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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA
AVALIAÇÃO DOS PROTOCOLOS DE SINCRONIZAÇÃO
DE ESTRO EM OVELHAS, COM DIFERENTES TEMPOS DE
EXPOSIÇÃO AOS PROGESTÁGENOS E DISTINTAS DOSES DE
eCG
JUNGIRO IWAMURA
Botucatu – SP
Dezembro - 2008
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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA
AVALIAÇÃO DOS PROTOCOLOS DE SINCRONIZAÇÃO DE ESTRO
EM OVELHAS, COM DIFERENTES TEMPOS DE EXPOSIÇÃO AOS
PROGESTÁGENOS E DISTINTAS DOSES DE eCG
JUNGIRO IWAMURA
Dissertação apresentada à
Faculdade de Medicina Veterinária
e Zootecnia da Universidade
Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho”, Campus de
Botucatu, para a obtenção do título
de Mestre em Medicina
Veterinária, Área Reprodução
Animal.
Orientadora: Profa. Dra. Eunice Oba
Co-Orientadora: Profa. Dra. Maria
Inês Lenz Souza
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ii
Nome do Autor: Jungiro Iwamura
Título: AVALIAÇÃO DOS PROTOCOLOS DE SINCRONIZAÇÃO DE ESTRO
EM OVELHAS, COM DIFERENTES TEMPOS DE EXPOSIÇÃO AOS
PROGESTÁGENOS E DISTINTAS DOSES DE eCG
COMISSÃO EXAMINADORA
_________________________________________________________________
Profa. Dra. Eunice Oba
Presidente e Orientadora
Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária
FMVZ – UNESP – Botucatu
________________________________________________________________
Prof. Dr. Sony Dimas Bicudo
Membro
Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária
FMVZ – UNESP - Botucatu
_______________________________________________________________
Prof. Dr. Wilter Ricardo Russiano Vicente
Membro
Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Reprodução Animal
FCAV – UNESP – Jaboticabal
Data da Defesa: 12 de dezembro de 2008.
iii
DEDICATÓRIA
A Deus, pelo dom da vida e por todas as graças concedidas.
Ao meu pai e in memoriam a minha mãe, por me proporcionarem mais uma conquista.
Aos meus irmãos, Massae, Leikka e Shiguenori, pela motivação e colaboração na
realização deste mestrado.
iv
AGRADECIMENTOS
Ao curso de Pós-graduação da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
(FMVZ) da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Botucatu-SP e ao
Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária (RARV) pela
oportunidade de aprimoramento técnico-científico e acadêmico.
À orientadora, professora Dra. Eunice Oba, pelos valiosos ensinamentos
técnicos, pela dedicação, compreensão, não medindo esforços para a realização deste
trabalho.
À Co-orientadora, professora Dra. Maria Inês Lenz Souza, pela valiosa
colaboração sem a qual não seria possível a realização deste trabalho.
Aos professores Dr. Sony Dimas Bicudo e João Carlos Pinheiro Ferreira, pela
importante colaboração e sugestões.
Ao colega de profissão, Fernando Pampani, pelo apoio, amizade e ajuda na
realização deste trabalho.
Ao Doutorando Rodrigo Bittencourt, pela amizade, colaboração na estatística e
ensinamentos que foram compartilhados.
Ao proprietário da fazenda Lago Azul, Daniel César Garrido dos Santos, por ter
cedido os animais e seus funcionários para execução deste experimento.
Aos colegas de pós-graduação, Luciana Leal, Jeane, Giovana, pelos valiosos
auxílios na condução do experimento.
Aos colegas de pós-graduação, Ian, Nina, Wolff, Caroline e Leandro, pelas
sugestões.
Aos funcionários da Fazenda Lago Azul.
.
A todos os professores, pelo excelente convívio e pelas lições científicas que nos
transmitiram.
Aos funcionários da secretaria de pós-graduação, Maria, Denise e Zé Roberto.
A todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram nesta importante
etapa de minha formação profissional.
MUITO OBRIGADO!
v
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - Ocorrência de estro em ovelhas Santa Inês Tratadas com MAP
e eCG
25
TABELA 2 -
Valores médios dp) das concentrações plasmática de
progesterona (ng/mL) em ovelhas Santa Inês tratadas com MAP
e eCG, na inserção (H1), remoção da esponja (H2) e no dia da
inseminação artificial (H3)
27
TABELA 3 -
Taxa de prenhez e cordeiros nascidos em ovelhas Santa Inês
tratadas com MAP e eCG
29
vi
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Representação esquemática do protocolo de sincronização do
estro em ovelhas da raça Santa Inês no Grupo I
21
Figura 2 - Representação esquemática do protocolo de sincronização do
estro em ovelhas da raça Santa Inês no Grupo II
21
Figura 3 - Representação esquemática do protocolo de sincronização do
estro em ovelhas da raça Santa Inês no Grupo III
21
SUMÁRIO
página
RESUMO ix
ABSTRACT x
1. INTRODUÇÃO 1
2. REVISÃO DA LITERATURA 3
2.1. Foliculogênese 3
2.2. O ciclo estral em ovinos 5
2.2.1. Fase Folicular 5
2.2.2. Fase Luteal 6
2.3 Fármacos utilizados para controle do ciclo estral ovino 7
2.3.1. Progesterona e progestágenos 7
2.3.2. Gonadotrofina Coriônica Eqüina (eCG) 9
2.3.3. Prostaglandina F
2
α (PGF
2
α) e análogos 10
2.3.4. Hormônio Liberador de Gonadotrofinas (GnRH) 11
2.4. Protocolos de sincronização do ciclo estral e da ovulação dos ovinos 11
2.4.1. Protocolos com progesterona/progestágenos 12
2.4.2. Protocolos com prostaglandinas e análogos 15
2.4.3. Protocolos com prostaglandinas e análogos 16
3. OBJETIVOS 19
3.1. OBJETIVO GERAL 19
3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 19
4. MATERIAIS E MÉTODOS 20
4.1. Local e animais 20
4.2. Manejo experimental 20
4.2.1. Experimento I 20
4.2.2. Experimento II 22
4.2.3. Detecção do estro pós-tratamento 22
4.2.4. Inseminação artificial 22
4.2.5. Diagnóstico de gestação 23
4.2.6. Dosagem de progesterona 23
4.2.7. Análise estatística 23
viii
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 25
6. CONCLUSÕES 33
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 34
8. TRABALHO CIENTÍFICO 42
ix
IWAMURA, J. Avaliação dos protocolos de sincronização de estro em ovelhas com
diferentes tempos de exposição aos progestágenos e distintas doses de eCG.
Botucatu, 2008. 58p. Dissertação (Mestrado) Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia, Campus de Botucatu, Universidade Estadual Paulista.
RESUMO
Objetivou-se avaliar protocolos de sincronização do estro e da ovulação, com esponja
impregnada de acetato de medroxiprogesterona (MAP), mantida por diferentes períodos
(G grupo - I e GII 6 dias, GIII e GIV 9 dias e GV e GVI 13 dias) e associado a
duas dosagens de gonadotrofina coriônica eqüina (eCG, GII, GIV e GVI 350UI e
GIII, GV e GVI 500UI). Assim, ovelhas da raça Santa Inês (n=53) receberam
pessários intra-vaginais de MAP, com administração do eCG no momento da retirada.
A inseminação foi realizada 48 horas após a retirada dos pessários, pela via cervical
superficial, empregando-se sêmen fresco. A taxa de gestação foi determinada através da
ultra-sonografia 60 dias após a inseminação. A progesterona plasmática foi determinada
através de radiomunoensaio. As taxas de estro e prenhez nos grupos GI, GII, GIII, GIV,
GV e GVI foram, respectivamente, 90% e 30 %; 100% e 33,3%; 100% e 33,3; 20% e
20%; 100% e 37,50 % e 80% e 40%. Foi observada diferença estatística quanto ao
número de ovelhas em estro (P<0,05), mas a taxa de prenhez entre os grupos foram
semelhantes. No momento da retirada do pessário, a concentração de progesterona foi
superior (P<0,05) para os grupos de nove dias (GII e GV). Conforme os resultados
obtidos neste estudo, conclui-se que a dosagem de eCG não influenciou os resultados
obtidos e que o protocolo de curta duração pode ser utilizado com eficácia semelhante
ao de longa duração, para a sincronização de estro das ovelhas.
Palavras-Chave: Progestágeno, eCG, ovelha, sincronização de estro, inseminação.
x
IWAMURA, J.Evaluation of protocols for synchronization of estrus in sheep with
different times of exposure to different doses of progestogen and eCG. 58p.
Botucatu, 2008. Dissertação (Mestrado) Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia, Campus de Botucatu, Universidade Estadual Paulista.
Abstract
The aim was to analyze the estrous and ovulat
ion synchronization´s protocols, with
medroxyprogesterone acetate (MAP), maintained by different periods (G group -
I and
GII - 6 days, GIII and GIV - 9 days and GV and GVI -
13 days) and linked to two doses
of equine chorionic gonadotropin (eCG, GII, GIV and GVI -
350UI and GIII, GV and
GVI-
500UI). Thus, Santa Ines sheep breed (n=53) received intravaginal pessaries of
MAP, with administration of eCG at the time of withdrawal. The insemination was
performed 48 hours after the withdrawal of pessaries, thr
ough superficial cervical, using
fresh sperm. The pregnancy rate was determined by ultrasound 60 days after
insemination. The progesterone plasma was determined by radiomunoensaio. The rate of
estrus and pregnancy in groups GI, GII, GIII, GIV, GV and GVI w
ere respectively, 90%
and 30%; 100% and 33.3%; 100% and 33.3; 20% and 20%; 100% and 37.50% and 80%
and 40%. The number of ewes in estrus was a statistical difference in (P< 0.05) , but the
pregnancy rates between the groups were similar. At the time of wit
hdrawal of the
pessaries, the concentration of progesterone was higher (P <0.05) for groups of nine days
(GII and GV). It was concluded that the strength of eCG did not influence the results and
that the protocol of short duration can be used with similar efficacy to the long-
term for
the synchronization of estrus of sheep.
Key words: Progestagen, eCG, sheep, synchronization of estrus, insemination.
INTRODUÇÃO
Introdução
1
1 Introdução
A ovinocultura tem-se destacado no setor agropecuário, proporcionando bom
retorno econômico ao empreendedor, sendo uma atividade que apresenta enorme
potencial produtivo. Segundo dados preliminares do IBGE – Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (2006), o rebanho ovino efetivo do Brasil, no referido ano, era de
13.856.747 de cabeças, com o maior número de animais na região Nordeste
(7.752.139), seguida pela região Sul (3.998.753). Em quarto lugar está a região Sudeste,
que passou de 399.925 cabeças em 2001, para 763.617 em 2006. O Estado de São
Paulo, com o maior rebanho da região Sudeste (460.746), representa 60,3% desses
ovinos (IBGE, 2006). Do ano de 2003, quando o rebanho ovino era de apenas 287.722
animais (IBGE, 2003), até o ano de 2006 (IBGE, 2006), o Estado registrou um avanço
de 62,4% no número de cabeças, mais de 20% ao ano, devido ao aquecimento da
ovinocultura na região e no Brasil.
Contudo, apesar de o Brasil ser um dos maiores produtores de ovinos do mundo,
a sua produção ainda está bem abaixo da demanda do mercado interno de carne e couro
dessa espécie. Ainda que o rebanho de ovinos, de um modo geral, esteja mostrando
sinais de crescimento, são principalmente as importações que têm crescido nos últimos
três anos. Para o abastecimento do mercado interno, o Brasil importou em 2004 cerca de
3,1 milhões de toneladas de carne, saltando para 7,2 milhões de toneladas de carne de
ovinos, em 2006. Cerca de 95% das importações provêm do Uruguai que tem
conseguido colocar seu produto no País, com qualidade e a um preço relativamente
menor do que o praticado no mercado interno (COSTA e ZANELLA, 2006).
Nesse cenário de crescimento da ovinocultura, busca-se uma maior
produtividade e menor custo de produção (SIMPLICIO, 2006). A sincronização do estro
é uma ferramenta importante, por possibilitar concentração de partos e,
conseqüentemente, melhor supervisão durante o nascimento, gastos reduzidos com
mão-de-obra, melhorando o manejo dos animais e maximizando a sua produtividade,
além de servir como base para diversas biotécnicas reprodutivas, o que eleva a sua
importância na reprodução animal. Associada à inseminação artificial, a sincronização
do estro possibilita melhorias no manejo reprodutivo do rebanho ovino e promove o
desenvolvimento genético do mesmo, através da utilização de reprodutores
zootecnicamente superiores. Além disso, reduz o risco de disseminação de enfermidades
Introdução
2
no rebanho, já que se tem o controle sanitário do doador de sêmen (BARBAS et
al.,2002) e proporciona a obtenção de lotes de animais mais homogêneos para o abate
(COSTA et al., 2007).
O protocolo mais utilizado para a sincronização do estro é a associação da
progesterona ou progestágenos ao eCG, o que possibilita aumento na resposta
ovulatória, na taxa de concepção e no percentual de partos múltiplos por ovulação
induzida e reduz o tempo entre a retirada da esponja e o estro (BARRET et al., 2004).
No entanto, a taxa de fertilidade está diretamente relacionada ao tempo de tratamento.
Nos tratamentos curtos maior ovulação de folículos jovens e, consequentemente,
maior fertilidade (BECK et al., 1993; BICUDO e SOUSA, 2003). O contrário ocorre
com tratamentos longos, devido à ovulação de ovócitos velhos (VIÑOLES et al., 2001;
MENCHACA e RUBIANES, 2004).
Assim, o objetivo geral foi avaliar as diferentes durações de protocolos de
sincronização de estro em ovinos, utilizando-se progestágeno.
REVISÃO DE LITERATURA
Revisão da Literatura
3
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Foliculogênese
A foliculogênese na ovelha inicia-se na vida fetal e, ao nascimento, tem-se
determinado o número de folículos primordiais nas gônadas (COSTA, 2007). Grande
parte desses folículos degenera-se durante o seu desenvolvimento pelo processo
conhecido como atresia folicular e, apenas uma pequena parte destes passará pelo
processo de maturação e chegará à ovulação (MORAES et al., 2002).
