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Produtos naturais e fungos entomopatogênicos para o manejo de
Coptotermes gestroi (Isoptera: Rhinotermitidae) em árvores de área
urbana
Talita Vieira Zampieri Mikola
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INSTITUTO BIOLÓGICO
PÓS-GRADUAÇÃO
PRODUTOS NATURAIS E FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS PARA O
MANEJO DE COPTOTERMES GESTROI (ISOPTERA: RHINOTERMITIDAE)
EM ÁRVORES DE ÁREA URBANA
TALITA VIEIRA ZAMPIERI MIKOLA
Dissertação apresentada ao Instituto
Biológico, da Agência Paulista de
Tecnologia dos Agronegócios, para
obtenção do título de Mestre em Sanidade,
Segurança Alimentar e Ambiental no
Agronegócio.
Área de Concentração: Sanidade Vegetal,
Segurança Alimentar e o Ambiente.
Orientador: Dr. Mario Eidi Sato
São Paulo
2010
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SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO
AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS
INSTITUTO BIOLÓGICO
Pós-Graduação
Av. Cons. Rodrigues Alves 1252
CEP 04014-002 - São Paulo – SP
FOLHA DE APROVAÇÃO
Nome do candidato: Talita Vieira Zampieri Mikola
Título: PRODUTOS NATURAIS E FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS PARA O
MANEJO DE COPTOTERMES GESTROI (ISOPTERA: RHINOTERMITIDAE)
EM ÁRVORES DE ÁREA URBANA
Orientador: Mário Eidi Sato
Dissertação apresentada ao Instituto
Biológico da Agência Paulista de
Tecnologia dos Agronegócios para
obtenção do título de Mestre em
Sanidade, Segurança Alimentar e
Ambiental no Agronegócio.
Área de Concentração: SANIDADE
VEGETAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E O
AMBIENTE.
Aprovada em: 29/04/2010
Banca Examinadora
Assinatura:
*Prof. (a) Dr.(a): Mário Eidi Sato
*Instituição: Instituto Biológico
Assinatura:
*Prof. (a) Dr.(a): Marcos Roberto Potenza
*Instituição: Instituto Biológico
Assinatura:
*Prof. (a) Dr.(a): Solange Papini
*Instituição: PMSP/ SMS/ COVISA
i
Aos meus pais,
Wanderley Roberto e Eliana Vieira Roberto,
Por serem exemplos de caráter, dignidade, amor, respeito e
perseverança.
Ao meu marido,
Mauricio Zampieri Mikola,
Sempre presente em minha vida, tornando tudo mais fácil e doce.
Dedico e ofereço.
ii
AGRADECIMENTOS
Para a realização deste trabalho contei com o empenho direto e indireto de várias
pessoas, muitas delas me ajudaram tanto com apoio, carinho e aporte técnico que não
poderei esquecer jamais, pois foi através dessas contribuições indispensáveis que pude
tornar uma simples idéia em um ideal.
Ao meu orientador Dr. Mário Eidi Sato, pela revisão e auxílio no presente trabalho.
Ao pesquisador do Instituto Biológico, Dr. Marcos Roberto Potenza, por todo
material e aporte técnico cedido e por seu constante incentivo e paciência.
Ao meu querido marido Maurício Zampieri Mikola, por todo carinho e auxílio em
todos os momentos da minha vida.
Aos meus pais Wanderley Roberto e Eliana Vieira Roberto, por todo amor,
dedicação e incentivo que me garantiram desde a infância.
Aos companheiros Léo, Tico e Silas Mikola, pelos momentos de descontração e
alegria.
Ao amigo e sempre colaborador desse trabalho Fabrício Caldeira Reis, por todo
suporte e companheirismo.
À querida e sempre presente amiga Amanda Cristina de Oliveira Ramos, por todos
os conselhos, ombros cedidos e risadas garantidas.
À Vanessa Coelho por toda amizade, dedicação e ajuda que sempre me prestou.
Ao Edvaldo Almeida por todo incentivo, amizade e ajuda em todo período que
estive no Instituto Biológico.
Aos amigos estagiários do Instituto Biológico por todo suporte prestado.
À todos que não foram citados, porém fazem ou fizeram parte da minha vida e
contribuíram para o que sou hoje como profissional e cidadã.
iii
“Experiência não é o que acontece com um homem; é o que um homem
faz com o que lhe acontece.”
(Aldous Huxley)
“Tudo o que somos nasce com nossos pensamentos. Em nossos
pensamentos, fazemos o nosso mundo.”
(Buda)
iv
RESUMO
Os cupins, ou térmitas, são insetos da ordem Isoptera, que compreende espécies que
causam grandes prejuízos econômicos em todo o mundo. Atualmente no Brasil tem-se
registro de aproximadamente 300 espécies destes insetos. No ambiente urbano os gêneros
que mais causam problemas como pragas são Coptotermes e Heterotermes, conhecidos
como cupins-subterrâneos, e o gênero Cryptotermes, conhecido como cupim-de-madeira-
seca. Destes gêneros, destacam-se as seguintes espécies: Coptotermes gestroi e
Cryptotermes brevis, sendo C. gestroi a principal espécie-praga da região Sudeste
brasileira. Para o controle dessas pragas recomenda-se o uso de inseticidas e esse
controle, torna-se problemático em áreas urbanas devido aos riscos de intoxicação da
população, contaminação do ambiente, dificuldade de isolamento de áreas tratadas, etc.
Considerando-se essas dificuldades, necessidade de se recorrer a métodos de controle
alternativos com vistas a minimizar os possíveis efeitos indesejáveis do controle de cupins
para a população e ao ambiente. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a atividade cupinicida
de diversos produtos naturais, assim como de alguns fungos entomopatogênicos, no
controle de C. gestroi em condições de laboratório e campo. Além disso, foi feito um
levantamento da infestação de C. gestroi em árvores do Parque Fernando Costa, em São
Paulo, para viabilizar os estudos de eficiência de produtos naturais para o controle do cupim
em condições de campo. De um total de 3560 exemplares de árvores e palmeiras avaliados
no Parque Fernando Costa, 48 (1,35%) apresentavam atividade de C. gestroi e 99 (2,78%)
tinham danos causados por atividade termítica. A espécie arbórea Pinnus sp. apresentou o
maior número de exemplares infestados, em relação as demais. A espécie com maior
ocorrência de danos por atividade termítica foi a Tipuana tipu (Tipuana). Os experimentos de
laboratório com cupins subterrâneos foram realizados no Laboratório de Pragas em
Horticultura do Instituto Biológico. Foram avaliados ao todo 32 compostos originários de
planta, na forma de óleos, extratos aquosos e etanólicos. Foram testados extratos etanólicos
de mentrasto (Ageratum conyzoides), rubim (Leunurus sibiricus), manjericão (Ocimum
basilicum), sempre-viva (Alternanthera brasiliana), carrapichinho (Alternanthera tenella),
picão-preto (Bidens pilosa) e videira (Vitis sp.); os óleos de alecrim (Rosmarinus officinalis),
cupressus (Cupressus sempervirens), Cedrus atlantica, capim cidreira (Cymbopogon
citratus), citronela (Cymbopogom nardus), Citrus nobilis, Citrus limonum, Citrus aurantium,
Citrus sinensis, Eucalyptus staigeriana, Eucalyptus globulus, Eucalyptus camaldurensis,
Eucalyptus citriodora, Eucalyptus tereticornis, Eucalyptus pseudoglobulus, Eucalyptus
maideni, nim, ácido pirolenhoso, rotenona e andiroba (Carapa guianensis); extratos aquosos
de Peperomia obtusifolia “Rubi”, Peperomia obtusifolia “Bicolor”, Peperomia obtusifolia
“Gold” e Peperomia obtusifolia “Verde”. Os óleos essenciais de E. staigeriana, C. nardus e
v
C. citratus foram os produtos que se mostraram mais promissores para o controle de C.
gestroi, baseando-se testes de contato em papel de filtro e de solo tratado com os produtos
naturais, em condições de laboratório. Os óleos essenciais de E. staigeriana e C. nardus
também foram eficientes no tratamento de árvores para o controle de C. gestroi. Os fungos
entomopatogênicos Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana não foram eficientes no
controle de C. gestroi.
vi
ABSTRACT
The termites are insects of the order Isoptera, which comprise species that cause huge
economic loss all over the world. Nowadays, around 300 termite species are registered in
Brazil. In hurban area, the genera that cause more problems as pest are Coptotermes and
Heterotermes, which are known as subterranean termites, and the genus Cryptotermes,
known as drywood termite. Among the species of these genera, there is a highlight on
Coptotermes gestroi and Cryptotermes brevis; in which, C. gestroi is considered the main
pest species in the Southern region of Brazil. For the control of of these pests, the use of
insecticides is recommended and this control method is problematic in urban areas because
of the intoxication risks for the human population, environmental contamination, difficulties to
isolate the chemical treating areas, etc. Considering these troubles, there is a necessity of
searching for alternative methods aiming at minimizing the undesirable effects caused by the
termite control to the human population and the environment. The objective of this research
was to evaluate the efficacy of several plant-derived natural products and entomopathogenic
fungi for the control of the termite C. gestroi, in laboratory and field conditions. Furthermore,
a study was carried out at “Fernando Costa” Park, in São Paulo, with the purpose of
evaluating the infestation levels of C. gestroi in the trees of this park. Of a total of 3,560
evaluated trees, 48 (1.35%) presented C. gestroi activity and 99 (2.78%) had damages
caused by termite activity. The species Pinnus sp. presented the highest number of infested
trees, in comparison to the other evaluated species. The species with the highest incidence
of damages caused by termite activity was Tipuana tipu (“Tipuana”). The experiments with
subterranean termites in laboratory were carried out at the Laboratory of Horticultural Pests
of Biological Institute. A total of 32 plant-derived products (oils, aqueous and ethanolic
extracts) were tested. The products tested were: ethanolic extracts of Ageratum conyzoides,
Leunurus sibiricus, Ocimum basilicum, Alternanthera brasiliana, Alternanthera tenella,
Bidens pilosa andVitis sp.; the oils of Rosmarinus officinalis, Cupressus sempervirens,
Cedrus atlantica, Cymbopogon citratus, Cymbopogom nardus, Citrus nobilis, Citrus limonum,
Citrus aurantium, Citrus sinensis, Eucalyptus staigeriana, Eucalyptus globulus, Eucalyptus
camaldurensis, Eucalyptus citriodora, Eucalyptus tereticornis, Eucalyptus pseudoglobulus,
Eucalyptus maideni, neem, pyroligneous acid, rotenone and Carapa guianensis; acqueous
extracts of Peperomia obtusifolia “Rubi”, Peperomia obtusifolia “Bicolor”, Peperomia
obtusifolia “Gold” e Peperomia obtusifolia “Verde”. The essential oils of E. staigeriana, C.
nardus and C. citrates were the most promising natural products for the control of C. gestroi,
based on tests of contact on filter paper and termite exposition on soil treated with natural
products, in laboratory conditions. The essential oils of E. staigeriana and C. nardus were
also efficient for the treatment of trees for the control of C. gestroi. The products of
vii
entomopathogenic fungi Metarhizium anisopliae and Beauveria bassiana were not efficient
efficient against C. gestroi.
viii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Identificação das espécies vegetais e total de exemplares do
Parque Dr. Fernando Costa............................................................... 31
Tabela 2. Percentual de plantas com infestação e danos causados por
Coptotermes gestroi .......................................................................... 38
Tabela 3. Avaliação da eficiência de extratos vegetais (etanólicos) sobre
operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por
tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**). São
Paulo/SP, Novembro de 2007............................................................
40
Tabela 4. Avaliação da eficiência de produtos comerciais sobre operários de
Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por tratamento
(Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**). São Paulo/SP,
Novembro de 2007.............................................................................
41
Tabela 5. Avaliação da eficiência do extrato aquoso de Peperomia obtusifolia
(“Rubi”) sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade
obtida de operários por tratamento (média*) e porcentagem de
eficiência (%Ef**). São Paulo/SP, Fevereiro de 2010........................ 42
Tabela 6. Avaliação da eficiência do extrato aquoso de Peperomia obtusifolia
(“Bicolor”) sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade
obtida de operários por tratamento (média*) e porcentagem de
eficiência (%Ef**). São Paulo/SP, Fevereiro de 2010........................ 43
Tabela 7. Avaliação da eficiência do extrato aquoso de Peperomia obtusifolia
(“Gold”) sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade
obtida de operários por tratamento (média*) e porcentagem de
eficiência (%Ef**). São Paulo/SP, Fevereiro de 2010........................ 44
ix
Tabela 8. Avaliação da eficiência do extrato aquoso de Peperomia obtusifolia
(“Verde”) sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade
obtida de operários por tratamento (média*) e porcentagem de
eficiência (%Ef**). São Paulo/SP, Fevereiro de 2010........................ 45
Tabela 9. Avaliação da eficiência do óleo essencial de Rosmarinus officinalis
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários
por tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**) São
Paulo/SP, Outubro de 2007............................................................... 47
Tabela 10. Avaliação da eficiência do óleo essencial de Cupressus
sempervirens sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade
de operários por tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência
(% Ef**) São Paulo/SP, Outubro de 2007.......................................... 48
Tabela 11. Avaliação da eficiência do óleo essencial de Eucalyptus staigeriana
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários
por tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**). São
Paulo/SP, Março de 2007.................................................................. 49
Tabela 12. Avaliação da eficiência do óleo essencial de Eucalyptus globulus
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários
por tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**) São
Paulo/SP, Outubro de 2007...............................................................
50
Tabela 13. Avaliação da eficiência do óleo essencial de Cedrus atlantica sobre
operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por
tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**) São
Paulo/SP, Outubro de 2007...............................................................
51
Tabela 14. Avaliação da eficiência do óleo essencial de Cymbopogon citratus
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade obtida de
operários por tratamento (média*) e porcentagem de eficiência
(%Ef**). São Paulo/SP, Março de 2007.............................................
52
Tabela 15. Avaliação da eficiência do óleo essencial de Cymbopogon nardus
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade obtida de
operários por tratamento (média*) e porcentagem de eficiência
(%Ef**). São Paulo/SP, Março de 2007.............................................
53
Tabela 16. Avaliação da eficiência do óleo essencial de Citrus nobilis sobre
operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por
tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**). São
Paulo/SP, Novembro de 2007............................................................
54
x
Tabela 17. Avaliação da eficiência do óleo essencial de Citrus limonum sobre
operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por
tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**). São
Paulo/SP, Novembro de 2007............................................................
55
Tabela 18. Avaliação da eficiência do óleo essencial de Citrus aurantium
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade obtida de
operários por tratamento (média*) e porcentagem de eficiência
(%Ef**). São Paulo/SP, Fevereiro de 2010........................................
56
Tabela 19. Avaliação da eficiência do óleo essencial de Citrus sinensis sobre
operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade obtida de operários
por tratamento (média*) e porcentagem de eficiência (%Ef**). São
Paulo/SP, Fevereiro de 2010.......................................................... 57
Tabela 20. Avaliação da eficiência do óleo essencial de Carapa guianensis
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade obtida de
operários por tratamento (média*) e porcentagem de eficiência
(%Ef**). São Paulo/SP, Fevereiro de 2010........................................ 58
Tabela 21. Avaliação da eficiência do óleo essencial de Eucalyptus
camaldurensis sobre operários de Coptotermes gestroi.
Mortalidade obtida de operários por tratamento (média*) e
porcentagem de eficiência (%Ef**). São Paulo/SP, Fevereiro de
2010...................................................................................................
59
Tabela 22. Avaliação da eficiência do óleo essencial de Eucalyptus citriodora
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade obtida de
operários por tratamento (média*) e porcentagem de eficiência
(%Ef**). São Paulo/SP, Fevereiro de 2010........................................ 60
Tabela 23. Avaliação da eficiência do óleo essencial de Eucalyptus tereticornis
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade obtida de
operários por tratamento (média*) e porcentagem de eficiência
(%Ef**). São Paulo/SP, Fevereiro de 2010........................................ 61
Tabela 24. Avaliação da eficiência do óleo essencial de Eucalyptus
pseudoglobulus sobre operários de Coptotermes gestroi.
