Download PDF
ads:
Universidade de São Paulo
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Relação solo-relevo-substrato geológico na planície costeira de
Bertioga (SP)
Vanda Moreira Martins
Tese apresentada para obtenção do título de Doutor em
Agronomia. Área de concentração: Solos e Nutrição de
Plantas
Piracicaba
2009
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
3
Vanda Moreira Martins
Bacharel em Geografia
Relação solo-relevo-substrato geológico na planície costeira de Bertioga (SP)
Orientador:
Prof. Dr. PABLO VIDAL TORRADO
Tese apresentada para obtenção do título de Doutor em
Agronomia. Área de Concentração: Solos e Nutrição de
Plantas
Piracicaba
2009
ads:
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
DIVISÃO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - ESALQ/USP
Martins, Vanda Moreira
Relação solo-relevo-substrato geológico na planície costeira de Bertioga (SP) / Vanda
Moreira Martins. - - Piracicaba, 2009.
273 p. : il.
Tese (Doutorado) - - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 2009.
Bibliografia.
1. Espodossolos - Propriedades físico-químicas 2. Geologia 3. Geomorfologia 4.
Pedologia 5. Restinga I. Título
CDD 631.4
M379r
“Permitida a cópia total ou parcial deste documento, desde que citada a fonte – O autor”
3
Àqueles que em nome do trabalho e da pesquisa
abdicaram de momentos e pessoas importantes,
dedico.
4
AGRADECIMENTOS
À Universidade de São Paulo, por meio da Escola Superior de Agricultura ―Luiz
de Queiroz‖ e do Programa de Pós-graduação em Solos e Nutrição de Plantas pela
oportunidade de realização do curso de doutorado.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e ao
Programa de Pesquisa e s-Graduação (PRPPG) da Universidade Estadual do Oeste
do Paraná (UNIOESTE) pela concessão da bolsa de estudos via Programa Individual
de Capacitação Docente (PICDT).
Ao Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras (CCHEL) e ao Colegiado do
Curso de Geografia pela aprovação do afastamento integral das atividades docentes
durante o período de realização do curso do doutorado.
Ao meu orientador e mestre, Professor Dr. Pablo Vidal Torrado, pela
oportunidade profissional, ensinamentos, amizade e, sobretudo, pela generosidade,
paciência e confiança.
Ao Professor Dr. Álvaro Pires da Silva, pelo apoio, oportunidade, aprendizado,
respeito, amizade e auxílio administrativo.
Ao pesquisador da Embrapa Solos-RJ Maurício Rizzato Coelho pelo auxílio
técnico e contribuição científica nas diversas etapas do desenvolvimento desta
pesquisa.
À pesquisadora do Instituto Geológico do estado de São Paulo, Célia Regina de
Gouveia Souza pela co-orientação, idéias, discussões e preciosas informações
científicas para o desenvolvimento desta pesquisa.
Ao Professor Dr. Igo Lepsch pelo inestimável incentivo profissional, contribuições
científicas e auxílio na tradução e correção do resumo e da tese.
Aos laboratórios e pesquisadores do IGc-USP/SP, da Embrapa-Solos (RJ),
FATEC-SP e CENA-USP pelas informações técnico-científicas e realização das
análises de laboratório.
Aos técnicos e funcionários dos laboratórios do Departamento de Ciência do
Solo pelo auxílio profissional, entre eles, Luiz Silva Júnior e Anderson Scarazate;
Às secretárias do Departamento de Ciência do Solo Flávia, Marta, Cristina,
Nancy e Camila que auxiliaram na parte administrativa durante a execução deste
5
trabalho.
Ao técnico agrícola Dorival Grisotto por sua insubstituível contribuição, esforço,
respeito e companheirismo nas atividades de campo.
Aos amigos do grupo de gênese, Valdomiro, Tiago, Felipe, Rafael, Flávio,
Fernando, Daniel, Gabriel, Ingrid e Alexandre pela amizade, salutar convívio e ajuda
pessoal e profissional.
À Josiane Milani Lopes (também do grupo de gênese) pela ajuda profissional,
dedicação e amizade, imprescindíveis no último ano deste trabalho.
Aos dedicados colegas de pós-graduação, Rodinei Rizzo e Marco Bortoletto pela
edição dos mapas de solo, geologia e geomorfologia.
À Marta Gonzalez pela tradução do resumo para a Língua Inglesa;
À minha amiga Márcia Regina Calegari pela paciência, apoio, amizade,
discussões e auxílio durante esta etapa da minha vida.
Aos meus queridos amigos da fertilidade Adilson Oliveira Jr. (hoje pesquisador
da Embrapa-Soja-PR) e Gean Carlos Matias pela companhia e momentos de alegria,
mesmo nas horas mais difíceis.
Aos meus queridos mestres e amigos Prof
a
. Dra Maria Teresa de Nóbrega e
Prof. Dr. Nelson V. Lovatto Gasparetto pela oportunidade de ingressar na vida
acadêmica e científica ainda durante a graduação e, sobretudo, pelo incondicional
apoio.
Ao meu amigo, Prof. Dr. José Edézio da Cunha, diretor do CCHEL-UNIOESTE-
MCR pela ajuda profissional e pessoal;
Aos meus queridos pais, Lourdes e Joaquim, que embora não tenham
consciência do que representa o caminho pelo qual me guiaram, sempre me
incentivaram a estudar.
Ao meu companheiro, Edson José Gomes pela infinita paciência e amor a mim
dedicados.
E a todas as pessoas que contribuíram para a realização deste trabalho.
MUITO OBRIGADA!
6
SUMÁRIO
RESUMO.................................................................................................................... 9
ABSTRACT................................................................................................................. 10
LISTA DE QUADROS................................................................................................ 11
LISTA DE FIGURAS................................................................................................... 12
LISTA DE TABELAS............................................................................................... ... 15
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS................................................. 16
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 18
2 A PLANÍCIE COSTEIRA DE SUDESTE................................................................. 23
2.1 A planície costeira paulista e os principais aspectos fisiográficos da planície
costeira de Bertioga................................................................................................... 26
2.1.1 Geomorfologia................................................................................................... 29
2.1.2 Geologia............................................................................................................ 30
2.1.3 Solos.................................................................................................................. 32
2.1.4 Vegetação e clima............................................................................................. 33
3 MATERIAL E MÉTODOS........................................................................................ 34
3.1 A área de estudo.................................................................................................. 34
3.2 Compartimentação fisiográfica............................................................................. 34
3.2.1 Materiais cartográficos....................................................................................... 34
3.2.2 Fotointerpretação .............................................................................................. 36
3.2.3 A investigação de campo, a compartimentação, taxonomia e mapeamento
(relevo, solo e geologia)............................................................................................. 37
3.2.3.1 Geologia/Geomorfologia................................................................................. 38
3.2.3.2 Solos............................................................................................................... 41
3.3 Análises químicas e físicas para fins de classificação......................................... 42
3.3.1 Dissoluções seletivas........................................................................................ 45
3.3.2 Distribuição e freqüência do tamanho das partículas (fração areia), classe
textural e grau de seleção.......................................................................................... 45
3.4 Identificação dos minerais pesados e índice ZTR................................................ 47
3.5 Datação por termoluminescência (TL) e luminescência opticamente estimulada
(LOE) dos grãos de quartzo....................................................................................... 48
3.6 Datação por
14
C.................................................................................................... 49
4 OS COMPARTIMENTOS FISIOGRÁFICOS DA PLANÍCIE COSTEIRA DE
BERTIOGA: ORIGEM, CARACTERIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL............. 50
4.1 As unidades geológicas quaternárias (UGQs) .................................................... 50
7
4.1.1 Os Depósitos continentais coluviais..................................................................
54
4.1.2 Os depósitos continentais .................................................................................
56
4.1.3 Os depósitos fluviomarinhos..............................................................................
61
4.1.4 Os depósitos fluviolagunares.............................................................................
64
4.1.5 Os depósitos marinhos......................................................................................
66
4.1.5.1 Características granulométricas.....................................................................
66
4.1.5.2 Os parâmetros estatísticos granulométricos..................................................
69
4.1.5.3 Parâmetros estatísticos granulométricos do PC84.........................................
76
4.1.5.4 Considerações sobre os parâmetros estatísticos granulométricos nos
depósitos marinhos.....................................................................................................
84
4.1.6 Minerais pesados nas assembléias dos sedimentos marinhos.........................
85
4.1.7 A distribuição dos minerais pesados dos depósitos marinhos..........................
89
4.1.8 Os índices de maturidade mineralógica: iZTR, iINS e iMET.............................
94
4.1.9 Cronologia dos depósitos marinhos e continentais...........................................
97
4.1.10 Considerações sobre a cronologia dos depósitos quaternários......................
108
4.2 As unidades geomorfológicas quaternárias (UGEs).............................................
109
4.2.1 Praias (Ap).........................................................................................................
110
4.2.2 Terraços marinhos holocênicos (Atmh).............................................................
111
4.2.3 Terraços marinhos pleistocênicos baixos (Atmpb)............................................
116
4.2.4 Terraços marinhos pleistocênicos altos (Atmpa)...............................................
117
4.2.5 Planície fluviomarinha (Apfm)............................................................................
120
4.2.6 Planície fluvial (Apf)...........................................................................................
120
4.2.7 Terraços fluviais baixos + planície fluvial (Atfb+Apf).........................................
121
4.2.8 Depressões fluviolagunares preenchidas por sedimentos orgânicos (Adfl)......
122
4.2.9 Rampas de colúvio (Arc)...................................................................................
124
4.2.10 Terraços colúvio-aluviais altos (Atca)..............................................................
125
4.3 As unidades de mapeamento de solos: principais atributos morfológicos e
físico-químicos dos solos na planície costeira...........................................................
126
4.3.1 Organossolos.....................................................................................................
126
4.3.2 Neossolos..........................................................................................................
131
4.3.3 Espodossolos....................................................................................................
134
4.3.4 Gleissolos..........................................................................................................
140
4.3.5 Cambissolos......................................................................................................
141
5 RELAÇAO ENTRE OS SEDIMENTOS, AS FORMAS DO RELEVO E OS SOLOS ....
143
8
5.1 A distribuição espacial dos solos nos depósitos continentais e fluviomarinhos...
143
5.2 A distribuição espacial dos solos nos terraços marinhos holocênicos.................
145
5.3 A distribuição espacial dos solos nos terraços marinhos pleistocênicos..............
147
5.4 A degradação dos Espodossolos e a evolução da paisagem..............................
149
5.5 As características pedológicas e a influência na evolução cronológica dos
depósitos sedimentares da planície costeira.............................................................
158
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................
164
REFERÊNCIAS..........................................................................................................
167
ANEXOS.....................................................................................................................
179
APÊNDICE.................................................................................................................
250
9
RESUMO
Relação solo-relevo-substrato geológico na planície costeira de Bertioga (SP)
O conhecimento do relevo, geologia, cronologia e dos solos nos ambientes
costeiros, constitui importante elemento para a interpretação, reconstituição e
conservação dos mesmos. Em Bertioga-SP, alguns setores das unidades
morfoestratigráficas pleistocênicas e holocênicas, que formam as planícies do litoral
paulista, encontram-se preservados na paisagem. A busca pela compreensão da
relação entre os solos, o relevo, a natureza e a cronologia dos sedimentos costeiros,
acrescida do interesse em estudar os Espodossolos desenvolvidos sobre esses
sedimentos direcionaram os objetivos deste trabalho. Para tanto, identificou-se e
caracterizou-se os solos e os sedimentos sobre os quais eles se desenvolveram. A
fotointerpretação, os trabalhos de campo, as análises químicas, geocronológicas
(datações por TL, LOE e
14
C) e a granulometria dos solos/sedimentos auxiliaram na
identificação, delimitação espacial, bem como o desenvolvimento de teorias sobre a
evolução dos solos sobre os depósitos sedimentares. Depósitos continentais, fluviais e
marinhos foram identificados. Também foi registrada a influência das formas de relevo e
da profundidade do lençol d’água na dinâmica evolutiva e distribuição espacial dos
solos em cada unidade geomorfológica. Os Espodossolos, Neossolos, Organossolos,
Gleissolos e Cambissolos foram as principais Ordens de solos identificadas. As
diferenças topográficas, geomorfológicas e geológicas dos ambientes condicionam a
quantidade de água, a fisionomia da vegetação e o conteúdo matéria orgânica nas seis
principais unidades geomorfológicas identificadas na planície costeira: (a) depressões
―fluviolagunares‖ caracterizadas por sedimentos orgânico-pelítico-psamíticos e
Organossolos e Gleissolos; (b) terraços marinhos arenosos com predomínio de
Espodossolos com ou sem horizontes cimentados (ortstein) e horizontes plácicos; (c)
cristas praiais arenosas com Neossolos Quartzarênicos e Espodossolos destituídos de
horizontes cimentados (ortstein); (d) rampas de colúvio, psamíticas, com Cambissolos;
(e) planície fluvial de granulometria variada com Gleissolos e Neossolos Flúvicos e (f)
planícies de maré, psamíticas e pelíticas, onde predominam os Organossolos e
Gleissolos. Além dessas unidades, as praias recentes e os setores dominados pelos
depósitos continentais colúvio-aluviais indiferenciados também foram abordados como
unidades geomorfológicas individuais. A topografia das unidades geomorfológicas de
origem marinha, além de indicar a cronologia dos depósitos, influencia no
desenvolvimento de diferentes classes de Espodossolos. Os atributos físico-químicos e
morfológicos dos Espodossolos podem auxiliar na diferenciação cronológica dos
depósitos quaternários mais recentes (holocênicos). A área de ocorrência dos terraços
marinhos pleistocênicos é mais extensa do que aquelas registradas nos documentos
cartográficos existentes. Nos setores bem drenados dos remanescentes de terraços
marinhos pleistocênicos altos, a influência das condões de relevo na pedogênese se
reflete na formação dos Neossolos Quartzarênicos (RQ) a partir do desmantelamento
dos Espodossolos, enquanto nos terraços marinhos holocênicos os RQ se
desenvolvem, podendo evoluir para Espodossolos.
Palavras-chave: Planície Costeira; Geomorfologia; Espodossolos; Restinga
10
ABSTRACT
Soil-relief-geologic substract relationship on the coastal plain of Bertioga (SP)
Knowledge of the chronology, relief, geology and soils in sedimentary coastal
environments is relevant for their interpretation, reconstitution and conservation. In
Bertioga, São Paulo State Brazil, several sections of the Pleistocene and Holocene
morphostratigraphic costal plain units are preserved in the landscape. This thesis seeks
the perception of the relationships between soils, geomorphology, relief and the
chronology of Bertioga’s coastal sand deposits as well as to study Podzols developed
on them. Soils and the different sedimentary environments where these soils develop
were thus identified and characterized. Photointerpretation, field work, chemical,
physical and chronological (luminescence and radiocarbon dating) analysis supported
the identification, spatial delimitation as well as the development of genesis theories of
soils over continental, fluvial and marine deposits. Previous data additionally allowed the
evaluation of the influence of relief forms and water table depth on the evolutionary
dynamics of soils and on their spatial distribution pattern. The main identified orders of
soils included Podzols, Arenosols, Fluvisols, Histosols, Gleysols and Cambisols. The
topographic, geomorphologic and geologic differences of the environments had
conditioned the amount of water, the vegetation features and the organic matter content
of the following geomorphologic units: (a) lagoonal terrace depressions, characterized
by organo-pelitic-psammitic sediments under Histosols and Gleysols; (b) marine
terraces formed by fine to very fine sand under Podzols with and without hardpans
(ortstein); (c) fine sandy beach ridges with a dominance of Arenosols and, on a
secondary level, Podzols without hardpans (ortstein) and placic horizons; (d) psammitic
colluvial slope deposits with Cambisols; (e) fluvial plains with varied texture and with
Gleysols and Fluvisols and (f) psammitic and pelitic tidal flats, where Histosols and
Gleysols predominate. Besides these units, modern beaches and sections dominated by
non-differentiated colluvial-alluvial continental deposits were also analyzed as individual
geomorphological units. Topography of geomorphological units from marine origin
indicates the chronological sequence of deposits, in addition to influencing the
development of different of Podzols, the physical, chemical and morphological properties
of which allowed the chronological differentiation of modern Quaternary deposits
(Holocene). The mapped area of the Pleistocene marine terraces occurrence was found
to be larger than the one indicated on cartographic documents published up to the
moment. In the well-drained sections of remnant soils from high Pleistocene marine
terraces, the influence of the relief forms on pedogenesis is shown through the formation
of Arenosols originated from the destruction of spodic horizons, whereas Arenosols in
Holocene marine terrace tends to evolve into Podzols.
Keywords: Coastal plain; Geomorphology; Podzols; Restinga
11
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 -
Correspondência entre a taxonomia utilizada no mapeamento das
Unidades Geológicas Quaternárias para a planície costeira de
Bertioga-SP e a utilizada por Suguio e Martin (1978b)..........................
Quadro 2 -
As unidades geomorfológicas identificadas na planície costeira de
Bertioga-SP............................................................................................
Quadro 3 -
Principais atributos geológico-geomorfológicos dos ambientes
identificados na planície costeira do município de Bertioga-SP............
12
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 -
Planície Costeira do Município de Bertioga-SP .................................
21
Figura 2 -
Geologia e compartimentação geomorfológica da planície costeira
do Estado de São Paulo.....................................................................
28
Figura 3 -
Localização do munipio de Bertioga no litoral do estado de São
Paulo...................................................................................................
35
Figura 4 -
Mapa de localização dos pontos de descrição e coleta de
solos/sedimentos (perfis e pontos de controle)...................................
43
Figura 5 -
Mapa do substrato geológico da planície costeira do município de
Bertioga-SP.........................................................................................
53
Figura 6 -
Média dos parâmetros estatísticos granulométricos dos perfis que
representam os depósitos colúvio-aluviais altos.................................
59
Figura 7 -
Média dos parâmetros estatísticos granulométricos dos perfis que
representam os depósitos fluviais......................................................
59
Figura 8 -
Média dos parâmetros estatísticos granulométricos dos perfis que
representam os Depósitos colúvio-aluviais baixos.............................
59
Figura 9 -
Distribuição vertical dos parâmetros estatísticos granulométricos no
depósito colúvio-aluvial representado pelo PC115.............................
62
Figura 10 -
Foto mostrando as camadas que formam os quatro distintos
intervalos granulométricos identificados no perfil PC115....................
63
Figura 11 -
Média da distribuição granulométrica dos perfis que representam os
depósitos marinhos da planície costeira de Bertioga-SP....................
68
Figura 12 -
Distribuição granulométrica por perfil nos depósitos marinhos na
planície costeira de Bertioga-SP.........................................................
70
Figura 13 -
Parâmetros estatísticos granulométricos dos depósitos marinhos
em 12 intervalos de classes granulométricas.....................................
72
Figura 14 -
Parâmetros estatísticos granulométricos nos sedimentos do P01......
73
Figura 15 -
Parâmetros estatísticos granulométricos dos sedimentos do P04......
73
Figura 16 -
Parâmetros estatísticos granulométricos nos sedimentos do P10......
73
Figura 17 -
Parâmetros estatísticos granulométricos dos sedimentos do P16......
73
Figura 18 -
Distribuição granulométrica em 17 amostras dos depósitos
marinhos quaternários na planície costeira de Bertioga-SP...............
74
Figura 19 -
Distribuição dos parâmetros estatísticos granulométricos em 17
amostras dos depósitos marinhos quaternários na planície costeira
de Bertioga-SP....................................................................................
75
Figura 20 -
Fotos do perfil 84 descrito no depósito marinho pleistocênico
localizado na margem esquerda do baixo curso do rio Itapanhaú......
78
13
Figura 21 -
Perfil esquemático representando os horizontes ou Camadas de
sedimentos que compõem a seção vertical (PC84) do terraço
marinho pleistocênico alto Bacia do rio Itapanhaú, Bertioga-SP.....
79
Figura 22 -
Curva de distribuição granulométrica acumulada por horizonte-
profundidade em cm - PC84...............................................................
80
Figura 23 -
Distribuão vertical dos parâmetros estasticos no PC84, Bertioga-SP.....
80
Figura 24 -
Fotomicrografias dos minerais pesados dos sedimentos marinhos...
91
Figura 25 -
Fotomicrografias dos minerais pesados dos sedimentos marinhos...
92
Figura 26 -
Distribuição dos minerais pesados nos sedimentos marinhos no
sentido NW-SE....................................................................................
93
Figura 27 -
Freqüência dia dos minerais pesados transparentes não miceos
nos desitos marinhos da planície costeira de Bertioga-SP ...................
94
Figura 28 -
Índice de maturidade iZTR, iINS e iMET nos sedimentos marinhos
quaternários, Bertioga-SP...................................................................
96
Figura 29 -
Índice iZTR nos sedimentos marinhos no sentido Serra-Mar,
Bertioga-SP.........................................................................................
96
Figura 30 -
Localização dos perfis e respectivas idades TL e LOE em anos A.P....
99
Figura 31 -
Distribuição das idades LOE e TL nos depósitos marinhos da
planície costeira de Bertioga-SP.........................................................
100
Figura 32 -
Terraço marinho alto com erosão fluviomarinha ativa do terraço
marinho pleistocênico (PC84).............................................................
101
Figura 33 -
Fotografia aérea da foz do rio Itaguaré com a localização dos perfis
P13 e P14............................................................................................
105
Figura 34 -
Vista geral da falésia na foz do rio Itaguaré originada a partir da
erosão fluviomarinha, Bertioga-SP......................................................
106
Figura 35 -
Mapa das unidades geomorfológicas da planície costeira de
Bertioga-SP.........................................................................................
112
Figura 36 -
Perfil topográfico sobre os terraços marinhos quaternários na
planície costeira de Bertioga-SP.........................................................
113
Figura 37 -
Aspectos fisiográficos das unidades geomorfológicas de origem
marinha...............................................................................................
114
Figura 38 -
Profundidade média do nível do lençol d’água nas unidades
geomorfológicas..................................................................................
117
Figura 39 -
Mapa solos na planície costeira do município de Bertioga-SP...........
129
Figura 40 -
Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico dúrico com descontinuidade
horizontal dos horizontes Bh...............................................................
149
Figura 41 -
Distribuição espacial dos Espodossolos no terraço marinho erodido
151
14
na foz do rio Itaguaré..........................................................................
Figura 42 -
Fotos ilustrando os diferentes estágios de degradação dos
horizontes B espódicos nos terraços marinhos pleistocênicos altos..
154
Figura 43 -
Distribuição média dos teores de ferro e alumínio oxalato (Fe
o
e Al
o
)
e ditionito (Fe
d
e Al
d
) nos horizontes B espódicos dos Espodossolos
na planície costeira de Bertioga-SP....................................................
156
15
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 -
Limites das escalas qualitativas utilizadas para descrição dos
valores de grau de seleção, assimetria e curtose (Folk e Ward,
1957)..................................................................................................
46
Tabela 2 -
Distribuição granulométrica nos depósitos coluviais.........................
55
Tabela 3 -
Média dos parâmetros estatísticos granulométricos nos depósitos
coluviais.............................................................................................
55
Tabela 4 -
Valores médios granulométricos dos sedimentos que formam os
depósitos continentais.......................................................................
57
Tabela 5 -
Distribuição dos valores médios dos parâmetros estatísticos
granulométricos nos depósitos continentais......................................
60
Tabela 6 -
Distribuição granulométrica no depósito colúvio-aluvial
representado pelo PC115..................................................................
62
Tabela 7 -
Distribuição granulométrica nos depósitos fluviomarinhos (mangue
arenoso).............................................................................................
64
Tabela 8 -
Média da distribuição granulométrica nos depósitos marinhos,
Bertioga-SP.......................................................................................
67
Tabela 9 -
Média dos parâmetros estatísticos granulométricos nos
sedimentos marinhos quaternários, Bertioga-SP..............................
72
Tabela 10 -
Distribuição de freqüência dos minerais pesados nos sedimentos
marinhos da planície costeira de Bertioga-SP..................................
88
Tabela 11 -
Resultados das idades TL e LOE dos sedimentos coletados nos
depósitos marinhos quaternários na placie costeira de Bertioga-SP...
102
Tabela 12 -
As principais classes de solos identificadas na planície costeira de
Bertioga-SP.......................................................................................
127
Tabela 13 -
Unidades de mapeamento identificadas na planície costeira de
Bertioga-SP.......................................................................................
128
Tabela 14 -
Classificação da matéria orgânica dos Organossolos, conforme
escala de decomposição de Von Post (EMBRAPA, 2006)...............
130
Tabela 15 -
Distribuição dos teores de alumínio e ferro extraídos com oxalato
(Al
o
e Fe
o
) e ditionito (Fe
d
e Al
d
) nos horizontes ortstein dos
Espodossolos....................................................................................
137
Tabela 16 -
Média dos teores de ferro e alumínio extraídos com oxalato (Fe
o
e
Al
o
) e ditionito (Fe
d
e Al
d
) nos horizontes B espódicos dos perfis de
Espodossolos....................................................................................
138
Tabela 17 -
Teores médios, ximos e mínimos de Al
+++
e CO nos horizontes
B espódicos dos ESKo da planície costeira de Bertioga-SP.............
139
16
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS
Adfl Depressões fluviolagunares
AND Andalusita
Arc Rampa de colúvio
APA Apatita
APA - Área de proteção ambiental
APP - Área de proteção permanente
ArcGis é o nome de um grupo de programas informáticos e que constitui um Sistema
de informação geográfica. É produzido pela ESRI. No ArcGIS estão incluídos:
ArcReader; ArcView; ArcEditor e ArcInfo
A.P. Antes do presente
AUG Augita
CAD Cartografia Assistida por Computador
CENA Centro de Energia Nuclear na Agricultura
CIA Cianita
CONAMA Conselho Nacional do meio Ambiente
DC Ditionito-citrato de sódio
DIO Diopsídio
DPRN Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
EPI Epídoto
ESALQ Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
EST Estaurolita
FATEC Faculdade Tecnológica de São Paulo
GRA Granada
HIP Hiperstênio
HOR Hornblenda
IGc-USP Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo
iMET Índice de maturidade dos minerais pesados Metaestáveis
iINS Índice de maturidade dos minerais pesados Instáveis
iZTR - Índice zircão, turmalina e rutilo
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas
LOE Luminescência Opticamente Estimulada
Mz Diâmetro médio
NMRM Nível médio relativo do mar
OPA Opacos
PC Ponto de controle
PVC Policloreto de vinila
Rpm - Rotações por minuto
RUT Rutilo
SBCS Sociedade Brasileira de Ciência do Solo
SiBCS Sistema Brasileiro de Classificação de Solos
SIIGAL Sistema Integrador de Informações Geoambientais para o Litoral
SIG Sistema de Informação Geográfica
SIL Silimanita
17
SMA Secretaria Estadual do Meio Ambiente
TFSA - Terra fina seca ao ar
TL Termoluminescência
TRM Tempo de residência médio
TUR Turmalina
UGE Unidade Geomorfológica
UGQ Unidade Geológica Quaternária
UM Unidade de Mapeamento
USP Universidade de São Paulo
UTM Sistema de Projeção Universal Transversa de Mercator
ZIR Zircão
ZTR Zircão, Turmalina e Rutilo
Ф - escala phi
I
- Desvio Padrão
K
G
- Curtose
S
KI
- Assimetria
18
1 INTRODUÇÃO
A colonização do território brasileiro (século XVI) se deu, em grande parte, a
partir do litoral, uma vez que as condições de relevo e hidrografia da costa favorecem a
navegação. Ao longo da costa brasileira, a ação do homem como agente devastador da
vegetação original acentuou-se nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste. Nos séculos
seguintes, em particular no século XX, a pressão antrópica foi acelerada na região da
planície costeira com a crescente urbanização, fluxo turístico e conseqüente
especulação imobiliária, conforme salienta AB’Saber (2003). O autor destaca ainda que
os impactos da ocupação urbana e agrícola nas regiões costeiras alteram a dinâmica
natural das paisagens, sobretudo nas áreas mais próximas à linha de costa (terraços
marinhos holocênicos) que, no Estado de São Paulo, abriga, em área, grande parte do
setor urbano das cidades costeiras.
Para avaliar a devastação desses ecossistemas pela interferência antrópica, os
estudos quaternaristas têm abordado sobre a evolução e dinâmica geomorfológica-
geológica na planície costeira paulista, com destaque para os de Souza (1990, 1997,
2001, 2007), Souza e Suguio (1996, 2003), Souza et al. (2005a).
Sua constituição geológica, formada por sedimentos não consolidados de origem
marinha e continental (arenosos, argilosos e cascalhentos) e lençol freático pouco
profundo (SUGUIO; MARTIN, 1978a, b), a caracteriza como um ambiente frágil e muito
susceptível à aceleração dos processos geomorfológicos exógenos, desencadeados
por causas naturais ou pelas atividades humanas.
Estudos recentes desenvolvidos na planície costeira do Brasil, sobretudo no
litoral de São Paulo, têm centrado seus objetivos na identificação e compreensão dos
mecanismos naturais de gênese e evolução geológico-geomorfológica. Tais
mecanismos são bastante complexos, pois resultam das interações entre os
movimentos tectônicos globais e regionais, os movimentos eustáticos quaternários e os
sistemas de erosão que afetaram os terrenos continentais durante o período Cenozóico,
compondo a fisionomia atual da paisagem nesse compartimento (SUGUIO; MARTIN,
1978a, b; PETRI; FÚLFARO, 1983; SUGUIO et al., 1985; TESSLER, 1988; ANGULO;
LESSA, 1997; SOUZA, 1990,1997; MUEHE, 1998; MARTINS, 2000; etc.).
Suguio (2005) ressalta que as pesquisas sobre o Quaternário no Brasil têm sido
19
essencialmente de natureza paleontológica, botânica, geomorfológica ou pré-histórica e
raramente possuem abordagem interdisciplinar, inclusive nas áreas da planície costeira
paulista. Segundo este autor a abordagem interdisciplinar passou a ser utilizada nos
estudos do Quaternário a partir da década de 70 do culo XX e se constitui em um
mecanismo eficaz no entendimento da relação solo-relevo-substrato geológico proposto
neste projeto de pesquisa, uma vez que possibilita a integração das informações e
conhecimentos sobre os elementos da paisagem. Ademais, uma carência de
informações sobre os solos da planície costeira e suas principais áreas de ocorrência
(distribuição espacial), sua relação com o relevo (ROSSI, 1999; MARTINS, 2000;
MATTOS-FIERZ, 2001; MOREIRA, 2007; COELHO, 2008) e com a idade do material
de origem.
Essa carência, em geral, pode estar relacionada à natureza (abordagens
verticais) dos estudos sobre o ambiente e podem explicar, por exemplo, o emprego do
termo solos de ―restinga‖, o qual tem sido utilizado amplamente para se referir às áreas
onde predomina a classe dos Espodossolos, cuja origem e evolução estão associadas
aos ambientes costeiros formados por sedimentos marinhos essencialmente arenosos
(SUGUIO; TESSLER, 1984; SOUZA et al., 2008).
Dessa forma, a demanda por pesquisas básicas sobre as características, a
dinâmica e interação dos elementos (solo, relevo, substrato geológico) que compõem o
meio físico na planície costeira tornou-se imprescindível, haja vista a necessidade de
conhecer, registrar e disponibilizar as informações que possam contribuir com os
órgãos de planejamento, desenvolvimento (urbano e agrícola) e legislação ambiental.
Resistindo à intensa especulação e exploração imobiliária do litoral do Estado de
São Paulo, o município de Bertioga tem cerca de 80% do território com seus recursos
naturais relativamente preservados, inclusive com extensas áreas da planície costeira.
Além de sua localização geográfica, a planície costeira desse município reserva
importantes características ambientais que justificam e embasam sua seleção como
área de estudo, quais sejam: (a) apresenta diferentes estados de
conservação/alteração dos ecossistemas, com áreas ainda bem preservadas e
necessárias à observação da paisagem atual, bem como ao estudo da relação solo-
relevo-substrato geológico; (b) é uma região representativa do litoral de São Paulo uma
20
vez que apresenta importantes registros da evolução quaternária das planícies
costeiras paulistas, incluindo ambientes sedimentares pleistocênicos da Formação
Cananéia (terraços marinhos) e holocênicos da Formação Ilha Compridda relacionados
à Transgressão Santos (depósitos marinhos, eólicos, fluviolagunares e fluviais), além de
depósitos recentes de origem continental (fluviais e coluviais); como conseqüência (c)
possibilita a comparação e correlação dos resultados encontrados com outros estudos
desenvolvidos na área de estudo ou em outras áreas do litoral, bem como a
extrapolação das informações que serão aqui geradas para extensas áreas do litoral
paulista.
Assim, a proposta deste trabalho foi estudar a relação solo-relevo-substrato
geológico da planície costeira de Bertioga-SP (Figura 1), sobretudo nas áreas de
sedimentos marinhos pleistocênicos e holocênicos, reunindo informações que
possibilitem um melhor entendimento da dinâmica evolutiva dos ambientes que a
compõem. Para tanto, foi realizada a compartimentação geomorfológica, pedológica e
geológica das unidades de paisagem da planície costeira em escala mais detalhada em
relação às existentes, com base na utilização de recursos e técnicas de
sensoriamento remoto, levantamento de solos em campo e cartografia.
Somadas a esses procedimentos, as técnicas laboratoriais geocronológicas
(datação por TL, LOE e
14
C) e pedológicas foram importantes para a caracterização e
identificação de tais elementos, reunindo evidências que permitiram apoiar ou refutar as
hipóteses que nortearam o estudo em questão e que são relatadas a seguir: (a) Os
compartimentos holocênicos e pleistocênicos podem ser diferenciados por um ou mais
elementos componentes da paisagem (geologia, relevo, solos e vegetação); (b) A
distribuição espacial dos solos é comandada pelas mudanças na morfologia e na
dinâmica dos compartimentos geomorfológicos e pela natureza dos depósitos costeiros;
(c) As unidades de paisagem pleistocênicas e holocênicas marinhas não apresentam as
mesmas classes de solos; (d) As mesmas ordens de solos desenvolvidas sobre
sedimentos marinhos pleistocênicos e holocênicos apresentam diferenças morfológicas,
analíticas e cronológicas quando comparadas; (e) A idade e o grau de evolução dos
solos têm relação direta com os eventos de transgressão e regressão marinha descritos
na literatura e a distribuição espacial dos compartimentos geomorfológico-geológicos.
Fonte: www.mapas-sp.com_litoral
Imagem da NASA
Figura 1 - Planície Costeira do Município de
Bertioga-SP
21
22
Considerando o exposto, o objetivo geral deste estudo foi compreender e
estabelecer relações entre a distribuição espacial das principais classes de solos, as
formas de relevo (geomorfologia) e o substrato geológico quaternário da planície
costeira do município de Bertioga-SP (Figura 1) e, integrar as informações em
diferentes escalas de observação. Isto é, da escala da paisagem e da vertente até a
escala do perfil e horizontes dos solos, mostrando que os solos refletem a integração
dos elementos do meio físico (relevo, clima, vegetação e substrato).
Para atingir tal objetivo, de caráter amplo, outros objetivos específicos
conduziram esse estudo: (a) identificar e analisar as características pedológicas (solo)
das unidades de paisagem representativas da planície costeira do município de
Bertioga-SP; (b) relacionar a variabilidade espacial dos solos nos compartimentos
pleistocênicos e holocênicos com as características do relevo e substrato geológico; (c)
identificar os processos envolvidos nas transformações laterais e verticais dos solos
desenvolvidos sobre sedimentos marinhos da planície costeira; (d) confeccionar mapas
pedológico, geomorfológico e geológico da planície costeira do município de Bertioga
em escala semi-detalhada (1:50.000); (e) identificar a idade dos sedimentos que
compõem os compartimentos geomorfológicos quaternários, sobretudo os de origem
marinha; (f) reunir informações sobre as classes de solos estudadas que possam
contribuir para o aperfeiçoamento e atualização do Sistema Brasileiro de Classificação
de Solos (SiBCS).
Os resultados obtidos em campo e em laboratório são apresentados iniciando-se
pela compartimentação e caracterização das unidades geológicas da planície costeira
do município de Bertioga, seguida das compartimentações das unidades
geomorfológicas e das unidades de mapeamento dos solos. Na seqüência são
expostas as discussões, questionamentos e interpretações relacionadas à origem e
distribuição espacial dos elementos estudados (geologia, relevo e solos). Importantes
considerações e elucubrações integram as diversas etapas dos resultados a fim de
melhor expor e concatenar as informações apresentadas.
23
2 A PLANÍCIE COSTEIRA DE SUDESTE
O Brasil possui o mais extenso litoral inter e subtropical do mundo, com cerca de
8000 km de extensão. A longa e estreita faixa costeira é caracterizada por uma grande
variedade de ocorrências geomorfológicas e de biodiversidade, suscitando em muitas
classificações de suas feições, cuja finalidade é proporcionar uma visualização ampla
do litoral brasileiro. AB’Saber (2003) propôs uma macro-divisão da costa brasileira,
caracterizando seus principais aspectos fisiográficos: Litoral Equatorial Amazônico,
Litoral Setentrional do Nordeste, Litoral Oriental do Nordeste, Litoral Leste, Litoral
Sudeste e Litoral Sul.
O referido autor destaca que o Litoral Sudeste, também denominado Zona
Costeira Tropical Atlântica, é o macro-setor litorâneo mais diversificado e acidentado de
todo o país, estendendo-se por 1500 km, desde a fronteira do Espírito Santo com o Rio
de Janeiro até a do Paraná com Santa Catarina, descrevendo uma grande reentrância
em que se destacam as planícies costeiras.
As planícies costeiras correspondem às unidades de relevo predominantemente
planas, posicionadas na linha de costa e decorrentes da deposição de sedimentos
cenozóicos (fluviais, marinhos e/ou lacustres), geneticamente relacionadas com os
ambientes de interação oceano-continente (AB’SABER, 2003).
As migrações da linha de costa decorrentes das variações do nível relativo do
mar durante as duas últimas grandes transgressões marinhas quaternárias
(Pleistocênica: 120.000 anos A.P. e Holocênica: 5.100 anos A.P.) desempenharam um
importante papel na gênese, geologia e geomorfologia das planícies costeiras
brasileiras (SUGUIO; MARTIN, 1975, 1976; SUGUIO et al., 1985).
No litoral Sudeste, a planície costeira estende-se desde o sopé da Serra do Mar
até o oceano e, normalmente, possui altitudes inferiores a 10 m sobre o nível do mar
com declividades inferiores a 2%. A altura da planície, em geral, aumenta da costa para
o continente, alcançando as maiores altitudes no sopé da Serra do Mar. No interior das
planícies costeiras, freqüentemente ocorrem morros cristalinos e colinas, isolados, com
altitudes que podem alcançar centenas de metros, entremeados de amplas várzeas,
com rios meandrantes e de baixa declividade (ANGULO, 1992).
A geomorfologia dessas planícies, sob domínio dos depósitos sedimentares
24
continentais e marinhos, geralmente é formada por um complexo conjunto de formas de
relevo (compartimentos geomorfológicos) do tipo Planícies de Mangue, Planícies
Fluviomarinhas, Terraços Marinhos, Cristas Praiais, Campos de Dunas, Planícies
Fluviolacustres, Barras etc. (ROSS; MOROZ, 1997). Tal geomorfologia resulta,
portanto, de uma complexidade de processos morfogenéticos, em que as interações de
atividades construtivas e destrutivas das águas oceânicas ao longo da faixa costeira se
confrontam com as influências das águas continentais, também construtoras e
destruidoras de formas e depósitos sedimentares. As ondas, as marés, as correntes e
as grandes oscilações do nível do oceano, por efeitos glácio-eustático e neotectônicos,
são os agentes dos processos de modelagem das fisionomias da zona costeira. Cabe
lembrar que as atividades eólicas também exercem importante papel de remobilização
dos sedimentos marinhos e formação da paisagem costeira (ROSS; MOROZ, 1997).
Suguio e Tessler (1984) e Suguio e Martin (1990) salientam que a forma e a
intensidade de sedimentação que dão origem a geomorfologia da planície costeira
arenosa podem ser atribuídas, basicamente, a quatro fatores principais, quais sejam:
(a) disponibilidade de sedimentos arenosos; (b) correntes de deriva litorânea; (c) feições
costeiras propiciando a retenção dos sedimentos e (d) flutuações do nível relativo do
mar.
A identificação desses fatores e das formas de relevo a eles associadas,
acrescida das datações por
14
C, contribuíram para a identificação dos rios níveis
marinhos ao longo da costa paulista e brasileira (SUGUIO; MARTIN, 1987; VILLWOCK,
1987; VILLWOCK et al., 2005). Por sua vez, a partir desses níveis marinhos foi possível
identificar os eventos de máximas transgressões e regressões marinhas (pleistocênicas
e holocênicas), o que permitiu reconstrução a dos diferentes estádios de formação e
evolução de várias planícies costeiras, sobretudo no litoral de São Paulo (SUGUIO;
MARTIN, 1976).
No decorrer do Holoceno, por exemplo, a costa brasileira ficou sujeita à
submersão até 5.100 anos A.P. e, em seguida, à emersão. Com o abaixamento do nível
do mar ou regressão marinha, ocorreram grandes aportes de areias das plataformas
marinhas próximas para as praias. Formaram-se, assim, as planícies arenosas
constituídas por uma sucessão de cristas arenosas e cavas (DIAS; SILVA, 1984;
25
FLEXOR et al., 1984).
De acordo com Suguio e Tessler (1984), entre os diferentes tipos de depósitos
costeiros, somente as cristas praiais regressivas parecem ser capazes de formar
extensas planícies arenosas, as quais foram denominadas planícies de cristas praiais
em substituição ao termo planície de restinga, comumente usado em várias áreas da
ciência. Esses autores destacam também que na literatura brasileira o termo ―restinga‖
é empregado para se referir aos ambientes costeiros e seu significado parece ser
bastante diversificado entre os vários ramos da ciência (geologia, geomorfologia,
botânica). Dessa forma, o termo restinga será empregado nesse trabalho segundo os
conceitos de Suguio e Tessler (1984), os quais se referem aos compartimentos
geomorfológicos arenosos das planícies costeiras, formados por depósitos de origens
variadas como as cristas praiais, as praias barreiras, as barras e os tômbolos, sob
vegetação herbácea, arbustiva e/ou arbórea.
Estudos sobre o contexto geológico regional das planícies costeiras de sudeste e
paulista destacam que as principais unidades geológicas dos compartimentos
geomorfológicos ocorrem sob dois domínios principais: o das rochas do maciço ou
escudo cristalino da Serra do Mar, ocupando as cotas mais elevadas, e o da cobertura
cenozóica, constituída por sedimentos inconsolidados arenosos, argilosos e
cascalhentos de origem continental e marinha nas cotas mais baixas (ANGULO, 1992).
Nas áreas das planícies costeiras sedimentares desenvolvem-se,
predominantemente, os solos do tipo Espodossolos (Podzol), Gleissolos (Solos
Hidromórficos), Gleissolos Háplicos, Sálicos (Solonchacks) e Tiomórficos, Neossolos
Regolíticos (Regossolos), Neossolos Quartzarênicos (Areias Quartzosas Marinhas) e
Organossolos (Solos Orgânicos), conforme Radambrasil (1983). A cobertura vegetal
também é diversificada, ocorrendo desde formações pioneiras (gramíneas) até
formações arbustivas e arbóreas das matas de ―restinga‖ (RIZZINI et al., 1988;
MENDONÇA-SANTOS et al., 2003). Para Rizzini et al. (1988), as matas de ―restinga‖
abrigam a vegetação arbórea típica e mais rica da vegetação arenícola marítima, já que
mangues, dunas e antedunas o basicamente compostos de vegetação cosmopolitas
tropicais. O substrato das restingas, formado por sedimentos arenosos transportados e
depositados pelo mar, são muito afetados pela ação do vento, das águas marinhas e
26
pela ação antrópica, influindo decisivamente no estabelecimento e permanência da
vegetação nesses ambientes. Essas áreas podem compreender ambientes
diferenciados, tais como: cristas praiais, brejos, dunas, antedunas, além de lagoas
intermitentes e permanentes (RIZZINI et al., 1988; GIRARDI, 2001).
Apesar da vegetação de ―restinga‖ ser protegida por lei Federal (n
o.
4.771,
Código Florestal de 15/09/1965 e pela resolução n
o.
4, de 18/09/1985 do CONAMA), a
crescente especulação imobiliária e a expansão agropecuária está causando
expressiva diminuição dessa vegetação nas planícies costeiras (MENDONÇA-SANTOS
et al., 2003).
2.1 A planície costeira paulista e os principais aspectos fisiográficos da planície
costeira de Bertioga
Os trabalhos pioneiros de cunho geomorfológico em território paulista
reconheceram as principais unidades fisiográficas para o estado de São Paulo
(MORAES REGO, 1932; DEFFONTAINES, 1935; MOMBEIG, 1949; AB’SABER, 1956;
ALMEIDA, 1964). De leste para oeste no estado de São Paulo, as unidades
fisiográficas receberam as seguintes denominações: Litoral, Depressão Periférica e
Planalto Ocidental (MORAES REGO, 1932; DEFFONTAINES, 1935) e Província
Costeira, Planalto Atlântico, Cuestas Basálticas, Depressão Periférica, Planalto
Ocidental (ALMEIDA, 1964). A proposta apresentada por Almeida (1964) para a
subdivisão da unidade fisiográfica do litoral paulista e das outras unidades destacou-se
pela descrição detalhada dos limites de compartimentos naturais do relevo. Em sua
proposta, Almeida (1964) considerou as diversidades de estrutura, relevo, idade etc. e o
litoral paulista recebeu a denominação de ―Província Costeira‖ para a área que constitui
o rebordo do planalto atlântico, com drenagem diretamente dirigida para o mar. A
Província Costeira ainda foi dividida em duas zonas, a Serrania Costeira e as Baixadas
Litorâneas com diversidades de estrutura e relevo. A primeira é constituída por
subzonas da Serra do Mar e Paranapiacaba, enquanto a segunda compreende as
áreas restritas de planícies costeiras cenozóicas (IPT, 1981a; ROSS; MOROZ, 1997).
A zona da planície costeira do estado de São Paulo é caracterizada por uma
seqüência (I, II, III e IV) de planícies sedimentares fluviomarinhas (Figura 2),
27
encravadas entre o oceano e a escarpa da Serra do Mar e com as maiores extensões
no litoral central e sul do Estado (SUGUIO; MARTIN, 1976, 1978a, b).
No litoral norte, as áreas serranas (embasamento cristalino Pré-Cambriano) se
aproximam da orla em contato quase contínuo com o mar, reduzindo as planícies
costeiras e formando um litoral bem recortado. Assim, as pequenas planícies que
caracterizam esse setor da costa paulista são relativamente estreitas, formadas por
depósitos cenozóicos continentais aluviais/fluviais, coluviais e marinhos (arenosos,
argilosos e cascalhentos), intercaladas por praias entre os pontões rochosos que
avançam mar adentro, com destaque para a Ilha de São Sebastião. Nas áreas em que
predominam os sedimentos continentais, destacam-se os leques, tálus e colúvios
associados às encostas e sedimentos fluviais, constituindo-se em importantes feições
na geologia desse setor do litoral do Estado. Avançando para o centro-sul do litoral,
região da Baixada Santista e Cananéia-Iguape, a escarpa da Serra do Mar se distancia
da orla, formando as extensas planícies costeiras constituídas predominantemente por
sedimentos marinhos e fluviolagunares, intercaladas por maciços isolados como os de
Itatins e Juréia. A planície costeira de Cananéia/Iguape, por exemplo, possui cerca de
130 km de comprimento e largura máxima em torno de 40 km, perfazendo uma
superfície de quase 2.500km
2
(AZEVEDO, 1965; SUGUIO; MARTIN, 1976, 1978a, b;
LIMA et al., 1991; SUGUIO; TESSLER, 1992; SUGUIO, 1995; ROSS; MOROZ, 1997).
De acordo com Suguio e Martin (1976, 1978a, b), as planícies costeiras do litoral
norte apresentam características morfológicas de submersão enquanto ao sul as
características são de emersão. Essa diferenciação morfológica pode ser explicada por
uma diferenciação na dinâmica de sedimentação, mas também por influência tectônica
(SUGUIO; MARTIN, 1976).
Dessa forma, as marcantes diferenças nas características fisiográficas das
planícies costeiras culminaram em subdivisões mais detalhadas do litoral paulista
(SUGUIO; MARTIN, 1978a, b; ROSS; MOROZ, 1997). De norte para o sul, Suguio e
Martin (1978a) definiram as seguintes unidades: (a) Unidade de Baia da Ilha Grande;
(b) Unidade de Bertioga-Ilha de São Sebastião; (c) Unidade de Itanhaém-Santos e (d)
Unidade de Cananéia-Iguape. para Ross e Moroz (1997), a zona costeira paulista
pode ser subdividida em: (a) Planície de Bertioga e Planícies do Litoral Norte; (b)
28
Planície Santista; (c) Planície da Praia Grande/Iperoibe; (d) Planície de
Iguape/Cananéia. Independente das diferentes denominações adotadas, ambas as
classificações apresentam as mesmas feições fisiográficas para as referidas planícies
costeiras.
Figura 2 - Geologia e compartimentação geomorfológica da planície costeira do Estado de São Paulo
(SUGUIO; MARTIN, 1978a)
Como já mencionado no item anterior, a gênese e morfologia das planícies
costeiras resultam de uma complexidade de processos geomorfológico-geológicos
associados aos eventos transgressivos e regressivos quaternários do nível do mar
(Transgressões Cananéia e Santos) e de diferentes fisionomias. Em linhas gerais, Ross
e Moroz (1997) argumentam que a gênese das planícies e dos terraços marinhos está
associada diretamente às variações do nível médio relativo do mar (NMRM); a das
planícies fluviais resulta dos depósitos dos rios, enquanto a das planícies interditais
(mangues) está relacionada com as oscilações dos níveis de maré.
Os sistemas de planície costeira (terraços marinhos) e os estuarinos (planícies
fluviomarinhas) o representados tanto por ambientes antigos, formados durante
períodos em que o mar tinha níveis relativos mais altos que o atual (Pleistoceno), como
por ambientes recentes (holocênicos), tais como praias, planícies de maré, deltas de
maré e dunas frontais (ANGULO, 1992). Esses ambientes se desenvolveram sobre um
29
depósito (pacote) de sedimentos quaternários, que obedecem basicamente ao mesmo
padrão de distribuição em toda a costa paulista, comportando importantes diferenças de
espessura. Assim, têm-se, na base, sedimentos fluviais correlacionáveis à Formação
Pariquëra-Açu (BIGARELLA; MOUSINHO, 1965), os quais passam para depósitos
predominantemente argilosos de ambiente misto, capeados por depósitos arenosos
pleistocênicos de origem marinha, referidos à Formação Cananéia (transgressão
Cananéia) e por depósitos de terraços marinhos baixos, dunas, mangues, aluviões e
coluviões holocênicos associados à transgressão Santos (IPT, 1981b).
Sobre esses depósitos sedimentares inconsolidados que formam a planície
costeira paulista, Ross e Moroz (1997), destacam os solos do tipo Podzol Hidromórfico,
Glei Húmico e Solos Orgânicos. No atual sistema brasileiro de classificação de solos-
SiBCS (EMBRAPA, 2006) estes solos correspondem respectivamente às classes dos
Espodossolos, Gleissolos e Organossolos. Estudos recentes realizados em alguns
setores do litoral paulista têm investigado e identificado com mais detalhe as classes de
solos de maior ocorrência na planície costeira (OLIVEIRA et al., 1999; ROSSI;
QUEIROZ NETO, 2001, MOREIRA, 2007; COELHO, 2008).
2.1.1 Geomorfologia
Os estudos sobre a planície costeira de Bertioga destacam que sua origem e
evolução são influenciadas pela variação relativa do nível do mar ao longo do tempo e
por seu modelado atual, associado aos componentes climáticos, geológicos e
oceanográficos, revelando a complexidade de sua formação e dinâmica evolutiva
(ROSS; MOROZ, 1997; SUGUIO; MARTIN, 1976).
De acordo com Almeida (1964), a planície costeira de Bertioga pode ser definida
como um sistema de relevo de agradação (acumulação de sedimentos) que possui
altitudes inferiores a 20 m, modeladas pelas variações relativas do nível do mar ao
longo do Quaternário. As evidências das variações relativas do nível do mar estão
registradas na paisagem e representadas pelas formas de relevo, tais como os terraços
marinhos pleistocênicos e o alinhamento de cristas praiais holocênicas, evidenciando as
antigas e recentes faces praiais (MATTOZ-FIERTZ, 1991; MOREIRA, 2007; COELHO,
30
2008).
A planície costeira de Bertioga possui declividades inferiores a 3% e é formada
por sedimentos arenosos e argilosos inconsolidados, tanto marinho como fluviais e
também orgânicos. Os relevos de agradação geram planícies costeiras, terraços
marinhos e mangues, por ações construtivas marinhas, fluviais e mistas (SUGUIO;
MARTIN, 1976; 1978a, b).
Os terraços marinhos, embora estejam vinculados às planícies costeiras, são
mais elevados. Os mangues representam as planícies sob influência diária das marés
em interação com o relevo, solo e cobertura vegetal. Estão associados aos depósitos
marinhos retrabalhados por processos fluviais e recebem o aporte de sedimentos finos
continentais, por sedimentação causada por floculação no contato com águas salinas
provenientes do mar nos períodos de maré alta. Os manguezais estão associados aos
estuários ou rios e em Bertioga desenvolveram-se no setor de jusante dos três
principais rios: rio Guaratuba; rio Itaguaré; rio Itapanhaú e canal de Bertioga (SUGUIO;
MARTIN, 1976; 1978a, b; MATTOZ-FIERTZ, 1991).
2.1.2 Geologia
Definir estratigraficamente os depósitos costeiros no período Quaternário tem
sido o desafio dos pesquisadores, pois mensurar a evolução e dinâmica dos processos
morfogenéticos no tempo é uma tarefa que está além do alcance das técnicas
disponíveis. Ademais, a complexidade dos ambientes costeiros, sobretudo aqueles
originados por processos continentais torna essa tarefa ainda mais difícil. No entanto,
os estudos geocronológicos, cronoestratigráficos, bioestratigráficos têm apresentado
resultados importantes para a determinação da origem e idade dos depósitos e
evolução da paisagem.
Suguio e Martin (1978a, b) destacam que em direção ao sopé da Serra do Mar,
os depósitos arenosos de origem marinha são recobertos por sedimentos continentais
relativamente recentes, formados por depósitos colúvio-aluviais
1
, depósitos de tálus e
1
Colúvio-aluvial - Este termo foi empregado conforme definições de Suguio (1998). Os depósitos
coluviais e aluviais/aluvionares são desencadeados respectivamente, por ação da gravidade e transporte
fluvial.
31
cones de dejeção.
A origem e evolução da planície costeira de Bertioga são atribuídas aos
processos de isolamento e colmatagem de braços de mar e ao fechamento de antigas
lagunas. A ocorrência de tais processos estaria relacionada às variações do nível
relativo do mar durante o Quaternário, caracterizadas por fases transgressivas e
regressivas, conforme descrito em Mattos-Fierz (2001). Para Suguio e Martin (1994) a
última fase transgressiva holocênica (±5.100 anos A.P.) seria a responsável pela
deposição de grande parte dos depósitos arenosos marinhos que formam a planície
costeira de Bertioga. Tais depósitos são reconhecidos na literatura como Formação Ilha
Comprida (SUGUIO; MARTIN, 1994). No entanto, depósitos marinhos pleistocênicos da
Formação Cananéia, ligados à transgressão mais antiga (Transgressão Cananéia: ±
120.000 anos A.P.) também foram identificados na referida planície costeira (SUGUIO
et al., 1985; SUGUIO; MARTIN, 1978a, b; MOREIRA 2007, SOUZA 2007). Essas areias
foram parcialmente erodidas durante a regressão pleistocênica e a última fase
transgressiva holocênica, restando poucos testemunhos.
Durante o evento transgressivo holocênico, o mar penetrou nas áreas deprimidas
(zonas baixas), destruindo parte dos depósitos arenosos precedentes. Com o
afogamento dos vales e a formação de ambientes mixualinos (lagunas e estuários),
argilas e restos orgânicos foram depositados. Os depósitos arenosos costeiros (cristas
praiais holocênicas) teriam sido depositados sobre os pleistocênicos após o último
máximo transgressivo (±5.100 anos A.P.), durante o retorno do nível marinho para o
seu nível atual (SUGUIO; MARTIN, 1978a, b).
A formação das planícies de maré, das planícies aluviais/fluviais, as quais
também constituem ambientes da planície costeira de Bertioga, foi condicionada pelo
rebaixamento do nível relativo do mar até seu nível atual, pelos efeitos da tectônica
cenozóica e pela conseqüente erosão regressiva das cabeceiras dos rios sobre o
Planalto Atlântico. As praias e os morros cristalinos isolados são outros compartimentos
geomorfológicos que caracterizam a planície costeira de Bertioga e que resultam da
interação desses fatores (SUGUIO; MARTIN, 1976; 1978a, b; ROSS; MOROZ, 1997;
MATTOS-FIERZ, 2001).
32
2.1.3 Solos
Os ciclos genéticos e evolutivos dos ecossistemas costeiros e sua dinâmica
geomorfológica-geológica, comprovadamente rápida e recente (quaternária),
desencadearam importantes transformações nos sistemas pedológicos. Tais alterações,
em geral, se refletem na grande complexidade espacial das classes de solos na planície
costeira e, conseqüentemente, nas representações cartográficas (mapas de solos),
bastante generalizadas ou representadas por meio de associações de solos nos
estudos pedológicos, os quais são ainda incipientes.
Os trabalhos de levantamento de solos realizados pelo RadamBrasil (1983) e
Oliveira et al. (1999) identificaram as seguintes classes de solos presentes nas
paisagens da planície costeira de Bertioga: Podzóis; Solos Hidromórficos, Solonchacks
e os Solos Orgânicos. Conforme a classificação vigente no Sistema Brasileiro de
Classificação de Solos-SiBCS (EMBRAPA, 2006), essas classes de solos
correspondem, respectivamente, aos Espodossolos, Gleissolos Háplicos; Gleissolos
Sálicos e Organossolos.
Na planície costeira de Bertioga, as referidas classes de solos estão distribuídas
em associações ou complexos, conforme a origem e características fisiográficas dos
ambientes onde se desenvolvem. Conforme RadamBrasil (1983) e Rossi (1999), nos
vales dos rios, os Solos Aluviais (Neossolos Flúvicos) não argilosos são comuns, assim
como as associações de aluviões argilosos e Glei pouco húmico (Gleissolo Háplico). A
classe dos Gleissolos ocorre nas áreas onde dominam os sedimentos continentais
(planícies fluviais e depósitos coluviais) com declives inferiores a 3%, enquanto que os
solos orgânicos (Organossolos) ocupam, predominantemente, as áreas deprimidas e
muito mal drenadas. Nos manguezais predominam as associações de Gleissolos
Tiomórficos e Areias Quartzosas Hidromórficas salinas (Neossolos Quartzarênicos) com
baixos teores de matéria orgânica.
Os Podzóis e Podzóis Hidromórficos (Espodossolos) caracterizam os
compartimentos formados pelos depósitos marinhos quaternários, cujos sedimentos
arenosos são compostos, essencialmente, de grãos de quartzo. Nas áreas de depósitos
marinhos mais recentes destacam-se os solos arenosos encontrados na orla marítima
33
como, por exemplo, as Areias Quartzosas Marinhas (Neossolos Quartzarênicos) e os
Podzóis Hidromórficos (Espodossolos Hidromórficos). A ocorrência de Cambissolos na
planície costeira, caracterizando algumas áreas de cones de dejeção e de planícies
fluviais dos principais cursos d’água também foi registrada (RADAMBRASIL, 1983;
OLIVEIRA et al.,1999).
Em estudos mais recentes, Rossi (1999), Rossi et al. (2001), Moreira (2007) e
Coelho (2008) destacam que na planície costeira, a topografia quase plana, a
drenagem (lençol d’água aflorante ou subaflorante), a composição dos sedimentos e a
presença de matéria orgânica, de vegetação especializada, condicionam a formação e
evolução do solo. Os Espodossolos e os Neossolos Quartzarênicos ocorrem nas áreas
compostas por sedimentos marinhos sob vegetação arbórea de ―Restinga‖. Nas áreas
de depressões, com vegetação paludosa, o excedente hídrico, a carência de oxigênio e
o meio ácido permitem a acumulação de matéria orgânica e o desenvolvimento dos
Organossolos. Nas áreas de planícies fluviais ocorrem Neossolos Flúvicos e Gleissolos;
nas planícies de marés (mangue), o excesso de sais e água e a presença de matéria
orgânica condicionam o tiomorfismo e a salinidade nos solos (SOUZA-JÚNIOR, 2006).
2.1.4 Vegetação e clima
A vegetação está representada pelas florestas paludosas, mangues e pelas
florestas de restinga conhecida como ―vegetação de restinga‖. O clima na região é do
tipo Af (tropical úmido, ou superúmido), com chuvas distribuídas durante todo o ano
conforme classificação de Köppen.
De acordo com os dados climáticos da estação meteorológica do Departamento
de Água e Esgoto DAEE em Bertioga, a precipitação e a temperatura média anuais no
intervalo entre 1941 e 1970 foram de 3200 mm e 24,8°C, respectivamente. Nessa
região, não estação seca definida. A distribuição anual das chuvas revela uma forte
concentração nos meses de verão (janeiro a março) enquanto que as precipitações
mais baixas ocorrem no período do inverno, de julho a agosto (SANTOS, 1965).
34
3 MATERIAL E MÉTODOS
A abordagem adotada para a identificação, caracterização e compartimentação
fisiográfica dos ambientes costeiros apoiou-se nos dois primeiros níveis da proposta de
AB' Saber (1969): (a) compartimentação da topografia caracterizando e descrevendo as
formas de relevo de cada compartimento; (b) obtenção de informações sobre a
estrutura superficial da paisagem por meio de observações geológicas, geomorfológicas
e pedológicas e (c) estudo dos processos morfoclimáticos e pedogenéticos.
3.1 A área de estudo
A planície costeira do município de Bertioga se localiza litoral de São Paulo entre
o paralelo 23°50’47‖S e o meridiano 46°08’21‖W (Figura 3). Possui 45 km de extensão,
ocupando uma área de aproximadamente 240km
2
(metade da área do município) que
se estende entre o canal de Bertioga e a Praia da Boracéia, no limite com o município
de São Sebastião. É drenada pelos rios Itapanhaú, Itaguaré e Guaratuba e é formada
por ambientes de interação oceano, lagunas e continentes, os quais são de grande
importância como áreas de preservação por se caracterizarem como ecossistemas de
reprodução para animais marinhos e terrestres, bem como para espécies vegetais
(MATTOS-FIERZ, 2001).
3.2 Compartimentação fisiográfica
Para atender as finalidades inerentes a compartimentação e aos objetivos da
pesquisa adotou-se um conjunto de procedimentos de gabinete, campo e laboratório,
dentre eles, (a) a compilação de dados cartográficos e bibliográficos existente na
literatura; (b) as técnicas de sensoriamento remoto (fotointerpretação e análise de
imagens de satélite e fotografias aéreas); (c) levantamento geomorfológico, pedológico,
geológico e (d) análises químicas, físicas e geocronológicas.
3.2.1 Materiais cartográficos
35
Figura 3 Localização do município de Bertioga no litoral do estado de São Paulo
Fonte: SRTM - The Shuttle Radar Topography
Mission, 2000. IBGE, Malhas municipais digitais, 2005.
NASA, Landsat ETM+, P219, R77, 24/11/2004.
36
A identificação e descrição dos compartimentos fisiográficos que representam as
principais unidades de paisagem da planície costeira do município estudado foram
realizadas por meio de fotointerpretação de imagens de satélite (Landsat 7 ETM+ de
2000, fusão colorida 4R5G2B e Pan, resolução de 15 m em escala 1: 50.000) e
fotografias aéreas pancromáticas e coloridas em diferentes escalas (1:25.000 e
1:35.000) e anos (vôos de 1960 e 2001), adquiridas junto à Prefeitura Municipal de
Santos e de Bertioga, aos órgãos vinculados à Secretaria Estadual do Meio Ambiente
do estado de São Paulo-SMA, Divisão Regional do Litoral e Vale do
Ribeira/Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais - DEPRN, ao
Instituto Geológico-IG/SP-Projeto SIIGAL
2
(SOUZA, 2005c), Instituto Florestal-IF/SP e
Departamento de Geografia-USP/SP. Os materiais cartográficos temáticos já existentes
(mapas de geologia, de solos, de geomorfologia, vegetação e cartas topográficas),
juntamente com observações de campo também contribuíram para a compartimentação
do relevo, bem como do substrato geológico e dos solos.
3.2.2 Fotointerpretação
A identificação dos elementos observáveis iniciou-se pelo registro dos alvos
prontamente visíveis, como a rede de drenagem, vegetação e formas de relevo. A
distinção e análise dos padrões dos alvos foram realizadas com base na cor, textura,
tonalidade, rugosidade, forma, dimensão e convergência de evidências, as quais foram
comparadas e confirmadas (ou não), em etapa posterior, a partir das informações
obtidas com a verificação em campo, conforme proposições de Lueder (1959) e Spurr
(1960). O substrato geológico, por exemplo, foi analisado em etapa anterior, conforme
dados da literatura e documentos cartográficos existentes (SUGUIO; MARTIN,
1978a, b).
Em etapa preliminar, identificação dos elementos analisados foi realizada sobre
overlays individuais anexados às fotografias aéreas coloridas em escala 1:35.000
(2001), com auxílio de estereoscópio e mesa de luz. Os polígonos foram delimitados a
2
Sistema Sistema Integrador de Informações Geoambientais para o Litoral do Estado de São Paulo com
aplicação ao Gerenciamento Costeiro, IG/SP.
37
partir da identificação das áreas homogêneas, representando cada tema mapeado
(relevo, geologia e solo). Por meio de cartografia assistida por computador (CAD), as
fotografias aéreas digitais foram agrupadas usando (ArcGis) e impressas em escala
1:35.000 para melhor detalhamento dos polígonos, utilizando um único overlay para
cada tema. Em seguida os três overlays foram escaneados e digitalizados sobre as
bases cartográficas digitais (carta topográfica em escala 1:50.000 e fotografias aéreas
coloridas 1.35.000/2001). Os trabalhos de campo e laboratório deram suporte à
avaliação e validação da interpretação.
Dessa maneira, a finalidade da fotointerpretação foi delimitar as áreas
homogêneas com base nas semelhanças e diferenças fisiográficas (rede de drenagem,
morfologia das vertentes, topografia, declividade, vegetação, uso da terra, etc.),
possibilitando a representação cartográfica das Unidades Geológicas Quaternárias
(UGQ), Unidades Geomorfológicas (UGEs) e Unidades de Solos, designadas na área
de ciência do solo como Unidades de Mapeamento (UM).
3.2.3 A investigação de campo, a compartimentação, taxonomia e mapeamento
(relevo, solo e geologia)
As etapas de investigação geológica/geomorfológica em campo foram realizadas
concomitantemente ao levantamento pedológico. O caminhamento livre (Embrapa
(1995) foi o método adotado para as investigações em campo (geomorfologia, geologia
e pedologia). As compartimentações foram efetuadas em etapas: (a) análise integrada
dos elementos da paisagem a partir da interpretação de imagem de satélite e
fotografias aéreas; (b) conjunção dos dados de campo e laboratório; (c) delimitação dos
polígonos e mapeamento.
Os mapeamentos geomorfológico, geológico e pedológico, propriamente ditos,
foram efetuados com base na análise integrada das informações levantadas (em campo
laboratório e gabinete), as quais foram conjugadas para definirem células cartográficas
básicas (zonas homogêneas). Desse modo, nos três mapeamentos, cada
compartimento foi representado por células cartográficas básicas que integram
simultaneamente informações sobre: (a) a litologia e a cronoestratigrafia (mapa
38
geológico); (b) a morfologia e a origem do relevo (geomorfológico) e (c) os moldes dos
mapeamentos clássicos das unidades geológicas quaternárias e dos compartimentos
do relevo.
A edição dos mapeamentos foi realizada por meio de cartografia digital (CAD
Desenho Assistido por Computador) em que os compartimentos mapeados em overlays
(na escala 1:35.000) foram convertidos para o formato digital (rasterizadas e
digitalizadas) e georreferenciadas utilizando-se um Sistema de Informação Geográfica
SIG do softwear ArcGis versão 9.2 da ERSI GIS and Mapping Softwear.
3.2.3.1 Geologia/Geomorfologia
A compartimentação e a taxonomia das unidades geológicas quaternárias (UGQ)
resultaram da integração dos dados litológicos (origem e composição granulométrica) e
cronoestratigráficos (idade) extraídos de Suguio e Martin (1978a, b), dos estudos de
fotointerpretação e das observações e descrições de campo e laboratório, que incluíram
as informações básicas sobre: (a) topografia, (b) a origem (marinha ou continental), (c)
idade e composição granulométrica dos sedimentos e (d) atributos dos depósitos (tipo
de deposição, materiais constituintes, espessura, profundidade etc.).
A taxonomia adotada para a geologia teve como finalidade expressar a origem,
os tipos de sedimentos e a cronologia dos depósitos superficiais. No mapeamento
geológico, a compartimentação das unidades litológicas foi representada por símbolos e
a cronoestratigrafia por cores. As unidades geológicas quaternárias (UGQs) descritas
na planície costeira de Bertioga estão apresentadas no Quadro 1.
As etapas de investigação geomorfológica em campo foram realizadas
concomitantemente às investigações sobre os substratos geológicos e os solos. O
caminhamento livre foi o método adotado de acordo com os procedimentos usuais em
cada área do conhecimento (geomorfologia, geologia e pedologia). As
compartimentações foram efetuadas em etapas, entre elas: (a) a análise integrada dos
elementos da paisagem a partir da interpretação de imagens de satélite e fotografias
aéreas, (b) a conjunção dos dados de campo e laboratório, (c) a limitação dos polígonos
e mapeamento.
39
A sistematização e integração das informações fisiográficas utilizadas na
compartimentação das unidades geomorfológica foi realizada conforme método
proposto por Ross (1990), Ross e Moroz (1997) e RadamBrasil (1983). De acordo com
este todo foi elaborada uma planilha que reúne os principais dados qualitativos
relativos às características fisiográficas da planície costeira obtidas em campo. A partir
dessa planilha foi possível comparar e agrupar as informações sobre o relevo, o solo e
a geologia distinguindo os diferentes compartimentos geomorfológicos costeiros. Tais
informações foram reunidas em colaboração com a pesquisadora Célia Regina de
Gouveia Souza (IG/SMA-SP), cujos estudos se concentram na planície costeira do
estado de São Paulo. O trabalho de Souza (2007) sobre as unidades quaternárias da
planície costeira de Bertioga foi utilizado como suporte básico para a compartimentação
e cartografia das 11 unidades geomorfológicas apresentadas. Dados analíticos
quantitativos e geocronológicos também foram utilizados na compartimentação.
UNIDADES GEOLÓGICAS QUATERNÁRIAS
TAXONOMIA segundo Suguio e Martin (1978b)
Litologia
Cronoestratigrafia
Litologia
Cronoestratigrafia
1- Depósitos
Marinhos
(praias)
Sedimentos marinhos
atuais
Areias marinhas
litorâneas
Holoceno marinho e lagunas
(Formação Santos*)
2- Depósitos
Fluviolagunares
Holoceno marinho,
fluviomarinho e
fluviolagunar
Sedimentos
fluviolagunares e de
baías (areias e
argilas)
3- Depósitos
Fluviomarinhos
Sedimentos de
mangue e de pântano
4- Depósitos
Marinhos
Pleistoceno marinho
(Formação Cananéia)
Areias marinhas
litorâneas
retrabalhadas em
superfície pelo vento
Pleistoceno marinho
(Formação Cananéia)
5- Depósitos
Continentais
Quaternário continental
(pode recobrir formações
marinhas e
fluviolagunares)
Sedimentos
continentais (areias e
argilas)
Quaternário continental
indiscriminado (pode recobrir
formações marinhas e
fluviolagunares)
6- Depósitos
Coluviais
* Esta formação foi denominada posteriormente de Formação Ilha Comprida (SUGUIO e MARTIN, 1994)
Quadro 1 - Correspondência entre a taxonomia utilizada no mapeamento das Unidades Geológicas
Quaternárias para a planície costeira de Bertioga-SP e a utilizada por Suguio e Martin
(1978b)
40
A taxonomia utilizada para denominação das unidades geomorfológicas (UGEs)
foi definida a partir da proposta de Almeida (1964), na qual se baseou a maioria das
propostas posteriores de divisão do relevo do estado de São Paulo (IPT, 1981a;
RADAMBRASIL, 1983; ROSS; MOROZ, 1997). As abordagens geomorfológicas de
compartimentação regional das unidades de relevo inerentes às propostas
mencionadas convergem metodologicamente no que se refere à taxonomia. A definição
das características geomorfológicas e suas relações genéticas acompanham a
ordenação taxonômica, partindo dos domínios morfoestruturais para se chegar às
unidades geomorfológicas ou tipos de relevo, mais básicas. Em tais propostas, a
compartimentação das unidades de relevo que formam a unidade morfoestrutural
representada pela planície costeira está geneticamente relacionada com as interações
oceano-continente, considerando os sistemas de relevo, processos e as formas
resultantes. Dessa maneira, a taxonomia das unidades geomorfológicas (Quadro 2)
baseou-se no sistema de relevo de agradação, cujas formas têm suas origens ligadas
aos processos de origem continental e/ou marinha (ALMEIDA, 1964).
UNIDADES GEOMORFÓLÓGICAS
Ap
Praias com a influência dos processos atuais de agradação e degradação marinha
(Sedimentos holocênicos)
Atmh
Terraço marinho em que predominam os cordões arenosos ou alinhamento de
cristas praiais (Sedimentos holocênicos)
Atmpb
Terraço marinho pleistocênico baixo com ocorrência de dunas remanescentes
pleistocênicas (Sedimentos pleistocênicos)
Atmpa
Remanescentes de terraço marinho pleistocênico alto sob a influência de
processos continentais atuais (Sedimentos pleistocênicos)
Apfm
Planície fluviomarinha sob influência atual das marés (Sedimentos holocênicos)
Adfl
1
Depressão fluviolagunar preenchida por sedimentos aluviais de origem mineral e
orgânica (Sedimentos holocênicos)
Adfl
2
Depressão fluviolagunar preenchida por sedimentos aluviais orgânicos
(Sedimentos holocênicos)
Atca
Terraço colúvio-aluvial alto (Sedimentos quaternários)
Atfb+Apf
Terraço fluvial baixo + planície fluvial, não individualizados (Sedimentos
quaternários)
Apf
Planície fluvial periodicamente inundada (Sedimentos holocênicos)
Arc
Rampas de colúvio formadas por depósitos localizados no sopé das encostas
(Sedimentos quaternários)
Taxonomia baseada em Almeida (1964) e Souza (2007)
Quadro 2 - As unidades geomorfológicas identificadas na planície costeira de Bertioga-SP
Cada unidade recebeu um código de identificação (ID) formado por uma
41
seqüência de letras em que a letra maiúscula ―A‖ representa o sistema de agradação.
As letras minúsculas subseqüentes representam as formas de relevo e a origem dos
ambientes deposicionais, respectivamente.
3.2.3.2 Solos
A investigação sobre a distribuição espacial dos solos na paisagem foi realizada
conforme métodos usuais de prospecção preconizados pela EMBRAPA (1995). Tais
métodos serviram ao propósito de execução de observações de campo, coleta de
amostras, verificação dos limites entre as unidades de mapeamento dos solos (UM) e
do mapeamento propriamente dito. Diante da abrangência da área de estudo, da
complexidade e dinâmica dos ecossistemas costeiros e da grande variabilidade
espacial dos solos nesses ambientes, recorreu-se a 02 dos 05 métodos de
levantamento pedológico para delimitação das UM: (a) método das transeções e (b)
método do caminhamento livre.
Os procedimentos de campo relacionados aos métodos de prospecção utilizados
no levantamento dos solos da planície costeira foram:
a) incursões de caráter exploratório nas áreas representativas, previamente
selecionadas, para reconhecimento geral da área em campo e definição dos locais de
descrição e amostragem. A utilização de fotografias aéreas pancromáticas (1:25.000) e
coloridas (1:35.000), carta topográfica (1:50.000) e equipamento de GPS auxiliaram
nessa etapa;
b) a identificação preliminar dos solos foi realizada por meio da descrição de
perfis de solos em barrancos (cortes de estrada), trincheiras e sondagens (perfurações
por meio de trado manual) ao longo dos percursos e compartimentos pré-estabelecidos.
O número de perfis descritos e as distâncias entre eles foram determinadas
conforme as variações laterais das classes de solos. Tais variações foram identificadas
por mudanças de textura, drenagem, estrutura, profundidade, cor etc. dos horizontes
diagnósticos; por variações de declive, comprimento e forma das vertentes; pela
posição dos solos na vertente e na paisagem (topografia) e variação da vegetação e
material de origem.
42
O levantamento em campo teve por finalidade identificar a distribuão espacial das
principais classes de solos da área de estudo, totalizando 145 pontos de observões
(Figura 4) e/ou coleta entre perfis (P), mini-trincheiras e sondagens denominadas de pontos
de controle (PC), os quais viabilizaram o mapeamento pedológico na planície costeira e a
compreensão da relação solo-relevo-ubstrato geológico.
c) a coleta de amostras para análises qmicas e granulométricas de rotina, datação
por
14
C, termoluminesncia (TL) e luminescência opticamente estimulada (LOE), etc.
Para atender a essa finalidade, todas as amostras coletas nos horizontes dos perfis
de solos descritos submetidas às análises qmicas e granulométricas de rotina. Nos
pontos de controle (representados por trincheiras entre 60 e 100 cm e sondagens à trado),
as amostras de solos coletadas correspondem, via de regra, às profundidades de 0-20; 20-
40, 40-60 e 60-80 cm.
A descrição dos perfis de solos e a coleta de amostras para análises físico-qmicas
foram realizadas de acordo com os procedimentos do Manual de Descrição e Coleta de
Solo no Campo (SANTOS et al., 2005); enquanto a classificação baseou-se nos atributos
morfológicos, químicos e sicos obtidos em campo e laboratório conforme os critérios do
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos - SiBCS (EMBRAPA, 2006).
A definição dos limites entre as unidades resultou da combinação das informações
sobre os solos e a morfologia dos compartimentos, bem como por inferências a partir de
interpretações de fotografias reas.
Após a classificão e análise da distribuição espacial dos solos em cada
compartimento procedeu-se a delimitão das 15 unidades de mapeamento (UM), as quais
estão representadas por associações e complexos de solos. A identificação visual das UM
foi representada por cores conforme padronizão do SiBCS para uso em mapa de solos e
por meio de símbolos alfabéticos. Estesmbolos correspondem às abreviaturas das
classes de solos cuja ocorrência se destaca nas associações ou nos complexos.