O crescimento folicular dá-se em ondas e, segundo Evans (2003), o número de
ondas foliculares por ciclo estral na ovelha é de dois a quatro. Durante seu crescimento,
o folículo primordial pode chegar até a ovulação ou sofrer atresia. Geralmente, apenas
um folículo chega a ovular (COCCIA et al., 2004), enquanto a grande maioria atrofia
(HUNTER et al., 2004i; McNATTY et al., 2007). Uma diminuição nos receptores de
FSH (Hormônio folículo-estimulante) nas células da granulosa do folículo pode levá-lo
à atresia, pois o FSH estimula a mitose naquelas células (HAFEZ e HAFEZ, 2004). Na
passagem do folículo primordial a primário ou pré-antral, fatores de crescimento estão
envolvidos (FORTUNE et al., 2004; McNATTY et al., 2007) e, na fase pré-antral, as
gonadotrofinas têm uma certa importância no crescimento daquele folículo, porém
menor em relação aos fatores de crescimento (WEBB et al., 2004).
Na fase de folículo primário, começam a formar-se receptores de
gonadotrofinas, para o LH (Hormônio luteinizante) na teca e para FSH na granulosa,
necessários para entrar na fase dependente de gonadotrofinas. Nesta fase, sob estímulo
do FSH, as células da granulosa convertem os andrógenos, produzidos nas células da
teca pela ação do LH, em estrógenos (FORTUNE et al., 2004).
Com a formação do antro, pela atuação do estrógeno e FSH nas células da
granulosa, os folículos entram em rápido período de crescimento e há uma maior
dependência ao FSH, com mais receptores sendo formados pela atuação do estrógeno,
ficando mais susceptíveis à atresia (MOURA, 2000).
O FSH é responsável pelo início de uma nova onda folicular e pelo recrutamento
de novos folículos (GINTHER et al., 1995; FORTUNE et al., 2001). Duggavathi et al.
(2005), pesquisando se existe um ritmo no pico de FSH em ovelhas, com a onda de
crescimento folicular, concluíram que o padrão de crescimento do folículo parece não
depender do ritmo daquele hormônio. No período de anestro, de acordo com Evans
Revisão da Literatura
4
(2003), existem flutuações na concentração de FSH durante o desenvolvimento
folicular. Na fase luteal, ocorre o crescimento do folículo sob a dependência do FSH
(PICAZO e LÓPEZ-SEBASTIAN, 1995).
A utilização de suplementação de progesterona e estradiol, durante 20 dias, em
ovelhas, determinou inibição da emergência da onda folicular pela inibição do pico de
FSH e redução da reserva de folículos menores (2 – 3 mm - milímetro) (BARRET et al.,
2007). Ao utilizar implante de estradiol houve inibição no pico de FSH e na emergência
de uma nova onda mas, ao fornecer FSH (ovino), recomeçou novo crescimento
(BARRET et al., 2006). No anestro, Meikle et al. (2001) estudaram a ação do estradiol
naquela espécie, com três grupos experimentais: Grupo I controle com solução
salina; grupo II uma aplicação de estradiol (1 µg/kg); no grupo III, duas aplicações de
estradiol, com a segunda dose 24 horas após a primeira, constatando-se que esse
tratamento não induziu a ovulação, mas provocou a regressão dos folículos grandes,
sincronizando uma nova onda de crescimento folicular.
Para testar a dominância do maior folículo sobre os outros em ovelhas, Evans
(2003) eliminou esse folículo e observou a emergência de uma nova onda folicular. Ao
eliminar todos os folículos, nos dias quatro e cinco depois do estro, iniciou-se uma
segunda onda folicular com a liberação de FSH, indicando o efeito do folículo
dominante sobre os outros. Esta dominância existe pela atuação de fatores
intraovarianos sobre os seus subordinados (GONZALEZ-AÑOVER et al., 2007)
Sob ação dos hormônios FSH, estrógeno, LH e por fatores parácrinos e
autócrinos produzidos localmente, como fator de crescimento semelhante à insulina
(IGF), proteínas de união ao IGF (IGFBP), inibina e ativina no folículo antral, começam
a formar-se receptores para LH nas células da granulosa, enquanto os de FSH diminuem
(GINTHER et al., 1999), pela atuação da inibina, a qual controla a sua secreção, mas o
contrário não acontece (McNEILLY et al., 1989; CAMPBELL et al., 1991). O folículo
torna-se, progressivamente, mais dependente ao LH e começa a ser responsável pela
secreção de estrógeno (RICHTER et al., 2002; BERLINGUER, 2007). De acordo com
Campbell et al. (1990), antes do estro o folículo ovulatório secreta androstenediona e
estradiol, em resposta à baixa amplitude no pulso de LH (1 2 ng/mL) e, depois do
estro, o pulso atinge 20 a 100 ng/mL até cessar abruptamente, pelo aumento da
progesterona. Dobson et al. (1997) administrando em ovelhas um antagonista de GnRH
(Hormônio liberador de gonadotrofina) e o hormônio LH de forma contínua, isto é, por
Revisão da Literatura
5
várias horas, mimetizando o pulso de LH, na dose de 1 ng/mL por 8 dias, observaram
que o folículo respondeu, nesse período, secretando estrógeno e androstenediona até
declinar. Pelas pesquisas feitas por Campbell et al. (2007), o desenvolvimento do
folículo ovulatório não requer pulsatilidade de LH.
Vinte e quatro horas antes da ovulação, o oócito reinicia a meiose que havia
parado na profase I e termina após a formação do primeiro corpúsculo polar (LEAL e
ADONA, 2006) e, 32 horas após o início do estro, ocorre a ovulação (SOUZA et al.,
1994).
2.2 O ciclo estral em ovinos
A ovelha inicia a sua fase reprodutiva em torno dos seis meses de idade, com o
aparecimento do primeiro estro que, na maioria das vezes, é infértil por não ocorrer
ovulação. A ocorrência da primeira ovulação é influenciada pela raça, idade, peso,
estação do ano e nutrição (GRANADOS et al., 2000; PAPACHRISTOFOROU et al.,
2000).
O ciclo estral é regulado por mecanismos endócrinos e neuroendócrinos,
relacionados principalmente com os hormônios hipotalâmicos, as gonadotrofinas e os
esteróides (HAFEZ e HAFEZ, 2004). A secreção de hormônios gonadotróficos e a
ocorrência do comportamento sexual durante o ciclo estral das ovelhas são
conseqüências da interação entre os mecanismos regulatórios de vários hormônios
ovarianos (KARSCH et al., 1980).
O ciclo estral da ovelha tem duração de 17 ± 2 dias e divide-se em uma fase
luteal, que se estende do dia 2 (estro = 0) até o dia 13, e uma fase folicular, que
compreende desde o dia 14 até o dia 1 (RUBIANES, 2000a).
2.2.1 Fase Folicular
A fase folicular dura cerca de 20% do ciclo estral e é o período compreendido
entre a luteólise e a ovulação (MORELLO e CHEMINEAU, 2008). Esta fase é
caracterizada pelas alterações hipotalâmicas, com a diminuição da retroalimentação
negativa do estradiol e aumento na liberação dos pulsos de LH (KINDER et al., 1995).
Esta fase apresenta dois períodos: o proestro e o estro.
Revisão da Literatura
6
O proestro tem duração de dois a cinco dias e é iniciado quando a concentração
dos níveis plasmáticos de progesterona diminuem abaixo de 1ng/mL, como
conseqüência da secreção de prostaglandina uterina, que provoca a luteólise
(MORELLO e CHEMINEAU, 2008). A partir daí um incremento na secreção das
gonadotrofinas hipofisárias, que promovem o crescimento folicular e,
conseqüentemente, estimulam a secreção e liberação de estrógeno na corrente
sangüínea.
As concentrações séricas de estrógeno aumentam progressivamente e estão
associadas com alterações nos órgãos reprodutivos e com o aumento no suprimento
sanguíneo no trato genital. As ovelhas não apresentam sinais evidentes durante o
proestro, entretanto, com a aproximação do estro, aparecem os sinais como vulva
intumescida, vestíbulo hiperêmico, e as glândulas da cérvix e da vagina produzem
secreção serosa semelhante a uma descarga vaginal (JAINUDEEN e HAFEZ, 1993). É
importante citar que, para que o estradiol desencadeie, na ovelha, o comportamento de
estro, é necessário um período de exposição prévio da fêmea à progesterona (HAFEZ e
HAFEZ, 2004).
A duração do estro varia de 20 a 48 horas na ovelha (LINDSAY, 1991;
MORAES et al., 2002). O pico de LH, que inicia em sincronia com o começo do estro,
resulta em dois fenômenos independentes: a luteinização das camadas da parede
folicular e a ruptura do folículo ovulatório, culminando com a ovulação (MORAES et
al., 2002). Esta é espontânea e ocorre no final do estro, cerca de 24 a 27 horas após o
início deste. Ovulações duplas e triplas são comuns, e ocorrem dentro de duas horas
após a primeira ovulação (LINDSAY, 1991).
2.2.2 Fase Luteal
O início desta fase ocorre com o rompimento do folículo ovulatório e a formação
de um corpo lúteo que começa a secretar quantidade significante de progesterona, um
ou dois dias pós-ovulação, alcançando sua função plena após cinco dias (MORAES et
al., 2002).
À medida que o corpo lúteo evolui, as concentrações de progesterona (P
4
) no
sangue periférico, começam a aumentar, no terceiro dia após a ovulação, quando um
novo corpo lúteo inicia a sua atividade. As concentrações máximas foram observadas
Revisão da Literatura
7
nos dias 10 – 12 (5 n g/mL nanograma por mililitros) (FOSTER et al., 1975) e
mantidas até a luteólise nos dias 14 15 (HAUGER et al., 1977). Norris et al. (1989)
encontraram concentrações plasmáticas de progesterona nas ovelhas, no terceiro dia, de
1,79 ± 0,23 ng/mL, as quais atingiram sua máxima concentração de 4,90 ± 0,50 ng/mL,
no dia 12 do ciclo, sendo que ainda houve uma concentração média de P
4
, desde o
quarto ao décimo quarto dias de 5,11 ± 2,02 ng/mL, enquanto que, nos outros dias do
ciclo, as concentrações mantiveram-se abaixo de 2 ng/mL. Já Gonzaléz-Reyna et al.
(1991), trabalhando com ovelhas deslanadas, encontraram o pico de P
4
sérica no nono
dia do ciclo estral com um valor de 1,8 ng/mL. A partir desse momento, as
concentrações diminuíram significativamente para atingirem valores abaixo de 1 ng/mL,
no dia 17. Com o aumento da concentração de progesterona, uma diminuição da
frequência e um aumento da amplitude no pulso de LH, sem o crescimento dos folículos
maiores. Com a redução dos níveis de progesterona, observa-se o efeito contrário
(McNEILLY et al., 1987). Este evento ocorre devido à atuação inibitória da
progesterona sobre a liberação tônica e pulsátil de GnRH (ROBINSON et al., 2000).
De acordo com Goodman et al. (1981), a concentração de progesterona sérica na
dose de 1 ng/mL, em ovelhas, inibiu a liberação de LH apenas na presença de altos
níveis de estrógeno e, para Caraty e Skinner (1999), a inibição da secreção do LH
depende desses dois hormônios.
A progesterona produzida pelo corpo lúteo inibe a ocorrência da ovulação
devido à retroalimentação negativa na secreção de LH, sem afetar a liberação de FSH
(PELUSO, 2006). Desta forma o crescimento folicular até o momento de desvio do
mesmo (GINTHER et al., 1995). Caso neste momento ocorra a suplementação artificial
com LH, poderá ocorrer a ovulação desse folículo (MORAES et al., 2002), com
probabilidade de formação de um corpo lúteo anormal.
O final da fase luteal acontece pela presença do fator luteolítico, a
prostaglandina F
2
α (PGF
2
α), produzida pelo endométrio durante todo o ciclo estral, mas
com sua concentração máxima atingida no momento pré-luteólise (COSTA, 2007).
2.3 Fármacos utilizados para controle do ciclo estral ovino
Desde o início da década de 60, um dos grandes avanços no manejo reprodutivo
de ovinos foi o uso dos progestágenos e/ou progesterona (ROBINSON, 1964) que
atuam bloqueando a liberação de LH (CONTRERAS-SOLES et al., 2008). Depois,
Revisão da Literatura
8
surgiram outros hormônios utilizados para o controle do ciclo estral, tais como a eCG , a
prostaglandina e o GnRH. A eCG possui funções de FSH e LH. Nas pesquisas
realizadas por Liu et al. (2007), durante o uso da eCG associada com progestágenos em
ovelhas ocorreram modificações na estrutura do folículo antral, com aumento do seu
crescimento e alteração na atividade secretória de estrógeno.
O segundo hormônio citado é a prostaglandina, sintética ou natural, com funções
luteolíticas. Ele atua no corpo lúteo funcional (ROSADO et al., 1998), interrompendo a
fase progestacional do ciclo estral e iniciando um novo ciclo (HERRERA et al., 1990).
O terceiro hormônio é o GnRH, que atua na liberação de LH e possui bons
resultados em protocolos para sincronização da ovulação, podendo contribuir para os
programas de inseminação artificial em tempo fixo (MENCHACA e RUBIANES,
2004).
2.3.1 Progesterona e progestágenos
A progesterona é o progestágeno natural mais conhecido, um hormônio esteróide
produzido pelo corpo lúteo, pela placenta e pelas glândulas adrenais (HAFEZ e HAFEZ,
2004), e muitos análogos sintéticos têm sido desenvolvidos através da alteração da sua
estrutura sintética. A progesterona e os progestágenos são amplamente utilizados para a
sincronização do estro em ovelhas (RUBIANES et al., 1997) e os compostos mais
empregados são medroxiprogesterona, fluorogestona (FGA), melengestrol,
norgestomet, aliltrembolone e proligestone (BENITES, 1999).
