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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS
RENDIMENTO AGRONÔMICO DE QUIABO E
CEBOLA EM CONSÓRCIO E MONOCULTIVO
ALLAN FLÁVIO ROCHA GUIMARÃES
2008
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ALLAN FLÁVIO ROCHA GUIMARÃES
RENDIMENTO AGRONÔMICO DE QUIABO E CEBOLA EM
CONSÓRCIO E MONOCULTIVO
Dissertação apresentada à Universidade
Estadual de Montes Claros, como parte das
exigências do Programa de Pós-Graduação em
Produção Vegetal no Semi-Árido, área de
concentração em Fitotecnia, para obtenção do
título de “Magister Scientiae”.
Orientador
Prof. Dr. Wagner Ferreira da Mota
JANAÚBA
MINAS GERAIS - BRASIL
2008
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ALLAN FLÁVIO ROCHA GUIMARÃES
ALLAN FLÁVIO ROCHA GUIMARÃES
Guimarães, Allan Flávio Rocha
Rendimento agronômico de quiabo e cebola em consórcio e
monocultivo / Allan Flávio Rocha Guimarães. - Janaúba, MG:
Unimontes, 2008.
000 f. : il.
Dissertação (Mestrado) --- Programa de Pós-Graduação em
Produção Vegetal no Semi-Árido, Universidade Estadual de
Montes Claros.
Orientador Prof. Dr. Wagner Ferreira da Mota’
1. Quiabo - Cultura. 2. Cebola --- Cultura. 3. Cultivo
Consorciado. 4. Hortaliças --- Cultivo consorciado. I.
Universidade Estadual de Montes Claros. II. Título.
CDD-635.04
G963r
RENDIMENTO AGRONÔMICO DE QUIABO E CEBOLA EM
CONSÓRCIO E MONOCULTIVO
Dissertação apresentada à Universidade
Estadual de Montes Claros, como parte das
exigências do Programa de Pós-Graduação em
Produção Vegetal no Semi-Árido, área de
concentração em Fitotecnia, para obtenção do
título de “Magister Scientiae”.
APROVADA em 10 de março de 2008
Prof. DSc. Iran Dias Borges – UNIMONTES
Prof. DSc. Luiz Henrique Arimura Figueiredo – UNIMONTES
Prof. DSc. Dilermando Dourado Pacheco - CEFET – Januária (Convidado)
Prof. DSc. Wagner Ferreira da Mota
UNIMONTES
(Orientador)
UNIMONTES
MINAS GERAIS – BRASIL
AGRADECIMENTOS
A Deus por esta oportunidade, que um dia eu possa retribuir a sociedade de
maneira benevolente e caridosa...“Cada um de conforme decidir em seu coração,
sem pena ou constrangimento, porque Deus ama quem da com alegria...” (2-Cor
9, 7).
Agradeço aos meus pais pelo amor incondicional e total apoio que me deram e
por sempre ter acreditado no meu potencial...
A Universidade Estadual de Montes Claros pela minha formação.
Ao meu orientador Prof. Wagner Ferreira Mota, pela orientação, apoio e
dedicação.
Aos bolsistas Marcos Gleidson Pereira dos Santos e Ronaldo Porto Madureira
pelo importante apoio na condução do experimento.
Aos funciorios da Unimontes pelo apoio e amizade!!!
BIOGRAFIA
Allan Flávio Rocha Guimarães,
Nascido aos 25 dias e setembro do ano de 1975, na cidade de Montes
Claros cursou ensino médio no colégio Biotécnico, Montes Claros- MG.
Ingressou no ensino superior na Universidade Estadual de Montes Claros, curso
de Agronomia em Agosto de 1998 concluindo em Julho de 2003. Iniciou o curso
de Mestrado em Produção Vegetal no Semi-Árido na Universidade Estadual de
Montes Claros, em Fevereiro de 2006 concluindo em Março de 2008. Em 2007
foi contratado pela EMATER-MG.
“Pouco conhecimento faz que as criaturas se sintam
orgulhosas
Muito conhecimento, que se sintam humildes
É assim que as espigas sem gos erguem
desdenhosamente a cabeça para o céu, enquanto que
as cheias a baixam para a terra, sua mãe.
Leonardo da Vinci
“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”
Cora Coralina
SUMÁRIO
Páginas
RESUMO................................................................................
i
ABSTRACT...........................................................................
ii
1 -
INTRODUÇÃO.....................................................................
1
2 -
REFERENCIAL TEÓRICO................................................
2
2.1 -
Cultura do quiabo.................................................................... 2
2.2 -
Cultura da cebola..................................................................... 3
2.3 - Prodão sustentável...............................................................
5
2.4 - Cultivo consorciado de hortaliças...........................................
9
3 -
MATERIAL E MÉTODOS..................................................
13
3.1 - Características avaliadas..........................................................
16
3.1.1 - Quiabo.....................................................................................
16
3.1.1.1 - Prodão e produtividade........................................................
16
3.1.1.2 - Classificação e massa de frutos comerciais.............................
16
3.1.1.3 - Diâmetro dos frutos.................................................................
17
3.1.1.4 - Massa seca de frutos................................................................
17
3.1.1.5 - Sólidos solúveis totais – SST..................................................
17
3.1.1.6 - Acidez Total Titulável –ATT..................................................
17
3.1.1.7 - Relação SST/Acidez................................................................
18
3.1.2 - Cebola......................................................................................
18
3.1.2.1 - Classificação, produção comercial e produtividade total .......
18
3.1.2.2 - Perda de massa fresca..............................................................
19
3.1.2.3 - Comprimento do bulbo............................................................
19
3.1.2.4 - Diâmetro do bulbo...................................................................
19
3.1.2.5 - Massa fresca total dos bulbos..................................................
19
3.1.2.6 - Massa seca total dos bulbos.....................................................
20
3.1.2.7 - Razão de área equivalente (ERA)............................................
20
3.1.2.8 - Sólidos solúveis totais – SST..................................................
20
3.1.2.9 - Acidez Total Titulável –ATT..................................................
21
3.1.2.10- Relação SST/Acidez ...............................................................
21
3.1.3 - Rendimento Econômico..........................................................
21
3.2 - Análise estatística....................................................................
22
4 -
RESULTADOS E DISCUSSÃO..........................................
23
5 -
CONCLUSÃO........................................................................
41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................
42
ANEXOS................................................................................
48
i
RESUMO
GUIMARÃES, Allan Flávio Rocha. Rendimento agronômico de quiabo e
cebola em conrcio e monocultivo. 2008. 57 p. Dissertação (Mestrado em
Produção Vegetal no Semi Árido) - Universidade Estadual de Montes Claros,
Janaúba, MG
1
O cultivo consorciado é uma alternativa para elevar a produtividade e lucro dos
pequenos agricultores. Apesar de vários estudos com consórcio de hortaliças,
eles são pouco compreendidos e validados nas condições do Norte de Minas
Gerais. O objetivo deste trabalho foi estudar o consórcio da cultura do quiabo
com a cebola, comparando-o ao cultivo das culturas em sistema solteiro. O
delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados, com quatro
repetições. Os tratamentos analisados corresponderam ao monocultivo da
cebola, e as consorciações com quiabo, estabelecidas aos 0, 15, 30 e 45 dias após
o transplantio da cebola e monocultivos de quiabo nas mesmas épocas de
estabelecimento dos cultivos consorciados. As características avaliadas na
cultura do quiabeiro foram: produção e produtividade comercial total, massa
média dos frutos comerciais, dmetro, massa seca dos frutos, análises químicas
do teor de sólidos solúveis totais e da acidez total titulável e relação sólidos
solúveis/acidez. Na cultura da cebola as características avaliadas foram:
classificação, produção e produtividade total e comercial, altura total do bulbo e
da parte aérea; diâmetro dos bulbos; massa fresca e seca total da parte aérea e
dos bulbos; razão de área equivalente; sólidos solúveis totais; acidez total
tituvel; relação sólidos soveis/acidez e perda de massa fresca. A avaliação
ecomica foi realizada com as análises de renda bruta, renda líquida, custos,
valor monetário, valor monetário corrigido, taxa de retorno e índice de
lucratividade. A massa média, massa total e produtividade de frutos de quiabo
foram maiores no cultivo consorciado, e quando se plantou o quiabo
simultaneamente à cebola. Também atingiram elevados valores de biomassa, os
plantios de quiabo efetuados aos 15 dias após a cebola, tanto em consórcio
quanto em monocultivo. Houve superioridade econômica quando se estabeleceu
consórcio transplantando quiabo em mesma data de plantio da cebola. Sendo
esta superioridade maior ainda quando utilizada mão de obra familiar. Portanto,
o consórcio constituiu técnica favorável a um melhor aproveitamento dos
recursos ambientais, comparado ao sistema solteiro.
1
Comitê de Orientação: Prof. Wagner Ferreira da Mota – DCA/UNIMONTES (Orientador)
ii
ABSTRACT
GUIMARÃES, Allan Flávio Rocha. Agronomic yeld of okra ana onion in
intercropping and monoculture.
2008. 57 p. Dissertation (Máster in Crop
Science) – Estadual University of Montes Claros, Janaúba, Minas Gerais,
Brazil
1
The intercroping is one of the possibilities to increase the productivity and the
small farmers' profit. In spite of several studies with vegetables intercroping,
there are systems little understood and validated in the conditions of the North of
Minas Gerais. The purpose of the present work was to study the okra-onion
intercroping, comparing it to the cultivation of those cultures in single system.
The experiment was constituted by four times of establishment of the okra-onion
intercroping (0, 15, 30 and 45 days after the onion direct planting) and okra
monoculture. The population of plants used for okra and onion was of 20.000
plants/ha
-1
and 250.000 plants/ha
-1
, respectively. The plots were constituted by
16 okra plants and 68 of onion. The evaluated characteristics in the okra culture
were: productivity, sort and commercial production, fruits diameter, fruit dry
mass, acidity chemical analyses and total soluble solids content (TSS). In the
onion culture the appraised characteristics were: productivity, sort, commercial
production; bulb total height and shoot; bulbs diameter; total fresh matter and
total dry matter of the shoot and bulbs; TSS; acidity; loss of fresh matter and
equivalent ratio area (ERA), that corresponds to the relationship between the
productivity of the cultures when established in intercropping and monoculture.