3.3 Análises químicas e física para fins de classificão
As amostras de terra foram secas ao ar e passadas em peneira de malha 2 mm,
obtendo-se a fração terra fina seca ao ar (TFSA) utilizada para a realização das álises
Figura 4 - Localização dos pontos de descrição e coleta de amostras
2043
44
análises químicas e físicas para fins de levantamento e classificação dos solos. Tais
análises foram realizadas nos Laboratórios de Análises Químicas e de Física do Solo
da ESALQ/USP.
As análises químicas constaram de pH em água e em solução de KCl 1 N,
condutividade elétrica (CE) na proporção1:2,5 (v/v); cátions trocáveis (Ca
2+
, Mg
2+
, Al
3+
)
extraídos com solução de KCl 1 mol L
-1
e quantificados por espectrofotometria de absorção
atômica (AAS); Al
3+
trocável por titulação com solução NaOH 0,025 mol L
-1
; K
+
, Na
+
e P
disponível trocáveis extraídos com solução de HCl 0,05 mol L
-1
+ H
2
SO
4
0,0125 mol L
-1
(Mehlich
-1
) e quantificados por fotometria de chama (K
+
e o Na
+
) e o P disponível determinado
por colorimetria; acidez potencial (H+Al) foi extraída com solução de acetato de cálcio 0,5 mol
L
-1
a pH 7 e determinada por titulação com solução NaOH 0,025 mol L
-1
; C orgânico
determinado pelo método de Walkley-Black, com oxidação por via úmida, com dicromato de
potássio 0,1667 mol L
-1
, sem aquecimento e por meio de titulação com sulfato ferroso
amoniacal 0,1 mol L
-1
(EMBRAPA, 1997). A partir dos resultados obtidos foi calculada a soma
de bases (SB), capacidade de troca catiônica (T), saturação por bases (V%), Al
3+
(m%) e Na
+
(PST%).
Análises químicas complementares foram realizadas em amostras e perfis
selecionados, entre elas o carbono total, o ferro e alumínio oxalato/ditionito-citrato (BUURMAN
et al., 1996) e condutividade elétrica (EMBRAPA, 2006). O objetivo foi obter critérios que
satisfizessem a classificação dos solos a partir do segundo nível categórico. Para
caracterização e classificação dos Organossolos (materiais sulfídricos e escala de
decomposição de Von Post) foram adotados os procedimentos descritos no SiBCS
(EMBRAPA, 2006).
As análises granulométricas foram realizadas de acordo com os procedimentos da
Embrapa (1997), em que o teor da fração argila (<0,002 mm) é obtida pelo método do
densímetro; a fração areia total por peneiramento e o silte (0,05 – 0,002 mm) é calculado por
diferença. A fração areia total foi fracionada nos intervalos da fração areia areia muito grossa (2
– 1 mm), areia grossa (1 – 0,5 mm), areia média (0,5 – 0,25 mm), areia fina (0,25 – 0,10 mm) e
areia muito fina (0,10 – 0,05 mm) de acordo com as escalas de Wentworth e Atterberg
modificada. Com o auxílio do triângulo extural adotado pela SBCS (Sociedade Brasileira de
Ciência do Solo) foram calculadas a relação classe textural.
45
3.3.1 Dissoluções seletivas
As formas ferro e de alumínio foram extraídas através de dissoluções seletivas,
com o objetivo de obter critérios para apoiar a classificação dos Espodossolos a partir
do segundo nível categórico.
Os seguintes procedimentos foram seguidos: (a) Extração com oxalato ácido de
amônio de acordo com Buurman et al. (1996): relação solo: solução de 1:50, agitando
por 4 horas no escuro. A suspensão foi centrifugada por 15 minutos a 2.500 rpm, com
04 gotas de ―superfloc‖. O sobrenadante foi filtrado utilizando-se papel de filtro lavado
em ácido (7 a 11 µm de tamanho de poro); (b) Extração com ditionito-citrato de sódio
(DC): relação solo/solução 1:125, agitando por 16 horas, segundo metodologia proposta
por Holmgren (1967). Os procedimentos seguintes foram semelhantes aos acima relatados.
Alumínio e ferro nos extratos foram determinados por espectroscopia de absorção atômica
(AAS). Os resultados apresentados para esse elemento representam a média das análises
realizadas em duplicata que diferiram entre si em menos que 10%.
3.3.2 Distribuição e freqüência do tamanho das partículas (fração areia), classe textural
e grau de seleção
A granulometria foi realizada com finalidades diferentes. As análises dos perfis
completos para fins de classificão dos solos foram realizadas, por horizontes, no laboratório
da EMBRAPA-Solos/RJ nas frações areia grossa, areia fina, silte e argila. No Laboratório de
Física do Solo/ESALQ-USP, foram realizadas as análises granulométricas das amostras dos
pontos de controle (sondagens e trincheiras <80 cm de profundidade), por horizontes e/ou
profundidades em 07 e 12 intervalos de classes granulométricas (frações areia, silte e argila),
conforme interesse. Tamm foram realizadas análises granulotricas para separão dos
minerais pesados o micáceos e análise do índice ZTR (zircão, turmalina e rutilo) em 18
amostras de horizontes de solos coletadas em profundidades e perfis selecionados.
A distribuição e a freqüência do tamanho das partículas foram obtidas a partir da
análise estatística dos parâmetros granulométricos, cujos resultados dos fracionamentos (em
peso) foram laados em programa de alise sedimentológica software ANASED 5OJ. O
referido programa forneceu os dados estatísticos de acordo com os parâmetros de Folk e
46
Ward (1957): diâmetro médio (Mz), desvio padrão (
I
), assimetria (S
KI
), curtose (K
G
), grau de
seleção e classe textural, segundo diagrama textural de Shepard e Larsonneur. Os valores
qualitativos utilizados para a descrão do grau de assimetria, curtose e grau de seleção dos
sedimentos encontram-se na Tabela 1. A finalidade da aplicação desses dados
sedimentogicos foi reunir evincias que contribssem para a identificação, descrição e
classificação morfogenética dos compartimentos estudados.
O interesse em reunir informões que contribuam para a distinção
geomorfopedológica dos ambientes marinhos quaternários conduziu ao estudo granulométrico
dos sedimentos, os quais foram abordados da seguinte forma:
a) Em princípio, foram selecionadas 93 amostras coletadas nos horizontes de nove
perfis de solos (P38, P34, P33, P01, P16, P04, P08, P10 e P09) distribuídos em diferentes
setores dos depósitos marinhos quaternários. Os dados foram interpretados a partir da análise
em 12 intervalos granulotricos (10 intervalos da fração areia + silte e argila) da escala de
Wentworth (americana), conforme todo tradicional dos parâmetros estasticos
granulométricos de Folk e Ward (1957), descritos em Suguio (1973). O material mineral que
representa os sedimentos dos desitos supostamente mais antigos (pleistocênicos) foi
coletado nos horizontes de solo dos perfis P38, P34, P33, P01, P16, P04 e P08, enquanto o
mais recente (holonico) foi coletado nos horizontes dos perfis P10 e P09.
Tabela 1 - Limites das escalas qualitativas utilizadas para descrição dos valores de grau de seleção,
assimetria e curtose (Folk e Ward, 1957)
Grau de seleção
Assimetria (S
KI
)
Curtose (K
G
)
< 0,35
Muito bem
selecionado
-1,00 a -0,30
Assimetria muito
negativa
< 0,67
Muito
platicúrtica
0,35 a 0,50
Bem selecionado
-0,30 a -0,10
Assimetria negativa
0,67 a 0,90
Platicúrtica
0,50 a 1,00
Moderadamente
selecionado
-0,10 a +0,10
Aproximadamente
simétrica
0,90 a 1,11
Mesocúrtica
1,00 a 2,00
Pobremente
selecionado
+0,10 a +0,30
Assimetria positiva
1,11 a 1,50
Leptocúrtica
2,00 a 4,00
Muito pobremente
selecionado
+0,30 a +1,00
Assimetria muito
positiva
1,50 a 3,00
Muito
leptocúrtica
> 4,00
Extremamente mal
selecionado
> 3,00
Extremamente
leptocúrtica
Obs. Os valores de diâmetro médio referentes aos parâmetros estatísticos granulométricos de Folk e
Ward (1957) o apresentados na escala phi (Ф).
b) Em uma segunda etapa, os estudos granulométricos foram realizados em 18
amostras de 14 perfis de solos distribuídos, de modo geral, no sentido Serra-Mar. O
47
material mineral analisado foi coletado, via de regra, nos horizontes subsuperficiais B
espódicos e, quando não possível, na maior profundidade do perfil. Os dados dos
parâmetros estatísticos granulométricos (diâmetro médio, desvio-padrão e assimetria),
assim como na etapa inicial, foram calculados a partir do fracionamento das areias em
10 intervalos de classes da fração areia de acordo com escala de Wentworth e com
auxílio da técnica analítica dos momentos de Pearson, através do programa Momento 4
expansão, de Giannini e Nascimento Jr. (IGc/USP-SP).
3.4 Identificação dos minerais pesados e Índice ZTR
A preparação das amostras, o reconhecimento e a quantificação dos minerais
pesados foram realizadas no Laboratório de Sedimentologia do IGc/USP-SP. Foram
analisadas 18 amostras de 14 perfis de solos coletadas, preferencialmente, no
horizonte B espódico ou na base do perfil no sentido transversal à linha de costa, de
modo a representar a cronologia decrescente de idade, isto é, dos sedimentos mais
antigos para os mais jovens.
As distâncias entre os pontos de amostragem (Figura 4) foram estabelecidas
conforme mudanças na morfologia dos solos e na topografia. Em seguida, as amostras
foram submetidas à separação densimétrica por flutuação e afundamento em líquido
denso (bromofórmio, CHBr
3
, d 2,85 g/cm
3
), conforme Giannini (1993). A areia muito
fina (0,125 a 0,062 mm) foi a fração granulométrica selecionada, pois representa a
classe modal dos depósitos marinhos estudados.
As frações de minerais pesados das amostras separadas ao bromofórmio foram
submetidas à separação magnética. Na seqüência procedeu-se à confecção das
lâminas dos minerais pesados não-magnéticos e não-micáceos para reconhecimento e
contagem em microscópio óptico. O reconhecimento óptico dos minerais por petrografia
convencional seguiu à recomendação de Mange e Maurer (1992) e a quantificação foi
feita até um total de pelo menos 100 grãos.
Os atributos relacionados à cor, birrefringência, pleocroísmo, forma, esfericidade
(KRUMBIEN, 1941; RITTENHOUSE, 1943), relevo dos minerais auxiliaram para a
identificação das diferentes espécies de minerais pesados.
48
Com base nos resultados de contagem, foi calculado o índice ZTR (zircão,
turmalina e rutilo - ultra-estáveis), conforme Hubert (1962) e a soma dos minerais
metaestáveis e instáveis, segundo a classificação de estabilidade de minerais pesados
de Pettijohn (1975). Nos perfis estudados foi analisada a variação da soma percentual
dos minerais ultra-estáveis (índice ZTR zircão, turmalina e rutilo) dos minerais
metaestáveis (índice MET epídoto, estaurolita, sillimanita, cianita, andaluzita, granada
e monazita) e dos instáveis (índice INS hornblenda, hiperstênio, tremolita e
clinopiroxênios). A finalidade do uso dessa técnica foi correlacionar os índices de
maturidade dos sedimentos/solos com a distribuição espacial e cronológica dos
mesmos na planície costeira.
A identificação e a distribuição espacial dos minerais pesados tiveram por
finalidade efetuar a correlação entre o índice de maturidade versus a cronologia dos
depósitos marinhos.
3.5 Datação por termoluminescência (TL) e luminescência opticamente
estimulada (LOE) dos grãos de quartzo
A termoluminescência (TL) e a luminescência opticamente estimulada (LOE) são
técnicas geocronológicas de datação de fenômenos ou processos geológicos ocorridos
há milhares de anos (1.000 a 500.000 anos). A análise resulta das propriedades
luminescentes de minerais como quartzo e carbonatos de solos e sedimentos que
foram expostos à luz solar e depois foram soterrados. A sua aplicação na datação de
depósitos quaternários foi iniciada por Wintle e Huntley (1980) em sedimentos marinhos
e eólicos (LEES et al., 1990). A finalidade do uso dessas técnicas analíticas foi obter a
idade absoluta dos compartimentos quaternários (pleistocênicos ou holocênicos) estudados e
relacioná-los com a origem e evolão dos solos na planície costeira.
Tanto a coleta como a determinação das idades absolutas (TL e LOE) dos grãos de
quartzo foram realizadas conforme os procedimentos citados por Tatumi et al. (2003) e
descritos detalhadamente em Sallum et al. (2007). Tubos de PVC preto de duas polegadas de
diâmetro e 50 cm de comprimento foram utilizados na coleta das amostras. Tais tubos foram
inseridos horizontalmente em relação à supercie do terreno, em perfis e profundidades
49
selecionadas, considerando a topografia, profundidade e gênese dos compartimentos
geomorfológicos. As a coleta, as amostras foram embaladas e identificadas e, em seguida,
encaminhadas ao Laboratório de Vidros e Datação da Faculdade Tecnológica de São Paulo
(FATEC), na cidade de o Paulo para análise de TL e LOE.
3.6 Datação por
14
C
A técnica isotópica de datação por
14
C foi utilizada para reunir evidências sobre a
cronologia (idade atual até 40.000 anos) de femenos/eventos quaternários. Os materiais
analisados foram: (a) fração TFSA de dois horizontes B espódicos cimentados (ortstein)
coletadas nos perfis P01 e P08; (b) fragmentos de madeira ssil (troncos enterrados e
preservados) soterrados a 120 cm de profundidade (P06 e P15).
Essas análises foram realizadas na tentativa de obter informões e/ou evidências
sobre a idade relativa em anos A.P. (holocênica/pleistocênica) dos solos, auxiliando na
identificação dos compartimentos holocênicos e pleistocênicos.
A preparação e as análises das amostras foram realizadas no Laborario de
14
C do
Centro de Energia Nuclear na Agricultura-CENA/USP em Piracicaba-SP, conforme
procedimentos adotados por Pessenda e Camargo (1991) e Pessenda (1998), os quais
utilizam métodos de síntese de benzeno e espectrometria de cintilação quida para determinar
a atividade do
14
C. Os resultados foram corrigidos para o fracionamento isotópico natural (-
25‰) e apresentados em idade convencional não calibrada em anos antes do presente (A.P.).
A idade média ou o tempo de residência médio (TRM) foi computado com um período de
14
C
de 5.570 anos e desvio padrão de 1 (PESSENDA; CAMARGO, 1991).
50
4 OS COMPARTIMENTOS FISIOGRÁFICOS DA PLANÍCIE COSTEIRA DE
BERTIOGA: ORIGEM, CARACTERIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL
A planície costeira foi compartimentada segundo suas características geológicas,
geomorfológicas e pedológicas, refletidas na variação espacial dos ambientes. Essa
compartimentação proporcionou o mapeamento das Unidades Geológicas Quaternárias
(UGQs), das Unidades Geomorfológicas (UGEs) e das Unidades de mapeamento de
Solos (UM).
4.1 As unidades geológicas quaternárias (UGQs)
Informações importantes sobre as condições morfológicas, posição topográfica e
natureza do ambiente de deposição estão refletidas na distribuição, morfologia,
granulometria e tipo (mineral e/ou orgânico) dos sedimentos que formam os depósitos
na planície costeira (Quadro 3). A análise integrada das informações de campo e as
análises de laboratório permitiram a identificação de cinco principais Unidades
Geológicas Quaternárias representadas por depósitos de origem marinha, fluviomarinha
e continental (Figura 5). São elas:
a) Depósitos Coluviais;
b) Depósitos Continentais;
c) Depósitos Fluviomarinhos (planícies de maré);
d) Depósitos Fluviolagunares;
e) Depósitos Marinhos (pleistocênicos e holocênicos).
Os resultados de granulometria e de alguns dos seus parâmetros estatísticos
(diâmetro médio, desvio padrão e assimetria) foram utilizados como recurso básico de
caracterização e distinção dos depósitos superficiais. A variação desses parâmetros
entre os perfis dos depósitos continentais e fluviomarinhos, bem como os resultados do
cálculo do índice ZTR nas 17 amostras dos sedimentos marinhos selecionados
permitiram observar algumas diferenças na distribuição granulométrica dos sedimentos
e freqüência dos minerais. Nos depósitos marinhos, as sutis diferenças no grau de
maturidade e composição dos sedimentos constituíram importantes
Ambientes/
origem dos
depósitos
Litologia Formas de Relevo
Solos
(EMBRAPA,
2006)
Classes
Texturais
Grau
de
seleção
V
egetação
(Resolução
CONAMA
07/06)
Lençol
suspenso
(cm)
Larsonneur Shepard
Depósitos
Marinhos
Depósitos marinhos
constituídos de areias
muito finas e finas
holocênicas a atuais
Praias dissipativas de
baixa energia e
intermediárias à
dissipativas (SOUZA,
1997)
Ausente
Areia
Litoclástica
Fina a
Muito Fina
Areia
MBS a
BS
Gramíneas e
Ciperáceas
50
Depósitos marinhos
constituídos de areias
muito finas a finas de
idade holocênica
Planícies marinhas com
ou sem alinhamento de
cristas praiais
holocênicas localizadas
próximos à linha de
costa
Neossolos
Quartzarênicos
e
Espodossolos
Areia MBS
Floresta Baixa
de Restinga,
Floresta Alta
de Restinga
40-130
Depósitos marinhos
constituídos de areias
muito finas a finas, de
idade pleistocênica
mais
j
ovem
Terraços marinhos
baixos situados entre os
pleistocênicos e
pleistocênicos mais
anti
g
os
Areia
MBS a
BS
Floresta Alta
de Restinga
100
Depósitos marinhos
pleistocênicos mais
antigos constituídos de
areias muito finas a
finas, localmente
recobertos por
depósitos dunares
pleistocênicos
Terraços marinhos altos
e afastados da linha de
costa, entremeados por
depressões
fluviolagunares úmidas,
depósitos colúvio-
aluviais e fluviais
Areia MS a BS 200
Depósitos
Fluviomarinhos
Depósitos estuarinos
atuais constituídos de
sedimentos arenosos,
pelíticos e orgânicos
Planícies de marés ou
planícies de mangue dos
setores de baixo curso
dos rios principais
Organossolos,
Neossolos
Quartzarênicos
e Gleissolos
Areia
Litoclástica
Fina a
muito Fina
Areia
MS a
MBS
Transição
Mangue-
Floresta de
Restinga
<10
Depósitos
fluviolagunares
Depósitos
fluviolagunares ou
lacustres quaternários
constituídos de
sedimentos orgânicos,
pelíticos e/ou arenosos
de idades quaternárias
e atuais (Adfl)
Depressões localizadas
sobre o terraço marinho
pleistocênico colmatadas
por sedimentos
orgânicos de idades
quaternárias e atuais
Organossolos e
Gleissolos
Floresta Alta
de Restinga
Úmida e
Floresta
Paludosa
20
Quadro 3 - Principais atributos geológico-geomorfológicos dos ambientes identificados na planície costeira do município de Bertioga-SP
(continua)
51
52
Ambientes/
origem dos
depósitos
Litologia
Formas de Relevo
Solos
(EMBRAPA,
2006)
Classes
Grau
de
seleção
Vegetação
(LOPES,
2007)
Lençol
suspenso
(cm)
Larsonneur
Shepard
Depósitos
Continentais
(mistos)
Depósitos colúvio-
aluviais altos
pleistocênicos
constituídos de
sedimentos arenosos,
pelíticos e
cascalhentos (Atca)
Terraços fluviais altos,
bem drenados, planos,
recortados por
drenagem permanente e
canais intermitentes nos
setores próximos aos
rios
Cambissolos,
Neossolos
Quartzarênicos
e Gleissolos
Lama
Terrígena
Arenosa
Areia
lamosa
PS a
MPS
Floresta Fluvial
Alta
≥ 100
Depósitos fluviais
holocênicos a atuais
constituídos de
sedimentos arenosos,
pelíticos e
cascalhentos
Planícies de inundação,
depósitos de leito e
terraços fluviais baixos
Organossolos,
Neossolos
Flúvicos e
Gleissolos
Areia
Litoclástica
Fina a
muito Fina/
Lama
Terrígena
Arenosa
Areia/areia
lamosa
PS a MS
Floresta Fluvial
Baixa e
Floresta
Paludosa
≤ 50
Depósitos colúvio-
aluviais baixos não
individualizados de
idade holocênica a
atual e constituídos
por sedimentos
minerais e orgânicos
Planícies de inundação,
terraços fluviais e
colúvio-aluviais de baixa
declividade, recortados
por redes de canais
intermitentes e perenes
associados a extensas
depressões localizadas
no interior da planície
costeira, colmatadas por
sedimentos orgânicos e
minerais
Organossolos
Cambissolos,
Gleissolos e
Neossolos
Flúvicos
Lama
Terrígena
Arenosa
Areia/areia
lamosa
PS a
MPS
Floresta de
Transição
Restinga-
Encosta e
Floresta
Paludosa
≤ 50
Depósitos
Coluviais
Depósitos de encosta
com sedimentos
coluviais, de tálus e de
leques aluviais, de
idade pleistocênica a
atual, constituídos de
sedimentos de matriz
arenosa e/ou pelítica
com grânulos e seixos
(Arc)
Rampas de depósitos
coluviais, de tálus e
leques coluviais, que, via
de regra, adentram a
planície costeira,
recobrindo ambientes
fluviais e fluviomarinhos
Cambissolos e
Neossolos
Regolíticos
Lama
Terrígena
Arenosa/
Areia
Litoclástica
com
Grânulos/
Lama
Terrígena
Arenosa
Areia/areia
lamosa/areia
cascalhosa
MPS a
OS
Floresta de
Transição
Restinga-
Encosta
≥ 100
Notas: MBS = Muito Bem Selecionado
BS = Bem selecionado
OS = Pobremente Selecionado
MPS = Muito Pobremente Selecionado
MS = Moderadamente Selecionado
(conclusão)
(conclusão)
Quadro 3 - Principais atributos geológico-geomorfológicos dos ambientes identificados na planície costeira do município de Bertioga-SP
52
53
Figura 5 - Mapa do substrato geológico da planície costeira de Bertioga-SP
54
evidências cronológicas.
4.1.1 Os depósitos continentais coluviais
Localizados no sopé das encostas, os depósitos superficiais coluviais têm sua
origem relacionada à ação dos agentes hídricos (águas pluviais) e da gravidade durante
e após as fases mais úmidas no período Quaternário.
Os depósitos coluviais são formados por sedimentos, freqüentemente com
conteúdo elevado da fração areia, sobretudo, das frações grossa e muito grossa
(Tabelas 2 e 3 ) sendo comum nesses depósitos as texturas areia/areia lamosa/areia
cascalhosa (Anexo A).
Os resultados dos parâmetros estatísticos granulométricos refletem a natureza e
dinâmica dos processos morfogenéticos que originaram esses depósitos. O desvio
padrão (1,1-3,1) caracteriza o grau de seleção muito pobremente selecionado a
pobremente selecionado dos sedimentos, indicando que a deposição se deu próxima à
fonte de suprimento do material (Anexo A), com importante representação das frações
grossas conforme valores médios de assimetria (positiva a muito positiva) e dados
granulométricos (Tabela 2). Os valores médios de curtose (mesocúrtica) e do diâmetro
médio em cada ponto de amostragem (Tabela 3) caracterizam a irregularidade na
distribuição granulométrica e o não predomínio de qualquer fração no conjunto dos
depósitos, conseqüência da baixa capacidade de seleção dos agentes responsáveis
pela formação dos depósitos coluviais.
A fração areia está representada predominantemente por quartzo e micas entre
outros minerais primários que compõem as rochas metamórficas e ígneas do Complexo
Costeiro Pré-Cambriano (Serra do Mar). A pedogênese e o desenvolvimento do
horizonte B incipiente (Bi) subsuperficial influenciam a distribuição da fração arglia em
profundidade, cujos teores totais (máximo e mínimo) encontrados foram de 217 g kg
-1
em camada pedogeneizada e 8 g kg
-1
no material de origem, respectivamente (Tabela
2).
55
Tabela 2 - Distribuição granulométrica nos depósitos coluviais
PC
Horiz.
Prof.
(cm)
AT
(g kg
-1
)
Granulometria (g kg
-1
)
Arg.
Silte
GRA
AMG
AG
AM
AF
AMF
PC57
A
0-7
775
75
72
350
49
152
114
146
43
BA
7-15
767
115
118
-
65
239
160
230
73
Bi
15-32
781
115
104
-
104
176
177
260
65
C1
32-60
996
08
13
358
66
331
114
95
15
C2
60-70
915
25
60
-
61
333
208
256
57
PC65b
A
0-20
851
31
60
384
48
245
118
90
25
C1
60-80
876
17
38
561
54
187
66
57
20
PC83
A
0-20
704
127
168
-
8
18
201
213
100
Bi
20-50
749
101
150
-
34
182
186
222
109
PC102
A
0-12
673
128
199
-
13
121
253
205
81
BA
12-23
691
165
144
-
17
159
219
215
80
Bi
23-50
581
217
203
-
19
123
142
189
107
Média
780
94
111
413
45
189
144
182
65
Notas: PC = ponto de controle
GRA = grânulo
AT = areia total
AMG = areia muito grossa
AG = areia grossa
AM = areia média
AF = areia fina
AMF = areia muito fina
Horiz. = horizonte
Prof. = profundidade
Arg. = argila
Sinais convencionais utilizados:
- Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento
Tabela 3 - Média dos parâmetros estatísticos granulométricos nos depósitos coluviais
PC
Mz
Med.
K
G
S
KI
I
Grau de
Seleção
PC57
1,72
1,68
1,05
0,16
2,02
PS
PC65b
0,55
0,21
1,04
0,54
2,32
PS
PC83
2,72
2,72
1,28
0,25
2,17
MPS
PC102
3,51
2,75
0,90
0,39
2,81
MPS
Média
Geral
2,12
1,84
1,07
0,34
2,33
Areia
Fina
Areia
Média
Mesocúrtica
Muito
Positiva
MPS
Notas: Os parâmetros estatísticos granulométricos foram obtidos a partir do fracionamento das
Areias em 5 intervalos de classes granulométricas+ silte argila e grânulos
PC = ponto de controle
Med. = mediana
MPS = muito pobremente
selecionado
PS = pobremente selecionado
Mz = diâmetro médio
Med = mediana
K
G
= curtose
S
KI
= assimetria
I
= desvio padrão
56
4.1.2 Os depósitos continentais
A alternância das classes texturais e dos parâmetros estatísticos granulométricos
constituiu-se em importante elemento de distinção entre as camadas dos depósitos
(Anexo A). No entanto, a variabilidade espacial e vertical desses parâmetros, sobretudo
do desvio padrão e diâmetro médio (Figuras 6, 7 e 8), conduziu ao agrupamento dos
depósitos colúvio-aluviais altos, colúvio-aluviais baixos e fluviais em uma única unidade
geológica representativa: a dos depósitos continentais (Figura 5).
Nestes depósitos a distribuição granulométrica é heterogênea (Tabela 4),
apresentando importantes variações verticais entre as diferentes camadas e entre os
depósitos. As frações areia fina e muito fina, via de regra, são as mais representativas,
sendo o quartzo e as micas os minerais primários mais abundantes, conforme
observações em campo.
No decorrer dos dois últimos grandes evento quaternário regressivo do nível
relativo do mar e da conseqüente progradação da linha de costa, os processos
continentais avançaram sobre a plataforma continental (SUGUIO; MARTIN, 1976;
1987). Os sedimentos dos depósitos continentais e marinhos pré-existentes foram
retrabalhados, transportados e depositados sobre antigos ambientes fluviais,
fluviomarinhos, fluviolagunares etc., formando um complexo sistema deposicional
continental-marinho. Tal sistema desenvolveu-se a partir dos sucessivos ciclos
morfogenéticos ocorridos ao longo do Quaternário, sob influência de condições
climáticas secas e úmidas.
As evidências granulométricas das alternâncias de energia dos agentes de
transporte (água fluvial e pluvial), que promoveram o descolamento e a deposição dos
sedimentos, auxiliaram na delimitação espacial dessa unidade geológica. Antigos leitos
de canais de rios foram identificados em diversos setores do interior da planície
costeira. Seqüências de camadas de sedimentos arenosos (fração areia grossa e muito
grossa) intercalados com grânulos e fragmentos de madeira evidenciam o traçado dos
antigos terraços e planícies de inundação desses paleoambientes fluviais.
A natureza colúvio-aluvial e fluvial dos depósitos superficiais continentais
(mistos) é marcada por sucessivas camadas de sedimentos (minerais e/ou orgânicos)
57
com variações granulométricas discrepantes e por estratificações plano-paralelas com
transições claras a abruptas.
A comparação geral dos resultados médios dos parâmetros estatísticos
granulométricos (dos perfis) nos depósitos colúvio-aluviais altos, colúvio-aluviais baixos
e fluviais (Tabela 5) que formam a unidade geológica dos depósitos continentais
permitiu verificar que:
a) os sedimentos dos depósitos colúvio-aluviais altos e próximos à encosta
ocorrem predominantemente nas frações areia fina, muito fina e silte, com diâmetros
médios entre 3-4 e 4- (Figura 6);
b) nos depósitos formados por sedimentos colúvio-aluviais baixos (Figura 8), que
representam a transição dos depósitos colúvio-aluviais altos para os ambientes fluviais,
bem como naqueles essencialmente fluviais (Figura 7), ocorre uma redução no teor de
argila e os diâmetros médios mais recorrentes estão entre 3-, com textura areia/areia
lamosa.
Tabela 4 - Valores médios granulométricos dos sedimentos que formam os Depósitos
Continentais
Origem dos
Sedimentos
Areia
Total
Granulometria (g kg
-1
)
Argila
Silte
AMG
AG
AM
AF
AMF
Colúvio-aluviais alto*
533
185
283
05
18
46
312
151
Colúvio-aluviais baixos
742
74
184
11
80
145
336
170
Fluviais*
792
64
144
12
41
35
458
245
Paludiais
(depressões)
351
216
433
12
89
55
126
69
Notas: * Depósitos com algumas camadas apresentando entre 220 e 561g kg-1 de
sedimentos na fração grânulo.
AMG = areia muito grossa
AG = areia grossa
AM = areia média
AF = areia fina
AMF = areia muito
fina
O comportamento mais irregular das médias de desvio padrão nos sedimentos
fluviais e colúvio-aluviais baixos em relação ao das médias dos depósitos colúvio-
aluviais altos (Figuras 6, 7 e 8), reflete as diferenças espaciais na composição
granulométrica dos depósitos.
58
No conjunto dos depósitos continentais as médias de
I
(nas camadas e no
perfil) indicam o baixo grau de seleção dos sedimentos. Em geral, são pobremente a
muito pobremente selecionados (
I
>1). Em menor proporção estão as camadas com
sedimentos moderadamente selecionados e raras são aquelas com sedimentos bem
selecionados (
I
<0,5). A assimetria varia de positiva a muito positiva, com valores
entre +0,10 e +1,00 (Tabela 5). Depósitos com camadas de sedimentos de assimetria
negativa são pouco comuns, ocorrendo nos depósitos fluviais (PCs 33, 35, 62, 63, 87,
122 a e 122b, colúvio-aluviais baixos (PCs 68, 80, 81, 82 e 87) e fluviomarinhos (PCs
31b e 32b) ou em alguma camada dos depósitos fluviomarinhos (PC 35, 62, 63 e 87)
(Anexo A). A variabilidade espacial dos valores médios da curtose (entre os perfis e/ou
depósitos) é característica comum nos sedimentos que se formaram em ambientes de
origem complexa como os depósitos das planícies costeiras (Figuras 6, 7 e 8).
Apesar da natureza complexa dos depósitos, a distribuição dos parâmetros
estatísticos (Tabela 5) nos perfis permitiu levantar algumas considerações sobre a
dinâmica e evolução dos ambientes em determinados setores da planície costeira:
Por exemplo, no setor de médio-baixo curso do rio Itapanhaú, representado pelo
PC115, o valor de curtose varia de muito leptocúrtica (1,5 -3,0) a muito placticúrtica
(<0,67) do topo para a base do depósito (300 cm). Possivelmente essa variação esteja
relacionada às oscilações de energia durante a formação do depósito e à diferente
capacidade de seleção do agente transportador (água). O comportamento decrescente
dos valores de Mz e
I
dos sedimentos em profundidade (Figura 9) e a distribuição
irregular da granulometria indicam a alternância de energia dos ambientes
deposicionais (Tabela 6). Tais parâmetros permitiram identificar no perfil a ocorrência
de quatro intervalos granulometricamente distintos entre as profundidades de 0-106 cm;
106-170 cm; 170-240 cm e 240-300+ cm (Figura 10).
Do topo para a base do depósito, o intervalo entre 0-106 cm representa uma
camada muito pobremente selecionada, de textura franca a franco-arenosa. Na
seqüência, entre 106 e 170 cm, material apresenta textura mais fina (franco-siltosa à
franco-argilosa) com 244-307 g kg
-1
de argila. No intervalo entre 170 e 240 cm a textura
é argilo-siltosa com 411-437kg
-1
de argila e 538-549 g kg
-1
de silte. A partir de 240 cm
até 300 cm a textura é areia/areia-franca (areia fina a muito fina),
0
1
2
3
4
5
6
PC33
PC34
PC35
PC59
PC62
PC63
PC85
PC97c
PC98
PC122a
PC122b
PC128
P32
P36
Perfil
Parâmetros Estatísticos
0
1
2
3
4
5
6
PC39
PC40
PC90
PC94
PC114
PC115
PC117
P35
PC72
Perfil
Parâmetros Estatísticos
Figura 7 - Média dos parâmetros estatísticos granulométricos
dos perfis que representam os depósitos fluviais
Figura 6 - Média dos parâmetros estatísticos granulométricos dos
perfis que representam os depósitos colúvio-aluviais altos
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
4
4.5
5
Depósitos
colúvio-
aluviais altos
Depósitos
flúvio-aluviais
Depósitos
flúvio-aluviais
(depressões)
Depósitos
fluviais
Parâmetros Estatísticos
Diâmetro Médio
Mediana
Curtose
Assimetria
Desvio Padrão
-1
0
1
2
3
4
5
6
PC69a
PC69b
PC71
PC80
PC81
PC82
PC87
PC88
PC89
PC91
PC113
P37
PC73
PC74
PC93
PC68
PC116a
Perfil
Parâmetros Estatísticos
Figura 8 - Média dos parâmetros estatísticos granulométricos dos perfis que
representam os depósitos colúvio-aluviais baixos
59
60
Tabela 5
- Distribuição dos valores médios dos parâmetros estatísticos granulométricos nos depósitos continentais
Depósitos colúvio-aluviais altos
Depósitos colúvio-aluviais baixos
Depósitos fluviais
PC/P
Mz
Med
K
G
S
KI
I
PC/P
Mz
Med
K
G
S
KI
I
PC/P
Mz
Med
K
G
S
KI
I
PC39
3,77
3,18
1,67
0,67
1,49
PC69a
1,86
1,68
0,70
0,22
1,15
PC33
3,17
3,08
1,04
0,32
0,62
PC40
5,78
4,82
0,57
0,52
2,04
PC69b
3,37
3,26
1,77
0,31
1,58
PC34
3,71
3,46
1,55
0,44
1,23
PC90
4,28
3,56
1,35
0,34
2,22
PC71
2,77
2,77
2,88
0,37
0,38
PC35
3,51
3,54
1,24
0,25
1,22
PC94
4,10
3,51
1,66
0,38
2,23
PC80
4,07
3,99
1,83
0,15
1,51
PC59
3,56
3,35
1,74
0,43
1,54
PC114
3,39
2,82
2,39
0,42
1,75
PC81
2,49
2,52
1,17
-
0,01
1,01
PC62
2,60
2,81
1,16
0,11
2,46
PC115
4,86
4,13
1,30
0,53
1,84
PC82
4,35
3,92
2,17
0,38
1,85
PC63
1,61
1,66
0,79
0,09
1,85
PC117
5,77
4,70
0,54
0,69
1,84
PC87
3,31
3,19
1,99
0,27
1,80
PC85
3,22
3,09
1,36
0,42
1,08
P35
3,65
3,35
1,77
0,36
1,62
PC88
2,10
1,86
1,22
0,38
1,66
PC97c
2,91
2,78
1,98
0,19
0,59
PC72
3,45
3,34
2,13
0,42
1,40
PC89
3,44
3,17
1,39
0,29
2,09
PC98
2,79
2,79
5,25
0,28
0,68
Média
4,34
3,71
1,45
0,48
1,82
PC91
3,42
3,16
1,62
0,24
1,77
PC122a
2,98
2,81
2,72
0,47
0,78
PC113
2,87
2,83
1,71
0,42
1,78
PC122b
3,20
3,19
1,15
0,05
0,77
P37
3,27
2,82
1,40
0,36
2,26
PC128
4,92
4,11
0,84
0,57
1,94
PC73
3,23
3,22
1,91
0,34
0,82
P32
3,55
3,39
2,16
0,49
0,85
PC74
3,55
3,66
1,88
0,17
1,22
P36
3,43
3,14
1,66
0,36
1,67
PC93
4,13
3,52
0,68
0,37
2,05
Média
3,26
3,11
1,50
0,33
1,25
PC68
3,63
3,57
1,77
0,30
1,54
PC116a
5,86
4,80
0,50
0,71
1,77
Média
3,38
3,16
1,47
0,33
1,42
Notas: Parâmetros estatísticos granulométricos dos PCs foram obtidos
a partir do fracionamento das areias em 5 intervalos de classes
granulométricas + silte, argila e grânulos
PC = ponto de controle
P = perfil
Mz = diâmetro médio
Med = mediana
K
G
= curtose
S
KI
= assimetria
I
= desvio padrão
60
61
característica dos ambientes de borda de planície de maré (mangue arenoso).
A posição geográfica e topográfica (5-6 m) do depósito colúvio-aluvial alto
(representado pelo PC115) em relação à atual planície de maré e a análise dos
parâmetros estatísticos, em profundidade, constituem evidências de que o NMRM
esteve mais alto que o atual. Dessa maneira, durante a fase transgressiva, as áreas de
influência das marés ou das paleolagunas se estendiam mais à montante (PC115). A
dinâmica geomorfológica (movimentos de massa do solo nas suas diversas formas),
desencadeada por agentes externos ligados às condições climáticas, promoveu a
deposição dos sedimentos colúvio-aluviais altos sobre os fluviomarinhos ou lagunares.
Análises paleoambientais (diatomáceas, Δ
13
C, fitólitos) poderiam auxiliar a reunir
evidências complementares sobre a origem dos depósitos subsuperficiais neste setor
da planície costeira.
As tendências gerais dos parâmetros estatísticos estão diretamente relacionadas
à origem (processos, energia dos agentes de transporte, velocidade de deposição,
topografia etc.) e composição dos depósitos. Os depósitos colúvio-aluviais altos
encontram-se mais próximo à área fonte (encosta da Serra do Mar) e os sedimentos
são ricos em minerais primários alteráveis. Isso explica os dados de diâmetro médio
predominante nestes depósitos (silte grosso e areia muito fina). Nos depósitos
essencialmente fluviais, o diâmetro médio dos sedimentos é maior que nos outros
depósitos que formam essa Unidade Geológica (Tabela 5). As diferenças na energia,
intensidade e velocidade dos processos e agentes geomorfogenéticos que atuam no
retrabalhamento (remoção, transporte e deposição) dos sedimentos continentais na
planície costeira contribuem para a heterogeneidade dos sedimentos e das camadas
dos depósitos.
4.1.3 Os depósitos fluviomarinhos
Os depósitos fluviomarinhos, representados pelas áreas sob influência das
marés (planícies de marés ou planícies de mangue), restringem-se aos setores de baixo
curso dos três principais rios que drenam a área de estudo (rios Itapanhaú, Itaguaré e
Guaratuba.
0
1
2
3
4
5
6
0-12
12-50
50-90
90-106
106-129
129-153
153-170
170-200
200-240
240-260
260-300
Profundidade (cm)
Parâmetros Estatísticos
Média Mediana Curtose Assimetria Desvio Padrão
Figura 9 - Distribuição vertical dos parâmetros estatísticos granulométricos
no depósito colúvio-aluvial representado pelo PC115
Tabela 6 - Distribuição granulométrica no depósito colúvio-aluvial
representado pelo PC115
Prof.
(cm)
Areia
Total
Arg.
Silte
AMG
AG
AM
AF
AMF
Classe
Textural
(Santos,
2005)
(g kg
-1
)
0-12
342
193
466
-
03
06
161
172
F
12-50
465
179
357
-
01
08
214
241
F
50-90
558
152
289
-
01
10
288
259
FAR
90-106
546
184
270
-
01
12
258
275
FAR
106-129
264
244
492
003
02
08
140
114
FS
129-153
251
308
441
003
02
08
127
114
FAG
153-170
299
307
394
006
01
07
163
127
FAG
170-200
51
411
538
-
01
01
16
34
AS
200-240
13
437
549
-
00
01
05
08
AS
240-260
859
51
90
-
15
15
512
317
AF
260-300
947
25
28
-
01
01
642
303
A
Média
418
226
356
001
03
07
230
178
Notas: AMG = areia muito grossa
AG = areia grossa
AM = areia média
AF = areia fina
AMF = areia muito fina
Arg. = argila
A = areia
F = franca
AF = areia franca
FAR = franco arenosa
FAG = franco argilosa
AS = argila siltosa
Sinais convencionais utilizados:
- Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento
62
63
O material de origem é composto, principalmente, por sedimentos recentes
(holocênicos) de origem orgânica e mineral nas frações <250 mm. Entre os 11 perfis
amostrados, em quatro deles as amostras foram submetidas à análise granulométrica
(Tabela 7). As coletadas em depósitos com sedimentos nas frações argila/silte
(―mangue lodoso‖) não foram submetidas à granulometria devido ao conteúdo
predominantemente orgânico do material e a incompatibilidade entre o volume
amostrado e a quantidade utilizada no método analítico adotado.
Figura 10 - Foto mostrando as camadas (retiradas a trado) que formam os 4 distintos
intervalos granulométricos identificados no perfil PC115. (a) 0-106 cm, (b) 106-
170 cm, (c) 170-240 cm e (d) 240-300 cm
A natureza granulométrica dos depósitos fluviomarinhos está relacionada à baixa
energia dos agentes de transportes (fluvial e micromarés), responsáveis pelo
deslocamento e deposição dos sedimentos. Os sedimentos de origem mineral são
moderadamente a muito bem selecionados com valores médios de
I
em torno de 0,59
(Anexo A). Os valores médios de Mz e S
KI
refletem a granulometria dominada pelas
frações areia muito fina e fina (Tabela 7), as quais formam os depósitos dos setores
denominados ―mangues arenosos‖ (ROSSI, 1999; SOUZA-Jr., 2006). Os sedimentos
nessas frações são transportados em suspensão e depositados na planície durante os
ciclos diários das marés (altas e baixas). As condições hidromórficas e a vegetação dos
64
locais amostrados contribuem para a acumulação de material orgânico nos depósitos
fluviomarinhos.
Tabela 7 - Distribuição granulométrica nos depósitos fluviomarinhos (mangue arenoso)
PC
Hz
Prof.
(cm)
Granulometria (g kg
-1
)
Classe
Textural
(Santos, 2005)
Areia
Total
Arg.
Silte
AMG
AG
AM
AF
AMF
PC31a
A
0-8
675
65
260
-
17
26
406
226
FAR
PC31a
AC
8-15
871
38
91
01
04
07
635
224
A
PC31a
C1
15-30
909
38
53
-
01
03
630
275
A
PC31a
C2
30-50
944
38
18
-
01
26
825
93
A
PC31a
Cg
70-90
938
38
25
-
02
02
705
228
A
PC31b
Ag1
0-20
869
38
93
-
05
06
474
384
A
PC31b
Ag2
20-40
829
38
133
-
05
07
413
404
AF
PC31b
Acg
40-60
845
38
117
-
07
07
574
257
AF
PC31b
Cg
60-80
894
38
68
01
03
07
639
245
A
PC32a
A1
0-20
924
25
51
-
03
06
549
367
A
PC32a
A2
20-40
922
25
53
-
02
09
657
253
A
PC32a
AC
40-60
930
25
45
-
03
04
558
364
A
PC32a
Cg
60-80
942
25
33
-
02
05
697
238
A
PC32b
A
0-10
970
13
18
-
31
220
542
177
A
PC32b
E
40-60
988
00
12
-
27
198
593
169
A
PC32b
Bh
120-130
962
13
25
-
15
201
650
950
A
PC32b
Bs
130-150
970
13
17
-
08
18
456
487
A
Notas: PC = ponto de controle
HZ = horizonte
AMG = areia muito
grossa
AG = areia grossa
AM = areia média
AF = areia fina
AMF = areia muito fina
Arg. = argila
A = areia
AF = areia franca
FAR = franco arenosa
Sinais convencionais utilizados:
- Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento
4.1.4 Os depósitos fluviolagunares
Os depósitos fluviolagunares ocupam, preferencialmente, as áreas deprimidas do
setor central da planície costeira de Bertioga, abrangendo grande parte da bacia do rio
Itaguaré (Figura 5).
As áreas deprimidas dos depósitos fluviolagunares têm sua origem relacionada à
65
evolução de antigos ambientes lagunares (paleolagunas). Conforme Suguio e Martin
(1976, 1978a, b), após as duas últimas regressões marinhas e conseqüente
progradação da linha de costa, algumas áreas de antigas lagunas/lagos permaneceram
na paisagem sob a forma de depressões. Essas depressões passaram a receber o
excedente hídrico dos setores adjacentes favorecendo a acumulação de sedimentos
minerais e, sobretudo, de material orgânico após a instalação da vegetação. As
condições climáticas holocênicas, predominantemente úmidas nas zonas costeiras do
Brasil (SCHEEL-YBERT, 2000; DE OLIVEIRA et al., 2005; VIDOTTO, 2008),
contribuíram para acelerar a colonização vegetal.
Os sedimentos caracterizam-se pela natureza predominantemente orgânica de
seu material constituinte, de provável idade holocênica, fortemente a completamente
decomposto. O ambiente de drenagem restrita (mal a muito mal drenado) e o pH
extremamente ácido (pH <4,0) favorecem a acumulação de matéria orgânica, cuja
origem está relacionada à vegetação de floresta paludosa e/ou de floresta de restinga,
ainda bem preservadas na área de estudo. A trama de raízes superficiais dos diferentes
estratos vegetacionais permite que se caminhe sobre os depósitos orgânicos de baixa
densidade.
O grau de decomposição do material orgânico, o baixo conteúdo de material
mineral e a presença do lençol d’água a menos de 30 cm na maior parte do ano
conferem a esses depósitos, coloração cinza muito escura a bruno muito escura, com
croma menor que 1 conforme a Munsell soil colors charts e teores elevados de carbono
orgânico (até 618 g kg
-1
).
Nos setores centrais das depressões, entre as bacias do rio Itaguaré e
Guaratuba, a espessura desses depósitos é superior a 150 cm de profundidade.
Camadas de sedimentos minerais de granulometria mais grossa (silte/areia fina) são
comuns nesses depósitos em profundidades superiores a 100 cm.
As condições de ambientes não alterados pelo uso e ocupação (manutenção da
vegetação nativa), o alto teor de C e de fibras e a presença constante do lençol freático
próximo à superfície, mantém a estrutura dos depósitos, favorecendo a baixa densidade
dos constituintes orgânicos que nestes tipos de material, tendem a ser inferiores a uma
66
unidade, podendo, ser menores que 0,15 kg dm
-3
(VALLADARES et al., 2008;
ANDRIESSE, 1988; KÄMPF; SCHNEIDER, 1989).
4.1.5 Os depósitos marinhos
A posição geográfica dos depósitos marinhos na planície costeira é marcada por
sua distribuição contínua ou descontínua e paralela à linha de costa. Os mais antigos
localizam-se entre os depósitos continentais e os depósitos marinhos mais recentes
(Figura 5). Estes últimos estendem-se ao longo da costa em contato com os depósitos
marinhos atuais (praias). Exceção são os remanescentes de antigos depósitos
marinhos (8-12 m de altitude) que se apresentam sob a forma de pequenas elevações
isoladas, cuja morfologia se assemelha a um morro entremeado aos depósitos
continentais colúvio-aluviais e fluviais do interior da planície, próximos à encosta da
Serra do Mar.
Os estudos granulométricos (distribuição granulométrica e parâmetros
estatísticos granulométricos) dos depósitos superficiais marinhos foram abordados,
sobretudo, sob o aspecto pedológico, em que as amostras representam as “camadas”
designadas como “horizontes” de solo.
4.1.5.1 Características granulométricas
Os depósitos marinhos quaternários, representados pelos sedimentos coletados
nos perfis (P38, P34, P33, P01, P16, P04, P08, P10 e P09) são constituídos,
predominantemente, de areia muito fina (0,125-0,088 mm) e areia fina (0,250-0,125
mm) (Tabela 8). A distribuição espacial destes perfis nos sedimentos marinhos
holocênicos e pleistocênicos está representada na Figura 4.
Nos depósitos analisados, as classes granulométricas das frações areia fina e
muito fina compõem juntas, entre 720 g kg
-1
e 990 g kg
-1
do total dos sedimentos, com
média em torno de 930 g kg
-1
(Anexo B). A fração areia muito fina constitui, no conjunto
dos sedimentos marinhos, a classe granulométrica mais comum (Figura 11), com
valores distribuídos entre 370 e 820 g kg
-1
entre as camadas e média de 560 g kg
-1
entre os perfis (Anexo B). A segunda classe granulométrica mais abundante é a da
67
fração areia fina com teores variando entre 150 e 570 g kg
-1
e média de 370 g kg
-1
. São
sedimentos muito bem selecionados a bem selecionados, com até 50 g kg
-1
da fração
areia média (0,250-0,500 mm) em algumas camadas dos depósitos mais antigos (P01 e
P16). Sedimentos na fração areia grossos não foram detectados (Figura 11).
Em subsuperfície os teores de finos (fração silte e argila) aumentam sutilmente,
sobretudo nas camadas acrescidas de material orgânico (horizontes B espódicos e
horizontes de transição EB, BE), porém não ultrapassaram 142 g kg
-1
(14%) de silte e
80 g kg
-1
(8%) de argila (Figura 12). O maior teor de silte (216 g kg
-1
) foi encontrado na
camada superficial (horizonte A) do P08.
Os perfis P38, P16 e P01 representam os sedimentos de antigos depósitos e/ou
terraços marinhos distantes da linha de costa (entre 2,5 e 4 km). Neles, a distribuição
média das frações areia fina e muito fina apresenta-se relativamente equilibrada (entre
403 g kg
-1
e 538 g kg
-1
), com sutil predomínio da areia muito fina. No perfil P34 a areia
muito fina é nitidamente elevada (Figura 12). Em direção aos sedimentos mais recentes
(P10 e P09), verificou-se um maior domínio da fração areia muito fina. O perfil P09 é o
mais próximo da praia (<50 m) e apresenta teores elevados de areia muito fina ((figura
11).
Tabela 8 Média da distribuição granulométrica nos depósitos marinhos, Bertioga-SP
Perfis
Granulometria (g kg
-1
)
AMG
AG
AM
AF
AMF
Silte
Arg.
P38
-
-
03
403
538
31
20
P34
-
-
01
192
728
50
26
P16
-
-
33
428
465
49
19
P01
-
-
16
420
486
46
29
P04
-
-
08
305
595
52
36
P33
-
-
01
358
611
15
10
P08
-
-
02
374
557
45
18
P10
-
-
0
387
583
16
11
P09
-
-
03
263
693
24
16
Notas: AMG = areia muito grossa
AG = areia grossa
AM = areia média
AF = areia fina
AMF = areia muito fina
Sinais convencionais
Utilizados:
- Dado numérico igual a zero não resultante de
arredondamento
0 dado númerico resultante de arredondamento
68
O P04 e o P33 representam os remanescentes de depósitos marinhos altos dos
setores intermediários na planície (entre os depósitos mais antigos e os mais recentes)
localizados nas bacias dos rios Itapanhaú e Guaratuba, respectivamente, e distantes
cerca de 1 km da linha de costa. A distribuição granulométrica nestes depósitos
apresenta comportamento semelhante, com médias de areia fina entre 305 e 358 g kg
-1
e de areia muito fina entre 595 e 611 g kg
-1
.
No depósito representado pelo P34, localizado nas proximidades do Condomínio
Morada da Praia, a aproximadamente 4 km para o interior da planície, os teores de
areia muito fina são superiores (>680 g kg
-1
) aos de areia fina (<250 g kg
-1
) até 150 cm
de profundidade.
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
P 38 P 34 P 16 P 01 P 04 P 33 P 08 P 10 P 09
P erfis
Granulometria (g kg
-1
)
Argila
S ilte
AMF
AF
AM
Figura 11 - Média da distribuição granulométrica dos perfis que representam os
depósitos marinhos da planície costeira de Bertioga-SP
Os resultados de distribuição granulométrica dos perfis localizados na bacia do
rio Itapanhaú permitiram verificar uma tendência do aumento da fração areia fina no
sentido dos depósitos mais recentes (Figuras 11 e 12). Essa tendência parece ocorrer
também paralelamente à linha de costa quando comparamos os dados dos sedimentos
representados pelos remanescentes mais antigos dos depósitos marinhos (P38 e P34).
69
Tais resultados caracterizam a heterogeneidade dos sedimentos marinhos no que diz
respeito às diferenças na distribuição espacial das areias finas e muito finas, principais
constituintes dos depósitos marinhos na planície costeira de Bertioga.
A distribuição da fração areia nos perfis P01 e P16, com concentração de areia
dia em algumas camadas, pode estar relacionada com as mudanças de energia dos
agentes de transporte sin e pós-deposicionais que formaram os desitos antigos. Suguio
e Martin (1978b) mapearam este setor como área de sedimentos retrabalhados pelo vento
(dunas) atribuindo-lhe idade pleistocênica. Para esses autores, a granulometria mais
heterogênea deste setor em relação aos sedimentos mais recentes (holocênicos), estaria
relacionada ao retrabalhamento dos sedimentos marinhos mais antigos pelo vento. As sutis
concentrações da fração areia dia nos sedimentos antigos dos perfis P16, P01 e P04
(Figura 11) resultariam, portanto, das mudanças de energia do agente lico durante a
formação dos depósitos.
A amostragem e a granulometria dos sedimentos por camadas/horizontes
representaram importantes critérios para o entendimento da distribuão espacial dos
depósitos superficiais que formam a planície costeira, sobretudo quando correlacionados e
comparados com outros elementos da paisagem (topografia e localizão geográfica).
4.1.5.2 Os parâmetros estatísticos granulométricos
A análise dos parâmetros estatísticos granulométricos dos sedimentos marinhos de
nove perfis (Figura 13), em intervalos de dez (10) frações areia, silte e argila (Anexo C),
permitiu registrar importantes diferenças entre os sedimentos superficiais dos depósitos
marinhos antigos e recentes.
As médias dos valores de assimetria (negativa a simétrica) e diâmetro médio (2,95-
3,59Ф) refletem a distribuição da fração areia nos depósitos, nos quais predominam a areia
muito fina com diâmetro no intervalo granulométrico de 0,125-0,088 mm (Figura 13 e
Tabela 9). Nos perfis 10 e 09, que representam os depósitos recentes, as médias de
assimetria e desvio padrão diminuem.
As dias de desvio padrão inferiores a 0,50 caracterizam os sedimentos marinhos
como bem a muito bem selecionados (Anexo C). Quanto aos valores dios de curtose
(mesocúrtica a leptocúrtica), a distribuição em cada conjunto de amostras
Perfil 38
0
200
400
600
800
1000
A 0-15
E A 15-(50-85)
E 70-120
E -B h 120-180
B h1 (30-35) - (50-65)
B h1 (50-70 - (90-110)
B h2 (110-150) - (125-140)
B h3 140-180
B h4 140-180
B s 1 90-110
B s 1 125-140
B s 1 155-165
B s 2 180-170
Argila
S ilte
AMF
AF
AM
Perfil 34
0
200
400
600
800
1000
A 0 -10
E A 10-34
E 3 4-(127-140)
Bh (127 -14 0)-150
Bhm 150-170
Plácico 160+
Bs 160+
Perfil 08
0
200
400
600
800
1000
A 0 -7
AE 7-11
E A 11-(18-30)
E (18-30)-(35 -48)
E B (35-48 )-74
BE (60-74)-83
Bh1 83-103
Bh2 (90-103)-117
Bhm 117-150
Perfil 16
0
200
400
600
800
1000
A1 0-13
A2 13-28
AE 28-(35 -63 )
E (35-63) - (60-82)
E B (60-82 ) (67-84)
Bh1 (67-84)-(74-90)
Bh2 (74-90)-116
Bh3 116-(1 27-140)
Bh4 114-128
Bh5 127-153
Bh6 126-152
Bh7 140-200
C 1 161 -180
C 2 180 -200
155-158
Perfil 33
0
200
400
600
800
1000
A 0 -25
E A 25-45
E 4 5-(80-95)
E -Bs (80-95)-260
BE 260-270
Bh 270-310
Bs 310-340
Perfil 10
0
200
400
600
800
1000
A 0 -14
E A 14-(29-35)
E 1 (29-35)-(53-71)
E 2 (53-71)-(84-100)
E 3 (84-100 )-112
E B 112-122
Bh1 122-140
Bh2 140+
Perfil 01
0
200
400
600
800
1000
A 0 -6
A2 6-13
E A 13-35
E 1 25-71
E 2 106-180
E B 94-113
BE 1 71-82
BE 2 73-91
Bh1 82-119
Bh2 107-125
Bhm 1 89-125
Bhm 2 120-142
Bs 1 105-125
Bs 2 125-180
Bs m1 122-14 4
Bs m2 153-18 0
Bs m3 132-17 0
Bs m4 157-18 0
Horizonte/Profundidade (cm)
Perfil 04
0
200
400
600
800
1000
A 0 -15
AE 15-41
E A 41-71
E 7 1-153
Bhg 153-157
Bh 158-165
Bhm1 156-205
Bhm2 158-205
Bs 165-205
Perfil 09
0
200
400
600
800
1000
A1 0-7
A2 7-15
C 1 15-(57-63)
C 2 (57-63)-(73-82)
C 3 73-94
C 4 94-110+
C g 73-82
Granulometria (g kg-1)
Figura 12 - Distribuição granulométrica dos sedimentos marinhos quaternários na planície costeira de Bertioga-SP
70
71
coletadas nos depósitos marinhos, apresenta ligeiras variações entre os perfis e entre
as camadas/horizontes (Figura 13).
A variação dos parâmetros estatísticos da granulometria dos depósitos marinhos,
em profundidade, apresentou relação direta com a morfologia e com o estágio de
desenvolvimento pedogenético dos solos que se desenvolveram sobre estes depósitos.
Os valores de curtose, assimetria e desvio padrão tendem a ser mais
pronunciados e irregulares nos perfis dos depósitos que apresentam Espodossolos com
horizontes ortstein e morfologia heterogênea com transições quebradas ou
descontínuas, como nos perfis P01 e P04 (Figuras 14 e 15). Em contrapartida, nos
depósitos em que os Espodossolos apresentam morfologia dos horizontes
relativamente homogenêa, as variações nos parâmetros estatísticos granulométricos
são pouco contrastantes, como nos perfis P10 e P16 (Figuras 16 e 17). Essa tendência
se repete ao longo dos depósitos.
Numa outra tentativa de encontrar diferenças litológicas granulométricas entre os
depósitos marinhos, foram analisados, pelo método dos momentos, os parâmetros
estatísticos da granulometria de 18 amostras coletadas em 14 diferentes perfis destes
depósitos.
A correlação dos resultados deste conjunto de amostras, com os parâmetros
estatísticos granulométricos obtidos pelo método tradicional, não é indicada mediante
as diferenças de abordagem no protocolo de amostragem que, neste caso, representam
uma ou duas amostras por perfil selecionado. No entanto, os dados granulométricos
são compatíveis com aqueles obtidos pelo método estatístico tradicional, em que foram
analisadas as médias granulométricas do conjunto das amostras que formam o
depósito/material de origem. Assim como verificado pelo método tradicional, as frações
areia muito fina e areia fina constituem as classes granulométricas predominantes nos
depósitos marinhos (Figura 18).
O teor médio da fração areia muito fina nas amostras analisadas é superior a 500
g kg
-1
, com variações entre 284 e 834 g kg
-1
(Anexo D). Os teores mais altos de areia
fina (>600 g kg
-1
) e areia média (270 g kg
-1
) foram encontrados nos depósitos de
terraços marinhos mais antigos e elevados. Nos P04 e P33, que representam os
remanescentes isolados de depósitos marinhos (dunas), o teor de areia fina ultrapassa
72
-0.5
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
P38 P34 P01 P16 P04 P33 P08 P10 P09
Perfil
Parâmetros estatísticos
Diâmetro Médio Mediana Curtose Assimetria Desvio Padrão
Figura 13 - Parâmetros estatísticos granulométricos dos perfis que representam os depósitos
marinhos em 12 intervalos de classes granulométricas. Da esquerda para a direita
os perfis estão dispostos no sentido Serra-Mar. Os perfis P10 e P09 localizam-se
sobre os sedimentos hocênicos; os outros perfis representam os depósitos
pleistocênicos.
Tabela 9 - Média dos parâmetros estatísticos granulométricos nos sedimentos marinhos
quaternários, Bertioga-SP
Perfil
Mz
Med.
K
G
S
KI
I
P38
3,1
3,1
1,4
0,1
0,5
P34
3,2
3,2
1,9
0,1
0,4
P01
3,1
3,1
1,7
0,1
0,6
P16
3,0
3,0
1,4
0,02
0,6
P04
3,2
3,2
2,1
0,1
0,6
P33
3,1
3,1
1,0
-0,1
0,3
P08
3,1
3,1
1,2
0,05
0,5
P10
3,1
3,1
0,9
-0,1
0,3
P09
3,1
3,2
1,1
-0,1
0,3
Notas:
Mz = diâmetro médio
Med. = mediana
KG = curtose
S
KI
= assimetria
I =
desvio padrão
Perfis 38-08 = Depósitos Pleistocênicos
Perfis 10 e 09 = Depósitos Holocênicos
P01
-0.5
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
0-6
6-13
13-35
25-71
106-180
94-113
71-82
73-91
82-119
107-125
135-170
89-125
120-142
105-125
125-180
122-144
153-180
157-180
Profundidade (cm)
Parâmetros Estatísticos
Figura 14 - Parâmetros estatísticos granulotricos nos sedimentos do P01
P10
-0.5
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
0-14
14-(29-35)
(29-35)-(53-71)
(53-71)-(84-100)
(84-100)-112
112-122
122-140
140+
Profundidade (cm)
Parâmetros Estatísticos
Figura 16 - Parâmetros estatísticos granulotricos nos sedimentos do P10
P04
-0.5
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
0-15
15-41
41-71
71-153
153-157
158-165
156-205
158-205
165-205
Profundidade (cm)
Parâmetros Estatísticos
Figura 15 - Parâmetros estatísticos granulotricos dos sedimentos do P04
P16
-0.5
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
3.5
4.0
4.5
5.0
0-13
13-28
28-(35-63)
(35-63) - (60-82)
(60-82) (67-84)
(67-84)-(74-90)
(74-90)-116
116-(127-140)
114-128
127-153
126-152
140-200
161-180
180-200
155-158
Profundidade (cm)
Parâmetros Estatísticos
Diâmetro Médio Mediana Curtose Assimetria Desvio Padrão
Figura 17 - Parâmetros estatísticos granulotricos dos sedimentos do P16
73
74
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
P38 Bs2 170-180
PC 84 Bhm 130
PC 84 3C2
P02 C5 185
P01 Bhm2 120-142
P04 Bhm1 156-205
P07 Bhm (46-53)-84
P08 Bhm 117-150
P10 Bh 140-170
P09 C4 94-110
PC 65a 63-83
P34 Bhm 160
P33 E-Bs 150
P33 Bh 270-310
P14 E3 200
P14 Bh2 360-400
P13 C1 110
Perfil/Profundidade (cm)
Granuometria (g kg-1)
AMG AG AM AF AMF
Bacias
Itapanhaú
Guaratuba
Itaguaré
Figura 18 - Distribuição granulométrica em 17 amostras dos depósitos marinhos quaternários na planície
costeira de Bertioga-SP
600 g kg
-1
, enquanto que as frações areia média restringem-se aos P02, P01 e PC84.
Em todos os perfis, as profundidades de coleta são superiores a 150 cm (Figura 18). Os
valores de diâmetro médio (2,89-3,24Ф) indicam o domínio das frações areia fina e
muito fina, enquanto os valores de desvio padrão (0,5) indicam tratar-se de sedimentos
bem a muito bem selecionados. O domínio das frações areia muito fina e areia fina nos
depósitos marinhos, assim como no método tradicional, está também representado
pelos baixos valores de assimetria que, neste conjunto de amostras, resultaram em
valores essencialmente negativos (Figura 19). Os valores elevados de curtose >3 são
freqüentes nos depósitos marinhos, como observado nos perfis P02, P07, P09, P14,
P33 e PC84, indicando que os sedimentos são bem selecionados com o predomínio de
alguma fração.
As variações verticais desse parâmetro (curtose), com alguns picos elevados,
associadas aos valores de assimetria positiva nos depósitos mais antigos (Figuras 14,
75
15) podem estar relacionadas às mudanças de energia do agente de transporte. Esses
dados relacionados às formas de relevo, topografia constitui um indicativo de
sedimentos transportados pelo vento (paleodunas costeiras). Suguio (1973) ressalta
que algumas areias de dunas apresentam valores altos de curtose e assimetria positiva,
em virtude do pequeno volume de silte fino incluído no sedimento.
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
P38 Bs2 170-180
PC 84 Bhm 130
PC 84 3C2
P02 C5 185
P01 Bhm2 120-142
P04 Bhm1 156-205
P07 Bhm (46-53)-84
P08 Bhm 117-150
P10 Bh 140-170
P09 C4 94-110
PC 65a 63-83
P34 Bhm 160
P33 E-Bs 150
P33 Bh 270-310
P14 E3 200
P14 Bh2 360-400
P13 C1 110
Perfil/Horizonte/Profundidade (cm)
Diâmetro Médio e Desvio Padrão
0.00
0.05
0.10
0.15
0.20
0.25
0.30
0.35
0.40
0.45
0.50
Assimetria
Diâmetro Médio Assimetria Desvio Padrão
BACIAS
Itapanhaú
Guaratuba
Itaguaré
Figura 19 Distribuição dos parâmetros estatísticos granulométricos em 17 amostras dos depósitos
marinhos quaternários na planície costeira de Bertioga-SP
No setor à jusante da bacia do rio Itapanhaú, a comparação dos parâmetros
estatísticos nos depósitos marinhos da seqüência estudada revela uma tendência ao
afinamento do tamanho das partículas da fração areia com o decréscimo da idade. A
redução dos valores de desvio padrão, o aumento da assimetria e a melhora no grau de
seleção sustentam essa tendência nos depósitos marinhos mais próximos à linha de
costa. No setor entre os perfis P08 e PC65a, cronologicamente mais jovem, o teor da
fração areia muito fina supera os 450 g kg
-1
do total das frações areia (Figura 18).
(Ф)
76
4.1.5.3 Parâmetros estatísticos granulométricos do PC84
O PC84 está localizado na margem esquerda convexa de um meandro do setor
de baixo curso do rio Itapanhaú (23K E0383470 N7364952). O material de origem
deste perfil foi exposto em decorrência do processo de erosão fluviomarinha que
avança sobre o terraço, formado por depósitos antigos de sedimentos marinhos
sobrepostos aos paleoambientes fluviais (Figura 20-a). Este perfil foi subdividido em 04
seções principais, de acordo com a origem dos sedimentos (Figura 21). Os atributos
morfopedológicos e geológicos (cor, textura, composição, granulometria, estrutura,
espessura, transição etc.) auxiliaram na distinção e identificação das camadas e origem
dos sedimentos.
A espessa camada orgânica (horizonte Au) do setor superior do depósito (0-117
cm) possui coloração preta (10YR2/1) e é constituída por húmus e material mineral nas
frações silte, areia fina e muito fina, pobremente selecionado. Esta camada foi
subdividida em 04 intervalos (horizontes Au1, Au2, Au3 e Au4) para melhor
representação da granulometria e parâmetros estatísticos (Figura 21). As discrepantes
diferenças nos valores de assimetria, desvio padrão e diâmetro médio, caracterizam a
heterogeneidade da camada orgânica (Au) (Anexo E). Grande quantidade de conchas,
mariscos, ossos de animais (aves), escamas e espinhas de peixe distribui-se por todo
esse horizonte (Figura 20-b), sobretudo nos primeiros 50 cm. A transição para a
camada arenosa subjacente (horizonte eluvial E1 e E2) é ondulada abrupta. A cor
escura (10YR2/1) e o gradiente textural (lama/areia-areia) são os atributos morfológicos
que distinguem o limite inferior dessa camada que transiciona para o horizonte E
álbico de textura arenosa (areia).
No setor entre 117 e 259 cm, as camadas constituídas predominantemente de
areia fina a muito fina, de coloração branca, bruno-marrom-escura e ocre-alaranjada
formam o depósito de origem marinha (Figuras 20-c e 21). Essas camadas
representam os horizontes eluviais (E1 e E2) e B espódicos (Bhm, Bsm, Bs1 e Bs2) do
Espodossolo que se desenvolveu a partir dos processos de podzolização sobre os
sedimentos quartzosos marinhos, bem selecionados, com menos de 40 g kg
-1
das
frações maiores que 0,250 mm (Anexo E). A distribuição dos parâmetros estatísticos
77
em profundidade indica regularidade de energia do agente de transporte durante a
deposição dos sedimentos. Concentrações milimétricas e plano-paralelas de minerais
pesados (opacos e translúcidos) e matéria orgânica são comuns neste conjunto de
camadas cuja parte superior é formada por areias brancas (horizonte eluvial E álbico
dos Espodossolos).
Neste perfil, entre os horizontes formados por sedimentos tipicamente de origem
marinha o Bhm foi o único a apresentar predomínio da areia muito fina em relação a
areia fina (583 g kg
-1
) (Anexo E).
A transição vertical para a camada subjacente (259-295 cm), representada
pelos horizontes 2Bs3 e 2C1, é abrupta e marcada por granulometria mais grossa
(Figura 22), acentuação de croma, bem como pelo aumento do desvio padrão
granulométrico (Figura 23).
O topo da camada (2Bs3), com aproximadamente 14 cm de espessura, é
constituído de areia fina (356 g kg
-1
) a muito fina (277 g kg
-1
), areia grossa (92 g kg
-1
) e
areia média (23 g kg
-1
), moderadamente selecionadas. No interior dessa camada
(2Bs3) ocorre uma estreita faixa horizontal de aproximadamente 5 cm de espessura, de
cor vermelho-alaranjada, muito dura, com aparente impregnação por óxidos de ferro
(horizonte plácico).
A base da camada (2C1) possui características granulométricas semelhantes
ao topo e cor de croma mais baixo. A granulometria desse conjunto de camadas
indica variações de energia dos agentes transportadores relacionada aos processos sin
e s-deposicionais, que atuaram sobre os sedimentos de origem fluvial e marinha.
Trata-se de sedimentos retrabalhados na transição do ambiente fluvial para o marinho
conforme Suguio (1978b).
A transição para o conjunto de sedimentos inferiores é abrupta. Entre 295 e 550
cm, sedimentos de diferentes classes granulométricas, com distribuição heterogênea do
topo para a base, formam uma camada com 255 cm de espessura (horizonte 3C2). Na
parte superior desse conjunto de sedimentos bem selecionados predominam as frações
areia (fina e muito fina), enquanto as areias finas e médias, moderadamente
selecionadas, são mais freqüentes na base do perfil. O aumento do diâmetro médio e
do desvio padrão na base dessa camada se deve a presença de
20cm
g
Figura 20 - Fotos do perfil 84 descrito no depósito marinho pleistonico localizado na margem esquerda do baixo curso do rio Itapanh. No lado
direito da foto (a) observam-se árvores caídas por solapamento da base do barranco; (b) camada de conchas, ossos e espinhos de 100
cm de espessura localizado no topo do depósito marinho; (c) sedimentos marinhos pedogeneizados (Espodossolo) sotoposto a camada
de bioclastos; (d) sedimentos fluviais pleistonicos da base do PC84; (e, f) estratificação cruzada dos sedimentos fluviais quaternários na
base do barranco; (g) estratificação cruzada com finas camadas de material orgânico decomposto interestratificado
b
a
6,95 m
c
d
e
f
78
79
PC84
Figura 21 Perfil esquetico representando os horizontes ou
Camadas de sedimentos que compõem a seção
vertical (PC84) do terraço marinho pleistocênico alto
Bacia do rio Itapanhaú, Bertioga-SP
Horiz.
Prof.
(cm)
Feições
morfológicas
Au
0-117
Topo da camada: conchas
intactas + sedimentos
marinhos (areia fina) de
coloração preta (10YR2/1).
Base da camada:
fragmentos de biodetritos +
sedimentos marinhos (areia
fina) de cor preta (10YR2/1).
E
117-186
Areia fina a muito fina
brancas horizonte eluvial
sedimentos marinhos
Bhm
186-217
Areia fina - camada bruno-
escura (Bhm do
Espodossolo) impregnada
de matéria orgânica
sedimentos marinhos
Bsm
217-229
Areia fina cor alaranjada
com impregnação de Fe
sedimentos marinhos
Bs1
229-249
Areia fina camada de cor
ocre sedimentos marinhos
Bs2
249-259
Areia fina - camada de cor
ocre com laminação plano-
paralela sedimentos
marinhos/fluviais
2Bs3
259-273
Areia mal selecionada com
seleção laminada e
impregnação de Fe cor
ocre sedimentos de
ambiente de transição:
fluvial para marinho
2C1
273-295
Areia mal selecionada de
cor ocre e sem Fe -
sedimentos de transição:
fluvial para marinho.
3C2
295-550
Areias finas brancas a
amareladas do topo até a
metade da camada (295-
385 cm): presença de
minerais pesados
orientados em finas lâminas
plano-paralelas e lentes de
areias médias a grossas mal
selecionadas com camadas
tabulares a signoidais.
Sedimento de ambiente
fluvial
4C3
550-635
Areias grossas a médias,
brancas com impregnação
de Fe e matéria orgânica
seguindo as laminações das
camadas tabulares,
signoidais e acanaladas.
Sedimento de ambiente
fluvial
5C4
635-675
Camada com areias muito
grossas e grânulos com
muito Fe, de cor
avermelhada e nódulos de
argila de cor cinza clara.
Sedimento fluvial.
6C5
675-695
Camada com grânulos,
cascalhos e blocos de rocha
(parece de beach roch)
Sedimentos Fluviais
80
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
-1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 5 6 7 8 9
Diâmetro (Ф)
Frequência (%)
Au1 0-16 Au2 16-60 Au3 60-107 Au 107-117 E1 117-135 E2 139-186
Bhm 186-217 Bsm 217-229 Bs1 229-249 2Bs3 259-273 2C1 256-295 3C2 295-550
= 4C3 550-635 5C4 635-675 6C5 675-695 695+
Figura 22 Curva de distribuição granulométrica acumulada por horizontes/profundidade em cm - PC84.
Da direita para a esquerda as linhas indicam a transição dos sedimentos finos do topo (Au)
do perfil para os marinhos que se concentram entre 2 e 3 Ф e, destes, para os fluviais (base
do perfil) a partir da linha que representa o horizonte 2Bs3
-1
-0.5
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
4
4.5
5
5.5
6
6.5
Au1 0-16cm
Au2 16-60cm
Au3 60-107cm
Au4107-117cm
E1 117-135cm
E2 139-186cm
Bhm 186-217cm
Bsm 217-229cm
Bs1 229-249cm
Bs2 249-259cm
2Bs3 259-273cm
2C1 256-295cm
3C2 295-550cm
3C2 295-550cm
4C3 550-635cm
5C4 635-675cm
6C5 675-695cm
695+
Horizontes/Profundidade (cm)
Parâmetros Estatísticos
Diâmetro Médio Mediana Curtose Assimetria Desvio Padrão
Figura 23 Distribuição vertical dos parâmetros estatísticos no PC84, Bertioga-SP
81
―lentes‖ centimétricas de areias médias a grossas dispostas em camadas tabulares a
signoidais. Filmes de minerais pesados opacos distribuídos horizontalmente na matriz
são comuns. As diferenças de distribuição dos parâmetros estatísticos no topo desse
conjunto de sedimentos (horizonte 3C2), em relação à sua base e a camada
sobreposta (horizonte 2C1), além da morfologia e das diferenças granulométricas das
―micro-camadas‖ identificadas, indicam importantes mudanças de energia e natureza do
agente de transporte. Tais atributos permitem inferir que, assim como no intervalo de
259-295 cm (horizontes 2Bs3 e 2C1), trata-se de um depósito formado por sedimentos
retrabalhados por agentes eólicos e/ou fluviais, na transição do ambiente fluvial para
marinho.
A passagem para as camadas inferiores, caracteristicamente fluvial (550 e 635
cm), é gradacional/abrupta. A morfologia da camada subseqüente (horizonte 4C3) é
marcada por laminações do tipo tabular, signoidal e acanalada (Figura 20-d, e, f, g). A
granulometria torna-se mais grossa com 148 g kg
-1
de areia grossa e teores superiores
a 300 g kg
-1
para as frações areia fina e areia média (Anexo E). O valor de desvio
padrão (1,0Ф) expressa o baixo grau de seleção dos sedimentos nessa camada
(pobremente selecionada). Pequenos volumes de material orgânico (madeira
decomposta) interestratificado foram observados nos sedimentos fluviais (Figura 20-g).
Na seqüência (635-675 cm), a ―camada‖ (horizonte 5C4) apresenta
granulometria mais grossa (Mz = 2,15Ф) com predomínio da areia média, porém o valor
de desvio padrão é menor (0,7) e, portanto, melhor é o grau de seleção em relação à
―camada‖ superior (4C3).
Entre 675 e 695 cm as frações areia muito grossa e grossa somam, juntas, mais
de 300 g kg
-1
dos sedimentos da camada (6C5), enquanto que as frações argila (256 g
kg
-1
) e silte são inferiores a 7 g kg
-1
. Os valores de diâmetro médio (1,9Ф) e desvio
padrão (1,45) caracterizam a natureza granulométrica pobremente selecionada desses
sedimentos, transportados e depositados, provavelmente, por agente de transporte de
alta energia (fluvial).
Na base do perfil (695+cm) os sedimentos nas frações areia maiores que 0,250
mm constituem mais de 850 g kg
-1
dos sedimentos. A cor avermelhada da camada está
relacionada à presença de óxidos de ferro, sob a forma de fina película que recobre os
82
sedimentos. Uma camada de sedimento argiloso, de cor cinza, foi observada no setor
sob a linha da maré baixa na base do perfil.
