110
demasiadamente subjetivos. Adler et al.
66
aplicaram uma técnica subjetiva de análise dos
topogramas de Moiré com base na observação da assimetria das franjas. Os autores avaliaram
327 meninas em duas escolas secundárias na cidade norte-americana de Santa Clara,
Califórnia. Os resultados foram determinados como ‘negativo’ (normal) ou ‘positivo’
(anormal) para a detecção de escoliose durante a avaliação postural com base na assimetria
das franjas por observação direta. Os resultados foram confrontados em datas distintas, por
diferentes avaliadores e, também, por exame postural clínico. A correlação entre os dois
procedimentos de diagnóstico foi baixa (r= 0,16).
No Brasil, empiricamente, é comum o uso de grade de posturógrafo para a avaliação
subjetiva da postura ortostática de indivíduos. No EMIPOA, os idosos foram, também,
avaliados com o uso desse instrumento por profissionais de Educação Física. Porto et al.
105
mostraram que a avaliação pelo posturógrafo no plano sagital, vista lateral direita, dos homens
idosos de Porto Alegre (protocolo de avaliação proposto por Kendall, McCreary e
Provance
36
), mostrou-se similar à TMS (C=0,2087, p=0,599; p≤0.05). Ressalta-se, porém, que
no estudo, apenas um parâmetro foi comparado, em um único plano ortogonal de observação
e somente com a amostra masculina. Estudos adicionais são imprescindíveis para
entendimento mais conclusivo sobre o assunto.
Faz-se necessário, contudo, a comparação da TM com métodos mais precisos.
Segundo Hulley, Newman e Cumming
98
, a acurácia de uma medição é melhor avaliada
quando confrontada com um método padrão-ouro ou uma técnica de referência acurada. No
estudo de Adler et al.
66
, pode ter havido falha na precisão do instrumento, ou seja, na
replicabilidade das medições.
Em avaliações posturais, o ideal é que a comparação seja feita com radiografias da
coluna para que a acurácia seja também verificada. Mínguez et al.
81
verificaram correlação
entre a TM por luz estruturada e os ângulos de Cobb e rotação da coluna nos planos frontal
(r=0.668) e transverso (r=0.706). Prince, Devine e Dick
40
concluíram que a amplitude do arco
cifótico não condiz com prejuízos no tecido ósseo das vértebras quando compararam a TMP e
raio-X. Quanto a isso, de fato, a TM não permite que se consiga diagnosticar danos na
estrutura óssea do indivíduo, mas a forma que o corpo assume em uma determinada posição,
através das características de sua superfície.
Em Singapura, uma pesquisa de rastreamento de escoliose em crianças nas escolas
avaliou 1.342 indivíduos comparando os resultados obtidos com a TM com exames de raio-X.
Os autores afirmaram que a acurácia das medições foi obtida em 68% na região torácica, 54%
na região tóraco-lombar e 15% na região lombar
99
. No EMIPOA, a escolha pela análise da