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FACULDADE DE ECONOMIA E FINANÇAS IBMEC
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM
ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA
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RESPONSABILIDADE SOCIAL
CORPORATIVA E DESEMPENHO
FINANCEIRO: UMA META-ANÁLISE.
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Rio de Janeiro, 25 de Junho de 2008
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“RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA E DESEMPENHO
FINANCEIRO: UMA META-ANÁLISE.”
JULIANA JUNQUEIRA ESMERALDO PAVIE
Dissertação apresentada ao curso de
Mestrado Profissionalizante em
Administração como requisito parcial para
obtenção do Grau de Mestre em
Administração.
Área de Concentração: Administração
Geral
ORIENTADOR: PROF. DR. LUIZ ALBERTO NASCIMENTO CAMPOS FILHO
Rio de Janeiro, 25 de junho de 2008.
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“RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA E DESEMPENHO
FINANCEIRO: UMA META-ANÁLISE.”
JULIANA JUNQUEIRA ESMERALDO PAVIE
Dissertação apresentada ao curso de
Mestrado Profissionalizante em
Administração como requisito parcial para
obtenção do Grau de Mestre em
Administração.
Área de Concentração: Administração
Geral
Avaliação:
BANCA EXAMINADORA:
_____________________________________________________
Professor DR. LUIZ ALBERTO NASCIMENTO CAMPOS FILHO (Orientador)
Instituição: Ibmec-RJ
_____________________________________________________
Professor DR. RAIMUNDO NONATO SOUSA DA SILVA
Instituição: Ibmec-RJ
_____________________________________________________
Professor DR. JOSÉ RICARDO MAIA DE SIQUEIRA
Instituição: UFRJ
Rio de Janeiro, 25 de junho de 2008.
658.408
P338
Pavie, Juliana Junqueira Esmeraldo.
Responsabilidade social corporativa e desempenho financeiro:
uma meta-análise / Juliana Junqueira Esmeraldo Pavie. Rio de
Janeiro: Faculdades Ibmec, 2008.
Dissertação de Mestrado Profissionalizante apresentada ao
Programa de Pós-Graduação em Administração das Faculdades
Ibmec, como requisito parcial necessário para a obtenção do título
de Mestre em Administração.
Área de concentração: Administração Geral.
1. Responsabilidade social corporativa. 2. Desempenho
financeiro. 3. Meta-análise.
v
DEDICATÓRIA
Ao meu marido, Ricardo, por seu amor, carinho e
compreensão que foram fundamentais para a execução
deste trabalho e que são muito importantes em todos os
momentos da minha vida.
Aos meus pais, Leila e Júlio, que sempre me apoiaram e
sem os quais eu não teria conseguido alcançar os meus
objetivos.
À minha irmã, Patrícia, que sempre esteve do meu lado,
como uma verdadeira amiga.
vi
AGRADECIMENTOS
Agradeço, inicialmente, ao meu orientador, o professor Luiz Alberto por ter me incentivado a
enfrentar um novo desafio.
Às minhas avós, Thalita e Mira, pelo amor e torcida.
À Renata Bloisa Garrido e à Josi Silva Salles, pela ajuda na busca dos artigos para a
simulação do estudo Orlitzky, Schmidt e Rynes (2003), em bases de dados nas quais não tinha
acesso.
A todos aqueles que, de forma direta ou indireta, contribuíram para a viabilização deste
trabalho.
Agradeço a Deus pelo o que sou e por tudo que já consegui conquistar na minha vida.
vii
RESUMO
Muitos estudos empíricos realizados para analisar a relação entre responsabilidade social
corporativa e desempenho financeiro não apresentaram resultados consistentes sobre o
assunto. A presente dissertação se propõe a avaliar esta relação com base na metodologia
estatística da meta-análise, que agrega os resultados de 112 estudos empíricos recentes,
publicados nos últimos dez anos, entre janeiro de 1998 e dezembro de 2007, presentes na
literatura sobre responsabilidade social corporativa e desempenho financeiro. Esta relação é
testada por meio de hipóteses e os resultados obtidos revelam relações positivas entre as
diversas medidas analisadas de responsabilidade social corporativa e de desempenho
financeiro, muitas delas ratificando as teorias existentes.
Palavras Chave: responsabilidade social corporativa; desempenho financeiro; meta-análise.
viii
ABSTRACT
Many empirical studies conducted to examine the relationship between corporate social
responsibility and financial performance failed to reach consistent results on the subject. The
purpose of this dissertation is to examine this relationship based on the statistical
methodology of meta-analysis, which aggregates the results of 112 recent empirical studies,
published in the last ten years, between January 1998 and December 2007, in the literature on
corporate social responsibility and financial performance. This relationship is tested by
hypothesis and the results show positive relations between the various measures analyzed of
corporate social responsibility and financial performance, many of them ratifying the existing
theories.
Key Words: corporate social responsibility; financial performance; meta-analysis.
ix
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Metodologia aplicada para o mapeamento dos artigos ...........................................19
Figura 2 – Fluxograma das hipóteses apresentadas por Orlitzky, Schmidt e Rynes (2003) ....37
x
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Resumo dos resultados obtidos na Hipótese 1........................................................39
Tabela 2 – Resumo dos resultados obtidos na Hipótese 2........................................................40
Tabela 3 – Resumo dos resultados obtidos na Hipótese 3........................................................40
Tabela 4 – Resumo dos resultados obtidos na Hipótese 4........................................................41
Tabela 5 – Diferenças entre os estudos ....................................................................................42
Tabela 6 – Comparação da Hipótese 1.....................................................................................43
Tabela 7 – Comparação da Hipótese 2.....................................................................................43
Tabela 8 – Comparação da Hipótese 3.....................................................................................44
Tabela 9 – Comparação da Hipótese 4.....................................................................................45
xi
LISTA DE ABREVIATURAS
AMJ Academy of Management Journal
AMR Academy of Management Review
AOS Accounting, Organizations and Society
AR Accounting Review
ASQ Administrative Science Quarterly
Bovespa Bolsa de Valores do Estado de São Paulo
DF Desempenho Financeiro
EBSCO Elton B. Stephens Company
ENSP Escola Nacional de Saúde Pública
FGV Fundação Getúlio Vargas
FI Fator de Impacto
GRI Global Reporting Initiative
IDJS Índice Dow Jones de Sustentabilidade
ISE Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa
ISI Institute for Scientific Information
ISO International Organization for Standardization
IUCN International Union for the Conservation of Nature and Natural Resources
JCR Journal of Citation Reports
xii
JIBS Journal of International Business Studies
JMS Journal of Management Studies
KLD Kinder, Lydenberg, Domini and Company
MS Management Science
OECD Organization for Economic Co-operation and Development
OS Organization Science
Petrobras Petróleo Brasileiro S.A.
PUC Pontifícia Universidade Católica
RSC Responsabilidade Social Corporativa
SMJ Strategic Management Journal
UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro
UNEP United Nations Environment Programme
WCED World Commission on Economic Development
WWF World Wide Fund for Nature
xiii
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................1
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................................................................5
2.1 RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA ..........................................................................5
2.1.1 Conceitos.............................................................................................................................................. 6
2.1.2 Teoria dos Stakeholders .....................................................................................................................10
2.2 DESEMPENHO FINANCEIRO..........................................................................................................11
2.2.1 Conceitos............................................................................................................................................ 11
2.2.2 Indicadores de Desempenho Financeiro.............................................................................................11
2.2.3 Teoria do Slack Resources ................................................................................................................. 13
2.3 RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA E DESEMPENHO FINANCEIRO.............14
3 METODOLOGIA...........................................................................................................17
3.1 MAPEAMENTO DOS ARTIGOS UTILIZADOS NO ESTUDO....................................................17
3.2 META-ANÁLISE..................................................................................................................................20
3.2.1 Procedimentos da Meta-Análise......................................................................................................... 23
3.2.2 Análise File Drawer........................................................................................................................... 27
3.3 LIMITAÇÕES DA METODOLOGIA................................................................................................29
4 HIPÓTESES ...................................................................................................................31
5 RESULTADOS...............................................................................................................38
5.1 RESULTADOS OBTIDOS ..................................................................................................................38
5.2 COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS..............................................................................................42
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................47
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................50
xiv
APÊNDICE A – RESUMO DOS ESTUDOS INCLUÍDOS NA META-ANÁLISE.........56
APÊNDICE B – TABELAS DOS RESULTADOS DA META-ANÁLISE.......................63
ANEXO A – ARTIGOS SELECIONADOS PARA A META-ANÁLISE ........................68
1
1 INTRODUÇÃO
Existe um crescente interesse em se estudar a relação entre responsabilidade social
corporativa e desempenho financeiro corporativo (MCWILLIAMS e SIEGEL, 2001;
ORLITZKY, SCHMIDT e RYNES, 2003; SWANSON, 1999; WADDOCK e GRAVES,
1997; WOOD, 1991). Um dos fatores que contribuem para isto é o fato de que, estudos
realizados revelam que muitas das empresas que conseguem prosperar seus negócios adotam
uma estratégia que engloba os três princípios do desenvolvimento sustentável corporativo.
São eles: integridade ambiental por meio da gestão ambiental corporativa, eqüidade social por
meio da responsabilidade social corporativa e prosperidade econômica através da criação
valor (BANSAL, 2005). Por este motivo, cada vez mais os estudos sobre a relação entre
responsabilidade social e desempenho financeiro têm se tornado freqüentes.
O assunto se tornou tão importante que uma série de princípios, normas e certificações têm
sido desenvolvidos com o intuito de nortear às ações das empresas ligadas a responsabilidade
social corporativa. Como exemplo, a ISO – International Organization for Standardization
está desenvolvendo um padrão internacional a fim de fornecer orientações para a
responsabilidade social corporativa. Relatórios contendo diretrizes, como GRI (Global
Reporting Initiative), United Nations Global Compact, o balanço social da iBase, o relatório
Ethos são outros exemplos de instrumentos para avaliar as ações socialmente e
2
ambientalmente responsáveis praticadas pelas empresas (BALANÇO SOCIAL, 2008;
CLARKSON et al., 2008; COOPER e OWEN, 2007; JOHNSON e GREENING, 1999;
WILLIAMS, 2004).
Além disso, diversas organizações estão interessadas em classificar as empresas de acordo
com o seu comprometimento com a sustentabilidade e com a responsabilidade social.
Instituições financeiras como a Dow Jones e a Bovespa possuem índices específicos de
sustentabilidade desenvolvidos para avaliar os desempenhos econômico, ambiental e social
das empresas que as compõem, são eles: Índice Dow Jones de Sustentabilidade (IDJS) e
Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa (ISE). Estes índices valorizam critérios de
responsabilidade social e ambiental, além do desempenho financeiro nas aplicações
financeiras, o que os torna um referencial para os investimentos socialmente responsáveis no
Brasil e no Exterior (PETRINI, POZZEBON e MEIRELLES, 2007).
Neste contexto, diversos estudos foram conduzidos a fim de se chegar a uma conclusão sobre
a relação entre a responsabilidade social e o desempenho financeiro, existindo duas vertentes
na linha de pesquisa sobre esta relação. A primeira delas representada por Jensen (2002),
McWilliams e Siegel (2000) e Porter (1991) indaga que qualquer aumento de gastos
desnecessários em questões sociais aumentam os custos de uma empresa, colocando-a em
uma situação de desvantagem em relação a seus competidores. Já segundo Greening e Turban
(2000) e Waddock e Graves (1997), quanto melhor o desempenho social, mais recursos a
organização consegue atrair para si (BARNETT e SALOMON, 2006).
O propósito de se estudar a relação entre essas duas variáveis, responsabilidade social
corporativa e desempenho financeiro, é verificar se é possível generalizá-la com base nos
resultados dos estudos realizados e disponíveis na literatura sobre este tema.
3
A fim de estabelecer uma relação mais precisa entre estes dois tópicos, Orlitzky, Schmidt e
Rynes (2003) desenvolveram um estudo, no qual foram selecionados 52 artigos, em um
período de 30 anos, onde concluíram que as práticas da responsabilidade social e ambiental
estão associadas a um melhor desempenho financeiro da empresa. Para tanto, eles se
basearam na metodologia da meta-análise aplicada nas pesquisas da área de ciências sociais,
desenvolvido por Hunter e Schmidt (1990).
A meta-análise tem sido utilizada em diversas áreas do conhecimento de forma a agregar os
diferentes resultados obtidos em estudos empíricos, a fim de se obter um resultado mais
consistente. Ela se baseia em uma revisão sistemática estatística, que integra de forma
quantitativa, os resultados de vários estudos independentes sobre um mesmo assunto, de
forma a estabelecer uma estimativa única dos resultados (COMBS e KETCHEN Jr., 2003;
DAVAR, 2004; STANLEY, 2001). Sua utilização é mais intensiva na medicina e na biologia,
mas desde os anos 90 está sendo cada vez mais empregada em outras áreas de estudos
(STANLEY, 2001).
Assim, esta dissertação se propõe a fazer uma análise sobre a relação entre responsabilidade
social corporativa e desempenho financeiro, a fim de verificar, por meio de 112 estudos
individuais publicados nos principais periódicos internacionais, quais foram os resultados
encontrados no período dos últimos dez anos, de 1998 a 2007. Para tanto, será verificado se as
hipóteses que foram confirmadas por Orlitzky, Schmidt e Rynes (2003) em seu estudo
continuam válidas para este novo período.
Desta forma, para que se atinja o resultado esperado, será também utilizada a metodologia
baseada na meta-análise desenvolvida por Hunther e Schmidt (1990). Cabe ressaltar que o
presente trabalho, diferentemente do estudo anterior, foi conduzido para um horizonte
4
temporal de 10 anos e a seleção dos artigos foi feita de forma a refinar a base de dados para
somente incluir os periódicos presentes no Journal of Citation Reports (JCR).
O presente trabalho contém, além dessa introdução, mais cinco capítulos. O segundo é
constituído de uma revisão de literatura embasada nos principais periódicos internacionais da
área de gestão, segundo o JCR, no período de 1998 a 2007, e aborda os conceitos sobre
responsabilidade social corporativa, desempenho social corporativo, sustentabilidade,
desenvolvimento sustentável e desempenho financeiro, além de teorias relevantes para o
estudo em questão. O terceiro capítulo apresenta a metodologia utilizada para o estudo de
meta-análise da relação entre a responsabilidade social corporativa e o desempenho financeiro
das empresas. O quarto capítulo detalha as hipóteses que foram formuladas e testadas na
presente dissertação. No quinto capítulo são apresentados os resultados alcançados pelo
estudo. E, por fim, no último capítulo são apresentadas as considerações finais e as sugestões
para o desenvolvimento de futuras pesquisas.
