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Vários relatos de resistência anti-helmíntica têm sido descritas em diversos
estados brasileiros. No estado do Ceará, Melo et al (1998), encontraram eficácia de 69%
e 85% em caprinos tratados com ivermectin e closantel, respectivamente. Vieira &
Cavalcante (1999) avaliaram 34 rebanhos caprinos dos quais sete (20,6%) apresentaram
resistência aos imidazóis, seis (17,6%) aos benzimidazóis e 12 (35,3%) revelaram
resistência múltipla. Melo et al (2003) encontraram nematódeos resistentes ao
oxfendazol, levamisole e ivermectina nos caprinos em 87,5%, 75% e 37,5%,
respectivamente.
Rodrigues et al (2007) evidenciaram que 100% das infecções de caprinos no
estado da Paraíba eram de helmintos da superfamília Trichostrongyloidea e que houve
variações nos percentuais de redução do OPG em relação ao sexo dos animais nos três
períodos de observação ( 07, 14 e 21 dias após tratamento). A moxidectina em fêmeas
reduziu em 92,8%, 88,7% e 89,8% e nos machos 92,6%, 96,2% e 98,1%,
respectivamente; o albendazole em fêmeas reduziu 65,0%, 60,3% e 75,4% e em machos
88,8%, 88,8% e 55,5%, respectivamente; o levamisole em fêmeas reduziu 96,0%,
97,1% e 91,0% e em machos 85,7%, 94,2% e 100%, respectivamente; a ivermectina em
fêmeas reduziu 92,2%, 68,6% e 70,6% e em machos 41,7%, 73,6% e 59,7%,
respectivamente; extrato aquoso da batata de purga em fêmeas reduziu 31,8%, 34,1% e
49,4% e em machos 61,5%, 80,7% e 50,0%, respectivamente.
No estado de Alagoas, Ahid et al (2007) identificaram eficiência do albendazole,
da ivermectina e da moxidectina no 7º, 14º e 21º dia pós-tratamento, que foi de 97,89%,
71,2% e 80% para o albendazole, de 98,74%, 88,3% e 87% para ivermectina, e de
83,6%, 96% e 96,3% para moxidectina, nos respectivos dias de observação.
Enquanto que Pereira et al (2008) encontraram redução de 2,9%, 9,6% e 24,1% para
albendazole e 24,9%, 12% e 5,9% para ivermectina, no estado do Rio Grande do Norte.
Estudo realizado no semiárido nordestino brasileiro por Melo et al (2009),
evidenciaram nas fazendas de ovinos a prevalência da resistência a benzimidazóis de
88% e em fazendas de caprinos de 87,5%.
Em Porto Alegre (RS), Mattos et al (2003, 2004) observaram que a eficácia do
ivermectin frente às infecções por adultos de
Haemonchus, Ostertagia e
Trichostrongylus foi de 92,21%, 100% e 60,24%, respectivamente. No ano seguinte,
detectaram que a eficácia sobre gêneros adultos de
Haemonchus foi de apenas 32,62 %.
Buzzulini et al (2007) estudando a eficácia anti-helmíntica comparativa da
associação albendazole, levamisole e ivermectina à moxidectina em ovinos no estado de