De modo geral, do topo para a base do perfil, o aumento do diâmetro médio e do
desvio padrão (Figuras 22 e 23), marcam a descontinuidade litológica da transição dos
sedimentos finos/orgânicos (0-117 cm) para os sedimentos marinhos (117-259 cm) e
destes para os de origem fluvial. Os resultados do grau de seleção (Anexo E), os
contrastes de cor, textura e composição além dos restos orgânicos de animais
contribuem para a diferenciação morfológica, litológica e genética das camadas.
O aumento gradual dos valores de desvio padrão entre 229 e 295 cm constitui
uma evidência das mudanças nas condições de transporte e sedimentação dos
ambientes de deposição. Em profundidade, a transição dos sedimentos marinhos para
os fluviais é marcada pela mudança da granulometria da fração areia com predomínio
das frações areia média, grossa e muito grossa (Figura 22). Nas ―camadas mais
profundas a distribuição irregular dos valores de diâmetro médio, desvio padrão (Figura
23) e grau de seleção dos sedimentos fluviais os caracterizam como moderadamente a
pobremente selecionados, enquanto os marinhos são bem selecionados.
A distribuição vertical dos parâmetros estatísticos dos sedimentos nos depósitos
do PC84 permitiu distinguir suas diferentes origens: fluvial do setor intermediário (259
cm) a a base (695 cm), marinho/eólico no segmento intermediário (117-259 cm) e
antrópico no topo (0-117 cm).
Dessa forma, as camadas de areia grossa e muito grossa, caracteristicamente
fluviais na base do perfil (500-695 cm) poderiam ter sido depositadas no decorrer do
Pleistoceno Superior (ou Tardio) após a penúltima grande transgressão do nível relativo
do mar (Transgressão Cananéia). Estes sedimentos estariam relacionados ao
paleorelevo e morfodinâmica local do rio Itapanhaú. A ocorrência dessa seqüência de
sedimentos não foi registrada em nenhum outro setor da planície devido ao caráter
pedológico da pesquisa que se restringiu, de modo geral, ao estudo dos perfis nas
profundidades entre 0 e 200 cm. Ao descrever as seqüências litológicas‖ da Formação
Cananéia, Suguio e Petri (1973), Petri e Suguio (1973) e Suguio e Martin (1978a, b) não
apresentam esse tipo de sedimento entre as duas seqüências litológicas marinhas que
fazem parte da Formação Cananéia. Nos referidos trabalhos, a seqüência basal
83
identificada (seqüência I, constituída de camadas arenosas e
conglomeráticas, com argilas subordinadas de até 118 m de espessura), por
sua granulação e profundidade, foi correlacionada à Formação Pariqüera-Açu,
de origem continental.
Essas informações permitiram interpretar que a origem dos
paleodepósitos fluviais (pleistocênicos) encontrados na base do PC84 estaria
relacionada à fase regressiva pleistocênica de progradação da linha de costa
ligada e à dinâmica fluvial, integrando, portanto, a Formação Cananéia. Essa
interpretação tem como base as evidências granulométricas, a posição
seqüencial dos depósitos fluviais e marinhos/eólicos no perfil, bem como a
topografia e as idades pleistocênicas obtidas por TL e LOE, discutidas no item
4.1.9.
A origem dos depósitos marinhos sotopostos aos fluviais no terraço
estaria relacionada ao evento regressivo pleistocênico do NMRM e a
progradação da linha de costa. Durante o lento rebaixamento do NMRM, os
sedimentos marinhos mais antigos teriam sido retrabalhados por processos
eólicos e/ou fluviais, intercalando-se com granulometria distinta (249-500 cm).
Dessa forma, os depósitos formados por areias finas e muito finas entre
117-249 cm podem estar relacionados a um período mais longo e favorável ao
retrabalhamento dos sedimentos marinhos e formação de antigas dunas. Esta
é uma hipótese que merece uma investigação minuciosa. O depósito de
conchas, ossos, escamas e espinhas de peixe do topo seria holocênico com
idade não superior há 6-7 mil anos A.P., conforme os registros cronológicos de
depósitos correlatos na planície costeira de São Paulo (SUGUIO et al., 1976;
SUGUIO; MARTIN, 1976; MARTIN; SUGUIO, 1976; SUGUIO, 2001). Sobre as
areias da Ilha de Santo Amaro, entre as cidades de Bertioga e Santos, foram
identificados sambaquis com idades em torno de 4.400 anos A.P. (UCHOA,
1973). Kipnis e Scheel-Ybert (2005) destacam que, no Quaternário costeiro, as
datações de sambaquis mais antigas e aceitas por toda a comunidade
científica provêm dos estados do Pará (7.090±80 A.P.) e Paraná (6.540±105
A.P.).
84
4.1.5.4 Considerações sobre os parâmetros estatísticos granulométricos nos
depósitos marinhos
As variações na distribuição lateral e vertical da granulometria das frações areia
fina, muito fina e média, embora discretas, constituem indícios de que os depósitos
marinhos foram formados em diferentes períodos do Quaternário, sob a ação de
processos e agentes de erosão, transporte e deposição de duração, energia e origens
variadas. O retrabalhamento eólico e/ou e a ação do escoamento superficial
caracterizados por mudanças na intensidade de energia e na capacidade de transporte
dos agentes modeladores seriam os responsáveis pelas sutis, porém importantes,
variações granulométricas nos depósitos marinhos da Formação Cananéia.
Giannini et al. (2005) destacam que os depósitos arenosos ligeiramente
ondulados, que repousam sobre areias mais consolidadas do terraço marinho
regressivo pleistocênico, têm sido observados em diferentes setores da planície
costeira paulista, inclusive em Bertioga (SUGUIO; MARTIN, 1976). No PC84 (Figuras
20-a e 21), por exemplo, as estreitas camadas de granulometria grossa intercalam-se
com a matriz de areia fina a muito fina na transição do depósito fluvial para o marinho
sobreposto. Isto sugere que os sedimentos marinhos foram transportados e
depositados juntamente com os fluviais.
Embora seja evidente o domínio das frações areia muito fina e areia fina nos
depósitos marinhos superficiais quaternários (Figuras 11 e 12), a maior freqüência da
fração areia média nos depósitos mais altos e antigos em relação aos mais recentes
constitui um dado granulométrico importante. Os mais recentes corresponderiam
àqueles retrabalhados e depositados mais próximo da linha de costa após o último
evento transgressivo-regressivo do nível relativo do mar e aqueles ligados à dinâmica
marinha atual, em que predominam as frações areia muito fina. Enquanto os marinhos
mais antigos, via de regra, seriam aqueles depósitos mais heterogêneos e mais
afastados da linha de costa.
Dessa maneira, apesar da aparente homogeneidade dos depósitos marinhos
superficiais, os resultados da análise dos parâmetros estatísticos granulométricos,
associados à topografia e à posição geográfica dos depósitos, permitem considerar as
85
referidas diferenças como importantes indicadores da cronologia dos depósitos
marinhos costeiros paulistas, reconhecidos na literatura do Quaternário brasileiro como
Formações Cananéia e Ilha Comprida de idade pleistocênica e holocênica,
respectivamente (SUGUIO; PETRI, 1973; PETRI; SUGUIO, 1973; SUGUIO; MARTIN,
1978a, b). No entanto, as características granulométricas dos sedimentos marinhos
quaternários das Formações Cananéia e Ilha Comprida, formados essencialmente
pelas frações areia fina e muito fina, parecem não diferenciá-los litoestratigraficamente.
Tessler (1988) e Nascimento Jr. (2006), a despeito do freqüente uso destas unidades
litoestratigráficas na literatura sobre Quaternário brasileiro, ressaltam que sua distinção
não se valeu de critérios litológicos e sim, cronológicos e que as mesmas seriam séries
cronoestratigráficas distintas, e não Formações. O material fonte é o mesmo, porém
retrabalhado durante os ciclos transgressivos e regressivos do nível médio relativo do
mar.
4.1.6 Minerais pesados nas assembléias dos sedimentos marinhos
Os depósitos marinhos são constituídos por sedimentos arenosos que incluem
na sua composição uma assembléia de minerais pesados
3
transparentes e opacos
(OPA). Os transparentes não micáceos representam um grupo heterogêneo com
destaque para a turmalina (TUR), o zircão (ZIR), o rutilo (RUT), a hornblenda (HOR), o
hiperstênio (HIP), a augita (AUG), o diopsídio (DIO), a silimanita (SIL), a cianita (CIA), a
andalusita (AND), o epídoto (EPI), a estaurolita (EST), a granada (GRA), a apatita
(APA). Na área de estudo, as diferentes espécies de minerais pesados identificadas nas
assembléias têm suas origens relacionadas aos granitóides pré-cambrianos da Serra do
Mar e do Orógeno Araçuaí-Rio Doce e, subordinadamente, das rochas intrusivas
básicas de idade cretácea, de ocorrência mais localizada (IPT, 1981b).
Na seqüência são apresentados os principais atributos morfológicos que
permitiram a identificação das diferentes espécies de minerais pesados nas
assembléias dos sedimentos marinhos:
3
Os minerais pesados (peso específico maior que o bromoformo, 2,85) totalizam menos de 1% dos
minerais detríticos que compõem a maioria das areias (PETTIJHON, 1980, p.126).
86
Opacos: a ilmenita, a magnetita e a hematita o os minerais pesados opacos
mais abundantes nas assembléias. Juntos representam entre 44% e 78% do total dos
minerais pesados presentes nas assembléias (Tabela 10).
A magnetita ocorre geralmente como pequenos grãos subangulares a
arredondados, raramente bem-arredondados e angulares, com hábito cristalino,
subédricos e anédricos, corroídos formando pequenas reentrâncias nas bordas,
desenvolvendo aspecto serrilhado. Sua origem é tida como uma contribuição das
rochas intrusivas básicas. A hematita forma cristais opacos a translúcidos, que
apresentam cor vermelha. Geralmente ocorrem como grãos angulares a subangulares e
hábito cristalino, anédricos a subédricos, com bordas alteradas em tons avermelhados.
Sob a microscopia ótica a ilmenita ocorre como grãos subangulares a
subarredondados anédricos a subédricos.
Zircão: é um mineral comum nos sedimentos marinhos estudados,
representando entre 5 e 37% do total de minerais pesados observados nas
assembléias. Assim como os demais minerais ultraestáveis, são mais freqüentes nos
depósitos distantes da costa com média de 35% em relação aos mais próximos à praia
com teores médios em torno de 10%. O mineral das fotomicrografias a e b (Figura 24)
ocorre como cristal idiomórfico bipiramidado, com típicas linhas de crescimento. Alguns
espécimes idiomórficos possuem tamanhos acima da média. Ocorrem também como
cristais milimétricos e arredondados e às vezes com diafaneidade obscurecida por
metamictização
4
.
Turmalina: é o mineral pesado ultraestável mais abundante nas assembléias
(11-53%). Nos sedimentos mais antigos a freqüência média é de 47% contra 36% nos
mais recentes. Apresenta-se geralmente com aspecto límpido e arredondado, no
entanto, variedades cristalinas alongadas podem aparecer, sempre com cores de
interferência em auréolas concêntricas. As fotomicrografias c e d (Figura 24) exibem
dois espécimes, um de cor castanha (schorlítico) e a outra verde (elbaítico). A turmalina
schorlítica é o mineral predominante, a variedade verde de turmalina elbaítica ocorre
4
A metamictização de zircões é um processo desencadeado na estrutura do mineral, devido ao
decaimento de U e Th, e que provoca o enriquecimento de elementos químicos na rede cristalina.
Dicionário Livre de Geociências. Disponível em: <http://www.dicionario.pro.br/dicionario/index.php.
Acesso em 06 de novembro de 2008.
87
em proporção superior à da variedade azul.
Rutilo: constitui o mineral pesado ultraestável de menor freqüência no total das
assembléias (2-16%). Nos sedimentos mais afastados da linha de costa a freqüência
média é de 11%, enquanto naqueles próximos ao mar é de 5%. Apresenta-se em cores
avermelhadas vivas e límpidas, com geminação polissintética oblíqua à elongação
(Fotomicrografias e e f - Figura 24). Predominam os cristais irregulares escuros, alguns
quase opacos.
Hornblenda: mineral instável de freqüência muito irregular nas assembléias
estudadas (0-46%). O exemplar das fotomicrografias g e h (Figura 24) possui forma
alongada, com clivagens típicas e pleocroísmo em verde. Raramente ocorrem cristais
marrom-avermelhados da variedade magnésio-hastingsítica.
Piroxênios: nesse grupo de minerais o hiperstênio (ortopiroxênio) é pouco
freqüente nos sedimentos marinhos, encontrado apenas na assembléia do P10 entre
140-170 cm no depósito holocênico. A maioria apresenta clivagem comum de
ortopiroxênio. O cristal das fotomicrografias i, j e k (Figura 24) é alongado, com típico
pleocroísmo sutil de cor verde-rosa em matizes opostos conforme a posição. Entre os
clinopiroxênios, o mais comum é a augita, porém os teores não ultrapassam 7% (P02).
O diopsídio foi observado em apenas 04 amostras com teores menores que 3%.
Sillimanita: mineral metaestável com freqüência não superior a 10% (P07). O
cristal das fotomicrografias a e b (Figura 25) se apresenta de forma alongada, com
clivagem nítida no mesmo sentido do comprimento e cores de interferência de segunda
ordem. A ocorrência de sua variedade fibrosa (fibrolita) é questionável devido à
presença de antofilita, cujo aspecto, quando fibroso, é indistinto ao microscópio ótico.
Cianita: mineral metaestável cujo exemplar das fotomicrografias c e d (Figura
25) exibe típica forma alongada, de bordas definidas por clivagens perpendiculares
nítidas, características compartilhadas pela maioria dos cristais encontrados nas
assembléias.
Andalusita: o espécime das fotomicrografias e e f (Figura 25) exibe forma
irregular e coloração rósea. A maioria possui típicas inclusões carbonosas de coloração
escura e alguns cristais podem apresentar-se alongados.
Epídoto: mineral de variedade comum (pistachita), com cores de interferência de
Tabela 10 - Distribuição de freqüência dos minerais pesados nos sedimentos marinhos da planície costeira de Bertioga-SP
Perfil
Prof.
(cm)
%ZIR
%TUR
%RUT
%HOR
%Piroxênios
%ALT
%SIL
%CIA
%AND
%EPI
%EST
%GRA
%APA
% Total
TRA
%
Total
OPA
Total de
MPTNM
Hip
Aug
Dio
Ultraestáveis
Instáveis
Metaestáveis
P38
170-180
31
21
14
2
0
0
0
4
10
5
1
3
9
0
0
27
73
155
PC84
110
36
31
10
0
0
2
0
2
7
4
3
1
3
0
1
35
65
102
282
11
14
2
46
0
4
0
6
6
4
1
6
1
0
0
56
44
140
P02
185
20
11
2
38
0
7
0
4
8
2
1
6
1
0
0
33
67
107
P01
120-142
16
37
2
0
0
2
3
7
8
5
0
14
4
1
2
34
66
105
P34
160
14
51
6
0
0
5
0
4
7
4
5
2
1
0
0
39
61
169
P33
150
37
22
16
0
0
0
0
3
5
1
1
7
8
0
0
23
77
138
270-310
8
48
7
3
0
1
3
1
6
8
9
3
4
1
0
40
60
157
P04
156-205
18
43
2
0
0
6
0
8
8
6
3
4
2
2
0
29
71
120
P07
(46-53) 84
20
41
3
0
0
4
0
2
10
3
2
10
3
1
0
48
52
136
P08
117-150
7
53
2
1
0
3
0
3
13
3
5
0
9
0
0
39
61
174
P14
200
13
46
11
0
0
1
0
3
8
8
0
3
8
0
0
22
78
102
360-400
7
42
4
3
0
3
2
4
8
4
1
10
10
0
1
35
65
249
P10
140-170
5
48
2
2
1
1
3
3
9
2
6
13
6
0
1
53
47
176
P13
110
8
39
3
15
0
3
0
5
4
4
8
10
2
0
0
41
59
131
P09
94-110
18
17
6
15
0
6
0
6
1
1
2
20
7
0
0
40
60
247
PC65a
63-83
11
25
2
21
0
4
0
13
4
3
4
11
1
1
0
41
59
100
Média
16
35
5
8
0
3
1
4
7
4
3
8
5
0
0
37
63
ZIR = zircão TUR = turmalina RUT = rutilo HOR = hornblenda APA = apatita
HIP = hiperstênio AUG = augita DIO = diopsídio ALT = alterita
5
SIL = silimanita
CIA = cianita AND = andalusita EPI = epídoto EST = estaurolita GRA = granada
TRA= translúcidos OPA = opacos MPTNM = minerais pesados transparentes não micáceos
5
Alterita - Termo utilizado neste estudo para representar os grãos de minerais cuja distinção petrográfica encontra-se dificultada por alteração
intempérica parcial a total. Essa definição é semelhante à proposta original de van Andel (1958), conforme descrito em Nascimento Jr. (2006).
88
89
terceira ordem em ―manto de alequim‖. A maioria apresenta, em geral, baixa
cristalinidade (Fotomicrografias g e h Figura 25).
Estaurolita: ocorre com maior freqüência nos sedimentos mais recentes com
teor não superior a 10% (P14). Predominam os cristais com formas irregulares. O
espécime das fotomicrografias i e j (Figura 25) possui cristalinidade moderada e típicas
cores de interferência de início de segunda ordem.
Granada: mineral pesado metaestável pouco comum nas assembléias com
percentuais menores que 2% e média total inferior a 0,3%. O exemplar da fotomicrografia k
(Figura 25) apresenta forma irregular em faces retas e levemente rosadas. A maioria, no
entanto, possui faces indefinidas, forma irregular e picoteamento superficial disseminado.
Apatita: cristal irregular de faces retas, relevo baixo, incolor a levemente amarelado
e com cor de interferência em azul de primeira ordem (Fotomicrografias l e m - Figura 25).
A maioria dos exemplares apresenta tamanho pequeno e segue as características citadas.
Antofilita: apresenta-se incolor, alongada e com clivagens oblíquas típicas, além de
cores de interferência vivas de segunda ordem (Fotomicrografias n e o - Figura 25). Essas
características o compartilhadas pela maioria dos cristais encontrados. Embora possam
ocorrer variedades fibrosas, a presença de sillimanita na assembléia estudada inviabiliza
sua distinção ao microscópio ótico.
4.1.7 A distribuição dos minerais pesados nos depósitos marinhos
Nas assembléias analisadas, o predonio dos minerais pesados opacos nos
sedimentos em relão aos transparentes, não metálicos (Figura 26) está relacionado com
a natureza do material de origem (rocha-mãe). Krumbein e Sloss (apud SUGUIO, 1975)
apresentaram algumas associações caractesticas de minerais pesados em fuão das
rochas matrizes, ressaltando que muitos sedimentos contêm minerais provenientes de
mais de uma área fonte.
Os minerais pesados transparentes representam entre 22% e 56% do total de
minerais pesados contados (Tabela 10). Entre os opacos, a ilmenita, a magnetita e a
hematita representam, em média, 63% do total nas assembléias, variando entre 44% e
78%. Nas assembléias dos sedimentos referentes desitos marinhos antigos altos os
90
teores o superiores a 60%, exceto na amostra de profundidade de 282 cm do PC84
(Figura 21), cuja origem pode ter contribuição fluvial.
A turmalina, o ziro e o rutilo formam o grupo dos minerais pesados ultraestáveis
mais freqüentes nas assembléias dos sedimentos marinhos analisados (Figura 27).
Ocorrem com maior freência nos depósitos marinhos antigos altos (média de 35%)
distantes da costa em relação aos desitos mais recentes, cujos teores estão em torno de
10%. Quanto aos minerais pesados insveis, os piroxênios (augita) e o anfibólio
(hornblenda) o os mais freqüentes, com dias de 3% e 8%, respectivamente. A maior
quantidade de hornblenda foi registrada a 282 cm (46%) na assembléia de minerais
pesados que representa os sedimentos de transição do ambiente fluvial para o marinho
antigo (PC84). Cabe lembrar que este perfil localiza-se em cota de 9,95 m e distante 2.625
m da linha de costa. No mesmo compartimento, porém em cota mais baixa (±6 m), a
quantidade de hornblenda é de 38% (P02 - 185 cm). A hornblenda é o mineral
representante dos componentes máficos instáveis mais abundantes da rocha-e
Pettijhon (1980). As quantidades desse mineral nas referidas amostras indicam a
contribuição de sedimentos continentais de provável natureza fluvial.
Nos desitos marinhos mais jovens, representados pelas cristas praiais e praias
atuais, a quantidade de hornblenda é menor (15% no P13; 15% no P09 e 21% no PC65a),
porém ainda elevada quando comparada às demais amostras dos depósitos marinhos
antigos.
O grupo dos minerais pesados metaestáveis identificados é pouco freqüente nas
assembléias e raramente ultrapassam 10% do total de minerais contados. O epídoto
(dia de 8%) e a sillimanita (média de 7%) são os mais freqüentes, enquanto a granada e
a apatita são os menos comuns (Tabela 10).
Entre as 17 assembléias analisadas, aquelas dos perfis P14 e P09, possuem a
maior quantidade de minerais pesados transparentes não micáceos com 249 e 247
exemplares, respectivamente (Tabela 10). Ambos localizam-se próximos à linha de costa,
porém representam depósitos topográfica e cronologicamente distintos.
No perfil P14, o elevado conteúdo de minerais pesados pode estar relacionado:
(a) à seleção preferencial das frações mais finas pelo vento, as quais comumente
concentram minerais pesados, seja por uma questão de tamanho original herdado da
a. Zircão - PC84 (110 cm)
b. Zircão - PC84 (110 cm)
c. Turmalina - P13 (110 cm)
d. Turmalina - P13 (11cm)
e. Rutilo - PC84 (110 cm)
f. Rutilo - PC84 (110 cm)
g. Hornblenda - PC84 (282 cm)
h. Hornblenda - PC84 (282 cm)
i. Hornblenda - PC84 (282 cm)
j. Hornblenda - PC84 (282 cm)
k. Hiperstênio - PC84 (110 cm)
l. Hiperstênio - PC84 (110 cm)
m. Hiperstênio - PC84 (110 cm)
Figura 24 - Fotomicrografias dos minerais pesados dos sedimentos marinhos
91
a. Silimanita - PC84 (110 cm)
b. Silimanita - PC84 (110 cm)
c. Cianita - P13 (110 cm)
d. Cianita - P13 (110 cm)
e. Andalusita - P33 Bh (290 cm)
f. Andalusita - P33 Bh (290 cm)
g. Epídoto - P33 Bh (290 cm)
h. Epídoto - P33 Bh (290 cm)
i. Estaurolita - P33 Bh (290 cm)
j. Estaurolita - P33 Bh (290 cm)
k. Granada - P33 Bh (290 cm)
l. Apatita - P33 Bh (290 cm)
m. Apatita - P33 Bh (290 cm)
n. Antofilita - P14 Bh (380 cm)
o. Antofilita - P14 Bh (380 cm)
Figura 25 - Fotomicrografias dos minerais pesados dos sedimentos marinhos
92
0 10 20 30 40 50 60 70 80
P38 170-180
PC84 110
PC84 282
P02 185
P01 120-142
P34 160
P33 150
P33 270-310
P04 156-205
P07 (46-53)84
P08 117-150
P10 140-170
P14 200
P14 360-400
P13 110
P09 94-110
PC65a 63-83
Perfis/profundidade (cm)
Frequência (%)
Minerais Pesados Opacos
Minerais Pesados Transparentes
Figura 26 - Distribuição dos minerais pesados nos sedimentos marinhos no sentido NW-SE. Do perfil P38 até o P14 (da
esquerda para a direita) os perfis representam os depósitos marinhos antigos e do P10 ao PC65a os depósitos
representam os sedimentos marinhos recentes - as cristas praiais (P10, P13 e P09) e as praias atuais (PC65a)
93
94
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
ZIRCÃO TURMALINA RUTILO
Frequência (%)
Depósitos Marinhos Recentes
Depósitos Marinhos Antigos
Figura 27 Freqüência média dos minerais pesados transparentes não metálicos
micáceos nos depósitos marinhos da planície costeira
de Bertioga-SP
fonte primária (van ANDEL, 1959), seja por razões de equivalência hidráulica
(GIANNINI, 1993). Esta argumentação parte do princípio que o setor em que se localiza
o perfil P14 seja um depósito marinho formado por retrabalhamento dos sedimentos
por ação eólica em período anterior ao máximo transgressivo holocênico (SUGUIO;
MARTIN, 1976 e 1978a); (b) à proximidade do morro cristalino constituído de rocha
metamórfica, fonte primária de minerais pesados. Quanto ao setor representado pelo
P09 (depósitos recentes), o elevado teor de minerais pesados pode estar relacionado a
coleta pontual na zona de maior concentração desses minerais, formada durante a
deposição.
4.1.8 Os índices de maturidade mineralógica: ZTR, iINS e iMET
A análise dos índices de maturidade mineralógica dos depósitos marinhos
permitiu reconhecer a seguinte tendência: o decréscimo no índice ZTR (iZTR) de SW
para NE (Serra-Mar) e o acréscimo dos minerais instáveis (iINS) no mesmo sentido
(Figura 28). A comparação das freqüências médias de minerais pesados transparentes
ultraestáveis e instáveis entre os depósitos antigos e os recentes corrobora essa
95
tendência (Figura 27).
A distribuão de freqüência dos minerais pesados nas assembléias sugere alta
maturidade mineragica para os sedimentos dos depósitos marinhos altos antigos. As
formas arredondadas da maior parte dos minerais pesados e o alto grau de selão da
fração areia corroboram os índices de maturidade ZTR (até 77%) obtidos para os
sedimentos marinhos. Suguio (1975) destaca que a maturidade mineralógica raramente é
atingida sem a correspondente maturidade textural (grau de selão e arredondamento).
O incremento do iZTR nos depósitos antigos (P38, PC84, P33, P34), seguido da
diminuão gradativa nos depósitos intermediários representados pelos perfis (P07 e P08)
e o declínio nos depósitos recentes (P10, P09) a atuais (PC65a) está bem representado
na Figura 29.
Esse comportamento reflete a relação direta entre a distância da linha de costa e o
índice ZTR, o que permitiu atribuir maior maturidade mineralógica para os depósitos mais
antigos altos localizados no interior da planície costeira e, por conseqüência, idades mais
antigas. Comportamento inverso ocorre com a distribuição dos minerais pesados
insveis, cuja freqüência aumenta nos sedimentos próximos à linha de costa, indicando
menor maturidade mineralógica e idades mais recentes (Figura 28).
A maturidade mineralógica representa, portanto, uma evidência consistente da
existência da seqüência cronoestratigráfica dos depósitos que constituem as duas
gerações de terros marinhos formados em épocas diferentes do Quaternário
(Pleistoceno e Holoceno) e cujas origens estão relacionadas aos eventos
correspondentes às transgressões Cananéia e Transgressão Santos (MARTIN; SUGUIO,
1978a, b; ANGULO, 1993, RABASSA et al., 2000).
O comportamento do iZTR permitiu, também, observar importantes variações na
distribuição vertical que os sedimentos dos depósitos marinhos antigos apresentaram: do
topo para a base houve redução da maturidade mineralógica (PC84, P33, P14). A maior
maturidade mineralógica nas posões de topo pode estar relacionada: (a) ao
retrabalhamento eólico e seleção preferencial das frações areia muito fina, as quais
concentram os minerais pesados; (b) à boa drenagem e a maior dissolução pós-
deposicional do material detrítico, com concentração relativa em minerais ultraestáveis,
como o ziro e o rutilo, por exemplo, (PETTIJHON, 1941; ANGULO et al., 1996; DE
96
NW
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
P38 170-180
PC 84 110
PC 84 282
P02-185
P01 120-142
P34 160
P33 150
P33 270-310
P04 156-205
P07 (46-53) 84
P08 117-150
P14 200
P14 360-400
P10 140-170
P13 110
P09 94-110
PC65a 63-83
Perfis/profundidade (cm)
Índices de Maturidade (%)
0
10
20
30
40
50
60
SE
Z+R (%)
%ZTR %INS %MET %Z+R
Figura 28 - Índice de maturidade iZTR, iINS e iMET nos sedimentos marinhos quaternários, Bertioga-
SP. No setor entre o P38 e o P14 dominam os terraços marinhos antigos, enquanto entre o
P10 e o PC65a encontram-se as cristas praiais (P10, P13 e P09) e as praias atuais
(PC65a). As amostras do PC84-282 cm e do P02-185 cm têm contribuição de sedimentos
fluviais
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
P38 170-180
PC84 110
PC84 282
P02 185
P01 120-142
P34 160
P33 150
P33 270-310
P04 156-205
P07 (46-53) 84
P08 117-150
P14 200
P14 360-400
P10 140-170
P13 110
P09 94-110
PC65a 63-83
Perfis/Profundidade (cm)
Índice ZTR (%)
Figura 29 - Índice ZTR nos sedimentos marinhos no sentido Serra-Mar, Bertioga-SP
97
MIO; GIANNINI, 1997). Pettijhon (1975), Morton (1984), Morton e Hallsworth (1999)
ressaltam a importância da dissolução na redução do tamanho dos grãos detríticos. De
acordo com esses autores, no ciclo sedimentar, ocorre a seleção física dos sedimentos.
Nesse processo, a abrasão mecânica, aliada a dissolução, tende a reduzir o tamanho
dos grãos detríticos, podendo inclusive levar à perda parcial e/ou total dos mesmos.
4.1.9 Cronologia dos depósitos marinhos e continentais
Entre as 18 amostras datadas por termoluminescência (TL) e luminescência
opticamente estimulada (LOE), 14 representam os sedimentos de origem marinha e 04
representam os sedimentos fluviais. As amostras analisadas abrangeram desde os
compartimentos mais distantes (P38) até os mais próximos da linha de costa (P10 e
P13) (Figura 30).
As idades mais antigas (>120mil anos A.P.) foram identificadas nos perfis P02,
P04, P33 e PC84 dos depósitos marinhos com altitudes maiores de 8 m e distantes da
linha de costa (Figura 31). O perfil P02 e o PC84 estão localizados em um setor de
terraço antigo mapeado por Suguio (1978b) como área de sedimentos pleistocênicos
retrabalhados pelo vento.
Situação particular foi verificada no depósito representado pelo PC84 em que os
sedimentos marinhos do topo recobrem os sedimentos de origem fluvial da parte inferior
do depósito exposto. Localizado em um setor com 9,95 m de altitude, as idades LOE e
TL desse depósito aumentam do topo para a base do perfil (Figura 32).
A camada fluvial (576 cm de profundidade) apresentou idades LOE e TL
superiores 160.000 anos A.P. Na amostra coletada a 282 cm (sedimento marinho)
as idades LOE e TL decrescem para cerca de 112 e 119 mil anos A.P. respectivamente.
A 110 cm, na camada representada por areias álbicas (horizonte E do Espodossolo), a
idade LOE é de 28.800 anos A.P. (Tabela 11).
Os perfis P04, P33, P38 e P34 estão distribuídos em diferentes setores dos
depósitos que formam os terraços marinhos na planície (Figura 30). Tais setores
possuem forma de ―morros‖ curtos (<300 m de extensão), alongados com topos
convexos, bem drenados e recobertos por vegetação de floresta alta de restinga, pouco
98
distinguíveis em fotografias aéreas na escala 1:25.000. Apesar de estarem situados em
diferentes posições geográficas da planície costeira, apresentam idades pleistocênicas
com mais de 100 mil anos a partir dos 100 cm de profundidade. Acima dessa
profundidade é possível que os depósitos tenham permanecido sem retrabalhamento
até os dias atuais, com algumas exceções, como no caso do P34 cuja camada a 130
cm apresentou idades LOE e TL mais recentes (37.700 5.000 e 35.400 5.000 anos
A.P., respectivamente). O referido perfil representa os remanescentes de depósitos
marinhos pleistocênicos elevados (10 m) da bacia do Rio Guaratuba e a diferença de
idade em relação aos perfis P04, P33 e P38 nessa profundidade pode estar relacionada
ao retrabalhamento dos sedimentos marinhos pelo vento, corroborando com as
considerações de Suguio e Martin (1978a, b) e Watanabe et al. (1997). Outra
explicação estaria relacionada à morfodinâmica pós deposicional. A erosão pode ter
sido mais intensa nos setores dos perfis P04, P33 e P38 do que nos setor do P34,
remobilizando as camadas pleistocênicas mais jovens superficiais que se misturam com
os sedimentos fluviais e colúvio-aluviais adjacentes.
Nos perfis P04 e P38 as idades pleistocênicas semelhantes caracterizam os
sedimentos a 60 e 80 cm de profundidade. A possibilidade da idade mais recente estar
também relacionada aos agentes eólicos necessita de investigações mais
aprofundadas. Por outro lado, a bioturbação (zooturbação e fitoturbação) pode revolver,
verticalmente, importantes quantidades de sedimentos no perfil Hole (1981),
desestruturando a seqüência deposicional. Dessa maneira, os materiais de diferentes
profundidades podem misturar-se alterando a seqüência geocronológica dos depósitos
superficiais.
O perfil P38, localizado em um dos remanescentes de terraço marinho alto (10
m) afastado da linha de costa (4.210 m), no interior da planície, com idades LOE e TL
pleistocênicas, encontra-se rodeado por depósitos fluviais e/ ou colúvio-aluviais,
constituindo uma evidência geomorfológico-geológica da transgressão Cananéia,
quando o nível máximo relativo do mar atingiu 8 ± 2 m acima do nível médio atual.
Os perfis P10 e P13 representam os depósitos marinhos holocênicos com
idades inferiores 8 mil anos A.P. O perfil P10, localizado na bacia do rio Itapanhaú,
constitui o último ponto de amostragem datado no sentido Serra-Mar em sedimentos
Figura 30 - Localização dos perfis e respectivas idades TL e LOE em anos A.P.
99
100
(NW) Serra DMP DMH Mar (SE)
Figura 31 - Distribuição das idades LOE e TL nos depósitos marinhos da planície costeira de Bertioga-
SP. De NW para SE, os perfis P38-P07 representam os depósitos marinhos pleistocênicos
(DMP). Os perfis P10 e P13 estão em setores de depósitos marinhos holocênicos (DMH),
enquanto o P14 localiza-se em compartimento marinho com 5 m de altitude, próximo a foz
do rio Itaguaré. Os números sobre as barras indicam a distância da linha de costa em metros
holocênicos nesta bacia. As idades LOE e TL dos sedimentos nesse perfil (5.100 e
4.800 anos A.P) corroboram com o período dos processos morfogenéticos que atuaram
na costa após o pico máximo da transgressão holocênica ocorrida cerca de 5.100
anos A.P. (SUGUIO; MARTIN, 1978a, b; SUGUIO et al. (1985); ANGULO; LESSA,
1997). Por outro lado, as idades TL e LOE (entre 6 e 8 mil anos A.P.) obtidas para o
depósito representado pelo perfil P13 são mais antigas que o último pico máximo
transgressivo holocênico. A profundidade de coleta (110 cm), a proximidade da linha de
costa (120 m, Figura 33) bem como as feições morfológicas e topográficas (±2 m) dos
depósitos, indicam idades mais recentes para esses sedimentos, os quais integram as
cristas praiais formadas durante a regressão holocênica. Dessa maneira, as idades
1
10
100
1000
P38 - 180
PC84 - 110
PC84 -282
PC84 - 576
P02 - 80
P02 -185
P34 - 130
P33 - 150
P04 - 60
P04 -130
P07 - 105
P14 - 200
P10 - 110
P13 - 110
Perfis/Profundidade (cm)
Idade em milhares de anos A.P.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Altitude (m)
Idade LOE Idade TL Altitude
2.625m
2.620m
4.210m
3.976m
1.382m
1.623m
1.160m
590
m
120m
500m
Figura 32 Terraço marinho alto com erosão fluviomarinha ativa do terraço marinho pleistocênico (PC84). Os símbolos laranja, azul e verde
indicam o local de coleta das amostras para datação por TL e LOE nas profundidades de 110, 282 e 576 cm, respectivamente
6,95 m
101
Tabela 11 - Resultados das idades TL e LOE dos sedimentos coletados nos depósitos marinhos quaternários na planície costeira de Bertioga-SP
Cód.
LVD
Coordenadas
Geográficas
(UTM)
P/PC
Distância
da costa
(m)
Dose Anual
(Gy/ano)
Dose
Acumulada
LOE (Gy)
Idade LOE
(anos A.P.)
Dose
Acumulada
TL (Gy)
Idade TL
(anos A.P.)
Ambiente
1854
0415117
7376463
P38
4.210
477 55
13,18
27.700 4.000
15,52
32.600 5.400
TMP
1855
P38
4.210
528 67
61,33
116.100 20.600
55,18
104.400 18.500
TMP
1797
0383470
7364952
PC84
2.625
492 82
14,14
28.800 6.200
22,94
46.700 10.100
TMP
1798
PC84
2.625
1.141 112
136,50
119.600
17.700
128,31
112.400
16.600
TMP
1799
PC84
2.625
2.001 240
324,29
162.100
27.500
320,20
160.000
27.200
Fluvial
1852
0383330
7364836
P02
2.620
932 61
116,98
125.600 14.500
122,47
131.500 15.100
TMP
1786
P02
2.620
1.338 165
235,0
175.000
30.000
230,0
171.000
30.000
TMP
1794
0412148
7376297
P34
3.976
2.100 197
81,0
37.700 5.000
76,0
35.400 5.000
TMP
1793
0406430
7372639
P33
1.382
413 23
67,0
162.000 13.000
63,0
150.000 16.000
TMP
1853
0384562
7364623
P04
1.623
770 64
25,86
33.600 4.500
25,29
32.800 4.400
TMP
1787
P04
1.623
309 13
52
168.000 15.000
46,0
150.000 13.500
TMP
1788
0384919
7364284
P07
1.160
272 9
11,6
42.700 3.500
11,2
41.200 3.400
TMP
1789
0387663
7365241
P10
590
677 107
3,5
5.100 1.000
3,25
4.800 1.000
TMH
1790
0400618
7369424
P13
120
255 8
1,7
6.600 500
2,0
7.800 600
TMH
1791
0400994
7369968
P14
500
963 78
6,6
6.800 900
6,9
7.100 900
TMP
1792
0402853
7371991
P32
1721
852 68
20,8
24.200 3.000
19,6
22.800 3.000
?
1795
0410860
7377026
P35
4.911
2.749 99
24,06
8.800 1.100
148,48
54.000 6.600
?
1796
0412121
7376285
P37
3.880
3.685 62
31,40
8.500 1.300
151,56
41.100 6.100
?
TMH = terraço marinho holocênico
TMP = terraço marinho pleistocênico
TFP = terraço fluvial pleistocênico
102
103
esperadas deveriam ser inferiores há 5.100 anos A.P
Os sedimentos do perfil P14 (200 cm) também apresentaram idades TL e LOE
holocênicas entre 6 e 8 mil anos A.P. No entanto, as evidências topográficas,
pedológicas e biológicas convergem para a interpretação de idades mais antigas do
que aquelas determinadas. Este perfil está situado em um setor com topografia entre 4
e 5 m de altitude, próximo a foz do rio Itaguaré, onde o curso inferior contorna o morro
cristalino antes de desaguar no mar (Figura 33). Este morro pode ter funcionado, no
passado, como obstáculo e contribuído para a formação dos depósitos marinhos mais
elevados que as cristas praiais. A dinâmica geomorfológica durante a transgressão e
regressão holocênica não teria retrabalhado/erodido esses depósitos (P14), os quais
apresentaram idades TL e LOE mais antigas que 5.100 anos neste setor da planície
costeira (Tabela 11). As interferências nos resultados da datação dos sedimentos
constituem recente objeto de estudo em pesquisas quaternaristas. Sallum et al. (2007)
discute sobre os significados das idades obtidas por luminescência, destacando que as
composições químicas, mineralógicas e a origem dos sedimentos podem interferir nos
resultados obtidos em depósitos quaternários.
A presença do horizonte ortstein a 400 cm de profundidade neste setor no perfil
P14 foi abordada como indicador pedológico de ambientes mais antigos que 5.100 anos
A.P. O registro da ocorrência desse horizonte, além de outras feições morfológicas dos
Espodossolos evoluídos (horizonte plácico, E espesso), foi exposto pela erosão
fluviomarinha ativa na foz do rio Itaguaré. A erosão formou uma falésia de
aproximadamente 400 m de extensão expondo o substrato (sedimentos e solos) e suas
feições macromorfológicas (Figura 34-a, b, d).
Entre as principais feições destacam-se os tubos sseis de decápodes do
gênero de Callichirus observados entre 3,5 e 4 m de profundidade na base da falésia
(Figura 34-c). A presença dos vestígios fósseis desses animais acima da sua atual zona
de vida, indica nível relativo do mar pretérito mais alto, com erros não superiores a 50
cm, relacionados à Formação Cananéia de Idade pleistocênica (SUGUIO; MARTIN,
1976b; SUGUIO et al., 1985; ANGULO, 1993). Segundo esses autores o tubo constitui
um bom indicador de paleoníveis marinhos pelo fato de estar sempre in situ, o que não
ocorre com outros bioindicadores, como as conchas que podem ser transportadas.
104
O perfil P14, em linha reta, está situado a aproximadamente 500 m de distância
do NMRM atual para o interior do terraço marinho (Figura 34-a). As idades TL e LOE
holocênicas obtidas para os sedimentos foram de 6.800 900 e 7.100 900 anos A.P.,
respectivamente (Figura 31).
A presença dos tubos fósseis na falésia e as idades superiores 5.100 anos
A.P. dos sedimentos do P14, portanto, constituem evidências de que o pico máximo do
NMRM da transgressão holocênica (Santos) não esteve muito distante do atual neste
setor da planície costeira de Bertioga. Essa constatação corrobora com a curva de
variação do NMRM proposta por Angulo e Lessa (1997) a partir de datações de
14
C em
vermitídeos. Com base nessa curva o NMRM teria atingido cerca de 3,5 m e não mais
que 4 m cerca de 5.100 anos A.P. O rebaixamento subseqüente até o nível atual
teria ocorrido gradualmente, sem importantes variações secundárias como as descritas
por Suguio et al. (1985).
Nos depósitos continentais fluviais baixos (P32) e colúvio-aluviais (P35 e P37),
os resultados das idades TL e LOE (Tabela 11) apresentaram incoerências
geocronológicas. Estas incoerências permitiram levantar alguns questionamentos sobre
a sua aplicação nesse tipo de sedimento, uma vez que ambas as técnicas baseiam-se
nos mesmos princípios e que a diferença entre elas reside apenas no modo como a
luminescência do mineral é obtida (SALLUM et al., 2007).
No setor do P32, a origem fluvial, o relevo plano e a topografia muito baixa
(planície fluvial) indicam tratar-se de sedimentos recentes (holocênicos). Entretanto, os
resultados LOE e TL obtidos indicaram idades pleistocênicas (24.200 3.000 e
22.800 3.000 anos A.P., respectivamente) para os depósitos, o que é pouco provável.
A posição geográfica na paisagem, as diferenças topográficas, a morfologia dos
terraços, as diferentes classes de solos e as condições de drenagem permitiram
conhecer melhor a distribuição cronológica dos depósitos marinhos e continentais na
planície costeira de Bertioga, sobretudo os marinhos.
A causa dessa incoerência pode estar relacionada às condições de radiação
solar, e, portanto, de zeragem natural da TL/LOE residual, durante o processo de
deposição do sedimento. Os sedimentos fluviais coletados (P32) podem não ter ficado
expostos à radiação solar durante período mínimo de 6-8 horas (TL) para que
Figura 33 - Fotografia aérea da foz do rio Itaguaré com a localização dos perfis P13 e P14. Neste setor o rio contorna rochas
cristalinas pré-cambrianas metamórficas (a). O segmento (b-c) indica a falésia desencadeada pela erosão fluviomarinha.
(Fonte: DPRN, escala 1:35.000, 2001)
b
a
P14
P13
c
Rio Itaguaré
Rodovia Rio Santos (SP 055)
105
106
(a)
(b)
(c)
(d)
Figura 34 - Vista geral da falésia na foz do rio Itaguaré originada a partir da erosão fluviomarinha, Bertioga-SP. (a) No canto superior esquerdo
aparece o Morro de São Lourenço; (b) detalhe da praia do Itaguaré; (c) detalhe do tubo fóssil de callichirus; (d) detalhe da morfologia
dos depósitos marinhos e dos Espodossolos no setor mais bem drenado da falésia
106
107
ocorresse a eliminação da luminescência adquirida previamente (zeragem natural da
luminescência) (RHODES; POWNALL,1994; SRIVASTAVA et al., 2006). As condições
de cor e composição do agente transportador (água) podem ter prejudicado o processo
de fotoesvaziamento, conferindo aos depósitos fluviais holocênicos, idades TL mais
antigas que as esperadas. A rápida deposição dos sedimentos também é uma das
causas que impede o completo fotoesvaziamento.
As diferenças de mais de 30.000 anos entre os resultados das idades TL e LOE
determinadas para os depósitos colúvio-aluviais representados pelos perfis P35 e P37
(Tabela 11) podem estar relacionadas aos fatores de interferência de fotoesvaziamento
ou ao protocolo de análise (MAR) e mensuração das doses de radiação anual e
acumulada. Assim como no estudo de Guedes (2003) e Giannini et al. (2003a e 2003b),
as incoerências geocronológicas entre as idades TL e LOE nos perfis 35P e P37, têm
sustentação nas ponderações metodológicas do laboratório de datações TL/LOE.
Dessa forma, os resultados das idades LOE de 8.800±1.100 anos A.P. no perfil P35 e
de 8.500±1.300 anos A.P. no perfil P37 podem ser considerados como os mais
coerentes e confiáveis.
Nestes setores, as observações das características fisiográficas (topografia,
geomorfologia, solos e boas condições de drenagem) nos locais de descrição e
amostragem indicam tratar-se de depósitos colúvio-aluviais de idade mais antiga que os
sedimentos holocênicos.
Questionamentos sobre a acuidade e o material utilizado na amostragem (tubo
de PVC), assim como o seu armazenamento, foram descartados, pois se tivesse havido
contato com a radiação solar, as amostras apresentariam idades mais jovens do que as
obtidas. Os sedimentos dos depósitos fluviomarinhos, coluviais e praiais não foram
submetidos às análises geocronológicas. No entanto, Souza-Júnior (2006), em seu
estudo sobre os manguezais do litoral de São Paulo obteve idades holocênicas e
pleistocênicas para os sedimentos dos depósitos fluviomarinhos na Ilha do Cardoso,
Canal de Cananéia, Mar pequeno e Litoral Norte pelos métodos do
14
C e TL.
De acordo com o referido autor, os sedimentos dos manguezais do rio Itapanhaú
datados pelo método do
14
C apresentam idades holocênicas (2.350 - 3.650 anos A.P.),
enquanto os do rio Guaratuba, as idades TL dos sedimentos foram holocênicas e
108
pleistocênicas (9.200-12.200 anos A.P.) em profundidades entre 40 e 80 cm. O autor
acrescenta que a explicação para as idades pleistocênicas em alguns dos ambientes
estudados (Canal de Cananéia) pode estar relacionada à intensa atividade da
macrofauna (caranguejos) por meio do retrabalhamento do substrato. Ao construírem
suas tocas, esses animais promovem o deslocamento de sedimentos das camadas
mais profundas para as camadas mais superficiais. Dessa forma, sedimentos coletados
a menos de 100 cm podem ter sido trazidos de camadas mais profundas, sem ter
entrado em contato com a luz, podendo apresentar idades antigas quando submetidos
à datação por TL e LOE. Os efeitos da exumação, do revolvimento e da mistura de
materiais de diferentes profundidades provocados por bioturbação foram apresentados
por Hole (1981).
4.1.10 Considerações sobre a cronologia dos depósitos quaternários
Os resultados das 15 datações TL e LOE conferem idades superiores 27 mil
anos A.P. para os depósitos marinhos pleistocênicos e inferiores 8 mil anos A.P.
para os holocênicos na planície costeira de Bertioga, em concordância com a
morfologia, geologia e estratigrafia. Nos sedimentos continentais (colúvio-aluviais
baixos, fluviais e colúvio-aluviais altos), os resultados das três amostras analisadas não
foram completamente satisfatórios, apresentando incoerências de ordem geológico-
geomorfológica, como idades TL e LOE muito antigas para os depósitos colúvio-aluviais
recentes e grandes discrepâncias entre as idades TL e LOE nas duas amostras de
sedimentos de terraço colúvio-aluvial alto analisadas (Tabela 11).
As características fisiográficas dos depósitos marinhos, quando relacionadas
com as idades TL e LOE, apresentaram estreita relação. Os depósitos mais antigos
(pleistocênicos) da Formação Cananéia, via de regra, localizam-se distantes da linha de
costa, no interior da planície costeira. Possuem topografia com altitudes superiores a 5
m, podendo chegar a 10 m ou mais nos remanescentes dos depósitos marinhos mais
próximos a encosta (PC84, P38, P34). Estas informações topográficas e cronológicas
se assemelham àquelas descritas para a região de Iguape-Cananéia no estudo
estratigráfico dos depósitos sedimentares realizado por Suguio e Petri (1973) e Suguio
109
e Martin (1978a; b). Nos referidos trabalhos, os autores descrevem altitudes de 9 a 10
m para os terraços marinhos das zonas internas (próximas ao cristalino) e de 5 a 6 m
para os das zonas externas (mais próximas ao mar). Os autores identificaram para a
Formação Cananéia, idades
14
C de 28.000`2000 anos AP obtidas em pedaços de
madeira encontrada nos sedimentos argilosos dessa Formação. Ressaltam ainda que
uma possível contaminação da amostra (MÖRNER, 1971) poderia ter ocasionado
falhas no resultado da idade e que, neste caso, a Formação Cananéia poderia ser mais
velha e datar do episódio de 100.000 anos AP.
Os depósitos marinhos holocênicos se encontram em posição topográfica mais
baixa (<4 m de altitude) e sua morfologia é dominada pelo alinhamento de cristas
praiais paralelas à linha de costa, cuja origem está relacionada à transgressão
holocênica (Santos). As idades TL e LOE do perfil P10 caracterizam a zona limítrofe
entre os depósitos holocênicos com idades inferiores 5.100±1000 anos A.P. e os
mais antigos. Os sedimentos do P13 também apresentaram idades recentes
(<7.800±600), apesar das taxas de radiação (dose anual e dose acumulada) ter sido
bem menores em relação aquelas dos P10. Isto significa que os sedimentos foram
depositados rapidamente, prejudicando o fotoesvaziamento. Como conseqüência, as
idades obtidas podem estar superestimadas, contudo são holocênicos.
4.2 As unidades geomorfológicas quaternárias (UGEs)
As unidades geomorfológicas quaternárias da planície costeira apresentam
características genéticas, cronológicas, geológicas e geomorfológicas particulares, sob
a ação de processos e dinâmica que atuam simultaneamente, formando um complexo
de ambientes (continentais, marinhos e fluviomarinhos), aparentemente pouco distintos
quando observados com pouco detalhe. Por outro lado, quando estudados com o
auxílio de materiais cartográficos mais detalhados e por meio das descrições em
campo, de análises físico-químicas, geocronológicas entre outros recursos, foi possível
identificar 11 principais Unidades Geomorfológicas (UGEs) na planície costeira de
Bertioga (Figura 35). Os diferentes ciclos de sedimentação, a natureza e a composição
dos sedimentos (marinhos, fluviais, fluviomarinhos, colúvio-aluviais e coluviais), além
110
dos atributos geomorfológicos (topografia e forma do relevo) e as diferentes fisionomias
da vegetação contribuíram para a compartimentação das UGEs. Os limites entre as
UGEs são marcados por transições em que os processos e depósitos se misturam. Por
essa razão, a definição e a precisão dos limites entre as UGEs dependem da acuidade
e da experiência técnica-científica do pesquisador.
4.2.1 Praias (Ap)
A área de ocorrência desta UGE se estende por uma estreita faixa (até 50 m) ao
longo da linha costa e é formada por depósito recente de areias finas a muito finas (pós-
praia), inconsolidadas, sob influência diária da ação das ondas e do regime das marés
(micromarés
6
).
O relevo é quase plano (<2% de declividade) com suave inclinação para o
oceano e altitude entre 0 e 2 metros (Figura 36). Trata-se da zona de espraiamento,
que se estende desde o nível de baixa-mar média (profundidade de interação das
ondas com o substrato) para cima, até a linha da vegetação permanente (limite de
ondas de tempestade), ou onde mudança na fisiografia (SUGUIO, 1998). No sentido
norte (Serra) essa unidade transiciona para os depósitos marinhos de cristas praiais
7
holocênicas.
Na imagem de satélite e nas fotografias aéreas a UGE das praias aparecem em
tonalidades claras/brancas facilmente distinguíveis, às vezes recobertas por vegetação
pioneira (Figura 37). A dinâmica das ondas forma as bermas
8
(terraço de maré),
principais feições geomorfolológicas dessa unidade. Os processos morfogenéticos
atuantes limitam o desenvolvimento da pedogenênese, desfavorecendo a formação de
6
Maré com amplitude média inferior a 2 m (Hayes, 1979). No Brasil, a micromaré é verificada nas costas
Sul e Sudeste do país, como o litoral de São Paulo, onde é pouco superior a 1 m (SUGUIO, 1998, p.
526).
7
Feição deposicional alongada, em geral de composição arenosa ou, por vezes, cascalhosa ou
conchífera, disposta paralelamente a paleolinhas praiais e separada uma da outra por depressões. É
formada pela atividade de ondas de tempestade, correntes e menor influência de marés. Constituem
zonas litorâneas de progradação. Quando composta de areia fina pode ocorrer retrabalhamento eólico
superficial originando a crista dunar. Sinônimos: cordão litorâneo e cordão arenoso (SUGUIO, 1998,
p.190).
8
Porção praticamente horizontal da praia ou pós-praia formada pela sedimentação por ação de ondas.
Algumas praias não possuem bermas, enquanto que outras apresentam uma ou várias bermas.
Sinônimo: terraço de maré (SUGUIO, 1998, p.93).
111
solo sobre os depósitos praiais.
Nos trabalhos de Souza e Suguio (2003) e Souza (2007), as praias da planície
costeira de Bertioga foram classificadas como praias de estado morfodinâmico
intermediário à dissipativo de alta energia. Esses autores também realizaram para este
setor, uma classificação quanto ao risco à erosão: praia da Enseada, risco dio; praia
de São Lourenço e Itaguaré, risco muito alto; praia de Guaratuba, risco alto; praia da
Boracéia, risco baixo. Feições geomorfológicas de erosão costeira foram identificadas,
principalmente nas praias entre os morros de São Lourenço e Itaguá, corroborando as
classes de alto risco à erosão estabelecida para este setor. Na transição as zonas de
espraiamento de tempestade e as cristas praiais, após os eventos chuvosos mais
intensos, formam-se pequenas ―falésias‖ de até um metro de altura (Figura 37-b).
4.2.2 Terraços marinhos holocênicos
9
(Atmh)
Representada pelos depósitos marinhos holocênicos, a UGE Atmh (2) constitui a
feição geomorfológica que mais se destaca na paisagem. As feições alongadas e
paralelas entre si ao longo da linha de costa formam o alinhamento de cristas praiais,
com topografia entre 2-4 m. A origem desta UGE estaria relacionada ao evento
transgressivo-regressivo do NMRM mais recente (Transgressão Santos) iniciado no
final do Pleistoceno Tardio, cujas formas de relevo (cristas praiais), possivelmente,
foram construídas por ação de ondas de tempestade e correntes de deriva, as zonas de
progradação (SUGUIO, 2001). O alinhamento de cristas praiais é facilmente identificado
e delimitado nas fotografias reas pancromáticas da década de 1960, período em
Terraço Marinho ou Terraço Litorâneo: Antigo relevo costeiro, situado acima ou abaixo do nível marinho
atual, representando paleolinhas praiais. São feições importantes nas reconstruções paleogeográficas,
fornecendo subsídios para a identificação dos eventos eustáticos e ou tectônicos em regiões costeiras.
Muitas vezes aparece uma seqüência de terraços escalonados correspondentes a diferentes fases
transgressivas e regressivas, associadas respectivamente a estádios interglacial e glacial do hemisfério
norte durante o Quaternário (SUGUIO, 1998, p.750).
Figura 35 - Mapa das unidades geomorfológicas da planície costeira de Bertioga-SP
A
B
C
D
E
9112
Figura 36 - Perfil topográfico sobre os terraços marinhos quaternários na planície costeira de Bertioga-SP
9113
(a)
(b)
(c)
(d)
(e)
(f)
Figura 37 - Aspectos fisiográficos das unidades geomorfológicas de origem marinha. (a) Vegetação pioneira na UGE representada pelas praias (Ap) -
Praia da Enseada; (b) Feição erosiva na praia entre o Morro de São Lourenço e a foz do rio Itaguaré; (c, d) Feição de erosão fluviomarinha
na foz do rio Itaguaré com fragmentos de ortstein resultantes da erosão fluviomarinha; (e, f) Atividade antrópica sobre os terraços marinhos
pleistocênicos altos no setor próximo a foz do rio Itapanhaú
114
115
que ainda estava preservado. As cristas praiais apresentam-se alinhadas entre si, às
vezes descontínuas, com desníveis <1 m entre o topo e a base da crista e separadas
uma das outras, por depressões. Destacam-se na paisagem por suas suaves, porém,
nítidas ondulações no relevo. Ao longo da planície sua continuidade longitudinal é
interrompida nas proximidades dos morros cristalinos isolados (antigas ilhas) próximos
ao mar onde se formaram os tômbolos. Os tômbolos (barras) constituem feições
geomorfológicas localizadas acima do nível de maré alta ordinária, as quais ligam uma
ilha ao continente (SUGUIO, 1998). A refração das ondas e vagas em ambos os lados
da ilha produz correntes costeiras paralelas, mas de sentidos contrários, que depositam
areia entre o continente e a ilha, formando o tômbolo, como aqueles localizados no
trecho entre a foz dos rios Itapanhaú e Itaguaré (Figura 35).
Conforme registrado nas fotografias aéreas pancromáticas de 1960, o
alinhamento de cristas praiais se estendia no sentido WSW para ENE, desde o Canal de
Bertioga ao setor da praia da Boracéia. Os alinhamentos mais largos localizavam-se
nos segmentos A-B e B-C, estreitando-se na direção do segmento C-D e D-E (Figura
35). No segmento D-E, entre o Morro do Itaguá e o Morro do Camburi, encontra-se o
conjunto de alinhamento de cristas praiais mais estreito, tornando-se menos perceptível
nos documentos cartográficos. Dessa forma, os depósitos holocênicos com relevo
aplanainado dominam neste segmento da planície costeira.
As áreas deprimidas (entre as cristas praiais) são mais úmidas, característica
esta bem marcada pela proximidade do lençol d’água na superfície (<1 m) e pela
presença de solos com horizonte orgânico mais espesso (Organossolo) em relação às
classes dos Neossolos Quartzarênicos, comuns nessa UGE. Estas áreas deprimidas
favoreceram a instalação da rede de drenagem que acompanha o alinhamento das
cristas e deságuam no mar.
A urbanização se intensificou nas décadas 70-80, sobretudo na década de 1990
após a construção da ponte sobre o rio Itapanhaú (SP-055 ou BR-101), e as cristas
praiais foram obliteradas, cedendo lugar aos condomínios residenciais.
Essa UGE apresenta-se recoberta por vegetação arbórea (Floresta Baixa de
Restinga alterada) e, em menor proporção, por Escrube (vegetação arbustiva de
pequeno porte) na transição com a praia (LOPES, 2007). O contato com as unidades
116
fluviomarinhas e marinhas mais antigas (pleistocênicas) é marcado por transições
relativamente nítidas nas fotografias aéreas pancromáticas fotointerpretação.
4.2.3 Terraços marinhos pleistocênicos baixos (Atmpb)
Os terraços marinhos pleistocênicos baixos (Atmpb) localizam-se distantes da
encosta da Serra do Mar no setor intermediário da planície costeira, freqüentemente em
contato com os terraços marinhos holocênicos (Figura 35). As areias marinhas muito
finas e finas caracterizam esse compartimento de topografia entre 4-6 m de elevação e
relevo plano apresentando desnivelamentos muito pequenos, ligeiramente ondulados
(declividade de <3%). A vegetação arbórea (Floresta Alta de Restinga alterada) domina
esse compartimento. Ao longo do trajeto entre os perfis 38 e PC65a, as mudanças na
topografia e na morfologia do terreno (rupturas de declives), refletem-se na morfologia
dos solos. Alterações em nível de ordem e subordem na classificação dos solos são
comuns mesmo em curtas distâncias. Essas características fisiográficas (topografia,
localização geográfica, solos e fisionomia da vegetação) constituíram-se em importantes
evidências para definir os limites e transições com as outras UGEs.
As áreas de ocorrência desta UGE são pouco destacadas no relevo e a sua
delimitação exigiu interpretação e incursões de campo mais detalhadas. Pode ser
considerada como uma área de transição entre os terraços marinhos pleistocênicos
altos mais antigos e os terraços marinhos holocênicos. Porém, os limites da transição
para os terraços marinhos pleistocênicos altos não estão bem definidos na paisagem.
Os efeitos dos processos geomorfogenéticos pós-deposicionais e da atividade antrópica
possivelmente obliteraram os limites. Para os holocênicos, a transição é marcada por
um pequeno desnível topográfico (<1 m), pela fisionomia da vegetação e morfologia do
solo. A topografia mais baixa, a vegetação arbórea de menor porte e a presença de
Neossolos Quartzarênicos no terraço marinho holocênico marcam essa transição.
A rede de drenagem é menos densa em relação aos compartimentos de origem
continental. No entanto, o nível do lençol d’água encontra-se, em média, a menos de
150 m de profundidade, inclusive no período menos chuvoso (Figura 38), estando na
maioria das vezes instalados sobre o horizonte ortstein. A presença do horizonte ortstein
117
(Bhm) pouco poroso em subsuperfície, a alta pluviosidade e a topografia plana da
referida unidade (4-6 m de altitude) são os fatores que controlam a dinâmica hídrica
nessa UGE.
112
150
102
85
17
25
357
157
113
90
0
50
100
150
200
250
300
350
400
Arc Atca Atfb+Apf Apf Adfl Apfm Atmpa Atmpb Atmh Ap
Unidades Geomorfológicas
Profundidade (cm)
lençol suspenso
Figura 38 Profundidade média do nível do lençol d’água nas unidades geomorfológicas
Os depósitos de sedimentos marinhos que formam esse terraço (Atmpb) podem
ter sua origem relacionada à dissecação e ao retrabalhamento dos depósitos marinhos
pleistocênicos altos pelos agentes externos (vento, água). Essa interpretação parte do
pressuposto de que não ocorreu outro importante evento de transgressão-regressão
marinha no decorrer do Pleistoceno (Transgressão Cananéia), capaz de formar
depósitos de expressão regional e que pudessem ter permanecido na paisagem após as
mudanças morfoclimáticas subseqüentes que ocorreram no Quaternário (SUGUIO,
2001; SCHEEL-YBERT, 2003; SUGUIO, et al., 2005) .
4.2.4 Terraços marinhos pleistocênicos altos (Atmpa)
Formada por depósitos marinhos de areias muito finas e finas, a UGE
representada pelos terraços marinhos pleistocênicos altos - Atmpa (4) foi interpretada
como mais antiga devido às evidências geomorfológicas, topográficas e posição
118
geográfica na planície costeira. Sua origem está relacionada ao evento transgressivo
Cananéia em que o NMRM atingiu a Serra do Mar no Pleistoceno (120.000 anos A.P.).
Ao longo do período de regressão marinha pleistocênica, os sedimentos arenosos dos
terraços marinhos foram depositados formando a extensa planície arenosa por meio do
processo geomorfológico conhecido como progradação da linha de costa. Os
sucessivos ciclos morfogenéticos ocorridos nesse período promoveram a dissecação do
terraço marinho alto, deixando os remanescentes que constituem os testemunhos da
maior extensão da superfície pleistocênica (Figura 35).
Entre os depósitos marinhos identificados, a UGE Atmpa ocorre por toda a
planície costeira sob a forma de remanescentes isolados ou na forma de terraços
elevados, ambos com altitudes entre 6 e 10 m, topos planos a ligeiramente convexos.
Os remanescentes de menor extensão ocorrem sob a forma de pequenos morros
isolados, com altitudes entre 8 e 12 m, topos planos e alongados <500 m de
comprimento, bordas convexas, rodeados por sedimentos clásticos e/ou orgânicos
continentais que formam os ambientes quaternários de origem aluvial
10
ou fluvial
11
e
colúvio-aluvial.
Os terraços mais extensos e degradados ocorrem associados aos sedimentos de
origem marinha da UGE Atmpb (3) com transições pouco contrastadas e menos
perceptíveis no material cartográfico. Na bacia drenada pelo rio Itapanhaú as diferenças
topográficas entre as unidades Atmpa (4) e Atmpb (3) são pronunciadas e, próximo a
sua foz, alguns registros geomorfológicos ainda encontram-se preservados, apesar da
ocupação e urbanização (Figura 37-e, f). No mapeamento de Suguio e Martin (1978b)
esta é a única área em que foi registrada a ocorrência de terraços marinhos
pleistocênicos na planície costeira de Bertioga. Entretanto, as investigações de campo
reuniram importantes evidências fisiográficas, sobretudo geomorfológicas e geológicas,
10
Relativo ao aluvião ou que é composto por aluvião. Antigamente o termo era usado para designar
quaisquer sedimentos recentes inconsolidados. Sinônimo: aluvionar. Aluvião: Depósito fluvial detrítico
(arenoso, argiloso ou cascalhoso), de idade bem recente (Quaternário), que pode ser litificado com o
tempo transformando-se em rocha aluvial (SUGUIO, 1998, p. 28).
11
Refere-se ao ambiente de sedimentação dos rios e aos depósitos formados nesse ambiente. Os
depósitos fluviais são bastante variáveis conforme os padrões dos canais fluviais, podendo ser
reconhecidos dois membros extremos mais freqüentes: meandrantes e entrelaçados. Além disso, no perfil
longitudinal de um rio extenso, podem ser reconhecidos de montante para a jusante, desde os ambientes
de leques aluviais, passando por sedimentos fluviais propriamente ditos até de deltas lacustres ou de
119
as quais permitiram uma melhor representação da distribuição espacial da unidade
Atmpa (4), bem como da Atmpb (3) na referida planície. Portanto, a ocorrência dos
terraços marinhos pleistocênicos não se restringe ao setor da bacia do Itapanhaú, tal
como cartografado por Suguio e Martin (1978b), ocorrendo, também, nas bacias do rio
Itaguaré e Guaratuba (Figura 35).
Na bacia do rio Itaguaré a UGE Atmpa (4) está representada pelos restritos
―morros‖ isolados dos depósitos marinhos pleistocênicos altos, os quais se encontram
rodeados por sedimentos aluviais clásticos e orgânicos da extensa área deprimida (6)
que domina a parte central da planície de Bertioga (Figura 35). No interflúvio entre as
bacias do rio Itaguaré e do rio Guaratuba o terraço marinho pleistocênico alto se
apresenta bastante amplo, com topografia suave-ondulada. Depressões alagadas (7) e
preenchidas por depósitos predominantemente orgânicos de mais de 1,5 m de
profundidade formaram-se sobre essa UGE.
Na bacia do rio Guaratuba, no setor posterior da planície costeira, os
remanescentes isolados dos sedimentos marinhos pleistocênicos distribuem-se
entremeio aos depósitos colúvio-aluviais baixos e fluviais não individualizados da UGE
Atfb+Apf (9) (Figura 35). Remanescentes mais amplos ocorrem em associação com os
terraços marinhos pleistocênicos baixos-Atmpb (3). Neste setor da bacia do rio
Guaratuba, Suguio e Martin (1978b) mencionam a ocorrência de depósitos marinhos
retrabalhados pelo vento, mapeando-os como possíveis áreas de antigas dunas.
Outra característica importante da UGE Atmpa (4) está relacionada à rede de
drenagem, a qual está representada por pequenos cursos d’água que se restringem aos
limites com as outras unidades. Nos setores mais amplos e menos dissecados,
pequenas cabeceiras de drenagem drenam o compartimento para o interior da planície,
na direção dos principais rios (Itapanhaú, Itaguaré e Guaratuba).
As condições e topografia (6-10 m), as formas convexadas dos remanescentes, a
inclinação e a boa drenagem vertical e lateral, via de regra, mantêm o lençol d’água
acima de 5 m de profundidade. Lopes 2007 classificou a vegetação dessa UGE como
Floresta Alta de Restinga com dossel aberto, freqüentemente alterada.
A posição topográfica e geográfica dos terraços marinhos pleistocênicos altos e
deltas oceânicos (SUGUIO, 1998, p. 350).
120
baixos na planície costeira pode ser interpretada como uma evidência de que os mais
altos teriam se formado em períodos pleistocênicos mais antigos, enquanto os mais
baixos seriam pleistocênicos, porém mais jovens.
4.2.5 Planície fluviomarinha (Apfm)
Os depósitos superficiais estuarinos atuais, constituídos de sedimentos
fluviomarinhos recentes, caracterizam a unidade geomorfológica Apfm (5), sob influência
diária das marés de enchentes e marés de vazantes. Os depósitos apresentam-se em
camadas sucessivas de sedimentos trabalhados por processos fluviais e marinhos
costeiros nas frações areia, argila e silte e sedimentos orgânicos que caracterizam esse
ambiente muito mal drenado.
Nas fotografias aéreas a vegetação típica (manguezal) e o relevo plano, das
planícies fluviomarinhas (Apfm) aparecem com textura fina e homogênea no setor de
jusante dos três grandes rios (Itapanhaú, Itaguaré e Guaratuba). As áreas de transição
entre os Manguezais e Floresta de Restinga também foram incluídas nessa UGE.
Observações em campo indicam o avanço dessa unidade na direção dos outros
compartimentos por meio dos pequenos canais meandrantes dos principais rios. A
dinâmica evolutiva da mesma está sujeita, entre outros fatores, ao comportamento e
amplitude das marés, cujo regime para a zona costeira de São Paulo é de micromarés
(2 m) conforme classificação de Davies (1964).
Nas planícies fluviomarinhas dos rios Guaratuba e Itaguaré os depósitos
apresentam-se com granulometria freqüentemente mais arenosa (areia fina e muito fina)
em relação aos sedimentos da planície fluviomarinha do rio Itapanhaú. Rossi (1999)
observou essa mesma característica na bacia do Guaratuba, descrevendo-os como
mangue arenoso.
4.2.6 Planície fluvial (Apf)
Essa UGE, periodicamente inundada, é formada por depósitos fluviais,
compreendendo os depósitos de canal, de barras e de planície de inundação
121
holocênicos a atuais. Ocorre preferencialmente ao longo do curso médio e baixo do rio
Itaguaré e na transição dos terraços coluviais com outros compartimentos da planície
costeira sob vegetação de Floresta Alta de Restinga e localmente sob Floresta
Paludosa, conforme Lopes (2007). Os sedimentos que formam os depósitos fluviais
possuem granulometria e composição muito variáveis, apresentando textura
indiscriminada (mal selecionados) em profundidade. As frações areia muito grossa, areia
grossa e areia média são freqüentes nos depósitos que representam os antigos canais
de drenagem. As camadas são pouco espessas e dispostas horizontalmente. Nas áreas
de planície de inundação os depósitos apresentam sedimentos de granulometria mais
fina intercalados com os mais grossos.
A topografia plana é recortada por uma rede de estreitos canais os quais
adentram os terraços baixos e servem de caminho para o estravasamento das águas
dos rios nos períodos chuvosos. A diferenciação vertical das camadas é, geralmente,
marcada por transições abruptas e discrepantes variações na granulometria da fração
areia.
A variabilidade espacial dos solos e da hidrologia nessa UGE são os principais
fatores responsáveis pelas variações na fisionomia da vegetação, importantes na
identificação e delimitação dessa unidade geomorfológica.
4.2.7 Terraços fluviais baixos + planície fluvial (Atfb+Apf)
Localizada no setor posterior da planície costeira, entre os depósitos coluviais de
encosta e os marinhos e fluviomarinhos, a unidade geomorfológica Atfb+Apf (9) ocupa
grande extensão da planície costeira. Formada por depósitos mistos com sedimentos
colúvio-aluviais baixos e fluviais não individualizados, de idade quaternária
indiferenciada, essa UGE é a mais extensa de todas, com (Figura 35).
Nos setores melhor drenados, em que predominam os terraços colúvio-aluviais
baixos, as formas de relevo apresentam características morfológicas semelhantes às da
UGE dos terraços colúvio-aluviais altos (Atca), porém topograficamente são mais
baixas. Sobre esses depósitos, uma rede de pequenos e estreitos canais sem padrão
definido corta o relevo, constituindo a principal feição geomorfológica dessa unidade. Na
122
estação menos chuvosa estes canais apresentam-se secos e nos períodos de elevada
precipitação ficam cheios.
Nos depósitos das planícies fluviais (Apf) essa morfologia se repete associada à
Floresta Pluvial (LOPES, 2007). Os estreitos canais (de até 1 m de profundidade) se
desenvolvem contornando as árvores de grande porte, expondo suas raízes. Essa
dinâmica constitui uma das causas das freqüentes quedas de árvores sobre os
depósitos continentais.
A natureza mista (colúvio-aluvial/fluvial) dos depósitos sedimentares dificultou a
delimitação e individualização desta UGE. Dessa maneira, suas formas e depósitos
foram agrupados para representar o ambiente nos mapas. A vegetação de Floresta de
Transição Restinga-encosta (LOPES, 2007) ocupa os setores em que dominam os
terraços marinhos Atfb+Apf, enquanto que a Floresta Alta de Restinga úmida ocorre com
freqüência nas áreas mal drenadas, com lençol d’água em superfície (Apf). Localmente,
nesta UGE, formam-se depressões, de topografia plana e lençol d’água aflorante em
que a vegetação característica é a Floresta Paludosa.
Os sedimentos fluviais do P37 localizado na bacia do rio Guaratuba (Figura 30),
foram datados por luminescência do grão de quartzo e a idade LOE obtida foi de 8.500
1.300 anos A.P. Esta idade holocênica parece coerente, pois neste setor, os depósitos
superficiais não apresentam testemunhos geológico-geomorfológicos da sedimentação
marinha associada ao evento transgressivo-regressivo Santos. Neste setor, as cotas
altimétricas estão acima dos quatro metros, aproximadamente.
4.2.8 Depressões fluviolagunares preenchidas por sedimentos orgânicos (Adfl)
As áreas descritas como depressões fluviolagunares encontram-se distribuídas
pela planície costeira de Bertioga em duas situações distintas.
No setor entre as bacias do rio Itaguaré e Guaratuba, estas áreas deprimidas
localizam-se no interior dos terraços marinhos pleistocênicos, estando identificadas no
mapa das UGEs pelo número sete (Figura 35). Após a regressão pleistocênica do
NMRM, estas depressões mal drenadas teriam se formado e lentamente colmatadas por
ação dos agentes externos (fluviais e pluviais). As condições anóxicas favoreceram o
123
acúmulo de material vegetal formando espessa camada de material orgânico (>150 cm)
em diferentes estágios de decomposição (sáprico, hêmico e fíbrico).
Quando observadas em imagens de satélite (RGB) ou fotografias aéreas
pancromáticas e coloridas, essas depressões se destacam por meio de tonalidades
mais escuras. Em campo, o limite nítido com o compartimento marinho é marcado pela
rápida transição do ambiente marinho arenoso para o paludial (pelítico/orgânico). A
vegetação é representada pela Floresta Alta de Restinga úmida e Floresta Paludosa
(LOPES, 2007).
Os depósitos superficiais que caracterizam essa UGE são constituídos
essencialmente de sedimento orgânico de provável idade holocênica. O substrato
orgânico preenche as áreas deprimidas sob condições permanentes de saturação por
água, inclusive no período menos chuvoso (inverno) em que o lençol d’água encontra-se
a menos de 20 cm de profundidade ou na superfície. Sedimentos de origem mineral não
foram observados até 150 cm de profundidade neste setor das áreas deprimidas.
No setor entre a bacia do rio Itapanhaú e a bacia do rio Itaguaré, as áreas
deprimidas, identificadas no mapa das UGEs com o número seis, são mais extensas
constituindo um ambiente de topografia baixa (<4 m), relevo plano (declividade <3%),
com lençol d’água aflorante na superfície na maior parte do ano. Sua área de ocorrência
(22,9 km
2
) abrange, preferencialmente, o centro da planície costeira de Bertioga (Figura
35). O ambiente saturado e com vegetação arbórea do tipo Floresta Baixa de Restinga e
Floresta Paludosa (LOPES, 2007) favorece o acúmulo de material orgânico de origem
vegetal sobre os sedimentos minerais de subsuperfície. Estes últimos foram
provavelmente carreados das áreas de encostas para as áreas deprimidas por
processos aluviais/fluviais na transição do período pleistocênico superior para o
holocênico. Em determinados trechos (PC107 e PC109) a espessura da camada de
sedimentos orgânicos superficiais não ultrapassa 1 m.
A topografia plana é interrompida por morros cristalinos e remanescentes de
terraços marinhos pleistocênicos altos, ambos isolados no interior da depressão
fluviolagunar. A profundidade do material mineral (pelítico ou areia fina a muito fina)
encontrado em subsuperfície (>1 m) e a topografia (<4 m de altitude) indicam a idade
holocênica dos depósitos superficiais nessa unidade. A natureza orgânica do material
124
superficial proporcionou o desenvolvimento e dominância dos Organossolos nesse
ambiente. Secundariamente, próximo aos canais fluviais ocorrem também os Gleissolos.
A partir da comparação entre os dois setores (Adfl
1
-6 e Adfl
2
-7) descritos
observou-se que no primeiro (6) a depressão é bastante extensa, de topografia plana,
recortada por diversos canais de drenagem. A presença de sedimentos minerais fluviais
e aluviais é comuns a partir de 1 m de profundidade. No segundo setor (7), as
depressões são curtas, isoladas e localizadas em posição topográfica mais elevada (>6
m) sobre os sedimentos marinhos pleistocênicos.
A partir dessas considerações pode-se inferir que as depressões do setor entre
as bacias do Itaguaré e Guaratuba (7) estão localizadas sobre terraço marinho
pleistocênico que, por algum motivo, permaneceu mais preservado e em situação
topográfica mais elevada em relação ao do setor localizado entre as bacias do rio
Itapanhaú e Itaguaré (6). Neste último setor foram identificados apenas alguns
remanescentes isolados de depósitos marinhos pleistocênicos rodeados por sedimentos
continentais (fluviais, aluviais e coluviais) depositados nas áreas de depressão
fluviolagunar.
As recentes fases de sedimentação nos diferentes setores das depressões
fluviolagunares são comandadas pela deposição de sedimentos orgânicos por gravidade
e, localmente, por processos colúvio-aluviais e fluviais.
4.2.9 Rampas de colúvio
12
(Arc)
As rampas de colúvio-Arc (11) são formadas pelos depósitos de encosta
constituídos por sedimentos detríticos coluviais, de tálus e de leques colúvio-aluviais
quaternários e, em geral, apresentam matriz heterogênea areno-síltico-argilosa com
cascalhos, seixos e matacões. Localizadas na baixa encosta, podem adentrar alguns
setores da planície costeira onde se misturam com os sedimentos fluviais, formando os
depósitos colúvio-aluviais baixos.