5
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Neste capítulo é apresentado o referencial teórico, onde são detalhados os principais conceitos
envolvidos no presente estudo. Ele está dividido em três seções de acordo com os seguintes
tópicos: responsabilidade social corporativa, desempenho financeiro e a questão da relação
entre estes dois temas. Na primeira seção, além da abordagem da responsabilidade social
corporativa, serão apresentadas as definições de desempenho social corporativo, de
desempenho ambiental corporativo, de sustentabilidade, de desenvolvimento sustentável e da
teoria dos stakeholders, encontradas na literatura. A segunda seção expõe os conceitos de
desempenho financeiro, dos principais indicadores de desempenho e da teoria do slack
resources. Por último, serão abordadas as questões do relacionamento entre responsabilidade
social corporativa e desempenho financeiro. Os conceitos aqui apresentados servirão como
referência para as hipóteses formuladas no capítulo 4.
2.1 RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA
O tema sobre responsabilidade social corporativa vem ganhando importância nas últimas duas
décadas não somente na mídia, na área governamental, nas corporações, mas também no
mundo acadêmico. O interesse chave na área acadêmica tem sido uma tentativa de buscar as
principais implicações da relação entre responsabilidade social corporativa e o desempenho
financeiro corporativo (CAMPBELL, 2007). O princípio básico da responsabilidade social
6
corporativa é a forte relação existente entre a sociedade e as organizações. Por outro lado, a
maior preocupação entre os estudiosos é o impacto econômico e financeiro que as empresas
sofrem devido às políticas sociais (RUSSO e FOUTS, 1997).
O compromisso do campo da pesquisa em estratégia que estuda os negócios e a sociedade é
encontrar e desenvolver uma relação entre eles. As expectativas da sociedade em relação às
responsabilidades das empresas podem ser hierarquizadas por ordem decrescente de
importância, a seguir: econômica, legal, ética e discricionária. As obrigações econômicas são
atenuadas pelas leis e regulamentações, e pelas responsabilidades éticas. O controle social da
empresa é composto pelas restrições legais e éticas nas atividades corporativas. Já as
responsabilidades discricionárias correspondem a ações voluntárias adotadas pelos executivos
a fim de exercer obrigações afirmativas e têm menos importância para a atividade econômica
da empresa (SWANSON, 1999).
Neste contexto, em um estudo sobre os modelos conceituais de responsabilidade social
corporativa, Pereira e Campos Filho (2007) construíram um novo modelo que contempla as
dimensões ética, institucional e econômica, a partir da integração dos principais modelos já
existentes a fim de encontrar uma relação mais equilibrada e comprometida entre empresa e
sociedade, de forma a ajustar os interesses empresarias com as demandas sociais existentes.
2.1.1 Conceitos
Os conceitos de responsabilidade social corporativa, responsabilidade ambiental corporativa,
sustentabilidade e desenvolvimento sustentável se confundem e até mesmo se equivalem à
medida que abordam questões de ordem econômica, social e ambiental (PETRINI,
POZZEBON e MEIRELLES, 2007).
7
Segundo Carroll (1979), o conceito de responsabilidade social corporativa vem sendo
explorado por décadas e já era usado antes de 1930. Contudo, o marco pode ser considerado a
publicação do livro intitulado Social responsability of the businessman, de Howard R.
Bowens, em 1953.
Na literatura, existem várias definições para responsabilidade social corporativa, mas em sua
maioria, ela é definida como um conjunto de ações voluntárias que a empresa exerce a fim de
promover melhorias nas condições sociais e ambientais, como forma da empresa responder a
questões sob a ótica econômica, técnica e requisitos legais para realizar benefícios sociais e
ambientais juntamente com os ganhos financeiros (AGUILERA et al., 2007; CAMPBELL,
2007; CARROLL, 1979; MACKEY, MACKEY e BARNEY, 2007). Além disso, os valores
inerentes à responsabilidade social corporativa podem motivar ações organizacionais,
individuais, ou até mesmo da sociedade (SWANSON, 1999).
Estudos recentes sugerem que a responsabilidade social corporativa é um instrumento para
aumentar a legitimidade da empresa frente a seus stakeholders e para desenvolver imagens
positivas de responsabilidade social a fim de ajudar na sua reputação (MAIGNAN e
RALSTON, 2002). Ela também é considerada como sendo um conjunto de ações para atender
a seus diferentes stakeholders, de forma a promover o desenvolvimento sustentável, por meio
de três dimensões: econômica, ambiental e social (HENDERSON, 2001). Ela é a forma como
a empresa operacionaliza suas políticas, processos e procedimentos que afetam tanto os seus
stakeholders como o meio ambiente (WADDOCK, BODWELL e GRAVES, 2002).
Neste contexto, o desempenho social corporativo pode ser conceituado como uma medida
para responsabilidade social corporativa, que avalia o impacto do comportamento da empresa
na sociedade por meio de uma configuração de princípios, processos, políticas e resultados
8
alcançados pela empresa com a utilização da prática da responsabilidade social, que afeta
diretamente terceiros (MCWILLIAMS e SIEGEL, 2000; SCHULER e CORDING, 2006;
WOOD, 1991). Já o desempenho ambiental corporativo é um subconjunto do desempenho
social corporativo referente às questões ligadas ao meio-ambiente (SCHULER e CORDING,
2006; WHITEMAN e COOPER, 2000).
O termo sustentabilidade surgiu nos anos 80 no Relatório World Conservation Strategy,
publicado pela International Union for the Conservation of Nature and Natural Resources
(IUCN, hoje chamada de World Conservation Union), United Nations Environment
Programme (UNEP) e World Wide Fund for Nature (WWF), que o definiu como sendo uma
forma estratégica de se integrar ao desenvolvimento coerente por meio da manutenção do
ecossistema, preservação da diversidade genética e utilização sustentável dos recursos
(OECD, 2007).
A fim de alcançar a sustentabilidade, uma empresa deve identificar e administrar suas
relações com os indivíduos, outras organizações, entidades políticas, econômicas, sociais e
com a natureza. As iniciativas da empresa com o propósito de mitigar o impacto das suas
atividades no meio ambiente são chamadas de responsabilidade ambiental corporativa. Essas
iniciativas podem ocorrer com a mudança de políticas da empresa, assim como nos seus
produtos e processos. Como exemplo de iniciativa, pode-se citar o uso de recursos
ecologicamente sustentáveis, como é o caso da reciclagem de produtos industriais (BANSAL
e ROTH, 2000).
Contudo, existem quatro fatores que induzem a empresa a praticar os princípios de
responsabilidade ambiental corporativa que as levam a considerar os impactos ecológicos nas
suas tomadas de decisão, são eles: (a) a legislação – penalidades, custos legais, multas; (b) as
9
pressões dos stakeholders – consumidores, comunidades locais, grupos ecológicos, acionistas,
governo; (c) as oportunidades econômicas – por meio da venda de resíduos de produtos; e (d)
a ética (BANSAL e ROTH, 2000).
Já o desenvolvimento sustentável foi definido, em 1987, pelo World Commission on
Economic Development (WCED), no Relatório Brundtland, intitulado Nosso Futuro Comum,
como sendo um desenvolvimento coerente, de forma a atender as necessidades de hoje,
porém, sem o comprometimento dos recursos para o atendimento das gerações futuras
(BANSAL, 2005).
Em suma, existe uma linha tênue entre os conceitos anteriormente descritos, uma vez que
estão intimamente relacionados e até mesmo se confundem no que se referem aos mesmos
princípios de desenvolvimento, sempre levando em consideração a preocupação com fatores
sociais e ambientais.
As medidas de responsabilidade social corporativa mais encontradas nos artigos que foram
usados na meta-análise do presente trabalho são as informações divulgadas contidas no
balanço social das empresas, como: número de empregados, investimentos relacionados com
a produção e operação da empresa, doações filantrópicas, índices que avaliam as emissões de
gases, benefícios para seus empregados, entre outros.
Em alguns estudos selecionados neste trabalho, foram usadas as medidas dos índices sociais
de KLD (KLD social indexes) disponibilizados pela base de dados Kinder, Lydenberg,
Domini and Company, que possuem cinco dimensões: empregados, produtos, diversidade,
ambiente e sociedade (AGLE, MITCHELL e SONNENFELD, 1999). Outras medidas
utilizadas nos estudos são as do construto relacionado à sociedade de Aupperle e de Carroll,
10
que são medidas legais, éticas e discricionárias (AGLE, MITCHELL e SONNENFELD,
1999; CARROLL, 1979). Por último, algumas medidas relacionadas à reputação, que são
dadas pela percepção das ações passadas e futuras da empresa em comparação com seus
concorrentes, também foram encontradas em alguns dos estudos (BRAMMER e PAVELIN,
2006; FOMBRUN e SHANLEY,1990).
2.1.2 Teoria dos Stakeholders
O desempenho social corporativo pode ser avaliado de forma mais eficiente e consistente se
for usada uma relação entre a organização e seus stakeholders (CLARKSON, 1995). A teoria
dos stakeholders tem como base a importância das relações das empresas com os seus
públicos de interesses (stakeholders), que são: seus empregados, outras empresas,
organizações, sociedade e governo, além dos seus acionistas (BARNETT, 2007;
CAMPBELL, 2007; CLARKSON, 1995).
Esta teoria examina quando e porque as empresas atendem aos interesses dos seus
stakeholders mesmo que em detrimento aos seus interesses imediatos (CAMPBELL, 2007).
Ela mostra como a responsabilidade social corporativa contribui para firmar e fortalecer essa
relação de confiança entre seus principais stakeholders, e tem um embasamento teórico que
explica que essa relação traz ganho financeiro à empresa que consegue ter boas relações com
seus stakeholders devido à redução de custos de transação, custos associados à produção e
redução ou mesmo eliminação de alguns riscos (BARNETT, 2007). Ela identifica a relação
entre o gerenciamento dos stakeholders e o atendimento às metas de desempenho da empresa,
como por exemplo, lucro, estabilidade e crescimento (CAMPBELL, 2007).
11
2.2 DESEMPENHO FINANCEIRO
O desempenho financeiro das empresas é assunto amplamente pesquisado e estudado na área
acadêmica devido ao seu relacionamento direto com o crescimento da organização e criação
de valor para os acionistas (BARNETT e SALOMON, 2006).
2.2.1 Conceitos
A interpretação e o significado de desempenho variam de acordo com questões institucionais
de cada empresa e com a sua dependência com relação aos seus recursos. O sucesso ou o
fracasso de empresas mais voltadas para o mercado reflete no seu market-share, nas suas
vendas e no seu lucro. Já empresas menos voltadas para o mercado têm seu sucesso medido
pelo êxito organizacional atingido (DAVIES e WALTERS, 2004).
Na literatura, existem muitas definições para o desempenho de uma empresa. Nos estudos que
analisam o relacionamento do desempenho financeiro das empresas com a responsabilidade
social corporativa, as medidas mais usadas são a contábil e a de mercado (BARNEY, 2002).
Muitos estudos foram desenvolvidos no sentido de analisar em como a responsabilidade
social corporativa afeta o valor de mercado da empresa (MACKEY, MACKEY e BARNEY,
2007).
2.2.2 Indicadores de Desempenho Financeiro
O desempenho financeiro corporativo é geralmente medido pela lucratividade da empresa,
pelo seu valor de mercado ou pelo seu crescimento (SCHULER e CORDING, 2006). Para
tanto, existem três tipos indicadores mais utilizados pelos pesquisadores que procuram medir
12
o desempenho financeiro de empresas, são eles: indicadores contábeis, indicadores de
mercado e indicadores de percepção (DALTON et al., 1999).
Os indicadores de desempenho contábeis mais encontrados nos estudos são: retorno sobre o
patrimônio líquido, retorno sobre os ativos, retorno sobre as vendas, retorno dos acionistas,
ganho por ação e retorno sobre os investimentos. Já os indicadores de mercado mais comuns
são: alfa de Jensen, medidas de Treynor, índice Sharpe e Q de Tobin (KING e LENOX,
2002).
Os indicadores de desempenho contábeis costumam ser criticados por suas medidas serem
sujeitas a manipulações, por subestimarem os ativos, por criarem distorções no tratamento de
receitas e despesas, e por não levarem em conta o risco de investimento dos acionistas. Já os
indicadores de desempenho de mercado possuem uma vantagem sobre os indicadores
contábeis por não serem manipulados, mas por outro lado, estão sujeitos a forças que estão
além do controle gerencial (DALTON et al., 1998).
Os indicadores de percepção são medidos por meio de pesquisas realizadas contendo
perguntas individuais a fim de estimar subjetivamente o desempenho financeiro das empresas.
Como exemplo de medidas de percepção, pode-se citar o estudo realizado por Ittner, Larcker
e Randall (2003), onde uma pesquisa foi aplicada em gerentes de diversas empresas que
prestam serviços financeiros a fim de se avaliar a importância de alguns fatores que
influenciam no desempenho das empresas onde trabalham. Em uma escala de 1, para sem
importância, a 6, muito importante, os executivos classificaram os desempenhos financeiros
de curto e longo prazo, como: ganhos anuais, retorno sobre os ativos, redução de custos, entre
outros.
13
No presente estudo, os três tipos de indicadores, os contábeis, os de mercado e os de
percepção de desempenho financeiro foram encontrados nos artigos selecionados para a meta-
análise.
2.2.3 Teoria do Slack Resources
A teoria do slack resources consiste no uso do excesso de recursos financeiros de uma
empresa, uma reserva que pode ser utilizada em novas estratégias e que dá a empresa uma
maior flexibilidade, trazendo vantagens frente às oportunidades de mercado, principalmente
no caso de mudanças no ambiente externo. Esta flexibilidade impacta diretamente no seu
desempenho financeiro, gerando maior valor para a empresa (BOURGEOIS, 1981). Esta
reserva, ou slack, nada mais é do que a diferença entre o valor total dos recursos e o
pagamento de todas as obrigações de uma companhia. Além disso, essa reserva também
serve como um seguro para futuras perdas financeiras no caso de ocorrerem contingências
circunstanciais, principalmente causadas pelo mercado (DANIEL et al., 2004; GREENLEY e
OKTEMGIL, 1998).
Esta reserva de recursos também permite que a empresa possa se adequar e dar resposta às
pressões de seus stakeholders, além de investir em atividades que não dão retorno imediato.