Atualmente, existem no mercado dois tipos de progesterona, a progesterona
natural e a sintética, aplicada pelas vias subcutânea (implantes ou injeção) ou
intramuscular, pessário intravaginal e via oral (MENEGATOS et al., 2003). Das
progesteronas sintéticas, o FGA e o MAP, impregnados na esponja, são as mais
utilizadas para o controle do ciclo estral ovino, sendo o FGA 25 vezes mais potente que
a progesterona natural (ROBINSON, 1964). Das fontes de progesterona natural, tem-se
o CIDR (Controlled internal drug release dispenser), um dispositivo intravaginal com
0,3 mg de progesterona que é liberada e absorvida na mucosa vaginal e lançada na
corrente sangüínea, sendo eficiente para bloquear a liberação de gonadotrofinas
(WHEATON et al., 1993). Esse dispositivo causa menos vaginite que as esponjas
intravaginais (RUBIANES, 2000a).
Revisão da Literatura
9
Os progestágenos atuam inibindo a secreção hipofisária de LH (HAFEZ e
HAFEZ, 2004). A utilização destes compostos tem como objetivo aumentar seu nível
plasmático, simulando uma fase luteínica artificial, diminuindo-o posteriormente,
desencadeando uma fase estrogênica e promovendo, consequentemente, o estro e a
ovulação (BENITES, 1999, RUBIANES, 2000b). Entretanto os progestágenos podem
causar uma assincronia entre estro e ovulação, dependendo do estado de
desenvolvimento do folículo no momento de sua retirada (ROCHE et al., 1999),
levando o folículo ovulatório a crescer em diâmetro e resultar numa baixa fertilidade
(GONZALEZ-BULNES et al., 2005; BERLINGUER et al., 2007). Para Flynn et al.
(2000), com o uso da esponja com progesterona por 14 dias, em ovelhas, verifica-se
uma diminuição da liberação da progesterona pela esponja até o dia 14, a partir do
segundo dia (HUSEIN et al., 2002), com efeito inibitório deste hormônio sobre a
freqüência do pulso de LH, havendo, no entanto, o crescimento do folículo em
diâmetro. Apesar da ovulação destes folículos envelhecidos, Evans (2003) ressalta que
os ovócitos produzidos são menos competentes para gerar embriões de qualidade em
relação aos folículos novos, como acontece nos protocolos curtos (BECK et al., 1993;
BICUDO e SOUSA, 2003). Viñoles et al. (2001) demonstraram que o comprimento do
tratamento com progestágeno, em ovelhas, determina a duração do crescimento do
folículo ovulatório, a qual foi inversamente proporcional à taxa de prenhez das ovelhas.
2.3.2 Gonadotrofina Coriônica Eqüina
A gonadotrofina coriônica eqüina, originalmente chamada gonadotrofina sérica
da égua prenhe (PMSG) foi descoberta a partir de experiências com ratos imaturos, nos
quais o sangue de éguas prenhas produzia maturidade sexual. A eCG foi uma das
primeiras gonadotrofinas comercialmente disponíveis na indústria da superovulação dos
animais domésticos (HAFEZ e HAFEZ, 2004).
O protocolo de sincronização do estro e da ovulação em ovelhas mais utilizado
rotineiramente envolve as esponjas intravaginais com progestágenos, mantidas por 12 a
14 dias, associadas à eCG (ZARKAWI, 2001). De acordo com Evans (2003), o uso
dessa associação interfere no desenvolvimento, na idade e no número de folículos.
Ustuner et al. (2007) estudaram o momento da aplicação da eCG na
sincronização de estro de ovelhas utilizando protocolo com FGA em 68 ovelhas. A
Revisão da Literatura
10
aplicação da eCG (300 UI) foi realizada 24 horas antes da retirada da esponja, no
momento da retirada e 24 horas depois da retirada da esponja, sem resultar em nenhuma
diferença estatística nas taxas de prenhez e de nascimento.
Para Cline et al. (2001) e Timurkan et al. (2005), a eCG apresenta bons
resultados de sincronização do estro e da ovulação, na associação com os progestágenos
e com a inseminação artificial em tempo fixo. Porém o uso repetido da eCG pode causar
a formação de anticorpos anti-eCG e levar a uma baixa fertilidade, devido aos efeitos
negativos sobre a resposta ovulatória e estro tardio (MAUREL et al., 2003).
2.3.3 Prostaglandina F
2
α e análogos
As prostaglandinas foram isoladas, inicialmente, de glândulas sexuais acessórias
e receberam essa nomenclatura pela sua associação com a glândula prostática, sendo
que quase todos os tecidos orgânicos podem secretá-las. A PGF
2α
é o agente luteolítico
natural associado ao final da fase luteínica do ciclo estral (HAFEZ e HAFEZ, 2004).
Com a caracterização da PGF
2
α
como agente luteolítico foram desenvolvidos
diversos análogos sintéticos, de custo reduzido e com o benefício de poderem ser
usados em doses menores com efeitos satisfatórios (RUBIANES, 2000b).
A aplicação de PGF
2
α
ou seus análogos durante a fase luteal do ciclo estral
resulta em luteólise e consequente queda nas concentrações plasmáticas de
progesterona. Isso permite o incremento da frequência de pulsos da secreção tônica de
LH e aumento da secreção de FSH, levando ao crescimento folicular e ovulação
(MORELLO e CHEMINEAU, 2008). De acordo com Menchaca et al. (2004), um dos
maiores empecilhos para o uso dos protocolos com prostaglandina é saber se a fêmea
encontra-se na fase responsiva à prostaglandina, ou seja, com um corpo lúteo de, no
mínimo, três dias (RUBIANES et al., 2003).
A eficácia da PGF
2
α
depende do estágio de funcionalidade do corpo lúteo.
Como no início do ciclo o corpo lúteo ainda se encontra em formação, a PGF
2
α
apresenta-se inefetiva (RUBIANES, 2000b). Desta forma a luteólise pode ser induzida
com uma única aplicação de análogos da PGF
2
α
,
desde que a fêmea se encontre do
terceiro dia do ciclo estral em diante, que nos ruminantes o corpo lúteo começa a
organizar-se logo após a ovulação, tornando funcional após um ou dois dias, com
Revisão da Literatura
11
função plena após cinco dias (MORAES et al., 2002; RUBIANES et al., 2003), quando
as ovelhas se encontram responsivas à ação da PGF
2
α (BENITES, 1999)
.
2.3.4 Hormônio Liberador de Gonadotrofinas
O GnRH liga-se aos receptores das células da adeno-hipófise estimulando a
retenção de cálcio, a ativação da proteína quinase C e o aumento na mobilidade do
inositol, resultando em síntese e secreção do LH e/ou FSH (HAFEZ e HAFEZ, 2004). A
ação do GnRH e seus efeitos na liberação das gonadotrofinas depende da dose, via de
administração, estágio do ciclo estral e freqüência das aplicações. Os níveis máximos de
FSH e LH são atingidos por volta de uma a duas horas após a administração do GnRH e
declinam em quatro a seis horas. A presença de estrógenos aumenta a capacidade
gonadotrófica do GnRH e a progesterona a diminui. Os análogos sintéticos podem
aumentar a sua ação (BENITES, 1999).
A adição de GnRH nos protocolos de sincronização tem o objetivo de
sincronizar a ovulação (MENCHACA e RUBIANES, 2004), facilitando a
implementação da inseminação artificial em tempo fixo (IATF). Segundo Bartlewski et
al. (2004), um dos problemas do uso de GnRH é o momento da sua aplicação. Takada
(2004) observou que a aplicação de 50 µg de GnRH não foi eficaz para a indução da
ovulação devido à falta de sincronia do estro e do tamanho dos folículos no momento da
administração do GnRH. Isso ocorreu porque nem todos os folículos estavam aptos para
responder ao pico de LH estabelecido com a administração do GnRH.
2.4 Protocolos de sincronização do ciclo estral e da ovulação dos ovinos
O objetivo da sincronização do estro consiste em encurtar ou prolongar o ciclo
estral, através da utilização de hormônios ou associações hormonais que induzam a
luteólise ou prolonguem a vida do corpo lúteo, de forma que um grupo de animais entre
em estro e/ou ovule durante um período de tempo ou até mesmo num único dia
(MORAES et al., 2002).
A sincronização da ovulação permite inseminar as ovelhas em horário pré-fixado
ou em um único dia (MORAES et al., 2002), devidos aos hormônios utilizados
causarem a indução do pico pré-ovulatório de LH e, consequentemente, a ovulação em
determinado momento (VEIGA-LOPEZ et al., 2008).
Revisão da Literatura
12
2.4.1 Protocolos com progesterona/progestágenos
Avaliando a eficácia de diversas fontes exógenas de progestágenos, em um
protocolo de sincronização de 12 dias em ovelhas da raça Karakul, no período de
anestro, Hasemi et al. (2006) usaram CIDR-G
®
(0,3 mg), MAP (60 mg) e uma
progesterona à base de óleo, administrada pela via intramuscular no segundo dia (20
mg). Na retirada da esponja e/ou do dispositivo e no décimo segundo dia de protocolo
com progesterona à base de óleo, foram administradas 500 UI (unidade internacional)
de eCG. O intervalo entre o fim do tratamento e o começo do estro foi maior com o uso
da progesterona com óleo, 51,4 horas ± 10, quando comparado ao CIDR-G
(30,1 horas
± 7,6) e ao MAP (29,6 horas ± 5,6). Com o CIDR-G
e a esponja, 93,3% e 100%
apresentaram estro, respectivamente, e 80% com progesterona à base de óleo,
mostrando que o protocolo com CIDR-G
e o MAP associado com eCG mostraram-se
mais eficientes para sincronizar o estro. Husein et al. (2008) alcançaram resultados
semelhantes com o CIDR-G
e o MAP por 12 dias. Nesse estudo, houve o fornecimento
de 10 mg de MAP pela via oral e 25 mg de progesterona intramuscular,
respectivamente, para as ovelhas com CIDR-G
e MAP, 24 horas antes da retirada dos
pessários, obtendo-se 100% de animais em estro nos dois protocolos, 72 horas pós-
tratamento. O alto índice de manifestação de estro (92,9%) também foi observado por
Simonettti et al. (1999), utilizando 300 ovelhas da raça Merino, com o uso do MAP (60
mg) por 14 dias, associado a 375 UI de eCG na retirada da esponja.
Stow et al. (2002), testando o CIDR (0,3 mg) e a esponja intravaginal (30 mg
FGA) por 10 dias, em ovelhas da raça Suffolk e cruzadas, verificaram um intervalo
entre retirada da esponja/dispositivo e estro de 53,2 e 53,4 horas, respectivamente, sem
diferenças entre os dois tratamentos, demonstrando a eficácia de ambos os protocolos
em sincronizar o estro das ovelhas.
Administrando, durante a estação de monta, implantes de progesterona pela via
subcutânea e esponjas intravaginais impregnadas com MAP por 14 dias e, na retirada
destes, 500 UI de eCG, Menegatos et al. (2003) demonstraram diferenças na
apresentação de estro (45,3 ± 2,7 horas para implante e 21,5 ± 1,2 horas para esponja).
Os autores concluíram que a via de aplicação da progesterona pode afetar o momento de
apresentação de estro.
Revisão da Literatura
13
Com a demonstração de que maiores períodos de manutenção da fonte de
progestágeno exógeno, no programa de sincronização do estro, podem promover baixos
índices de fertilidade das ovelhas (VIÑOLES et al., 2001), alguns trabalhos surgiram
com o objetivo de estudar protocolos mais curtos de sincronização. Assim, Ustuner et
al. (2007) testaram o protocolo de seis dias (ST- curta duração) versus 12 dias (LT-
longa duração), com esponja contendo FGA em 68 ovelhas. Os autores verificaram um
maior número de ovelhas com estro até 140 horas depois da remoção da esponja, nos
grupos de longa duração (88,2% - porcentagem) em relação ao de curta duração
(77,1%), com taxas de prenhez de 35,7% e 31%, e nascimento de 32,1% e 28,56%,
respectivamente, nos grupos de curta e longa duração com inseminação pela via intra-
cervical. Neste estudo não foram observadas diferenças estatísticas nas taxas de prenhez
e de nascimento obtidas entre os tratamentos, somente na apresentação de estro.
Entretanto Viñoles et al. (2001) alcançaram índices de prenhez superiores (P<0,03) para
os tratamentos curtos, 6 dias, (87%) de sincronização, quando comparados ao
tratamento longo, 12 dias (63%).
Husein et al. (2007) também avaliaram o efeito do tempo de tratamento com
progestágenos e da administração de eCG sobre a taxa de fertilidade em ovelhas no
anestro estacional e cobertas por monta controlada. Para tanto desenvolveram quatro
protocolos de sincronização do estro: o primeiro com FGA (40 mg) mais 500 UI de
eCG no momento da retirada da esponja, dividido em dois grupos, o L (longa) 1 com a
permanência da esponja por 12 dias e o S (curta) 2, com a manutenção da esponja por 4
dias. O segundo protocolo utilizou FGA (40 mg), sem aplicação do eCG, por 12 (L3) e
4 (S4) dias. Os resultados mostraram 66% de fêmeas gestantes no protocolo L3 e 50%
no S4 ao primeiro serviço. Quando foi administrada a eCG na retirada da fonte de
progestágeno houve uma melhora nos índices de prenhez de 91% e 75%,
respectivamente, para os grupos L1 e S2. Os autores concluíram que o protocolo de
quatro dias pode substituir o de 12 dias, desde que seja associado à eCG.
Simonetti et al. (2002), em experimento para verificar a eficiência da dose de
eCG, 400 UI (GI) e 350 UI (GII), administrada no momento da retirada da esponja
(MAP, 60mg por 14 dias) e o efeito do número de inseminações (pela via cervical com
sêmen fresco diluído com tris-gema-frutose), obtiveram taxas de parição de 76,47% e
54,32% e prolificidade de 1,45 e 1,36 nos grupos GI e GII, respectivamente, em ovelhas
Merino adultas. Em relação ao número de inseminações, a taxa de parição foi 67% e
Revisão da Literatura
14
42% e prolificidade 1,46 e 1,33, em uma única (7 a 11 horas após a detecção do estro) e
dupla inseminações (3 a 4 e 8 a 9 horas após a detecção do estro), respectivamente.