Mortalidade obtida de operários por tratamento (média*) e
porcentagem de eficiência (%Ef**). São Paulo/SP, Fevereiro de
2010................................................................................................... 62
Tabela 25. Avaliação da eficiência do óleo essencial de Eucalyptus maideni
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade obtida de
operários por tratamento (média*) e porcentagem de eficiência
(%Ef**). São Paulo/SP, Fevereiro de 2010........................................ 63
Tabela 26. Avaliação da eficiência do óleo essencial de Eucalyptus staigeriana
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários
por tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**). São
Paulo/SP, Março de 2007.................................................................. 65
xi
Tabela 27. Avaliação da eficiência do óleo essencial de Cymbopogon nardus
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários
por tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**). São
Paulo/SP, Março de 2007.................................................................. 66
Tabela 28. Avaliação da eficiência do óleo essencial de Cymbopogon citratus
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários
por tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**). São
Paulo/SP, Março de 2007.................................................................. 67
Tabela 29. Avaliação da eficiência de fungos entomopatogênicos sobre
operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por
tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**) São
Paulo/SP, Outubro de 2008............................................................... 69
Tabela 30. Resultado dos tratamentos em campo com Água, Eucalyptus
staigeriana e Cymbopogon nardus, apresentados em porcentagem
de controle......................................................................................... 71
xii
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Ageratum conyzoides, Leunurus sibiricus, Ocimum
basilicum, Alternanthera tenella,Alternanthera brasiliana, Bidens
pilosa, Vitis sp em diferentes concentrações(%). Avalição após 72
horas..................................................................................................
40
Gráfico 2. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Nim, Ácido Pirolenhoso, Rotenona. Avalição após 72
horas. ...........................................................................................................
41
Gráfico 3. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Peperomia sp. (“Rubi”) em diferentes concentrações.
Avalição após 72 horas......................................................................
42
Gráfico 4. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Peperomia sp. (“Bicolor”) em diferentes
concentrações. Avalição após 72 horas............................................
43
Gráfico 5. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Peperomia sp. (“Gold”) em diferentes concentrações.
Avalição após 72 horas......................................................................
44
Gráfico 6. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Peperomia sp. (“Verde”) em diferentes concentrações.
Avalição após 72 horas......................................................................
45
Gráfico 7. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Rosmarinus officinalis em diferentes concentrações.
Avalição após 72 horas......................................................................
47
xiii
Gráfico 8. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Cupressus semprevires em diferentes concentrações.
Avalição após 72 horas......................................................................
48
Gráfico 9. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Eucalyptus staigeriana em diferentes concentrações.
Avalição após 72 horas......................................................................
49
Gráfico 10. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Eucalyptus globulus em diferentes concentrações.
Avalição após 72 horas......................................................................
50
Gráfico 11. Média de mortalidade (Média*) de operários de Copto
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Cedrus atlantica em diferentes concentrações.
Avalição após 72 horas......................................................................
51
Gráfico 12. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Cymbopogon citratus em diferentes concentrações.
Avalição após 72 horas......................................................................
52
Gráfico 13. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Cymbopogon nardus em diferentes concentrações.
Avalição após 72 horas......................................................................
53
Gráfico 14. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Citrus nobilis em diferentes concentrações. Avalição
após 72 horas....................................................................................
54
Gráfico 15. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Citrus limonum em diferentes concentrações. Avalição
após 72 horas....................................................................................
55
Gráfico 16. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Citrus aurantium em diferentes concentrações.
Avalição após 72 horas......................................................................
56
xiv
Gráfico 17. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Citrus sinensis em diferentes concentrações. Avalição
após 72 horas....................................................................................
57
Gráfico 18. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Carapa guianensis em diferentes concentrações.
Avalição após 72 horas......................................................................
58
Gráfico 19. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Eucalyptus camaldurensis em diferentes
concentrações. Avalição após 72 horas............................................
59
Gráfico 20. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Eucalyptus citriodora em diferentes concentrações.
Avalição após 72 horas......................................................................
60
Gráfico 21. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Eucalyptus tereticornis em diferentes concentrações.
Avalição após 72 horas......................................................................
61
Gráfico 22. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Eucalyptus pseudoglobulus em diferentes
concentrações. Avalição após 72 horas............................................
62
Gráfico 23. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em papel filtro
tratado com Eucalyptus maedini em diferentes concentrações.
Avalição após 72 horas......................................................................
63
Gráfico 24. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em solo
tratado com Eucalyptus staigeriana em diferentes concentrações.
Avalição após 72 horas......................................................................
65
Gráfico 25. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em solo
tratado com Cymbopogon nardus em diferentes concentrações.
Avalição após 72 horas......................................................................
66
xv
Gráfico 26. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula Abbott após contato em solo
tratado com Cymbopogon citratus em diferentes concentrações.
Avalição após 72 horas......................................................................
67
Gráfico 27. Média de mortalidade (Média*) de operários de
Coptotermes
gestroi, calculada pela fórmula de Abbott após tratamento com
fungos entomopatogênicos................................................................
69
xvi
LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Espécies botânicas utilizadas, tipo de extrato e procedência............ 23
xvii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.
Operários e Soldados de Coptotermes gestroi..................................
14
Figura 2. Montagem da armadilha: a) Papelão corrugado; b) Garrafa PET
com papelão corrugado; c) Armadilha enterrada; d) Cupins
capturados.........................................................................................
21
Figura 3. Teste de contato: a) Papel filtro impregnado; b) Operários de C.
gestroi em contato com o papel filtro; c) Placas de Petri
acondicionadas em B.O.D.................................................................
25
Figura 4.
Operários de C. gestroi em contato com solo tratado........................
26
Figura 5.
Vista via satélite do Parque Dr. Fernando Costa...............................
28
Figura 6. Etapas do tratamento: a) Gerador; b) Furadeira; c) Perfuração; d)
Diâmetro do orifício; e) Pulverizador de compressão prévia; f)
Aplicação do produto.........................................................................
29
xviii
SUMÁRIO
RESUMO.......................................................................................................................
iv
ABSTRACT...................................................................................................................
vi
LISTA DE TABELAS.....................................................................................................
viii
LISTA DE GRÁFICOS...................................................................................................
xiii
LISTA DE QUADROS...................................................................................................
xvii
LISTA DE FIGURAS......................................................................................................
xviii
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................
1
2. OBJETIVOS...............................................................................................................
3
3. REVISÃO DE LITERATURA.....................................................................................
4
3.1. Importância da Arborização Urbana....................................................................... 4
3.2 Biologia e Ecologia de Cupins................................................................................. 5
3.2.1 Coptotermes gestroi (Wasmman, 1896): Posição Taxonômica e Aspectos
Ecológicos......................................................................................................................
13
3.3 Produtos Naturais e Fungos Entomopatogênicos no Controle de Cupins
Subterrâneos..................................................................................................................
14
4. MATERIAIS E MÉTODOS.........................................................................................
20
4.1 Coleta de Cupins em Campo...................................................................................
20
4.2 Testes com Produtos Naturais.................................................................................
21
4.2.1 Obtenção dos Produtos Naturais..........................................................................
21
4.2.2 Aplicação dos Produtos Naturais..........................................................................
25
4.2.2.1 Teste de Contato...............................................................................................
25
4.2.2.2 Teste em Solo....................................................................................................
26
4.2.2.3 Testes com Fungos Entomopatogênicos...........................................................
27
4.2.2.4 Teste em Campo................................................................................................
27
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................
30
5.1. Levantamento de Árvores com Infestação Térmita................................................
30
5.2. Testes com Produtos Naturais................................................................................
39
5.2.1. Testes de Contato................................................................................................
39
5.2.1.1. Extratos e produtos naturais comerciais...........................................................
39
5.2.1.2. Óleos Essenciais..............................................................................................
46
5.3. Teste em Solo.........................................................................................................
64
xix
5.4. Testes com Fungos Entomopatogênicos................................................................
68
5.5. Teste em Campo.....................................................................................................
70
6. CONCLUSÕES..........................................................................................................
72
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................
73
1
1 INTRODUÇÃO
A urbanização provoca graves desequilíbrios nas relações com a natureza, altera
paisagens, modifica as relações existentes entre os fatores físicos e biológicos diminuindo a
diversidade específica de alguns grupos de animais juntamente com a proliferação de
outros. O ambiente urbano avança sobre as áreas de matas e florestas. Algumas espécies
se adaptam ao ambiente modificado com certas vantagens pela falta de competidores por
espaço e alimento, falta de predadores naturais, disponibilidade de alimentos, condições
ideais de umidade e temperatura (ZORZENON e POTENZA, 1998).
Os cupins, ou térmitas, são insetos da ordem Isoptera conhecidos como insetos
eussociais, possuem características, tais como: cuidado com a prole; castas reprodutivas e
castas estéreis e sobreposição de gerações. São insetos de climas tropicais encontrando
condições ideais para seu desenvolvimento em diferentes regiões do Brasil. (ZORZENON e
POTENZA, 1998).
No Brasil, atualmente, tem-se registro de aproximadamente 300 espécies desses
insetos, entre mais de 2800 espécies de cupins descritas no mundo todo, estando estes
divididos em sete diferentes famílias: Hodotermitidae, Kalotermitidae, Mastotermitidae,
Rhinotermitidae, Serritermitidae (com ocorrência apenas no Brasil), Termopsidae e
Termitidae, sendo que esta última é a mais importante e mais rica em espécies no mundo
(CONSTANTINO, 2002; BERTI FILHO, 1993). No ambiente urbano, os gêneros que mais
causam problemas como pragas são Coptotermes e Heterotermes, conhecidos como
cupins-subterrâneos, e o gênero Cryptotermes, conhecido como cupim-de-madeira-seca.
Destes gêneros se destacam as seguintes espécies: Coptotermes gestroi (Wasman) e
Cryptotermes brevis (Walker), sendo C. gestroi a principal espécie-praga de cupim da região
Sudeste brasileira e C. brevis a segunda pior praga (ZORZENON e POTENZA, 1998).
Os cupins subterrâneos são os que causam maiores problemas para as pessoas no
ambiente urbano, pois possuem grande capacidade de dispersão e fazem uma ligação com
o alimento através de túneis, a partir de seu ninho. São insetos forrageadores e seu controle
pode se tornar difícil, pois podem construir ninhos secundários (ou subsidiários), como no
caso de C. gestro. Assim sendo, mesmo que esses ninhos sejam encontrados, a infestação
pode ter continuidade, pois no ninho central o casal reprodutor permanece e continua a
prover novos indivíduos. A solução mais efetiva, que seria encontrar o ninho central, pode
ser tarefa de difícil execução, pois este pode estar localizado a muitos metros da infestação
ou do ninho secundário, podendo estar situado, por exemplo, em uma árvore próxima ao
2
local infestado, em uma residência vizinha, ou em qualquer outro local distante do foco de
infestação (ZORZENON e POTENZA, 1998). Os cupins não são problemas exclusivos das
edificações, nas grandes cidades. Percebe-se também a ocorrência em um grande número
de espécies de árvores infestadas no meio urbano, podendo infestar as edificações através
da dispersão subterrânea, ou pelas revoadas que ocorrem nas épocas de acasalamento. As
árvores urbanas representam importantes focos de reinfestações em edificações tratadas,
pois estas árvores servem de abrigos para esses cupins, sendo também vítimas de ataques
severos dos mesmos, que lhes causam grande prejuízo, acarretando até mesmo em sua
morte (FONTES e BERTI FILHO, 1998).
Não existe no Brasil um levantamento oficial sobre prejuízos econômicos causados
por cupins, mas nos Estados Unidos estima-se que essas perdas cheguem a U$1,7 bilhão
por ano (GOLD et al., 1996).
Os prejuízos causados por cupins subterrâneos podem representar uma perda
cultural mais do que uma perda econômica, como aqueles causados por danos ao
patrimônio histórico, afetando documentos cuja reposição, visto serem únicos, se torna
impossível (POTTER, 1997).
Na literatura atual sobre cupins em árvores, são raros os trabalhos em arborização
urbana. A maior parte dos trabalhos que aborda o tema de cupins em árvores se refere a
florestas, áreas de reflorestamento ou áreas de produção e plantio de mudas e manejo de
plantas adultas, principalmente de eucalipto e cana-de-açúcar.
O controle de cupins é uma tarefa complexa, particularmente nos grandes centros
urbanos, onde uma alta concentração de edifícios e um alto grau de infestação, não
somente nas edificações, mas também nas árvores de parques, jardins e ruas. Para o
controle de pragas recomenda-se o uso de inseticidas e esse controle, em áreas urbanas,
torna-se problemático devido aos riscos de intoxicação da população, contaminação de
áreas livres, dificuldade de isolamento de áreas tratadas, etc. Considerando-se essas
dificuldades, deve-se recorrer a métodos de controle alternativos com vistas a constituir
novas estratégias para Programas de Manejo Integrado de Pragas.
Uma das alternativas viáveis para o controle dessas pragas é o uso de produtos
naturais, como extratos de plantas e óleos essenciais. Diversos estudos estão sendo
realizados para avaliar os efeitos de produtos naturais, em particular óleos essenciais de
plantas e seus componentes em cupins (RAINA et al., 2007).
3
2 OBJETIVOS
Esta pesquisa teve por objetivo fornecer subsídios para o manejo de Coptotermes
gestroi em árvores de áreas urbanas em São Paulo. Os objetivos específicos foram: avaliar
a atividade cupinicida de diversos produtos naturais, assim como de alguns fungos
entomopatogênicos, no controle de Coptotermes gestroi, em condições de laboratório e
campo. Além disso, foi realizado um levantamento da infestação de cupins no Parque Dr.
Fernando Costa.
4
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Importância da Arborização Urbana
Crestana et al. (2007) definem que arborização urbana é toda a cobertura vegetal
arbóreo-arbustiva localizada nas cidades.
Os parques, as praças, os refúgios e os bosques, segundo Biondi e Althaus (2005),
desempenham um papel relevante na proteção e perenização de fontes e mananciais.
Esses espaços podem ser totalmente implantados, não necessariamente com espécies
nativas, ou aproveitando os resquícios de cobertura vegetal nativa e de paisagens pré-
existentes ao processo de urbanização naquele local.
As árvores proporcionam sombra aos pedestres, melhoria na qualidade do ar, abrigo
para aves e harmonização estética, permitindo uma melhor qualidade de vida, o que
enfatiza a necessidade de preservação de áreas verdes urbanas (ZORZENON e POTENZA,
2006).
A vegetação pode transformar a paisagem urbana, atenuando a rudeza e a rigidez
das construções e vias públicas (MARTINS, MAIA e BRITO, 2007). Hoje, o plantio de
exemplares arbóreos em área urbana vai além das questões estéticas e ambientais; Seth
(2004), ressalta que elas também estão ligadas às questões espirituais e históricas pelos
benefícios proporcionados de forma direta ou indireta, desempenhando uma função vital
para o bem estar das comunidades urbanas.
O vegetal em área urbana promove uma mudança microclimática, criando ilhas de
amenização contrapondo-se às ilhas de calor geradas pelo concreto e o asfalto (MARTINS,
MAIA e BRITO, 2007), e pode atenuar a poluição sonora, proteger o solo e a fauna
(MILANO, 1987). Martins et al. (2007), ressaltam que o sofrimento causado pelas várias
formas de poluição, indicativo de queda na qualidade de vida, pode ser minimizado com um
planejamento urbano que priorize, qualitativa e quantitativamente, a ampliação de áreas
verdes e arborização nas vias públicas.
Fontes (1998) afirma que cupins subterrâneos são responsáveis por grandes
prejuízos à arborização urbana. Árvores comuns na cidade de São Paulo como sibipiruna,
chapéu-de-sol, jacarandá mimoso, conífera, amoreira, flamboyant e pau-ferro podem sofrer
infestação de térmitas, chegando, às vezes, à morte (ZORZENON e POTENZA, 2006).
5
3.2. Biologia e Ecologia de Cupins
Os cupins, ou térmitas, são insetos da ordem Isoptera conhecidos como insetos
eussociais, pois apresentam algumas características, como: cuidado com a prole; castas
reprodutivas e castas estéreis e sobreposição de gerações. São insetos característicos de
climas tropicais e, assim, são muito difundidos no Brasil. As primeiras ocorrências desses
insetos no país são registradas no ano de 1923, no Rio de Janeiro e em 1934, na cidade de
Santos (ZORZENON e POTENZA, 1998).