Estes recursos admitem que a empresa possa se comprometer com práticas de
responsabilidade social e de desenvolvimento sustentável e, além disso, como nem todas as
empresas possuem excesso de recursos que possam ser aplicados para o desenvolvimento de
responsabilidade social corporativa, ele também ajuda no aumento do desempenho
empresarial das empresas que o possuem, à medida que proporciona uma vantagem
competitiva frente àquelas que não os têm (BANSAL, 2005).
14
Alguns autores como Adams e Hardwick (1998), McGuire, Sundgren e Schneeweis (1988) e
Ullmann (1985) argumentam que o desempenho financeiro influencia diretamente o
comportamento social corporativo das empresas. Doações filantrópicas, programas de
responsabilidade social, benefícios aos seus empregados, tudo isso está diretamente ligado à
existência de excesso de recursos financeiros. Assim, quanto melhor o desempenho financeiro
da empresa, maior é a sua capacidade de investir em práticas socialmente responsáveis.
As empresas que tem um bom desempenho financeiro aplicam suas reservas de caixa ou seus
fundos na dimensão social. Isso significa que para uma empresa comprometer seus recursos
financeiros em responsabilidade social, ela precisa ter prioritariamente o recurso em mãos,
para depois investir na dimensão social e, por este motivo, grandes empresas são capazes de
investir mais em responsabilidade social do que pequenas empresas (JOHNSON e
GREENING, 1999). A extensão das iniciativas de responsabilidade social em que uma
empresa deseja investir está diretamente ligada à quantidade de seus recursos disponíveis
(STRIKE, GAO e BANSAL, 2006).
2.3 RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA E DESEMPENHO FINANCEIRO
Diversos estudos foram realizados a fim de se encontrar uma relação entre responsabilidade
social corporativa e desempenho financeiro, porém muitos deles são inconsistentes ou
inconclusivos (MCWILLIAMS e SIEGEL, 2000; ORLITZKY, 2001, 2005; ORLITZKY,
SCHMIDT e RYNES, 2003; WU, 2006).
Muitos destes estudos sofrem com limitações teóricas e empíricas. Basicamente, existem dois
tipos de estudos empíricos sobre o assunto: o primeiro usa uma metodologia para medir o
impacto financeiro de curto prazo quando uma empresa age de forma socialmente responsável
15
ou irresponsável. O segundo examina a relação entre desempenho social corporativo e o
impacto financeiro de longo prazo de uma empresa, utilizando parâmetros contábeis ou
financeiros para medir o seu lucro em função de práticas socialmente responsáveis
(MCWILLIAMS e SIEGEL, 2000).
Em um estudo sobre esta relação, McWilliams e Siegel (2000) concluíram que os resultados
conflitantes encontrados para medir esta relação não dão um direcionamento correto para os
diversos gerentes de empresas dispostos a investir em práticas socialmente responsáveis.
Schuler e Cording (2006), por sua vez examinaram a relação entre responsabilidade social
corporativa e desempenho financeiro na ótica do comportamento dos consumidores, por meio
de um modelo de decisão, demonstrando que há uma ligação muito forte e complexa entre
estas variáveis. Para eles os consumidores são os stakeholders mais importantes de uma
empresa e ela deve gerenciar esta relação com muito cuidado.
Em um estudo entre desempenho ambiental e desempenho financeiro, Russo e Fouts (1997)
verificam que esta relação é positiva e que aumenta proporcionalmente com o crescimento das
corporações. Em outro estudo, Husted e Salazar (2006) utilizam uma análise microeconômica
para verificar as condições onde a responsabilidade social corporativa é consistente com a
maximização do valor para os acionistas de uma empresa. Nesta análise, os autores examinam
três casos considerando os benefícios e os custos adquiridos quando uma organização faz
investimentos sociais, são eles: (a) a empresa altruísta, (b) a empresa egoísta e, (c) a empresa
como um estrategista. Como conclusão deste estudo, o terceiro caso é apontado como sendo o
mais vantajoso tanto para a empresa quanto para a sociedade, por que busca um equilíbrio
entre as práticas socialmente responsáveis e seu desempenho financeiro.
16
Na pesquisa realizada por Waddock e Graves (1997), que utiliza o método da regressão
estatística, o resultado foi que um incremento no desempenho financeiro corporativo de uma
empresa está positivamente associado com um aumento na responsabilidade social
corporativa da mesma. Além disso, eles sugerem que as medidas de responsabilidade social
corporativa e desempenho financeiro e as amostras utilizadas nos estudos são responsáveis
por resultados ambíguos.
Entretanto, em seu estudo, Orlitzky, Schmidt e Rynes (2003) utilizam a meta-análise,
desenvolvida por Hunter e Schmidt (1990), para agregar resultados de diversos estudos que
relacionam a responsabilidade social, responsabilidade ambiental e o desempenho financeiro
em empresas, e concluem que tanto a prática da responsabilidade social quanto a ambiental
estão associadas a um melhor desempenho financeiro.
Em outro estudo, Wu (2006) usa a metodologia da meta-análise, com os procedimentos
desenvolvidos por Rosenthal para encontrar um resultado único entre a relação dos dois
temas. Como resultado, ele também conclui que existe uma relação positiva entre
responsabilidade social corporativa e desempenho financeiro.
Pode-se constatar que existem diversos estudos que relacionam a responsabilidade social
corporativa e o desempenho financeiro de empresas, que apresentaram conclusões diversas
entre as diferentes medidas destes dois assuntos, o que deixa claro a necessidade de uma
agregação de suas conclusões e resultados, a fim de se obter um resultado único e mais
consistente.
17
3 METODOLOGIA
Este trabalho segue a metodologia utilizada no estudo realizado por Orlitzky, Schmidt e
Rynes (2003) que usaram a meta-análise para agregar resultados de estudos sobre
desempenho social corporativo e desempenho financeiro. O período de abrangência de sua
análise foi de 30 anos, 1968 a 1997, e o objetivo desta dissertação é fazer uma pesquisa
similar a dos referidos autores, abrangendo o período dos dez anos subseqüentes, de 1998 a
2007, além de utilizar uma base de dados com um maior refinamento.
Este capítulo está dividido em três seções. A primeira apresenta a forma de seleção dos
artigos que foram usados na meta-análise. Na segunda seção, é detalhada a metodologia
utilizada para a meta-análise. Por último, é feita uma descrição das limitações do método.
3.1 MAPEAMENTO DOS ARTIGOS UTILIZADOS NO ESTUDO
Esta seção apresenta os critérios para identificação e seleção dos artigos dos principais
periódicos internacionais, relacionados com o tema do estudo.
Diferentemente da forma de seleção dos artigos realizada por Orlitzky, Schmidt e Rynes
(2003), a pesquisa dos estudos usados neste trabalho está focada em dez dos principais
18
periódicos internacionais na área de gestão, considerados pelo Journal of Citation Reports
(JCR), base de dados publicada pelo Institute for Scientific Information (ISI) (DUBOIS e
REEB, 2000; MORRISON e INKPEN, 1991) e foram escolhidos por possuírem um Fator de
Impacto (FI)
1
significativo no ano de 2006, ou seja, que foram considerados como periódicos
de qualidade e de representatividade acadêmica no ano de 2006. Os periódicos analisados,
classificados pelo JCR nas categorias de Business, Management e Business Finance, são:
Academy of Management Journal (AMJ), Academy of Management Review (AMR),
Accounting, Organizations and Society (AOS), Accounting Review (AR), Administrative
Science Quarterly (ASQ), Journal of International Business Studies (JIBS), Journal of
Management Studies (JMS), Management Science (MS), Organization Science (OS),
Strategic Management Journal (SMJ).
O processo de mapeamento dos artigos se deu em três etapas. Na primeira etapa, a seleção dos
artigos a serem usados na meta-análise contemplou um período de dez anos, entre janeiro de
1998 e dezembro de 2007, sendo feita a partir das bases de dados Business Source Complete,
fornecida pela EBSCO Industries Inc. e pela Science Direct, disponibilizada pela Petróleo
Brasileiro S.A. (PETROBRAS). Ela consistiu em uma busca de forma a identificar os artigos
que possuem as seguintes palavras de referência em seus títulos e resumos: sustainability,
sustainable development, corporate social responsibility, financial performance,
organizational performance, profitability, economic success, corporate social performance e
corporate environmental performance.
A segunda etapa se deu a partir da leitura dos resumos dos artigos previamente selecionados
na primeira etapa, de forma a identificar os artigos que possuíssem estudos quantitativos para
1
O Fator de Impacto é razão entre o número total de citações no ano analisado, neste caso o ano de 2006, de
artigos publicados nos dois anos anteriores, e o total de artigos publicados nos dois anos anteriores.
19
posterior análise. Na última etapa, foram analisadas todas as quantificações dos artigos, e
selecionados somente os que possuíam no mínimo a quantificação de uma relação entre as
medidas de responsabilidade social corporativa e desempenho financeiro.
Figura 1 – Metodologia aplicada para o mapeamento dos artigos
Artigos publicados nos 10 periódicos
1998 a 2007
(7.383 artigos)
Periódicos Internacionais em
Business, Management e Business Finance
JCR (ISI)
FI de 2006
Busca EBSCO e Science Direct
Seleção dos artigos em 3 etapas
Palavras de referência – título e resumo
(659 artigos)
Identificação de artigos com análises quantitativas
(159 artigos)
Identificação de artigos com quantificação da relação entre RSC e DF
(112 artigos)
20
Conforme a figura 1, foram identificados 7.383 artigos publicados nos dez periódicos
analisados, desde janeiro de 1998 a dezembro de 2007, dos quais 659 foram selecionados por
possuírem as palavras de referência, sendo que 159 contam com análises quantitativas. Dos
artigos que têm análises quantitativas, foi possível selecionar 112 que possuem quantificação
da relação entre as diferentes medidas de responsabilidade social corporativa e desempenho
financeiro. Todos os artigos selecionados para a meta-análise e suas referências encontram-se
no Anexo A.
Cabe ressaltar que os artigos utilizados para a composição do referencial teórico também
foram selecionados a partir deste trabalho de mapeamento dos artigos para a meta-análise.
3.2 META-ANÁLISE
A meta-análise é uma metodologia que combina e integra os resultados das relações entre
variáveis similares de estudos empíricos parcialmente comparáveis. Várias metodologias de
meta-análise foram desenvolvidas ao longo dos anos (CAPON, FARLEY e HOENIG, 1990;
HUNTER e SCHMIDT, 1990), existindo uma distinção entre os métodos que produzem uma
agregação consistente de uma evidência empírica de uma relação e os métodos que
adicionalmente procuram fazer inferências relativas a essas agregações das relações do
tamanho e das variâncias da população. A meta-análise introduzida por Glass, McGaw e
Smith é o primeiro tipo descrito, enquanto que a desenvolvida por Hunter e Schmidt é a
inferencial (HUNTER e SCHMIDT, 1990).
A meta-análise inferencial tornou-se uma ferramenta poderosa para reduzir a variância
estimada de um parâmetro. Entretanto, os benefícios gerados por ela são ganhos a custos de
dados rigorosos para a sua consistência. O primeiro ponto importante da meta-análise
21
inferencial é que deve ser possível interpretar cada um dos estudos como sendo uma amostra
da população. O segundo ponto é que as relações obtidas em cada estudo devem possuir os
mesmos tipos de variáveis, isto é, se o estudo a ser realizado diz respeito à relação de
responsabilidade social corporativa e desempenho financeiro, então não se pode coletar dados
que dizem respeito a outros parâmetros (CAMPBELL-HUNT, 2000; HUNTER e SCHMIDT,
1990).
A meta-análise é um procedimento metodológico para a análise sistemática da literatura
existente, de forma a refinar e estender a teoria sobre um determinado assunto
(DAMANPOUR, 1991). A meta-análise tem mostrado ser uma técnica estatística muito útil
em diversas áreas aonde os estudos individuais sobre o mesmo assunto chegaram a resultados
conflitantes ou mesmo a resultados inconclusivos. Por meio da agregação dos coeficientes de
correlação desses estudos e pela correção dos mesmos com artefatos estatísticos, a fim de
estimar relações sem vieses, a meta-análise permite uma precisão maior do que outras
revisões de pesquisas (COMBS e KETCHEN Jr., 2003; GOODING e WAGNER III, 1985;
GRINSTEIN, 2007; HUNTER e SCHMIDT, 1990; ORLITZKY, 2001; ORLITZKY,
SCHMIDT e RYNES, 2003; TOSI et al., 2000).
Esta metodologia tem sido pouco usada na área de estratégia quando comparada a outras áreas
de estudo como a médica, psicologia e educação (DALTON e DALTON, 2005; DAVAR,
2006). Porém, as meta-análises relativas a estudos na área de gestão estratégica possuem uma
vantagem em relação à qualidade dos estudos. Isso ocorre, porque os estudos de gestão
estratégica contam com variáveis observadas, que geralmente são derivadas de matrizes de
correlação ou da conversão de medidas para um coeficiente de correlação, restando poucas
dúvidas sobre a qualidade de dados desta natureza (DALTON e DALTON, 2005).
22
Um importante elemento desta metodologia é que este procedimento pode corrigir as
correlações por diversos artefatos estatísticos (DAILY, CERTO e DALTON, 2005;
KETCHEN et al., 1997; KING et al., 2004). Pesquisas empíricas são suscetíveis a eventuais
variações, a diferença nos métodos de pesquisa ou a erros introduzidos nos resultados, sendo
importante determinar como estes artefatos influenciam nos resultados e identificar as
relações entre as variáveis quando estes artefatos são removidos. Se todos os estudos
selecionados para a meta-análise tivessem sido conduzidos de forma perfeita, a distribuição
das correlações poderia ser usada na estimativa da correlação da população. Entretanto isto
não é verdade. Os estudos nunca são perfeitos e a correção dessas imperfeições requer
informações auxiliares como tamanho das amostras, médias, desvios-padrões, dentre outros
(NAIR, 2006). Segundo Hunter e Schmidt (1990), o primeiro artefato a ser estimado é o erro
amostral (sampling error) e em seguida, o erro de medição (measurement error). O primeiro
diz respeito à diferença entre uma estimativa derivada de uma pequena amostra examinada e o
valor da população. Já o segundo artefato refere-se a pouca confiança das medidas (HUNTER
e SCHMIDT, 1990).
O estudo de meta-análise conduzido neste trabalho usou as informações disponíveis na
amostra dos 112 artigos pesquisados e focou na correção do erro amostral e do erro de
medição das variáveis de responsabilidade social corporativa e desempenho financeiro.
Informações como tamanho da amostra, correlações entre as medidas de responsabilidade
social corporativa e desempenho financeiro, e coeficientes de confiança para as medidas de
responsabilidade social corporativa e desempenho financeiro servem como fatores de entradas
para o estudo e estão disponíveis no Apêndice A. A meta-análise foi conduzida em cada
subconjunto de estudos para revelar quanto da variância é devido aos artefatos.