O relevo é formado por rampas curtas, em geral com menos de 100 m de
12
Designação genérica aplicada a depósitos incoerentes, de aspecto terroso, localizados em vertentes e
sopés de relevo mais ou menos acentuados. Tálus e detritos de escarpas, transportados principalmente
pela ação da gravidade, podem ser incluídos nesta categoria (SUGUIO, 1998, p. 161).
125
extensão, declividades superiores a 8% e recortadas por canais de drenagens
permanentes e temporários.
Essa unidade representa a zona de transição restinga-encosta com grandes
amplitudes topográficas em relação às outras UGEs. A cobertura vegetal, formada pela
Floresta de Transição Restinga-Encosta bem preservada, reflete as propriedades físico-
químicas dos solos desenvolvidos nas rampas de colúvio por meio de sua fisionomia
exuberante e de maior porte em relação à Floresta de Restinga das UGEs Atmp e Atmh.
O estrato árboreo emergente freqüentemente apresenta espécies com mais de 20 m de
altura e diâmetro superior a um metro.
4.2.10 Terraços colúvio-aluviais altos (Atca)
Na planície costeira, os terraços colúvio-aluviais altos-Atca (8) ocorrem em
altitudes similares aos terraços marinhos pleistocênicos baixos, estando, portanto, em
cotas mais elevadas (>5 m) em relação às outras unidades geomorfológicas
continentais, com exceção da UGE formada pelos depósitos coluviais (Arc).
O relevo dos terraços colúvio-aluviais altos apresenta-se, em geral, com
superfície plana (declividade <3%) e pouco recortada por estreitos canais intermitentes
(1-2 m de largura e até 1 m de profundidade). Localizados próximo à encosta,
acompanham os talvegues dos principais rios da planície costeira constituindo-se no
prolongamento dos depósitos coluviais (ou delus) que formam as rampas de colúvio.
A morfologia e composição dos depósitos, o relevo e a topografia dessa unidade
representam antigos ambientes colúvio-aluviais altos e/ou fluviais formados,
provavelmente, após o último glacial (Würn), na transição do peodo pleistocênico
para o holocênico. Esta interpretação corrobora com as idades obtidas por meio das
análises TL e LOE, para estes depósitos (Tabela 11 ).
Os depósitos colúvio-aluviais detríticos compostos de camadas de textura
média, arenosa, síltico-arenosas e/ ou cascalhentas caracterizam o substrato
geológico dessa unidade. A vegetação é de Floresta Aluvial com árvores emergentes
de mais de 20 m de altura e diâmetro superior a 1 m (MOREIRA, 2007; LOPES 2007).
126
4.3 As unidades de mapeamento de solos: principais atributos morfológicos e
físico-químicos dos solos na planície costeira
As classes de solos identificadas na planície costeira de Bertioga apresentam
uma grande variabilidade espacial de seus atributos físicos, químicos, morfológicos e
mineralógicos, condicionados, sobretudo, pelo material de origem, relevo, nível do lençol
suspenso, vegetação e tempo. O material de origem apresenta, basicamente, três fontes
distintas: continental, marinho e fluviomarinho.
A Tabela 12 traz a classificação das cinco principais classes de solos
identificadas no nível categórico (Grande Grupo) e a sua respectiva nomenclatura. A
classificação dos Subgrupos ( nível categórico) está apresentada no Anexo F, de
acordo com a distribuição nas Unidades de Mapeamento (UM).
A distribuição espacial dos solos na planície costeira (Figura 39) foi representada
por meio de associações e complexos que formam as 15 unidades de mapeamento
identificadas (Tabela 13) e produzidas originalmente em escala aproximada de 1:50.000,
conforme procedimentos da Embrapa (1997).
Na seqüência são apresentadas as classes gerais dos solos que formam as
unidades de mapeamento, considerando, além dos atributos pedológicos que as
definem, os aspectos relacionados a sua distribuição e a relação com a paisagem onde
ocorrem. As descrições morfológicas dos perfis estão apresentadas em apêndice.
4.3.1 Organossolos
Representados pelas unidades de mapeamento (UM) OXs1 OXs2, OXy e OJy, os
complexos de Organossolos Tiomórficos e não Tiomórficos, Hêmicos ou Sápricos,
ocorrem associados às planícies de ma (Apfm) e aos ambientes deprimidos da
planície costeira (Adfl), formados pelos depósitos orgânicos. São solos mal drenados
desenvolvidos em áreas com lençol próximo à superfície ou permanentemente
alagados. O horizonte O, espesso, em geral apresenta cor muito escura (5YR3/1-4/1).
Os testes de fibra do material orgânico que representam as frações argila e silte
permitem classificá-los como hêmico (moderado a bem decomposto) e sáprico
127
Tabela 12 - As principais classes de solos identificadas na planície costeira de Bertioga-SP
Classes de Solo (SiBCS)
ORDENS
SUBORDENS
GRANDES GRUPOS
NOMENCLATURA
Organossolos
Tiomórficos
Hêmicos
OJy
Sápricos
OJs
Háplicos
Hêmicos
OXy
Sápricos
OXs
Neossolos
Flúvicos
Psamíticos
RYq
Ta Distróficos
RYvd
Regolíticos
Distróficos
RRd
Quartzarênicos
Hidromórficos
RQg
Órticos
RQo
Espodossolos
Humilúvicos
Hidromórficos
EKg
Hiperespessos
Eku
Órticos
Eko
Ferrihumilúvicos
Hidromórficos
ESKg
Hiperespessos
ESKu
Órticos
ESKo
Gleissolos
Tiomórficos
Órticos
GJo
Sálicos
Órticos
GZo
Melânicos
Ta Distróficos
GMvd
Háplicos
Alíticos
GXal
Ta Distróficos
GXvd
Cambissolos
Flúvicos
Sálicos
CYz
Ta Distróficos
CYvd
Háplicos
Tb Distróficos
CXbd
Ta Distróficos
CX vd
Fonte: EMBRAPA (2006)
(fortemente a completamente decomposto) conforme escala de decomposição de Von
Post (Tabela 14).
Dessa forma, os Organossolos Háplicos Sápricos e Hêmicos (OXs e OXy)
constituem o grande grupo de maior ocorrência na UGE Adfl, enquanto os Organossolos
Tiomórficos Hêmicos (OJy) dominam as áreas de planície de maré (Apfm), sobretudo do
rio Itapanhaú (Anexo F). O predomínio dos Organossolos nesses ambientes justifica a
nomenclatura das três UM que recebem o mesmo nome das classes de solos (OXs,
OXy e OJy).
As espessas camadas de matéria orgânica moderada a completamente
128
Tabela 13 - Unidades de Mapeamento identificadas na planície costeira de Bertioga-SP
UGE UNIDADES DE MAPEAMENTO (UM)
Á
rea
(ha)
Atmh
RQg1
Associação de NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Hidromórfico típico + NEOSSOLO
QUARTZARÊNICO Órtico típico, ambos A moderado (inclusão de NEOSSOLO
QUARTZARÊNICO Hidromórfico organossólico)
1.162
EKg1
ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Hidromórfico espessarênico, A moderado, textura arenosa
(inclusão de ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Hidromórfico espessarênico)
2.267
Atmpa
ESKo1
Associação de ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Órtico dúrico ou espessarênico +
ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Órtico ou Hiperespesso espessarênico + NEOSSOLO
QUARTZARÊNICO Órtico espódico ou típico, todos A moderado, textura arenosa
1.062
ESKo2
Associação de ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Órtico espessarênico +
ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Hiperespesso espessarênico, ambos A moderado,
textura arenosa
319
Atmpb
EKg2
Associação de ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Hidromórfico dúrico ou espessarênico +
ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Hiperespesso ou Órtico, ambos espessarênicos, todos A
moderado, textura arenosa (inclusão de NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Hidromórfico
organossólico sálico)
3.104
Apfm
RQg2
NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Hidromórfico típico, A moderado (Inclusão de GLEISSOLO
TIOMÓRFICO)
544
OJ
y
Complexo de ORGANOSSOLO TIOMÓRFICO Hêmico, salino sódico térrico ou sódico térrico
ou típico – ORGANOSSOLO TIOMÓRFICO Sáprico sálico térrico - ORGANOSSOLO
HÁPLICO Sáprico sálico sódico, térrico (inclusão de NEOSSOLO QUARTZARÊNICO
Hidromórfico sálico, A moderado)
1.384
Adfl
1
OXs2
Complexo de ORGANOSSOLO HÁPLICO Sáprico ou Hêmico, ambos térricos - GLEISSOLO
HÁPLICO Ta Distrófico típico - GLEISSOLO MELÂNICO Ta Distrófico organossólico, ambos A
moderado, textura indiscriminada
448
Adfl
2
OXs1
Complexo de ORGANOSSOLO HÁPLICO Sáprico térrico ou típico - ORGANOSSOLO
TIOMÓRFICO Sáprico sálico (Inclusão de GLEISSOLO HÁPLICO, A moderado, textura
argilosa)
2.134
OX
y
Complexo de ORGANOSSOLO HÁPLICO Hêmico - ORGANOSSOLO HÁPLICO Sáprico,
ambos típicos
186
Arc
CXvd
Associação de CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Distrófico típico + CAMBISSOLO HÁPLICO Ta
Distrófico salino solódico, A moderado, textura média/média cascalhenta (Inclusão de
NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico típico, A moderado, textura arenosa cascalhenta/arenosa
muito cascalhenta)
2.091
Atca
CYvd
Associação de CAMBISSOLO FLÚVICO Ta Distrófico, típico ou gleissólico + CAMBISSOLO
HÁPLICO Ta Distrófico gleissólico ou típico + CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico
organossólico, textura média, A moderado (inclusão de CAMBISSOLO FLÚVICO Sálico
gleissólico e GLEISSOLO SÁLICO Órtico neofluvissólico)
2.285
Atfb
+
Apf
GXvd1
Complexo de GLEISSOLO HÁPLICO Ta Distrófico neofluvissólico ou típico - NEOSSOLO
FLÚVICO Psamítico gleissólico ou típico e NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Hidromórfico
neofluvissólico ou típico, todos A moderado, textura média/arenosa (Inclusão de GLEISSOLO
SÁLICO Órtico típico e NEOSSOLO FLÚVICO Ta Distrófico gleissólico)
3.979
Apf
GXvd2
Complexo de GLEISSOLO HÁPLICO Ta Distrófico neofluvissólico - GLEISSOLO SÁLICO
Órtico neofluvissólico - NEOSSOLO FLÚVICO Psamítico típico ou gleissólico, todos A
moderado, textura indiscriminada (Inclusão de GLEISSOLO HÁPLICO Alítico típico)
319
R
Qg3
Associação de NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Hidromórfico neofluvissólico + NEOSSOLO
QUARTZARÊNICO Hidromórfico típico, ambos A moderado (inclusão de GLEISSOLO
HÁPLICO Alítico típico e NEOSSOLO FLÚVICO Psamítico gleissólico)
153
Figura 39 Mapa de solos da planície costeira do município de Bertioga-SP
129
130
decomposta formam o horizonte H (hístico), com elevados teores de carbono orgânico
(>80 g kg
-1
) e que, não raro, atingem até 600 g kg
-1
. Nos setores deprimidos com
influência fluvial, o horizonte H apresenta-se depositado sobre o material mineral de
textura média que formam os horizontes ―glei‖ subsuperficiais, conforme o caráter térrico
registrado nas classes de solos das UM OXs1, OXs2 e OJy, comum nas UGE Adfl e
Apfm (Anexo F). Em ambas as UGEs o horizonte diagnóstico H hístico, em geral,
apresenta espessuras superiores a 100 cm e cores com valor e croma baixos.
Tabela 14 - Classificação da matéria orgânica dos Organossolos, conforme escala de decomposição
de Von Post (EMBRAPA, 2006)
UGE
PC
Amostragem
(cm)
Fibra/volume
(%)
Embrapa
(2006)
CO
(g kg
-1
)
N.A.
(cm)
pH em
H
2
O
Apfm
PC78
20-40
21,20
Hêmico
94
35
3,33
PC79
20-40
20,65
Hêmico
175
49
3,72
PC118
0-20
25,85
Hêmico
303
Sup.
4,00
PC119
0-100
07,50
Sáprico
109
35
3,93
PC121
0-54
12,70
Sáprico
75
...
3,98
PC125
0-45
04,05
Sáprico
193
...
3,70
PC124
0-30
23,23
Hêmico
224
Sup.
...
Adfl
PC92
20-40
16
Sáprico
496
Sup.
3,6
PC95
40-60
13
Sáprico
531
Sup.
3,1
PC96
0-20
11
Sáprico
610
Sup.
3,3
PC100
0-20
23
Hêmico
484
Sup.
3,3
PC101
0-20 e 50-70
9
Sáprico
374
30
4,0
PC104
50-70
22
Hêmico
366
35
3,4
PC105
0-10; 28-55; 55-100
2
Sáprico
302
30
3,7
PC107
0-20
13
Sáprico
453
30
3,3
PC109
0-20
16
Sáprico
471
Sup.
3,3
PC110
0-20
13
Sáprico
220
Sup.
3,2
PC13
20-40
25
Hêmico
618
Sup.
2,7
PC43
0-80
18
Hêmico
366
Sup.
3,1
PC123
0-20
16
Sáprico
508
...
2,9
Notas:
UGE = Unidade Geomorfológica
PC = ponto de controle
Sup. = superficial
CO = carbono orgânico
N.A. = nível da água
Sinais convencionais utilizados:
... Dado numérico não disponível
Apresentam pH (H
2
O) forte a extremamente ácidos (<5,3) e teores de Al
elevados, o que é comum em solos orgânicos, em que o Al pode ser disponibilizado e
complexado com a matéria orgânica. Os teores de sais solúveis (indicados por
condutividade elétrica 4 dS/m) e a saturação por sódio >15% são atributos comuns
nos Organossolos, sobretudo na UGE Apfm da bacia rio Itapanhaú, onde ocorrem com
maior freqüência, conferindo aos mesmos o caráter sálico, salino e sódico no nível
131
categórico do SiBCS (Anexo F). Cabe lembrar que conforme SiBCS (EMBRAPA, 2006),
o indivíduo típico na classe dos GJy é representado pelos solos com caráter sálico.
Algumas das classes de solos que formam as associações e complexos das UM
OXs1, OXs2 e OJy apresentaram mais de um caráter e/ou atributo diagnóstico
associados no 4 nível categórico: PC78 (salino sódico rrico); PC79 (sódico térrico)
PC125 (sálico térrico) e PC 119 (sálico sódico térrico). A classificação desses solos
seguiu a chave de precedência taxonômica do SiBCS, bem como as combinações
possíveis utilizando os subgrupos relacionados no SiBCS, conforme a deliberação do
Conselho Executivo de Classificação de Solos (CE). Nestas UM, por exemplo, a classe
do RQg típico identificado em área de planície de maré (Apfm) poderia ser classificada
como RQg sálico, associando-a melhor às condições físico-químicas do ambiente em
que se formou.
4.3.2 Neossolos
A natureza e origem dos depósitos nos ambientes costeiros, a granulometria e as
classes texturais, predominantemente areia/areia franca favorecem a gênese de
diferentes subordens dos solos que constituem a classe dos Neossolos. As subordens
dos Neossolos Quartzarênicos (RQ) e dos Neossolos Flúvicos (RY) são as mais
comuns, enquanto os Neossolos Regolíticos (RR) ocorrem com menos freqüência, junto
à encosta.
Os RQ ocorrem, preferencialmente, sobre os depósitos marinhos das UGE Atmh
e Atmp e em alguns setores de borda dos depósitos fluviomarinhos (Apfm). As variações
de grupo e subgrupos (3º e nível categórico) na subordem dos RQ é o que diferencia
as três UM que levam o nome dessa classe de solo (RQg1, RQg2 e RQg3). São solos
muito profundos (>200 cm), com pH ácido (<6,6), de textura arenosa (areia e areia
franca) e granulometria em que predomina a fração areia fina, com médias superiores a
800 g kg
-1
do total das frações areia. Estas últimas distribuem-se pelos horizontes dos
RQ, com médias máximas e mínimas de 997 e 729 g kg
-1
, respectivamente (Anexo G).
Minerais micáceos nos depósitos com influência fluvial são muito comuns.
Entre os Neossolos Quartzarênicos, os Hidromórficos (RQg) constitui o grande
132
grupo mais freqüente nos terraços marinhos holocênicos, ocorrendo preferencialmente
nas zonas de transição com as praias (Ap). Em geral, apresentam seqüência de
horizontes A e C.
Os Neossolos Quartzarênicos Órticos (RQo) o muito profundos, fortemente
drenados podem apresentar horizonte remanescentes de horizonte B espódico em
alguns setores dos terraços marinhos altos.
Nos terraços marinhos pleistocênicos altos (Atmpa) essa classe está
representada pelos RQo (P02), que são muito profundos, fortemente drenados e
parecem ter sua gênese relacionada à degradação dos Espodossolos, refletindo a
evolução e maturidade desses ambientes. O horizonte superficial que caracteriza os RQ
em todos os compartimentos é o A moderado, com teores variáveis de carbono
orgânico, que decrescem em profundidade nos horizontes C (Anexo G). Os teores de Al
trocável mais elevados foram encontrados no horizonte Cg de textura areia dos RQg
nas UGEs Apfm e Apf (274,8 mmol
c
/kg) e no horizonte A das UGEs formadas por
depósitos marinhos.
A alta salinidade (até 34,2 dS/m a 25ºC) e os altos valores de SB, T e V%
(mesoeutróficos, ≥50% e <75% a hipereutróficos >75%) se destacam nos RQ
identificados nas áreas limítrofes entre os ambientes continentais e marinhos, como por
exemplo, na transição entre as UGEs Atfb+Apf (9) e Atmp (3 e 4).
Conforme o SiBCS, apenas o atributo solódico é mencionado na classificação do
subgrupo dos RQo, o que não impossibilita a inclusão de outros atributos diagnósticos
aos RQ no nível categórico, ainda em fase de estruturação. Os atributos químicos
diagnósticos sódico, solódico, sálico e salino são comuns nos solos da planície costeira.
No entanto, o teor de sódio mensurado para essa classe não corresponde apenas aos
sais trocáveis e, por isso, na classificação dos RQ (nível de subgrupo) não foram
acrescentados os caracteres diagnósticos sódico e solódico, exceto para aqueles que
apresentaram condutividade elétrica 4 dS/m, o que indica elevados teores de sais
solúveis (EMBRAPA, 2006).
Os sedimentos areno-quartzosos favoreceram a formação dos RQ nos diferentes
ambientes em que se desenvolveram. Também foram identificados nos ambientes
fluviais (Apf).
133
A classe dos Neossolos Flúvicos Psamíticos (RYq) e Ta Distróficos (RQvd)
ocorre associada aos ambientes de planícies fluviais (Apf) e colúvio-aluviais
baixos+fluviais (Atfb+Apf) e localmente aos colúvio-aluviais altos (Atca) representada
pelas unidades de mapeamento GXvd1, GXvd2 e CYvd. Estes solos não constituem as
classes dominantes nas UM e por isso não dão nome a elas.
Os Neossolos Flúvicos (RY) caracterizam-se por apresentar horizontes com
transições planas e abruptas, textura arenosa e distribuição granulométrica muito
pobremente a moderadamente selecionada entre os horizontes (PCs 33-35 e 69a,
PC81, PC82, PC91 e PC113 do Anexo H). A fração argila é pouco comum nestes solos
com valores médios de 68 g kg
-1
e máximos de 218 g kg
-1
. Variações verticais mais
pronunciadas das frações argila ocorrem nos RY do ambiente misto (Atfb+Apf), nos
quais não ocorrência preferencial de determinada fração. O quartzo, os feldspatos
potássicos (ortoclásio) e as micas são os minerais primários mais comuns.
A maioria dos Neossolos Flúvicos resulta da deposição fluvial holocênica, com
seqüência de horizontes A e C cujos atributos morfológicos e químicos variam conforme
a natureza dos sedimentos que formam as camadas (material arenoso e/ou orgânico),
da granulometria, do nível do lençol d’água, da posição topográfica etc. Em geral, são
hiperdistróficos (<35%) a mesodistróficos (≥35 e <50%). O horizonte superficial A
moderado apresenta os maiores teores de carbono orgânico (15-142 g kg
-1
), com
distribuição irregular em profundidade, atributo inerente a essa classe de solo (Anexo
H). Em alguns perfis, os horizontes A apresentaram saturação por sódio superior a 15%.
No entanto, os teores de sódio obtidos não foram considerados na avaliação dos
caracteres sódico e solódico para a classificação desses solos (RY), pois as amostras
não foram submetidas a eliminação dos sais solúveis (lavagem das amostras com álcool
etílico) a 60% conforme Embrapa (1997).
Na classificação dos RY, a natureza areia/franco arenosa do material de origem
que compõe grande parte das camadas e a presença do horizonte glei caracteriza as
variações Psamíticos típicos e gleissólicos, mais comuns nos e níveis categóricos
(Anexo H). Estes, dentre outros atributos se refletem na variação da classificação dos
RY em nível de Grupo e Subgrupos nos ambientes costeiros aos quais estão
associados.
134
A classe dos RR está associada à UGE formada pelas rampas de colúvio (Arc)
na transição com a encosta da Serra do Mar. Em decorrência da pouca
representatividade espacial dessa classe nas UGEs estudadas, a mesma foi
considerada como inclusão na UM CXvd que reúne as principais classes nas rampas de
colúvio (Anexo F). O solo do único perfil descrito recebeu a seguinte classificação:
Neossolo Regolítico Distrófico típico, A moderado, textura arenosa cascalhenta e
horizonte C, arenoso muito cascalhento, contendo 384 e 561 g kg
-1
da fração cascalho,
respectivamente.
4.3.3 Espodossolos
Os Espodossolos constituem a classe de solos que domina as unidades
geomorfológicas (UGEs) formadas pelos depósitos marinhos holocênicos e
pleistocênicos representadas pelas unidades de mapeamento EKg1, EKg2, ESKo1 e
ESKo2 (Figura 39). Nestas unidades de mapeamento, as subordens de maior
ocorrência (2º nível categórico) são as dos Espodossolos Humilúvicos (EK) e
Ferrihumilúvicos (ESK). Para o nível de grande grupo ( nível categórico) os
Hidromórficos (EKg), Hiperespessos (EKu) e Órticos (EKo) são os mais freqüentes. Em
geral, o solos com baixa saturação por bases, ácidos (pH em H
2
O entre 3,5 e 5,6),
muito profundos, de textura arenosa (areia a areia franca), constituídos por sedimentos
nas frações areia fina e muito fina (<0,200 mm) de origem marinha, as quais
representam, em média, mais de 850 g kg
-1
do total das frações (Anexos I e J).
Os Espodossolos desenvolvidos sobre os sedimentos marinhos caracterizam-se
pela presença do horizonte diagnóstico subsuperficial B espódico (acumulação iluvial de
matéria orgânica, alumínio e/ou ferro) com nítida diferenciação entre os horizontes
superficiais e subsuperficiais. A seqüência de horizontes A, E e B espódico apresenta
variações de acordo com a composição química (matéria orgânica, Al e Fe) e morfologia
(cor, consistência, transição, espessura). O quartzo é o mineral primário mais
abundante, seguido pelos minerais pesados (metálicos e não metálicos). Na fração
argila, Rossi (1999) identificou a caulinita e as micas.
De modo geral, ambas as subordens (EK e ESK) apresentam seqüência de
135
horizontes A moderado, E (álbico ou não) e B espódico, com teores mais elevados de
carbono orgânico nos horizontes superficiais A (6-188 g kg
-1
) e nos B espódicos (2-51 g
kg
-1
). Entre os B espódicos, o Bs e Bhm possuem os menores e maiores teores,
respectivamente.
O horizonte A é do tipo moderado, textura areia/areia franca, estrutura granular
fraca muito pequena a pequena e padrões de cores escuras, com predomínio do matiz
5YR, valor de 2,5 a 8 e croma 1 (bruno escuro, cinza brunado, cinza e cinza escuro).
O horizonte E apresenta as cores cinzenta clara, cinza, cinza clara, cinza brunada e
branca, representadas pelo matiz 5YR, valor entre 6 e 8 e croma 1, espessura de até
200 cm, sem grau de estrutura (grão simples-não coerente).
As condições de drenagem nos Espodossolos variam de acordo com a
topografia, a espessura do E e a presença do horizonte dúrico ou plácico. Em geral os
EKu, EKo, ESKo e ESKu são bem drenados, enquanto os EKg e ESKg são mal
drenados. Os Espodossolos com horizonte dúrico apresentam drenagem impedida no
topo desse horizonte. São solos pouco rteis e pouco evoluídos mineralogicamente
devido à natureza essencialmente quartzosa do material de origem (QUEIROZ NETO,
1965; ROSSI, 1999). A fisionomia da vegetação de Floresta de Restinga está
condicionada às condições hidrológicas em cada ambiente. Estas, por sua vez, são
comandadas pelos processos e dinâmica geomorfológica resultantes da interação
oceano/continente.
Os Espodossolos Humilúvicos ocorrem com maior freqüência nos terraços
marinhos holocênicos (Atmh) e pleistocênicos baixos (Atmpb), representados pelas UM
EKg1 e EKg2, respectivamente. O grande grupo mais comum nestas UM é o EKg, com
importantes variações nos subgrupos (dúricos, espessarênicos e típicos) ou nível
categórico, conforme características fisiográficas do ambiente (Anexo K), em que o
lençol d’água oscila próximo à superfície (<150 cm).
Nos EK os atributos morfológicos (cor e transição) dos horizontes B espódicos
apresentam regularidade entre os perfis analisados (P04, P07, P08 e P10). Predomina o
padrão de cores escuras como o bruno escuro (5YR3/1) com sutis variações de valor e
croma menores que 4 e 3, respectivamente. A transição plana dos horizontes A, E e B
espódico é marcada, principalmente, pelo contraste de cores e conteúdo de matéria
136
orgânica.
O teor de Al
+++
está distribuído irregularmente nos horizontes dos EK. Do
horizonte A para o E ocorre decréscimo acentuado, seguido de acréscimo nos
horizontes B espódicos (Bh e Bhm), sobretudo no Bhm, em concentrações acima de 40
mmol
c
/Kg (P04, P07 e P08).
Os perfis de EKo e EKu (P04 e P14, respectivamente) com horizonte E espesso
(>100 cm), apresentam saturação por Al mais elevada no horizonte ortstein (Bhm)
(Anexo K). Nesses solos, os horizontes E, Bh e Bhm apresentam-se, freqüentemente,
com transições descontínuas claras a abruptas, diferenças morfológicas de
consistência, dureza, cor, profundidade, espessura e distribuição em seqüência do topo
para a base do perfil.
A distribuição do teor de carbono orgânico na referida ordem (EK) é semelhante
ao do Al
+++
. Os teores decrescem do horizonte A para o E, aumentando no horizonte
diagnóstico B espódico (Anexo K).
Os resultados das análises de Al e Fe-oxalato (Al
o
, Fe
o
) e Al e Fe-ditionito-citrato
(Al
d
, Fe
d
) demonstraram o mesmo comportamento do Al
+++
e do carbono orgânico nos
horizontes espódicos dos EK. Nos horizontes B espódicos desses solos, os teores
médios de Al
d
e Al
o
são mais elevados do que os de Fe
d
e Fe
o
(Anexo L),
acompanhando o aumento no grau de consistência (seca e úmida) e coesão, bem como
as condições de drenagem do horizonte que, em geral, são mal drenados. Os teores
obtidos nos horizontes dúricos (Bhm) dos perfis de EKg (P04, P07 e P08) e EKu (P14)
permitiram essa constatação (Tabela 15).
Os horizontes B espódicos dos EKg apresentaram teores de Fe
d
e Fe
o
menores
que 0,5 g kg
-1
ou abaixo do limite de detecção. Nos perfis P05 e P06, os teores
concentram-se nos horizontes Bs e Bhs enquanto no Bcg, Cg e 2Cg os teores variam
entre 0,5-3,0. Cabe ressaltar que estes dois perfis de Espodossolos estão em área de
sedimentos marinhos holocênicos sobrepostos aos sedimentos finos (franco-argilo-
arenosos) de provável origem fluvial ou fluviomarinha.
Os Espodossolos Ferrihumilúvicos Órticos (ESKo) e Hiperespessos (ESKu),
representados pelas unidades de mapeamento (UM) ESKo1 e ESKo2 (P01, P03)
constituem o grande grupo de maior ocorrência nos terraços marinhos pleistocênicos,
137
podendo também ocorrer na unidade geomorfológica (UGE) holocênica Atmh o
subgrupo dos hidromórficos (ESKg).
Tabela 15 - Distribuição dos teores de alumínio e ferro extraídos com oxalato (Al
o
e Fe
o
) e ditionito (Fe
d
e
Al
d
) nos horizontes ortstein dos Espodossolos
Perfil
Solo
Horizonte
Al
d
Fe
d
Al
o
Fe
o
(g kg
-1
)
P04
EKo espessarênico
Bhm1
2,5
0,0
2,4
0,0
Bhm2
2,9
0,0
2,7
0,0
P07
EKo dúrico
Bhm
2,3
0,1
1,9
0,0
P08
EKo espessarênico
Bhm
1,5
0,0
0,8
0,0
P14
EKu espessarênico
Bhm
1,2
0,0
0,9
0,0
P01
ESKo dúrico
Bhm1
3,4
0,0
3,1
0,0
Bhm2
4,7
0,0
5,4
0,0
Bsm1
2,9
0,0
2,6
0,0
Bsm2
2,6
0,0
6,6
0,0
Bsm3
3,3
0,0
4,1
0,0
Bsm4
3,6
0,2
4,4
0,0
P12
ESKo dúrico
Bhm
4,3
0,2
4,7
0,0
Essas UM são formadas por associações dos ESKo com os ESKu, EKo, EKu
(espessarênicos ou dúricos) e RQo. Em menor proporção, os ESKg espessarênicos
integram a UM EKg1 dos terraços marinhos holocênicos (Atmh). O horizonte A
moderado e a textura areia/areia franca são atributos comuns dessas classes de solos.
Quanto aos ESKu, foi identificado o subgrupo espessarênico na UM ESKo2.
Os atributos morfológicos dos ESKo estão representados por morfologia irregular,
por vezes descontínua, e diferentes tipos de horizontes B espódicos (Bh, Bhm, Bhs, Bs
e/ou Bsm). Essa classe de solos não apresenta seqüência vertical e continuidade lateral
na distribuição dos horizontes E e B espódicos no perfil e na paisagem. As transições
descontínuas ou quebradas caracterizam a desordem seqüencial dos horizontes na
maioria dos perfis, sobretudo dos B espódicos (P34, P38). Outro atributo marcante é a
variação de cor nesses horizontes.
Sob influência da topografia e da circulação hídrica no perfil, o teor de carbono
orgânico e de ferro são os responsáveis pelas discrepantes variações nos valores e
cromas no perfil. Os horizontes Bh, em geral, apresentam padrões de cores escuras,
variando de bruno escuro (5YR3/1), bruno avermelhado escuro (5YR3/1) a bruno
138
avermelhado (5YR4/4). Os padrões de cores dos Bhm são, também, escuros, entre o
bruno avermelhado escuro (5YR2,5/2; 5YR3/3), bruno escuro (5YR3/1), bruno
avermelhado (5YR 4/3) e preto (2,5YR2/0, 5YR2,5/1).
Nos horizontes identificados como Bs o matiz mais comum é o 10YR com valor e
croma de 4 a 6 (P01, P03, P12 e P38). Os padrões de cores vivas (cromas altos)
indicam a presença de Fe. Outras combinações do horizonte B espódico, como Bhm e o
Bsm foram identificadas no P01 em profundidades de 89 e 122 cm, respectivamente.
Os teores de Fe e Al, associados com a matéria orgânica, parecem influenciar na
cor e na consistência desse e de outros horizontes como, por exemplo, do horizonte
plácico (extremamente duro). Nos horizontes B espódicos dos ESKo (P01, P03, P12 e
P16), os teores de Fe-Al
o
e Fe-Al
d
refletem suas diferenças morfológicas, sobretudo
quanto a cor. O teor médio de Fe
d
e Fe
o
nos perfis P03 (1,2 e 1,4 g kg
-1
) e P16 (1,3 e 2,0
g kg
-1
), ambos localizados em diferentes setores de borda de terraço marinho alto, são
os mais os elevados entre os horizontes B espódicos dos ESKo (Tabela 16). O horizonte
Bs do P03 contém os maiores teores de Al
d
(12,6 g kg
-1
) e Al
o
(16,3 g kg
-1
) associados
aos teores mais elevados de Fe
d
(5,3 g kg
-1
) e Fe
o
(6,8 g kg
-1
). As cores de croma alto
(>6) são comuns nos horizontes Bs desse perfil (Anexo F).
Tabela 16 Média dos teores de ferro e alumínio extraídos com oxalato (Feo e Al
o
) e ditionito (Fe
d
e Al
d
)
nos horizontes B espódicos dos perfis de Espodossolos
Perfil
Solo
Al
d
Fe
d
Al
o
Fe
o
XX
Perfil
Solo
Al
d
Fe
d
Al
o
Fe
o
( g kg
-1
)
( g kg
-1
)
P04
EKg
espessarênico
1,8
0,0
1,8
0,0
P01
ESKo dúrico
2,4
0,0
3,0
0,0
P06
EKg
espessarênico
0,9
0,3
0,7
0,5
P16
ESKo
espessarênico
1,7
1,3
2,8
2,0
P05
EKg
espessarênico
1,2
0,2
0,9
0,1
P12
ESKo dúrico
2,6
0,2
2,0
0,1
P07
EKg dúrico
1,8
0,1
1,6
0,0
P03
ESKo
espessarênico
4,9
1,2
7,0
1,4
P08
EKg
espessarênico
1,2
0,0
0,5
0,0
P10
EKg
espessarênico
0,7
0,0
0,2
0,0
P13
ESKg
espessarênico
0,5
1,2
0,5
1,1
P14
EKu
espessarênico
0,9
0,0
0,7
0,0
P15
EKo
espessarênico
0,5
0,0
0,5
0,0
139
Os horizontes plácicos, muito comum nos ESKo ou RQo espódico, contêm os
mais elevados teores de Al-Fe
o
e Al-Fe
d
. Conforme o SiBCS, este horizonte é fino (0,5
cm - 2,5 cm), de cor preta a vermelho escura, cimentado por ferro (ou ferro e ou
manganês) com ou sem matéria orgânica. No perfil 02 os remanescentes desse
horizonte (extremamente duro e extremamente firme) apresentam a29 g kg
-1
de Al
d
,
45 g kg
-1
de Fe
d
, 10,3 g kg
-1
de Al
o
e 19,4 g kg
-1
de Fe
o
.
Em relação aos outros horizontes B espódicos dos ESK, nos Bs do P03 foram
obtidos altos teores de Al
d
(12,6 g kg
-1
) e Alo (16,3 g kg
-1
) associados aos altos teores
de Fe
d
(5,3 g kg
-1
) e Fe
o
(6,8 g kg
-1
).
No perfil 01, os horizontes espódicos apresentam morfologia e cores típicas de
Espodossolos Ferrihumilúvicos de acordo com os critérios do SiBCS (EMBRAPA, 2006).
Baixos teores de Fe
d
(<0,2 g kg
-1
) foram obtidos nos Horizontes Bs, Bsm e plácico.
Os ESK apresentaram elevada saturação por Al (m%) na maioria dos horizontes
B espódicos em relação aos horizontes E e de transição. A distribuição vertical de Al
+++
e carbono orgânico, em geral, decrescem do horizonte A para o E, voltando a aumentar
no horizonte B espódico. Esse comportamento ocorre em todos os perfis dos ESK, no
entanto, nos perfis de ESKo e ESKu espessarênicos, a quantidade desses elementos
(Al
+++
e CO) nos horizontes é inferior aos encontrados nos horizontes B espódicos dos
ESKo dúricos (Tabela 17). Nos dois primeiros, os teores médios de Al
+++
e CO estão em
torno de 17 mmol
c
/kg e 12 (g kg
-1
), enquanto nos dúricos são de 26 mmol
c
/kg e 18 g kg
-
1
, respectivamente. Nestes Espodossolos, os teores máximos de Al
+++
e de CO
identificados nos horizontes B espódicos aproximam-se de 64 mmol
c
/kg e 108,5kg
-1
.
Tabela 17 - Teores médios, máximos e mínimos de Al
+++
e CO nos horizontes B espódicos dos
ESKo da planície costeira de Bertioga-SP
ESKo espessarênico
ESKo dúrico
(mmol
c
/kg)
(g kg
-1
)
(mmol
c
/kg)
(g kg
-1
)
Al
+++
CO
Al
+++
CO
Média
16 ,57
12 ,44
25 ,81
17 ,75
Máximo
65 ,45
38 ,99
108 ,50
44 ,66
Mínimo
1 ,70
2 ,01
3 ,70
4 ,24
No ESKo representado pelo P16, os teores de Al
+++
, saturação por Al e carbono
140
orgânico do horizonte B espódico são bem inferiores aos encontrados nos outros perfis
dos ESKo.
4.3.4 Gleissolos
Representados pelas UM GXvd1 e GXvd2 os Gleissolos distribuem-se pelas
unidades deprimidas (Adfl), depósitos mistos (Atfb+Apf) e nas áreas das planícies
fluviais de inundação e canais dos principais rios (Apf). Os Neossolos Flúvicos e
Neossolos Quartzarênicos constituem as outras classes de solos que formam as UM
nestes ambientes. A natureza colúvio-aluvial e fluvial dos sedimentos e a influência do
lençol freático deram origem às classes de solos das referidas UM, nas quais o
Gleissolo Háplico (GX) é a subordem mais comum. O grande grupo Ta Distrófico e os
subgrupos neofluvissólicos e típicos dominam as classes dos GX no e níveis
categóricos.
As classes do Gleissolo Sálico Órtico típico e Gleissolo Háplico Alítico típico
aparecem como inclusão nas UM dos GXvd1, GXvd2 e/ou RQg3, enquanto a classe do
Gleissolo Melânico Ta Distrófico organossólico, textura argilosa integra a UM OXs2,
apresentando seqüência de horizontes O e Cg. Os horizontes Cg em geral de cor
7,5YR4/0; 7,5YR5/0 e 10YR5/1 aparecem em torno de 40-50 cm de profundidade.
Nas UM GXvd1 e/ou GXvd2, os Gleissolos são solos fortemente ácidos (pH em
H
2
O entre 4,3 e 5,3), com seqüência de horizontes A moderado, C e Cg e textura média.
A distribuição vertical e espacial irregular das classes texturais (franco arenosa, areia,
areia franca, franco argilo siltosa, argilo siltosa e franca) entre os horizontes reflete a
dinâmica dos ambientes em que os sedimentos foram depositados.
As classes granulométricas entre 0,20 e 0,05 mm (areia fina) são as mais
freqüentes, com média 475 g kg
-1
(Anexo M). As frações areia grossa e areia fina e silte
distribuem-se irregularmente nos horizontes e nos perfis e, juntas representam, em
média, mais de 650 g kg
-1
do total dos constituintes nos Gleissolos. A distribuição da
fração argila é muito discrepante entre os horizontes, com teores mínimos e ximos
entre 0 e 450 g kg
-1
. Ocasionalmente, em alguma parte da seção de controle, ocorrem
horizontes de textura arenosa cascalhenta (PCs 62 e 63) ou argilosa (PC116a).
O horizonte diagnóstico Cg, via de regra, encontra-se abaixo de 50 cm de
141
profundidade, com cores em tons de acinzentados, matizes e valores variados e cromas
baixos (≤1). O lençol d’água em geral, encontra-se entre 50 e 100 cm a partir da
superfície do solo. Os minerais primários mais comuns são o quartzo, os feldspatos
potássicos e as micas.
A distribuição dos teores de Al
+++
no perfil é irregular concentrando-se, por vezes,
no horizonte diagnóstico Cg (PC80, P32, P37, PC128). Em geral o distróficos (V%
inferior a 50%) e na maioria a saturação por Al (m%) é superior a 40 mmol
c
/kg em pelo
menos um horizonte. Rossi (1999) identificou essa classe de solos e obteve resultados
com o mesmo comportamento químico na Bacia do Guaratuba.
O horizonte superficial A moderado apresenta os teores mais elevados de
carbono orgânico. Em alguns perfis, a distribuição errática desse elemento em
profundidade (PCs 80 e 89 e P37) constitui um dos atributos que permitiu classificá-los
no 4º nível categórico como neofluvissólicos.
4.3.5 Cambissolos
As UM CXvd e CYvd o formadas, principalmente, pelas ordens dos
Cambissolos Háplicos (CX) e Cambissolos Flúvicos (CY), respectivamente. A atividade
alta da argila e a baixa saturação por bases são os atributos diagnósticos que os define
como Ta Distróficos, típicos ou gleissólicos. Secundariamente, como inclusão, ocorrem
as classes do Neossolo Regolítico na UM CXvd e as do Cambissolo Flúvico Sálico
gleissólico e Gleissolo Sálico Órtico neofluvissólico na UM CYvd.
Formadas por sedimentos de origem continental, essas unidades de mapeamento
dominam os setores de rampas de colúvio, depósitos de tálus (CXvd) e as áreas dos
depósitos colúvio-aluviais altos e leques aluviais (CYvd). São solos rasos a pouco
profundos, de textura dia, horizonte A moderado, fortemente ácidos com seqüência
de horizontes A, Bi e C. Os horizontes transicionais BA, BC e CB são comuns nos
Cambissolos e refletem a morfologia da transição clara ou gradual plana, muito comum
entre os horizontes A, AB, Bi e BC.
A natureza mineral do material de origem (rochas cristalinas graníticas e
gnáissicas) favoreceu o desenvolvimento do horizonte diagnóstico Bi, em geral, com
estrutura moderada, média, pequena e espessura pouco desenvolvidas (entre 10 e 30
142
cm). Nesse horizonte, as cores apresentam, freqüentemente, matiz 10YR, valor entre 4
e 6 e croma entre 2 e 6 em solo úmido. Os minerais feldspatos (ortoclásios e
plagioclásios) e as micas muscovitas nas frações areia >0,5 mm o abundantes nos
horizontes subsuperficiais (Bi, BC e C) dos Cambissolos.
A natureza dos depósitos se reflete nas duas principais subordens de
Cambissolos nos ambientes continentais: os Cambissolos Háplicos (PC57 e PC83) e os
Cambissolos Flúvicos (P35 e P36). Os primeiros ocorrem predominantemente na UM
CXvd associados, preferencialmente, aos sedimentos coluviais distantes dos canais
fluviais. São mais bem drenados e apresentam alguns horizontes com textura média
cascalhenta. Os Cambissolos Flúvicos estão associados aos setores de final de rampa
de colúvio, na transição com as planícies e terraços fluviais e estão representados pela
UM CYvd. Nesse setor, os sedimentos coluviais freqüentemente recobrem os aluviais e
fluviais. As transições abruptas entre os horizontes Bi, C e Cg estão relacionadas às
descontinuidades litológicas, comuns nestes solos em que o caráter flúvico do horizonte
diagnóstico define a subordem dos Cambissolos Flúvicos.
A composição mineralógica, a disponibilidade de minerais primários e as boas
condições de drenagem (moderadamente drenados) dos Cambissolos se reflete na
vegetação que, nestes ambientes, é formada pela Floresta de Transição Restinga-
Encosta.
Considerando as unidades de mapeamento delimitadas, aquelas que
representam a Ordens dos Espodossolos e Neossolos Quartzarênicos nas áreas
sedimentos marinhos ocupam quase 50% da área da planície costeira de Bertioga. As
unidades de mapeamento formadas pelos solos que ocupam as áreas de sedimentos
continentais encontram-se bem vegetadas, representando extensas áreas de proteção
ambiental (APA) e de proteção permanente (APP) pela legislação ambiental do estado
de São Paulo.
Nas áreas formadas pelos sedimentos fluviomarinhos, localizadas na Bacia do rio
Itapanhaú, apesar da crescente urbanização, uma pequena parte sofre alteração física.
O problema maior está relacionado com a contaminação química e orgânica proveniente
da área urbana.
143
5 RELAÇÃO ENTRE AS FORMAS DE RELEVO, OS SOLOS E OS SEDIMENTOS
Como descrito no item anterior, os sistemas pedológicos da planície costeira
estão compostos por cinco principais ordens de solos. Os Espodossolos dominam os
terraços marinhos (Atmpa, Atmpb e Atmh) e, secundariamente, aparecem os Neossolos
Quartzarênicos (RQ). Nas rampas de colúvio (Arc) e nos terraços colúvio-aluviais altos
(Atca) os Cambissolos constituem a classe mais comum, enquanto que nas planícies de
maré (Apfm) os Organossolos e Gleissolos se destacam. Nas planícies fluviais (Apf) os
Gleissolos e Neossolos flúvicos (RY) dominam as paisagens, enquanto nas depressões
paleo ou fluviolagunares (Adfl) os Organossolos constituem a classe de maior
representatividade. Na unidade geomorfológica dos depósitos Atfb+Apf ocorrem as
classes dos Gleissolos Háplicos, Neossolos Flúvicos e Neossolos Quartzarênicos.
Sobre os sedimentos inconsolidados das praias (AP) a morfogênese restringe a
evolução dos processos pedogenéticos e a formação de solos.
5.1 A distribuição espacial dos solos nos depósitos continentais e fluviomarinhos
Nas unidades geomorfológicas representadas pelas planícies de ma (Apfm)
foram identificadas as classes dos Organossolos, Gleissolos e Neossolos
Quartzarênicos Hidromórficos. Os Organossolos e Gleissolos Tiomórficos estão
associados às áreas em que domina os depósitos pelíticos-psamíticos flúvio-marinhos.
A classe dos Neossolos Quartzarênicos Hidromórficos se desenvolveu nos setores de
borda dos depósitos psamíticos das planícies de maré, denominadas de mangue de
bacia. Nessas áreas, mais distantes da foz e do leito dos grandes rios, a ocorrência dos
Neossolos Quartzarênicos está associada às zonas de transição entre a vegetação de
mangue e a Floresta Baixa de Restinga alterada, em que predominam gramíneas e
outras espécies arbustivas. A seqüência de horizontes A, Ag, ACg, Cg ou A, AC e Cg
caracterizam essa classe de solo nas planícies de marés, conforme PC(s) 31 e 32
observados na bacia do rio Itaguaré.
Os terraços fluviais elevados de provável origem pleistocênica representam a
unidade geomorfológica (Atca) com relevo plano, pouco recortado por canais de
drenagens e topograficamente (>5 m) mais elevado em relação aos terraços fluviais
144
holocênicos. As camadas alternadas de sedimentos psamíticos, pelíticos e/ou
cascalhentos deram origem às classes de solos dos Cambissolos Flúvicos e Háplicos,
Gleissolos e nos contatos com os terraços marinhos aos Neossolos Flúvicos Psamíticos
típicos. A ocorrência de Cambissolos Flúvicos de textura média é comum nessa unidade
geomorfológica, cujos setores de final de rampa de colúvio misturam-se com os
depósitos das planícies e terraços fluviais interiores. Nesse setor, os sedimentos
coluviais freqüentemente recobrem os aluviais e fluviais (Figura 10, PC115). A
mineralogia (presença de minerais primários) desses solos se reflete na vegetação que,
neste compartimento, é formada pela Floresta de Transição Restinga-Encosta, mais
exuberante que as outras formações florestais da planície costeira. As árvores de
grande porte (até 25 m de altura), com troncos de diâmetro superior a 1 m são muito
comuns na floresta.
A unidade geomorfológica formada pelos depósitos heterogêneos que formam as
rampas de colúvio, depósitos de tálus e leques aluviais (Arc) apresenta como principais
classes de solos os Cambissolos Háplicos (Anexo F) e, secundariamente, os Neossolos
Regolíticos. Localmente, nos segmentos médios das rampas de colúvio, podem ocorrer
os Latossolos Amarelos (ROSSI, 1999).
As depressões fluviolagunares colmatadas predominantemente por sedimentos
holocênicos psamíticos-pelíticos (paludiais) deram origem a um compartimento
geológico-geomorfológico, permanentemente sob intensa influência do lençol d’água e,
portanto, anóxico (Adfl). A classe dos Organossolos predomina nesse compartimento e
os mais de quinze pontos de observação e amostragem distribuídos em diversos locais
da planície costeira dão suporte a essa informação (PC116b, PC103, PC104, PC105,
PC43, PC44). Localmente, os Gleissolos Melânicos e Háplicos também foram
identificados nesse compartimento nas áreas de contato com outros compartimentos,
especialmente com os terraços marinhos pleistocênicos.
A unidade geomorfológica que representa a planície mista de baixa declividade
(Atfb+Apf) está localizada ao fundo da planície costeira, no contato com as rampas de
colúvio e são constituídos por sedimentos mistos colúvio-aluviais. A natureza mista dos
depósitos e a baixa profundidade do lençol freático (≤50 cm) favorecem o
desenvolvimento de Gleissolos Háplicos Ta Distróficos neofluvissólicos ou típicos,
145
Neossolos Flúvicos psamíticos gleissólicos ou típicos. Localmente, nesta UGE, ocorrem
os Neossolos Quartzarênicos Hidromórficos neofluvissólicos ou típicos. A classe do
Gleissolo Sálico Órtico típico e a classe do Neossolo Flúvico Sálico gleissólico Ta
Distrófico gleissólico foram identificadas como inclusão. Em setores restritos e
deprimidos dessa UGE, a topografia plana e o lençol d’água aflorante favorecem o
desenvolvimento dos Organossolos e Gleissolos com horizonte hístico e a vegetação
característica é a Floresta Paludosa.
Os Gleissolos Háplicos ocorrem, preferencialmente, associados aos sedimentos
de textura média dos terraços fluviais baixos, enquanto os Neossolos Flúvicos estão
associados aos sedimentos aluviais nas proximidades dos canais fluviais.
As planícies fluviais de inundação e os depósitos de leito formam a unidade
geomorfológica (Apf) caracterizada por uma complexa distribuição espacial dos solos. A
natureza granulométrica, os diferentes graus de decomposição dos sedimentos
orgânicos, a topografia plana e a natureza dos depósitos (fluviais) favoreceram as
condições ambientais para o desenvolvimento dos processos pedogenéticos
responsáveis pela gênese dos solos, tais como os Gleissolos (Háplicos e Sálicos) e
Neossolos Flúvicos Psamíticos típico ou gleissólico. O caráter neofluvissólico domina
nos Gleissolos. Essas classes foram identificadas em associação nos diferentes setores
dessa UGE. Nas áreas deprimidas com lençol d’água a menos de 20 cm de
profundidade pode ocorrer a classe dos Organossolos. Essas condições ambientais
desaceleram o processo de decomposição da matéria orgânica, ocasionando o acúmulo
de material orgânico sáprico, hêmico e fíbrico, dando origem aos Organossolos e
Gleissolos Melânicos, freqüentemente associados. A vegetação de Floresta Paludosa e
Floresta Alta de Restinga úmida caracterizam os setores em que ocorre essa classe de
solo. Os Neossolos Flúvicos ocorrem nos depósitos de terraços fluviais e depósitos de
leito formados por sedimentos mistos (areia, silte, argila e/ou cascalho) em associação
com os Gleissolos.
5.2 A distribuição espacial dos solos nos terraços marinhos holocênicos
Os depósitos marinhos holocênicos recentes que formam a unidade
146
geomorfológica (UGE) representada pelas praias atuais (Ap) estão submetidos à
dinâmica erosiva das ondas e marés. Os processos pedogenéticos, quando existentes,
são incipientes e os sedimentos arenosos (areia fina e muito fina) constituem as classes
granulométricas mais importantes nesta UGE. No entanto, nas áreas em que a
vegetação pioneira se instalou é comum encontrar os Neossolos Quartzarênicos
Hidromórficos com seqüência de horizontes A e C.
Na unidade geomorfológica representada pelo alinhamento de cristas praiais
holocênicas-Atmh (Figura 35), as principais classes de solos identificadas foram as dos
Espodossolos Humilúvicos Hidromórficos espessarênicos (ESKg, P10) e Neossolos
Quartzarênicos Hidromórficos (EKg, P09) e Órticos. Localmente também ocorre a classe
dos Espodossolos Ferrihumilúvicos Hidromórficos (ESKg, P13).
Com a regressão do NMRM após o pico máximo transgressivo ocorrido cerca
de 5.100 anos A.P. (SUGUIO et al., 1985) os processos pedogenéticos instalaram-se
sobre os sedimentos arenosos depositados durante a progradação da linha de costa. O
domínio do clima quente e úmido holocênico, bem como a sua ação sobre a vegetação,
associada à natureza arenosa do material de origem, criaram condições favoráveis ao
desenvolvimento dos Espodossolos mais jovens como aqueles identificados sobre as
cristas praiais (P10 e P13) cujos sedimentos apresentaram idades (TL e LOE)
holocênicas inferiores 7.800 600 A.P. (Tabela 11). Algumas teorias têm sido
propostas para explicar a gênese desses solos em zonas temperadas (ANDERSON et
al., 1982; LUNDSTRÖM et al., 2000; BUURMAN; JONGMANS, 2005).
Em ambientes tropicais brasileiros o conhecimento sobre os processos e fatores
condicionantes envolvidos na mobilização, migração e acúmulo de matéria orgânica
(MO) e metais (Al e Fe) no horizonte B desses solos (B espódico), está sendo
construído. Queiroz (1975) estudou um Espodossolo formado sobre arenitos grossos
feldspáticos e arcosianos e constatou que a topografia plana, com drenagem lateral
lenta associada ao material de origem altamente arenoso e poroso e à flutuação
temporária dos níveis freáticos influencia sobre o modo e nível de formação dos
horizontes B espódicos. Da mesma forma, a topografia plana e os demais fatores
elencados por Queiroz (1975) determinaram a formação dos Espodossolos na planície
costeira quaternária.
147
Sobre as cristas praiais holocênicas os Espodossolos Humilúvicos hidromórficos
(EKo) e Ferrihumilúvicos (ESK) ocorrem, via de regra, nos setores mais afastados da
linha de costa e com topografia plana entre 2-4 m de altitude. O lençol dágua, oscilando
em profundidade inferior a 200 cm na maior parte do ano, favorece a formação do
horizonte B espódico. Em todas as classes desse solo, diferentemente do que ocorre
nos terraços marinhos mais antigos (pleistocênicos), os horizontes espódicos
apresentam maior homogeneidade dos atributos morfológicos (cor e transição).
Ainda nessa UGE (Atmh), os Neossolos Quartzarênicos Hidromórficos (RQg) e
Órticos (RQo) ocupam as áreas de transição para os depósitos marinhos recentes
(praia) e os topos das cristas praiais, respectivamente. São os solos mais jovens
desenvolvidos sobre os depósitos marinhos e podem estar evoluindo para a classe dos
Espodossolos (P09). A vegetação de Floresta Baixa de Restinga e de Escrube fornece
matéria orgânica para os solos favorecendo a evolução dos Neossolos Quartzarênicos
para os Espodossolos. Essa evolução está diretamente relacionada com a cronologia
dos depósitos e parece ter acompanhado a dinâmica regressiva do nível relativo do mar.
Aqueles formados junto à linha de costa, via de regra, se desenvolveram a partir de
sedimentos holocênicos mais recentes (P09), conforme índice de maturidade ZTR
(Figura 29).
Os Neossolos Quartzarênicos Hidromórficos o as classes mais comuns. Em
nível de subgrupo, os RQg típicos (P9 e P11) e organossólicos (PC20) juntamente com
os RQo típicos (P77) formam a unidade de mapeamento da UGE Atmh. Nas áreas
deprimidas (entre as cristas praiais) e próximas à rede de drenagem pode ocorrer a
classe dos Organossolos e/ou Gleissolos.
5.3 A distribuição espacial dos solos nos terraços marinhos pleistocênicos
Nos terraços marinhos pleistocênicos, a geomorfologia e a topografia dos
compartimentos Atmpa e Atmpb influenciam nos atributos morfológicos dos solos.
Nestas unidades geomorfológicas (Atmpa e Atmpb), as classes dos
Espodossolos e dos Neossolos Quartzarênicos são as mais representativas. Nos
setores deprimidos Organossolos e Gleissolos são comuns.
148
A classe dos Espodossolos está representada, principalmente, pelo Espodossolo
Humilúvico Órtico espessarênico (P04); Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico
espessarênico (P03, P16, P34, P38, PC75); Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico dúrico
(P01, P12); Espodossolo Ferrihumilúvico Hiperespesso espessarênico (P33);
Espodossolo Humilúvico Órtico espessarênico (P15); Espodossolo Humilúvico
Hiperespesso espessarênico (P14), Espodossolo Humilúvico Hidromórfico
espessarênico (P08, PC28); Espodossolo Humilúvico Hidromórfico dúrico (P07),
enquanto que a classe dos Neossolos está representada pelo Neossolo Quartzarênico
Órtico espódico (P02).
Nos terraços marinhos mais antigos e elevados (Atmpa) os horizontes
diagnósticos B espódicos dos Espodossolos apresentam morfologia com sinais de
desmantelamento. A descontinuidade vertical e horizontal desses horizontes (Figura 40-
a) e o espessamento do horizonte E denotam o estágio avançado de desmantelamento
e evolução (maturidade) desses solos. A classe dos Espodossolos com horizonte E
acima de 100 cm é comum nesses terraços (Atmpa). Nos terraços marinhos
pleistocênicos mais baixos (Atmpb) essas características são menos pronunciadas e os
solos apresentam-se com morfologia dos horizontes espódicos mais homogênea (Figura
40-b).
A grande variação morfológica dos horizontes (consistência, estrutura, espessura,
cor, forma, transição etc.) nas diversas classes dos Espodossolos identificados nessas
unidades geomorfológicas, está associada ao estágio de desenvolvimento dos solos e à
evolução geomorfológica na planície costeira o que será discutido no item seguinte.
Os Neossolos Quartzarênicos, embora com menor expressão geográfica nos
terraços marinhos pleistocênicos (Atmpa e Atmpb), são representados pelas classes do
Neossolo Quartzarênico Órtico espódico (PC76); Neossolo Quartzarênico Órtico
espódico (P02); Neossolo Quartzarênico Órtico típico (PC127).
A ocorrência desses solos nos compartimentos mais elevados, sobretudo nos
remanescentes de terraços marinhos pleistocênicos, está associada aos processos de
construção e dissecação das formas de relevo durante a fase regressiva pleistocênica
do NMRM. As conseqüentes mudanças do nível de base da rede de drenagem local e
as oscilações do lençol freático desencadearam as transformações e a evolução dos
149
Espodossolos para os Neossolos Quartzarênicos (P02).
PERFIL 01
PERFIL 07
Figura 40 - Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico dúrico com descontinuidade horizontal dos horizontes Bh
(marrom escuro) e Bs (amarelo) (a); Espodossolo Humilúvico Hidromórfico dúrico com
horizontes contínuos horizontalmente (b), Bertioga-SP
A topografia (5-10 m), a boa drenagem lateral e vertical, a profundidade do lençol
d’água (>3-5 m) e a composição essencialmente arenosa dos sedimentos marinhos
pleistocênicos são os fatores que condicionam a evolução dos solos nos terraços
marinhos altos. Tais condições fisiográficas e os atributos morfopedológicos dos
Espodossolos e Neossolos Quartzarênicos explicam a baixa densidade dos canais
fluviais permanentes nesses compartimentos, sobretudo nos mais elevados. Nas áreas
deprimidas o lençol elevado e a saturação quase permanente do solo favorecem o
desenvolvimento dos Organossolos e Gleissolos.
5.4 A degradação dos Espodossolos e a evolução da paisagem
Na planície costeira formada pelos depósitos marinhos pleistocênicos e
holocênicos, os Espodossolos apresentam morfologias muito distintas. As diferenças de
cor, estrutura, consistência etc., têm relação estreita com as características dos
a
b
150
componentes fisiográficos dos ambientes no qual eles se desenvolvem. A observação e
análise da localização geográfica, da topografia, das condições de drenagem, do grau
de maturidade e do teor de ferro e de alumínio nos horizontes B espódicos permitiram
reunir uma rie de interpretações sobre a degradação desses solos, sua distribuição e
evolução na paisagem.
A circulação predominantemente vertical da água no solo comanda os processos
de transporte dos compostos de matéria orgânica, ferro e alumínio que formam o B
espódico (DE CONINCK, 1980) numa gênese fortemente controlada pelo lençol freático
elevado (CHAUVEL et al., 1987; BUURMAN; JONGMANS, 2005). Com efeito, Coelho
(2008) verificou que a maior parte dos Espodossolos da planície costeira de Bertioga é
do tipo hidromórfico. Por outro lado, quando o rebaixamento do nível do lençol se
prolonga ao longo do tempo, um conjunto de processos de degradação se instala
desconfigurando a morfologia desses solos na paisagem. Neste caso, tanto a drenagem
vertical quanto a lateral, acrescidas da ação das raízes, macrofauna e microorganismos
(Figura 41) desencadeiam as modificações físico-químicas diferenciando-os
morfologicamente quanto à cor, consistência, coesão, espessura, tipo e forma de
transição.
Importantes estudos quaternaristas, como o de Suguio (2001), consideraram as
diferenças de cor entre as duas gerações de terraços marinhos como indicativo da
cronologia dos depósitos. Os pleistocênicos seriam mais amarelos e mais antigos do
que os holocênicos. Nos Espodossolos dos depósitos marinhos mais elevados e melhor
drenados da planície costeira de Bertioga, a tonalidade amarelo-alaranjada dos
sedimentos/horizontes em subsuperfície é um aspecto morfológico muito comum e mais
intenso em relação aos holocênicos. A referida coloração estaria relacionada com os
processos de decomposição da MOS e à presença, ainda que em pequena quantidade,
de óxidos de Fe dos Espodossolos, sob condições de boa drenagem e lençol d’água
profundo, como ocorre nas unidades geomorfológicas pleistocênicas (Atmpa). No
entanto, este atributo (cor), isolado, não é um parâmetro adequado para diferenciação
das idades quaternárias, pois está relacionado aos processos pedogeoquímicos do Fe e
da MOS (matéria orgânica do solo), composição do sedimento, topografia e
comportamento hídrico dos terraços.
Figura 41 - Distribuição espacial dos Espodossolos no terraço marinho
erodido localizado na foz do rio Itaguaré. Da esquerda
para a direita (setor atualmente mais bem drenado), o
croma dos horizontes B espódicos torna-se mais alto
(Perfis F e G) e a morfologia dos horizontes torna-se mais
irregular. No local do P15 o barranco possui entre 4 e 5
metros de altura
151
152
Nos terraços marinhos da planície costeira de Bertioga, as variações verticais e
laterais dos atributos químicos e morfológicos nos Espodossolos Ferrihumilúvicos (ESK)
constituem evidências de degradação dos ―paleohorizontes‖ (ortstein) formados em
condições fisiográficas diferentes daquelas em que se encontram atualmente. As feições
morfológicas mais comuns de degradação o as contrastantes variações de cor,
espessamento do horizonte E, transições quebradas/descontínuas dos horizontes E e B
espódicos, as interpenetrações do horizonte E no B espódico feições denominadas
―línguas‖ (tongues) por Buurman e Jongmans (2005) e, fundamentalmente, a
presença de fragmentos relictuais de horizontes espódicos dúricos e de horizontes
plácicos. Feições semelhantes foram descritas para os Espodossolos da região
amazônica (LUCAS et al., 1984; CHAUVEL et al., 1987).
Nos remanescentes de terraço marinhos altos, a descontinuidade vertical e lateral
dos horizontes B espódicos e o espessamento do horizonte E dos Espodossolos
Ferrihumilúvicos Órticos (P16) e dos Espodossolos Ferrihumilúvicos Hiperespessos
espessarênicos (P33), por exemplo, evidenciam a degradação dos horizontes B dos
Espodossolos e a sua evolução para a classe dos Neossolos Quartzarênicos Órticos
(RQo) espódicos (P02).
Na base do P02 (Figura 42-f), os fragmentos relictuais de ortstein (Bhm) e de
horizonte plácico sustentam essa argumentação. Estes fragmentos constituem as
evidências de que o solo atual (RQo) evoluiu a partir de um Espodossolo pré-existente.
Alterações morfológicas análogas em Espodossolos tropicais da região amazônica,
desencadeadas por intenso fluxo lateral da água no topo do horizonte B espódico, foram
descritas por Klinge (1965) e Horbe et al. (2004).
Conforme esses autores, tais alterações se processariam inicialmente na
transição E-B mediante a degradação da parte superior do horizonte B espódico, como
observado nos perfis P38, P34, P33 e P16 (Figura 42). Localizados nas bordas de
diferentes remanescentes de terraços marinhos pleistocênicos altos, os referidos perfis
de Espodossolos estão sob condições de drenagem e topografia (6-10 m de altitude)
que favorecem a drenagem lateral e as transformações morfopedológicas. Nos
remanescentes com topos curtos (100-300 m de extensão) e convexos, rodeados por
sedimentos continentais (P38, P34 e P33) essas transformações são comuns.
153
Nos Espodossolos Ferrihumilúvicos dúricos (P01), localizados em remanescentes
mais amplos e em posição mais alta e plana, as feições de degradação dos horizontes B
espódicos, inclusive no ortstein, são menos pronunciadas (Figura 40-a). A topografia
plana e a presença do ortstein contribuem para a instalação de uma drenagem vertical e
lateral mais lenta. No entanto, as feições de degradação estão presentes evidenciando
um estágio de desmantelamento dos Espodossolos menos evoluído do que aqueles
localizados nos setores de borda dos terraços marinhos altos, nos quais a drenagem
lateral é mais intensa.
Os dados químicos do P16 (Figura 42-e) corroboram com a morfologia de
degradação do horizonte B espódico marcada por suas transições descontínuas
abruptas, variação de cores etc. A situação topográfica em que o perfil se encontra
(>7m), a forma ligeiramente convexa da vertente e a circulação hídrica lateral e vertical
contribuem para a degradação horizonte B espódico. As diferenças nos teores de Al e
Fe ditionito-citrato (Al
d
-Fe
d
) e oxalato (Al
o
-Fe
o
) entre os perfis de solos e entre os
horizontes B espódicos de um mesmo perfil acompanham as modificações morfológicas
(cor, grau de consistência e cimentação) que indicam o estágio de evolução dos
Espodossolos.
A presença do horizonte dúrico (ortstein - Bhm) nos ESK e EK e as condições de
drenagem no perfil regulam a distribuição do Al e Fe e, consequentemente da MOS. Os
teores de Al
d
e Al
o
nos horizontes Bhm são superiores aos de Fe
d
e Fe
o
que, por sua
vez, o praticamente inexistentes ou menores que 0,2 g kg
-1.
(Anexo L). Essa
constatação pode ser verificada quando comparamos os resultados dos perfis melhor
drenados (P16 e P03) com aqueles em que a drenagem é mais lenta mais lenta (P01 e
P04). Nestes últimos, a presença do horizonte ortstein desacelera a drenagem vertical,
mantendo o ambiente hidromórfico o que colabora com a saída do ferro do sistema.
Por outro lado, os teores mais elevados de Fe
d
e Fe
o
estão associados ao
horizonte classificado como Bs (não dúrico), como por exemplo, no P03, com 5,3 g kg
-1
e 6,8 g kg
-1
, respectivamente.
A degradação do horizonte plácico, fortemente cimentado, possivelmente
contribui para acentuar o teor de Fe nos Espodossolos (ESK). Nos ESKo dos perfis P01,
P03, P38 e P34, os horizontes plácicos apresentam sinais de desmantelamento,
(a ) PERFIL 38
(e) PERFIL 16
(b) PERFIL 34
(c) PERFIL 34
(d) PERFIL 33
(g) PERFIL 02
(f) PERFIL 02
Figura 42 Fotos ilustrando os diferentes estágios de degradação dos horizontes B espódicos nos terraços
marinhos pleistocênicos altos. (a) No ESKo espessarênico, a feição tongue(língua) à esquerda do P38 é
desencadeada pela drenagem vertical Itapanhaú; (b) a espessura dos horizontes A+E álbico no P34 é
maior que 140 cm; (c) detalhe da base do P34 em que as cores escuras e alaranjadas dos horizontes
ortstein e plácico se destacam. À esquerda da foto, nota-se a junto à raiz, o espessamento do horizonte E;
(d) detalhe da degradação do B espódico no P33. Trata-se um perfil de ESKu espessarênico localizado na
borda do remanescente. O horizonte Bh observado por tradagem na base deste perfil não aparece na foto.
As feições de cor ferrugem constituem os volumes relictuais do horizonte B espódico degradado por ação da
drenagem lateral e das raízes Itaguaré; (e) perfil de ESKo espessarênico localizado 10 m a jusante do
P01. Nota-se que o horizonte ortstein não aparece no perfil Itapanhaú; (f) perfil de RQo espódico com
volumes relictuais de ortstein e horizonte plácico entre 150-160 cm de profundidade Itapanhaú; (g) detalhe
dos volumes relictuais dos horizontes ortstein e plácico na base do P02
154
155
sobretudo naqueles identificados nos terraços marinhos mais elevados (P38 e P34). O
sistema radicular da vegetação e a boa drenagem vertical e lateral nessa UGE (Atmpa)
aceleram os processos de perdas e a degradação desses horizontes assim como dos
horizontes B Espódicos.
Os teores de Fe
d
e Fe
o
o mais elevados nos Espodossolos bem drenados e
topograficamente mais elevados. Nos mal drenados sob influência fluvial os valores de
Fe
o
e Fe
d
também são consideráveis (P05 e P06). A dinâmica (entrada e saída) desses
elementos nos horizontes B espódicos e a evolução dos solos estão condicionadas,
portanto, às condições hídricas do ambiente e do perfil.
Dessa forma, o teor de ferro nos ESK e EK pode estar relacionado à presença e
a degradação do horizonte plácico, cuja ocorrência é muito comum nos ESKo dos
terraços marinhos pleistocênicos altos. Por ser extremamente duro e pouco poroso,
esse horizonte cimentado constitui um impedimento à passagem da água e ao
desenvolvimento das raízes das plantas.
A combinação e os teores de Fe e/ou Al nos horizontes B espódicos e nos
horizontes plácicos dos Espodossolos está diretamente relacionada ao grau de
consistência e coesão. Com relação a esta afirmação, constatou-se que quanto maior é
o teor de Al
d
e Al
o
nos horizontes B espódicos, mais consistentes e coesos eles são. Os
teores de Al e Al
o
nos horizontes B espódicos dúricos dos perfis P16, P01, P12, P03 e
P04 corroboram essa interpretação (Figura 43).
Dessa maneira, verificou-se que nos perfis de Espodossolos localizados sobre os
remanescentes de terraços marinhos pleistocênicos altos (Atmpa), a distribuição média
dos teores de Al
d
e Al
o
é superior em relação aos outros ambientes marinhos (Atmpb e
Atmh) e em relação ao teor de Fe
d
e Fe
o
nos horizontes B espódicos dos perfis de EK e
ESKo (Figura 43). Esse comportamento do Fe e do Al indica que os Espodossolos
desenvolvidos sobre o terraço marinho pleistocênico alto são mais evoluídos do que
aqueles desenvolvidos sobre os sedimentos pleistocênicos baixos e holocênicos.
De modo diferente, os teores de Fe e Al obtidos nos perfis 05 e 06 (EK) e 13
(ESK) podem estar relacionados: (a) à natureza do depósito subjacente, cuja origem
está sob influência fluvial (P05 e P06) das camadas que formam os horizontes
subsuperficiais BCg e Cg e, (b) à proximidade do nível do lençol d'água junto à
156
superfície. A textura franco-argilo-arenosa, a idade
14
C da madeira enterrada (3700 ± 70
anos A.P.) no interior dessa camada, aliadas à topografia e a localização geográfica do
ponto amostrado (posição na bacia de drenagem) permite inferir que se trata de um
ambiente fluviomarinho ou de planície fluvial holocênica.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
P16 P01 P12 P03 P04 P05 P06 P07 P08 P14 P15 P13 P10
Perfis
Teor de Fe e Al (g/kg
-1
)
Ald Fed Alo Feo
Figura 43 - Distribuição média dos teores de ferro e alumínio oxalato (Fe
o
e Al
o
) e ditionito (Fe
d
e Al
d
) nos
horizontes B espódicos dos Espodossolos na planície costeira de Bertioga-SP
Considerando o conjunto de evidências geomorfológicas, geológicas e
pedológicas até aqui discutidas, a presença do horizonte ortstein, quando relacionada a
essas evidências, pode contribuir para a identificação da cronologia dos depósitos
marinhos quaternários.
Em Cananéia, Coelho (2008) constatou idades
14
C ou tempo de residência
médio (TRM) de 9.250±20 anos A.P. para a matéria orgânica do horizonte ortstein
(Bhm) de um Espodossolo na mesma situação topográfica (±10 m) e sobre sedimentos
pleistocênicos de mais de 170 mil anos A.P.
Em Bertioga, as idades radiocarbônicas obtidas para a matéria orgânica dos
157
horizontes ortstein dos perfis P01 (4.800±80 anos A.P.) e P08 (2.130±70 anos A.P.)
desenvolvidos sobre os terraços marinhos pleistocênicos altos 9 m) e baixos (5 m),
respectivamente, evidenciam que os processos pedogenéticos de formação dos
Espodossolos com horizonte dúrico não são recentes. Considerando que a idade
radiocarbônica da matéria orgânica datada ou o seu tempo médio de residência (TRM)
no solo corresponde, aproximadamente, à metade do intervalo desde que sua
acumulação iniciou (SCHWARTZ, 1988), então é possível inferir que os horizontes
ortstein (Bhm) dos perfis P01 e P08 podem ter idades aproximadas de 9.600 e 4.260
anos A.P., respectivamente. Isto significa que os processos pedogenéticos de formação
do horizonte B espódico (ortstein) do P01 se desenvolveram sobre os sedimentos
pleistocênicos (>120.000mil anos A. P.) relacionados à transgressão-regressão
Cananéia (Pleistoceno Superior) e sob condições climáticas úmidas que dominaram o
Quaternário após a glaciação Würm superior (SUGUIO, 2001).
No Brasil, Queiroz (1975) registrou idade de até 3000 anos A.P. para o horizonte
ortstein de um perfil de Espodossolo situado em São Roque do Paraguaçu-BA. O
referido autor acrescenta ainda que as idades obtidas pelo método do
14
C são válidas
na Pedologia desde que eles não sejam afetados por fenômenos tais como uma
renovação rápida da matéria orgânica ou por contaminação. No que concerne aos
horizontes ortstein que, em geral, são horizontes relictuais e muito impermeáveis, os
riscos de contaminação a partir da superfície ou por raízes são mínimos.
Dessa maneira, no setor em que se localiza o P08 (Atmpb), a idade
radiocarbônica obtida para o horizonte ortstein (2.130±70 anos A.P.) indica que este se
localiza em terraço marinho Pleistoceno. Considerando que a idade radiocarbônica é
uma média do tempo médio de residência da matéria orgânica no solo, o ortstein do
P08 pode ter o início do seu processo de formação até 4.260 anos A.P. Isto pressupõe
que, para a formação de um horizonte ortstein, as condições de vegetação de floresta já
teriam que estar instaladas sobre os sedimentos e que, portanto, os depósitos
subjacentes teriam sido sedimentados antes da última transgressão holocênica, cujo
pico máximo teria ocorrido 5.100 anos A.P. Essa interpretação permite, portanto,
inferir que os sedimentos do depósito em que se localiza o perfil (P08) não foram
depositados durante a regressão holocênica.
158
5.5 As características pedológicas e a sua influência na evolução cronológica dos
depósitos sedimentares da planície costeira
As evidências qualitativas e os dados quantitativos das características do relevo
(geomorfologia e topografia), dos solos e do substrato geológico na planície costeira
quaternária de Bertioga, permitiram levantar algumas interpretações sobre a evolução
de cada UGE, sobretudo naquelas de origem marinha (Atmpa, Atmpb e Ap).
A posição topográfica dos terraços marinhos na planície costeira indica que os
mais altos teriam idade pleistocênica mais antiga, enquanto que os mais baixos teriam
idade pleistocênica mais recente. As datações por TL e LOE dos grãos de quartzo
foram imprescindíveis para definir e delimitar, cronologicamente, as unidades
pleistocênicas e holocênicas como compartimentos geomorfológicos individuais.
Como registrado por Suguio e Martin (1978a, b), os terraços marinhos
pleistocênicos têm sua origem relacionada à penúltima transgressão marinha, cujo pico
máximo ocorreu 120.000 anos AP. O nível médio relativo do mar (NMRM) teria
subido cerca de 8±2 m, atingindo a encosta da Serra do Mar. Após o pico máximo
transgressivo, o NMRM iniciou o processo de regressão e construção dos terraços
marinhos da Formação Cananéia. As Unidades Geomorfológicas representadas pelos
remanescentes de terraços marinhos (Atmpa e Atmpb), identificadas e datadas por
termo luminescência, com topografia de entre 6 e 10 m, são os registros
geomorfológicos da sedimentação marinha pleistocênica na planície costeira de
Bertioga. O setor representado pela UGE Atmpb apresenta evidências topográficas (5-6
m), pedológicas (caráter dúrico) e idade TL e LOE relativas ao pleistoceno superior.
O registro da sedimentação holocênica está representado pela Unidade
Geomorfológica formada pelas cristas praiais (Atmh). As idades (<10.000 anos), a
morfologia (alinhamento de cristas) e a topografia (2-3 m), as quais se mantiveram bem
preservadas até a segunda metade do século passado (séc. XX), constituem as
principais evidências cronológicas e geomorfológicas, que relacionam a origem dessa
unidade com o último grande evento regressivo iniciado 5.100 anos A.P.
Essas evidências corroboram as observações de Souza (2007) que identificou
duas gerações de terraços marinhos pleistocênicos e duas de terraços marinhos
159
holocênicos em alguns setores da planície costeira der Bertioga.
Para a autora, a geração mais recente dos depósitos marinhos (cristas praiais)
estaria associada ao evento transgressivo holocênico ocorrido 3.500 anos A.P. e
descrito em Suguio et al. (1985) e Suguio (2001). Nestes trabalhos os autores
consideram que as cristas praiais se formaram sobre os sedimentos dos terraços
marinhos pleistocênicos, corroborando as argumentações e resultados aqui
apresentados e discutidos. No entanto, a referida elevação do NMRM ocorrida há 3.500
anos A.P. não é consensual entre os pesquisadores quaternaristas da planície costeira
de Sudeste. Giannini et al. (2003a) e Guedes (2003) em seus estudos na Ilha
Comprida-SP, não encontraram evidências que indicassem a referida mudança do
NMRM.
Evidências mineralógicas importantes para distinção dos depósitos marinhos
pleistocênicos e holocênicos, como a análise de minerais pesados, por exemplo, não
foram identificadas segundo Giannini (1987, 1989, 1993), De Mio e Giannini, (1997) e
Nascimento Jr. (2006). Em contrapartida, neste trabalho, apesar de sutis, os índices de
maturidade ZTR observados nos sedimentos ao longo do seguimento estudado,
atingem a77% nos terraços marinhos pleistocênicos (Atmpa e Atmpb). A distribuição
dos minerais pesados instáveis corrobora a cronologia dos depósitos marinhos, cuja
maturidade diminui no sentido Serra-Mar.
