Download PDF
ads:
ii
ads:
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
iii
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
Paulo Speller
Reitor
Elias Alves de Andrade
Vice-Reitor
Marinêz Isaac Marques
Pró-Reitora de Pós-Graduação
Carlos Antônio Dornellas
Direto do ICET
Rúbia Ribeiro Viana
Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Geociências
João Batista Matos
Chefe do Departamento de Recursos Minerais
ads:
iv
v
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
DEPARTAMENTO DE RECURSOS MINERAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS
PETROLOGIA
E
GEOQUÍMICA
DOS
GRANITOS
DA
SUÍTE
INTRUSIVA
VILA
RICA
E
DO
GRANITO
RIO
DOURADO
BORDA
SUDESTE
DO
CRÁTON
AMAZÔNICO
(PROVÍNCIA
AMAZÔNIA
CENTRAL
ÁREA
XINGÚ-IRICOUMÉ
NORDESTE
DE
MATO
GROSSO)
R
OSILENE
A
PARECIDA
P
ADILHA
Orientadora: Dra. Márcia Aparecida de Sant’Ana Barros
Banca Examinadora: Dra. Maria Zélia Aguiar de Sousa
Dr. Nilson Francisquini Botelho
Dissertação de Mestrado apresentada
como requisito para obtenção do Titulo
de Mestre em Geociências.
Cuiabá
2007
vi
Padilha, Rosilene Aparecida
Petrologia e geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito
Rio Dourado – borda sudeste do Cráton Amazônico (Província Amazônia Central –
Área Xingú-Iricoumé –nordeste de Mato Grosso). / Rosilene Aparecida Padilha. –
Cuiabá: UFMT, 2007.
Orientadora: Dra Márcia Aparecida de Sant’Ana Barros
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Mato Grosso. Instituto de
Ciências Exatas e da Terra. Programa de Pós-Graduação em Geociências. Cuiabá,
MT – BR, 2007.
1. Petrografia. 2. Geoquímica. 3. Suíte Intrusiva Vila Rica. 4. Granito Rio
Dourado. 5. Cratón Amazônico. 6. Paleoproterozóico.
vii
Dedico este trabalho a minha mãe Catarina
minha fonte de amor e carinho.
viii
ix
Agradecimentos
Primeiramente agradeço a Deus pela proteção e força em todos os momentos desta
caminhada que se concretiza como uma das mais importantes conquistas da minha vida profissional.
Agradeço a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Capes por me
conceder a bolsa de mestrado. A universidade Federal de Mato Grosso pela infra-estrutura e ao
Programa de s-Graduação em Geociências pela oportunidade cedida e apoio financeiro na
realização das etapas de campo. A Dra. Rúbia Viana pelo empenho na consolidação e crescimento do
curso de mestrado em geociências da UFMT e a minha orientadora Dra. Márcia Barros por estar
presente, em todos os momentos de minha formação acadêmica, concedendo-me oportunidades que
me proporcionaram crescer como profissional.
Agradeço ao Pró-Reitor de pesquisa Prof. Paulo Teixeira por disponibilizar o seu veículo de
pesquisa para nossos trabalhos de campo.
Agradeço ao professor Francisco Pinho pelo financiamento de parte das análises
geoquímicas e as sugestões dadas à realização deste trabalho.
Agradeço ao meu amigo Rogério Rubert, pelo estímulo pessoal, e pelas discussões e
sugestões geológicas. Ao geólogo Gercino Domingos da Silva pelo fornecimento de dados sobre a
área estudada e pelo acompanhamento na etapa de campo.
Agradeço a professora Dra. Maria Zélia por ter compartilhado seus conhecimentos de
maneira dedicada e gentil e ao professor Dr. Jackson pelas sugestões que muito contribuíram na
finalização do trabalho.
Agradeço aos funcionários: Vera e Reginaldo da secretária e Paulo do laboratório. As
minhas amigas da pós-graduação Alessandra, Elaine e Maria Elisa que estiveram sempre partilhando
de agradáveis momentos, tanto de lazer como de discussões técnicas.
x
xi
Sumário
Resumo ..................................................................................................................................................................xv
Abstract................................................................................................................................................................xvii
CAPÍTULO I .........................................................................................................................................................19
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................................19
I.1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................................................19
I.2. OBJETIVO..................................................................................................................................................21
I.3. JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................................21
I.4. LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO.....................................................................................................21
I.5. MATERIAS E MÉTODOS .........................................................................................................................23
CAPÍTULO II........................................................................................................................................................25
CONTEXTO GEOTECTÔNICO E GEOLÓGICO REGIONAL .........................................................................25
II.1.CRÁTON AMAZÔNICO ...........................................................................................................................25
II.1.1. Evolução dos Conhecimentos Geológicos ..........................................................................................25
II.1.2. A Província Geocronológica Amazônia Central .................................................................................29
II.2 GEOLOGIA REGIONAL...........................................................................................................................31
II.2.1 Complexo Xingú ..................................................................................................................................31
II.2.2 Complexo Estratiforme Santa Inês.......................................................................................................33
II.2.3 Suíte Intrusiva Vila Rica ......................................................................................................................33
II.2.4 Grupo Iriri ............................................................................................................................................34
II.2.5 Granito Rio Dourado............................................................................................................................35
II.2.6 Formação Gorotire ...............................................................................................................................36
CAPÍTULO III.......................................................................................................................................................39
Artigo Revista Brasileira de Geociências (Submetido)......................................................................................41
Resumo Expandido enviado ao X Simpósio de Geologia da Amazônia............................................................65
CAPITULO IV ......................................................................................................................................................69
CONCLUSÕES .....................................................................................................................................................69
Referências Bibliográficas .....................................................................................................................................71
Anexos 1 ................................................................................................................................................................75
Mapa Geológico.....................................................................................................................................................75
Anexos 2 ................................................................................................................................................................79
Mapa de Pontos......................................................................................................................................................79
Anexos 3 ................................................................................................................................................................83
Fotos de Campo .....................................................................................................................................................83
Anexos 4 ................................................................................................................................................................95
Imagens MEV (Microscópio de Varredura Eletrônica) .........................................................................................95
xii
xiii
Lista de Ilustrações
Figura I.1. Mapa esquemático do Cráton Amazônico mostrando a distribuição das províncias geocronológicas
segundo Tassinari & Macambira (1999)................................................................................................................20
Figura I.2. Mapa esquemático do Cráton Amazônico mostrando a distribuição das províncias geocronológicas
segundo Santos et al. (2000)..................................................................................................................................20
Figura I.3. Mapa de localização da área pesquisada.............................................................................................22
Figura II.1. Mapa esquemático do Cráton Amazônico destacando a Província Amazônia Central de Tassinari &
Macambira (1999). E localizando a área de estudo. ..............................................................................................30
Figura IV.1 Modelo Geotectônico mostrando a evolução da área estudada. (A) formação do arco magmático
Ventuari-Tapajós. (B) ocorre um evento extensional, com a refusão de crosta arqueana com contribuição de
crosta subductada originando os magmas que formaram os granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica. (C) ocorre um
novo evento extensional envolvendo uma crosta constituída por rochas arqueanas e pelos granitos da Suíte
Intrusiva Vila Rica (1.97 Ga). Um magma contaminado por restos de crosta anteriormente subductada dá origem
ao vulcanismo Iriri e ao Granito Rio Dourado.......................................................................................................70
xiv
xv
Resumo
A área estudada está localizada no município de Vila Rica/MT, divisa com os estados de Tocantins e
Pará, no sul da Área Xingú-Iricoumé, Província Amazônia Central, Cráton Amazônico. A Suíte
Intrusiva Vila Rica é composta de biotita-monzogranito, biotita-sienogranito e quartzo-sienito, com
textura hipidiomórfica de granulação fina a média. Os teores de elementos maiores e traços sugerem
afinidade cálcio-alcalina a alto-K e caráter peraluminoso. Padrões de Elementos Terras Raras
marcados pelo enriquecimento de leves sobre pesados e ausência de anomalia de Eu indicam origem a
partir de magmas fracionados onde minerais máficos ficaram na fase residual e não houve
fracionamento de plagioclásio. Teores de Rb versus Y+Nb plotam os granitos desta suíte no campo de
granitos pós-colisionais. A análise do diagrama multielementar normalizado pelos valores dos
Granitos de Cadeias Oceânicas, destaca anomalia negativa de Nb e Ta, comum nos granitos originados
em ambientes afetados por subducção. O Granito Rio Dourado é constituído de anfibólio-biotita-
sienogranito, biotita-sienogranito e monzogranito. Os dados geoquímicos associados com a petrografia
indicam afinidade alcalina e caráter metaluminoso a peraluminoso. O padrão de Elementos Terras
Raras do Granito Rio Dourado é caracterizado por um leve enriquecimento de leves sobre pesados e
forte anomalia negativa de Eu, indicando o fracionamento de plagioclásio durante a evolução do
magma. Padrões de multi-elementos mostram anomalia negativa de Ta e Nb comum em magmas
afetados por ambientes de subdução. Os resultados de elementos traços para este Granito são similares
aos de granitos pós-colisionais. Diagrama concórdia U-Pb forneceu idade de cristalização de uma
amostra da Suíte Intrusiva Vila Rica de 1976±9 Ma e idade modelo Sm/Nd (T
DM
) 2.66 Ga, com
epsilon Nd negativo (-5,96) indicando uma origem a partir de fusão de crosta arqueana. Esses
resultados sugerem que a intrusão dessas rochas ocorreu em dois períodos distintos: Em 1.97 Ga ± 9
Ma formou-se a Suíte Intrusiva Vila Rica, em ambiente extensional, a partir da fusão e recristalização
de crosta arqueana e posteriormente, em 1.88 Ga ± 11 Ma um novo evento extensional funde material
crustal com contribuição de crosta anteriormente subductada e gera o vulcanismo Iriri e o Granito Rio
Dourado.
xvi
xvii
Abstract
The studied area is located in the boundary of Vila Rica/MT, with the Tocantins and Pará states, in the
south of the Xingú-Iricoumé Area, Central Amazonian Province- Amazonian Craton. The Vila Rica
Intrusive Suite is composed of biotite-monzogranite, biotite-syenogranite and quartz-syenite with a
fine to medium grained hipidiomorphic texture. The major and trace elements abundances suggest
peraluminous and high-K calc-alkaline affinities. Rare Earth Elements pattern shows enrichment of
LREE over HREE. The lack of Eu anomaly suggests that plagioclase was not involved in the
fractionation process during magmatic evolution. On the Rb versus Y+Nb diagram samples from the
Vila Rica Intrusive Suite are classified as granites from post-collisional tectonic environments. The
ocean ridge granite normalized spiderdiagram shows negative Nb anomaly which is common for
granites whose source was affected by subduction process. The Rio Dourado Granite is composed of
amphibole-biotite-syenogranite, biotite-seynogranite and monzogranito. The Rio Dourado Granite
shows sodic amphibole (hastingsite) in one petrographic facies. The geochemical and petrographic
data suggest alkaline and metaluminous to peraluminous affinity. The RRE patterns are characterized
by slightly enrichment of LREE over HREE and strong negative Eu anomaly which suggest
plagioclase fractionation during crystallization processes. Ocean ridge granite normalized diagrams
showing incompatible element distributions from Rio Dourado Granite exhibit negative anomaly of Ta
and Nb suggesting a magmatic source affected by subduction process. Traces elements values suggest
post-collisonal tectonic environments to Rio Dourado Granite. Concordia diagrams U-Pb to Vila Rica
Intrusive Suite sample display ages of crystalization 1976±9 Ma. Model age Sm/Nd (TDM) and yield
2.66 Ga, with negative epsilon Nd (-5,96) indicating an origin from archean crust remelted. These
results suggest that the tectonic position of the Vila Rica Intrusive Suite and Rio Dourado Granite
occured into two different periods: in 1,97 The Vila Rica Suit Intrusive was emplaced in an
extentional environment with melt and recristalization of archean crust. In 1,88 Ga a new extensive
event originate the Iriri Volcanism and Rio Dourado Granite with contribution of a older subducted
plate.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
18
Geologia Regional e Recursos Minerais
19
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
I.1. INTRODUÇÃO
O conhecimento atual do Cráton Amazônico foi impulsionado nos últimos vinte cinco anos
pelas descobertas de importantes jazidas minerais na região de Carajás. A partir do conhecimento que
foi se acumulando ao longo dos anos, várias propostas de classificação, sistematização e modelos
evolutivos têm sido apresentadas para as unidades litológicas regionais.
O Cráton Amazônico é uma das principais unidades geológicas na América do Sul,
ocupando uma grande área (em torno de 4.500.000 km
2
) estabilizada em relação ao evento brasiliano
(Neoproterozóico). Ele é dividido em dois escudos Pré-cambrianos: Escudo das Guianas ao norte e
Escudo Guaporé ao sul, separados pelas bacias Fanerozóicas Solimões e Amazonas. O cráton é
limitado a oeste pelo Cinturão Orogênico Andes, a leste e sudeste pela Faixa de dobramento
Neoproterozóica Araguaia-Paraguai.
Os modelos de evolução geológica pré-brasiliana para este cráton são antagônicos,
sustentados, ora pela existência de um supercontinente arqueano, retrabalhado termotectonicamente
por sucessivos episódios de reativação (Amaral 1974, Montalvão & Bezerra 1980), ora admitindo um
núcleo arqueano seguido de retrabalhamento e acresção crustal onde se desenvolveram uma série de
cinturões móveis formados e ativados através de todo o Proterozóico (Tassinari & Macambira 1999).
Tassinari & Macambira (1999) dividiram o Cráton Amazônico em seis províncias
geocronológicas, sendo um núcleo Arqueano (Província Amazônia Central) circundado e acrescido
por cinturões móveis Paleo e Mesoproterozóicos: Província Maroni-Itacaiúnas; Província Ventuari-
Tapajós; Província Rio Negro-Juruena; Província Rondoniana San-Ignácio e Província Sunsás (Fig.
I.1).
Santos et al. (2000) propusseram uma nova compartimentação geotectônica para o Cráton
Amazônico a partir de estudos geocronológicos, pelo método U-Pb e Sm-Nd, dividindo o cráton em
sete províncias: Província Carajás e Imataca; Província Transamazônica; Província Tapajós-Parima;
Província Amazônia Central; Província Rio Negro; Província Rondônia-Juruena; Província Sunsás e
uma Faixa de Cisalhamento de direção NE-SW K’Mudku (Fig. I.2). Segundo estes autores as
Províncias Carajás e Imataca, Província Transamazônica, Província Tapajós-Parima e Província
Rondônia-Juruena são oriundas de processos de acresção juvenil. A Província Rio Negro e a Província
Sunsás representam colisão continental incluindo Faixa de Cisalhamento K’Mudku, enquanto que a
Província Amazônia Central é interpretada como produto de retrabalhamento de crosta arqueana por
processos de underplating.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
20
Figura I.1. Mapa esquemático do Cráton Amazônico mostrando a distribuição das províncias geocronológicas
segundo Tassinari & Macambira (1999).