23
As correlações reportadas nos estudos são correlações simples entre os assuntos de interesse,
geralmente o coeficiente de correlação de Pearson r ou o equivalente de r, resultante da
transformação de t em r. Porém, cabe ressaltar que, alguns dos estudos não reportaram valores
das relações entre as duas variáveis, isto é, coeficientes de correlações e testes t, mas foram
incluídos na meta-análise por apresentarem coeficientes de confiabilidades das medidas de
responsabilidade social corporativa e desempenho financeiro, geralmente dados pelo
coeficiente alfa de Cronbach, que é uma medida de consistência interna (KING e HE, 2005;
PETERSON, 1994).
Os objetivos principais da meta-análise aqui apresentada são: (1) integrar de forma estatística
os resultados dos 112 estudos selecionados sobre a relação entre responsabilidade social
corporativa e desempenho financeiro; (2) verificar a validade das teorias dos stakeholders e
do slack resources neste contexto; e (3) examinar as diversas medidas de responsabilidade
social corporativa e desempenho financeiro, como por exemplo, a reputação corporativa e o
retorno de ações; (4) comparar os resultados obtidos com os resultados do estudo de Orlitzky,
Schmidt e Rynes (2003).
3.2.1 Procedimentos da Meta-Análise
O método do cálculo da meta-análise empregada neste estudo é o mesmo usado por Orlitzky,
Schmidt e Rynes (2003) que seguiram as técnicas de agregação de correlações em estudos na
área se ciências sociais desenvolvidas por Hunter e Schmidt (1990). Assim, a meta-análise foi
conduzida de acordo com as diretrizes promovidas por Hunter e Schmidt (1990), e está
descrita a seguir.
24
Primeiramente, as correlações observadas de cada estudo são ponderadas pelo tamanho das
amostras dos estudos incluídos na meta-análise, a fim de se estimar a média ponderada das
correlações, que é definida como efeito tamanho (effect size). (DAILY, CERTO e DALTON,
2005; KETCHEN et al., 1997; KING et al., 2004). Assim, estudos com amostras maiores
possuem pesos maiores, pois são consideradas mais confiáveis (GRINSTEIN, 2007). Esta é
considerada a melhor estimação para a correlação da população (HUNTER e SCHMIDT,
1990).
i
ii
xy
N
rN
=
][
ρ
(1)
Onde:
xy
ρ
- correlação observada da população
N
i
- tamanho da amostra do estudo i
i
r - correlação do estudo i
Em seguida, as variâncias observadas da amostra e do erro amostral são calculadas. Da
subtração dessas duas variâncias é obtida a variância da população. Este é o método de análise
mais usado como meta-análise em ciências sociais (GRINSTEIN, 2007; HUNTER e
SCHMIDT, 1990).
i
ii
r
N
rrN
=
])([
2
2
σ
(2)
N
r
e
22
2
)1(
=
σ
(3)
k
N
N
i
=
(4)
25
222
erxy
σσσ
ρ
=
(5)
Onde:
2
r
σ
- variância observada da amostra
2
e
σ
- variância do erro amostral
2
xy
ρ
σ
- variância observada da população
N - média do tamanho das amostras
k - número de correlações
As variáveis encontradas em estudos de ciências sociais geralmente são mal mensuradas
(HUNTER e SCHMIDT, 1990). Seguindo o procedimento de Hunter e Schmidt (1990), o
próximo passo é a correção da correlação da população pelo erro de medição, que reduz a
confiança das medidas. Primeiramente, o procedimento é calcular os fatores de atenuação
(attenuation factor) de cada um dos coeficientes de confiabilidade, a partir da sua raiz
quadrada.
xx
ra = (6)
yy
rb = (7)
Onde:
xx
r - coeficientes de confiabilidade em RSC
2
yy
r - coeficientes de confiabilidade em DF
3
a - fatores de atenuação dos coeficientes de confiabilidade em RSC
b - fatores de atenuação dos coeficientes de confiabilidade em DF
Em seguida, é calculada a média composta por estes fatores de atenuação que é dada pela
multiplicação das médias de todos os fatores,
a e b. (BAMBERGER, KLUGER e
SUCHARD, 1999; HUNTER e SCHMIDT, 1990).
2
Abreviatura do termo Responsabilidade Social Corporativa a ser considerada ao longo do texto.
3
Abreviatura do termo Desempenho Financeiro a ser considerado ao longo do texto.
26
baA *= (8)
Onde:
A - média composta pelos fatores de atenuação
a - média dos fatores de atenuação dos coeficientes de confiabilidade em RSC
b - média dos fatores de atenuação dos coeficientes de confiabilidade em DF
Assim, podemos encontrar a correlação média da população com a reintegração do valor
atenuante (HUNTER e SCHMIDT, 1990).
A
xy
ρ
ρ
= (9)
Onde:
ρ
- média composta pelos fatores de atenuação
A seguir, calcula-se a soma dos quadrados dos coeficientes de variação de cada um dos
fatores de atenuação, a e b (HUNTER e SCHMIDT, 1990).
2
2
2
2
ba
V
ba
σσ
+= (10)
Onde:
V - soma dos quadrados dos coeficientes de variação
2
a
σ
- variância dos fatores de atenuação dos coeficientes de confiabilidade em RSC
2
b
σ
- variância dos fatores de atenuação dos coeficientes de confiabilidade em DF
Para o cálculo da variância resultante do erro de medição, é usada a fórmula a seguir
(HUNTER e SCHMIDT, 1990).
VA
ab
222
ρσ
= (11)
27
Por fim, a variância da correlação corrigida pelos artefatos é calculada de acordo com a
fórmula a seguir. Esta variância corrigida corresponde a melhor estimativa da real variância
da população (DAMANPOUR,1991; HUNTER e SCHMIDT, 1990).
2
22
2
][
A
abxy
σσ
σ
ρ
ρ
=
(12)
A variância das correlações é calculada a fim de se estimar a variabilidade entre as duas
variáveis, esta variabilidade total dos estudos é a variação real da população, ou seja, variação
devida aos artefatos: erro amostral e erro de medição. Controlando estes artefatos, é possível
se chegar a uma estimativa mais precisa da variabilidade entre as variáveis de interesse
(DAILY, CERTO e DALTON, 2005; KETCHEN et al., 1997; KING et al., 2004).
3.2.2 Análise File Drawer
Um problema amplamente discutido sobre a meta-análise é a questão do viés devido à
estimação dos valores dos coeficientes de correlação relatados nos estudos. Críticos acreditam
que estes valores costumam ser altos e por este motivo produzem uma tendência no resultado
final de uma meta-análise. Segundo eles, este viés acontece pelo fato de que a seleção dos
estudos é conduzida de forma a obter os dados em artigos publicados. Por sua vez, acreditam
que estes artigos só foram publicados por que possuem resultados significativos, ou seja, altos
valores de correlação. Para tanto, existe um método desenvolvido por Hunter e Schmidt
(1990), denominado análise File Drawer, que estima o número de estudos não selecionados
para a análise que são necessários para reduzir o coeficiente de correlação reportado a um
nível crítico de significância que pode ser 0,05 ou 0,10 (DALTON e DALTON, 2005;
ORLITZKY, SCHMIDT e RYNES, 2003; WAGNER III, STIMPERT, e FUBARA, 1998).
28
Em seu estudo, Orlitzky, Schmidt e Rynes (2003) aplicaram esta técnica para o cálculo do
número de estudos que teriam que existir para levar o valor da correlação da população
observada para o nível de significância de 0,05. A fórmula utilizada para este cálculo pode ser
descrita como (HUNTER e SCHMIDT, 1990):
)1( =
c
xy
r
Kx
ρ
(13)
Onde:
x - os estudos “perdidos”
K - número de estudos da meta-análise
xy
ρ
- correlação da população observada
c
r
- correlação do valor crítico do
r
(que pode ser o menor valor médio que pode ser
considerado, teoricamente ou na prática, significante)
O trabalho aqui apresentado leva em consideração o mesmo nível mínimo crítico usado no
estudo de Orlitzky, Schmidt e Rynes (2003), ou seja, uma correlação de 0,05.
Cabe ressaltar que para verificar e testar a aplicabilidade de toda a metodologia da meta-
análise de Hunter e Schmidt (1990), foi conduzido um experimento a fim de simular o estudo
de Orlitzky, Schmidt e Rynes (2003). Primeiro foi feita uma busca dos artigos utilizados no
seu estudo e depois o cálculo da meta-análise. O resultado foi similar ao dos autores, se
diferenciando apenas pela razão de que alguns dos artigos incluídos no estudo não puderam
ser encontrados, dado que se tratavam de dissertações de mestrado e teses de doutorado norte-
americanas não publicadas, além de alguns artigos que não são disponibilizados pelas bases
de dados disponíveis nas principais universidades do Rio de Janeiro: Ibmec, PUC, FGV,
UFRJ e ENSP.
29
3.3 LIMITAÇÕES DA METODOLOGIA
Cabe observar que existem limitações na metodologia empregada para o mapeamento dos
artigos, uma vez que podem existir alguns artigos que tratam de assuntos pertinentes a esta
pesquisa, mas que não possuem as palavras de referência explícitas em seu título ou mesmo
no corpo do texto, o que leva a desconsiderá-los no estudo.
A meta-análise também possui algumas deficiências, assim como outras metodologias de
pesquisa, principalmente no que diz respeito aos dados usados, por que estes podem ter
vieses, já que estudos publicados representam apenas uma fração dos estudos realizados, além
de geralmente possuírem resultados significativos, o que influenciaria diretamente o resultado
do estudo (GRINSTEIN, 2007; SOBRERO e SCHRADER, 1998).
Também com relação à própria metodologia da meta-análise, é importante salientar que esta
ferramenta possui suas limitações, uma vez que ela é criticada por considerar todos os estudos
empíricos sobre um determinado assunto, não levando assim, em consideração a sua
qualidade. Além disso, pode haver a discordância de alguns críticos com relação às variáveis
que são escolhidas e incluídas em uma análise, inclusive pela falta de medidas homogêneas
entre os estudos (CAPON, FARLEY e HOENIG, 1990; STANLEY, 2001).
O estudo aqui presente foi conduzido de forma a obter artigos confiáveis, no que diz respeito
à validade de seus resultados. Por este motivo foram utilizados somente artigos publicados
nos principais periódicos internacionais, conforme descrito na seção 4.1.
Com relação à questão de que os estudos publicados representam uma parte dos estudos
realizados, e que por esta razão o resultado pode possuir um viés, a análise File Drawer ajuda
30
a mitigar esta limitação do método no que diz respeito ao número de estudos necessários para
modificar os resultados atingidos pela meta-análise, que no caso do estudo aqui apresentado,
sugere uma redução das correlações obtidas entre responsabilidade social corporativa e
desempenho financeiro para 0,05. Segundo Daniel et al. (2004), os números de artigos
necessários para esta redução costumam ser muito grandes em estudos de meta-análise. No
estudo aqui apresentado, conforme será analisado no capítulo 4, o número de estudos
‘faltantes’, em alguns casos, não foi significativo.
31
4 HIPÓTESES
Neste capítulo são apresentadas as quatro hipóteses e suas respectivas subdivisões, a serem
testadas neste estudo, que foram formuladas por Orlitzky, Schmidt e Rynes (2003) e que
relacionam o desempenho social corporativo e o desempenho financeiro. Na pesquisa
conduzida para a seleção dos artigos dos periódicos presentes no JCR, no período de 1998 a
2007, somente foi encontrado um estudo, nas bases de dados disponíveis, que agregava os
resultados da relação entre responsabilidade social e desempenho financeiro com base na
meta-análise, e por esta razão o presente trabalho utiliza as suas hipóteses.
A primeira hipótese é baseada na teoria dos stakeholders que sugere que a satisfação de
diversos grupos de
stakeholders é fundamental para o desempenho financeiro organizacional
(DONALDSON e PRESTON, 1995; HARRISON e FREEMAN, 1999). Esta teoria aponta
para uma relação positiva entre desempenho social corporativo e o desempenho financeiro
(CLARKSON, 1995; CORNELL e SHAPIRO, 1987).
H1: O desempenho social corporativo e o desempenho financeiro possuem
relacionamento positivo.
32
Para esta hipótese 1, além da meta-análise com todas as medidas de responsabilidade social e
de desempenho financeiro presentes em todos os artigos, como sensibilidade desta relação,
foram conduzidas mais três meta-análises com subgrupos das suas medidas, a fim de se
verificar se há diferenças significativas quando essas medidas são alteradas.
H1.1: O desempenho social corporativo e o desempenho financeiro possuem relacionamento
positivo (com todas as medidas de RSC
4
e DF
5
).
H1.2: O desempenho social corporativo (sem medidas de reputação
6
) e o desempenho
financeiro (sem medidas de percepção) possuem relacionamento positivo.
H1.3: O desempenho social corporativo (sem medidas de desempenho ambiental
corporativo
7
) e o desempenho financeiro possuem relacionamento positivo.
H1.4: O desempenho ambiental corporativo e o desempenho financeiro possuem
relacionamento positivo.
Para a H1.1, foram considerados todos os 112 artigos selecionados. Para a H1.2, foram
considerados todas as medidas, exceto as de reputação para a RSC e as de percepção, para o
DF. Para H1.3, do total de correlações, foram retiradas todas as que relacionavam o
desempenho ambiental e o desempenho financeiro. Por último, em contraposição a H1.3, para
4
Medidas de RSC: número de empregados, benefícios aos empregados, doações filantrópicas, índices de
avaliação de emissões de gases, valores ecológicos, entre outros.
5
Medidas de DF: retorno sobre o patrimônio líquido, retorno sobre os ativos, retorno sobre as vendas, retorno
dos acionistas, alfa de Jensen, medidas de Treynor, índice Sharpe, Q de Tobin, entre outros.
6
Medidas de reputação: são medidas de percepção de reputação (pesquisas - índice de reputação de KLD,
Fortune index, Britain’s most admired companies’survey from Management Today entre, outras).
7
Medidas de desempenho ambiental corporativo: índices de avaliação de emissões de gases, valores ecológicos,
entre outros.
33
a H1.4, foram consideradas somente as relações entre desempenho ambiental e desempenho
financeiro.
