55
segundo Hargadon e Sutton (2005), sabem que idéias e inovação são a moeda mais preciosa
da nova economia, e também cada vez mais também da velha. Sem um fluxo constante de
idéias, uma empresa está condenada à obsolescência.
Os modelos de inovação, segundo Marques e Torres (2006), se justificam
unicamente pelo crescimento. Empresas líderes em diversos setores consideram uma equação:
inovação é igual a crescimento. A relação direta entre inovação e crescimento também é
apresentada por Christensen e Raynor (2003), para quem a única maneira de que gerentes
dispõem para gerar taxas de retorno para os acionistas acima da média do mercado é
crescendo mais rápido do que as expectativas dos acionistas: quando o negócio aproxima-se
da maturidade e apresenta taxas de retorno similares às do restante do mercado, os
investidores demandam novas formas de crescimento. Modelos de negócio disruptivos,
capazes de gerar lucros atraentes, são estratégias de crescimento extremamente valiosas.
Na mesma linha, Kaplan e Norton (1997) vêem o processo de inovação como a onda
longa da criação de valor, em que as empresas primeiro identificam e cultivam novos
mercados e clientes, bem como atendem necessidades emergentes de clientes atuais. Depois,
mantendo-se nesta onda de criação de valor e crescimento, as empresas projetam e
desenvolvem novos produtos e serviços que lhes permitem atingir novos mercados e clientes,
e também satisfazer necessidades recém identificadas dos clientes. Os processos de operação
não inovativos representam, por outro lado, a onda curta da criação de valores, onde as
empresas oferecem produtos e serviços a clientes existentes.
Para Leite (2005), o mercado atual é caracterizado por uma alta competitividade,
excesso de informação, alta instabilidade, curto ciclo de vida de produtos e concorrência
acirrada, obrigando empresas a aplicar novas tecnologias de modo a conseguir êxito. Tal
êxito, na visão do autor, depende da capacidade de inovar, gerando novos produtos e serviços,
a um preço menor, com melhor qualidade e a uma velocidade maior que a de seus
concorrentes, atendendo a exigências de eficiência, qualidade, flexibilidade e agilidade.
Evangelista e Savona (2003), ao comentarem resultados de pesquisa realizada no
âmbito da OECD, destacam que a relação entre inovação e emprego não é normalmente
investigada nas pesquisas sobre inovação, e mesmo o Manual de Oslo
15
não apresenta
nenhuma recomendação específica sobre como abordar esta questão. As questões nele
apresentadas são exclusivamente qualitativas, referindo-se ao impacto da introdução de
inovação na empresa – se aumentou, reduziu ou não teve efeitos no uso de trabalho. No
15
O Manual de Oslo será descrito na Seção 2.3.5.