Atualmente no Brasil tem-se registro de aproximadamente 300 espécies destes
insetos, entre mais de 2800 espécies de cupins descritas no mundo todo, estando estes
divididos em sete diferentes famílias: Hodotermitidae, Kalotermitidae, Mastotermitidae,
Rhinotermitidae, Serritermitidae (com ocorrência apenas no Brasil), Termopsidae e
Termitidae, sendo que esta última é a mais importante e mais numerosa em número de
espécies existentes no mundo, com cerca de 75% do total (CONSTANTINO, 2002; BERTI
FILHO, 1993). Os cupins são divididos, basicamente, em diferentes grupos ou castas de
indivíduos: um casal (rei e rainha), que são os reprodutores, os soldados e os operários,
sendo as duas últimas castas formadas por indivíduos estéreis (FRENCH, 1986; FONTES e
ARAÚJO, 1999).
Os operários correspondem à casta mais numerosa da colônia. São responsáveis
por funções rotineiras da comunidade, como obter alimento, construir, reparar, expandir e
limpar ninho e túneis associados a ele, eliminar indivíduos doentes ou mortos, cuidar da
prole, dos soldados e dos reprodutores, garantindo-lhes alimento (FRENCH, 1986; FONTES
e ARAÚJO, 1999). Essa casta possui papel importante na regulagem social da comunidade,
por meio da trofalaxe: quando necessário, regurgitam alimento (alimento estomodeal),
oferecem secreção salivar, ou fornecem fluido fecalóide (alimento proctodeal). Essas
substâncias, além de possuírem valor nutritivo, transportam feromônios reguladores do
desenvolvimento social da colônia, e protozoários, necessários para a digestão de celulose
(FONTES e ARAÚJO, 1999).
Além das funções citadas, os operários são capazes de exercer função defensiva,
podendo morder, defecar ou impregnar os invasores com substâncias tóxicas ou grudentas
(FONTES e ARAÚJO, 1999; GALLO et al., 2002; COSTA-LEONARDO, 2002; POTENZA e
ZORZENON, 2006). Os operários são os grandes causadores dos danos impostos pelos
cupins à economia humana (FONTES e ARAÚJO, 1999; POTENZA e ZORZENON, 2006).
6
A casta dos soldados é caracterizada por possuírem uma cabeça especializada
destinada à defesa da colônia (FRENCH, 1986). Eles devem guardar o ninho e proteger os
operários durante a coleta dos alimentos. A armadura defensiva do soldado é de natureza
física ou química. A de natureza física compõe-se de mandíbulas poderosas que podem
esmagar, cortar ou golpear com grande força. Além disso, os soldados podem exercer um
fenômeno conhecido como fragmose onde a sua própria cabeça, quando dura e volumosa,
pode ocluir (como uma couraça) as passagens mais estreitas do ninho (FONTES e
ARAÚJO, 1999; POTENZA e ZORZENON, 2008). Algumas secreções (natureza química),
em especial as produzidas pela glândula frontal, localizada na cabeça, possuem princípios
ativos de natureza tóxica, ou viscosa e muito grudenta. Muitos cupins desenvolvem
simultaneamente os dois modos de defesa (FONTES e ARAÚJO, 1999). Os soldados são
alimentados pelos operários. Algumas espécies possuem dois ou três tipos de soldados
dotados de tamanho e morfologia diferentes (POTENZA e ZORZENON, 2008). Essa casta
não é presente em muitos gêneros na ordem Isoptera e podem ser raros em algumas
espécies (FONTES e ARAÚJO, 1999).
Dentro da colônia um casal real, sendo responsável pela reprodução. A rainha da
colônia tem sua capacidade de oviposição aumentada com o passar dos meses, seu
abdome hipertrofia lentamente podendo atingir vários centímetros (fisogastria). A função do
rei é fecundar a rainha periodicamente (GALLO et al., 2002; COSTA-LEONARDO, 2002;
POTENZA e ZORZENON, 2008).
Segundo Thorne (1996) apud Cancello (2000), uma colônia pode ter vários tipos de
reprodutores que poderão ocorrer junto com o par real primário ou substituir o rei e/ou a
rainha. Há termos especiais empregados para os vários tipos de reprodutores:
1. Reprodutores primários ou de ordem: são os alados ou também chamados
imagos, bem pigmentados e esclerotizados, com olhos compostos perfeitamente
desenvolvidos, incapazes de sofrer novas mudas. Estes indivíduos, depois de
voarem e perderem as asas, vão fundar uma nova colônia e recebem, então, os
nomes de reis e rainhas.
2. Reprodutor secundário ou reprodutor suplementar: reprodutor que se desenvolve
dentro da própria colônia. Ocorre junto com o par primário.
3. Reprodutor de substituição: qualquer tipo de reprodutor fértil, que substitua um rei ou
uma rainha que tenha morrido ou que não esteja mais fértil.
4. Reprodutor braquíptero, neotênico braquíptero ou de ordem- reprodutor derivado
de uma ninfa, que retém o broto alar e sofre um amadurecimento precoce do
aparelho reprodutor.
7
5. Ergatóide ou de ordem: reprodutor que deriva de um operário; sem broto alar
(CANCELLO, 2000).
O par real, após fundar a colônia, permanece junto, ocorrendo várias cópulas durante
a vida. Uma colônia de cupins seria teoricamente perene, pois pode haver substituição por
outros reprodutores após a morte do rei, da rainha ou de ambos. No entanto, parece que
isto não ocorre de fato. Sabe-se que, para uma dada espécie, a colônia apresenta uma
longevidade que não é indefinida e, mesmo encontrando-se em condições ambientais
ótimas, passados alguns anos, a colônia entra em senescência e morre (CANCELLO, 2000).
Uma colônia madura produz alados que se tornarão reis e rainhas, precursores de
novas colônias depois das revoadas. A revoada é popularmente conhecida, principalmente
na primavera e/ou no verão (no início da estação das chuvas), quando verdadeiras
nuvens de cupins (então chamados de siriris ou aleluias), voando em torno de pontos
luminosos. Este episódio é essencialmente sazonal, relacionado com as variações
climáticas da região, principalmente calor e umidade relativa do ar. Ocorre em diferentes
horários, espécies que voam à tardinha, outras à noite etc.. Geralmente colônias da
mesma espécie em um mesmo lugar revoam no mesmo dia e hora (CANCELLO, 2000).
É nesse processo de revoada que os pares se formam, no vôo ou no solo. Quando
no solo, ocorre a perda das asas e o par inicia um comportamento chamado de “tandem”,
quando um segue o outro tocando-o no final do abdome, com antenas e palpos. O novo
casal então inicia a procura de um local favorável (que depende da espécie em questão)
para fundar uma nova colônia. Uma vez estabelecidos neste local, ocorre a primeira cópula
(CANCELLO, 2000).
Além das castas citadas, a colônia é composta por número grande de ovos e
indivíduos imaturos que são brancos, moles e totalmente dependentes dos operários para
limpeza e alimentação. Existem duas categorias de imaturos: as ninfas (formas
braquípteras, da linhagem ontogenética da casta do alado) e as larvas (espécimes ápteros,
das linhagens do operário e do soldado). um tipo especial de imaturo, que
obrigatoriamente antecede o soldado, é chamado de soldado branco ou pré-soldado, que
após uma única muda resulta no soldado. Vale ressaltar que a nomenclatura utilizada para a
classificação dos imaturos é um pouco diferente daquela empregada comumente na
entomologia. Todos os imaturos deveriam ser chamados de “ninfas”, uma vez que os cupins
são insetos paurometábulos; entretanto, para os termitólogos, os termos “larvas” e “ninfas”
já foram consagrados para as classificações citadas (CANCELLO, 2000).
Os cupins são diplóides, e os dois sexos cromossômicos estão presentes em todas
as castas. casos onde apenas um sexo compõe uma determinada casta neutra
(operários ou soldados) (FONTES e ARAÚJO, 1999; COSTA-LEONARDO, 2002).
8
O desenvolvimento térmita é do tipo paurometábolo (crescimento gradual do corpo e
dos órgãos por meio de mudas ecdises -, com exteriorização gradativa de cotos alares,
sem fase pré-imaginal de pupa, e com maturação sexual e desenvolvimento alar completo
na muda imaginal) (ZORZENON, 2007; CONSTANTINO, 2008).
Os cupins se alimentam basicamente de materiais celulósicos e lignocelulósicos, que
são encontrados nas mais variadas formas, como por exemplo: madeira viva ou morta,
gramíneas, raízes, sementes, fezes de herbívoros, húmus, manufaturados, entre outros, e
também de alguns produtos de origem animal, como couro e (ZORZENON e POTENZA,
1998; BERTI FILHO, 1993; FONTES e ARAÚJO, 1999; ROMAGNANO, 2004). Os animais
que possuem essa característica alimentar são chamados de xilófagos, ou seja, animais que
conseguem digerir a celulose por seus próprios meios ou que se utilizam do auxílio de
bactérias simbiontes para aproveitarem essa substância (LELIS et al., 2001). Na natureza os
cupins podem ser encontrados tanto em árvores vivas quanto em árvores mortas, e também
em troncos caídos e/ou em decomposição. Já no ambiente urbano, podem atacar móveis de
madeiras, peças soltas, livros, ou qualquer outro material que contenha celulose.
Os cupins podem se alimentar de madeira, húmus, vegetais vivos, etc. A digestão da
celulose se deve ao fato de apresentarem simbiose do tipo mutualística com bactérias e
protozoários, que excretam enzimas capazes de tornar esses produtos assimiláveis pelos
cupins. Esses simbiontes vivem junto à membrana do intestino posterior (proctódeo); para
repor os simbiontes após a ecdise ou troca de tegumento, os cupins desenvolveram a
trofalaxia anal, que corresponde à troca de alimento proctodéico entre indivíduos. Outra
forma de troca de alimento é através da boca, conhecida como alimento estomodéico,
usado para alimentar formas reprodutoras e soldados (ZANETTI et al., 2005).
Eventualmente, esses insetos podem ingerir (mas não digerir) materiais como couro, lã,
tecidos, gessos, plástico e isopor com o intuito de encontrar alimento: a celulose
(ZORZENON, 2007).
Um comportamento típico desses insetos é o “grooming” (limpeza), os indivíduos
lambem-se uns aos outros numa espécie de comunicação. Isso serve principalmente na
eliminação de partículas estranhas ou patógenos que possam causar danos à colônia
(ZANETTI et al., 2005).
Cupins devem o seu sucesso, e consequente importância econômica, a sua
altamente desenvolvida organização social. Como vivem a maior parte das suas vidas em
total escuridão, eles dependem quase inteiramente em estímulos táteis e químicos para
comunicação e são bem equipados com os órgãos receptores apropriados (FRENCH,
1986).
O contato íntimo dos corpos realizados em seus ninhos faz a comunicação tátil
praticamente inevitável. Movimentos súbitos do corpo são usados pelas larvas para atrair a
9
atenção das operárias enfermeiras, e pelos operários e soldados para transmitir alarme ou
excitação. Cupins também respondem a vibrações transmitidas, através do material dos
ninhos, que são detectadas por órgãos localizados nas pernas. O som característico de
tamborilado, produzido quando um ninho ou grupo de busca de alimento é atacado, é um
sinal de alarme, criado pelos soldados batendo suas cabeças contra o chão do ninho ou
fonte de alimento (FRENCH, 1986).
Comunicação química é de importância primária na integração da sociedade dos
cupins e parece estar envolvida em praticamente todos os aspectos da vida da colônia. No
entanto, é um fenômeno complexo e poucos exemplos foram conclusivamente
demonstrados. Acredita-se que cupins reconhecem membros de sua própria comunidade
pelo assim chamado odor da colônia. Esse é uma mistura de secreções cuticulares e o odor
absorvido na cutícula do material do ninho. Diferenças sutis na composição dos
hidrocarbonetos cuticulares também podem ser usados para identificar as várias castas
dentro da comunidade (FRENCH, 1986).
Cupins produzem muitos ferômonios e alguns foram associados ao pareamento
pós-vôo e diferenciação de casta. Dois tipos foram distinguidos, ferômonios de liberação,
que evocam uma resposta comportamental imediata e feromônios primários, que estimulam
ou inibem alguma função fisiológica. Eles podem ser dispersados pelo ar ou circulados por
contato direto durante os cuidados e alimentação mútuas (FRENCH, 1986).
Em adição ao atrativo sexual produzido pelas glândulas tergais e esternais,
feromônios de liberação são também usados para regular diferentes aspectos de
comportamento associados com busca de alimentos, construção do ninho e defesa. Um
feromônio de trilha produzido pela glândula esternal é particularmente importante naquelas
espécies que buscam alimento acima do solo, fora da proteção dos túneis. Ele pode
funcionar tanto como um estímulo para atrair buscadores de comida quanto para guiar os
cupins entre o ninho e sua comida. O mesmo feromônio também pode influenciar
comportamentos de construção e alarme. O feromônio de trilha foi isolado e identificado em
algumas poucas espécies. Em alguns dos cupins mais adaptados, o comportamento de
alarme e agressão é iniciado por um feromônio produzido pelas glândulas frontais dos
soldados (FRENCH, 1986).
Os cupins são consumidores primários e nos ecossistemas naturais estão
associados à decomposição, umidificação e transformação de minerais e componentes
orgânicos. Esse comportamento modifica as características daquele solo, podendo deixá-lo
mais fértil (FRENCH, 1986). São importantes agentes de degradação da madeira, auxiliam
na ciclagem dos nutrientes alocados nas plantas mortas e seus túneis nestes materiais
propiciam a entrada de fungos e de outros microorganismos, acelerando o processo de
10
decomposição, incorporando esse material à ciclagem orgânica ambiental (CANCELLO,
2000).
Além da ciclagem, os cupins realizam outras ações benéficas no solo. Os túneis por
eles feitos auxiliam na aeração e na drenagem. O movimento de partículas, carregadas por
esses insetos, promove a descompactação e manutenção da porosidade, além de distribuir
matéria orgânica. Dessa forma, os cupins são agentes importantes na manutenção da
vitalidade do solo dos ambientes naturais e de beneficiamento e regeneração dos solos
degradados e compactados das pastagens e cultivos (FONTES e ARAÚJO, 1999).
Os cupins podem ser responsáveis por grandes mudanças nos perfis geográficos.
Um exemplo disso, são as “savanas térmites” africanas que correspondem a verdadeiras
ilhas de vegetação lenhosa, formadas sobre grandes ninhos epígeos de Macrotermes.
Esses ninhos, também encontrados em vegetações degradadas por ação antrópica
(principalmente por intensa atividade agropastoril), conduzem à formação de ilhas de
vegetação mais exuberante, gradual e sucessivamente mais arbóreas e maiores, até que,
em regiões mais úmidas, eventualmente coalescem em mata contínua, regenerando o
ambiente natural (FONTES e ARAÚJO, 1999).
Nos ecossistemas tropicais, desde áreas de vegetação aberta, como o cerrado
(sensu strictu), até as florestas tropicais úmidas, os cupins têm um papel importantíssimo.
Junto com as formigas, constituem enorme parte da biomassa nestes ecossistemas,
funcionando como consumidores primários e decompositores de árvores mortas,
contribuindo ativamente para a reciclagem e incorporação de nutrientes ao solo, essa ação
facilita a atividade de outros agentes decompositores, tais como fungos e bactérias
(CANCELLO, 2000; ZORZENON e POTENZA, 2008).
Através da construção de ninho e/ou de galerias junto ao solo, acabam sendo
responsáveis pela distribuição de vários nutrientes. Outras propriedades dos solos também
são alteradas pela atividade dos cupins, que podem ter um papel semelhante ao das
minhocas na aeração do solo (CANCELLO, 2000).
O material do qual o ninho e os túneis são feitos é bastante variável. Fezes são muito
utilizadas na construção, no revestimento das escavações feitas pelos cupins no substrato
(solo, madeira) e para construir partições nas câmaras escavadas. Solo também é utilizado,
podendo ser cimentado com saliva ou fezes pastosas (FONTES e ARAÚJO, 1999). Os
cupins fazem sólidas construções em tabiques, colunas e câmaras, geralmente possuem
isolamento térmico e de umidade, além de permitir circulação de ar. Para construção dos
ninhos, muitas espécies usam barro ou fezes e outras raspam a madeira com suas
mandíbulas e mascam-na até que ela vire uma pasta (ZORZENON e POTENZA, 2006).
Algumas espécies possuem simbiontes intestinais capazes de fixar nitrogênio
atmosférico (TAYASU et al., 1994 apud CANCELLO, 2000).
11
A grande abundância dos cupins nos ecossistemas, aliada à existência de diferentes
simbiontes intestinais, confere a estes insetos a possibilidade de desempenhar papéis
importantíssimos como decompositores e auxiliares no balanço Carbono-Nitrogênio
(HIGASHI ; ABE,1997 apud CANCELLO, 2000).