Na tentativa de caracterizar as diferentes gerações de terraços marinhos, os
estudos sobre a granulometria dos sedimentos marinhos têm apresentado resultados
satisfatórios, embora as variações sejam sutis (ANGULO et al., 1994, 1996; GIANNINI
et al., 1997).
A ausência de descontinuidade mineralógica abrupta entre os depósitos
pleistocênicos Atmpa e Atmpb estaria relacionada à natureza e a fonte dos sedimentos:
dos depósitos marinhos mais antigos (Atmpa). Estes teriam sido retrabalhados, durante
os vários ciclos sedimentares, pelos processos geomorfológicos marinhos e eólicos
subseqüentes, formando outros níveis de depósitos, também, pleistocênicos (Atmpb),
porém cronologicamente mais recentes. Diferenças mineralógicas sutis no contato entre
os depósitos pleistocênicos e holocênicos do litoral de São Paulo e Paraná foram
registradas em Peruíbe e na planície de Paranaguá por Giannini et al. (1997) e Lessa et
160
al. (2000), respectivamente.
Embora incipientes, as diferenças mineralógicas registradas corroboram com as
geomorfológicas (topografia) e cronológicas identificadas. As idades TL e LOE dos
depósitos marinhos tornam-se cada vez mais antigas para o interior da planície, no
sentido inverso da progradação da linha de costa (mar-encosta). As idades absolutas
passam de aproximadamente 3.800-8.400 anos A.P. nos terraços holocênicos (P10 e
P13), para 42.700 A.P. nos pleistocênicos baixos (P07), enquanto nos pleistocênicos
altos são superiores há 104.400 anos A.P.
Os estágios de evolução dos Espodossolos e Neossolos Quartzarênicos nas
referidas unidades geomorfológicas constituem-se em evidências pedológicas indiretas
das idades dos solos, quando associadas com a geomorfologia e a topografia. Quanto
mais elevada e dissecada é a topografia dos remanescentes de terraços marinhos
pleistocênicos, maior é a ocorrência dos Espodossolos Ferrihumilúvicos
Espessarênicos com sinais de degradação do horizonte B espódico e dos Neossolos
Quartzarênicos Órticos espódicos.
A presença dos horizontes ortstein e/ou plácico (dentro ou fora do limite da seção
de controle - 2 m) é comum nos terraços marinhos de idade pleistocênica. Nos terraços
marinhos holocênicos não foram registrados estes tipos de horizontes. Os perfis de
Espodossolos holocênicos estudados por Coelho (2008) no setor pós-dunas frontais,
em Ilha Comprida, também não apresentaram estes tipos de horizontes nos depósitos
holocênicos. Nesta Ilha, o horizonte dúrico (Bhm) foi identificado apenas no perfil de
solo (>5 m de altura) descrito no barranco do Mar de Cananéia, com grau de
consistência, coesão e idade LOE (14.300 1.600) e TL (24.700 2.800) inferiores aos
estudados em Bertioga e na Ilha de Cananéia, sobre os depósitos marinhos
pleistocênicos.
A presença do caráter dúrico do horizonte ortstein (Bhm) nos Espodossolos e na
paisagem parece estar associada aos depósitos marinhos pleistocênicos. O limite da
área de abrangência desse horizonte estaria na transição dos terraços marinhos
holocênicos para os pleistocênicos (P08).
Dessa maneira, os ambientes continentais têm suas origens ligadas aos
processos morfogenéticos exógenos comandados pela ação das águas pluviais e
161
fluviais. A geomorfogênese e a alternância climática quaternária (períodos secos e
úmidos) durante o período em que se sucederam as regressões e transgressões
marinhas pleistocênica de holocênica deram origem aos ambientes coluviais, colúvio-
aluviais e fluviais dissecados e/ou retrabalhados bem como aos ambientes lagunares.
A cronologia dos depósitos superficiais que formam essa diversidade de
ambientes continentais pode ser apresentada da seguinte forma: as UGEs fluviais e
fluviomarinhas constituem ambientes geomorfologicamente ativos e, portanto, de
origem holocênica a atual, assim como a UGE fluviolagunar. As UGEs representadas
pelos depósitos superficiais coluviais e colúvio-aluviais altos podem apresentar idades
pleistocênicas e holocênicas indiferenciadas. A topografia, as macro e microformas do
relevo, condições de drenagem aliadas às análises de LOE permitiram concluir que a
UGE representada pelos terraços colúvio-aluviais altos (Atca) foi formada entre 7 e 9 mil
anos A.P. sendo, portanto, de idade holocênica.
As UGEs formadas pelos depósitos continentais (Adfl, Apf e Atfb+Apf), em geral,
encontram-se sobre a ação atual dos processos de sedimentação comandados,
sobretudo, pela dinâmica fluvial. O caráter flúvico dos Gleissolos e Neossolos das
unidades Apf e Atfb+Apf e o caráter térrico dos Organossolos presentes na UGE Adfl
refletem a natureza fluvial/aluvial dos depósitos superficiais. Assim como nas unidades
anteriores, na UGE fluviomarinha (Apfm) também predominam os processos de
sedimentação em detrimento da erosão. A progressiva expansão das áreas de mangue
sobre os canais fluviais corrobora com essa evolução, observada empiricamente ao
longo das décadas.
Por outro lado, nas UGEs formadas pelos depósitos marinhos mais antigos
(Atmp e Atmh), a ação dos processos morfogenéticos responsáveis por sua gênese não
são mais atuantes. Após os eventos regressivos pleistocênicos e holocênicos que
deram origem aos terraços marinhos durante o Quaternário, os sedimentos arenosos
foram retrabalhados por erosão hídrica e/ou eólica.
Durante o longo período da regressão marinha pleistocênica (cerca de 100 mil
anos) os processos de progradação da linha de costa dominaram na paisagem. Em
conseqüência do rebaixamento no NMRM, desencadearam-se os ciclos de dissecação
e sedimentação, novos depósitos, formas de relevo e classes de solos. A dissecação
162
dos terraços marinhos pleistocênicos por processos fluviais deu origem aos
remanescentes isolados que representam a UGE (Atmpa) mais antiga e
topograficamente mais elevada. Na transição para o período holocênico,
reconhecidamente mais quente e úmido, os processos geomorfogenéticos atuantes
teriam suavizado as formas dos antigos terraços marinhos.
Entretanto, apesar da umidificação holocênica do clima e do ―equilíbrio
biodinâmico‖ entre os processos morfogenéticos e pedogenéticos na paisagem, as
transformações pedológicas continuaram atuando, comandadas pelas oscilações do
nível de base do lençol freático e da rede de drenagem. A topografia elevada e a
dinâmica hídrica nos terraços marinhos pleistocênicos criaram condições favoráveis às
modificações morfológicas dos solos pré-existentes (Espodossolos). Estes passaram
por transformações morfológicas importantes, como o desmantelamento dos horizontes
B espódicos e espessamento do horizonte E, evoluindo para a classe dos Neossolos
Quartzarênicos. Nos perfis de Espodossolos mais bem drenados da planície costeira de
Bertioga, Coelho (2008) identificou feições micromorfológicas de desmantelamento dos
horizontes B espódicos, as quais corroboram as feições macromorfológicas observadas
nos perfis descritos nos terraços marinhos pleistocênicos altos (P01, P03, P38, P33,
P34).
Os processos de morfogênese que deram origem as formas de relevo da UGE
marinha holocênica (Atmh) estão ligados ao último evento de regressão do NMRM. Os
processos de geomorfogênese atuantes mais pronunciados estão relacionados à
desconfiguração (natural e antrópica) da morfologia das cristas praiais e dos tômbolos.
Nas áreas de cristas praiais, o retrabalhamento dos sedimentos pela ação pluvial e
fluvial carreia os sedimentos do topo para as zonas deprimidas (entre as cristas),
aplainando sua topografia originalmente suavizada. Nestas zonas, os sedimentos
arenosos são recobertos por uma camada de material vegetal em diferentes graus de
decomposição, dando origem aos Organossolos o mapeados nesse compartimento
(Atmh), pois foram considerados como inclusões. Nas áreas de tômbolos a degradação
antrópica é o principal agente de modificação das formas.
Nos depósitos marinhos atuais que formam a unidade das praias (Ap) os
processos de sedimentação e erosão atuam paralelamente. Em geral, domina a
163
sedimentação e a erosão está associada à ação das ondas e oscilação periódica das
marés. A pedogênese e a colonização vegetal são limitadas e/ou interrompidas pela
dinâmica e evolução dos referidos processos geomorfogenéticos.
Assim como nos terraços marinhos, a dinâmica e a evolução recente das UGEs
Atca e Arc apresentam-se em equilíbrio na paisagem. Representada pelos depósitos
coluviais e colúvio-aluviais altos de idade quaternária indiferenciada, nessa unidade os
sedimentos não apresentam expressivas feições de acumulação atual. No entanto, em
ambas as UGEs podem ocorrer retrabalhamentos locais dos sedimentos por processos
fluviais e gravitacionais. Feições morfológicas atuais decorrentes de movimentos de
massa do solo não foram observadas nos ambientes de encosta em campo ou
fotointerpretação. Nestas unidades, a natureza e composição dos sedimentos, as
condições topográficas elevadas e de boa drenagem favorecem o desenvolvimento dos
processos pedogenéticos que se sobrepõem aos geomorfogenéticos, com destaque
para a formação da classe dos Cambissolos que domina a UGE Arc.
A UGE Adfl (6) do setor central da planície costeira teria sua origem relacionada
à regressão marinha pleistocênica. Com a regressão e progradação da linha de costa,
áreas de antigas lagunas - ―paleolagunas‖ - teriam sido isoladas e paulatinamente
colmatadas por sedimentos aluviais/fluviais. Os agentes fluviais e os gravitacionais
transportaram os materiais organo-minerais para as depressões em ciclos de
sedimentação contínua que se estendem até os dias atuais.
164
6 CONSIDERAÇOES FINAIS
- O levantamento e descrição dos compartimentos geológicos, geomorfológicos e
pedológicos na planície costeira de Bertioga permitiram considerar que:
- As mesmas Ordens de solos apresentam estágios diferentes de evolução nas
unidades geomorfológicas quaternárias de origem marinha, comandadas pela
topografia, condições de drenagem e cronologia dos depósitos;
- Nas unidades geomorfológicas representadas pelos terraços marinhos
pleistocênicos altos predomina a classe dos Espodossolos Ferrihumilúvicos Órticos com
características espessarênicas e hiperespessas, enquanto nos terraços marinhos
holocênicos a classe dos Espodossolos Humilúvicos Hidromórficos ocorre com maior
freqüência.
- A influência do relevo e da topografia na pedogênese da planície costeira se
reflete, sobretudo, na evolução dos Espodossolos para os Neossolos Quartzarênicos a
partir do desmantelamento do horizonte B espódico. Esse processo ocorre nos setores
mais drenados dos remanescentes de terraço marinho pleistocênico alto e é
desencadeado pelo aprofundamento do nível do lençol d’água, por ocasião das
regressões marinhas (pleistocênica e holocênica) e evolução geomorfológica
quaternária, marcada pelos sucessivos ciclos de agradação e progradação da linha de
costa;
- Do topo para as bordas dos remanescentes, a drenagem lateral torna-se mais
rápida. As condições de melhor drenagem do solo, incrementando a aeração do solo ao
longo do tempo, conduzem a modificações físico-químicas na morfologia dos horizontes
B espódicos que evoluem para horizontes E (eluvial). A atividade microbiana
(actinomicetos) se instala no topo do horizonte B e, aliada à penetração vertical das
raízes, aceleram o seu processo de degradação;
- Os remanescentes de terraços marinhos pleistocênicos altos localizados mais
próximo da Serra do Mar constituem compartimentos mais antigos que os terraços
marinhos pleistocênicos baixos. O contraste com os depósitos marinhos holocênicos é
mais evidente e marcado pela geomorfologia particular das cristas praiais. A coerência
das idades TL e LOE sobre os sedimentos marinhos, aliadas ao índice de maturidade
165
(iZTR) dos depósitos, que diminui no sentido Serra - Mar, bem como as evidências
topográficas e pedológicas discutidas, não deixa dúvidas de que a planície costeira,
formada pelos terraços marinhos antigos e pelas cristas praiais, tem sua gênese ligada
aos dois grandes eventos transgressivos-regressivos quaternários: Transgressão
Cananéia e Transgressão Santos, respectivamente;
- A área de ocorrência dos terraços marinhos pleistocênicos na planície costeira
do município de Bertioga é consideravelmente mais extensa do que as áreas registradas
nos documentos cartográficos produzidos em diversas escalas. Entretanto, em alguns
setores, os limites precisam ser mais bem definidos. Neste sentido, a topografia, as
formas do relevo, acrescidas das datações absolutas (TL, LOE e 14C) e das evidências
pedogenéticas, constituem importantes ferramentas de investigação cronoestratigráficas
ou geocronológicas, quando analisadas conjuntamente;
- A topografia elevada 5-7m, a boa drenagem dos depósitos; as evidências
pedológicas (presença de Cambissolos Flúvicos), a exuberância e a fisionomia da
vegetação sugerem idade mais antiga que 5.100 anos A.P. para os depósitos fluviais
altos que formam a unidade geomorfológica Atca (8). Os resultados das idades TL e
LOE dos perfis (P35 e P37) apresentaram diferenças discrepantes (Tabela 11),
subsidiando uma discussão quanto à confiabilidade dos mesmos. Os resultados da
Idade TL atribuíram a esses depósitos, idades do pleistoceno superior (entre 40 e 50mil
anos A.P.), enquanto as idades LOE ficaram em torno de 8 mil anos A.P., indicando que
os depósitos teriam idades holocênicas. A natureza granulométrica (areia grossa e muito
grossa) das sucessivas camadas que formam esses terraços (sobretudo as
subsuperficiais) constitui uma evidência de que os sedimentos foram depositados em
ambiente fluvial de alta energia. Essa informação pode contribuir para os estudos
cronoestratigráficos dos depósitos fluviais superficiais da planície costeira;
- As datações obtidas por luminescência (TL e LOE) constituem importantes
ferramentas no estudo da cronologia dos depósitos quaternários de origem marinha.
Contudo é imprescindível conhecer os fatores que podem interferir na luminescência do
mineral (quartzo) e, consequentemente, nos resultados das idades obtidas. As
interferências relacionadas à composição química, mineralógica e à origem dos
sedimentos podem interferir nos resultados das idades obtidas em sedimentos de
166
origem marinha. Outros tipos de interferência podem estar relacionados às condições de
radiação e zeragem natural da luminescência residual, durante a deposição do
sedimento, além dos efeitos da exumação, do revolvimento e da mistura de materiais de
diferentes profundidades provocados por bioturbação. Problemas relacionados ao
protocolo de análise (MAR) e mensuração das doses de radiação anual e acumulada
também não podem ser descartados;
- As idades TL obtidas para os sedimentos de origem fluvial não trouxeram
resultados plenamente satisfatórios. Durante o transporte e a deposição, os sedimentos
fluviais do perfil P32, podem não ter ficado expostos à radiação solar por um período
mínimo de 6-8 horas para que ocorresse a zeragem natural da luminescência adquirida
previamente. As condições de cor e composição do agente transportador (água) e/ou a
velocidade de deposição podem ter prejudicado o processo de fotoesvaziamento,
conferindo aos depósitos fluviais idades TL mais antigas do que as esperadas;
- Quando constatadas incoerências de idade luminescente nos depósitos, as
idades LOE foram consideradas as mais confiáveis. Isto porque a idade LOE é obtida a
partir da mensuração da luminescência natural, cujo fotoesvaziamento exige muito
menos tempo de exposição solar para ser zerado (alguns minutos). Por isso, tanto para
os sedimentos marinhos como para os sedimentos fluviais, as idades LOE foram
consideradas as mais coerentes para obtenção das idades.
167
REFERÊNCIAS
AB’SABER, A.N. A terra paulista. Boletim Paulista de Geografia. São Paulo, 1956.
AB’ SABER, A.N. Um conceito de geomorfologia a serviço das pesquisas sobre o
Quaternário. Geomorfologia. São Paulo, n.18, IGEOG-USP. São Paulo, 1969.
AB’ SABER, A.N. Litoral do Brasil. São Paulo: Metalivros, 2003. 288p.
ALMEIDA, F.F.M. de. Fundamentos geológicos do relevo paulista. Boletim do Instituto
de Geografia e Geologia, São Paulo, n. 41,167-263,1964.
ANDERSON, H.A.; BERROW, M.L.; FARMER, V.C.; HEPBURN, A.; RUSSEL, J.D.;
WALKER, A.D. A reassessment of Podzol formation processes. Journal of Soil
Science, Oxford, v. 33, p.125-136, 1982.
ANDRIESSE, J.P. Nature and management of tropical peat soils. Rome: FAO, 1988.
59p. (FAO Soils Bulletin).
ANGULO, R.J. Geologia da Planície Costeira do Estado do Paraná. 1992.334p. Tese
(Doutorado em Geologia) - Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São
Paulo, 1992.
ANGULO, R.J. Indicadores biológicos de paleoníveis marinhos quaternários na costa
paranaense. Boletim Paranaense de Geografia, Curitiba, v. 41, p. 1-34, 1993.
ANGULO, R.J.; LESSA. G.C. The Brazilian Sea-level Curves: a critical Review with
Emphasis on the curves From Paranaguá and Cananéia Regions. Marine Geology,
Amsterdam, v. 140, p.141-166, 1997.
ANGULO, R.J.; GIANNINI, P.C.F.; KOGUT, J.S.; PRAZERES FILHO, H.J.; SOUZA,
M.C. Variation of sedimentological parameters with depositional age across a succession
of beach-ridges in the Holocene of Mel Island, Paraná, Brazil. In: INTERNATIONAL
SEDIMENTOLOGICAL CONGRESS, 14., 1994, Recife. Abstracts.... Recife: IAS, 1994.
p. D1-D3.
ANGULO, R.J.; GIANNINI, P.C.F.; KOGUT, J.S.; PRAZERES FILHO, H.J.; SOUZA,
M.C. Variação das características sedimentológicas através de uma sucessão de
cordões holocênicos, como função da idade deposicional, na Ilha do Mel (PR). Boletim
Paranaense de Geociências, Curitiba, v. 44, p. 77-86, 1996.
AZEVEDO, A. Baixada Santista: aspectos geográficos: Santos e as cidades balneárias.
São Paulo: Departamento de Geografia, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras,
Universidade de São Paulo; Edusp,1965. v. 3.
168
BIGARELLA, J.J.; MOUSINHO, M.R. Contribuição ao estudo da Formação Pariquera-
Açu (Estado de São Paulo). Boletim Paranaense de Geografia, Curitiba, n. 16/17,
p.17-41, 1965.
BUURMAN, P.; JONGMANS, A.G. Podzolisation and soil organic matter dynamics.
Geoderma, Amsterdam, v. 125, p. l 71-83, 2005.
BUURMAN, P.; van LAGEN, B.; VELTHORST, E.J. Manual for soil and water
analysis. The Netherlands: Backhuys Publishers, 1996. 314p.
CHAUVEL, A.; LUCAS, Y; BOULET, R. On the genesis of the soil mantle of the region of
Manaus, Central Amazonia, Brazil. Experientia, Basel,v. 43, p. 234-241, 1987.
COELHO, M.R. Caracterização e gênese de Espodossolos da planície costeira do
Estado de São Paulo.2008. 270p. (Tese de Doutorado na área de Solos ) Escola
Superior de Agricultura ―Luiz de Queiroz‖, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2008.
DAVIES, J.L. A morphogenic approach to world shorelines. Zeitschrift für
Geomorphologie, Leipzig, v.8, p. 127-142, 1964.
DE CONINCK, F. Major mechanisms in formation of spodic horizons. Geoderma,
Amsterdam, v. 24, p. 101-126, 1980.
DEFFONTAINES, P. Regiões e paisagens do Estado de São Paulo. Primeiro Esboço de
divisão Regional. Geografia, São Paulo, v.1, n. 2, p117-169, 1935.
DE MIO, E.; GIANNINI, P.C.F. Variação de minerais pesados transversal à planície
litorânea de Peruíbe-Itanhaém, SP. In: CONGRESSO DA ASSOCIAÇÀO BRASILEIRA
DE ESTUDOS DO QUATERNÁRIO, 6., 1997. Curitiba. Resumos
expandidos...Curitiba: ABEQUA, 1997. p.109-114.
DE OLIVEIRA, P.E.; BEHLING, H.; LEDRU, M-P.; BARBERI, M.; BUSH, M.;SALGADO-
LABORIAU, M.L.; GARCIA, M.J.; MEDEANIC, S.; BARTH,O.M.; BARROS, M. A.;
SCHEEL-YBERT, R. Paleovegetação e Paleoclimas do Quaternário do Brasil. In.:
SOUZA, C.R.G.; SUGUIO, K.; OLIVEIRA, A.M.S.; De OLIVEIRA, P.E. (Org.).
Quaternário do Brasil . Ribeirão Preto. Editora Holos ABEQUA, 2005. p . 52-74.
DIAS, G.T.M.; SILVA, C.G. Geologia de depósitos arenosos costeiros emersos
exemplos ao longo do litoral fluminense. In: LACERDA, LD.; ARAÚJO, D.S.D.;
CERQUEIRA, R.; TURCO, B. (org.). Restingas: origem, estrutura, processos. Niterói:
CEUFF, 1984. p. 47-60.
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de
Pesquisa em Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 2ed. Brasiília:
Embrapa Produção de Informações; RJ. Embrapa Solos, 2006. 306p.
169
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.Centro Nacional de
Pesquisa de Solos. Procedimentos normativos de levantamentos pedológicos.
Brasília: EMBRAPA Produção de Informação; Rio de Janeiro: EMBRAPA Solos, 1995.
101p.
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de
Pesquisa de Solos. Manual de métodos de análise de solo. 2 ed. rev. atual. Rio de
Janeiro: Centro Nacional de Pesquisa de Solos CNPS, 1997. 212p. (EMBRAPA-
CNPS. Documentos, 1)
FLEXOR, J.; MARTIN, L.; SUGUIO, K.; DOMINGUEZ, J.M.L. Gênese dos cordões
litorâneos da parte central da costa brasileira. In: LACERDA, L.D.; ARAÚJO, D.S.D.;
CERQUEIRA, R.; TURCO, B. (Org.). Restingas: origens, estrutura, processos. Niterói:
CEUFF, 1984. p.35-45.
FOLK, R.L.; WARD, W.C. Brazasriver bar; a study in the significance of grain size
parameters. Journal of Sedimentary Petrology, Tulsa, v.27, p. 3-26, 1957.
GIANNINI, P.C.F. Sedimentação Quaternária na Planície Costeira de Peruíbe-
Itanhaém (SP). 1993. 234p. 2v. Dissertação ( Mestrado em Geologia) - Instituto de
Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1987.
GIANNINI, P.C.F. Evolução quaternária da planície costeira de Peruíbe-Itanhaém (SP)
segundo resultados granulométricos: um confronto de métodos de tratamento
estatístico. Boletim Paranaense de Geociências, Curitiba, v. 38, p. 1-50, 1989.
GIANNINI, P.C.F. Sistemas Deposicionais no Quaternário Costeiro entre Jaquaruna
e Imbituba, SC. 1993. 439p. 2v. Tese (Doutorado em Geologia) - Instituto de
Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1993.
GIANNINI, P.C.F.; GUEDES, C.C.F.; ANGULO, R.J.; ASSINE, M.L.; SOUZA M.C.;
MORI, E.K. Geometria de cordões litorâneos e espaço de acomodação sedimentar na
Ilha Comprida, litoral sul paulista: modelo baseado em aerofotointerpretação.In:
CONGRESSO DA ASSOCIACÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS DO QUATERNÁRIO,
9., 2003. Anais... Recife: ABEQUA, 2003a. 1 CD-ROM.
GIANNINI P.C.F., GUEDES C.C.F., ASSINE M.L., ANGULO R.J., SOUZA M.C.,
PESSENDA L.C.R., TATUMI S.H. Variação transversal e longitudinal de propriedades
sedimentológicas nos cordões litorâneos da Ilha Comprida, litoral Sul Paulista. In:
ABEQUA, CONGRESSO DA ASSOCIACÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS DO
QUATERNÁRIO 9., 2003. Recife. Boletim de Resumos...Recife, 2003b. 1 CD-ROM.
GIANNINI, P.C.F.; ASSINE, M.L.; BARBOSA, L.M.; BARRETO A.M.F.; CARVALHO,
A.M.; CLAUDINO-SALES, V.; MAIA, L.P.; MARTINHO, C.T.; PEUVAST, J-P.;
SAWAKUCHI, A.O.; TOMAZELLI, L.J. Dunas e paleodunas eólicas costeiras e interiores
In: C.R. de G. SOUZA (Ed.).Quaternário do Brasil. Ribeirão Preto: Holos Editora,
2005.
170
GIANNINI, P.C.F.; LESSA, G.C.; KOGUT, J.S.; ANGULO, R.J. Variação nas
assembléias de minerais pesados de testemunhos rasos na planície costeira de
Paranaguá (PR). In: CONGRESSO DA ASSOCIACÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS
DO QUATERNÁRIO, 6., 1997. Resumos expandido... Curitiba:ABEQUA, 1997. p.58-
62.
GIRARDI, A.C.S. Subsídios Metodológicos para o Planejamento e Gestão de
Restingas. Estudo de Caso Bertioga SP. 2001. 122p. Dissertação ( Mestrado) -
PROCAM-Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.
GUEDES, C.C.F. Os cordões litorâneos e as dunas eólicas da Ilha Comprida,
Estado de São Paulo. 2003. 54 p. ( Monografia ) - Instituto de Geociências da
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
HOLE, F.D. Effects os animals on soil. Geoderma, Amsterdam, v.25, p. 75-112, 1981.
HOLMGREN, G.G.S. A rapid citrate-dithionite extractable iron procedure. Soil Science
Society of America Proceedings, Madison, v. 31, p. 210-211, 1967.
HORBE, A.M.C.; Morbe, M. A.; SUGUIO, K. Tropical Spodosols in northeastern
Amazonas State, Brazil. Geoderma, Amsterdam, v.119, p. 55-68, 2004.
HUBERT, J.F. A zircon-tourmaline-rutile maturity index and the dependence of the
composition of heavy mineral assemblages with the gross composition and texture of
sandstones. Journal of Sedimentary Petrology, Tulsa, v. 32, n. 3, p. 440-450, 1962.
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO (IPT).
Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo (1:500.000). São Paulo. Governo do
Estado de São Paulo/Secretaria da Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia. Programa
de Desenvolvimento de Recursos Minerais - Pró Minério/Divisão de Minas e Geologia
Aplicada/IPT/SP. V. ½, 1981a.
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO (IPT).
Mapa Geológico do Estado de São Paulo (1:500.000). São Paulo. Governo do Estado
de São Paulo/Secretaria da Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia. Programa de
Desenvolvimento de Recursos Minerais - Pró Minério/Divisão de Minas e Geologia
Aplicada/IPT/SP. V. ½, 1981b.
KAMPF, N.; SCHNEIDER, P. Caracterização de solos orgânicos do Rio Grande do Sul:
Propriedades morfológicas e físicas como subsídios à classificação. Revista Brasileira
de Ciência do Solo, Viçosa, v.13, p. 227-236, 1989.
KIPNIS, R.; SCHEEL-YBERT, R. Arqueologia e Paleoambientes. In: C.R. de G. SOUZA
(Ed.) Quaternário do Brasil. Ribeirão Preto. Ribeirão Preto: Holos Editora, 2005.
p.343-362.
KLINGE, H. Podzols soils in the Amazon Basin. European Journal of Soil Science,
Oxford, v. 16, p. 95-103, 1965.
171
KRUMBIEN, W. C. Measurement and geologic significance of shape and roundness of
sedimentary particles. Journal Sedimentology Petrology, Tulsa, v. 11, p.64-72, 1941.
LEES, L., B.G.; LU, Y. ; HEAD, J. Reconnaissance thermoluminescence dating of
northern Australian coastal dune systems. Quaternary Research, San Diego, v 34,1 69-
185, 1990.
LESSA, G.C.; ANGULO, R.J.; GIANNINI, P.C.F.; ARAÚJO, A.D. Stratigraphy and
Holocene evolution of a regressive barrier in south Brazil. Marine Geology, Amsterdam,
v. 165, n.1/4, p.87-108, 2000.
LIMA, M.R.; MELO, M.S.; COIMBRA, A.M. Palinologia de sedimentos da Bacia de São
Paulo, Terciário do Estado de São Paulo, Brasil. Revista do Instituto Geológico,São
Paulo, n.1/2, 1991.
LOPES, E.A. Formações Florestais de Planície Costeira e Baixa Encosta e sua
Relação com o Substrato Geológico nas Bacias dos Rios Itaguaré e Guaratuba
(Bertioga - SP) 2007. 147p. Dissertação ( Mestrado) Secretaria do Meio Ambiente -
Instituto de Botânica, São Paulo, 2007.
LUCAS, Y., CHAUVEL, A., BOULET, R., RANZANI, G., SCATOLINI, F. Transição
Latossolos-Podzois sobre a formação Barreiras na região de Manaus, Amazônia.
Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, n. 8, p.325335, 1984.
LUEDER, D.R. Aerial Photographic Interpretation: Principles and Applications. New
York: MacGraw-Hill, Book , 1959. 462p
LUNDSTRÖM, U.S., van BREEMEN, N., BAIN, D. The podzolization process. A review.
Geoderma, Amsterdam, v. 94, p. 91-107, 2000.
MANGE, M.A. ; MAURER, H.F.W. Heavy minerals in colour. London: Chapman & Hall,
1992. 147p.
MARTIN, L.; SUGUIO, K. Lês variations Du niveau de La mera u Quaternaire récent
dans le sud de L’état de São Paulo (Brésil) – utilizations des «sambaquis»
(Kjokkenmodings) dans la détermination des anciennes lignes de rivage holocenes.
Congrès du Centenaire, Paris, v. 9-A, p.73-83, 1976.
MARTINS, C.C. Variações morfológicas e sedimentares de curto período em perfis
praiais, praia de Bertioga-SP. 2000. 161p. Dissertação (Mestrado na área de
Biodiversidade e Meio Ambiente ) - Instituto Oceanográfico - Universidade de São Paulo,
São Paulo, 2000.
MATTOS-FIERZ. A influência humana na paisagem, nos processos erosivos e
deposicionais da área costeira: uma contribuição à dinâmica ambiental em Bertioga-
SP. 2001. 1990. Tese (Doutorado na área de Biodiversidade e Meio Ambiente )
Insiituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.
172
MENDONÇA-SANTOS, M.L; P.D. JACQUES; COELHO, M.R.; PIMENTEL, J.; SANTOS,
H.G.; ALMEIDA, P.; BARBOSA, E.L.A.; COSTA, T.C. C.; ÁVILA, R.M.; SHINZATO, E.;
BRANCO, P.C.P.A. Mapeamento do uso atual e cobertura vegetal dos solos do
estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: EMBRAPA Solos. Rio de Janeiro:
EMBRAPA: Solos, 2003. 44p. (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, 22).
MORAES REGO, L.F. Notas sobre a Geomorfologia de São Paulo e sua Gênese.
São Paulo : Instituto Astronômico e Geofísico de São Paulo, 1932. 134p.
MOMBEIG, P. A divisão regional do Estado de São Paulo. Anais da Associação dos
Geógrafos Brasileiros, São Paulo, v. 1, p.23-38, 1949.
MOREIRA, M.G. Associações entre os solos, os ambientes sedimentares
quaternários e as fitofisionomias da planície costeira e baixa encosta nas bacias
dos rios Itaguaré e Guaratuba (Bertioga-SP). 2007. 157p. Dissertação (Mestrado em
Biodiversidade e Meio Ambiente) Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do
Meio Ambiente, São Paulo, 2007.
MÖRNER, N.A. The position of the ocean level during the interstadial at about 30.000
B.P. A discussion for climatological glaciological point of view. Canadian Journal of
Earth Sciences, Ottawa v. 6, n. 3/4, p. 139-368, 1971.
MORTON, A.C. Stability of detrital heavy tertiary sandstones from sea basin minerals in
the north. Clay Minerals, London, v.19, p. 287-308, 1984.
MORTON, A.C. e HALLSWORTH, C. Processes con-trolling the composition of heavy
mineral assemblages in sandstones. Sedimentary Geology, Amsterdan, v.124, p.3-29,
1999.
MUEHE, D. Geomorfologia Costeira. In:________________ Geomorfologia do Brasil.
Rio de Janeiro: Ed. Bertrand Brasil, 1998. 280p.
NASCIMENTO Jr., D. Morfologia e sedimentologia ao longo do sistema praia - duna
frontal de Ilha Comprida, SP. 2006. 97p. Dissertação (Mestrado na área de
Biodiversidade e Meio Ambiente) Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo,
São Paulo, 2006.
OLIVEIRA, J.B.; CAMARGO, M.N.; ROSSI, M.; CALDERANO FILHO, B. Mapa
pedológico do estado de São Paulo: legenda expandida. Campinas: Instituto
Agronômico. Rio de Janeiro, EMBRAPA-Solos. Campinas, 1999. 64p.
PESSENDA, L.C.R. Laboratório de
14
C. Técnicas e Aplicações Paleoambientais.
Piracicaba:Centro de Energia Nuclear na Agricultura , Universidade de São Paulo, 1998.
53 p. (Série Didática, v.2)
PESSENDA, L.C.R; CAMARGO, P. B. Datação radiocarbônica de amostras de interesse
arqueológico e geológico por espectrometria de cintilação líquida de baixa radiação de
fundo. Química Nova, São Paulo, v.14, n. 2, p.98-103, 1991.
173
PETRI, S.; SUGUIO, K. Some aspects of the Neocenozoic sedimentation in the
Cananéia-Iguape lagoonal region, São Paulo, Brasil. Estudos Sedimentológicos,
Natal, v. 1, n.1, p. 25-33, 1973.
PETRI, S.; FÚLFARO, V.J. Geologia do Brasil. São Paulo: T.A. Queiroz, 1983. 631p.
PETTIJOHN, F.J. Rocas Sedimentares. 4 ed Traducida de la segunda edición, 1957,
por el doctor Juan Turner Buenos Aires: EUDEBA MANUALES, 1980. 731p.
PETTIJOHN, F.J. Sedimentary rocks. 2
nd
ed. New York:Harper, 1975. 718 p.
PETTIJOHN, F.J. Persistence of heavy minerals and geologic age. Journal of Geology,
Chicago, v. 49, n.2, p. 612-625, 1941.
QUEIROZ, F.C.P. de. Distribuição da radioatividade natural no perfil de um podzol
tropical e suas implicações genéticas. 1975. 57p. Dissertação (Mestrado em
geofísica) - Programa de Pós- Graduação em Geofísica, Universidade Federal da Bahia,
Salvador, 1975.
QUEIROZ NETO, J.P. Os solos. In: A Baixada Santista Aspectos Geográficos. São
Paulo, v.1, p.67-92, 1965.
RABASSA, J.; CORONATO, A.; BUJALESKY, G.; ROIG, C.; SALEMME, M.; MEGLIOLI,
A.; HEUSER, C.; GORDILLO, S.; BORROMEI, A.; QUATROCCHIO, M. Quaternary of
Tierra del Fuego, Southernmost South America: un updated review. Quaternary
International, Oxford, v. 68, n.71, p. 217-240, 2000.
RADAMBRASIL. Ministério de Minas e Energia. Levantamento dos Recursos
Naturais-Folhas SF 23/24, Rio de Janeiro/Vitória. Rio de Janeiro, v.32, p.780, 1983.
RHODES, E.J.; POWNALL. Zeroing of the OSL signal in quartz from young glaciofluvial
sediments. Rad. Meas.,n. 23,p.581-586, 1994.
RITTENHOUSE, G. Transportation and deposition of heavy minerals. Bulletin
Geological of the Society of América, n.54, p.1725-1780, 1943.
RIZZINI, C.T.; COIMBRA FILHO, A.F.; HOUAISS, A. Ecossistemas brasileiros. Rio de
Janeiro: ENGE-RIO; ndex Editora, 1988. 200 p.
ROSS, J.L.S. Geomorfologia: ambiente e planejamento. O relevo no quadro ambiental,
cartografia geomorfológica e diagnósticos ambientais. São Paulo: Contexto, 1990. 85p.
(Coleção Repensando a Geografia)
ROSS, J.L.S.; MOROZ, I.C. Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo. São
Paulo: Apoio FAPESP;IPT ; USP, 1997.234p.
174
ROSSI, M. Fatores formadores da paisagem litorânea: a bacia do Guaratuba, SP
Brasil. São Paulo, Universidade de São Paulo. 1999. 162p. Tese (Doutorado em
Geografia Física) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de
São Paulo, 1999.
ROSSI, M.; QUEIROZ NETO, J.P. Os solos como indicadores das relações entre
sedimentos continentais e marinhos na planície costeira: Rio Guaratuba (SP). Revista
Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v.25, p.113-120, 2001.
SALLUN, A.E.M.; SUGUIO, K; TATUMI, S.H.; YEE, M.; SANTOS, J. BARRETO, A.M.F.
Datação absoluta de depósitos quaternários brasileiros por luminescência. Revista
Brasileira de Geociências, Curitiba v. 37, p. 402-413, 2007.
SANTOS, E.O. Características Climáticas. In: AZEVEDO, A. Baixada Santista: As
Bases Físicas. São Paulo: EDUSP, v.1, 1965. p. 96-150.
SANTOS, R.D.; LEMOS, R.C.; SANTOS, H.G.; KER, J.C.; ANJOS, L.H.C. Manual de
descrição e coleta de solo no campo. 5. ed. Viçosa: Sociedade Brasileira de Ciência
do Solo, 2005. 100p.
SCHEEL-YBERT, R. Vegetation stability in the Southeastern Brazilian coastal area from
5,500 to 1,400 14C yers B.P. deduced from charcoal analysis. Review of Paleobotany
and Palynology, Bethesda, v.110, p.111-138, 2000.
SCHEEL-YBERT, R.; GOUVEIA, S.E.M.; PESSENDA, L.C.R.; ARAVENA, R.;
COUTINHO, L.M.; BOULET, R. Holocene palaeoenvironmental evolution in the São
Paulo State (Brazil), base don anthracology and soil
13
C analysis. The Holocene,
London, v. 13, p. 73-81, 2003.
SCHWARTZ, D. Some podzols on bateke sands and their origins, people’s republic of
Congo. Geoderma, Amsterdam, v. 43, p. 229-247, 1988.
SETZER, J. Atlas climático e ecológico do Estado de São Paulo. São Paulo:
Centrais Elétricas de São Paulo, 1966. 61p.
SOUZA C.R. de G. Considerações sobre os Processos Sedimentares Quaternários
e Atuais na Região de Caraguatatuba, Litoral Norte do Estado de São Paulo.1990.
314p. Dissertação (Mestrado) - Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo,
São Paulo, 1990.
SOUZA, C.R. de G. As Células de Deriva Litorânea e a Erosão nas Praias do Estado
de São Paulo. 1997. 2v. Tese (Doutorado) - Instituto de Geociências, Universidade de
São Paulo, São Paulo, 1997.
SOUZA, C.R. de G. Coastal erosion risk assessment, shoreline retreat rates and causes
of coastal erosion along the State of São Paulo coast, Brazil. Revista Pesquisas em
Geociências, Porto Alegre, v. 28, n. 2, p. 459-475, 2001
175
SOUZA, C.R. de G. Ambientes sedimentares de planície costeira e baixa-média Encosta
em Bertioga (SP). ABEQUA, In: CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
ESTUDOS DO QUATERNÁRIO, 11., 2007. Belém. Anais... Belém, 2007. 1 CD-ROM.
SOUZA, C. R. de G.; HIRUMA, S.T; MARTINS, SALLUN; A.E.M.; RIBEIRO, R. R.;
SOBRINHO, J.M.A. “Restinga”: Conceitos e empregos do termo no Brasil e
implicações na legislação ambiental. São Paulo: Instituto Geológico, 2008. 104 p.
SOUZA, C.R. de G.; SUGUIO, K.; OLIVEIRA, A.M.S.; OLIVEIRA, P.E.de (Eds.).
Quaternário do Brasil. Ribeirão Preto, HOLOS EDITORA, 382p. 2005a.
SOUZA, C.R. de; SOUZA FILHO, P.W.M. e; ESTEVES, L.S.; VITAL, H.; DILLEMBURG,
S.R.; PATCHINEELAM, S.M.; ADDAD, J.E. Praias e erosão costeira. In: C.R. de G.
SOUZA (Ed.). Quaternário do Brasil. Ribeirão Preto:Holos Editora, 2005b. p.114-129.
SOUZA, C.R. de G.; LOPES, E.A.; XAVIER, A.F. Mapa de vegetação nativa de planície
costeira e baixa-média encosta e estados de alteração, para o Litoral Norte de São
Paulo (Projeto SIIGAL). In: SIMPÓSIO REGIONAL DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS
DEGRADADAS, 2005. São Vicente . Anais…São Vicente , 2005c. 1 CD-ROM
SOUZA, C.R. de G.; SUGUIO, K. The coastal erosion risk zoning and the State of São
Paulo Plan for Coastal Management. Journal of Coastal Research, Tallahassee, v. 35,
p. 530-547, 2003.
SOUZA, C.R. de G.; SUGUIO, K. Coastal erosion and beach morphodynamics along the
state of São Paulo (SE Brazil). Anais da Academia Brasileira de Ciências, Rio de
Janeiro, v. 68, p. 405-424, 1996.
SOUZA-JÚNIOR, V.S. DE. Mineralogia de solos e ambientes de sedimentação em
manguezais do Estado de São Paulo. 2006, 99p. Tese (Doutorado em Agronomia:
Solos e Nutrição de Plantas) Escola Superior de Agricultura ―Luis de Queiroz‖,
Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2006.
SRIVASTAVA P.; BROOK G.A.; MARAIS E.; MORTHEKAI P.; SINGHVI A.K.
Depositional nvironment and OSL chronology of the Homeb silt deposits, Kuiseb River,
Namíbia. Quaternary Research,v 65, p.478-491, 2006.
SUGUIO, K. Introdução à Sedimentologia. São Paulo: Ed. Edgard Blucher, 1973.
317p.
SUGUIO, K. Studies on continental and coastal paleoclimates during the last 60,000
years in Brazil. In: REGIONAL CONFERENCE ON GLOBAL CHANGE, 1995, São Paulo
BOOK OF ABSTRACTS…São Paulo, 1995. p. 43-47.
SUGUIO, K. Dicionário de Geologia Sedimentar e áreas afins. Rio de Janeiro:
BERTRAND BRASIL, 1998. 1.222p.
176
SUGUIO, K. Geologia do Quaternário e Mudanças Ambientais: (passado + presente
= futuro?). São Paulo: PAULO’S COMUNICAÇÃO e ARTES GRÁFICAS, 2001. 366p
SUGUIO, K.; MARTIN, L. Brazilian Coastline Quaternary Formations The State of São
Paulo and Bahia Littoral Zone Evolutive Scheme. São Paulo, Intern. IN: SYMPOSIUM
ON CONTINENTAL MARGINS OF ATLANTIC TYPE. Octobre, 1975. Anais Academia
Brasileira de Ciências , Rio de Janeiro., v. 48 (suplemento), p. 325-334, 1975.
SUGUIO, K.; MARTIN, L. Mecanismos de gênese das planícies sedimentares
quaternárias do litoral do estado de São Paulo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
GEOLOGIA, 29.,1976. Anais... Ouro Preto. v.1, parte 2., 1976. p.295-305
SUGUIO, K.; MARTIN, L. Formações quaternárias marinhas do litoral paulista e sul
fluminense. In: INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON COASTAL EVOLUTION IN THE
QUATERNARY, 1978. São Paulo. Special Publication.. . São Paulo: IGCB/IG-
USP/SBG, 1978a. 55 p.
SUGUIO, K.; MARTIN, L. Mapas geológicos da planície costeira do Estado de São
Paulo e sul do Rio de Janeiro (1:100.000). São Paulo: DAEE/Secret. de Obras e Meio
Ambiente. Gov. Do Estado de São Paulo, 1978b.
SUGUIO, K.; MARTIN, L. Classificação de Costa e Evolução Geológica das Planícies
Litorâneas Quaternárias do Sudeste e Sul do Brasil. In: SIMPÓSIO SOBRE
ECOSSISTEMA DA COSTA SUL E SUDESTE BRASILEIRA. v. 1. 1987, Cananéia,
Anais... Cananéia, 1987.
SUGUIO, K.; MARTIN, L. Geomorfologia das restingas. In: SIMPÓSIO DE
ECOSSISTEMAS DA COSTA SUL E SUDESTE BRASILEIRA, 2., 1990. Águas de
Lindóia. Anais... ACIESP 71-3, v. 3. 1990. p.185-205.
SUGUIO, K.; MARTIN, L. Geologia do Quaternário. In: FALCONI, F.F.; NIGRO JR.,A.
(Ed.). Solos do litoral de São Paulo. Santos : ABMS/ASSECOB, 1994. 87p.
SUGUIO, K.; ÂNGULO, R.J.; CARVALHO, A.M.; CORRÊA, I.C.S.; TOMAZELLI, L.J.;
WILLWOCK.; VITAL., H. Paleoníveis do mar e paleolinhas de costa. In: SOUZA, C.R. de
G. (Ed.) Quaternário do Brasil. Ribeirão Preto: Holos Editora, 2005. p.114-129.
SUGUIO, K.; MARTIN, L.; BITTENCOURT, A. C. S. P.; DOMINGUEZ, J. M. L.; FLEXOR,
J. M.; AZEVEDO, A. E. G. Flutuações do nível relativo do mar durante o Quaternário
superior ao longo do litoral brasileiro e suas implicações na sedimentação costeira.
Revista Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 15, p. 273-286, 1985.
SUGUIO, K.; MARTIN, L.; FLEXOR. Les variations relatives du niveau moyen de la mer
au Quaternaire recent dans la region de Cananéia-Iguape (São Paulo). Boletim do
Instituo de Geociências, São Paulo, v. 7; p.113-129, 1976.
177
SUGUIO, K; PETRI, S. Stratigraphy of the Iguape-Cananéia Lagoonal Region
Sedimentary Deposits, São Paulo State (Brazil. Part I: Field Onservations and Grain Size
Analysis. São Paulo, Boletim do Instituto de Geociências, São Paulo, v. 4, p.1-20,
1973.
SUGUIO, K.; TESSLER, M. G. Depósitos quaternários da planície costeira de Cananéia-
Iguape (SP). Publicação Especial Instituto Oceanográfico, n. 9, p. 1-33, 1992.
SUGUIO, K.; TESSLER, M. Planícies de cordões litorâneos quaternários do Brasil:
origem e nomenclatura. In: LACERDA, L. D.; ARAÚJO, D. S. D.; CERQUEIRA, R.;
TURCO, B. (Org.). Restingas: origem, estruturas, processos. Niterói: CEUFF1984. ,
p.15-25.
SPURR, S. H. Photogrammetry and Photointerpratation. 2
nd
ed. New York: Ronald
Press, 1960. 465p
TESSLER, M.G. Dinâmica Sedimentar Quaternária do Litoral Sul Paulista. 1988.
257p. Tese (Doutorado) - Instituto de Geociências - Universidade de São Paulo, 1988.
TATUMI, S.H.; KOWATA, E.A.; GOZZI, G.; KASSAB, L.R.P.; SUGUIO, K.; BARRETO,
A.M.F.; BEZERRA, F.H.R. Optical dating results of beachrock, eolic dunes and
sediments applied to sea-level changes study. Journal of Luminescence, Amsterdam,
v.102/103, p.562-565, 2003.
UCHOA, D.P. Arqueologia de Piraçaguera e Tenório: análise de dois tipos de sítios
pré-cerâmicos do litoral paulista.1973. 204p. Tese ( Doutorado na área de
Antropologia, Arqueologia e Etnologia) - Faculdade Filosofia Ciências e Letras de Rio
Claro, Rio Claro, 1973.
VALLADARES, G.S; GOMES, E.G.; MELLO, J.C.C.B.S.de.; PEREIRA, M.G.; ANJOS,
L.H.C. dos.; EBEING, A.G. e BENITES, V.M. Análise dos componentes principais e
métodos multicritério ordinais no estudo de Organossolos e solos afins. Revista
Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v.32, p.285-296, 2008.
VIDOTTO, E. Reconstrução paleoambiental (vegetação e clima) no Parque
Estadual da Ilha do Cardoso-SP durante o Quaternário Tardio. 2008. 210p. Tese
(Doutorado em Energia Nuclear na Agricultura e no Ambiente) - Centro de Energia
Nuclear na Agricultura, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2008.
VILLWOCK, J.A. Processos Costeiros e a Formação das Praias Arenosas e Campos de
Dunas ao Longo da Costa Sul e Sudeste Brasileira. In: SIMPÓSIO SOBRE
ECOSSISTEMA DA COSTA SUL E SUDESTE BRASILEIRA.1987. Cananéia Anais...
Cananéia-SP, 1987. v. 1, p. 382-428.
VILLWOCK, J.A.; LESSA, G.C.; SUGUIO, K.; ANGULO, R.J.; DILLENBURG, S.R.
Geologia e geomorfologia de regiões costeiras. In: SOUZA, C.R. de G. (Ed.)
Quaternário do Brasil. Ribeirão Preto: HOLOS EDITORA, 2005. p. 94-113.
178
WATANABE, S.; ORTEGA, N.R.S.; FERIA-AYTA, W.E., COAQUIRA, J.A.H.;
CORTEZÃO, S.U.; ARENAS, J.S.A. TL dating of sands from Ilha de Cananéia.
Radiation Measurements, London, v.27, p. 373-376, 1997
WINTLE A.G.; HUNTLEY D.J. 1980. Thermoluminescence dating of ocean sediments.
Canadian Journal of the Earth and Science,Bethesda, n.17, p.348-360, 1980.
179
ANEXOS
180
ANEXO A - Parâmetros estatísticos granulométricos dos sedimentos quaternários da planície costeira de Bertioga-SP
(continua)
ID
COORD.
UTM
(23K)
PERFIL
PROF.
(cm)
Parâmetros estatísticos
Folk e Ward (1957)
Méd.
Med.
Grau de
Seleção
Diagrama
Triangular
Larsonneur
Mz
Med.
S
KI
I
DEPÓSITOS MARINHOS ATUAIS (PRAIAS)
541
E 03878775
N 73646798
PC65a
0-8
2,79
2,79
0,30
0,29
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
542
8-25
2,97
2,80
0,58
0,43
AF
AF
BS
Areia
AL1e
543
25-30
2,78
2,78
0,30
0,29
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
544
30-54
3,01
2,82
0,58
0,46
AMF
AF
BS
Areia
AL1e
545
54-63
2,77
2,77
0,28
0,26
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
546
63-83
2,79
2,79
0,30
0,30
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
DEPÓSITOS MARINHOS HOLOCÊNICOS
405
E 0399635
N 7369058
PC20
0-20
2,70
2,75
-0,15
1,22
AF
AF
PS
Areia
AL1e
406
20-35
2,78
2,78
0,34
0,34
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
407
60-80
2,76
2,76
0,26
0,24
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
359
E 0412963
N 7372680
PC77
0-15
2,77
2,77
0,32
0,30
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
360
35-80
2,77
2,77
0,28
0,25
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
361
80-100
2,77
2,77
0,30
0,27
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
55
E0384672
N 7364560
P05
0-13
3,23
2,82
0,74
0,77
AMF
AF
MS
Areia
LL1a
56
13-(17-23)
2,76
2,76
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
57
(917-23)-29
2,76
2,76
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
58
29-36
2,75
2,75
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
59
36-42
2,76
2,76
0,36
0,35
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
60
42-(53-82)
2,76
2,76
0,34
0,32
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
61
51-93
2,77
2,77
0,37
0,39
AF
AF
BS
Areia
AL1e
62
93-114
2,75
2,75
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
63
114-129
2,76
2,76
0,37
0,40
AF
AF
BS
Areia
AL1e
64
129-150
2,78
2,78
0,39
0,46
AF
AF
BS
Areia
AL1e
65
160+
4,55
2,84
0,91
2,34
SG
AF
MPS
Areia Lamosa
LL1b
180
181
ANEXO A - Parâmetros estatísticos granulométricos dos sedimentos quaternários da planície costeira de Bertioga-SP
(continuação)
ID
COORD.
UTM
PERFIL
PROF.
(cm)
Parâmetros estatísticos
Folk e Ward (1957)
Méd.
Med.
Grau de
Seleção
Diagrama
Triangular
Larsonneur
Mz
Med.
S
KI
I
DEPÓSITOS MARINHOS HOLOCÊNICOS
68
E0384659
N 7364567
P06
0-8
2,78
2,78
0,38
0,44
AF
AF
BS
Areia
AL1e
69
8-13
2,77
2,77
0,38
0,42
AF
AF
BS
Areia
AL1e
70
13-19
2,76
2,76
0,37
0,39
AF
AF
BS
Areia
AL1e
71
19-26
2,75
2,75
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
72
26-37
2,76
2,76
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
73
37-59
2,76
2,76
0,36
0,35
AF
AF
BS
Areia
AL1e
74
58-74
2,76
2,76
0,35
0,33
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
75
74-84
2,76
2,76
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
76
84-100
2,76
2,76
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
108
E0387897
N 7364636
P09
0-7
3,24
3,25
0,22
0,46
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
109
7-15
3,22
3,23
0,14
0,44
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
110
15-(57-63)
3,21
3,21
-0,18
0,24
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
111
(57-63)-(73-82)
3,12
3,17
-0,25
0,29
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
112
73-94
3,03
3,06
-0,13
0,32
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
113
94-110+
3,12
3,16
-0,25
0,29
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
114
73-82
3,05
3,09
-0,17
0,32
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
116
E0387663
N 7365241
P10
0-14
3,08
3,10
0,18
0,50
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
117
14-(29-35)
3,05
3,08
-0,12
0,32
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
118
(29-35)-(53-71)
3,05
3,08
-0,13
0,32
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
119
(53-71)-(84-100)
3,06
3,10
-0,16
0,31
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
120
(84-100)-112
3,11
3,15
-0,23
0,30
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
121
112-122
3,08
3,12
-0,19
0,31
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
122
122-140
3,06
3,09
-0,15
0,32
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
123
140+
3,04
3,06
-0,09
0,32
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
124
P11
0-8
2,78
2,78
0,37
0,43
AF
AF
BS
Areia
AL1e
181
182
ANEXO A - Parâmetros estatísticos granulométricos dos sedimentos quaternários da planície costeira de Bertioga-SP
(continuação)
ID
COORD.
UTM
PERFIL
PROF.
(cm)
Parâmetros estatísticos
Folk e Ward (1957)
Méd.
Med.
Grau de
Seleção
Diagrama
Triangular
Larsonneur
Mz
Med.
S
KI
I
DEPÓSITOS MARINHOS HOLOCÊNICOS
125
E 0387699
N 7365140
P11
8-24
0,77
2,77
0,38
0,42
AF
AF
BS
Areia
AL1e
126
24-30
2,76
2,76
0,35
0,34
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
127
30-48
2,76
2,76
0,35
0,34
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
128
48-83
2,75
2,75
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
129
90-110
2,75
2,75
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
139
E 0400618
N 7369424
P13
0-12
2,75
2,75
-0,03
0,64
AF
AF
MS
Areia
AL1e
140
12-22
2,75
2,75
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
141
22-30
2,75
2,75
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
142
30-59
2,75
2,75
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
143
43-71
2,75
2,75
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
144
56-81
2,74
2,74
-0,38
0,42
AF
AF
BS
Areia
AL1e
145
65-110
2,73
2,73
-0,39
0,43
AF
AF
BS
Areia
AL1e
146
84-124
2,75
2,75
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
147
115-135
2,73
2,74
-0,38
0,40
AF
AF
BS
Areia
AL1e
398
E 0398983
N 7368499
PC16
0-12
2,76
2,76
0,30
0,29
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
399
12-22
2,77
2,77
0,30
0,28
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
400
22-34
2,77
2,77
0,30
0,28
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
401
34-49
2,76
2,76
0,27
0,25
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
402
49-68
2,77
2,77
0,29
0,27
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
403
68-87
2,76
2,76
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
404
87-120
2,78
2,78
0,30
0,29
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
DEPÓSITOS MARINHOS PLEISTOCÊNICOS BAIXOS
94
E 0384919
N 7364284
P07
12-17
2,79
2,79
0,38
0,44
AF
AF
BS
Areia
AL1e
95
17-(27-32)
2,76
2,76
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
96
(27-32)-(37-40)
2,76
2,76
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
182
183
ANEXO A - Parâmetros estatísticos granulométricos dos sedimentos quaternários da planície costeira de Bertioga-SP
(continuação)
ID
COORD.
UTM
PERFIL
PROF.
(cm)
Parâmetros estatísticos
Folk e Ward (1957)
Méd.
Med.
Grau de
Seleção
Diagrama
Triangular
Larsonneur
Mz
Med.
S
KI
I
DEPÓSITOS MARINHOS PLEISTOCÊNICOS BAIXOS
97
P07
(46-53)-89
2,77
2,77
0,37
0,39
AF
AF
BS
Areia
AL1e
98
89-106
2,76
2,76
0,36
0,35
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
99
E 0385023
N 7363714
P08
0-7
3,59
3,32
0,62
1,25
AMF
AMF
PS
Areia Lamosa
LL1b
100
7-11
3,13
3,18
0,07
0,46
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
101
11-(18-30)
3,12
3,17
-0,09
0,35
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
102
(18-30)-(35-48)
3,12
3,16
-0,22
0,31
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
103
(35-48)-74
3,08
3,12
-0,19
0,32
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
104
(60-74)-83
3,01
3,03
-0,05
0,32
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
105
83-103
2,96
2,92
0,23
0,45
AF
AF
BS
Areia
AL1e
106
(90-103)-117
2,99
2,98
0,03
0,34
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
107
117-150
3,05
3,07
0,07
0,40
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
148
E 0400994
N 7369968
P14
0-20
3,15
2,80
0,74
0,71
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
149
20-40
2,76
2,76
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
150
40-60
2,75
2,75
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
151
60-160
2,75
2,75
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
152
160-215
2,75
2,75
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
153
190-210
2,75
2,75
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
154
215-305
2,75
2,75
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
155
305-330
2,75
2,75
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
156
340-360
2,75
2,75
0,00
0,17
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
157
360-400
2,75
2,75
0,00
0,17
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
158
E 0401004
N 7369926
P15
0-20
2,77
2,77
0,38
0,43
AF
AF
BS
Areia
AL1e
159
20-32
2,76
2,76
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
160
32-77
2,75
2,75
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
161
77-97
2,75
2,75
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
183
184
ANEXO A - Parâmetros estatísticos granulométricos dos sedimentos quaternários da planície costeira de Bertioga-SP
(continuação)
ID
COORD.
UTM
PERFIL
PROF.
(cm)
Parâmetros estatísticos
Folk e Ward (1957)
Méd.
Med.
Grau de
Seleção
Diagrama
Triangular
Larsonneur
Mz
Med.
S
KI
I
DEPÓSITOS MARINHOS PLEISTOCÊNICOS BAIXOS
162
E 0401004
N 7369926
P15
90-121
2,76
2,76
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
163
121-175
2,75
2,75
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
164
134-193
2,76
2,76
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
165
193-253
2,76
2,76
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
166
253-300
2,75
2,75
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
DEPÓSITOS MARINHOS PLEISTOCÊNICOS ALTOS
443
E 0390865
N 7369969
PC38
0-10
2,79
2,79
0,31
0,32
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
444
45-80
2,77
2,77
0,28
0,26
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
445
80-100
2,77
2,77
0,33
0,32
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
446
150-170
2,78
2,78
0,37
0,39
AF
AF
BS
Areia
AL1e
447
190,00
2,78
2,78
0,37
0,41
AF
AF
BS
Areia
AL1e
473
E 0412916
N 7373686
PC75
0-15
3,00
2,79
0,66
0,60
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
474
50-80
3,19
2,84
0,79
1,24
AMF
AF
PS
Areia
LL1a
533
E 0383644
N 7364865
PC127
18-41
3,02
2,79
0,75
1,11
AMF
AF
PS
Areia
AL1e
534
80-100
3,14
2,82
0,78
1,27
AMF
AF
PS
Areia
AL1e
535
180-200
3,11
2,82
0,78
1,25
AMF
AF
PS
Areia
AL1e
1
E 0383341
N 7364797
P01
0-6
3,26
3,23
0,27
0,60
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
2
6-13
3,10
3,15
-0,06
0,42
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
3
13-35
3,09
3,14
-0,10
0,40
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
4
25-71
3,11
3,16
-0,10
0,38
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
5
106-180
2,97
3,00
-0,11
0,44
AF
AF
BS
Areia
AL1e
6
94-113
2,98
2,98
-0,07
0,40
AF
AF
BS
Areia
AL1e
7
71-82
3,41
3,16
0,57
1,36
AMF
AMF
PS
Areia
LL1a
8
73-91
3,35
3,13
0,56
1,31
AMF
AMF
PS
Areia
LL1a
9
82-119
3,00
3,01
0,09
0,53
AF
AMF
MS
Areia
AL1e
184
185
ANEXO A - Parâmetros estatísticos granulométricos dos sedimentos quaternários da planície costeira de Bertioga-SP
(continuação)
ID
COORD.
UTM
PERFIL
PROF.
(cm)
Parâmetros estatísticos
Folk e Ward (1957)
Méd.
Med.
Grau de
Seleção
Diagrama
Triangular
Larsonneur
Mz
Med.
S
KI
I
DEPÓSITOS MARINHOS PLEISTOCÊNICOS ALTOS
10
E 0383341
N 7364797
P01
107-125
2,99
2,99
0,05
0,47
AF
AF
BS
Areia
AL1e
11
135-170
2,75
2,75
-0,02
0,69
AF
AF
MS
Areia
AL1e
12
89-125
3,01
3,02
0,13
0,60
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
13
120-142
3,16
3,12
0,40
1,20
AMF
AMF
PS
Areia
AL1e
14
105-125
2,95
2,96
-0,14
0,42
AF
AF
BS
Areia
AL1e
15
125-180
3,00
3,03
-0,06
0,45
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
16
122-144
3,03
3,05
0,10
0,58
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
66
132-170
2,97
2,98
0,08
0,55
AF
AF
MS
Areia
AL1e
17
153-180
2,98
2,99
0,09
0,55
AF
AF
MS
Areia
AL1e
18
157-180
3,00
3,02
0,06
0,54
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
20
...
2,74
2,74
-0,38
0,41
AF
AF
BS
Areia
AL1e
21
E 0383330
N 7364836
P02
0-8
2,74
2,74
-0,06
0,65
AF
AF
MS
Areia
AL1e
22
8-25
2,75
2,75
-0,15
0,69
AF
AF
MS
Areia
AL1e
23
25-38
2,75
2,75
-0,02
0,66
AF
AF
MS
Areia
AL1e
24
38-94
2,75
2,75
-0,01
0,67
AF
AF
MS
Areia
AL1e
25
94-140
2,76
2,76
-0,01
0,65
AF
AF
MS
Areia
AL1e
26
140-160
2,76
2,76
0,36
0,38
AF
AF
BS
Areia
AL1e
27
160-175
2,74
2,74
-0,02
0,69
AF
AF
MS
Areia
AL1e
19
175+
2,74
2,74
-0,40
0,48
AF
AF
BS
Areia
AL1e
28
...
2,77
2,77
0,39
0,46
AF
AF
BS
Areia
AL1e
29
E 0384576
N 7364717
P03
...
2,76
2,76
0,37
0,39
AF
AF
BS
Areia
AL1e
30
12-27
2,76
2,76
0,37
0,41
AF
AF
BS
Areia
AL1e
31
25-57
2,75
2,75
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
32
47-57
2,78
2,79
0,45
0,96
AF
AF
MS
Areia
AL1e
185
186
ANEXO A - Parâmetros estatísticos granulométricos dos sedimentos quaternários da planície costeira de Bertioga-SP
(continuação)
ID
COORD.
UTM
PERFIL
PROF.
(cm)
Parâmetros estatísticos
Folk e Ward (1957)
Méd.
Med.
Grau de
Seleção
Diagrama
Triangular
Larsonneur
Mz
Med.
K
G
S
KI
I
DEPÓSITOS MARINHOS PLEISTOCÊNICOS ALTOS
33
E 0384576
N 73647170
P03
52-75
2,79
2,79
3,26
0,39
0,46
AF
AF
BS
Areia
AL1e
34
63-80
2,79
2,79
7,56
0,45
0,96
AF
AF
MS
Areia
LL1a
35
55-95
2,78
2,78
7,48
0,45
0,96
AF
AF
MS
Areia
LL1a
36
126-150
3,12
2,77
5,02
0,36
1,01
AMF
AF
PS
Areia
LL1a
37
73-112
2,76
2,76
5,40
0,02
0,70
AF
AF
MS
Areia
AL1e
38
78-101
2,74
2,74
4,62
-0,09
0,58
AF
AF
MS
Areia
AL1e
39
82-85
2,76
2,76
5,38
0,03
0,69
AF
AF
MS
Areia
AL1e
40
95-126
2,75
2,75
5,12
-0,01
0,67
AF
AF
MS
Areia
AL1e
41
85-180
2,15
2,69
4,25
-0,45
1,08
AF
AF
PS
Areia
AL1e
42
130-150
2,76
2,76
8,82
0,22
1,25
AF
AF
PS
Areia
LL1a
43
54-120
2,77
2,77
3,24
0,39
0,46
AF
AF
BS
Areia
AL1e
44
155-180
2,20
2,71
4,65
-0,45
1,06
AF
AF
PS
Areia
AL1e
45
54-112
2,79
2,79
3,20
0,39
0,47
AF
AF
BS
Areia
LL1a
46
E 03845649
N 73646070
P04
0-15
3,10
3,16
1,42
-0,09
0,45
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
47
15-41
3,09
3,15
1,23
-0,22
0,40
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
48
41-71
3,10
3,16
1,27
-0,21
0,41
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
49
71-153
3,10
3,16
1,02
-0,20
0,34
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
50
153-157
3,41
3,21
4,62
0,59
1,25
AMF
AMF
PS
Areia
LL1a
51
158-165
3,43
3,23
4,74
0,59
1,25
AMF
AMF
PS
Areia
LL1a
52
156-205
3,19
3,19
1,93
0,22
0,57
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
53
158-205
3,09
3,13
1,56
0,13
0,51
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
54
165-205
3,05
3,09
1,30
-0,01
0,47
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
130
E 0387720
N 7365158
P12
18-26
2,21
2,71
3,04
-0,77
0,84
AF
AF
MS
Areia
AL1e
131
26-37
2,73
2,73
3,15
-0,38
0,45
AF
AF
BS
Areia
AL1e
132
37-50
2,73
2,73
3,18
-0,38
0,44
AF
AF
BS
Areia
AL1e
186
187
ANEXO A - Parâmetros estatísticos granulométricos dos sedimentos quaternários da planície costeira de Bertioga-SP
(continuação)
ID
COORD.
UTM
PERFIL
PROF.
(cm)
Parâmetros estatísticos
Folk e Ward (1957)
Méd.
Med.
Grau de
Seleção
Diagrama
Triangular
Larsonneur
Mz
Med.
K
G
S
KI
I
DEPÓSITOS MARINHOS PLEISTOCÊNICOS ALTOS
134
E 0387720
N 7365158
P12
59-(73-89)
3,18
2,78
4,65
0,35
1,04
AMF
AF
PS
Areia
LL1a
135
113-150
2,78
2,78
3,05
0,38
0,44
AF
AF
BS
Areia
AL1e
136
150
2,76
2,76
0,74
0,00
0,16
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
137
75-134
3,18
2,78
4,63
0,35
1,05
AMF
AF
PS
Areia
LL1a
167
E 0383338
N 7364832
P16
0-13
3,06
3,09
1,59
0,07
0,62
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
168
13-28
3,05
3,09
1,59
0,05
0,61
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
169
28-(35-63)
3,02
3,06
1,45
0,01
0,55
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
170
(35-63) - (60-82)
2,96
2,99
1,09
-0,12
0,47
AF
AF
BS
Areia
AL1e
171
(60-82) (67-84)
2,99
3,01
1,21
-0,06
0,51
AF
AMF
MS
Areia
AL1e
172
(67-84)-(74-90)
3,02
3,05
1,44
0,02
0,56
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
173
(74-90)-116
3,02
3,05
1,49
0,06
0,57
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
174
116-(127-140)
3,04
3,08
1,71
0,09
0,62
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
175
114-128
3,02
3,04
1,69
0,11
0,66
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
176
127-153
3,02
3,05
1,35
0,03
0,51
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
177
126-152
3,02
3,04
1,50
0,08
0,57
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
178
140-200
3,00
3,00
1,36
0,11
0,52
AF
AF
MS
Areia
AL1e
179
161-180
2,99
3,02
1,05
-0,15
0,45
AF
AMF
BS
Areia
AL1e
180
180-200
3,04
3,08
1,38
0,00
0,53
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
181
155-158
2,99
3,01
1,25
-0,03
0,51
AF
AMF
MS
Areia
AL1e
294
E 0406430
N 7372639
P33
0-25
3,08
3,13
1,11
-0,03
0,38
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
295
25-45
3,07
3,11
0,81
-0,16
0,33
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
296
45-(80-95)
3,06
3,09
0,77
-0,16
0,33
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
297
(80-95)-260
3,05
3,09
0,77
-0,16
0,32
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
298
260-270
3,07
3,11
0,78
-0,17
0,32
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
299
270-310
3,05
3,08
0,88
-0,02
0,36
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
187
188
ANEXO A - Parâmetros estatísticos granulométricos dos sedimentos quaternários da planície costeira de Bertioga-SP
(continuação)
ID
COORD.
UTM
PERFIL
PROF.
(cm)
Parâmetros estatísticos
Folk e Ward (1957)
Méd.
Med.
Grau de
Seleção
Diagrama
Triangular
Larsonneur
Mz
Med.
K
G
S
KI
I
DEPÓSITOS MARINHOS PLEISTOCÊNICOS ALTOS
300
P33
310-340
3,19
3,21
1,53
-0,02
0,35
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
301
E 0412148
N 7376297
P34
0-10
3,28
3,26
1,90
0,21
0,44
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
302
10-34
3,24
3,24
1,42
0,01
0,34
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
303
34-(127-140)
3,25
3,25
1,39
0,03
0,33
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
304
(127-140)-150
3,31
3,25
2,30
0,33
0,55
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
305
150-170
3,21
3,23
2,28
0,17
0,50
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
306
160+
3,17
3,20
1,87
0,08
0,44
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
307
160+
3,22
3,24
2,32
0,18
0,49
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
328
E 0390873
N 7369977
P38
0-15
3,08
3,11
1,38
0,13
0,48
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
329
15-(50-85)
3,06
3,08
0,89
-0,04
0,36
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
330
70-120
3,04
3,06
0,81
-0,05
0,35
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
331
120-180
3,04
3,06
0,79
-0,06
0,34
AMF
AMF
MBS
Areia
AL1e
332
(30-35) - (50-65)
3,07
3,10
1,09
0,05
0,41
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
333
(50-70 - (90-110)
3,05
3,07
0,94
0,02
0,38
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
334
(110-150) - (125-140)
3,08
3,11
1,23
0,09
0,44
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
335
140-180
3,26
3,17
1,52
0,32
0,62
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
336
140-180
3,09
3,11
4,23
0,36
1,08
AMF
AMF
PS
Areia
AL1e
337
90-110
3,07
3,10
1,04
0,03
0,39
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
338
125-140
3,06
3,08
1,00
0,03
0,39
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
339
155-165
3,05
3,07
0,98
0,04
0,39
AMF
AMF
BS
Areia
AL1e
340
180-170
3,07
3,09
1,56
0,20
0,52
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
DEPÓSITOS FLUVIOMARINHOS
412
E 0401085
N 7370679
PC31a
0-8
3,64
3,62
1,52
0,32
1,37
AMF
AMF
PS
Areia Lamosa
LL1b
413
8-15
3,14
2,88
0,92
0,64
0,68
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
414
15-30
3,13
2,89
0,90
0,62
0,65
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
415
30-50
2,79
2,79
2,30
0,34
0,36
AF
AF
BS
Areia
AL1e
188
189
ANEXO A - Parâmetros estatísticos granulométricos dos sedimentos quaternários da planície costeira de Bertioga-SP
(continuação)
ID
COORD.
UTM
PERFIL
PROF.
(cm)
Parâmetros estatísticos
Folk e Ward (1957)
Méd.
Med.
Grau de
Seleção
Diagrama
Triangular
Larsonneur
Mz
Med.
K
G
S
KI
I
DEPÓSITOS FLUVIOMARINHOS
416
E 0401085
N 7370679
PC31a
70-90
3,08
2,85
0,89
0,63
0,59
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
417
0-20
3,38
3,52
0,87
-0,08
0,68
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
418
20-40
3,45
3,59
0,87
-0,09
0,71
AMF
AMF
MS
Areia
LL1a
419
40-60
3,18
2,92
0,87
0,62
0,70
AMF
AF
MS
Areia
LL1a
420
60-80
3,13
2,88
0,92
0,64
0,67
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
421
E 0401038
N 7370622
PC32a
0-20
3,16
2,95
0,77
0,54
0,61
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
422
20-40
3,11
2,87
0,84
0,62
0,61
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
423
40-60
3,15
2,94
0,76
0,54
0,60
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
424
60-80
3,08
2,85
0,77
0,61
0,56
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
425
E 0401038
N 7370622
PC32b
0-10
2,75
2,75
2,82
-0,01
0,41
AF
AF
BS
Areia
AL1e
426
40-60
2,77
2,77
1,85
0,30
0,29
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
427
120-130
2,77
2,77
2,00
0,32
0,30
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
428
130-150
2,77
2,77
1,85
0,30
0,28
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
DEPÓSITOS CONTINENTAIS
DEPÓSITOS COLÚVIO-ALUVIAIS ALTOS
448
E 3906967
N 7369843
PC39
0-11
4,87
3,69
1,33
0,64
2,32
SG
AMF
MPS
Areia Lamosa
LL1b
449
11-41
4,96
3,78
0,49
0,62
2,36
SG
AMF
MPS
Areia Lamosa
LL1b
450
41-59
3,48
2,97
1,90
0,78
1,47
AMF
AF
PS
Areia Lamosa
LL1b
451
59-79
3,17
2,94
2,21
0,70
1,20
AMF
AF
PS
Areia
AL1e
452
79-98-(140)
3,10
2,86
2,37
0,73
1,13
AMF
AF
PS
Areia
AL1e
453
140+
3,04
2,83
1,74
0,58
0,48
AMF
AF
BS
Areia
AL1e
341
E 3905148
N 7369686
PC40
0-20
5,67
4,64
0,62
0,52
2,09
SM
SG
MPS
Lama
LL1c
342
40-60
5,90
4,99
0,52
0,52
1,98
SM
SG
PS
Lama
LL1c
367
E 0415082
N 7376438
PC90
0-15
5,05
4,28
1,47
0,35
2,43
SM
SG
MPS
Lama arenosa
LL1b
368
15-29
4,98
4,19
1,46
0,36
2,45
SG
SG
MPS
Lama arenosa
LL1b
189
190
ANEXO A - Parâmetros estatísticos granulométricos dos sedimentos quaternários da planície costeira de Bertioga-SP
(continuação)
ID
COORD.
UTM
PERFIL
PROF.
(cm)
Parâmetros estatísticos
Folk e Ward (1957)
Méd.
Med.
Grau de
Seleção
Diagrama
Triangular
Larsonneur
Mz
Med.
K
G
S
KI
I
DEPÓSITOS COLÚVIO-ALUVIAIS ALTOS
369
E 0415082
N 7376438
PC90
29-47
4,90
4,00
1,44
0,41
2,46
SG
SG
MPS
Lama arenosa
LL1b
370
50-70
4,76
3,64
1,45
0,51
2,47
SG
AMF
MPS
Areia Lamosa
LL1b
371
100-120
1,70
1,70
0,95
0,06
1,28
AMF
AMF
PS
Areia
AL1d
513
E 0402754
N 7374252
PC94
0-12
5,10
4,29
0,58
0,34
2,52
SM
SG
MPS
Lama arenosa
LL1b
514
12-28
4,95
3,93
1,35
0,45
2,52
SG
AMF
MPS
Areia Lamosa
LL1b
515
28-45
3,16
2,88
1,78
0,46
1,78
AMF
AF
PS
Areia Lamosa
LL1b
516
45-60
3,21
2,95
1,72
0,34
1,96
AMF
AF
PS
Areia Lamosa
LL1b
375
E 0410345
N 7377278
PC114
0-14
4,29
2,89
1,76
0,66
2,62
SG
AF
MPS
Areia Lamosa
LL1b
376
14-30
3,16
2,84
2,24
0,50
1,76
AMF
AF
PS
Areia
LL1a
377
30-60
2,72
2,73
3,16
0,11
0,88
AF
AF
MS
Areia
AL1e
378
E 0393943
N 7370861
PC115
0-12
5,17
4,35
2,20
0,45
2,23
SM
SG
MPS
Lama arenosa
LL1b
379
12-50
5,02
4,11
2,02
0,51
2,24
SM
SG
MPS
Lama arenosa
LL1b
380
50-90
3,88
3,89
1,43
0,27
1,48
AMF
AMF
PS
Areia Lamosa
LL1b
381
90-106
4,98
3,97
1,38
0,56
2,28
SG
AMF
MPS
Areia Lamosa
LL1b
382
106-129
5,46
4,48
2,44
0,51
2,13
SM
SG
MPS
Lama arenosa
LL1b
383
129-153
5,55
4,57
0,61
0,49
2,16
SM
SG
MPS
Lama
LL1c
384
153-170
5,32
4,52
0,58
0,42
2,32
SM
SG
MPS
Lama arenosa
LL1b
385
170-200
5,88
4,84
0,50
0,69
1,84
SM
SG
PS
Lama
LL1c
386
200-240
5,93
4,89
0,49
0,69
1,82
SM
SG
PS
Lama
LL1c
387
240-260
3,19
2,96
2,02
0,67
1,17
AMF
AF
PS
Areia
AL1e
388
260-300
3,11
2,89
0,66
0,56
0,54
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
389
E 0394527
N 7371037
PC117
0-12
5,71
4,63
0,57
0,68
1,85
SM
SG
PS
Lama
LL1c
390
12-25
5,73
4,65
0,54
0,72
1,82
SM
SG
PS
Lama
LL1c
391
25-60
5,76
4,68
0,56
0,66
1,88
SM
SG
PS
Lama
LL1c
392
60-80
5,89
4,83
0,50
0,70
1,83
SM
SG
PS
Lama
LL1c
190
191
ANEXO A - Parâmetros estatísticos granulométricos dos sedimentos quaternários da planície costeira de Bertioga-SP
(continuação)
ID
COORD.
