transformações, principalmente econômicas, e com a diversidade de atividades
exercidas pelo ser humano. Neste contexto, os resíduos sólidos podem ser
entendidos como os restos provenientes das diversas atividades humanas.
No tocante a definição de resíduos sólidos domiciliares, objeto de estudo
deste trabalho, segundo Fornari Neto (2001, p.150), o lixo doméstico aqui entendido
como sinônimo de resíduo doméstico pode ser definido como:
Produto residual, geralmente sólido, proveniente de usos domésticos, como,
p.ex., plásticos, vidros, latas, etc. bem como restos orgânicos (cascas de
frutos, carnes, etc.); despejo doméstico, detrito doméstico, refugo
doméstico, resíduo doméstico.
Segundo IPT/CEMPRE, Lixo Municipal – Manual de gerenciamento integrado
(2000, p. 29) resíduo sólido domiciliar é definido como:
Aquele originado na vida diária das residências, constituído por restos de
alimentos (cascas de frutas, verduras, sobras etc.), produtos deteriorados,
jornais, revistas, garrafas, embalagens em geral, papel higiênico, fraldas
descartáveis e uma grande diversidade de outros itens. Contêm, ainda,
alguns resíduos que podem ser tóxicos.
Neste contexto, é importante refletir duas questões pertinentes: a primeira
está relacionada com o aumento da diversificação de itens encontrado nos resíduos
sólidos domésticos. Essa diversificação poderá ter relação direta com alguns fatores
como: a mudança nos hábitos de consumo da sociedade atual, conhecida como “a
era dos produtos descartáveis” e pelo desenvolvimento tecnológico e industrial de
novos produtos. De acordo com Frésca (2000, p. 8-9),
Aumentam-se cada vez mais o incentivo à troca e à compra de novos
produtos (principalmente aqueles ligados ao desenvolvimento tecnológico),
o uso e a produção de objetos descartáveis, o que leva a um aumento cada
vez maior das quantidades de resíduos produzidos. Os produtos
descartáveis tornam inúteis ao indivíduo, transformando-se, então, em lixo.
Dentre os produtos da era dos descartáveis, a produção de embalagens
plásticas vem apresentando um crescimento significativo. Segundo Frésca (2007, p.
29) a produção mundial de plástico, em 1996, era de 6 milhões de toneladas/ano, e
em 2000, passou para 120 milhões de toneladas/ano.
As embalagens plásticas vieram para substituir as de papelão e vidro, sendo
que a tendência é encontrar um número cada vez maior de embalagens plásticas no