Nesse estudo observou-se que a taxa de parição não foi afetada pelo número de
inseminações, mas foi influenciada pela dose de eCG, visto que o grupo de ovelhas
submetido à maior dose de eCG demonstrou os melhores índices, sendo o número de
cordeiros nascidos maior em relação à menor dose de eCG, 65 e 44, respectivamente. A
prolificidade não foi afetada pelas variáveis testadas.
Rodrigues et al. (2004), avaliando a eficiência da associação do FGA mais eCG
por 14 dias, em diferentes dosagens (0, 200, 300 e 400 UI) e somente com o FGA, por
14 dias, para sincronizar o estro e o efeito das doses de eCG (0, 200, 300 e 400 UI)
sobre a taxa de estro e ovulação, conseguiram um maior percentual de ovelhas em estro
na associação de progestágeno com eCG, 98 a 100 %, em relação ao protocolo com
FGA, 36 %. Não houve diferenças estatísticas na taxa de ovulação e estro, pelo efeito
das doses de eCG.
Com o objetivo de avaliar a melhor fonte de progestágeno e o momento ideal e
a via de administração de eCG (300 UI) para a sincronização de ovelhas, Zeleke et al
(2005) utilizaram os seguintes grupos experimentais: Grupo I, esponja impregnada com
MAP (60 mg); Grupo II, FGA (40 MG), ambos por 14 dias; Grupo III, administração do
eCG 24 horas antes da retirada da esponja; Grupo 4, administração de eCG no
momento da retirada da esponja; Grupo V, administração 24 horas depois da inserção;
Grupo VI, administração do eCG pela via subcutânea e Grupo VII, por via
intramuscular. Após a inseminação transcervical das ovelhas, 53 a 55 horas após a
retirada da esponja, com sêmen fresco, observaram as seguintes taxas de prenhez e de
estro: GI 70,6%, 98%; GII 74%, 96%; GIII 78%, 92,3%; GIV – 75%, 94,6%; GV
70,2%, 98,2%; GVI 78,8%, 98,8%; GVII 70,1; 95,4%. Os autores concluíram que
o MAP e FGA foram igualmente eficientes para sincronização do estro das ovelhas e a
aplicação do eCG 24 horas antes e no momento de retirada da esponja apresentou
melhor resultado de fertilidade, em relação a 24 horas após. A via subcutânea de
administração de eCG apresentou melhor índice de fertilidade e uma menor
prolificidade, comparado com a via intramuscular.
Rabassa et al. (2007), inseminando ovelhas da raça Corriedale, com sêmen
congelado, 52 a 60 horas após a retirada da esponja com MAP (11 dias) e aplicação de
500 UI de eCG, pelas vias cervical superficial, cervical média, cervical profunda e
Revisão da Literatura
15
intrauterina, obtiveram 25%, 43,7%, 41,7% e 50%, respectivamente. Entretanto Padilha
et al. (2007), inseminando pela via cervical superficial, 55 horas após a retirada da
esponja com MAP por 14 dias, e na retirada, aplicação de 500UI de eCG, com sêmen
refrigerado diluído com água de côco, alcançaram 50% de taxa de prenhez e 1,4 de
prolificidade.
Nas pesquisas feitas por Cardwell et al. (1998), a ocorrência da ovulação deu-se
70 a 80 horas após a retirada do implante com norgestomet por 10 dias, mais 500 UI de
PMSG na sua retirada. Porém Takada (2004), com o protocolo de 12 dias com a esponja
contendo MAP e, na retirada, aplicação de 400 UI de eCG, observaram que as
ovulações ocorreram num intervalo de 60 e entre 60 e 72 horas após a retirada do
dispositivo intravaginal de 25% e 75%, respectivamente.
Estudando a eficácia da utilização do FSH como uma alternativa à eCG na
sincronização do estro, em ovelhas das raças Chios e Berrichon, associado ao uso de
pessários impregnados com progestágeno, Boscos et al. (2002) verificaram que, no
começo da estação reprodutiva, as doses de 5 e 10 UI de FSH foram mais efetivas para a
sincronização e indução do estro, em relação ao uso de 400 UI de eCG (62,5 versus
33,3%). Entretanto, no meio da estação reprodutiva, o FSH foi igualmente efetivo em
relação à eCG, na taxa de manifestação de estro (91,3 versus 90,9%), prenhez (78,4
versus 68,9%) e profilificidade (1,3 ± 0,2 versus 1,1 ± 0,2).
2.4.2 Protocolos com prostaglandinas e análogos
De acordo com Menchaca et al. (2004), uma limitação ao uso dos protocolos
com prostaglandina é ter-se o conhecimento do começo do estro e do momento da
ovulação, o que pode ser um dos motivos dos protocolos tradicionais com intervalo de
10 dias ou mais terem uma baixa taxa de prenhez. Desta forma, esses autores testaram
um intervalo de sete dias entre as aplicações de um análogo da prostaglandina
(Delprostenate® 160 mg) em 436 ovelhas nulíparas e multíparas, divididas em três
grupos, de acordo com o momento das inseminações, realizadas pela via cervical com
sêmen fresco. Os momentos das inseminações foram de 42 (n - número
=152), 48 (n=120) e 54 horas (n=164) depois da segunda aplicação da prostaglandina.
As taxas de prenhez alcançaram 37%, 26% e 23%, respectivamente. A maior incidência
de estro entre os animais ocorreu entre 25 a 48 horas, 80%.
Revisão da Literatura
16
Devido ao baixo índice de fertilidade obtido com a utilização apenas da PGF
2
α
para a sincronização das ovelhas, alguns autores têm sugerido a associação de
hormônios que auxiliem na indução da ovulação aos protocolos de sincronização. Desta
forma, bons índices de fertilidade foram obtidos por Ataman et al. (2006) utilizando a
PGF
2
α em duas aplicações intercaladas, por nove dias, e administração de 400 UI de
eCG, 48 horas após a segunda dose. Os resultados de observação do estro, prenhez, taxa
de nascimento e prolificidade foram de 86,6%, 84,6%, 81,8% e 1,66, respectivamente.
A prostaglandina pode ser associada aos tratamentos de curta duração com
progestágenos com a finalidade de acelerar a ovulação, evitando que ocorra o atraso na
mesma, como quando esses tratamentos são realizados sozinhos (THIMONIER, 1981).
Com a utilização da associação de esponjas intravaginais contendo 60 mg de MAP por
cinco dias e uma aplicação de 125 µg (micrograma) de cloprostenol na retirada da
esponja, Beck et al. (1993) obtiveram 100% manifestação de estro das ovelhas.
2.4.3 Protocolos com Hormônio Liberador de Gonadotrofinas
Com o intuito de avaliar a eficácia da associação entre PGF
2
α, GnRH e eCG
para a sincronização do estro de ovelhas, Ataman et al. (2006), utilizando 30 ovelhas
adultas da raça Karaman, na estação reprodutiva, acasaladas por monta natural, testaram
dois grupos experimentais: Grupo I com GnRH (10 µg) no Dia 1 e administração da
PGF
2
α no quinto dia, seguido por 400 UI eCG no dia 7; Grupo II com duas doses de
PGF
2
α em um intervalo de 9 dias, com aplicação de 400 UI de eCG, 48 horas após a
segunda dose. Os resultados de observação do estro, prenhez, taxa de nascimento e
prolificidade foram, respectivamente, 93,7%; 85,7%, 83,3% e 1,70 no GI e 86,6%,
84,6%, 81,8% e 1,66 no GII. Neste trabalho, ficou demonstrado que ambos os
protocolos testados foram efetivos para sincronizar o estro das ovelhas, e os resultados
de fertilidade obtidos confirmam que os mesmos podem ser utilizados como alternativa
aos protocolos convencionais com progestágenos.
Türk et al. (2008) estudaram três protocolos de sincronização na raça Awassi, na
estação de monta. O primeiro e o segundo protocolos envolveram o uso de esponja
impregnada com FGA, por 12 dias, com aplicação de 500 UI de eCG na retirada e duas
inseminações (12 e 24 horas após a retirada da esponja) com sêmen fresco, pela via
intracervical, a partir do começo do estro. Depois da segunda inseminação, aplicaram
solução fisiológica 0,9% e GnRH (4 µg) nos protocolos 1 e 2, respectivamente. O
Revisão da Literatura
17
terceiro protocolo diferiu dos dois anteriores na retirada da esponja, sendo aplicados 150
µg de PGF
2
α e 500 UI eCG e, no momento da segunda inseminação, mais 4 µg de
GnRH. No terceiro protocolo, o intervalo de início do estro foi menor em relação aos
protocolos 1 e 2. A taxa de prenhez nos protocolos 2 e 3 foi de 81,8% e no protocolo 1,
de 63,6%. No primeiro protocolo, verificaram maior número de gestações com um feto,
em relação aos protocolos 2 e 3. A prolicidade foi 0,73, 1,27 e 1,55, nos protocolos 1, 2
e 3, respectivamente. No entanto as diferenças não foram estatisticamente significativas.
Desta forma, com o uso do hormônio GnRH, conseguiram aumentar o número de partos
múltiplos e a utilização da PGF
2
α encurtou o intervalo de início de estro.
Ovelhas da raça Kivircik em anestro (n = 69) foram usadas por Dogan e Nur
(2006) para sincronizar o estro com diferentes protocolos: MAP (60 mg) por 12 dias
(GI), MAP mais 1,5 mL de solução salina por 12 dias (controle), MAP mais 125 µg de
prostaglandina por 12 dias (GII); MAP mais 500 UI eCG por 12 dias (GIII), MAP por
12 dias mais 500 UI eCG e 125 µg cloprostenol no décimo dia (GIV). Todas as fêmeas
foram inseminadas pela via transcervical, duas vezes, 48 e 60 horas após retirada da
esponja, com sêmen fresco diluído com leite desnatado. Alcançaram resultados nos
grupos GI, GII, GIII e GIV, no período de 24 ± 6 h e 120 horas em estro, de 5,6%,
7,6%, 72,2%, 52,6% e 77,8%, 85,7%, 88,9%, 73,7%, respectivamente. Em relação à
taxa de prenhez, verificaram 44,4%, 57,1%, 76,5%, 41,2%, nos grupos GI, GII, GIII e
GIV, respectivamente. Com base nesses resultados, concluíram que o protocolo MAP
mais eCG foi efetivo para sincronizar o estro e permitiu melhores taxas de prenhez em
relação aos outros protocolos.
Reyna et al. (2007), para testarem o momento da ovulação e a fertilidade após a
inseminação em tempo fixo, em ovelhas da raça Merino, realizaram dois experimentos.
No primeiro, avaliaram o momento da ovulação, utilizando dois protocolos durante a
estação reprodutiva e no anestro, com esponjas (30 mg FGA) por 12 dias, aplicando, no
primeiro protocolo (controle), 400 UI de PMSG na retirada e, no segundo, 40 µg de
GnRH, trinta e seis horas após a aplicação do PMSG. Na estação reprodutiva, a
sincronização da ovulação foi melhor com o uso do GnRH, 50,1 horas e 54,6 horas para
o grupo controle, do que no período de anestro, 42 a 60 horas para o grupo controle e 42
a 54 horas no grupo com GnRH. No segundo experimento, avaliando a fertilidade
durante o anestro, após inseminação por laparoscopia, com sêmen congelado, no
período de 42 a 48 horas após a retirada da esponja, obtiveram 23% e 21% para os
Revisão da Literatura
18
grupos com GnRH e controle, respectivamente, sem diferença entre eles. Portanto, o
GnRH melhorou a sincronização da ovulação, mas não a proporção de fertilidade após a
inseminação artificial.
OBJETIVOS
Objetivos
19
3 OBJETIVOS:
3.1 OBJETIVO GERAL:
Avaliar diferentes protocolos de sincronização de estros em ovinos, usando
progestágenos, comparando-se períodos longos, médios e curtos de tratamento, quanto à
incidência de estros e à fertilidade.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Comparar a sincronização de estros com esponjas intravaginais impregnadas com
acetato de medroxiprogesterona, em três durações de tratamento e duas dosagens de
gonadotrofina coriônica equina, no momento da retirada dos mesmos, com relação à
manifestação estral e à fertilidade na inseminação artificial.
Quantificar as concentrações de progesterona plasmática antes, durante e depois do
tratamento, no dia do estro, em fêmeas ovinas sincronizadas com esponjas intravaginais,
em tratamentos longos, médios e/ou curtos com duas diferentes doses de eCG.
Avaliar as taxas de prenhez e a prolificidade.
MATERIAIS E MÉTODOS
Materiais e Métodos
20
4 MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Local e animais
O experimento foi realizado entre fevereiro e setembro de 2007, com as
sincronizações ocorrendo do dia 23 de fevereiro até 31 de março de 2007, na Fazenda
Lago Azul, situada no município de Avaí, SP, com latitude 22º08´48´´ S, longitude
49º19´59´´ W e altitude de 481 metros.
Utilizaram-se 53 ovelhas da raça Santa Inês, nulíparas e pluríparas, com idade
entre 1 e 3 anos, peso médio de 41 kg (Quilograma) e escore corporal variando entre 2,5
e 3 (escala de um a cinco). As fêmeas foram mantidas em pastagem de capim
Brachiaria brizantha, em sistema rotacionado, com sal mineral e água à vontade. Houve
suplementação com capim napier picado (Pennistum purpureum) mais polpa cítrica nos
meses de fevereiro a maio, e só com capim napier no período de junho a julho.
. Todos os animais utilizados no experimento foram examinados quanto ao estado
clínico (anamnese e exame físico) e reprodutivo (avaliação do aparelho genital feminino
e masculino), anteriormente ao início do experimento, e durante todo o período fez-se
controle parasitário, através da contagem de ovos por grama de fezes.