Apesar do grande número de espécies encontradas, é relativamente pequena a
proporção de espécies que podem ser consideradas pragas. No ambiente urbano os
gêneros que mais causam problemas como pragas são Coptotermes e Heterotermes,
conhecidos como cupins-subterrâneos, e o gênero Cryptotermes, conhecido como cupim-
de-madeira-seca. Destes gêneros se destacam as seguintes espécies: Coptotermes gestroi
(Wasman) e Cryptotermes brevis (Walker), sendo o C. gestroi a principal espécie-praga de
cupim da região Sudeste brasileira e C. brevis a segunda pior praga (ZORZENON e
POTENZA, 1998).
Romagnano (2004) menciona que os centros urbanos, nas regiões tropicais, têm
grandes problemas e prejuízos causados por pragas urbanas. Dentre as pragas
sinantrópicas (associadas ao homem), os cupins, principalmente os de hábito subterrâneo,
oferecem sérios riscos ao patrimônio individual, público e histórico.
O sucesso dos cupins subterrâneos se dá pela sua adaptação a ambientes urbanos,
construção de ambientes protegidos e sua capacidade de dispersão em diferentes materiais
(ROMAGNANO, 2004). Além disso, o homem eliminou predadores, facilitando a dispersão
dos cupins em áreas urbanas (ZORZENON e POTENZA, 2006).
Zorzenon e Potenza (2006) reportam que as principais espécies encontradas em
árvores da região urbana são: C. gestroi, Cryptotermes spp., Incisitermes spp.,
Heterotermes spp. e Nasutitermes spp..
Os cupins subterrâneos são os que causam maiores problemas para as pessoas no
ambiente urbano, pois possuem grande capacidade de dispersão e fazem uma ligação com
o alimento através de túneis, a partir de seu ninho. São insetos forrageadores e seu controle
pode se tornar difícil, pois podem construir ninhos secundários (ou subsidiários), como é o
caso do C. gestroi. Assim sendo, mesmo que esses ninhos sejam encontrados e
desalojados, a infestação pode ter continuidade, pois no ninho central o casal reprodutor
permanece e continua a prover insetos. Estes são potenciais construtores de novos ninhos
e, desta forma, continuam a infestar o local, podendo inclusive se alimentar do material que
se encontrava à disposição dos cupins anteriormente desalojados. A solução mais efetiva,
que seria encontrar o ninho central, pode ser tarefa de difícil execução, pois este pode estar
localizado a muitos metros da infestação ou do ninho secundário, podendo estar situado, por
exemplo, em uma árvore próxima ao local infestado, em uma residência vizinha, ou em
qualquer outro local distante do foco de infestação (ZORZENON e POTENZA, 1998).
Todavia, nem todos os cupins encontrados no meio urbano podem ser considerados pragas,
12
pois assim como nos ambientes naturais, também a ocorrência de cupins sem qualquer
importância como praga (a maioria das espécies), sendo que, muitas vezes, estes insetos
são benéficos para os ambientes urbanos (MILANO e FONTES, 2002).
Não são problemas exclusivos das edificações, as infestações de cupins nas
grandes cidades. Segundo Fontes e Berti Filho (1998), percebe-se também a ocorrência de
um grande número de árvores atacadas por cupins subterrâneos, que acabam por infestar
as edificações através da dispersão subterrânea, ou pelas revoadas que ocorrem nas
épocas de acasalamento. Ainda segundo os autores, as árvores urbanas representam
importantes focos de reinfestações em edificações tratadas, pois estas árvores servem de
abrigos para esses cupins, sendo também vítimas de ataques severos dos mesmos, que
lhes causam grande prejuízo, acarretando até mesmo em sua morte.
Justi Junior et al. (2004) avaliaram o nível de infestação das árvores do Parque do
Ibirapuera, em São Paulo, SP, como subsídio para a elaboração de um programa de
monitoramento, tratamento e eliminação de árvores comprometidas pelo ataque, para
posterior recomposição da vegetação. Os resultados apresentaram um nível de infestação
de 22,8% das 726 árvores de eucalipto analisadas.
Não existe no Brasil um levantamento oficial sobre prejuízos econômicos causados
por cupins, mas nos Estados Unidos estima-se que essas perdas cheguem a U$1,7 bilhão
por ano (GOLD et al., 1996). A prevenção aos danos causados por térmitas tem sido um
desafio devido às grandes populações e a seu comportamento críptico. Espécies exóticas
têm atributos especiais que contribuem para sua disseminação, possuem habilidades de
invadir com sucesso novos habitats. O comportamento dos insetos tem implicações na
adaptação deles contra as defesas oferecidas pelas plantas e contra os perigos
representados por agrotóxicos (HEAD et al., 1995).
Os prejuízos causados por cupins subterrâneos podem representar uma perda
cultural mais do que uma perda econômica, como aqueles representados por danos ao
patrimônio histórico, afetando documentos cuja reposição, visto serem únicos, se torna
impossível (POTTER, 1997).
Na literatura atual sobre cupins em árvores, são raros os trabalhos feitos com a
arborização urbana. A maior parte dos trabalhos que aborda o tema de cupins em árvores
se refere a florestas, áreas de reflorestamento ou áreas de produção e plantio de mudas e
manejo de plantas adultas, principalmente de eucalipto e cana-de-açúcar.
O controle de cupins é uma tarefa complexa, particularmente nos grandes centros
urbanos, onde uma alta concentração de grandes edifícios e um alto grau de infestação,
não somente nas edificações, mas também nas árvores de parques, jardins e ruas.
13
3.2.1 Coptotermes gestroi (Wasmman, 1896): Posição Taxonômica e Aspectos
Ecológicos
São cupins subterrâneos que pertencem à familia Rhinotermitidae e ao gênero
Coptotermes. Vivem em ninhos construídos em locais ocultos, com os quais se conectam às
massas alimentares através de túneis externos, que percorrem o substrato e dentro dos
quais os indivíduos transitam protegidos das adversidades do meio. Os ninhos são
invariavelmente ocultos no solo ou dentro de cavidades (como ocos estruturais nas
edificações ou em troncos de árvores), e sistema de túneis externos é capaz de percorrer
tanto o interior do substrato como superfícies externas expostas. Produzem fezes fluídas,
que endurecem gradualmente em contato com o ar e são empregadas na construção do
ninho, túneis, para revestimento de cavidades em geral e marcação de percursos (FONTES
e ARAÚJO, 1999). Suas colônias também são consideravelmente maiores quando
comparadas às de cupins de madeira seca, e o ninho expande-se muito com o passar do
tempo, para acomodar o aumento populacional. Cada colônia explora largamente o
ambiente numa busca incessante de novas fontes alimentares, sendo essa uma das
características marcantes dos cupins subterrâneos (FONTES e ARAÚJO, 1999).
Nas cidades, cupins subterrâneos não são apenas uma praga de edificações. Eles
interagem com toda a complexidade do meio urbano, acometendo também a vegetação, o
solo e as construções do espaço público (calçamentos, trajetos de tubulações e fiações
subterrâneas, vãos sob capeamentos asfálticos, interstícios de pedregulhos etc.), num
intercâmbio íntimo e complexo com as edificações. Nestas, o cupim pode estar presente em
todos os setores da arquitetura, e não apenas no madeiramento (FONTES e ARAÚJO,
1999; ROMAGNANO, 2004).
Esses cupins possuem ninhos bem elaborados principalmente no solo, em madeiras
em contato com o solo, espaços que possam existir no interior das edificações e em
árvores, onde a umidade, entre outros requisitos, facilita sua instalação (COSTA-
LEONARDO et al., 1999; ROMAGNANO, 2004). O ninho é a estrutura física que abriga a
comunidade, ele garante segurança contra inimigos (predadores, parasitas) e contra as
adversidades (FONTES e ARAÚJO, 1999). Coptotermes gestroi (Figura 1) é uma importante
praga de área urbana, é uma espécie oriental que foi introduzida no Brasil possivelmente no
século passado. Apesar de ser um cupim subterrâneo, sua infestação não se restringe
somente ao solo, seu ataque pode ocorrer em andares muito altos de edifícios (ZORZENON
e POTENZA, 2006). Essa espécie infesta árvores vivas e/ou raízes, podendo atacar
14
madeiramento de construção civil e mobiliários, além de materiais celulósicos (ZORZENON
e POTENZA, 2006).
Figura 1.
Operários e Soldados de Coptotermes gestroi
3.3. Produtos Naturais e Fungos Entomopatogênicos no Controle de Cupins
Subterrâneos
Para o controle de pragas pode ser usado inseticidas e esse controle, em áreas
urbanas, torna-se problemático devido aos riscos de intoxicação da população,
contaminação de áreas livres, dificuldade de isolamento de áreas tratadas, etc.
Considerando-se essas dificuldades, deve-se recorrer a métodos de controle alternativos
com vistas a constituir novas estratégias para Programas de Manejo Integrado de Pragas.
Cupins subterrâneos são uma grande praga de estruturas humanas nas zonas
climáticas tropical e subtropical, causando bilhões de dólares em dano pelo mundo. Muitos
sistemas de controle, no passado, empregaram extensivamente aplicação de agentes
químicos. Por causa dos graves efeitos colaterais dessas substâncias muitas não estarão
disponíveis num futuro próximo. O foco da pesquisa de cupins subterrâneos deve se voltar
para encontrar métodos de controle mais amistosos ao meio ambiente (CARR, 1999).
Para desenvolver novas possibilidades para controles mais viáveis é necessário ter
um entendimento claro do histórico de vida incluindo reprodução, divisão de trabalho, busca
de alimento, interação intra e interespecífica e influências no meio ambiente. Assim que
esse entendimento for atingido, estratégias alternativas de controle mais eficientes podem
ser desenvolvidas (CARR, 1999).
Os inseticidas botânicos representam uma alternativa bastante atraente no manejo
de pragas, visto que em sua grande maioria oferecem menor risco ao ambiente e à saúde
Foto: Potenza, 2009
15
humana quando comparados aos inseticidas químicos sintéticos. Os bioativos derivados de
plantas, principalmente para controle de artrópodes, vêm sendo cada vez mais estudados
cientificamente. Um número considerável de substâncias de origem botânica são usadas no
controle de insetos agindo principalmente como anti-alimentares (fagoinibidoras) ou
repelentes (ISMAN, 2006).
Diversos estudos estão sendo realizados para avaliar os efeitos de produtos naturais,
em particular óleos essenciais de plantas e seus componentes em cupins (RAINA et al.,
2007).
Wilkins (1992) revisou componentes cupinicidas e Tellez et al. (2003) revisaram
seletivamente produtos naturais para o controle de cupins subterrâneos. Muitos dos estudos
prévios indicaram mortalidade após a exposição dos térmitas a esses produtos (GRACE ;
YATES, 1992; ZHU et al., 2001, 2003; CHANG; CHENG, 2002; IBRAHIM et al., 2004a,
2004b; CHAUHAN; RAINA, 2006; FOKIALAKIS et al., 2006; MEEPAGALA et al., 2006).
Shaaya et al. (1991) avaliaram óleos essenciais e compostos associados de várias
plantas (fumigantes) contra insetos de produtos armazenados. Bläske e Hertel (2001)
estudaram o efeito da exposição indireta a quatro extratos de plantas, de quatro espécies de
cupins, incluindo Coptotermes formosanus. Park e Shin (2005) reportaram o efeito de óleos
essenciais com atividade fumigante em Reticulitermes speratus.
um número considerável de plantas cuja atividade inseticida tem sido estudada.
As plantas das famílias Meliaceae, Rutaceae, Asteraceae, Annonaceae, Labiatae e
Canellaceae são consideradas as mais promissoras. As substâncias com ação inseticida
são obtidas dos diversos órgãos das plantas (VENZON et al., 2006).
O termo “produto natural” refere-se aos produtos do metabolismo secundário e aos
metabólitos ou compostos de origem natural de animais (microorganismos, artrópodes,
répteis, toxina de cobras, etc.) ou vegetais (algas, plantas, etc.). Provavelmente estão
relacionados com mecanismos de defesa. Os produtos naturais podem ser usados como
medicamentos e praguicidas, doenças, plantas daninhas, etc.(VENZON et al., 2006).
Os inseticidas botânicos podem agir de formas diferentes sobre os insetos, podem
ser tóxico, repelente, causar esterilidade, modificar comportamento, o desenvolvimento, ou
reduzir a alimentação deles. Nem sempre os inseticidas botânicos são menos tóxicos ou
mais seguros que os convencionais (VENZON et al., 2006).
As vantagens dos inseticidas botânicos são: degradação rápida, baixa toxicidade em
mamífero, seletividade e baixa fitotoxidade (VENZON et al., 2006). Em contrapartida, como
desvantagens, pode-se citar: rápida degradação: por isso podem ser exigidas muitas
aplicações para se obter o controle satisfatório de ácaros e insetos-praga; toxicidade a
organismos não-alvo: alguns inseticidas botânicos, como nicotina e a rotenona, são muito
tóxicos a mamíferos e a peixes; disponibilidade e custo: muitos inseticidas botânicos não
16
estão disponíveis no mercado e podem ser mais caros que os inseticidas organo-sintéticos;
dados de pesquisa: falta de resultados de pesquisas quanto à eficácia, efeitos
secundários e toxicidade crônica; e os compostos bioativos podem variar conforme a
espécie e a variedade de planta, os elementos climáticos (luz, temperatura, umidade relativa
e chuvas) e a posição geográfica do cultivo (latitude e altitude), o horário de coleta, a
qualidade do solo, os tratos culturais, a fenologia da planta, etc. (VENZON et al., 2006).
A família Piperaceae compreende cerca de 14 gêneros, sendo que na América do
Sul predominam os gêneros Piper, Potomorphe, Sarcorhachis, Trianoepiper e Peperomia.
Piper e Peperomia são os mais representativos.
Análises de volatilidade nessa família revelaram a presença de monoterpenos,
sesquiterpenos e arilpropanóides, indicando interessantes propriedades biológicas
(SANTOS et al., 2001). Estudos com extratos de plantas dessa família têm mostrado uma
grande diversidade de metabólitos com marcantes atividades biológicas. Dentre esses
metabólitos podem ser citados lignanas, neolignanas, terpenos, propenilfenóis, chalconas,
flavonas, benzopiranos e amidas. As lignanas e os benzopiranos (cromenos) são
substâncias com potencial atividade inseticida.
A Ordem Rutales é bastante estudada, suas diversas famílias contêm importantes
compostos com ação inseticida (MARTINEZ, 2002).
Óleos de casca de citros contêm um grupo diverso de compostos (WILSON; SHAW,
1971). Dentre esses compostos, o d-limoneno é um dos mais freqüentes e apresenta
toxicidade para vários insetos (SHEPPARD, 1984).
Os limonóides também são conhecidos como meliacinas ou tetranortriterpenóides.
Esta classe de substâncias é isolada das famílias Meliaceae, Rutaceae e Cneoraceae
(FERREIRA et al., 2001). Esses componentes são conhecidos por apresentarem atividade
em insetos, seja interferindo no crescimento ou inibindo a alimentação (fagoinibidor)
(FERREIRA et al., 2001).
Muitos limonóides isolados de Rutaceae e Meliaceae têm sido estudados, mas
nenhum deles demonstrou muita eficácia quando comparados à azadirachtina, limonóide
mais bem estudado e com comprovações de eficácia (FERREIRA et al., 2001).
Outros limonóides, que podem ser usados no controle de insetos, são os isolados a
partir de frutas cítricas. Entre os mais comuns estão limonina e obacunona, cujas atividades
inseticidas ainda estão sendo avaliadas (FERREIRA et al., 2001).
Os limonóides podem ser extraídos da casca da laranja e de outras frutas cítricas.
Os dois principais compostos são o limoneno (90% do extrato cru) e o linalol. Também estão
presentes no óleo essencial da casca de citros, outros compostos, como aldeídos, cetonas,
ésteres e álcoois. O modo de ação do limoneno não é completamente esclarecido, verificou-
se que o composto causa aumento da atividade dos nervos sensoriais, resultando em perda
17
de coordenação e convulsão. A super estimulação do sistema motor leva à rápida paralisia
corporal. O uso desses dois compostos, empregados extensivamente nas indústrias de
alimento, cosméticos e perfumes, é considerado não tóxico ao homem. Entretanto, em
concentrações altas, causam irritação na pele e são tóxicos a mamíferos. São inseticidas de
contato e podem ter ação fumigante. O limoneno e o linalol volatilizam rapidamente sem
deixar resíduos e podem ser fitotóxicos a plantas ornamentais (VENZON et al., 2006).
