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a direção, ainda, do Dr. Epaminondas em Belo Horizonte e Francisco Lopes em Ouro Preto. Posteriormente, com
transferência desses auxiliares passam as obras de Ouro Preto a serem dirigidas pelo Dr. Eduardo Tecles, ocasião
em que se reconstrói a Casa da Baronesa (...) Em 1944, começamos a assumir o controle das obras em Ouro
Preto, onde foram feitos alguns serviços em casas particulares, na Capela de São Francisco de Assis, Igreja de N.
S. do Carmo, Chafariz da Barra, construção do novo açougue, demolição do velho, fatura da praça nova e Museu
da Independência. Nestas obras, gastou-se a quantia de C$ 123,235, 20. Foram despachados 21 requerimentos de
construções particulares. Em 1947, foram realizadas obras em várias casas particulares (Cr$ 18.974,50), na Casa
dos Contos, Capela de Santa Efigênia. S. Francisco de Assis e São José, nos quais se gastou Cr$ 87.506,30.
Foram despachados 30 requerimentos de construções particulares em 1948 e foram realizadas obras em
6 casas particulares, na Capela de São Francisco de Paula, Sta Efigênia, S. José, Mercês, Casa dos Contos,
Fazenda do Manso e Museu, nas quais se gastou Cr$ 105.626,10.
Em 1949 foram feitas obras em 7 casas particulares (Cr$ 62.709,20), na casa dos Contos, Capela da
Piedade, Mercês, Matriz da Conceição e Santa Efigênia onde foi gasta a importância de Cr$ 181.857,60. Foram
despachados 71 requerimentos de obras particulares.
Em 1950 foram feitas obras em casas particulares com recursos alferidos de particulares no Rio, S.
Paulo e Belo Horizonte (Cr$ 335.692,20) e na Matriz de Antônio Dias (Cr$ 110.156,90), com o gasto total de
Cr$ 445.849,10. Foram repassados 55 requerimentos de obras particulares. Em 1951 foram feitas, no plano
acima, obras em sete casas particulares (Cr$ 56.517,00), na Matriz do Pilar e na de Cachoeira, com gasto total de
Cr$ 173.750,50. Foram despachados 44 requerimentos de obras particulares.
Em 1952 foram feitas obras em várias casas particulares (Cr$ 36.251,50), Matriz de Cachoeira, Capela
de Sant’Anna, Matriz de Itatiaia, asilo de Ouro Preto, S. Francisco de Assis, S. Francisco de Paula e Capela do
Padre Faria, gastando-se a quantia total de Cr$ 253.060,30. Foram despachados 77 requerimentos de obras
particulares.
Em 1953 foram feitas obras em 24 casas particulares, (Cr$ 213.722,20), Matriz de Cachoeira, Capela de
Sant’Anna, Matriz de Itatiaia e Fórum de Ouro Preto (Cr$93.228, 50) no total de Cr$ 410.334,40. Foram
despachados 65 requerimentos de obras particulares.
Releva acrescentar aos serviços da DPHAN, em Ouro Preto, a construção do Grande Hotel, a atuação
pela permanência da Escola de Minas e do Batalhão na Cidade, o auxílio à construção da capela Metodista e a
obtenção de recursos particulares para o conjunto arquitetônico da cidade. Convém ainda salientar que até 1951,
de nossas verbas gerais para todo o Estado, 1/3 foi sempre reservado apenas para Ouro Preto, que se tem
beneficiado, como nenhum outro local do Brasil, salvo Salvador em seu quarto centenário, pela ação incansável
e constante desta repartição. Atenciosamente, Sylvio de Vasconcellos/Chefe do Distrito . (Grifos meus)
A partir do documento acima, ficamos informados que as ações realizadas em Ouro
Preto pelo SPHAN foram iniciadas ainda em 1936, antes da promulgação do decreto-lei,
confirmando que houve uma continuidade em relação às ações da Inspetoria. Outro dado
importante refere-se à informação de que um terço dos recursos destinados a Minas Gerais
eram dedicados exclusivamente a Ouro Preto, demonstrando com inegável clareza a
predileção pela cidade, no planejamento geral do órgão estadual e nacionalmente.