UTM
PERFIL
PROF.
(cm)
Parâmetros estatísticos
Folk e Ward (1957)
Méd.
Med.
Grau de
Seleção
Diagrama
Triangular
Larsonneur
Mz
Med.
K
G
S
KI
I
DEPÓSITOS COLÚVIO-ALUVIAIS ALTOS
308
E 0410860
N 7377026
P35
0-15
3,84
3,79
1,87
0,29
1,46
AMF
AMF
PS
Areia Lamosa
LL1b
309
15-23
3,77
3,71
1,78
0,31
1,49
AMF
AMF
PS
Areia Lamosa
LL1b
310
23-47
3,65
3,52
2,08
0,40
1,44
AMF
AMF
PS
Areia Lamosa
LL1b
311
47-84
3,72
3,64
1,98
0,34
1,44
AMF
AMF
PS
Areia Lamosa
LL1b
312
84-110
3,71
3,69
1,85
0,24
1,58
AMF
AMF
PS
Areia Lamosa
LL1b
313
110-130
2,60
2,40
1,11
0,29
1,12
AF
AF
PS
Areia
AL1e
314
130-150
5,02
3,99
2,09
0,53
2,23
SM
AMF
MPS
Areia Lamosa
LL1b
315
150-180
4,92
4,11
1,55
0,29
2,61
SG
SG
MPS
Lama arenosa
LL1b
316
180-220
1,63
1,30
1,63
0,57
1,16
AMF
AMF
PS
Areia
AL1d
354
E 4107907
N 7377133
PC72
0-20
3,70
3,65
1,58
0,27
1,56
AMF
AMF
PS
Areia Lamosa
LL1b
355
20-40
3,07
2,82
2,73
0,63
1,26
AMF
AF
PS
Areia
AL1e
356
40-60
3,06
2,82
2,88
0,64
1,24
AMF
AF
PS
Areia
AL1e
357
60-80
3,88
3,93
1,50
0,24
1,44
AMF
AMF
PS
Areia Lamosa
LL1b
358
130
3,57
3,50
1,97
0,31
1,48
AMF
AMF
PS
Areia Lamosa
LL1b
DEPÓSITOS FLUVIAIS HOLOCÊNICOS ATUAIS
429
E 4010590
N 7370575
PC33
0-7
3,19
2,99
1,05
0,32
0,78
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
430
7-16
3,08
2,84
0,94
0,65
0,61
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
431
16-25
3,15
2,93
0,77
0,57
0,61
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
432
25-37
3,38
3,53
0,88
-0,10
0,67
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
433
37-65
3,38
3,51
0,87
-0,07
0,67
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
434
65-90
3,18
2,97
0,88
0,56
0,67
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
435
100-120
2,79
2,79
1,90
0,31
0,31
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
436
E 0399066
N 7371763
PC34
0-18
3,56
3,57
1,88
0,31
1,32
AMF
AMF
PS
Areia
LL1a
437
18-30
3,53
3,54
2,01
0,32
1,31
AMF
AMF
PS
Areia
LL1a
438
30-60
3,18
2,97
0,87
0,56
0,66
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
191
192
ANEXO A - Parâmetros estatísticos granulométricos dos sedimentos quaternários da planície costeira de Bertioga-SP
(continuação)
ID
COORD.
UTM
PERFIL
PROF.
(cm)
Parâmetros estatísticos
Folk e Ward (1957)
Méd.
Med.
Grau de
Seleção
Diagrama
Triangular
Larsonneur
Mz
Med.
K
G
S
KI
I
DEPÓSITOS FLUVIAIS HOLOCÊNICOS ATUAIS
439
E 0399066
N 7371763
PC34
120-130
5,09
4,25
2,17
0,48
2,21
SM
SG
MPS
Lama arenosa
LL1b
440
150-170
3,18
2,96
0,83
0,55
0,65
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
441
E 3990669
N 7371752
PC35
0-10
3,90
4,18
1,65
-0,11
1,80
AMF
SG
PS
Lama arenosa
LL1b
442
60-80
3,13
2,90
0,83
0,60
0,63
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
454
E 0404303
N 7374454
PC59
0-10
3,82
3,91
1,50
0,14
1,56
AMF
AMF
PS
Areia Lamosa
LL1b
455
10-20
3,64
3,56
1,64
0,29
1,58
AMF
AMF
PS
Areia Lamosa
LL1b
456
20-60
3,33
2,95
2,12
0,65
1,44
AMF
AF
PS
Areia
LL1a
457
60-80
3,45
2,98
1,68
0,64
1,58
AMF
AF
PS
Areia Lamosa
LL1b
348
E 0404508
N 7373977
PC62
0-10
3,14
2,97
1,22
0,28
1,99
AMF
AF
PS
Areia Lamosa
LL1b
349
30-60
2,06
2,65
1,09
-0,07
2,93
AF
AF
MPS
Areia Lamo-cascalho
LL1b
350
E 0404620
N 7373900
PC63
0-10
2,73
2,58
0,94
0,30
2,26
AF
AF
MPS
Areia Lamosa
LL1b
351
30-60
0,49
0,75
0,63
-0,12
1,45
AG
AG
PS
Areia Cascalhosa
AL1b
489
E 0402880
N 7371956
PC85
0-10
3,49
3,61
2,15
0,19
1,24
AMF
AMF
PS
Areia
LL1a
490
80-100
3,13
2,90
0,74
0,58
0,59
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
491
24-80
3,13
2,90
0,74
0,58
0,59
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
492
10-24
3,14
2,94
1,80
0,32
1,88
AMF
AF
PS
Areia Lamosa
LL1b
517
E 0402195
N 7377028
PC97c
0-16
2,77
2,77
3,40
0,08
0,49
AF
AF
BS
Areia
AL1e
518
16-35
2,77
2,77
1,86
0,30
0,28
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
519
35-60
2,77
2,77
2,00
0,32
0,30
AF
AF
MBS
Areia
AL1e
520
150-170
3,42
2,95
1,72
0,78
1,42
AMF
AF
PS
Areia Lamosa
LL1b
510
E 0402162
N 7370966
PC98
0-15
3,15
2,91
1,05
0,38
0,77
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
511
40-70
3,16
2,91
0,90
0,63
0,68
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
512
70-100
3,42
3,58
2,03
0,13
1,16
AMF
AMF
PS
Areia
LL1a
526
E 0382186
N 7362336
PC122a
0-18
2,73
2,76
4,53
-0,12
1,27
AF
AF
PS
Areia
AL1e
527
18-30
3,09
2,83
2,56
0,67
0,64
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
192
193
ANEXO A - Parâmetros estatísticos granulométricos dos sedimentos quaternários da planície costeira de Bertioga-SP
(continuação)
ID
COORD.
UTM
PERFIL
PROF.
(cm)
Parâmetros estatísticos
Folk e Ward (1957)
Méd.
Med.
Grau de
Seleção
Diagrama
Triangular
Larsonneur
Mz
Med.
K
G
S
KI
I
DEPÓSITOS FLUVIAIS HOLOCÊNICOS ATUAIS
528
E 0382186
N 7362336
PC122a
30-50
3,08
2,84
0,98
0,66
0,61
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
529
90-120
3,03
2,81
2,81
0,67
0,60
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
530
E 0382186
N 7362336
PC122b
0-15
3,35
3,54
1,64
-0,48
1,05
AMF
AMF
PS
Areia
AL1e
531
130-150
3,06
2,84
0,66
0,57
0,49
AMF
AF
BS
Areia
AL1e
536
E 0383510
N 7364891
PC128
0-20
3,51
2,99
1,36
0,77
1,49
AMF
AF
PS
Areia Lamosa
LL1b
537
40-60
5,65
4,72
0,59
0,45
2,18
SM
SG
MPS
Lama
LL1c
538
60-80
5,60
4,61
0,58
0,49
2,16
SM
SG
MPS
Lama arenosa
LL1b
290
E 0402853
N 7371991
P32
10-23
3,47
3,37
1,30
0,35
0,51
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
291
23-50
3,44
3,35
1,40
0,36
0,50
AMF
AMF
MS
Areia
AL1e
292
50-60
3,48
3,35
3,76
0,60
1,07
AMF
AMF
PS
Areia
LL1a
293
60-95
3,83
3,50
2,17
0,67
1,32
AMF
AMF
PS
Areia Lamosa
LL1b
317
E 0404333
N 73744470
P36
0-16
4,91
3,97
1,60
0,46
2,39
SG
AMF
MPS
Areia Lamosa
LL1b
318
16-41
3,53
3,37
1,67
0,39
1,59
AMF
AMF
PS
Areia Lamosa
LL1b
319
41-66
3,17
2,99
1,93
0,43
1,56
AMF
AF
PS
Areia
LL1a
320
66-90
3,53
3,40
1,91
0,38
1,51
AMF
AMF
PS
Areia Lamosa
LL1b
321
90+
2,04
2,00
1,18
0,12
1,28
AF
AMF
PS
Areia
AL1d
DEPÓSITOS FLUVIAIS E COLÚVIO-ALUVIAIS BAIXOS NÃO INDIVIDUALIZADOS (MISTOS)
463
E 0411966
N 7377795
PC69a
0-20
2,03
1,73
0,84
0,36
1,40
AF
AM
PS
Areia
AL1d
464
40-60
1,69
1,64
0,57
0,09
0,90
AM
AM
MS
Areia
AL1d
465
E 0411966
N 7377795
PC69b
0-20
3,61
3,59
1,66
0,21
1,57
AMF
AMF
PS
Areia Lamosa
LL1b
466
40-60
3,13
2,93
1,87
0,41
1,59
AMF
AF
PS
Areia Lamosa
LL1b
467
E 0412076
N 7376200
PC71
0-20
3,17
2,96
0,81
0,54
0,63
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
468
130-150
3,15
2,94
0,69
0,53
0,57
AMF
AF
MS
Areia
AL1e
475
E 0385471
N 73666704
PC80
0-15
3,71
3,84
1,72
-0,01
1,69
AMF
AMF
PS
Areia Lamosa
LL1b
476
15-50
3,61
3,71
0,86
-0,08
0,76
AMF
AMF
MS
Areia
LL1b
193
194
ANEXO A - Parâmetros estatísticos granulométricos dos sedimentos quaternários da planície costeira de Bertioga-SP
(continuação)
ID
COORD.
UTM
PERFIL
PROF.
(cm)
Parâmetros estatísticos
Folk e Ward (1957)
Méd.
Med.
Grau de
Seleção
Diagrama
Triangular
Larsonneur
Mz
Med.
K
G
S
KI
I
DEPÓSITOS FLUVIAIS E COLÚVIO-ALUVIAIS BAIXOS NÃO INDIVIDUALIZADOS (MISTOS)
477
E 0385471
N 73666704
PC80
50-80
3,88
3,96
2,19
0,22
1,43
AMF
AMF
PS
Areia Lamosa
LL1b
478
80-110
4,00
4,12
2,20
0,16
1,43
AMF
SG
PS
Lama Arenosa
LL1b
479
110-140
5,13
4,30
2,16
0,46
2,23
SM
SG
MPS
Lama Arenosa
LL1b
480
E 0385164
N 7367054
PC81
0-20
3,12
2,95
1,04
0,11
1,25
AMF
AF
PS
Areia Lamosa
LL1b
481
20-40
2,76
2,73
0,89
0,03
1,19
AF
AF
PS
Areia
AL1e
482
40-70
1,73
1,72
1,31
0,15
0,97
AM
AM
MS
Areia
AL1d
483
70-90
2,36
2,52
1,36
-0,13
0,89
AF
AF
MS
Areia
AL1e
484
90-140
2,48
2,70
1,25
-0,19
0,73
AF
AF
MS
Areia
AL1e
485
E 0384992
N 7367275
PC82
0-15
5,10
4,31
2,09
0,44
2,25
SM
SG
MPS
Lama Arenosa
LL1b
486
20-40
5,09
4,20
1,82
0,47
2,32
SM
SG
MPS
Lama Arenosa
LL1b
487
40-60
3,16
2,88
2,25
0,64
1,27
AMF
AF
PS
Areia
LL1a
488
80-110
4,05
4,29
2,53
-0,04
1,56
SG
SG
PS
Lama Arenosa
LL1b
496
E 0414848
N 7376921
PC87
10-70
3,16
2,96
1,98
0,31
1,73
AMF
AF
PS
Areia Lamosa
LL1b
497
48-70
3,44
2,96
2,24
0,56
1,73
AMF
AF
PS
Areia Lamosa
LL1b
498
100-120
3,34
3,65
1,74
-0,05
1,95
AMF
AMF
PS
Areia Lamosa
LL1b
364
E 0415038
N 7376488
PC88
0-20
2,74
2,64
1,32
0,28
2,10
AF
AF
MPS
Areia Lamosa
LL1b
365
20-40
2,40
1,99
1,25
0,48
2,11
AF
AF
MPS
Areia
LL1a
366
40-70
1,16
0,94
1,08
0,39
0,77
AM
AG
MS
Areia
AL1c
499
E 0415082
N 7376438
PC89
0-15
3,61
3,52
1,59
0,28
1,62
AMF
AMF
PS
Areia Lamosa
LL1b
500
15-40
3,09
2,87
1,38
0,33
1,93
AMF
AF
PS
Areia Lamosa
LL1b
501
70-90
2,79
2,63
1,49
0,32
1,80
AF
AF
PS
Areia
LL1a
502
90-130
4,26
3,69
1,12
0,24
3,01
SG
AMF
MPS
Areia Lamosa
LL1b
503
E 0415985
N 7377369
PC91
0-15
2,53
2,67
2,26
0,15
1,93
AF
AF
PS
Areia
LL1a
505
40-70
2,71
2,70
1,21
0,14
0,97
AF
AF
MS
Areia
AL1e
521
PC113
120-150
3,14
2,89
1,57
0,43
1,78
AMF
AF
PS
Areia Lamosa
LL1b
194
195
ANEXO A - Parâmetros estatísticos granulométricos dos sedimentos quaternários da planície costeira de Bertioga-SP
(continuação)
ID
COORD.
UTM
PERFIL
PROF.
(cm)
Parâmetros estatísticos
Folk e Ward (1957)
Méd.
Med.
Grau de
Seleção
Diagrama
Triangular
Larsonneur
Mz
Med.
K
G
S
KI
I
DEPÓSITOS FLUVIAIS E COLÚVIO-ALUVIAIS BAIXOS NÃO INDIVIDUALIZADOS (MISTOS)
522
E 0409637
N 737697
PC113
10-19
3,12
2,85
1,37
0,39
1,91
AMF
AF
PS
Areia Lamosa
LL1b
523
19-37
2,90
2,72
1,63
0,34
1,82
AF
AF
PS
Areia
LL1a
524
37-60
3,03
2,77
1,38
0,38
1,91
AMF
AF
PS
Areia Lamosa
LL1b
525
60-80
2,13
2,91
2,62
0,57
1,46
AF
AM
PS
Areia
AL1d
322
E 0415117
N 7376463
P37
0-12
4,55
3,71
1,42
0,36
2,68
SG
AMF
MPS
Areia Lamosa
LL1b
323
12-23
2,05
0,97
0,98
0,86
2,16
AF
AG
MPS
Areia Lamosa
LL1b
324
23-36
2,83
2,74
1,39
0,24
2,11
AF
AF
MPS
Areia Lamosa
LL1b
325
36-48
2,91
2,99
1,34
0,14
2,15
AF
AF
MPS
Areia Lamosa
LL1b
326
48-(66-75)
2,46
2,51
1,69
0,24
1,80
AF
AF
PS
Areia
AL1e
327
(66-75)-110
4,79
4,02
1,60
0,30
2,65
SG
SG
MPS
Lama Arenosa
LL1b
469
E 4111979
N 7375443
PC73
0-20
3,43
3,60
2,06
0,11
1,15
AMF
AMF
PS
Areia
LL1a
470
130-150
3,04
2,83
1,76
0,58
0,49
AMF
AF
BS
Areia
AL1e
471
...
PC74
0-10
3,64
3,65
1,59
0,28
1,30
AMF
AMF
PS
Areia Lamosa
LL1b
472
80-110
3,46
3,66
2,17
0,06
1,14
AMF
AMF
PS
Areia
AL1e
506
E 0404429
N 7373313
PC93
0-30
2,36
1,85
0,52
0,39
1,65
AF
AM
PS
Areia Lamosa
LL1b
507
30-40
2,83
2,95
0,89
0,15
2,24
AF
AF
MPS
Areia Lamosa
LL1b
508
60-80
5,78
4,75
0,60
0,52
2,07
SM
SG
MPS
Lama
LL1c
509
100-120
5,54
4,55
0,73
0,41
2,26
SM
SG
MPS
Lama
LL1c
461
E 0411152
N 7377705
PC68
0-20
3,96
4,21
1,53
-0,02
1,61
AMF
SG
PS
Lama Arenosa
LL1b
462
40-60
3,31
2,92
2,02
0,62
1,46
AMF
AF
PS
Areia
LL1a
539
E 0394706
N 7370841
PC116a
0-20
5,78
4,69
0,51
0,74
1,70
SM
SG
PS
Lama
LL1c
540
70-90
5,94
4,90
0,49
0,68
1,83
SM
SG
PS
Lama
LL1c
DEPÓSITOS COLUVIAIS OU DEPÓSITOS DE ENCOSTA
343
E 0404585
N 7375561
PC57
0-7
1,13
0,83
1,02
0,36
2,76
AM
AG
MPS
Areia Cascalhosa
AL1b
344
7-15
2,64
2,58
1,18
0,21
2,30
AF
AF
MPS
Areia
LL1a
195
196
ANEXO A - Parâmetros estatísticos granulométricos dos sedimentos quaternários da planície costeira de Bertioga-SP
(conclusão)
ID
COORD.
UTM
PERFIL
PROF.
(cm)
Parâmetros estatísticos
Folk e Ward (1957)
Méd.
Med.
Grau de
Seleção
Diagrama
Triangular
Larsonneur
Mz
Med.
K
G
S
KI
I
DEPÓSITOS COLUVIAIS OU DEPÓSITOS DE ENCOSTA
345
E 0404585
N 7375561
PC57
15-32
2,61
2,59
1,26
0,19
2,32
AF
AF
MPS
Areia
LL1a
346
32-60
0,40
0,61
0,83
-0,07
1,45
AG
AG
PS
Areia Cascalhosa
AL1b
347
60-70
1,79
1,76
0,96
0,13
1,29
AM
AM
PS
Areia
AL1d
352
E 0411528
N 7378442
PC65b
0-20
0,70
0,639
0,84
0,18
1,94
AG
AG
PS
Areia Cascalhosa
AL1b
353
40-60
0,40
-1,054
1,25
0,90
2,70
AG
G
MPS
Cascalho Arenoso
GL1b
362
E 3846571
N 7367841
PC83
0-20
2,73
2,76
1,24
0,26
2,19
AF
AF
MPS
Areia Lamosa
LL1b
363
20-50
2,71
2,686
1,32
0,24
2,16
AF
AF
MPS
Areia Lamosa
LL1b
372
E 0396759
N 7373465
PC102
0-12
3,06
2,782
1,22
0,36
2,03
AMF
AF
MPS
Areia Lamosa
LL1b
373
12-23
3,91
2,746
1,21
0,48
3,00
AMF
AF
MPS
Areia Lamosa
LL1b
374
23-50
4,49
3,64
1,13
0,32
2,91
SG
AMF
MPS
Areia Lamosa
LL1b
Notas: As amostras dos pontos de controle (PC) foram fracionadas em 5 intervalos de classes granulométricas da fração areia enquanto as
amostras dos perfis (P) foram fracionadas em 10 intervalos de classes granulométricas da fração areia, As amostras do depósito
fluviolagunar não foram submetidas à granulometria devido ao conteúdo essencialmente orgânico do material encontrado até o limite de
perfuração do equipamento de coleta (100cm).
Sinal convencional utilizado:
... Dado numérico não disponível.
ID = Código de identificação da amostra
AF = Areia Fina
AMF = Areia Muito Fina
AG = Areia Grossa
AM = Areia Média
SG = Silte Grosso
SM = Silte Médio
G = Grânulo
MBS = Muito Bem Selecionado
BS = Bem Selecionado
MS = Moderadamente
Selecionado
PS = Pobremente Selecionado
MPS = Muito Pobremente
Selecionado
Areia Litoclástica com Grânulos
- AL1b
Areia Litoclástica Fina a muito
Fina - AL1e
Areia Litoclástica Grossa a
muito Grossa - AL1c
Areia Litoclástica Média - AL1d
Grânulos Litoclásticos - GL1b
Grânulos Litoclásticos - GL1b
Lama Terrígena - LL1c
Lama Terrígena Arenosa - LL1a
Lama Terrígena Arenosa - LL1b
196
197
ANEXO B - Distribuição granulométrica dos sedimentos marinhos quaternários na planície costeira de Bertioga-SP
(continua)
Perfil
Horizonte
Profundidade
(cm)
Granulometria (g kg
-1
)
Relação
AF/AMF
AT
AMG
AG
AM
AF
AMF
Silte
Argila
P01
A
0-6
870
0
0
0
0
3
3
24
221
554
66
90
40
2,5
A2
6-13
952
0
0
0
0
4
5
44
278
563
58
24
20
1,9
EA
13-35
966
0
0
0
0
3
6
45
281
570
61
10
20
1,9
E1
25-71
972
0
0
0
0
2
4
32
264
607
63
8
20
2,3
E2
106-180
973
0
0
0
0
2
22
106
371
436
35
6
20
1,0
EB
94-113
973
0
0
0
0
1
8
87
421
427
27
6
20
0,9
BE1
71-82
781
0
0
0
0
0
5
66
308
375
26
138
80
1,1
BE2
73-91
793
0
0
0
0
1
7
71
321
370
23
142
60
1,0
Bh1
82-119
937
0
0
0
0
1
14
93
385
414
30
42
20
0,9
Bh2
107-125
951
0
0
0
0
1
11
87
408
413
31
26
20
0,9
Bh3
135-170
Bhm1
89-125
899
0
0
0
0
1
18
101
361
392
25
76
20
0,9
Bhm2
120-142
864
0
0
0
0
1
14
83
301
400
64
70
60
1,2
Bs1
105-125
969
0
0
0
0
1
27
112
383
418
29
8
20
0,9
Bs2
125-180
958
0
0
0
0
7
16
73
376
456
30
18
20
1,1
Bsm1
122-144
933
0
0
0
0
7
18
73
372
438
26
42
20
1,0
Bsm2
153-180
901
0
0
0
0
0
16
108
372
412
33
40
20
0,9
Bsm3
132-170
936
0
0
0
0
5
26
102
380
398
24
40
20
0,9
Bsm4
157-180
934
0
0
0
0
8
21
76
375
432
23
42
20
1,0
P04
A
0-15
936
0
0
0
0
2
13
50
246
579
46
32
20
2,1
AE
15-41
969
0
0
0
0
3
15
52
238
614
47
6
20
2,3
EA
41-71
969
0
0
0
0
3
14
51
232
619
50
8
20
2,4
E
71-153
981
0
0
0
0
1
5
35
247
649
34
4
20
2,4
Bhg
153-157
813
0
0
0
0
0
1
17
263
512
21
104
80
1,9
Bh
158-165
806
0
0
0
0
1
0
19
246
512
29
110
80
2,0
Bhm1
156-205
863
0
0
0
0
0
1
18
270
543
31
96
40
2,0
Bhm2
158-205
899
0
0
0
0
0
2
36
326
513
21
76
20
1,5
197
198
ANEXO B - Distribuição granulométrica dos sedimentos marinhos quaternários na planície costeira de Bertioga-SP
(continuação)
Perfil
Horizonte
Profundidade
(cm)
Granulometria em (g kg
-1
)
Relação
AF/AMF
AT
AMG
AG
AM
AF
AMF
Silte
Argila
P04
Bs
165-205
944
0
0
0
0
1
8
64
331
516
23
34
20
1,4
P08
A
0-7
725
0
0
0
0
4
2
13
169
494
44
216
60
3,0
AE
7-11
923
0
0
0
0
6
2
13
265
596
41
52
20
2,3
EA
11-(18-30)
965
0
0
0
0
0
0
14
267
644
39
24
10
2,4
E
(18-30)-(35-48)
981
0
0
0
0
1
1
11
270
660
39
4
10
2,5
EB
(35-48)-74
988
0
0
0
0
1
1
18
343
589
27
8
10
1,7
BE
(60-74)-83
983
0
0
0
0
0
0
28
444
499
12
2
10
1,1
Bh1
83-103
940
0
0
0
0
0
1
69
503
360
7
42
10
0,6
Bh2
(90-103)-117
954
0
0
0
0
0
0
50
465
430
9
28
10
0,9
Bhm
117-150
946
0
0
0
0
0
1
26
396
507
15
28
20
1,2
P09
A1
0-7
880
0
0
0
0
7
2
6
146
691
30
76
40
4,8
A2
7-15
899
0
0
0
0
6
3
7
165
685
33
78
20
4,2
C1
15-(57-63)
985
0
0
0
0
0
0
1
164
795
24
4
10
5,0
C2
(57-63)-(73-82)
990
0
0
0
0
1
1
5
256
712
15
2
10
2,8
C3
73-94
993
0
0
0
0
0
0
31
391
546
14
2
10
1,3
C4
94-110+
993
0
0
0
0
0
0
7
267
691
17
2
10
2,6
Cg
73-82
989
0
0
0
0
0
0
22
371
583
13
2
10
1,5
P10
A
0-14
904
0
0
0
0
0
0
13
380
491
18
70
20
1,3
EA
14-(29-35)
985
0
0
0
0
0
0
12
404
540
19
10
10
1,3
E1
(29-35)-(53-71)
990
0
0
0
0
0
0
13
404
553
19
2
10
1,4
E2
(53-71)-(84-100)
997
0
0
0
0
0
0
8
384
578
16
2
10
1,5
E3
(84-100)-112
991
0
0
0
0
0
0
7
292
666
26
2
10
2,3
EB
112-122
982
0
0
0
0
0
0
9
343
602
29
4
10
1,8
Bh1
122-140
974
0
0
0
0
0
0
14
378
564
17
14
10
1,5
Bh2
140+
961
0
0
0
0
0
0
14
420
515
11
26
10
1,2
P16
A1
0-13
878
0
0
0
0
11
22
75
318
413
41
98
20
1,2
A2
13-28
898
0
0
0
0
12
23
74
316
429
43
82
20
1,2
198
199
ANEXO B - Distribuição granulométrica dos sedimentos marinhos quaternários na planície costeira de Bertioga-SP
(continuação)
Perfil
Horizonte
Profundidade
(cm)
Granulometria em (g kg
-1
)
Relação
AF/AMF
AT
AMG
AG
AM
AF
AMF
Silte
Argila
P16
AE
28-(35-63)
930
0
0
0
0
12
23
76
336
443
40
44
20
1,2
E
(35-63) - (60-82)
969
0
0
0
0
17
33
96
363
423
38
6
20
1,0
EB
(60-82) (67-84)
950
0
0
0
0
15
30
88
356
422
39
24
20
1,0
Bh1
(67-84)-(74-90)
926
0
0
0
0
12
24
78
338
434
40
60
10
1,1
Bh2
(74-90)-116
909
0
0
0
0
11
21
76
348
418
35
72
10
1,1
Bh3
116-(127-140)
899
0
0
0
0
10
21
70
333
431
44
44
40
1,2
Bh4
114-128
886
0
0
0
0
16
29
85
336
388
33
66
40
1,0
Bh5
127-153
937
0
0
0
0
7
14
74
362
448
34
38
20
1,1
Bh6
126-152
914
0
0
0
0
9
17
77
359
420
31
56
20
1,0
Bh7
140-200
937
0
0
0
0
3
13
81
404
408
28
40
20
0,9
C1
161-180
970
0
0
0
0
6
27
86
360
455
35
16
10
1,1
C2
180-200
933
0
0
0
0
5
18
74
330
460
47
54
10
1,3
B*
155-158
947
0
0
0
0
7
29
88
363
431
30
40
10
1,0
Plácico
155-158
P33
A
0-25
956
0
0
0
0
1
1
19
322
578
34
32
10
1,8
EA
25-45
976
0
0
0
0
0
1
20
350
568
36
6
10
1,6
E
45-(80-95)
981
0
0
0
0
0
1
25
367
555
33
2
10
1,5
E-Bs
(80-95)-260
986
0
0
0
0
0
0
27
373
558
28
2
10
1,5
BE
260-270
978
0
0
0
0
0
1
22
354
570
31
6
10
1,6
Bh
270-310
963
0
0
0
0
0
1
21
398
518
25
24
10
1,3
Bs
310-340
952
0
0
0
0
1
1
6
198
686
60
36
10
3,7
P34
A
0-10
922
0
0
0
0
2
1
7
162
634
117
54
20
4,4
EA
10-34
959
0
0
0
0
1
0
4
172
654
128
26
10
4,5
E
34-(127-140)
969
0
0
0
0
0
0
3
160
663
141
16
10
4,9
Bh
(127-140)-150
872
0
0
0
0
0
0
3
182
619
67
86
40
3,7
Bhm
150-170
899
0
0
0
0
0
0
6
204
624
64
58
40
3,3
Bs
160+
900
0
0
0
0
0
0
4
195
638
64
58
40
3,5
Plácico
160+
925
0
0
0
0
1
0
6
236
624
58
50
20
2,8
199
200
ANEXO B - Distribuição granulométrica dos sedimentos marinhos quaternários na planície costeira de Bertioga-SP
(conclusão)
Perfil
Horizonte
Profundidade
(cm)
Granulometria em (g kg
-1
)
Relação
AF/AMF
AT
AMG
AG
AM
AF
AMF
Silte
Argila
P38
A
0-15
924
0
0
0
0
2
2
27
356
494
42
50
20
1,4
EA
15-(50-85)
974
0
0
0
0
2
2
24
383
518
45
12
10
1,4
E
70-120
984
0
0
0
0
3
2
28
404
508
40
8
10
1,3
E-Bh
120-180
984
0
0
0
0
1
2
27
407
506
41
4
10
1,3
Bh1
(30-35) - (50-65)
951
0
0
0
0
2
2
24
367
507
47
38
10
1,4
Bh1
(50-70 - (90-110)
961
0
0
0
0
2
2
26
395
492
45
20
10
1,3
Bh2
(110-150) - (125-140)
935
0
0
0
0
0
0
23
364
501
47
48
10
1,4
Bh3
140-180
842
0
0
0
0
1
1
17
317
459
48
138
10
1,5
Bh4
140-180
917
0
0
0
0
0
1
22
373
478
44
2
80
1,3
Bs1
90-110
972
0
0
0
0
0
1
22
383
511
45
2
40
1,4
Bs1
125-140
959
0
0
0
0
1
2
26
389
499
41
28
10
1,3
Bs1
155-165
956
0
0
0
0
1
1
28
398
486
42
26
10
1,2
Bs2
180-170
921
0
0
0
0
1
1
24
383
468
43
32
40
1,3
Média
936
0
0
1
367
559
39
22
18
Máximo
997
0
0
50
572
819
216
80
50
Mínimo
725
0
0
0
151
367
02
10
06
Notas: AMG = areia muito grossa
AG = areia grossa
AM = areia media
AF = areia fina
AMF = areia muito fina
Sinal convencional utilizado:
B* remanescentes de horizonte B espódico;
... Dado numérico não disponível;
0 Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de um dado numérico originalmente positivo.
200
201
ANEXO C - Distribuição dos parâmetros estatísticos nos sedimentos dos sedimentos marinhos
quaternários, Bertioga-SP (FOLK; WARD,1957).
(continua)
Perfil
Hz
Prof.
(cm)
Parâmetros estatísticos (Ф)
Méd
Med
GS
Mz
Med.
K
G
S
KI
I
P38
Atmpa
A
0-15
3,08
3,11
1,38
0,13
0,48
AMF
AMF
BS
EA
15-(50-85)
3,06
3,08
0,89
-0,04
0,36
AMF
AMF
BS
E
70-120
3,04
3,06
0,81
-0,05
0,35
AMF
AMF
MBS
E-Bh
120-180
3,04
3,06
0,79
-0,06
0,34
AMF
AMF
MBS
Bh1
(30-35)-(50-65)
3,07
3,10
1,09
0,05
0,41
AMF
AMF
BS
Bh1
(50-70)-(90-110)
3,05
3,07
0,94
0,02
0,38
AMF
AMF
BS
Bh2
(110-150)-(125-
140)
3,08
3,11
1,23
0,09
0,44
AMF
AMF
BS
Bh3
140-180
3,26
3,17
1,52
0,32
0,62
AMF
AMF
MS
Bh4
140-180
3,09
3,11
4,23
0,36
1,08
AMF
AMF
PS
Bs1
90-110
3,07
3,10
1,04
0,03
0,39
AMF
AMF
BS
Bs1
125-140
3,06
3,08
1,00
0,03
0,39
AMF
AMF
BS
Bs1
155-165
3,05
3,07
0,98
0,04
0,39
AMF
AMF
BS
Bs2
170-180
3,07
3,09
1,56
0,20
0,52
AMF
AMF
MS
P34
Atmpa
A
0-10
3,28
3,26
1,90
0,21
0,44
AMF
AMF
BS
EA
10-34
3,24
3,24
1,42
0,01
0,34
AMF
AMF
MBS
E
34-(127-140)
3,25
3,25
1,39
0,03
0,33
AMF
AMF
MBS
BH
(127-140)-150
3,31
3,25
2,30
0,33
0,55
AMF
AMF
MS
Bhm
150-170
3,21
3,23
2,28
0,17
0,50
AMF
AMF
BS
Plácic
o
160
3,17
3,20
1,87
0,08
0,44
AMF
AMF
BS
Bs
160+
3,22
3,24
2,32
0,18
0,49
AMF
AMF
BS
P33
Atmpa
A
0-25
3,08
3,13
1,11
-0,03
0,38
AMF
AMF
BS
EA
25-45
3,07
3,11
0,81
-0,16
0,33
AMF
AMF
MBS
E
45-(80-95)
3,06
3,09
0,77
-0,16
0,33
AMF
AMF
MBS
E-Bs
(80-95)-260
3,05
3,09
0,77
-0,16
0,32
AMF
AMF
MBS
BE
260-270
3,07
3,11
0,78
-0,17
0,32
AMF
AMF
MBS
BH
270-310
3,05
3,08
0,88
-0,02
0,36
AMF
AMF
BS
Bs
310-340
3,19
3,21
1,53
-0,02
0,35
AMF
AMF
BS
P01
Atmpa
A
0-6
3,26
3,23
2,13
0,27
0,60
AMF
AMF
MS
A2
6-13
3,10
3,15
1,18
-0,06
0,42
AMF
AMF
BS
EA
13-35
3,09
3,14
1,10
-0,10
0,40
AMF
AMF
BS
E1
25-71
3,11
3,16
1,14
-0,10
0,38
AMF
AMF
BS
E2
106-180
2,97
3,00
1,01
-0,11
0,44
AF
AF
BS
EB
94-113
2,98
2,98
0,93
-0,07
0,40
AF
AF
BS
BE1
71-82
3,41
3,16
3,52
0,57
1,36
AMF
AMF
PS
BE2
73-91
3,35
3,13
3,42
0,56
1,31
AMF
AMF
PS
P01
Atmpa
Bh1
82-119
3,00
3,01
1,38
0,09
0,53
AF
AMF
MS
Bh2
107-125
2,99
2,99
1,16
0,05
0,47
AF
AF
BS
Bhm1
89-125
3,16
3,12
3,58
0,40
1,20
AMF
AMF
PS
202
ANEXO C - Distribuição dos parâmetros estatísticos nos sedimentos dos sedimentos marinhos
quaternários, Bertioga-SP (FOLK; WARD,1957).
(continuação)
Perfil
Horiz.
Prof.
(cm)
Parâmetros estatísticos (Ф)
Méd.
Med.
GS
Mz
Med.
K
G
S
KI
I
P01
Atmpa
Bs1
105-125
3,00
3,03
1,11
-0,06
0,45
AMF
AMF
BS
Bs2
125-180
3,03
3,05
1,56
0,10
0,58
AMF
AMF
MS
Bsm1
122-144
2,97
2,98
1,38
0,08
0,55
AF
AF
MS
Bsm2
153-180
2,98
2,99
1,36
0,09
0,55
AF
AF
MS
Bsm3
135-170
3,01
3,02
1,53
0,13
0,60
AMF
AMF
MS
Bsm4
157-180
3,00
3,02
1,43
0,06
0,54
AMF
AMF
MS
P16
Atmpa
A1
0-13
3,06
3,09
1,59
0,07
0,62
AMF
AMF
MS
A2
13-28
3,05
3,09
1,59
0,05
0,61
AMF
AMF
MS
AE
28-(35-63)
3,02
3,06
1,45
0,01
0,55
AMF
AMF
MS
E
(35-63) - (60-82)
2,96
2,99
1,09
-0,12
0,47
AF
AF
BS
EB
(60-82) (67-84)
2,99
3,01
1,21
-0,06
0,51
AF
AMF
MS
Bh1
(67-84)-(74-90)
3,02
3,05
1,44
0,02
0,56
AMF
AMF
MS
Bh2
(74-90)-116
3,02
3,05
1,49
0,06
0,57
AMF
AMF
MS
Bh3
116-(127-140)
3,04
3,08
1,71
0,09
0,62
AMF
AMF
MS
Bh4
114-128
3,02
3,04
1,69
0,11
0,66
AMF
AMF
MS
Bh5
127-153
3,02
3,05
1,35
0,03
0,51
AMF
AMF
MS
Bh6
126-152
3,02
3,04
1,50
0,08
0,57
AMF
AMF
MS
Bh7
140-200
3,00
3,00
1,36
0,11
0,52
AF
AF
MS
C1
161-180
2,99
3,02
1,05
-0,15
0,45
AF
AMF
BS
C2
180-200
3,04
3,08
1,38
0,00
0,53
AMF
AMF
MS
B*
155-158
2,99
3,01
1,25
-0,03
0,51
AF
AMF
MS
P04
Atmpa
A
0-15
3,10
3,16
1,42
-0,09
0,45
AMF
AMF
BS
AE
15-41
3,09
3,15
1,23
-0,22
0,40
AMF
AMF
BS
EA
41-71
3,10
3,16
1,27
-0,21
0,41
AMF
AMF
BS
E
71-153
3,10
3,16
1,02
-0,20
0,34
AMF
AMF
MBS
Bhg
153-157
3,41
3,21
4,62
0,59
1,25
AMF
AMF
PS
Bh
158-165
3,43
3,23
4,74
0,59
1,25
AMF
AMF
PS
Bhm1
156-205
3,19
3,19
1,93
0,22
0,57
AMF
AMF
MS
Bhm2
158-205
3,09
3,13
1,56
0,13
0,51
AMF
AMF
MS
Bs
165-205
3,05
3,09
1,30
-0,01
0,47
AMF
AMF
BS
P08
Atmpb
A
0-7
3,59
3,32
2,16
0,62
1,25
AMF
AMF
PS
AE
7-11
3,13
3,18
1,68
0,07
0,46
AMF
AMF
BS
EA
11-(18-30)
3,12
3,17
1,19
-0,09
0,35
AMF
AMF
BS
E
(18-30)-(35-48)
3,12
3,16
0,96
-0,22
0,31
AMF
AMF
MBS
EB
(35-48)-74
3,08
3,12
0,80
-0,19
0,32
AMF
AMF
MBS
BE
(60-74)-83
3,01
3,03
0,74
-0,05
0,32
AMF
AMF
MBS
Bh1
83-103
2,96
2,92
1,25
0,23
0,45
AF
AF
BS
Bh2
(90-103)-117
2,99
2,98
0,75
0,03
0,34
AF
AF
MBS
Bhm
117-150
3,05
3,07
1,08
0,07
0,40
AMF
AMF
BS
203
ANEXO C - Distribuição dos parâmetros estatísticos nos sedimentos dos sedimentos marinhos
quaternários, Bertioga-SP (FOLK; WARD,1957).
(conclusão)
Perfil
Horiz
.
Prof.
(cm)
Parâmetros estatísticos (Ф)
Méd
.
Med.
GS
Mz
Med.
K
G
S
KI
I
P10
Atmh
A
0-14
3,08
3,10
1,52
0,18
0,50
AMF
AMF
BS
EA
14-(29-35)
3,05
3,08
0,76
-0,12
0,32
AMF
AMF
MBS
E1
(29-35)-(53-71)
3,05
3,08
0,76
-0,13
0,32
AMF
AMF
MBS
E2
(53-71)-(84-100)
3,06
3,10
0,77
-0,16
0,31
AMF
AMF
MBS
E3
(84-100)-112
3,11
3,15
0,89
-0,23
0,30
AMF
AMF
MBS
EB
112-122
3,08
3,12
0,80
-0,19
0,31
AMF
AMF
MBS
Bh1
122-140
3,06
3,09
0,77
-0,15
0,32
AMF
AMF
MBS
Bh2
140+
3,04
3,06
0,75
-0,09
0,32
AMF
AMF
MBS
P09
Atmh
A1
0-7
3,24
3,25
2,55
0,22
0,46
AMF
AMF
BS
A2
7-15
3,22
3,23
2,27
0,14
0,44
AMF
AMF
BS
C1
15-(57-63)
3,21
3,21
1,10
-0,18
0,24
AMF
AMF
MBS
C2
(57-63)-(73-82)
3,12
3,17
1,00
-0,25
0,29
AMF
AMF
MBS
C3
73-94
3,03
3,06
0,75
-0,13
0,32
AMF
AMF
MBS
C4
94-110+
3,12
3,16
0,96
-0,25
0,29
AMF
AMF
MBS
Cg
73-82
3,05
3,09
0,77
-0,17
0,32
AMF
AMF
MBS
Média
3,10
3,11
1,45
0,03
0,49
Notas: Horiz. = horizonte
Prof. = profundidade
Méd. = média
Mz = diâmetro médio
Med. = mediana
K
G
= Curtose
S
KI
= assimetria
I
= desvio padrão
GS = grau de seleção
AF = areia fina
AMF = areia muito fina
BS = bem selecionado
MBS = muito bem selecionado
MS = moderadamente selecionado
PS = pobremente selecionado
B* = B espódico desmantelado
TMPa = terraço marinho pleistocênico alto
TMPb = terraço marinho pleistocênico baixo
TMH = terraço marinho holocênico
204
ANEXO D - Distribuição dos parâmetros estatísticos granulométricos em 18 amostras dos depósitos marinhos quaternários, Bertioga-SP
P/PC
Prof.
(cm)
HZ
Parâmetros estatísticos (Ф)
Granulometria (g kg
-1
)
Fração Areia
Silte +
Argila
Mz
I
S
KI
K
G
AMG
AG
AM
AF
AMF
AT
Perfis localizados na bacia do rio Itapanhaú
P38
175
Bs2
3,01
0,31
-0,33
7,00
0
01
020
465
466
933
67
PC84
125
E1
3,04
0,39
-1,60
9,98
0
02
140
360
596
973
27
PC84
350
3C2
2,98
0,35
-0,80
5,29
0
01
020
460
518
981
19
PC84*
590
4C3
2,23
0,59
0,27
2,59
0
11
372
436
122
940
60
P02
185
C5
2,97
0,42
-1,07
5,92
0
01
270
419
487
934
60
P01
131
Bhm2
2,90
0,40
-0,55
3,29
0
0
200
501
401
922
66
P04
181
Bhm1
2,90
0,33
-0,22
4,38
0
0
050
414
550
969
78
P07
60
Bhm
3,24
0,21
-1,91
30,73
0
0
000
251
734
985
108
P08
166
Bhm
3,07
0,27
-0,38
2,73
0
0
000
289
702
991
09
P10
155
Bh
3,01
0,30
-0,88
3,92
0
0
000
191
701
892
48
P09
102
C4
3,14
0,25
-0,88
8,33
0
01
080
515
451
974
62
PC65a
73
C
3,10
0,26
-0,93
3,82
0
0
100
529
459
989
97
Perfis localizados na bacia do rio Itaguaré
P14
200
E3
2,99
0,47
-4,88
33,95
0
0
02
384
567
952
26
P14
380
Bh2
2,96
0,33
-0,94
7,49
0
01
01
705
284
991
11
P13
110
C1
2,95
0,33
-0,45
3,30
15
0
0
414
568
996
15
Perfis localizados na bacia do rio Guaratuba
P33
150
Bs
2,89
0,27
-0,13
10,15
0
0
0
345
591
936
31
P33
290
Bh
3,06
0,29
-0,31
3,76
0
0
0
69
834
903
04
P34
160
Bhm
3,18
0,26
-0,38
4,40
0
0
05
596
337
938
64
Média
3,02
0,32
-0,98
8,73
0
0
05
406
544
956
44
Mínimo
2,89
0,21
-4,88
2,73
0
0
0
69
284
892
04
Máximo
3,24
0,47
-0,13
33,95
15
02
27
705
834
996
108
Notas:
AMG = areia muito grossa
AG = areia grossa
AM = areia média
AF = areia fina
AMF = areia muito fina
AT = areia total
P/PC = perfil/ponto de controle
Prof. = profundidade
HZ = Horizonte
* Amostra de sedimento fluvial sob depósito marinho pleistocênico alto
Sinal convencional utilizado:
0 = Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de um dado numérico originalmente positivo
204
205
ANEXO E - Distribuição granulométrica vertical dos sedimentos marinhos e fluviais no PC84 (Bertioga-SP).
Horizontes
Amostrados
Prof.
(cm)
Grânulo
AMG
Granulometria em g kg
-1
(escala de Wentworth)
Origem
AG
AM
AF
AMF
SG
SM
SF
SMF
Arg.
GS
Au1
0-16
0
0
0
1
9
11
20
20
39
240
429
44
63
37
29
2
58
PS
Antrópica
Au2
16-60
0
2
1
4
7
7
10
10
17
57
97
18
86
482
22
1
178
MBS
Antrópica
Au3
60-107
0
0
0
1
3
4
7
7
12
56
106
16
19
19
633
19
97
PS
Antrópica
Au4
107-117
0
0
1
4
1
4
11
11
66
345
483
41
11
4
3
1
16
BS
Antrópica
E1
117-135
0
0
0
1
2
5
13
13
62
449
386
33
14
4
5
4
10
BS
Marinha
E2
139-186
0
0
0
1
2
4
11
11
57
487
379
32
9
2
4
1
2
BS
Marinha
Bhm
186-217
0
0
0
0
0
0
3
3
33
340
548
35
9
6
11
6
7
BS
Marinha
Bsm
217-229
0
0
0
0
0
2
25
25
123
449
348
12
10
4
3
0
0
BS
Marinha
Bs1
229-249
0
0
0
0
4
19
49
49
125
418
320
8
4
1
2
1
0
BS
Marinha
Bs2
249-259
0
0
0
0
4
37
70
70
101
324
354
17
16
2
4
3
1
BS
Marinha/Fluvial
2Bs3
259-273
0
0
0
0
8
84
115
115
85
271
266
11
17
6
9
9
6
MS
Marinha/Fluvial
2C1
256-295
0
0
0
1
15
68
106
106
140
260
237
17
19
0
7
6
16
MS
Marinha/Fluvial
3C2a
295-385
0
0
0
0
1
2
10
10
63
456
441
18
0
0
0
0
0
BS
Marinho/Eólico
3C2b
385-550
0
1
0
2
20
76
172
172
266
206
66
3
8
0
1
2
5
MS
Fluvial
4C3
550-635
0
1
4
12
44
104
154
154
112
191
172
8
17
4
6
6
11
PS
Fluvial
5C4
635-675
0
1
1
4
24
96
223
223
187
155
69
2
7
2
2
1
3
MS
Fluvial
6C4
675-695
0
6
18
59
107
131
113
113
78
151
146
11
23
6
8
5
26
PS
Fluvial
695+
0
7
17
70
164
245
180
180
64
36
21
2
7
2
3
2
0
MS
Fluvial
Notas:
Prof. = profundidade
AMG = areia muito grossa
AG = areia grossa
AM = areia média
AF = areia fina
AMF = areia muito fina
SG = silte grosso
SM = silte médio
SF = silte fino
SMF = silte muito fino
Arg. = argila
GS = grau de seleção
PS = pobremente selecionado
BS = bem selecionado
MS = moderadamente selecionado
MBS = muito bem selecionado
Sinal convencional utilizado:
0 = Dado numérico igual a zero resultante de
arredondamento de um dado numérico originalmente
positivo.
205
206
ANEXO F - As Unidades de Mapeamento (UM) e as classes de solos identificadas nas Unidades
Geomorfológicas (UGEs) da planície costeira de Bertioga-SP.
(continua)
UM/UGE
P/PC
Siglas
Classes de Solos (SiBCS, 2006)
Ap
PC65a
Areias finas a muito finas inconsolidadas
RQg1
Associação de NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Hidromórfico típico + NEOSSOLO
QUARTZARÊNICO Órtico típico, ambos A moderado (inclusão de NEOSSOLO
QUARTZARÊNICO Hidromórfico organossólico)
Atmh
PC20
RQg
Neossolo Quartzarênico Hidromórfico organossólico
PC77
RQo
Neossolo Quartzarênico Órtico típico, A moderado
P09
RQg
Neossolo Quartzarênico Hidromórfico típico, A moderado
P11
RQg
Neossolo Quartzarênico Hidromórfico típico, A moderado
PC16
RQg
Neossolo Quartzarênico Hidromórfico típico, A moderado
PC30
RQo
Neossolo Quartzarênico Órtico, A moderado
PC02
RQg
Neossolo Quartzarênico Hidromórfico, A moderado
PC03
RQo
Neossolo Quartzarênico Órtico, A moderado
EKg1
ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Hidromórfico espessarênico, A moderado, textura arenosa
(inclusão de ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Hidromórfico espessarênico)
Atmh
PC04
EKg
Espodossolo Humilúvico Hidromórfico espessarênico, A moderado
P10
EKg
Espodossolo Humilúvico Hidromórfico espessarênico, A moderado
P13
ESKg
Espodossolo Ferrihumilúvico Hidromórfico espessarênico, A moderado
P05
EKg
Espodossolo Humilúvico Hidromórfico espessarênico, A húmico
P06
EKg
Espodossolo Humilúvico Hidromórfico espessarênico, A moderado
PC53
EKg
Espodossolo Humilúvico Hidromórfico espessarênico, A moderado
ESKo1
Associação de ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Órtico dúrico ou espessarênico +
ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Órtico ou Hiperespesso espessarênico + NEOSSOLO
QUARTZARÊNICO Órtico espódico ou típico, todos A moderado, textura arenosa
Atmpa
PC75
ESKo
Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico espessarênico, A moderado
PC76
RQo
Neossolo Quartzarênico Órtico espódico, A moderado
P01
ESKo
Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico dúrico, A moderado
PC123
EKu
Espodossolo Humilúvico Hiperespesso espessarênico, A moderado,
P16
EKo
Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico espessarênico, A moderado
P12
ESKo
Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico dúrico, A moderado
P02
RQo
Neossolo Quartzarênico Órtico espódico, A moderado
P04
EKo
Espodossolo Humilúvico Órtico espessarênico, A fraco
P03
ESKo
Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico espessarênico, A moderado
PC 64
EKu
Espodossolo Humilúvico Hiperespesso espessarênico, A moderado
PC 52
ESKo
Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico espessarênico, A moderado
PC127
RQo
Neossolo Quartzarênico Órtico típico, A moderado
207
ANEXO F - As Unidades de Mapeamento (UM) e as classes de solos identificadas nas Unidades
Geomorfológicas (UGEs) da planície costeira de Bertioga-SP.
(continuação)
UM/UGE
P/PC
Siglas
Classes de Solos (SiBCS, 2006)
ESKo2 -
Associação de ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Órtico espessarênico + ESPODOSSOLO
FERRIHUMILÚVICO Hiperespesso espessarênico, ambos A moderado, textura arenosa
Atmpa
P33
ESKu
Espodossolo Ferrihumilúvico Hiperespesso espessarênico, A moderado
P34
ESKo
Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico espessarênico, A moderado
P38
ESko
Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico espessarênico, A moderado
PC38
ESKo
Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico espessarênico, A moderado
EKg2
Associação de ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Hidromórfico dúrico ou espessarênico +
ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Hiperespesso ou Órtico, ambos espessarênicos, todos A
moderado, textura arenosa (inclusão de NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Hidromórfico
organossólico sálico)
Atmpb
PC24
EKg
Espodossolo Humilúvico Hidromórfico espessarênico, A moderado
P07
EKg
Espodossolo Humilúvico Hidromórfico dúrico, A moderado
P08
EKg
Espodossolo Humilúvico Hidromórfico espessarênico, A moderado
PC26
EKg
Espodossolo Humilúvico Hidromórfico espessarênico, A moderado
PC27
EKg
Espodossolo Humilúvico Hidromórfico espessarênico, A moderado
PC28
EKg
Espodossolo Humilúvico Hidromórfico espessarênico, A moderado
PC09
EKg
Espodossolo Humilúvico Hidromórfico espessarênico, A moderado
PC23
EKg
Espodossolo Humilúvico Hidromórfico espessarênico, A moderado
PC41
EKg
Espodossolo Humilúvico Hidromórfico espessarênico, A moderado
PC10
RQg
Neossolo Quartzarênico Hidromórfico organossólico sálico
PC 54
EKu
Espodossolo Humilúvico Hiperespesso espessarênico, A moderado
P14
EKu
Espodossolo Humilúvico Hiperespesso espessarênico, A moderado
P15
EKo
Espodossolo Humilúvico Órtico espessarênico, A moderado
RQg2
NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Hidromórfico típico, A moderado (Inclusão de GLEISSOLO
TIOMÓRFICO)
Apfm
PC31a
RQg
Neossolo Quartzarênico Hidromórfico típico, A moderado
PC31b
RQg
Neossolo Quartzarênico Hidromórfico típico, A moderado
PC32
RQg
Neossolo Quartzarênico Hidromórfico típico, A fraco
PC-V2
GJo
Gleissolo Tiomórfico Hêmico típico
OJy
Complexo de ORGANOSSOLO TIOMÓRFICO Hêmico, salino sódico térrico ou sódico térrico ou
típico ORGANOSSOLO TIOMÓRFICO Sáprico sálico térrico - ORGANOSSOLO HÁPLICO
Sáprico sálico sódico, térrico (inclusão de NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Hidromórfico sálico,
A moderado)
PC78
OJy
Organossolo Tiomórfico Hêmico salino sódico térrico
Apfm
PC79
OJy
Organossolo Tiomórfico Hêmico sódico térrico
PC118
OJy
Organossolo Tiomórfico Hêmico típico
PC129
OJy
Organossolo Tiomórfico Hêmico típico
PC-V1
OJy
Organossolo Tiomórfico Hêmico típico
PC119
OXs
Organossolo Háplico Sáprico sálico sódico térrico
208
ANEXO F - As Unidades de Mapeamento (UM) e as classes de solos identificadas nas Unidades
Geomorfológicas (UGEs) da planície costeira de Bertioga-SP.
(continuação)
UM/UGE
P/PC
Siglas
Classes de Solos (SiBCS, 2006)
Apfm
PC125
OJs
Organossolo Tiomórfico Sáprico sálico térrico
PC121
RQg
Neossolo Quartzarênico Hidromórfico sálico, A moderado
OXs2
Complexo de ORGANOSSOLO HÁPLICO Sáprico ou Hêmico, térricos - GLEISSOLO HÁPLICO
Ta Distrófico típico - GLEISSOLO MELÂNICO Ta Distrófico organossólico, ambos A moderado,
textura indiscriminada
Atfb
PC116a
GMvd
Gleissolo Melânico Ta Distrófico organossólico, textura argilosa
PC68
GXvd
Gleissólico Háplico Ta Distrófico típico, A moderado, textura
indiscriminada
PC116b
OXy
Organossolo Háplico Hêmico
PC104
OXy
Organossolo Háplico Hêmico térrico
PC 101
OXs
Organossolo Háplico Sáprico térrico
PC103
OXs
Organossolo Háplico Sáprico térrico
OXs1
Complexo de ORGANOSSOLO HÁPLICO Sáprico térrico ou típico - ORGANOSSOLO
TIOMÓRFICO Sáprico sálico (Inclusão de GLEISSOLO HÁPLICO, A moderado, textura argilosa)
Adfl
PC106
GX
Gleissolo Háplico, A moderado, textura argilosa
PC92
OXs
Organossolo Háplico Sáprico térrico
PC93
OXs
Organossolo Háplico Sáprico térrico
PC96
OXs
Organossolo Háplico Sáprico térrico
PC109
OXs
Organossolo Háplico Sáprico térrico
PC110
OXs
Organossolo Háplico Sáprico típico
PC111
OXs
Organossolo Háplico Sáprico típico
PC112
OXs
Organossolo Háplico Sáprico típico
PC95
OXs
Organossolo Háplico Sáprico típico
PC107
OJs
Organossolo Tiomórfico Sáprico sálico
PC105
OJs
Organossolo Tiomórfico Sáprico sálico
OXy
Complexo de ORGANOSSOLO HÁPLICO Hêmico - ORGANOSSOLO HÁPLICO Sáprico,
ambos típicos
Adfl
PC43
OXy
Organossolo Háplico Hêmico típico
PC143
OXy
Organossolo Háplico Hêmico típico
PC44
OX
Organossolo Háplico Hêmico
PC123
OXs
Organossolo Háplico Sáprico típico
PC13
OXy
Organossolo Háplico Hêmico típico
CXvd
Associação de CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Distrófico típico + CAMBISSOLO HÁPLICO Ta
Distrófico salino solódico, A moderado, textura média/média cascalhenta (Inclusão de
NEOSSOLO REGOLÍTICO Distrófico típico, A moderado, textura arenosa cascalhenta/arenosa
muito cascalhenta)
Arc
PC57
CXvd
Cambissolo Háplico Ta Distrófico típico, A moderado, textura média
cascalhenta
PC65b
RRd
Neossolo Regolítico Distrófico típico, A moderado, textura arenosa
cascalhenta/arenosa muito cascalhenta
209
ANEXO F - As Unidades de Mapeamento (UM) e as classes de solos identificadas nas Unidades
Geomorfológicas (UGEs) da planície costeira de Bertioga-SP.
(continuação)
UM/UGE
P/PC
Siglas
Classes de Solos (SiBCS, 2006)
Arc
PC83
CXvd
Cambissolo Háplico Ta Distrófico salino solódico, A moderado, textura
média
PC102
CXvd
Cambissolo Háplico Ta Distrófico típico, A moderado, textura média
PC58
CXvd
Cambissolo Háplico, A moderado, textura média
PC56
CXvd
Cambissolo Háplico, A moderado, textura média
PC66
CX
Cambissolo Háplico, A moderado, textura média
PC67
CX
Cambissolo Háplico
CYvd
Associação de CAMBISSOLO FLÚVICO Ta Distrófico, típico ou gleissólico + CAMBISSOLO
HÁPLICO Ta Distrófico gleissólico ou típico + CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico
organossólico, textura média, A moderado (inclusão de CAMBISSOLO FLÚVICO Sálico
gleissólico e GLEISSOLO SÁLICO Órtico neofluvissólico)
Atca
PC114
RYq
Neossolo Flúvico Psamítico típico, A moderado, textura média/arenosa
PC115
CXvd
Cambissolo Háplico Ta Distrófico típico, A moderado, textura média
PC117
CXvd
Cambissolo Háplico Ta Distrófico gleissólico, A moderado, textura média
PC90
CYz
Cambissolo Flúvico Sálico gleissólico, A moderado, textura média
PC94
CYvd
Cambissolo Flúvico Ta Distrófico gleissólico, A moderado, textura média
P35
CYvd
Cambissolo Flúvico Ta Distrófico típico, A moderado, textura média
PC39
CYvd
Cambissolo Flúvico Ta Distrófico típico, A moderado, textura média
PC40
CXbd
Cambissolo Háplico Tb Distrófico organossólico, textura argilosa
PC72
GZo
Gleissolo Sálico Órtico neofluvissólico, textura média/arenosa, A
moderado
P36
CYvd
Cambissolo Flúvico Ta Distrófico gleissólico, A moderado, textura média/
arenosa
GXvd1
Complexo de GLEISSOLO HÁPLICO Ta Distrófico neofluvissólico ou típico - NEOSSOLO
FLÚVICO Psamítico gleissólico ou pico e NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Hidromórfico
neofluvissólico ou típico, todos A moderado, textura média/arenosa (Inclusão de GLEISSOLO
SÁLICO Órtico típico e NEOSSOLO FLÚVICO Ta Distrófico gleissólico)
Atfb
+
Apf
PC69a
RYq
Neossolo Flúvico Psamítico típico, A moderado
PC88
GZo
Gleissolo Sálico Órtico típico, A moderado, textura média/arenosa.
PC81
RYq
Neossolo Flúvico Psamítico gleissólico, Horizonte Hístico, textura
arenosa.
PC113
RYvd
Neossolo Flúvico Ta Distrófico gleissólico, A moderado, textura arenosa
PC71
RQg
Neossolo Quartzarênico Hidromórfico típico, A moderado
P37
GXvd
Gleissolo Háplico Ta Distrófico neofluvissólico, A moderado, textura média
PC89
GXvd
Gleissolo Háplico Ta Distrófico neofluvissólico, A moderado, textura média
PC69b
GXvd
Gleissolo Háplico Ta Distrófico típico, A moderado, textura média
PC87
GXvd
Gleissolo Háplico Ta Distrófico típico, A moderado, textura média
PC91
RYq
Neossolo Flúvico Psamítico gleissólico, A moderado, textura arenosa.
PC82
RYq
Neossolo Flúvico Psamítico típico, A moderado, textura arenosa.
PC80
GXvd
Gleissolo Háplico Ta Distrófico neofluvissólico, A moderado, textura
média.
PC73
RQg
Neossolo Quartzarênico Hidromórfico neofluvissólico, A moderado
PC74
GXvd
Gleissolo Háplico Distrófico típico, A moderado textura média/arenosa
210
ANEXO F - As Unidades de Mapeamento (UM) e as classes de solos identificadas nas Unidades
Geomorfológicas (UGEs) da planície costeira de Bertioga-SP.
(conclusão)
UM/UGE
P/PC
Siglas
Classes de Solos (SiBCS, 2006)
GXvd2
Complexo de GLEISSOLO HÁPLICO Ta Distrófico neofluvissólico - GLEISSOLO SÁLICO Órtico
neofluvissólico - NEOSSOLO FLÚVICO Psamítico típico ou gleissólico, todos A moderado,
textura indiscriminada (Inclusão de GLEISSOLO HÁPLICO Alítico típico)
Apf
PC85
GXvd
Gleissolo Háplico Ta Distrófico neofluvissólico, A moderado, textura
indiscriminada
P32
GXvd
Gleissolo Háplico Ta Distrófico neofluvissólico, A moderado, textura média
PC34
RYq
Neossolo Flúvico Psamítico típico, A moderado, textura arenosa
PC86a
GXal
Gleissolo Háplico Alítico típico, A moderado, textura média
PC35
RYq
Neossolo Flúvico Psamítico gleissólico, A moderado, textura arenosa
PC59
GXvd
Gleissolo Háplico Ta Distrófico neofluvissólico, A moderado, textura média
PC62
GZo
Gleissolo Sálico Órtico neofluvissólico, A moderado, textura média
cascalhenta
PC63
GZo
Gleissolo Sálico Órtico neofluvissólico, A moderado, textura média
cascalhenta
PC 60
GX
Gleissolo Háplico, A moderado, textura média
PC 61
GX
Gleissolo Háplico, A moderado, textura média
RQg3
Associação de NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Hidromórfico neofluvissólico + NEOSSOLO
QUARTZARÊNICO Hidromórfico típico, ambos A moderado (inclusão de GLEISSOLO HÁPLICO
Alítico típico e NEOSSOLO FLÚVICO Psamítico gleissólico)
Apf
PC122a
RQg
Neossolo Quartzarênico Hidromórfico neofluvissólico, A moderado
PC122b
RQg
Neossolo Quartzarênico Hidromórfico típico, A moderado
PC97c
RQg
Neossolo Quartzarênico Hidromórfico neofluvissólico, A moderado
PC98
RQg
Neossolo Quartzarênico Hidromórfico típico, A moderado
PC128
GXal
Gleissolo Háplico Alítico típico, A moderado, textura média/argilosa
PC33
RYq
Neossolo Flúvico Psamítico gleissólico, A moderado, textura arenosa
Notas:
P/PC = perfil/ponto de controle
PC-V = solo identificado por Souza (2006)
UM = Unidade de Mapeamento de solo
UGE = Unidade Geomorfológica
211
ANEXO G - Dados químicos e granulométricos dos Neossolos Quartzarênicos (RQ) identificados na planície costeira de Bertioga-SP.
(continua)
P/PC
HZ
Prof.
(cm)
UGE
SOLO
AT
AG
AF
S
Arg.
CT
CO
(g kg
-1
)
SB
T
V%
m%
CE
(dS/m)
pH
em
H
2
O
Sat
Na
(%)
(g kg
-1
)
PC10
H1
0-20
Atmpb
RQg
organossólico
sálico
..
289
10
604
2
82
8,29
0,2
PC10
H2
20-25
..
204
11
173
6
59
1,29
0,9
PC10
Cg
30-50
..
4
4
13
29
33
0,31
2,3
PC20
H
0-20
Atmh
RQg
organossólico
902
196
706
86
13
A
101
20
262
8
59
1,5
PC20
HC
20-35
947
24
923
28
25
A
35
5
75
7
75
1,5
PC20
C
60-80
993
5
988
7
0
A
2
1
17
8
72
1,8
PC97c
A
0-16
Apf
RQg
neofluvissólico
935
64
870
65
0
A
43
11
101
10
57
0,06
1,3
PC97c
C1
16-35
979
4
975
21
0
A
2
2
14
11
60
0,01
0,0
PC97c
C2
35-60
962
8
955
25
13
A
8
0
65
1
99
0,01
0,6
PC97c
Cg
150-170
729
9
720
168
103
FA
22
27
266
10
91
0,38
0,1
PC122a
A
0-18
Apf
RQg
neofluvissólico
879
196
683
108
13
A
67
52
205
25
24
0,10
0,8
PC122a
AC
18-30
880
22
858
107
13
A
31
17
101
17
49
0,04
0,4
PC122a
C
30-50
911
3
908
64
25
A
6
4
45
8
75
0,02
0,7
PC122a
Cg2
90-120
900
5
896
75
25
A
11
14
122
11
87
0,29
0,2
PC73
A
0-20
Atfb+Apf
RQg
neofluvissólico
850
7
842
100
50
AF
18
5
71
8
72
3,0
PC73
Cg2
130-150
971
1
970
4
25
A
1
0
52
1
99
0,4
P09
A1
0-7
Atmh
RQg típico
884
46
838
76
40
A
21
36
97
37
42
4,4
2,4
P09
A2
7-15
902
42
860
78
20
A
12
19
77
25
41
4,5
2,0
P09
C1
15-(57-
63)
986
8
978
4
10
A
1
30
39
76
19
5,9
1,8
P09
C2
(57-63)-
(73-82)
988
6
982
2
10
A
0
32
37
86
18
6,1
3,9
P09
C3
73-94
988
8
980
2
10
A
0
29
33
88
1
6,3
4,0
211
212
ANEXO G - Dados químicos e granulométricos dos Neossolos Quartzarênicos (RQ) identificados na planície costeira de Bertioga-SP.
(continuação)
P/PC
HZ
Prof.
(cm)
UGE
SOLO
AT
AG
AF
S
Arg.
CT
CO
(g kg
-1
)
SB
T
V%
m
(%)
CE
(dS/m)
pH
em
H2O
Sat
Na
(%)
(g kg
-1
)
P09
C4
94-110+
Atmh
RQg típico
988
6
982
2
10
A
0
36
36
100
13
6,5
7,3
P09
Cg
73-82
988
10
978
2
10
A
0
23
27
84
4
6,0
5,1
P11
A1
0-8
Atmh
RQg típico
876
40
836
114
10
A
30
16
108
14
54
3,9
4,7
P11
A2
8-24
888
26
862
102
10
A
34
10
80
12
67
3,7
5,6
P11
AE
24-30
942
10
932
48
10
A
9
8
24
33
60
3,9
14,1
P11
C
30-48
942
16
926
48
10
A
4
7
36
19
72
4,4
9,5
P11
Cg1
48-83
976
24
952
14
10
A
2
6
24
25
76
4,8
13,3
P11
Cg2
90-110
988
20
968
2
10
A
1
6
9
66
47
5,6
28,1
PC16
A1
0-12
Atmh
RQg típico
975
35
940
12
13
A
10
23
46
49
9
2,8
PC16
A2
12-22
974
10
965
13
13
A
8
8
27
29
35
2,6
PC16
AC
22-34
985
9
976
2
13
A
4
8
32
25
44
1,9
PC16
CA
34-49
992
5
987
8
0
A
3
7
28
26
50
1,8
PC16
C1
49-68
993
2
991
7
0
A
0
8
21
39
41
2,4
PC16
C2
68-87
996
3
994
4
0
A
1
8
22
35
44
2,7
PC16
C3
87-120
997
2
996
3
0
A
1
11
23
50
23
4,4
PC31a
A
0-8
Apfm
RQg típico
43
632
260
65
FA
114
20
171
12
52
0,26
1,6
PC31a
AC
8-15
871
12
859
91
38
A
36
2
54
4
88
0,16
1,3
PC31a
C1
15-30
909
4
905
53
38
A
15
1
106
1
93
0,11
0,3
PC31a
C2
30-50
944
26
918
18
38
A
6
3
29
10
86
0,18
1,4
PC31a
Cg
70-90
938
4
934
25
38
A
8
6
66
9
92
2,22
0,8
PC31b
Ag2
20-40
Apfm
RQg típico
829
13
817
133
38
AF
13
111
152
73
7
42,4
PC31b
Acg
40-60
845
14
831
117
38
AF
20
161
247
65
21
39,6
212
213
ANEXO G - Dados químicos e granulométricos dos Neossolos Quartzarênicos (RQ) identificados na planície costeira de Bertioga-SP.
(continuação)
P/PC
HZ
Prof.
(cm)
UGE
SOLO
AT
AG
AF
S
Arg.
CT
CO
(g kg
-1
)
SB
T
V%
m
(%)
CE
(dS/m)
pH
em
H2O
Sat
Na
(%)
(g kg
-1
)
PC31b
Ag2
20-40
Apfm
RQg típico
829
13
817
133
38
AF
13
111
152
73
7
42,4
PC31b
Acg
40-60
845
14
831
117
38
AF
20
161
247
65
21
39,6
PC31b
Cg
60-80
894
10
883
68
38
A
5
125
182
69
22
41,3
PC32a
A1
0-20
Apfm
RQg típico
924
8
916
51
25
A
7
83
90
92
0
2,94
57,7
PC32a
A2
20-40
922
11
910
53
25
A
8
82
96
85
2
3,08
44,7
PC32a
AC
40-60
930
7
923
45
25
A
8
80
111
72
18
3,42
44,3
PC32a
Cg
60-80
942
7
935
33
25
A
5
64
134
48
54
0,44
41,5
PC121
A1
0-20
Apfm
RQg típico
..
75
96
150
64
0
17,36
5,3
PC121
A2
20-54
..
63
93
136
68
0
18,10
5,1
PC121
Cg1
54-79
..
69
114
60
0
13,70
2,6
PC121
Cg2
79-100
..
57
97
59
0
13,50
5,1
PC98
A
0-15
Apf
RQg típico
864
54
810
136
0
A
51
8
145
6
82
0,02
0,6
PC98
Cg1
40-70
874
3
871
89
38
A
12
1
141
1
99
0,04
0,3
PC98
Cg2
70-100
841
5
837
108
51
AF
15
2
203
1
99
0,32
0,1
PC122b
A
0-15
Apf
RQg típico
883
120
764
117
0
A
87
52
152
34
4
0,99
2,6
PC122b
Cg
130-150
978
1
977
22
0
A
2
22
71
31
66
0,27
17,0
PC71
A,C
0-20
Atfb+Apf
RQg típico
910
8
902
64
25
A
29
5
80
6
71
0,4
PC71
Cg2
130-150
936
1
935
51
13
A
3
12
72
16
81
0,3
PC77
A
0-15
Atmh
RQo típico
5
558
424
13
FA
19
19
68
28
0
4,5
6,3
PC77
AC
35-80
1
573
426
0
FA
1
3
8
41
4,6
3,7
PC77
C
80-100
1
554
433
13
FA
3
3
25
13
4
4,1
1,6
213
214
ANEXO G - Dados químicos e granulométricos dos Neossolos Quartzarênicos (RQ) identificados na planície costeira de Bertioga-SP.
(conclusão)
P/PC
HZ
Prof.
(cm)
UGE
SOLO
AT
AG
AF
S
Arg.
CT
CO
(g kg
-1
)
SB
T
V%
m
(%)
CE
(dS/m)
pH
em
H2O
Sat
Na
(%)
(g kg
-1
)
PC127
A
0-18
Atmpa
RQo típico
..
14
13
81
16
61
4,0
PC127
CA
18-41
12
212
725
50
FS
9
4
56
7
77
2,9
PC127
C1
80-100
13
254
620
113
FS
2
2
52
4
91
8,8
PC127
C2
180-200
13
257
617
113
FS
1
5
48
10
79
10,3
P02
A1
0-8
Atmpa
RQo espódico
936
106
830
44
20
A
20
13
65
20
41
4,2
6,8
P02
A2
8-25
902
90
812
78
20
A
18
10
72
13
52
4,0
6,2
P02
AC
25-38
918
82
836
62
20
A
10
9
56
15
45
4,5
7,9
P02
C1
38-94
908
80
828
72
20
A
8
8
53
15
25
4,8
9,5
P02
C2
94-140
914
60
854
66
20
A
4
8
35
23
25
4,9
14,4
P02
C3
140-160
932
50
882
48
20
A
4
8
36
23
23
4,9
14,1
P02
C4
160-175
908
116
792
72
20
A
3
10
38
27
20
4,7
14,5
P02
C5
175+
962
60
902
18
20
A
2
4,8
P02
Plácico
876
48
828
84
40
A
9
11
70
15
18
4,7
7,9
Média
925
29
847
100
24
..
23
25
89
31
46
3
4,8
8,7
Máxima
997
196
996
725
113
..
289
161
604
100
99
18
6,5
57,7
Mínima
729
1
212
2
0
..
0
0
8
1
..
0
3,7
0,0
Notas:
P/PC = perfil/ponto de controle
AT = areia total
AG = areia grossa
AF = areia fina
S = silte
Arg. = argila
CT = classe textural
Sinais convencionais utilizados:
.. o se aplica dado numérico
... dado numérico não disponível
0 = dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de um dado numérico
originalmente positivo.
214
215
ANEXO H - Dados químicos e granulométricos dos Neossolos Flúvicos (RY) identificados na planície costeira de Bertioga-SP.
(continua)
PC
HZ
Prof.
UGE
Solo
AT
AG
AF
S
Arg.
CT
CO
(g kg
-
1
)
SB
V%
m%
CE
(dS/m)
T arg.
(cmol
c
/kg)
Sat
Na
(%)
(g kg
-1
)
PC33
A
0-7
Apf
RYq
gleissólico
860
18
842
128
13
Areia
39
21
28
36
0,05
589
5,1
AC
7-16
903
18
885
84
13
Areia
18
12
29
35
0.03
329
5,3
C1
16-25
913
22
892
74
13
Areia
9
6
22
43
0,01
228
5,6
C2
25-37
881
32
849
81
38
Areia
10
12
25
49
0,01
133
5,8
C3
37-65
875
38
837
87
38
Areia
7
10
25
55
0,02
111
7,9
2Cg1
65-90
895
27
868
67
38
Areia
15
20
10
76
0,45
533
1,0
3Cg2
100-120
977
33
944
11
13
Areia
2
8
11
88
0,26
601
3,2
PC34
A
0-18
RYq
típico
756
44
713
180
64
FA
34
11
14
69
0,05
129
2,6
AC
18-30
789
11
778
135
76
AF
15
6
9
74
0,02
89
1,3
C
30-60
899
1
898
63
38
Areia
3
7
18
64
0,03
109
9,2
C2
120-130
389
16
373
436
175
franca
71
92
16
76
0,04
325
0,7
Cg
150-170
890
10
880
85
25
Areia
36
24
9
90
0,56
1105
0,5
PC35
A
0-10
RYn
típico
415
144
271
435
150
franca
142
71
23
13
0,27
204
20,1
Cg
60-80
913
8
904
62
25
Areia
27
12
8
89
0,28
552
7,5
PC69a
A
0-20
Atfb
+
Apf
RYq
típico
879
611
269
96
25
Areia
33
7
7
79
0,06
385
0,7
C
40-60
975
714
261
25
0
Areia
1
4
90
0,01
0,9
PC81
H
0-20
RYq
gleissólico
718
189
529
243
39
FA
114
66
55
29
0,30
307
34,4
C1
20-40
865
341
524
110
25
AF
19
23
34
15
0,14
267
17,9
C2
40-70
960
783
177
28
13
Areia
7
22
22
42
0,15
810
11,8
Cg1
70-90
921
483
438
54
25
Areia
24
48
28
57
0,34
667
10,4
Cg2
90-140
931
259
673
56
13
Areia
8
41
27
60
0,31
1189
7,7
PC82
A
0-15
RYq
típico
365
38
327
453
182
franca
37
4
3
94
0,06
77
0,6
AC
20-40
435
42
392
348
218
franca
11
8
6
87
0,04
59
1,9
C1
40-60
840
55
785
109
50
AF
3
12
24
71
0,04
97
8,9
C2
80-110
363
65
297
493
145
franca
77
19
4
47
0,03
301
0,4
PC91
A
0-15
RYq
gleissólico
834
374
460
115
51
AF
15
4
7
84
0,05
121
1,3
Cg1
40-70
467
58
409
329
204
franca
5
3
7
85
0,01
21
2,1
Cg2
120-150
904
303
602
71
25
Areia
11
4
18
58
0,00
79
9,1
215
216
ANEXO H - Dados químicos e granulométricos dos Neossolos Flúvicos (RY) identificados na planície costeira de Bertioga-SP.
(conclusão)
PC
HZ
Prof.
UGE
Solo
AT
AG
AF
S
Arg.
Classe
textural
CO
(g kg
-
1
)
SB
V%
m%
CE
(dS/m)
T arg.
(cmolc/kg)
Sat
Na
(%)
(g kg
-1
)
PC113
A
0-10
Atfb
+
Apf
RYvd
gleissólico
678
232
446
230
91
FA
50
5
3
91
0,08
179
0,2
CA
10-19
710
264
446
175
116
FA
23
1
1
97
0,02
74
1,1
C1
19-37
801
336
465
123
76
AF
9
3
5
86
0,01
72
0,2
C2
37-60
734
342
392
165
101
FA
4
0
1
97
0,00
42
0,5
2Cg
60-80
901
582
319
49
50
Areia
2
0
2
95
0,00
62
1,6
PC114
A
0-14
Atca
RYq típico
728
188
540
170
102
FA
24
17
18
15
6,75
91
1,0
C
14-30
788
180
608
137
76
AF
10
7
11
25
1,33
76
0,9
2C1
30-60
924
208
716
38
38
Areia
3
5
17
14
0,60
72
1,5
P = perfil
HZ = horizonte
Prof. = profundidade
UGE = Unidade Geomorfológica
AT = areia total
Ag = areia grossa
AF = areia fina
S = silte
Arg. = argila
CO = carbono orgânico
SB = soma de bases
CE = condutividade elétrica
216
217
ANEXO I - Dados químicos e granulométricos dos ESPODOSSOLOS FERRIHUMILÚVICOS (ESK) na planície costeira de Bertioga-SP.