Estudos recentes direcionados a obter compostos de origem vegetal ativos contra
cupins subterrâneos mostraram que a atenção deve ser voltada para os limonóides, pois
eles apresentam alta atividade inseticida contra vários insetos. Os limonóides tem atividade
anti-alimentação (SEVERINO et al., 2007).
O cromeno está presente em várias espécies de plantas superiores, sendo a maioria
observada na família Asteraceae. Sua distribuição e atividade biológica são observadas em
167 substâncias . Essas substâncias podem ocasionar metamorfoses antecipadas e podem
agir como fagoinibidor (FERREIRA et al., 2001).
A composição química do Ageratum conyzoides (Asteraceae), conhecido como
“mentrasto” indica a presença de alcalóides. Também apresenta cumarinas, saponinas,
taninas e flavonóides. A toxicidade dessa planta ainda não foi bem estudada (MOURA et al.,
2005). Possuem propriedades anti-alimentares e esterilizantes, por meio de inibição do
desenvolvimento ovariano e propriedades inseticidas. Tais efeitos são decorrentes da
presença de precocenos, que agem inibindo o desenvolvimento e a secreção de hormônios
(OKUNADE, 2002), da presença de flavonóides e cumarina, que têm atividade tóxica. A
cumarina age ligando-se de forma irreversível ao citocromo P450, comprometendo a
capacidade destoxificativa do inseto e também inibindo a cadeia de transporte de elétron,
provavelmente tendo como sítio de ação o citocromo C-oxiredutase (Complexo III). Esse
inseticida botânico tem ação inseticida contra pragas domésticas (VENZON et al., 2006).
A rotenona é usada como inseticida a mais de 150 anos, é um isoflavonóide
produzido em raízes ou rizomas de leguminosas tropicais, Derris, Lonchocarpus e Tephrosia
(ISMAN, 2006). Causa efeito tóxico inicialmente nos músculos e nervos impedindo
rapidamente a alimentação dos insetos (fagoinibição) e causando sua morte em algumas
horas ou dias após a exposição. É um potente inibidor da respiração celular, bloqueando a
cadeia de transporte de elétrons nas mitocôndrias por ligar-se ao NADH: Q-oxiredutase
(Complexo I) e impedindo a oxidação do NADH
2
. Possui uma das maiores toxicidades
agudas entre os botânicos e é mais tóxico a insetos do que muitos inseticidas organo-
sintéticos. Os inseticidas comerciais à base de rotenona apresentam baixa toxicidade ao
homem, não havendo relatos de intoxicação de pessoas por esse inseticida nos EUA, onde
seu uso é frequente. Tem ação inseticida por ingestão e contato; é instável à luz, calor e ao
ar (VENZON et al., 2006).
18
Diversas substâncias ativas já foram isoladas da árvore de nim, Azadirachta indica,
da família Meliaceae, das quais destacam-se salanina, azadiractina, 14-epoxiazadiradiona,
meliantrol, melianona, vilosinina, meliacarpina, nimbina, nimbinem, deacetilsalanina,
azadiractiol, azadirona, gedunina, nimbolina. Dentre os citados, o limonóide ou
tetranortriterpenóide azadiractina é considerado o mais potente. Em decorrência, as
pesquisas com nim concentram-se principalmente em aperfeiçoar a extração de azadiractina
e em esclarecer seu modo de ação sobre insetos e outros organismos (MARTINEZ, 2002).
O óleo de nim é extraído da semente da árvore de nim, característica de regiões
tropicais e subtropicais de diversos continentes. Essa planta tem origem asiática e é
considerada a planta inseticida mais importante do mundo. A azadiractina é tóxica a insetos,
possui efeito de repelência, pode inibir sua alimentação e crescimento (VENZON et al.,
2006). Outros efeitos da azadiractina podem ser observados em insetos, como alteração na
diferenciação de tecidos, melanização da cutícula e interferência na mitose, de forma
semelhante à colchicina. Os músculos dos insetos também são afetados, reduzindo a
locomoção e a atividade de vôo. Em cortes histológicos no intestino dos insetos, verifica-se
que com o aumento na dose de azadiractina, ocorrem desorganização e rompimento das
mitocôndrias (VENZON et al., 2006).
Os extratos de nim, em especial seu ingrediente ativo mais potente, a azadiractina,
agem como fagoinibidores nos insetos, afetam o desenvolvimento das larvas e atrasam seu
desenvolvimento, reduzem a fecundidade e fertilidade dos adultos, alteram o
comportamento, causam diversas anomalias nas células e na fisiologia dos insetos e
causam mortalidade de ovos, larvas e adultos. Embora seu modo de ação na célula, ainda
não esteja totalmente esclarecido, resultados de pesquisa têm demonstrado seus efeitos em
vários processos fisiológicos de grande número de espécies de insetos (MARTINEZ, 2002).
A atividade inseticida do nim foi reportada para mais de 400 espécies de insetos, das
quais 100 ocorrem no Brasil (VENZON et al., 2006).
A azadiractina, principalmente encontrada nas sementes, é solúvel em água, mas
pode ser eficientemente obtida por extração metanólica. A quantidade de azadiractina é
variável, aumenta nos frutos ao longo de seu desenvolvimento, sendo máxima no
amadurecimento e durante o armazenamento. Sementes mal despolpadas ou com teores
mais elevados de umidade têm menores concentrações de azadiractina. A azadiractina é
biodegradável e tem persistência bastante curta no ambiente. É suscetível à
fotodecomposição e se decompõe com o calor, uma degradação de 90% em 12,5 dias, a
30ºC. Assim, apesar de sua alta mobilidade no solo, a azadiractina não parece apresentar
risco importante à poluição da água e do subsolo, dada a sua rápida degradação. Além
disso, estudos de toxicidade com nim indicam que o produto não é bioacumulável
(MARTINEZ, 2002).
19
O nim pode ser usado no controle de pragas domissanitárias, embora mais estudos
práticos sejam necessários para se determinar as doses a serem utilizadas (MARTINEZ,
2002).
Uma segunda alternativa para o controle de cupins seria o uso de fungos
entomopatogênicos, como Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae, que têm se
mostrado promissores no controle de cupins subterrâneos, principalmente associados à
cultura de cana-de-açúcar (ALMEIDA ; ALVES, 1999; ALMEIDA et al. 2000; ALMEIDA et al.,
2003).
20
4 MATERIAIS E MÉTODOS
Os experimentos com cupins subterrâneos foram realizados no Laboratório de
Pragas em Horticultura do Instituto Biológico.
4.1 Coleta de Cupins em Campo
Foram realizadas inspeções e instalação de armadilhas para coleta de cupins em
campo, adaptado de Camargo-Dietrich e Costa-Leonardo (2003), nas dependências do
parque do Instituto Biológico, em São Paulo. Foram preparadas armadilhas em garrafa PET
(Poli Tereftalato de Etila) de 1L preenchida internamente com rolo de papelão corrugado.
Foram recortadas as partes superiores das garrafas, que ficaram com a seguinte dimensão:
15 cm de altura x 8,5 cm de diâmetro. No interior das garrafas, foi colocado um rolo de
papelão corrugado (2,00 m de comprimento x 11 cm de largura). As armadilhas foram
enterradas com a abertura voltada para baixo (Figura 2).
21
Figura 2.
Montagem da armadilha: a) Papelão corrugado; b) Garrafa PET com
papelão corrugado; c) Armadilha enterrada; d) Cupins capturados
4.2 Testes com Produtos Naturais
4.2.1 Obtenção dos Produtos Naturais
Os extratos etanólicos de mentrasto (Ageratum conyzoides), rubim (Leunurus
sibiricus), manjericão (Ocimum basilicum), sempre-viva (Alternanthera brasiliana),
carrapichinho (Alternanthera tenella), picão-preto (Bidens pilosa) e videira (Vitis sp.) foram
preparados pelo Laboratório de Produtos Naturais/CPDSA/IB. Os óleos essenciais de
alecrim (Rosmarinus officinalis), cupressus (Cupressus sempervirens), Eucalyptus
staigeriana, Eucalyptus globulus, Cedrus atlantica, capim cidreira (Cymbopogon citratus),
citronela (Cymbopogom nardus), nim, ácido pirolenhoso, rotenona, Citrus nobilis, Citrus
limonum, Citrus aurantium, Citrus sinensis e andiroba (Carapa guianensis) foram adquiridos
no comércio. Os óleos essenciais de Eucalyptus camaldurensis, Eucalyptus citriodora,
Eucalyptus tereticornis, Eucalyptus pseudoglobulus e Eucalyptus maideni foram preparados
Foto: Potenza, 2009
b
c
d
a
22
pela Dra. Massako Nakaoka Sakita, do Laboratório de Fitoquímica do Instituto Florestal de
São Paulo. Estudos com extratos aquosos de Peperomia obtusifolia “Rubi”, Peperomia
obtusifolia Bicolor”, Peperomia obtusifolia “Gold” e Peperomia obtusifolia “Verde” foram
preparados com auxílio das pesquisadoras Dra. Joana D´arc Felício de Souza e Dra. Maria
Helena Rossi, do Laboratório de Química e Farmacologia de Produtos Naturais, do Instituto
Biológico (Quadro 1).
Extratos etanólicos: O material vegetal (folhas) coletado foi seco em estufa a 40ºC, e
posteriormente submetido a um moinho de faca e martelo, tipo Wiley. O resultante foi
submetido à extração com etanol à temperatura ambiente por três dias. Os extratos foram
filtrados e os solventes eliminados em um evaporador rotativo a vácuo à pressão reduzida.
Os resíduos etanólicos foram utilizados para os testes.
Extrato aquoso: O material vegetal (folhas) seco foi moído, sendo submetido à extração
com água destilada por 14 horas e posteriormente filtrado e liofilizado. O resíduo obtido foi
utilizado para os testes.
23
Quadro 1. Produtos naturais utilizados, tipo de extrato e procedência.
Espécie botânica Tipo de extrato Procedência
Ageratum conyzoides Etanólico Laboratório de Produtos
Naturais/CPDSA/IB
Leunurus sibiricus Etanólico Laboratório de Produtos
Naturais/CPDSA/IB
Ocimum basilicum Etanólico Laboratório de Produtos
Naturais/CPDSA/IB
Alternanthera brasiliana Etanólico Laboratório de Produtos
Naturais/CPDSA/IB
Alternanthera tenella Etanólico Laboratório de Produtos
Naturais/CPDSA/IB
Bidens pilosa Etanólico Laboratório de Produtos
Naturais/CPDSA/IB
Vitis sp. Etanólico Laboratório de Produtos
Naturais/CPDSA/IB
Rosmarinus officinalis Óleo Comércio
Cupressus sempervirens Óleo Comércio
Eucalyptus staigeriana Óleo Comércio
Eucalyptus globulus Óleo Comércio
Cedrus atlantica Óleo Comércio
Cymbopogon citratus Óleo Comércio
Cymbopogom nardus Óleo Comércio
Nim Óleo Comércio
24
Quadro 1. Continuação
Ácido Pirolenhoso Óleo Comércio
Rotenona Óleo Comércio
Citrus nobilis Óleo Comércio
Citrus limonum Óleo Comércio
Citrus aurantium Óleo Comércio
Citrus sinensis Óleo Comércio
Carapa guianensis Óleo Comércio
Eucalyptus camaldurensis Óleo Laboratório de Fitoquímica
do Instituto Florestal/SP
Eucalyptus citriodora Óleo Laboratório de Fitoquímica
do Instituto Florestal/SP
Eucalyptus tereticornis Óleo Laboratório de Fitoquímica
do Instituto Florestal/SP
Eucalyptus pseudoglobulus Óleo Laboratório de Fitoquímica
do Instituto Florestal/SP
Eucalyptus maideni Óleo Laboratório de Fitoquímica
do Instituto Florestal/SP
Peperomia obtusifolia
("Rubi")
Aquoso Laboratório de Produtos
Naturais/CPDSA/IB
Peperomia obtusifolia
("Bicolor ou USA")
Aquoso Laboratório de Produtos
Naturais/CPDSA/IB
Peperomia obtusifolia ("Gold
ou Limão")
Aquoso Laboratório de Produtos
Naturais/CPDSA/IB
Peperomia obtusifolia
("Verde")
Aquoso Laboratório de Produtos
Naturais/CPDSA/IB
25
4.2.2 Aplicação dos Produtos Naturais
4.2.2.1 Teste de contato
Os testes foram realizados após o preparo de 10mL de cada produto em diversas
concentrações (ex.: 10,0; 5,0; 2,5; 1,25; 0,625%), além de uma testemunha (água). Para a
realização dos testes foi utilizado o método de papel filtro, conforme descrito por Takematsu
(1983). Foram utilizadas cinco repetições por tratamento, com a aplicação de 0,5 mL da
solução em papel de filtro (7 cm de diâmetro). Em cada repetição foram utilizados 20
operários de C. gestroi e as avaliações do teste realizadas periodicamente (ex.: 1h, 2h, 3h,
4h, 24h, 48h, 72h). Os insetos foram mantidos em B.O.D. (“Biochemical Oxygen Demand”),
Câmara de germinação, a 25 ± C e 70 ± 10% de umidade relativa do ar, após o
tratamento (Figura 3). O delineamento adotado foi inteiramente casualizado e as médias
transformadas pela análise de variância e comparados pelo teste de Tukey; para os ensaios
com resultados de eficácia superior a 20%.
Figura 3.
Teste de contato: a) Papel filtro impregnado; b) Operários de C. gestroi em contato
com o papel filtro; c) Placas de Petri acondicionadas em B.O.D
Foto: Potenza, 2009
c
b
a
26
4.2.2.2. Teste em solo
Os produtos com alta eficácia (acima de 90,0%) nos testes de contato foram
utilizados nos ensaios em solo. Para este teste, foi utilizada terra orgânica peneirada e seca
em estufa por 24 horas a 6C. O tratamento do solo foi baseado na dosagem para
realização de barreira química: 2,5L de calda termiticida para tratar uma faixa de solo ao
redor de uma edificação, com dimensões de 1 m de comprimento x 15 cm de largura x 15
cm de profundidade. Cada parcela, constituída de solo (180 cm
3
), correspondente a 124 g,
em um recipiente de polietileno de dimensões de 10 cm de largura/boca x 6 cm de altura x 8
cm de largura/base, com 05 perfurações de 2 mm de diâmetro para permitir a drenagem do
solo, foi tratada com volume proporcional de calda (Figura 4). Cada tratamento teve cinco
repetições com 20 operários. As parcelas foram mantidas em câmara incubadora, com 25 ±
C de temperatura e 70 ± 10% de umidade relativa. Após 24 horas do tratamento do solo,
os cupins foram confinados no solo tratado. Como testemunha, foi empregada água. Foi
avaliada a mortalidade com 01, 02, 03, 04 horas e a cada 24 horas durante pelo menos 3
dias.
O delineamento adotado foi inteiramente casualizado e as médias transformadas pela
análise de variância e comparados pelo teste de Tukey; para os ensaios com resultados de
eficácia superior a 20%.
Figura 4.
Operários de C. gestroi em contato com solo tratado
27
4.2.2.3 Testes com Fungos Entomopatogênicos
Os fungos entomopatogênicos Metarrhizium anisopliae (Metanat
®
), Beauveria
bassiana (Bovenat PM
®
) e a associação entre ambos (BM NAT
®
) foram adquiridos no
comércio. Os testes foram realizados em laboratório. Para determinação da eficiência dos
entomopatógenos, foram preparadas diluições a 20g/L de água e duas testemunhas; água
destilada esterilizada e o inseticida thiametoxan (Optigard
®
). Cada tratamento constou de 04
parcelas com 25 operários cada, submetidos a aplicação dos entomopatógenos por meio de
um pulverizador de compressão prévia com capacidade de 1 litro. A avaliação de
mortalidade foi efetuada diariamente até o 6º dia após a inoculação (aplicação). Os insetos
mortos foram transferidos para câmara úmida para confirmação da mortalidade pelo fungo.
A confirmação de mortalidade foi realizada no dia, contado a partir da transferência dos
insetos para câmara úmida, observando-se, sob microscópio estereoscópio, os cadáveres
que apresentarem evidências de esporulação.
O delineamento adotado foi inteiramente
casualizado e as médias transformadas pela análise de variância e comparados pelo
teste de Tukey; para os ensaios com resultados de eficácia superior a 20%.
