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Como visto, o trabalho proposto acrescenta alocação dinâmica, co-
alocação e reserva de recursos ao trabalho de [Silva e Dantas 2007]. São
também realizados testes em ambientes utilizando simulações, o que não
tinha sido feito antes em [Silva e Dantas 2007].
Para controle de co-alocação, foi utilizado o algoritmo de lógica di-
fusa, proposto no trabalho mostrado em [Qin e Bauer 2009]. Entretanto,
este trabalho não aborda a questão da descrição de recursos em diferentes
Ovs. Além disso, se restringe a seleção de processadores e banda, en-
quanto o middleware proposto trabalha com a seleção de diferentes tipos
de recursos, o que permite ao usuário fazer uma maior restrição ao tipo de
configuração em que deseja executar seus jobs.
Outro ponto importante, é que o middleware desenvolvido permite
reserva antecipada de recursos. Este item é abordado nos trabalhos mostra-
dos em [Vahdat-Nejad, Monsefi e Naghibzadeh 2007] e [Liu, Dai e Chu-
ang 2006]. O primeiro utiliza uma arquitetura em camadas, com um esca-
lonador global, o qual faz as decisões de escalonamento relativas à grade,
enquanto os escalonadores locais tomam suas próprias decisões, coope-
rando com o global. O middleware desenvolvido no trabalho desta dis-
sertação possui uma arquitetura parecida, entretanto, o escalonador global
possui armazenado as reservas realizadas e informações sobre o ambiente
de cada cluters, permitindo uma decisão estática inicial sobre a reserva.
Por outro lado, [Vahdat-Nejad, Monsefi e Naghibzadeh 2007] ve-
rifica dinamicamente a situação da rede interna dos clusters para decidir
a possibilidade de execução. O middleware proposto não avalia se a rede
interna do cluster está saturada, mas avalia as conexões entre clusters, para
realizar co-alocação.
Por fim, no trabalho correlato em [Liu, Dai e Chuang 2006], são fei-
tas reservas de recurso para transferência de vídeo, permitindo prioridades
entre as requisições. O trabalho do middleware proposto não trata ainda
dessa questão, entretanto, permite uma configuração muito mais detalhada
com relação aos requisitos do ambiente para execução pedidos pelo usuá-
rio. Além disso, permite a co-alocação, o que não é abordado em [Vahdat-
Nejad, Monsefi e Naghibzadeh 2007] e nem em [Liu, Dai e Chuang 2006].
É importante ressaltar as diferenças no foco de cada trabalho de re-
serva de recursos. [Vahdat-Nejad, Monsefi e Naghibzadeh 2007] trata do
tráfego na rede interna dos clusters, e cria um sistema que associa cada
cluster a requisição de acordo com o nível de comunicação e saturação
interno de cada um. Já no trabalho de [Liu, Dai e Chuang 2006], a re-
serva de recursos depende da prioridade criada para cada requisição. Esta
prioridade é baseada nos parâmetros de delay e jitter dados pelo usuário.
Posteriormente é decidido onde rodar as requisições prioritárias no ambi-