Enquanto a teoria dos stakeholders sugere que as práticas de responsabilidade social
favorecem o desempenho financeiro das empresas, a teoria dos slack resources propõe que o
alto desempenho financeiro promove recursos para o uso em práticas de responsabilidade
social corporativa e responsabilidade ambiental corporativa. Assim como na primeira, a
segunda teoria também relata uma relação positiva entre desempenho social corporativo e
desempenho financeiro (ULLMANN, 1985). A segunda hipótese verifica se existe diferença
entre as relações propostas pelas duas teorias: a da teoria dos stakeholders ou a do slack
resources.
H2: Existe uma causalidade bidirecional entre desempenho social corporativo e
desempenho financeiro.
A hipótese 2 é dividida em três subgrupos, de acordo com a ordem de influência do
desempenho social corporativo e do desempenho financeiro:
H2.1: O desempenho social corporativo e subseqüentemente o desempenho financeiro
possuem relacionamento positivo.
H2.2: O desempenho financeiro e subseqüentemente o desempenho social corporativo
possuem relacionamento positivo.
H2.3: O desempenho social corporativo e o desempenho financeiro simultâneos possuem
relacionamento positivo.
34
Para separar os artigos da meta-análise nas subdivisões da hipótese 2, foram considerados
para a hipótese H2.1, apenas os artigos que utilizavam a teoria dos stakeholders, para H2.2, os
artigos que contemplavam a teoria dos slack resources, e na H2.3, os artigos remanescentes.
Como uma sensibilidade, além de cada uma das três hipóteses serem testadas para todas as
medidas de desempenho social corporativo, elas também foram testadas para o conjunto de
medidas sem o desempenho ambiental.
A hipótese 3 tem como proposta a análise das diversas motivações da relação entre o
desempenho social corporativo e o desempenho financeiro. Esta razão pode estar ligada ao
fato de que a responsabilidade social corporativa pode trazer diversos benefícios à empresa,
que podem ser internos ou externos. Os internos estão ligados a investimentos no desempenho
social que geram maior eficiência na organização e novas competências gerenciais, por meio
do aumento do aprendizado e de habilidades (BARNEY, 1991). Já os externos se referem à
reputação da empresa e pode ajudar na formação de uma imagem positiva frente aos seus
stakeholders (FOMBRUN e SHANLEY, 1990; MAIGNAM e RALSTON, 2002).
H3: O desempenho social corporativo tem relacionamento positivo com o desempenho
financeiro, porque gera benefícios internos e externos à empresa.
As subdivisões da hipótese 3 entre benefícios internos e benefícios externos são:
H3.1: O desempenho social corporativo é positivamente relacionado com o desempenho
financeiro, porque gera mais eficiência, aprendizado, habilidades e competências.
H3.2: O desempenho social corporativo é positivamente relacionado com o desempenho
financeiro, porque ajuda na construção de uma reputação positiva para a empresa.
35
A fim de separar os artigos para o cálculo da meta-análise, foram feitos subgrupos com as
relações de desempenho financeiro e as medidas de responsabilidade social relacionadas à
eficiência, aprendizado, habilidades e competências, além das medidas de reputação.
Como sensibilidade da hipótese H3.2, além do valor global referente às medidas de reputação
e o desempenho financeiro, foi feita uma divisão, da mesma forma que na hipótese 2, de
forma a verificar se a reputação afeta mais o desempenho financeiro, do que ele a afeta.
Na hipótese 4, todos os estudos individuais foram divididos em diferentes subgrupos de
desempenho social corporativo e desempenho financeiro, com a finalidade de se verificar a
sua relação com diferentes as medidas estratégicas. Nesta hipótese são observadas as
diferenças entre as correlações, o erro amostral e o erro de medição encontrados nos diversos
subgrupos.
H4: Análise das medidas estratégicas de responsabilidade social e de desempenho
financeiro que mais impactam na sua relação.
No primeiro subgrupo, foram examinadas as relações entre desempenho social corporativo e
as três divisões de medidas de desempenho financeiro: contábeis, de mercado e de percepção.
Para o cálculo da meta-análise todas as correlações encontradas nos artigos foram divididas
pelas medidas de desempenho financeiro.
H4a1: O desempenho social corporativo e cada uma das medidas de desempenho financeiro
(medidas contábeis, medidas de mercado e medidas de percepção) possuem relacionamento
positivo.
36
No segundo subgrupo foram examinadas as relações das três medidas de desempenho
financeiro e das diferentes medidas de desempenho social corporativo. Na separação dos
artigos, foram utilizadas as diversas correlações entre as medidas.
H4a2: Cada medida de desempenho social corporativo (informações divulgadas
8
, reputação,
auditoria social e ações observadas de RSC
9
, valores e atitudes
10
) e cada medida de
desempenho financeiro (medidas contábeis, medidas de mercado e medidas de percepção)
possuem relacionamento positivo.
Como sensibilidade da hipótese H4a2, a fim de se verificar diferenças encontradas nas
medidas de auditoria social e ações observadas de RSC, foi conduzida uma meta-análise
destas medidas com as de desempenho financeiro.
H4b: Cada medida de desempenho social corporativo (auditoria social e ações observadas de
RSC) e o desempenho financeiro possuem relacionamento positivo.
Segue o fluxograma das hipóteses de relacionamento entre as medidas de responsabilidade
social corporativa e desempenho financeiro apresentadas por Orlitzky, Schmidt e Rynes
(2003).
8
Informações divulgadas: são as informações sobre as ações de RSC divulgadas pela empresa (disclosure),
entre elas: número de empregados, benefícios aos empregados, índices de avaliação de emissões de gases,
valores ecológicos, entre outros.
9
Auditoria social: informações divulgadas por terceiros (empresas de auditoria) sobre uma determinada
empresa. Ações observadas de RSC: ações concretas de RSC como doações filantrópicas, programas de
conservação de meio-ambiente, serviços comunitários, entre outros.
10
Valores e atitudes inerentes à cultura da empresa: são as medidas do construto relacionado à sociedade de
Aupperle e de Carroll, que são medidas legais, éticas e discricionárias.
37
Figura 2 – Fluxograma das hipóteses apresentadas por Orlitzky, Schmidt e Rynes (2003)
Desempenho
Financeiro
Responsabilidade
Social
Reputação
Competências
gerenciais,
aprendizado,
eficiência
H1 e H2
H3a
H3b
Estratégias Artefatos
H4a H4b
38
5 RESULTADOS
Este capítulo apresenta os resultados obtidos após a aplicação da meta-análise dos 112 artigos
selecionados e analisados, conforme a metodologia apresentada no capítulo 4, além da
comparação com os resultados encontrados por Orlitzky, Schmidt e Rynes (2003).
Ele está subdividido em duas seções. A primeira seção apresenta um resumo dos principais
resultados obtidos com a meta-análise. Na segunda seção, é feita a comparação dos resultados
obtidos com os do estudo anterior.
5.1 RESULTADOS OBTIDOS
Os resultados obtidos com a meta-análise conduzida neste trabalho confirmaram todas as
hipóteses descritas no capítulo 4 e serão apresentados de forma resumida nesta seção. As
tabelas com o detalhamento dos resultados de todas as hipóteses podem ser encontradas no
Apêndice B.
H1: O desempenho social corporativo e o desempenho financeiro possuem
relacionamento positivo.
39
Na hipótese 1, para o conjunto de todos os 112 artigos disponíveis para o cálculo da meta-
análise, um total de 455 coeficientes de correlação para uma amostra total de 170.737
observações, foi obtida a correlação média observada de 0,0826, com uma variância
observada de 0,0288. Os artefatos estatísticos de erro amostral e erro de medição explicam
14,37% da variância da correlação média observada, e após a sua correção por estes artefatos,
a correlação média corrigida passa a ser 0,1797, que é aproximadamente duas vezes o valor da
correlação observada, com uma nova variância de 0,1166, aproximadamente quatro vezes o
valor da variância observada.
O resultado da análise File Drawer demonstra que 297 novos estudos são necessários para
que o resultado desta análise seja modificado, de 0,0826 para 0,05. Assim, com esta análise a
hipótese 1 foi confirmada.
Hipótese 1
k
1
Relação entre
1. RSC e DF
(conjunto com todos os artigos)
455 170.737 0,0826 0,0288 14,37% 0,1797 0,1166 297
1
k: número de coeficientes de correlação.
2
percentual referente às variâncias observadas explicadas pelos três artefatos estudados: erro amostral, erro de medição de CSP,
erro de medição de CFP.
3
Análise File Drawer de Hunter and Schmidt (1990): número de estudos que teriam que existir para levar o valor do ρ
xy
para
o nível de significância de 0,05.
Correlação
média
corrigida
(
ρ
)
Variância
de
ρ
(σ
2
ρ
)
Análise
File
Drawer
3
Tamanho
da
amostra
Correlação
média
observada
ρ
xy
Variância
observada
%
Variância
explicada
2
Tabela 1 – Resumo dos resultados obtidos na Hipótese 1
H2: Existe uma causalidade bidirecional entre desempenho social corporativo e
desempenho financeiro.
Após a aplicação da meta-análise para a hipótese 2, observa-se que os resultados apontaram
para a sua ratificação. Nas três subdivisões desta hipótese, as correlações médias corrigidas
40
são positivas, o que mostra que há uma relação positiva entre as práticas socialmente
responsáveis e o aumento do desempenho financeiro, e vice e versa, e até mesmo quando os
dois ocorrem ao mesmo tempo. Além disso, observando as duas primeiras divisões da
hipótese, pode-se verificar que a teoria dos stakeholders e do slack resources possuem
resultados similares, com correlações médias corrigidas de 0,2568 e 0,2711, respectivamente,
o que reafirma a hipótese 2.
Hipótese 2
k
1
Relação entre
2.1. RSC e subseqüente DF 71 41.055 0,1080 0,0313 13,12% 0,2568 0,1539 82
2.2. DF e subseqüente RSC 56 20.714 0,1158 0,0536 10,21% 0,2711 0,2638 74
2.3. RSC e DF simultâneamente 328 108.968 0,0667 0,0224 17,69% 0,1412 0,0825 110
1
k: número de coeficientes de correlação.
Análise
File
Drawer
3
2
percentual referente às variâncias observadas explicadas pelos três artefatos estudados: erro amostral, erro de medição de CSP,
erro de medição de CFP.
3
Análise File Drawer de Hunter and Schmidt (1990): número de estudos que teriam que existir para levar o valor do ρ
xy
para
o nível de significância de 0,05.
Tamanho
da
amostra
Correlação
média
observada
ρ
xy
Variância
observada
%
Variância
explicada
2
Correlação
média
corrigida
(
ρ
)
Variância
de
ρ
(σ
2
ρ
)
Tabela 2 – Resumo dos resultados obtidos na Hipótese 2
H3: O desempenho social corporativo tem relacionamento positivo com o desempenho
financeiro, porque gera benefícios internos e externos à empresa.
Para a investigação dos fatores que motivam a relação positiva entre responsabilidade social e
desempenho financeiro, os estudos foram divididos em medidas internas e externas de
responsabilidade social corporativa em contraposição com as medidas de desempenho
financeiro. Para as medidas consideradas internas, como eficiência, aprendizado, habilidades
e competências, a correlação média corrigida foi de 0,1762, enquanto que para as medidas
externas, dada pela reputação, foi de 0,5702. Com este resultado, pode-se concluir que o
desempenho financeiro possui uma relação mais forte com as medidas externas de
41
responsabilidade social, o que significa dizer que ele é mais afetado de pelas questões de
responsabilidade social externas à organização, inclusive relacionadas aos seus stakeholders
externos, como a sociedade, seus fornecedores, governos, entre outros.
Hipótese 3
k
1
Relação entre
3.1. Eficiência, aprendizado,
habilidades e competência e DF
106 30.082 0,0806 0,0279 18,29% 0,1762 0,1087 65
3.2. Reputação e DF 19 7.766 0,2425 0,0224 67,01% 0,5702 0,0408 73
1
k: número de coeficientes de correlação.
Tamanho
da
amostra
Correlação
média
observada
ρ
xy
Variância
observada
%
Variância
explicada
2
Correlação
média
corrigida
(
ρ
)
Variância
de
ρ
(σ
2
ρ
)
Análise
File
Drawer
3
2
percentual referente às variâncias observadas explicadas pelos três artefatos estudados: erro amostral, erro de medição de CSP,
erro de medição de CFP.
3
Análise
File Drawer
de Hunter and Schmidt (1990): número de estudos que teriam que existir para levar o valor do
ρ
xy
para
o nível de significância de 0,05.
Tabela 3 – Resumo dos resultados obtidos na Hipótese 3
H4: Análise das medidas estratégicas de responsabilidade social e de desempenho
financeiro que mais impactam na sua relação.
A hipótese 4 analisa as operacionalizações de responsabilidade social corporativa e
desempenho financeiro. De forma a avaliar a responsabilidade social corporativa e as três
diferentes medidas de desempenho financeiro (mercado, contábeis e percepção), o conjunto
das correlações foi dividido em três. Esta hipótese também é confirmada após o cálculo da
meta-análise.
As medidas contábeis e de percepção apontam para uma relação relativamente forte com a
RSC, em comparação com as medidas de mercado, sendo 0,2428 e 0,1914, respectivamente.
Por outro lado, as medidas de mercado possuem uma correlação muito baixa, da ordem de
0,0182.
42
Hipótese 4
k
1
Relação entre
4.1. RSC e medidas de mercado de
DF
44 31.638 0,0069 0,0078 34,42% 0,0182 0,0352 ND
4.1. RSC e medidas contábeis de
DF
289 108.299 0,1034 0,0285 17,01% 0,2428 0,1304 309
4.1. RSC e medidas de percepção
de DF
122 36.301 0,1044 0,0462 10,64% 0,1914 0,1388 133
1
k: número de coeficientes de correlação.
Análise
File
Drawer
3
2
percentual referente às variâncias observadas explicadas pelos três artefatos estudados: erro amostral, erro de medição de CSP,
erro de medição de CFP.
3
Análise File Drawer de Hunter and Schmidt (1990): número de estudos que teriam que existir para levar o valor do ρ
xy
para
o nível de significância de 0,05.
Tamanho
da
amostra
Correlação
média
observada
ρ
xy
Variância
observada
%
Variância
explicada
2
Correlação
média
corrigida
(
ρ
)
Variância
de
ρ
(σ
2
ρ
)
Tabela 4 – Resumo dos resultados obtidos na Hipótese 4
5.2 COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS
No presente trabalho, foi conduzido um estudo similar ao de Orlitzky, Schmidt e Rynes
(2003) que tem como objeto verificar se os resultados do estudo anterior são válidos também
para os estudos realizados no período de 1998 a 2007 e selecionados a partir do JCR ou, se há
diferenças relacionadas aos estudos individuais no novo período.
