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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
Viviane Marques da Silva Neves
PROGRAMA PARA A ESTIMULAÇÃO DA MEMÓRIA DE
TRABALHO NA TERCEIRA IDADE: ABORDAGENS MODERNAS
DE TREINAMENTO.
Rio de Janeiro
2009
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i
VIVIANE MARQUES DA SILVA NEVES
PROGRAMA PARA A ESTIMULAÇÃO DA MEMÓRIA DE TRABALHO
NA TERCEIRA IDADE: ABORDAGENS MODERNAS DE
TREINAMENTO.
Dissertação apresentada ao curso de
pós-graduação em Fonoaudiologia da
Universidade Veiga de Almeida como
requisito parcial para obtenção do Grau
de Mestre. Área de concentração: Estudo
do Desenvolvimento e da aplicação de
técnicas e produtos em linguagem e
cognição.
Orientadora: Profª Drª Mônica Marins da Silva
Rio de Janeiro
2009
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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
DIRETORIA DOS PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTU SENSU
E DE PESQUISA
Rua Ibituruna, 108 – Maracanã
20271-020 – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: (21) 2574-8845 Fax.: (21) 2574-8891
FICHA CATALOGRÁFICA
FICHA CATALOGRÁFICA
N514p Neves, Viviane Marques da Silva
Programa para estimulação da memória de trabalho na
terceira idade: abordagens modernas de treinamento / Viviane
Marques da Silva Neves, 2009.
x, 165f.: il ; 30 cm.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Veiga de Almeida,
Mestrado Profissionalizante em Fonoaudiologia. Estudo
do
desenvolvimento e das aplicações de técnicas e produtos em
linguagem e cognição, Rio de Janeiro, 2009.
Orientação: Prof
a
Dr
a
Mônica Marins da Silva
1.Memória de trabalho. 2. Idoso. 3. treinamento de memória
4. Treinamento de estudo 5. DVD. I. Silva, Mônica Marins. II.
Universidade Veiga de Almeida, Mestrado profissionalizante em
fonoaudiologia, Estudos do desenvolvimento e das aplicações
de técnicas e produtos em linguagem e cognição. III. Título.
CDD – 616.855
Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Setorial Tijucal/UVA
Biblioteca Maria Anunciação Almeida de Carvalho
ii
VIVIANE MARQUES DA SILVA NEVES
A PROGRAMA PARA A ESTIMULAÇÃO DA MEMÓRIA DE TRABALHO
NA TERCEIRA IDADE: ABORDAGENS MODERNAS DE
TREINAMENTO.
Dissertação apresentada ao curso de
pós-graduação em Fonoaudiologia da
Universidade Veiga de Almeida como
requisito parcial para obtenção do Grau
de Mestre. Área de concentração: Estudo
do Desenvolvimento e da aplicação de
técnicas e produtos em linguagem
e cognição.
Aprovada em 09 de outubro de 2009.
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________________
Prof. João Ricardo Lacerda de Menezes – Pós Doutorado
Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ/RJ
_________________________________________________________________
Prof. Ciríaco Cristóvão Tavares Atherino - Doutor
Universidade Veiga de Almeida – UVA/RJ
_________________________________________________________________
Prof. Domingos Sávio de Oliveira – Doutor
Universidade Veiga de Almeida – UVA/RJ
iii
Dedico esta tese a Deus, por ser o sustentáculo da minha vida;
à minha família, que construiu a base da minha formação e dos meus valores;
ao meu marido, que está sempre ao meu lado, me incentivando a crescer e a conquistar os
meus sonhos;
à minha mãe, que é o meu porto seguro, que investiu tudo o que podia em mim e, muitas
vezes, se sacrificou em prol da minha felicidade e sempre acreditou na realização dos meus
projetos;
ao meu pai Hélio, que não somente me apoiou com seu carinho, como dirigiu e editou o
DVD, com sua paciência e perfeccionismo essenciais à qualidade do produto final;
à minha orientadora, por ser uma educadora maravilhosa;
ao grupo do Projeto Terceira Idade Saudável, aos meus avós, a todos os pacientes e idosos,
que são a grande paixão da minha vida e foram a inspiração e o motivo
principal da realização desta pesquisa.
iv
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus todos os dias pelas oportunidades maravilhosas que a vida tem
me proporcionado e até mesmo pelas dificuldades, que foram a alavanca do meu
crescimento pessoal e profissional. Agradeço a Jesus, por ser a luz dos meus
caminhos; por poder pensar Nele e senti-Lo antes de realizar qualquer trabalho; Ele que
me orienta e me ampara sempre, na certeza de que tudo dará certo e, que se não der,
tudo está certo, pois nada na vida é por acaso.
Agradeço a minha família, pelo amor, pelo exemplo de valores morais, pelo apoio
e compreensão, por serem a base de sustentação da minha vida. Aos meus avós, que
me ensinaram a amar e respeitar os idosos; às minhas irmãs, que me amam mesmo
tendo pouco da minha presença.
Agradeço a minha mãe, Maria Dalva, que é uma pessoa que ilumina tudo ao seu
redor, que me ama incondicionalmente e que vibra com cada conquista minha, na
realidade vibra com qualquer movimento meu, e que acha até as minhas caretas
perfeitas.
Agradeço ao meu amor, meu marido Ricardo, que é o maior presente que já recebi
de Deus na vida, que me apóia em tudo e tem o dom de me acalmar e sempre me fazer
sorrir.
Agradeço ao meu pai Hélio, que me ensinou muito, que ficou horas ininterruptas
comigo no estúdio e não me deixou desistir... a quem devo a produção do DVD desta
tese.
Agradeço aos meus sogros por serem pessoas especiais que sempre
acrescentam coisas boas a todos que deles se aproximam, a minha sogra por cuidar de
v
mim como uma filha e ao meu sogro porque, além de ser como um pai, administra a
minha empresa de Fonoaudiologia e me possibilitou mais tranqüilidade e tempo para a
pesquisa.
Agradeço imensamente a minha orientadora, Mônica Marins, que foi realmente
uma divisora de águas na minha vida, que me ensinou a fazer pesquisa com seriedade
e qualidade. Agradeço por você ter acreditado no meu projeto e me impulsionado com a
sua competência magistral, como pesquisadora e educadora. Agradeço pela parceria,
paciência, respeito, solicitude, pelo conhecimento, amizade e carinho sinceros.
Agradeço por sua exemplar humildade que faz com que aos meus olhos e creio que de
todos os seus alunos te eleve a um patamar de grandiosa admiração.
Agradeço aos idosos, que enriquecem a minha vida e que são o motivo principal
da escolha da minha linha de pesquisa. É por acreditar em uma Terceira Idade
Saudável que me empenhei com afinco nesse trabalho. A todos vocês, muito obrigada.
Aos meus amigos, a todos os meus professores, a todas as pessoas que direta ou
indiretamente, contribuíram para a realização desta tese, agradeço enternecidamente.
vi
Resumo
O aumento da população geriátrica e as queixas freqüentes relacionadas às dificuldades
de memória deste grupo, impulsionam a criação de novas estratégias e recursos capazes de
associar longevidade à qualidade de vida. A capacidade de formar, reter e utilizar as
informacões é a principal propriedade do cérebro, essencial para a sobrevivência dos seres
vivos. A memória de trabalho, alvo deste estudo, é um sistema com capacidade limitada, que
mantém e armazena temporariamente a informação, sustenta os processos do pensamento
humano, fornecendo uma interface entre percepção, memória de longo prazo e comportamento.
O presente trabalho tem por objetivo a criação de um programa de treinamento de memória de
trabalho no formato DVD. Os estímulos selecionados incluem imagens, sequências numéricas,
de letras e de palavras. O DVD está organizado em três sessões de treinamento de memória,
com dois módulos de exercícios práticos, cada um com cinco níveis de dificuldade e um módulo
adicional contendo técnicas para estudo. O método de treinamento adotado envolve a
combinação das principais técnicas de treinamento de memória já descritas na literatura. Os
exercícios abrangem percepção visual, memorização de nomes de pessoas, senhas bancárias,
números telefônicos e tarefas de vida diária, as principais queixas dos idosos. Esperamos
reduzir o impacto da perda natural da capacidade cognitiva e de memória, decorrentes do
avanço da idade, e propiciar a incorporação das técnicas de treinamento de memória no
quotidiano.
Palavras-chaves: memória de trabalho; idoso; treinamento de memória; técnica de estudo;
DVD.
vii
Abstract
The growing elderly population and their frequent problems with memory deficits, impel the
creation of new strategies and resources to associate longevity and life quality. The ability to
form, retain and utilize information is the main brain property. The working memory addressed
here is a system with limited capacity that temporally maintains information; support human
thinking processes and provide an interface among perception, long term memory and behavior.
The purpose of this study is to create a working memory training program in a DVD format.
Selected stimuli include images, number sequences, letters and word strings. We generate tree
memory training sections with two distinct modules containing practical exercises (with five
difficulty levels each) and an additional module with techniques to improve study strategies. The
method adopted here is the combination of the main techniques on memory training described in
the literature. Exercises include visual perception tasks and proper names, bank passwords,
phone numbers and daily tasks memorization, the main elderly complaint. We expect to reduce
the impact of natural cognitive and memory decline common in the elderly population and
promote the application of memory training techniques in their daily life.
Key words: working memory; elderly; memory training; study technique; DVD.
viii
Sumário
1 – Introdução................................................................................................................... 01
1.1 – Memória....................................................................................................... 02
2 –
Objetivo....................................................................................................................... 05
3 –
Revisão de Literatura.................................................................................................. 06
3.1 – Memória de Trabalho................................................................................... 06
3.2 – A Formação das Memórias.......................................................................... 08
3.3 – O Processo de envelhecimento e os Sistemas Sensoriais.......................... 12
3.4 – A Relação entre visão, audição, atenção e memória de trabalho................ 13
3.5 – Treinamento das habilidades de memória................................................... 15
3.5.1 – Abordagens tradicionais de treinamento de memória...................... 17
3.5.2 – Abordagens não-tradicionais............................................................ 18
3.5.3 – Abordagens modernas de treinamento............................................ 22
3.5.3.1 – Treinamento colaborativo.................................................. 23
3.5.3.2 – Treinamento de memória em áudio e vídeo...................... 24
3.5.3.3 – Treinamento de memória computadorizado e on-line....... 25
3.5.3.4 – Estimulação de memória com abordagens combinadas... 27
3.5.3.5 – Os efeitos da estimulação cognitiva.................................. 28
3.5.4 – Durabilidade do treinamento............................................................ 29
3.5.5 – Transferência dos efeitos do treinamento para a vida diária........... 29
4 –
Metodologia............................................................................................................... 31
4.1 – Material........................................................................................................ 31
4.2 – Critérios da seleção de estímulos............................................................... 32
4.2.1 – Percepção sensorial........................................................................ 32
4.2.2 – Associação de idéias....................................................................... 33
ix
4.2.3 – Raciocínio lógico.............................................................................. 33
4.3 – Procedimentos............................................................................................. 34
5 –
Resultados.................................................................................................................. 36
5.1 – Roteiro de estimulação da memória de trabalho......................................... 36
5.1.1 – 1ª Sessão de treinamento de memória de trabalho........................ 36
5.1.2 – 2ª Sessão de treinamento de memória de trabalho........................ 47
5.1.3 – 3ª Sessão de treinamento de memória de trabalho........................ 55
5.2 – Primeiro módulo de exercícios práticos...................................................... 62
5.2.1 – Módulo de treinamento prático 1 – Nível Básico............................ 62
5.2.2 – Módulo de treinamento prático 2 – Nível Moderado....................... 65
5.2.3 –
Módulo de treinamento prático 3 – Nível Intermediário...................... 70
5.2.4 – Módulo de treinamento prático 4 – Nível Difícil............................... 76
5.2.5 – Módulo de treinamento prático 5 – Nível Avançado....................... 83
5.3 – Segundo módulo de exercícios práticos.................................................... 92
5.3.1 – Módulo de treinamento prático 1 – Nível Básico............................ 92
5.3.2 – Módulo de treinamento prático 2 – Nível Moderado....................... 95
5.3.3 –
Módulo de treinamento prático 3 – Nível Intermediário...................... 99
5.3.4 – Módulo de treinamento prático 4 – Nível Difícil............................... 105
5.3.5 – Módulo de treinamento prático 5 – Nível Avançado....................... 112
5.4 – Bônus.......................................................................................................... 120
5.4.1 – Técnicas de estudo – Bônus do Programa de Treinamento de .
memória de Trabalho ...................................................................... 120
6 –
Discussão................................................................................................................... 131
6.1 – Considerações Finais.................................................................................. 133
7 –
Referências................................................................................................................ 134
7.1 - Referências dos anexos .............................................................................. 144
x
8 – Anexos...................................................................................................................... 145
8.1 – Textos.......................................................................................................... 145
8.1.1 – Texto 1............................................................................................. 145
8.1.2 – Texto 2............................................................................................. 147
8.1.3 – Texto 3............................................................................................. 150
8.2 – Imagens....................................................................................................... 154
8.2.1 – Primeiro Exemplo............................................................................ 154
8.2.2 – Segundo Exemplo........................................................................... 160
1
1 – Introdução:
Ao longo da História, sempre houve uma busca por soluções que
melhorassem a memória e detivessem o seu declínio natural. No século XVII,
aconselhavam-se as pessoas usarem gorros de pele de castor e/ou untar a cabeça
e a coluna com óleo de rícino, entre muitas outras providências. Contudo, a
ineficácia destes diferentes costumes, deu lugar a pesquisas científicas sérias. E
com as descobertas a respeito da estrutura e do funcionamento do cérebro, tornou-
se possível criar estratégias eficazes para aprimorar a memória, e ainda deter ou
reverter o declínio cognitivo ocasionado pela carência de atividade intelectual
(Jennings et al., 2006; Linden, 2007; Ball et al., 2007; Rebok et al., 2007; Valencia et
al. 2008). É essencial enfatizar que o declínio da memória não está somente
associado ao avanço da idade, mas sim e principalmente à redução da atividade
mental.
O crescimento da população mundial idosa é um fenômeno que vem
ocorrendo nas últimas décadas com mais intensidade nos países em
desenvolvimento. O Brasil tem aproximadamente 18 milhões de pessoas com 60
anos ou mais (8,6% da população brasileira). Nos próximos 20 anos a população
idosa do Brasil poderá ultrapassar os 30 milhões de pessoas e deverá representar
quase 13% da população ao final deste período, no mundo, em 2050, um quinto da
população será de idosos (Souza e Chaves, 2005; Nogueira et al., 2008). As
conquistas científicas da medicina moderna têm possibilitado a prevenção e cura de
2
doenças que antes eram consideradas fatais, o que reduziu a mortalidade,
aumentou a expectativa de vida e, conseqüentemente, elevou a taxa da população
idosa, mesmo nos países em desenvolvimento, onde o acesso aos serviços médicos
é restrito.
As pessoas que apresentam um bom nível intelectual e uma boa capacidade
lingüística e de memória, independentemente da idade, continuam apreendendo
inúmeros dados novos nos campos do seu interesse. A literatura referenda que
quanto mais se envelhece, tanto mais difícil se torna incorporar novas aquisições
lingüísticas e informações em geral. Apesar de muito freqüente, o declínio da
cognição com o avançar da idade possui exceções. Frente aos dados significativos
do aumento da população geriátrica e das queixas freqüentes relacionadas às
dificuldades de memória deste grupo, faz se necessário que sejam criados recursos
com fundamentação científica, para fornecer estratégias mais eficazes que auxiliem
os idosos.
1.1 – Memória:
A memória é o real patrimônio de um indivíduo, é o registro da experiência
subjacente à aprendizagem (Wood et al., 2001; Hart et al., 2007). A capacidade de
formar, reter e usar as memórias é a principal propriedade do cérebro, essencial
para a sobrevivência de todos os organismos (Bruel-Jungerman et al., 2007). Desde
o primeiro momento que inspiramos o ar, e possivelmente antes disso, estímulos
sensoriais modificam nosso sistema nervoso e influenciam nosso comportamento.
De fato, um dos principais objetivos dos primeiros anos de vida é aprender as
habilidades de que temos necessidade para sobreviver no mundo. O aprendizado e
3
a memória resultam de adaptações das sinapses neurais às influências do ambiente
(Yogev-Seligmann et al., 2008).
A memória pode ser definida pela forma de armazenamento, ou seja, pela
duração, conteúdo e processo de sua formação. Quanto à duração, divide-se em
memória de curto prazo e de longo prazo. A primeira diz respeito à capacidade de
retenção da informação por curtos períodos de tempo (segundos, minutos, horas, ou
poucos dias) e a segunda se refere às memórias que podem ser armazenadas por
dias, meses ou por longos anos (Helene e Xavier, 2003; Cowan, 2005). Quanto ao
conteúdo, divide-se em memória episódica, memória semântica e memória de
procedimentos. A memória episódica relaciona-se com a armazenagem de fatos e
eventos, é a capacidade de lembrar pedaços isolados de informação (Moscovitch et
al., 2006; Small e Sandhu, 2006; Shacter e Addis, 2007). A memória semântica é
descrita como o local de armazenamento de conceitos e informações que são
comuns e relativamente consistentes através dos indivíduos (Moscovitch et al.,
2006; Hart et al., 2007). É um tipo de memória declarativa, baseada em guardar o
conhecimento que independe do contexto e é culturalmente compartilhado. (Hart et
al., 2007; Casale e Ashby, 2008). A memória de procedimentos é o tipo mais básico
de memória, nos permite saber como mexer, agir e desempenhar qualquer atividade
diária de nossa existência. É a memória mais estável, é a mais difícil de ser perdida
(Hamdan e Bueno, 2005; Bear et al., 2008; Casale e Ashby, 2008).
No âmbito da memória de longa duração, alguns estudos propuseram a
distinção entre memória explícita ou declarativa e memória implícita ou de
procedimentos (Lombroso, 2004; Leritz et al., 2006; Vasconcelos e Albuquerque,
2006). A memória explícita abrange a retenção de experiências sobre fatos e
eventos do passado, ou seja, o indivíduo tem acesso consciente ao conteúdo da
4
informação e ainda pode arquivar associações arbitrárias, mesmo após uma única
experiência. A memória implícita, é revelada quando utilizamos a experiência prévia
para facilitar o desempenho numa tarefa que não requer a evocação consciente ou
intencional daquela experiência (Helene e Xavier, 2003; Lombroso, 2004; Leritz et
al., 2006; Vasconcelos e Albuquerque, 2006). Helene e Xavier (2003) acrescentam
que a aquisição de conhecimento implícito depende de mudanças cumulativas, que
ocorrem a cada ocasião em que o sistema é acionado. Isso implica que a aquisição
deste tipo de conhecimento requer treinamento repetitivo e gradual, ao longo de
diversas experiências relacionadas à situação de aquisição original, sendo portanto,
inflexível e pouco acessível a outros sistemas (Leritz et al., 2006; Vasconcelos e
Albuquerque, 2006).
A memória de trabalho, que é o foco principal deste estudo, envolve o
arquivamento temporário da informação para o desempenho de diferentes tarefas
cognitivas (Baddeley et al., 2003; Helene e Xavier, 2003; Gruber et al., 2007; Linden,
2007; Soto et al., 2008). Segundo Baddeley (2003), memória de trabalho
compreende um conjunto de componentes do processamento cognitivo que
permitem a manutenção temporária e processamento posterior da informação no
cérebro. É um sistema com capacidade limitada, que mantém e armazena
informação, sustenta os processos do pensamento humano, fornecendo uma
interface entre percepção, memória de longo prazo e ação (Baddeley et al., 2003).
5
2 – Objetivo:
Esta pesquisa teve por objetivo aprimorar a memória de trabalho de
indivíduos da terceira idade, através de um programa de treinamento de memória de
trabalho. Para tanto, reuniu-se estímulos selecionados da literatura em múltiplas
abordagens de treinamento, do quotidiano dos idosos e de minha prática profissional
em treinamento de memória com grupos de terceira idade. O programa foi elaborado
com recurso audiovisual, de imagem e vídeo no formato DVD.
6
3 – Revisão de literatura:
3.1 – Memória de Trabalho:
Baddeley (1992) postulou que a memória de curto prazo não se constitui
apenas em um reservatório temporário de informação, mas cumpre também um
papel ativo, executivo no seu processamento (Baddeley, 2003; D’Esposito, 2007;
Gruber et al., 2007; Linden, 2007).
Foi proposto por Baddeley e Hitch inicialmente que a memória de trabalho se
dividisse em um sistema tripartite de armazenamento, constituído de três
componentes: o primeiro, executivo central, constitui um modelo de controle
atencional, que é o controlador do comportamento responsável por padrões de
hábitos, ou esquemas, implicitamente guiados por pistas ambientais, também
denominado supervisor de ativação (Baddeley e Hitch, 2000). O segundo
componente é alça fonológica, que tem a função de facilitar a aquisição de
linguagem, sua capacidade está relacionada com habilidades de aquisição de língua
estrangeira, aprendendo o som de uma língua pelo reensaio mental. O terceiro
componente se refere a um sistema visuo-espacial, que tem a função de adquirir
conhecimento semântico acerca da aparência dos objetos e de como utilizá-los,
orientação espacial e conhecimento geográfico. Trata-se de um componente de
armazenagem de informações visuais. Recentemente Baddeley incluiu um quarto
componente para a memória de trabalho, o reservatório episódico, que faz a
correlação entre a Central Executiva e a Memória de Longo Prazo Episódica
(Baddeley, 2003; Montojo e Courtney, 2008).
7
Memória de trabalho compreende a capacidade de manter temporariamente
uma quantidade limitada de informações, que podem ser utilizadas para apoiar as
várias habilidades cognitivas, incluindo a aprendizagem (Baddeley, 2003,
D’Esposito, 2007, Shrager et al., 2008).
Historicamente, a memória de trabalho é classificada como memória de curto
prazo. A distinção da memória de longo prazo, que se caracteriza por apresentar um
armazenamento estável de informações, foi fundamental para compreender como o
cérebro tem organizado as suas funções de memória (D’Esposito, 2007; Shrager et
al., 2008).
Montojo e Courtney (2008) realizaram um estudo no qual demonstraram que
regras são mantidas na memória de trabalho e que os sistemas neurais envolvidos
em atualizar informações e números são dissociáveis. Os resultados deste estudo
sugerem que a representação da memória de trabalho para regras é dissociável da
memória de trabalho para números. Estes resultados confirmam a idéia de que
existe uma especificidade e um controle cognitivo na memória de trabalho para
múltiplos tipos de informação (incluindo informação verbal, visuoespacial e tarefas
regradas), que são representadas na memória de trabalho através de padrões
seguros de atividades neurais dentro de populações celulares dissociadas (Montojo
e Courtney, 2008). Além disso, a memória de trabalho para ordem seriada baseia-se
em associações entre o posicionamento da primeira informação e dos itens
subseqüentes (Baddeley, 2003). As associações se tornam progressivamente mais
fracas à medida que novos itens são adicionados, o que explica a limitação da
memória de trabalho para a quantidade de entradas. Os modelos propostos para
ordem seriada demonstram que o primeiro e o último item funcionam como pistas
(Baddeley, 2003).
8
3.2 – A formação das memórias:
O processo de formação das memórias inicia-se todas as vezes em que algo
nos chama a atenção e dura até o momento que resgatamos esse evento em forma
de lembrança (Woodman et al., 2007; Soto et al., 2008). Jamais uma pessoa será
capaz de lembrar informações às quais não prestou atenção, independente da idade
(Yogev-Seligmann et al., 2008).
A atenção pode ser automática ou voluntária. Admite-se que processos
automáticos de captação da atenção sejam velozes e não requeiram "controle ativo"
por parte da pessoa, podendo, por isso, ocorrer concomitantemente a outros
processamentos, com pouca interferência (Woodmann et al., 2007; Soto et al.,
2008). Além disso, eles podem ser desencadeados prontamente, de forma quase
inevitável, por eventos inesperados, surpreendentes ou incongruentes no ambiente,
mesmo que o participante não esteja inicialmente prestando atenção à fonte da
estimulação (Helene e Xavier, 2003; Cowan et al., 2005; Woodman et al., 2007; Soto
et al., 2008). É o que acontece, por exemplo, quando um objeto aparece
inesperadamente no campo visual ou quando um estímulo é discrepante em relação
aos que o rodeiam; antes mesmo de haver uma decisão consciente de atender ao
objeto ou estímulo, seu surgimento inesperado ou sua incongruência com o meio
ambiente acionam a atenção (Helene e Xavier, 2003; Woodman et al., 2007; Soto et
al., 2008). Neste último caso, não há um esforço consciente e voluntário no
direcionamento atencional, mas apenas uma reação de captura da atenção gerada
pelo estímulo, denominada "atenção automática"; posteriormente a "atenção
voluntária" também poderá ser deslocada para essa fonte de estimulação, como
forma de obter mais informações (Helene e Xavier, 2003; Soto et al., 2008).
9
O controle voluntário da atenção apresenta um componente consciente para
sua realização, e é geralmente acionado para tarefas mais complexas ou não
familiares, requerendo assim mais tempo para a execução. Norman e Shallice
(1980) propuseram que os recursos atencionais controlados são necessários
quando as tarefas: (a) requerem planejamento ou tomada de decisões; (b) envolvem
componentes de solução de problemas; (c) são mal-aprendidas ou contém
seqüências novas; (d) são perigosas ou tecnicamente difíceis; e (e) requerem a
superação de uma resposta habitual forte, como na tarefa de "Stroop", na qual o
indivíduo deve superar a resposta automática de nomear a palavra escrita e
responder à cor das letras impressas (Norman e Shallice, 1980 apud Helene e
Xavier, 2003; Soto et al., 2008).
