foram encontradas células do epitélio vaginal, principalmente células
parabasais e intermediárias, presença de polimorfonucleares e bactérias, como
descrito também por Vannucchi et al. (1997) e Nelson e Feldman (2004).
De acordo com Hehm et al. (2007) para a determinação das fases do ciclo
estral, a observação clínica, os níveis hormonais e esfregaços vaginais devem
ser levados em consideração. A avaliação microscópica da aparência dos
tecidos reprodutivos e glândula mamária quando realizadas, devem ser
considerados como uma única entidade.
Concordamos com os diversos autores citados sobre os métodos e
critérios estabelecidos para a determinação das fases de ciclo estral em
cadelas. Infelizmente o comportamento, uma importante ferramenta para a
identificação, principalmente da fase do pro-estro e estro, não foi utilizada
nessa pesquisa, pois, a maioria dos animais pertencia a um programa de
controle populacional, sendo impossível à obtenção de tais características.
Os achados na histologia uterina de animais saudáveis estão de acordo
com a classificação observada por outros pesquisadores (JOCHL e
ANDERSEN, 1977; BANKS, 1992; COCK et al., 1996; VERMEIRSCH et al.,
1999; De BOSSCHERE et al., 2001). Nos animais com piometra, os exames
histopatológicos do útero não apresentaram diferenças em relação aos
observados por Cock et al., (1997), Vermeirsch et al., (1999), De Bosschere et
al., (2001) e Arora et al., (2006), os quais também trabalharam com animais
normais e com HEC/piometra.
Nosso interesse na avaliação histopatológica do útero era a determinação
da presença ou não da HCE, para confirmar ou não uma alteração inicial do
endométrio, como doença base para o estabelecimento da piometra. Era
importante também, caracterizar a formação dos grupos o que se confirmou
com os resultados obtidos, ou seja, a despeito da variação de idade, apenas
6,6% do útero dos animais controles, apresentaram HCE classificadas como de
grau discreto.
Atualmente os pesquisadores vêm estudando a avaliação da expressão
gênica de receptores hormonais em diferentes tecidos como, por exemplo, no
hipotálamo, hipófise e ovário, e relacionando seus achados com os níveis
séricos de estrógeno e progesterona. Entretanto, nenhum estudo quantificando
expressão gênica de receptores de estrógeno (ER-α, ER-β) e de progesterona