Nesta seção serão apresentados apenas os resultados que obtiveram maiores diferenças entre o
estudo realizado por Orlitzky, Schmidt e Rynes (2003) e o conduzido neste trabalho.
No estudo realizado por Orlitzky, Schmidt e Rynes (2003), foram utilizados 52 artigos
publicados no período de aproximadamente 30 anos, enquanto que nesta dissertação foram
selecionados 112 artigos publicados nos últimos 10 anos. Na tabela a seguir são apresentadas
as principais diferenças dos estudos.
43
Orlitzky, Schmidt e Rynes (2003) Presente estudo
Período analisado 1968-1997 1998-2007
Base de dados ABI/Inform Global e PsycINFO EBSCO e ScienceDirect
Número de estudos 52 112
Número de coeficientes de correlação 388 455
Tamanho da amostra 33.878 170.737
Tabela 5 – Diferenças entre os estudos
No novo período houve um aumento significativo do número de artigos publicados com
estudos quantitativos da relação entre responsabilidade social corporativa e desempenho
financeiro, porém o número de correlações apresentadas não cresceu na mesma proporção. Já
o tamanho da amostra ficou cinco vezes maior, no novo período.
Percebe-se na Tabela 6 que a relação entre responsabilidade social e desempenho financeiro é
positiva em ambos os estudos, porém nos dois primeiros casos, as correlações do novo estudo
são menores do que as do estudo anterior. Já na relação entre desempenho ambiental
corporativo e desempenho financeiro, ocorreu o aposto: no estudo anterior o resultado da
correlação é inferior ao do novo estudo. Apesar das diferenças entre as correlações, os dois
estudos confirmam a hipótese 1: existe uma correlação positiva entre desempenho social
corporativo e desempenho financeiro.
44
Hipótese 1
Relação entre
k
1
Tamanho
da amostra
Correlação
média
corrigida (ρ)
Variância
de ρ (σ
2
ρ
)
k
Tamanho
da amostra
Correlação
média
corrigida (ρ)
Variância
de ρ (σ
2
ρ
)
RSC e DF
(conjunto com todos os artigos)
388 33.878 0,3648 0,1896 455 170.737 0,1797 0,1166
RSC sem desempenho
ambiental corporativo e DF
249 24.055 0,4671 0,1891 352 117.940 0,1659 0,1170
Desempenho ambiental
corporativo e DF
139 9.823 0,1246 0,1097 103 52.797 0,2093 0,1139
1
k: número de coeficientes de correlação.
1998-20071968-1997
Tabela 6 – Comparação da Hipótese 1
Na Tabela 7, verifica-se que ambos os estudos apontam para a mesma direção de apoiar a
hipótese 2, onde a relação entre responsabilidade social e desempenho financeiro tende a ser
bidirecional e simultânea. A diferença entre eles, porém, está no grau de positividade que há
entre a meta-análise de Orlitzky, Schmidt e Rynes (2003) e a nova meta-análise, além da
variabilidade dada pela variância. Apesar das correlações do novo estudo serem mais baixas
que a do anterior, as suas variâncias são menores, o que mostra uma menor dispersão nos
valores.
Hipótese 2
Relação entre
k
1
Tamanho
da amostra
Correlação
média
corrigida (ρ)
Variância
de ρ (σ
2
ρ
)
k
Tamanho
da amostra
Correlação
média
corrigida (ρ)
Variância
de ρ (σ
2
ρ
)
RSC e DF simultâneamente
(conjunto com todos os artigos)
209 16.983 0,4375 0,1919 328 108.968 0,1412 0,0825
RSC sem desempenho
ambiental corporativo e
subseqüente DF
31 4.189 0,4005 0,2306 59 8.979 0,0764 0,1056
RSC sem desempenho
ambiental corporativo e DF
simultâneamente
158 12.764 0,5027 0,2151 241 88.427 0,1529 0,0866
1
k: número de coeficientes de correlação.
1968-1997 1998-2007
Tabela 7 – Comparação da Hipótese 2
Assim como nas hipóteses 1 e 2, a hipótese 3 também é confirmada para o novo estudo. A
correlação entre eficiência, aprendizado, habilidades e competência, e desempenho financeiro
45
foi maior no estudo de Orlitzky, Schmidt e Rynes (2003), inclusive mais coeficientes de
correlação foram usados na meta-análise. Neste caso, também se pode notar que o número de
coeficientes de correlação relacionados à reputação teve significativa redução nos últimos dez
anos. A motivação desta redução pode ter sido a diminuição do número de artigos publicados
sobre este assunto e, por conseguinte, o menor número de correlações relatadas.
Hipótese 3
Relação entre
k
1
Tamanho
da amostra
Correlação
média
corrigida (ρ)
Variância
de ρ (σ
2
ρ
)
k
Tamanho
da amostra
Correlação
média
corrigida (ρ)
Variância
de ρ (σ
2
ρ
)
Eficiência, aprendizado,
habilidades e competência e DF
130 12.957 0,3324 0,0572 106 30.082 0,1762 0,1087
Reputação e DF 177 14.274 0,4942 0,3187 19 7.766 0,5702 0,0408
1
k: número de coeficientes de correlação.
1968-1997 1998-2007
Tabela 8 – Comparação da Hipótese 3
Na hipótese 4, a relação entre as medidas de responsabilidade social e desempenho financeiro
foram analisadas separadamente. A comparação entre os estudos mostrou algumas alterações
nesta relação. Primeiro, a relação entre as informações divulgadas de responsabilidade social
e desempenho financeiro aumentou, porém a sua variabilidade também foi modificada.
Segundo, a relação entre as informações divulgadas e as medidas contábeis de desempenho
financeiro, que antes possuíam uma correlação negativa, nos últimos dez anos apresentou uma
correlação positiva. Terceiro, o estudo de Orlitzky, Schmidt e Rynes (2003) não apresentou
nenhuma correlação entre as informações divulgadas e as medidas de percepção de
desempenho financeiro.
Com relação a medidas de responsabilidade social ligadas a auditoria social, comportamento
corporativo, processos e resultados e desempenho financeiro, a correlação apresentou uma
redução, sendo que quando separadas às medidas de mercado e de percepção, as correlações
46
foram de positivas para negativas. Por último, a correlação entre doações filantrópicas e
desempenho financeiro teve um aumento significativo nos últimos dez anos, o que demonstra
que nos estudos mais recentes, esta ação gerada pelas empresas tem contribuído ainda mais
para o seu desempenho financeiro.
Hipótese 4
Relação entre
k
1
Tamanho
da amostra
Correlação
média
corrigida (ρ)
Variância
de ρ (σ
2
ρ
)
k
Tamanho
da amostra
Correlação
média
corrigida (ρ)
Variância
de ρ (σ
2
ρ
)
Informações divulgadas
(
disclosure
) e todo DF
97 5.360 0,0871 0,0011 264 117.942 0,1856 0,1276
Medidas de contábeis de DF 18 934 -0,0168 0,0000 147 70.012 0,2623 0,1408
Medidas de percepção de DF 57 22.484 0,1488 0,1504
Auditoria social, comportamento
corporativo, processos e resultados
e todo DF
145 14.200 0,1803 0,0844 55 24.713 0,0906 0,0641
Medidas de mercado de DF 60 4.858 0,0411 0,1661 24 6.192 -0,0125 0,0267
Medidas de percepção de DF 3 690 0,1524 0,0000 3 1.734 -0,0235 0,0000
Doações filantrópicas e DF 17 1.283 0,2907 0,1867 7 1.648 0,4563 0,4092
1
k: número de coeficientes de correlação.
1968-1997 1998-2007
Tabela 9 – Comparação da Hipótese 4
Como se pode verificar, após a comparação dos resultados, que todas as hipóteses foram
confirmadas para os dois estudos, mesmo com as diferenças no horizonte temporal analisado
e da base de dados para a seleção dos artigos.
47
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente dissertação teve como objetivo investigar a relação entre responsabilidade social
corporativa e desempenho financeiro de empresas nos estudos empíricos realizados e
disponíveis na literatura sobre este tema, e com o emprego da metodologia da meta-análise
desenvolvida por Hunter e Schmidt (1990). Para tanto, o estudo conduzido por Orlitzky,
Schmidt e Rynes (2003), que usou 52 artigos publicados no período de 30 anos, de 1968 a
1997, e suas hipóteses propostas foram utilizados como base deste trabalho, a fim de se
verificar se as mesmas continuam válidas para o período subseqüente de 10 anos, de 1998 a
2007. O presente estudo foi conduzido de forma a refinar a base de dados utilizada, incluindo
somente os principais periódicos internacionais na área de gestão, considerados pelo JCR.
A pesquisa dos artigos nos dez principais periódicos na área de gestão identificou 659 artigos
relacionados ao tema deste trabalho, de janeiro de 1998 a dezembro de 2007, dos quais 112
possuem quantificação da relação entre responsabilidade social corporativa e desempenho
financeiro. Por fim, foi feita uma comparação entre os resultados dos dois estudos, a fim de se
verificar se houve alguma mudança no comportamento das variáveis com a ampliação do
horizonte dos estudos.
48
O resultado deste trabalho mostrou que mesmo com uma base de dados diferente e mais
refinada, e um período posterior, os resultados da meta-análise realizada por Orlitzky,
Schmidt e Rynes (2003) e os deste estudo foram similares, e as quatro hipóteses apresentadas
foram confirmadas. O estudo concluiu que existe uma correlação positiva entre desempenho
social corporativo e desempenho financeiro (H1); que esta relação tende a ser bidirecional e
simultânea (H2), que a reputação da empresa é um importante moderador desta relação (H3),
e por fim, que as diversas medidas de desempenho financeiro e o desempenho social
corporativo motivam a sua relação (H4).
Os resultados apresentadas neste trabalho contêm implicações na área de pesquisa em gestão
estratégica, além de ser um esforço para a ampliação e refinamento da teoria em
responsabilidade social. Em primeiro lugar, mostra que os resultados de dezenas de estudos
apontam para uma direção coerente e consistente. Segundo, os resultados aqui apresentados
podem ajudar a responder a questão sobre o porquê as empresas investem em
responsabilidade social, como uma vantagem competitiva, de forma a clarificar algumas
contradições e ambigüidades relatadas em estudos passados. Terceiro, os resultados revelaram
uma correlação positiva entre as duas variáveis nos diversos subgrupos apresentados pelas
hipóteses, incentivando as práticas de responsabilidade social nas organizações. Por fim, ele
clarifica as relações entre estes dois temas e promove uma motivação para futuros estudos no
assunto.
Como sugestão para pesquisas futuras, propõe-se que, baseadas nas conclusões alcançadas
com este estudo, sejam avaliadas novas hipóteses pautadas em outras teorias, com a utilização
também de dados com qualidade. Assim, novas meta-análises sobre o assunto podem ajudar a
gerentes de empresas de diversas indústrias na tomada de decisões estratégicas para a
obtenção de vantagens competitivas e ganhos financeiros.
49
Em futuras meta-análises sobre a relação da responsabilidade social corporativa e do
desempenho financeiro podem ser incluídas análises relacionadas ao contexto das empresas,
subdividindo as empresas de acordo com seus países de origem, do tipo de indústria e de
acordo com seus ambientes financeiros e de mercado.
50
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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evidence. Journal of Management Studies. v. 35, n. 5, p. 641-654, 1998.
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56
APÊNDICE A – RESUMO DOS ESTUDOS INCLUÍDOS NA META-ANÁLISE
Medidas de Medidas de
RSC
2
DF RSC DF
ADAMS e HARDWICK
1998 100 -0,36 a 0,81 4
Contribuições de caridade,
doações
Lucro líquido
AGLE, MITCHELL e SONNENFELD
1999 80 -0,23 a 0,45 24
Classificação KLD (4 dimensões),
construto de Carroll e de
Aupperle
Retorno sobre o patrimônio líquido,
retorno sobre os ativos
0,38 0,35
AGLE et al.
2006 128 -0,12 a 0,29 11 RSC (1 dimensão - pessoal)
Retorno sobre o patrimônio líquido,
retorno sobre os ativos, retorno sobre
as vendas, vendas, retorno das ações
0,16; 0,56;
0,63
AL-TUWAIJRI, CHRISTENSEN e HUGHES II
2004 198 0,01 a 0,39 11 Práticas ambientais
Retorno por ação, margem de lucro,
valor de mercado/valor contábil
0,33; 0,39; 0,49 0,25; 0,34
ANDERSON e REEB
2004 403 -0,22 a 0,01 4 RSC (1 dimensão - pessoal) Ativos, Q de Tobin
ARTHUR e HUNTLEY
2005 41 -0,09 e 0,18 2 RSC (1 dimensão - pessoal) Custos
BAE e GARGIULO
2004 276 -0,05 a 0,05 4 RSC (1 dimensão - produto)
Retorno sobre os ativos, retorno sobre
os investimentos
0,01
BAINES e LANGFIELD-SMITH
2003 141 0,22 e 0,28 2 RSC (1 dimensão - ambiente)
Índice contábil referente a prática
gerencial (Advanced management
accounting practice - AMAP)
BANSAL
2005 45 -0,13 a 0,30 4
Capacidades organizacionais,
RSC (1 dimensão - ambiental)
Retorno sobre patrimônio líquido
BARNETT e SALOMON
2006 61 -0,21 a 0,10 9
RSC (2 dimensões - pessoal e
comunidade)
Ativos,ões, bonds
BARRETO e BADEN-FULLER
2006 305 -0,41 a 0,28 4
Aprendizagem organizacional,
RSC (1 dimensão - empresa)
Retorno sobre as ativos, crescimento
acumulado
BART e BAETZ
1998 113
-0,09 a 0,10
(t)
4 RSC (1 dimensão - pessoal)
Retorno sobre os ativos, retorno sobre
as vendas
BATT
2002 260 0,18 1 Índice de incentivo de RH Vendas 0,60; 0,79
BAYUS, ERICKSON e JACOBSON
2003 109 0,23 a 0,49 (t) 6 RSC (1 dimensão - produto) Retorno sobre as ativos
Autor (es) Ano
Confiança de
Nº de r's
informados
N
i
r
1
observado
57
Medidas de Medidas de
RSC
2
DF RSC DF
BERMAN et al.
1999 486 0,01 a 0,22 5
Classificação KLD (5
dimensões)
Retorno sobre os ativos
BLOOM
1999 Receita total 0,23
BLOOM e MILKOVICH
1998 2513 0,04 1 RSC (1 dimensão - empresa) Retorno dos acionistas
0,14; 0,21;
0,22; 0,39;
0
,
60
0,82
BOONE, VAN OLFFEN e VAN WITTELOOSTUIJN
2005 44 0,29 1 RSC (1 dimensão - pessoal)
Retorno sobre o patrimônio
líquido
BOONE et al.