Os mecanismos atencionais podem ser divididos em três componentes
distintos apoiados por redes neurais diferentes: atingir e manter um estado de
alerta; orientação, que consiste em selecionar a informação da entrada sensorial; e
o controle executivo atencional, que monitora e resolve conflitos (Helene e Xavier,
2003; Woodman et al., 2007; Soto et al., 2008). Um exemplo da importância do
controle executivo atencional é o estudo de Costa e colaboradores (2008) sobre o
conflito atencional no bilinguismo. Esse estudo, realizado pela Universidade da
Barcelona, envolveu 100 participantes bilíngues (87 mulheres e 13 homens
provenientes de Barcelona e da Catalunha), fluentes em Catalão e Espanhol, com
idades entre 19 e 32 anos e tendo o Catalão como sua primeira língua. O
desempenho dos bilíngues em tarefas que envolvem atenção e cognição foi
comparado ao de 100 participantes monolíngües (85 mulheres e 15 homens
oriundos do Tenerife nas Ilhas Canárias) falantes do Espanhol, não fluentes em
qualquer outra língua e com idades entre 17 e 32. Os autores concluíram que o
10
bilingüismo não só facilita o desenvolvimento de mecanismos de controle atencional,
mas também atrasa a deterioração associada ao declínio cognitivo decorrente do
envelhecimento. Estes resultados ocorrem devido ao conflito contínuo que um
bilíngue enfrenta ao suprimir uma das línguas, utilizando mais o controle executivo
atencional do que os monolíngües (Costa et al., 2008). Neste caso ficou confirmada
a importância de atividades que estimulam a atenção voluntária, para melhorar o
controle atencional e conseqüentemente a cognição e a memória (Woodman et al.,
2007; Costa et al., 2008).
Além da atenção, a percepção também influencia os mecanismos neurais da
cognição (Davis e Johnsrude, 2007). Segundo Donald Hebb, o cérebro pode utilizar
áreas corticais tanto para o processamento de informações sensoriais quanto para o
armazenamento de memórias (Hebb apud Bear, 2008). Hebb postula que a
percepção sensorial é de fundamental importância para a manutenção da atenção e
para as aquisições de memória.
Sendo assim, os mecanismos que influenciam a formação das memórias
incluem: percepção, atenção, sono, emoção, potenciação de longa duração (LTP –
do inglês, Long Term Potentiation), até mesmo expressão de proteínas e de
alterações bioquímicas no hipocampo (Ribeiro, 2003; Lent, 2005; Bevilaqua et al.,
2008).
O hipocampo tem sido descrito como estrutura estratégica para a
consolidação das informações na memória de longo prazo (Lent, 2005). Isso se deve
ao fato de que a estimulação elétrica de alta freqüência faz com que alguns de seus
neurônios produzam a LTP, que mantém outros neurônios ativos por horas e até
dias, mesmo na ausência do estímulo. A LTP gera um processo de facilitação do
sistema nervoso, cujo estabelecimento depende da duração e da frequência de
11
repetição do estímulo; ou seja, está relacionado com treinamento e aprendizagem
(Hebb apud Bear, 2008). Além disso, o hipocampo conta com a colaboração do
córtex entorrinal, região cortical vizinha que possui conexões com outras regiões
cerebrais envolvidas no registro e modulação do caráter emocional das experiências
(Lent, 2008). Dessa forma a interpretação emocional dos eventos a que somos
expostos influencia diretamente a seleção das informações que serão retidas ou não
na memória de longo prazo. A literatura demonstra que além da estimulação elétrica
de alta freqüência, existe uma seqüencia de eventos bioquímicos, que
desencadeiam o potencial de longa duração (Furini et al., 2009).
A descoberta da influência do sono sobre a aprendizagem e consolidação de
informações na memória de longo prazo, surgiu a partir da análise de ondas
eletroencefalográficas registradas em voluntários enquanto dormiam. Os principais
achados a favor desta relação são: a) o efeito negativo da privação de sono sobre o
processo de aprendizagem; b) o aumento da necessidade de dormir após a
aquisição de informações; c) e o fato de que ritmos neurais típicos dos períodos de
vigília reaparecem no hipocampo durante o sono REM (do inglês, Rapid-Eye-
Movement), caracterizado por atividade cortical rápida e movimentos oculares
involuntários (Ribeiro, 2003). Tendo em vista que o aprendizado duradouro requer
modificações sinápticas dependentes de atividade neuronal e de síntese protéica,
sugere-se que o sono compreende dois mecanismos importantes para a
consolidação das memórias que são: a reativação neuronal pós-estímulo
(“reverberação”) e plasticidade sináptica (“mudança estrutural”) (Hebb apud Ribeiro,
2003; Axmacher et al., 2009).
12
3.3 – O processo de envelhecimento e os sistemas sensoriais:
O organismo humano, desde sua concepção até a morte, passa por diversas
fases: desenvolvimento, puberdade, maturidade (ou estabilização) e
envelhecimento. E de maneira semelhante às outras fases do desenvolvimento, o
envelhecimento também é marcado fundamentalmente por uma série de mudanças
que vão desde o nível molecular até o morfofisiológico (Gottlie et al. 2007).
O processo de envelhecimento pode ser explicado da seguinte forma:
a) É progressivo e degenerativo, caracterizado por menor eficiência funcional,
com enfraquecimento dos mecanismos de defesa frente às variações ambientais e
perda de reservas funcionais;
b) É intrínseco, ou seja, apesar de os fatores ambientais interferirem, não é
determinado por eles;
c) As mudanças associadas à idade são muito específicas, não só para cada
pessoa, mas para cada um de seus órgãos. Começam em diferentes partes do
corpo em momentos e com ritmo diferentes entre as células, tecidos e órgãos
(Russo, 2000; Anstey e Low, 2004; Dall'Ava-Santucci, 2007; Gottlie et al., 2007).
A degeneração dos órgãos sensoriais, com o avanço da idade, pode gerar
alterações na percepção, atenção e conseqüentemente na memória (Anstey e Low,
2004). Este conjunto de alterações propicia um ciclo vicioso para a terceira idade,
que consiste nos indivíduos tornarem-se progressivamente inativos à medida que
sentem os efeitos da degeneração biológica. A diminuição da requisição cognitiva
acelera e agrava o processo de degeneração biológica (Souza e Chaves, 2005;
Yogev-Seligmann et al., 2008). Diversos estudos têm mostrado o declínio de várias
habilidades, incluindo memória, velocidade de processamento e solução de
13
problemas, com o avanço da idade (Anstey e Low, 2004; Souza e Chaves, 2005;
Wadley et al., 2006; Willis et al., 2006; Ball et al., 2007; Rebok et al., 2007; Darowski
et al., 2008).
A literatura sobre as falhas de memória evidencia que, estas não ocorrem
somente em função das alterações anátomo-fisiológicas (resultantes do processo de
envelhecimento), mas também devido à redução do exercício cognitivo e da
motivação, no processo de aprendizagem (Anstey e Low, 2004; Souza e Chaves,
2005; Willis et al., 2006; Park et al., 2007). Isso talvez explique que, apesar do
processo natural de envelhecimento, idosos ativos apresentam um excelente
desempenho cognitivo e intelectual e continuam a aprimorar seus conhecimentos,
através da leitura, exercícios do raciocínio e aquisição de novas informações (Souza
e Chaves, 2005; Park et al., 2007; Erickson e Kramer, 2009).
3.4 – A relação entre visão, audição, atenção e memória de trabalho:
Para sobreviver em um mundo complexo e dinâmico, nossa atenção necessita
ser orientada para selecionar os estímulos que são relevantes para nossos objetivos
(Soto et al., 2008). Sabe-se que estímulos sensoriais direcionam a atenção de forma
relativamente automática (Woodman et al., 2007; Yogev-Seligmann et al., 2008;
Soto et al., 2008). Se a orientação da atenção não ocorrer de forma automática,
através do sistema “bottom-up”, quando inicia-se a partir da percepção sensorial
para sua interpretação cognitiva ao nível do córtex cerebral, a atenção necessitará
ser dirigida de modo voluntário, via mecanismos “top-down”, ou seja, as correlações
cognitivas corticais influenciam os sistemas perceptuais, direcionando-os para o
estímulo em questão (Helene e Xavier, 2003; Soto et al., 2008). Nesse caso, o
14
direcionamento será baseado nas informações contidas na memória de trabalho
(Helene e Xavier, 2003; Soto et al., 2008). Em tarefas de discriminação visual de
objetos, a identificação é mais rápida quando o estímulo encontra correspondência
na memória de trabalho (Woodman et al., 2007; Soto et al., 2008). No entanto, a
identificação de objetos não é modalidade dependente, podendo envolver a
participação de diferentes sistemas sensoriais (visual, auditivo, tátil) ao mesmo
tempo (Lehnert e Zimmer, 2008a, b). Além disso, Soto e colaboradores (2008)
referem que a memória de trabalho também exerce uma influência involuntária sobre
a atenção.
Desde a década de 90 inúmeros estudos tem relatado o envolvimento do córtex
cerebral auditivo com a memória de trabalho (Rämä, 2008; Lehnert e Zimmer, 2008;
Alain et al., 2009). Estudos mais recentes, relatam que a decodificação dos
estímulos auditivos apresenta a mesma segregação encontrada no modelo de
esboço visuo-espacial proposto por Baddeley (2003), ou seja, a separação das
características do objeto de sua localização no espaço (Brechmann et al., 2007;
Lehnert e Zimmer, 2008; Rämä, 2008; Alain et al., 2009). Além disso, Lehnert e
Zimmer (2008) revelam que a memória de trabalho espacial para objetos independe
da modalidade, tanto estímulos auditivos quanto visuais ativam os mesmos circuitos
neurais para localização dos objetos. No entanto, a memória de trabalho para
identificação de objetos (características) é modalidade dependente, com redes
neurais diferentes sendo ativadas para estímulos visuais ou auditivos (Lehnert e
Zimmer, 2008).
Wong e cols. (2009) estudaram a relação da idade com os mecanismos
corticais de percepção da fala, em presença de ruído e demonstraram que existe um
declínio da percepção da fala mesmo quando o sistema auditivo periférico está
15
intacto. Em presença de ruído os idosos apresentaram uma redução da ativação do
córtex auditivo e um aumento nas áreas corticais relacionadas com memória de
trabalho e atenção. Sugerindo que, com o declínio resultante da idade, surge um
sistema compensatório para a identificação da palavra falada (Wong et al., 2009).
Este trabalho propõe que o treinamento de memória poderá ser mais eficaz se for
realizado em um ambiente propício, sem interferência de ruídos.
3.5 – Treinamento das Habilidades de Memória.
Por mais de duas décadas, inúmeras pesquisas gerontológicas tiveram
enfoque sobre a eficácia dos treinamentos de memória para melhorar as habilidades
de memória em idosos (Yesavage, 1985; Kliegl et al., 1989; Rebok e Balcerak, 1989;
Lachman et al., 1992; Mohs et al., 1998; Troyer, 2001; Ball et al., 2002; Barnes et al.,
2004; Wadley et al., 2006; Willis et al., 2006; Ball et al., 2007; Park et al., 2007;
Rebok et al., 2007; Valencia et al., 2008; Langbaum et al., 2009). Estudos recentes
têm mostrado que as habilidades de memória, de idosos que não apresentam
demência, podem melhorar com instrução e prática, mediante treinamento
sistemático de memória (Woolverton et al., 2001, Ball et al., 2002; Margrett e Willis,
2006; Willis et al., 2006; Ball et al., 2007; Park et al., 2007; Rebok et al., 2007;
Valencia et al., 2008). Esses resultados positivos podem ser evidenciados através
das muitas demonstrações da flexibilidade cognitiva de idosos saudáveis, em
comparação com aqueles portadores de danos cerebrais (Willis et al., 2006; Ball et
al., 2007; Park et al., 2007; Rebok et al., 2007; Valencia et al., 2008). Além disso,
idosos saudáveis compensam os efeitos do declínio cognitivo apoiando-se em
estratégias alternativas para executar tarefas (Margrett e Willis, 2006; Park et al.,
16
2007). Os idosos utilizam o conhecimento verbal para compensar o declínio da
velocidade de processamento e das habilidades de memória de trabalho (Park et al.,
2007). Evidências recentes indicam que, os indivíduos da terceira idade apresentam
recrutamento frontal compensatório quando comparados aos jovens, durante a
execussão de tarefas envolvendo memória de trabalho e memória de longo prazo
(Gutchess et al., 2005; Park et al., 2007; Darowski et al., 2008). Dessa forma,
comprovou-se a grande flexibilidade e a reorganização de circuitos neurais mesmo
em idades avançadas (Park et al., 2007; Darowski et al., 2008). Essa capacidade de
reorganização, a partir de estimulação intensa, pode ser observada inclusive em
idosos com lesão cerebral, como resultado da plasticidade residual e da
maleabilidade cerebral (Mahncke et al., 2006; Park et al., 2007; Bruel-Jungerman et
al., 2007; Small e Sandhu, 2008).
Atualmente, o objetivo do treinamento cognitivo é melhorar ou manter as
habilidades cognitivas em níveis saudáveis por longos e produtivos anos,
beneficiando a realização das funções da vida diária (Rebok et al., 2007). A
premissa básica é que o declínio funcional da memória, pelo menos em parte,
resulta de declínio cognitivo decorrente do avanço da idade. Mediante esta
premissa, os programas de treinamento cognitivo possuem, hipoteticamente o
potencial de postergar, lentificar ou reverter o declínio de memória relativo à idade,
prolongando a competência cognitiva (Ball et al., 2002; Willis et al., 2006; Wolinsky
et al., 2006; Ball et al., 2007; Park et al., 2007; Rebok et al., 2007; Valencia et al.,
2008; Langbaum et al., 2009).
Diversos estudos realizados com a população geriátrica têm relacionado a
velocidade do processamento cognitivo com a competência em habilidades diárias
(Willis et al., 2006; Ball et al., 2007; Park et al., 2007; Rebok et al., 2007; Valencia et
17
al., 2008; Langbaum et al., 2009). A velocidade de processamento é particularmente
importante porque está associada à manutenção da saúde, quanto aos aspectos da
sobrevivência e autonomia em sociedade (Hultsch et al. 1993; Ball et al. 2002;
Rosnick et al. 2004; Wadley et al., 2006; Ball et al. 2007; Park et al. 2007).
Segundo Ball (2007), o treinamento da velocidade de processamento envolve
práticas de computador, através das quais, com base em estímulos não verbais e
exercícios visuais durante breve intervalo de tempo, o sujeito discrimina alvos
mediante detecção, identificação, discriminação, e localização. Mediante a forte
associação entre a velocidade do processamento e as performances diárias
(Mahncke et al., 2006; Langbaum et al., 2009), o treinamento da velocidade de
processamento tem potencial para melhorar o quotidiano dos idosos, juntamente
com as habilidades que necessitem de agilidade para as reações visuais e motoras,
tais como dirigir automóveis (Wolinsky et al., 2006; Ball et al. 2007; Langbaum et al.,
2009).
3.5.1 – Abordagens tradicionais de treinamento de memória:
Os programas tradicionais de treinamento de memória dividem-se em duas
grandes categorias: Treinamento com uma única estratégia e treinamento com
múltiplas estratégias (Rebok et al., 2007). Os treinamentos da primeira categoria,
normalmente envolvem uma breve instrução sobre uma técnica específica para
lembrar tarefas ao longo de uma ou duas sessões. A segunda categoria de
treinamentos envolve: várias instruções por sessão, múltiplas estratégias de
memória, dosagem total de intervenção que pode se estender de 4 à 15 horas e
ajuste interativo do grupo (Rebok et al., 2007).
18
Numerosos estudos têm demonstrado os efeitos positivos que o treinamento
de memória apresenta. Tais resultados são melhores em tarefas específicas, que
envolvem principalmente a velocidade de processamento e o raciocínio (Rebok et
al., 2007, Langbaum et al., 2009). O método de associação de idéias, pertence à
categoria de treinamentos com uma única estratégia e é um exemplo de tarefa
específica, que consiste na oferta de estímulos que auxiliem a lembrar uma lista de
palavras ou uma série de tarefas (Rebok et al. 2007). No entanto, as duas técnicas
que mais têm sido utilizadas com idosos pertencem à categoria de múltiplas
estratégias: o método de lugar e a associação mnemônica entre nomes e faces
(Rebok et al., 2007; Werheid e Clare, 2007). Um exemplo, de treinamento de
memória de múltiplas estratégias, pode ser encontrado nos estudos que ensinam
aos idosos numerosas estratégias para memorizar listas de palavras, sequências de
itens, textos e idéias principais de histórias (Ball et al., 2002; Willis et al. 2006;
Wolinsky et al., 2006; Rebok et al.,2007; Langbaum et al., 2009). Neste caso, as
técnicas mnemônicas aplicadas variaram de estratégias simples (categorização,
associação de idéias e visualização) para mais complexas, como o método de lugar
(Ball et al., 2002; Willis et al. 2006; Wolinsky et al., 2006; Rebok et al.,2007;
Langbaum et al., 2009).
3.5.2 – Abordagens não-tradicionais:
Park e cols. (2007) relataram dois tipos de abordagens não tradicionais para
melhorar a função cognitiva de idosos. A primeira é relativamente limitada e baseia-
se em explorar os componentes automáticos da função cognitiva que não declinam
com a idade. A segunda abordagem é excepcionalmente ampla e enfoca o papel do
19
engajamento social, intelectual e emocional no aumento da eficiência da função
cognitiva e neural na população geriátrica.
A melhora da função cognitiva, a partir da ativação dos processos
automáticos, relaciona-se a facilitação da adesão dos idosos a comportamentos
determinados (Chasteen et al., 2001; Park et al., 2007). A literatura menciona que
idosos podem ter mais dificuldade para compreender informações médicas (lembrar
e realizar as instruções) quando comparados com jovens (Sterns, 2005; Gutchess et
al., 2007; Park et al., 2007).
Um exemplo de abordagem não tradicional é o treinamento de grupos de
idosos para obter melhor adesão e comprometimento com os tratamentos médicos
indicados. Para tanto, utilizou-se pistas e lembretes, além da reorganização da
informação médica, tornando-a mais detalhada e mais fácil de ser memorizada.
Esses recursos não dependem de treinamento e têm obtido sucesso em alcançar os
comportamentos desejados (Sterns, 2005; Park et al., 2007). Uma outra estratégia
para memorizar informações é utilizar a imaginação. O idoso deve imaginar um
plano detalhado da ação que deseja realizar para aumentar a probabilidade de
implementação do plano traçado (Park et al., 2007). Dessa forma, a implementação
de intenções pode ser uma estratégia efetiva para melhorar o que se espera da
memória, ou seja, lembrar de realizar as ações futuras. Isso ocorre porque neste
caso atuam os processos automáticos (geralmente invariáveis com a idade), ao
invés do indivíduo recuperar a informação da memória por um processo controlado,
que declina com o avanço da idade (Chasteen et al., 2001; Park et al., 2007).
As primeiras evidências de que a implementação de intenções pode manter e
estender a memória em idosos, vieram de estudos que utilizaram o planejamento de
tarefas antes de sua execussão (Chasteen et al., 2001; Park et al., 2007). Park e
20
cols. (2007) investigaram também a possibilidade das influências distratoras
gerarem efeitos contraproducentes para as respostas esperadas. A dificuldade, que
alguns idosos têm, de suprimir a atenção para informações irrelevantes, justifica o
fato dos indivíduos que fizeram a implementação de intenções serem compelidos a
realizarem tarefas rígidas, nas quais as pistas somente iniciaram comportamentos
na presença de objetivos específicos (Park et al., 2007; Darowski et al., 2008).
Mesmo assim, um pequeno número de idosos confundiu a intenção imaginada com
a realidade e não alcançou o objetivo da tarefa (Park et al., 2007). Além deste,
outros trabalhos confirmaram que a implementação de intenções aumentou adesão
dos idosos ao controle da glicose (Liu e Park, 2004) e melhorou o desempenho em
diferentes tarefas (Park et al., 2007; Achtziger et al., 2008). Esses achados fornecem
evidências robustas de que a implementação de intenções é efetiva para manter
alguns tipos específicos de memória e comportamentos em idosos. Dessa forma,
elimina-se a necessidade de treinamento extensivo ou de confiar somente na
capacidade das funções cognitivas, que normalmente declinam com a idade
(Chasteen et al., 2001; Liu e Park, 2004; Gutchess et al., 2007; Park et al., 2007).
A segunda abordagem não tradicional está relacionada à melhora da função
cognitiva mediante o engajamento social, intelectivo e emocional. A investigação dos
efeitos da participação em atividades sociais e de lazer para a manutenção ou
melhora das funções cognitivas, revelou que indivíduos mais velhos e
independentes, com compromissos freqüentes e uma variedade de atividades
cognitivas, físicas e de lazer, apresentaram melhor desempenho nas baterias de
avaliação cognitiva, quando comparados com indivíduos de mesma idade também
independentes, mas com pouco engajamento social (Park et al., 2007; Achtziger et
al., 2008; Valencia et al., 2008).
21
Outros estudos sugerem que indivíduos envolvidos com estimulação cognitiva
ou atividades sociais e de lazer são menos diagnosticados com doença de
Alzheimer (Barnes et al., 2004; Park et al., 2007; Valencia et al., 2008). Além disso,
a participação em atividades de lazer pode não somente reduzir os riscos de
incidência de demência, mas também impedir ou atrasar as manifestações clínicas
da doença de Alzheimer (Scarmeas et al., 2001; Barnes et al., 2004; Park et al.,
2007; Valencia et al., 2008). As funções cognitivas também apresentaram melhora
em idosos engajados em atividades intelectivas (Hultsch et al., 1999) e naqueles
envolvidos com trabalhos complexos (Schooler et al., 1999).
Park e cols. (2007) investigaram a hipótese de que o engajamento em tarefas
cognitivas estimula e desenvolve vias neurais que não existiam anteriormente.
Segundo esta premissa, espera-se que os efeitos sobre a função cognitiva sejam
maximizados quando os indivíduos incorporarem inteiramente os novos
comportamentos. Sendo assim, tem-se uma distinção entre engajamento produtivo e
receptivo, de modo que o engajamento produtivo será o primeiro a atuar sobre a
cognição. Enquanto o engajamento produtivo requer a aquisição de novas
habilidades e esquemas, o engajamento receptivo ocupa-se com os
comportamentos assimilados, utilizando habilidades familiares e esquemas pré-
existentes (Park et al., 2007).
Um exemplo de programa de treinamento baseado em engajamento
produtivo, é o treinamento de idosos para atuação no teatro (Noice e Noice, 2006). A
atuação no teatro exige uma grande transformação de caracteres, motivações e
interações, e este profundo compromisso poderia estender-se mais amplamente
para o processamento de informações. A investigação mostrou que, o
processamento de informações reduz significativamente o declínio da memória
22
resultante do avanço da idade, sendo este resultado associado à ativação neural
(Noice e Noice, 2006; Park et al., 2007). Além do teatro oferecer divertimento, exige
maior ativação da função executiva, envolve múltiplas modalidades de
processamento sensorial e utiliza mecanismos cognitivos, motores e emocionais.
Esse conjunto de estímulos é decisivo para melhorar as habilidades de repetição e
resolução de problemas, da auto-estima e promover bem estar (Noice e Noice,
2006; Park et al., 2007).
3.5.3 – Abordagens modernas de treinamento:
O aumento demográfico mundial da população de idosos, gera a necessidade
de serem encontradas alternativas para manter a autonomia desta população. Isto
implica principalmente no aumento da eficácia da memória, de forma a requerer o
desenvolvimento de técnicas ou estratégias de estimulação cognitiva, com um custo
acessível, que sejam de fácil utilização e que possam ser facilmente distribuídas ao
público (Rebok et al., 2007).
Essa demanda estimulou a busca por outras alternativas e diferentes
abordagens de treinamento de memória para idosos. Dentre estas estão o
treinamento colaborativo, em vídeo e em gravações sonoras, online e em software
com CD-ROM (Ball et al., 2002; Willis et al., 2006; Rebok et al., 2007; Langbaum et
al., 2009). As novas formas de treinamento foram desenvolvidas para superar as
limitações das abordagens tradicionais, que apresentam dificuldades quanto a
acessibilidade e custo. O treinamento oferecido para pequenos grupos, em sessões
didáticas, como a maioria das abordagens tradicionais utiliza, limita o acesso dos
idosos aos treinamentos de memória (Rebok et al. 2007).
23
Ball e cols. (2002) aplicaram o programa ACTIVE (do inglês, Advanced
Cognitive Training for Independent and Vital Elderly) em 2832 idosos, que foram
divididos em 4 grupos de treinamento, 711 sujeitos fizeram treinamento de memória
episódica verbal, 705 participaram de sessões de raciocínio lógico, 712 idosos
treinaram velocidade de processamento de informações envolvendo identificação e
discriminação visual e 704 não receberam treinamento, foram os componentes do
grupo controle. Foram excluídos da análise da pesquisa 30 idosos. Os idosos que
receberam estimulação apresentaram melhora na memória e nas capacidades
cognitivas envolvendo raciocínio lógico e velocidade de processamento de
informação. O grupo controle não apresentou diferenças de resultados na função
cognitiva.Além disso, os efeitos do treinamento foram mantidos por pelo menos dois
anos.
