33
ocorrendo por protrusão maxilar, retrusão mandibular ou combinação de ambas; e
Classe III esquelética, que também não possui bom relacionamento entre as bases
maxilar e mandibular, ocorrendo uma Classe III esquelética por prognatismo
mandibular, retrusão maxilar ou a combinação de ambos. A Classe I esquelética
apresenta as bases ósseas (maxila e mandíbula) bem posicionadas e bem
relacionadas entre si
21
.
A etiologia das más oclusões é devido a fatores extrínsecos, como
hereditariedade, deformidades congênitas, meio ambiente, hábitos deletérios,
acidentes e traumatismos, e também a fatores intrínsecos, como cárie, perda
precoce de dentes decíduos, restaurações inadequadas, retenção prolongada de
dentes decíduos, alterações do freio labial, lingual e bridas
35
.
Diversos trabalhos levantados na literatura mostram altas porcentagens de
incidências de má oclusão
9
. Esses estudos ressaltam que esta não ocorre somente
na dentição permanente, manifestando-se precocemente na dentição decídua e
mista
92
. Assim, os tratamentos preventivos e interceptivos devem ser feitos o mais
precocemente possível
5
.
Com o objetivo de estudar a oclusão dentária em escolares da cidade de
Araraquara (SP), na fase de dentadura mista, Gandini
40
avaliou os arcos dentários
de 1201 escolares, com idade entre 6 e 12 anos, dos sexos masculino e feminino.
Determinou a prevalência das relações interarcos nos planos sagital, vertical e
transversal. Verificou que não houve dimorfismo entre os sexos, com exceção da
mordida aberta anterior, que foi prevalente no sexo feminino, e o trespasse vertical
acentuado, prevalente no masculino. A prevalência do trespasse horizontal mostrou
as seguintes situações: incisivo topo a topo (2,7%), mordida cruzada anterior (2,8%),
acentuada (11,8%), moderada (37,0%), normal (39,7%). No trespasse vertical a
prevalência foi a relação normal (45,3%), a moderada (16,9%), mordida aberta
anterior (20,1%), acentuada (9,2%) e incisivos topo a topo (2,5%). Na relação
transversal posterior ocorreu cruzamento unitário bilateral (2,7%), mordida cruzada
bilateral (4,8%), cruzamento unitário unilateral (5,6%) e mordida cruzada unilateral
(9,9%). Com relação à simetria no plano terminal de segundos molares decíduos, o
terminal reto foi prevalente (31,4%), seguido do degrau mesial (20,6%), e do degrau
distal (11,5%). Quanto à simetria da relação de caninos decíduos e/ou permanentes,
a neutroclusão foi prevalente (44,7%), vindo a seguir a distoclusão (20,8%),