2004 40 e 361 0,27 e 0,46 2 RSC (1 dimensão - empresa) Retorno sobre as vendas
BRAMMER e MILLINGTON
2004 416 -0,04 a 0,51 3
Contribuições de caridade,
RSC (2 dimensões - ambiental
e comunidade)
Retorno sobre os investimentos
BRAMMER e PAVELIN
2006 210 0,01 a 0,30 3
Reputação corporativa, RSC (2
dimensões - pessoal e
ambiental)
Preços da ações
BRANZEI et al.
2004 360 -0,08 a 0,11 3 RSC (1 dimensão - ambiental)
Medidas de percepção de
desempenho financeiro (pesquisas)
BROWN, STURMAN e SIMMERING
2003 333 0,04 e 0,06 2 RSC (1 dimensão - empresa) Retorno sobre os ativos 0,99
BUYSSE e VERBEKE
2002 99 0,46 e 0,72 (t) 2
Medidas de percepção de
capacidades organizacionais
Medidas de percepção de
desempenho financeiro (pesquisas)
0,46 0,72
CARNEY e GEDAJLOVIC
2002 Retorno sobre os investimentos 0,37
CERTO et al.
2006 87 -0,03 a 0,17 4 RSC (1 dimensão - pessoal)
Retorno sobre o patrimônio
líquido, retorno sobre os ativos
líquidos, vendas
CHAN
2005 332 -0,27 a 0,24 3 RSC (1 dimensão - ambiental)
Medidas de percepção de
desempenho financeiro (pesquisas)
CHANG et al.
2006 578 -0,06 a 0,03 3 Auditoria social Receita
CHATTERJEE e HAMBRICK
2007 105 0,05 e 0,17 2 RSC (1 dimensão - pessoal) Retorno sobre os ativos, receitas
r
1
observado
Nº de r's
informados
Confiança de
Autor (es) Ano
N
i
58
Medidas de Medidas de
RSC
2
DF RSC DF
CHRISTMANN
2004
RSC (2 dimensões - pessoal e
ambiente)
0,13; 0,20; 0,21;
0,22; 0,27; 0,31;
0,32; 0,36; 0,41
CLARKSON, LI e RICHARDSON
2004 29 -0,25 a -0,04 7
Inventário de lançamento tóxico
(Toxics Release Inventory - TRI),
demanda de oxigêncio biológico
(
Biological oxygen demand
-BOD)
Valor de mercado/valor contábil,
retornos não previstos
0,2
DALTON et al.
2003 229 -0,11 a 0,16 20
RSC (2 dimensões - empresa e
pessoal)
Retorno sobre o patrimônio líquido,
retorno sobre os ativos, retorno sobre as
vendas, retorno sobre os investimentos,
retorno dos acionistas, retornos não
previstos, Q de Tobin, ganhos por ação,
alfa, valor de mercado/valor contábil
0,8
DALTON et al.
1998 69 e 159 -0,03 e 0,02 2 RSC (1 dimensão - pessoal) Indicadores de mercado e contábeis
DALTON et al.
1999 131 0,16 1 RSC (1 dimensão - pessoal)
Retorno sobre o patrimônio líquido,
retorno sobre os ativos, retorno sobre as
vendas, alfa de Jensen, medida de
Treynor, índice sharpe
0,12; 0,15; 0,17;
0,21
0,10; 0,17
DAMANPOUR e GOPALAKRISHNAN
2001 101 -0,07 a 0,18 11
RSC (2 dimensões - pessoal e
produto)
Retorno sobre o patrimônio líquido,
retorno sobre os ativos líquidos
DAS, SEM e SENGUPTA
1998 119 -0,28 a 0,96 3 RSC (1 dimensão - pessoal)
Retorno sobre o patrimônio líquido,
vendas, ativos totais
DAVIDSON III et al.
2004 285 0,01 e 0,02 2 RSC (1 dimensão - empresa) Retornos não previstos
DE JONG, RUYTER e WETZELS
2005 RSC (1 dimensão - pessoal) 0,66; 0,90
DEEPHOUSE e CARTER
2005 265 e 553 015 e 0,55 2
Índices relativos a reputação
financeira e reputação pública
Retorno sobre os ativos líquidos
DELIOS e BEAMISH
2001 1656 -0,06 a 0,21 3 RSC (1 dimensão - empresa) Lucro
DRAKE, HAKA e RAVENSCROFT
1999 100 -0,35 1 RSC (1 dimensão - produto) Lucro
EVANS e MAVONDO
2002 204 -0,28 a 0,47 6
Classificação KLD, RSC (1
dimensão - pessoal)
Retorno sobre os ativos
FIRTH, FUNG e RUI
2006
2343, 2345 e
2276
0,00 a 0,11 (t) 4
Orientação do público de interesse
(Governo)
Retorno sobre o patrimônio líquido,
retorno sobre as vendas, lucro/ação,
perda operacional líquida
Autor (es) Ano
N
i
r
1
observado
Nº de r's
informados
Confiança de
59
Medidas de Medidas de
RSC
2
DF RSC DF
GEDAJLOVIC e SHAPIRO
2002 334 -0,03 a 0,07 5 RSC (1 dimensão - empresa) Retorno sobre os ativos, vendas 0,17
GEORGE
2005 900 -0,12 a 0,39 8
RSC (2 dimensões - empresa e
pessoal)
Lucro
GREENLEY e OKTEMGIL
1998
Retorno sobre o patrimônio líquido,
retorno sobre os ativos líquidos, retorno
sobre as vendas
0,42; 0,74;
0,78
GREENWOOD et al.
2005 160 0,06 e 0,23 2
RSC (2 dimensões - empresa e
pessoal)
Receita
GREVE
1999 2490 -0,04 e 0,03 2
RSC (2 dimensões - produto e
empresa)
Lucro/ação
HARRIS
2001 241 0,18 a 0,26 2 RSC (1 dimensão - pessoal) Vendas, retorno sobre os investimentos
HAVEMAN, RUSSO e IVIEYER
2001 335 0,00 1 RSC (1 dimensão - pessoal) Ganhos financeiros
HENDERSON
1999 649 0,02 1 RSC (1 dimensão - pessoal) Vendas
HENRI
2006 383 0,17 1 Aprendizado da organização Lucro, retorno sobre os investimentos
HILLMAN e KEIM
2001 308 -0,30 a 0,24 9
Classificação KLD (2 dimensões:
Social Issue Participation e
Stakeholder Management
)
Retorno sobre o patrimônio líquido,
retorno sobre os ativos, retorno sobre as
vendas, vendas, valor de mercado/valor
contábil, lucro líquido
HUSTED e ALLEN
2006
RSC (2 dimensões - ambiente e
comunidade)
0,07; 0,17
INGRAM e SIMONS
2002 220 0,68 1 Aprendizagem organizacional Lucro
ITTNER, LARCKER e MEYER
2003 77 0,11 1 RSC (1 dimensão - pessoal) Receitas, despesas e margem
ITTNER, LARCKER e RANDALL
2003 276 -0,12 a 0,09 6 RSC (5 dimensões)
Retorno sobre os ativos, vendas, retorno
das ações
JOHNSON et al.
2005
38, 39, 41, 42
e 44
0,10 a 0,62 6 RSC (1 dimensão - pessoal) Retornos não previstos
JOHNSON e GREENING
1999 252 -0,3 a 0,22 18 Classificação KLD (5 dimensões)
Retorno sobre o patrimônio líquido,
retorno sobre os ativos, retorno sobre as
vendas, ativos totais, vendas
0,44
KASSINIS e VAFEAS
2006 5033 -0,17 a 0,21 6
Inventário de lançamento tóxico
(Toxics Release Inventory - TRI)
Receita
KILDUFF, ANGELMAR e MEHRA
2000 35 -0,12 1 RSC (1 dimensão - produto) Contibuição de mercado
KING e LENOX
2002 614 -0,13 a 0,08 14 Divulgação de práticas ambientais
Retorno sobre os ativos, Q de Tobin,
vendas líquidas
Nº de r's
informados
Confiança de
Autor (es) Ano
N
i
r
1
observado
60
Medidas de Medidas de
RSC
2
DF RSC DF
KYRIAKOPOULOS e RUYTER
2004 136 0,38 1 RSC (1 dimensão - produto)
Desempenho financeiro de curto prazo de
novos produtos
0,82 0,88
LARCKER, RICHARDSON e TUNA
2007 2106 0,10 a 0,15 2 RSC (1 dimensão - pessoal) Retorno sobre os ativos
LEWIS e HARVEY
2001 RSC (1 dimensão - ambiental) 0,80; 0,81; 0,85 0,79
LOK et al.
2005 141 0,23 a 0,39 3
Aprendizagem organizacional, RSC (1
dimensão - pessoal)
Medidas de percepção de desempenho
financeiro (pesquisas)
0,75; 0,83; 0,84 0,82
LU e BEAMISH
2004 601 -0,09 a 0,18 7 RSC (1 dimensão - produto)
Retorno sobre os ativos, Q de Tobin,
vendas líquidas
0,05
LUO e CHUNG
2005 906 -0,02 a 0,34 4
Aprendizado da organização, RSC (1
dimensão - pessoal)
Retorno sobre os ativos, vendas
LUO
2006 126 0,09 a 0,22 3 RSC (1 dimensão - empresa) Vendas
LUO
2005 124 0,14 a 0,28 6 RSC (1 dimensão - empresa) Retorno sobre os investimentos 0,17
LUO
1999 96 0,01 a 0,61 9
Aprendizado organizacional, RSC (1
dimensão - produto)
Ativos, retorno sobre o patrimônio
líquido, vendas
MAIGNAN e RALSTON
2002 RSC (1 dimensão - pessoal) 0,20; 0,46
MAGNAN e ST-ONGE
2005 Lucro 0,73
MARCUS e ANDERSON
2006 77 -0,16 a 0,36 10
Aprendizado organizacional, RSC (2
dimensões - empressa e pessoal)
Vendas, redução de custos
MATSUMURA e SHIN
2006 214 -0,51 a 0,67 (t) 3 RSC (1 dimensão - pessoal) Lucro
MAYER e NICKERSON
2005 190 0,02 a 0,22 4
Orientação do público de interesse
(Governo)
Margem, receita
MCDONALD e WESTPHAL
2003 241 -0,23 a 0,21 11 RSC (2 dimensões - pessoal e produto) Valor de mercado/valor contábil, vendas
MCGAHAN e PORTER
2002 Lucro 0,35
MCNABB e WHITFIELD
2001 697 e 703 0,03 a 0,08 (t) 4 RSC (1 dimensão - pessoal)
Medidas de percepção de desempenho
financeiro (pesquisas)
MCWILLIAMS e SIEGEL
2000 524 0,04 e 0,36 2 Classificação KLD
Medidas de percepção de desempenho
financeiro (pesquisas)
MOERS
2006 105 -0,03 a 0,17 7 RSC (1 dimensão - ambiente)
Medidas de percepção de desempenho
financeiro (pesquisas)
0,62
0,70; 0,81;
0,83; 0,92
NAGAR e RAJAN
2005 87 0,03 e 0,05 2 RSC (1 dimensão - pessoal) Ganhos financeiros
Autor (es) Ano
N
i
r
1
observado
Nº de r's
informados
Confiança de
61
Medidas de Medidas de
RSC
2
DF RSC DF
OGDEN e WATSON
1999 60 0,34 (t) RSC (1 dimensão - empresa) Lucro/patrimônio
PATTEN
2005 119 0,06 e 0,07 (t) 2 RSC (1 dimensão - ambiente) Receitas, retorno sobre os ativos
PAYNE
2006 1105 0,07 a 0,10 4 RSC (1 dimensão - produto)
Retorno sobre o patrimônio líquido,
retorno sobre os ativos, retorno sobre as
vendas, lucro
PENG e LUO
2000 127 0,32 1
Orientação do público de interesse
(Governo)
Retorno sobre os ativos
PERRY-SMITH e BLUM
2000 527 0,02 e 0,09 2 RSC (1 dimensão - pessoal) Lucro das vendas 0,85; 0,87
PIZZINI
2006 Margem de operação, fluxo de caixa 0,63
POWNALL e SIMKO
2005
Ganhos/preço, valor de mercado/valor
contábil
0,03
RAMUS e STEGER
2000 RSC (1 dimensão - ambiente) 0,53
RANDALL, NETESSINE e RUDI
2006 53 -0,17 a 0,30 6 RSC (1 dimensão - produto) Vendas, margem bruta, custo de capital
RAO, GREVE e DAVIS
2001 2020 -0,01 a 0,07 4 RSC (1 dimensão - pessoal) Valor de mercado, retorno de mercado
RAZ e GLOOR
2007 100 -0,11 a 0,23 3
Aprendizagem organizacional,
orientação do público de interesse
(Governo)
Ganhos financeiros 0,58; 0,64
REED, LUBATKIN e SRINIVASAN
2006 123 e 169 -0,09 a 0,26 12 Medidas de capital social Lucro, custo 0,62; 0,81;0,88
RICHARD
2000 63 0,03 e 0,12 2 RSC (1 dimensão - pessoal) Retorno sobre o patrimônio líquido 0,4
RICHARDSON e WELKER
2001 324 -0,02 e 0,70 2 Índice de desempenho social
Índice de desempenho financeiro: retorno
sobre o patrimônio líquido, retorno das
ações, dividendos, valor de mercado/valor
contábil
ROBERTS e AMIT
2003 149 -0,01 a 0,34 4 RSC (2 dimensões - pessoal e produto) Retorno sobre os ativos
ROBERTS e DOWLING
2002 540 0,00 a 0,48 11
Ìndices de reputação, reputação
financeira, reputação residual
Retorno sobre os ativos, valor de
mercado/valor contábil
SELS et al.
2006 416 -0,44 a 0,13 6 Intensidade de gerência de RH Liquidez, solvência, lucratividade
SHARMA
2000 99 0,3 a 0,45 7
Coalition of Environmentally
Responsible Economies
(CERES)
principles
Avaliação financeira 0,69; 0,73; 0,79
SHAW, GUPTA e DELERY
2005 299 0,08 1 Índice de incentivo de RH Retorno sobre os ativos 0,13
STRIKE, GAO e BANSAL
2006 222 -0,05 a 0,38 3
Classificação KLD, RSC (1 dimensão
-
produto)
Retorno sobre as vendas
Nº de r's
informados
Confiança de
Autor (es) Ano
N
i
r
1
observado
62
Medidas de Medidas de
RSC
2
DF RSC DF
STUART, HOANG e HYBELS
1999 301 0,06 e 0,15 2 RSC (1 dimensão - produto) Patrimônio Líquido
SUN, ARYEE e LAW
2007 78 0,33 1 Práticas de RH Vendas 0,7
VOSS; CABLE e VOSS
2006 113 -0,28 a 0,02 4 Medidas de capital social Receita, lucro líquido 0,78; 0,82
WAGNER III, STIMPERT e FUBARA
1998 63 0,06 1 RSC (1 dimensão - pessoal)
Retorno sobre o patrimônio líquido,
retorno sobre os ativos líquidos, lucro,
ganhos por ação
WALDMAN et al.