(continua)
HZ
Cor
Prof.
(cm)
Solo
(EMBRAPA,
2006)
AT
AG
AF
S
Arg.
CT
CO
(g kg
-1
)
SB
H+Al
Al
+++
T
V%
m%
pH
Sat Na
(%)
(g kg
-1
)
(mmol
c
/kg)
PERFIL 38 - Atmpa
A
0-6
ESKo
Espessarênico
870
24
846
90
40
AF
37
28
101
4
129
22
12
4,2
5
A2
6-13
956
48
908
24
20
A
13
10
31
8
41
25
42
4,4
13
EA
13-35
970
28
942
10
20
A
2
10
7
2
17
57
14
4,6
30
E1
25-71
972
16
956
8
20
A
1
10
0
0
11
98
1
5,7
52
E2
106-180
974
92
882
6
20
A
0
10
0
0
10
100
2
5,5
55
EB
94-113
974
74
900
6
20
A
1
10
8
1
18
56
9
5,3
28
BE1
71-82
782
56
726
138
80
AF
9
13
55
10
68
20
42
5,2
8
BE2
73-91
798
80
718
142
60
AF
18
11
119
23
130
8
69
4,6
4
Bh1
5YR3/1
82-119
938
98
840
42
20
A
20
10
124
25
134
8
71
4,3
4
Bh2
5YR3/2
107-125
954
84
870
26
20
A
12
10
82
17
92
11
63
4,5
6
Bh3
5YR3/2
135-170
...
...
..
12
10
76
19
86
12
65
4,5
6
Bhm1
5YR2,5/2
89-125
904
98
806
76
20
A
37
10
232
40
242
4
80
4,2
2
Bhm2
5YR3/1
120-142
870
92
778
70
60
AF
23
9
158
19
167
5
68
4,7
3
Bs1
7,5YR4/2
105-125
972
108
864
8
20
A
5
10
47
7
57
17
41
4,8
8
Bs2
10YR5/6
125-180
962
86
876
18
20
A
4
8
47
4
55
15
31
5,2
9
Bsm1
5YR4/3
122-144
908
92
816
72
20
A
20
10
139
24
149
7
70
4,6
3
Bsm3
7,5YR5/4
132-170
940
106
834
40
20
A
11
15
103
8
118
13
35
4,6
2
Bsm2
5YR4/3
153-180
940
72
868
40
20
A
8
10
71
4
82
12
30
5,2
6
Bsm4
5YR4/3
157-180
938
78
860
42
20
A
16
9
114
14
123
8
61
4,8
4
Plácico
...
...
..
36
10
249
40
258
4
81
4,1
2
PERFIL 12 - Atmpa
A
7,5YR4/1
0-18
954
162
792
26
20
A
6
6
26
13
32
20
67
4,0
10
217
218
ANEXO I - Dados químicos e granulométricos dos ESPODOSSOLOS FERRIHUMILÚVICOS (ESK) na planície costeira de Bertioga-SP.
(continuação)
HZ
Cor
Prof.
Solo
(EMBRAPA,
2006)
AT
AG
AF
S
Arg.
CT
CO
(g kg
-1
)
SB
H+Al
Al
+++
T
V%
m%
pH
Sat Na
(%)
(g kg
-1
)
(mmol
c
/kg)
PERFIL 12 Atmpa
EA
26-37
ESKo
Dúrico
960
122
838
20
20
A
5
6
4
11
45
44
4,5
31
E
37-50
968
116
852
22
10
A
5
0
0
5
100
2
5,0
66
EB
50-59
...
...
...
...
5
7
3
2
10
67
23
5,2
39
Bh
5YR3/1
59-(73-89)
802
112
690
178
20
AF
45
8
200
109
208
4
93
3,9
2
Bhm
2,5YR2/0
113-150
858
28
830
122
20
AF
32
7
130
51
137
5
89
3,6
2
Bs
150
960
16
944
30
10
A
5
6
38
22
45
14
77
3,8
7
Cg1
75-134
800
114
686
180
20
AF
38
8
212
104
220
4
93
3,5
2
Cg2
138
...
...
...
...
..
36
7
219
149
226
3
95
3,5
2
PERFIL 16 - Atmpa
A1
5YR3/1
0-13
ESKo
espessarênico
882
102
780
98
20
A
21
9
84
37
93
10
80
3,8
4
A2
5YR6/1
13-28
898
90
808
82
20
A
20
7
73
26
80
9
78
4,2
5
AE
10YR5/3
28-(35-63)
936
86
850
44
20
A
9
7
31
8
38
19
52
4,7
11
E
5YR7/1
(35-63)-(60-82)
974
108
866
6
20
A
2
7
2
0
9
78
1
5,4
42
EB
10YR5/3
(60-82) (67-84)
956
98
858
24
20
A
4
6
10
2
16
38
25
4,9
23
Bhs1
10RY5/3
(67-84)-(74-90)
930
80
850
60
10
A
7
6
30
5
36
16
43
4,8
10
Bhs2
10YR5/4
(74-90)-116
918
76
842
72
10
A
9
6
41
6
47
12
52
4,9
7
Bhs3
7,5YR5/4
116-(127-140)
916
74
842
44
40
A
9
6
48
5
54
11
47
5,0
8
Bhs4
10YR4/4
114-128
894
96
798
66
40
A
12
6
64
10
70
8
64
4,9
5
Bhs5
10YR6/4
127-153
942
62
880
38
20
A
4
5
42
2
47
11
32
5,1
8
Bhs6
10YR5/4
126-152
924
68
856
56
20
A
6
7
45
4
52
13
40
5,2
8
Bhs7
10YR5/4
140-200
940
82
858
40
20
A
5
6
24
3
30
19
33
5,3
11
C1
10YR7/3
161-180
974
84
890
16
10
A
1
6
4
0
10
60
6
5,6
38
218
219
ANEXO I - Dados químicos e granulométricos dos ESPODOSSOLOS FERRIHUMILÚVICOS (ESK) na planície costeira de Bertioga-SP.
(continuação)
HZ
Cor
Prof.
Solo
(EMBRAPA,
2006)
AT
AG
AF
S
Arg.
CT
CO
(g kg
-1
)
SB
H+Al
Al
+++
T
V%
m%
pH
Sat Na
(%)
(g kg
-1
)
(mmol
c
/kg)
PERFIL 16 Atmpa
C2
10YR6/4
180-200
ESKo
espessarênico
936
66
870
54
10
A
4
6
22
2
28
21
23
5,3
14
Bh remanescentes
155-158
950
96
854
40
10
A
7
6
33
3
39
15
34
5,4
11
Plácico
155-158
948
122
826
42
10
A
8
1
54
3
55
2
74
5,2
0
PC 38 - Atmpa
A
0-10
ESKo
espessarênico
159
1
158
828
13
..
19
6
62
9
68
9
60
2
E
45-80
420
3
417
567
13
FS
1
2
14
2
16
14
52
1
BE
80-100
858
5
853
116
25
AF
4
1
43
8
44
3
85
1
Bh
5YR 3/1
150-170
997
5
993
38
..
3
1
64
15
65
2
93
0
Plácico
190
631
8
623
343
26
FA
11
2
84
5
86
2
75
0
PC75 - Atmpa
A
0-15
ESKo
espessarênico
399
22
377
576
25
FA
45
31
94
7
125
25
18
9
Bh
5YR 3/1
50-80
921
6
915
15
64
A
39
2
247
65
250
1
97
0
PERFIL 03 - Atmpa
A1
5YR 5/1
0-12
ESKo
espessarênico
924
32
892
56
20
A
19
16
40
4
55
28
21
4,7
7
A2
5YR 5/1
12-27
914
34
880
66
20
A
11
7
30
4
37
18
38
4,3
8
E
10YR 8/1
25-57
958
28
930
22
20
A
1
5
3
1
8
67
9
4,5
37
Bhg
10YR 6/1
47-57
868
22
846
72
60
AF
11
9
67
16
76
12
63
4,0
4
Bh1
5YR3/1 e 5YR3/2
52-75
856
22
834
104
40
AF
31
3
200
41
...
...
4,0
219
220
ANEXO I - Dados químicos e granulométricos dos ESPODOSSOLOS FERRIHUMILÚVICOS (ESK) na planície costeira de Bertioga-SP.
(continuação)
HZ
Cor
Prof.
Solo
(EMBRAPA,
2006)
AT
AG
AF
S
Arg.
CT
CO
(g kg
-1
)
SB
H+Al
Al
+++
T
V%
m%
pH
Sat Na
(%)
(g kg
-1
)
(mmol
c
/kg)
PERFIL 03 - Atmpa
Bh2
5YR3/2
63-80
ESKo
espessarênico
842
26
816
98
60
AF
33
2
235
50
237
1
95
3,9
0
Bh3
5YR3/3 e 5YR4/4
55-95
848
42
806
92
60
AF
26
7
221
31
228
3
82
4,2
1
Bh4
5YR3/2
126-150
834
100
734
126
40
AF
32
6
244
22
250
3
78
4,4
1
Bh5
5YR3/3 e 5YR4/3
63-78
818
32
786
122
60
AF
27
1
22
53
23
3
99
4,2
2
Bs1
10YR5/6
73-112
898
68
830
62
40
A
13
7
90
5
96
7
45
4,7
3
Bs2
10YR6/4
78-101
948
72
876
32
20
A
5
7
59
3
65
10
33
4,8
4
Bs3
10YR6/6 e 10YR4/6
82-85
902
56
846
58
40
A
10
17
85
5
102
17
22
4,6
3
Bs4
5YR4/3 e 5YR2,5/1
95-126
908
76
832
72
20
A
16
8
154
16
161
5
66
4,4
2
Bs5
10YR5/4 e 10YR4/6
85-180
938
234
704
42
20
A
3
10
35
2
45
22
15
4,8
7
Bs6
10YR6/6 e 10YR5/4
130-150
848
128
720
92
60
AF
23
7
187
14
194
4
66
4,5
1
Bs7
10YR4/3
54-120
880
48
832
80
40
A
14
7
96
5
103
7
41
4,7
3
C
7,5YR7/2
155-180
934
174
760
46
20
A
2
9
19
1
28
33
12
5,1
12
Plácico
54-112
848
34
814
112
40
AF
16
9
129
8
138
7
45
4,6
2
C3+Bh desmantelado
..
6
0
19
11
19
2
97
5,2
1
PERFIL 34 Atmpa
A
0-10
ESKo
espessarênico
926
26
900
54
20
A
6
1
35
4
36
3
80
4,4
1
EA
10-34
964
8
956
26
10
A
3
0
7
2
8
3
90
4,5
2
E
34-(127-140)
974
8
966
16
10
A
1
0
0
0
0
20
88
5,4
20
Bh
5YR3/1
(127-140)-150
874
8
866
86
40
A
13
0
162
34
162
0
99
4,4
0
Bhm
5YR2,5/1
150-170
902
14
888
58
40
A
13
0
159
28
159
0
99
4,4
0
220
221
ANEXO I - Dados químicos e granulométricos dos ESPODOSSOLOS FERRIHUMILÚVICOS (ESK) na planície costeira de Bertioga-SP.
(continuação)
HZ
Cor
Prof.
Solo
(EMBRAPA,
2006)
AT
AG
AF
S
Arg.
CT
CO
(g kg
-1
)
SB
H+Al
Al
+++
T
V%
M%
pH
Sat Na
(%)
(g kg
-1
)
(mmol
c
/kg)
PERFIL 34 Atmpa
Plácico
160+
ESKo
espessarênico
930
6
924
50
20
A
4
0
26
7
26
1
98
4,5
1
Bs
10YR6/4
160+
902
4
898
58
40
A
12
0
152
30
153
0
99
5,3
0
PERFIL 38 Atmpa
A
0-15
ESKo
espessarênico
930
26
904
50
20
A
21
5
85
23
90
5
83
3,6
2
EA
15-(50-85)
978
16
962
12
10
A
2
1
10
6
11
9
85
4,3
2
E
70-120
982
20
962
8
10
A
1
1
2
2
3
25
69
4,4
7
E-Bh
120-180
986
16
970
4
10
A
1
1
3
1
4
19
65
4,6
5
Bh1
10YR5/2
(30-35) - (50-65)
952
18
934
38
10
A
1
22
7
23
5
86
4,2
1
Bh1
10YR4/2-3/2
(50-70 - (90-110)
970
14
956
20
10
A
6
1
33
11
34
2
94
4,3
1
Bh2
10YR3/2
(110-150) - (125-
140)
942
14
928
48
10
A
6
1
44
14
45
2
92
3,9
1
Bh3
10YR4/3
140-180
852
12
840
138
10
AF
11
1
80
34
81
1
97
4,1
0
Bh4
10YR5/3
140-180
918
18
900
2
80
A
5
1
53
5
54
2
82
4,4
1
Bs1
10YR5/3
90-110
958
10
948
2
40
A
2
1
14
4
14
5
83
4,6
1
Bs1
10YR5/4-5/3
125-140
962
20
942
28
10
A
3
1
21
8
21
4
91
4,3
1
Bs1
10YR6/6
155-165
964
20
944
26
10
A
2
1
20
5
21
4
87
4,4
1
Bs2
7,5YR5/8
180-170
928
16
912
32
40
A
3
1
38
9
39
2
92
4,3
1
PERFIL 33 Atmpa
A
0-25
958
26
932
32
10
A
15
4
32
6
36
11
61
4,2
9
221
222
ANEXO I - Dados químicos e granulométricos dos ESPODOSSOLOS FERRIHUMILÚVICOS (ESK) na planície costeira de Bertioga-SP.
(conclusão)
HZ
Cor
Prof.
Solo
(EMBRAPA,
2006)
AT
AG
AF
S
Arg.
CT
CO
(g kg
-1
)
SB
H+Al
Al
+++
T
V%
M%
pH
Sat Na
(%)
(g kg
-1
)
(mmol
c
/kg)
PERFIL 33 Atmpa
EA
25-45
ESKu
Espessarênico
984
12
972
6
10
A
2
3
37
2
40
8
38
4,3
7
E
45-(80-95)
988
20
968
2
10
A
1
0
2
1
2
2
94
4,8
2
E-Bs
10YR4/3 (Bs)
(80-95)-260
988
14
974
2
10
A
1
0
0
0
0
20
83
5,4
20
BE
7,5YR6/2
260-270
984
18
966
6
10
A
1
0
8
1
8
2
92
4,5
1
Bh
?
270-310
966
10
956
24
10
A
4
0
47
11
47
0
99
4,7
0
Bs
10YR6/6
310-340
954
8
946
36
10
A
9
0
70
12
70
0
98
4,7
0
Média
901
55
847
74
25
..
12
6
70
15
75
16
61
4,6
8,4
Máxima
997
234
993
828
80
..
45
31
249
149
258
100
99
5,7
66
Mínima
159
1
158
-35
10
..
0
0
0
0
0
0
1
3,5
0
HZ = horizonte
P = perfil
PC = ponto de controle
Prof. = profundidade
CT = classe textural
A = areia
AT = areia total
AG = areia grossa
AF = areia fina
S = silte
Arg. = argila
CO = carbono orgânico
SB = soma de bases
Sinais convencionais utilizados:
.. não se aplica dado numérico;
... dado numérico não disponível;
0 = dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de um dado
numérico originalmente positivo.
222
223
ANEXO J Dados morfológicos e químicos dos ESPODOSSOLOS HUMILÚVICOS (EK) identificados na planície costeira de Bertioga-SP.
(continua)
HZ
Cor
Munsell
Prof.
(cm)
Solo
(EMBRAPA,
2006)
AT
AG
AF
S
Arg.
CT
CO
SB
H+Al
Al
+++
T
V%
m%
pH
Sat
Na
(%)
(g kg
-1
)
(g kg
-1
)
(mmol
c
/kg)
PERFIL 07- Atmpb
A
0-7
EKg
dúrico
..
80
80
894
64
974
8
44
3,6
1,5
A2
7-12
...
..
17
26
554
42
580
5
62
3,7
0,4
AE
12-17
854
12
842
126
20
AF
30
4
100
13
104
4
74
3,9
0,5
E
17-(27-32)
978
2
976
12
10
areia
4
6
4
2
10
59
28
4,7
2,0
BE
(27-32)-(37-40)
960
2
958
30
10
areia
8
2
41
13
43
4
87
4,6
0,6
Bhm
5YR3/1
(46-53)-89
924
4
920
56
20
areia
28
8
185
45
193
4
85
3,8
0,2
Bs1
5YR3/4
89-106
940
16
924
50
10
areia
11
1
110
26
111
1
95
4,1
0,3
PC04 - Atmh
A
0-20
EKg
espessarênico
..
29
16
42
10
58
28
38
1,5
Bh
80-100
...
..
3
4
20
7
25
18
61
1,2
PERFIL 10 - Atmh
A
0-14
EKg
espessarênico
910
18
892
70
20
areia
17
3
124
9
127
3
73
4,4
0,9
EA
14-(29-35)
980
2
978
10
10
areia
2
0
2
2
2
9
92
4,3
5,2
E1
(29-35)-(53-71)
988
6
982
2
10
areia
1
0
1
4
1
10
98
4,8
7,5
E2
(53-71)-(84-
100)
988
4
984
2
10
areia
0
0
1
4
1
22
96
5,3
19,5
E3
(84-100)-112
988
2
986
2
10
areia
0
0
1
1
1
17
81
4,7
13,9
EB
112-122
986
2
984
4
10
areia
2
0
15
9
15
2
97
4,6
2,0
Bh1
5YR3/2
122-140
976
6
970
14
10
areia
5
1
43
11
44
2
93
4,7
1,5
Bh2
5YR3/1
140+
964
12
952
26
10
areia
5
0
103
16
103
0
97
4,5
0,3
PC24 - Atmpb
A
0-16
EKg
Espessarênico
..
188
27
191
25
218
13
48
1,7
223
224
ANEXO J Dados morfológicos e químicos dos ESPODOSSOLOS HUMILÚVICOS (EK) identificados na planície costeira de Bertioga-SP.
(continuação)
HZ
Cor
Munsell
Prof.
(cm)
Solo
(EMBRAPA,
2006)
AT
AG
AF
S
Arg.
CT
CO
SB
H+Al
Al
+++
T
V%
m%
pH
Sat
Na
(%)
(g kg
-1
)
(g kg
-1
)
(mmol
c
/kg)
PC24 - Atmpb
Bh
80
..
14
1
87
26
88
1
95
0,5
PERFIL 05 - Atmh
A1
0-13
EKg
Espessarênico
784
14
770
196
20
AF
77
24
198
18
221
11
43
3,7
1,8
A2
13-(17-23)
956
14
942
24
20
areia
12
7
31
5
38
19
39
3,9
7,6
EA1
(917-23)-29
958
4
954
22
20
areia
6
6
18
2
24
24
24
4,3
12,8
EA2
29-36
974
8
966
6
20
areia
5
7
14
2
21
33
25
4,6
15,5
Bh1
5YR3/1
36-42
942
6
936
38
20
areia
17
6
101
23
108
6
78
4,2
2,9
Bh2
5YR3/1
42-(53-82)
948
8
940
32
20
areia
21
6
125
25
131
5
81
3,6
2,3
Bhs
5YR4/3 e
5YR5/3
51-93
922
10
912
58
20
areia
10
6
107
27
113
6
81
3,4
3,1
Bs
10YR5/4
93-114
966
30
936
14
20
areia
4
6
47
15
54
12
70
3,6
5,0
Bcg
10YR5/4;
10YR5/1 e
10YR4/1
114-129
918
32
886
62
20
areia
5
7
89
49
96
7
87
3,1
3,5
Cg1
7,5YR5/0
129-150
862
26
836
98
40
AF
10
20
83
34
103
20
62
3,4
3,4
2Cg2
7,5YR4/0
160+
732
12
720
68
200
FAA
22
95
163
37
258
37
28
3,3
1,3
PERFIL 06 - Atmh
A1
0-8
EKg
Espessarênico
862
40
822
118
20
areia
28
183
26
212
13
48
4,3
1,5
A2
8-13
892
30
862
88
20
areia
35
15
62
43
77
19
74
4,2
2,6
AE1
13-19
926
30
896
54
20
areia
10
8
44
9
52
15
54
4,4
0,7
AE2
19-26
968
18
950
22
10
areia
8
2
36
8
38
4
83
4,4
1,5
Bh1
5YR3/1 e
5YR3/2
26-37
952
14
938
38
10
areia
12
7
60
17
67
10
71
4,2
0,6
224
225
ANEXO J Dados morfológicos e químicos dos ESPODOSSOLOS HUMILÚVICOS (EK) identificados na planície costeira de Bertioga-SP.
(continuação)
HZ
Cor
Munsell
Prof.
(cm)
Solo
(EMBRAPA,
2006)
AT
AG
AF
S
Arg.
CT
CO
SB
H+Al
Al
+++
T
V%
m%
pH
Sat
Na
(%)
(g kg
-1
)
(g kg
-1
)
(mmol
c
/kg)
PERFIL 06 - Atmh
Bh2
7,5YR3/2 e
7,5YR4/2
37-59
EKg
Espessarênico
938
26
912
52
10
areia
10
1
85
25
87
2
95
3,7
0,2
Bh
80
..
14
1
87
26
88
1
95
0,5
Bs
10YR5/4
58-74
946
18
928
44
10
areia
6
10
126
65
136
7
87
3,1
0,2
Bcg
5Y5/3;
10YR5/3 e
5Y4/2
74-84
954
14
940
36
10
areia
4
2
74
50
76
3
96
3,5
0,8
Cg1
5Y5/1
84-100
952
18
934
38
10
areia
2
1
61
46
62
1
98
3,1
0,3
PERFIL 08 - Atmpb
A
0-7
EKg
Espessarênico
724
40
684
216
60
FA
67
19
159
26
179
11
57
3,9
1,4
AE
7-11
928
34
894
52
20
areia
20
7
89
24
96
7
77
4,1
1,0
EA
11-(18-30)
966
8
958
24
10
areia
9
3
32
7
34
8
70
4,2
0,9
E
(18-30)-(35-48)
986
6
980
4
10
areia
1
4
2
14
6
62
79
4,9
2,4
EB
(35-48)-74
982
12
970
8
10
areia
2
6
11
16
17
33
74
4,7
1,2
BE
(60-74)-83
988
10
978
2
10
areia
4
1
29
8
31
5
84
4,5
0,7
Bh1
5YR2,5/1
83-103
948
28
920
42
10
areia
15
2
120
43
122
1
97
3,9
0,4
Bh2
5YR2,5/1
(90-103)-117
962
28
934
28
10
areia
20
1
173
45
174
0
99
4,1
0,2
Bhm
5YR2,5/1
117-150
952
22
930
28
20
areia
19
1
119
47
120
0
99
4,1
0,4
PC23 - Atmpb
A
0-16
EKg
Espessarênico
..
103
11
140
18
151
7
62
1,1
Bh
70-80
..
17
1
90
25
91
1
95
0,4
PERFIL 13 - Atmh
A1
0-12
926
66
860
54
20
areia
10
15
19
7
33
44
32
4,4
10
225
226
ANEXO J Dados morfológicos e químicos dos ESPODOSSOLOS HUMILÚVICOS (EK) identificados na planície costeira de Bertioga-SP.
(continuação)
HZ
Cor
Munsell
Prof.
(cm)
Solo
(EMBRAPA,
2006)
AT
AG
AF
S
Arg.
CT
CO
SB
H+Al
Al
+++
T
V%
m%
pH
Sat
Na
(%)
(g kg
-1
)
(g kg
-1
)
(mmol
c
/kg)
PERFIL 13 - Atmh
A2
12-22
ESKg
Espessarênico
970
40
930
20
10
areia
9
9
14
6
22
39
40
4,2
16
AE
22-30
976
36
940
14
10
areia
4
7
6
3
13
53
28
4,2
24
E
30-59
984
28
956
6
10
areia
2
6
4
2
10
56
27
4,4
32
Bh
5YR4/2
43-71
956
26
930
24
20
areia
6
8
32
14
40
19
65
4,4
11
Bs1
7,5YR5/6 e 7,5YR5/4
56-81
978
72
906
12
10
areia
3
8
10
8
18
43
52
4,9
25
Bs2
7,5YR6/6 e 7,5YR5/6
65-110
988
100
888
2
10
areia
2
7
11
5
18
38
42
5,2
21
C1
84-124
974
10
964
16
10
areia
1
6
5
3
11
53
34
5,5
29
C2
115-135
988
60
928
2
10
areia
1
5
4
3
9
55
34
5,6
35
PERFIL 15 - Atmp
A
0-20
EKo
espessarênico
884
44
840
96
20
areia
29
15
108
16
123
12
50
3,9
3,5
AE
20-32
966
12
954
14
20
areia
7
7
14
7
21
34
49
4,1
14,9
E1
32-77
988
6
982
2
10
areia
2
4
0
1
4
100
12
4,7
57,0
E2
77-97
988
2
986
2
10
areia
1
5
4
1
9
59
13
5,2
32,7
Bh1
5YR5/1
90-121
966
2
964
14
20
areia
5
6
26
15
32
20
70
4,3
10,8
Bh2
5YR5/2
121-175
978
6
972
2
20
areia
3
5
12
6
17
32
54
5,0
18,2
Bh3
5YR3/3
134-193
976
2
974
4
20
areia
4
7
23
11
31
24
59
4,9
12,4
Bh4
5YR3/4
193-253
964
8
956
16
20
areia
7
7
44
14
51
14
66
4,9
8,5
Bs
7,5YR5/4
253-300
968
20
948
12
20
areia
4
13
28
6
41
31
32
4,7
18,2
PERFIL 04 - Atmpa
A
0-15
EKo
espessarênico
948
54
894
32
20
areia
5
7
19
1
26
26
15
4,6
9,9
AE
15-41
974
50
924
6
20
areia
2
7
10
1
17
42
9
4,2
15,7
EA
41-71
972
46
926
8
20
areia
1
7
1
0
8
85
6
4,6
36,5
226
227
ANEXO J Dados morfológicos e químicos dos ESPODOSSOLOS HUMILÚVICOS (EK) identificados na planície costeira de Bertioga-SP.
(continuação)
HZ
Cor
Munsell
Prof.
(cm)
Solo
(EMBRAPA,
2006)
AT
AG
AF
S
Arg.
CT
CO
SB
H+Al
Al
+++
T
V%
m%
pH
Sat
Na
(%)
(g kg
-1
)
(g kg
-1
)
(mmol
c
/kg)
PERFIL 04 - Atmpa
E
71-153
EKo
espessarênico
976
26
950
4
20
areia
1
7
1
0
8
85
1
5,5
37,5
Bhg
10YR5/1+
5YR5/1 e
5YR3/1
153-157
816
8
808
104
80
AF
8
12
47
7
59
20
37
4,5
7,1
Bh
5YR2,5/1
158-165
810
10
800
110
80
AF
39
20
230
42
250
8
67
3,8
1,4
Bhm1
5YR2,5/1
156-205
864
16
848
96
40
AF
51
9
312
50
320
3
85
3,8
1,0
Bhm2
5YR2,4/1
158-205
904
30
874
76
20
areia
38
9
223
37
232
4
81
3,9
1,3
Bs
5YR3/4
165-205
946
46
900
34
20
areia
16
9
124
18
132
7
68
4,2
2,3
PERFIL 14 - Atmpb
A
0-20
EKu
espessarênico
832
20
812
148
20
AF
35
23
58
11
81
28
32
3,7
4,3
AE
20-40
976
2
974
14
10
areia
4
5
4
2
10
54
31
4,1
24,4
E1
40-60
982
2
980
8
10
areia
1
5
0
1
5
100
11
4,5
39,6
E2
60-160
984
2
982
6
10
areia
0
3
0
0
3
100
3
5,2
61,8
E3
160-215
986
6
980
4
10
areia
0
5
0
0
5
100
2
5,5
50,5
E3
190-210
986
4
982
4
10
areia
1
5
0
0
5
100
0
5,6
63,1
EB
215-305
984
10
974
6
10
areia
1
6
9
3
15
42
30
5,1
21,7
Bh1
5YR3/2
305-330
970
28
942
20
10
areia
9
5
52
27
58
9
83
4,4
3,4
Bhm
5YR2,5/1
340-360
960
34
926
20
20
areia
13
12
85
30
97
12
71
4,3
3,9
Bh2
5YR3/2
360-400
964
42
922
16
20
areia
10
11
63
24
74
15
68
4,3
5,5
227
228
ANEXO J Dados morfológicos e químicos dos ESPODOSSOLOS HUMILÚVICOS (EK) identificados na planície costeira de Bertioga-SP.
(conclusão)
HZ
Cor
Munsell
Prof.
(cm)
Solo
(EMBRAPA,
2006)
AT
AG
AF
S
Arg.
CT
CO
SB
H+Al
Al
+++
T
V%
m%
pH
Sat
Na
(%)
(g kg
-1
)
(g kg
-1
)
(mmol
c
/kg)
Média
943
21
922
37
20
16
9
78
17
87
25
59
4,3
10,5
Máxima
988
100
986
216
200
188
95
894
65
974
100
99
5,6
63,1
Mínima
724
2
684
2
10
0
0
0
0
1
0
0
3,1
0,2
Notas:
HZ = horizonte
P = perfil
PC = ponto de controle
Prof. = profundidade
AT = areia total
AG = areia grossa
AF = areia fina
S = silte
Arg. = argila
CT = classe textural
CO = carbono orgânico
SB = soma de bases
.. não se aplica dado numérico;
... dado numérico não disponível;
0 = dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de um dado
numérico originalmente positivo.
228
229
ANEXO K - Aspectos fisiográficos identificados por meio de levantamento de campo (sondagens, mini-trincheiras e perfis de solos completos)
(continua)
P/PC
Coord.
Geográficas
(UTM)*
Classes de
Solos
(Embrapa,
2006)
Horizontes dos
Solos
Ambiente/relevo/material
de origem
Vegetação
(Lopes, 2007)
N.A.
(cm)
PC01
E 0407322-
N 7371680
A, C
PC02
E 0406912-
N 7371331
RQo
hidromórfico
A, C
Terraço marinho holocênico
Escrube
PC03
E 0406867-
N 7371362
RQo
hidromórfico
A, C
FBRa
PC04
E 0406869-
N 7371583
EKg
O, A, AE, EA, E, Bh
Terraço marinho holocênico - depressão entre-
cordão
FARa
75
PC05
E 0406892-
N 7371675
EKo
O, A,E, Bh
Terraço marinho holocênico
FARa
135
PC06
E 0406880-
N 7371756
EKo
O, E, Bh
FARa c/ dossel
aberto
108
PC07
E 0406854-
N 7371805
EKo
O, A, E, Bh,
Relevo quase plano com alinhamento de cristas
praiais suavizadas
FARa c/ dossel
aberto
105
PC08
E 0406814-
N 7371845
EKg
O, A, EA, E, Bh
Depressão entre-cordão
FARa c/ dossel
aberto
75
PC09
EKg
Terraço marinho pleistocênico ou holocênico
40
PC10
EKg
organossólico
O, Bh
40
PC11
E 0400001-
N 7369172
ESKg
O, A, E, BE, Bs
Terraço marinho holocênico
FARa
130
PC12
E 0406782-
N 7372134
RQg
organossólico
O, C
Depressão
FARa
20
PC13
E 0406757-
N7372214
Organossolo
O
FARa
Sup.
PC14
E 0406467-
N 7372543
RQo espódico
O, A, EA, E
Terraço marinho pleistocênico
FARa c/ dossel
aberto
+200
PC15
E 0406394-
N 7372635
RQo espódico
O, A, E, Bs
Remanescente isolado de terraço marinho
pleistocênico
FARa
+200
PC16
E 0398983-
N 7368499
RQo
gleissólico
A1, A2, AC, CA, C1,
C2, C3
Praia
Escrube
+120
PC17
E 0399682-
N 7368858
229
230
ANEXO K - Aspectos fisiográficos identificados por meio de levantamento de campo (sondagens, mini-trincheiras e perfis de solos completos)
(continuação)
P/PC
Coord.
Geográficas
(UTM)*
Classes de
Solos
(Embrapa,
2006)
Horizontes dos
Solos
Ambiente/relevo/material
de origem
Vegetação
(Lopes, 2007)
N.A.
(cm)
PC18
RQo
gleissólico
A, C
Terraço marinho holocênico - cordão marinho
holocênico
FBRa
PC19
E 0399632-
N 7368939
RQo
hidromórfico
A, C
Depressão entre-cordão /terraço marinho
holocênico
FBRa
PC20
E 0399635-
N 7369058
RQg
organossólico
O, A, C1, C2
60-80
PC 21
E 0399665-
N 7369129
Eko
O, A, EA, E, Bh
Terraço marinho holocênico - cordão marinho
holocênico
FBRa
120
PC22
E 0399639-
N 7369244
EKg
-
FBRa
PC 23
E 0399660-
N 7369311
EKg
O1, O2, A, AE, E, BE,
Bh
Transição terraço marinho holocênico/terraço
marinho pleistocênico - entre cordão
100
PC24
E 0399639-
N 7369534
EKg
A, EA, E, Bh1, Bh2,
Bhm
Terraço marinho pleistocênico
FBRa
90
PC25
E 0399656-
N 7369283
EKg
O, A, EA, E, Bh, Bhm
Cordão marinho holocênico
FBRa
150
PC26
E 0399644-
N 7369329
EKg
O, A, EA, E, BE, Bh,
Bhm
Terraço marinho pleistocênico
130
PC27
E 0399647-
N 7379739
EKg
A, AE, EBh, Bh1,
Bh2, C
FBRa e c/ dossel
aberto
83
PC28
E 0399625-
N 7369601
EKg
O, A, EA, E, Bh
115
PC29
E 0399626-
N 7370237
PC30
E 0401216-
N 7369972
Barranco de rio
FBRa
PC31
E 0401085-
N 7370679
RQg
Ag1, Ag2, ACg, Cg
Planície de maré/terraço lagunar: mangue de
bacia
Manguezal
40
PC32
E 0401038-
N 7370622
RQg
A1, A2, AC, Cg
Terraço lagunar: mangue de bacia
Predomina uma
espécie de
gramínea
45
PC33
Gleissolo
O, A, AC, C1, C2, C3,
Cg1, 2Cg2
Transição planície fluvial (pf)/ planície de maré
(pm)
FBR
110
230
231
ANEXO K - Aspectos fisiográficos identificados por meio de levantamento de campo (sondagens, mini-trincheiras e perfis de solos completos)
(continuação)
P/PC
Coord.
Geográficas
(UTM)*
Classes de
Solos
(Embrapa,
2006)
Horizontes dos
Solos
Ambiente/relevo/material
de origem
Vegetação
(Lopes, 2007)
N.A.
(cm)
PC34
E 0399066-
N 7371763
Cambissolo
Flúvico
O, A, Bi, C1
Terraço fluvial holocênico
Floresta Alta
(FA)
120
PC35
Gleissolo
A, Cg
Terraço fluvial holocênico
PC36
E 0399702-
N 7370920
ESKg
Terraço marinho pleistocênico (barranco do rio
Itaguaré)
FARa
PC37
E 0390114-
N 7369335
Terraço fluvial holocênico
PC38
E 0390865-
N 7369969
Eko
A, EA, E1, Bh, C
Remanescente de terraço marinho pleistocênico
+ antigo e com ± de 10 m de altitude
FARa
+200
PC39
E 750 m do
N PC37
Cambissolo
Flúvico
O, A, Bi, BC, CB, 2Cg
Terraço fluvial alto, bem drenado; areias
grossas e micas são muito comuns
FA c/dossel
aberto
160
PC40
530 m do
PC37
Cambissolo
A, Bi
FA c/dossel
aberto
PC41
E 0406500-
N 7371969
EKo
A, AE, E, Bh
Terraço marinho pleistocênico; areias finas a
muito finas
FARa
60
PR42
E 0405476-
N 7372924
Área de Espodossolos nas
Áreas bem drenadas e Organossolos nos
setores deprimidos muito mal drenados
PC43
E 0405309-
N 7372951
Organossolo
A1, A2, A3, A4
Depressão localizada n interior do terraço
marinho pleistocênico. Paleolaguna ou antigo
lago. Sedimentos orgânicos de origem vegetal
foram os Organossolos.
FARu
Sup.
PC44
E 0405318-
N 7373122
Organossolo
O
FARu
40
PR45
E 0405340-
N 7373649
PR46
E 0404705-
N 7373921
Rio
Ambiente com sedimentos coluviais e fluviais
FA
PC47
E 0404558-
N 7373891
Rio
FA
PC48
E 0404319-
N 7374381
―SÍTIO‖-
Clareira
Terraço fluvial
FA
PC49
E 0404298-
N 7374477
Terraço fluvial; depósitos coluviais;
Areias e argila
231
232
ANEXO K - Aspectos fisiográficos identificados por meio de levantamento de campo (sondagens, mini-trincheiras e perfis de solos completos)
(continuação)
P/PC
Coord.
Geográficas
(UTM)*
Classes de
Solos
(Embrapa,
2006)
Horizontes dos
Solos
Ambiente/relevo/material
de origem
Vegetação
(Lopes, 2007)
N.A.
(cm)
PC50
E 0404095-
N 7371867
Neossolo
Flúvico
O, A, C1, C2, C3
Terraço fluvial; depósitos coluviais;
Areias e argila
FA
50
PC51
E 0403807-
N 7371960
Gleissolo
O, A, Ac, C1, C2, Cg
Terraço fluvial; depósitos coluviais;
Areias e argila
FA
50
PC52
E 0404226-
N 7371704
EKo
O, A, EA, E, Bh, Bs,
Bsm
Terraço marinho pleistocênico; areias finas a
muito finas
FARa c/ dossel
aberto
+200
PC53
E 0403498-
N 7371045
FARa
PC54
E 0403700-
N 7371197
FARa
PC55
E 0403742-
N 7371062
EKg
O, E, Bh
Terraço marinho holocênico
FARa
50
PC57
E 0404585-
N 7375561
Cambissolo
Háplico
A, BA,Bi, C1, C2
Final da rampa de colúvio
PC58
E 0404673-
N 7375679
Cambissolo
Háplico
A, BA, Bi, C
Rampa de colúvio; relevo plano/suave ondulado
FARa
PC59
E 0404303-
N 7374454
Gleissolo
O, A, AC, Cg1, Cg2
Planície de inundação: muita mica; textura
argilosa e média
FARa
90
PC60
E 0404325-
N 7374301
Gleissolo
A, AC, Cg1, Cg2
Terraço fluvial; psamítico c/ areia grossa, micas
FA c/ dossel
aberto
50
PC61
E 0404447-
N 7374097
Gleissolo
A, AC, Cg1
FA
PC62
E 0404508-
N 7373977
Gleissolo
A, AC, 2Cg,
Terraço fluvial recortado por canais de
drenagem temporária; (areia, argila, cascalho)
FA alterada c/
dossel aberto
50
PC63
E 0404620-
N 7373900
Neossolo
Flúvico
O, A, AC, C1, 2C,
FA/c dossel
aberto
60
PC64
E 0404677-
N 7373920
ESKo
A, EA, E, Bh
Terraço marinho pleistocênico; areias finas e
muito finas
FAR c/ dossel
aberto
180
PC65a
Solo ou
Sedimento?
C1, C2, C3, C4, C5,
C6
Praia, areias finas e muito finas
Gramíneas
+90
232
233
ANEXO K - Aspectos fisiográficos identificados por meio de levantamento de campo (sondagens, mini-trincheiras e perfis de solos completos)
(continuação)
P/PC
Coord.
Geográficas
(UTM)*
Classes de
Solos
(Embrapa,
2006)
Horizontes dos
Solos
Ambiente/relevo/material
de origem
Vegetação
(Lopes, 2007)
N.A.
(cm)
PC65b
E 0411528-
N 7378442
Neossolo
Regolítico
A-AC-C1
Relevo plano próximo à Serra do Mar ;
depósitos com sedimentos heterogêneos; +
60% de cascalho e calhaus
FTRE
PC66
E 0411689-
N 7378605
Latossolo
Amarelo
Bw
10YR4/6
(textura média)
Rampa de colúvio
FTRE
+200
PC67
E 0411539-
N 7378225
Cambissolo
Háplico
A, Bi incipiente
Mistos: colúvio de baixada/fluvial relevo plano
FTRE
PC68
E 0411152-
N 7377705
Gleissolo
A, CAg, Cg1, Cg2
Ambiente fluvial: planície de inundação; pelítico-
psamítico
Floresta
Paludosa c/
dossel aberto
65
PC69a
E 0411966-
N 7377795
Neossolo
Flúvico
A, C1, C2, C3
Mistos: colúvio de baixada; sedimento fluvial de
leito; textura arenosa-cascalhenta; quartzo,
biotita, clorita e inclusão c/ Gleissolo
FTRE
70
PC69b
E 0411966-
N 3777795
Gleissolo
O, A, ACg, Cg1, Cg2,
Cg3
Terraço fluvial
FTRE
60
PC70
E 0411924-
N 7376118
RQo espódico
ABRIR
TR
Remanescente isolado de
Terraço marinho pleistocênico, areias finas e
muito finas
FARa
+200
PC71
E 0412076-
N7376200
RQo
gleissólico
A, C, Cg1, Cg2
Transição do terraço marinho pleistocênico
planície fluvial. Obs.: área ao redor: Gleissolos
Háplicos, Organossolos
FARa
+150
PC72
Cambissolo
Flúvico
A, BA, Bi, C1,C2, Cg
Terraço fluvial elevado; topo plano sem canais
temporários; textura indiscriminada (arenosa,
dia e argilosa); pleistocênico
FTRE
+200
PC73
RQg
A, C1, C2,Cg1, Cg2
Terraço fluvial elevado; topo plano sem canais
temporários
FBa
130
PC74
Gleissolo
Cg começa a 40cm
Transição terraço fluvial elevado /planície
fluvial; textura média; micas abundantes
FARa
80
PC75
E 0412916-
N 7373686
EKo
O, A, E, Bh1, Bh2, Bs
Terraço marinho pleistocênico
FARa
+100
PC76
A, E álbico
FARa
233
234
ANEXO K - Aspectos fisiográficos identificados por meio de levantamento de campo (sondagens, mini-trincheiras e perfis de solos completos)
(continuação)
P/PC
Coord.
Geográficas
(UTM)*
Classes de
Solos
(Embrapa,
2006)
Horizontes dos
Solos
Ambiente/relevo/material
de origem
Vegetação
(Lopes, 2007)
N.A.
(cm)
PC77
E 0412963-
N 7372680
RQo espódico
A, AC, E e
remanescentes de Bs
FARa
+200
PC78
Organossolo
Tiomórfico
O1, O2, Cg1, Cg2,
Cg3
Planície de maré/planície fluvial
Gramínea
30
PC79
Organossolo
Tiomórfico
O1, O2, Cg1, Cg2,
Cg3
Planície de maré
Mangue
40
PC80
E 0385471-
N 73666704
Gleissolo
O, C, Cg1, Cg2, Cg3
Planície fluvial; psamítico/pelítico
FP
40
PC81
E 0385164-
N 7367054
Gleissolo
O, C1, C2, Cg1, Cg2
Planície fluvial (área de inundação recortada
por canais de drenagem); psamítico-
cascalhenta, mica abundante e feldspatos
FP
PC82
E 0384992-
N 7367275
Cambissolo
Flúvico
Terraço colúvio-aluvial de baixada no topo e
fluvial na base
FTRE
PC83
80 m p/ N da
Linha Férrea
Cambissolo
Háplico
A, Bi, C
Rampa de colúvio; areia, argila, cascalhos,
matacões
FTRE
PC84
E 0383470-
N 7364952
ESKo
Au1, Au2, Au3, Au4,
E1,E2, Bhm, Bs1,
Bs2, 2C1, 3C2, 2Bs3,
4C3, 5C4, 6C5
Terraço marinho pleistocênico, no topo e
terraço fluvial na base do barranco (5-6 m)
erodido pelo rio Itapanhaú
FARa (muito
degradada)
+200
PC85
E 0402880-
N 7371956
Gleissolo
A, C1, C2, Cg1
Terraço fluvial holocênico, relevo plano; areia e
argila
FARa/FTRE
120
PC86a
E 0402839-
N 7372460
Gleissolo
Melânico
O, Cg
Depressão-fluviolagunar; relevo plano;
sedimentos pelíticos, psamíticos (areia muito
fina, argila) e sedimentos orgânicos
FARu
20
PC86b
E 0402848-
N 7372200
Gleissolo
FARu
20
PC87
E 0414848-
N 7376921
Gleissolo
A, C, Cg1, Cg2
Planície de sedimentos mistos (coluviais e
fluviais), heterogêneos (argila e cascalhos);
relevo muito recortado por rede de drenagem
FFB (Floresta
Fluvial Baixa)
120
PC88
E 0415038-
N 7376488
Gleissolo
A, AC, 2Cg1
Planície fluvial: leito de antigo rio pleistocênico;
argila, material orgânico no topo do perfil e areia
grossa e cascalho em profundidade; micas e
feldspatos
FTRE
70
234
235
ANEXO K - Aspectos fisiográficos identificados por meio de levantamento de campo (sondagens, mini-trincheiras e perfis de solos completos)
(continuação)
P/PC
Coord.
Geográficas
(UTM)*
Classes de
Solos
(Embrapa,
2006)
Horizontes dos
Solos
Ambiente/relevo/material
de origem
Vegetação
(Lopes, 2007)
N.A.
(cm)
PC89
E 0415082-
N 7376438
Gleissolo
A, CA, Cg1, 2Cg2,
3Cg3, 4Cg4
Planície fluvial (antiga planície de inundação);
sedimentos pelíticos com pouco cascalho
FTRE
130
PC90
E 0416062-
N 7377138
Cambissolo
Flúvico
A, BA, Bi, Cg1, Cg2,
2Cg3
Terraço fluvial alto antigo, relevo plano (misto
colúvio-aluvial); pelítico (textura média) no topo
e cascalhento na base (+80cm); muita mica a
partir de 100cm
TER
100
PC91
E 0415985-
N 7377369
Cambissolo
Flúvico
A, Cg
120
PC92
E 0404429-
N 7373313
Organossolo
O1, O2, Cg1
Depósito fluvial c/ material orgânico em
superfície e muita mica grossa e cascalho em
profundidade +70cm; relevo plano
FP
20
PC93
E 0404429-
N 7373313
Gleissolo
Melânico
O1, O2, Cg1, Cg2
Depósito fluvial c/ material fíbrico e sáprico e
argiloso em subsuperfície; orgânico/argiloso
FP
30
PC94
E 0402754-
N 7374252
Cambissolo
Flúvico
A, Bi, 2BCg, 2Cg1,
3Cg3
Final da rampa de colúvio ou terraço fluvial alto
próximo à encosta; textura média: sedimentos
arenosos/ cascalhentos/argilosos
FTRE
+110
PC95
E 0402802-
N 7373240
Organossolo
O
Depressão/paleolaguna; textura orgânica muito
homogênea
FP (cachetal)
0-10
PC96
E 0402710-
N 7373226
Organossolo
O1, O2, Cg
Depressão: material orgânico até 80cm; 80-
150cm: textura média (areia fina) lagunar sobre
o pleistoceno, micas no material de textura
média
FA + FP
05
PC97a
E 0402266-
N 7370570
Organossolo
O
Depressão, terreno mal drenado
FP
10
PC97b
E 0402250-
N 7370728
Organossolo
O
Depressão/terraço marinho pleistocênico, mal
drenado
FP-FARa
10
PC97c
E 0402195-
N 73737028
Neossolo
Flúvico
A, C1, C2, Cg
Depressão/ terraço marinho pleistocênico,
relevo bem drenado sedimentos mistos:
pelíticos, psamíticos com mica. Marinho no topo
e fluvial na base
FARa
80
PC98
E 0402162-
N 7370966
Gleissolo
A, AC, Cg1, Cg2
Depressão; textura média em todo o perfil
FA
+100
PC99
E 0402383
N 7370547
Gleissolo
Depressão; areia e argila
20
PC100
E 0402795-
N 7371003
Organossolo
O1, O2
Depressão, muito mal drenada
FBR/FP
5
235
236
ANEXO K - Aspectos fisiográficos identificados por meio de levantamento de campo (sondagens, mini-trincheiras e perfis de solos completos)
(continuação)
P/PC
Coord.
Geográficas
(UTM)*
Classes de
Solos
(Embrapa,
2006)
Horizontes dos
Solos
Ambiente/relevo/material
de origem
Vegetação
(Lopes, 2007)
N.A.
(cm)
PC101
E 0396733-
N 7373446
Organossolo
A, Cg, O1, O2
Ambiente fluvial; transição para rampa de
colúvio
FTRE
5
PC102
E 0396759-
N 7373465
Organossolo
A, BA, Bi, CR
Rampa de colúvio; presença de blocos de
rochas no perfil; textura argilosa à média
FTRE
60
PC103
E 0396791-
N 7373290
Organossolo
A, Cg, O
Depressão com lençol d’água em superfície e
acúmulo de material orgânico de origem vegetal
Sup.
PC104
E 0396843-
N 7373102
Organossolo
A, Cg, O
Sup.
PC105
E 0396886-
N 7372966
Organossolo
A, Cg, CO, O
FP
Sup.
PC106
E 0396961-
N 7372753
Gleissolo
FP
Sup.
PC107
E 0397121-
N 7372189
Organossolo
O
Depressão; relevo plano; material terroso: areia
fina com mica a partir de 110cm
FPc/ emergentes
30
PC108a
E 0397245-
N 7372208
RQo espódico
Remanescente de terraço marinho pleistocênico
+ alto
+ 200
PC108b
E 0397245-
N 7372208
EKu
espessarênico
+200
PC109
E 0397296-
N 7371638
Organossolo
O, Cg
Depressão: material orgânico e argiloso após
70cm
FP
Sup.
PC110
E 0397545-
N 7370827
Organossolo
O
Depressão: material orgânico até 150cm
FP (cachetal)
Sup.
PC111
E 0397750-
N 7370178
Organossolo
O
Depressão muito mal drenada preenchida por
material orgânico de origem vegetal
FP
Sup.
PC112
E 0398236-
N 7369964
Organossolo
O
FP
Sup.
PC113
E 0409637-
N 7376971
Cambissolo
Flúvico
A, BA, Bi, C, 2C2,
2Cg
Terraço fluvial alto, bem drenado pouco
recortado por canais interconectados e
intermitentes; textura média no topo e arenosa-
cascalhenta na base (60-80cm)
FA
80
PC114
E 0410345-
N 7377278
Cambissolo
Flúvico
A, Bi, 2C1, 3C2, 4C3
FA
+200
PC115
E 0393943-
N 7370861
Cambissolo
Háplico
A, BA, Bi1, Bi2, Bi3,
BC, Cg1, Cg2, Cg3,
2C, 3Cg4
Final de rampa de colúvio; depósito coluvial
sobre terraço fluvial
FBa
170
236
237
ANEXO K - Aspectos fisiográficos identificados por meio de levantamento de campo (sondagens, mini-trincheiras e perfis de solos completos)
(continuação)
P/PC
Coord.
Geográficas
(UTM)*
Classes de
Solos
(Embrapa,
2006)
Horizontes dos
Solos
Ambiente/relevo/material
de origem
Vegetação
(Lopes, 2007)
N.A.
(cm)
PC116a
E 0394706-
N 7370841
Gleissolo
A, C
Terraço fluvial baixo c/ relevo plano recortado
por canais de drenagens intermitentes; material
pelítico
FP
PC116b
E 0394867-
N 7370670
Organossolo
Depressão, área alagada
FP
Sup.
PC117
E 0394527-
N 7371037
Cambissolo
Háplico
A, BA, Bi, Cg1, Cg2
Final de rampa de colúvio distal; transição para
ambiente fluvial baixo; relevo plano recortado
por canais de drenagens intermitentes; material
pelítico
FP/FB
90
PC118
E 0388348-
N 7367489
Organossolo
Planície de maré
Mangue
PC119
E 0388308-
N 7367613
Organossolo
O1, C, Cg1, O2
Planície fluvial, relevo plano, superfície
irregular; textura orgânica/pelítica
FP
35
PC120
E 0382338-
N 7362533
Organossolo
FP
PC121
E 0382617-
N 7362594
Organossolo
O1, O2, CO, Cg
Planície de maré, relevo plano; textura
orgânica/arenosa
Mangue
Sup.
PC122a
E 0382186-
N 7362336
Gleissolo
O, OC, C, Cg1, Cg2
Planície fluvial, relevo plano, superfície
irregular; textura orgânica/arenosa/média
FP
90
PC122b
E 0382186-
N 7362336
Gleissolo
Timórfico
O, Cg
Planície fluvial, relevo plano, superfície
irregular, textura arenosa
FP (capital)
PC123
Organossolo
O
Depressão, relevo plano
FARu
PC124
E 0405555-
N 7372941
A, AE, E
Remanescente de terraço marinho pleistocênico
ou cordão/duna Transição p/ depressão
FAR
+250
PC125
E 0383823-
N 7364741
Organossolo
O1, O2, Cg1, Cg2
Planície fluvial, sedimentos orgânicos e pelíticos
FB
Sup.
PC126
E 0383923-
N 7364647
EKo dúrico
Terraço marinho pleistocênico
FARa
+200
PC127
E 0383644-
N 7364865
RQo típico
O, A, CA, C1, C2
Terraço marinho pleistocênico, /planície de
maré relevo plano/suave ondulado
FBRa
+200
PC128
E 0383510-
N 7364891
Gleissolo
A, AC, C, Cg1, Cg2
Planície fluvial (borda de terraço marinho
pleistocênico)
FARa
60
PC129
E 0383478-
N 7364961
Organossolo
O1, O2, O3
Planície de maré (margem do rio Itapanhaú,
próximo ao sambaqui)
Mangue
238
ANEXO K - Aspectos fisiográficos identificados por meio de levantamento de campo (sondagens, mini-trincheiras e perfis de solos completos)
(continuação)
P/PC
Coord.
Geográficas
(UTM)*
Classes de
Solos
(Embrapa,
2006)
Horizontes dos
Solos
Ambiente/relevo/material
de origem
Vegetação
(Lopes, 2007)
N.A.
(cm)
P01
E 0383341-
N 7364797
ESKo dúrico
A1, A2, EA, E1, E2,
EB, BE1, BE2, Bh1,
Bh2, Bh3, Bhm1,
Bhm2, Bs1, Bs2,
Bsm1, Bsm2, Bsm3,
Bsm4
Terraço marinho pleistocênico alto alterado por
atividade antrópica pós-ocupação; neste setor a
topografia atinge até 9,5 m de altitude (PC84);
Areias finas a muito finas; ortstein e plácico em
estágio de degradação; a drenagem lateral está
direcionada para o rio Itapanhaú localizado a `
50 m a jusante do perfil.
FARa
+200
P02
E 0383330-
N 7364836
RQo espódico
A1, A2, AC, C1, C2,
C3, C4, C5
Perfil localizado a jusante do P01; forte
drenagem vertical e lateral; remanescentes de
B espódico e aumento da granulometria na
base da trincheira;
FARa
+200
P03
E 0384576-
N E7364717
ESKo
espessarênico
A1, A2, E, Bhg, Bh1,
Bh2, Bh3, Bh4, Bh5,
Bs1,Bs2, Bs3, Bs4,
Bs5, Bs6, Bs7, C
Perfil localizado na borda de remanescente de
terraço marinho alto/antigas dunas. Drenagem
lateral influencia na degradação do horizonte B
espódico e na morfologia heterogênea do perfil.
FARa
+200
P04
E 0384562-
N 7364623
EKo
espessarênico
O, A, AE, EA, E, Bhg,
Bh, Bs, Bhm1, Bhm2
Duna holocênica ou remanescente de terraço
marinho pleistocênico alto com 8-10 m de
altura. Possui forma alongada e topo convexo
FARa
160
P05
EKg
espessarênico
O, A1, A2, EA1, EA2,
Bh1, Bh2, Bhs, Bs,
Bcg, Cg1, 2Cg2
Terraço marinho holocênico.Perfil localizado
num setor de transição dos terraços marinhos
pleistocênicos para holocênicos; os sedimentos
marinhos recobrem sedimentos com
características fluviais (silte e argila); presença
de madeira fóssil enterrada em abundância
(antiga planície de maré ou planície fluvial)
FBRa
140
P06
EKg
espessarênico
O, A1, A2, AE1, AE2,
Bh1, Bh2, Bs, Bcg,
Cg1, Cg2
FBRa
80
P07
E 0384919-
N 7364284
EKg dúrico
O, A1, A2, AE1, E,
BE, Bh, Bhm, Bs1,
Bs2
Terraço marinho pleistocênico. Área de relevo
plano com provável retirada do horizonte E para
execução de loteamento não concluído. Os
Espodossolos com ortstein dominam este setor.
FARa
35
P08
E 0385023-
N 7363714
EKg
espessarênico
A, AE, EA, E, EB, BE,
Bh1, Bh2
Terraço marinho holocênico ou pleistocênico?
FARa
40
(continuação)
P/PC
Coord.
Classes de
Horizontes dos
Ambiente/relevo/material
Vegetação
N.A.
238
239
ANEXO K - Aspectos fisiográficos identificados por meio de levantamento de campo (sondagens, mini-trincheiras e perfis de solos completos)
Geográficas
(UTM)*
Solos
(Embrapa,
2006)
Solos
de origem
(Lopes, 2007)
(cm)
P09
E 0387897-
N 7364636
RQg espódico
A1, A2, C1, C2, Cg,
C3, C4
Terraço marinho holocênico, área de transição
da FBRa para o Escrube: 50 m da praia
Escrube/FBRa
110
P10
E 0387663-
N 7365241
EKg
espessarênico
O, A, EA, E1, E2, E3,
EB, Bh1, Bh2
Terraço marinho holocênico. O pequeno
desnível topográfico indica um degrau nos
depósitos associado à variação do NMRM?
FBRa
115
P11
E 0387699-
N 7365140
RQg
O, A1, A2, AE, C,
Cg1, Cg2
Terraço marinho holocênico. Solo com
pigmentação avermelhada (manchas
centimétricas, aparentemente de óxido de ferro)
FBRa
90
P12
ESKo dúrico
O, A1, A2, AE, EA, E,
EB Bh, Bhm1, Cg1,
Bhm2, Bs
Terraço marinho pleistocênico antigo.
Antiga área de cultivo de banana com
vegetação arbórea degradada
FARa
+200
P13
E 0400618-
N 7369424
ESKg
espessarênico
A1, A2, AE, E, BH,
Bs1, Bs2, C1, C2
Terraço marinho holocênico. Área próxima a
pequenos canais de drenagens que deságuam
no mar; 120 m da linha de costa
FBR
130
P14
E 0400994-
N 7369968
EKu
Espessarênico
A, EA, E1, E2, E3,
EB, Bh1, Bh2, Bhm
Terraço marinho pleistocênico, próximo foz do
rio Itaguaré. Área bem drenada; distante cerca
de 500 m da linha de costa; topografia plana (5-
6m); arrasada e vegetação arbórea.
FARa
+300
P15
E 0401004-
N 7369926
ESKo
espessarênico
A, AE, E1, E2, Bh1,
Bh2, Bh3, Bh4, Bs
Terraço marinho pleistocênico. Barranco do rio
Itaguaré >4 m de altura; Espodossolo com
mudanças morfológicas ao longo do barranco
que se estende por mais de 400 m na foz do rio
Itaguaré.
FARa
+200
P16
E 0383338-
N 7364832
ESKo
espessarênico
A1, A2, AE, E, EB,
Bh1, Bh2, Bh3, Bh4,
Bh5, Bh6,Bh7, C1,
C2, plácico.
Terraço marinho pleistocênico alto e afastado
da linha de costa (`2,6km), próximo à balsa
para Itatinga (baixo curso do rio Itapanhaú).
FARa
+200
P32
E 0402853-
N 7371991
GXvd
O ou A1, A, C, Cg1,
Cg2
Terraço fluvial baixo; mal drenado; complexo de
gleissolos e Organossolos; relevo plano, porém
com superfície irregular; sedimentos arenosos
(areia fina) e pelíticos; área de transição para os
sedimentos marinhos.
FUA
100
(conclusão)
239
240
ANEXO K - Aspectos fisiográficos identificados por meio de levantamento de campo (sondagens, mini-trincheiras e perfis de solos completos)
P/PC
Coord.
Geográficas
(UTM)*
Classes de
Solos
(Embrapa,
2006)
Horizontes dos
Solos
Ambiente/relevo/material
de origem
Vegetação
(Lopes, 2007)
N.A.
(cm)
P33
E 0406430-
N 7372639
ESKu
espessarênico
A, EA, E, E-Bs, Bs,
Bh, Bs
Remanescente de terraço marinho pleistocênico
alto (8-10 m de altura), distante 1,3km da linha
de costa; O horizonte B espódico relictual
ocorre nos primeiros 180cm do perfil. Em
profundidade ocorre o Bh mais preservado.
FAR
>500
P34
E 0412148-
N 7376297
ESKo
espessarênico
A, EA, E, Bh, Bhm,
Bs e plácico
Remanescente de terraço marinho pleistocênico
alto, antigo e distante da linha de costa (3,9km);
8-10 m de altura; areias finas e muito finas. O
horizonte ortstein está em processo de
degradação (180cm).
FAR
>500
P35
E 0410860-
N 7377026
CYvd
O, A, BA, Bi1, Bi2,
Bi3, 2C1, 3C2, 4Cg1,
5Cg2
Terraço fluvial alto (ou aluvial), relevo plano,
bem drenado; topografia acima de 5 m de
altitude; lençol d’água profundo (>200cm);
floresta com árvores de 10-25 m de altura e
diâmetro >80-90cm.
FUA
220
P36
E 0404333-
N 7374470
CYvd
gleissólico
A, Bi, Cg1, 2Cg2,
3Cg3
Terraço formado por sedimentos dos colúvios
de baixada (depósito aluvial) + sedimento
fluvial; próximo à encosta da Serra do Mar
FFa
90
P37
E 0415117-
N 7376463
GXvd
A, C1, C2, 2Cg1,
3Cg2, 4Cg3
Terraço fluvial, com camadas de sedimentos de
textura média a arenosa; pedaços de madeira,
enterrado. Bacia do rio Guaratuba
FFa-FTRE
135
P38
E 0415117-
N 7376463
ESKo
espessarênico
O, A, EA, E, E-Bh,
Bh1, Bh2, Bh3, Bh4,
Bs1, Bs2, Bhm (?)
Remanescente de terraço marinho pleistocênico
alto, antigo e distante da linha de costa (4,2km);
8-10 m de altura; areias finas e muito finas. O
horizonte Bh3 é muito firme (180cm). Perfil
muito semelhante ao P34.
FAR
+500
Notas: * As coordenadas geográficas foram obtidas com
GPS a partir do Datum Córrego Alegre por meio do
Sistema de Projeção Universal Transversa de Mercator
UTM - zona 23K;
N.A. = lençol suspenso;
PC = Ponto de Controle;
P = Perfil de solo 01;
FBRa = Floresta Baixa de Restinga alterada;
FARa = Floresta Alta de Restinga alterada;
FA = Floresta Alta;
FARu = Floresta Alta de Restinga úmida;
FTRE = Floresta de Transição Restinga Encosta;
FFBa = Floresta Fluvial Baixa alterada;
FFa = Floresta Fluvial alta
FP = Floresta Paludosa;
FBRa = Floresta Baixa de Restinga alterada
FUa = Floresta úmida alterada.
240
241
ANEXO L - Distribuição do teor de Al e Fe-oxalato (Al
o
, Fe
o
) e Al e Fe-ditionito-citrato (Al
d
, Fe
d
) nos
Espodossolos estudados na planície costeira de Bertioga-SP
(continua)
Horizonte de solo
Profundidade (cm)
DITIONITO-CITRATO
OXALATO
Al
d
Fe
d
Al
o
Fe
o
Topo
Base
(g kg
-1
)
(g kg
-1
)
PERFIL 01
Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico dúrico, A moderado, textura arenosa, moderadamente drenado
A1
0
6
0,1
0,2
0,0
0,0
A2
6
13
0,1
0,1
0,0
0,0
EA
13
25
0,0
0,0
0,0
0,0
E1
25
71
0,0
0,0
0,0
0,0
E2
106
180
0,0
0,0
0,0
0,0
EB
94
113
0,0
0,0
0,0
0,0
BE1
71
82
0,5
0,0
0,5
0,0
BE2
73
91
1,7
0,0
1,4
0,0
Bh1
82
119
1,7
0,0
1,4
0,0
Bh2
107
125
1,0
0,0
0,9
0,0
Bh3
135
170
0,9
0,0
0,7
0,0
Bhm1
89
125
3,4
0,0
3,1
0,0
Bhm2
120
142
4,7
0,0
5,4
0,0
Bs1
107
125
1,0
0,0
0,9
0,0
Bs2
125
180
1,8
0,1
3,2
0,0
Bsm1
122
144
2,9
0,0
2,6
0,0
Bsm2
153
180
2,6
0,0
6,6
0,0
Bsm3
132
170
3,3
0,0
4,1
0,0
Bsm4
157
180
3,6
0,2
4,4
0,0
Plácico
74
78
3,5
0,2
3,8
0,0
PERFIL 02*
Neossolo Quartzarênico Órtico espódico, A moderado, bem drenado
A1
0
8
0,2
0,8
0,0
0,6
A2
8
25
0,6
1,6
0,4
1,3
AC
25
38
1,5
2,4
1,2
2,3
CA
38
94
3,3
2,7
3,3
2,6
C1
84
140
2,4
1,6
2,8
1,3
C2
140
160
2,5
1,4
3,0
1,2
C3
160
175
2,5
1,7
3,9
1,8
C4
175
210
0,7
0,4
1,7
0,4
Plácico
158
162
29,0
45,0
10,3
19,4
Bh desmantelado
140
160
1,1
0,5
9,6
0,7
PERFIL 03
Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico espessarênico, A moderado, textura arenosa, bem drenado
A1
0
12
0,1
0,1
0,0
0,0
A2
12
27
0,1
0,1
0,0
0,0
E
27
47
0,0
0,0
0,0
0,0
242
ANEXO L - Distribuição do teor de Al e Fe-oxalato (Al
o
, Fe
o
) e Al e Fe-ditionito-citrato (Al
d
, Fe
d
) nos
Espodossolos estudados na planície costeira de Bertioga-SP
(continuação)
Horizonte de solo
Profundidade (cm)
DITIONITO-CITRATO
OXALATO
Al
d
Fe
d
Al
o
Fe
o
Topo
Base
(g kg
-1
)
(g kg
-1
)
Bhg
47
57
0,9
0,1
0,9
0,0
Bh1
57
75
2,7
0,0
3,2
0,0
Bh2
63
80
3,1
0,0
3,0
0,0
Bh3
55
95
3,7
0,2
4,1
0,0
Bh4
126
150
11,3
0,5
10,4
0,5
Bh5
63
78
6,3
1,5
7,4
1,1
Bs1
73
112
4,4
5,3
8,6
6,8
Bs2
78
101
2,2
0,3
6,5
0,5
Bs3
82
85
3,1
2,5
7,9
3,3
Bs4
95
126
8,0
1,6
7,4
1,6
Bs5
85
180
1,2
0,3
4,8
0,4
Bs6
130
150
12,6
2,8
16,3
3,6
Bs7
54
120
4,7
0,7
10,6
0,9
C
155
180
0,6
0,1
2,3
0,1
Plácico
54
56
6,5
16,1
10,1
15,4
PERFIL 04
Espodossolo Humilúvico Órtico espessarênico, A fraco, textura arenosa, moderadamente drenado
A
0
15
0,0
0,1
0,0
0,0
AE
15
41
0,0
0,1
0,0
0,0
EA
41
71
0,0
0,0
0,0
0,0
E
71
153
0,0
0,0
0,0
0,0
Bhg
153
157
0,3
0,0
0,3
0,0
Bh1
157
165
1,8
0,0
1,8
0,0
Bhm1
156
205
2,5
0,0
2,4
0,0
Bhm2
158
205
2,9
0,0
2,7
0,0
Bh2
165
205
1,8
0,0
1,8
0,0
PERFIL 05
Espodossolo Humilúvico Hidromórfico espessarênico, A húmico, textura arenosa, imperfeitamente drenado
A1
0
13
0,4
0,4
0,3
0,0
A2
13
17
0,0
0,0
EA1
17
29
0,1
0,0
0,0
0,0
EA2
29
36
0,1
0,0
0,0
0,0
Bh1
36
42
1,0
0,0
0,8
0,0
Bh2
42
53
1,6
0,1
1,0
0,0
Bhs
51
93
1,6
0,3
1,1
0,3
Bs
93
114
0,7
0,3
0,6
0,2
BCg
114
129
0,6
1,2
0,5
1,3
Cg1
129
150
0,7
0,9
0,7
0,8
2Cg2
150
160
0,9
3,0
0,9
2,7
243
ANEXO L - Distribuição do teor de Al e Fe-oxalato (Al
o
, Fe
o
) e Al e Fe-ditionito-citrato (Al
d
, Fe
d
) nos
Espodossolos estudados na planície costeira de Bertioga-SP
(continuação)
Horizonte de solo
Profundidade (cm)
DITIONITO-CITRATO
OXALATO
Al
d
Fe
d
Al
o
Fe
o
Topo
Base
(g kg
-1
)
(g kg
-1
)
PERFIL 06
Espodossolo Humilúvico Hidromórfico espessarênico, A húmico, textura arenosa, imperfeitamente drenado
A1
0
8
0,5
0,5
0,3
0,0
A2
8
13
0,3
0,3
0,0
0,0
AE1
13
19
0,1
0,1
0,0
0,0
AE2
19
26
0,3
0,0
0,3
0,0
Bh1
26
37
0,7
0,0
0,5
0,0
Bh2
37
59
1,2
0,0
0,9
0,0
Bs
59
74
0,9
1,0
0,7
1,4
Bcg
74
84
0,7
0,6
0,6
0,6
Cg
84
100
0,4
1,1
0,4
1,7
PERFIL 07
Espodossolo Humilúvico Hidromórfico dúrico, A moderado, textura arenosa, mal drenado
O
0
7
1,6
1,1
1,1
0,8
A
7
12
0,5
0,2
0,3
0,0
AE
12
17
0,0
0,0
0,0
0,0
E
17
27
0,0
0,0
0,0
0,0
BE
27
37
0,3
0,0
0,3
0,0
Bhm
46
89
2,3
0,1
1,9
0,0
Bh2
89
106
1,3
0,0
1,2
0,0
PERFIL 08
Espodossolo Humilúvico Hidromórfico espessarênico, A moderado, textura arenosa
A
0
7
0,3
0,5
0,3
0,4
AE
7
12
0,1
0,1
0,3
0,0
EA
12
18
0,0
0,0
0,0
0,0
E
18
35
0,0
0,0
0,0
0,0
EB
35
74
0,0
0,0
0,1
0,0
BE
74
83
0,1
0,1
0,0
0,0
Bh1
83
103
0,7
0,0
0,0
0,0
Bh2
103
117
1,3
0,1
0,8
0,0
Bhm
117
150
1,5
0,0
0,8
0,0
PERFIL 09*
Neossolo Quartzarênico Hidromórfico típico, A moderado, textura arenosa, mal drenado
A1
0
7
0,7
6,5
0,4
1,4
A2
7
15
1,1
10,6
0,5
1,7
C1
15
57
0,8
7,5
0,3
0,8
C2
57
73
0,7
7,1
0,3
0,8
C3
73
94
0,8
9,3
0,4
0,8
244
ANEXO L - Distribuição do teor de Al e Fe-oxalato (Al
o
, Fe
o
) e Al e Fe-ditionito-citrato (Al
d
, Fe
d
) nos
Espodossolos estudados na planície costeira de Bertioga-SP
(continuação)
Horizonte de solo
Profundidade (cm)
DITIONITO-CITRATO
OXALATO
Al
d
Fe
d
Al
o
Fe
o
Topo
Base
(g kg
-1
)
(g kg
-1
)
C4
94
110
0,7
6,9
0,3
0,8
Cg
73
82
0,7
8,7
0,4
1,1
PERFIL 10*
Espodossolo Humilúvico Hidromórfico espessarênico, A moderado, textura arenosa, textura arenosa, mal
drenado
A
0
14
0,1
0,2
0,0
0,0
EA
14
29
0,1
0,0
0,0
0,0
E1
29
53
0,1
0,0
0,0
0,0
E2
53
84
0,1
0,0
0,0
0,0
E3
84
112
0,1
0,0
0,0
0,0
EB
112
122
0,2
0,0
0,0
0,0
Bh1
122
140
0,4
0,0
0,3
0,0
Bh2
140
160
1,0
0,0
0,1
0,0
PERFIL 11*
Neossolo Quartzarênico Hidromórfico típico, A moderado, textura arenosa, mal drenado
A1
0
8
0,4
2,5
0,0
1,2
A2
8
24
0,4
3,0
0,3
2,0
AE
24
30
0,4
2,9
0,3
2,2
C
30
48
1,2
8,1
0,9
3,7
Cg1
48
83
1,0
6,1
0,7
1,7
Cg2
83
100
0,7
3,6
0,6
0,3
PERFIL 12
Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico dúrico, A moderado, textura arenosa, moderadamente drenado
AE
16
26
0,1
0,0
0,0
0,0
EA
26
37
0,1
0,0
0,0
0,0
E
37
50
0,0
0,0
0,0
0,0
EB
50
59
0,1
0,0
0,0
0,0
Bh
59
73
2,5
0,0
0,0
0,0
Bhm
75
134
4,3
0,2
4,7
0,0
Bs
130
160
1,0
0,2
1,4
0,3
Cg1
134
150
3,3
0,1
3,5
0,0
Cg2
150
160
3,9
0,3
4,8
0,4
PERFIL 13
Espodossolo Humilúvico Hidromórfico espessarênico, A moderado, textura arenosa, imperfeitamente
drenado
A1
0
12
0,1
0,4
0,0
0,0
A2
12
22
0,0
0,2
0,0
0,0
AE
22
30
0,0
0,2
0,0
0,0
245
ANEXO L - Distribuição do teor de Al e Fe-oxalato (Al
o
, Fe
o
) e Al e Fe-ditionito-citrato (Al
d
, Fe
d
) nos
Espodossolos estudados na planície costeira de Bertioga-SP
(continuação)
Horizonte de solo
Profundidade (cm)
DITIONITO-CITRATO
OXALATO
Al
d
Fe
d
Al
o
Fe
o
Topo
Base
(g kg
-1
)
(g kg
-1
)
E
30
43
0,0
0,2
0,0
0,0
Bh
43
56
0,6
1,3
0,4
1,6
Bs1
56
65
0,5
1,1
0,5
0,8
Bs2
65
84
0,5
1,1
0,5
1,0
C1
84
115
0,2
0,6
0,3
0,3
C2
115
135
0,2
0,5
0,3
0,0
PERFIL 14
Espodossolo Humilúvico Hiperespesso espessarênico, A moderado, textura arenosa, excessivamente
drenado
A
0
20
0,1
0,1
0,0
0,0
EA
20
40
0,1
0,1
0,0
0,0
E1
40
60
0,1
0,0
0,0
0,0
E2
60
160
0,1
0,0
0,0
0,0
E3
160
190
0,1
0,0
0,0
0,0
E4
190
215
0,1
0,0
0,0
0,0
EB
215
305
0,0
0,0
0,0
0,0
Bh1
305
340
0,7
0,0
0,4
0,0
Bhm
340
360
1,2
0,0
0,9
0,0
Bh2
360
400
0,9
0,0
0,7
0,0
PERFIL 15*
Espodossolo Humilúvico Órtico espessarênico, A moderado, textura arenosa, bem drenado
A
0
20
0,3
0,4
0,4
0,3
AE
20
32
0,1
0,2
0,3
0,0
E1
32
77
0,0
0,0
0,3
0,0
E2
77
90
0,0
0,0
0,0
0,0
Bh1
90
121
0,5
0,0
0,5
0,0
Bh2
121
134
0,2
0,0
0,3
0,0
Bh3
134
193
0,4
0,0
0,5
0,0
Bh4
193
253
0,8
0,0
0,6
0,0
Bh5
253
300
0,5
0,0
0,4
0,0
PERFIL 16
Espodossolo Ferrihumilúvico Órtico espessarênico, A moderado, textura arenosa, acentuadamente
drenado
A1
0
13
0,7
1,0
0,7
1,2
A2
13
28
2,0
1,2
1,9
1,7
AE
28
35
1,9
1,0
2,5
1,7
E
35
60
0,3
0,2
0,0
0,0
EB
60
67
0,6
0,8
0,9
0,9
Bs1
67
74
1,5
1,5
1,3
3,7
Bs2
74
116
2,2
1,3
4,0
3,7
246
ANEXO L - Distribuição do teor de Al e Fe-oxalato (Al
o
, Fe
o
) e Al e Fe-ditionito-citrato (Al
d
, Fe
d
) nos
Espodossolos estudados na planície costeira de Bertioga-SP
(conclusão)
Horizonte de solo
Profundidade (cm)
DITIONITO-CITRATO
OXALATO
Al
d
Fe
d
Al
o
Fe
o
Topo
Base
(g kg
-1
)
(g kg
-1
)
Bs3
116
127
2,4
1,0
4,6
3,1
Bs4
114
128
3,1
1,4
5,5
4,6
Bs5
128
153
1,6
4,5
3,5
1,2
Bs6
126
152
2,3
0,8
4,4
1,6
Bh7 (matriz)
140
200
1,6
0,5
4,1
0,7
C1
161
180
0,5
0,3
1,3
0,5
C2
180
200
0,9
0,3
5,4
0,7
Plácico
155
158
2,2
1,2
8,2
10,2
Notas:
0,0 = dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de um dado numérico originalmente
positivo
* Perfis de solos que apresentaram saturação por sódio em alguma parte da seção de controle que define
a classe.
247
ANEXO M - Dados químicos e granulométricos dos Gleissolos Háplicos (GX) identificados na planície costeira de Bertioga-SP
(continua)
P/PC
HZ
Prof.
UGE
Solo
AG
AF
S
Arg.
CT
CO
T
V%
m %
CE
T arg.