The economical evaluation was accomplished with the procedures: the (GI)
gross income, (NI) net income. The transplantIing times (0, 15, 30, 45 days) of
the okra seedlings in monoculture and intercropping did not influence the fruits
diameter. The transplanting times, in monocrop as well okra-onion intercroping
(0, 15, 30, 45 days), influenced in the percentage of dry mass, and it decreased
as increased the number of days to the transplanting. The relationship okras
TSS / acidity in monoculture was superior to the one observed in intercroping,
excepting when the okra was planted 45 days after the onion. The total mass,
average and okra productivity were larger when in the intercroping both were
planted in the same day.
1
Advisor committee: Prof. Wagner Ferreira da Mota – DCA/UNIMONTES (Advisor)
1
INTRODUÇÃO
A produção agrícola do Norte de Minas Gerais consiste principalmente
em agricultura de subsistência e pecuária extensiva, ambas as atividades
apresentam baixos níveis tecnológicos, pela pouca disponibilidade de capital e
de assistência técnica, o que resulta em baixos índices produtivos e de renda.
Para pequenas áreas, boa parte da produção local advém de agricultura familiar,
incluindo cultivo de hortaliças, cujo excedente de produção pode agregar renda
aos produtores.
O cultivo de hortaliças destaca-se por ocorrer em pequenas áreas,
utilizando sistema consorciado ou solteiro. Ela é fundamental para manutenção
de pequenas propriedades agrícolas, evitando o êxodo rural. No caso de
consórcio de hortaliças o objetivo é aperfeiçoar o uso de recursos ambientais,
como água e solo, racionalizar o controle de pragas, doenças e ervas daninhas e
a aplicação de fertilizantes, todas elas ações promotoras de equilíbrio ecológico
e de diversificação de dieta e renda do produtor.
A cultura do quiabeiro é uma hortaliça rústica e amplamente adapvel e
aceita pela população do Norte de Minas Gerais. É comum quiabeiro na rego,
mas pouco se sabe de aspectos relacionados a aspectos fitotécnicos,
principalmente de técnicas de consorciação com culturas de alto valor
ecomico, como a cebola. O objetivo da presente trabalho foi determinar a
produção, a qualidade nutricional e o rendimento financeiro de quiabeiro e
cebola em sistema consorciado, comparando seus resultados ao monocultivo
dessas duas espécies.
2
REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 – Cultura do Quiabo
O quiabeiro, Abelmoschus esculentus (L.) Moench, é originário da
África ou da Índia, sendo uma hortaliça anual pertencente à família Malvaceae.
Tradicionalmente é cultivada nos trópicos, abrangendo África, Índia, Ásia,
Turquia, Austrália e Brasil, e em regiões temperadas como o sudeste dos Estados
Unidos, onde as temperaturas são elevadas. Registram-se cultivos de quiabeiro a
milhares de anos por povos Egípcios entre outros, sendo introduzido no
continente americano pelos escravos africanos (MOTA et al., 2000; INOMOTO
et al., 2004). É uma hortaliça de baixo custo de produção, bastante cultivada no
Brasil especialmente pela agricultura familiar sendo uma opção de fixação de
mão-de-obra rural (PASSOS et al, 2004).
A produção de quiabo inicia-se rapidamente após o plantio,
representando uma boa alternativa de renda para o agricultor (RIBAS et
al.,2003). O seu fruto é bastante palatável, sendo também rico em fibras e óleo
comestível. O Brasil encontra-se entre os cinco maiores produtores mundiais de
quiabo, sendo o estado do Rio de Janeiro o principal produtor (INOMOTO et al,
2004).
As características morfológicas do quiabeiro são as de uma planta
arbustiva, com caule semi-lenhoso, ereto e alto. As folhas são alternadas,
geralmente palmadas pentalobadas ou pentapartidas e raramente inteiras. A raiz
3
é pivotante e profunda. Na germinação, a planta desenvolve dois cotilédones
circulares (MOTA et. al, 2000).
O interesse pelo quiabeiro aumentou pela sua riqueza nutricional em
proteína e óleo comestível. A constituição em óleo das sementes varia de 12 a
20% de sua massa seca. O óleo é aromático, de coloração amarelo esverdeado,
constituído principalmente de ácidos graxos monoinsaturados, como ácido
oléico e ácido palmítico, que podem ser utilizados na alimentação humana como
sopas, condimentos de saladas e margarinas. Também é rico em minerais, como
cálcio, ferro, fósforo, e em vitaminas A e B (SILVA et al, 2001). As sementes
são constituídas por 15% de sacarídeos, e de 20 a 26% de proteínas,
principalmente daquelas contendo o amincido lisina. Apesar da semente de
quiabo ser uma boa fonte protéica, os seus teoreso inferiores aos encontrados
na soja, que tem aproximadamente 34%. Em contrapartida a taxa de eficiência
protéica do quiabeiro é mais elevada que a da soja, tendo então maior valor
biológico (MOTA et. al, 2000).
As folhas de quiabeiro têm alto conteúdo de proteínas, superior
inclusive à dos frutos e podem ser utilizadas como saladas. Em países africanos
e asiáticos, as folhas são utilizadas na alimentação de animais. No Japão, o
quiabeiro é uma planta fornecedora de fibras; e na Turquia, o quiabo seco é
consumido em fatias fritas durante o inverno. Verifica-se também propriedades
medicinais de frutos novos, pós-cocção, no combate de doenças de vias
respiratórias e urinárias. O uso da mucilagem dos frutos é útil à cura de úlceras e
alívio de hemorróidas (MOTA et. al, 2000)
2.2. - Cultura da Cebola
4
A cebola (Alliun cepa L.) pertence à família Liliaceae, sendo originária
da Ásia Central – Turquia, I e Paquiso – e é uma das mais antigas plantas
cultivadas. Ela é uma espécie bienal, que sob condições normais, produz bulbos
no primeiro ano e sementes no segundo ano, a partir dos bulbos. As plantas são
herbáceas, com folhas ocas e cobertas por uma camada cerosa. O pseudocaule é
formado pela superposição das bainhas das folhas. O sistema radicular é do tipo
fasciculado com poucas ramificações, concentrando-se nos primeiros 30 cm de
profundidade do solo (COSTA et al., 2002).
Os bulboso formados pelas bainhas carnosas das folhas e, nas partes
externas, são envoltos por túnicas brilhantes de coloração variável. O caule
verdadeiro situa-se na base do bulbo de onde partem as folhas e as raízes. É uma
hortaliça fortemente influcenciada por fatores ambientais, principalmente
fotoperíodo e temperatura, que condicionam a adaptação de uma cultivar a
determinadas regiões geográficas (COSTA et al., 2002).
A cebola foi introduzida no Brasil, região do Rio Grande do Sul, por
colonizadores europeus, e daí disseminou-se para os demais estados, atingindo
inclusive o Nordeste (RESENDE et. al, 2002; SCHUNEMANN et al., 2006).
Atualmente, ela é a terceira hortaliça de maior expressão econômica no país,
depois da batata e do tomate, com uma produção anual superior a 1 milhão de t
ano
-1
. A produção de cebola distribui-se nas regiões Sul, 62,2% da produção
nacional; Sudeste, 25,2%; e Nordeste, 12,3% (RESENDE et. al, 2002; COSTA
et al., 2002).
A cebolicultura nacional é uma atividade praticada principalmente por
pequenos produtores. Ela tem importância sócio-econômica, ao demandar
grande quantidade de mão-de-obra; e ao viabilizar pequenas propriedades rurais
por meio de geração de renda que impede a migração de população para grandes
centros urbanos (COSTA et. al, 2002).
5
A condimentação é uma dos principais usos da cebola, realçando os
sabores picante, suave e doce, mas é importante destacar o seu valor nutricional,
pelo elevado teor de carboidrato e pelas quantidades razoáveis de riboflavina e
cálcio. A cebola também constitui excelente fonte de vitaminas A, B1 (tiamina),
B2 (riboflavina) e C (ácido ascórbico) (DEVLIN, 1998; BALBACH, 1975).
A composição química e as características sensoriais de sabor, cor e
odor da cebola dependem mais do fator genético (cultivar) do que das condições
de cultivo de solo (SCHUNEMANN et al 2006). Entretanto, a composição
química do bulbo e a intensidade do sabor são também dependentes das
condições do meio de cultivo da planta.
3– Produção Sustentável e Cultivo Consorciado.
A palavra sustentável é derivada do latin sustinere e significa existência
e permanência ou suporte de longo prazo. A sustentabilidade é a capacidade de
um ecossistema manter sua produção ao longo do tempo, apesar das restrições
ecológicas e sócio-econômicas em longo prazo (RIGBY e CÁCERES, 2001). O
objetivo de uma agricultura sustentável é manejar eficientemente os recursos
disponíveis, mantendo a produção nos níveis necessários para satisfazer as
aspirações de uma população crescente sem degradar o meio ambiente (FAO,
2004).
A pequena propriedade rural comumente possui uma produção agrícola
diversificada, incluindo hortaliças, e é caracterizada pela limitão de área e
baixa utilização de insumos. Nessas localidades, as hortaliçasm finalidade de
alimentação do produtor e comercialização da produção excedente.
Atualmente, a segurança alimentar é uma preocupação. As hortaliças
são importantes nesse processo, mas é necessário que se otimize a relação
6
produtividade-qualidade do alimento, minimizando impactos indesejáveis de
possíveis contaminações ambientais. É necessário equilibrar a dieta alimentar,
fornecendo hortaliças (fibras e vitaminas) em conjunto com alimentos protéicos
(carne ou peixe) e calóricos (carboidratos, como massa ou arroz). As hortaliças
são importantes numa variação de cor e textura às refeições, como também
nutrientes importantes (DEVLIN, 1998).
O policultivo é uma prática agrícola de regiões tropicais em países em
desenvolvimento como os da Ásia, África e América Latina. Segundo
Khatounian (2001) citado por Negrini (2007), a biomassa é de fundamental
imporncia tanto para manutenção da fertilidade do sistema quanto para
regulação da sanidade do sistema.
O consórcio é uma das técnicas de policultivo, sendo o cultivo de duas
ou mais culturas simultaneamente. As culturas consorciadaso necessitam ser
plantadas exatamente ao mesmo tempo e os seus momentos de colheita podem
ser bem diferentes, mas é necessário que elas sejam simultâneas por um
significativo peodo de crescimento (WILLEY, 1979; NEGRINI, 2007).
O cultivo consorciado de culturas pode elevar a produtividade e o lucro
para os pequenos agricultores (BEZERRA NETO et al., 2001); sendo
fundamental na manutenção de pequenas propriedades agrícolas
(BALASUBRAMANIAN e SEKAYANGE, 1990). Este sistema é caracterizado
pelo crescimento simultâneo de duas ou mais culturas, com diferentes ciclos e
arquiteturas vegetativas, em uma mesma área, sendo que não necessariamente
tenham sido semeadas ao mesmo tempo, devendo estar integrado a um programa
de rotação de culturas (KOLMANS eSQUEZ, 1999). Sendo um sistema de
cultivo eficiente, quando bem manejado, é praticado há muito tempo e
encontrado em todas as partes do mundo, com uma maior diversidade nos
trópicos, onde pequenas propriedades e operações intensivas predominam
(FRANCIS, 1978). Tem-se visado, nesta prática, maximizar e otimizar a
7
utilização dos recursos ambientais como melhor uso do solo, da água e da área
cultivada, tornar mais eficiente o controle de pragas, doenças e ervas daninhas,
reduzir a utilização de mão-de-obra e de insumos como fertilizantes e
agrotóxicos, promovendo o equilíbrio ecológico, além de possibilitar maior
diversificação da dieta e renda do produtor (CAETANO, 1999).
A consorciação aumenta a biodiversidade no agroecossistema, e
portanto a capacidade de regulação e estabilidade deste. Dessa maneira, o
cultivo consorciado se mostra como uma boa alternativa para otimização dos
recursos naturais e possível aumento da produtividade, devido a um melhor
aproveitamento da terra com melhor aproveitamento dao de obra em alguns
casos e melhoria das condições sócio-econômicas (NEGRINI, 2007).
A eficiência de sistemas consorciados depende muitas vezes da
complementaridade entre as culturas, sendo que a mesma será tanto maior a
medida que minimize os efeitos negativos (CERETA, 1986). Quando o período
de maior demanda pelos recursos ambientais das culturas consorciadaso é
coincidente, a competição entre as mesmas pode ser minimizada, sendo esta
situação denominada complementaridade temporal. Quando as diferenças na
arquitetura das plantas favorecem à melhor utilização da luz, água e nutrientes
disponíveis ocorre a denominada complementaridade espacial. No entanto,
normalmente a complementaridade temporal é o principal fator que determina a
eficiência dos consórcios (BEZERRA NETO et al., 2003, WILLEY, 1979). A
produtividade das culturas em consórcio é afetada pelo período de convivência
entre as espécies, determinado pela época de estabelecimento do consórcio
(CERETA, 1986).
As vantagens da associação de culturas podem ser aproveitadas no
cultivo de hortalas; pois é um setor agrícola caracterizado por intenso manejo e
exposição do solo, dificuldade no controle de plantas daninhas, uso intensivo de
defensivos agrícolas, fertilizantes e irrigação, entre outras práticas culturais e
8
manejo culturais que contribuem com significativos impactos ambientais
(CECÍLIO FILHO & TAVEIRA, 2001). Entretanto, os sistemas de cultivo, com
essas associões tem sido pouco estudados, apesar de serem bastante utilizados
em todo o mundo, persistindo ainda alguns desafios com relação a determinação
das culturas a serem cultivadas, seu respectivo manejo, e a viabilidade destes
sistemas consorciados como estratégia fitotécnica na produtividade das
hortaliças (MONTEZANO e PEIL, 2006). No trópico semi-árido do nordeste
brasileiro esta prática tem sido uma das formas de aumento da produção das
culturas entre os pequenos agricultores (BEZERRA NETO et al., 1991;
BEZERRA NETO e ROBICHAUX, 1996; BEZERRA NETO e ROBICHAUX,
1997).
Segundo Ellers (1999) e Oliveira et al. (2005), um dos componentes
comum às mais diversas tendências envolvidas na transição para agricultura
sustenvel é o incentivo a substituição de sistemas simplificados por
agrossistemas diversificados como a consorciação de culturas.
Dentro das muitas possibilidades de sistemas, o sistema de consórcios
tem recebido especial atenção, principalmente por causa da riqueza de suas
interações ecológicas e do arranjo e manejo das culturas no campo. Esses fatores
contrastam com os sistemas agrícolas modernizados, assentados sobre a
exploração de monoculturas, uso intensivo de capital e de produtos originários
do setor industrial como fertilizantes sinticos e agrotóxicos (MONTEZANO E
PEIL, 2006).
O sistema de consórcio é aplicado principalmente pelos pequenos
agricultores que dessa forma procuram aproveitar ao máximo as áreas limitadas
de que dispõem, os insumos e a mão de obra que são utilizadas em capinas,
adubações, aplicação de defensivos e outros tratos culturais (NEGRINI, 2007).
A eficiência de um consórcio depende de fatores como escolha de
cultivares adaptadas ao sistema, padrão de cultivo, prodão de mudas, arranjo
9
espacial das culturas componentes, densidade de plantio dentre outros
(BARROS JÚNIOR, 2005).
O grande desafio para o sucesso de sistemas consorciados está na
definição das culturas a serem utilizadas e, principalmente no manejo do
consórcio (CECÍLIO FILHO E MAY, 2002).
Deve-se empregar índices para a verificação da vantagem do sistema de
cultivo consorciado sobre o monocultivo e para maior segurança na
recomendação desta tecnologia. Deve-se realizar uma análise econômica, pois as
hortaliças apresentam variações de preço e no custo de produção ao longo do
ano, fazendo com que a maior quantidade de hortaliça produzida por unidade de
áreao seja refletida positivamente em maior rentabilidade do sistema de
cultivo. O consórcio pode afetar também negativamente a qualidade (cor,
tamanho, formato, entre outras) comercial do produto, diminuindo a sua
classificação, e consequentemente seu valor comercial (REZENDE et al., 2005).
4 – Cultivo Consorciado de Hortaliças
Nas duas últimas décadas a olericultura tem incorporado várias
tecnologias principalmente com o objetivo de incrementar a produtividade das
culturas e diminuir a estacionalidade de ofertas de hortaliças. Também neste
período, cresceu entre os componentes da cadeia produtiva de hortaliças a
necessidade de oferecer produtos de melhor qualidade. Recentemente, aos
objetivos anteriormente citados soma-se a preocupação de produzir reduzindo-se
significativamente o impacto sobre o meio ambiente (CECÍLIO FILHO e MAY,
2002, REZENDE et al., 2005).
Para Vieira (1998) há diferentes sistemas de consórcio. Nos cultivos
mistos, nenhuma das culturas é organizada em fileiras distintas, enquanto nos
10
cultivos intercalares pelo menos uma delas é semeada ou plantada em fileiras.
Nos cultivos em faixas, as culturas são semeadas ou plantadas em faixas
suficientemente amplas para permitir o manejo independente de cada cultura,
mas bastante estreitas para possibilitar a interação entre elas. Nos cultivos de
substituição, uma cultura é semeada ou plantada depois que a anterior alcançou a
fase reprodutiva do crescimento, porém ainda não atingiu o ponto de colheita.
Ao planejar a consorciação, deve-se lembrar dos seguintes aspectos: a)
definir qual ou quais as culturas mais importantes; b) plantas que têm bastante
folhas e que produzem sombra poderão ser associadas com plantas tolerantes a
sombra; c)combinar plantas que têm raízes que se aprofundam no solo com
plantas com raízes mais superficiais; d)associar plantas que têm bastante folhas
com outras que têm poucas; e) combinar plantas de ciclo longo com as de ciclo
curto; f) associar plantas com diferentes formas de crescimento; g) observar o
sinergismo entre as espécies, ou seja, plantas que se desenvolvem melhor
quando associadas a outras; h)combinar plantas com diferentes exigências de
nutrientes e água (TEIXEIRA et al., 2005).
Puiatti et al. (2000) constataram viabilidade agronômica e econômica de
associações de inhame com milho doce ressaltando que o tipo de associação
(arranjo de plantas e manejo de consórcio) deverá levar em consideração as
peculiaridades de cada propriedade e a preferência do mercado em comercializar
os produtos.
A associação de coentro com alface tem se tornado uma combinação
desejável entre as hortaliças capaz de proporcionar maior índice de eficiência de
uso da terra e retorno ecomico por área, além de se complementarem em
termo de valor nutricional (OLIVEIRA et al., 2005).
Costa et al. (2003) avaliando a produtividade de cultivares de alface e de
rúcula em consórcio, em relação aos seus monocultivos, verificaram que o
11
diâmetro, peso fresco e seco de alface em monocultivo não diferiu da obtida em
consórcio.
Ofori e Gamedoagbao (2005) reportaram que a produtividade berinjela
escarlate Solanun aetiopicum L. plantada simultaneamente ao caupi, teve pouca
redução de produção, alcançando 90 a 99% do que foi produzido em
monocultivo. No entanto quando o caupi foi semeado 14 a 28 dias antes do
plantio da hortaliça a produção foi respectivamente 65 a 80% e 58 a 60% da
produção em monocultivo.
Resultados encontrados por Mueller (1996), avaliando diferentes épocas
de instalação do consórcio e manejo de plantas concorrentes entre alho (Allium
sativum L.) e cenoura (Daucus carota L.) e entre alho e beterraba (Beta vulgaris
L.), demonstram vantagem a este sistema de cultivo. Maior rentabilidade foi
obtida nos consórcios alho x cenoura e alho x beterraba, em relação aos seus
monocultivos. Foi verificado também que o atraso na semeadura de cenoura
beneficiou a produção e qualidade de bulbos de alho, porém, determinou uma
queda acentuada nestas características para a cultura da cenoura.
No sistema de consórcio de alface e rabanete, quando o rabanete foi
semeado aos sete dias após o transplante da alface, foi encontrado por Cecílio
Filho e May (2002) a complementaridade temporal, sendo eficiente o consórcio.
Rezende et al. (2002) verificaram não existir efeito negativo em tomateiro
consorciado com alface em diferentes épocas de estabelecimento do consórcio
(0, 14, 28, 42 e 56 dias após transplante do tomateiro). No entanto, a massa seca
da parte aérea das plantas de alface em monocultivo foi sempre superior à massa
seca daquelas consorciadas com o tomateiro.
Armstrong & Mckinlay (1997) e Booij et al. (1997) ao cultivarem trevo
em consórcio com repolho observaram uma redução da população de pragas
devido ao aumento de inimigos naturais. Sudo et al. (1997), comparando o
consórcio entre cenoura e alface lisa (cultivar 'Regina 71') e cenoura e alface
12
crespa (cultivar 'Verônica') em sistema orgânico com o monocultivo, verificaram
ganho na produtividade para ambas as culturas e melhor aproveitamento de
insumos, espaço físico e mão-de-obra.
Caetano et al. (1999), trabalhando com cenoura consorciada com várias
cultivares de alface e em cultivo solteiro, constataram que o consórcio afetou a
produtividade da cenoura somente quando consorciada com a cultivar de alface
Marisa, onde se registrou aumento na percentagem de raízes fora do padrão
comercial. Vantagens no uso eficiente da terra foram observadas. Em avaliação
de cenoura solteira e consorciada com cinco cultivares de alface em condições
de alta temperatura e ampla luminosidade observou-se índice de uso eficiente da
terra no sistema consorciado com a cultivar Regina (PORTO, 1999).
Os cultivos consorciados de pimentão, alface e rúculao eficientes no
uso da terra, com incremento que variaram de 92 a 164%, e média de 127,5%
em relação aos monocultivos das hortaliças. Isto demonstra melhor
aproveitamento das culturas pelos fatores de produção como luz, solo, água e
nutrientes neste sistema de cultivo. Diante das respostas individuais das
hortaliças às associações avaliadas e com base nos índices de uso eficiente da
terra, conclui-se que os consórcios avaliados são sistemas de cultivo adequados à
olericultura (REZENDE et al., 2006).
13
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido na Horta de Ensino, Pesquisa e Extensão,
da Universidade Estadual de Montes Claros UNIMONTES, Campus de
Janaúba-MG. Essa região se encontra inserida no semi-árido brasileiro, tendo o
município as coordenadas de 15°47'18" de latitude Sul e 43°18'18" de longitude
oeste, com altitude de 515 metros e clima Aw segundo a classificação de
Köppen (JACOMINE et al., 1979) . A precipitação dia anual é de 740 mm,
dos quais 85% ocorrem entre os meses de novembro e março, com média de
temperaturas máximas e mínimas de 32 °C e 19,5 °C respectivamente (SOUTO,
2001). O solo onde foi instalado o experimento é um solo do tipo Neossolo
Flúvico.
Foi retirada uma amostra composta de solo da área experimental a 20
cm de profundidade, a qual apresentou a seguinte composão físico-química
(Tabelas 1 e 2), de acordo com as metodologias propostas por Ribeiro et al.
(1999).
TABELA 1 – Composão química de amostra de solo, na camada de 0-20 cm
de profundidade, coletada na área experimental. UNIMONTES, Janaúba, MG,
2007.
..........................................Composição Química..............................................
pH MO P K Na Ca Mg Al H+
Al
B Cu Fe Mn Zn
dag/
kg
...mg/dm
3
..
................cmolc/dm
3
............. …...............mg/dm
3
..................
6,8 2,6 80,6 86 0,1 2,6 1,0 0,0 1,0 0,2 0,4 57,7 22,4 4,1
t = 3,9; T = 4,9, SB = 3,9, em cmolc dm
3
; e V = 80; m = 0, em %
14
TABELA 2 – Composição física de amostra de solo, na camada de 0-20 cm de
profundidade, coletada na área experimental. UNIMONTES, Janaúba, MG,
2007.
..Composição Física
Areia Silte Argila
….........dag/kg.............
84 12 4
A adubação de plantio, de acordo com a interpretação da análise de solo,
constou das seguintes quantidades de fertilizantes: 50 kg/ha, 50 kg/ha e 120
kg/ha de P
2
O
5
, K
2
O e N, respectivamente para a cultura da cebola e 40kg/ha,
120kg/ha e 120 kg/ha de P
2
O
5
, K
2
O e N para o quiabeiro. Nas culturas de Cebola
e Quiabo o P
2
O
5
foi todo aplicado por ocasião do plantio e transplantio. Com
relação ao K
2
O e N houve parcelamento da adubação. Na cebola a adubação de
cobertura com K
2
O e N foi realizada com 30% no plantio e o restante, 70%, 40
dias após o plantio para. Com relação ao quiabeiro, os 40% do K
2
O e 20% do N
foram aplicados no plantio a 60 % e 80%, respectivamente, parcelados aos 20,
40 e 60 dias após o transplantio.
O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizados, com
quatro repetições. Os tratamentos analisados corresponderam ao monocultivo da
cebola (Tratamento 1), e as consorciações com quiabo, estabelecidas aos 0
(Tratamento 2), 15 (Tratamento 3) 30 (Tratamento 4) e 45 (Tratamento 5) dias
após o transplantio da cebola e monocultivos de quiabo (tratamentos 6; 7; 8 e 9)
nas mesmas épocas de estabelecimento dos cultivos consorciados, para se
detectar possível efeito de época de plantio e não do sistema de cultivo.
Para interpretação dos dados das características relativas à cebola,
efetuou-se a análise de variância em delineamento em blocos casualizados com
15
cinco tratamentos, os quais foram cebola em monocultivo, e cebola consorciada
com quiabo nas quatro épocas de estabelecimento da consorciação. Para alise
das características do quiabo, a alise de varncia seguiu o modelo de blocos
casualizados, em esquema fatorial 2 (sistema de cultivo – consórcio e
monocultivo) x 4 (época de semeadura do quiabo – 0; 15; 30 e 45 dias após o
transplantio da Cebola).
O quiabeiro foi plantado através de mudas, variedade Santa Cruz 47,
previamente produzidas em copinhos de jornal com substrato comercial
Plantmax. Utilizou-se o cririo de transplantar mudas com 18-20 cm de altura e
4 folhas definitivas para cada uma das épocas de consórcio.
As parcelas experimentais, com dimensões de 4,0 m de comprimento e
2,0 m de largura, foram implantadas em canteiros de 0,2 m de altura. Entre as
linhas de plantio de quiabo, foram levantados canteiros de 0,6 m de largura e 2,0
m de comprimento, totalizando três canteiros por parcela. Utilizando um sistema
de intercalação, testaram-se espaçamentos de 0,2 x 0,2 m em cebola, e de 1,0 x
0,5 m em quiabo, totalizando 16 plantas de quiabo e 90 plantas de cebola.
Considerando os espaçamentos propostos, as populações estimadas foram de
20.000 e 250.000 plantas ha
-1
, respectivamente para quiabo e cebola.
A área útil das parcelas constou de 60 e quatro plantas centrais,
respectivamente para cebola e quiabo. A parcela com cebola foi constituída por
3 faixas de cultivo de cebola, ao meio de duas linhas de quiabeiro, considerando
cebola de avaliação aquelas das duas fileiras centrais, desprezando-se a primeira
e a última planta em cada linha da parcela útil, desprezando ainda as duas
fileiras extremas em cada faixa.
Os tratos culturais foram normais às duas culturas, destacando-se
limpezas manuais de plantas daninhas e controle de formigas cortadeiras
“saúvas”. A irrigação foi feita por microaspersão com emissores na vazão de 75
l hora
-1
, considerando a exigência evapotranspirométrica do consórcio.
16
A colheita da cebola ocorreu quando 80% das plantas apresentaram o
estalo, ou seja, tombamento da parte aérea da planta sobre o solo. Os frutos de
quiabo foram colhidos a cada dois dias, utilizando o pado de 8 a 10 cm de
comprimento por fruto, estendendo-se o período de colheita por cinco meses
(faixa normal de produção nas condições do Norte de Minas Gerais). As últimas
colheitas do quiabo e da cebola ocorreram respectivamente em 26 de setembro e
1º de outubro de 2007.
5.1- Características Avaliadas
5.1.1- Quiabo
5.1.1.1 – Produção e produtividade comercial total
A produção total dos frutos em, kg de quiabo, considerou o somatório da
massa fresca de todas as colheitas, sendo incluídos todos os frutos da parcela
útil. A produtividade foi calculada considerando a produção de cada parcela e a
densidade populacional das plantas, sendo expressa em ton/há
-1
.
5.1.1.2 – Massa dia de frutos comerciais
A massa média (produção comercial média) foi obtida pela soma de
massa fresca dos frutos, em monocultivo e em cada época de consorciação,
dividindo-se o resultado pelo número de repetições. O resultado foi expresso em
gramas.
17
5.1.1.3 - Diâmetro dos frutos
O diâmetro dos frutos de quiabo considerou a média de quatro frutos
recém colhidos, utilizando um paquímetro, sendo o resultado expresso em cm;
5.1.1.4 - Massa seca dos frutos
Após a colheita, uma amostra de 100 g de frutos de quiabo fresco foi
cortada em finas fatias e secando-o em estufa com circulação forçada de ar a
65ºC, até atingir massa constante. O resultado foi expresso em % .
5.1.1.5 – Sólidos solúveis totais (SST)
A determinação de SST ocorreu em amostras de 10 g de quiabo. À essas
amostras adicionaram-se 90 ml de água destilada, com posterior agitação em
homogeneizador de tecidos vegetais. Coletou-se uma sub-amostra dessa
extração, a qual foi gotejada em refratômetro, determinando essa característica
em ºBrix.
5.1.1.6 – Acidez Total Titullável (ATT)
Uma outra sub-amostra foi preparada, como no item anterior, e utilizada
para quantificar a acidez dos frutos de quiabo. Para isto, a uma sub-amostra de
10 mL + 90 mL de água destilada, adicionou-se 3 gotas de indicador fenoftaleína
1%, efetuando a titulação com NaOH 0,1 mol/L. A acidez foi obtida
18
considerando a quantidade de NaOH 0,1 mol/L consumida na titulação da
amostra, sendo expressa em eq. mg de ácido cítrico. (100 mL suco)
–1
5.1.1.7 – Relação sólidos solúveis/acidez titulável
Foi obtida através da relação entre as duas variáveis avaliadas.
5.1.2 - Cebola
5.1.2.1 – Classificação, produção comercial e produtividade total
A classificação foi realizada tendo como referência a Tabela 1.
Posteriormente os bulbos foram separados e pesados em suas respectivas classes
de tamanho comercial. Os pesos foram expressos em kg.
A produtividade total foi realizada em bulbos perfeitos. Os resultados
foram expressos em t.ha
-1
. Essas avaliações foram realizadas aos 15 dias após a
cura.
TABELA 3 - Classificação ou calibre de acordo com o diâmetro transversal do
bulbo de cebola.
Classe (1) Calibre Classe (2)
0 Menor que 15 mm 10
1 Maior que 15 até 35 mm 15
2 Maior que 35 até 50 mm 35
3 Maior que 50 até 60 mm 50
3 (cheio) Maior que 60 até 70 mm 60
4 Maior que 70 até 90 mm 70
5 Maior que 90 mm 90
(1) Designação de classe que segue a portaria 529/18.03.95 do MAA.
19
(2) Designação complementar da classe e de uso não obrigatório, que estabelece
referência ao menor calibre da cebola na classe.
Fonte: ANACE (2003)
5.1.2.2 - Perda de massa fresca
Foi avaliada pesando-se, em gramas, as cebolas sem retirada da folhas
em três momentos distintos: após a colheita, após a primeira cura e após a
segunda cura. As a primeira e a segunda cura foram determinadas as perdas de
água em relação ao peso após a colheita. O resultado foi expresso em
porcentagem.
5.1.2.3 – Comprimento do bulbo
O comprimento do bulbo foi considerado pela medição da base do bulbo
até o colo – parte superior do bulbo. As medidas foram expressas em cm.
5.1.2.4 - Diâmetro do bulbo
Os diâmetros dos bulbos de cebola foram medidos na parte mediana
com auxílio de paquímetro. Os resultados foram expressos em cm.
5.1.2.5 - Massa fresca total dos bulbos
20
A determinação da massa fresca dos bulbos ocorreu após a segunda
cura. Os resultados foram expressos em gramas.
5.1.2.6 - Massa seca total dos bulbos
Foi obtida após a segunda cura, fatiando-se os bulbos e secando-se
posteriormente em estufa a 65 ºC, com circulação forçada de ar até atingir massa
constante. Por fim, quantificou-se a biomassa seca em gramas.
5.1.2.6 - Razão de área equivalente (RAE):
Definida como área relativa de terra sob condições de plantio isolado,
que é requerida para proporcionar os rendimentos alcaados no consórcio: Foi
utilizada para avaliar a eficiência do conrcio em relação aos monocultivos. Foi
obtida pela expressão:
RAE = (Cq/Mq) + (Cc/Mc)
onde, Cq e Cc são respectivamente, as produtividades em consorciação das
culturas de quiabo e cebola e Mq e Mc são respectivamente, as produtividades
em monocultivo, das culturas e cebola e quiabo.
5.1.2.7 – Sólidos solúveis totais (SST)
A determinação de SST ocorreu em amostras de 10 g de cebola. À essas
amostras adicionaram-se 90 ml de água destilada, com posterior agitação em
homogeneizador de tecidos vegetais. Coletou-se uma sub-amostra dessa
21
extração, a qual foi gotejada em refratômetro, determinando essa característica
em ºBrix.
5.1.2.8 – Acidez Total Titulável (ATT)
Uma outra sub-amostra foi preparada, como no item anterior, e utilizada
para quantificar a acidez nos bulbos de cebola. Para isto, à uma sub-amostra de
10 mL de suco de cebola adicionou-se 3 gotas de indicador fenoftaleína 1%,
completou-se o volume para 100 mL, efetuando ao fim uma titulação com
NaOH 0,2 mol/L. A acidez foi obtida considerando a quantidade de NaOH 0,2
mol/L consumida na titulação da amostra.
5.1.2.9 – Relação sólidos solúveis/acidez titulável
Foi obtida através da relação entre as duas variáveis avaliadas.
5.1.3. – Rendimento econômico
A avaliação econômica foi realizada conforme metodologia descrita por
Oliveira et al. (2004), com os seguintes procedimentos: a renda bruta (RB),
obtida multiplicando-se os rendimentos da cultura em cada tratamento pelo valor
do produto no mês de setembro de 2007 para cebola, e nos meses de julho,
agosto e setembro, para o quiabo.
A renda líquida (RL) foi calculada subtraindo-se da renda bruta, os
custos de produção provenientes de insumos e serviços. Estes custos (C) foram
calculados para cada tratamento baseado nos coeficientes de custo de insumos e
22
serviços utilizados em um hectare de quiabo e cebola em nível experimental.
Foram considerados os preços de insumos e serviços vigentes nos meses de
condução do experimento.
A vantagem monetária e a vantagem monetária corrigida foram obtidas
pelas expressões:
VM = RB x (UET - 1)/UET e VMc = RL x (UET-1)/UET.
A taxa de retorno (TR) por R$ investido em cada tratamento foi obtida
por meio da relação entre a renda bruta (RB) e o custo de produção (C) de cada
tratamento. O índice de lucratividade (IL) foi obtido da relação entre a RL e RB
e expresso em percentagem.
5.2 - Análise Estatística
A análise estatística geral dos dados da cultura do quiabo e cebola
constou de análise de variância. Para a cultura do quiabo testaram-se quatro
fontes de variação: 1. sistema de cultivo (monocultivo e consórcio); 2. épocas de
plantio do quiabo (em monocultivo e em consórcio); 3. interação dos fatores
sistema de cultivo e época; 4. blocos. Já para a cultura da cebola testaram-se
duas fontes de variação: 1. os tratamentos de cebola em monocultivo e épocas de
plantio de quiabo; 2. blocos.
Em seguida, de acordo com a significância da análise de variância,
procedeu-se, para os fatores qualitativos, ao desdobramento ou o das
interações por meio de testes de média de Tukey ao nível de 5% de
probabilidade.
Também, quando significativo, o fator quantitativo época de plantio de
quiabo, foram feitas análises de regressão a fim de determinar variações nas
caractesticas analisadas em função das épocas de plantio tanto em consórcio
23
como em monocultivo. Os modelos de regressão foram escolhidos com base na
significância dos coeficientes de regressão, utilizando-se o teste de t, de Student,
a 5% de probabilidade, no coeficiente de determinação e no potencial para
explicar o femeno biológico em questão.
A análise estatística dos dados referentes a avaliação econômica foi
descritiva.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resumos das análises de variância para as características avaliadas
estão apresentados nas tabelas 1A a 7A, em Anexos.
6.1 - Quiabo
6.1.1 – Massa média, massa total e produtividade
A massa média, massa total e produtividade de frutos de quiabo foram
maiores no cultivo consorciado (Figuras 2, 4 e 6). Houve redução significativa
nos valores dessas variáveis em função da elevação dos intervalos de tranplantio
de quiabo em relação ao plantio direto da cebola, tanto em consórcio quanto em
monocultivo, havendo como conseqüência maiores valores quando se plantou o
quiabo simultaneamente à cebola (Figuras 1, 3 e 5). Também atingiram elevados
valores de biomassa, os plantios de quiabo efetuados aos 15 dias após a cebola,
nos dois sistemas de cultivo estudados.
Observou-se ainda que para cada dia em que o quiabo foi transplantado
após o plantio da cebola houve uma redução de 0,0741 kg, 1,854 g e 0,0927
24
ton/ha (92,7 kg) na massa total, massa média e produtividade de frutos de
quiabo, respectivamente (Figuras 1, 3 e 5).
Os menores valores de biomassa de frutos de quiabo ocorreram em
monocultivo a 45 dias as o plantio da cebola. Os outros tratamentos, ou seja,
monocultivo – 15 dias, consórcio – 30 dias, monocultivo 30 dias e consórcio –
45 dias, apresentaram valore intermediários.
A redução da massa média, total e a produtividade medida que
aumentou o intervalo de plantio do quiabo em relação ao plantio da cebola
evidencia uma maior competão interespecífica principalmente por luz. Ou seja,
o sombreamento exercido pela cebola proporcionou que a luz atingisse apenas
parcialmente ou de forma praticamente nula as fileiras de quiabo, acrescida da
competição por água, nutrientes, e espaço (Bezerra Neto et al., 2003, Teixeira et
al., 2005, Montezano e Peil, 2006).
O cultivo consorciado evidencia geralmente maiores produtividades
comparadas ao monocultivo (Negrini, 2007). Cecílio Filho et al. (2007)
constataram maiores rendimentos nos cultivos consorciados de rabanete com
alface. No caso da presente pesquisa, provavelmente a cebola permitiu um
melhor ambiente ao crescimento do quiabeiro, por meio de uma menor
exposição do solo a agentes erosivos, de uma melhor estruturação do solo. Visto
a aplicação da adubação orgânica, e de uma melhor disponibilidade de água e
nutrientes, propiciana maior produtividade do quiabeiro. Também, a cebola pode
ter inibido o crescimento e desenvolvimento de plantas daninhas, minimizando,
assim, os efeitos indesejáveis destas quanto à competição por água, luz e
nutrientes.
Apesar de muitos trabalhos demonstrando a viabilidade de conrcio
comparado a monocultivos, alguns outros indicam maior rendimento de
hortaliças em cultivo solteiro como relatado por Cecílio Filho et al. (2007),
comparando cultivo solteiro e consórcio de rabanete e alface com o plantio do
25
rabanete 14 dias após o transplantio de alface; Herédia e Vieira (2004),
trabalhando consórcio vs solteiro de cebolinha e espinafre e Herédiarate et al.
(2006), estudando o consórcio vs solteiro de cenoura e Taro chinês.
0
1
2
3
4
5
6
0153045
Dias após o plantio da Cebola
Massa Total - kg
Y=4,8553 - 0,0741**X R
2
=0,9763
Figura 1 – Massa total de frutos de quiabo em consórcio, implantado a 0, 15, 30
e 45 dias após o plantio da cebola. UNIMONTES, Janaúba, MG,
2007.
26
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
Massa Total - kg
Com Consórcio Sem Consórcio
A
B
Figura 2 – Massa total de frutos de quiabo em monocultivo e em consórcio com
a cebola. UNIMONTES, Janaúba, MG, 2007.
27
0
20
40
60
80
100
120
140
0153045
Dias após o plantio da cebola
Massa Média - g
Y=121,38 - 1,8542**X R
2
=0,9763
Figura 3 – Massa média de frutos de quiabo em consórcio, implantado a 0, 15,
30 e 45 dias as o plantio da cebola. UNIMONTES, Janaúba, MG,
2007.
28
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Massa Média - g
Com Consórcio Sem Consórcio
A
B
Figura 4 – Massa média de frutos de quiabo em monocultivo e em consórcio
com a cebola. UNIMONTES, Janaúba, MG, 2007.
29
0
1
2
3
4
5
6
7
0 153045
Dias após o plantio da cebola
Produtividade - ton/ha
Y=6,0691 - 0,0927**X R
2
=0,9763
Figura 5 – Produtividade de frutos de quiabo em consórcio, implantado a 0, 15,
30 e 45 dias as o plantio da cebola. UNIMONTES, Janaúba, MG,
2007.
30
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
Produtividade - Ton/ha
Com Consórcio Sem Consórcio
A
B
Figura 6 – Produtividade dos frutos de quiabo em monocultivo e em consórcio
com a cebola. UNIMONTES, Janaúba, MG, 2007.
6.1.2 - Diâmetro
Os diâmetros de frutos de quiabo não diferiram significativamente em
função da produção em consórcio e monocultivo. A média geral para essa
variável foi de 1,56 cm (tabela 4). Alguns autores também não detectaram
diferença significativa para o diâmetro em estudos consorciados como Bezerra
Neto et al; (2003) em cultivares de cenoura consorciados com alface e Piveta et
al. (2007) em consórcio de rúcula com alface sob diferentes sistemas de
produção ornico e biodimico.
31
TABELA 4 - Valores médios para o diâmetro, em cm, massa seca, em %,
lidos solúveis totais (SST), em
o
Brix acidez total titulável
(ATT), em eq.mg.ác.cítrico 100mL, e relação SST/ATT de
frutos de quiabo em consórcio com cebola e em monocultivo.
UNIMONTES, Janaúba, MG, 2007.
Tratamentos Diâmetro Matéria Seca SST ATT
Relação
SST/ATT
T2 1,63 a 9,18 a 0,51 a 0,68 a
0,82 a
T3 1,64 a 10,35 a 0,50 a 0,56 a 0,92 a
T4 1,60 a 9,22 a 0,37 a 0,55 a 0,69 a
T5 1,63 a 9,12 a 0,46 a 0,52 a 0,98 a
T6 1,63 a 9,05 a 0,53 a 0,82 a 0,65 a
T7 1,60 a 8,48 a 0,43 a 0,56 a 0,78 a
T8 1,58 a 8,20 a 0,64 a 0,68 a 1,16 a
T9 1,20 a 5,83 a 0,53 a 0,72 a 0,82 a
Média 1,56 8,68 0,50 0,63 0,85
T2 – quiabo e cebola plantados no mesmo dia; T3 - quiabo 15 dias após a
cebola; T4 - quiabo 30; T5 - quiabo 45 dias as a cebola; T6 – monocultivo de
quiabo no mesmo dia do plantio da cebola; T7 – monocultivo de quiabo 15 dias
após o plantio da cebola; T8 – monocultivo de quiabo 30 dias após a cebola; T9
– monocultivo de quiabo 45 dias as a cebola.
6.1.3 – Matéria Seca
Não houveram diferenças significativas para matéria seca entre os
tratamentos em monocultivo e em consórcio. A média geral da matéria seca foi
de 8,68 % (Tabela 4). Autores como Piveta et al.,(2007) e Mota et al., (2007)
também não detectaram diferença significativa para a matéria seca, sendo que
aqueles trabalharam com diferentes sistemas orgânico e biodinâmico em
consórcio de rúcula com alface, e estes com sistemas solteiro e consorciado de
cenoura com marcela.
32
6.1.4 – Sólidos Solúveis Totais (SST)
Os SST acumulados em frutos de quiabo não diferiram entre os
tratamentos em monocultivo e em consórcio, alcançando uma média geral de
0,50 ºBrix (tabelas 4). No consórcio de alface com beterraba, verificou-se que
em populações de alface Barros Júnior et al. (2005) também não verificaram
diferença significativa no teor de SST, já para cenoura houve redução dessa
característica quando elevou a população. Em alface, Bezerra Neto et al. (2005)
também verificou redução do teor de SST com aumento da densidade plantas, no
consórcio de alface com cenoura.
6.1.5 Acidez Total Tituvel (ATT)
A acidez não diferiu de forma significativa para tratamentos em
monocultivo e em consórcio, tendo-se uma média geral de 0,63 (Tabelas 4).
Alguns autores também não detectaram diferença significativa para a acidez em
estudos consorciados como Bezerra Neto et al. (2003) em cultivares de cenoura
consorciados com alface. Em alface, Barros Júnior et al. (2005) também não
verificaram diferença significativa no teor de acidez, enquanto para cenoura
houve redão do teor de acidez com a elevação da população.
6.1.6 – Relação SST / Acidez
A relação SST/Acidez não alterou significativamente entre monocultivo
e consórcio, havendo uma média de 0,85 (Tabelas 4). Também alface e cenoura,
33
estudadas por Bezerra Neto et al. (2005), não apresentaram variações da relação
SST/acidez em diferentes densidades de plantio.
6.2 – Cebola
6.2.1 – Massa de cebola após a colheita, a primeira e segunda cura
Tanto em consórcio quanto em monocultivo, as massas de cebola
avaliadas em três épocas – logo após a colheita e após a primeira e a segunda
cura – não diferiram significativamente, registrando-se médias de 14,14, 11,06, e
8,48 g respectivamente (Tabela 5). Bezerra Neto et. al, (2003) verificaram que
no cultivo solteiro de cenoura, a massa da parterea foi superior às detectadas
no cultivo consorciado.
6.2.2 – Perda de água após a primeira e a segunda cura.
A perda de água entre os tratamentos na primeira e na segunda cura da
cebola não alterou significativamente, estimando-se valores de médios de 22,28
e 40,69%, respectivamente. (Tabela 5). Segundo Resende et al. (2005) a
desidratação pode ser mais acentuada, podendo atingir taxas de 30 a 100%, em
bulbos de maior tamanho, sendo a dimensão do bulbo uma característica
altamente relacionada com genótipo e espaçamentos, principalmente os menos
adensados.
6.2.3 – Produção comercial, comprimento e diâmetro.
34
TABELA 5 - Valores médios de massa de bulbos de cebola após a colheita
(PC), a 1
a
(PC1) e a 2ª cura (PC2), massa de água perdida após
1ª (PA1) e 2ª cura (PA2) de bulbos de cebola, produção das
classes 1 (P1), 2 (P2), 3 (P3), 3ch (cheio) (PCH3), 4 (P4) e 5
(P5), massa total (MT), produtividade (PDT), altura total (AT),
comprimento (COM), matéria seca (MS), diâmetro (DIA),
Rao de Área Equivalente (ERA),lidos solúveis totais
(SST), Acidez total titulável (ATT), relação SST/acidez (RBA)
de cebola em monocultivo e em consórcio com quiabo 0, 15, 30
e 45 dias após o transplante da cebola. UNIMONTES, Janaúba,
MG, 2007.
Características Monocultivo
Quiabo 0
dias
Quiabo
15 dias
Quiabo
30 dias
Quiabo
45 dias
Média
Variáveis
Físicas
PC – kg 14,52 a 13,65 a 13,30 a 14,50 a 14,75 a 14,14
PC1 – kg 11,25 a 10,77 a 10,22 a 11,25 a 11,82 a 11,06
PA1 - % 22,30 a 21,10 a 24,37 a 23,42 a 20,22 a 22,28
PC2 – kg 9,15 a 7,95 a 7,57 a 9,00 a 8,75 a 8,48
PA2 - % 36,84 a 41,71 a 45,58 a 38,95 a 40,39 a 40,69
P1 – kg 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
P2 kg 0,05 a 0,08 a 0,13 a 0,41 a 0,43 a 0,22
P3 kg 0,89 a 1,54 a 1,84 a 2,47 a 1,45 a 1,64
PCH3 – kg 3,45 a 2,20 a 2,74 a 2,10 a 2,37 a 2,57
P4 kg 2,75 a 2,45 a 1,36 a 2,52 a 2,60 a 2,34
P5 kg 1,65 a 1,33 a 1,10 a 1,15 a 1,45 a 1,33
MT – g 8,80 a 7,64 a 7,19 a 8,66 a 8,30 a 8,12
PDT ton/ha 11,00 a 9,55 a 8,99 a 10,83 a 10,38 a 10,15
AT 77,97 a 77,77 a 80,29 a 80,27 a 78,09 a 78,88
COM cm 5,89 a 6,21 a 6,48 a 6,26 a 6,17 a 6,20
MS g 5,77 a 5,40 a 5,86 a 6,38 a 5,46 a 5,77
DIAcm 5,67 a 6,02 a 6,15 a 6,02 a 6,50 a 6,07
ERA 2,53 2,31 1,89 2,55
Variáveis
Químicas
SST -
o
Brix 8,50 a 8,75 a 8,75 a 9,62 a 10,00 a 9,12
ATT –
eq.mg.ác.cítrico
100mL
0,10 a 0,14 a 0,13 a 0,11 a 0,14 a 0,12
RBA 82,37 a 62,52 a 67,16 a 83,25 a 70,42 a 73,14
35
Verificou-se pelos resultados que não houveram diferenças
significativas entre o monocultivo e os cultivos consorciados para produção
comercial, comprimento e diâmetro (Tabela 5). Não houve produção de cebola
de classe 1, enquanto para as de classes 2, 3, 3 ch (cheio), 4 e 5 as produções
dias foram respectivamente de: 0,22, 1,64, 2,57, 2,34, e 1,33. O comprimento
e diâmetro médios dos bulbos foram de 6,20 cm e 6,07 cm. As maiores
produções ficaram concentradas nas classes 3 ch, 4, e 3. A prodão de classe 4
foi favorecida pela densidade populacional estudada, 250.000 plantas ha
-1
.
Resende et al., (2005) verificaram que produção de bulbos de classes 2 e 3 é
desfavorecida por maior densidade populacional.
6.2.4 – Massa total, massa seca e produtividade
A massa total, percentual de massa seca, e produtividade na foram
influenciadas significativamente pelos monocultivo e consórcio, atingindo
dias de 8,12 g; 5,77 % e 10,15 t.ha
-1
, respectivamente. (Tabela 5). Diversos
consórcios de hortaliças apresentaram resultados inferiores ao monocultivo
como Bezerra Neto et al. (2003) e Negreiros et al., (2002) trabalhando com o
consórcio alface-cenoura; Oliveira et al., (2004) e Oliveira et al., (2005) com
repolho-rabanete. Entretanto, outros autores verificaram maiores rendimentos
nos cultivos consorciados como Cecílio Filho e May (2002) trabalhando com
consórcio alface-rabanete, e Oliveira et al., (2004) testando consórcio de
inhame-crotalária.