4.2.2.4 Teste em Campo
Os trabalhos foram realizados no Parque Dr. Fernando Costa localizado na cidade
de São Paulo, o qual possui uma área de aproximadamente 137 mil m
2
, pouco mais de 79
mil m
2
de área verde, 27 mil m
2
edificada e 30 mil m
2
de área pavimentada (ruas, alamedas e
pátios) e cerca de 3000 árvores segundo levantamento botânico existente no parque (Figura
4). Foi realizado levantamento da infestação de cupins em árvores empregando-se
primeiramente o método de análise visual e individual em cada árvore em bolsões pré-
determinados, tendo por base levantamento de árvores infestadas por cupins existentes no
parque. Após a detecção de árvores com focos externos ativos foram realizadas avaliações
internas que consistem em fazer uma perfuração de 1,0 cm de diâmetro na árvore a 0,5 m
de altura em inclinação de 45°, localizando, se existente, a galeria construída internamente
28
pelos cupins. Foram selecionadas 10 árvores com foco interno ativo para a realização dos
tratamentos com os produtos naturais, que obtiveram melhores resultados como inseticida
domissanitário (acima de 90,0%) nos “Testes de papel de filtro tratado” e Testes de Solo”
previamente definidos em condições de laboratório. Também foram selecionadas cinco
árvores, que serviram como testemunha, tratadas apenas com água.
Figura 5.
Vista via satélite do Parque Dr. Fernando Costa
Cada tratamento constou de cinco árvores. Para a aplicação dos tratamentos foi
realizada uma perfuração de 1,0 cm de diâmetro na árvore a 0,5 m de altura em inclinação
de 45°, localizando-se a galeria construída internamente pelos cupins. Através de um
pulverizador de compressão prévia, a calda foi aplicada no interior da árvore e que por
gravidade se distribuía pelas galerias construídas pelos cupins, atingindo o ninho que se
encontrava na raiz da árvore (Figura 6). A posição do ninho na raiz da planta é uma
característica biolecológica de C. gestroi.
Foi utilizado um volume de 2 a 5 litros de calda por árvore conforme o diâmetro da
mesma. A avaliação da eficácia foi baseada na presença de atividade ou não de cupins
(ZORZENON e POTENZA, 1998). As avaliações foram realizadas após 30, 60 e 90 dias.
Foto:
Google Maps, 2010.
29
Figura 6.
Etapas do tratamento: a) Gerador; b) Furadeira; c) Perfuração; d) Diâmetro do
orifício; e) Pulverizador de compressão prévia; f) Aplicação do produto
a
b
d
e
f
Foto: Potenza, 2009
c
30
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Levantamento de Árvores com Infestação Térmita
Considerando o levantamento arbóreo realizado no parque Dr. Fernando Costa, em
São Paulo, a Tabela 1 apresenta as espécies vegetais (árvores e palmeiras) com nome
popular, família, espécie e total de exemplares.
Na Tabela 2 estão representadas as espécies vegetais identificadas pelo nome
popular conforme cadastramento arbóreo do parque, seguidas respectivamente pelo total de
exemplares, quantificação e percentual de danos e focos ativos causados por C. gestroi.
A espécie arbórea Pinnus sp. apresentou o maior número de focos ativos totalizando
24 exemplares infestados. Tipuana tipu (Tipuana) e Dizygotheca sp. (Falsa Arália)
apresentaram respectivamente 35,55% e 33,33% de dano causado por C. gestroi.
31
Tabela 1.
Identificação das espécies vegetais e total de exemplares do Parque Dr.
Fernando Costa
Nome Popular
Espécie
Família
Total de
exemplares
1
Pau – Ferro
Caesalpinia ferrea var.
Leiostachya
Leguminosae -
Caesalpinoideae
19
2
Bambu Gigante
Dendrocalamus
giganteus
Gramineae
3
3 Pinheiro
Pinnus sp.
Pinaceae 367
4 Aroeira
Schinus terebinthifolius
Anacardiaceae 10
5 Magnólia Branca
Magnolia grandiflora
Magnoliaceae 58
6 Paineira
Chorisia speciosa
Bombaceae 29
7 Palmeira Indaiá
Attalea dubia
Palmae 2
8 Figueira Benjamim
Ficus retusa var. Nitida
Moraceae 10
9
Palmeira Rabo-de-
Peixe
Caryota urens
Palmae
13
10 Pândano
Pandanus utilis
Pandanaceae 7
11 Palmeira Leque
Livinstona chinensis
Palmae 147
12 Palmeira (touceira)
Palmae 2
13 Espatódia
Spathodea campanulata
Bignoniaceae 109
14 Sibipiruna
Caesalpinia
peltophoroides
Leguminosae -
Caesalpinoideae
68
15 Areca Bambú
Chrysalidocarpus
lutescens
Palmae 110
16 Pau Brasil
Caesalpinia echinata
Leguminosae -
Caesalpinoideae
15
17 Grevilha
Grevillea robusta
Proteaceae 2
18 Pindaíba
Xylopia brasiliensis
Annonaceae 1
19 Acerola
Malpighia glabra
Malpighiaceae 1
20 Nespereira
Eriobotrya japonica
Rosaceae 15
21
Palmeira Seafortia
Archontophoenix
cunninghamiana
Palmae
905
32
Tabela 1. Continuação
22 Canelinha
Sapotaceae 25
23
Tamareira de
Jardim
Phoenix reclinata
Palmae
83
24
Falso Agave
Furcrae selloa marginata
Agavaceae
2
25 Amoreira
Morus nigra
Moraceae 76
26 Washingtonia
Washingtonia sp.
Palmae 27
27 Cupressus
0
28 Quaresmeira
Tibouchina granulosa
Melastomataceae 72
29
Imbiruçu
Pseudobombax
grandiflorum
Bombaceae
3
30 Azaléia
Rhododendron indicum
Ericaceae 15
31 Pau Formiga
Triplaris brasiliana
Polygonaceae 6
32 Embaúba
Cecropia pachystachya
Cecropiaceae 9
33 Ipê Amarelo
Tabebuia sp.
Bignoniaceae 239
34 Goiabeira
Psidium guajava
Myrtaceae 30
35 Pitangueira
Eugenia uniflora
Myrtaceae 83
36 Jacarandá Mimoso
Jacaranda mimosaefolia
Bignoniaceae 25
37 Falsa Seringueira
Ficus elastica
Moraceae 18
39 Palmeira sabal
Sabal palmetto
Palmae 32
40 Pau Incenso
Pittosporum undelatum
Pittosporaceae 13
41 Café
Coffea arabica
Rubiaceae 17
42 Eritrina Candelabro
Erythrina speciosa
Leguminosae -
Papilionoideae
53
43
Araribá
Centrolobium
tomentosum
Leguminosae -
Papilionoideae
19
44 Eucalipto
Eucalyptus sp.
Myrtaceae 28
45
0
33
Tabela 1. Continuação
46 Malvabisco
Malvaviscus mollis
Malvaceae 8
47 Tipuana
Tipuana tipu
Leguminosae -
Faboideae
45
48 Canafístula
Cassia ferruginea
Leguminosae -
Caesalpinoideae
1
49
2
50
Cássia Imperial
Cassia fistula
Leguminosae -
Caesalpinoideae
1
51 Pinheiro de Norfolk
Araucaaria heterophylla
Araucariaceae 6
52 Heliconia
Heliconia sp.
Musaceae 9
53 Uva Japonesa
Hovenia dulcis
Rhamnaceae 13
54 Cipreste
Cupressus pyramidalis
Cupressaceae 9
55 Cedro Rosa
Cedrela fissilis
Meliaceae 56
56 Pitósporo
Pittosporum toriba
Pittosporaceae 5
57 Genipapo
Genipa americana
Rubiaceae 1
58 Jasmim Manga
Plumeria acutifolia
Apocynaceae 6
59 Uvaieira
Eugenia pyriformis
Myrtaceae 26
60 Abacateiro
Persea americana
Lauraceae 17
61 Limoeiro
Citrus sp.
Rutaceae 2
62
Ficus Benjamim
Falso
Ficus microcarpa
Moraceae
14
63 Dracena
Dracena sp.
Liliaceae 51
64 Bunia – Bunia
Araucaria bidwillii
Araucariaceae 9
65 Falsa Murta
Murraya exotica
Rutaceae 7
66 Ocna
Ochna serrulata
Ochnaceae 1
67
Alecrim de
Campinas
Holocalyx balansae
Leguminosae -
Caesalpinoideae
24
68 Mangueira
Mangifera indica
Anacardiaceae 7
34
Tabela 1. Continuação
69 Rápis
Rhapis excelsa
Palmae 4
70 Chapéu de Sol
Terminalia catappa
Combretaceae 1
71 Ipê Roxo
Tabebuia sp.
Bignoniaceae 6
72 Jambeiro
Syzygium jambos
Myrtaceae 11
73 Dracena
15
74 Hibisco
Hibiscus rosa sinensis
Malvaceae 32
75 Leucena
Caesalpinia pulcherrima
Leguminosae 2
76
Pinheirinho
Japonês
Cryptomeria japonica
Taxodiaceae 2
77
0
78 Eugênia
Eugenia sprengelii
Myrtaceae 3
79 Marinheiro
Guarea guidonia
Meliaceae 7
80 Croton
Codiaeum variegatum
Euphorbiaceae 1
81 Ficus Mata Pau
Ficus guaranitica
Moraceae 2
82 Assa Peixe
Verrnonia polyanthes
Asteraceae 0
83 Jerivá
Syagrus romanzoffiana
Palmae 7
84 Caliandra
Caliandra sp.
Leguminosae -
Mimosoideae
2
85
Café do Campo
Psychotria
carthagenesis
Rubiaceae
5
86
Grevilha
Ornamental
Grevillea forteri
Proteaceae
0
87 Falsa Arália
Dizygotheca sp.
Araliaceae 3
88 Ipê Rosa
Tabebuia sp.
Bignoniaceae 10
89 Alfeneiro
Ligustrum lucidum
Oleaceae 50
90 Araçá
Psidium cattleianum
Myrtaceae 0
91 Bananeira
Musa sp.
Musaceae 4
35
Tabela 1. Continuação
92 Picaranta
Pyracantha coccinea
Rosaceae 8
93 Manacá da Serra
Tibouchina mutabilis
Melastomataceae 0
94 Jaboticabeira
Myrciaria trunciflora
Myrtaceae 7
95
Castanha
Portuguesa
Castanea vesca
Fagaceae
1
96
Cerejeira do Rio
Grande
Eugenia involucrata
Myrtaceae
1
97
1
98 Café Gigante
Coffea devevrei
Rubiaceae 8
99 Sapotizeiro
Achras sapota
Sapotaceae 1
100
Mamoeiro
Carica papaya
Cariaceae 0
101
Plátano
Platanus sp.
Platanaceae 38
102
Pata de Vaca
Bauhinia spp.
Leguminosae -
Caesalpinoideae
6
103
Peroba
Aspidosperma
polyneuron
Apocynaceae
2
104
Ingá
Inga sp.
Mimosaceae 3
105
Canela
Cinnamomum canfora
Lauraceae 2
106
Casuarina
Casuarina equisetiolia
Casuarinaceae 2
107
Cunningamia
Cunninghamia
lanceolata
Cupressaceae
1
108
(frente do
Mangalarga)
1
109
(frente do
Mangalarga)
Myrtaceae
0
110
Urucum
Bixa orelana
Bixaceae 1
111
Trepadeira
7
112
Bambu Verde
Medio
Bambusa sp.
Gramineae
6
113
Taquara
Bambusa
Gramineae 0
114
Tamareira Anã
Phoenix roebelinii
Palmae 5
36
Tabela 1. Continuação
115
Cipó de São Miguel
4
116
Primavera
Bougainvillea glabra
Myctaginaceae 3
117
Ipê Roxo
Tabebuia impetiginosa
Bignoniaceae 1
118
Costela de Adão
Monstera deliciosa
Araceae 14
119
1
120
Cipreste
Cupressus semprevires
Cupressaceae 13
121
Arália
Dizygoteca sp.
Araceae 6
122
Louveira
Cyclobium vecchi
Leguminosae -
Papilionoideae
17
123
Pinheiro
Pinnus elliottis
Pinaceae 1
124
Pouteria
Pouteria torta
Sapotaceae 2
125
Aguaí
Chrysophyllum
gonocarpum
Sapotaceae
1
126
Bambú Amarelo
Bambusa vulgaris
Gramineae 4
127
Palmeira Leque (tr.
fino)
1
128
Palmeira Imperial
Roystonea oleracea
Palmae 11
129
Cedro do Brejo
Cedrela odorata
Meliaceae 0
130
Bambu Negro
Phillostachys nigra
13
131
Brassaia
Schefflera actinophylla
Araliaceae 3
132
Nandina
Nandina domestica
Berberidaceae 1
133
Ligustro Variegata
Ligustrum sinense
Oleaceae 1
134
Cassia
6
135
Iuca Elefante
Yucca elephantipes
Liliaceae 7
136
Guaimbê
Philodendron selloum
Araceae 13
137
Camélia
Camellia japonica
Theaceae 1
37
Tabela 1. Continuação
138
Guapuruvú
Schizolobium parahyba
Leguminosae -
Caesalpinaceae
2
139
Cacto
1
140
Angico Branco
Anadenanthera sp.
Leguminosae -
Mimosoideae
6
141
Ligustro Variegata
Ligustrum sinense
0
142
Carvalho Brasileiro
Roupalla brasiliensis
Proteaceae 0
143
Flamboyant
Delonix regia
Leguminosae -
Caesalpinoideae
23
144
Idem 129
1
145
Cordiline
Cordilyne terminalis
Liliaceae 1
146
Crista de Galo
Erythrina crista – galli
Leguminosae -
Papilionoideae
0
147
Astrapéia branca
Dombeya tiliifolia
Sterculiaceae 12
148
Ipê
Tabebuia sp.
10
149
Acalifa
Acalypha wilkesiana
Euphorbiaceae 5
150
Eritrina
1
151
Grumixana
Eugenia brasiliensis
Myrtaceae 0
152
Palmito Jussara
Euterpe edulis
Palmae 4
153
Catanha Maranhão
Bombacopsis glabra
Bombaceae 4
154
Chorão
Salix babylonica
Salicaceae 2
155
Palmeira (area 9 )
1
156
Tamareira das
Canárias
Phoenix canariensis
Palmae
3
157
Embauba branca
Cecropia hololeuca
Cecropiaceae 1
158
Cassia de Java
Cassia javanica
Leguminosae -
Caesalpinoideae
1
159
Magnólia amarela
Michelia champaca
Magnoliaceae 2
TOTAL
3560
38
Tabela 2.
Percentual de plantas com infestação e danos causados por Coptotermes
gestroi
Nome Popular
Total de Árvores
Dano
Foco Ativo
% Dano
% Foco Ativo
Pinheiro 367 5 24 1,36 6,53
Magnólia Branca 58 9 1 15,51 1,72
Paineira 29 2 6,89
Palmeira Rabo-de-
Peixe
13
2
-
15,38
-
Espatódia 109 2 1 1,83 0,91
Sibipiruna 68 2 5 2,94 7,35
Palmeira Seafortia 905 4 - 0,44 -
Canelinha 25 1 4
Tamareira de Jardim
83
15
1
18,07
1,2
Amoreira 76 3 - 3,94 -
Cupressus 0 2 - - -
Quaresmeira 72 11 5 15,27 6,94
Ipê Amarelo 239 1 - 0,41 -
Goiabeira 30 1 - 3,33 -
Jacarandá Mimoso 25 1 - 4 -
Falsa Seringueira 18 3 - 16,66 -
Bico de Papagaio 50 2 - 4 -
Palmeira sabal 32 1 1 3,12 -
Pau Incenso 13 - 1 - 7,69
Araribá 19 - 1 - 5,26
Tipuana 45 16 2 35,55 4,44
Cedro Rosa 56 2 1 3,57 1,78
Ficus Benjamim
Falso
14
4
-
28,57
-
Dracena 51 1 1 1,96 1,96
Falsa Murta 7 2 - 28,57 -
Alecrim de
Campinas
24
1
-
4,16
-
Hibisco 32 2 - 6,25 -
Leucena 2 1 - 50 -
Café do Campo 5 1 - - -
Falsa Arália 3 1 - 33,33 -
Jaboticabeira 7 2 - 28,57 -
Casuarina 2 - 1 - 50
Flamboyant 23 1 - 4,34 -
Crista de Galo 0 - - - -
Palmito Jussara 4 1 - - 25
39
5.2 Testes com Produtos Naturais
5.2.1 Testes de Contato
5.2.1.1 Extratos e produtos naturais comerciais
Os extratos de Ageratum conyzoides, Alternanthera brasiliana, Alternanthera tenella,
Leonorus sibiricus, Ocimum basilicum, Bidens pilosa e Vitis sp. não foram eficientes no
controle de C. gestroi (Tabela 3, Gráfico 1).