2001 210 -0,01 a 0,22 9
RSC (2 dimensões - pessoal e
ambiente)
Ativos totais, lucro líquido
WALDMAN, SIEGEL e JAVIDAN
2006 56 0,18 a 0,35 4
RSC (2 dimensões - empressa e
pessoal)
Lucro
WEAVER, KLEBE e COCHRAN
1999 128 -0,1 a 0,04 8 Construto de Carroll (práticas éticas) Retorno sobre os ativos
WIGGINS e RUEFLI
2002 Retorno sobre os ativos, Q de Tobin 0,92
YIU, BRUTON e LU
2005 224 -0,30 a 0,32 8
Orientação do público de interesse
(Governo)
Retorno sobre os ativos
ZAHRA, IRELAND e HITT
2000
Retorno sobre o patrimônio líquido,
vendas
0,36
1
coeficientes de correlação de Pearson r ou (t): que se refere a transformação do t estatístico para r.
2
RSC corresponde a medidas de responsabilidade social corporativa adivindas do Balanço Social, entre outras bases de dados.
Autor (es) Ano
N
i
r
1
observado
Nº de r's
informados
Confiança de
63
APÊNDICE B – TABELAS DOS RESULTADOS DA META-ANÁLISE
Seguem as tabelas referentes aos resultados obtidos após o cálculo para cada uma das hiteses apresentadas no capítulo 4 e dos seus subgrupos.
Relação entre
k
1
Tamanho da
amostra
Correlação média
observada ρ
xy
Variância
observada
% Variância
explicada
2
Correlação média
corrigida (ρ )
Variância de
ρ (σ
2
ρ
)
Análise File
Drawer
3
1. RSC e DF (conjunto com todos os artigos) 455 170.737 0,0826 0,0288 14,37% 0,1797 0,1166 297
2. RSC e DF - sem medidas de reputação e
medidas de percepção de DF
436 162.971 0,0750 0,0277 14,04% 0,1632 0,1127 218
3. RSC sem desempenho ambiental
corporativo e DF
352 117.940 0,0760 0,0289 15,05% 0,1659 0,1170 183
4. Desempenho ambiental corporativo e DF 103 52.797 0,0973 0,0282 12,80% 0,2093 0,1139 97
1
k: número de coeficientes de correlação.
3
Análise File Drawer de Hunter and Schmidt (1990): número de estudos que teriam que existir para levar o valor do ρ
xy
para ovel de significância de 0,05.
2
percentual referente às variâncias observadas explicadas pelos três artefatos estudados: erro amostral, erro de medição de CSP, erro de medição de CFP.
TABELA 1 - Hipótese 1: Meta-análise global
64
Relação entre
k
1
Tamanho da
amostra
Correlação média
observada
ρ
xy
Variância
observada
% Variância
explicada
2
Correlação média
corrigida (
ρ
)
Variância de
ρ
(σ
2
ρ
)
Análise
File
Drawer
3
2.a.1. RSC e subseqüente DF 71 41.055 0,1080 0,0313 13,12% 0,2568 0,1539 82
2.a.2. DF e subseqüente RSC 56 20.714 0,1158 0,0536 10,21% 0,2711 0,2638 74
2.a.3. RSC e DF simultâneamente 328 108.968 0,0667 0,0224 17,69% 0,1412 0,0825 110
1
k: número de coeficientes de correlação.
Relação entre
k
1
Tamanho da
amostra
Correlação média
observada
ρ
xy
Variância
observada
% Variância
explicada
2
Correlação média
corrigida (ρ )
Variância de
ρ
(σ
2
ρ
)
Análise
File
Drawer
3
2.b.1. RSC e subseqüente DF 59 8.979 0,0337 0,0274 24,86% 0,0764 0,1056 ND
2.b.2. DF e subseqüente RSC 52 20.534 0,1165 0,0537 9,95% 0,2729 0,2652 69
2.b.3. RSC e DF simultâneamente 241 88.427 0,0709 0,0226 17,62% 0,1529 0,0866 101
1
k: número de coeficientes de correlação.
TABELA 2 - Hipótese 2: com todas as medidas de RSC
TABELA 3 - Hipótese 2: com todas as medidas de RSC, exceto as medidas de desempenho ambiental
2
percentual referente às variâncias observadas explicadas pelos três artefatos estudados: erro amostral, erro de medição de CSP, erro de medição de CFP.
3
Análise
File Drawer
de Hunter and Schmidt (1990): número de estudos que teriam que existir para levar o valor do
ρ
xy
para o nível de significância de
0,05.
3
Análise
File Drawer
de Hunter and Schmidt (1990): número de estudos que teriam que existir para levar o valor do
ρ
xy
para o nível de significância de
0,05.
2
percentual referente às variâncias observadas explicadas pelos três artefatos estudados: erro amostral, erro de medição de CSP, erro de medição de CFP.
65
Relação entre
k
1
Tamanho da
amostra
Correlação média
observada ρ
xy
Variância
observada
% Variância
explicada
2
Correlação média
corrigida (
ρ
)
Variância de
ρ
(σ
2
ρ
)
Análise
File
Drawer
3
1. Eficiência, aprendizado, habilidades e
competência e DF
106 30.082 0,0806 0,0279 18,29% 0,1762 0,1087 65
2. Reputação e DF 19 7.766 0,2425 0,0224 67,01% 0,5702 0,0408 73
2.a. Subseqüente DF 3 630 0,1233 0,0160 49,65% 0,2900 0,0446 4
2.b. DF e subseqüente Reputação 11 5.940 0,2355 0,0165 83,02% 0,5537 0,0155 41
2.c. Simultâneamente com DF 5 1.196 0,3402 0,0389 73,36% 0,8000 0,0572 29
1
k: número de coeficientes de correlação.
Relação entre
k
1
Tamanho da
amostra
Correlação média
observada
ρ
xy
Variância
observada
% Variância
explicada
2
Correlação média
corrigida (
ρ
)
Variância de
ρ
(σ
2
ρ
)
Análise
File
Drawer
3
1. RSC e as medidas de DF
1.a. Medidas de mercado 44 31.638 0,0069 0,0078 34,42% 0,0182 0,0352 ND
1.b. Medidas contábeis 289 108.299 0,1034 0,0285 17,01% 0,2428 0,1304 309
1.c. Medidas de percepção 122 36.301 0,1044 0,0462 10,64% 0,1914 0,1388 133
1
k: número de coeficientes de correlação.
2
percentual referente às variâncias observadas explicadas pelos três artefatos estudados: erro amostral, erro de medição de CSP, erro de medição de CFP.
3
Análise
File Drawer
de Hunter and Schmidt (1990): número de estudos que teriam que existir para levar o valor do
ρ
xy
para o nível de significância de 0,05.
3
Análise
File Drawer
de Hunter and Schmidt (1990): número de estudos que teriam que existir para levar o valor do
ρ
xy
para o nível de significância de 0,05.
2
percentual referente às variâncias observadas explicadas pelos três artefatos estudados: erro amostral, erro de medição de CSP, erro de medição de CFP.
TABELA 4 - Hipótese 3: medidas internas e externas de RSC
TABELA 5 - Hipótese 4a1: RSC e as três medidas de DF
66
Relação entre
k
1
Tamanho da
amostra
Correlação média
observada
ρ
xy
Variância
observada
% Variância
explicada
2
Correlação média
corrigida (
ρ
)
Variância de
ρ
(σ
2
ρ
)
Análise
File
Drawer
3
2. Medidas de RSC
2.a. Informações divulgadas (
disclosure
) 264 117.942 0,0819 0,0287 13,40% 0,1856 0,1276 168
2.a.1. Medidas de mercado de DF 60 25.446 0,0099 0,0074 32,31% 0,0269 0,0368 ND
2.a.2. Medidas de contábeis de DF 147 70.012 0,1101 0,0297 16,40% 0,2623 0,1408 177
2.a.3. Medidas de percepção de DF 57 22.484 0,0753 0,0420 8,28% 0,1488 0,1504 29
2.b. Reputação 19 7.766 0,2425 0,0224 67,01% 0,5702 0,0408 73
2.b.1. Medidas de mercado de DF 3 630 0,1233 0,0160 49,65% 0,2900 0,0446 4
2.b.2. Medidas de contábeis de DF 14 6.318 0,2313 0,0162 84,42% 0,5440 0,0139 51
2.b.3. Medidas de percepção de DF 2 818 0,4204 0,0350 100,00% 0,9886 0,0000 15
2.c. Auditoria social, comportamento
corporativo, processos e resultados
55 24.713 0,0392 0,0146 17,46% 0,0906 0,0641 ND
2.c.1. Medidas de mercado de DF 24 6.192 -0,0054 0,0090 43,54% -0,0125 0,0267 ND
2.c.2. Medidas de contábeis de DF 28 16.787 0,0608 0,0162 14,95% 0,1432 0,0764 6
2.c.3. Medidas de percepção de DF 3 1.734 -0,0100 0,0014 100,00% -0,0235 0,0000 ND
2.d. Valores e atitudes de RSC 125 24.844 0,0817 0,0339 18,55% 0,1780 0,1308 79
2.d.1. Medidas de mercado de DF 0 0
2.d.2. Medidas de contábeis de DF 106 19.379 0,0716 0,0289 22,43% 0,1677 0,1232 46
2.d.3. Medidas de percepção de DF 19 5.465 0,1178 0,0497 12,38% 0,2505 0,1973 26
1
k: número de coeficientes de correlação meta-analisados.
3
Análise File Drawer de Hunter and Schmidt (1990): número de estudos com resultados que teriam que existir para levar o valor do r
obs
para o nível de
significância de 0,05.
2
percentual referente às variâncias observadas explicadas pelos três artefatos estudados: erro amostral, erro de medição de CSP, erro de medição de CFP.
TABELA 6 - Hipótese 4a2: subgrupos de medidas de RSC e subgrupos de medidas de DF
67
Tipos de RSC
k
1
Tamanho da
amostra
Correlação média
observada
ρ
xy
Variância
observada
% Variância
explicada
2
Correlação média
corrigida (
ρ
)
Variância de
ρ
(σ
2
ρ
)
Análise
File
Drawer
3
1. Auditoria social 3 1.734 -0,0100 0,0014 100,00% -0,0235 0,0000 ND
2. Comportamento de RSC
2.a. Doações filantrópicas 7 1.648 0,1941 0,0862 14,11% 0,4563 0,4092 20
2.b. Antecipação a problemas de
ordem ambiental
28 10.465 0,0127 0,0181 15,02% 0,0284 0,0764 ND
2.c. Problemas de gerência 26 9.397 0,0263 0,0024 100,00% 0,0608 0,0000 ND
2.d. Gerência do público de
interesse
33 16.319 0,0244 0,0129 16,73% 0,0573 0,0593 ND
2.e. Gerêncial do ambiente 37 34.835 0,1322 0,0300 14,80% 0,3049 0,1360 61
1
k: número de coeficientes de correlação meta-analisados.
3
Análise File Drawer de Hunter and Schmidt (1990): número de estudos com resultados que teriam que existir para levar o valor do r
obs
para o nível de
significância de 0,05.
2
percentual referente às variâncias observadas explicadas pelos três artefatos estudados: erro amostral, erro de medição de CSP, erro de medição de CFP.
TABELA 7 - Hipótese 4b: divisão das medidas de auditoria social, comportamento corporativo, processos e resultados
68
ANEXO A – ARTIGOS SELECIONADOS PARA A META-ANÁLISE
ADAMS, M.; HARDWICK, P. An analysis of corporate donations: United Kingdom
evidence. Journal of Management Studies. v. 35, n. 5, p. 641-654, 1998.
AGLE, B. R.; MITCHELL, R. K.; SONNENFELD, J. A. Who matters to CEOs? An
investigation of stakeholder attributes and salience, corporate performance, and CEO values.
Academy of Management Journal. v. 42, n. 5, p. 507-525, 1999.
AGLE, B. R. et al. Does CEO charisma matter? An empirical analysis of the relationships
among organizational performance, environmental uncertainty, and top management team
perceptions of CEO charisma. Academy of Management Journal. v. 49, n. 1, p. 161–174,
2006.
AL-TUWAIJRI, S. A.; CHRISTENSEN, T. E.; HUGHES II, K. E. The relations among
environmental disclosure, environmental performance, and economic performance: a
simultaneous equations approach. Accounting, Organizations and Society. v. 29, n. 5, p.
447–471, 2004.
ANDERSON, R. C.; REEB, D. M. Board composition: balancing family influence in S&P
500 firms. Administrative Science Quarterly. v. 49, n. 2, p. 209-237, 2004.
ARTHUR, J. B.; HUNTLEY, C. L. Ramping up the organizational learning curve: assessing
the impact of deliberate learning on organizational performance under gain sharing. Academy
of Management Journal. v. 48, n. 6, p. 1159–1170, 2005.
BAE, J.; GARGIULO, M. Partner substitutability, alliance network structure, and firm
profitability in the telecommunications industry. Academy of Management Journal. v. 47,
n. 6, p. 843–859, 2004.
BAINES, A.; LANGFIELD-SMITH, K. Antecedents to management accounting change: a
structural equation approach. Accounting, Organizations and Society. v. 28, n. 7, p. 675-
699, 2003.
BANSAL, P. Evolving sustainably: a longitudinal study of corporate sustainable
development. Strategic Management Journal. v. 26, n. 3, p. 197-218, 2005.
69
BARNETT, M. L.; SALOMON, R. M. Beyond dichotomy: the curvilinear relationship
between social responsibility and financial performance. Strategic Management Journal. v.
27, n. 11, p. 1101–1122, 2006.
BARRETO, I.; BADEN-FULLER, C. To conform or to perform? Mimetic behaviour,
legitimacy-based groups and performance consequences. Journal of Management Studies.
v. 43, n. 7, p. 1559-1581, 2006.
BART, C. K.; BAETZ, M. C. The relationship between mission statements and firm
performance: an exploratory study. Journal of Management Studies. v. 35, n. 6, p. 823-853,
1998.
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