Figura I.2. Mapa esquemático do Cráton Amazônico mostrando a distribuição das províncias geocronológicas
segundo Santos et al. (2000).
Geologia Regional e Recursos Minerais
21
O avanço no conhecimento da geologia da região nordeste de Mato Grosso, foi despertado
nos últimos cinco (05) anos com o reconhecimento geológico e de prospecção realizado pela
Companhia Matogrossense de Mineração e posteriormente refinado por trabalhos realizados por
pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso. Trabalhos de conclusão de cursos na região
realizados em 2003 e 2005 permitiram fazer um reposicionamento estratigráfico de algumas unidades,
através de dados geocronológicos obtidos para rochas graníticas e rochas vulcânicas.
Este trabalho descreve a petrografia e geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e
Granito Rio Dourado localizados no nordeste de Mato Grosso, na borda sudeste do Cráton Amazônico
(Província Amazônia Central – Bloco Carajás-Iricoumé).
I.2. OBJETIVO
O objetivo do presente trabalho é caracterizar os granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e o
Granito Rio Dourado do ponto de vista petrográfico e geoquímico com a finalidade de se discutir
processos de evolução crustal e prováveis ambientes geotectônicos destes eventos magmáticos.
I.3. JUSTIFICATIVA
A região estudada é carente de qualquer estudo geológico de detalhe. Sendo a Província
Amazônia Central palco de grandes reservas minerais como àqueles existentes em Carajás, é de suma
importância que se amplie o conhecimento geológico e geocronológico de áreas adjacentes. A região
em epígrafe mostra uma vegetação rala (modificada pela ação antrópica) que expõe diversas unidades
geológicas, facilitando a observação e coleta de amostras. Hoje as melhores condições da principal via
de acesso BR-158 também serviu de incentivo para voltar o estudo para essa região. Finalizando, a
importância do setor mineral hoje na região amazônica requer que se explorem áreas com pequeno
conhecimento geológico, porém com potencial para o desenvolvimento e interiorização do setor
mineral brasileiro.
I.4. LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO
A área de estudo localiza-se na porção nordeste do Estado de Mato Grosso, município de
Vila Rica a qual dista 1.260 km de Cuiabá. O acesso é feito a partir de Cuiabá, pela rodovia federal
BR-364 até o Distrito de São Vicente (Serra de São Vicente) e a partir deste pela rodovia Federal BR-
070, até a cidade de Barra do Garças, extremo leste de Mato Grosso. A partir de Barra do Garças,
segue-se pela rodovia federal BR-158 em direção ao Norte até a cidade de Vila Rica, seguindo-se a
partir daí por estradas vicinais (Fig. I.3).
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
22
Figura I.3. Mapa de localização da área pesquisada.
Geologia Regional e Recursos Minerais
23
I.5. MATERIAS E MÉTODOS
A realização desta pesquisa contou com uma série de procedimentos rotineiros em trabalhos
de cunho geológico e foram realizados dentro de um cronograma discriminado no plano de pesquisa
da dissertação de mestrado e constaram de:
Levantamento Bibliográfico
: primeiramente foi feita uma pesquisa bibliográfica de trabalhos
existentes na região com ênfase na Granitogênese da Província Amazônia Central (Cráton
Amazônico).
Mapeamento Geológico
: nesta etapa visou-se ampliar a área previamente estudada em
Trabalho de Conclusão de Curso, com o intuito de localizar os corpos graníticos da Suíte Intrusiva
Vila Rica e do Granito Rio Dourado. Para a reinterpretação do arcabouço geológico dessa área, foram
utilizados dados cedidos pela Companhia Matogrossense de Mineração, dados obtidos durante o
trabalho de conclusão de curso (Padilha 2005) e dados coletados na etapa de campo realizada em abril
de 2006, dentro do cronograma do plano de pesquisa do mestrado.
Etapa de campo
: para esta etapa foi utilizada uma imagem de SRTM (Shuttle Radar
Topography Mission). A localização dos afloramentos foi registrada com GPS GARMIN
Modelo
Etrex – Vista. Em campo, foram efetuadas as observações e descrições de dados litológicos e
estruturais, com a determinação das relações estratigráficas entre as diferentes unidades e o arcabouço
estrutural da área. Foram realizadas, ainda, coletas de amostras para estudos petrográficos,
geoquímicos e geocronológicos e a obtenção de fotografias em diferentes escalas. Nesta etapa foram
utilizados os seguintes equipamentos: bússola Brunton, GPS (Ground Position Sistem) GARMIN
Modelo Etrex – Vista, lupa de bolso aumento 20x, marreta e máquina fotográfica digital.
Petrografia
: a partir da seleção de amostras representativas de cada unidade geológica,
confeccionaram-se onze seções delgadas da Suíte Intrusiva Vila Rica e dez do Granito Rio Dourado,
as quais foram descritas utilizando o microscópio binocular de luz polarizada da marca Olympus®
BX41 do laboratório de microscopia da UFMT. Duas amostras foram enviadas à UFPA para análise
em microscopia eletrônica (MEV). As fotomicrografia foram obtidas através de captura de imagem
utilizando a câmara de vídeo acoplada ao computador utilizando software PixelView Station v.5.19.
Concomitante à fase de estudos petrográficos foi aplicada em pequenos tabletes uma solução de
hexanitro cobaltato de sódio usado para colorimetria. Neste processo, o K-feldspato fica amarelo, o
plagioclásio permanece branco e o quartzo cinza facilitando a contagem de pontos. As porcentagens
dos minerais foram plotadas no diagrama Q-A-P de Streckeisen (1976).
Análises químicas
: As análises químicas foram realizadas em dois laboratórios distintos.
Foram realizadas sete análises no ACTLABS (Activation Laboratories Ltd, Canadá), com abertura por
fusão com Tetraborato de Lítio. As análises dos elementos maiores foram realizadas por ICP-ES
(Inductivel Coupled Plasma Emission Spectrometry), e os elementos terras raras e os elementos
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
24
traços foram analisados por ICP/MS (Inductivel Coupled Plasma Mass Spectrometry) e o F foi
analisado pelo método SIE (Specific Íon Electrod). No laboratório Lakefield Geosol Geologia e
Sondagem Ltda foram realizadas seis análises. Neste os elementos maiores foram analisados por
Fluorescência de Raios-X com abertura por fusão com Tetraborato de Lítio. Os elementos traços Ba,
Rb, Sr, Th, Zr, Nb, Y, Ga também foram analisados pelo método Fluorescência de Raios-X,
utilizando-se pastilhas de prensado. Os elementos Pb, Cu, Li, Ni, Mo, Zn foram analisados pelo
método de absorção atômica com abertura por digestão multiácida. O F foi analisado pelo método
Eletrodo de Íon Especifico. Os elementos terras raras foram analisados por ICP/MS. Para tratamento
dos dados geoquímicos contou com o uso do Software Minpet 2.02.
Etapa de Gabinete
: finalizando os estudos, elaborou-se a integração dos dados de campo,
petrografia e interpretação geoquímica para a confecção do mapa geológico. Estes resultados foram
reunidos na forma de um artigo cientifico, submetido à Revista Brasileira de Geociências.
Geologia Regional e Recursos Minerais
25
CAPÍTULO II
CONTEXTO GEOTECTÔNICO E GEOLÓGICO REGIONAL
II.1.CRÁTON AMAZÔNICO
II.1.1. Evolução dos Conhecimentos Geológicos
Almeida et al. (1977) dividiram o Cráton Amazônico em duas províncias estruturais: A
Província Rio Branco a norte da bacia Amazônica pertencente ao Escudo das Guianas, e a Província
Tapajós, a sul, pertencente ao escudo Guaporé. Esses autores consideraram que o cráton estabilizou-se
entre 1800 e 1000 Ma através de uma série de processos de protoativação de antigo cráton. Amaral
(1974) apresentou uma proposta fixista para evolução da Plataforma Amazônica. Segundo o autor essa
evolução teria ocorrido por meio de processos de reativação de uma plataforma consolidada há 2.5 Ga.
Cordani & Brito Neves (1982) definiram o Cráton Amazônico como uma grande unidade
geotectônica complexa e bem diferenciada constituída de um núcleo antigo (Amazônia Central)
circundado por cinturões móveis Paleo a Mesoproterozóico, designados Maroni-Itacaiúnas, Rio
Negro-Juruena e Rondoniano.
Segundo Cordani & Brito Neves (1982):
Na Província Amazônia Central as condições cratônicas existem pelo menos desde o
Paleoproterozóico atestado pela existência de episódios tectônicos de reativação do
cráton, como as rochas vulcânicas Surumu e Caiçara (1.9 Ga), Iricoumé e Dalbara
(1.8 Ga), Iriri e Uatumã (1.7 Ga) e granitos anorogênicos Paraguaza, Surucucu e
Velho Guilherme (1.8 - 1.3 Ga).
O Cinturão Maroni-Itacaiúnas (2.2-1.8 Ga) definido como de caráter ensiálico,
tendo-se formado sobre uma crosta continental pré-existente, sendo alguns de seus
representantes as seqüências Carichapo-Pastora, Orapu, Vila Nova e Grão Pará. Esse
cinturão localiza-se ao longo da porção norte-oriental da Província Amazônia
Central (PAC).
O Cinturão Rio Negro-Juruena (1.75-1.5 Ga) engloba um conjunto de rochas que
ocorre na borda sudoeste da Província Amazônia Central. Nesse cinturão foi descrito
como rochas predominantes granitos e granodioritos com estruturas gnáissicas e não
existe indicação de embasamento mais antigo.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
26
A oeste do Cinturão Rio Negro-Juruena ocorrem rochas de idade entre 1.4 - 1.1 Ga
de caráter claramente ensiálico com várias regiões exibindo embasamento com
idades mínimas Paleoproterozóica, este conjunto de rochas foi denominada de
Província Rondoniana.
Teixeira et al. (1989) seguem a mesma linha de pensamento de Cordani & Brito Neves
(1982). Denominam os cinturões individualizados antes, como províncias geocronológicas. Mantém a
terminologia de Província Amazônia Central, para o núcleo mais antigo, bordejado por províncias do
Proterozóico Inferior ao Médio: Maroni-Itacaiunas, Rio Negro-Juruena, Rondoniana e Sunsás. Os
autores sugeriram com base em dados isotópicos que eventos de diferenciação mantélica e acresção
ocorreram nas Províncias Amazônia Central, Maroni-Itacaiúnas e Rio Negro-Juruena, seguidos por
orogenias tipicamente ensiálicas intracontinentais nas Províncias Rondoniana e Sunsás.
Atualmente, o modelo mobilista de Tassinari & Macambira (1999) e Santos et al. (2000) são
os mais utilizados pelos pesquisadores. Esses autores redefinem as Províncias Geocronológicas
definidas por Cordani & Brito Neves (1982) e Teixeira et al (1989). Os primeiros autores tentam
manter as terminologias já definidas. Já Santos et al (2000) renomearam as províncias geocronológicas
modificando os nomes dados anteriormente.
Segundo Tassinari & Macambira (1999) um núcleo arqueano (Província Amazônia
Central) com idades acima de 2.3 Ga. Este núcleo arqueano estaria circundado por arcos magmáticos
denominados de acordo com sua evolução e idade: Província Maroni-Itacaiúnas (2.2-1.95 Ga);
Província Ventuari-Tapajós (1.95-1.80 Ga); Província Rio Negro-Juruena (1.80-1.55 Ga); Província
Rondoniano San-Ignácio (1.5-1.3 Ga) e Província Sunsás (1.25-1.0 Ga).
Tassinari & Macambira (1999) descreveram a Província Amazônia Central como uma
porção constituída de fragmentos continentais arqueano preservados pela orogenia transamazônica.
Esses autores dividiram a Província Maroni-Itacaiúnas em dois terrenos: a) terrenos gnáissico-
granulíticos com protólitos arqueanos, que seriam partes retrabalhadas da Província Amazônia
Central; b) terrenos granito-greenstone e granuliticos diferenciados do manto durante a orogênese
transamazônica. Já na Província Ventuari-Tapajós, incluíram rochas granito-gnáissicas de composição
quartzo-dioritica a granodioritica formadas a partir de processos de diferenciação mantélica ocorrida
pouco tempo antes da formação das rochas, caracterizando a atuação de um arco magmático. Para a
Província Rio Negro-Juruena, constituída por uma zona de intensa geração de granitos e migmatitos,
sugerem o desenvolvimento através de uma sucessão de arcos magmáticos. De acordo com os mesmos
autores, a Província Rondoniano-San Ignácio, que inclui rochas polimetamórficas, e a Província
Sunsás que inclui as rochas mais jovens do cráton, foram geradas durante a Orogenia Sunsás,
acompanhada de atividades ígneas graníticas e básica-ultrabásicas.
Geologia Regional e Recursos Minerais
27
Santos et al (2000) fazem uma reinterpretação dos limites das províncias com base em novos
dados geocronológicos pelo método U-Pb e Sm-Nd. Os autores propõem uma nova compartimentação
geotectônica para o Cráton Amazônico, dividindo-o em sete províncias: Carajás e Imataca (3,10 - 2,53
Ga); Transamazônico (2,25 - 2,00 Ga); Tapajós-Parima (2,10 - 1,87 Ga); Amazônia Central (1,88 -
1,70 Ga); Rio Negro (1,86 - 1,52 Ga); Rondônia-Juruena (1,76 - 1,47 Ga); Sunsás (1,33 - 0,99 Ga) e
uma faixa de cisalhamento, de direção NE-SW, K´Mudku (1,10 - 1,33 Ga). Uma comparação entre as
duas propostas de compartimentação pode ser vista na figura I.1 e I.2.
No modelo geotectônico apresentado por Santos et al (2000), as rochas realmente arqueanas
são conhecidas apenas na região de Carajás. Segundo os autores a província mais antiga deve ser
denominada de Província Carajás e Imataca, a qual inclui na região de Carajás vários greenstone belts,
cortado por suítes graníticas. Na faixa Imataca, que ocorre no extremo norte do cráton, predominam
ortognaisses e anfibolitos.
No trabalho de Santos et al (2000), a área denominada Província Amazônia Central por
Tassinari & Macambira (1999) é reduzida em 45%. A área resultante, extraída do bloco mais antigo
(Carajás-Imatacá), é dominantemente constituída por associações de rochas cratonicas: 1) rochas
vulcânicas ácida a intermediária (Grupo/formação Iriri, Surumu, Burru-Burro, Caiçara e Iricoumé); 2)
Granitos tipo-A (Suítes Intrusivas Maloquinha, Mapuera e Saracura); 3) Rochas sedimentares de
plataforma, fluvial clástica (Grupos Palmares, Roraima e Urupi); e 4) diques e sills toleíticos
(Intrusões Avanevero, Crepori e Quarenta Ilhas).
Segundo Santos et al (2000) o termo Transamazônico é mais apropriado que Maroni-
Itacaiúnas porque o Rio Itacaiúnas e a Montanha Itacaiúnas estão dentro da Província Arqueana
Carajás. O Cinturão Orogênico Transamazônico evoluiu entre 2.25-2.00 Ga, e se correlaciona com o
Cinturão Birimian no Oeste da África.
Baseado na reinterpretação tectônica e características geocronológicas, o domínio Ventuari-
Tapajós, denominado por Santos et al (2000) como Tapajós-Parima, é reinterpretado como cinturão
orogênico Paleoproterozóico, que se estende para sudeste (região de Peixoto de Azevedo-MT) e a
noroeste (região de Parima, Roraima e Venezuela), constituído por quatro domínios: Peixoto Azevedo,
Tapajós, Uaimiri e Parima. No domínio Tapajós, o cinturão constitui de um trend N-NW e inclui
unidades geológicas com idades em torno de 2.10 a 1.87 Ga. Algumas características importantes,
como o trend tectônico, geologia e metalogenia do ouro, indicam que o cinturão Tapajós estende-se
para noroeste (região de Parima) e sudeste na região de Alta Floresta – Peixoto de Azevedo (Santos et
al. 2000).
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
28
A Província Rio Negro-Juruena de Tassinari & Macambira (1999) inclui rochas vulcano-
sedimentares, plutônicas félsicas e intrusões granitóides, e rochas sedimentares marinha. Para Santos
et al (2000), deve-se fazer uma separação da província, denominando de Província Rio Negro, uma
província localizada na região noroeste do cráton e geologicamente uma área pouco conhecida.
Dominada por rochas graníticas e remanescentes de espessas seqüências de quartzo-arenito, coberta
por extensiva sedimentação Cenozóica é limitada a leste pelo Cinturão Orogênico Tapajós-Parima
mais velho.
A porção da Província Rio Negro-Juruena, de Tassinari & Macambira (1999), localizada na
parte sudoeste do cráton nas modificações de Santos et al. (2000) é denominada de Província
Rondônia-Juruena. Inclui rochas com idades U-Pb 1.74-1.54 Ga (Payolla et al. 1998, Geraldes et al.
1999) indicando que as regiões de Rondônia e Juruena pertencem a mesma província. Para Santos et
al. (2000) as idades em torno de 1.45 Ga encontradas em Rondônia não caracterizam um cinturão
orogênico continental (Orogenia Rondoniana-San Ignácio). As rochas de idade “San Ignácio” são
restritas ao Terreno Santa Helena.
Com relação a Província Sunsás, Santos et al (2000) não fazem grandes modificações. Inclui
rochas de idade mesoproterozóica superior (Esteniano), as quais se situam no extremo sudoeste do
Cráton. A estreita parte do extremo oeste do Cráton Amazônico tem sido incluída na reconstrução do
continente Rodinia (Renne et al. 1989, Dalziel 1992). A parte oeste dessa orogenia chega a juvenil,
com alguns granulitos que resistiram ao fechamento no contato Cinturão Andes Leste e com a
cobertura Cenozóica do Amazonas.
Os efeitos dessa colio sobre o Cráton Amazônico são cisalhamentos e cavalgamento, que
afetam principalmente rochas da Província Rondônia-Juruena, produzindo milonitos. Tassinari et al.
(1996), agruparam os cinturões orogênicos Aguapei (no Brasil) e Sunsás (na Bolívia) em um único
cinturão móvel (1.25-1.00 Ga).
Santos et al (2000) inserem mais uma unidade no norte do cráton que denominou de
Cinturão de Cisalhamento K’Mudku o qual é um cinturão de cisalhamento de trend NE com
aproximadamente 200 km de largura, que tem produzido milonitização e fusão parcial de rocha em
quatro províncias do Cráton Amazônico por volta de 1.2 Ga, afetando rochas de 2.20 a 1.52 Ga. O
cinturão representa uma zona mais afetada pelo cisalhamento, sendo constituído de várias zonas de
cisalhamento paralelas a subparalela.
Geologia Regional e Recursos Minerais
29
II.1.2. A Província Geocronológica Amazônia Central
No presente trabalho, está sendo adotado o modelo geotectônico de Tassinari & Macambira
(1999). Segundo os autores, a Província Amazônia Central constitui a crosta continental mais antiga
do Cráton Amazônico, não sendo afetada pela Orogenia Transamazônica entre 2.2 e 1.9 Ga. Contudo,
durante o Paleoproterozóico, foi cenário de expressivos eventos magmáticos e sedimentares. Os
autores dividiram a província em dois domínios, separados pela Província Maroni-Itacaiúnas. O
primeiro domínio é denominado de Bloco Carajás-Iricoumé, subdividido em duas áreas, Carajás e
Xingú-Iricoumé, e o segundo domínio consiste do Bloco Roraima.
O Bloco Carajás-Iricoumé compreende um trend NW-SE localizado a leste do Cráton
Amazônico, na porção central e sul da Província Amazônia Central. Este bloco está dividido em duas
áreas: Área Carajás e Área Xingú-Iricoumé (Fig. II.1).
A Área Carajás é a mais bem conhecida e preservada região arqueana do Cráton Amazônico
e representa a mais importante província mineral do Brasil, hospedando depósitos de ferro, cobre,
ouro, manganês e níquel. Considera-se que a Área Carajás formou-se e estabilizou-se no Arqueano e
no Paleoproterozóico, foi afetada por evento termal distensivo, acompanhado de intrusões graníticas e
diques máficos e félsicos. A área Carajás está dividida em três domínios tectônicos: terreno granito-
greesntone Rio Maria, o Cinturão de Cisalhamento Itacaiúnas e o Cinturão Cisalhamento Pau D’Arco.
Os três domínios são estruturalmente E-W, de acordo com a foliação regional.
Os terrenos Rio Maria são interpretados como núcleos preservados. Na área Carajás e no
Cinturão Pau D’Arco, as rochas mais antigas são as seqüências greenstone do Supergrupo Andorinhas,
incluindo associações TTG.
Os terrenos de alto grau, denominados de Complexo Pium, de acordo com Araújo & Maia
(1991), são rochas granulíticas e ocorrem como numerosos corpos alongados, com uma foliação
regional E-W a sub-paralelo.
As rochas do embasamento regional foram denominadas por Silva et al. (1974) como
Complexo Xingú. Esta unidade é constituída por rochas granodioríticas polimetamorfisadas ocorrendo
sobre uma extensa área do sudeste do Cráton Amazônico. Com o avanço do conhecimento geológico,
novas unidades foram definidas no complexo. No Cinturão de Cisalhamento Itacaiúnas, o Complexo
Xingú é uma importante unidade estratigráfica, compreendendo gnaisse, granitóides e anfibolitos, e
tem sido considerado como embasamento regional (Costa et al. 1995).
As seqüências metavulcano-sedimentares neoarqueanas do nordeste da área Carajás
hospedam o mais importante depósito mineral da província. As seqüências são heterogêneas afetadas
por cristalização ígnea, alteração hidrotermal, metamorfismo de contato, deformação regional,
recristalização por cisalhamento e em geral, são poucos expostas, sendo litologicamente e
temporalmente diferentes daquelas do Supergrupo Andorinhas.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
30
Figura II.1. Mapa esquemático do Cráton Amazônico destacando a Província Amazônia Central de Tassinari &
Macambira (1999). E localizando a área de estudo.
Os corpos intrusivos máficos e félsicos neoarqueanos ocorrem no Cinturão Itacaiúnas,
cortando o Complexo Xingú e as seqüências metavulcano-sedimentares. Geralmente são alongados de
acordo com a foliação regional E-W, e interpretados como sendo emplaçamentos sin a tardi-
tectônicos.
Os plutons graníticos e batólitos paleoproterozóicos e os diques máficos e félsicos
associados, cortando unidades arqueanas, são muito abundantes na Área Carajás. Eles são constituídos
principalmente de sienogranito e monzogranito com feldspato-alcalino e granodiorito subordinado.
Geoquimicamente são alcalinos, metaluminosos e similares aos granitos do tipo-A (Dall’Agnol et al.
1994).
A Área Xingú-Iricoumé é ainda pouco conhecida. Ela é constituída de rochas plutônicas
paleoproterozóicas, rochas vulcânicas e rochas sedimentares, que repousam obliqualmente sobre o
complexo basal.
Geologia Regional e Recursos Minerais
31
Os plutons granitóides antigos da Área Xingú-Iricoumé são o Monzogranito Água Branca
cálcio-alcalino (1.96 a 1.91 Ga; Santos & Reis Neto 1982, João et al. 1985, Almeida et al. 1997) da
parte mais nordeste do domínio. Adicionalmente, alguns corpos granitóides são incluídos na Suíte
Intrusiva Parauari (1.921 ± 0.069 Ga; Macambira 1992). Esses plutons granitóides de idade 1.96 são
interpretados como pós-colisionais em relação à Orogenia Transamazônica (João et al. 1985).
Faria et al. (1999) ao se referirem a alguns plutons granitóides que ocorrem na parte sudeste
do estado de Roraima, os quais são peraluminosos, similares ao granito tipo-S, propuseram o termo
Granito Igarapé Azul para essas rochas.
O Supergrupo Uatumã (Santos 1982) é composto de rochas vulcânicas e plutônicas félsicas a
intermediária. No nordeste da área (Iricoumé), elas são denominadas de Grupo Mapuera e Iricoumé.
No sudeste da área (Xingú), são denominadas de Grupo Iriri e Maloquinha/Rio Dourado.
Granitos alcalinos a sub-alcalinos apresentam similaridade com os granitos tipo-A e
rapakivi, são interpretados como anorogênico (Dall’Agnol et al. 1994) e são muito abundantes na área
Xingú-Iricoumé. No domínio norte da área (Iricoumé), alguns desses corpos são mineralizados em Sn
e intrusivos no Grupo Iricoumé. Exemplos incluem o Granito Madeira (1.834 ± 0.006 Ga; Fuck et al.
1993), Granito Água Boa da mina de Pitinga e Granito Moderna (1.814 ± 0.027 Ga; Santos et al.
1997).
Dados geocronológicos obtidos para o Supergrupo Uatumã e Granito Parauari (Vasquez et
al. 1999, Lamarão et al. 1999) indicam dois eventos vulcano-plutônico Paleoproterozóico: 1.89-188
Ga e 2.0-1.98 Ga. O evento mais velho é calcio-alcalino, enquanto que o mais jovem é sub-alcalino a
alcalino.
II.2 GEOLOGIA REGIONAL
A área estudada no presente trabalho está inserida dentro do bloco Carajás Iricoumé ao sul
da área Xingú-Iricoumé. Os litotipos que ocorrem na área e em seus arredores são descritos abaixo:
II.2.1 Complexo Xingú
Branner (1915) propôs para as rochas mais antigas do Brasil, então atribuídas ao Arqueano, a
designação de Complexo Brasileiro. Oliveira (1928), in Cunha et al (1981), descreve no rio Xin
granitos, granodioritos, gnaisses, dioritos e adamelitos. Lofgren (1936) descreveu nos rios Tocantins e
Araguaia, granitos e "porphyrito" relacionados ao "Archeano". Em 1954 Ramos relatou, no rio Fresco,
granitos, granodioritos, quartzo-diorito e aplito-granitos. Barbosa et al (1966) separaram dentro do
“Complexo Basal Brasileiro”, três unidades, das quais as mais antigas denominaram de Pré-
Cambriano Indiferenciado e descreveram migmatitos, granitos, escassas áreas com presumíveis
paragnaisses e raros dioritos.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
32
Almeida et al. (1979), in Cunha et al (1981), admitiram que apesar da idade 1.800 Ma
atribuída às rochas do Complexo Xingú coincidir com o fecho do Ciclo Transamazônico, uma idade
pré-cambriana inferior, baseada principalmente em padrões tectônicos, seria o período formador das
mesmas. Martins & Araújo (1979) descreveram no Complexo Xingú, granitos, migmatitos, gnaisses e
rochas da fácies granulito, chamados genericamente granulitos. Montalvão & Bezerra (1979)
afirmaram que o Complexo Basal da Plataforma Amazônica (Complexo Xingú e Guianense) é
constituído de rochas crustais arrasadas, com uma variedade de estruturas deformativas formadas por
processos de anatexia e reomorfismo em rochas plásticas. Reconhecendo nas rochas desta unidade
evidências de um polimetamorfismo, com litotipos formados na fácies granulito e anfibolito, com
diversas superfícies penetrativas.
Segundo Cunha et al. (1981), o Complexo Xingú constitui um embasamento
polimetamórfico, com uma associação petrotectônica heterogênea na forma de gnaisses, granitos,
granulitos, granodioritos, migmatitos, anatexitos, charnokitos, trondjhemitos, sienitos, anfibolitos
como porções paleossomáticas nos migmatitos e quartzitos. O Complexo Xingú foi afetado por
falhamentos que deram origem a morros alinhados e edificados por quartzito, de composição
muscovita-quartzito cataclástico bastante foliado, contendo alguns seixos de quartzito fino.
Ainda segundo estes autores, no Complexo Xingú ocorrem litologias diversas, de natureza
granítica e rochas básica, grande concentrações de minerais máficos, assumindo aspectos de corpos
xenolíticos. Ocorrem ainda concentrações de minerais ficos e dobras ptigmáticas, resultantes de
injeção de material quartzo-feldspático na rocha, ocorrendo em porções migmatíticas,
microdobramentos apertados e estruturas de fluxo caracterizadas por concentrações de minerais
máficos, seguidos paralelamente por concentrações quartzo-feldspáticas, sempre assumindo formas
lineares que em maior escala, representariam os flancos de uma dobra.
Posteriormente, Souza et al (2002) denominaram de Complexo Granítico-Gnaisse as rochas
do embasamento cristalino localizada no nordeste de Mato Grosso. Litologicamente constituída por
formação ferrífera, migmatitos, anfibolitos gnaisse, metabasalto, gabro, biotitas granito gnaisse,
sienogranito-gnaisse, monzogranito-gnaisse e metadiabásio. Por outro lado, Lacerda Filho et al.
(2004) identificaram no Complexo Xingú litologias do tipo ortognaisses cinza e migmatitos de
composição granítica, granodiorítica tonalítica, as quais se associam restos de seqüências
metavulcanossedimentares (anfibolito, hornblendito, quartzito ferruginoso, chert e raros BIF’s). Como
intrusões máfica-ultramáficas no Complexo Xingú observaram-se corpos de hornblendito, hornblenda
gabro e olivina gabro. Os quartzitos ferruginosos apresentam-se em pacote maciços com espessuras
decimétricas e por vezes com laminação plano paralela.
Ainda, Lacerda Filho et al. (2004) individualizaram a partir do Complexo Xingú, uma
geração de granitos intrusivos, o qual denominaram de Suíte Intrusiva Vila Rica.
Geologia Regional e Recursos Minerais
33
Padilha (2005) descreveu, como constituindo o complexo basal da região nordeste de Mato
Grosso, anfibolitos, gnaisses, migmatitos, granodioritos e quartzitos tectônicos. Estas rochas estão
polideformadas, com direção principal NW-SE, secundariamente NE-SW. O Anfibolito possui cor
cinza escura, brilho micáceo, granulação fina, foliada e fortemente fraturada, com injeções graníticos
que chegam a formar bolsões. O granodiorito possui coloração cinza, porfirítica com fenocristais de
feldspato potássico que atingem até 2 cm imerso em matriz equigranular média, constituída por
quartzo, feldspato potássico, plagioclásio e biotita. Esta rocha possui foliação marcante caracterizada
por bandamento gnáissico, cuja orientação preferencial é N65E mergulhando para NW. O Granito
deformado possui foliação e dobras, de composição granítica equigranular médio e cor cinza claro. É
comum no Complexo Xingú zonas com feições de misturas de magmas. Os quartzitos tectônicos
ocorrem edificando serras alinhadas sentido N45W, nas proximidades da cidade de Vila Rica.
II.2.2 Complexo Estratiforme Santa Inês
Pinho et al. (2004b) separaram, dentro do Complexo Xingú, corpos de hornblenda gabro e
piroxênio hornblendito, denominando-os de Complexo Estratiforme Santa Inês. Segundo os autores
estas rochas afloram na maioria das vezes, como blocos arredondados e raramente em lajeados e por
vezes como megaxenólitos nos granitos da Suíte Intrusiva Rio Dourado. O Complexo Estratiforme
Santa Inês exibe feições nítidas de origem por cristalização fracionada, tais como acamamentos
crípticos e estratificação cruzada.
Segundo Padilha et al. (2006), o Complexo Estratiforme Santa Inês aflora na forma de
blocos, matacões e lajeados, algumas vezes formando colinas suaves. Os trabalhos de campo
evidenciaram que a maioria das áreas de ocorrência das rochas desta unidade ocorre na forma de
megaxenólitos dentro do Granito Rio Dourado. Esta unidade é constituída por rochas de composição
variando de hornblendito a hornblenda-gabro, possui coloração verde a verde acinzentada, textura
porfiritica a equigranular grossa a média. Em seção delgada, identificou-se hornblenda, diopsídio e
plagioclásio. Localmente apresenta feldspato potássico bordejando cristais de hornblenda devido a
processos de metassomatismo, além de feições características de processos de cristalização fracionada
tais como acamamentos crípticos, rítmicos e estratificações cruzadas.
II.2.3 Suíte Intrusiva Vila Rica
Inicialmente, Silva & Rubert (2003) reconheceram dentro do Complexo Xingú, rochas
plutônicas (granitos/granodioritos e tonalitos), consideradas porções menos deformadas, mantendo as
rochas dentro da unidade.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
34
Lacerda Filho et al. (2004), porém, baseados em parte nos critérios estabelecidos pelos
autores supracitados, individualizaram a rochas graníticas de composição granodiorítica a tonalítica e
biotita granitos, considerando-as intrusiva nas rochas do Complexo Xingú denominando-as de Suíte
Intrusiva Vila Rica. Esta unidade é descrita como granitos que comumente apresentam xenólitos de
hornblendito, anfibolito e metabasalto, bem como veios pegmatíticos, apresentam duas foliações, a
primeira N20W/70SW e a segunda N30E/50NW. Mineralogicamente os granitos desta suíte
constituem-se de plagioclásio, quartzo, feldspato potássico e biotita, incluindo poiquiliticamente
minerais acessórios como apatita e zircão. Apresentam texturas hipidiomórficas a xenomórficas.
Segundo Padilha et al. (2006), as rochas desta unidade diferem das litologias do Complexo
Xingú por apresentarem textura equigranular fina a média, foliação fraca a incipiente, além de
ocorrência de xenólitos angulosos de rochas gnáissicas, em meio às rochas desta unidade. Segundo os
autores, são rochas de tonalidades cinza esbranquiçada, por vezes rosa acinzentado, isotrópica a
levemente foliada, geralmente equigranular dia, constituída por quartzo, feldspato potássico,
plagioclásio, além de biotita como máfico. A ocorrência de enclaves microgranulares é comum,
geralmente de composição básica além de injeções félsicas na forma de veios de espessura
centimétrica e bolsões.
II.2.4 Grupo Iriri
Almeida & Nogueira Filho (1959) foram os primeiros a atribuírem uma designação às rochas
vulcânicas ocorrentes a sul da Sinéclise do Amazonas, chamando informalmente de Quartzo-pórfiro
do Aripuanã aos vulcanitos, incluindo brechas, descritos no rio Aripuanã. Barbosa et al. (1966)
associaram andesitos à espessa série de sedimentos marinhos da Formação Rio Fresco. IDESP (1972)
in Cunha et al. (1981) aboliu, da Formação Rio Fresco, os andesitos, designado-os de Formação
Sobreiro.
O termo Formação Iriri foi primeiramente usado para denominar a extensa faixa de
vulcanismo riolítico-riodacítico incluindo ignimbritos, riolitos e dacitos, correspondentes a uma fase
efusiva, intrusões ácidas-intermediárias, reunidas na forma de granófiros, micro-arenitos, dioritos e
andesitos e termos vulcânicos piroclásticos na forma de brecha ou aglomerado, bastante fraturado e
cataclasado SUDAM (1972a) in Cunha et al. (1981). Silva et al. (1974) englobaram as vulcânicas no
Grupo Uatumã, subdividindo-as em Formação Sobreiro (andesitos) e Iriri (vulcanismo riolítico-
riodacítico).
Cunha et al. (1981) descrevem as rochas dessa formação como dacitos, andesitos, riodacitos
e riolitos, em geral porfiríticos e com freqüentes estruturas fluidais, além de tufos soldados e tufos de
cristais de composição riodacítica, tufos cristalovítreos e vítreos, tufos de cristais de composição
dacítica, arenito tufáceo, bem como brechas vulcânicas fortemente cisalhadas.
Geologia Regional e Recursos Minerais
35
O termo Grupo Iriri foi primeiramente usado por Andrade et al. (1978) e Bizinella et al.
(1980) in Cunha et al (1981). Lacerda Filho et al. (2004) elevam novamente o termo Iriri à categoria
de Grupo, descrevendo-o como depósitos efusivos e depósitos piroclásticos, os quais freqüentemente
mostram estruturas de fluxo magmático.
Nos recentes trabalhos de geologia isotópica (Santos et al. 2000, Moura 1999, Leite et al.
2001 e Pinho et al. 2001) propõem que o termo Iriri seja restrito às rochas com características
geoquímicas de refusão de crosta arqueana.
Padilha (2005) descreveu o Grupo Iriri como constituído por rochas vulcânicas ácidas, de
caráter efusivo e piroclástico. Nos depósitos efusivos encontram-se os riolitos maciços a porfiríticos
que localmente exibem foliação de fluxo. Em sua maioria possui cor cinza a cinza avermelhada.
Localmente foram observados diques de granito fino e veios de quartzo leitoso cortando estas
vulcânicas. Os depósitos piroclásticos são constituídos por ignimbritos, tufos de queda e brechas. Os
ignimbritos possuem coloração avermelhada, exibem estrutura de fluxo e intercalações com depósitos
de queda de mesma coloração. As brechas mostram coloração cinza a cinza-rósea, com fragmentos
líticos de composição polimodal, que variam de milimétricos a decimétricos.
II.2.5 Granito Rio Dourado
Cunha et al. (1981) descrevem como Suíte Intrusiva Rio Dourado corpos graníticos
intrusivos distribuídos na forma de granitos, granodioritos, dioritos, granófiros, microgranitos e
monzogranitos, em íntima associação comagmática com as vulcânicas da Formação Iriri.
Trata-se, segundo os referidos autores, de um granito de coloração rósea com pontos claros e
escuros, textura porfirítica, onde se pode distinguir a presença de fenocristais de feldspato disposto
aleatoriamente em matriz de granulação fina, denotando certa zonação, que pode indicar a textura
rapakivi.
Cunha, et al. (1981) incluem os granitos de Confresa na Suíte Intrusiva Tarumã, de idade
mesoproterozóica. Pinho et al. (2003) modificaram a proposta de Cunha et al. (1981) com os
resultados geocronológicos 1,96 - 2,0 Ga obtidos para o Granito Confresa pelo método U-Pb em
zircão.
Segundo Lacerda Filho et al. (2004), esta unidade ocorre intrusiva no Complexo Xingú e no
Grupo Iriri, sendo localmente controlada por falhas e fraturas. Contituindo-se de biotita granito
porfirítico, monzo a microgranito com enclaves básicos e granito róseo-avermelhado, associados ao
vulcanismo Iriri.
Lacerda Filho et al. (2004) incluem o granito granofírico de Confresa na Suíte Intrusiva Rio
Dourado, baseando na associação desses granitos com vulcânicas do tipo Iriri e nos resultados
geocronológicos obtidos por Pinho et al. (2003).
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
36
Padilha (2005) descreveu como Suíte Intrusiva Rio Dourado os granitos associados às
vulcânicas do Grupo Iriri. Variam de monzogranitos a sienogranitos de cores rósea avermelhada a
rósea acinzentada, equigranular média a muito grossa e textura rapakivi.
Barros et al. (2005) apresentaram idade U-Pb em zircão de 1889 ± 11 Ma para este granito e
exclui o termo Suíte, denominando está unidade de Granito Rio Dourado.
II.2.6 Formação Gorotire
Ramos (1954) foi o primeiro a utilizar o termo "arenitos da Serra de Gorotire", descrevendo-
o como um pacote de arenitos grosseiros a conglomeráticos, subordinadamente contendo níveis de
granulação mais fina, leitos de conglomerados com seixos variáveis entre 5 a 10 cm de diâmetro, cores
predominantemente esbranquiçadas, caulínicos, tectonizados. Barbosa et al. (1966) denominaram os
arenitos da Serra do Gorotire de Ramos (1954) de Formação Gorotire, sendo composta da base para o
topo por arenitos médios, grossos a conglomerados, caulínicos, com estratificação diagonal; veios de
quartzo hialino; bancos de arenito duros, arenitos médios a grossos com pouco ou nada caulínicos;
bancos de arenito duro, pouco caulinicos com seixos. Essas rochas seriam dobradas segundo eixos que
rumam de SE para NW.
Knup (1971) referiu-se a arenitos quartzíticos, arcóseos, grauvacas, psamitos
conglomeráticos e brechóides, siltitos, argilitos e veios de quartzo, atribuídos às Formações Gorotire e
Rio Fresco. IDESP (1972), in Cunha et al. (1981), reconheceu ser a Formação Gorotire constituída por
arenitos, arenitos quartzíticos e conglomerados distribuídos às margens do rio Fresco, resultado de
transgressão marinha. Beisiegel et al. (1973) in Cunha et al (1981) incluem subordinadas intercalações
de folhelhos, ardósias, siltitos e diamictitos entre os psamitos da Formação Gorotire. Silva et al.
(1974) afirmaram ser os sedimentos da Formação Gorotire dobrados e não identificaram qualquer
discordância entre as Formações Gorotire e Cubencranquém, reunindo ambas numa única unidade que
denominaram Formação Gorotire, cuja textura e composição seriam muito variáveis desde argilitos e
siltitos até conglomerados, quartzitos e brechas, passando por arenitos. João (1975) descreveram uma
seqüência de quartzo-arenitos e conglomerados atribuindo-os à Formação Gorotire, assentada
discordantemente sobre o "Grupo" Uatumã.
A Formação Gorotire foi descrita por Cunha et al. (1981) como constituída por um pacote de
sedimentos predominantemente psamíticos com subordinadas intercalações de conglomerados,
assentados discordantemente ao vulcanoplutonismo Iriri. Estes autores admitem a existência de
intercalações subordinadas de rochas vulcânicas ácidas com os sedimentos resultantes da acresção
magmática possibilitada pela intensa tafrogenia que atuou na área.
Geologia Regional e Recursos Minerais
37
A Formação Gorotire é constituída por rochas freqüentemente esbranquiçadas,
subordinadamente cinza-esverdeada e rosada, compactas, algo caulínicas, pouco arcoseanas, finas a
grosseiras, localmente dinamometamorfizadas, às vezes grosseiramente xistosas devido aos efeitos
cataclásticos. Conglomerados oligomíticos e petromíticos encontram-se intercalados. São comumente
encontrados conglomerados petromíticos e oligomíticos, arenitos ortoquartzíticos, arenitos
feldspáticos e sublíticos, arcóseos, grauvacas e siltitos. (Cunha et al. 1981).
Lacerda Filho et al. (2004) descreveram a Formação Gorotire como constituída por arenitos
por vezes conglomeráticos, ora maciços ora estratificados, sendo comum a presença de estratificações
cruzada de baixo ângulo. Intercalações de folhelhos são raras, normalmente consistindo de folhelhos
sílticos cinza, bem laminados. Na base da seqüência encontram-se conglomerados polimíticos com
abundantes seixos de riolitos.
Padilha (2005) descreveu na região de Vila Rica, um pacote sedimentar com basculamento
para SW, intensamente fraturado com duas famílias de fraturas bem marcada e intensa silificação,
segundo a autora este pacote assenta discordantemente sobre as rochas do Grupo Iriri e Granito Rio
Dourado. De acordo com Padilha (2005) está formação constituí-se de arenito fino a grosso com
variação da coloração de branco acinzentado a branco rosado e estratificação cruzada acanalada de
médio a grande porte.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
38
Geologia Regional e Recursos Minerais
39
CAPÍTULO III
Este capítulo constitui-se de um artigo submetido à Revista Brasileira de Geociências e um
resumo expandido enviando ao X Simpósio de Geologia da Amazônia.
O artigo submetido à revista reúne os resultados de petrografia e geoquímica dos granitos da
Suíte Intrusiva Vila Rica e Granito Rio Dourado, localizados no município de Vila Rica, nordeste do
Mato Grosso.
No resumo expandido estão sendo apresentados dados geocronológicos U-Pb e Sm-Nd de
uma amostra da Suíte Intrusiva Vila Rica.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
40
Geologia Regional e Recursos Minerais
41
Artigo Revista Brasileira de Geociências (Submetido)
PETROLOGIA E GEOQUÍMICA DA SUÍTE INTRUSIVA VILA RICA E DO GRANITO RIO
DOURADO PROVÍNCIA AMAZÔNIA CENTRAL, BORDA SUDESTE DO CRÁTON
AMAZÔNICO – MATO GROSSO.
PETROLOGY AND GEOCHEMISTRY OF THE VILA RICA SUITE INTRUSIVE AND THE RIO
DOURADO GRANITE OF THE SOUTHEASTERN EDGE OF THE AMAZONIAN CRATON
(AREA XINGÚ-IRICOUMÉ CENTRAL AMAZONIAN PROVINCE, NORTHEAST OF MATO
GROSSO).
Resumo
A Suíte Intrusiva Vila Rica é composta de biotita-monzogranito, biotita-sienogranito e quartzo-sienito,
com textura hipidiomórfica de granulação fina a média. Os teores de elementos maiores e traços
sugerem afinidade cálcio-alcalina a alto-K e caráter peraluminoso. Padrões de Elementos Terras Raras
marcado pelo enriquecimento de leves sobre pesados e ausência de anomalia de Eu indicam origem a
partir de magmas fracionados onde o plagioclásio não ficou como fase residual. Teores de Rb versus
Y+Nb plotam os granitos desta suíte no campo de granitos pós-colisionais. A análise do diagrama
multielementar normalizado pelos valores dos Granitos de Cadeias Oceânicas, destaca anomalia
negativa de Nb e Ta, comum nos granitos originados em ambientes afetados por subducção. O Granito
Rio Dourado é constituído de anfibólio-biotita-sienogranito, biotita-sienogranito e monzogranito. Os
dados geoquímicos associados com a petrografia indicam afinidade alcalina e caráter metaluminoso a
peraluminoso para o mesmo. O padrão de Elementos Terras Raras do Granito Rio Dourado é
caracterizado por um leve enriquecimento de leves sobre pesados e forte anomalia negativa de Eu
indicando o fracionamento de plagioclásio durante a evolução do magma. Padrões de multi-elementos
mostram anomalia negativa de Ta e Nb comum em magmas afetados por ambientes de subdução. Os
resultados de elementos traços para este Granito são similares aos do tipo A, sub-tipo A2 e indicam
ambiente tectônico pós-colisional.
palavras-chaves: granitos paleoproterozóico; Cráton Amazônico; Província Amazônia Central
Abstract
The Vila Rica Intrusive Suite is composed of biotite-monzogranite, biotite-syenogranite and quartz-
syenite with a fine to medium grained hipidiomorphic texture. The major and trace elements
abundances suggest peraluminous and alkaline affinities. Rare Earth Elements pattern shows
enrichment of LREE over HREE. The lack of Eu anomaly suggests that plagioclase was not involved
in the fractionation process during magmatic evolution. On the Rb versus Y+Nb diagram samples
from the Vila Rica Intrusive Suite are classified as granites from post-collisional tectonic
environments. The ocean ridge granite normalized spiderdiagram shows negative Nb anomaly which
is common for granites whose source was affected for subduction process. The Rio Dourado Granite is
composed of amphibole-biotite-syenogranite, biotite-seynogranite and monzogranito. The Rio
Dourado Granite shows alkaline amphibole (hastingsite) in one petrographic facies. The geochemical
and petrographic data suggest alkaline and metaluminous to peraluminous affinity. The RRE patterns
are characterized by slightly enrichment of LREE over HREE and strong negative Eu anomaly which
suggest plagioclase fractionation during crystallization processes. Ocean ridge granite normalized
diagrams showing incompatible element distributions from Rio Dourado Granite exhibit negative
anomaly of Ta and Nb suggesting a magmatic source affected by subduction process. Traces elements
values are similar to A , sub type A
2
Granites and suggest post-collisonal tectonic environments .
Keywords: Paleoproterozoic granites; Amazonian Craton; Central Amazonian Province
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
42
INTRODUÇÃO
A área estudada está localizada no nordeste de Mato Grosso, divisa com Tocantins e Pará. Até o
presente, os dados existentes sobre esta região são produtos de mapeamento do Serviço Geológico do
Brasil (CPRM) em escala regional de 1:1.000.000 e mapeamentos em detalhe (1:200.000, 1:100.000)
de pequenas áreas, executados pela Companhia Matogrossense de Mineração e trabalhos de conclusão
de curso de estudantes de graduação de Geologia da UFMT. No Mato Grosso, a Província Amazônia
Central (Cráton Amazônico) é quase totalmente desconhecida o que torna de suma importância a
ampliação do conhecimento geológico e geocronológico dela no estado. Embora pequenas porções já
tenham sido mapeadas em detalhe, do ponto de vista geoquímico este é o primeiro trabalho com essa
abordagem na região em epígrafe.
O objetivo deste trabalho é a caracterização petrográfica e geoquímica dos granitos denominados
Suíte Intrusiva Vila Rica (1,97 ± 9 Ga) e Granito Rio Dourado (1,89 ± 11 Ga).
CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL
A Suíte Intrusiva Vila Rica e o Granito Rio Dourado estão inseridos nos domínios da Província
Amazônia Central. Esta província é a porção mais antiga do Cráton Amazônico e foi dividida em dois
blocos (Tassinari & Macambira 1999): Roraima, ao norte e Carajás-Iricoumé, ao sul. O Bloco Carajás-
Iricoumé foi subdividido em duas áreas: Carajás e Xingú-Iricoumé.
A área de estudo está localizada ao sul da Área Xingú-Iricoumé, nordeste de Mato Grosso, divisa
com Tocantins e Pará (Fig. 1). A porção sul da Área Xingu-Iricoumé (Área Xingú) é constituída por
rochas plutônicas e vulcânicas paleoproteorozóicas representados por plutons graníticos englobados
nas seguintes unidades: 1) Suíte Intrusiva Parauari, 2) Suíte Creporizão, 3) Suíte Intrusiva Velho
Guilherme, 4) Suíte Intrusiva Maloquinha, 5) Granito São Jorge Velho, 6) Granito São Jorge Jovem,
7) Suíte Intrusiva Vila Rica, 8) Granito Rio Dourado e as vulcânicas do Grupo Iriri. Estas rochas
magmáticas são cobertas por sedimentos de bacia mesoproterozóica formalmente incluídas na
Formação Gorotire.
Figura 1 Localização da área de estudo em relação às províncias geotectônicas do Cráton Amazônico
destacando a Província Amazônia Central de Tassinari & Macambira (1999).
Geologia Regional e Recursos Minerais
43
Os plutons granitóides mais antigos do sul da Área Xingú-Iricoumé, localizados no Pará, foram
denominados Suíte Intrusiva Parauari de idade U-Pb 1.921 ± 0.069 Ga (Macambira 1992) e Suíte
Creporizão de idade U-Pb e Pb-Pb 2.0 a 1.96 Ga (Klein & Vasquez 2000, Santos et al. 2000, Lamarão
et al. 2002). Esses granitóides de idade em torno de 1.96 são interpretados como pós-colisionais em
relação à Orogenia Transamazônica (João et al. 1985).
Lamarão et al. (2002) dividiu o Grupo Iriri em duas seqüências: Vila Riozinho de idade 2.0 a 1.97
Ga e Moraes Almeida de idade 1890 ± 6 a 1875 ± 4 Ma, definindo assim dois períodos diferentes de
atividades ígneas na Província Aurífera Tapajós.
Na região sul da área Xingú-Iricoumé, a Suíte Intrusiva Velho Guilherme é constituída pelos
maciços graníticos: Antônio Vicente com idade 1867 ± 4 Ma (Teixeira et al. 2002a), Velho Guilherme
(1874 ± 30 Ma, Lafon et al. 1995), Mocambo (1862 ± 32 Ma, Teixeira et al. 2002a), Benedita e
Ubim/Sul. Os granitos da Suíte Intrusiva Maloquinha (1880 ± Ma, Lamarão et al. 2005) variam de
monzogranitos a sienogranitos. O pluton granítico São Jorge, foi dividido em duas intrusões distintas
com base em dados geocronológicos e geoquímicos, conhecidos como Granito São Jorge Velho de
idade 1981 ± 2 Ma e Granito São Jorge Jovem 1891 ± 3 Ma (Lamarão et al. 2002). O Granito Jardim
do Ouro (1880 ± 3 Ma) (Lamarão et al. 2005) é caracterizado como monzogranito.
GEOLOGIA LOCAL
O mapeamento geológico realizado no entorno da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio
Dourado, permitiu a identificação de mais quatro unidades litoestratigráficas: Complexo Granítico-
Gnáissico-Anfibolítico, Complexo Estratiforme Santa Inês, Grupo Iriri e Formação Gorotire (Fig. 2).
O Complexo Granítico-Gnáissico-Anfibolítico compreende as rochas mais antigas da área
estudada, englobando anfibolitos, gnaisses (anfibólio-biotita-monzogranito deformado), milonitos,
biotita-granodioritos deformados, quartzitos tectônicos e ocorrências pontuais de formações ferríferas.
Estas rochas ocorrem formando colinas e mais raramente edificando serras. A deformação das rochas
do embasamento varia desde corpos com discreta foliação até rochas milonitizadas. As rochas do
Complexo Granítico-Gnáissico-Anfibolítico, em geral, possuem cores que variam de cinza-claro a
cinza-escuro sendo os bandamentos gnáissicos e as texturas porfiroclásticas comuns. Os porfiroclastos
de k-feldspato variam de 0,8 a 3 cm e a estrutura gnáissica é tipificada pela alternância de níveis claros
compostos por quartzo e feldspatos e níveis escuros com biotita e anfibólio (Fig. 3A). Localmente
estes gnaisses são cortados por diques pegmatíticos de direção SE/NW com espessura (em torno de 10
cm), constituídos por quartzo e k-feldspato.
O Complexo Estratiforme Santa Inês (Pinho et al. 2004b) é constituído por rochas que variam
composicionalmente de hornblendito a hornblenda-gabro, possui coloração verde a verde-acinzentada,
textura porfirítica a equigranular média a grossa. Este complexo localmente apresenta feições
características de processos de cristalização fracionada tais como acamamentos crípticos e tmicos
(Fig. 3B) e evidências de um metassomatismo potássico marcado por k-feldspato margeando cristais
de hornblenda.
Os granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica estão bem expostos, sendo sua distribuição na forma de
inúmeros campos de blocos e matacões. Esta unidade constitui-se por biotita-monzogranito, com
ocorrências subordinadas de biotita-sienogranito e quartzo-sienito. São rochas de coloração cinza-
clara, por vezes rósea-acinzentada, granulação fina a média com foliação incipiente. Padilha & Barros
(em preparação), com dados recentemente obtidos em zircão pelo método U-Pb, apresentarão uma
idade de 1.97 ± 11 Ga para uma amostra desta suíte.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
44
Figura 2 – Mapa geológico da área estudada.
O Grupo Iriri na área constitui-se predominantemente de rochas de composição ácida (Pinho et al.
2004a, Padilha 2005). Os dados de campo e petrográficos permitiram identificar dois depósitos
vulcânicos: um de caráter efusivo e outro piroclástico. Nos depósitos efusivos, encontram-se os
riolitos maciços e porfiríticos em sua maioria com coloração cinza a cinza-avermelhada. Os tipos
porfiríticos mostram feldspato potássico e quartzo como fenocristal e matriz afanítica exibindo
foliação de fluxo. A rocha foi afetada por hidrotermalismo que atingiu principalmente a matriz, com
processos de sericitização. Os depósitos piroclásticos são constituídos por rochas de caráter explosivo:
ignimbritos, tufos de queda e brechas. Os ignimbritos possuem tonalidade rósea, exibem ao
microscópio textura eutaxítica, fiammes e intercalam-se com depósitos de queda. As brechas, por sua
vez, mostram coloração cinza a cinza-rósea, com fragmentos líticos, de composição polimodal, que
variam de milimétricos à decimétricos (Fig. 3C).
Geologia Regional e Recursos Minerais
45
O Granito Rio Dourado se distribui na forma de blocos e matacões edificando serras e colinas
suaves. Pela sua distribuição e presença de enclaves de rochas graníticas, considera-se que o mesmo é
instrusivo na Suíte Intrusiva Vila Rica. Uma feição comum no campo é a proximidade geográfica de
rochas pertencentes ao Granito Rio Dourado e as rochas vulcânicas ácidas do Grupo Iriri. O contato
entre ambas é, em geral, difuso e sugere consangüinidade comprovada pelas idades 1.89 ± 11 Ga para
o Granito Rio Dourado (Barros et al. 2005) e 1.88 ± 43 Ga para as vulcânicas do Grupo Iriri (Pinho et
al. 2004a).
O Granito Rio Dourado é isotrópico com estrutura compacta, granulação média a grossa,
tonalidade sea a rósea-esbranquiçada, apresentando em alguns locais textura rapakivi, xenólitos da
Suíte Intrusiva Vila Rica e de rochas básicas. Bolsões pegmatíticos e injeções aplíticas de espessura
milimétrica a centimétrica também são feições importantes no Granito Rio Dourado.
A Formação Gorotire ocorre assentada, discordantemente, sobre as rochas do Grupo Iriri e do
Granito Rio Dourado. Constitui-se de um pacote sedimentar com basculamento para SW, com duas
famílias de fraturas bem marcadas e intensa silicificação. Na área de pesquisa, foram identificados
arenitos que variam de fino a grosso, com coloração branca-acinzentada a branca-rosada, e
estratificação cruzada acanalada de médio a grande porte (Fig. 3D).
Figura 3 mostra: (A) deformação do Complexo-Granítico-Gnáissico, (B) acamamento tmico do Complexo
Estratiforme Santa Inês; (C) brechas piroclásticas do Grupo Iriri; (D) Estratificações cruzadas da Formação
Gorotire.
PETROGRAFIA DOS CORPOS GRANITICOS ESTUDADOS
Suíte Intrusiva Vila Rica
Apesar das variações composicionais (Fig. 4), os granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica guardam
semelhanças texturais entre si: possuem textura holocristalina, hipidiomórfica a alotriomórfica,
inequigranular fina a média (variando em torno de 0,3 a 3,5 mm) sendo que intercrescimentos
mirmequíticos e recristalização de quartzo estão presentes.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
46
Figura 4Classificação petrográfica de amostras representativas da Suíte Intrusiva Vila Rica no diagrama QAP
de Streckeisen (1979).
As rochas do litotipo biotita-monzogranito apresentam tonalidade variando de cinza-clara a rósea-
acinzentada. Consiste de plagioclásio (31-46%), quartzo (18-30%), feldspato potássico (15-24%) e
biotita (5-6%). O quartzo ocorre como cristais anédricos fraturados formando subgrãos (Fig. 6A), com
extinção ondulante, ou como conjunto de cristais em mosaico resultantes de recristalização, gerando
localmente agregados microcristalinos margeando os feldspatos e preenchendo microfraturas. O
plagioclásio (An
20-30
) ocorre na forma prismática equidimensional subédrica a anédrica. Alguns
cristais apresentam aspecto turvo devido a saussuritização (Fig. 6B). O microclínio, reconhecido pela
macla xadrez, ocorre em cristais subédricos a anédricos, possui inclusões de biotita e minerais
acessórios. Alguns cristais estão fraturados e as microfraturas são preenchidas por quartzo, feldspatos
e clorita microcristalina. Parte dos cristais de microclínio estão sericitizados e, por vezes, apresentam
bordas de dissolução constituídas de plagioclásio (textura rapakivi) e, outras vezes, são margeados por
quartzo microcristalino (Fig. 6C), indicando um processo metamórfico de baixo grau ou de alteração
hidrotermal. Os intercrescimentos pertíticos são comuns no microclínio, sendo as bandas sódicas das
pertitas, originadas por processos de exsolução (filmes). O mineral máfico presente é a biotita com cor
e pleocroísmo marrom-escuro a marrom-pálido, em forma de palhetas subédricas, com aspecto de
ligeira deformação (encurvamento das clivagens). Quando alteradas transformam-se em clorita.
Cristais de biotita bem desenvolvidos com contatos regulares com outros minerais também estão
presente. Apatita e zircão ocorrem como inclusões na biotita. A clorita (3%) de cor verde ocorre como
produto de alteração da biotita e mostra hábito fibroso e cor de interferência cinza azulada (peninita).
Onde o processo de alteração não foi completo, a clorita ocorre interdigitada com a biotita. Como
minerais secundários ainda ocorrem sericita (2%) e epidoto (1-2%). Apatita, titanita, allanita, zircão e
opacos (pirita, magnetita e ilmenita) são os minerais acessórios desta fácies que variam de euédricos a
subédricos, perfazendo 2% da composição modal da rocha.
Geologia Regional e Recursos Minerais
47
As rochas do litotipo biotita-sienogranito possui cor cinza-clara. Constitui-se de feldspato
potássico (47-56%), quartzo (30-17%), plagioclásio (21-27%) e biotita (em torno de 6 %). O
microclínio ocorre em maior abundância, aparece em hábito prismático e apresenta inclusões
poiquilíticas de plagioclásio. Às vezes, mostra a borda margeada por quartzo recristalizado. A pertita,
em filmes originados por processos de exsolução, é abundante (Fig. 5D). O quartzo é anédrico, faz
contato irregular, tem extinção ondulante e alguns cristais mostram evidências de cataclase. O
plagioclásio possui hábito prismático, está saussuritizado, sendo que o grau de alteração impossibilita
calcular o teor de anortita. A biotita ocorre em palhetas preenchendo interticios. Como minerais
secundários ocorrem sericita e clorita (em torno de 2%). Como minerais acessórios (em torno de 1 a
2%) foram identificados opacos (magnetita e ilmenita), apatita e zircão que variam de euédricos a
anédricos.
As rochas do litotipo quartzo-sienito possui cor cinza e constitui-se mineralogicamente por
microclínio (66%), plagioclásio (15%) e quartzo (13%). O microclínio varia de subédrico a anédrico,
alguns cristais estão fraturados e preenchidos por micro-veios de quartzo e feldspatos em pequenos
agregados minerais. O quartzo é anédrico, faz contato irregular e mostra extinção ondulante. O
plagioclásio embora alterado preserva o hábito prismático variando de cristais subédricos a anédricos.
A alteração avançada não possibilita o cálculo do teor de anortita. A biotita (4%) ocorre na forma de
palhetas subédricas ocupando espaço intersticial entre os félsicos. Como minerais acessórios
identificou-se apatita, zircão e opacos (variam de euédricos a anédricos), e estes perfazem cerca de 2%
da rocha. Mica branca ocorre como mineral secundário produto da alteração do plagioclásio.
Granito Rio Dourado
A análise de composição modal realizada por método colorimétrico indicou composições
predominantes sienogranítica e subordinadamente monzogranítica (Fig. 5). Três litotipos petrográficos
foram identificados: biotita-sienogranito, anfibólio-biotita-sienogranito e monzogranito, todos
possuem textura hipidiomórfica a alotriomórfica, inequigranular fina a média (0,4 a 4 mm), onde são
comuns feições poiquíliticas e de recristalização de quartzo.
Figura 5 Classificação petrográfica de amostras representativas do Granito Rio Dourado no diagrama QAP de
Streckeisen (1979).
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
48
As rochas do litotipo biotita-sienogranito são constituídas por feldspato potássico (microclínio
pertítico) (50-54%), quartzo (25-31%), plagioclásio (16-18%) e biotita (em torno de 5 a 6%), sendo
comuns intercrescimentos mirmequíticos. Borda de dissolução e recristalização aparece em todos os
minerais da rocha exceto na biotita (Fig. 6E), sendo estas bordas bem nítidas em alguns cristais de
quartzo. O microclínio é predominantemente pertítico sendo que bandas dicas, originadas de
exsolução, ocorrem na forma de filmes e drops’. Variam desde cristais subédricos a anédricos, com
eventuais inclusões de quartzo. O quartzo é anédrico, exibe extinção ondulante e faz contato irregular
entre os cristais. O plagioclásio está em sua totalidade saussuritizado, o que não permitiu identificar o
teor de anortita pelo método Michel-Levi. A alteração origem a micas brancas associadas com
epidoto. A biotita possui cor marrom com pleocroísmo para marrom-amarelado, ocorre em forma de
palhetas subédricas, ocupando espaços intersticiais ou como cristal isolado contendo inclusões
poiquíliticas de apatita e zircão (Fig. 6F). A clorita (2-3%) aparece como produto de alteração da
biotita, é verde-claro com cor de interferência azulada (peninita) e chega a formar agregados
associados com os minerais opacos. Nesta fácies, ocorrem como minerais acessórios (cerca de 1-2%)
apatita, titanita, opacos (magnetita e ilmenita), ortopiroxênio (enstatita) (Fig. 6G) e zircão.
As rochas do litotipo anfibólio-biotita-sienogranito exibe textura holocristalina, xenomórfica, de
granulação média. Mineralogicamente é constituída por feldspato alcalino pertítico (51%), quartzo
(29%), plagioclásio (7%), biotita (6%) e anfibólio (5%). Todos os minerais nesta rocha apresentam-se
anédricos sendo que o feldspato alcalino é pertítico e mostra bordas corroídas circundadas por
plagioclásio microcristalino (textura rapakivi). Quase todos os cristais de k-feldspato estão
parcialmente sericitizados e possuem inclusões poiquilíticas de quartzo, plagioclásio e minerais
opacos. O quartzo faz contato irregular entre os cristais, localmente exibe extinção ondulante e está
fraturado. O plagioclásio (An
12-20
) possui geminação segunda a lei da albita mostra evidências de
zonação, foi afetado por alteração hidrotermal, estando parcialmente saussuritizado. A biotita marrom
ocorre em forma de palhetas subédricas e, às vezes, anédricas, sendo que alguns cristais estão
alterados para clorita. O anfibólio possui cor verde, forma prismática subédrica (Fig. 6H). Análise em
microscópio eletrônico de varredura (MEV), realizada na UFPA, sugere que este anfibólio seja
hastingsita (Fig. 6F). Como minerais acessórios (2%) ocorrem apatita, titanita, allanita, zircão, fluorita
e opacos (pirita, ilmenita e magnetita).
As rochas do litotipo monzogranito são constituídas por plagioclásio (39%), feldspato potássico
(29%) e quartzo (26%). Apresenta uma textura alotriomórfica, inequigranular com raros
intercrescimentos mirmequíticos. O plagioclásio varia de subédrico a anédrico, a alteração avançada
(saussuritização) dificultou a estimativa do teor de anortita. O quartzo exibe extinção ondulante, com
cristais anédricos, e ocorre em subgrãos indicando processo de deformação incipiente. O microclínio
identificado pela macla xadrez bem preservada, exibe intercrescimento pertítico. As bandas sódicas
das pertitas, originadas por processos de exsolução (filmes) associadas com pertitas de substituição são
abundantes. O microclínio mostra borda de dissolução preenchida com plagioclásio microcristalino. A
biotita (3%) ocorre na forma de palhetas preenchendo os interstícios ou como aglomerados de cristais
associados com clorita. Como minerais secundários (1%) ocorrem a clorita (peninita), epidoto e
sericita-muscovita. Os minerais acessórios (1 a 2%) presentes são apatita, fluorita, allanita, titanita,
zircão e opacos (pirita, magnetita e ilmenita).
Geologia Regional e Recursos Minerais
49
Figura 6 (A) Quartzo fraturado formando subgrãos (SIVL). (B) Plagioclásio muito saussuritizado (SIVL). (C)
Microclínio exibindo bordas de dissolução com aspecto de corrosão ou recristalização sendo margeadas as vezes
por plagioclásio e/ou quartzo microcristalino (SIVL). (D) Pertita em filmes originadas por processos de ex-
solução (SIVL). (E) Borda de dissolução (GRD). (F)
Biotita em forma de palheta anédrica (GRD). (G) cristal de
ortopiroxênio (enstatita) exibindo cor bege (GRD). (H) Anfibólio associado com biotita (GRD).
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
50
GEOQUIMICA
Métodos Analíticos
Onze amostras, com baixo grau de alteração, dos granitos estudados foram selecionadas para
análises químicas, sendo que sete foram realizadas no ACTLABS (Activation Laboratories Ltd,
Canadá) e seis no laboratório Lakefield Geosol Geologia e Sondagem Ltda. No ACTLABS para
elementos maiores utilizou-se ICP-ES (Inductivel Coupled Plasma Emission Spectrometry) com
abertura por fusão com Tetraborato de Lítio, enquanto que para os elementos terras raras e traços
utilizou-se ICP/MS (Inductivel Coupled Plasma – Mass Spectrometry). O F foi analisado pelo método
SIE (Specific Ion Electrod).
No laboratório Lakefield – Geosol Geologia e Sondagem Ltda foram realizadas seis análises.
Neste, os elementos maiores foram analisados por Fluorescência de Raios-X com abertura por fusão
com Tetraborato de Lítio, euquanto que os elementos Ba, Rb, Sr, Th, Zr, Nb, Y, também pelo método
Fluorescência de Raios-X, entretanto utilizou-se pastilhas de prensado. Os elementos Pb, Cu, Ni,
Mo, Zn por método de absorção atômica com abertura por digestão multiácida e o F pelo todo
Eletrodo de Ion Especifico. Os elementos terras raras foram analisados por ICP/MS.
Para a construção dos diagramas do tipo Harker foi utilizado o coeficiente de correlação de
Pearson (r) onde cosiderou-se: para os elementos que apresentaram r> 0,7 como boa correlação e r<
0,7 disperção, para r< 0,4 foram descartados dos diagramas. As composições químicas das amostras
estudadas da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado são mostradas na tabela 1.
Tabela 1 Composições químicas e razões médias dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e Granito Rio
Dourado. Óxidos em % em peso e elementos traços e terras raras em ppm. Com exceção do ouro que é dado em
ppb.
Suite Intrusiva Vila Rica Granito Rio Dourado
Nº de Amostras M10 M14 903 P104
905B Pt40 906A V4 905A R14 P24 R27B
V1
Fácies BMG BMG BMG
BMG
BMG BMG QS BSG BSG MG ABSG
BSG ABSG
SiO
2
70.3 74.1 73.8 74.7 73.5 70.65 73.3 70.05 71.19 71.59 69.05 73.52 71.19
Al
2
O
3
15.3 12.9 14.3 14.2 13.9 14.81 13.6 12.76 13.93 14.23 15.19 13.25 13.18
Fe
2
O
3
2.9 2.8 0.53 <0.01
0.53 2.7 0.54 2.04 3.48 2.02 3.12 2.77 4.73
MgO 0.50 0.85 0.2 0.23 0.36 0.46 0.53 0.16 0.47 0.40 0.34 0.20 0.38
CaO 1.4 1.3 1.6 1.1 1.3 1.78 1 0.72 1.49 1.22 1.53 0.74 1.29
Na
2
O 3.4 3.6 3.8 3.8 2.9 3.06 2.4 3.07 2.79 2.76 3.85 3.58 3.37
K2O 5.9 3.8 4.6 4.8 5.9 5.21 6.7 5.67 5.73 5.88 5.85 5.18 5.04
TiO
2
0.33 0.21 0.14 0.11 0.25 0.38 0.22 0.26 0.30 0.25 0.36 0.20 0.39
P
2
O
5
0.079 0.73 0.052
0.034
0.066 0.07 0.076 0.04 0.09 0.06 0.07 0.03 0.08
MnO 0.04 0.06 0.04 0.04 0.04 0.04 0.04 0.04 0.04 0.03 0.06 0.05 0.08
LOI 0.02 0.09 0.74 0.3 0.52 0.02 0.39 1.1 0.3 1.4 0.4 0.3 0.1
Mo 5 5 <5 <5 <5 0.9 <5 0.8 0.3 0.9 1.6 1.3 2.2
Cu 0.8 13 9 13 15 6.1 26 3.2 6.8 4.7 7.1 9.4 8.3
Pb 30 41 28 32 28 8.8 30 8.5 11.2 20.2 9.6 11.5 12.7
Zn nd nd 22 29 39 26 36 21 36 25 28 27 33
Ni 5.9 8.6 22 11 37 4.8 19 6.6 5.8 7.1 2.7 3.3 3.6
Au nd nd nd nd nd 0.7 nd
2 1.4 4.5 12.3 3.8 19
Ba 1335 814 1749
1162
1213 5365.1
2023 774.4 1367.3
974.8 1441 346.2 1036.7
Co nd nd nd nd nd 2.6 nd
1.4 3.6 86.4 2.9 1.8 3.5
Cs nd nd nd nd nd 3.4 nd
4.1 1.7 5.2 3.3 2.7 3.1
Ga 22 21 15 20 17 15.4 13 17.1 16.4 17.1 18.4 16.7 15.5
Hf 10 10 nd nd nd 7.6 nd 6.7 7.7 6.6 7.8 4.9 8.3
Nb 24 10 <5 <5 <5 9.1 <5 15.8 9.6 15.1 14.9 13.8 14.6
Rb 195 113 123 135 220 141.3 171 237.5 193.4 256.5 166 211.4 185.4
Geologia Regional e Recursos Minerais
51
Continuação tabela 1
Suite Intrusiva Vila Rica Granito Rio Dourado
Nº de Amostras M10 M14 903 P104
905B Pt40 906A V4 905A R14 P24 R27B
V1
Fácies BMG BMG BMG
BMG
BMG BMG QS BSG BSG MG ABSG
BSG ABSG
Sr 266 466 537 569 315 351.5 404 86 217.3 196.7 223 82.8 136.9
Ta 10 10 nd nd nd 0.9 nd 1.4 0.5 2.3 0.9 0.9 0.9
Th 20 6 <5 <5 <5 24.2 <5 16.9 31.1 42 16.4 35.5 14.3
U 10 10 nd nd nd 3.3 nd 4.6 1.8 7.2 4.6 6.3 3.3
V 11 10 <10 <10 13 19 23 6 28 24 18 9 16
W nd nd nd nd nd 0.6 nd 1.2 0.4 858.8 1.2 2.8 1.5
Zr 332 192 156 148 357 288 489 198 269.7 183.4 294.9 173.4 287.4
Y 30 13 18 25 38 9.3 25 67.5 14.7 40.6 30 34.5 31.2
F 400 460 150 380 490 160 330 870 490 260 720 830 1040
La 39.900
32.050
26.3 25.1 78.2 106.6 55.7 41.3 75.1 65.9 43.2 47.9 31.3
Ce 75.170
53.430
42.1 43.9 157 221.4 86.3 99.1 180 149.7 88.3 92.8 66.3
Pr nd nd nd nd nd 19.77 nd 11.15 17.21 14.94 10.60 10.71 8.03
Nd 27.110
15.680
11.8 14.6 53.5 58.9 26.2 45.7 57.9 49.8 37.9 37 30.7
Sm 4.494 1.722 1.3 2.3 1.1 6.7 3.2 11.4 7.7 8.2 6.8 6.13 6.21
Eu 1.018 0.423 0.81 0.59 0.95 2.16 0.91 0.65 0.88 0.92 1.32 0.64 0.90
Gd 3.397 1.083 0.94 1.67 5.23 2.81 2.4 11.69 4.69 5.73 4.83 4.53 4.82
Tb nd nd nd nd nd 0.43 nd 2.28 0.64 1.14 0.9 0.84 0.91
Dy 2.486 0.444 0.33 0.98 2.45 1.71 1.21 11.55 2.65 5.33 4.75 4.73 4.88
Ho 0.420 0.085 0.07 0.19 0.46 0.28 0.26 2.44 0.44 1.22 0.97 1.01 1.03
Er 0.745 0.212 0.18 0.52 1.27 0.76 0.78 6.69 1.4 3.39 2.64 3.16 3
Tm nd nd nd nd nd 0.15 nd 0.89 0.19 0.52 0.4 0.51 0.47
Yb 0.629 0.182 0.3 0.5 1.2 0.92 1 4.5 1.1 3.04 2.5 2.96 2.71
Lu 0.039 0.083 0.11 0.12 0.05 0.17 0.23 0.71 0.20 0.52 0.38 0.49 0.43
∑ERT 155.40
105.39
84.24
90.47
302.68
422.76
178.19
250.05
350.10
310.35
205.49
213.41
161.69
FeO/(FeO+MgO)
0.84 0.74 0.70 0.03 0.56 0.83 0.47 0.92 0.87 0.82 0.89 0.92 0.92
Na
2
O+K
2
O 9.3 7.4 8.4 8.6 8.8 7.2 9.1 8.7 8.5 8.64 9.7 8.7 8.4
K
2
O/Na
2
O 1.7 1.0 1.2 1.2 2.0 1.7 2.7 1.8 2.0 2.1 1.5 1.4 1.5
Ga/(Al
2
O
3
*0,52) 2.76 3.13 2.01 2.70 2.35 1.99 1.83 2.57 2.26 2.3 2.29 2.4 2.26
Ce+Y+Nb+Zr 461.17
268.43
221.1
221.9
557 527.8 605.3 380.4 474 388.8 428.1 314.5 399.5
Th/U 0.6 2 nd nd nd 7.33 nd 3.67 17.27 5.83 3.56 5.63 4.33
Th/Ta 0.6 2 nd nd nd 26.88 nd 12.07 62.2 18.26 18.22 34.44 15.88
(La/Lu)
N
40 93.75 nd 20 nd 58.75 23.33 6 37.5 13.86 12.85 10 6.66
(La/Sm)
N
10 5 nd 6.2 nd 11.75 10.5 2.57 7.5 5.6 3.91 5 3
(Gd/Lu)
N
1.6 11.25 nd 1.6 nd 1.5 1.3 1.66 2.52 1.38 1.44 1.01 1.26
BMG=biotita-monzogranito; MG=monzogranito; QS=quartzo-sienito; BSG=Biotita-sienogranito;
ABSG=anfibólio-biotita-sienogranito; nd=não detectado. Amostras analisadas no laboratório ACTLABS;
amostras analisadas no laboratório Lakefield – Geosol Geologia e Sondagem Ltda
.
Suíte Intrusiva Vila Rica
A Suíte Intrusiva Vila Rica possui valores de SiO
2
entre 70.3 e 74.7%, razão K
2
O/Na
2
O (1.0-2.7),
teores de Al
2
O
3
entre 12.9 a 15.3%, CaO entre 1 a 1.78% e Fe
2
O
3
entre 0,53 a 2,9%. As amostras são
enriquecidas em Ba (814 a 5365 ppm) e Sr (266 a 569 ppm), têm valores moderados de Zr (148-489
ppm), Rb (113-220 ppm) e Y (9.3-38 ppm) e baixos conteúdos de Ga (13-22 ppm), F (150-490 ppm),
Zn (22-39 ppm), Ni (4.8-37 ppm) e Cu (0.8-26 ppm).
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
52
A interpretação geoquímica foi feita utilizando-se diagramas de variação do tipo Harker. Para
elementos maiores, SiO
2
foi utilizado como índice de diferenciação. Al
2
O
3
e TiO
2
(Fig. 7A e 7G)
decrescem com enriquecimento em SiO
2
enquanto os demais mostram dispersão (Fig. 7). Para
elementos traços, verifica-se aumento de Sr (Fig. 8B) com o incremento de SiO
2
. Utilizando o Zr
como índice de diferenciação nos diagramas houve diminuição de Sr (Fig. 9C) e aumento de Rb e Zn
(Fig. 9B e 9D) com os demais elementos apresentando dispersão.
Figura 7 – Diagramas SiO
2
versus óxidos dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica.
Geologia Regional e Recursos Minerais
53
Figura 8 – Diagramas SiO
2
versus elementos-traços dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica.
Figura 9 – Diagramas Zr versus elementos-traços dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
54
As rochas da Suíte Intrusiva Vila Rica, a exceção das amostras M14, 903 e P104, têm uma
composição semelhante à de granitos tipo-A, quando utilizada a relação (K
2
O+Na
2
O)/CaO e
Zr+Y+Ce+Nb (Fig. 10) de acordo com Whalen et al. (1987). Entretanto as amostras estudadas da
Suíte Intrusiva Vila Rica possuem razão FeO
t
/(FeO
t
+MgO) entre 0.4 e 0.8 o que as classificam como
cálcio-alcalina. Em relação ao índice de saturação em alumina a Suíte Intrusiva Vila Rica classifica-se
como peraluminosa, ISA entre 1,2 e 1,5 evidenciado no diagrama Al
2
O
3
/(CaO+Na
2
O+K
2
O) versus
Al
2
O
3
/(Na
2
O+K
2
O) de Manier & Picolli (1989, Fig. 11) e assinatura cálcio-alcalina de alto-K (Fig.
12).
Figura 10 Diagrama (K
2
O+Na
2
O)/CaO versus Zr+Nb+Ce+Y (Whalen et al. 1987). FG: granitos félsicos
fracionados; OFG: granitos tipo S M I não fracionados.
Figura 11 Diagrama A/CNK versus A/NK (Manier & Piccoli 1989) mostrando o caráter peraluminoso dos
granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica.
Geologia Regional e Recursos Minerais
55
Figura 12 Diagrama de correlação entre SiO
2
versus K
2
O, mostrando o grau de alcalinidade e teor de potássio
(Rickwood 1989).
Os granitos desta suíte mostram um padrão de distribuição dos Elementos Terras Raras (ETR)
marcado pelo enriquecimento de terras raras leves sobre pesados. Os ETR leves mostram um
acentuado fracionamento, contrastando com a disposição mais suave dos ETR pesados (Fig. 13). A
razão (La/Lu)
N
alcança valores entre 93.75 e 20 indicando um alto grau de fracionamento dos ETR.
Entre os ETRL nota-se um fracionamento interno alto, expresso pela razão (La/Sm)
N,
cujos valores
variam de 5 a 11.75. Em relação ao fracionamento interno dos ETRP, os valores são moderados com
razões (Gd/Lu)
N,
que variam 1.3 e 1.6. A análise do diagrama multielementar normalizado pelos
valores do ORG (Granitos de Cadeias Oceânicas) destaca anomalia negativa de Nb e Ta (Fig. 14).
Figura 13 – Padrão de elementos terras raras dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
56
Figura 14 – Diagrama multielementar para os granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica normalizado pelo ORG.
Para análise de ambientes tectônicos as amostras da Suíte Intrusiva Vila Rica foram plotadas no
diagrama Y+Nb versus Rb. Conforme o diagrama, estes granitos situam-se no campo de granitos de
arco vulcânico e/ou magmáticos de Pearce et al. (1984) coincidindo também com o domínio dos
granitos pós-colisionais proposto por Pearce (1996, Fig. 15).
Figura 15 – Diagrama Rb versus Y+Nb (Pearce et al. 1984, Pearce 1996).
Granito Rio Dourado
As composições químicas médias das amostras estudadas desta unidade são mostradas na tabela 1.
Os valores de SiO
2
do Granito Rio Dourado variam entre 69.05 e 73.52%. Estes granitos possuem
baixa razão MgO/TiO
2
(0.61-1.6), K
2
O/Na
2
O (1.4-2.1), teores Al
2
O
3
entre
12.76-15.19%, teores de
CaO entre 0.72-1.53% e de Fe
2
O
3
entre 2.02-4.73%.
Geologia Regional e Recursos Minerais
57
As amostras são enriquecidas em Y (14.7-67.5 ppm) e Sr (82.8-223 ppm), possuem valores
moderados de Ba (346.2-1441 ppm); Zr (183.4-294.9 ppm), Rb (166-256.5 ppm), Th (14.3-42 ppm) e
F (260-1040 ppm) e baixos conteúdos de Ga (15.5-18.4 ppm), Zn (212-36 ppm), Ni (2.7-7.1 ppm), Cu
(3.2-9.4 ppm), U (3.3-7.2 ppm), Hf (4.9-8.3 ppm), Nb (9.6-15.8 ppm) e Ta (0.5-2.3 ppm). Nos
diagramas de variação do tipo Harker para elementos maiores utilizando-se SiO
2
como índice de
diferenciação, os elementos maiores mostram dispersão (Fig. 16). Com relação aos elementos traços,
verifica-se diminuição de Ba e Hf com o aumento da SiO
2
(Fig. 17B) para este granito. Utilizando-se o
Zr como índice de diferenciação, houve diminuição de Rb (Fig. 18B) e aumento de Ba e Hf (Fig. 18A
e 18C).
Figura 16 – Diagramas SiO
2
versus óxidos do Granito Rio Dourado.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
58
Figura 17 – Diagramas SiO
2
versus elementos-traços do Granito Rio Dourado.
Figura 18 – Diagramas Zr versus elementos-traços do Granito Rio Dourado.
Geologia Regional e Recursos Minerais
59
As amostras estudadas do Granito Rio Dourado mostram teores de alumina-saturação variando de
metaluminoso a peraluminoso de acordo com o diagrama Al
2
O
3
/(CaO+Na
2
O+K
2
O) versus
Al
2
O
3
/(Na
2
O+K
2
O) de Manier & Picolli (1989, Fig. 19). As razões FeO
t
/(FeO
t
+MgO) variam de 0.8 a
0.9, valores aceito para granitos de caráter alcalino, tipo-A. No diagrama de Whalen et al. (1987)
usando (Na
2
O+K
2
O)/CaO versus Zr+Y+Ce+Nb, as amostras do Granito Rio Dourado plotam no
campo de granitos tipo-A (Fig. 20).
Figura 19 Diagrama A/CNK versus A/NK (Manier & Piccoli 1989) mostrando o caráter metaluminoso a
peraluminoso do Granito Rio Dourado.
Figura 20 – Diagrama K
2
O+Na
2
O/CaO versus Zr+Nb+Ce+Y (Whalen et al. 1987). FG: granitos félsicos
fracionados; OFG: granitos tipo M, I e S não fracionados.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
60
O Granito Rio Dourado possui padrão de elementos terras raras caracterizado pelo enriquecimento
de leves sobre pesados e forte anomalia negativa de Eu (Fig. 21), similar a outros granitos
anorogênicos do Cráton Amazônico. A razão (La/Lu)
N
alcança valores entre 37.5 e 6 indicando um
fracionamento moderado dos Elementos Terras Raras leves em relação aos ETR pesados. Entre os
ETR leves, nota-se um fracionamento interno moderado, expresso pelas razões de (La/Sm)
N
, que
variam de 7.5 a 2.57. Em relação ao fracionamento interno de ETR pesados, observam-se valores
baixos da razão (Gd/Lu)
N
, que variam de 2.52 a 1.01. A análise do diagrama multielementar
normalizado pelos valores do ORG destaca anomalias negativas de Ba, Nb e Ta (Fig. 22).
Figura 21 – Padrões de elementos terras raras do Granito Rio Dourado normalizado pelo condrito.
Figura 22 Diagrama multielementar para o Granito Rio Dourado normalizado pelo Granito de Cordilheira
Oceânica.
Geologia Regional e Recursos Minerais
61
O Granito Rio Dourado apresenta afinidade geoquímica com granitos pós-colisionais (Pearce 1996,
Fig. 23). Estas rochas possuem uma semelhança com granitos tipo-A do subgrupo A
2
(Fig. 24A e
24B), que segundo Eby (1992) inclui uma variedade de ambientes tectônicos inclusive ambientes pós-
colisionais.