Os produtos naturais nim, ácido pirolenhoso e rotenona não apresentaram eficiência
(Tabela 4, Gráfico 2).
Os extratos de Peperomia obtusifolia “Rubi”, “Bicolor”, “Gold” e “Verde” não
apresentaram resultados satisfatórios como cupinicida (Tabelas 5, 6, 7 e 8, Gráficos 3, 4, 5 e
6).
40
Tabela 3.
Avaliação de eficiência de extratos vegetais (etanólicos) sobre operários
de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por tratamento
(Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**). São Paulo/SP, novembro
de 2007.
Tratamento Média* % Ef**
Ageratum conyzoides -10%
1,70 6,80
Leunurus sibiricus – 10%
1,30 4,20
Ocimum basilicum – 10%
1,70 12,0
Alternanthera brasiliana - 10%
1,60 6,40
Alternanthera tenella - 10%
1,40 5,60
Bidens pilosa - 10%
1,30 4,20
Vitis sp. - 10%
1,80 7,20
Testemunha (Água) 0,00 -
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Gráfico 1.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi, calculada
pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com Ageratum
conyzoides, Leunurus sibiricus, Ocimum basilicum, Alternanthera
tenella,Alternanthera brasiliana, Bidens pilosa, Vitis sp em diferentes
concentrações(%). Avaliação após 72 horas.
0
2
4
6
8
10
12
14
Ageratum co
n
y
z
o
i
des
Leunurus si
b
ir
i
cus
Ocimum basi
l
icum
Al
te
rnan
th
e
r
a
b
r
a
s
ilia
n
a
Alt
e
r
n
a
n
t
her
a
t
e
ne
l
l
a
Bi
d
e
n
s
pilosa
Viti
s
sp.
Te
st
e
mu
n
h
a
(
Águ
a
)
Mortalidade (Média*)
% Ef**
41
Tabela 4.
Avaliação da eficiência de produtos comerciais sobre operários de
Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por tratamento (Média*) e
porcentagem de eficiência (% Ef**). São PauloSP, novembro de 2007.
Tratamento Média* % Ef**
Nim30mL/L
0,10
-
Ácido Pirolenhoso - 30mL/L
0,10 -
Rotenona - 30mL/L 0,10 -
Testemunha (Água) 0,00 -
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Mortalidade (Média*)
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
0,12
Nim Ácido Pirolenhoso Rotenona Testemunha (Água)
Gráfico 2.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi
, calculada
pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com Nim, Ácido
Pirolenhoso, Rotenona. Avaliação após 72 horas.
42
Tabela 5.
Avaliação da eficiência do extrato aquoso de Peperomia obtusifolia
(“Rubi”) sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade obtida de
operários por tratamento (média*) e porcentagem de eficiência (%Ef**).
São Paulo, SP, fevereiro de 2010.
Tratamento Média* %Ef**
P. obtusifolia (“Rubi”) – 10% 2,5 10,0
P. obtusifolia (“Rubi”) – 5% 0,5 2,0
P. obtusifolia (“Rubi”) – 2,5% 2,25 9,0
P. obtusifolia (“Rubi”) – 1,25% 0,5 2,0
Testemunha (Água) 0,0 -
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Peperomia sp. ("Rubi")
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
0 1,25 2,5 5 10
Concentração (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 3.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com
Peperomia obtusifolia (“Rubi”) em diferentes concentrações. Avaliação após
72 horas.
43
Tabela 6.
Avaliação da eficiência do extrato aquoso de Peperomia obtusifolia
(“Bicolor”) sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade obtida
de operários por tratamento (média*) e porcentagem de eficiência
(%Ef**). São Paulo, SP, fevereiro de 2010.
Tratamento Média* %Ef**
P. obtusifolia (“Bicolor”) – 10% 0,25 1,0
P. obtusifolia (“Bicolor”) – 5% 0,0 -
P. obtusifolia (“Bicolor”) – 2,5% 1,0 4,0
P. obtusifolia (“Bicolor”) – 1,25% 0,0 -
Testemunha (Água) 0,0 -
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Peperomia sp. ("Bicolor")
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
0 1,25 2,5 5 10
Concentração (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 4.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com
Peperomia obtusifolia (“Bicolor”) em diferentes concentrações. Avaliação
após 72 horas.
44
Tabela 7.
Avaliação da eficiência do extrato aquoso de Peperomia obtusifolia (“Gold”) sobre
operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade obtida de operários por tratamento
(média*) e porcentagem de eficiência (%Ef**). São Paulo, SP, fevereiro de 2010.
Tratamento Média* %Ef**
P. obtusifolia (“Gold”) – 10% 0,5 2,0
P. obtusifolia (“Gold”) – 5% 0,25 1,0
P. obtusifolia (“Gold”) – 2,5% 0,25 1,0
P. obtusifolia (“Gold”) – 1,25% 1,25 5,0
Testemunha (Água) 0,0 -
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Peperomia sp. ("Gold")
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
0 1,25 2,5 5 10
Concentração (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 5.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com
Peperomia obtusifolia (“Gold”) em diferentes concentrações. Avaliação após
72 horas.
45
Tabela 8.
Avaliação da eficiência do extrato aquoso de Peperomia obtusifolia
(“Verde”) sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade obtida de
operários por tratamento (média*) e porcentagem de eficiência (%Ef**).
São Paulo, SP, fevereiro de 2010.
Tratamento Média* %Ef**
P. obtusifolia (“Verde”) – 10% 0,0 -
P. obtusifolia (“Verde”) – 5% 0,0
-
P. obtusifolia (“Verde”) – 2,5% 0,0
-
P. obtusifolia (“Verde”) – 1,25% 0,0
-
Testemunha (Água) 0,0
-
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
.
Peperomia sp. ("Verde")
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
0 1,25 2,5 5 10
Concentrão (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 6.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com
Peperomia obtusifolia (“Verde”) em diferentes concentrações. Avaliação
após 72 horas.
46
5.2.1.2 Óleos Essenciais
Os óleos de Rosmarinus officinalis e Cupressus sempervirens apresentaram
eficiências inferiores a 15%, mesmo na concentração de 10% (Tabelas 9 e 10, Gráficos 7 e
8).
O óleo essencial de Eucalyptus staigeriana apresentou eficiências iguais ou acima
97,6%, em concentrações entre 1,25 a 10% (Tabela 11, Gráfico 9).
O óleo de Eucalyptus globulus a 10% apresentou 96,1% de eficiência. Nas demais
concentrações, não apresentou atividade inseticida (Tabela 12, Gráfico 10).
O óleo de Cedrus atlantica apresentou alta eficiência (99,6%) de eficiência somente
na concentração de 10% (Tabela 13, Gráfico 11).
O óleo de Cymbopogon citratus apresentou eficiências de 100% nas concentrações
de 10% e 5%; 96% na concentração de 2,5% e não houve mortalidade significativa na
concentração de 1,25%(Tabela 14, Gráfico 12).
O óleo de Cymbopogon nardus apresentou eficiências de 100% nas concentrações
de 10% e 5%, nas demais concentrações testadas não houve mortalidade significativa
(Tabela 15, Gráfico 13).
Os óleos de Citrus nobilis, Citrus limonum, Citrus aurantium e Citrus sinensis
não se
mostraram eficientes contra C. gestroi (Tabelas 16, 17, 18 e 19, Gráficos 14, 15, 16 e 17).
O óleo de Carapa guianensis não apresentou resultados significativos em nenhuma
das concentrações testadas (Tabela 20, Gráfico 18)
O óleo de Eucalyptus camaldurensis apresentou eficiência de 100% na concentração
de 10%, as demais diluições apresentaram mortalidades iguais ou inferiores a 46% (Tabela
21, Gráfico 19).
O óleo de Eucalyptus citriodora apresentou 100% de eficiência a 10% e 5% de
concentração; 98% a 2,5%; e 80,8% a 1,25% (Tabela 22, Gráfico 20).
O óleo de Eucalyptus tereticornis foi eficiente em 100% a 10% e 5% de
concentração, nas demais dosagens não houve mortalidade significativa (Tabela 23, Gráfico
21).
O óleo de Eucalyptus pseudoglobulus apresentou eficiência superior a 70,8% nas
concentrações acima de 5% (Tabela 24, Gráfico 22).
O óleo de Eucalyptus maideni apresentou eficiência igual ou superior a 89,2% nas
concentrações iguais ou acima de 5% (Tabela 25, Gráfico 23).
47
Tabela 9.
Avaliação da eficiência do óleo essencial de Rosmarinus officinalis sobre
operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por tratamento
(Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**) São Paulo, SP, outubro de
2007.
Tratamento Média* % Ef**
Rosmarinus officinalis - 10%
3,40
13,60
Rosmarinus officinalis - 5%
0,00 -
Rosmarinus officinalis - 2,5% 0,00 -
Rosmarinus officinalis - 1,25% 0,00 -
Rosmarinus officinalis - 0,625 % 0,00 -
Testemunha (Água) 0,00 -
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Rosmarinus officinalis
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
0 0,625 1,25 2,5 5 10
Concentração (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 7.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com
Rosmarinus officinalis em diferentes concentrações. Avaliação após 72
horas.
48
Tabela 10.
Avaliação da eficiência do óleo essencial de Cupressus sempervirens
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por
tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**) São Paulo, SP,
outubro de 2007.
Tratamento Média* % Ef**
Cupressus sempervirens - 10%
2,90
11,90
Cupressus sempervirens - 5%
0,70 2,80
Cupressus sempervirens - 2,5% 0,60 2,40
Cupressus sempervirens - 1,25% 0,40 1,60
Cupressus sempervirens - 0,625 % 0,10 0,40
Testemunha (Água) 0,10 -
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Cupressus sempervires
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
0 0,625 1,25 2,5 5 10
Concentração (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 8.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi
, calculada
pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com Cupressus
sempervirens em diferentes concentrações. Avaliação após 72 horas.
49
Tabela 11.
Avaliação da eficiência do óleo essencial de Eucalyptus staigeriana
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por
tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**) São Paulo, SP,
março de 2007.
Tratamento Média* % Ef**
Eucalyptus staigeriana - 10%
24,9 a
99,6
Eucalyptus staigeriana - 5%
24,9 a 99,6
Eucalyptus staigeriana - 2,5% 24,9 a 99,6
Eucalyptus staigeriana - 1,25% 24,9 a 97,6
Testemunha (Água) 0,0 b -
C.V.(%) 0,61
**Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5% de
probabilidade.
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Eucalyptus staigeriana
0
5
10
15
20
25
30
0 1,25 2,5 5 10
Concentração (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 9.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi
, calculada
pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com Eucalyptus
staigeriana em diferentes concentrações. Avaliação após 72 horas.
50
Tabela 12.
Avaliação da eficiência do óleo essencial de Eucalyptus globulus sobre
operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por
tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**) São Paulo, SP,
outubro de 2007.
Tratamento Média* % Ef**
Eucalyptus globulus 10%
22,90a
96,1
Eucalyptus globulus 5%
0,00 b -
Eucalyptus globulus 2,5% 0,00 b -
Eucalyptus globulus 1.25% 0,00 b -
Eucalyptus globulus 0,625 % 0,00 b -
Testemunha (Água) 0,00 b -
C.V.(%) 4,92
*Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5% de
probabilidade.
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Eucalyptus globulus
0
5
10
15
20
25
0 0,625 1,25 2,5 5 10
Concentração (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 10.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com
Eucalyptus globulus em diferentes concentrações. Avaliação após 72 horas.
51
Tabela 13.
Avaliação da eficiência do óleo essencial de Cedrus atlantica sobre
operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por
tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**) São Paulo, SP,
outubro de 2007.
Tratamento Média* % Ef**
Cedrus atlantica – 10%
24,90 a
99,60
Cedrus atlantica – 5%
4,30 b 17,20
Cedrus atlantica2,5% 0,00 c -
Cedrus atlantica – 1,25% 0,00 c -
Cedrus atlantica0,625 % 0,00 c -
Testemunha (Água) 0,00 c -
C.V.(%) 1,20
*Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5% de
probabilidade.
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Cedrus atlantica
0
5
10
15
20
25
30
0 0,625 1,25 2,5 5 10
Concentração (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 11.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com
Cedrus atlantica em diferentes concentrações. Avaliação após 72 horas.
52
Tabela 14.
Avaliação da eficiência do óleo essencial de Cymbopogon citratus sobre
operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por
tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**) São Paulo, SP,
março de 2007.
Tratamento Média* %Ef**
Cymbopogon citratus 10% 25,0 a 100,0
Cymbopogon citratus 5% 25,0 a 100,0
Cymbopogon citratus 2,5% 24,5 a 96,0
Cymbopogon citratus 1,25% 0,7 b 2,8
Testemunha (Acetona) 0,0 c 0,0
C.V.(%) 3,68
*Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5% de
probabilidade.
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Cymbopogon citratus
0
5
10
15
20
25
30
0 1,25 2,5 5 10
Concentração (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 12.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com
Cymbopogon citratus em diferentes concentrações. Avaliação após 72
horas.
53
Tabela 15.
Avaliação da eficiência do óleo essencial de Cymbopogon nardus
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por
tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**) São Paulo,
SP, março de 2007.
Tratamento Média* %Ef**
Cymbopogon nardus 10% 25,0 a 100,0
Cymbopogon nardus 5% 25,0 a 100,0
Cymbopogon nardtus 2,5% 16,5 b 66,0
Cymbopogon nardus 1,25% 10,0 c 40,0
Testemunha (Acetona) 0,0 d -
C.V.(%) 5,11
*Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5%
de probabilidade.
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Cymbopogom nardus
0
5
10
15
20
25
30
0 1,25 2,5 5 10
Concentrações (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 13.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com
Cymbopogon nardus em diferentes concentrações. Avaliação após 72 horas.
54
Tabela 16.
Avaliação da eficiência do óleo essencial de Citrus nobilis
sobre
operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por
tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**) São Paulo, SP,
novembro de 2007.
Tratamento Média* % Ef**
Citrus nobilis - 10%
4,80
19,20
Citrus nobilis – 5%
3,20 12,80
Citrus nobilis2,5% 2,80 11,20
Citrus nobilis1,25% 2,80 11,20
Citrus nobilis0,625 % 2,00 8,00
Testemunha (Água) 0,00 -
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Citrus nobilis
0
1
2
3
4
5
6
0 0,625 1,25 2,5 5 10
Concentração (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 14.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com
Citrus nobilis em diferentes concentrações. Avaliação após 72 horas.
55
Tabela 17.
Avaliação da eficiência do óleo essencial de Citrus limonum
sobre
operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por
tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**) São Paulo, SP,
novembro de 2007.
Tratamento Média* % Ef**
Citrus limonum - 10%
1,4
5,6
Citrus limonum - 5%
0,4 1,6
Citrus limonum - 2,5% 0,1 0,4
Citrus limonum - 1,25% 0,1 0,4
Citrus limonum - 0,625 % 0,0 -
Testemunha (Água) 0,0 -
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Citrus limonum
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
0 0,625 1,25 2,5 5 10
Concentração (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 15.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com
Citrus limonum em diferentes concentrações. Avaliação após 72 horas.
56
Tabela 18.
Avaliação da eficiência do óleo essencial de Citrus aurantium
sobre
operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por
tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**) São Paulo,
SP, fevereiro de 2010.
Tratamento Média* %Ef**
Citrus aurantium 10% 1,5 a 6,0
Citrus aurantium 5% 0,9 a 3,6
Citrus aurantium 2,5% 0,8 a 3,2
Citrus aurantium 1,25% 0,8 a 3,2
Testemunha (Acetona) 0,0 a -
C.V.(%) 5,63
*Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5%
de probabilidade.
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Citrus aurantium
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
1,6
0 1,25 2,5 5 10
Concentração (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 16.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com
Citrus aurantium em diferentes concentrações. Avaliação após 72 horas.
57
Tabela 19.
Avaliação da eficiência do óleo essencial de Citrus sinensis
sobre
operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por
tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**) São Paulo,
SP, fevereiro de 2010.
Tratamento Média* %Ef**
Citrus sinensis – 10% 0,0 -
Citrus sinensis – 5% 0,0
-
Citrus sinensis – 2,5% 0,0
-
Citrus sinensis – 1,25% 0,0
-
Testemunha (Acetona) 0,0
-
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
.
Citrus sinensis
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
0 1,25 2,5 5 10
Concentração (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 17.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com
Citrus sinensis em diferentes concentrações. Avaliação após 72 horas.
58
Tabela 20.
Avaliação da eficiência do óleo essencial de Caparata guianensis
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por
tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**) São Paulo,
SP, fevereiro de 2010.
Tratamento Média* %Ef**
Carapa guianensis 10% 2,0 a 8,0
Carapa guianensis 5% 1,9 a 7,6
Carapa guianensis 2,5% 4,1 a 16,4
Carapa guianensis 1,25% 1,2 a 4,8
Testemunha (Acetona) 0,0 a -
C.V.(%) 56,83
*Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5%
de probabilidade.
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Carapa guianensis
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
0 1,25 2,5 5 10
Concentração (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 18.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com
Caparata guianensis em diferentes concentrações. Avaliação após 72 horas.
59
Tabela 21.
Avaliação da eficiência do óleo essencial de Eucalyptus
camaldurensis
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade
de operários por tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (%
Ef**) São Paulo, SP, fevereiro de 2010.
Tratamento Média* %Ef**
Eucalyptus camaldurensis – 10% 25,0 a 100,0
Eucalyptus camaldurensis – 5% 11,5 b 46,0
Eucalyptus camaldurensis – 2,5% 3,6 c 14,4
Eucalyptus camaldurensis – 1,25% 6,7 c 26,8
Testemunha (Acetona) 0,0 c 0,0
C.V.(%) 12,06
*Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5%
de probabilidade.
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Eucalyptus camaldurensis
0
5
10
15
20
25
30
0 1,25 2,5 5
Concentração (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 19.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com
Eucalyptus camaldurensis em diferentes concentrações. Avaliação após 72
horas.
60
Tabela 22.
Avaliação da eficiência do óleo essencial de Eucalyptus citriodora
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por
tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**) São Paulo,
SP, fevereiro de 2010.
Tratamento Média* %Ef**
Eucalyptus citriodora – 10% 25,0 a 100,0
Eucalyptus citriodora – 5% 25,0 a 100,0
Eucalyptus citriodora – 2,5% 24,5 a 98,0
Eucalyptus citriodora – 1,25% 20,2 b 80,8
Testemunha (Acetona) 0,0 c -
C.V.(%) 3,30
*Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5%
de probabilidade.
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Eucalyptus citriodora
0
5
10
15
20
25
30
0 1,25 2,5 5 10
Concentração (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 20.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com
Eucalyptus citriodora em diferentes concentrações. Avaliação após 72 horas.
61
Tabela 23.
Avaliação da eficiência do óleo essencial de Eucalyptus tereticornis
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por
tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**) São Paulo,
SP, fevereiro de 2010.
Tratamento Média* %Ef**
Eucalyptus tereticornis 10% 25,0 a 100,0
Eucalyptus tereticornis 5% 25,0 a 100,0
Eucalyptus tereticornis 2,5% 3,3 b 13,2
Eucalyptus tereticornis 1,25% 1,7 b 6,8
Testemunha (Acetona) 0,0 b -
C.V.(%) 5,68
*Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5%
de probabilidade.
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Eucalyptus tereticornis
0
5
10
15
20
25
30
0 1,25 2,5 5 10
Concentração (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 21.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com
Eucalyptus tereticornis em diferentes concentrações. Avaliação após 72
horas.
62
Tabela 24.
Avaliação da eficiência do óleo essencial de Eucalyptus
pseudoglobulus
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade
de operários por tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (%
Ef**) São Paulo, SP, fevereiro de 2010.
Tratamento Média* %Ef**
Eucalyptus pseudoglobulus – 10% 25,0 a 100,0
Eucalyptus pseudoglobulus – 5% 17,7 a 70,8
Eucalyptus pseudoglobulus – 2,5% 4,8 b 19,2
Eucalyptus pseudoglobulus – 1,25% 1,1 b 4,4
Testemunha (Acetona) 0,0 b -
C.V.(%) 6,83
*Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5%
de probabilidade.
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Eucalyptus pseudoglobulus
0
5
10
15
20
25
30
0 1,25 2,5 5 10
Concentração (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 22.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com
Eucalyptus pseudoglobulus em diferentes concentrações. Avaliação após 72
horas.
63
Tabela 25.
Avaliação da eficiência do óleo essencial de Eucalyptus maideni
sobre
operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por
tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**) São Paulo,
SP, fevereiro de 2010.
Tratamento Média* %Ef**
Eucalyptus maideni – 10% 25,0 a 100,0
Eucalyptus maideni – 5% 22,3 a 89,2
Eucalyptus maideni – 2,5% 1,3 b 5,2
Eucalyptus maideni – 1,25% 1,3 b 5,2
Testemunha (Acetona) 0,0 b -
C.V.(%) 2,61 %
*Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5%
de probabilidade.
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Eucalyptus maideni
0
5
10
15
20
25
30
0 1,25 2,5 5 10
Concentração (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 23.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com
Eucalyptus maideni em diferentes concentrações. Avaliação após 72 horas.
64
De todos os produtos naturais testados, os óleos essências foram os que se
mostraram promissores para o controle de C. gestroi, com destaque para os óleos de
Eucalyptus staigeriana, Eucalyptus citriodora, Cymbopogon citriatus e Cymbopogon nardus,
que apresentaram eficiências entre 66 e 100%, para concentrações iguais ou acima de
2,5%.
O óleo mais eficiente contra C. gestroi, nos testes de contato em papel de filtro, foi E.
staigeriana, com eficiência 100%, mesmo na menor concentração testada (1,25%).
Assim sendo, foram escolhidos três desses óleos (E. staigeriana, C. citriatus e C.
nardus) para serem utilizados nos testes de solo. Para esses óleos selecionados, a
mortalidade de C. gestroi foi acima de 99%, nas duas maiores concentrações.
5.3 Teste em Solo
Os óleos essenciais de E. staigeriana, C. nardus e C. citratus apresentaram
eficiências de controle iguais ou acima de 97,6% em todas as concentrações testadas (1,25
a 10%), nos experimentos realizados em solo (Tabelas 26, 27 e 28, Gráficos 24, 25 e 26),
confirmando o bom potencial de uso desses produtos para o controle do cupim C. gestroi,
conforme verificado nos testes de contato em papel de filtro.
65
Tabela 26.
Avaliação da eficiência do óleo essencial de Eucalyptus staigeriana
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por
tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**) São Paulo,
SP, março de 2007.
Tratamento Média* % Ef**
Eucalyptus staigeriana - 10%
24,9 a
99,6
Eucalyptus staigeriana - 5%
24,9 a 99,6
Eucalyptus staigeriana - 2,5% 24,9 a 99,6
Eucalyptus staigeriana - 1,25% 24,4 a 97,6
Testemunha (Água) 0,0 b -
C.V.(%) 0,61
*Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5%
de probabilidade.
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Eucalyptus staigeriana
0
5
10
15
20
25
30
0 1,25 2,5 5 10
Concentração (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 24.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com
Eucalyptus staigeriana em diferentes concentrações. Avaliação após 72
horas.
66
Tabela 27.
Avaliação da eficiência do óleo essencial de Cymbopogon nardus
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por
tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**) São Paulo,
SP, março de 2007.
Tratamento Média* % Ef**
Cymbopogon nardus - 10%
24.90 a
99,60
Cymbopogon nardus - 5%
24.90 a 99,60
Cymbopogon nardus - 2,5% 24.90 a 99,60
Cymbopogon nardus - 1,25% 24.40 a 97,60
Testemunha (Água) 0,00 b -
C.V.(%) 0,90
*Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5%
de probabilidade.
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Cymbopogon nardus
0
5
10
15
20
25
30
0 1,25 2,5 5 10
Concentração (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 25.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com
Cymbopogon nardus
em diferentes concentrações. Avaliação após 72 horas.
67
Tabela 28.
Avaliação da eficiência do óleo essencial de Cymbopogon citratus
sobre operários de Coptotermes gestroi. Mortalidade de operários por
tratamento (Média*) e porcentagem de eficiência (% Ef**) São Paulo,
SP, março de 2007.
Tratamento Média* % Ef**
Cymbopogon citratus - 10%
24,9 a
99,6
Cymbopogon citratus - 5%
24,9 a 99,6
Cymbopogon citratus - 2,5% 24,9 a 99,6
Cymbopogon citratus - 1,25% 24,4 a 97,6
Testemunha (Água) 0,0 b -
C.V.(%) 0,90
*Médias seguidas de mesma letra indicam não haver diferença significativa ao nível de 5%
de probabilidade.
**Porcentagem de eficiência calculada pela fórmula de Abbott (ABBOTT, 1925).
Cymbopogon citratus
0
5
10
15
20
25
30
0 1,25 2,5 5 10
Concentração (%)
Mortalidade (Média*)
Gráfico 26.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após contato em papel filtro tratado com
Cymbopogon citratus
em diferentes concentrações. Avaliação após 72
horas.
68
5.4 Testes com Fungos Entomopatogênicos
Os fungos entomopatogênicos utilizados neste ensaio não apresentaram atividade
sobre operários de C. gestroi, no entanto, o inseticida thiametoxan apresentou 100,0% de
eficiência (Tabela 29).
A alta eficiência de inseticidas neonicotinóides, como é o caso thiamethoxam, no
controle de cupins, também foi reportada por diversos autores (MOINO Jr.; ALVES, 1998;
ALMEIDA et al., 2003).
69
Tabela 29.
Avaliação da eficiência de fungos entomopatogênicos sobre operários
de C.gestroi. Mortalidade de operários por tratamento (Média*) e
porcentagem de eficiência (% Ef**) São Paulo/SP, outubro de 2008.
Tratamento
Média* % Ef**
Testemunha (Água)
0,0 -
Metarhizium anisopliae
0,0 -
Beauveria bassiana
0,0 -
Metarhizium anisopliae + Beauveria bassiana
0,0 -
Thiametoxan
25,0 100,0
Mortalidade (Média*)
0
5
10
15
20
25
30
Metarhizium anisopliae Metarhizium anisopliae +
Beauveria bassiana
Thiametoxan
Gráfico 27.
Média de mortalidade (Média*) de operários de Coptotermes gestroi,
calculada pela fórmula de Abbott após tratamento com fungos
entomopatogênicos.
Embora os entomopatógenos não tenham causado mortalidade aos cupins da
espécie C. gestroi, no presente estudo, trabalhos realizados com cupins subterrâneos
(Cornitermes cumulans, Heterotermes tenuis) associados à cana-de- açúcar, indicaram bom
potencial de uso de B. bassiana e M. anisopliae no combate desses cupins, principalmente
quando aplicados em iscas contituídas de papelão corrugado (FERNANDES; ALVES, 1991;
ALMEIDA ; ALVES, 1999; ALMEIDA et al. 2000; ALMEIDA et al., 2003).
A baixa eficiência dos fungos entomopatogêncicos pode estar associada às cepas
dos fungos testados, que não se mostraram efetivas a C. gestroi.
70
Uma outra possibilidade relacionada à ineficiência dos fungos entomopatogênicos no
controle de C. gestroi pode estar ligada ao comportamento dos cupins. Nesses insetos, a
capacidade de limpeza dos indivíduos mantém as colônias livres de patógenos, dificultando
o controle microbiano (MOINO Jr.; ALVES, 1998).
Nesse aspecto, o uso de alguns agentes estressores pode afetar os mecanismos
comportamentais dos cupins, facilitando o controle microbiano. A utilização, por exemplo, de
alguns inseticidas (ex.: imidacloprid) em concentrações subletais pode alterar esse
comportamento de limpeza, agindo de forma sinérgica com os entomopatógenos (BOUCIAS
et al., 1996a; MOINO Jr.; ALVES, 1998). Também outros hábitos comportamentais como
trofalaxia, tigmotropismo, lambimento (“grooming”) e canibalismo podem contribuir para o
estabelecimento de epizootias nas colônias, facilitando a disseminação dos patógenos dos
indivíduos infectados para os sadios, sendo relevantes no aspecto de defesa do inseto
contra o estabelecimento de agentes patogênicos (ALMEIDA; ALVES, 1996; BOUCIAS et
al., 1996b).
Estudos com agentes estressores de origem vegetal (extratos de plantas ou óleos)
que possam ser associados com fungos entomopatogênicos pode ser uma alternativa
interessante para o manejo de cupins de diferentes espécies. Essa estratégia poderia
viabilizar o uso de entomopatógenos, aumentando sua eficiência, assim como,
possibilitando o uso de produtos naturais, em baixas concentrações (subdosagens), apenas
para afetar o comportamento de limpeza dos cupins.
O uso de produtos naturais em subdosagens pode tornar viável economicamente o
emprego de vários compostos, que necessitam ser utilizados em altas concentrações para
matar os cupins, ou que sejam difíceis de serem produzidos e/ou adquiridos em grandes
quantidades no país.
5.5 Teste em Campo
Com base nos experimentos de solo, os produtos escolhidos para os testes de
campo foram: E. staigeriana, C. nardus. Para os testes de campo, também foi incluída uma
testemunha, com utilização somente de água. As aplicações foram realizadas em 15 árvores
(5 por tratamento), no dia 06 de novembro de 2009 e as avaliações ocorreram nos dias: 04
de dezembro de 2009, 04 de janeiro e 05 de fevereiro de 2010.
71
Notou-se, durante as avaliações, que as árvores tratadas com água (testemunha)
continuaram infestadas por cupins. Enquanto que as outras, tratadas com os produtos
naturais escolhidos, apresentaram queda considerável na infestação térmita, como mostra a
Tabela 29.
Um ponto interessante observado, no momento da aplicação, em relação ao C
nardus, foi a tentativa de migração dos cupins da área tratada para a região sem produto na
árvore, indicando que a citronela possui uma possível ação repelente para esse inseto.
Os resultados obtidos neste trabalho são de grande importância prática, podendo
servir para recomendação de pelo menos dois óleos essenciais para o controle do cupim C.
gestroi presente em árvores, o que pode ser de grande valia para as áreas urbanas do país,
devido à possibilidade de redução no uso de inseticidas químicos, menor risco de
intoxicação de pessoas e animais domésticos e menor contaminação ambiental.
Uma grande vantagem relacionada à recomendação de uso de óleos essenciais de
E. staigeriana e C. nardus para o controle de C. gestroi está no fato destes óleos poderem
ser adquiridos no comércio, sem dificuldade, no Estado de São Paulo.
Tabela 30.
Resultado dos tratamentos em campo com Água, Eucalyptus staigeriana e
Cymbopogon nardus, apresentados em porcentagem de controle
Tratamento 04/dez 04/jan 05/fev
Água 0,0% 0,0% 0,0%
Eucalyptus staigeriana
80,0%
80,0%
80,0%
Cymbopogon nardus
80,0%
80,0%
80,0%
72
6 CONCLUSÕES
De um total de 3560 exemplares de árvores e palmeiras avaliados no Parque
Fernando Costa, em São Paulo, 48 (1,35%) apresentavam atividade de C. gestroi e 99
(2,78%) tinham danos causados por atividade termítica.
A espécie arbórea Pinnus sp. apresentou um maior número de exemplares
infestados, em relação as demais.
A espécie com maior ocorrência de danos por atividade termítica foi a Tipuana tipu
(Tipuana).
Os óleos essenciais de Eucalyptus staigeriana, Cymbopogon nardus e Cymbopogon
citratus foram os produtos que se mostraram mais promissores para o controle de
Coptotermes gestroi, em condições de laboratório.
Os fungos entomopatogênicos Metarhizium anisopliae e Beauveria bassiana não
foram eficientes no controle de C. gestroi.
Os óleos essenciais de Eucalyptus staigeriana e Cymbopogon nardus foram
eficientes no tratamento de árvores para o controle de Coptotermes gestroi.
73
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Técnico do Instituto Biológico, São Paulo, v.10, p.5-40.
ZORZENON, F. J. e POTENZA, M.R. (Coord.). Cupins: pragas em áreas urbanas. Bol. Téc.
Inst. Biol., São Paulo, n.18, 2006.
ZORZENON, F. J.. Isoptera. 2007 (Aula em disciplina de pós-graduação do Instituto
Biológico).
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