3.5.3.1 – Treinamento colaborativo:
Estudos recentes têm demonstrado que a disponibilidade de colaborar pode
ser um fator importante para o sucesso da performance cognitiva na vida diária,
particularmente em idosos (Willis et al., 2006; Park et al., 2007; Rebok et al., 2007;
Achtziger et al., 2008). Os trabalhos que utilizam intervenções cognitivas, se apoiam
em noções teóricas para investigar como parcerias colaborativas podem melhorar a
memória, o pensamento, a resolução de problemas, e outros aspectos da cognição
de idosos. Por exemplo, alguns estudos examinaram as mudanças nas estratégias
comportamentais de idosos casados que participaram juntos em tarefas de
estimulação cognitiva (Saczynski et al., 2004; Margrett & Willis, 2006). De modo
geral, grupos de treinamento colaborativo e individuais mostraram resultados
24
similares no uso imediato da estratégia e durante três meses após o teste. Em
termos de performance individual, o grupo de casais colaborativos manteve mais o
uso das estratégias de memória (Saczynski et al., 2004; Margrett & Willis, 2006).
Este tipo de prática de treinamento sugere que a colaboração entre idosos, durante
atividades cognitivas (com recrutamento de memória), pode trazer benefícios para
os indivíduos que precisem resolver problemas comuns em casa, aplicando juntos
as técnicas ensinadas (Saczynski et al., 2004; Margrett & Willis, 2006; Rebok et al.,
2007).
3.5.3.2 – Treinamento de memória em áudio e vídeo:
A ampla disponibilidade das tecnologias em áudio e vídeo motivou a
investigação da efetividade deste tipo de treinamento de memória em idosos. Estas
tecnologias oferecem uma boa relação custo benefício e uma alternativa prática para
a abordagem tradicional de grupos que necessitam de aulas com um profissional
capacitado, possibilitando assim o treinamento domiciliar para idosos.
A efetividade dos treinamentos de memória em audio-cassetes,
comercialmente disponíveis, foi analisada por Rasmusson e colaboradores (1999) e
comentada posteriormente por Rebok e colaboradores (2007). Apesar dos
participantes reportarem a utilidade do treinamento e acreditarem que teriam
diminuídas as chances de desenvolver a doença de Alzheimer após tê-lo
completado, não apresentaram grandes ganhos na performance quando submetidos
a teste de memória e comparados com os controles (Rasmusson et al., 1999, Rebok
et al., 2007). Sendo assim, permanece controversa a efetividade do programa de
treinamento com fita de audio-cassete (Rasmusson et al., 1999, Rebok et al., 2007).
25
West e Crook (1992) testaram a efetividade do vídeotreinamento de memória
em dois grupos: adultos de meia idade e idosos, com os respectivos controles em
lista de espera. Neste estudo os examinadores apresentaram um vídeo com
imagens interativas para localização de objetos, lembrar e ligar itens de uma lista, e
ensinaram um método para memorizar nomes. Como resultado, encontraram
melhoras significativas na performance da memória em ambos os grupos, quando
comparados aos controles (West e Crook, 1992). Além disso, essas e outras
evidências mostraram que a melhora do desempenho da memória de curto prazo,
promove uma melhora geral na performance durante a execução de tarefas que
envolvam diferentes tipos de memória (Rebok et al., 2007).
3.5.3.3 – Treinamento de memória computadorizado e on-line:
A intervenção de memória através de ferramenta computadorizada é uma
alternativa para o treinamento tradicional e tem provado sua eficácia em estudos
com populações de idosos (Rebok et al., 2007). Uma crítica freqüente dos
treinamentos computadorizados para memória em idosos se refere à falta de
familiaridade deste grupo com o computador, podendo tornar este tipo de programa
fraco ou ineficaz. O mais notável, foi que menos de um terço dos idosos usuários de
computador com mais de 65 anos, nunca utilizaram a internet e os indivíduos
pesquisados foram aqueles que apresentaram as maiores rendas e o maior nível de
instrução (Rebok et al., 2007). A dificuldade dos idosos ao utilizar o computador,
pode limitar a efetividade dos programas de treinamento computadorizados.
A efetividade de algumas versões de treinamento de memória
computadorizado, deve-se ao fato destes estudos terem feito uma análise prévia
26
sobre os idosos e o uso do computador. Morrell e colaboradores (2000) sugeriram
que simples instruções são efetivas para ensinar idosos a utilizar computadores e a
tecnologia da internet. Uma das muitas razões para quererem utilizar o computador
é que podem obter acesso a informações sobre saúde e se envolver em atividades
que mantenham as funções cognitivas (Sterns, 2005; Rebok et al., 2007).
Devido ao crescente número de idosos comprando computadores e utilizando
a Internet, novos esforços têm sido feitos no sentido de utilizar a tecnologia da
informática para realizar treinamento de memória. A literatura referenda que o
acesso a programas via internet representa um excelente meio para promover tanto
as sessões periódicas, quanto a repetição dos exercícios (Rebok et al. 2007).
Oferece também a oportunidade de estudar os efeitos sobre a memória temporal e
espacial (Rebok et al. 2007).
Um estudo recente, envolvendo mais de dois mil participantes, utilizou a
internet para ministrar treinamento de memória. Os intervalos entre os treinamentos
variaram de minutos a um ano, com a finalidade de determinar os efeitos sobre a
memória de longo prazo (Rebok et al.2007). Outros trabalhos têm examinado os
efeitos do treinamento computadorizado de memória com idosos e a influência da
experiência com o computador como mediadora da efetividade do treinamento.
Estes estudos têm mostrado que idosos podem se beneficiar do treinamento
interativo multimídia e que os benefícios são similares aos obtidos com as
abordagens mais tradicionais (Sterns, 2005; Rebok et al., 2007).
27
3.5.3.4 – Estimulação de memória com abordagens combinadas:
Uma limitação importante para algumas da abordagens tradicionais de
estimulação de memória é que elas não incorporam múltiplas modalidades de
treinamento (Rebok et al., 2007). Abordagens que combinam treinamento de
memória com atividades físicas, farmacoterapia, mudanças de estilo de vida, entre
outros modelos de intervenção podem potencialmente produzir aditivos ou cooperar
para obter maiores benefícios. Embora estas combinações de abordagens, para
treinamento de memória, representem uma esperança para obter maiores
progressos junto aos idosos, raramente têm sido implementadas (Fritsch et al.,
2007; Rebok et al., 2007).
Alguns estudos observaram que a participação em atividades físicas reduz os
riscos de declínio cognitivo e de demências ( Weuve et al., 2004; Rebok et al., 2007;
Valencia et al., 2008). Embora os efeitos do exercício físico tenham sido apontados
como influentes sobre a cognição, não há provas definitivas de que determinados
aspectos da cognição sejam influenciados pelo aumento das atividades físicas
(Weuve et. al., 2004; Rebok et al., 2007). No entanto, alguns trabalhos encontraram
benefícios cognitivos resultantes de exercícios aeróbicos e anaeróbicos (Rebok et
al., 2007). Além disso, o treinamento combinando atividades físicas e cognitivas
revela efeitos positivos para a cognição dos idosos (atenção seletiva e a velocidade
do processamento da informação), ao passo que as atividades físicas, sem a
estimulação cognitiva, não representam qualquer diferença nas funções da memória
(Valencia et al., 2008).
Small e colaboradores (2006) estudaram os efeitos de um programa de
mudanças no estilo de vida (combinando exercícios físicos e mentais, redução do
28
estresse e dieta saudável) sobre a cognição e o metabolismo cerebral. Seus
achados sugeriram que o programa resultou em grande eficiência cognitiva e
atividade das regiões cerebrais envolvidas com as funções de memória de trabalho.
3.5.3.5 – Os efeitos da estimulação cognitiva:
Um crescente número de estudos têm mostrado os benefícios das atividades
de estimulação cognitiva para a preservação da performance mental e prevenção do
declínio cognitivo inerente à idade (Ball et al., 2002; Barnes et al., 2004; Willis et al.,
2006; Ball et al., 2007; Park et al., 2007; Rebok et al., 2007, Valencia et al., 2008).
Programas de intervenção inseridos no contexto natural de atividade diária têm
potencialmente muito para oferecer (Rebok et al., 2007). Um exemplo deste tipo de
programa é comentado por Rebok e colaboradores (2007): o estudo explorou os
efeitos da participação intensiva de um grupo da terceira idade em um programa de
serviço direcionado à melhoria da função cognitiva de idosos. Tal programa foi
desenvolvido para reforçar a memória e, em particular, a função executiva,
capacitando idosos para realizar: exercícios mentais com flexibilidade, desenvolver
habilidades de memória de trabalho através de exercícios literários com crianças,
participar da resolução de problemas em cooperação e de programas de atividades
que exercitem múltiplas dimensões de habilidades cognitivas. Os voluntários
trabalharam durante 15 horas por semana, ao longo de um ano escolar, com
crianças em atividades de instrução em leitura e escrita, uso da biblioteca, e
supervisão comportamental. Os resultados sugeriram que as tarefas de atendimento
das necessidades escolares aumentaram simultaneamente a atividade cognitiva,
física e social dos voluntários (Rebok et al., 2007).
29
3.5.4 – Durabilidade do treinamento:
A durabilidade do treinamento varia entre os estudos, pode se estender de
uma semana à alguns anos (Ball et al., 2002; Ball et al., 2007; Rebok et al., 2007;
Unverzagt et al., 2007).
Ball e colaboradores (2002), aplicaram o programa de treinamento de
memória ACTIVE (Advanced Cognitive Training for Independent and Vital Elderly
do inglês, Treinamento Cognitivo Avançado para Idosos Independentes e Vitais) em
711 idosos e encontraram a melhora de suas capacidades de memória por um
período de 2 anos (Ball et al., 2002; Ball et al., 2007).
Mais recentemente outro estudo realizado por Willis e colaboradores (2006)
reportou a manutenção dos efeitos positivos do treinamento cognitivo com o ACTIVE
por 5 anos após a intervenção. As razões para os achados discrepantes referentes a
durabilidade do treinamento de memória, ainda são temas de futuras pesquisas.
Contudo, fica claro que o ACTIVE, por ser um programa computadorizado para o
treinamento de memória, fornece a oportunidade para a prática periódica, o que
reforça as sessões. Esta possibilidade de repetição do treinamento, pode ser um
ingrediente chave para o sucesso de futuras intervenções (Willis et al., 2006; Rebok
et al., 2007).
3.5.5 – Transferência dos efeitos do treinamento para a vida diária:
Apesar de diversos estudos reportarem grande durabilidade dos treinamentos
de memória, freqüentemente tais treinamentos resultam em pouca transferência
30
para as situações da vida diária. Embora, as técnicas de mnemônicas ocasionem
melhora na performance de idosos, estes apresentam dificuldade em transferir tais
técnicas mnemônicas para suas atividades quotidianas (Park et al., 2007; Rebok et
al., 2007,).
Segundo Rebok e colaboradores (2007) as intervenções que enfatizam
ensinar aos participantes uma ou duas estratégias mnemônicas foram melhores do
que a ausência de intervenção. No entanto, os treinamentos devem encontrar
formas para aumentar a conscientização e o conhecimento sobre o funcionamento
da memória. Paralelamente os idosos precisam diminuir a ansiedade e suas crenças
negativas sobre a capacidade de memória (Rebok et al., 2007).
Vários componentes, do treinamento das habilidades de memória do ACTIVE,
foram desenvolvidos para promover atividades de transferência de treinamento
mnemônico para tarefas cognitivas de vida diária (Ball et al., 2002). Dentre estes
componentes temos: o uso de instruções e extensas práticas de múltiplas
estratégias mnemônicas especificamente para categorização de estímulos, a
organização de idéias e detalhes para lembrar de informações da vida diária e a
visualização e associação de itens a serem lembrados (Ball et al., 2002; Rebok et
al., 2007). Além disso, o ACTIVE incluiu sessões de reforço do treinamento em 11 e
35 meses depois do treinamento inicial, para ajudar a manter os benefícios
cognitivos e promover transferência do treinamento para comportamentos diários
(Willis et al., 2006).
31
4 – Metodologia
4.1 – Material:
A confecção do DVD obedeceu os critérios técnicos de produção
broadcasting para televisão. Na produção do DVD foram utilizadas 7 (sete) fitas
formato Mini-DV; 50 (cinqüenta) horas para a captação de imagens em estúdio; oito
horas para captação de imagens externas; 80 (oitenta) horas para arte-finalização
de, aproximadamente, 300 (trezentos) inserts de imagens, entre cartões e fotos; e
32 (trinta e duas) horas para a finalização de áudio.
Para a edição e finalização de vídeo foi utilizado o programa “Adobe Premiere
Pro-2”. O tempo médio para uma edição simples, sem efeitos especiais ou outros
recursos em computação gráfica, é de duas horas de trabalho para cada 1 minuto de
material filmado editado.
O material utilizado para a captação de imagens, edição e finalização do DVD
foram os seguintes: Câmera JVC GY-DV5000/3CCD; Câmera Panasonic AG HMC-
40; VT (video-tape) JVC SR-DVM700 - DV HDD DVD; VT JVC BR-DV3000 NTSC
PAL; Westcott Chroma Factory; edição e finalização em Adobe Premiere.
O material utilizado para a captação de áudio: Digital/Análogo-digital; 32
canais; Console Fostex 12/8/2 - Analógico; Captação analógica - Fostex R8;
Microfones Neumann U-87; Captação digital - ESP 1010; Softwers: Sonar 2 -
Cubase - ProTools.
32
4.2 – Critérios da Seleção de Estímulos:
4.2.1 – Percepção Sensorial:
A percepção influencia os mecanismos neurais da cognição (Davis e
Johnsrude, 2007) e sua estimulação pode facilitar a aquisição de memórias (Lehnert
e Zimmer, 2008).
Os estímulos visuais que demandam detecção de imagens e discriminação
de figuras tendem a facilitar a atenção seletiva, influenciam a ativação hipocampal e
podem melhorar o armazenamento de informações de curto prazo (Kensinger e
Schacter, 2006; Axmacher et al., 2008). Sendo assim, os estímulos visuais
selecionados envolvem a necessidade de discriminação e identificação de objetos,
figuras e pessoas, com níveis de detecção que variaram de simples a complexos.
Além disso, privilegiamos estímulos lúdicos ou comuns ao cotidiano, com objetivo de
promover maior motivação durante a realização do exercício (Chasteen et al., 2001;
Park et al., 2007).Os estímulos foram inseridos nos módulos em níveis crescentes
de quantidade e complexidade.
A escolha de estímulos táteis e auditivos teve por base os estudos que
demonstram o envolvimento dos sistemas sensoriais com a memória de trabalho.
Novamente, o número de exercícios ofertados aumenta a cada módulo (Rebok et al.,
2007; Woodman et al., 2007; Costa et al., 2008; Lehnert e Zimmer, 2008; Rämä,
2008; Alain et al., 2009).
33
4.2.2 – Associação de idéias:
As palavras e tarefas apresentadas nos exercícios de associação de idéias,
foram escolhidas sem semelhança semântica, ou fonológica, pois palavras com
semelhança semântica e fonológica são de mais fácil memorização. A seleção léxica
levou em conta somente o aspecto morfológico. Inicialmente foram oferecidas
palavras monossílabas ou dissílabas e o número de sílabas aumenta
gradativamente, visto que palavras polissílabas podem produzir ativação cortical um
pouco mais lenta do que aquelas com menos sílabas (França et al.,2006; Maia et al.,
2007; França et al.,2008).
Foram filmadas cento e oito pessoas, escolhidas aleatoriamente, para a
técnica mnemônica de nomes, com o fim de promover uma proximidade maior com a
realidade e evitar repetição de nomes. Obtivemos autorizações por escrito de cada
um dos participantes.
Para aumentar os níveis de dificuldade utilizamos o acréscimo numérico dos
estímulos (palavras, nomes de pessoas, números e letras) ao longo dos módulos
(Ball et al., 2002; Baddeley, 2003; Willis et al., 2006; Rebok et al., 2007; Langbaum
et al., 2009).
4.2.3 – Raciocínio Lógico:
Inúmeros trabalhos relacionam atividades de lógica com o aumento da
velocidade do processamento de informações e melhora no desempenho da
memória de trabalho (Ball et al., 2002; Willis et al., 2006; Rebok et al., 2007;
Langbaum et al., 2009). Os exercícios de raciocínio lógico selecionados são de fácil
34
resolução tendo em vista a grande dificuldade dos idosos com este tipo de tarefa,
conforme observacões de minha experiência profissional. Dessa forma minimizamos
possíveis frustrações sem deixar de desenvolver tais atividades.
4.3 – Procedimentos:
Este programa de treinamento de memória de trabalho utiliza técnicas de
todos os tipos de abordagens disponíveis na literatura: não tradicional, tradicional e
modernas. A abordagem não-tradicional foi escolhida para iniciar o DVD, porque
pressupõe o engajamento do usuário na melhora das funções cognitivas. Além
disso, alguns autores sugerem que o uso de instruções de implementação é uma
estratégia eficaz para melhorar a cognição de idosos durante a execução de tarefas
específicas (Chasteen et al., 2001; Park et al., 2007). O objetivo principal é
conscientizar o participante dos efeitos positivos do treinamento sobre a memória.
O primeiro tipo de abordagem não tradicional consiste em explorar os
componentes automáticos da função cognitiva, que não declinam com a idade. Os
processos automáticos relacionam-se com a facilitação da adesão dos idosos a
determinados comportamentos (Chasteen et al., 2001; Park et al., 2007). Sendo
assim, os usuários do DVD serão esclarecidos sobre a formação das memórias,
atenção automática e voluntária e as estratégias mais eficazes para aprimorar a
memória, a fim de obter maior adesão e comprometimento junto aos treinamentos
que serão propostos. Em seguida, os participantes receberão orientação para utilizar
a imaginação, visualizar mentalmente as listas de tarefas diárias.
35
A segunda abordagem não tradicional está relacionada à melhora da função
cognitiva mediante o engajamento social, intelectivo e emocional (Park et al., 2007;
Achtziger et al., 2008; Valencia et al., 2008). Esclarecer sobre a influência das
atividades sociais, dos exercícios físicos e intelectivos, da influência do emocional e
do sono para a eficácia da memória.
Após a exposição das orientações contidas nas abordagens não tradicionais,
o programa de estimulação se iniciará com as abordagens tradicionais, que incluem
as técnicas de memorização mais utilizadas em estudos de treinamento de memória
(Ball et al., 2002; Ball et al., 2007; Rebok et al., 2007; Valencia et al., 2008). Todas
as técnicas serão explicadas, exemplificadas e posteriormente aplicadas.
36
5 Resultados
5.1 – Roteiro de estimulação da memória de trabalho:
5.1.1 – 1ª Sessão de treinamento de memória de trabalho:
CENA 001:
Seja bem-vindo ao Programa de Treinamento de Memória de Trabalho, este
programa foi elaborado com base nos principais trabalhos científicos sobre
treinamento de memória, nacionais e internacionais, com eficácia comprovada. Ao
longo do DVD serão explicadas técnicas de memorização e os estímulos que serão
oferecidos permitirão vivenciá-las.
CENA 002:
O DVD está dividido em sessões explicativas e em módulos com graus de
dificuldade crescente, sugerimos que somente mudem de módulo quando
conseguirem entender as técnicas e executar os exercícios do módulo atual.
CENA 003:
Tenha sempre em mãos papel e caneta, pois eventualmente serão necessários
esses recursos. Lembre-se todos somos capazes de aprimorar a nossa memória em
qualquer fase da vida. Aproveitem o DVD e boa memória!
CENA 004:
Vamos iniciar fazendo um teste, com o intuito de você poder vivenciar a
diferença da memorização antes da apresentação das técnicas e após com a
aplicação das técnicas de memória.
CENA 005:
37
Para que o teste seja válido, sugiro que somente faça anotações quando for
solicitado. Ao longo do DVD terão pausas com tempo suficiente para analizar os
exercícios e dar as respostas.
Tente memorizar as seguintes palavras:
Sol – vela - carroça – bicicleta – pão –bolsa – macaco – geladeira – lago – vassoura.
(As palavras serão mostradas na tela por um minuto, foram escolhidas sem
semelhança semântica, ou fonológica e sua seleção levou em conta o aspecto
morfológico: duas palavras monossílabas, três palavras dissílabas, três palavras
trissílabas e duas palavras polissílabas).
CENA 006:
Vou apresentar 10 pessoas a você e solicito, por favor, que você tente
memorizar seus nomes. (Será mostrado na tela 10 pessoas com um tempo de 30
segundos para cada pessoa).
CENA 007:
Agora, solicito, por favor, que você escreva as palavras que foram mostradas
anteriormente neste teste. (Tempo de um minuto).
CENA 008:
Tente memorizar estes números:
3 0 4 4 7 0 0 6
5 5 1 2 9 8 2 0
2 2 0 9 6 3 8 8 (Tempo de um minuto)
CENA 009:
Por favor, solicito agora que você escreva os nomes correspondentes das
pessoas que foram apresentadas neste teste. (São mostradas novamente as pessoas
com um tempo de 30 segundos para cada pessoa).
38
CENA 010:
Agora solicito que você tente escrever os números que foram mostrados
anteriormente.( Um minuto)
CENA 011:
Anote a data de hoje e a sua pontuação, ou seja, a quantidade de itens que
você conseguiu lembrar, para a categoria de memorização de listas de palavras, de
nomes e de números. Guarde essa informação até concluir o treinamento com o DVD.
CENA 012:
Se você teve um bom aproveitamento no teste fico feliz. Contudo, é normal que
inicialmente se tenha alguma dificuldade neste tipo de teste, essa testagem tem
somente o objetivo de demonstrar futuramente, como a instrução e o treinamento de
memória podem facilitar o armazenamento de informações de curto prazo, ou seja,
podem melhorar a sua memória de trabalho.
CENA 013: (Locução Masculina) Instruções para o treinamento de memória 1
Para iniciarmos o Treinamento é importante entendermos como nosso cérebro
forma as memórias. A formação das memórias ocorre sempre que alguma informação
ou estímulo chama a nossa atenção. Não somos capazes de memorizar nada a que
não demos atenção. Sendo assim, a base de todas as memórias é a atenção.
CENA 014:
Por sua vez, a atenção pode ser automática e voluntária. A atenção automática
acontece, por exemplo, quando um objeto aparece inesperadamente no campo visual
ou quando um estímulo é diferente do esperado, antes mesmo de haver uma decisão
consciente de atender ao objeto ou estímulo, seu surgimento inesperado ou sua
incoerência com o meio ambiente acionam a atenção automática (Helene e Xavier,
2003; Woodman et al., 2007; Soto et al., 2008). Aparece na tela um exemplo de
39
atenção automática, várias imagens semelhantes e uma imagem incongruente,
ativando desta forma, a atenção automática. O parágrafo anterior será explicado por
animação e voz, sem a imagem do instrutor.
CENA 015:
A atenção voluntária apresenta um componente consciente para sua
realização, e é geralmente usada para tarefas mais complexas, difíceis ou que não
sejam familiares, requerendo assim mais atenção e tempo para a execução.
CENA 016:
Um exemplo de tarefa que exija a superação de uma resposta habitual forte, é
a tarefa de "Stroop", na qual o indivíduo deve superar a resposta automática de
nomear a palavra escrita para responder à cor das letras impressas. Por favor, leia o
que está escrito (Tempo de 15 segundos para a leitura das palavras), agora você irá
fazer uma inibição da sua resposta habitual que seria ler a palavra escrita e fale
somente as cores que você visualiza nas palavras (Tempo de 30 segundos para
falar as cores das palavras). Aparece na tela o efeito Stroop e solicita-se ao
participante que inicialmente leia o que está escrito e após a tarefa concluída, que
usem a atenção voluntária para inibir a resposta automática que seria a palavra
escrita e fale somente as cores que visualiza nas palavras (Norman e Shallice, 1980
apud Helene e Xavier, 2003; Soto et al., 2008).
CENA 017:
A presença de conflito e de atividades que estimulem a atenção voluntária
melhora o controle atencional e conseqüentemente a cognição e a memória
(Woodman et al., 2007; Costa et al., 2008).
40
CENA 018:
Um importante mecanismo atencional é a orientação, que consiste em
selecionar a informação da entrada sensorial. A percepção seja ela, visual auditiva
ou tátil, tem um papel importante em relação à atenção e conseqüente à formação
das memórias (Animação – Boneco salientando os olhos enquanto for mencionada a
percepção visual, salientando os ouvidos enquanto for mencionada a percepção
auditiva e boneco salientando as mãos se tocando enquanto for mencionada a
percepção tátil).
CENA 19:
Atividades que envolvam estímulos para a percepção sensorial e para
atenção tendem a facilitar a aquisição de memória.
CENA 020:
Etapas de aquisição de memória: eventos externos e internos são
selecionados pelo cérebro e serão armazenados temporariamente na memória de
trabalho. Parte dessas informações serão novamente utilizadas, consolidadas e o
restante esquecidas. A porção consolidada ficará alojada na memória de longo
prazo, de onde será novamente utilizada.
A memória de longo prazo irá interferir no nosso comportamento e
conseqüentemente em nossos eventos internos, interfere em quem somos. A
memória é o real patrimônio que temos (Surge uma animação esquemática na tela)
(Lent, 2001).