4.2 Manejo experimental
4.2.1 Experimento I
Para este estudo, vinte e cinco ovelhas foram divididas aleatoriamente em três
grupos experimentais: Grupo I (n = 10), Grupo II (n = 6) e Grupo III (n = 9) e tiveram o
estro sincronizado com esponjas intravaginais impregnadas com 60 mg de acetato de
medroxiprogesterona (Progespon
, Syntex), inseridas na porção caudal da cérvix,
permanecendo por 6 dias (protocolo de curta duração), 9 dias (protocolo de média
duração) e 13 dias (protocolo de longa duração), respectivamente. No momento da
retirada das esponjas administrou-se uma dose de 500 UI de gonadotrofina coriônica
eqüina (Folligon
®
, Intervet), por via intramuscular, em cada fêmea. Nas figuras 1, 2 e 3
estão demonstrados esses três protocolos experimentais.
No dia da inserção dos pressários vaginais (D
0
), no momento da retirada dos
mesmos (D
6
/GI, D
9
/GII, D
13
/GIII) e no dia da inseminação artificial (D
8
/GI, D
11
/GII,
D
15
/GIII), colheu-se o sangue das ovelhas por venopunção jugular, em tubos de vácuo,
Materiais e Métodos
21
contendo anticoagulante (heparina), e o plasma foi congelado para posterior
quantificação das concentrações plasmáticas de progesterona.
Figura 1 - Representação esquemática do protocolo de sincronização do estro em
ovelhas da raça Santa Inês no Grupo I.
D0 – dia zero; D6 – dia seis; D8 – dia oito; IATF – inseminação artificial em tempo fixo
Figura 2 - Representação esquemática do protocolo de sincronização do estro em
ovelhas da raça Santa Inês no grupo II.
D0 dia zero; D9 dia nove; D11 dia onze; IATF inseminação artificial em tempo
fixo
Figura 3 - Representação esquemática do protocolo de sincronização do estro em
ovelhas da raça Santa Inês no grupo III.
Retirada da esponja e aplicação
de 500 UI de eCG
IATF
48 horas
D13
D15
D0
Retirada da esponja e aplicação
de 500 UI de eCG
IATF
48 horas
D9
D11
Retirada da esponja e aplicação
de 500 UI de eCG
IATF
48 horas
D0
D6
D8
Introdução da
esponja (60 mg
MAP)
Detecção do estro
D0
Introdução da
esponja (60 mg
MAP)
Detecção do estro
Detecção do estro
Introdução da
esponja (60 mg
MAP)
Materiais e Métodos
22
D0 - dia zero; D13 dia treze; D15 dia quinze; IATF inseminação artificial em
tempo fixo
4.2.2 Experimento II
Este experimento seguiu os mesmos protocolos descritos no Experimento I
quanto a sua duração (Figuras 1, 2 e 3), diferindo apenas na dose de eCG utilizada. Os
grupos IV (n = 10; 6 dias), V (n = 8; 9 dias) e VI (n = 10; 13 dias) receberam 350 UI de
eCG no momento da retirada dos pessários intravaginais de MAP.
A colheita de sangue para a dosagem de progesterona plasmática também foi
realizada nos mesmos momentos do experimento anterior.
4.2.3 Detecção do estro pós-tratamento
A observação de estro realizou-se após a retirada dos pessários intravaginais das
ovelhas, com a utilização de seis fêmeas androgenizadas
que receberam três aplicações de hormônio (30 mg propionato de testosterona, 60 mg
fempropionato de testosterona, 60 mg decanoato de testosterona - Durateston
, via
intramuscular), sendo a primeira (250mg/animal) uma semana antes de começar a
detecção do estro, a segunda (125mg/animal) 19 dias após a primeira aplicação e a
terceira (125mg/animal) 14 dias após a segunda.
Na região esternal desses animais foi colocada uma mistura de óleo comestível
mais xadrez (cor vermelha) e, no intervalo de 24 a 48 horas, após a retirada da
esponja, o estro foi detectado pela manhã. As ovelhas que estavam em estro eram
identificadas pela presença de tinta na região da garupa, caracterizando a receptividade
dessas ao rufião. Porém, como as fêmeas androgenizadas detectaram um baixo número
de ovelhas em estro, os grupos II e V foram refeitos, mas utilizando um carneiro
mantido preso à corda e sempre impedido de fazer a monta.
4.2.4 Inseminação artificial
O sêmen foi colhido do reprodutor (um carneiro mestiço - Dorper x Texel), por
meio de vagina artificial, e avaliado quanto às características físicas e morfológicas,
volume, cor, aspecto, motilidade progressiva, vigor, turbilhonamento e concentração
espermática. A diluição do sêmen realizou-se com leite desnatado Longa Vida, na
proporção de uma parte de sêmen para duas de meio diluidor.
Materiais e Métodos
23
A inseminação artificial foi realizada com sêmen fresco, aproximadamente 48
horas após a retirada da esponja contendo progestágeno, através da técnica cervical
superficial, em todas as ovelhas sincronizadas, marcadas ou não pelo rufião. Porém
aquelas efetivamente detectadas em estro tiveram preferência na ordem de inseminação.
4.2.5 Diagnóstico de gestação
Cerca de 60 dias após a inseminação, procedeu-se ao diagnóstico de gestação
com aparelho de ultrassonografia Aloka 500 (Aloka Co. Ltda., Japão),
acoplado a um transdutor de linear de 5 MHz, posicionado na região retal.
4.2.6 Dosagem de progesterona
O sangue colhido nos diferentes momentos citados anteriormente foi
centrifugado a 125g (intensidade de centrifugação em gravidade), por 15 minutos, e o
plasma resultante acondicionado em eppendorff e mantido em freezer a -20ºC.
A dosagem de progesterona foi realizada no Laboratório de Endocrinologia da
FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, através de radioimunoensaio (RIA), utilizando-se kits
comerciais para progesterona (Coat-A-Count Progesterona, fase sólida, Diagnostic
Products Corporation, 5700 West 96th Street, Los Angeles, CA 90045-5597, USA).
4.2.7 Análise estatística
O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado, considerarando-se os
animais como repetições e os protocolos de sincronização (GI, GII, GIII, GIV, GV e
GVI) como tratamentos.
As análises estatísticas das características avaliadas foram realizadas conforme
Sampaio (1998), empregando-se o pacote estatístico Statistical Analysis System (SAS)
– versão 5.0 (1996). Para todos os testes estatísticos foi utilizado o nível de significância
de 5%. Assim, realizou-se a seguinte sequência de análises:
1 – A consistência dos dados e a análise descritiva (médias e desvio padrão) das
características de interesse ao estudo testaram-se mediante o emprego do PROC
MEANS;
2 As dosagens de progesterona (intervalo entre a retirada da esponja e estro) foram
comparadas nos diferentes grupos (GI, GII, GIII, GIV, GV e GVI) e confrontadas nos
Materiais e Métodos
24
diferentes experimentos (I e II), por meio do PROC GLM, utilizando-se o teste de
Student – Newman – Keuls (SNK);
3 – Para comparação das taxas de prenhez e estro entre as fêmeas submetidas aos
diferentes protocolos de sincronização utilizou-se o teste qui-quadrado;
4 A prolificidade foi comparada nos diferentes grupos (G1, GII, GIII, GIV, GV e
GVI) e confrontada nos diferentes experimentos (I e II), por meio do PROC GLM,
utilizando-se o teste de Student – Newman – Keuls (SNK);
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Resultados e Discussão
25
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
ESTRO
A resposta ao estro em ovelhas da raça Santa Inês nos grupos GI a GVI é
apresentada na tabela 1.
Houve duas ovelhas eliminadas neste experimento, uma do grupo GIII e outra do
GII, devido à perda do implante vaginal de progestágeno no início do programa de
sincronização do estro.
Foi observada diferença (P<0,05) na taxa de estro entre os grupos experimentais
estudados, tendo o grupo GIV obtido índice inferior, conforme se verifica na tabela 1.
TABELA 1. Ocorrência de estro em ovelhas Santa Inês tratadas com MAP e eCG.
Resposta ao Tratamento Período com
MAP /Dose eCG
(Ovelhas em estro/Total) %
6 dias/500UI
(9/10) 90ª
9 dias/500UI
(6/6) 100ª
13 dias/500UI
(9/9) 100ª
6 dias/350UI
(2/10) 20
b
9 dias/350UI
(8/8) 100ª
13 dias/350UI
(8/10) 80ª
Total
(42/53) 81,6
Letras diferentes na mesma coluna diferem estatisticamente, (Qui-qudrado)
Embora a utilização de fêmeas androgenizadas seja tão eficiente quanto os
machos na detecção do estro (BAKER e BOSU, 1980), os resultados observados neste
estudo induzem a existência de falhas no protocolo utilizado, o que acabou influenciando nos
resultados encontrados. Após a observação do baixo índice de estro detectado no GIV com
as fêmeas androgenizadas, estas foram substituídas por machos inteiros sob contenção, para
detecção de cio das fêmeas dos grupos GII e GV, resultando em índices de 100% de estro
(Tabela 1). Uma das possíveis explicações para o baixo índice de estro detectado no GIV
seria o tempo para o hormônio aplicado nas fêmeas, a testosterona, começar a fazer efeito,
pois foi aplicado uma semana antes de introduzir a esponja. No entanto, no GI, as mesmas
fêmeas androgenizadas detectaram 90%, sendo que foram introduzidas nos dois grupos no
mesmo dia.
Resultados e Discussão
26
Em relação ao protocolo de longa duração, 13 dias, associado com 500 UI de
eCG (Tabela 1), Hasemi et al. (2006) também conseguiram 100% de ovelhas em estro. Já no
protocolo associado com 350 UI de eCG, Simonetti et al. (1999) verificaram um resultado
maior, 92,9%. Porém o protocolo de curta duração (Tabela 1), pode ter obtido apenas 20%
de estro por falha na detecção do estro, mas o protocolo de curta duração, com 500 UI, foi
semelhante ao de Simonetti et al. (1999), com 90% de estro
Com o protocolo de curta duração associado a 500 UI de eCG (GI, 6 dias), a
porcentagem de ovelhas em estro não diferiu dos de longa duração (GIII e GVI, 13 dias)
com 90%, 100% e 80% de estro para os grupos GI, GIII e GVI, respectivamente. Entretanto
Ustuner et al. (2007) conseguiram uma porcentagem maior de ovelhas em estro no protocolo
de longa duração (88,2%) em relação ao de curta duração (77,1%), utilizando como
progestágeno o FGA. É importante ressaltar que a utilização de diferentes fontes de
progestágenos (FGA ou MAP) para a sincronização de estro em ovelhas não deve interferir
nos resultados obtidos (ZELEKE et al., 2005). Os valores deste experimento, com a
associação do progestágeno mais eCG (Tabela 1), foram mais altos que os encontrados por
Ustuner et al. (2007), embora esses autores tivessem conseguido um resultado melhor no
protocolo de longa duração.
A concentração de estro nas primeiras 48 horas após a retirada do implante foi de
81,6%, semelhante à observada por Menchaca et al. (2004), de 80%. Mesmo não ocorrendo
diferenças nos resultados de estro nos protocolos com progestágenos associados com eCG
em relação ao protocolo com prostaglandina, a associação de progestágenos mais eCG é a
mais utilizada para a sincronização do estro nas ovelhas por obter um resultado melhor
(BARRET et al., 2004).
Uma variação de 80 a 100% de estro observada nos grupos experimentais deste
estudo está de acordo com o encontrado nos trabalhos de Zeleke et al (2005) e Rodrigues et
al. (2004), inclusive naqueles grupos com protocolos de sincronização que não utilizaram
fonte de progestágenos, como os 93,7% de estro relatados por Ataman et al. (2006), ao
sincronizarem o estro das ovelhas com uma associação de GnRH, PGF
2
α e eCG.
CONCENTRAÇÃO DE PROGESTERONA
Os valores médios da concentração de progesterona (ng/mL), antes da colocação
da esponja (H1), na retirada (H2) e no dia da inseminação (H3), constam na tabela 2, onde
Resultados e Discussão
27
se pode observar a ocorrência de diferenças estatísticas entre os grupos experimentais nos
diferentes momentos (P<0,05).
TABELA 2. Valores médios (±dp) das concentrações plasmáticas de progesterona em
ovelhas Santa Inês tratadas com MAP e eCG, na inserção (H1) e remoção da esponja (H2) e
no dia da inseminação artificial (H3).
Progesterona (ng/mL) Período com
MAP /Dose eCG
H1 H2 H3
6 dias/500UI
0,15 ± 0,17
c
( 0/10)*
0,11 ± 0,11
c
( 0/10)
0,48 ± 0,54
b
( 0/10)
9 dias/500UI
0,70 ± 0,59
ab
( 2/6)
0,77 ± 0,65
b
( 2/6)
0,40 ± 0,23
b
( 0/6)
13 dias/500UI
0,95 ± 0,51
a
( 6/9)
0,39 ± 0,44
c
( 1/9)
0,21 ± 0,04
b
( 0/9)
6 dias/350UI
0,30 ± 0,29
bc
( 0/10)
0,21 ± 0,17
c
( 0/10)
0,53 ± 0,70
b
( 2/10)
9 dias/350UI
0,61 ± 0,53
abc
( 3/8)
1,15 ± 0,63
a
(4/8)
1,74 ± 1,59
a
( 4/8)
13 dias/350UI
0,22 ± 0,17
bc
( 0/10)
0,04 ± 0,04
c
( 0/10)
0,06 ± 0,08
b
( 0/10)
* (ovelhas com P4 acima de 1 ng/mL em relação ao total em cada grupo)
Letras diferentes na mesma coluna diferem estatisticamente (teste de Student – Newman - Keuls)
A concentração média de progesterona antes da introdução da esponja nas
ovelhas, de todos os grupos estava abaixo de 1 ng/mL, indicando que não havia corpo lúteo
funcional e o maior valor numérico da concentração de progesterona foi observado no grupo
III, mas esse foi semelhante (P>0,05) ao encontrado no GII e GV. Entretanto havia duas, seis
e três ovelhas com concentrações de progesterona entre 1 a 2 ng/mL, nos grupos II, III e V,
respectivamente. Pela análise, foi observado que as concentrações plasmáticas de
progesterona foram baixas (0,15 ± 0,17 ng/mL), sugerindo que deveriam ser colhidas
amostras de sangue para análise das concentrações plasmáticas de progesterona, 10 dias no
mínimo, antes de se iniciar o protocolo de sincronização de estro. Assim, se a concentração
plasmática de progesterona fosse baixa e se mantivesse nesse nível, as ovelhas certamente
estariam em anestro e estaria procedendo-se a indução do estro e não a sincronização do
mesmo.
Resultados e Discussão
28
No momento da retirada da esponja, havia duas, uma e qautro ovelhas com
concentrações de progesterona plasmática entre 1 a 2 ng/mL, nos grupos II, III e V,
respectivamente. No dia da inseminação artificial havia duas e uma ovelhas com
concentrações plasmáticas entre 1 a 2 ng/mL para os grupos III e V, respectivamente. Já no
grupo V, três ovelhas apresentaram concentrações de progesterona entre 2 a 3 ng/mL O
maior valor numérico da concentração de progesterona no momento da colocação da esponja
foi observado no grupo III, semelhante (P>0,05) ao encontrado no GII e GV.
Os níveis de progesterona no momento da retirada da esponja em todos os
grupos deste experimento exceto no GV, reduziram-se ou mantiveram-se semelhantes aos do
dia da colocação da esponja, indicando a eficácia dos protocolos para a inibição da ovulação
(Tabela 2). Dentre todos os grupos, a concentração de progesterona foi superior (P<0,05)
para os de nove dias (GII e GV), mas diferiram entre si, sendo observadas, para o grupo GV,
concentrações de progesterona superiores a 1 ng/mL (1,15 ng/mL), demonstrando presença
da ciclicidade (corpo lúteo funcional) em metade das ovelhas submetidas a esse protocolo
(4/8), indicando a baixa eficácia do mesmo para inibição do término do crescimento folicular
até a sua respectiva ovulação.
A concentração de 1 ng/mL tem efeito inibitório sobre o LH (GOODMAN et
al., 1981) e consecutivamente sobre a ovulação. O corpo lúteo torna-se funcional a partir do
terceiro dia pós-ovulação. Desde o quarto ao décimo quarto dia pós-ovulação a concentração
de progesterona teve uma média de 5,11 ± 2,2 ng/mL, no experimento de Norris et al.
(1989), valores estes bem superiores ao observados neste estudo, no grupo GV, indicando
que, provavelmente, devido aos fatores inibitórios da fonte de progestágeno exógena
presente na esponja, houve uma menor taxa de crescimento do folículo ovulatório com a
formação de um corpo lúteo com menor capacidade de produção de progesterona.
No momento da inseminação artificial, os níveis plasmáticos de progesterona no
grupo V continuaram elevados e superiores (P<0,05) aos dos demais grupos.
TAXA DE PRENHEZ
A taxa de prenhez observada para os diferentes grupos experimentais encontra-
se na Tabela 3. Não houve diferenças estatísticas para os índices de prenhez nos diferentes
grupos.
Resultados e Discussão
29
TABELA 3. Taxa de prenhez e cordeiros nascidos em ovelhas Santa Inês tratadas com
MAP e eCG.
Prenhez
Cordeiros nascidos Período com
MAP /Dose eCG
(Ovelhas
prenhas/Total)
%
Total Prolificidade
6 dias/500UI
(3/10) 30,0 7 2,3
9 dias/500UI
(2/6) 33,3 3 1,5
13 dias/500UI
(3/9) 33,3 4 1,3
6 dias/350UI
(2/10) 20,0 5 2,5
9 dias/350UI
(3/8) 37,5 7 2,3
13 dias/350UI
(4/10) 40,0 4 1,0
Total
(17/53) 32,3 30 1,8
Em todos os grupos experimentais observado um aumento na produção de muco
vaginal e cervical, causado pela atuação de hormônios utilizados no protocolo de
sincronização de estro e liberados pela tração mecânica, o que dificultou o procedimento da
inseminação artificial, além de promover, em algumas situações, o refluxo de parte da dose
inseminante aplicada. Esses fatores podem ter contribuído para o comprometimento dos
índices de prenhez obtidos, abaixo dos observados em outros estudos com a inseminação
cervical superficial, com sêmen fresco. Dogan et al. (2006.), por exemplo, inseminando
intracervicalmente, obtiveram taxas de 76,5% de prenhez, após sincronização com protocolo
MAP mais 500 UI de eCG por 12 dias. Türk et al. (2008) verificaram 63,6% de prenhez, com
FGA, por 12 dias, mais administração de 500 UI de eCG na retirada da fonte de progestágeno
e duas inseminações (12 e 24horas após retirada do implante). Entretanto Menchaca et al.
(2004), inseminando pela via cervical, com sêmen fresco, tiveram uma taxa de prenhez
inferior à deste estudo (26%), usando apenas a prostaglandina para a sincronização do estro.
Assim como verificado neste trabalho, Ustuner et al. (2007) não encontraram
diferenças estatísticas em relação à taxa de concepção para os grupos sincronizados com
FGA por seis (35,7%) e 12 dias (31%) e inseminadas intracervicalmente com sêmen fresco.
No entanto Viñoles et al. (2001), com o uso de progestágenos por seis dias (curta duração),
obtiveram uma maior taxa de prenhez do que com o de 12 dias (longa duração). Segundo
Resultados e Discussão
30
Husein et al. (2007), a permanência da esponja com progéstagenos em curta duração pode
substituir os protocolos de longa duração, caso seja associado com eCG. Por ter dupla
função, de FSH e LH, essa gonadotrofina induz à ovulação de folículos mais novos e,
consequentemente, com uma maior fertilidade (BECK et al., 1993; BICUDO e SOUSA,
2003). Esse fato foi relatado por Husein et al. (2007) que, utilizando monta controlada, com
a introdução do reprodutor por determinado período, alcançaram maior índice de prenhez,
respectivamente, de 91% e 75% para o protocolo de curta (4 dias), sendo este melhor que o
de longa duração (12 dias), utilizando implante com FGA (40 mg) e aplicação de 500 UI de
eCG na retirada.
O uso de progestágenos mais eCG para sincronizar a ovulação e inseminar em
tempo fixo apresenta maior fertilidade (32,3%), ao comparar-se com o protocolo de
prostaglandina (26% versus 23%; MENCHACA et al., 2004), e com GnRH (REYNA et al.,
2007). Para Bartlewski et al. (2004) e Takada (2004), um dos problemas do uso desse
hormônio é saber o momento exato da sua aplicação, pois o folículo pode até ovular, mas o
ovócito encontrar-se imaturo e ter uma baixa fertilidade.
De acordo com a Tabela 3, não houve diferença na prenhez em relação à dose de
eCG. Entretanto Simonetti et al. (2002) demonstraram que influência da dose de eCG e,
quanto maior, melhor o resultado obtido, dentro de limites estreitos. Além disso, o momento
da aplicação desse hormônio associado com progestágenos não influencia nos resultados de
prenhez, de acordo com Ustuner et al. (2007). Contrariamente, Zeleke et al. (2005)
demonstraram que há influência do momento de aplicação do eCG nos índices gerais de
fertilidade das fêmeas.
Com a presença do corpo lúteo, a progesterona produzida por este inibe a
ocorrência da ovulação pela retroalimentação negativa na liberação do LH (PELUSO et al.,
2006), porém há o crescimento do folículo até o desvio (GINTHER et al., 1995) e, se houver
a suplementação com LH exógeno pode ocorrer a ovulação, com probabilidade de formar um
corpo lúteo anormal (MORAES et al., 2002). Esse fato pode justificar a taxa de prenhez dos
animais do GV não ter diferido dos outros grupos, que possivelmente conseguiram ovular sob
ação do LH exógeno, presente no eCG, com estabelecimento da gestação, indicando a
formação de um corpo lúteo funcional, com produção de níveis normais de progesterona,
suficientes para manutenção da gestação.
Resultados e Discussão
31
NÚMEROS DE CORDEIROS E PROLIFICIDADE
Os números de cordeiros e prolificidade dos grupos I, II, III, IV, GV e VI foram
de 7, 2,3; 3, 1,5; 4, 1,3; 5, 2,5; 7, 2,3 e 4, 1,0, respectivamente (Tabela 3). Não houve
diferenças estatísticas nos resultados (P>0,05). Embora Simonetti et al. (2002) tenham
observado um número maior de cordeiros nascidos com a dose de 400 UI (65 cordeiros) em
comparação à dose de 350 UI de eCG (44 cordeiros), aplicadas na retirada da esponja
mantida por 14 dias, eles não observaram diferenças estatísticas na prolificidade com as
distintas doses de eCG, 400 e 350 UI, de 1,45 e 1,36, respectivamente. Estes últimos foram
semelhantes aos verificados no presente experimento, com o protocolo de 13 dias com
progestágeno e na retirada aplicação de 500 e 350 UI de eCG, 1,3 e 1,0, respectivamente
(Tabela 3).
Assim, não houve diferenças entre os tratamentos de curta e longa duração com
a associação de eCG com progestágenos, pois, provavelmente, quando foi associada a
gonadotrofina coriônica equina com progestágenos ou progesterona ocorreu a interferência
no número de folículos que ovulam, e na idade, fazendo com que novos folículos ovulem,
mesmo nos protocolos de curta duração (EVANS, 2003). com o uso apenas de
progestágenos ou progesterona por longos períodos, os índices são menores pela ovulação de
folículos envelhecidos (GONZALEZ-BULNES, 2005).
Apesar de não ter havido diferenças estatísticas entre os grupos no número de
cordeiros e na prolificidade, o protocolo de curta duração apresentou um aumento de partos
múltiplos em comparação ao de longa duração, devido, provavelmente, a uma maior
ovulação de folículos jovens, com o uso do eCG (BECK et al., 1993; BICUDO e SOUSA,
2003). Türk et al. (2008) verificaram, no protocolo de longa duração com progestágenos (12
dias) mais eCG (500 UI), maior ocorrência de partos com um feto, e com o uso do hormônio
GnRH, ocorreu maior número de partos múltiplos. Na tabela 3, no protocolo de 13 dias com
progestágenos associados a 500 UI de eCG, observa-se semelhança com os resultados
obtidos por Türk et al. (2008): em partos com um cordeiro. E, como a prolificidade está
interligada ao número de cordeiros (pois a prolificidade representa o número de cordeiros
nascidos por números de partos), no protocolo de curta duração ocorreu um aumento de
cordeiros e, consequentemente, houve um incremento na prolificidade, 2,3 (GI), 2,5 (GIV),
que foi numericamente maior que o protocolo de longa duração, 1,3 (GIII) e 1,0 (GVI). Das
dezessete ovelhas gestantes nasceram trinta cordeiros(as) (Tabela 3).
Resultados e Discussão
32
A sincronização do estro é importante, pois possibilita concentrar os partos,
melhorar a supervisão durante o nascimento e maximizar a produtividade (BARBAS et al.,
2002). Também proporciona a formação de lotes mais homogêneos para o abate (COSTA et
al., 2007), apesar do aumento do custo de produção com a utilização dos protocolos de
sincronização do estro, que acaba sendo justificado pelo custo benefício positivo. Neste
experimento o custo com a produção foi de R$ 55,00/cabeça, incluindo os gastos com a
mão-de-obra do veterinário e dos hormônios utilizados (eCG e progestágeno) no ano de
2007. Como o custo com a produção ficaria alto, compensaria utilizar este protocolo para os
animais de alto valor genético, cuja venda ficaria acima de R$ 2.000,00/cabeça.
CONCLUSÕES
Conclusões
33
6 CONCLUSÕES
Com os resultados obtidos neste estudo, permitiu-se concluir que as dosagens
de eCG utilizadas não influenciaram os resultados obtidos e o protocolo de curta duração
com progestágeno associado com 500 UI de eCG, aplicado na retirada de esponja, também
pode ser utilizado de forma alternativa ao de longa duração, para a sincronização de estro das
ovelhas.
Recomenda-se a realização de novos estudos com um número maior de animais,
para verificar possíveis significâncias das diferenças numéricas encontradas nas variáveis
estudadas, entre os protocolos experimentais.
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p.47-53, 2005.
TRABALHO CIENTÍFICO
Trabalho Científico
42
8 Trabalho enviado para a revista veterinária e zootecnia.
Instruções da revista:
Devem ser estruturados de acordo com os seguintes itens:
1. Página de rosto, com:
Título do trabalho em português, em inglês e em espanhol, fonte
Times New Roman, tamanho 12, com espaçamento simples, em
negrito e centralizado, no qual somente a primeira letra de cada
palavra deve ser maiúscula. Quando necessário, indicar a
entidade financiadora da pesquisa, como primeira chamada de
rodapé;
Nomes completos dos autores, em que somente a primeira letra de
cada nome deve ser maiúscula, centralizado e em negrito. Digitá-
los, separados por vírgulas, com chamadas de rodapé numeradas
e em sobrescrito, que indicarão o cargo e o endereço
profissional dos autores (inclusive endereço eletrônico), seguidos
da instituição onde o trabalho foi desenvolvido ou às quais estão
vinculados;
Nome, endereço, telefone, fax e correio eletrônico, para
correspondência;
Em caso de envolvimento de seres humanos ou animais de
experimentação, encaminhar o parecer da Comissão de Ética ou
equivalente, assinalando, no trabalho, antes das referências, a data
de aprovação.
2. Página com resumo, abstract e resumen
Tanto o resumo, como o abstract e o resumen devem ser seguidos
do título do trabalho, no respectivo idioma, e conter no máximo
400 palavras cada um, com informações referentes à introdução,
metodologia, resultados e conclusões. O texto deve ser
justificado e digitado em parágrafo único e espaço 1,5,
começando por RESUMO. O abstract, e o resumen, devem ser
tradução fiel do resumo. Se for apresentado em inglês, deve
conter também, resumos em português e espanhol; se for em
espanhol, resumos em português e inglês.
Trabalho Científico
43
Devem conter, no máximo, cinco palavras-chave, key words, e
palabras-clave que identifiquem o conteúdo do texto.
3. A estrutura do artigo deverá conter:
Introdução: Deve ser clara, objetiva e relacionada ao problema
investigado e à literatura pertinente, bem como aos objetivos da
pesquisa. A introdução estabelece os objetivos do trabalho.
Material e Métodos: Deve oferecer informações de reprodutibilidade da
pesquisa, de forma clara e concisa, como variáveis, população, amostra,
equipamentos e métodos utilizados, inclusive os estatísticos.
Resultados: Apresentação dos resultados obtidos, que devem ser
descritos sem interpretações e comparações. Poderá ser sob a forma de
tabelas, em folha à parte, no máximo de cinco, ordenadas em algarismos
arábicos e encabeçadas pelo título, de acordo com as normas de
apresentação tabular da ABNT/WBR 6023/2000 da Associação
Brasileira de Normas Técnicas, identificadas no texto como Tabela; sob
a forma de figuras, nos casos de gráficos, fotografias, desenhos, mapas,
etc., ordenadas em algarismos arábicos, até no máximo de seis, e citadas
no texto como Figura. Devem ser identificadas em folha à parte, onde
deve constar o título do artigo. Fotografias podem ser em preto e branco
ou coloridas, identificadas com o(s) nome(s) do(s) autor(es) no verso. No
caso de desenhos originais, a impressão deve ser em papel adequado, de
qualidade. Se o trabalho for apresentado na língua portuguesa ou
espanhola, os enunciados das tabelas e figuras bem como das variáveis
apresentadas deverão estar também escritos em inglês.
Discussão: Deve ser entendida como a interpretação dos resultados,
confrontando com a literatura pertinente, apresentada na introdução. Se
julgar conveniente, os resultados e a discussão poderão ser apresentados
conjuntamente.
Trabalho Científico
44
Conclusões: É a síntese final, fundamentada nos resultados e na
discussão.
Referências: Devem ser apresentadas de acordo com as normas da
ABNT, e o arranjo deve ser em ordem alfabética por sobrenome do autor
(modelos anexos).
Deverão ser editorados em Microsoft Word for Windows, para edição de
textos, Excel (qualquer versão) para gráficos, formato JPEG ou GIF
(imagem) para fotografias, desenhos e mapas, em três vias (uma
original e duas cópias) impressas, formato A4 (21,0 x 29,7 cm), em
espaço duplo, mantendo margens de 2,5 cm, nas laterais, no topo e de
cada página, fonte Times New Roman, tamanho 12 e numeração
consecutiva das páginas em algarismos arábicos, a partir da folha de
identificação. Ilustrações e legendas devem ser apresentadas em folhas
separadas. Encaminhar cópia em disquete 3 ½” de alta densidade ou CD,
identificado com título do artigo e nome dos autores. Nas duas cópias
deve(m) ser omitido(s) o(s) nome(s) do(s) autor(es), o local onde se
realizou o trabalho, bem como o rodapé.
Não serão fornecidas separatas. Os artigos estarão disponíveis no
formato PDF no endereço eletrônico da revista. Para as demais seções da
revista são válidas as normas anteriores. Não devem exceder a 15
páginas. Abreviaturas não usuais devem ser empregadas após escritas
por extenso na primeira utilização.
Trabalho Científico
45
SINCRONIZAÇÃO/ INDUÇÃO DO ESTRO EM OVELHAS, COM
DIFERENTES TEMPOS DE EXPOSIÇÃO AOS PROGESTÁGENOS E
DISTINTAS DOSES DE GONADOTROFINA CORIÔNICA EQÜINA (eCG)
Jungiro Iwamura
1
Eunice Oba
2
Maria Inês Lenz Souza
3
Fernando Pampani
4
Luciana da Silva Leal
4
Giovana Pavão
4
Nina Miglioranza Velloso
4
Rodrigo Bittencourt
4
RESUMO
Objetivou-se testar a fertilidade de 53 ovelhas da raça Santa Inês, divididas em seis
grupos e submetidas a diferentes protocolos de sincronização de estro, utilizando
progestágenos associados ao eCG. Nos grupos GI, GII, GIII, GIV, GV e GVI, os
animais foram sincronizados com esponjas intravaginais contendo 60 mg de acetato de
medroxiprogesterona (MAP) durante 6, 6, 9, 9, 13 e 13 dias, respectivamente e, na
retirada, aplicaram 500, 350, 500, 350, 500, 350 UI de eCG, respectivamente. A
observação do estro foi realizada durante dois dias, no período da manhã, utilizando-se
fêmeas androgenizadas e um carneiro. A inseminação realizou-se por via cervical
superficial, 48 horas após a retirada do dispositivo intravaginal, empregando-se sêmen
fresco diluído em leite desnatado. As taxas de gestação foram determinadas 60 dias após
a inseminação artificial, por ultrassonografia com um transdutor transretal de 5,0 MHz.
Para a análise estatística das taxas de prenhez e de estro utilizou-se o teste Qui-
quadrado, por meio do pacote Statistical Analysis System (SAS, 1996). As taxas de
estro e prenhez nos grupos I, II, III, IV, V e VI foram de 90%, 30 %; 100%, 33,3%;
1
Acadêmico de s-graduação em Reprodução Animal, Departamento de Reprodução Animal e
Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP, Campus Botucatu Distrito de Rubião Jr., s/n - Botucatu - SP,
18618-000, j[email protected] , Tel/Fax: (014)38116249. Autor para correspondência.
2
Professora Titular Dra. Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, FMVZ, UNESP,
Botucatu, SP, 18618-000, euniceoba@fmvz.unesp.br
3
Professora Adjunto Dra. Departamento de Morfofisiologia, UFMS, Campo Grande, MS, 79070-900,
mariaines@nin.ufms.br
4
Acadêmicos (as) de Pós-graduação em Reprodução Animal, Departamento de Reprodução Animal e
Radiologia Veterinária, FMVZ – UNESP, Botucatu, SP, 18618-000
Trabalho Científico
46
100%, 33,3%; 20%, 20%; 100%, 37,50 % e 80%, 40%, respectivamente. Foi observada
diferença estatística quanto ao número de ovelhas em estro (P<0,05), enquanto os
índices de prenhez entre os grupos mostraram-se semelhantes. Baseado-se nos
resultados, conclui-se que o protocolo de curta duração apresentou melhores resultados
na sincronização de estro e fertilidade em ovelhas que o de longa duração.
Palavras-chaves: progestágeno, eCG, Ciclo estral, ovelha, sincronização de estro.
SYNCHRONIZATION/ INDUCTION OF ESTRUS IN SHEEP WITH
DIFFERENT TIMES OF EXPOSURE TO DIFFERENT DOSES OF
PROGESTOGEN AND EQUINE CHORIONIC GONADOTROPHIN (eCG)
ABSTRACT
The objective was to test the fertility of 53 sheep breed of Santa Ines, divided into six
groups and subjected to different protocols for synchronization of estrus, using
progestogen associated with eCG. In groups GI, GII, GIII, GIV, GV and GVI, the
animals were synchronized with intravaginal sponges containing 60 mg of
medroxyprogesterone acetate (MAP) for 6, 6, 9, 9, 13 and 13 days respectively, and the
withdrawal Was applied 500, 350, 500, 350, 500, 350 IU of eCG, respectively. The
observation of estrus was held for two days in the morning, using androgenizadas
females and a lamb. The insemination was carried out by cervical surface 48 hours after
the withdrawal of the intravaginal device, using fresh sperm diluted with skimmed milk.
The rates of pregnancy were determined 60 days after artificial insemination by
ultrasonography with a transrectal transducer of 5.0 MHz. For statistical analysis of the
rates of pregnancy and estrus was used chi-square test, using the package Statistical
Analysis System (SAS, 1996). The rate of estrus and pregnancy in groups I, II, III, IV,
V and VI were 90%, 30%, 100%, 33.3%, 100%, 33.3%, 20%, 20%; 100 %, 37.50% and
80%, 40%, respectively. In the number of ewes in estrus was a statistical difference (P
<0.05), but the pregnancy rates between the groups were similar. Based on the results
concluded that the protocol of short duration showed better results in the
synchronization of oestrus and fertility in sheep which the long-term.
Key Words: Progestogen, eCG, estrous cycle, sheep, synchronization of estrus
Trabalho Científico
47
SINCRONIZACIÓN/ INDUCCIÓN DEL ESTRO EN OVEJAS, CON DIVERSAS
ÉPOCAS DE LA EXPOSICIÓN AL PROGESTÁGENOS Y A LAS DOSIS
DISTINTAS DEL GONADOTROFINA CORIÔNICA EQUINA (eCG)
RESUMEN
El objetivo de este estudio fue probar la fertilidad de 53 ovejas de la raza Santa Inés,
divididas en seis grupos y sometidas a distintos protocolos de sincronización del estro,
utilizando progestágenos asociados con eCG. En los grupos GI, GII, GIII, GIV, GV y
GVI, los animales fueron sincronizados con esponjas intravaginales empapadas con 60
mg de acetato de medroxiprogesterona (MAP) durante 6, 6, 9, 9, 13 y 13 días
respectivamente, y en la retirada se aplicó 500, 350, 500, 350, 500, 350 UI de eCG,
respectivamente. La observación del estro se realizó durante dos días, cada mañana,
utilizando hembras androgenizadas y un carnero. La inseminación se llevó a cabo por el
cuello del útero 48 horas después de la retirada del dispositivo intravaginal utilizando
semen fresco diluido en leche descremada. Las tasas de embarazo se determinaron 60
días después de la inseminación artificial, por ultrasonido con un transductor transrectal
de 5,0 MHz. Para el análisis estadístico de las tasa de embarazo y del estro se utilizó
Chi-cuadrado, utilizando el paquete estadístico del Sistema de Análisis Estadístico
(SAS, 1996). La tasa de celo y del embarazo en los protocolos I, II, III, IV, V y VI fue
de 90%, 30%; 100%, 33,3%; 100%, 33,3%; 20%; 20% , 100%, 37,50% y 80%, 40%,
respectivamente. Fue una diferencia estadística significativa en el número de ovejas en
estro (P<0,05), pero sus tasas de embarazo entre los grupos fueron similares.Basándose
en los resultados, llegó a la conclusión de que los protocolos de corta duración
mostraron mejores resultados en la sincronización del celo y en la fertilidad de los
ovinos que los protocolos de largo período.
Palabras-claves: Progestágeno, eCG, ciclo estral, oveja, sincronización del estro
INTRODUÇÃO
Neste cenário de crescimento da ovinocultura, busca-se uma maior
produtividade e um menor custo de produção (SIMPLICIO, 2006). A sincronização do
estro é uma ferramenta importante, por possibilitar uma concentração de partos e,
conseqüentemente, uma melhor supervisão durante o nascimento, gastos reduzidos com
Trabalho Científico
48
mão-de-obra, melhorando o manejo dos animais e maximizando a sua produtividade,
além de servir como base para diversas biotécnicas reprodutivas, o que eleva a sua
importância na reprodução animal. Associada à inseminação artificial, a sincronização
do estro possibilita melhorias no manejo reprodutivo do rebanho ovino e promove o
desenvolvimento genético do mesmo, através da utilização de reprodutores
zootecnicamente superiores. Além disso, reduz o risco de disseminação de enfermidades
no rebanho, que se tem o controle sanitário do doador de sêmen (BARBAS et al.,
2002) e proporciona a obtenção de lotes de animais mais homogêneos para o abate
(COSTA et al., 2007).
O protocolo mais utilizado para a sincronização do estro é a associação do
progesterona ou progestágenos ao eCG, o que possibilita um aumento na resposta
ovulatória, na taxa de concepção e no percentual de partos múltiplos por ovulação
induzida e reduz o tempo entre a retirada da esponja e o estro (BARRET et al., 2004).
No entanto a taxa de fertilidade está diretamente relacionada ao tempo de tratamento.
Nos tratamentos curtos maior ovulação de folículos jovens e, consequentemente,
maior fertilidade (BECK et al., 1993; BICUDO e SOUSA, 2003). O contrário ocorre
com tratamentos longos, devido à ovulação de ovócitos velhos (VIŇOLES et al., 2001;
MENCHACA e RUBIANES, 2004).
O presente trabalho teve como objetivo testar diferentes durações de protocolos
de sincronização de estro em ovinos, usando progestágenos, comparando-se períodos
longos, médios e curtos de tratamento associado com diferentes dosagens de eCG ( 500
e 350 UI), quanto à incidência de estros e à fertilidade.
MATERIAIS E MÉTODOS
Local e animais
O experimento foi realizado entre fevereiro e setembro de 2007, na Fazenda
Lago Azul, situada no município de Avaí, SP, com latitude 22º08´48´´ S, longitude
49º19´59´´ W e altitude de 481 metros.
Utilizaram-se 53 ovelhas da raça Santa Inês, nulíparas e pluríparas, com idades
entre 1 e 3 anos, peso médio de 41 kg e escore corporal variando entre 2,5 e 3 (escala de
um a cinco). As fêmeas foram mantidas em pastagem de capim Brachiaria brizantha,
em sistema rotacionado, com sal mineral e água à vontade. Houve suplementação com
Trabalho Científico
49
capim napier picado (Pennistum purpureum) mais polpa cítrica nos meses de fevereiro a
maio, e só com capim napier no período de junho a julho.
Todos os animais utilizados no experimento foram examinados quanto ao estado
clínico (anamnese e exame físico) e reprodutivo (avaliação do aparelho genital feminino
e masculino), anteriormente ao início do experimento e, durante todo o período, fez-se
controle parasitário, através da contagem de ovos por grama de fezes.
Manejo experimental
Experimento I
Para este estudo, vinte e cinco ovelhas foram divididas aleatoriamente em três
grupos experimentais: Grupo I (n = 10), Grupo II (n = 6) e Grupo III (n = 9), e tiveram o
estro sincronizado com esponjas intravaginais impregnadas com 60 mg de acetato de
medroxiprogesterona
5
, inseridas na porção anterior da cérvix, permanecendo por 6 dias
(protocolo de curta duração), 9 dias (protocolo de média duração) e 13 dias (protocolo
de longa duração), respectivamente. No momento da retirada das esponjas administrou-
se uma dose de 500 UI de gonadotrofina coriônica eqüina
6
, por via intramuscular, em
cada fêmea.
Experimento II
Este experimento seguiu os mesmos protocolos descritos no Experimento I
quanto a sua duração, diferindo apenas na dose de eCG utilizada. Os grupos 4 (n = 10; 6
dias), 5 (n = 8; 9 dias) e 6 (n = 10; 13 dias) receberam 350 UI de eCG no momento da
retirada dos pessários intravaginais de MAP.
Detecção do estro pós-tratamento
A observação de estro realizou-se após a retirada dos pessários intravaginais das
ovelhas, com a utilização de seis fêmeas androgenizadas, que receberam três aplicações
de hormônio (30 mg propionato de testosterona, 60 mg fempropionato de testosterona,
60 mg decanoato de testosterona - Durateston
, via intramuscular), sendo a primeira
(250mg/animal) uma semana antes de começar a detecção do estro, a segunda
5
Progespon, Syntex S.A., Buenos Aires – Argentina
6
Folligon® 5000 UI, Intervet International B.V., Boxmeer - Holanda
Trabalho Científico
50
(125mg/animal) 19 dias após a primeira aplicação e a terceira (125mg/animal), 14 dias
após a segunda.
Na região esternal destes animais foi colocada uma mistura de óleo comestível
mais xadrez (cor vermelha) e, no intervalo de 24 a 48 horas, após a retirada da
esponja, o estro foi detectado pela manhã. As ovelhas que estavam em estro eram
identificadas pela presença de tinta na região da garupa, caracterizando a receptividade
dessas ao rufião. Porém, como as fêmeas androgenizadas detectaram um baixo número
de ovelhas em estro, nos grupos II e V, dos experimentos I e II, respectivamente, este
último foi refeito, mas utilizando um carneiro mantido preso à corda e sempre impedido
de fazer a monta.
Inseminação artificial
O sêmen foi colhido do reprodutor (um carneiro mestiço - Dorper x Texel), por
meio de vagina artificial, e avaliado quanto às características físicas e morfológicas,
volume, cor, aspecto, motilidade progressiva, vigor, turbilhonamento e concentração
espermática. A diluição do sêmen realizou-se com leite desnatado, na proporção de uma
parte de sêmen para duas de meio diluidor.
A inseminação artificial foi realizada com sêmen fresco, aproximadamente 48
horas após a retirada da esponja, contendo progestágeno, através da técnica cervical
superficial, em todas as ovelhas sincronizadas, marcadas ou não pelo rufião. Porém
aquelas efetivamente detectadas em estro tiveram preferência na ordem de inseminação.
Diagnóstico de gestação
Cerca de 60 dias após a inseminação, procedeu-se ao diagnóstico de gestação
com o auxílio do aparelho de ultrassonografia
7
acoplado a um transdutor de linear de 5
MHz, posicionado na região retal.
Análise estatística
O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado, no qual considerando-se
os animais como repetições e os protocolos de sincronização (GI, GII, GIII, GIV, GV e
GVI) como tratamentos.
7
Aloka 500 (Aloka Co. Ltda., Japão)
Trabalho Científico
51
As análises estatísticas das características estudadas foram realizadas conforme
Sampaio (1998), empregando-se o pacote estatístico Statistical Analysis System (SAS)
– versão 5.0 (1996). Para todos os testes estatísticos foi utilizado o nível de significância
de 5%. Assim, realizou-se a seguinte seqüência de análises:
1 A consistência dos dados e a análise descritiva (médias e desvio padrão) das
características de interesse ao estudo testaram-se mediante o emprego do PROC
MEANS;
2 Para comparação das taxas de prenhez e estro entre as fêmeas submetidas
aos diferentes protocolos de sincronização utilizou-se o teste qui-quadrado.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A resposta ao estro em ovelhas da raça Santa Inês nos grupos GI, GII, GIII,
GIV, GV e GVI apresenta-se na tabela 1.
Houve duas ovelhas eliminadas deste experimento, uma do grupo GIII e outra
do GII, devido à perda do implante vaginal de progestágeno no início do programa de
sincronização do estro.
Foi observada diferença (P<0,05) na taxa de estro entre os grupos experimentais
estudados, cujo grupo GIV obteve o pior índice, como pode ser verificada na tabela 1.
TABELA 1. Ocorrência de estro em ovelhas Santa Inês tratadas com MAP e eCG.
Resposta ao Tratamento Período com
MAP /Dose eCG
(Ovelhas em estro/Total) %
6 dias/500UI
(9/10) 90ª
9 dias/500UI
(6/6) 100ª
13 dias/500UI
(9/9) 100ª
6 dias/350UI
(2/10) 20
b
9 dias/350UI
(8/8) 100ª
13 dias/350UI
(8/10) 80ª
Total
(42/53) 81,6
Letras diferentes na mesma coluna diferem estatisticamente, (Qui-qudrado)
Embora a utilização de fêmeas androgenizadas seja tão eficiente quanto os
machos na detecção do estro (BAKER e BOSU, 1980), os resultados observados neste
estudo induz a conclusão de falhas no protocolo utilizado, o que acabou influenciando
Trabalho Científico
52
nos resultados encontrados. Após a observação do baixo índice de estro detectado no
GIV com as fêmeas androgenizadas estas foram substituídas por machos inteiros sob
contenção, para detecção de cio das fêmeas dos grupos GII e GV, resultando em índices
de 100% de estro (Tabela 1). Uma das possíveis explicações para o baixo índice de estro
detectado no GIV seria o tempo para o hormônio aplicado nas fêmeas, testosterona,
começar a fazer efeito, pois foi aplicado uma semana antes de introduzir a esponja. No
entanto, no GI, as mesmas fêmeas androgenizadas detectaram 90%, sendo que foram
introduzidas nos dois grupos no mesmo dia.
Em relação ao protocolo de longa duração, de 13 dias associado com 500 UI de
eCG (Tabela 1), Hasemi et al. (2006), também conseguiram 100% de ovelhas em estro.
no protocolo associado com 350 UI de eCG, Simonetti et al. (1999) verificaram um
resultado maior, 92,9%. Porém, o protocolo de curta (Tabela 1), pode ter obtido apenas
20% de estro por falha na detecção do estro, mas em relação ao protocolo de curta
duração com 500 UI foi semelhante ao de Simonetti et al. (1999), 90% de estro
Com o protocolo de curta duração associado a 500 UI de eCG (GI, 6 dias), a
porcentagem de ovelhas em estro não diferiu dos de longa duração (GIII e GVI, 13 dias)
com, 90%, 100% e 80% de estro, para os grupos GI, GIII e GVI, respectivamente.
Entretanto, Ustuner et al. (2007) conseguiram uma porcentagem maior de ovelhas em
estro no protocolo de longa duração (88,2%) em relação ao de curta duração (77,1%),
utilizando como progestágeno o FGA. É importante ressaltar que a utilização de
diferentes fontes de progestágenos (FGA ou MAP), para a sincronização de estro em
ovelhas, não deve interferir nos resultados obtidos (ZELEKE et al., 2005). Os valores
deste experimento com a associação do progestágeno mais eCG (Tabela 1) foram mais
altos que os encontrados por Ustuner et al. (2007), embora estes autores conseguiram
um resultado melhor no protocolo de longa duração.
A concentração de estro nas primeiras 48 horas após a retirada do implante foi
de 81,6%, semelhante aos observados por Menchaca et al. (2004), 80%. Mesmo não
ocorrendo diferenças nos resultados de estro nos protocolos com progestágenos
associado com eCG em relação ao protocolo com prostaglandina, a associação de
progestágenos mais eCG é a mais utilizada para a sincronização do estro nas ovelhas
por obter um resultado melhor (BARRET et al., 2004).
Uma variação de 80 a 100% de estro observados nos grupos experimentais deste
estudo estão de acordo com o encontrado nos trabalhos de Zeleke et al (2005) e
Trabalho Científico
53
Rodrigues et al. (2004), inclusive naqueles com protocolos de sincronização que não
utilizaram fonte de progestágenos, como os 93,7% de estro relatados por Ataman et al.
(2006), ao sincronizar o estro das ovelhas com uma associação de GnRH, PGF
2
α e eCG.
Na taxa de prenhez, os grupos GI, GII, GIII, GIV, GV e GVI obtiveram,
respectivamente, 30%, 33,3%, 33,3%, 20%, 37,5% e 40%. Não houve diferenças
estatísticas para os resultados (Tabela 2; P > 0,05).
TABELA 2. Taxa de prenhez em ovelhas Santa Inês tratadas com MAP e eCG.
Prenhez Período com
MAP /Dose eCG
(Ovelhas prenhes/Total) %
6 dias/500UI
(3/10) 30,0
9 dias/500UI
(2/6) 33,3
13 dias/500UI
(3/9) 33,3
6 dias/350UI
(2/10) 20,0
9 dias/350UI
(3/8) 37,5
13 dias/350UI
(4/10) 40,0
Total
(17/53) 32,3
Em todos os grupos experimentais observado um aumento na produção de muco
vaginal e cervical, causado pela atuação de hormônios utilizados no protocolo de
sincronização de estro e liberados pela tração mecânica, o que dificultou o
procedimento da inseminação artificial, além de promover, em algumas situações, o
refluxo de parte da dose inseminante aplicada. Esses fatores podem ter contribuído para
o comprometimento dos índices de prenhez obtidos, abaixo dos observados em outros
estudos com a inseminação cervical superficial, com sêmen fresco. Dogan et al. (2006.),
por exemplo, inseminando intracervicalmente, obtiveram taxas de 76,5% de prenhez,
após sincronização com protocolo MAP mais 500 UI de eCG por 12 dias. Türk et al.
(2008) verificaram 63,6% de prenhez, com FGA, por 12 dias, mais administração de
500 UI de eCG na retirada da fonte de progestágeno e duas inseminações (12 e 24horas
após retirada do implante). Entretanto Menchaca et al. (2004), inseminando pela via
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cervical, com sêmen fresco, tiveram uma taxa de prenhez inferior à deste estudo (26%),
usando apenas a prostaglandina para a sincronização do estro.
Assim como verificado neste trabalho, Ustuner et al. (2007) não encontraram
diferenças estatísticas em relação à taxa de concepção para os grupos sincronizados com
FGA por seis (35,7%) e 12 dias (31%) e inseminadas intracervicalmente com sêmen
fresco. No entanto Viñoles et al. (2001), com o uso de progestágenos por seis dias (curta
duração), obtiveram uma maior taxa de prenhez do que com o de 12 dias (longa
duração). Segundo Husein et al. (2007), a permanência da esponja com progéstagenos
em curta duração pode substituir os protocolos de longa duração, caso seja associado
com eCG. Por ter dupla função, de FSH e LH, essa gonadotrofina induz à ovulação de
folículos mais novos e, consequentemente, com uma maior fertilidade (BECK et al.,
1993; BICUDO e SOUSA, 2003). Esse fato foi relatado por Husein et al. (2007) que,
utilizando monta controlada, com a introdução do reprodutor por determinado período,
alcançaram maior índice de prenhez, respectivamente, de 91% e 75% para o protocolo
de curta (4 dias), sendo este melhor que o de longa duração (12 dias), utilizando
implante com FGA (40 mg) e aplicação de 500 UI de eCG na retirada.
O uso de progestágenos mais eCG para sincronizar a ovulação e inseminar em
tempo fixo apresenta maior fertilidade (32,3%), ao comparar-se com o protocolo de
prostaglandina (26% versus 23%; MENCHACA et al., 2004), e com GnRH (REYNA et
al., 2007). Para Bartlewski et al. (2004) e Takada (2004), um dos problemas do uso
desse hormônio é saber o momento exato da sua aplicação, pois o folículo pode até
ovular, mas o ovócito encontrar-se imaturo e ter uma baixa fertilidade.
De acordo com a tabela 2, não houve diferença na prenhez em relação à dose de
eCG. Entretanto Simonetti et al. (2002) demonstraram que há influência da dose de eCG
e, quanto maior, melhor o resultado obtido, dentro de limites estreitos. Além disso, o
momento da aplicação desse hormônio associado com progestágenos não influencia nos
resultados de prenhez, de acordo com Ustuner et al. (2007). Contrariamente, Zeleke et
al. (2005) demonstraram que há influência do momento de aplicação do eCG nos
índices gerais de fertilidade das fêmeas.
Com a presença do corpo lúteo, a progesterona produzida por este inibe a
ocorrência da ovulação pela retroalimentação negativa na liberação do LH (PELUSO et
al., 2006), porém o crescimento do folículo até o desvio (GINTHER et al., 1995) e,
se houver a suplementação com LH exógeno pode ocorrer a ovulação, com
Trabalho Científico
55
probabilidade de formar um corpo teo anormal (MORAES et al., 2002). Esse fato
pode justificar a taxa de prenhez dos animais do GV não ter diferido dos outros grupos,
que possivelmente conseguiram ovular sob ação do LH exógeno, presente no eCG, com
estabelecimento da gestação, indicando a formação de um corpo lúteo funcional, com
produção de níveis normais de progesterona, suficientes para manutenção da gestação.
Com os resultados obtidos neste estudo, permitiu-se concluir que as dosagens de
eCG utilizadas não influenciaram os resultados obtidos e que o protocolo de curta
duração com progestágeno, associado com 500 UI de eCG, aplicada na retirada de
esponja, pode também ser utilizado, de forma alternativa, no de longa duração, para a
sincronização de estro das ovelhas, sem comprometer o índice de fertilidade após a
inseminação em tempo fixo.
Recomenda-se a realização de novos estudos com um número maior de animais,
para verificar possíveis significâncias das diferenças numéricas encontradas nas
variáveis estudadas, entre os protocolos experimentais.
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