1) e superaram o tratamento adicional da cultivar
BRS-Angela (Quadro 9).
Assim como na safra de “Verão”, na “Safrinha”, os resultados indicaram
que a estratégia de fracionamento da adubação nitrogenada, não proporcionou
incrementos significativos na PROD do milho pipoca (Quadro 8), nem na CE
(Quadro 9). Resultados semelhantes, em relação à PROD, foram obtidos por
Sangoi e Almeida (1994) e por Silva e Silva (2002) em milho comum.
58
Quadro 9 Contrastes entre os tratamentos do fatorial e os tratamentos
adicionais em relação à capacidade de expansão, “Safrinha”
de 2008
Tratamentos adicionais
BRS-Ângela IAC-125
Tratamentos
Médias de
produtividade
(t ha
-1
)
V4-8 - 180 V4-8 - 180
BRS-Ângela - V4 - 45
23,5
ns ns
BRS-Ângela - V4 - 90
23,7
ns ns
BRS-Ângela - V4 - 135
23,6
ns ns
BRS-Ângela - V4 - 180
21,4
ns * (-)
BRS-Ângela - V8 - 45
23,8
ns ns
BRS-Ângela - V8 - 90
22,8
ns ns
BRS-Ângela - V8 - 135
26,9
ns ns
BRS-Ângela - V8 - 180
22,4
ns ns
BRS-Ângela - V4-8 - 180
23,4
—- ns
IAC-125 - V4 - 45
28,8
* (+) ns
IAC-125 - V4 - 90
28,2
* (+) ns
IAC-125 - V4 - 135
24,7
ns ns
IAC-125 - V4 - 180
27,3
ns ns
IAC-125 - V8 - 45
26,4
ns ns
IAC-125 - V8 - 90
25,8
ns ns
IAC-125 - V8 - 135
28,5
* (+) ns
IAC-125 - V8 - 180
27,0
ns ns
IAC-125 - V4-8 - 180
26,2
ns —-
ns: não difere da testemunha pelo teste de Dunnett em nível de 0.1.
* (+): difere e é superior à testemunha pelo teste de Dunnett em nível de 0,1.
* (-): difere e é inferior à testemunha pelo teste de Dunnett em nível de 0,1.
59
5. CONCLUSÕES
Nas condições em que foi desenvolvido o presente estudo, concluiu-se
que:
1. De modo geral, na safra de “Verão”, não houve incremento nas
características da parte aérea das plantas de milho pipoca, em função do
incremento de nitrogênio.
2. Os componentes de produção responderam de forma positiva a aplicação
da adubação nitrogenada em cobertura, na safra de “Verão”, refletindo na
produtividade de grãos da cultivar BRS-Angela, mesmo com a ocorrência
de déficit hídrico.
3. No período da “Safrinha”, a adubação nitrogenada proporcionou respostas
positivas nas características da parte aérea das plantas.
4. os componentes de produção foram influenciados pelas baixas
temperaturas, em ambas as cultivares, na “Safrinha”, mesmo assim, a
produtividade de grãos da cultivar IAC-125 respondeu de forma positiva à
adubação nitrogenada.
5. o houve influência da adubação nitrogenada na capacidade de expansão
do milho pipoca, nos dois períodos avaliados.
60
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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APÊNDICE
72
Quadro 1A Resumo da análise de variância (Quadrados Médios) das
variáveis respostas altura de plantas (AP), altura de inserção
da espiga (AIE) e índice de área foliar (IAF), safra de “Verão
de 2007/2008
AP AIE IAF
Fontes de Variação GL
---------------(cm)--------------- (m
2
m
-2
)
Doses de N (D) 4 0,001158
*
0,004780
ns
0,144508
ns
Cultivares (C) 1 0,403280
*
0,564480
*
2,541845
*
Estádios (E) 1 0,006125
*
0,000500
ns
0,066125
ns
D x C 4 0,009455
*
0,007105
ns
0,030333
ns
D x E 4 0,006113
*
0,000913
ns
0,021475
ns
C x E 1 0,008000
*
0,000320
ns
0,262205
ns
D x C x E 4 0,002913
*
0,002283
ns
0,047030
ns
Fatorial 19 0,026103
*
0,032927
*
0,202292
*
Adicionais 1 0,020000
*
0,054450
*
0,043513
ns
Fatorial vs Adicionais 1 0,020131
*
0,054566
*
0,098560
ns
Tratamentos 21 0,024576
*
0,032390
*
0,187720
*
Blocos 3 0,000088
0,071908
1,325116
Resíduo 63 0,000135
0,004692
0,075892
Total 87
CV (%): 0,70
7,98
12,51
Média geral: 1,67
0,86
2,20
*Significativo (p > 0,05) e
ns
não significativo (p < 0,05), pelo teste F.
Quadro 2A Resumo da análise de variância (Quadrados Médios) das
variáveis respostas comprimento de espigas (CPE), número de
grãos por fileira (NGF) e massa de grãos por espiga (MGE),
safra de “Verão” de 2007/2008
CPE MGE
Fontes de Variação GL
(cm)
NGF
(g)
Doses de N (D) 4 6,327515
*
45,652938
*
349,381504
*
Cultivares (C) 1 0,199001
ns
0,780125
ns
1.692,432020
*
Estádios (E) 1 0,093161
ns
4,560125
ns
6,543680
ns
D x C 4 0,753123
ns
12,925438
ns
81,334379
ns
D x E 4 0,205833
ns
0,597313
ns
41,984115
ns
C x E 1 0,639031
ns
4,753125
ns
3,646580
ns
D x C x E 4 0,698285
ns
7,406563
ns
83,911377
ns
Fatorial 19 1,730011
*
14,548546
*
206,793041
*
Adicionais 1 0,418612
ns
0,020000
ns
142,045512
ns
Fatorial vs Adicionais 1 1,085763
ns
6,600920
ns
149,380190
ns
Tratamentos 21 1,616951
*
13,477300
*
194,211808
*
Blocos 3 2,414153
13,654962
180,447656
Resíduo 63 0,558120
5,259089
43,700937
Total 87
CV (%): 5,27
6,92
9,93
Média geral: 14,17
33,16
66,56
*Significativo (p > 0,05) e
ns
não significativo (p < 0,05), pelo teste F.
73
Quadro 3A Resumo da análise de variância (Quadrados Médios) das
variáveis respostas massa de 1.000 grãos (MMG),
produtividade de grãos (PROD) e capacidade de expansão
(CE), safra de “Verão” de 2007/2008
MMG PROD
CE
Fontes de Variação GL
(g) (t)
ml g
-1
Doses de N (D) 4 54,730880
ns
1,244530
*
3,761311
ns
Cultivares (C) 1 757,188180
*
48,565978
*
797,016251
*
Estádios (E) 1 2,298420
ns
0,406980
ns
2,335861
ns
D x C 4 29,603589
ns
0,123849
ns
3,960029
ns
D x E 4 72,408605
ns
0,321414
ns
1,953108
ns
C x E 1 10,745780
ns
0,348480
ns
3,423781
ns
D x C x E 4 5,137264
ns
0,043472
ns
3,597097
ns
Fatorial 19 74,618617
*
2,960763
*
45,045372
*
Adicionais 1 21,451250
ns
5,705442
*
44,604013
*
Fatorial vs Adicionais 1 140,418379
*
5,705959
*
51,378314
*
Tratamentos 21 74,198672
*
2,950498
*
43,201923
*
Blocos 3 121,352686
0,570448
8,905809
Resíduo 63 34,792263
0,217898
4,580502
Total 87
CV (%): 4,47
11,86
7,13
Média geral: 132,07
3,94
30,01
*Significativo (p > 0,05) e
ns
não significativo (p < 0,05), pelo teste F.
Quadro 4A Resumo da análise de variância (Quadrados Médios) das
variáveis respostas altura de plantas (AP), altura de inserção
da espiga (AIE) e índice de área foliar (IAF), “Safrinha” de
2008
AP AIE IAF
Fontes de Variação GL
---------------(cm)--------------- (m
2
m
-2
)
Doses de N (D) 4 0,108999
ns
0,038870
*
0,248890
*
Cultivares (C) 1 0,050501
*
0,436601
*
4,045501
*
Estádios (E) 1 0,024151
ns
0,010351
ns
0,039161
ns
D x C 4 0,023783
ns
0,008326
ns
0,014761
ns
D x E 4 0,012326
ns
0,005564
ns
0,004646
ns
C x E 1 0,000451
ns
0,000451
ns
0,001901
ns
D x C x E 4 0,007758
ns
0,006820
ns
0,011917
ns
Fatorial 19 0,036135
*
0,036091
*
0,274074
*
Adicionais 1 0,001512
ns
0,040612
*
0,255613
*
Fatorial vs Adicionais 1 0,011269
ns
0,048236
*
0,463635
*
Tratamentos 21 0,033230
*
0,034950
*
0,270050
*
Blocos 3 0,013945
0,007050
0,178850
Resíduo 63 0,009872
0,004207
0,061274
Total 87
CV (%): 5,31
6,46
9,76
Média geral: 1,87
1,00
2,54
*Significativo (p > 0,05) e
ns
não significativo (p < 0,05), pelo teste F.
74
Quadro 5A – Resumo da análise de variância (Quadrados Médios) das variáveis
respostas comprimento de espigas (CPE), número de grãos por
fileira (NGF) e massa de espiga (MGE), “Safrinha” de 2008
CPE MGE
Fontes de Variação GL
(cm)
NGF
(g)
Doses de N (D) 4 1,813128
*
23,086688
*
170,026480
*
Cultivares (C) 1 8,437005
*
109,980500
*
1.057,785125
*
Estádios (E) 1 0,074450
ns
3,200000
ns
9,288845
ns
D x C 4 1,443027
*
7,628938
*
18,507275
ns
D x E 4 0,331661
ns
3,180313
ns
28,075683
ns
C x E 1 1,230080
ns
1,058000
ns
10,037805
ns
D x C x E 4 0,318727
ns
5,689563
ns
37,069718
ns
Fatorial 19 1,335142
*
14,346342
*
110,097810
*
Adicionais 1 3,906013
*
8,611250
ns
1.830,427513
*
Fatorial vs Adicionais 1 4,135119
*
8,916886
ns
216,344600
*
Tratamentos 21 1,404896
*
13,404637
*
109,914428
*
Blocos 3 1,924828
7,023447
35,062186
Resíduo 63 0,514141
2,694161
36,571705
Total 87
CV (%): 5,14
5,29
8,94
Média geral: 13,95
31,05
67,62
*Significativo (p > 0,05) e
ns
não significativo (p < 0,05), pelo teste F.
Quadro 6A Resumo da análise de variância (Quadrados Médios) das
variáveis respostas massa de 1.000 grãos (MMG),
produtividade de grãos (PROD) e capacidade de expansão
(CE), “Safrinha” de 2008
MMG PROD
CE
Fontes de Variação GL
(g) (t)
ml g
-1
Doses de N (D) 4 79,027608
ns
1,02545
*
1,206973
ns
Cultivares (C) 1 7.729,525620
*
0,981688
*
300,390005
*
Estádios (E) 1 12,074580
ns
0,001584
ns
11,950580
ns
D x C 4 247,877945
*
0,395632
*
3,476040
ns
D x E 4 37,398868
ns
0,143762
ns
24,324789
*
C x E 1 33,230420
ns
0,179741
ns
13,284500
ns
D x C x E 4 2,709833
ns
0,045338
ns
4,367416
ns
Fatorial 19 486,467770
*
0,399164
*
24,164524
*
Adicionais 1 190,905800
*
0,555985
*
15,736050
ns
Fatorial vs Adicionais 1 1.846,341553
*
0,866561
*
16,014727
ns
Tratamentos 21 528,058533
*
0,402413
*
22,625747
*
Blocos 3 45,127528
0,149902
64,395608
Resíduo 63 38,075063
0,127036
6,500954
Total 87
CV (%): 4,37
13,33
10,20
Média geral: 141,09
2,67
25,00
*Significativo (p > 0,05) e
ns
não significativo (p < 0,05), pelo teste F.
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