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Elementos do construtivismo aplicados
à educação
Reflexão da prática de elementos
nos cursos de informática da UNATI – UNESP –
Campus de Marília
Maior autonomia do aluno em seu
processo de aquisição de conhecimento e
de socialização.
A conquista pela autonomia do aluno idoso no uso das
TIC não é uma tarefa fácil. Normalmente, se apegam
muito à ferramenta tecnológica e como finalizar os
processos, mas se esquecem das verdadeiras
possibilidades, bem como que poderiam, em um
processo investigativo, agir com maior autonomia em
suas ações com a informática. Nesse sentido, cabe ao
professor-mediador a tarefa de despertar esse senso
de autonomia, porém é pré-requisito que os alunos
também explorem o que aprenderam fora do período
de aula o que, muitas vezes, não ocorre.
Maior interatividade na relação sujeito
objeto, expressa na relação do aluno com
o meio, mediado pelo professor.
As experiências dos alunos e suas necessidades
direcionam as relações entre eles e o meio. O
compartilhamento das experiências permite o
enriquecimento das aulas, e as atividades com o
computador atuam diante dessas perspectivas.
Efetiva valorização do processo de
aprendizagem, pelo qual a significação
dos conteúdos para os alunos se
sobreporia a outros critérios de seleção
dos mesmos (quantidade, abrangência,
relevância social e cultural).
Os conteúdos ministrados são baseados nas
experiências e busca-se respaldo teórico e empírico
para identificar as necessidades específicas desse
grupo etário. Porém, para o uso da ferramenta
tecnológica, é necessário que conteúdos mais
específicos da informática sejam trabalhados,
objetivando o domínio da ferramenta pelos alunos.
Maior dinamismo na atuação do professor
que, desobrigado dos afazeres
tradicionais na sala de aula, teria
oportunidade de ser mais construtivo,
mais reflexivo, um verdadeiro
“pesquisador”, pois, afinal, ele deverá ser
sempre e cada vez mais um aprendiz, um
construtor do próprio conhecimento.
Para Paulo Freire (2008, p.23), “quem ensina aprende
ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”.
Nesse sentido, considerando o paradigma
construtivista, o professor assume realmente um novo
papel. Entender o meio em que atua e se especializar
cada vez mais são tarefas desse mediador.
Mudança no processo de avaliação, que
seria mais processual, mais interativa e
mais consistente, valorizando-se o erro
como parte constitutiva e imprescindível
do processo de aprendizagem. Entende-
se, além disso, que a criança, por possuir
uma lógica própria de pensamento, quase
sempre já traria consigo uma experiência
anterior com relação aos desafios vividos
na sala de aula.
As teorias construtivistas, com suas bases
psicológicas, permitem que o indivíduo e seus erros
sejam reconhecidos. Os erros são naturais e
enriquecem o processo de ensino-aprendizagem.
Porém, nem todo erro é aceitável ao extremo, pois
existe uma linha que conduz todo o plano de ensino.
Se este foi elaborado a partir da experiência dos alunos
e se as aulas apontam para um desenvolvimento
evolutivo, determinados erros advindos em certos
momentos podem indicar problemas sérios com o
aluno que deverá ser avaliado para que possa
prosseguir nesse processo. Os alunos idosos
costumam esquecer alguns procedimentos para o
cumprimento de tarefas. Um erro identificado
principalmente no ano de 2008 é que alguns conteúdos
foram retrabalhados, pois alguns alunos faltavam às
aulas e outros realmente esqueciam do que haviam
aprendido. Cabe ao professor-mediador aplicar
algumas medidas que conscientizem os alunos com
relação a faltas desnecessárias e esclarecer a
importância de explorarem o que aprenderam em suas
casas e, para aqueles que possuem limitações
tecnológicas, a própria UNATI oferece computadores
em horário comercial para que os alunos possam
utilizar.