CENA 021:
A memória de trabalho permite a armazenagem temporária e processamento
posterior da informação no cérebro, fornecendo uma relação entre a percepção e a
memória de longo prazo.
41
CENA 022:
A memória de trabalho é a porta de entrada e de saída de todas as
informações no cérebro, ela influencia diretamente os nossos comportamentos.
CENA 023:
Quando você caminha na rua sua memória de trabalho confronta todos os
rostos que passam por você, com todos aqueles que você tem armazenados na sua
memória e quando você percebe um rosto conhecido, sua memória de trabalho te
avisa e influencia o seu comportamento em fazer uma saudação, ou se for um
grande amigo, dar um abraço, mas se este rosto for de uma pessoa que você
desconhece a memória de trabalho te direciona a seguir em frente. Ou seja,
dependemos da nossa memória de trabalho, todos os dias, o tempo todo (Ilustração
no croma deste parágrafo: rostos passando e depois fixa em um, pessoas fazendo
uma saudação e se abraçando).
CENA 024:
O objetivo do treinamento de memória é melhorar ou manter as habilidades
cognitivas em níveis saudáveis por longos e produtivos anos, ou seja, tem o
potencial de retardar, lentificar ou reverter o declínio cognitivo relativo à idade,
beneficiando a realização das funções da vida diária (Ball et al., 2002; Willis et al.,
2006; Wolinsky et al., 2006; Ball et al., 2007; Park et al., 2007; Rebok et al., 2007;
Valencia et al., 2008; Langbaum et al., 2009).
CENA 025: Primeira técnica: Implementação de intenções (Locução masculina)
Uma estratégia para memorizar informações é utilizar a imaginação, imaginar
um plano detalhado da ação que deseja realizar, aumentando assim a probabilidade
de implementação do plano traçado (Park et al., 2007).
42
CENA 026:
Dessa forma, a implementação de intenções pode ser uma estratégia efetiva
para melhorar o que se espera da memória, que é: lembrar de realizar as ações
futuras. Visualize (surge a palavra “visualize” na tela com destaque e efeito, para
salientar a sua importância), todas as ações que necessitam ser realizadas.
CENA 027:
Vou fornecer um exemplo da aplicação da técnica de implementação de
intenções: (Durante a aplicação desta técnica permanece na tela a imagem de uma
paisagem) Feche os olhos, imagine o relógio e a hora que você tem que tomar
determinado remédio, por exemplo, às três horas, vamos supor que este seja um
comprimido amarelo, imagine o remédio e seu nome, imagine o lugar que este
remédio está guardado, olhe mentalmente para a hora determinada, três horas,
destaque o remédio amarelo, imagine você pegando no seu armário um copo,
colocando água, imagine você colocando o remédio na boca, olhando para o relógio
e finalmente você tomando o remédio junto com o copo de água, antes de guardar o
remédio olhe bem para a cartela para visualizar de qual lugar você destacou o
remédio, isso te auxiliará a ter certeza que você tomou o remédio, termine
imaginado você guardando o remédio.
CENA 028:
Essa técnica consiste em um plano de ação, lembrando que quanto mais
detalhado for esse plano, mais estímulos serão fornecidos ao cérebro, facilitando
muito a lembrança e a atenção referentes a execução de qualquer atividade que
você programe (Chasteen et al., 2001; Sterns, 2005; Park et al., 2007).
43
CENA 029:
Pare durante 5 minutos e aplique a técnica de implementação de intenções,
imagine um plano detalhado de alguma tarefa que você necessita executar ainda
hoje.
CENA 030:
Por exemplo, tomar um remédio, lavar roupa, olhar a correspondência ou a
agenda, utilizar o computador, comprar algum alimento, colocar gasolina no carro,
enfim são inúmeros os exemplos, escolha uma tarefa e imagine detalhadamente.
CENA 031:
Lembre-se que quanto maior riqueza de detalhes utilizar nesta técnica, mais
fácil será a lembrança posteriormente. Utilize todo o tempo proposto na aplicação da
técnica de implementação de intenções, se terminar antes, reinicie mentalmente
com as mesmas imagens. Pode iniciar agora, você terá cinco minutos para a
execução da tarefa (Tempo de 5 minutos, colocar uma paisagem e um relógio em
contagem regressiva).
CENA 032:
Ao longo da realização das suas tarefas diárias, você poderá observar se a
aplicação desta técnica foi positiva.
CENA 033:
O engajamento social, intelectivo e emocional apresenta efeitos positivos para
a memória. A investigação dos efeitos da participação de idosos em atividades
sociais e de lazer (escrever na tela “atividades sociais e de lazer” para dar um
destaque ao que está sendo explicado do texto) sejam elas, grupos de teatro,
grupos de relacionamentos em viagens, passeios, trabalhos voluntários, corais,
cursos diversos como: línguas, culinária, computação podem manter ou melhorar a
44
memória (Ilustrações na tela – Uma imagem de idosos no palco, fotos de grupos em
viagens, cinema, lanchonetes, idosos auxiliando crianças, uma foto do coral da
Iguatemi, idosos estudando, cozinhando, sentados no computador).
CENA 034:
Pesquisas revelaram que pessoas idosas, com compromissos freqüentes e
uma variedade de atividades intelectivas, físicas e de lazer, apresentaram melhor
desempenho nos testes de memória, quando comparados com pessoas da mesma
idade também independentes, mas com pouca participação em atividades sociais
(Park et al., 2007; Achtziger et al., 2008; Valencia et al., 2008).
CENA 035:
Além disso, pessoas que fazem treinamento de memória ou participam
freqüentemente de atividades sociais e de lazer são menos diagnosticados com
doença de Alzheimer (Barnes et al., 2004; Park et al., 2007; Valencia et al., 2008).
CENA 036:
Essas atividades podem não somente reduzir os riscos de incidência de
demência, mas também prevenir, impedindo ou atrasando as manifestações clínicas
da doença de Alzheimer (Scarmeas et al., 2001; Barnes et al., 2004; Park et al.,
2007; Valencia et al., 2008).
CENA 037:
Para se ter boa memória e qualidade de vida inicialmente é preciso querer, é
preciso acreditar que é possível.
CENA 038:
Repita para si mesmo: Eu posso, eu quero e eu vou ter boa memória! Estas
são afirmações positivas, que auxiliam muito o treinamento.
45
CENA 039: Técnica de associação de idéias (Locução masculina)
Essa técnica consiste em memorizarmos informações fazendo associações
de idéias, ou seja, fazendo uma ligação da nova informação a ser armazenada com
a memória que já temos cristalizada no cérebro, consiste em relacionarmos as
informações de modo a encadeá-las.
CENA 040:
Por exemplo: para memorizarmos as tarefas: 1 Comprar maçã, 2 Comprar
comida para o cachorro, 3 Consertar a mesa, 4 Pagar a conta de telefone (Escrever
as quatro tarefas e ilustrar).
Primeiro deve-se extrair destas tarefas as imagens principais e fazer a
visualização do que se deseja memorizar. Em seguida, devemos utilizar imagens
fortes, coloridas e exageradas que auxiliam a fixação.
CENA 041:
Devemos associar a primeira imagem da tarefa com a segunda, a segunda
com a terceira e assim por diante, podemos imaginar uma maçã simples e um cão
normal, mas se utilizarmos o exagero isso facilitará a fixação,
CENA 042:
Então podemos imaginar o cão comendo a maçã, segurando com uma pata a
maçã, apoiado na mesa, e com a outra pata segurando um telefone e falando nele.
Tente visualizar essa cena. (5 segundos de pausa).
46
CENA 043:
Essa é uma imagem que provavelmente nunca vamos ver e por isso mesmo
quando imaginamos, cria-se um conflito no cérebro, que fará com que nossa
atenção seja ativada voluntariamente. Pois, tendemos a ativar a atenção diante de
situações conflituosas, mesmo as que foram elaboradas por nós (Escrever no croma
as palavras atenção e conflito para dar destaque ao texto desta cena).
CENA 044:
Com a aplicação desta técnica não temos mais quatro tarefas a serem
memorizadas e sim uma imagem, a de um cão comendo uma maçã, apoiado em
uma mesa falando ao telefone (Utilizar animação).
CENA 045:
A associação de idéias deve seguir os seguintes passos para ser efetiva:
1 - Atenção (Escrever na tela a palavra “atenção” para melhor fixação da
informação);
2 - Visualização (Escrever na tela a palavra “visualização” para melhor fixação da
informação), dar movimento às informações que devem ser
armazenadas;
3 - Utilizar-se da imaginação (Escrever na tela a palavra “imaginação” para melhor
fixação da informação), deixe o seu cérebro criar sem fronteiras ou
preconceitos, o objetivo é memorizar. Lembre-se de que o exagero e a
diversão auxiliam na memorização.
4- Saiba sempre a quantidade de informações a serem memorizadas (Escrever na
tela as palavras “quantidade de informações” para melhor fixação da
informação).
47
5- Organização (Escrever na tela a palavra “organização” para melhor fixação da
informação), ordene didaticamente as informações que necessitam ser
fixadas.
6- Faça um retorno às condições do momento do armazenamento da informação
(Escrever na tela a palavra “retorno” para melhor fixação da informação).
CENA 046:
Parecem muitas etapas, mas na realidade esses passos são feitos em
segundos e quanto mais treinamento, maior a prática e a facilidade para utilizar a
técnica. Recapitulando: (Escrever na tela as palavras atenção, visualização,
imaginação, quantidade, organização, retorno).
CENA 047:
Escreva quais foram as tarefas mencionadas durante a explicação da técnica
de associação de idéias. (Tempo de um minuto para a execução da tarefa, colocar
na tela uma paisagem e um relógio em contagem regressiva).
CENA 048:
Sugiro que por hoje pare de assistir ao DVD e tente aplicar ao longo do dia a
técnica de associação de idéias com informações referentes a sua vida diária.
5.1.2 – 2ª Sessão de treinamento de memória de trabalho:
CENA 049:
Seja bem-vindo à segunda sessão de treinamento de memória. Para
iniciarmos, escreva quais foram as tarefas mencionadas durante a explicação da
técnica de associação de idéias na primeira sessão de treinamento (Tempo de um
minuto para a execução da tarefa, colocar na tela uma paisagem e um relógio em
48
contagem regressiva). Recapitulação das principais técnicas da sessão anterior:
(Escrever na tela a palavra recapitulação)
CENA 050:
Técnica de implementação de intenções consiste em imaginar detalhadamente
um plano de intenção, ou seja, um plano de ação para a execução futura de uma
tarefa (Chasteen et al., 2001; Sterns, 2005; Park et al., 2007).
CENA 051:
Técnica de associação de idéias consiste em relacionarmos informações novas com
informações que já temos armazenadas no cérebro, além de ser fundamental utilizar
os seguintes passos: atenção, visualização, imaginação, saber sempre a quantidade
de informações que deseja armazenar, organização e retorno, voltar ao momento que
recebeu a informação que quer memorizar. (Escrever na tela as palavras atenção,
visualização, imaginação, quantidade, organização e retorno, para recapitulação da
informação).
CENA 052:
Técnica de memorização de nomes (Aparece escrito na tela em “Técnica de
memorização de nomes). Para a técnica de memorização de nomes também
utilizaremos associação de idéias e algumas etapas que podem ser úteis,
CENA 053:
Nessa técnica podemos utilizar uma, duas, ou todas as opções que são
utilizadas na aplicação da técnica mnemônica de nomes, que podem ser: 1.
Relacione o nome da pessoa com alguém que você já conhece; 2. Utilize a
imaginação; 3. Escreva mentalmente o nome da pessoa que deseja memorizar; 4.
Se imagine falando o nome que você quer memorizar; 5. Repita algumas vezes o
49
nome que deseja memorizar durante a conversa com a pessoa (Escrever na tela
estas informações enquanto estão sendo mencionadas pela instrutora).
CENA 054:
Primeiro passo para a técnica memorização de nomes: (Escrever na tela o 1º
passo) Relacione o nome da pessoa que você deseja memorizar com alguém que
você já conhece.
CENA 055:
Sempre que desejamos memorizar o nome de uma pessoa, a primeira
alternativa é relacionar este nome novo com alguém que já seja seu conhecido.
CENA 056:
Isto porque, fica fácil associarmos um nome novo se este é o mesmo, por
exemplo, de um filho, de uma irmã, de seu pai, de um grande amigo, pois o nome de
uma pessoa que seja marcante para você já está armazenado em sua memória de
longo prazo.
CENA 057:
Contudo, vamos supor que o nome que você deve guardar seja, por exemplo,
o meu, Viviane, e que você não conheça ninguém que tenha importância em sua
vida com este nome, sendo assim a primeira alternativa da técnica de memorização
de nomes deve ser excluída, a segunda será utilizar a imaginação (Escrever na tela
2ª passo: Utilize a imaginação).
CENA 058:
Para exemplificar podemos associar as sílabas das palavras com o nome.
Imagine meu rosto, Viviane cheia de vida (Vivi – vida).
50
CENA 059:
Agora, vamos tentar outra alternativa para a imaginação, utilizando o exagero,
me imaginem toda molhada de vinho da cabeça aos pés (“Vi” de vinho, “vi” de
Viviane).
CENA 060:
Alguns nomes são mais fáceis de utilizar a imaginação que outros, por
exemplo, o nome Ângela sempre imagino a pessoa com asas e auréola, ou a pouco
tempo tive uma aluna que se chamava Lean, imaginei seu rosto e ao redor dele uma
juba de leão.
CENA 061:
Ou ainda outro exemplo, o nome Salete, imagine a pessoa cheia de sal, estes
são exemplos de nomes que considero fáceis de utilizar a imaginação para
memorizar (Ver a possibilidade de fazer uma imagem de computação gráfica destes
exemplos).
CENA 062:
Contudo, se você teve dificuldade em utilizar a imaginação para memorizar
algum nome, você pode usar outra alternativa incluída nessa técnica, que é a de
escrever mentalmente o nome da pessoa. Este é o terceiro passo (Escrever na tela
3º passo: Escreva mentalmente o nome da pessoa que deseja memorizar).
CENA 063:
Feche os olhos imagine a pessoa e abaixo dela escreva seu nome ou ainda
imagine você escrevendo em uma parte do corpo desta pessoa que tenha lhe
chamado a atenção.
51
CENA 064:
Por exemplo, uma pessoa com um sorriso largo ou uma boca grande, imagine
o nome dela escrito nos dentes ou nos lábios (Ilustração no croma).
CENA 065:
E em casos de nomes difíceis, a orientação é sempre saber como o nome é
escrito, perguntar a pessoa como se soletra.
CENA 066:
Por exemplo, Potikonvicky este é um nome raro que provavelmente será de
difícil associação com alguém conhecido, pode utilizar a segunda opção que é a
imaginação, podendo visualizar a pessoa em um pote com Vick (Vick Vaporub) ou
então uma pessoa toda suja de vick (Imagem em computação gráfica).
CENA 067:
Mas se você não teve essa idéia de imediato utilize a terceira opção e peça a
pessoa que soletre o nome e imagine ele escrito ( Soletrar: P O T I K O N V I C K Y
ou ainda, escrito na tela POTI KON VICKY ).
CENA 068:
Quarto passo da técnica de memorização de nomes (Escrever na tela: Se
imagine chamando o nome que deseja memorizar).
CENA 069:
Imagine você articulando (Viviane), imagine o som, feche os olhos e fale
mentalmente o meu nome.
CENA 070:
Quinto passo da Técnica de Memorização de nomes (Escrever na tela 5º
passo: Repita algumas vezes o nome que deseja memorizar durante a conversa
com a pessoa).
52
CENA 071:
Em algumas ocasiões quando tivermos dificuldade em aplicar as técnicas
anteriores ou ainda quando queremos dar um reforço para as técnicas,
CENA 072:
podemos ao longo do diálogo com a pessoa que acabamos de conhecer,
repetir o nome dela no meio da conversa, sem que ela perceba que você está
utilizando um recurso, que é a repetição para memorizar o seu nome.
CENA 073:
Por exemplo, então Sandra como eu havia mencionado são 5 passos
possíveis para a técnica de memorização de nomes,
CENA 074:
Sandra você conseguiu entender a primeira opção?
CENA 075:
Sandra você deve utilizar a imaginação, lembrando que o exagero e a
diversão auxiliam a memorização.
CENA 076:
Sandra você que está me olhando conseguiu entender? Então vamos testar.
CENA 077:
Vou colocar a imagem de uma pessoa, que irá se apresentar faça a aplicação
da técnica, (Exposição da 1ª pessoa se apresentando por 30 segundos).
CENA 078:
Lembre-se dos cinco passos da técnica de memorização de nomes (Será
mantida a imagem da pessoa, abaixo da qual estão escritos os 5 passos, cada um
permanece por 10 segundos associado com a imagem): 1 Relacione o nome da
pessoa com alguém que você já conhece; 2 Utilize a imaginação; 3 Escreva
53
mentalmente o nome da pessoa que deseja memorizar; 4 Se imagine chamando o
nome que deseja memorizar; 5 Repita algumas vezes o nome que deseja
memorizar.
CENA 079:
Vamos testar novamente, você terá um minuto (colocar a imagem de outra
pessoa se apresentando durante um minuto, sem nenhum tipo de instrução).
CENA 080:
Agora tente reproduzir na forma escrita os cinco passos da técnica de
memorização de nomes (Tempo de um minuto, imagem de paisagem, relógio em
contagem regressiva).
CENA 081:
Tente lembrar as técnicas que foram ensinadas na sessão anterior de
treinamento (Tempo de um minuto, imagem de paisagem, relógio em contagem
regressiva).
CENA 082:
Por favor, tente se lembrar e em seguida escreva o nome destas pessoas.
(Mostrar as duas pessoas que foram utilizadas para ensinar a aplicação da técnica
de memorização de nomes e solicitar que escrevam o nome – 30 segundos com a
imagem de cada pessoa).
CENA 083:
Treino da técnica de implementação de intenções, feche os olhos se imagine
na próxima vez que conhecer uma pessoa, imagine você cumprimentando alguém,
imagine um lugar qualquer, uma pessoa qualquer falando o nome e você dizendo o
seu nome. Imagine você relacionando o nome dela com alguém que você já
conhece, criando algo para memorizar seu nome, escrevendo mentalmente o nome
54
dessa pessoa, falando em voz alta o nome e fazendo a repetição do nome várias
vezes durante o diálogo. Agora você terá um minuto para repetir todas essas
imagens mentalmente.
CENA 084:
Utilize a técnica de associação de idéias para memorizar as seguintes
palavras: MÃO, ESCOVA e URSO. (As palavras ficam escritas na tela por 1 minuto)
CENA 085:
Agora qual o nome destas pessoas? (Mostre as duas pessoas da técnica
anterior 15 segundos para cada imagem).
CENA 086:
Quais foram as últimas palavras solicitadas para memorizar utilizando a
aplicação da técnica de associação de idéias.
CENA 087:
Se você apresentou dificuldade em entender ou memorizar as informações
desta sessão ou da anterior, sugiro que para um melhor aproveitamento do
conteúdo deste DVD, antes de avançar para a 3ª sessão, reveja as sessões
anteriores.
CENA 088:
Sugiro que você tente aplicar a técnica de memorização de nomes com pelo
menos três pessoas ao seu redor, sejam elas novas conhecidas, ou pessoas que
você está conhecendo por fotos em revistas ou pela televisão.
CENA 089:
Lembre-se o treinamento é essencial para a efetividade do resultado do DVD.
Colocar menu
55
5.1.3 – 3ª Sessão de treinamento de memória de trabalho:
CENA 090:
Seja bem-vindo ao terceiro dia treinamento de memória.
Antes de iniciarmos a 3ª sessão faremos uma revisão da sessão anterior. A
instrução da técnica de memorização de nomes consiste em: 1 Relacionar o nome
novo com alguém que você já conhece; 2 Utilizar a imaginação; 3 Escrever
mentalmente o nome da pessoa que deseja memorizar; 4 Se imagine chamando o
nome que deseja memorizar; 5 Repita algumas vezes durante o diálogo com a
pessoa, o nome que você quer memorizar).
CENA 091:
Vamos treinar novamente a técnica de associação de idéias com as seguintes
tarefas:
1) Lavar o CARRO
2) Ir ao BANCO
3) Colocar uma carta no CORREIO
4) Ir ao DENTISTA
5) Levar um GUARDA-CHUVA
6) Consertar o RELÓGIO
7) Pegar um TREM
8) Comprar um URSO de pelúcia
9) Tirar a mancha do SOFÁ
10) Tomar um CAFÉ
56
CENA 092:
Tente aplicar a técnica de associação de idéias, com as PALAVRAS
principais das tarefas propostas (Um minuto).
CENA 093:
Vou demonstrar com um exemplo: imagine um CARRO todo cheio de sabão,
estacionado na porta do seu BANCO. Agora imagine você entrando no BANCO com
o seu carro ensaboado e você olha os envelopes de depósito do banco. Imagine
esses envelopes coloridos, imensos, espalhados por todos os lugares e esses
envelopes te lembram que você tem que ir no CORREIO colocar uma carta para o
seu DENTISTA. Imagine seu DENTISTA com a sua carta, vinda do CORREIO, na
boca e para a cena ficar mais estranha você imagina o DENTISTA além de estar
com o envelope vindo do CORREIO na boca, ele está segurando um GUARDA-
CHUVA colorido. Imagine a cena e você com estranheza olha para o RELÓGIO que
está quebrado e diz que tem que ir embora pegar um TREM. Imagine o RELÓGIO,
exagere o tamanho, a cor e o estrago dele, imagine a hora do TREM, imagine o
ponteiro de TREM e você entra no TREM e se senta ao lado de um URSO no SOFÁ
do TREM. Para que pensar em URSO simples de pelúcia, vamos exagerar, imagine
um URSO de verdade enorme, imagine esse URSO sentado no SOFÁ tomando um
CAFÉ, imagine o urso te oferecendo o café.
CENA 094:
Explicando a técnica de associação de idéias dessa forma, parece demorar
uma eternidade, mas ela é para ser feita no pensamento, e o pensamento é rápido,
muito rápido.
57
CENA 095:
Confira agora! Repasse as cenas propostas mentalmente com as palavras
principais das últimas dez tarefas sugeridas. (30 segundos de tempo mesmas
imagens das palavras da CENA 91)
CENA 096:
Você consegue se lembrar o nome destas pessoas? (Mostrar por 30
segundos, cada uma das duas pessoas que foram utilizadas para ensinar a
aplicação da técnica de memorização de nomes, igual a cena 82).
CENA 097:
Tente escrever as palavras das últimas dez tarefas propostas anteriormente
para a técnica de associação de idéias (um minuto, paisagem, relógio em contagem
regressiva).
CENA 098:
A técnica de memorização de números é muito útil visto que freqüentemente
temos números importantes para memorizar.
CENA 099:
Hoje em dia temos senhas pra tudo, senhas de banco com confirmações de
letras, números de telefones, números de endereços, valores de contas a pagar,
números de documentos e em algumas ocasiões memorizar esses números torna-se
uma tarefa difícil.
CENA 100:
Dificuldade esta que pode ser pode ser contornada utilizando aplicação de
técnica de memorização, que consiste primeiramente em condensar informações.
58
CENA 102:
Pense em um número de telefone que você liga com freqüência, ou o número
de um documento que você saiba de cor, imaginou?
CENA 103:
Normalmente quando pensamos em um número conhecido, por exemplo, o
número de um telefone, lembramos dele em blocos
CENA 104:
Os números de telefone costumam ter 8 dígitos, contudo, normalmente
lembramos de 4 números pois os condensamos para facilitar a fixação na memória.
CENA 105:
Por favor, vou solicitar que você memorize o número de telefone: 3 3 1 5 6
5 9 9 (Colocar a imagem na tela dos números separados um por um).
CENA 106:
Ficaria mais fácil se eu tivesse dito: 33 15 65 99.
CENA 107:
Pois, ao invés de fornecer oito informações, como fiz primeiramente, forneci
agora, somente quatro informações com dezenas.
CENA 108:
A memorização se torna progressivamente mais difícil de ser realizada quanto
maior for o número de itens adicionados (Baddeley et al., 2003).
CENA 109:
Sendo assim, condensar as informações facilita a memorização. Mas além
disso dar significados aos números, fazendo associação de informações pode ser
muito útil. Exemplos:
33 - Idade de Jesus Cristo
59
18 - Ano que se atinge a maioridade.
51 - Aquela da boa idéia.
22 - Dois patinhos na Lagoa.
72 - Idade do seu irmão.
40 - Idade da loba.
99 - Imagine uma velhinha bem linda de 99 anos segurando o número 99.
27 - Idade de sua filha
70 - Copa do mundo que o Brasil se tornou tricampeão mundial de futebol.
(Ilustração escrita podendo ser associada com imagens)
CENA 110:
Ou seja, podemos associar os números com informações já existentes em
nossa vida, com informações populares, ou ainda podemos inventar algo para
associarmos com qualquer número.
CENA 111:
Por último além de condensar as informações e de buscar uma associação,
podemos tentar identificar um padrão nos números. Exemplos:
Os números 2 2 4 4 8 8 1 6, devemos memorizar: 22 44 88 16 e ainda
podemos encontrar um padrão numérico na relação de soma destes números
2+2 = 4+4 = 8 + 8 = 16
Ou outro exemplo:
4 3 2 1 7 0 6 5 - 4321 70 65
4321 correspondem a uma seqüência numérica decrescente e 70 posso
associar com a copa do mundo ou com a minha idade, ou com a idade de alguém
que gosto muito e 65 posso associar ao início da Terceira Idade.