Sat
Na(%)
(g kg
-1
)
(g kg
-1
)
(dS/m)
(cmol
c
/kg)
PC68
A
0-20
Adca
GXvd
típico
80
331
447
142
F
39
140
6
82
0,1
99
1,0
Cg2
40-60
114
649
175
63
AF
4
39
7
87
0,0
62
1,0
PC69b
A
0-20
Atfb+Apf
GXvd
típico
136
523
266
76
FA
12
51
11
69
0,0
67
0,8
Cg2
40-60
161
586
202
51
FA
33
96
7
78
0,0
189
0,5
PC74
A,C
0-10
GXvd
típico
14
687
248
51
FA
53
140
21
31
0,2
274
3,6
Cg
80-110
1
855
93
51
AF
7
118
4
95
0,6
234
0,3
PC87
C
10-70
GXvd
típico
161
561
227
51
FA
5
34
3
95
0,0
67
1,2
Cg1
48-70
138
609
114
139
FA
2
29
4
94
0,0
21
1,4
Cg2
100-120
214
416
295
76
FA
2
35
3
95
0,0
46
1,2
PC59
A
0-10
Apf
GXvd
neofluvissólico
36
499
349
116
FA
41
159
13
65
0,1
137
0,6
AC
10-20
23
628
247
102
FA
16
110
8
80
0,0
108
0,7
Cg1
20-60
2
776
146
76
AF
2
59
5
89
0,0
77
0,7
Cg2
60-80
6
674
206
114
FA
8
63
10
74
0,0
56
0,9
PC89
A
0-15
Atfb+Apf
GXvd
neofluvissólico
146
494
259
102
FA
29
92
4
90
0,1
91
0,8
CA
15-40
273
430
196
101
FA
7
42
3
93
0,0
42
1,0
2Cg2
70-90
429
376
144
50
FA
4
34
12
70
0,0
67
0,9
3Cg3
90-130
309
235
277
178
FA
15
60
10
83
0,0
33
1,2
PC80
H
0-15
GXvd
neofluvissólico
148
414
373
65
FA
135
300
52
1
0,6
459
30,7
C
15-50
11
745
219
25
FA
24
116
48
5
0,3
458
22,9
Cg1
50-80
16
514
353
116
FA
65
363
29
4
0,5
312
20,3
Cg2
80-110
13
448
395
144
F
73
417
28
49
0,5
289
19,7
Cg3
110-140
17
359
439
185
F
80
323
38
54
0,5
175
24,7
PC85
A
0-10
Apf
GXvd
neofluvissólico
64
813
123
0
A
77
125
12
50
0,0
1,0
Cg1
80-100
3
823
98
76
AF
7
67
70
2
0,0
88
1,5
C2
24-80
5
914
81
0
A
7
53
1
97
0,0
0,6
C1
10-24
219
468
224
88
FA
8
40
2
96
0,0
46
0,7
247
248
ANEXO M - Dados químicos e granulométricos dos Gleissolos Háplicos (GX) identificados na planície costeira de Bertioga-SP.
(continuação)
P/PC
HZ
Prof.
UGE
Solo
AG
AF
S
Arg.
CT
CO
T
V%
m %
CE
T arg.
Sat
Na(%)
(g kg
-1
)
(g kg
-1
)
(dS/m)
(cmol
c
/kg)
P32
H
0-10
GXvd
neofluvissólico
99
110
24
28
3,7
A
10-23
Apf
8
852
130
10
A
22
42
13
64
417
7,2
C
23-50
2
896
92
10
A
6
26
2
94
258
1,6
Cg1
50-60
2
842
96
60
AF
4
48
14
73
80
8,2
Cg2
60-95
6
698
156
140
FA
8
98
15
75
70
3,6
P37
A
0-12
Atfb+Apf
GXvd
neofluvissólico
252
318
270
160
FA
31
108
11
68
68
5,1
C1
12-23
536
212
172
80
FA
11
34
2
91
42
1,5
C2
23-36
378
306
216
100
FA
11
37
1
93
37
1,0
2Cg1
36-48
378
338
184
100
FA
11
33
1
95
33
0,8
3Cg2
48-(66-75)
440
478
2
80
A
13
34
2
94
42
1,0
4Cg3
(66-75)-110
198
304
318
180
F
20
55
4
89
31
1,0
PC86a
A
0-20
Apf
GXal típico
..
894
8
53
0,0
0,5
Cg
70-90
..
64
234
1
98
0,1
0,2
PC128
A
0-20
GXal típico
30
575
266
129
FA
40
167
8
83
0,2
129
7,8
Cg1
40-60
9
234
364
393
FAG
6
173
9
91
0,0
44
0,6
Cg2
60-80
6
274
368
352
FAG
8
174
5
94
0,1
49
0,6
PC62
A
0-10
Gzo
neofluvissólico
287
309
300
103
FA
48
147
9
24
8,3
143
2,0
2Cg
30-60
810
164
26
0
A
2
25
35
4
0,4
2,0
PC63
A
0-10
GZo
neofluvissólico
482
185
203
130
FA
66
173
33
3
12,7
133
1,6
2C2
30-60
821
141
26
13
A
4
28
30
6
0,5
224
2,1
PC72
A
0-20
Atca
Gzo
neofluvissólico
62
570
253
115
FA
28
119
15
15
7,5
103
1,5
AC
20-40
85
814
51
50
A
4
31
13
10
0,8
61
1,6
C1
40-60
71
840
38
50
A
3
24
12
11
0,4
49
4,5
C2
60-80
10
535
328
127
FA
6
48
15
27
0,5
37
2,1
Cg
130
57
682
173
88
AF
2
33
10
25
0,3
38
1,2
248
249
ANEXO M - Dados químicos e granulométricos dos Gleissolos Háplicos (GX) identificados na planície costeira de Bertioga-SP,
(conclusão)
P/PC
HZ
Prof.
UGE
Solo
AG
AF
S
Arg.
CT
CO
T
V%
m%
CE
T arg,
Sat
Na(%)
(g kg
-1
)
(g kg
-1
)
(dS/m)
(cmol
c
/kg)
PC88
Az
0-20
Atfb+Apf
GZo típico
430
306
174
89
FA
30
94
14
15
9,2
106
1,6
AC
20-40
507
283
122
88
AF
8
42
11
13
1,3
48
2,1
2Cg1
40-70
887
103
10
0
A
1
11
32
...
0,3
3,6
PC116a
A
0-20
Adca
GMvd
organossólico
25
13
662
300
FAS
91
234
4
89
0,1
78
0,1
Cg
70-90
14
7
529
450
AGS
71
161
6
81
0,0
Notas:
P/PC = perfil/ponto de controle
HZ = horizonte
Prof. = profundidade
CT = classe textural
AG = areia grossa
AF = areia fina
S = silte
Arg. = argila
A = areia
AF = areia franca
F = franca
FA = franco arenosa
FAG = franco argilosa
FAA = franco argilo arenosa
FAS = franco argilo siltosa
AGS = argilo siltosa
Sinais convencionais:
0; 0,0 dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de
um dado numérico originalmente positivo;
.. não se aplica dado numérico;
... dado numérico não disponível.
249
250
APÊNDICE
251
APÊNDICE - Descrição Morfológica e Classificação dos Solos
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL P02
DATA 29/09/2006
CLASSIFICAÇÃO (SiBCS, 2006) NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico espódico, A moderado,
excessivamente drenado
LOCALIZAÇÃO: Perfil localizado próximo ao posto Robalo, à aproximadamente 60 m do rio Itapanhaú,
Município de Bertioga, São Paulo.
COORDENADAS UTM: Zona 23, E 383.330 m e N 7.364.836 m
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL perfil descrito em relevo plano
(3% de declive), sob vegetação de Floresta Alta de Restinga
LITOLOGIA sedimentos arenosos marinhos
PERÍODO Pleistoceno Quaternário Marinho
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
EROSÃO ausente
DRENAGEM excessivamente drenado
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Floresta Alta de Restinga
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A1
0-8 cm, cinzento (5YR 5/1, úmido); areia; fraca pequena e média granular e grãos simples;
solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
A2
8-25 cm, cinzento-escuro (5YR 4/1, úmido); areia; fraca muito pequena e pequena blocos
subangulares que se desfazem em grãos simples; muito friável, não plástica e não
pegajosa; transição plana e gradual.
AC
25-38 cm, cinzento-avermelhado-escuro (5YR 4/2, úmido); areia; fraca média e pequena
granular que se desfaz em grãos simples; muito friável, não plástica e não pegajosa;
transição plana e clara.
CA
38-(84-94) cm, bruno-avermelhado-escuro (10YR 4/6, úmido); areia; fraca, média e grande,
blocos subangulares que se desfazem em grãos simples; muito friável, não plástica e não
pegajosa; transição ondulada e difusa.
C1
(84-94)-140 cm, bruno-amarelado-claro (10YR 6/4); areia; maciça que se desfaz em grãos
simples; solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
C2
140-160 cm, amarelo-brunado (10YR 6/6, úmido); areia; fraca grande e média blocos
subangulares que se desfazem em grãos simples; muito friável e localmente firme nos locais
onde remanescente de B espódico; não plástica e não pegajosa; transição plana e
gradual.
C3
160-175 cm, amarelo-brunado (10YR 6/8, úmido); areia; grãos simples; solta, não plástica e
não pegajosa; transição plana e abrupta.
C4
175-210 cm+, amarelo-brunado (10YR 6/6, úmido); areia; grãos simples; solta, não plástica
e não pegajosa.
RAÍZES
Abundantes finas, comuns médias e raras grandes nos horizontes A1 e A2; comuns finas e
poucas médias no AC; comuns finas no horizonte C1; poucas finas no CA, C2 e C3 e
ausente no horizonte C4.
OBSERVAÇÕES O horizonte C3 apresenta remanescentes de horizonte B espódico, provavelmente de
ortstein. Neste mesmo horizonte são encontradas estratificações descontínuas de horizonte plácico, de
coloração avermelhada e amarelada. Sua espessura varia de 2 a 5 cm.
252
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL P16
DATA 29/09/2006
CLASSIFICAÇÃO (SiBCS, 2006) ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Órtico espessarênico, A
moderado, textura arenosa, acentuadamente drenado
LOCALIZAÇÃO: Município de Bertioga-SP, Perfil localizado próximo ao posto Robalo
COORDENADAS UTM: Zona 23, E 383.338 m e N 7.364.831 m
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL Perfil descrito a
aproximadamente 8 metros do anterior com suave declive para o rio Itapanhaú, sob vegetação de
Floresta Alta de Restinga
LITOLOGIA sedimentos arenosos marinhos
PERÍODO Pleistoceno Quaternário Marinho
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
EROSÃO ausente
DRENAGEM acentuadamente drenado
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Floresta Alta de Restinga
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A1
0-13 cm, cinzento muito escuro (5YR 3/1, úmida); areia; fraca pequena e média granular e grãos
simples; solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
A2
13-28 cm, cinzento (5YR 6/1, úmida); areia; fraca muito pequena granular e grãos simples; solta,
não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
AE
28-(35-63) cm, bruno (10YR 5/3, úmida); mosqueado abundante pequeno distinto cinzento-claro
(5YR 7/1); areia; fraca média e pequena blocos que se desfazem em grãos simples; muito
friável, não plástica e não pegajosa; transição ondulada e clara.
E
(35-63)-(60-82) cm, cinzento-claro (5YR 7/1, úmida), mosqueado abundante pequeno difuso
cinzento-rosado (5YR 6/2, úmida); areia; grãos simples; solta, não plástica e não pegajosa;
transição ondulada e abrupta.
EB
(60-82)-(67-84) cm, bruno (10YR 5/3, úmida), mosqueado abundante pequeno proeminente
branco (5YR 8/1); areia; fraca média e pequena blocos que se desfazem em grãos simples;
muito friável, não plástica e não pegajosa; transição ondulada e abrupta.
Bhs1
(67-84)-(74-90) cm, bruno (10YR 5/3, úmida); areia; maciça; muito friável, não plástica e não
pegajosa; transição ondulada e clara.
Bhs2
(74-90)-116 cm, bruno-amarelado (10YR 5/4, úmida); areia; maciça; muito friável, o plástica e
não pegajosa; transição plana e gradual.
Bhs3
116-(127-140) cm, bruno (7,5YR 5/4, úmida); areia; maciça; muito friável, não plástica e não
pegajosa; transição descontínua e clara.
Bhs4
114-128 cm, bruno-amarelado-escuro (10YR 4/4, úmida); areia; maciça; firme, não plástica e não
pegajosa; transição descontínua e clara.
Bhs5
128-153 cm, bruno-amarelado-claro (10YR 6/4, úmida); presença de fragmentos de ortstein de
consistência úmida muito firme; areia; maciça; solta, não plástica e não pegajosa; transição
descontínua e abrupta.
Bhs6
126-152 cm, bruno-amarelado (10YR 5/4, úmida), mosqueados comuns pequenos e médios
distintos cinzento-claros (5YR 7/1); areia; maciça que se desfaz em grãos simples; muito friável,
não plástica e não pegajosa; transição descontínua e abrupta.
Bhs7
140-200 cm, bruno-amarelado (10YR 5/4, úmida); presença de fragmentos de ortstein de
consistência úmida muito firme; areia; maciça que se desfaz em grãos simples; muito friável, não
plástica e não pegajosa; transição descontínua e abrupta.
C1
161-180 cm, bruno muito claro-acinzentado (10YR 7/3, úmida); areia; grãos simples; solta, não
plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
C2
180-200
+
cm, bruno-amarelado-claro (10YR 6/4, úmida), presença de fragmentos do horizonte
253
plácico, firme, bruno (10YR 5/3, úmida); areia; solta, não plástica e não pegajosa.
RAÍZES
abundantes finas, fasciculadas e médias A1 e A2; comuns finas e poucas médias no AE; poucas
finas no E ao Bh6; raras finas no horizonte C1 e Bh7.
OBSERVAÇÕES Presença de remanescentes do horizonte ortstein nos horizontes Bh5 e Bh7. Nível do
lençol freático ocorrendo a mais de 350 cm de profundidade.
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL P01
DATA 08/06/2006
CLASSIFICAÇÃO (SiBCS, 2006) ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Órtico dúrico, A moderado,
textura arenosa, bem drenado
LOCALIZAÇÃO: Próximo ao posto Robalo, Município de Bertioga, São Paulo.
COORDENADAS UTM: Zona 23, E 383.341 m e N 7.364.797 m
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL perfil descrito em superfície
convexa, com ausência de cordões e relevo plano (2% de declive), sob Floresta Alta de Restinga em fase
de regeneração
LITOLOGIA sedimentos arenosos marinhos
PERÍODO Pleistoceno Quaternário Marinho
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
EROSÃO ausente
DRENAGEM bem drenado
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA floresta alta de restinga
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A1
0-6 cm, bruno cinzento muito escuro (5YR 3/1, úmido); areia; fraca muito pequena e
pequena granular que se desfaz em grãos simples; solta, não plástica e não pegajosa;
transição plana e clara.
A2
6-13cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento-escuro (5YR 4/1) e branco (5YR
8/1); areia; fraca pequena e média granular e grãos simples; solta, não plástica e o
pegajosa; transição plana e clara.
EA
13-25 cm, cinza-brunado (5YR 6/1, úmido); areia; grãos simples; solta, não plástica e não
pegajosa; transição plana e clara.
E1
25-71 cm, branco (5YR 8/1, úmido); areia; grãos simples; solta, não plástica e não pegajosa;
transição plana e clara.
BE1
71-82 cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento (5YR 5/1) e cinzento muito
escuro (5YR 3/1); areia; maciça; solta a muito friável, não plástica e não pegajosa; transição
descontínua e clara.
BE2
73-91 cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento muito escuro (5YR 3/1, úmida)
e cinzento (5YR 6/1, úmida); areia; maciça; muito friável, não plástica e não pegajosa;
transição descontínua e ondulada.
EB
94-113 cm, cinzento (5YR 5/1, úmida); areia; grãos simples; solta, não plástica e não
pegajosa; transição descontínua e abrupta.
Bh1
82-119 cm, cinzento (5YR 3/1, úmido); areia; maciça; firme, não plástica e não pegajosa;
transição descontínua e abrupta.
Bhm1
89-125 cm, bruno-avermelhado-escuro (5YR2,5/2, úmido); areia; maciça; extremamente
firme, não plástica e não pegajosa; transição ondulada e abrupta.
E2
106-180 cm, cinzento (5YR 6/1, úmido); areia; grãos simples; solta, não plástica e não
pegajosa; transição descontínua e abrupta.
Bh2
107-125 cm, bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/2, úmido); areia; maciça; muito friável, não
plástica e não pegajosa; transição descontínua e abrupta.
254
Bs1
107-125 cm, bruno (7,5YR 4/2, úmido); areia; maciça; firme, não plástica e o pegajosa;
transição descontínua e abrupta.
Bhm2
120 142, cinzento-muito-escuro (5YR 3/1, úmido); areia; maciça; extremamente firme, não
plástica e não pegajosa; transição descontínua e abrupta.
Bs2
125-180 cm, bruno-amarelado (10YR 5/6, úmida); areia; maciça; friável, não plástica e não
pegajosa; transição descontínua e abrupta; presença de horizontes plácicos convolados
(menor que 2 cm de espessura), de coloração bruno (5YR 4/4, úmido) e consistência úmida
firme, bem espaçados entre si e ocupando menos que 5% do horizonte
Bsm1
122-144 cm, bruno-avermelhado (5YR 4/3, úmido); areia; maciça; muito firme, não plástica e
não pegajosa; transição descontínua e abrupta.
Bsm2
153-180 cm, coloração variegada, úmida, composta de bruno-avermelhado (5YR 4/3) e
bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/3); areia; maciça; muito firme, não plástica e não
pegajosa; transição plana e abrupta.
Bsm3
132-170cm, bruno (7,5YR 5/4, úmida); areia; maciça; muito firme, não plástica e não
pegajosa; transição descontínua e abrupta.
Bsm4
157-180 cm, bruno-avermelhado (5YR 4/3, úmida); areia; maciça; firme a muito firme, não
plástica e não pegajosa; transição descontínua e abrupta; presença de estratificações
estreitas (menor que 1cm), contínuas e paralelas, distribuídas por todo o horizonte, de
coloração bruno-escuro (5YR 3/1, úmido) e consistência úmida firme, bem espaçadas entre
si e ocupando menos que 2% do horizonte.
Bh3
135 170cm+, bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/2, úmida); areia; maciça; friável a firme,
não plástica e não pegajosa.
RAÍZES -
Fasciculadas, abundantes, finas e médias, poucas grossas nos horizontes A1 e A2; poucas
finas e raras médias no EA; raras finas nos horizonte E1, BE1; BE2 e Bh1; ausente nos
demais horizontes.
OBSERVAÇÕES perfil descrito e coletado em trincheira. Presença de aproximadamente 5cm de
serrapilheira (horizonte O), com restos vegetais em diferentes estádios de decomposição. A transição do
horizonte E1 para o Bh se por uma estreita camada acinzentada de redução, descontínua com
espessura média de 2cm..
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL P12
DATA 11/08/2006
CLASSIFICAÇÃO (SiBCS, 2006) ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Hidromórfico dúrico, A
moderado, textura arenosa, imperfeitamente drenado
LOCALIZAÇÃO: Município de Bertioga, São Paulo.
COORDENADAS UTM: Zona 23, E 384.524 m e N 7.364.581 m
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL perfil descrito a
aproximadamente 25 m do perfil P2, em vertente suave em direção ao mar. Poucos metros a jusante
deste perfil aparece uma área permanentemente inundada, dominada por Neossolos Quartzarênicos e
Gleissolos de textura média. Vegetação: Floresta Alta de Restinga
LITOLOGIA sedimentos arenosos marinhos
PERÍODO Pleistoceno Quaternário Marinho
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
EROSÃO ausente
DRENAGEM imperfeitamente drenado
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Floresta Alta de Restinga
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A
0-18 cm, cinzento-escuro (7,5YR 4/1, úmida); areia; fraca pequena, blocos subangulares que
255
se desfazem em grãos simples; solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e
gradual.
AE
18-26 cm, coloração variegada, úmida, composta de cinza (5YR 5/1) e cinzento- escuro
(5YR 4/1); areia; grãos simples; solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
EA
26-37 cm, cinzento (5YR 6/1), mosqueado pouco pequeno distinto cinzento muito escuro
(5YR 3/1); areia; grão simples; solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
E
37-50 cm, cinzento-claro (5YR 7/1, úmida); areia; grãos simples; solta, não plástica e não
pegajosa; transição plana e clara.
EB
50-59 cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento (5YR 5/1) e cinzento- escuro
(5YR 4/1); areia; grão simples; solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e abrupta.
Bh
59-(72-82) cm, cinzento muito escuro (5YR 3/1, úmida); areia; maciça; firme, não plástica e
não pegajosa; transição ondulada e abrupta.
Bhm1
95-137 cm, preto-avermelhado (2,5YR 2/1, úmida); areia; maciça; extremamente duro,
extremamente firme, não plástica e não pegajosa; transição descontínua e abrupta.
Bhm2
113-150 cm, preto (5YR 2,5/1, úmida); areia franca; maciça; extremamente duro,
extremamente firme, não plástica e não pegajosa; transição descontínua e abrupta.
Bs
130-160 cm+, bruno (7,5 YR 5/4, úmida; areia franca; maciça; muito friável, não plástica e
não pegajosa, transição descontínua e abrupta.
Bhs1
(73-82)-134 cm, cinzento-escuro (10YR 4/1, úmida); areia; maciça; muito friável, ligeiramente
plástica e ligeiramente pegajosa; transição plana e gradual.
Bhs2
134-160+, bruno (10YR 4/3, úmida); areia; maciça; muito friável, ligeiramente plástica e
ligeiramente pegajosa.
RAÍZES -
abundantes finas e poucas médias no horizonte A1; comuns finas e poucas médias no A2;
poucas finas no AE; raras finas no EA, E, Bh; ausento nos demais horizontes.
OBSERVAÇÕES Nível do lençol freático ocorrendo a 170 cm de profundidade. Presença de mica
(muscovita) nos horizontes Bhm1 e Bhm2.
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL P03
DATA 08/06/2006
CLASSIFICAÇÃO (SiBCS, 2006) ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Órtico espessarênico, A
moderado, textura arenosa, bem drenado
LOCALIZAÇÃO: Município de Bertioga, São Paulo.
COORDENADAS UTM: Zona 23, E 384.562 m e N 7.364.623 m
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL perfil descrito em barranco, na
borda de um cordão de restinga próximo à Rodovia Rio-Santos. Cobertura vegetal sobre o perfil: Floresta
Alta de Restinga Alterada
LITOLOGIA sedimentos arenosos marinhos
PERÍODO Pleistoceno Quaternário Marinho.
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
EROSÃO ausente
DRENAGEM bem drenado
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Floresta Alta de Restinga
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A1
0-12 cm, cinzento (5YR 5/1, úmida); areia; fraca pequena e média granular e grãos simples;
solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
A2
12-27 cm, cinzento (5YR 5/1, úmida); fraca pequena e média blocos subangulares e grãos
simples; solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
E
25-57 cm, branco (10YR 8/1, úmida); areia; grãos simples; solta, não plástica e não
256
pegajosa; transição ondulada e abrupta.
Bhg
47-57 cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento (10YR 6/1), branco (10YR 8/1)
e bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/2); areia; maciça; firme, não plástica e não pegajosa;
transição ondulada e abrupta.
Bh1
52-75 cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento muito escuro (5YR 3/1) e
bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/2); areia franca; maciça; friável a firme, não plástica e
não pegajosa; transição descontínua e abrupta.
Bh2
63-80 cm, bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/2, úmida); areia franca; maciça; firme, não
plástica e não pegajosa; transição descontínua e abrupta.
Bh3
55-95 cm, coloração variegada, úmida, composta de bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/3) e
bruno-avermelhado (5YR 4/4); areia franca; maciça; friável a firme, não plástica e não
pegajosa; transição ondulada e clara.
Bh4
126-150 cm, bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/2, úmida); areia franca; maciça; friável, não
plástica e não pegajosa; transição descontínua abrupta.
Bh5
73-112 cm, coloração variegada, úmida, composta de bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/3)
e bruno-avermelhado (5YR 4/3); areia; maciça; firme a muito firme, não plástica e não
pegajosa; transição descontínua abrupta.
Bs1
78-101 cm, bruno-amarelado (10YR 5/6, úmida); areia franca; presença de horizontes
plácico convolado de consistência firme, cor bruno-forte (7,5YR 4/6), espessura média de 2
cm; friável, firme a extremamente firmes; transição, descontínua abrupta.
Bs2
82-85 cm, coloração variegada, úmida, composta de bruno-amarelado-claro (10YR 6/4),
bruno (7,5YR 4/4 e 10YR 5/3), bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/2); areia; maciça; friável,
não plástica e não pegajosa; transição ondulada e difusa.
Bs3
95-126 cm, coloração variegada, úmida, composta de amarelo-brunado (10YR 6/6) e bruno-
amarelado-escuro (10YR 4/6); areia; maciça; friável, não plástica e não pegajosa; transição
abrupta e descontínua.
Bs4
85-180 cm, coloração variegada, úmida, composta de bruno-avermelhado (5YR 4/3),
vermelho-amarelado (5YR 4/6) e bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/2); areia franca; maciça;
friável, não plástica e não pegajosa; transição descontínua e abrupta.
Bs5
130-150 cm, coloração variegada, úmida, composta de bruno-amarelado (10YR 5/4), bruno
(10YR 5/3); areia; maciça; friável, não plástica e não pegajosa; transição descontínua e
abrupta.
Bs6
54-120 cm, coloração variegada, úmida, composta de amarelo-brunado (10YR 6/6), bruno-
amarelado (10YR 5/4) e bruno-amarelado-escuro (7,5YR 3/4); areia franca; maciça; firme,
não plástica e não pegajosa; transição abrupta e descontínua.
Bs7
155-180 cm, bruno (10YR 4/3, úmida); areia; maciça; friável, não plástica e não pegajosa;
presença de estratificações bruno-amarelado (10YR 5/6) e amarelo-brunado (10YR 6/6),
firme a muito firme; transição abrupta e descontínua.
C
54-112 cm, cinzento-rosado (7,5 YR 7/2, úmida); areia; grão simples; solta, não plástica e
não pegajosa.
RAÍZES -
Abundantes finas, comuns médias e grossas no horizonte A1; comuns finas, poucas médias
e grossas no A2; poucas finas e médias, raras grossas no horizonte E; raras finas no
horizonte Bhg; poucas finas no horizonte Bh1; comuns finas no Bh2; poucas finas nos
horizontes Bh3, Bh4 e Bh5; raras finas nos horizontes Bs1, Bs2 e Bs3; ausento nos demais
OBSERVAÇÕES Horizonte E apresenta feições de desmantelamento do horizonte Bh. Horizontes
plácicos aparecem e mudam de direção desde a profundidade de 54 até 112 cm. Nível do lençol freático
está abaixo de 200 cm de profundidade.
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL P04
DATA 10/06/2006
CLASSIFICAÇÃO (SiBCS, 2006) ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Órtico espessarênico, A moderado,
textura arenosa, acentuadamente/imperfeitamente drenado
LOCALIZAÇÃO: Município de Bertioga, São Paulo.
COORDENADAS UTM: Zona 23, E 384.524 m e N 7.364.581 m
257
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL perfil descrito no topo de um
cordão litorâneo com diferença de nível de aproximadamente 5 metros em relação ao seu entorno.
Cobertura vegetal sobre o perfil: Floresta Alta de Restinga
LITOLOGIA sedimentos arenosos marinhos
PERÍODO Pleistoceno Quaternário Marinho
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
EROSÃO ausente
DRENAGEM acentuadamente/imperfeitamente drenado
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA floresta alta de restinga
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A
0-15 cm, cinzento (5YR 6/1, úmido); areia; fraca pequena e média granular e grãos simples;
solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
AE
15-41 cm, cinzento (5YR 6/1, úmido), mosqueado abundante pequeno e médio difuso
cinzento-avermelhado-escuro (5YR 4/2, úmido); areia; fraca pequena e média granular e
grãos simples; solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
EA
41-71 cm, cinzento-claro (5YR 7/1, úmido); areia; grãos simples; solta, não plástica e não
pegajosa; transição plana e difusa.
E
71-153 cm, branco (5YR 8/1, úmido), mosqueado pouco médio e grande difuso bruno-
avermelhado (5YR 5/3, úmido); areia; grãos simples; solta, não plástica e o pegajosa;
transição plana e abrupta.
Bhg
153-156 cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento (5YR 5/1 e 10YR 5/1) e
cinzento muito escuro (10YR 3/1); areia; maciça; friável a firme, não plástica e não pegajosa;
transição plana e clara.
Bh1
156-165 cm, preto (5YR 2,5/1, úmido); areia; maciça; firme, não plástica e não pegajosa;
transição descontínua e abrupta.
Bh2
165-205 cm, bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/4, úmido); areia; maciça; friável e
localmente muito firme; não plástica e não pegajosa; transição descontínua e abrupta.
Bhm1
156-205 cm, preto (5YR 2,5/1, úmido); areia; maciça; muito firme e localmente firme e
extremamente firme, não plástica e não pegajosa; transição descontínua e clara.
Bhm2
158-205 cm, preto (5YR 2,5/1, úmido); areia; maciça; muito firme e localmente
extremamente firme, não plástica e não pegajosa.
RAÍZES -
abundantes finas, comuns médias e raras grossas no horizonte A; comuns fins, raras
médias e grossas no AE; comuns finas, poucas médias e grossas no horizonte EA; poucas
finas e médias no E; raras finas nos horizontes Bhg e Bh1; ausento nos demais.
OBSERVAÇÕES Nível do lençol freático ocorrendo a 210 cm de profundidade.
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL P06
DATA 18/06/2006
CLASSIFICAÇÃO (SiBCS, 2006) ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Hidromórfico espessarênico, A
moderado, textura arenosa, mal drenado
LOCALIZAÇÃO: Município de Bertioga, São Paulo.
COORDENADAS UTM: Zona 23, E 384.525 m e N 7.364.584 m.
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL perfil descrito a poucos metros
(10 m) da base cordão onde foi descrito o perfil P6. Cobertura vegetal sobre o perfil: Floresta Alta de
Restinga
LITOLOGIA sedimentos arenosos marinhos
PERÍODO Holoceno Quaternário Marinho
PEDREGOSIDADE ausente
258
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
EROSÃO ausente
DRENAGEM mal drenado
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA floresta alta de restinga
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A1
0-8 cm, cinzento muito escuro (5YR 3/1, úmida); areia; fraca pequena e muito pequena
granular; solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e abrupta.
A2
8-13 cm, cinzento muito escuro (5YR 3/1, úmida); areia; fraca média e pequena granular;
solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
AE1
13-19 cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento-escuro (5YR 4/1) e cinzento
(5YR 6/1); fraca média e pequena blocos subangulares; muito friável, não plástica e não
pegajosa; transição plana e clara.
AE2
19-26 cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento-escuro (5YR 4/1) e cinzento
(5YR 6/1); areia; maciça que se desfaz em grãos simples; solta, não plástica e não
pegajosa; transição plana e clara.
Bh1
26-37 cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento muito escuro (5YR 3/1) e
bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/2); areia; maciça; muito friável, não plástica e não
pegajosa; transição plana e clara.
Bh2
37-59 cm, coloração variegada, úmida, composta de bruno-escuro (7,5YR 3/2) e bruno
(7,5YR 4/2), mosqueado abundante médio e grande proeminente cinzento muito escuro
(5YR 3/1); areia; maciça; friável e firme, não plástica e não pegajosa; transição plana e
gradual.
Bs
58-74 cm, bruno-amarelado (10YR 5/4, úmida), mosqueado abundante médio e grande
distinto bruno-acinzentado-escuro (10YR 4/2); areia; maciça; friável, não plástica e não
pegajosa; transição plana e abrupta.
Bcg
74-84 cm, coloração variegada, úmida, composta de bruno-amarelado-escuro (5YR 5/3),
bruno (10YR 5/3) e cinzento-avermelhado-escuro (5YR 4/2); areia; maciça; friável, não
plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
Cg
84-100cm+, cinzento (5YR 5/1, úmida), areia; não plástica e não pegajosa.
RAÍZES -
Raízes abundantes finas e médias, poucas grossas nos horizontes A1 e A2; abundantes
finas, comuns médias no horizonte AE1; comuns finas, poucas médias no horizonte AE2,
Bh1, Bh2 e Bs; comuns finas e médias no BCg; ausento no Cg.
OBSERVAÇÕES vel do lençol freático ocorrendo a 80 cm de profundidade. Abaixo do horizonte BCg
várias camadas arenosas intercaladas com argilosas, a camada argilosa apresenta fragmentos de
tronco de árvores, coletados A 120cm e datados por
14
C (3.700±79 anos A.P.).
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL P05
DATA 15/06/2006
CLASSIFICAÇÃO (SiBCS, 2006) ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Hidromórfico espessarênico, A
moderado, textura arenosa, mal drenado.
LOCALIZAÇÃO: Município de Bertioga, São Paulo. Perfil descrito a 5 m acima do P7.
COORDENADAS UTM: Zona 23, E 384.525 m e N 7.364.585 m
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL perfil descrito a 5 metros do
anterior em direção à praia. Vegetação sobre o perfil: Floresta Alta de Restinga alterada
LITOLOGIA sedimentos arenosos marinhos
PERÍODO Holoceno Quaternário Marinho
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
259
REGIONAL plano
EROSÃO ausente
DRENAGEM imperfeitamente drenado
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Floresta Alta de Restinga alterada
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A1
0-13 cm, coloração variegada, úmida, composta de preto (5YR 2,5/1) e cinzento (5YR 6/1);
areia; fraca média e pequena granular e grãos simples; friável, ligeiramente plástica e não
pegajosa; transição plana e clara.
A2
13-(17-23) cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento muito escuro (5YR 3/1) e
cinzento (5YR 6/1); areia; fraca muito pequena e pequena granular e grãos simples; muito
friável, ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição ondulada e clara.
EA1
(17-23)-29 cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento (5YR 5/1) e cinzento-claro
(5YR 7/1); areia; fraca, pequena e média blocos subangulares que se desfazem em grãos
simples; muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
EA2
29-36 cm, cinzento (5YR 5/1, úmido), mosqueado abundante médio difuso cinzento-escuro
(5YR 4/1, úmido); areia; fraca pequena e média blocos subangulares que se desfazem em
grãos simples; muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e abrupta.
Bh1
36-42 cm, cinzento muito escuro (5YR 3/1, úmido); areia; maciça; friável a firme, não plástica
e não pegajosa; transição plana e abrupta.
Bh2
42-(53-82) cm, cinzento muito escuro (5YR 3/1, úmido); areia; maciça; friável a firme, não
plástica e não pegajosa; transição ondulada e abrupta.
Bhs
(53-82)-93 cm, bruno-avermelhado (5YR 4/3, úmido); mosqueado abundante pequeno
distinto preto (5YR 2,5/1, úmido); areia; maciça; firme a friável, não plástica e não pegajosa;
transição plana e clara.
Bs
93-114 cm, bruno-avermelhado (5YR 5/4, úmido); mosqueado comum pequeno difuso
bruno-avermelhado (5YR 4/3, úmido); areia; maciça; friável, não plástica e o pegajosa;
transição plana e clara.
Bcg
114-129 cm, coloração variegada, úmida, composta de bruno-amarelado (10YR 5/4, úmido),
cinzento (10YR 5/1) e cinzento-escuro (10YR 4/1); areia; maciça; friável, não plástica e não
pegajosa, transição plana e clara.
Cg1
129-150 cm, cinzento (7,5YR 5/1); areia; maciça que se desfaz em grãos simples; solta, não
plástica e não pegajosa, transição plana e clara.
2Cg2
150-170 cm+, cinza-escuro (7,5YR 4/1); franco-argilo-arenosa; não descrito devido ao
excesso de água no perfil.
RAÍZES -
Fasciculadas, abundantes, finas e médias, poucas grossas nos horizontes A1 e A2;
abundantes finas e médias no EA1; comuns finas e poucas médias no EA2; comuns finas e
poucas médias nos horizontes Bh1 e Bh2; poucas finas no Bhs, Bs e BCg.
OBSERVAÇÕES perfil descrito encharcado, com o nível do lençol freático ocorrendo a 1,40 m de
profundidade. Horizonte 2Cg2 com abundantes fragmentos de troncos de árvores em bom estado de
preservação.
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL P07
DATA 17/06/2006
CLASSIFICAÇÃO (SiBCS, 2006) ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Hidromórfico dúrico, A moderado,
textura arenosa, muito mal drenado.
LOCALIZAÇÃO: Município de Bertioga, São Paulo.
COORDENADAS UTM: Zona 23, E 384.923 m e N 7.364.281 m
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL Perfil descrito a
aproximadamente 800 m do anterior, em relevo plano (<1%) pendendo suavemente para o mar.
Cobertura vegetal sobre o perfil: Floresta Alta de Restinga alterada
LITOLOGIA sedimentos arenosos marinhos
260
PERÍODO Pleistoceno Quaternário Marinho
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
EROSÃO ausente
DRENAGEM muito mal drenado
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Floresta Alta de Restinga alterada
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
O
0-7 cm, preto (5YR 2,5/1, úmida); orgânica; moderada pequena e média granular; muito
friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e abrupta.
A
7-12 cm, cinzento muito escuro (5YR 3/1, úmida); areia; fraca pequena e muito pequena
granular; muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e abrupta.
AE
12-17 cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento-avermelhado-escuro (5YR
4/2), cinzento (5YR 5/1), bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/2); areia; fraca muito pequena
granular e grãos simples; solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
E
17-(27-32) cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento (5YR 6/1 e 5YR 5/1);
areia; grãos simples; solta, não plástica e não pegajosa; transição ondulada e abrupta.
BE
(27-32)-(37-40) cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento muito escuro (5YR
3/1), cinzento (5YR 5/1); areia; maciça; friável a firme, não plástica e não pegajosa; transição
ondulada e abrupta.
Bh1
(37-40)-(46-53) cm, cinzento muito escuro (5YR 3/1, úmida), com estratificações
descontínuas distribuídas por todo o horizonte, de espessura média de 8 mm, preto (5YR
2,5/1, úmida) e de consistência úmida muito firme; areia; maciça; firme, não plástica e não
pegajosa; transição ondulada e abrupta.
Bhm
(46-53)-89 cm, coloração variegada, úmida, composta de bruno-avermelhado-escuro (5YR
2,5/2 e 5YR 3/2); areia; maciça; muito firme, não plástica e não pegajosa; transição ondulada
e clara.
Bh2
89-106 cm, bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/4, úmida); areia; maciça; friável a firme, não
plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
Bh3
106-130
+
, bruno-avermelhado (5YR 4/4, úmida); areia; maciça; friável a firme, não plástica e
não pegajosa.
RAÍZES -
abundantes finas e médias e poucas grossas nos horizontes O e A; comuns finas, poucas
médias no AE; poucas finas no E, BE e Bh1; poucas finas e localmente comuns no horizonte
Bhm; poucas finas e médias no Bh2; poucas finas no Bh3.
OBSERVAÇÕES Lençol freático ocorrendo a 140 cm de profundidade.
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL P08
DATA 19/06/2006
CLASSIFICAÇÃO (SiBCS, 2006) ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Hidromórfico espessarênico, A
moderado, textura arenosa, mal drenado
LOCALIZAÇÃO: Município de Bertioga, São Paulo.
COORDENADAS UTM: Zona 23, E 385.023 m e N 7.363.714 m
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL Perfil descrito em relevo plano
(1% de declive) sob vegetação de Floresta Alta de Restinga alterada
LITOLOGIA sedimentos arenosos marinhos
PERÍODO Holoceno Quaternário Marinho
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
261
EROSÃO ausente
DRENAGEM mal drenado
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Floresta Alta de Restinga alterada
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A
0-7 cm, preto (5YR 2,5/1, úmido); areia; fraca, média e pequena granular; muito friável,
ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição plana e abrupta.
AE
7-11 cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento muito escuro (5YR 3/1) e
cinzento (5YR 6/1, úmido); areia; fraca pequena e média granular que se desfaz em grãos
simples; muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e abrupta.
EA
11-(18-30) cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento-avermelhado-escuro
(5YR 4/2) e cinzento (5YR 6/1); areia; grãos simples; solta, não plástica e não pegajosa;
transição ondulada e clara.
E
(18-30)-(35-48) cm, cinzento (5YR 6/1, úmida), mosqueado abundante médio e grande
difuso cinzento-escuro (5YR 4/1, úmida); areia; grãos simples; solta, não plástica e não
pegajosa; transição ondulada e abrupta.
EB
(35-48)-74 cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento (5YR 5/1 e 5YR 6/1);
areia; grãos simples; solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
BE
7483 cm, cinzento-escuro (5YR 4/1, úmido), mosqueado pouco médio e grande difuso
cinzento (5YR 6/1, úmido); areia; grãos simples; muito friável, não plástica e o pegajosa;
transição plana e abrupta.
Bh1
83-103 cm, preto (5YR 2,5/1, úmido); areia; maciça; firme, não plástica e não pegajosa;
transição plana e abrupta.
Bh2
103-117 cm, preto (5YR 2,5/1, úmido); areia; maciça; firme e localmente muito firme, não
plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
Bhm
117-150 cm+, preto (5YR 2,5/1, úmido); areia; maciça; muito firme e localmente
extremamente firme, não plástica e não pegajosa.
RAÍZES -
Abundantes finas, comuns médias e grossas no horizonte A; comuns finas e poucas médias
no AE; poucas finas e médias no horizonte EA; poucas finas no E, EB e BE; Bh1 e Bh2;
ausente no Bhm.
OBSERVAÇÕES Os horizontes EA, E, EB e BE apresentam halos arredondados de coloração mais
clara em relação à matriz, de diferentes diâmetros, desde 0,5cm até 7cm, possivelmente relacionados a
atividade de microrganismos, desmantelando o horizonte, transformando-o em horizonte E.
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL P10
DATA 30/06/2006
CLASSIFICAÇÃO (SiBCS, 2006) ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Hidromórfico espessarênico, A
moderado, textura arenosa, mal drenado
LOCALIZAÇÃO: Município de Bertioga, São Paulo.
COORDENADAS UTM: Zona 23, E 387.663 m e N 7.365.241 m
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL descrito sob cobertura vegetal de
Floresta Baixa de Restinga alterada, em relevo plano (2% de declive). Perfil situado na transição entre os
sedimentos holocênicos e pleistocênicos
LITOLOGIA sedimentos arenosos marinhos
PERÍODO transição Pleistoceno/Holoceno Quaternário Marinho
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
EROSÃO ausente
DRENAGEM mal drenado
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Floresta Baixa de Restinga alterada
262
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A
0-14 cm, cinzento (10YR 6/1, úmida), mosqueado abundante médio e pequeno proeminente
bruno-escuro (7,5YR 3/2, úmida); areia; fraca pequena granular e grãos simples; muito
friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
EA
14-(29-35) cm, bruno-escuro (7,5YR 6/2, úmida), mosqueado comum médio distinto branco
(5YR 8/1, úmida); areia; grãos simples, solta; o plástica e não pegajosa; transição
ondulada e clara.
E1
(29-35)-(53-71) cm, branco (5YR 8/1, úmida), mosqueado abundante pequeno e médio
difuso cinzento-claro (5YR 7/1, úmida); areia; grãos simples, solta; não plástica e o
pegajosa; transição ondulada e abrupta.
E2
(53-71)-(84-100) cm, cinzento (5YR 6/1, úmida), mosqueado abundante médio difuso
cinzento (5YR 5/1, úmida); areia; grãos simples; solta, não plástica e não pegajosa;
transição ondulada e clara.
E3
(84-100)-112 cm, cinzento (5YR 6/1, úmida), mosqueado abundante grande difuso cinzento
(5YR 5/1, úmida) e cinzento-escuro (5YR 4/1, úmida); areia; grãos simples; solta, não
plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
EB
112-122 cm, cinzento-avermelhado-escuro (5YR 4/2, úmida); areia; grãos simples; solta, não
plástica e não pegajosa; transição plana e abrupta.
Bh1
122-140 cm, bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/2, úmida); areia; maciça; friável, não plástica
e não pegajosa; transição plana e abrupta.
Bh2
140-160 cm+, cinzento (5YR 3/1); areia; maciça; firme, não plástica e não pegajosa.
RAÍZES -
abundantes finas e médias, poucas grossas no horizonte A; poucas finas e médias nos
horizontes EA, E1 e E2; ausente nos demais horizontes.
OBSERVAÇÕES - Lençol freático aflorando a 115 cm de profundidade.
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL P11
DATA 01/07/2006
CLASSIFICAÇÃO (SiBCS, 2006) NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Hidromórfico típico, A moderado,
muito mal drenado
LOCALIZAÇÃO: Município de Bertioga, São Paulo.
COORDENADAS UTM: Zona 23, E 387.720 m e N 7.365.158 m
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL perfil descrito em relevo plano (1
% de declive), sob vegetação de Floresta Baixa de Restinga alterada
LITOLOGIA sedimentos arenosos marinhos
PERÍODO Holoceno Quaternário Marinho
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
EROSÃO ausente
DRENAGEM muito mal drenado
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Floresta Baixa de Restinga alterada
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A1
0-8 cm, cinzento-escuro (5YR 4/1, úmida); areia; fraca, muito pequena e pequena, granular e
grãos simples; solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e abrupta.
A2
8-24 cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento-avermelhado-escuro (5YR 4/2)
e cinzento-avermelhado (5YR 6/2); areia; fraca pequena e média granular e grãos simples;
muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e abrupta.
263
AE
24-30 cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento-avermelhado (5YR 6/2),
cinzento-avermelhado-escuro (5YR 4/2) e vermelho-amarelado (5YR 5/6); areia; fraca
pequena e média blocos subangulares e grãos simples; solta, não plástica e não pegajosa;
transição plana e abrupta.
C
30-48 cm, coloração variegada, úmida, composta de bruno-amarelado-claro (2,5Y 6/4 e 2,5Y
6/3), bruno-avermelhado e (5YR 5/6) amarelo-avermelhado (5YR 6/6); areia; maciça que se
desfaz em fraca, média e pequena blocos subangulares e grãos simples; muito friável e
localmente firme, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
Cg1
48-83 cm, coloração variegada, úmida, composta de bruno (7,5YR 5/4) e cinzento-brunado-
claro (2,5Y 6/2); areia; maciça que se desfaz em fraca grande blocos subangulares e grãos
simples; friável e localmente firme, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
Cg2
83-110 cm+, cinzento (5Y 6/1, úmida); areia; não descrito devido ao excesso de água na
trincheira.
RAÍZES -
Abundantes finas e comuns médias no A1; abundantes finas, comuns médias e poucas
grossas no A2; comuns finas e poucas médias no AE; poucas finas e raras médias nos
horizontes C e Cg1; ausente no Cg2.
OBSERVAÇÕES Perfil descrito em condições de elevada umidade, com o lençol freático aflorando a 90
cm de profundidade. Os mosqueados se referem a segregações de ferro de consistência mais firme em
relação à matriz.
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL P09
DATA 29/06/2006
CLASSIFICAÇÃO (SiBCS, 2006) NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Hidromórfico típico, A moderado,
mal drenado
LOCALIZAÇÃO: Município de Bertioga, São Paulo.
COORDENADAS UTM: Zona 23, E 387.897 m e N 7.364.636 m
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL perfil descrito nas proximidades
da praia, sob cobertura vegetal de Escrube, em relevo plano (2% de declive), mas mais elevado que a
paisagem à montante
LITOLOGIA sedimentos arenosos marinhos
PERÍODO Holoceno Quaternário Marinho
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
EROSÃO ausente
DRENAGEM mal drenado
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Escrube (vegetação arbustiva)
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A1
0-7 cm, bruno-acinzentado (5YR 4/2, úmido); areia; fraca muito pequena e pequena,
granular e grãos simples; solto, não plástica e não pegajosa; transição plana e abrupta.
A2
7-15 cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento-avermelhado-escuro (5YR 4/2)
e cinzento (5YR 6/1, úmido); areia; fraca média e pequena blocos subangulares e grãos
simples; muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e abrupta.
C1
15-(57-63) cm, coloração variegada, úmida, composta de amarelo-brunado (10YR 6/6),
bruno-amarelado-claro (10YR 6/4) e cinzento-brunado-claro (10YR 6/2); areia; maciça que
se desfaz em grãos simples; muito friável, não plástica e não pegajosa; transição ondulada e
clara.
C2
(57-63)-(73-82) cm, bruno-acinzentado (10YR 5/2, úmido); areia; maciça que se desfaz em
grãos simples; muito friável, não plástica e não pegajosa; transição descontínua e clara.
Cg
73-82 cm, cinzento (5Y 5/1, úmido), mosqueados abundantes médios e grandes
264
proeminentes bruno-amarelado-escuro (5YR 4/6, úmido); areia; maciça; friável a firme, não
plástica e não pegajosa; transição descontínua e clara.
C3
73-94 cm, bruno (10YR 5/3, úmido); mosqueado comum pequeno e médio distinto cinzento
(7,5YR 6/1, úmido); areia; maciça; muito friável, não plástica e não pegajosa; transição
descontínua e clara.
C4
94-110 cm, bruno-acinzentado (10YR 5/2, úmido); areia; maciça; muito friável, não plástica e
não pegajosa.
RAÍZES -
Abundantes finas, comuns médias e poucas grossas nos horizontes A1 e A2; poucas finas e
raras médias nos horizontes C1 e C2; comuns finas no Cg; raras finas no C3; ausente no
horizonte C4.
OBSERVAÇÕES Lençol freático a 120cm de profundidade, dificultando o aprofundamento do perfil para
descrição e coleta de amostras.
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL P13
DATA 12/08/2006
CLASSIFICAÇÃO (SiBCS, 2006) ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Hidromórfico espessarênico, A
moderado, textura arenosa, moderadamente drenado
LOCALIZAÇÃO: Município de Bertioga, São Paulo.
COORDENADAS UTM: Zona 23, E 400.571 m e N 7.369.473 m
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL perfil descrito a 15 metros
(sentido N) de um rio próximo a foz do rio Itararé sob Floresta Baixa de Restinga alterada
LITOLOGIA Sedimentos arenosos marinhos
PERÍODO Holoceno Quaternário Marinho
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
EROSÃO ausente
DRENAGEM moderadamente drenado
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Floresta Baixa de Restinga alterada
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A1
0-12 cm, cinzento (5YR 6/1, úmida); areia; grãos simples; solta, não plástica e não
pegajosa; transição plana e clara.
A2
12-22 cm, cinzento (5YR 5/1, úmida); areia; fraca muito pequena granular e grãos simples;
solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
AE
22-30 cm, cinzento (5YR 6/1, úmida); areia; grãos simples; solta, o plástica e não
pegajosa; transição plana e clara.
E
30-(43-59) cm, cinzento-claro (5YR 7/1, úmida); areia; grãos simples; solta, o plástica e
não pegajosa; transição ondulada e abrupta.
Bh
(43-59)-(56-71) cm, cinzento-avermelhado-escuro (5YR 4/2, úmida), mosqueado pouco
proeminente médio cinzento (5YR 6/1); areia; fraca grande e média blocos subangulares que
se desfazem em grãos simples; muito friável, não plástica e não pegajosa; transição
ondulada e clara.
Bs1
(56-71)-(65-81) cm, coloração variegada, úmida, composta de bruno-forte (7,5YR 5/6) e
bruno (7,5YR 5/4); areia; maciça que se desfaz em grão simples; firme a friável, não plástica
e não pegajosa; transição ondulada e clara.
Bs2
(65-81)-(84-110) cm, coloração variegada, úmida, composta de amarelo-avermelhado
(7,5YR 6/6) e bruno-forte (7,5YR 5/6); areia; maciça que se desfaz em grãos simples; muito
friável e firme no local de cor bruno-forte, não plástica e não pegajosa; transição ondulada e
gradual.
C1
(84-110)-(115-124) cm, bruno-claro (10YR 6/4, úmida); areia; maciça que se desfaz em
265
grãos simples; solta, não plástica e não pegajosa; transição ondulada e difusa.
C2
(115-124)-135
+
cm, coloração variegada, úmida, composta de bruno-claro (10YR 6/3, 10YR
6/4, úmida); areia; maciça que se desfaz em grãos simples; solta, não plástica e não
pegajosa; transição ondulada e difusa.
RAÍZES -
abundantes finas e comuns médias e poucas grossas no horizonte A1 e A2; abundantes
finas e poucas médias no AE; comuns finas no E; comuns finas e poucas médias Bh e Bs1;
poucas finas no Bs2 e C1 e raras finas no C2.
OBSERVAÇÕES Nível do lençol freático ocorrendo a 130 cm de profundidade.
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL P14
DATA 12/08/2006
CLASSIFICAÇÃO (SiBCS, 2006) ESPODOSSOLO HUMILÚVICO Hiperespesso espessarênico, A
moderado, excessivamente drenado
LOCALIZAÇÃO: Município de Bertioga, São Paulo.
COORDENADAS UTM: Zona 23, E 400.994 m e N 7.369.968 m
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL perfil descrito em área plana a 15
metros da falésia da foz do rio Itararé. Cobertura vegetal sobre o perfil: Floresta Alta de Restinga alterada
LITOLOGIA sedimentos arenosos marinhos
PERÍODO Holoceno Quaternário Marinho
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
EROSÃO ausente
DRENAGEM excessivamente drenado
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Floresta Alta de Restinga alterada
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A
0-20 cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento-escuro (5YR 4/1) e cinzento
(5YR 6/1); areia; fraca pequena e muito pequena e granular; solta, não plástica e não
pegajosa; transição plana e clara.
EA
20-40 cm, cinza (5YR 6/1, úmida); areia; grãos simples; solta, não plástica e não pegajosa;
transição plana e gradual.
E1
40-60 cm, cinzento-claro (5YR 7/1, úmida); areia; grãos simples; solta, não plástica e não
pegajosa; transição plana e difusa.
E2
60-160 cm, branco (5YR 8/1, úmida); areia; grãos simples; solta, não plástica e não
pegajosa; transição plana e clara.
E3
160-215 cm, branco (5YR 8/1, úmida); presença de lamelas plano-paralelas e contínuas de
cor escura distribuídas por todo o horizonte; areia; grãos simples; não plástica e não
pegajosa.
EB
215-305 cm, cinzenta-rosado (7,5YR 6/2); coletado com trado.
Bh1
305-340 cm, bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/2, úmida); coletado com trado.
Bhm
340-360 cm, preto (5YR 2,5/1, úmida); coletado com trado;
Bh2
360-400 cm, bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/2, úmida), coletado com trado.
RAÍZES -
Raízes comuns finas e médias, poucas grossas no horizonte A; comuns finas e poucas
médias no EA; poucas finas no E1; raras finas nos horizontes E2; ausente nos demais
OBSERVAÇÕES Nível do lençol freático ocorrendo a mais de 400 cm de profundidade.
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL P15
DATA 13/08/2006
CLASSIFICAÇÃO (SiBCS, 2006) ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Órtico espessarênico, A
266
moderado, textura arenosa, fortemente drenado
LOCALIZAÇÃO: Município de Bertioga, São Paulo.
COORDENADAS UTM: Zona 23, E 401.023 m e N 7.369.925 m
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL perfil descrito no barranco da
falésia do rio Itararé. Cobertura vegetal sobre o perfil: Floresta Alta de Restinga
LITOLOGIA sedimentos arenosos marinhos
PERÍODO Holoceno Quaternário Marinho
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
EROSÃO ausente
DRENAGEM fortemente drenado, porém a base do perfil (4 m) é solapada por ação flúvio-marinha
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Floresta Alta de Restinga alterada
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A
0-20 cm, cinzento (5YR 5/1, úmida); areia; granular fraca pequena e grãos simples; solta,
não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
AE
20-32 cm, cinzento (5YR 6/1, úmida); areia; grãos simples; solta, o plástica e não
pegajosa; transição plana e clara.
E1
32-77 cm, cinzento-claro (5YR 7/1, úmida); areia; grãos simples; solta, não plástica e não
pegajosa; transição plana e clara.
E2
77-(90-97) cm, cinzento (5YR 6/1, úmida); areia; grãos simples; solta, o plástica e não
pegajosa; transição ondulada e abrupta.
Bh1
(90-97)-121 cm, cinzento (5YR 5/1, úmida); areia; maciça que se desfaze em grãos simples;
muito friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
Bh2
121-(134-170) cm, cinzento-avermelhado (5YR 5/2, úmida); apresenta lamelas plano-
paralelas e manchas circulares de cor cinzento (5YR 6/1, úmida); areia; maciça que se
desfaze em grãos simples; solta, não plástica e não pegajosa; transição descontínua e
gradual.
Bh3
(134-170)-193 cm, bruno-avermelhado-escuro (5YR 3/3, úmida); apresenta manchas
circulares de cor bruno (7,5YR 5/4, úmida) e cinzento (5YR 6/1, úmida); areia; maciça; firme
a friável, não plástica e não pegajosa; transição plana e gradual.
Bh4
193-253 cm, bruno-escuro (5YR 3/4, úmida); areia; maciça; firme a friável, não plástica e não
pegajosa; transição plana e clara a abrupta.
Bh5
253-300
+
cm, bruno (7,5YR 5/4, úmida); areia; maciça; firme a friável, não plástica e não
pegajosa; transição ondulada e difusa.
RAÍZES -
abundantes finas e comuns médias no horizonte A; comuns finas e médias no AE; poucas
finas no E1; raras finas no E; ausente nos demais horizontes.
OBSERVAÇÕES Manchas com formas circulares e concêntricas nos horizontes E e Bh estão
relacionadas à atividade de microrganismos (actnomicetos?) na decomposição da matéria orgânica.
Tubos fósseis de Callichirus foram observados na base do perfil associado ao horizonte Bh de
consistência firme.
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL 32
DATA 28/12/2006
CLASSIFICAÇÃO GLEISSOLO HÁPLICO Ta Distófico neofluvissólico, A moderado, textura média
LOCALIZAÇÃO: Município de Bertioga, São Paulo.
COORDENADAS UTM: Zona 23, E 402.853 m e N 7.371.991 m.
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL perfil descrito nas adjacências da
estrada da Petrobrás, em relevo plano, sob Floresta Alta Úmida.
LITOLOGIA sedimentos fluviais
267
PERÍODO Holoceno - Quaternário continental
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
EROSÃO ausente
DRENAGEM mal drenado
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Floresta Alta Úmida
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A1
0-10 cm, cinzento-muito-escuro (5YR 3/1, úmida), cor úmida amassada cinzento-muito-
escuro (10YR 3/1), mosqueados abundantes pequenos proeminentes cinzentos (5YR 6/1).
A2
10-23 cm, cinza-brunado (5YR 3/1, úmida), cor úmida amassada cinzento-muito-escuro
(5YR 3/1), mosqueados comuns pequenos distintos cinzentos (5YR 6/1); areia; fraca a
moderada, média e pequena, granular; solta, não plástica e não pegajosa; transição plana e
clara.
C
23-50 cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento-avermelhado-escuro (5YR
4/2), cinzento-rosado (7,5YR 7/2) e bruno (7,5YR 5/2); areia; maciça; solta, não plástica e
não pegajosa; transição plana e clara.
C2 ou Cg1
50-60 cm, (N 6/, úmida), mosqueados abundantes médios e grandes proeminentes amarelo-
oliváceo (2,5Y 6/6); areia; maciça; solta; não plástica e não pegajosa; transição clara e
plana.
Cg2
60-95 cm, cinza-escuro (N 4/, úmida), mosqueados comuns médios e grandes proeminentes
amarelados (2,5Y 7/6); franco-arenosa; maciça, plástica e pegajosa; transição ondulada e
abrupta.
RAÍZES -
Abundantes finas e comuns médias no horizonte O; abundantes finas e médias e comuns
grossas no A; poucas finas e médias no C; raras finas nos horizontes Cg1 e Cg2; ausente
nos demais horizontes.
OBSERVAÇÕES Lençol freático aflorando a 100 cm de profundidade.
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL 33
DATA 28/12/2006
CLASSIFICAÇÃO ESPODOSSOLO FERRIHUMILUVÍCO Hiperespesso espessarênico, A moderado,
textura arenosa.
LOCALIZAÇÃO: Município de Bertioga, São Paulo.
COORDENADAS UTM: Zona 23, E 406.430 m N 7.372.639 m.
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL perfil descrito na borda de
remanescente de terraço marinho antigo; segmento médio-alto da vertente convexa (3-8%), sob
vegetação de Floresta Alta de Restinga.
LITOLOGIA Sedimentos arenosos marinhos
PERÍODO Pleistoceno Quaternário Marinho
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
EROSÃO ausente
DRENAGEM excessivamente drenado
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Floresta Alta de Restinga
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
268
O
-5-0 cm
A
0-25 cm, cinza (10YR 5/1, úmida); areia; fraca muito pequena granular e grãos simples;
solta; não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
EA
25-45 cm, cinzento-brunado-claro (10YR 6/2, úmida); areia; grãos simples; solta; não
plástica e não pegajosa; transição plana e abrupta.
E
45-(80-95) cm, branco (10YR 8/1, úmida); areia; grãos simples; solta; não plástica e não
pegajosa; transição ondulada e clara.
E/Bs
(80-95)-250 cm, coloração variegada, úmida, composta de branco (10YR 8/1) e bruno-
escuro (10YR 4/3); areia; grãos simples; solta; não plástica e não pegajosa; transição
ondulada e clara.
BE
250-270 cm, cinzento-rosado (7,5YR 6/2, úmida); areia; grãos simples; solta; não plástica e
não pegajosa; transição ondulada e clara.
Bh
270-310 cm, amarelo-acinzentado (2,5YR 7/2, úmida); areia; grãos simples; muito friável;
não plástica e não pegajosa.
Bs
310-340 cm, coloração variegada, úmida, composta de amarelo-brunado (10YR 6/6) e
bruno-escuro (10YR 4/3); areia; grãos simples; muito friável; não plástica e não pegajosa.
RAÍZES -
Abundantes finas e comuns médias no horizonte A; abundantes finas, comuns médias e
poucas grossas no horizonte EA; comuns finas e poucas médias no E.
OBSERVAÇÕES Lençol freático ocorrendo a 340cm de profundidade. Presença de horizonte E álbico.
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL 34
DATA 21/12/2006
CLASSIFICAÇÃO ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Órtico espessarênico, A moderado.
LOCALIZAÇÃO: Município de Bertioga, São Paulo.
COORDENADAS UTM: Zona 23, E 412.148 m e N 7.376.297m.
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL perfil descrito no topo de um
remanescente de terraço marinho antigo (10 m de altitude), localizado na bacia do rio Guaratuba,
próximo ao Condomínio Morada da Praia. Encontra-se circundado por depósitos fluviais; relevo plano (0-
3% de declive), sob vegetação de Floresta Alta de Restinga. Área de difícil acesso devido aos canais
fluviais que tiveram seu curso alterado pelo aterro do condomínio residencial, tornando a área muito mal
drenada.
LITOLOGIA Sedimentos arenosos marinhos
PERÍODO Pleistoceno Quaternário Marinho
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
EROSÃO ausente
DRENAGEM excessivamente drenado
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Floresta Alta de Restinga.
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A
0-10 cm, cinzento-escuro (5YR 4/1, úmida); areia; fraca muito pequena granular e grãos
simples; solta; não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
EA
10-34 cm, cinza (5YR 6/1, úmida); areia; grãos simples; não plástica e não pegajosa;
transição plana e gradual.
E
34-(127-140) cm, cinzento-claro (5YR 7/1, úmida); areia; grãos simples; solta; não plástica e
não pegajosa; transição ondulada e abrupta.
Bh
(127-140)-150 cm, cinzento-muito-escuro (5YR 3/1, úmida); areia; maciça; firme; não
plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
Bhm
150-170 cm, preto (5YR 2,5/1, úmida); areia; maciça; muito firme; não plástica e não
pegajosa; transição irregular e abrupta.
269
Plácico
160
+
cm, 0,3 a 3 cm de espessura.
Bs
160
+
cm, coloração variegada, úmida, composta de vermelho-amarelado (5YR 5/8) bruno-
amarelado-claro (10YR 6/4) e vermelho-claro-acinzentado (10R 3/3); areia; muito firme; não
plástica e não pegajosa.
RAÍZES -
Abundantes finas e poucas médias no horizonte A; comuns finas nos horizontes EA e E;
poucas finas nos horizontes Bh e Bhm.
OBSERVAÇÕES Lençol freático ocorrendo em profundidade superior a 500 cm. Presença de horizonte
E álbico.
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL 35
DATA 21/12/2006
CLASSIFICAÇÃO CAMBISSOLO FLÚVICO Ta Distrófico típico, A moderado, textura média
LOCALIZAÇÃO: Município de Bertioga
COORDENADAS UTM: Zona 23 E 410.860 m e N 7.377.026m.
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL perfil descrito no em depósito de
origem colúvio-aluvial alto, em relevo plano (0-3% de declive), topografia acima de 5 m, sob vegetação de
Floresta de Transição Restinga-Encosta.
LITOLOGIA Sedimentos colúvio-aluviais altos
PERÍODO Quaternário indiscriminado
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
EROSÃO ausente
DRENAGEM excessivamente drenado
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Floresta Alta de Transição Restinga-Encosta
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
O
-2-0 cm
A
0-15 cm, cinzento-escuro (5YR 4/1, úmida); franco-arenosa; moderada média e pequena
granular; firme; ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição plana e clara.
BA
15-23 cm, bruno-acinzentado (10YR 5/2, úmida); franco-arenosa; fraca média pequena
blocos; friável a firme, ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição plana e clara.
Bi1
23-47 cm, bruno (10YR 5/3, úmida); franco-arenosa; fraca grande e média blocos; friável a
firme; não plástica e não pegajosa; transição plana e difusa.
Bi2
47-84 cm, bruno (10YR 5/3, úmida); franco-arenosa; fraca média e grande blocos; friável a
firme; não plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
Bi3
84-110 cm, bruno-acinzentado-escuro (10YR 4/2, úmida); franco-arenosa; fraca pequena e
média blocos; friável a firme; ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição plana e
abrupta.
2C1
110-130 cm, bruno (10YR 5/3, úmida); areia; grãos simples; solta; não plástica e o
pegajosa; transição plana e abrupta.
3C2
130-150 cm, bruno-amarelado (10YR 5/4, úmida); franca; maciça; firme; ligeiramente
plástica e ligeiramente pegajosa; transição plana e clara.
4Cg1
150-180 cm, coloração variegada, úmida, composta de cinzento-brunado-claro (10YR 6/2) e
bruno (10YR 5/3) mosqueado abundante pequeno e médio distinto bruno-escuro (7,5YR
4/4); franca; maciça; firme; ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição plana e
abrupta.
5Cg2
180-220+ cm, coloração variegada, úmida, composta de cinza (2,5Y 6/0) e bruno-amarelado
(10YR 5/6);
RAÍZES -
Abundantes finas e comuns médias no horizonte A; comuns finas e poucas médias nos
horizontes BA e Bi1; poucas finas nos horizontes Bi2 e Bi3; raras finas no 2C1; poucas finas
270
no 2C2; raras finas no 4Cg1.
OBSERVAÇÕES Lençol freático ocorrendo a 220 cm de profundidade. Presença de grânulos no
horizonte 5Cg2
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL 36
DATA 21/12/2006
CLASSIFICAÇÃO CAMBISSOLO FLÚVICO Ta Distrófico gleissólico, A moderado, textura média
LOCALIZAÇÃO: Município de Bertioga, São Paulo
COORDENADAS UTM: Zona 23 E 404.333 m e N 7.374.447m
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL perfil descrito na transição de
depósitos colúvio-aluviais baixos (final de rampa de colúvio) para planície fluvial, em relevo plano (0-3%
de declive) próximo ao sopé da Serra do Mar, sob vegetação de Floresta de Transição Restinga-Encosta
LITOLOGIA Sedimentos continentais colúvio-aluviais (areia, silte e argila)
PERÍODO Quaternário indiscriminado
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
EROSÃO ausente
DRENAGEM mal drenado
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Floresta de Transição Restinga-Encosta
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A
0-16cm, bruno-escuro (7,5YR4/2, úmida); franca; moderada média e pequena granular;
friável; ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição plana e clara.
Bi
16-41cm, bruno-escuro (10YR4/3, úmida) mosqueado comum médio pequeno distinto;
franco-arenosa bruno-escuro (7,5YR4/4); fraca média e pequena blocos; friável a firme,
ligeiramente plástica e não pegajosa; transição plana e clara.
Cg1
41-66cm, bruno-acinzentado (2,5Y5/2, úmida) mosqueado abundante grande proeminente
vermelho (2,5YR4/6); areia-franca; maciça; friável; não plástica e não pegajosa; transição
plana e gradual.
2Cg2
66-90cm, bruno (10YR5/3, úmida); franco-arenosa; fraca média e grande blocos; friável a
firme; ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição plana e abrupta.
3Cg3
90
+
cm, bruno-acinzentado-escuro (10YR4/2, úmida); areia-cascalhenta; grãos simples;
solta; ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição plana e abrupta.
RAÍZES -
Abundantes finas e comuns médias no horizonte A; comuns finas e poucas médias nos
horizontes BA e Bi1; poucas finas nos horizontes Bi2 e Bi3; raras finas no 2C1; poucas finas
no 2C2; raras finas no 4Cg1.
OBSERVAÇÕES Lençol freático ocorrendo a 90 cm de profundidade. Presença de grande quantidade
de mica (muscovita), em todo perfil, principalmente no horizonte 3Cg3. Tamanho das micas variando de 1
a 2 mm no 3Cg3. No horizonte Cg1 a consistência do mosqueado é firme.
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL 37
DATA 21/12/2006
CLASSIFICAÇÃO GLEISSOLO HÁPLICO Ta Distrófico neofluvissólico, A moderado, textura média
LOCALIZAÇÃO: Município de Bertioga, São Paulo
COORDENADAS UTM: Zona 23, E 415.117m e N 7.376.463 m
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL perfil descrito em depósitos
fluviais na bacia do rio Guaratuba, em relevo plano (0-3% de declive), sob vegetação de Floresta Alta de
Restinga
271
LITOLOGIA Sedimentos fluviais (areias, silte e argila)
PERÍODO Quaternário indiscriminado
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
EROSÃO ausente
DRENAGEM mal drenado
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Floresta Alta de Restinga
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A
0-12 cm, bruno-acinzentado-escuro (10YR 4/2, úmida); franco-arenosa; moderada média e
pequena granular; friável; ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição plana e
abrupta.
C1
12-23 cm, bruno (10YR 5/3, úmida) mosqueado comum pequeno proeminente bruno-
avermelhado (2,5YR 4/4); franco-arenosa; maciça; friável, ligeiramente plástica e
ligeiramente pegajosa; transição plana e abrupta.
C2
23-36 cm, bruno (10YR 5/2, úmida) mosqueado abundante pequeno distinto bruno-
amarelado (10YR 5/6); franco-arenosa; maciça; friável a firme; ligeiramente plástica e
ligeiramente pegajosa; transição plana e clara.
2Cg1
36-48 cm, cinzento-oliváceo (5Y 5/2, úmida) mosqueado abundante pequeno e médio
proeminente vermelho (2,5YR 4/6); franco-arenosa; maciça; firme; ligeiramente plástica e
ligeiramente pegajosa; transição plana e abrupta.
3Cg2
48-(66-75) cm, bruno-acinzentado (2,5Y 5/2, úmida) mosqueado comum médio e grande
proeminente bruno-avermelhado (2,5YR 4/4); areia; maciça; firme; ligeiramente plástica e
ligeiramente pegajosa; transição ondulada e abrupta.
4Cg3
(66-75)-110 cm, cinzento-escuro (2,5Y 4/0, úmida); franca; maciça; ligeiramente plástica e
ligeiramente pegajosa; transição plana e abrupta.
RAÍZES -
Abundantes finas e comuns médias e grossas no horizonte A; comuns finas e poucas
médias nos horizontes BA e Bi1; poucas finas no horizonte C1; comuns finas no C2 e 2Cg1.
OBSERVAÇÕES Lençol freático ocorrendo a 135 cm de profundidade. Presença de cascalho nos
horizontes C1, C2 e 2Cg1. Restos vegetais e madeira e odor de enxofre no 4Cg3.
DESCRIÇÃO GERAL
PERFIL 38
DATA 19/02/2007
CLASSIFICAÇÃO ESPODOSSOLO FERRIHUMILÚVICO Órtico espessarênico, A moderado, textura
arenosa
LOCALIZAÇÃO: Município de Bertioga, São Paulo.
COORDENADAS UTM: Zona 23, E 390.873 m e N 7.369.977m.
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL perfil descrito no topo de um
remanescente de terraço marinho alto localizado na bacia do rio Itapanhaú; relevo plano (0-3% de
declive); sob vegetação de Floresta Alta de Restinga. O remanescente encontra-se rodeado por
sedimentos colúvio-aluviais e fluviais.
LITOLOGIA Sedimentos arenosos marinhos
PERÍODO Pleistoceno Quaternário Marinho
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
EROSÃO ausente
DRENAGEM excessivamente drenado
272
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Floresta Alta de Restinga
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Vanda Moreira Martins
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
O
-10-0cm, matéria orgânica composta de raízes muito finas, parcialmente decomposta;
material solto.
A
0-15cm, cinzento-brunado-claro (10YR 6/2, úmida); areia; grãos simples; solta; não plástica
e não pegajosa; transição plana e clara.
EA
15-(50-85) cm, cinza (10YR 6/1, úmida); areia; grãos simples; solta, não plástica e não
pegajosa; (transição irregular e clara).
E
70-120cm, cinzento-claro (2,5Y 7/0, úmida); areia; grãos simples; solta; não plástica e não
pegajosa; transição descontínua e clara.
E-Bh
120-180cm, cinzento-oliváceo; areia; maciça; firme; ligeiramente plástica e ligeiramente
pegajosa; transição plana e abrupta.
Bh1
(30-35)-(50-65) cm, bruno-acinzentado (10YR 5/2, úmida); areia; maciça; muito friável; não
plástica e não pegajosa; transição descontínua e abrupta.
Bh2
(50-70)-(90-110) cm, coloração variegada, úmida, composta de bruno-acinzentado-escuro
(10YR 4/2) e bruno-acinzentado-muito-escuro (10YR 3/2); areia; maciça; friável, não plástica
e não pegajosa; transição descontínua e abrupta.
Bh3
(110-150)-(125-140) cm, bruno-acinzentado-muito-escuro (10YR 3/2, úmida); areia; maciça;
friável, não plástica e não pegajosa; transição irregular e abrupta.
Bh4
140-180 cm, preto (10YR 2/1, úmida); areia-franca; maciça; firme a muito firme; não plástica
e não pegajosa; transição irregular e clara.
Bh5
140-180 cm, bruno-escuro (7,5YR 4/3, úmida); areia; maciça e blocos; friável a firme; não
plástica e não pegajosa; transição descontínua e clara.
Bs1
90-110 cm, bruno (10YR 5/3, úmida); areia; maciça; friável; não plástica e não pegajosa;
transição descontínua e clara.
Bs2
125-140 cm, coloração variegada, úmida, composta de bruno-amarelado (10YR 5/4) e bruno
(10YR 5/3); areia; maciça; muito friável; não plástica e não pegajosa; transição descontínua
e abrupta.
Bs3
155-165 cm, amarelo-brunado (10YR 6/6, úmida); areia; maciça; firme; ligeiramente plástica
e ligeiramente pegajosa; transição ondulada e abrupta.
Bs4
180-170 cm, bruno-forte (7,5YR 5/8, úmida); areia; maciça; firme; ligeiramente plástica e
ligeiramente pegajosa; transição ondulada e abrupta.
RAÍZES -
Comuns finas, médias, grossas e muito grossas no horizonte A; comuns finas e médias,
poucas grossas nos horizontes EA; raras finas no E; comuns finas e raras grossas no
horizonte Bh1a; raras finas nos horizontes Bs1c, Bs2 e Bh3.
OBSERVAÇÕES Lençol freático ocorrendo 500 cm de profundidade. Presença de horizonte E álbico.
DESCRIÇÃO GERAL
PC 115
DATA 26/08/2006
CLASSIFICAÇÃO CAMBISSOLO HÁPLICO Ta Distrófico, A moderado, textura média
LOCALIZAÇÃO: Município de Bertioga, São Paulo
COORDENADAS UTM: Zona 23, E 393.943 m e N 7.370.861 m
SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL perfil descrito sobre depósito
colúvio-aluvial alto, próxima encosta da Serra do Mar, em relevo plano (0-3% de declive), sob vegetação
de Floresta de Transição Restinga-Encosta alterada.
LITOLOGIA Sedimentos colúvio-aluviais (silte, argila e areia)
PERÍODO Quaternário indiscriminado
PEDREGOSIDADE ausente
ROCHOSIDADE ausente
RELEVO LOCAL plano
REGIONAL plano
273
EROSÃO ausente
DRENAGEM bem drenado
VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Transição Restinga-Encosta alterada
USO ATUAL sem uso
CLIMA Af
DESCRITO E COLETADO POR Maurício Rizzato Coelho e Vanda Moreira Martins.
DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA
A
0-12 cm, bruno-escuro (7,5YR 4/2, úmida); franca; forte média e pequena granular; friável;
ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição plana e clara.
BA
12-50 cm, bruno (10YR 5/3, úmida); franca; moderada pequena e média blocos; firme a
friável; ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição plana e difusa.
Bi1
50-90 cm, bruno-amarelado (10YR 5/4, úmida); franco arenoso; moderada média e pequena
blocos; firme; ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição plana e gradual.
Bi2
90-106 cm, bruno-amarelado (10YR 5/5, úmida); franco arenoso; moderada fraca pequena e
média blocos; firme a friável; ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição plana e
gradual.
Bi3
106-129 cm, amarelo-brunado (10YR 6/6, úmida); franca; moderada média e pequena
blocos; firme; ligeiramente plástica e ligeiramente pegajosa; transição plana e clara.
BC
129-153 cm, coloração variegada, úmida, composta de bruno-amarelado-claro (10YR 6/4)
amarelo-brunado (10YR 6/6) e vermelho-amarelado (5YR 5/6); franco argiloso; maciça que
se desfazem em moderada média grandes blocos; firme; ligeiramente plástica e ligeiramente
pegajosa; transição plana e gradual.
Cg1
153-170 cm, bruno-amarelado-claro (10YR 6/4, úmida) mosqueado abundante médio e
grande proeminente vermelho-amarelado (5YR 5/6); franco argiloso; maciça; muito firme;
não plástica e não pegajosa.
Cg2
170-200 cm, cinzento-brunado-claro (2,5Y 6/2, úmida); argila siltosa; grãos simples; solta;
não plástica e não pegajosa; transição ondulada e abrupta.
Cg3
200-240 cm, cinza (5Y 6/1, úmida); argila siltosa; grãos simples; solta; o plástica e o
pegajosa; transição ondulada e abrupta.
2C
240-260 cm, cinzento-muito-escuro (5YR 3/1, úmida); areia franca; grãos simples; solta; não
plástica e não pegajosa; transição ondulada e abrupta.
3Cg4
260-300 cm, cinzento-escuro (2,5Y 4/0, úmida); areia; grãos simples; solta; não plástica e
não pegajosa; transição ondulada e abrupta.
RAÍZES -
Comuns finas nos horizontes A, BA e Bi1; poucas finas nos horizontes Bi2 Bi3 e BC.
OBSERVAÇÕES Lençol freático ocorrendo a 170cm de profundidade. Presença de mica nos horizontes
A, BA, Bi1 e Bi2. Horizonte 2C com material orgânico, pedaços de madeira e odor forte de enxofre.
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo