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do Sul com relevo montanhoso podendo apresentar pequenos alinhamentos
serranos e picos elevados.
A geomorfologia está enquadrada no Planalto da Serra dos Órgãos,
representado pelo relevo de colinas e maciços costeiros. Apresenta uma litologia
metamórfica e tipos de rocha predominantes como granito, gnaisse granitóide,
migmatitos e associações, segundo FAPERJ (1980), citado por MENDES (2006).
As classes de solo de maior ocorrência nesta região são os ARGISSOLOS
VERMELHO AMARELO, os LATOSSOLOS VERMELHO AMARELO e os
CAMBISSOLOS, segundo Embrapa (1999), citado por MENDES (2006).
Este Planalto situa-se entre a Serra de Miguel Pereira e a Serra do Couto, a
oeste, e a Serra do Desengano, a leste. De sul a norte, tem-se três unidades
morfológicas distintas no Planalto Reverso da Região Serrana, ressaltando uma
gradativa redução das amplitudes de relevo, em direção ao Vale do Paraíba entre
as cidades de Petrópolis e Nova Friburgo, (MENDES, 2006).
A vegetação local tem predomínio da Floresta Ombrófila Densa. Os
remanescentes da floresta montanhosa localizam-se entre a Serra do Mar e a Serra
de Itatiaia com altitudes compreendidas entre 500 e 1500 metros.
Segundo Oliveira et al. (1995), citado por MENDES (2006), a grande
maioria dos remanescentes da Mata Atlântica do Estado do Rio de Janeiro são de
matas secundárias, com idade variando entre 25 e 150 anos, alteradas pela
atividade agropecuária ou exploração madeireira.
O clima é classificado como mesotérmico úmido, com temperaturas
elevadas e bem distribuídas o ano todo e com precipitação média anual de
1400 mm, concentrados no verão.
A prática agrícola em Bom Jardim, assim como em toda a região serrana,
está localizada nas encostas dos estreitos vales até as cabeceiras de drenagem. A
característica topográfica de relevo montanhoso nas bacias hidrográficas e o
intenso regime pluviométrico potencializam os processos erosivos, intensificando
as perdas de solo, além do carreamento de agrotóxicos e de fertilizantes para os
rios, causando poluição e contaminação ambiental (MENDES, 2006).
Os principais tipos de uso de solo são o cultivo rotacionado (inhame,
batata, mandioca, milho e feijão) e o cultivo permanente, este com predomínio das
culturas de café, de banana e do pousio florestal com variações de 3 a 5 anos onde
há a regeneração da área pela mata nativa, ou com mais de 70 anos sem cultivo.
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