60
CENA 112:
Esse último exemplo nos permitiu aplicar as três formas da técnica em um
único exemplo, que foi a identificação de um padrão numérico, a aglutinação da
informação e a associação de idéias.
CENA 113:
Tente aplicar a técnica, memorize o telefone: 2 4 3 1 6 6 8 9 (30
segundos escrito na tela).
CENA 114:
Há alguns anos em um dos cursos de memória que ministrei, havia um
senhor que me relatou ser péssimo para memorizar números e que todos os dias ele
tinha que olhar na agenda o número do chefe para telefonar e isso o incomodava
muito. Do número verdadeiro, que vou citar como exemplo, foram mudados dois
números para proteger o chefe do meu aluno (fazer animação deste exemplo no
croma).
CENA 115:
O número 2 4 3 1 6 6 8 9, perguntei como era o chefe e ele disse que era
uma pessoa muito vaidosa, todo arrumadinho...percebi que ele não gostava muito
do chefe e inventamos o seguinte: solicitei que imaginasse o número 24 e
associasse com o chefe, além de associar com um bicho de um jogo famoso, ou
ainda imaginasse o número 24 enorme na cor rosa choque atrás do chefe e que
imaginasse o chefe 24, fazendo um 31 no telefone, então questionei o número 66 te
diz alguma coisa? E ele disse que lhe lembrava da rota 66 na estrada, porque ele já
havia feito muitas vezes esse caminho. Então, imagine o chefe 24 fazendo um 31,
para ensinar a rota 66 que era o caminho para chegar na casa da avozinha dele de
61
89 anos, imagine uma Senhora idosa de 89 anos, parada em frente a uma casa de
número 89, segurando o número 89.
CENA 116:
24 Chefe - 31 telefonando - 66 estrada - 89 avó (escrever essas informações
em destaque na tela).
CENA 117:
Esse exemplo foi utilizado no primeiro dia do curso, ao final do quarto dia, ele
se lembrava do telefone do chefe. Não só ele, como toda a turma.
CENA 118:
Essa técnica pode ser utilizada da mesma forma para memorizarmos letras,
como senhas e siglas. Exemplo: P O X T U R O A S ( Colocar na tela as
letras todas separadas, uma por uma).
Podemos aglutinar: POXTUROAS ou POX TUR OAS e ainda, associarmos:
POX - O Pato botou um Ovo na Xícara
TUR - Gosto de fazer um TUR pelos lugares, TURismo.
OAS - Organização Amor e Saúde (Escrever na tela e dar o exemplo com imagens).
CENA 119:
Sugiro que você tente aplicar a técnica de associação de idéias com
atividades da sua vida diária, aplique a técnica de memorização de nomes, escolha
o telefone de três pessoas conhecidas e aplique a técnica de memorização de
números.
CENA 120:
Lembre-se, antes de dar continuidade aos módulos de treinamento prático
tenha a certeza de que o conteúdo ministrado até agora foi inteiramente assimilado.
62
CENA 121:
Atenção: a efetividade da aplicação dessas técnicas para o aprimoramento da
memória, depende do empenho empregado no treinamento (Escrever a palavra
atenção).
5.2 – Primeiro módulo de exercícios práticos:
CENA 122:
5.2.1 – Módulo de treinamento prático 1 – Nível Básico (Locução masculina)
CENA 123:
Percepção Sensorial (Locução masculina e escrito na tela)
CENA 124:
Quantas vezes você fica procurando a chave, o celular, ou a carteira e não
acha? Muitas vezes você olha, passa as mãos perto e não percebe o objeto que
procura.
CENA 125:
Os exercícios propostos de percepção visual tendem a melhorar a
observação e a identificação das informações visuais ao nosso redor.
CENA 126:
Exercício 1. (Locução masculina) O que você vê nesta figura? (Tempo de 30
segundos).
CENA 127:
Lembre-se que olhar somente para os objetos, mesmo que pacientemente,
não basta. Parte do ato de ver é observar, exercícios de percepção visual, podem
auxiliar na discriminação das sutilezas nas imagens.
63
CENA 128:
Você identificou duas pessoas? (Tempo de 5 segundos) Você identificou uma
senhora e uma moça? (Tempo de 5 segundos - Demonstrar na figura as duas
pessoas no final do DVD respostas da percepção visual e do raciocínio lógico).
CENA 129:
Exercício 2. (Locução masculina) Observe a cena (Filmar uma sala com 2
objetos incongruentes e permitir visualização por 30 segundos).
CENA 130:
Na imagem que você acabou de ver, quais objetos não estavam de acordo
com o ambiente? (Tempo de 10 segundos)
CENA 131:
Exercício 3. (Locução masculina) O que você identifica nessas figuras? (30
segundos de observação)
CENA 132:
Escreva o que você percebeu. (20 segundos). Existe semelhança entre as
duas imagens (5 segundos)? As duas imagens são exatamente iguais, apenas as
posições estão diferentes, uma figura está em pé e a outra deitada, podem ser
identificadas as figuras de dois sapos e dois cavalos.
CENA 133:
Exercício 1. Técnica de associação de idéias (Locução masculina e escrito
na tela) – Memorização de listas de palavras.
CENA 134:
Aplique a técnica e memorize. Lembre-se que para a adequada utilização da
técnica as palavras não devem ser decoradas, deve-se utilizar a associação de
idéias, usar os recursos da visualização e a da imaginação.
64
PÉ - BARCO - OVO (Tempo de observação 1 minuto).
CENA 135:
Exercício 2. Técnica de memorização de nomes (Locução masculina e
escrito na tela) – Foram selecionados 3 nomes com respectivas imagens (Cada
pessoa fica exposta na tela, após falar o seu nome, por 40 segundos).
CENA 136:
Escreva as palavras da técnica de associação de idéias (1 minuto, paisagem,
relógio em contagem regressiva).
CENA 137:
Exercício 3. Técnica de memorização de números (Locução masculina e
escrito na tela)
CENA 138:
Memorize a senha: 3 3 1 8 (Escrito na tela pelo tempo de 20 segundos)
CENA 139:
Escreva os nomes das seguintes pessoas (Mostrar as 3 pessoas da cena 167
por 20 segundos cada)
CENA 140:
Qual a senha que foi solicitada para você memorizar? (Frase escrita na tela,
tempo de 10 segundos)
CENA 141:
Exercício 4. Raciocínio lógico (Locução masculina e escrito na tela – Um
minuto, com relógio em contagem regressiva)
CENA 142:
Descubra a profissão de cada um destes nomes.
MARINA PROFESSORA, NADADORA, LOJISTA, ADVOGADA
65
CLARA PROFESSORA, NADADORA, LOJISTA, ADVOGADA
LÍVIA PROFESSORA, NADADORA, LOJISTA, ADVOGADA
DALVA PROFESSORA, NADADORA, LOJISTA, ADVOGADA
A loja de Clara patrocina as competições de natação da filha.
Dalva dá aulas para a filha de Clara.
Marina tem 16 anos.
(Resultado no final do DVD)
CENA 143:
Sugiro que paralelamente ao treinamento proposto por esse DVD, você
escolha um livro com um conteúdo da sua preferência e leia.
CENA 144:
Se você não gosta muito de ler, tente dedicar dez minutos do seu dia e leia
três páginas diariamente. A leitura é um excelente estímulo para o cérebro.
CENA 145:
Seja disciplinado, se comprometa com você mesmo a ler no mínimo três
páginas de um livro por dia.
CENA 146:
5.2.2 – Módulo de treinamento prático 2 – Nível Moderado (Locução masculina)
CENA 147:
Percepção Sensorial (Locução masculina e escrito da tela)
CENA 148:
Exercício 1. (Locução masculina) Percepção Visual - O que você vê nesta
figura? (30 segundos)
66
CENA 149:
Identificou somente a paisagem? Identificou cavalos? (5 segundos com a
imagem) Quantos cavalos? (5 segundos com a imagem)
CENA 150:
Ao todo são 5 cavalos, você percebeu? (5 segundos – Demonstrar na figura
os cinco cavalos no final do DVD respostas da percepção visual e do raciocínio
lógico).
CENA 151:
Exercício 2. (Locução masculina) Observe a cena (Filmar uma estante,
colocar 3 objetos incongruentes na cena e um objeto distrator, que passa
rapidamente pela cena, com exibição de 40 segundos de imagem). A cena tem: na
estante além do normal (livros, objetos de arte, porta-retratos), uma banana, um
animal (coelho) e um bule. Passa um objeto no meio da cena por computação
gráfica (Exemplo: uma borboleta). Questionar:
CENA 152:
Quantos e quais foram os objetos impróprios na imagem? Escreva o que você
identificou. (Tempo de 30 segundos, paisagem e relógio em contagem regressiva).
(Resultados no final do DVD respostas de exercícios de percepção visual e de
raciocínio lógico).
CENA 153:
Exercício 3. (Locução masculina) O que você vê nesta figura? (30 segundos
com a imagem).
67
CENA 154:
Identificou somente um tigre? Quantos tigres você visualizou? (10 segundos
com a imagem) (Resultados no final do DVD respostas de exercícios de percepção
visual e de raciocínio lógico).
CENA 155:
Exercício 4. (Locução masculina) Percepção Tátil – A percepção sensorial é de
fundamental importância para a manutenção da atenção e para a aquisição de
memória (Davis e Johnsrude, 2007; Hebb apud Bear, 2008).
CENA 156:
Proponho agora um exercício de percepção tátil, que envolve audição,
visualização e memorização. Siga com atenção as seguintes instruções:
Sente-se confortavelmente, peço que você toque uma região indicada do seu
corpo e associe esse toque com a palavra que mencionarei, procure visualizar essa
palavra.
CENA 157:
Agora feche os olhos, com a sua mão toque o seu rosto e associe com a
palavra MANGA, toque seu joelho e associe com a palavra GARFO, toque sua
barriga e associe com a palavra FORMIGA, toque seu ombro e associe com a
palavra CAMA. Permaneça com os olhos fechados e continue a seguir as
instruções, toque novamente seu rosto e lembre qual era a palavra (3 segundos de
pausa), toque seu joelho e lembre qual era a palavra (3 segundos de pausa), toque
sua barriga e lembre qual era a palavra (3 segundos de pausa), toque seu ombro e
lembre qual era a palavra (3 segundos de pausa), se você conseguiu executar a
tarefa escreva no papel as palavras, se você apresentou dificuldades sugiro que
faça o exercício novamente.
68
CENA 158:
Técnica de associação de idéias (Locução masculina e escrito da tela).
CENA 159:
Lembre-se que para a aplicação desta técnica é essencial utilizar a
imaginação, visualize mentalmente as palavras, e lembre-se que o exagero e a
diversão auxiliam na memorização.
CENA 160:
Exercício 1. (Locução masculina) Memorização de listas de palavras. (Escrito
na tela)
CENA 161:
CÉU - DEDO - BOLO - CADEIRA - TELHADO (Escrito na tela, um minuto)
CENA 162:
Exercício 2. (Locução masculina) Técnica de memorização de nomes
(Escrito na tela). Foram selecionados 5 nomes com respectivas imagens. (Cada
pessoa fica exposta na tela por 40 segundos, após falar o seu nome).
CENA 163:
Escreva as palavras da técnica de associação de idéias. (Tempo de um
minuto)
CENA 164:
Exercício 3. (Locução masculina) Técnica de memorização de números
(Escrito na tela, tempo de um minuto para a observação dos números). Lembre-se
condense as informações busque dar significados aos números.
CENA 165:
2 4 5 0 0 1 3 9
2 2 7 8 1 2 4 0
69
CENA 166:
Tente lembrar e escreva o nome dessas pessoas. (São exibidas as imagens
das pessoas apresentadas na cena 150, 20 segundos de exposição de cada
pessoa).
CENA 167:
Escreva os números que foram mostrados no exercício anterior. (Tempo de
30 segundos)
CENA 168:
Raciocínio lógico (Locução masculina e escrito da tela).
CENA 169:
Caso queira, aperte o pause no aparelho de DVD para ter o tempo que achar
necessário para a resolução do exercício.
CENA 170:
Exercício 1. (Locução masculina – Exercício escrito na tela com um minuto
de exposição, com relógio em contagem regressiva)
Descubra a profissão de cada um destes nomes.
FELIPE PINTOR, MOTORISTA, PADEIRO, ATOR (Utilizar ilustração)
ROBERTO PINTOR, MOTORISTA, PADEIRO, ATOR
EDUARDO PINTOR, MOTORISTA, PADEIRO, ATOR
GUSTAVO PINTOR, MOTORISTA, PADEIRO, ATOR
Felipe faz 17 anos no mês que vem.
Roberto pagou as aulas de teatro do filho.
Por causa do ensaio, Gustavo não poderá ajudar o pai na padaria.
70
CENA 171:
Exercício 2. (Locução masculina – Exercício escrito na tela com um minuto de
exposição, com relógio em contagem regressiva)
Você dirige seu carro numa noite de chuva forte. Ao passar pelo ponto de ônibus
você vê três pessoas esperando:
- Uma senhora idosa e doente que morrerá senão chegar logo ao hospital;
- Um velho amigo que fazia muitos anos você tinha perdido o contato;
- A mulher ou o homem dos seus sonhos;
Levando em consideração que no seu carro você somente poderia levar mais um,
qual solução você encontraria para essa situação?
(Resultado no final do DVD)
CENA 172:
Sugiro que independente do treinamento proposto por esse DVD, você
busque se socializar, freqüentar grupos de convivência, cursos, atividades de lazer,
trabalhos voluntários os quais podem ser um aditivo importante para o bom
funcionamento do seu cérebro.
CENA 173:
5.2.3 – Módulo de treinamento prático 3 – Nível Intermediário (Locução
masculina)
CENA 174:
Percepção Sensorial (Locução masculina e escrito na tela)
CENA 175:
Exercício 1. O que você identifica nesta figura? (30 segundos com a imagem)
CENA 176:
Quantas pessoas você percebeu? (5 segundos com a imagem)
71
CENA 177:
Você identificou uma mulher ou duas mulheres? Você identificou um homem
ou três? (5 segundos com a imagem)
CENA 178:
Você sabe dizer onde tinha uma garrafa? Você sabe dizer se na figura tinha
uma taça? Escreva as respostas (20 segundos).
CENA 179:
Exercício 2. (Locução masculina) O que você identifica nesta figura? (30
segundos com a imagem)
CENA 180:
Quantas faces você percebeu? Mais de 5 faces ou menos de 5? (5 segundos
com a imagem)
CENA 181:
Mais de 10 faces ou menos de 10? (5 segundos com a imagem)
CENA 182:
Quantos cavalos? Escreva (5 segundos com a imagem)
CENA 183:
Você identificou e lembrou de algum personagem famoso? (5 segundos com
a imagem)
CENA 184:
Quantos moinhos você identificou na figura? (5 segundos com a imagem)
CENA 185:
Exercício 3. (Locução masculina) Observe o ambiente (Filmagem de um
cenário, um quarto com uma criança deitada, usando roupa de cor forte, 2 objetos
incongruentes (uma maçã pendurada na parede e uma concha na mesinha de
72
cabeceira), um copo de água na mesinha de cabeceira, um livro na cama e uma
mochila no chão). (Tempo de 40 segundos para observação da cena)
CENA 186:
Escreverei algumas perguntas sobre a imagem que acabou de ver e quero
que, por favor, você vá escrevendo as respostas. (São escritas na tela todas as
perguntas e são expostas com uma pausa de 10 segundos entre elas)
CENA 187:
Quantos objetos são totalmente incoerentes com o ambiente? E quais são
eles? (Escrito na tela e com áudio).
CENA 188:
Qual a cor da roupa da criança? (Escrito na tela e com áudio).
CENA 189:
Havia uma pasta de dente no ambiente? Se existia onde estava? (Escrito na
tela e com áudio).
CENA 190:
Havia um copo com água no ambiente? Se existia onde estava? (Escrito na
tela e com áudio).
CENA 191:
Qual objeto estava na cama ao lado da criança? (Escrito na tela e com áudio).
CENA 192:
Que objeto estava caído no chão? (Escrito na tela e com áudio).
CENA 193:
Exercício 4. O que você identifica nesta figura? (30 segundos de observação
da imagem)
73
CENA 194:
Quantos golfinhos haviam na cena? (10 segundos com a imagem)
CENA 195:
Exercício 5. (Locução masculina) Percepção Auditiva 5 - Por favor, feche os
seus olhos, tente identificar e imaginar os seguintes sons: Som de sino (10
segundos imagem de paisagem sem relação com o som), som de onda do mar (10
segundos), som de vidro quebrando (10 segundos), som de telefone (10 segundos).
CENA 196:
Você conseguiu identificar? Se conseguiu escreva os sons que você
percebeu. (20 segundos) (Repetir cada som por 5 segundos utilizar imagem de
paisagem).
CENA 197:
Técnica de associação de idéias (escrito na tela).
CENA 198:
Visualize, crie, divirta-se memorizando, saiba sempre a quantidade de
informações que necessita memorizar, faça um encadeamento entre as informações
que necessita armazenar de forma organizada.
CENA 199:
Exercício 1. (Locução masculina) Memorização de listas de palavras (escrito
na tela).
CENA 200:
OLHO - PASTA - GRAMA - RIO - CHUVA - CASACO AUTOMÓVEL -
TAPETE - OVELHA - REFRIGERANTE (escrito na tela, um minuto).
74
CENA 201:
Exercício 2. (Locução masculina) Técnica de memorização de nomes (escrito
na tela).
Foram selecionados 10 nomes com respectivas imagens. (Cada pessoa fica
exposta na tela, após falar o seu nome, por 40 segundos).
CENA 202:
Escreva as palavras da técnica de associação de idéias. (Tempo de um
minuto)
CENA 203:
Exercício 3. (Locução masculina) Técnica de memorização de números
(escrito na tela).
CENA 204:
Faça condensação da informação e crie uma associação de idéias para os
seguintes números:
CENA 205:
(Áudio e tempo de um minuto de observação dos números na tela)
9 0 2 5 5 0 7 5
8 5 3 5 1 0 2 2
2 0 6 6 3 1 1 7
CENA 206:
Tente lembrar e escreva o nome destas pessoas (Exibição das imagens das
pessoas, sem áudio, por 20 segundos cada).
CENA 207:
Escreva os números que foram mostrados no exercício anterior. (Tempo de
45 segundos)
75
CENA 208:
Raciocínio Lógico (Locução masculina escrito na tela).
CENA 209:
Exercício 1. (Locução masculina – Exercício escrito na tela com um minuto
de exposição, com relógio em contagem regressiva) Um barqueiro necessita
atravessar um rio de um lado para outro levando um lobo, uma ovelha e um enorme
arbusto. O problema é que no seu barco só pode levar um de cada vez, se
atravessar o arbusto o lobo come a ovelha, se atravessar o lobo a ovelha come o
arbusto. Como este barqueiro resolveria esta situação embaraçosa?
CENA 210:
Exercício 2. (Locução masculina – Exercício escrito na tela com um minuto
de exposição, com relógio em contagem regressiva) Descubra qual o animal de
estimação de cada criança:
TALES PEIXE, CACHORRO, PAPAGAIO, GATO
LÚCIA PEIXE, CACHORRO, PAPAGAIO, GATO
SÍLVIA PEIXE, CACHORRO, PAPAGAIO, GATO
DANIEL PEIXE, CACHORRO, PAPAGAIO, GATO
Sabe-se que:
-Lúcia não tem um peixe nem um papagaio.
-O gato de Daniel sempre tenta pegar o peixe que não é de Tales.
(Resultado no final do DVD)
CENA 211:
O cérebro é um órgão que foi feito para aprender, sugiro que você procure
estudar, sempre é tempo de aprendermos algo novo e assim você manterá seu
cérebro ativo.
76
CENA 212:
5.2.4 – Módulo de treinamento prático 4 – Nível Difícil (Locução masculina)
CENA 213:
Percepção Sensorial (Locução masculina e escrito na tela)
CENA 214:
Exercício 1. (Locução masculina) O que você identifica nesta figura? (40
segundos de exposição da imagem)
CENA 215:
Quantas imagens você identificou? (5 segundos) Escreva (20 segundos sem
imagem)
CENA 216:
Você identificou uma mulher? Você identificou um cavalo? (5 segundos com a
imagem)
CENA 217:
Você percebeu um lobo e um leão? (5 segundos com a imagem)
CENA 218:
Você percebeu o rosto de um senhor? (5 segundos com a imagem)
(Respostas no final do DVD)
CENA 219:
Exercício 2. (Locução masculina) Quantos cavalos você identifica nessa
figura? (40 segundos com a imagem)
CENA 220:
São mais ou menos de cinco cavalos? (10 segundos)
77
CENA 221:
Exercício 3. (Locução masculina) Observe o ambiente (Filmagem de um
cenário em uma copa com: uma pessoa comum sentada com um relógio grande;
três objetos incongruentes (uma calça pendurada na parede; um livro dentro de uma
tigela; duas chaves substituindo talheres); uma mesa posta com pratos, talheres e
copos; uma jarra com um suco amarelo na mesa. (Tempo de observação da cena de
40 segundos)
CENA 222:
Escreverei perguntas referentes a cena e quero que, por favor, você vá
escrevendo as respostas. (São escritas na tela todas as perguntas e são expostas
com uma pausa de 10 segundos entre elas)
CENA 223:
Lembre da cena, tente escrever o que observou. (30 segundos, paisagem e
contagem regressiva)
CENA 224:
Como era a pessoa que estava sentada? (10 segundos sem a cena,
paisagem e contagem regressiva)
CENA 225:
Ela usava algum adereço que lhe chamou a atenção? (10 segundos sem a
cena, paisagem e contagem regressiva)
CENA 226:
Quantos objetos incoerentes você identificou? Quais foram? (10 segundos
sem a cena, paisagem e contagem regressiva)
78
CENA 227:
Qual a cor do suco que estava na jarra? (5 segundos sem a cena, paisagem e
contagem regressiva)
CENA 228:
Exercício 4. (Locução masculina) Percepção tátil (Locução masculina e
escrito na tela). O próximo exercício envolve percepção tátil, siga as seguintes
instruções:
CENA 229:
Sente-se confortavelmente, pedirei que você toque uma região indicada do
seu corpo com as duas mãos e associe esse toque com a palavra que mencionarei,
procure visualizar essa palavra.
CENA 230:
Feche os olhos, com a sua mão toque o seu nariz e associe esse toque com a
palavra BOLA, agora puxe seu CABELO e associe com a palavra MACARRÃO,
toque seu cotovelo e associe com a palavra UVA, toque seu pescoço e associe com
a palavra LÁPIS, toque sua perna e associe com a palavra CAFÉ. Permaneça com
os olhos fechados e continue a seguir as instruções, toque novamente seu nariz e
lembre qual era a palavra (3 segundos de pausa), toque seu cabelo e lembre qual
era a palavra (3 segundos de pausa), toque sua cotovelo e lembre qual era a palavra
(3 segundos de pausa), toque seu pescoço e lembre qual era a palavra (3 segundos
de pausa), toque sua perna e lembre qual era a palavra (3 segundos de pausa) se
você conseguiu executar a tarefa escreva no papel as palavras, se toque e escreva.
Se você apresentou dificuldades sugiro que faça o exercício novamente.
79
CENA 231:
Exercício 5. (Locução masculina) Percepção auditiva (Locução masculina e
escrito na tela). Identifique, visualize e memorize cada som que será colocado.
CENA 232:
Som de fogos de artifício (10 segundos, uma paisagem sem correspondência
com o som), som de motor de moto (10 segundos, uma paisagem sem
correspondência com o som), som de violão (10 segundos, uma paisagem sem
correspondência com o som), som de tambor (10 segundos, uma paisagem sem
correspondência com o som).
CENA 233:
Exercício 6 O que você identifica? (30 segundos de observação)
CENA 234:
Identificou faces? (5 segundos com a imagem)
CENA 235:
Identificou menos de 10 faces, 10 faces ou mais de 10 faces? (5 segundos
com a imagem).
CENA 236:
Exercício 7. (Locução masculina) Tente ler esse texto:
(Colocar o texto escrito na tela por um minuto na tela)
De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra Em
qaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne. É que a
piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo.
O rseto pdoe ser uwa bçguana ttaol qve vcoê pdoe anida ler sem pobrlmea.
Itso é poqrue nós não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo e
80
proque o creérbo irá bucsar em nssoo vcoabuáliro a plaavra qu3 mlheor s3 adpatriaa
ao cnoxteto qu3 esatoms lnedo.
ÁUDIO 237:
Técnica de associação de idéias (Locução masculina e escrito na tela)
CENA 238:
Memorize as palavras principais das seguintes tarefas: (São escritas na tela
as tarefas inicialmente separadas, colocam-se as frases com ilustrações, dando um
tempo de 5 segundos para cada. Depois todas juntas, dois minutos de observação
das tarefas)
CENA 239:
Exercício 1. (Locução masculina) Memorização de listas de palavras ou de
tarefas (escrito na tela).
CENA 240:
1) Podar a ÁRVORE
2) Pegar a BOLSA
3) Dar banho no GATO
4) Colocar comida para o PÁSSARO
5) Comprar VELA
6) Consertar a CADEIRA
7) Comprar uma LUVA
8) Trocar uma LÂMPADA
9) Comprar PÃO
10) Comprar FEIJÃO
11) Lavar a ROUPA
12) Tomar um REMÉDIO
81
13) Colocar comida para o GATO
14) Ler um LIVRO
15) Colocar a TOALHA para secar
(Após apresentar as tarefas escritas associadas ao áudio, fazer um minuto de
exposição das palavras principais (caixa alta) das tarefas na tela, relógio em
contagem regressiva).
CENA 241:
A técnica de associação de idéias envolve relacionar informações novas com
conhecimentos que já estão armazenados em sua memória e relacionar uma
informação com a outra criando imagens...
CENA 242:
dando movimento, cor e exagero para o que se deseja memorizar.
CENA 243:
Agora escreva as palavras principais das tarefas que foram propostas, e ao
escrever, tente lembrar com que tarefas elas se relacionam. (Um minuto para
executar a tarefa, paisagem, com relógio em contagem regressiva).
CENA 244:
Exercício 2. (Locução masculina) Técnica de memorização de nomes (escrito
na tela) (Foram selecionados 15 nomes com respectivas imagens, cada pessoa fica
exposta na tela, após falar o seu nome, por 40 segundos).
CENA 245:
Exercício 3. (Locução masculina) Técnica de memorização de números
(escrito na tela).
CENA 246:
Memorize esses dois números de telefone: (Escrito na tela por 40 segundos)
82
7 8 2 1 1 2 2 6
2 5 7 4 2 3 3 6
CENA 247:
Memorize essa senha e essas letras: (Escrito na tela por 20 segundos)
9 8 7 6 5 5 Letras: C H I
CENA 248:
Memorize essas letras: (Escrito na tela por 10 segundos)
V E R C I A M O S
CENA 249:
Tente lembrar e escreva os nomes destas pessoas. (Cada pessoa fica
exposta na tela, após falar o seu nome, por 40 segundos).
CENA 250:
Escreva os dois números de telefones do exercício anterior (Tempo de 30
segundos, paisagem em contagem regressiva)
CENA 251:
Escreva a senha com confirmação de letras do exercício anterior (Tempo de
20 segundos, paisagem em contagem regressiva)
CENA 252:
Escreva as letras do exercício anterior (Tempo de 10 segundos, paisagem em
contagem regressiva).
CENA 253:
Raciocínio Lógico (Locução masculina e escrito na tela)
(Exercício escrito na tela com um minuto de exposição, com relógio em contagem
regressiva)
Descubra o mês de aniversário das seguintes pessoas:
83
FERNANDA ABRIL, MAIO, OUTUBRO, NOVEMBRO
MELISSA ABRIL, MAIO, OUTUBRO, NOVEMBRO
JÚLIA ABRIL, MAIO, OUTUBRO, NOVEMBRO
VINÍCIUS ABRIL, MAIO, OUTUBRO, NOVEMBRO
Sabe-se que:
- Fernanda não nasceu em maio nem em novembro.
- Melissa não nasceu no primeiro semestre.
- Júlia não faz aniversário no anti-penúltimo mês do ano.
-Vinícius nasceu no penúltimo mês do ano.
CENA 254:
Sugiro que associado ao treinamento proposto por esse DVD, você faça
atividades que auxiliam ativar a memória, como: palavras-cruzadas, exercícios de
raciocínio lógico, cálculos matemáticos, jogue xadrez, cartas, exercite sua percepção
visual, auditiva e tátil.
CENA 255:
5.2.5 – Módulo de treinamento prático 5 – Nível Avançado (Locução masculina)
CENA 256:
Percepção Sensorial (Locução masculina e escrito na tela)
CENA 257:
Exercício 1. (Locução masculina) O que você identifica nessa figura? (30
segundos de observação)
CENA 258:
Você identificou um cavalo e um lobo? (10 segundos com a imagem)
84
CENA 259:
Você identificou uma mulher, um urso e uma águia? (10 segundos com a
imagem)
CENA 260:
Você identificou um Leão? (10 segundos com a imagem) (Respostas no
final do DVD)
CENA 261.
Exercício 2. (Locução masculina) O que você nessa figura? (30 segundos
com a imagem)
CENA 262:
Escreva os animais que você lembra-se de ter visto. (30 segundos,
paisagem, com relógio em contagem regressiva)
CENA 263:
Você percebeu mais de dez animais ou menos de dez animais? (10
segundos com a cena) (Respostas no final do DVD)
CENA 264:
Exercício 3. (Locução masculina) Observe o ambiente (Filmagem de um
cenário em uma cozinha, uma pessoa comum sentada usando uma blusa colorida,
outra pessoa com um avental colorido em pé (perto do fogão), dois objetos
incongruentes (um ursinho de pelúcia perto do fogão, a pessoa em pé mexe a
panela com uma caneta, um bolo de chocolate e quatro bananas na pia. (Tempo de
observação da cena de 40 segundos)
85
CENA 265:
Escreverei as perguntas e quero que, por favor, você vá escrevendo as
respostas. (São escritas na tela todas as perguntas e são expostas com uma pausa
de 10 segundos entre elas)
CENA 266:
Lembre da cena, tente escrever o que observou. (30 segundos)
CENA 267:
Como era a pessoa que estava sentada? (10 segundos sem a cena,
paisagem, com relógio em contagem regressiva) Qual era a cor da sua blusa? (5
segundos sem a cena)
CENA 268:
Quantos objetos incoerentes você identificou, quais foram? (10 segundos sem
a cena)
CENA 269:
O que tinha em cima da pia? (5 segundos sem a cena)
CENA 270:
Qual era a cor do avental da pessoa que estava em pé? (5 segundos sem a
cena) (Respostas no final do DVD)
CENA 271:
Exercício 4. (Locução masculina) Observe essa gaveta (Filmagem de uma
gaveta, colocar objetos em fila do canto esquerdo para o direito de quem olha, uma
meia, uma flor, uma espiga de milho, um pintinho. Na segunda fila, um relógio, uma
chave, uma lâmpada, um copo. (Tempo de observação da cena de 40 segundos)
86
CENA 272:
Escreverei as perguntas e quero que, por favor, você vá escrevendo as
respostas. (São escritas na tela todas as perguntas e são expostas com uma pausa
de 10 segundos entre elas)
CENA 273:
Lembre da cena, quantos objetos haviam nela? Quais eram os objetos? (40
segundos sem a cena, paisagem e relógio em contagem regressiva)
CENA 274:
Quais objetos eram seres vivos? (20 segundos sem a cena, paisagem e
relógio em contagem regressiva) (Respostas no final do DVD)
CENA 275:
Exercício 5. (Locução masculina) Percepção tátil e auditiva. Vou unir o
exercício de percepção tátil ao de percepção auditiva. Siga com atenção as
seguintes instruções:
CENA 276:
Por favor, sente-se confortavelmente, feche os olhos, vou solicitar que você
associe um toque no seu corpo a um som que vou colocar, necessito que você faça
a discriminação, identificação e visualização desse som.
CENA 277:
Toque seus olhos e associe com este som. (som de flauta 10 segundos);
CENA 276:
Toque a sua boca e associe com este som. (som de rugido de leão 10
segundos);
CENA 277:
Toque a sua nuca e associe com este som (som de um grito 10 segundos);
87
CENA 278:
Toque o seu pé e associe com este som (som de piano 10 segundos);
CENA 279:
Agora, toque em seus olhos e escreva qual era o som. (10 segundos)
CENA 280:
Toque em sua boca e escreva qual era o som. (10 segundos)
CENA 281:
Toque em sua nuca e escreva qual era o som. (10 segundos)
CENA 282:
Toque em seu pé e escreva qual era o som. (10 segundos)
CENA 283:
Exercício 6. (Locução masculina) Observe essa cena e memorize. (Filmagem
de uma cena, em uma sala guarda-se dinheiro em um pote, um livro na primeira
gaveta, uma tesoura na terceira gaveta e uma escova em uma bolsa)
CENA 284:
Quais objetos foram guardados e em quais lugares? (Paisagem com relógio
em contagem regressiva 30 segundos)
CENA 285:
Exercício 7. (Locução masculina) Tente ler o texto:
(Esse texto deverá ser escrito na tela e exposto pelo tempo de 0 segundos)
@ F8N8@UD18L8GI@ É @ C1NÊC1@ QU3 T3M C8M0 8BJ3T8 D3
3TSUD8 @ C8MUINC@ÇÃ8 HMU@N@, N8 QU3 S3 R3F3R3 @8 S3U
D3S3NV8VLIM3NT8, @P3RF3IÇ8@M3NT8, DITSÚBRI8S 3 DFI3R3NÇ@S, 3M
R3L@ÇÃ8 @8S @SP3TC8S 3NV8LIVD8S N@ FNUÇÃ8 @UIDITV@ P3RIÉFRIC@
3 C3NRT@L, N@ FNUÇÃ8 V3STIUBL@R, N@ FNUÇÃ8 C8GINITV@, N@
88
LNIGU@G3M 8R@L 3 3SRICT@, N@ F@L@, N@ FUÊLNCI@, N@ V8Z, N@S
FNUÇÕ3S 8R8F@CI@IS 3 N@ D3LUGTIÇÃ8.
CENA 286:
Técnica de associação de idéias (Locução masculina e escrito na tela)
CENA 287:
Memorize as palavras principais das seguintes tarefas: (Escrever na tela as
tarefas inicialmente separadas, colocar a frase com ilustrações, dando um tempo de
5 segundos para cada. Depois colocar na tela todas as palavras juntas, dois minutos
de observação)
CENA 288:
Exercício 1. (Locução masculina) Memorização de listas de palavras ou de
tarefas. (escrito na tela)
1) Lavar o TAPETE
2) Consertar a TELEVISÃO
3) Comprar veneno de RATO
4) Comprar MAMÃO
5) Guardar o PENTE
6) Guardar o DINHEIRO
7) Comprar uma passagem de AVIÃO
8) Ver um programa sobre BALEIA
9) Comprar um CHINELO
10) Comprar um ÓCULOS
11) Andar de BICICLETA
12) Ir ao MÉDICO
13) Pagar a conta de LUZ
89
14) Estudar BIOLOGIA
15) Cuidar das PLANTAS
16) Fazer aula de NATAÇÃO
17) Jogar BOLA
18) Comprar COPOS
19) Comprar LÁPIS
20) Falar todos os dias, eu tenho boa MEMÓRIA!
CENA 289:
Exercício 2. (Locução masculina) Técnica de memorização de nomes (escrito
na tela)
Foram selecionados 20 nomes com respectivas imagens. (Cada pessoa fica
exposta na tela, após falar o seu nome, por 40 segundos).
CENA 290:
Exercício 3. (Locução masculina) Técnica de memorização de números
(escrito na tela).
CENA 291:
Memorize esses três números de telefone:
(escrito na tela, exponha na tela 1 minuto)
7 1 4 6 2 4 5 1
3 4 1 9 8 5 9 0
2 7 5 5 6 5 1 1
CENA 292:
Memorize essa senha com confirmação de letras:
(escrito na tela, exponha na tela por 20 segundos) 2 4 8 9 7 9 Letras: M B Z
90
CENA 293:
Memorize essas letras:
(escrito na tela, exponha na tela por 10 segundos) P E R S I A T O N
CENA 294:
Tente lembrar e escreva os nomes destas pessoas. (Expor novamente por 30
segundos cada pessoa)
CENA 295:
Escreva os três números de telefones do exercício anterior. (Tempo de 45
segundos)
CENA 296:
Escreva a senha com a confirmação de letras do exercício anterior. (Tempo
de 20 segundos)
CENA 297:
Escreva as letras do exercício anterior. (Tempo de 10 segundos)
CENA 298:
Raciocínio Lógico (Locução masculina e escrito na tela)
(Exercício escrito na tela com um minuto de exposição, com relógio em contagem
regressiva)
Há cinco objetos alinhados numa estante: um violino, um grampeador, um
vaso, um relógio e um tinteiro. (Colocar as imagens) Conhecemos as seguintes
informações quanto à ordem dos objetos:
- O grampeador está entre o tinteiro e o relógio.
- O violino não é o primeiro objeto e o relógio não é o último.
- O vaso está separado do relógio por dois outros objetos.
Qual é a posição do violino?
91
a) Segunda posição.
b) Terceira posição.
c) Quarta posição.
d) Quinta posição.
CENA 299:
Sugiro que independente do treinamento proposto neste DVD, você busque
ter uma boa alimentação, durma bem, faça atividades físicas, consulte regularmente
um médico, procure estar emocionalmente equilibrado, tenha atividades que te
proporcionem prazer.
CENA 300:
É extremamente importante que você aplique as técnicas de memorização na
sua vida diária. o treinamento intensivo precede o automatismo, ou seja, faça um
esforço inicial para aplicar as técnicas e brevemente você terá grande facilidade
para isto.
CENA 301:
A conseqüência será alcançar o objetivo deste DVD, que é manter a memória
funcionando de forma adequada por longos e produtivos anos. Pois, a memória é o
nosso maior patrimônio.
CENA 302:
Boa memória!
92
5.3 – Segundo exemplo de módulos de exercícios práticos:
CENA 001:
5.3.1 – Módulo de treinamento prático 1 – Nível Básico (Locução masculina)
CENA 002:
Percepção Sensorial (Locução masculina e Escrito na tela)
CENA 003:
Exercício 1. (Locução masculina) O que você vê nesta figura? (Tempo de 30
segundos)
CENA 004:
Lembre-se que olhar somente para os objetos, mesmo que pacientemente,
não basta. Parte do ato de ver é observar, exercícios de percepção visual, podem
auxiliar na discriminação das sutilezas nas imagens.
CENA 005:
Você identificou duas pessoas? (Tempo de 10 segundos)
CENA 006:
Você identificou uma moça? (Tempo de 5 segundos).
CENA 007:
Você identificou um homem tocando um saxofone? (Demonstrar na figura as
duas pessoas no final do DVD respostas da percepção visual e do raciocínio lógico)
CENA 008:
Exercício 2. (Locução masculina) Filmar um quarto, com 2 objetos
incongruentes, após visualizarem por 30 segundos.
CENA 009:
Quais objetos diferiam do ambiente?
93
CENA 010:
Exercício 3. (Locução masculina) O que você identifica nessa figura? (30
segundos de observação)
CENA 011:
Escreva o que você percebeu. (30 segundos)
CENA 012:
Existe semelhança entre as duas imagens? (10 segundos)
CENA 013:
As duas imagens são exatamente iguais?
CENA 014:
Técnica de associação de idéias (Locução masculina e escrito na tela)
CENA 015:
Memorização de listas de palavras (Escrito na tela)
CENA 016:
Aplique a técnica e memorize. Lembre-se que para a adequada utilização da
técnica as palavras não devem ser decoradas, deve-se utilizar a associação de
idéias, usar os recursos da visualização e a da imaginação.
CENA 017:
SAL - VACA - OLHO (Tempo de observação 1 minuto, escrito na tela).
CENA 018:
Exercício 1. (Locução masculina) Técnica de memorização de nomes (escrito
na tela)
Serão selecionados 3 nomes com respectivas imagens. (Cada pessoa ficará
exposta na tela, após falar o seu nome, por 40 segundos).
94
CENA 019:
Escreva as palavras da técnica de associação de idéias. (1 minuto,
paisagem, relógio em contagem regressiva).
CENA 20:
Técnica de memorização de números (escrito na tela)
Memorize a senha: 5 3 2 4 (Escrito na tela pelo tempo de 20 segundos)
CENA 21:
Escreva os nomes das seguintes pessoas. (Mostrar as 3 pessoas da cena
018 por 20 segundos cada)
CENA 22:
Qual a senha que foi solicitada para você memorizar? (Frase escrita na tela,
tempo de 10 segundos)
CENA 23:
Raciocínio lógico (Locução masculina e escrito na tela)
(Exercício escrito na tela com um minuto de exposição, com relógio em
contagem regressiva)
CENA 24:
Descubra qual o curso que cada estudante escolheu.
MARIA FISIOTERAPIA VETERINÁRIA LETRAS FONOAUDIOLOGIA
MATHEUS FISIOTERAPIA VETERINÁRIA LETRAS FONOAUDIOLOGIA
KARIN FISIOTERAPIA VETERINÁRIA LETRAS FONOAUDIOLOGIA
MARCO FISIOTERAPIA VETERINÁRIA LETRAS FONOAUDIOLOGIA
Sabe-se que:
- Karin não escolheu Letras nem Veterinária.
- Matheus escolheu Fisioterapia.
95
- Maria não gosta de animais.
(Resultado no final do DVD)
CENA 25:
5.3.2 – Módulo prático de treinamento de memória 2 - Nível Moderado
CENA 26:
Percepção Sensorial (Escrito na tela)
CENA 27:
Exercício 1. (Locução masculina) Percepção Visual - O que você vê nesta
figura? (30 segundos com a imagem)
CENA 28:
Identificou um rosto masculino? (10 segundos com a imagem)
CENA 29:
Identificou uma mulher? (5 segundos com a imagem) (Demonstrar os
desenhos no final do DVD respostas da percepção visual e do raciocínio lógico).
CENA 30:
Exercício 2. (Locução masculina) Filmar um banheiro, colocar 3 objetos
incongruentes na cena e um objeto distrator que passa rapidamente pela cena. (com
exibição de 40 segundos de imagem ) A cena terá: no banheiro além do normal, um
garfo, um abajur e um saco de feijão. Passar um objeto no meio da cena por
computação gráfica (Exemplo: um ratinho). Questionar:
CENA 31:
Quantos e quais foram os objetos impróprios da imagem? Escreva o que você
identificou na imagem. (Tempo de 30 segundos, paisagem e relógio em contagem
regressiva). (Resultados no final do DVD respostas de exercícios de percepção
visual e de raciocínio lógico).
96
CENA 32:
Exercício 3. (Locução masculina)
CENA 33:
O que você vê nesta figura? (30 segundos com a imagem)
CENA 34:
Identificou somente o rosto de um soldado? - Identificou um homem com as
calças abaixadas? (10 segundos com a imagem) (Resultados no final do DVD
respostas de exercícios de percepção visual e de raciocínio lógico).
CENA 35:
Exercício 4. (Locução masculina) Percepção Tátil - A percepção sensorial é
de fundamental importância para a manutenção da atenção, com um papel
importante nas aquisições de memória (Davis e Johnsrude, 2007; Hebb apud Bear,
2008).
CENA 36:
Vou propor um exercício de percepção tátil, que envolve audição,
visualização e memorização. Siga com atenção as seguintes instruções:
Sente-se confortavelmente, eu vou orientar que você com a sua mão toque
uma região indicada do seu corpo e associe esse toque com a palavra que
mencionarei, procure visualizar essa palavra.
CENA 37:
Feche os olhos, com a sua mão toque o seu joelho e associe com a palavra
JACA, agora toque seu nariz e associe com a palavra VENTILADOR, toque suas
costas e associe com a palavra COPO, toque seu pé e associe com a palavra
PRAIA. Permaneça com os olhos fechados e continue a seguir as instruções, toque
novamente seu joelho e lembre qual era a palavra (3 segundos de pausa), toque seu
97
nariz e lembre qual era a palavra (3 segundos de pausa), toque suas costas e
lembre qual era a palavra (3 segundos de pausa), toque seu pé e lembre qual era a
palavra (3 segundos de pausa), se você conseguiu executar a tarefa escreva no
papel as palavras, se você apresentou dificuldades sugiro que faça o exercício
novamente. (30 de segundos de pausa para a execução da tarefa, relógio com
contagem regressiva)
CENA 38:
Técnica de associação de idéias. (Locução masculina e escrito da tela).
CENA 39:
Lembre-se que para a aplicação desta técnica é essencial utilizar a
imaginação, visualize mentalmente as palavras, e lembre-se que o exagero e a
diversão auxiliam na memorização.
CENA 40:
Exercício 1. (Locução masculina) Memorização de listas de palavras. (Escrito
na tela)
MAR - PERNA - DOCE - CORTINA - PANELA (Escrito na tela, um minuto)
CENA 41:
Exercício 2. (Locução masculina) Técnica de memorização de nomes
(Escrito na tela). Foram selecionados 5 nomes com respectivas imagens. (Cada
pessoa fica exposta na tela por 40 segundos, após falar o seu nome).
CENA 42:
Escreva as palavras da técnica de associação de idéias. (1 minuto, paisagem,
relógio em contagem regressiva).
98
CENA 43:
Exercício 3. (Locução masculina) Técnica de memorização de números
(Escrito na tela, tempo de um minuto para a observação dos números). Lembre-se
condense as informações busque dar significados aos números.
CENA 44:
3 0 1 5 0 4 5 9
2 5 8 4 2 3 1 9
CENA 45:
Tente lembrar e escreva o nome dessas pessoas. (São exibidas as imagens
das pessoas apresentadas na cena 150, 20 segundos de exposição de cada
pessoa).
CENA 46:
Escreva os números que foram mostrados no exercício anterior. (Tempo de
30 segundos)
CENA 47:
Raciocínio lógico (Locução masculina e escrito da tela).
CENA 48:
Caso queira, aperte o pause no aparelho de DVD para ter o tempo que achar
necessário para a resolução do exercício.
CENA 49:
Exercício 1. (Locução masculina – Exercício será escrito na tela e terá um
minuto de exposição, com relógio em contagem regressiva)
Descubra qual a estação do ano preferida destas moças. (Um minuto de
exposição do exercício na tela)
LILIANA PRIMAVERA VERÃO OUTONO INVERNO
99
TATIANA PRIMAVERA VERÃO OUTONO INVERNO
NATÁLIA PRIMAVERA VERÃO OUTONO INVERNO
CAMILA PRIMAVERA VERÃO OUTONO INVERNO
Sabe-se que:
-Camila não gosta de tempo muito quente nem muito frio.
-Tatiana adora a primavera.
- Liliana odeia calor.
CENA 50:
Exercício 2. (Locução masculina – Exercício será escrito na tela e terá 40
segundos de exposição, com relógio em contagem regressiva)
b) Três cobras comem três sapos em três minutos. Cem cobras comem
quantos sapos em quantos minutos?
CENA 51:
5.3.3 – Módulo de treinamento prático 3 – Nível Intermediário (Locução
masculina)
CENA 52:
Percepção Sensorial (Locução masculina e escrito na tela)
CENA 53:
Exercício 1. O que você identifica nesta figura? (30 segundos com a imagem)
CENA 54 :
Quantos ursos você identificou? (10 segundos com a imagem)
CENA 55:
Você identificou dois, cinco, oito, dez ou 12 ursos? (10 segundos com a
imagem)
100
CENA 56:
Você viu rostos de ursos nas pedras? (5 segundos com a imagem)
CENA 57:
Você viu rostos de ursos nas folhagens? Escreva as respostas.
CENA 58:
Exercício 2. O que você identifica nesta figura? (30 segundos com a imagem)
CENA 59:
Quantas faces você percebeu? Mais de 5 faces ou menos de 5? (10
segundos com a imagem)
CENA 60:
Mais de 10 faces ou menos de 10? (5 segundos com a imagem)
CENA 61:
Exercício 3. (Locução masculina) Observe o ambiente (Filmagem de um
cenário um quarto, uma pessoa sentada, uma cor de roupa forte, 2 objetos
incongruentes - um pente pendurado na parede - uma fruta no bolso da roupa , uma
bola ao lado, um livro na colo, um sapato vermelho no chão). (Tempo de observação
da cena de 40 segundos)
CENA 62:
Escreverei perguntas referentes a cena e quero que, por favor, você vá
escrevendo as respostas. (São escritas na tela todas as perguntas e são expostas
com uma pausa de 10 segundos entre elas)
CENA 63:
Quantos objetos são totalmente incoerentes com o ambiente? E quais são
eles? (Escrito na tela e com áudio).
101
CENA 64:
Qual a cor da roupa da pessoa? (Escrito na tela e com áudio).
CENA 65:
Havia uma bola? Se existia onde estava? (Escrito na tela e com áudio).
CENA 66:
Havia uma almofada? Se existia onde estava? (Escrito na tela e com áudio).
CENA 67:
Qual objeto estava no colo da pessoa? (Escrito na tela e com áudio).
CENA 68:
Tinha algum objeto no chão? Se tinha o que era e qual a cor? (Escrito na tela
e com áudio).
CENA 69:
Exercício 4. O que você identifica nesta figura? (30 segundos de observação
da imagem)
CENA 70:
Quantos camelos você visualizou na imagem? (5 segundos sem a imagem)
CENA 71:
Veja de novo. (5 segundos com a imagem)
CENA 72:
Exercício 5. (Locução masculina) Percepção Auditiva - Por favor, feche os
seus olhos, tente identificar e imaginar os seguintes sons: Cachorro latindo (10
segundos), som de violão (10 segundos), som de alarme de despertador (10
segundos), som de elefante (10 segundos).
102
CENA 73:
Você conseguiu identificar? Se conseguiu escreva os sons que você
percebeu. (20 segundos) (Repetir cada som por 5 segundos utilizar imagem de
paisagem).
CENA 74:
Técnica de associação de idéias (Escrito na tela)
CENA 75:
Visualize, crie, divirta-se memorizando, saiba sempre a quantidade de
informações que necessita memorizar, faça um encadeamento entre as informações
que necessita armazenar de forma organizada.
CENA 76:
Seja criativo!
CENA 77:
Exercício 1. (Locução masculina) Memorização de listas de palavras (escrito
na tela).
CENA 78:
LUZ- TALCO - GALO - FACA - HELICOPTERO - SORVETE - MÃO -
COBERTOR - CABEÇA - TOMATE. (Escrito na tela)
CENA 79:
Exercício 2. (Locução masculina) Técnica de memorização de nomes (escrito
na tela).
Foram selecionados 10 nomes com respectivas imagens. (Cada pessoa fica
exposta na tela, após falar o seu nome, por 40 segundos).
103
CENA 80:
Escreva as palavras da técnica de associação de idéias. (Tempo de um
minuto)
CENA 81:
Exercício 3. (Locução masculina) Técnica de memorização de números
(escrito na tela).
CENA 82:
Faça condensação da informação, busque um padrão numérico e crie uma
associação de idéias para os seguintes números:
CENA 83:
(Áudio e tempo de um minuto de observação dos números na tela)
1 3 5 7 8 6 4 2
4 4 1 0 2 0 1 4
9 0 7 6 2 3 5 5
CENA 84:
Tente lembrar e escreva o nome destas pessoas (Exibição das imagens das
pessoas, sem áudio, por 20 segundos cada).
CENA 85:
Escreva os números que foram mostrados no exercício anterior. (Tempo de
45 segundos)
CENA 86:
Raciocínio Lógico (Locução masculina escrito na tela).
CENA 87:
Exercício 1. (Locução masculina – Exercício será escrito na tela e terá um
minuto de exposição, com relógio em contagem regressiva)
104
Alguns escritores são poetas. Nenhum músico é poeta. Então, podemos
concluir com segurança que:
a) nenhum músico é escritor;
b) algum escritor é músico;
c) algum músico é escritor;
d) algum escritor não é músico;
e) nenhum escritor é músico.
(Escrito na tela, um minuto)
CENA 88:
Exercício 2. (Locução masculina – Exercício será escrito na tela e terá um
minuto de exposição, com relógio em contagem regressiva)
Colocando os números 1,2,3,4,5 e 6 dentro dos círculos deste triângulo, sem
repetir nenhum deles, o resultado da soma dos três círculos de cada um dos lados
deverá ser idêntica.
(Escrito na tela, um minuto)
(Resultado no final do DVD)
105
CENA 89:
5.3.4 – Módulo de treinamento prático 4 – Nível Difícil (Locução masculina)
CENA 90:
Percepção Sensorial (Locução masculina e escrito na tela)
CENA 91:
Exercício 1. (Locução masculina) O que você identifica nesta figura? (40
segundos de exposição da imagem)
CENA 92:
Quantas imagens você identificou? (5 segundos)
CENA 93:
Você identificou três águias, cinco águias, seis águias, oito águias ou dez
águias? Escreva (20 segundos sem imagem, respostas no final do DVD)
CENA 94:
Exercício 2. (Locução masculina) O que você identifica nessa figura? (40
segundos com a imagem)
CENA 95:
Quantas pessoas você visualizou? (10 segundos com a imagem)
CENA 96:
Exercício 3. (Locução masculina) Observe o ambiente (Filmagem de uma
praça duas crianças, uma pessoa idosa sentada com um chapéu, três objetos
incongruentes - as crianças jogando uma panela - um telefone no chapéu - uma
pessoa passa com uma placa escrita “vende-se alegria”. Uma flor rosa ao lado da
senhora. (Tempo de observação da cena de 40 segundos)
106
CENA 96:
Escreverei perguntas referentes a cena e quero que, por favor, você vá
escrevendo as respostas. (São escritas na tela todas as perguntas e são expostas
com uma pausa de 10 segundos entre elas)
CENA 97:
Lembre da cena, tente escrever o que observou. (30 segundos)
CENA 98:
Como era a pessoa que estava sentada? (10 segundos sem a cena)
CENA 99:
Você lembrou de algum adereço que lhe chamou a atenção? (10 segundos
sem a cena)
CENA 100:
Quantos objetos incoerentes você identificou, quais foram? (10 segundos sem
a cena)
CENA 101:
O que tinha ao lado da senhora? (5 segundos sem a cena)
CENA 102:
Qual era a cor das roupas das crianças? (10 segundos sem a cena)
CENA 103:
Exercício 4. (Locução masculina) Percepção tátil (Locução masculina e
escrito na tela). O próximo exercício envolve percepção tátil, siga as seguintes
instruções:
107
CENA 104:
Sente-se confortavelmente, eu vou orientar que você toque uma região
indicada do seu corpo com as duas mãos e associe esse toque com a palavra que
mencionarei, procure visualizar essa palavra.
CENA 105:
Feche os olhos, com a sua mão toque o seu dedo polegar e associe esse
toque com a palavra MALA, agora toque sua orelha e associe com a palavra
JACARÉ, toque seu umbigo e associe com a palavra OVO, toque seu ombro e
associe com a palavra SALA, toque sua boca e associe com a palavra VINHO.
Permaneça com os olhos fechados e continue a seguir as instruções, toque
novamente dedo polegar e lembre qual era a palavra (3 segundos de pausa), toque
sua orelha e lembre qual era a palavra (3 segundos de pausa), toque seu umbigo e
lembre qual era a palavra (3 segundos de pausa), toque seu ombro e lembre qual
era a palavra (3 segundos de pausa), toque sua boca e lembre qual era a palavra (3
segundos de pausa) se você conseguiu executar a tarefa escreva no papel as
palavras, se toque e escreva. Se você apresentou dificuldades sugiro que faça o
exercício novamente.
CENA 106:
Exercício 5. (Locução masculina) Percepção auditiva (Locução masculina e
escrito na tela). Identifique, visualize e memorize cada som que será colocado.
CENA 107:
Som de torneira aberta (10 segundos), som de cavalo (10 segundos), som de
rio (10 segundos), som de sapo (10 segundos).
CENA 108:
Exercício 6. O que você identifica? (30 segundos de observação)
108
CENA 109:
Identificou um casal? (5 segundos com a imagem)
CENA 110:
Identificou um bebê? (5 segundos com a imagem)
CENA 111:
Exercício 7. (Locução masculina) Tente ler esse texto:
(Colocar o texto escrito na tela por um minuto na tela)
Mmeiorze: Us3 o s3v céerrbo ov o predreá.
Liea, a lietrua é vm d8s mehlroes eístmlous praa 8 creérbo, jguoe xaredz,
roeslva pvalaars-cuazrads, arepdna a tacor vm isnturenmto, eusdte mteamcátia,
arpndea vma lgínua erastgenria, relvsoa eerxcioícs d3 rioaccniío lgócio, vajie a
laugers nvoos, vá a epxsoiçeõs d3 atre, früeqntee tearots 3 ceinams, eudste aglo
nvoo. Drmua pleo mnoes otio haors p8r dia. Thena vma amelinçãtao sudeával. Fçaa
avitiddeas fsiíacs. Ecrsvea 3 dseehne c8m as daus moãs. Am3, pedore, dviirat-s3!
Thena b8m houmr! Arba sva mntee a nvaos eerxpiênacis 3 fmoras d3 psenar. Pesne
spemre pitosivmneate. Toads easss csaois fzaem c8m qve 8 nssoo crebéro fciunnoe
mhoelr.
CENA 112:
Técnica de associação de idéias (Locução masculina e escrito na tela)
CENA 113:
Memorize as palavras principais das seguintes tarefas: (São escritas na tela
as tarefas inicialmente separadas associadas com o áudio, colocam-se as frases
com ilustrações, dando um tempo de 5 segundos para cada. Depois todas juntas,
um minuto e trinta segundos de observação das tarefas)
109
CENA 114:
Exercício 1. (Locução masculina) Memorização de listas de palavras ou de
tarefas (escrito na tela).
CENA 115:
1) Cuidar das FLORES
2) Pegar a CARTEIRA
3) Ler o JORNAL
4) Colocar comida para o PEIXE
5) Comprar UVA
6) Arrumar a GAVETA
7) Comprar uma CALÇA
8) Tomar uma VITAMINA
9) Comprar REQUEIJÃO
10) Comprar SAL
11) Lavar a MÃO
12) Fazer TORRADAS
13) Colocar comida para o CACHORRO
14) Pagar o ALUGUEL
15) Guardar a CHAVE
CENA 116:
A técnica de associação de idéias envolve relacionar informações novas com
conhecimentos que já estão armazenados em sua memória e em relacionar uma
informação com a outra criando imagens, dando movimento, cor e exagero para o
que se deseja memorizar.
110
CENA 117:
Agora escreva as palavras principais das tarefas que foram propostas, e ao
escrever as palavras, tente lembrar com que tarefas elas se relacionam. (Um minuto
para executar a tarefa).
CENA 118:
Exercício 2. (Locução masculina) Técnica de memorização de nomes (escrito
na tela) (Foram selecionados 15 nomes com respectivas imagens, cada pessoa fica
exposta na tela, após falar o seu nome, por 40 segundos).
CENA 119:
Exercício 3. (Locução masculina) Técnica de memorização de números
(escrito na tela).
CENA 120:
Memorize esses dois números de telefone: (Escrito na tela por 40 segundos)
2 1 0 4 5 5 0 3
2 3 5 4 2 7 3 0
CENA 121:
Memorize essa senha e essas letras: (Escrito na tela por 30 segundos)
1 5 4 3 8 8 Letras: M V R
CENA 122:
Memorize essas letras: (Escrito na tela por 30 segundos)
L A B G O A S S I
CENA 123:
Tente lembrar e escreva os nomes destas pessoas. (Cada pessoa fica
exposta na tela, após falar o seu nome, por 40 segundos)
111
CENA 124:
Escreva os dois números de telefones do exercício anterior (Tempo de 30
segundos, paisagem em contagem regressiva)
CENA 125:
Escreva a senha com confirmação de letras do exercício anterior (Tempo de
20 segundos, paisagem em contagem regressiva)
CENA 126:
Escreva as letras do exercício anterior (Tempo de 10 segundos, paisagem em
contagem regressiva).
CENA 127:
Raciocínio Lógico (Locução masculina e escrito na tela)
(Exercício escrito na tela com um minuto de exposição, com relógio em contagem
regressiva)
Domingo, Gisele e outras duas mulheres resolveram caprichar no almoço da
família. A partir das dicas, descubra quem são as cozinheiras e o que preparam para
o almoço.
1- Carla fez um pudim de leite para a sobremesa.
2- Juliana preparou um peixe.
3- Uma das mulheres fez Bobó de camarão para o almoço e sorvete para a
sobremesa.
4- Os outros pratos foram: Lasanha e Brigadeiro
Nomes Almoço Sobremesas
112
CENA 128:
5.3.5 – Módulo de treinamento prático 5 – Nível Avançado (Locução masculina)
CENA 129:
Percepção Sensorial (Locução masculina e escrito na tela)
CENA 130:
Exercício 1. (Locução masculina) O que você identifica nessa figura? (30
segundos de observação)
CENA 131:
Você identificou quantas pessoas? (10 segundos com a imagem)
CENA 132:
Você identificou um rosto de um senhor calvo? (5 segundos com a imagem)
CENA 133:
Você identificou um rio? (5 segundos com a imagem) (Respostas no final
do DVD)
CENA 134:
O que você discrimina nessa figura? (30 segundos com a imagem)
CENA 134:
Escreva quantos animais você visualizou. (30 segundos sem a imagem,
paisagem com contagem regressiva)
CENA 135:
Você percebeu mais alguma coisa além dos pássaros e da árvore? (10
segundos com a imagem) (Respostas no final do DVD)
CENA 136:
Exercício 3. (Locução masculina) Observe o ambiente (Filmagem de um
cenário em uma sala, uma pessoa comum sentada com uma blusa colorida, uma
113
pessoa com um boné colorido perto de um telefone, dois objetos incongruentes -
uma panela do lado do telefone, a pessoa está escrevendo com uma faca, uma jarra
com quatro flores duas margaridas, um girassol e duas rosas (Tempo de observação
da cena de 40 segundos)
CENA 137:
Escreverei perguntas referentes a cena e quero que, por favor, você vá
escrevendo as respostas. (São escritas na tela todas as perguntas e são expostas
com uma pausa de 10 segundos entre elas)
CENA 138:
Lembre da cena, tente escrever o que observou. (30 segundos)
CENA 139:
Como era a pessoa que estava sentada? (10 segundos sem a cena)
CENA 140:
Qual era a roupa da pessoa? (10 segundos sem a cena)
CENA 141:
Quantos objetos incoerentes você identificou, quais foram? (10 segundos sem
a cena)
CENA 142:
O que tinha ao lado do telefone? (10 segundos sem a cena)
CENA 143:
Quantas flores tinham, quais eram? (10 segundos sem a cena) (Respostas no
final do DVD)
114
CENA 144:
Exercício 4. (Locução masculina) Observe a geladeira (Filmagem de uma
geladeira, colocar três laranjas, duas mangas, um mamão e uma couve-flor. Colocar
um relógio, um livro e uma bola. (Tempo de observação da cena de 40 segundos)
CENA 145:
Escreverei perguntas referentes a cena e quero que, por favor, você vá
escrevendo as respostas.
CENA 146:
Lembre da cena, quantos objetos haviam na cena? Quais eram incoerentes?
(30 segundos)
CENA 147:
Quais eram os alimentos, você lembra a quantidade? (10 segundos)
(Respostas no final do DVD)
CENA 148:
Exercício 5. (Locução masculina) Percepção tátil e auditiva. Vou unir o
exercício de percepção tátil ao de percepção auditiva. Siga com atenção as
seguintes instruções:
CENA 149:
Por favor, sente-se confortavelmente, feche os olhos, vou solicitar que você
associe um toque no seu corpo a um som que vou colocar, necessito que você faça
a discriminação, identificação e visualização.
CENA 150:
Toque sua testa e associe com este som. (som de gato miando 10 segundos);
CENA 151:
Toque a sua barriga e associe com este som. (som de chuva 10 segundos);
115
CENA 152:
Toque a sua perna e associe com este som (som de choro de criança 10
segundos);
CENA 153:
Toque o seu braço e associe com este som (som de aplausos 10 segundos);
CENA 154:
Agora, toque em sua testa e escreva qual era o som. (10 segundos)
CENA 155:
Toque a sua barriga e escreva qual era o som. (10 segundos)
CENA 156:
Toque a sua perna e escreva qual era o som. (10 segundos)
CENA 157:
Toque o seu braço e escreva qual era o som. (10 segundos)
CENA 158:
Exercício 6. (Locução masculina) Observe essa cena e memorize. (Filmagem
de uma cena, em uma sala guarda-se um papel no bolso, uma chave em uma bolsa,
um óculos na segunda gaveta e um vaso em cima da mesa)
CENA 159:
Quais objetos foram guardados e em quais lugares? (Paisagem com relógio
em contagem regressiva 30 segundos)
CENA 160:
Exercício 7. (Locução masculina) Tente ler o texto:
(Esse texto deverá ser escrito na tela e exposto pelo tempo de 40 segundos)
R3CNT33M3NT3, 3M V1TS@ D@S VRÁ1@S D3SC8B3TR@S,
PR8F1SS18N@1S D@ S@DÚ3 C8M3RÇ@@M @ 1N3SVT1G@R M@1S
116
1NT3SN@M3NT3 8 3F31T8 T3R@PÊVT1C8 D8 S3NS8 D3 HMU8R 3 D8S
M8M3TN8S D3 @L3GR1@. 3NC@R@R @ V1D@ C8M B8M HMU8R F8TR@L3C3
@ M3NT3 3 8 C8RP8, T8NR@ND8-N8S M@1S @PT8S P@R@ 3FR3TN@R
S1UT@ÇÕ3S D3 CR1S3; UM@ B8@ G@RG@HL@D@ C@US@
R3L@X@M3NT8 3 F@Z @ L1B3R@ÇÃ8 D3 3ND8RF1N@S N@ C8RR3NT3
S@NUGÍN3@ QU3 D3S3NC@D31@M S3NS@Ç3ÕS D3 PR@Z3R N8 CÉR3RB8 3
B8LQU31@M @ TR@NMS1SSÃ8 D3 3STÍUML8S D8L8R8S8S, D1M1N1UND8 @
S3N@SÇÃ8 D3 D8R.
CENA 161:
Técnica de associação de idéias (Locução masculina e escrito na tela)
CENA 162:
Memorize as palavras principais das seguintes tarefas: (São escritas na tela
as tarefas inicialmente separadas associadas com o áudio, colocam-se as frases
com ilustrações, dando um tempo de 5 segundos para cada. Depois todas juntas,
dois minutos de observação das tarefas)
CENA 163:
Memorização de listas de palavras ou de tarefas. (Escrito na tela)
CENA 164:
1) Fazer aula de BASQUETE
2) Consertar o COMPUTADOR
3) Comprar ração para o GATO
4) Comprar PÊRA
5) Guardar o SAPATO
6) Guardar o CASACO
7) Comprar uma MOTO
117
8) Ver um jogo de FUTEBOL
9) Tomar BANHO
10) Ir a uma FESTA
11) Andar de PATINS
12) Ir ao ZOOLÓGICO
13) Fazer BOLO
14) Comprar FACA
15) Cuidar das CRIANÇAS
16) Ir ao SALÃO de beleza
17) Comprar SABÃO
18) Arrumar a CAMA
19) Ver o JORNAL da noite
20) ESTUDAR
CENA 165:
Técnica de memorização de nomes (Escrito na tela)
Foram selecionados 20 nomes com respectivas imagens. (Cada pessoa fica
exposta na tela, após falar o seu nome, por 40 segundos).
CENA 166:
Exercício 3. (Locução masculina) Técnica de memorização de números
(Escrito na tela)
CENA 167:
Memorize esses três números de telefone: (escrito na tela, exponha na tela 1
minuto)
6 1 3 6 7 8 9 9
2 4 1 8 0 5 6 4
118
1 4 6 9 3 7 2 2
CENA 168:
Memorize essa senha com confirmação de letras: (Escrito na tela por 20
segundos)
8 7 4 9 0 7 Letras: V C G
CENA 169:
Memorize essas letras: (Escrito na tela por 10 segundos)
N S T V A P O F A
CENA 170:
Tente lembrar e escreva os nomes destas pessoas. (Expor novamente por 30
segundos cada pessoa)
CENA 171:
Escreva os três números de telefones do exercício anterior. (Tempo de 45
segundos)
CENA 172:
Escreva a senha com a confirmação de letras do exercício anterior. (Tempo
de 20 segundos)
CENA 173:
Escreva as letras do exercício anterior. (Tempo de 10 segundos)
CENA 174:
Raciocínio Lógico (Exercício escrito na tela com um minuto de exposição,
com relógio em contagem regressiva)
Recentemente, Carlos e outros dois homens receberam heranças de
parentes próximos. Descubra quem são estes homens, o que ganharam de herança
e que parente deixou seus bens para eles.
119
1- Ricardo recebeu um apartamento de herança.
2- A avó de um dos homens deixou todo o dinheiro que havia depositado em um
fundo de investimentos no banco.
3- Eduardo recebeu a herança de seu pai.
4- O outro bem de herança é uma fábrica de papel.
5- O outro parente é uma tia.
Nome Herança Parente
120
5.4 – Bônus:
CENA 001:
5.4.1 – Técnica de estudo - Bônus do Programa de Treinamento de Memória de
Trabalho
CENA 002:
Como estudar?
CENA 003:
Como aproveitar melhor suas capacidades cerebrais? Como ler e armazenar
mais informações dos conteúdos lidos?
CENA 004:
Lembre-se que a base para aquisição de novos conhecimentos é a atenção.
CENA 005:
Para uma leitura e um estudo mais efetivos devemos criar recursos que
estimulem a atenção e a concentração.
CENA 006:
Mas antes de iniciar qualquer técnica de estudo, vou falar de alguns fatores
que influenciam em muito a aprendizagem e que devem estar agregados as
técnicas. São eles:
CENA 007:
1º AUTO-ESTIMA E PENSAMENTO POSITIVO
CENA 008:
Ninguém é capaz de memorizar informações, as quais não acredita que seja
capaz de memorizar.
121
CENA 009:
“Se você pensa que pode ou pensa que não pode, de qualquer forma, você
tem toda a razão” está é uma citação de Henry Ford, que é perfeita para aquele que
deseja aprimorar sua memória.
CENA 010:
Se você inicia um estudo pensando que não é capaz, que não conseguirá, que
tudo é muito difícil, se você está estudando contrariado, realmente este estudo não
irá produzir bons frutos, será mais útil empregar seu tempo em outra atividade.
CENA 011:
A boa vontade para a leitura e para o estudo é fundamental.
CENA 012:
Lembre-se que todas as palavras apresentam um referencial no nosso
cérebro, quando eu falo a palavra praia, imediatamente uma imagem
correspondente vem no seu cérebro e sua memória de trabalho relaciona essa
palavra com todas as informações que você tem a respeito de praia, você pensa em
areia, mar, sol, protetor solar, enfim uma infinidade de informações que foram
adquiridas ao longo da sua vida (França, 2005; França et al., 2006).
CENA 013:
Se você foi uma pessoa observadora, deve ter notado ao longo deste
programa de treinamento de memória sempre que eu tinha o intuito de enfatizar
alguma informação importante a ser memorizada, eu falei:
CENA 014:
LEMBRE-SE, em nenhum momento deste treinamento eu disse a frase: Não
se esqueça. (Aparece escrito na tela “LEMBRE-SE” em destaque e “Não se
esqueça” sem destaque)
122
CENA 015:
Isto porque devemos sempre falar aquilo que queremos e o objetivo maior é
que você lembre, que você memorize, então estas são as palavras que devem ser
mencionadas.
CENA 016:
Cada palavra, que ouvimos, pensamos ou falamos, apresenta uma
representação mental, independente da forma como você organizou a sua frase.
(França, 2005)
CENA 017:
Vou exemplificar:
NÃO PENSE em uma maçã vermelha. (Aparece escrito na tela essa frase,
desta forma)
CENA 018:
NÃO PENSE em um cachorro cor de rosa. (Aparece escrito na tela essa
frase, desta forma)
CENA 019:
NÃO PENSE em você tropeçando e caindo no chão. (Aparece escrito na tela
essa frase, desta forma)
CENA 020:
Você pensou na maçã, pensou no cachorro rosa e imaginou você
tropeçando? Mesmo eu tendo enfatizado que você não deveria pensar, eu aposto
que você pensou, este é um dos motivos principais para somente falarmos e
pensarmos o que desejamos.
CENA 021:
Lembre-se fale e pense somente o que você quer.
123
CENA 022:
Eu quero estudar, eu posso estudar, eu vou conseguir estudar, eu quero ter
boa memória, eu quero ser saudável e assim por diante. (Aparece escrito na tela
estas afirmações).
CENA 023:
Estas informações são fundamentais para quem deseja estudar, pois a
disposição e a postura frente ao estudo influenciam em muito a aprendizagem.
CENA 024:
2º AMBIENTE DE ESTUDO (Escrito na tela)
CENA 025:
O ambiente de estudo pode influenciar na concentração e conseqüentemente
no aprendizado.
CENA 026:
1) Ambiente sonoro: lugares barulhentos, pessoas falando, televisores
ligados, rádio, músicas todos estes elementos podem ocasionar distração da sua
atenção. Você deve evitar estímulos sonoros que dificultem a sua concentração
(Wong et al., 2009).
CENA 027:
2) Iluminação: um ambiente com uma iluminação deficiente pode diminuir o
rendimento nos estudos. Deve-se estudar em um ambiente adequadamente
iluminado.
CENA 028:
3) Postura: utilizar cadeira e mesa é a melhor opção para o estudo.
124
CENA 029:
Pois, pense quanto tempo você consegue estudar na mesma posição em
uma cama ou em um sofá? Pouco, concorda? E em um estudo sentado em uma
cadeira e mesa? Provavelmente conseguirá um tempo maior.
CENA 030:
É importante que você estude em um ambiente que favoreça a
aprendizagem. (Aparece escrito na tela: estude em um ambiente que favoreça a
aprendizagem)
CENA 031:
Técnica de estudo e de leitura (Escrito na tela)
CENA 032:
Pergunte-se o que você quer aprender? Qual o seu objetivo?
CENA 033:
É melhorar a sua memória? É passar em uma prova de concurso ou de um
curso?
CENA 034:
Qual o seu objetivo? (Escreto na tela essa frase)
CENA 035:
Após ser respondida essa pergunta, você deve se impor um plano de metas a
partir do seu objetivo. (Escrito na tela a frase: plano de metas)
CENA 036:
Por exemplo, se você quer melhorar sua memória e quer ler mais, mas não
gosta muito de ler, se imponha uma meta, seja disciplinado e faça um acordo com
você mesmo de ler no mínimo cinco páginas de um livro por dia.
125
CENA 037:
Se você achou muito, faça um esforço e se imponha a meta de ler ao menos
três páginas de um livro por dia, mas leia! Se discipline! (Escrito na tela: Leia!
Disciplina!)
CENA 038:
Outro exemplo, se você quer passar em um concurso público, veja qual o
conteúdo que terá que estudar e veja o tempo que você terá disponível para o
estudo e a partir disso trace um plano de metas, separe as matérias por dias
disponíveis e faça um esforço para cumprir a sua meta. O rendimento do seu
cérebro aumenta quando você já tem um objetivo traçado. (Escrever na tela: objetivo
traçado)
CENA 039:
Seja organizado, uma pessoa que organiza seu estudo tem um aproveitamento
muito melhor. (Escrito na tela: organização)
CENA 040:
Separe seu estudo em itens; (Escrito na tela: itens)
CENA 041:
Assinale os capítulos mais importantes; (Escrito na tela: assinale os capítulos
mais importantes)
CENA 042:
Saiba sempre a quantidade de informações que você necessita armazenar.
(Escrito na tela)
CENA 043:
Após você ter se colocado motivado para o estudo; (Escrito na tela: motivação
para o estudo)
126
CENA 044:
Ter providenciado um ambiente favorável, ter traçado o seu plano de metas e
organizado o seu material, (Escrito na tela: ambiente favorável, plano de metas,
organização)
CENA 045:
Você poderá utilizar as técnicas que favorecem a memorização.
CENA 046:
Freqüentemente costumo ouvir muito pessoas me dizendo que não conseguem
ler, que tem dificuldades de concentração, que quando chegam ao final de uma
página ou de um parágrafo não sabem o que leram.
CENA 047:
Podemos contornar essa dificuldade utilizando estratégias simples que te
obriguem a ter atenção.
CENA 048:
Todos conhecemos as famosas canetas marca textos, que tem o objetivo de
salientar as partes mais importantes da leitura. (Escrito na tela: objetivo de salientar
as partes mais importantes da leitura)
CENA 049:
Contudo, o que observo freqüentemente é que ao invés dessa caneta ser
usada para assinalar somente as informações mais importantes, as pessoas
assinalam o texto inteiro, fazem a leitura de maneira desatenta e vão pintando
páginas e páginas sem ter função nenhuma.
127
CENA 050:
Essas canetas são muito úteis, mas se forem usadas da maneira correta, de
preferência devem ter cores claras como o verde e o amarelo, que são cores que
tendem a não forçar tanto a vista como cores fortes como o vermelho.
CENA 051:
Por exemplo, leia:
Segundo Katz (2000), exercícios cerebrais feitos de maneira rotineira
apresentam efeitos positivos sobre a memória, semelhante ao que ocorre com
exercícios musculares realizados para manter a forma física. (Texto escrito na
tela)
CENA 052:
Nesta frase o que você assinalaria com um marca texto? A frase toda? O ideal
é que você escolhesse para marcar somente as palavras chaves (escrever na tela:
palavras chaves)
CENA 053:
Mostrar na tela o mesmo texto escrito e assinalado dessa forma:
Segundo Katz (2000), exercícios cerebrais feitos de maneira rotineira
apresentam efeitos positivos sobre a memória, semelhante ao que ocorre com
exercícios musculares realizados para manter a forma física.
CENA 054:
Para você saber quais foram as palavras chaves, você tem que ter entendido o
texto (escrever na tela: entender).
CENA 055:
E para você entender o texto, você teve obrigatoriamente que ter prestado
atenção (escrever na tela: atenção).
128
CENA 056:
E se você teve ATENÇÃO esta informação tem uma probabilidade maior de ser
armazenada em sua memória de trabalho. (Animação um esquemática na tela:
Atenção com uma seta apontando para memória de trabalho)
CENA 057:
E além de assinalar as palavras com marca textos, podemos utilizar uma
técnica que consiste em darmos títulos para os parágrafos. Assinalando as
informações mais importantes do conteúdo. Vou exemplificar:
CENA 058:
ÁUDIO 54
Você concorda
A investigação dos efeitos da participação de
idosos em atividades sociais e de lazer para a
manutenção ou melhora das funções cognitivas,
revelou que indivíduos idosos independentes, com
compromissos freqüentes e uma variedade de
atividades cognitivas, físicas e de lazer,
apresentaram melhor desempenho nas baterias de
avaliação de memória, quando comparados com
indivíduos de mesma idade também independentes,
mas com pouco engajamento social (Park et al.,
2007; Achtziger et al., 2008; Valencia et al., 2008).
Idosos ativos têm uma
memória melhor
.
(Textos escritos na tela)
CENA 059:
Leia o texto e observe as informações contidas. Eu sintetizei essas informações em
uma frase.
129
CENA 060:
Essa é uma técnica utilizada para manchetes de jornais e que pode ser de
grande utilidade para estudar e para manter o foco em uma leitura.
CENA 061:
Quando você chegar ao final do texto você terá na lateral dos parágrafos,
vários títulos que podem ser frases sintéticas como a do exemplo ou palavras
chaves.
CENA 062:
Essa técnica alcança alguns objetos: o primeiro que você só consegue aplicar
essa técnica se tiver atenção; (Escrito na tela)
CENA 063:
Segundo somente conseguimos sintetizar informações que entendemos, as
informações devem sempre ser entendidas. (Escrito na tela)
CENA 064:
E terceiro, essa técnica te permite checar se a informação foi realmente
armazenada no cérebro. (Escrito na tela)
CENA 065:
Pois, ao final da sua leitura, você terá vários títulos e palavras chaves, que você
deverá ler e se lembrar a que essas anotações se referiam.
CENA 066:
E além disso, você poderá fazer essa repetição inúmeras vezes de forma
rápida e isso facilitará a fixação da informação na memória.
130
CENA 067:
Lembre-se de visualizar tudo que necessita memorizar, ofereça cor e
movimento para as informações, utilize sempre a técnica de associação de idéias.
Bom estudo! Boa leitura! E boa memória!
CENA 068:
Tente fazer os exercícios e leituras propostas.
131
6 - Discussão
O crescimento da população geriátrica e das queixas em relação a memória é
um fato observado mundialmente, por isso encontra-se uma vasta literatura com
ações diferentes de treinamento de memória objetivando postergar, lentificar ou
reverter o declínio de memória relativo à idade, prolongando competência cognitiva.
Baseadas nas estratégias e treinamentos descritos na literatura e em oito anos
de experiência profissional com treinamento de memória para grupos de terceira
idade, elaboramos um programa de treinamento de memória de trabalho em DVD,
respondendo as críticas das principais abordagens de treinamento de memória
encontrados na literatura.
A abordagem tradicional baseia-se em sessões com instrução e prática de
treinamento de técnicas mnemônicas, é amplamente relacionada com resultados
positivos na literatura e é aplicada por mim nos grupos de terceira idade. Contudo,
apesar da eficácia comprovada, a principal crítica da abordagem tradicional está
relacionada à necessidade de um instrutor capacitado para a sua aplicação e de
sessões práticas de treinamento (Ball et al., 2002; Wolinsky et al., 2006; Willis et al.
2006, Rebok et al., 2007, Langbaum et al., 2009). Tais condições limitam o acesso a
este tipo de estimulação que pode apresentar um custo alto (Ball et al., 2002;
Wolinsky et al., 2006; Willis et al. 2006, Rebok et al., 2007, Langbaum et al., 2009).
A abordagem não-tradicional foi então elaborada para aumentar o acesso dos
idosos a estratégias de estimulação da memória. Nessa abordagem os idosos
podem utilizar as técnicas sem a necessidade de um instrutor. Além disso, a
abordagem não-tradicional explora os componentes automáticos da cognição e
enfoca o engajamento intelectivo, emocional e social. Contudo, apesar dos efeitos
132
positivos para a memória e de permitir um maior acesso da população geriátrica, a
melhora cognitiva é inferior àquela produzida pela estimulação específica para
memória (Ball et al., 2007; Rebok et al., 2007).
Abordagens modernas de treinamento foram desenvolvidas para superar as
limitações das abordagens tradicionais, que apresentam dificuldades quanto a
acessibilidade e custo. Incluídas nas abordagens modernas estão: o treinamento
colaborativo; em áudio e vídeo;.computadorizado e via internet. A principal crítica ao
treinamento colaborativo, que consiste na estimulação de memória e mudanças de
estratégias comportamentais em casais, é a necessidade de pares e que estes
estejam igualmente comprometidos com o treinamento (Margrett & Willis, 2006,
Achtziger et al., 2008). O programa de treinamento em áudio-cassete tem a
vantagem de ser facilmente distribuído a uma grande parcela da população e ter um
custo acessível, mas a desvantagem é a ineficácia para aprimorar a memória
(Rebok et al., 2007). Já o treinamento em vídeo obteve melhoras significativas na
performance da memória em ambos os grupos, quando comparados aos controles
(West e Crook, 1992) e apresenta a característica de fácil acessibilidade e baixo
custo (Rebok et al., 2007). O treinamento de memória computadorizado e via
internet, assim como o treinamento em vídeo, responde as críticas das abordagens
tradicionais de acessibilidade e custo, pois o treinamento via internet é inteiramente
gratuito e seus efeitos foram positivamente comprovados na melhora das funções
cognitivas. A principal crítica a esse treinamento foi a dificuldade que os idosos
apresentam na utilização do computador, que resultou em um número muito baixo
de acessos (Sterns, 2005; Rebok et al., 2007, Langbaum et al., 2009). Notem que tal
treinamento está disponível somente no idioma inglês, o que acarretaria em um
impedimento adicional para a grande maioria da população de idosos do Brasil.
133
Apesar da eficácia comprovada, uma limitação importante para algumas da
abordagens tradicionais de estimulação de memória é que elas não incorporam
múltiplas modalidades de treinamento (Rebok et al., 2007). Embora a estimulação
de memória com abordagens combinadas, que incluem estimulação de memória,
mudança de estilo de vida, atividades físicas, farmacoterapia e nutrição, resulte em
grande eficiência cognitiva e melhora da memória de trabalho dos idosos, seu alto
custo e acessibilidade restrita a tornam uma abordagem raramente utilizada ( Weuve
et al., 2004; Rebok et al., 2007; Valencia et al., 2008).
A análise das diferentes abordagens de treinamento de memória, das principais
críticas da literatura e de minha experiência com estimulação de memória em grupos
de terceira idade, permitiu a elaboração de um programa de treinamento de memória
de trabalho em DVD, com as principais estratégias de estimulação de memória das
abordagens relatadas. Este programa de treinamento de memória em DVD
apresenta custo baixo e um amplo potencial de acesso à população, pois um único
exemplar do DVD pode ser utilizado para estimular grupos de idosos em casas de
repouso, asilos, hospitais, grupos de convivência, entre outras possibilidades. Além
de permitir que o idoso possa assistir quantas vezes ache pertinente para a fixação
e o entendimento adequado das informações.
6.1 - Considerações Finais
Esperamos que a aplicação do programa de treinamento de memória de
trabalho em DVD reduza o impacto dos aspectos biológicos do envelhecimento, de
modo a retardar o declínio de memória relativo à idade, prolongar a competência
cognitiva, possibilitando a inserção social e a realização das funções da vida diária,
a partir da incorporação das técnicas de treinamento de memória no quotidiano.
134
7 – Referências:
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7.1 - REFERÊNCIAS DOS ANEXOS:
FIGURAS:
www.ilusaodeotica.com
www.google.com.br
http://images.google.com.br/images
TEXTOS:
Texto 1 foi adaptado
www.google.com.br
Texto 2 http://www.drauziovarella.com.br/index.asp
Texto3 http://veja.abril.com.br/vejasp/080306/filantropia.html
145
8 – Anexos:
8.1 – Textos:
8.1.1 – Texto 1
Teste de Velocidade de Processamento.
Será necessário para a execução do teste caneta e uma folha em branco.
1. Leia atentamente todos os itens antes de fazer qualquer coisa;
2. Ponha seu nome no canto superior direito da folha;
3. Faça um círculo em volta do seu nome;
4. Desenhe 5 pequenos quadrados no canto superior esquerdo do papel;
5. Ponha um X dentro de cada quadrado;
6. Faça um círculo dentro de cada quadrado;
7. Escreva as palavras atenção e memória abaixo dos desenhos;
8. Logo em seguida no alto da folha, escreva “sim” três vezes
9. Faça um círculo em volta da palavra que você acha principal no item 7;
10. Ponha um X no canto inferior esquerdo da folha;
11. Desenhe um triângulo em volta do X que você acabou de desenhar;
12. No verso dessa folha multiplique o nº 13x12;
13. Faça três buraquinhos no topo deste papel com a caneta;
14. Anote todos os números pares deste teste;
146
15. Se você chegou até esse ponto do teste, bata palmas duas vezes;
16. Se você acha que conseguiu fazer tudo certo até agora, levante o braço,
conte até 10, abaixe o braço e prossiga;
17. Com sua caneta, dê três batidas na sua mesa;
18. Se você é o primeiro que chegou até aqui, diga bem alto: Estou na frente.
Vocês precisam trabalhar mais rápido;
19. Faça um quadrado no número do item anterior;
20. Agora você terminou de ler todos os itens cuidadosamente, faça apenas o
que está instruído no item dois.
Esse teste tem o único objetivo de testar e de comprovar a importância da
ATENÇÃO. A primeira instrução deste texto foi: “Leia atentamente todos os itens
antes de fazer qualquer coisa.” Pois, sem atenção, tarefas desnecessárias são
executadas ou são feitas erroneamente. Sem atenção, não existe formação de
memória e se a sua memória não funciona adequadamente, as suas atividades
diárias e a sua qualidade de vida, podem ficar comprometidas.
Seja mais atento, faça exercícios que exijam atenção, aplique as técnicas de
estudo constantemente. Você pode e deve ser mais atento! Atenção!
147
8.1.2 – Texto 2:
A destruição da floresta
Drauzio Varella
Nossos netos ficarão ricos se conseguirmos preservar a floresta amazônica. Pode
parecer, mas não acho que seja exagero: daqui a 50 anos, que país terá matas
primárias da extensão das que ainda nos restam? Num mundo cada vez mais
urbano e de áreas verdes minguantes, quanto valerão a biodiversidade, a imensidão
dos rios e o enorme potencial científico e turístico de uma Amazônia intacta? Os
céticos poderão dizer que, na Europa e na América do Norte, também existem
florestas das quais eles se orgulham. De fato, lá sobreviveram algumas áreas
florestais, pequenas, é verdade, mas bonitas, civilizadas, cortadas por trilhas com
espaços para acampamento, lanchonetes, banheiros públicos e lojas de suvenires
com estacionamento para ônibus lotados de turistas. Mas dá para comparar uma
visita a elas com o prazer de pegar um barco a 15 minutos do aeroporto de Manaus,
subir o rio Negro ou o Solimões, descer o Amazonas a caminho de um afluente
qualquer e, em poucas horas, estar na solidão da mata misteriosa, como antes da
chegada dos portugueses? Em 2050, quantos não sonharão com uma viagem
dessas? Quantos institutos de pesquisa não estarão interessados em estudar a
região? Isso para não falar na monotonia da paisagem botânica européia e norte-
americana. O viajante não precisa de pós-graduação em biologia para notar que,
comparada à nossa, a biodiversidade nos climas temperados é pífia. Nos parques
nacionais americanos, por exemplo, o número de espécies com caules de diâmetro
acima de 10 cm existentes em um hectare (100 m x 100 m) não ultrapassa dez ou
15. No baixo rio Negro, em região próxima a Manaus, o botânico Alexandre de
Oliveira encontrou em média mais de 260 espécies por hectare. Dá para comparar?
148
Além do mais, é fundamental não esquecer que uma única árvore abriga tantas
espécies de seres vivos que constitui um ecossistema particular. Basta olharmos
com atenção para qualquer árvore mais alta no meio da floresta para nos
surpreendermos com a quantidade de cipós contorcidos que sobem até a copa, com
os filodendros, samambaias, bromélias e orquídeas floridas que se apóiam nos
galhos, com os fungos e as briófitas minúsculas que espalham manchas verdes por
toda a extensão do caule. Se juntarmos a esses hóspedes formigas, cupins,
besouros, abelhas e demais insetos que polinizam as flores, constroem casas e se
alimentam das folhas e também os milhões de microorganismos subterrâneos mal
conhecidos que criam o meio adequado para a sobrevivência funcional das raízes,
será possível ter idéia da complexidade do equilíbrio ecológico que formas de vida
tão diversas estabelecem em torno de cada árvore. Toda vez que uma delas cai,
esse equilíbrio é perturbado, mas o sistema trata de restabelecê-lo rapidamente,
porque as pequenas plantas que viviam estioladas pela sombra da que veio abaixo
crescerão estimuladas pelos raios solares que agora chegam até suas folhas
através do espaço livre. A floresta é um organismo vivo capaz de cicatrizar suas
feridas. Quando é grande, no entanto, a área destruída, pode ficar além da
capacidade de reparação do sistema, porque não há como reconstituir a
complexidade do microambiente subterrâneo constituído por bactérias, fungos,
protozoários, vermes e demais componentes essenciais para a nutrição das plantas
e das sementes que, porventura, tenham escapado da derrubada nem como atrair
de volta os insetos, os pássaros e os animais anteriormente responsáveis pela
polinização e disseminação de sementes. No local, poderão ser plantados eucaliptos
como os que substituíram a mata atlântica, mas a floresta que ali viveu estará
perdida para sempre. Em virtude dessa irreversibilidade, são assustadores os
149
números divulgados sobre o desmatamento da Amazônia: no último ano, foram
queimados 26 mil quilômetros quadrados de floresta -área maior do que a da
Bélgica- na velocidade vertiginosa de oito campos de futebol por segundo. O
prestigioso semanário inglês "The Economist" calcula que, nesse ritmo, considerado
"macabro" pela ministra Marina Silva, a floresta amazônica terá desaparecido em
apenas 200 anos e afirma: "As instituições responsáveis pela proteção da floresta
brasileira são débeis, mal coordenadas, corruptas e vulneráveis ao lobby dos
fazendeiros e madeireiros". Não há brasileiro de bom senso que possa discordar da
revista. Desde 1988, na região amazônica, temos desmatado sistematicamente pelo
menos 12 mil quilômetros quadrados por ano (apenas em 1995 foram quase 30 mil)
para transformá-los em pastos, campos de soja ou de extração ilegal de madeira.
Esses números deixam claro que o governo não dispõe de meios suficientes nem de
capacidade técnica adequada para conter as queimadas. A defesa do que restou de
nossas florestas e a responsabilidade de promover o desenvolvimento sustentado
das regiões em que elas se encontram é compromisso inadiável da sociedade
brasileira. Manifestarmos revolta diante dessa fúria destruidora sem nos
envolvermos ativamente para contê-la é atitude tão hipócrita quanto a dos políticos
europeus e norte-americanos que se mostram chocados agora, enquanto fecham os
olhos ao fato de seus países importarem dois terços de nossa madeira extraída
ilegalmente.
Extraído da Folha de SP, 28/05/2005, caderno Ilustrada:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2805200532.htm
150
8.1.3 – Texto 3
FILANTROPIA
Centenas de entidades beneficentes paulistanas vivem de doações. Quase
tudo é bem-vindo, desde uma sacolinha de roupas até móveis em bom estado.
Marcella Centofanti
As telefonistas do Centro Espírita Nosso Lar Casas André Luiz atendem cerca
de 300 ligações por dia. Do outro lado da linha, estão pessoas interessadas em doar
móveis, roupas, brinquedos, eletrodomésticos, medicamentos, alimentos... Tudo é
bem-vindo pela entidade, que abastece seis bazares na Grande São Paulo. Em 48
horas, um dos vinte caminhões de sua frota recolhe a doação, que pode ser tanto
uma sacolinha com roupas novas ou usadas (mas em bom estado) como um
completo jogo de quarto. Ao cabo de um mês, acumulam-se em torno de 7.000
objetos. "Quando você doa bens, limpa sua casa, ajuda uma instituição e gera
empregos", diz Jorge Alexandre Lima, coordenador dos bazares das Casas André
Luiz. "Mas se poderia doar muito mais. Para uma cidade de 10 milhões de
habitantes, 7.000 produtos por mês é pouco."
Está cada vez mais fácil fazer o bem. Pelo menos catorze entidades
paulistanas retiram donativos em casa, algumas com data marcada. A maioria, no
entanto, depende de o próprio doador fazer a entrega. No site www.filantropia.org.br,
que tem mais de 1 000 acessos diários, o professor e consultor Stephen Kanitz,
colunista de VEJA, criou uma ferramenta que funciona como ponte entre quem quer
ajudar e quem precisa de ajuda. No link "Doando bens e produtos", o internauta
informa o que pretende oferecer e seleciona a cidade. Em seguida, confere uma lista
151
de instituições que necessitam daquele produto. Cerca de 320 ONGs da capital
estão cadastradas. Além delas, há uma incontável quantidade de escolas e igrejas
que recolhem roupas e objetos para esporádicos bazares da pechincha.
Autor de um anuário que analisa o desempenho de entidades sem fins
lucrativos, Kanitz afirma que a melhor maneira de contribuir é com dinheiro mesmo.
Assim, fica mais fácil para a instituição distribuir os recursos da forma que considerar
conveniente. Muita gente, entretanto, prefere ajudar com objetos usados de todo
tipo. "Sugiro que, antes de fazer uma doação, a pessoa entre no site e confira as
reais necessidades da instituição", aponta Kanitz. "Freqüentemente, ela só faz o
favor de recolher o lixo da casa dos outros." De fato, uma grande parte do que chega
aos bazares não serve para nada. São móveis com cupim, vasilhas quebradas, fitas
de vídeo emboloradas, livros rasgados e roupas sem condições de uso. "Acabam
transferindo para nós o trabalho de jogar as coisas fora", diz Elca Krivkin,
coordenadora do Breshopping, bazar da Instituição Beneficente Israelita Ten Yad,
que atua no combate à fome e aceita todo tipo de doação – desde que não seja
entulho.
Mas até lixo há quem queira. Além de roupas, utensílios domésticos e livros, o
Bazar Samburá, do Lar Escola São Francisco, recebe materiais recicláveis, que são
vendidos como sucata. Tudo é aproveitado e revertido para a manutenção do
trabalho de reabilitação e inclusão social de deficientes físicos de baixa renda. Ali,
móveis e eletrodomésticos quebrados são igualmente bem recebidos. Uma oficina
faz reparos antes de colocá-los à venda. Montado num galpão de 3 000 metros
quadrados na Vila Mariana, o Samburá é um dos bazares mais movimentados e
equipados da cidade. Abre de segunda a sábado, vende de tudo e, em janeiro,
recebeu 7 700 visitantes.
152
Para algumas entidades, os bazares são uma importantíssima fonte de
recursos. Na Unibes, que coordena diversos projetos de assistência social para 7
000 pessoas no Bom Retiro, as vendas de materiais doados representam cerca de
15% de seu faturamento anual. Nas Casas André Luiz, a porcentagem é maior: o
Mercatudo é responsável por 34% do seu orçamento. Ele ajuda a manter um
hospital para doentes mentais que abriga 630 pacientes internos e um ambulatório
médico que atende 800 crianças por mês.
Em 2005, os lucros obtidos com o Salvashopping renderam 400 000 reais ao
Exército de Salvação, o equivalente a 9% de sua receita anual. As doações
cresceram muito de um ano e meio para cá, após um acordo com a Central de
Outdoor, que cobra apenas a mão-de-obra pela instalação de cartazes em pontos
ociosos. Desde então, o Exército de Salvação consegue manter de cinqüenta a 120
outdoors espalhados simultaneamente pela cidade. Por causa da campanha, sua
frota subiu de um para quatro caminhões e passou a contar com uma van. Os cinco
veículos retiram donativos diariamente, em até 72 horas após a ligação. Aceita-se de
tudo, à exceção de sofás (que ocupam muito espaço e não são tão procurados),
materiais de construção e recicláveis. "As doações estão aumentando, mas ainda
são pequenas", afirma o major Dirceu Lemos, responsável pelo Salvashopping. "Nos
Estados Unidos, por exemplo, nossos bazares arrecadam 700 milhões de dólares
por ano."
Em instituições mais carentes, a maioria das doações é aproveitada
diretamente, antes mesmo de ir para o bazar. É o caso da Associação Aliança de
Misericórdia, administrada por 250 missionários voluntários ligados à Igreja Católica.
Seu trabalho ajuda a sustentar mais de 400 famílias de baixa renda, mantém cinco
creches para 250 crianças e auxilia seis casas de recuperação para 250 moradores
153
de rua. Na Aliança, tudo é bem-vindo: material de limpeza, roupa, calçado, móveis,
produtos farmacêuticos e alimentos. "Tem gente que, quando vai ao supermercado,
compra uns produtos a mais e traz aqui", conta a missionária Eloisa Maria de
Carvalho. Há três semanas, ela comemorou a chegada de uma caixa de chocolates,
que serviria de sobremesa para ser dividida entre os moradores de rua que almoçam
lá. Tocada pelo trabalho da Aliança, a arquiteta Jacqueline Diniz costuma contribuir
com a entidade. Da última vez, há um mês, levou quatro sacolas de roupas e quatro
brinquedos, separados por seu filho de 6 anos. "Ele fez questão que tudo estivesse
em bom estado", diz. "As crianças aprendem com o nosso exemplo”.
Matéria extraída da Revista Veja São Paulo - 08/03/2006
154
8.2 – Imagens:
8.2.1 – Primeiro Exemplo:
Módulo 1 – Exercício 1
Módulo 1 - Exercício 3
155
Módulo 2 - Exercício 1
Módulo 2 - Exercício 3
156
Módulo 3 - Exercício 1
Módulo 3 - Exercício 2
157
Módulo 3 - Exercício 4
Módulo 4 - Exercício 1
158
Módulo 4 - Exercício 2
Módulo 4 – Exercício 6
159
Módulo 5 – Exercício 1
Módulo 5 – Exercício 2
160
5.2.2 – Segundo Exemplo:
Módulo 1 – Exercício 1
Módulo 1 – Exercício 3
161
Módulo 2 – Exercício 1
Módulo 2 - Exercício 3
162
Módulo 3 - Exercício 1
Módulo 3 - Exercício 2
163
Módulo 3 - Exercício 4
Módulo 3 - Exercício 6
164
Módulo 4 – Exercício 1
Módulo 4 – Exercício 2
165
Módulo 5 – Exercício 1
Módulo 5 – Exercício 2
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