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Antes do início da análise dos resultados obtidos, é pertinente esclarecer um dos
critérios de pontuação estabelecido por Fonseca (1955a). Para esse autor, o simples fato de
haver tentativas de realização pelo avaliado, independente se obtém êxito ou não, deve ser
considerado e pontuado com 1, indicando área fraca. Desse modo, só não foram pontuados os
exercícios que B se recusou a realizar.
Analisando-se a Tabela 2, verifica-se que o desempenho geral de B em relação ao
número de pontos no Programa de Desenvolvimento para Crianças Deficientes foi de 362,
correspondendo a um percentual de 55,61%; 24,85% das respostas emitidas foram
consideradas em boa evolução, 11,37%, em evolução hesitante e 19,35%, em fraca. Quanto ao
desempenho por áreas, em relação ao número total de pontos, pode-se afirmar que a área de
maior destaque foi a de autonomia social, atingindo 82,61% dos 138 pontos esperados,
seguida de motricidade global, com 66,67% dos 90 pontos esperados e, na seqüência, por
linguagem (51,85%), motricidade fina (47,83%) e cognitivo escolar (41,67%).
Por outro lado, realizando-se uma análise geral da freqüência de comportamentos
emitidos nos exercícios, B completou 217. Destes, 54 – ou 24,89% – exercícios foram
representados com comportamentos fortes, 37 – ou 17,05% – com comportamentos hesitantes
e 58,06%, ou seja, 126 exercícios considerados fracos. Examinando-se por áreas, observa-se
que B apresentou mais comportamentos em boa evolução na área de autonomia social, em
73,91% dos exercícios, seguida de motricidade global, em 30% dos exercícios, e,
sucessivamente, por linguagem, em 11,11%, motricidade fina, em 8,69% e desempenho
cognitivo-escolar, em 7% dos exercícios realizados. Já em relação aos comportamentos
considerados como hesitantes, a porcentagem maior de exercícios realizados ocorreu em
motricidade global, com 40%, seguido de linguagem, com 33,33%, motricidade fina, com
26,09%, desempenho cognitivo-escolar, com 11%, e autonomia social, com 4,35%. Em
comportamentos considerados como de fraca evolução, B realizou 82% dos exercícios
propostos para a área cognitivo-escolar, seguida de motricidade fina, com 65,22%, linguagem,
com 55,56%, motricidade global, com 30% e autonomia social, com 21,74%.
Na intenção de ilustrar os resultados obtidos, construiu-se um gráfico comparativo
entre a pontuação máxima possível de ser obtida e os pontos obtidos por B, em cada área
avaliada, bem como a pontuação total.