6.2.5 – Razão de área equivalente (RAE)
36
A rao de área equivalente dos consórcios quiabo-cebola foram
maiores que 1 (Tabela 5). Portanto, o consórcio constituiu técnica favorável a
um melhor aproveitamento dos recursos ambientais, comparado ao sistema
solteiro. De todas as épocas de estabelecimento de consórcio, a maior vantagem
agronômica ocorreu quando se transplantou o quiabo junto com a cebola, 155%
de eficncia; e o menor valor de razão de área equivalente ocorreu
transplantando-se quiabo aos 30 dias após o plantio da cebola, 89%. Diversos
autores também verificaram maior eficiência do sistema de cultivo consorciado
de hortaliças, entre eles, Bezerra Neto et al. (2003), Negreiros et al. (2002) e
Oliveira et al.; (2004) trabalhando com consórcio cenoura-alface, Cecílio Filho
et al. (2007) trabalhando com consórcio rabanete-alface, Herédia e Vieira (2004)
trabalhando com cebolinha solteira e espinafre.
6.2.6 – Sólidos Solúveis Totais (SST)
A característica SST nos bulbos de cebolao variou significativamente
em função de sistema consorciado e monocultivo, atingindo uma média geral de
9,12º Brix ( Tabela 5). Tal valor foi diferiu de 8,16º Brix, obtido por Chagas et
al. (2004) em cultivar Texas grano; e de 8,4º Brix, detectado por Miguel e
Durigan (2007) em bulbos de cebola Superex. Avaliando densidades
populacionais em consórcio de alface com cenoura, Barros Júnior et al. (2005)
não verificaram diferença significativa no teor de SST em alface, enquanto para
cenoura esses autores constataram diminuição da mencionada característica com
a elevação no número de plantas. Trabalhando também com consórcio de alface
com cenoura e contrários a esses resultados, Bezerra Neto et al., (2005)
verificaram menor SST sob maior densidade de plantas de alface.
37
6.2.7 Acidez Total Tituvel (ATT)
A acidezo foi afetada significativamente pelo consórcio ou
monocultivo, atingindo uma dia de 0,12 eq.mgc.cítrico em 100 mL ( Tabela
5). Esse valor foi inferior ao constatado por Chagas et al., (2004) e por Miguel e
Durigan (2007), respectivamente de 0,19 e 0,15 ordenado às cultivares Texas
grano e Superex. Bezerra Neto et al., (2005) verificou que a acidez diminuiu em
resposta ao aumento da densidade populacional da alface, constatando um
resultado contrário em cenoura. Outros autores não detectaram efeito
significativo de consórcio sobre a acidez de hortalas como Bezerra Neto et al.,
(2003) e Barros Júnior et al., (2005) avaliando consorciamento de alface com
cenoura.
6.2.8 – Relação SST / Acidez
A relação SST/Acidez não diferiu significativamente entre os
tratamentos em monocultivo e em consórcio, atingindo um valor médio de 73,14
(Tabela 5). Testando consórcio e densidade populacional de alface e cenoura,
Bezerra Neto et al., (2005) e Barros Júnior et al., (2005) não constataram
alteração da relação SST/Acidez.
6.3 – Avaliação agroeconômica: sistema convencional
As rendas brutas obtidas nos consórcios de quiabo transplantados após
0, 15, 30, 45 dias em relação ao plantio da cebola foram de R$ 15052,60;
11602,14; 11871,44 e 10561,32; respectivamente (Tabela 6). Já as rendas
38
ABELA 6 – Indicadores econômicos do sistema consorciado de Cebola com
Quiabo com quatro épocas de transplantio de quiabo em relação ao plantio da
cebola. UNIMONTES, 2007.
Tratamentos RAE
RB R$/ha RL R$/ha VM R$/ha
VMC
R$/ha
TR IL %
T 1 8800,00 4206,73 1,91 47,80
T 2 2,53 15052,60 9174,88 9102,95 5548,44 2,56 60,95
T 3 4610,09 2348,19 2,03 50,93
T 4 2,31 11602,14 5724,42 6579,57 3246,31 1,97 49,33
T 5 3732,36 1470,46 1,65 39,39
T 6 1,89 11871,44 5993,71 5590,25 2822,43 2,01 50,48
T 7 3190,93 929,02 1,41 29,11
T 8 2,55 10561,32 4683,60 6419,62 2846,89 1,79 44,34
T 9 1519,02 -742,88
0,67 -
48,90
T1 – monocultivo de cebola; T2 – quiabo e cebola plantados no mesmo dia; T3 -
quiabo 15 dias as a cebola; T4 - quiabo 30; T5 - quiabo 45 dias após a cebola;
T6 – monocultivo de quiabo no mesmo dia do plantio da cebola; T7
monocultivo de quiabo 15 dias após o plantio da cebola; T8 – monocultivo de
quiabo 30 dias após a cebola; T9 – monocultivo de quiabo 45 dias as a cebola.
líquidas nos mesmos períodos de transplantio do quiabo foram de R$ 9174,88;
5724,42; 5993,71 e 4683,60, respectivamente. Estes resultados indicam
superioridade quando se estabeleceu consórcio transplantando quiabo em mesma
data de plantio da cebola. Alguns autores também fizeram a avaliação
econômica de cultivos consorciados de hortaliças como Oliveira et al. (2004)
que obtiveram maiores rendas bruta e líquida em consórcio cenoura Alvorada x
alface Lucy Brown (R$ 39452,29 e R$ 21272,67) e cenoura Brasília x alface
Maravilha (R$ 38958,28 e R$ 23307,15). Cecílio Filho e May (2002) também
observaram maiores receitas brutas nos conrcios de alface e rabanete a (0)
39
zero, (7) sete e (14) quatorze dias após o transplantio da alface, com rendas: R$
26660,55; 26540,61 e 22854,08; respectivamente.
A cebola apresentou pior desempenho transplantando quiabo 45 dias
após o seu transplantio com valores de RB, RL, TR, e IL de R$ 1519,02, R$
742,88, 0,67; -48,90%, respectivamente. Os outros monocultivos, com
transplantio do quiabo a 15 e 30 dias após o plantio da cebola, apresentaram
resultados intermediários de indicadores econômicos citados anteriormente.
Todos os resultados expressam a vantagem do uso eficiente da terra, em termos
monetários, indicando que a superioridade agronômica deles traduziu-se em
vantagens econômicas (OLIVEIRA et al., 2004).
No monocultivo da cebola valores de renda bruta, renda líquida, taxa de
retorno e índice de lucratividade foram de R$ 8800,00; R$ 4206,73; 1,91; e
47,80 %, respectivamente. Também em monocultivo, os melhores resultados da
cultura do quiabo ocorreram ao se transplantar quiabo na mesma data do plantio
da cebola. Nessa situação, os valores de renda bruta, renda líquida, taxa de
retorno e índice de lucratividade foram de R$ 4610,09; R$ 2348,19; 2,03; e
50,93 %, respectivamente.
6.4 – Avaliação agroeconômica: utilizando mão de obra familiar.
Nos consórcios de quiabo transplantados após 0, 15, 30, 45 dias em
relação ao plantio da cebola, as rendas brutas obtidas foram de R$ 15052,60; R$
11602,14; R$ 11871,44; e R$ 10561,32; respectivamente (Tabela 7). Entretanto,
as rendas líquidas nos mesmos peodos de transplantio do quiabo foram de R$
11939,60; R$ 8489,14; R$ 8758,44; e R$ 7448,32, respectivamente. Sendo o
melhor tratamento com maiores rendas líquida e bruta o consórcio de quiabo e
cebola a zero (0) dias, ou seja, transplantio do quiabo em conjunto com o plantio
40
TABELA 7 – Indicadores econômicos do sistema consorciado de Cebola com
Quiabo com quatro épocas de transplantio de quiabo em relação
ao plantio da cebola. UNIMONTES, Janaúba, MG, 2007.
Tratamentos RAE RB
R$/ha
RL R$/ha VM
R$/ha
VMC
R$/ha
TR IL
%
T 1 8800,00 5819,79 2,95 66,13
T 2 2,53 15052,60 11939,60 9102,95 7220,39 4,83 79,31
T 3 4610,09 3992,63 7,46 86,45
T 4 2,31 11602,14 8489,14 6579,57 4814,19 3,72 73,16
T 5 3732,36 3114,90 6,04 83,45
T 6 1,89 11871,44 8758,44
5590,25 4124,34 3,81 73,77
T7 3190,93 2573,47 5,16 80,64
T 8 2,55 10561,32 7448,32 6419,62 4527,41 3,39 70,52
T 9 1519,02 901,56 2,46 59,35
T1 – monocultivo de cebola; T2 – quiabo e cebola plantados no mesmo dia; T3 -
quiabo 15 dias as a cebola; T4 - quiabo 30; T5 - quiabo 45 dias após a cebola;
T6 – monocultivo de quiabo no mesmo dia do plantio da cebola; T7
monocultivo de quiabo 15 dias após o plantio da cebola; T8 – monocultivo de
quiabo 30 dias após a cebola; T9 – monocultivo de quiabo 45 dias as a cebola.
da cebola. Herédia e Vieira (2004), ao relacionarem a renda bruta, observaram
que para o produtor de cebolinha, o consórcio de cebolinha com espinafre foi o
melhor, pois induziu incrementos monerios por hectare de: R$ 52698,34. Esses
resultados, obtidos no presente trabalho, são coerentes com Heredia e Vieira
(2004) de que o aumento da produtividade por unidade de área é uma das razões
mais importantes para se cultivar duas ou mais culturas num sistema de
consorciação. Pois, permite melhor aproveitamento da terra e de outros recursos
disponíveis, resultando em maior rendimento econômico.
O menor desempenho foi verificado no monocultivo de quiabo 45 dias
após o transplantio da cebola com valores de: RB, RL, TR, e IL: R$ 1519,02; R$
41
901,56; 2,46; 59,35 %. Os outros monocultivos, ou seja, transplantio do quiabo a
15 e 30 dias após o plantio da cebola obtiveram desempenho intermediário de
indicadores econômicos citados anteriormente.
No monocultivo os melhores resultados foram obtidos com a cebola e
quiabo a zero (0) dias as o plantio da cebola, com valores de renda bruta,
renda líquida, taxa de retorno e índice de lucratividade de: R$ 8800,00; R$
5819,79; 2,95; e 66,13%; respectivamente para o monocultivo de cebola. Com
relação ao monocultivo de quiabo a (0) dias os valores desses indicadores foram:
R$ 4610,09; R$ 2348,19; 2,03; 50,93 %; de RB, RL, TR e IL, respectivamente.
CONCLUSÃO
A eficiência produtiva é maior no consórcio cebola-quiabo que o
monocultivo das duas culturas.
O transplantio de quiabo no mesmo dia do plantio da cebola e o
transplantio de quiabo 15 dias após o plantio da cebola proporciona maior
produção de quiabo, maior rao de área equivalente e maior rendimento
econômico.
O rendimento agroeconômico do quiabo reduz à medida que se aumenta
o intervalo entre o plantio da cebola e o transplantio do quiabo.
O rendimento produtivo e qualitativo da cebolao altera em função do
sistema de cultivo adotado, monocultivo ou consórcio.
42
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BORÉM, A. (eds.). Feijão: Aspectos gerais e cultura no Estado de Minas
Gerais. Viçosa: UFV, 1998. p. 523-558.
48
ANEXOS
TABELA 1A Resumos das análises de variância do diâmetro (DIA), matéria
seca (MS), sólidos soveis totais (SST) e acidez total titulável
(ATT) de frutos de quiabo em dois sistemas de cultivo,
monocultivo e consorciado, em função de quatro épocas de
estabelecimento do consorcio (0, 15, 30 e 45 dias as o
plantio da cebola). UNIMONTES, Janaúba, MG. 2008............
TABELA 2A Resumos das análises de variância da relação brix/acidez
(RBA), massa total (PT), peso dio (PM) e produtividade
(PRD) de frutos de quiabo em dois sistemas de cultivo,
monocultivo e consorciado, em função de quatro épocas de
estabelecimento do consorcio (0, 15, 30 e 45 dias as o
plantio da cebola). UNIMONTES, Janaúba, MG. 2008............
TABELA 3A Resumos das análises de variância do peso após a colheita
(PAC), peso após a primeira cura (PPC), perda de água após a
primeira cura (PAPC) e peso após a segunda cura (PSC) de
bulbos de cebola em monocultivo e consorciado com quiabo
(0, 15, 30 e 45 dias após o plantio da cebola). UNIMONTES,
Janaúba, MG. 2008....................................................................
TABELA 4A Resumos das análises de variância da perda de água após a
segunda cura (PASC), produção de bulbos da classe 2 (PC2),
produção de bulbos da classe 3 (PC3) e produção de bulbos da
classe 3 cheia (PC3CH) de bulbos de cebola em monocultivo
e consorciado com quiabo (0, 15, 30 e 45 dias após o plantio
49
da cebola). UNIMONTES, Janaúba, MG. 2008........................
TABELA 5A Resumos das alises de varncia da produção de bulbos da
classe 4 (PC4), produção de bulbos da classe 5 (PC5), peso
total (PT) e produtividade (PRD) de bulbos de cebola em
monocultivo e consorciado com quiabo (0, 15, 30 e 45 dias
após o plantio da cebola). UNIMONTES, Janaúba, MG.
2008............................................................................................
TABELA 6A Resumos das análises de variância da altura total (AT), altura
da parte aérea (APA), comprimento (COM) e matéria seca
(MS) de bulbos de cebola em monocultivo e consorciado com
quiabo (0, 15, 30 e 45 dias após o plantio da cebola).
UNIMONTES, Janaúba, MG. 2008...........................................
TABELA 7A Resumos das análises de variância do diâmetro (DIA), sólidos
solúveis totais (SST), acidez total tituvel (ATT) relação
lidos solúveis/acidez total (RSA) de bulbos de cebola em
monocultivo e consorciado com quiabo (0, 15, 30 e 45 dias
após o plantio da cebola). UNIMONTES, Janaúba, MG.
2008............................................................................................
50
TABELA 1A – Resumos das análises de variância do diâmetro (DIA), matéria
seca (MS), sólidos solúveis totais (SST) e acidez total titulável
(ATT) de frutos de quiabo em dois sistemas de cultivo, monocultivo
e consorciado, em função de quatro épocas de estabelecimento do
consorcio (0, 15, 30 e 45 dias após o plantio da cebola).
UNIMONTES, Janaúba, MG, 2007.
Tratamentos gl Quadrado Médio
DIA - cm MS - g SST -
o
Brix
ATT
Blocos 3 0,054
ns
17,86
ns
0,021
ns
0,013
ns
Sistema de cultivo (T) 1 0,060
ns
1,70 0,0063 0,068
Épocas após a Colheita (E) 3
0,109
ns
11,21
ns
0,039
ns
0,047
ns
T x E 3 0,075
ns
4,28
ns
0,017
ns
0,032
ns
Resíduo 21 0,087 4,45 0,024 0,047
CV - % 18,84 24,31 31,23 33,95
ns – Fo significativo à 5%
TABELA 2A – Resumos das análises de variância da relação brix/acidez (RBA),
massa total (PT), peso médio (PM) e produtividade (PRD) de frutos
de quiabo em dois sistemas de cultivo, monocultivo e consorciado,
em função de quatro épocas de estabelecimento do consorcio (0, 15,
30 e 45 dias após o plantio da cebola). UNIMONTES, Janaúba, MG,
2007.
Tratamentos gl Quadrado dio
RBA PT - kg PM – g
PRD – ton/ha
Blocos 3 0,046
ns
51,58
*
32243,28
*
80,60
*
Sistema de cultivo (T) 1 0,016
ns
6,33
*
3956,88
*
9,89
*
Épocas após a Colheita (E) 3
0,101
ns
16,90
*
10565,18
*
26,41
*
T x E 3 0,144
ns
2,05
ns
1286,83
ns
3,21
ns
Resíduo 21 0,214 0,76 478,44 1,19
CV - % 54,17 27,45 27,45 27,45
ns – Fo significativo à 5%
* - F significativo à 5%
TABELA 3A – Resumos das análises de variância do peso após a colheita
(PAC), peso após a primeira cura (PPC), perda de água após a
primeira cura (PAPC) e peso após a segunda cura (PSC) de bulbos
de cebola em monocultivo e consorciado com quiabo (0, 15, 30 e 45
dias após o plantio da cebola). UNIMONTES, Janaúba, MG, 2007.
51
Tratamentos gl Quadrado Médio
PAC - kg PPC - kg PAPC - %
PSC - kg
Blocos 3 52,36* 38,22* 20,96
ns
25,10*
Tratamentos 4 1,59
ns
1,43
ns
11,28
ns
1,88
ns
Resíduo 12 0,214 5,87 25,28 3,46
CV - % 17,22 21,89 22,56 21,94
ns – Fo significativo à 5%
* - F significativo à 5%
TABELA 4A – Resumos das análises de variância da perda de água após a
segunda cura (PASC), produção de bulbos da classe 2 (PC2),
produção de bulbos da classe 3 (PC3) e produção de bulbos da
classe 3 cheia (PC3CH) de bulbos de cebola em monocultivo e
consorciado com quiabo (0, 15, 30 e 45 dias após o plantio da
cebola). UNIMONTES, Janaúba, MG, 2007.
Tratamentos Gl Quadrado Médio
PASC -% PC2 - kg PC3 - kg
PC3CH - kg
Blocos 3 50,38 0,28
NS
2,64
*
0,23
ns
Tratamentos 4 42,87
ns
0,13
NS
1,33
NS
1,19
ns
Resíduo 12 36,97
0,15
0,64
1,03
CV - % 14,94 30,49 48,77 39,48
ns – Fo significativo à 5%
* - F significativo à 5%
TABELA 5A – Resumos das análises de variância da produção de bulbos da
classe 4 (PC4), produção de bulbos da classe 5 (PC5), peso total
(PT) e produtividade (PRD) de bulbos de cebola em monocultivo e
consorciado com quiabo (0, 15, 30 e 45 dias após o plantio da
cebola). UNIMONTES, Janaúba, MG, 2007.
Tratamentos Gl Quadrado Médio
PC4 - kg PC5 - kg PT - kg
PRD – ton/ha
Blocos 3 1,28
ns
3,24
ns
24,56
*
38,38
*
Tratamentos 4 1,23
ns
0,20
ns
1,89
ns
2,95
ns
Resíduo 12 0,61
1,60
3,32
5,19
CV - % 33,48 94,00 22,44
22,44
ns – Fo significativo à 5%
* - F significativo à 5%
52
TABELA 6A – Resumos das análises de variância da altura total (AT), altura da
parte aérea (APA), comprimento (COM) e matéria seca (MS) de
bulbos de cebola em monocultivo e consorciado com quiabo (0,
15, 30 e 45 dias após o plantio da cebola). UNIMONTES,
Janaúba, MG, 2007.
Tratamentos Gl Quadrado Médio
AT - cm APA - cm COM - cm
MS - g
Blocos 3 7,13
ns
24,19
ns
0,12
ns
0,13
ns
Tratamentos 4 6,60
ns
150,00
ns
0,17
ns
0,61
ns
Resíduo 12 102,05
56,61
0,59
0,82
CV - % 12,80 13,04 12,46
15,76
ns – Fo significativo à 5%
TABELA 7A – Resumos das análises de variância do diâmetro (DIA), sólidos
solúveis totais (SST), acidez total titulável (ATT) relação sólidos
solúveis/acidez total (RSA) de bulbos de cebola em monocultivo e
consorciado com quiabo (0, 15, 30 e 45 dias após o plantio da
cebola). UNIMONTES, Janaúba, MG, 2007.
Tratamentos Gl Quadrado Médio
DIA - cm SST -
o
Brix ATT RSA
Blocos 3 0,27
ns
0,57
ns
0,00044
ns
283,31
ns
Tratamentos 4 0,35
ns
1,68 0,0012
ns
343,23
ns
Resíduo 12 0,31
0,87
ns
0,00065
219,60
CV - % 9,28 10,22 19,76
20,25
ns – Fo significativo à 5%
* - F significativo à 5%
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