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em cada aula. De um curso de vinte e sete aulas, quatro (15%) são dedicadas ao conhecimento
do TP e a marcação de pontos e doze (44%) são dedicadas à programação, o que indica que a
ênfase está na programação do robô com programas em linguagem ACL, a fim de controlar o
robô e os periféricos a ele associado.
Apesar de ser ensinada programação nas aulas posteriores ao ensino do uso do TP, a partir
do início do uso deste dispositivo, sempre será necessário usá-lo para viabilizar a programação,
pois os exercícios passados exigem a manipulação de peças e controle de periféricos ligados ao
robô, sendo que a posição para buscar as peças é descoberta com o TP.
Praticamente todas escolas de robótica do SENAI utilizam robôs da linha Scorbot. Apesar
do uso de um simulador enriquecer o ensino, muitas escolas não incluíram sua utilização na
metodologia de ensino, utilizando apenas a chamada programação OFF-LINE, que consiste
em criar o programa em um editor de texto qualquer, realizando o envio ao robô através de
um computador conectado à ele. Isto acontece porque o programa que acompanha os robôs
da linha Scorbot, chamado Scorbase [19], permite a criação de programas somente em uma
linguagem semelhante à língua inglesa (ou portuguesa ao se trocar o idioma), não permitindo a
programação em ACL, linguagem nativa dos robôs Scorbot, que é ensinada nestas escolas. O
programa não possui uma visualização gráfica, e o TP comanda diretamente o robô real.
Uma alternativa seria adotar o simulador RoboCell, porém o alto valor das licenças invia-
biliza sua adoção. Para tentar resolver este problema, o SENAI-RS optou por desenvolver seu
próprio simulador de robótica com visualização 3D. Este simulador, chamado de Asimov, foi
desenvolvido durante o ano de 2001, no Núcleo de Informática Educacional - NIED, e pode ser
visto na Figura 19. Este simulador será detalhado aqui por ter servido de modelo para o de-
senvolvimento do VR-Robotics, que procurou solucionar alguns problemas apresentados pelo
ASIMOV.
O Asimov possui quatro ambientes: Visualização 3D, Teach Pedant, Editor de Células e
Cenários e o Terminal de Programação ACL.
Na Visualização 3D é exibido o AV 3D, contendo o robô e os outros objetos, conforme o
ambiente atual. O Teach Pendant, permite manipular o robô e seus periféricos e gravar posi-
ções de memória. O Editor de Células permite criar e editar novos cenários e o Terminal de
Programação em ACL é composto pelo terminal de controle do robô e pelo editor de progra-
mas, sendo que um programa deve ser escrito no editor e enviado ao robô pelo terminal, que
ainda possui os comandos adicionais do robô real, como listar e executar programas, declarar
variáveis globais, etc.
Nenhuma escola do SENAI adotou o Asimov como ferramenta nos cursos, devido a alguns
problemas que dificultam seu uso, como segue:
• problemas na execução de comandos no Terminal de Programação ACL;
• tamanho reduzido da área de Visualização 3D, com percepção tridimensional pobre;