Figura 23 Diagrama Rb versus Y+Nb (Pearce et al. 1984, Pearce 1996), para as rochas do Granito Rio
Dourado.
Figura 24 Diagrama (A) Nb-Y-Ce e (B) Nb-Y-3Ga, mostrando a distribuição composicional do Granito Rio
Dourado (Eby 1992).
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
62
DISCUSSÕES E CONCLUSÕES
Os estudos de campo, petrográficos e geoquímicos dos granitos estudados permitiram concluir que
a Suíte Intrusiva Vila Rica (1.97 ± 9 Ga) é constituída por monzogranitos com ocorrências
subordinadas de sienogranitos e quartzo-sienitos que apresentam deformação dúctil incipiente, dando
origem a granitos levemente foliados. As amostras estudadas da Suíte Intrusiva Vila Rica possuem
razão FeO
t
/(FeO
t
+MgO) entre 0.4 e 0.8 comuns para rochas de afinidade cálcio-alcalinas. Essas rochas
são peraluminosas, cálcio-alcalinas a alto-K. A Suíte Intrusiva Vila Rica mostra padrão de elementos
terras raras com fracionamento de elementos terras raras leves sobre pesados, não apresenta anomalia
de Eu, evidenciando uma origem a partir de magmas fracionados onde minerais máficos ficaram na
fase residual. De acordo com as observações de campo e os dados geoquímicos sugere-se neste
trabalho um ambiente pós-colisional para Suíte Intrusiva Vila Rica com contribuição de fonte
modificada por subducção. A Suíte Intrusiva Vila Rica foi datada em 1,96 Ga e possui similaridade
geoquímica com o Monzogranito Água Branca. O Monzogranito Água Branca ocorre no NW do
estado do Pará e norte do estado do Amazonas e é o mais representativo dos granitos pré-vulcanismo
Uatumã (Santos 1982) dentro da Província Amazônia Central. A Suíte Intrusiva Creporizão (2.0-1.96
Ga, Klein & Vasquez 2000, Santos et al. 2000, Lamarão et al. 2002) e a Suíte Intrusiva Parauari
(1.921 ± 0.069 Ga, Macambira 1992) também são contemporâneos com a Suíte Intrusiva Vila Rica.
O Granito Rio Dourado é dominantemente sienogranítico com litotipos monzogranítico
subordinado e caráter isotrópico. Datação U-Pb em zircão resultaram numa idade de 1,889 ± 11 Ga
(Barros et al. 2005) sendo esta, a mesma idade das vulcânicas ácidas Iriri na região estudada (1.88 ±
43 Ga, Pinho et al. 2004a). Petrograficamente, o Granito Rio Dourado apresenta fluorita e anfibólio
sódico do tipo hastingsita sugerindo uma afinidade com granitos do tipo A. Esse caráter é reforçado
pelo alto conteúdo de Fe
2
O
3
(2.0-4.7%), razão de FeO
t
/(FeO
t
/MgO) entre 0.8 e 0.9, Ce+Y+Nb+Zr
(314,5-474) que são comuns em granitos tipo-A, bem como pelos teores de elementos maiores e traços
que em diagramas discriminatorios (K
2
O+Na
2
O)/CaO versus Zr+Y+Ce+Nb plotam o Granito Rio
Dourado no campo de granito tipo-A. O padrão de elementos terras raras do Granito Rio Dourado
exibe moderado fracionamento de leves sobre pesados e anomalia negativa de Eu, indicando que o
plagioclásio participou do processo de fracionamento durante a evolução do líquido magmático.
Estudos de campo e geoquímico sugerem como ambiente geotectônico para o granito Rio Dourado um
ambiente pós –colisional, com características petrográficas e químicas similares aos granitos do tipo-A
do subgrupo A
2.
O Granito Rio Dourado possui afinidade petrografica e geoquímica semelhantes a
granitos de mesma idade distribuídos na Província Amazônia Central, (Suite Intrusiva Maloquinha,
Água Boa, Moderna entre outros) sugerindo que estes se originaram de um mesmo evento magmático
que atingiu toda província.
Referências Bibliográficas
Almeida M.E., Fraga L.M.B., Macambira M.J.B. 1997. New geochronological data of calç-alkaline
granitoids of Roraima State, Brazil. In: South American Symposium on Isotope Geology.
Extended Abstracts, 34-35.
Barrett T.J., MacLean W.H. 1999. Volcanic Sequences, Lithogeochemistry, and Hidrothermal
Alteration in Some Bimodal Volcanic-Associated Massive Sulfide Systems. Reviews in Economic
Geology, 8:101-131.
Barros M.A.S., Padilha R.A., Rubert R.R., Silva G.D., Pimentel M.M. 2005. Grupo Iriri e Granito Rio
Dourado, magmatismo Paleoproterozóico do sul da Área Xingú-Iricoumé Nordeste de Mato
Grosso. In: Simpósio de Vulcanismo e Ambientes Associados. Cabo Frio-RJ.
Creaser R.A., Price R.C., Wormald R.J. 1991. A-type granites revisited: Assessment of a residual-
source model. Geology, 19:163-166.
Dall’agnol R., Lafon J.M., Macambira M.J.M. 1994. Proterozoic anorogenic magmatism in the
Central Amazonianian Province, Amazonianian craton: geochronological, petrological and
geochemical aspects. Mineral Petrology, 50: 113-138.
Geologia Regional e Recursos Minerais
63
Eby G.N 1992. Chemical subdivision of the A-type granitoids: petrogeneses and tectonic implications.
Geology, 20:641-644.
Fuck R.A., Pimentel M.M., Machado N., Daoud W.K. 1993. Idade U-Pb do Granito Madeira, Pitinga
(AM). In: 4º Congresso Brasileiro de Geoquímica, 246-248.
Irvine T.N., Barajar W.R.A. 1971. A guide to the chemical classification of the common volcanic
rocks. Can. J. Earth Sci., 8:523-548.
João X.S., Santos C.A., Provost A. 1985. Magmatismo Adamelítico Água Branca (Folha Rio Mapuera
NW do Estado do Pará). In: Simpósio Geológico da Amazônia, II, Anais. Belém, Brazil, 2, 93-
109.
Klein E.L. & Vasquez M.L. 2000. Projeto especial Província Mineral do Tapajós. Geologia e recursos
minerais da folha SB.21-Z-A-Vila Riozinho, Estado do Pará, escala 1:250.000. Nota Explicativa.
CPRM – Serviço Geológico do Brasil (CD-ROM).
Lacerda Filho J.V., Abreu Filho W., Valente C.R., Oliveira C.C., Albuquerque M.C. 2004. Geologia e
Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso. Escala 1:1.000.000. Goiânia: CPRM, 2004.
(Convênio CPRM/SICME). 200p. il.; + mapas.
Lafon J.M., Rodrigues E., Macambira E.M.B., Pereira E.D. 1995. Magmatisme anarogénique du
Protérozoique Inférieur dans la région de São Felix do Xingu-Tucumã (Amazonie Orientale,
Brésil). Nouvelles données geochronologiques. C. R. Acad. Sci. Paris, 320:937-944.
Lamarão C.N., Dall’Agnol R., Lafon J.M., Lima E.F. 1999. As associações vulcânicas e plutônicas de
Vila Riozinho e Morais Almeida, Província Aurífera do Tapajós, SW do estado do Pará. In:
Simpósio sobre Vulcanismo e Ambientes Associados. 1, Boletim de resumos, p. 93
Lamarão C.N., Dall’Agnol R., Lafon J.M., Lima E.F. 2002. Dois eventos vulcânicos
paleoproterozóicos na Província Aurífera do Tapajós: novos dados isotópicos Sm-Nd e
implicações para o Supergrupo Uatumã. In: SBG, Simpósio de Vulcanismo e Ambientes
associados, Belém, Boletim de Resumos e Roteiro da Excursão, p.27.
Lamarão C.N., Dall’agnol R., Pimentel M.M. 2005. Nd Isotopic composition of Paleoproterozoic
volcanic and granitoid rocks of Vila Riozinho: implications for the crustal evolution of the Tapajós
Gold Province, Amazon Craton.Journal of South America Earth Sciences 18, 277-292.
Macambira M.J.B. 1992. Chronologie U-Pb, Rb-Sr, K-Ar et croissance de la croûte continentale dans
l’ Amazonie du sul-est; example de la gion de Rio Maria, Province de Carajás. Universidade de
Montpellier II. Montpellier. Tese Doutoramento.
Maniar P.D., Piccoli P.M. (1989). Tectonic Discrimination of Granitoids. Geological Society of
America Bulletin, v. 101, p. 635-643, 12 figs., 3 tables.
Padilha R.A. 2005. Contribuição ao conhecimento da geologia da região nordeste de Mato Grosso
(borda sudeste do Cráton Amazônico – Província Amazônia Central). Instituto de Ciências Exatas
de da Terra, Univerdade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, Trabalho de Conclusão de Curso, 116p.
Padilha R.A. & Barros M.A.S. (em preparação). Petrografia, geoquímica e geocronologia da Suíte
Intrusiva Vila Rica borda sudeste do Cráton Amazônico (Província Amazônia Central)
nordeste do estado de Mato Grosso.
Pearce J.A., Harris N.B.W., Tindle A.G. 1984. Trace element discrimination diagrams for the tectonic
interpretation of granitic rocks. J. Petrol., 25(4):956-983.
Pearce J.A. 1996. Source and settings of granitic rocks. Episodes 19 (4), 120-125.
Pinho F.E.C., Pinho M.A.S.B., Pimentel M., Souza D.G., Ribeiro J.N., Silva M.A.P.E., Berlandi R.A.,
Santos A.A., Cabral C. 2003. Reconhecimento geológico e geocronológico do Cráton Amazônico
na região nordeste de Mato Grosso. In: Simpósio de Geologia do Centro-Oeste – Geologia
Desenvolvimento Sustentável, 08, Boletim de Resumos, SBG – Núcleo Centro Oeste, p. 90-92.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
64
Pinho M.A.S.B., Rubert R.R., Silva G.D., Chemale Jr. F., Dussin I.A., Costa E.C. 2004a. Dados
Petrográficos, Geoquímicos e idades U-Pb da vulcânica félsica do Grupo Iriri na porção nordeste
de Mato Grosso Serra dos Magalhães. In: Congresso Brasileiro de Geologia, 42, 2004, Araxá.
Anais... Belo Horizonte: Sociedade Brasileira de Geologia, Núcleo Minas Gerais, 2004.
Disponível em CD-ROM.
Pinho M.A.S.B., Rubert R.R., Silva G.D., Oliveira L.A. 2004b. Intrusão Santa Inês, uma Suíte
Estratiforme constituida por piroxênio-hornblendito a hornblenda-gabro, localizada no sudeste do
Cráton Amazônico. In: Congresso Brasileiro de Geologia, 42, 2004, Araxá. Anais... Belo
Horizonte: Sociedade Brasileira de Geologia, Núcleo Minas Gerais, 2004. Disponível em CD-
ROM.
Santos J.O.S., Reis Neto J.M. 1982. Algumas idades de rochas graníticas do Cráton Amazônico. In:
Congresso Brasileiro de Geologia, 32, Anais, SBG. v. 1, p.339-348.
Santos J.O.S. 1982. Granitos proterozóicos da Plataforma Amazônica, Brasil. In: Congresso Latino
Americano de Geologia, 5, Acfcw, v.2, p.97-112.
Santos J.O.S., Hartmann L.A., Gaudette H.E. 1997. reconnaissance U-Pb in zircon, Pb-Pb in sulfides
and review of Rb-Sr geochronology in the Tapajós gold Province, Pará/Amazonianas States,
Brazil. In: South American Symposium on Isotope Geology. Ext. Abstract, 280-282.
Santos J.O.S., Hartmann L.A., Gaudette, H.E., Groves D.I., Mcnaughton N.J., Fletcher I.R.A. 2000.
New Understanding of the Provinces of the Amazon Cráton based on Integration of Field Mapping
and U-Pb and Sm-Nd Geochronology. Gondwana Research, n. 3, v. 4: 453-488.
Streckeisen A.L. 1976. To each plutonic rock its proper name. Earth Sci. Rev. 12,1-13.
Tassinari C.C.G., Macambira M.J.B. 1999. Geochronological provinces of the Amazonian Cráton.
Episodes, v. 22 (3), p 174-182.
Teixeira N.P., Bettencourt J.S., Moura C.A.V., Dall’Agnol R., Macambira M.J.B. 2002. Archean
crustal sources for Paleoproterozoic tin-mineralized granites in the Carajás Province, SSE Pará,
Brazil: Pb–Pb geochronology and Nd isotope geochemistry. Precambrian Research 119 (1-4),
257–275.
Vasquez M.L., Quadros M.L.E.S., Bahia R.B.C., Santos A., Ricci P.S.F., Schett R., Silva C.M.C.,
Macambira M.J.B. 1999. Magmatismo Uatumã na Província Tapajós. Novos dados
geocronológicos. In: Simpósio de Geologia da Amazônia, 6. Boletim de Resumos, SBG- Sociedade
Brasileira de Geologia, p. 471-474.
Whalen J.B., Currie K.L., Chappell B.W. 1987. A-type granites: geochemical characteristics
discrimination and petrogenesis. Contrib. Mineral. Petrol. 95:407-419.
Geologia Regional e Recursos Minerais
65
Resumo Expandido enviado ao X Simpósio de Geologia da Amazônia
PETROGRAFIA, GEOQUÍMICA E GEOCRONOLOGIA DA SUÍTE INTRUSIVA VILA
RICA – BORDA SUDESTE DO CRÁTON AMAZÔNICO (PROVÍNCIA AMAZÔNIA
CENTRAL) – NORDESTE DO ESTADO DE MATO GROSSO.
Rosilene Aparecida Padilha
1
, Márcia Aparecida de Sant’Ana Barros
2
, Marcio Martins Pimentel
3
,
Elton Luis Dantas
3
1
Pós-Graduação em Geociências, ICET, UFMT, e-mail: rosilene[email protected]
2
Departamento de Recursos Minerais, ICET, UFMT, e-mail: [email protected]
3
Universidade de Brasília - UNB
Resumo Expandido
A Suíte Intrusiva Vila Rica (SIVR) situa-se no nordeste do estado de Mato Grosso nas proximidades
do município de Vila Rica. Esta região esta inserida na borda sudeste do Cráton Amazônico, nos
domínios da Província Amazônia Central – sul da Área Xingú-Iricoumé (Tassinari e Macambira
1999). A SIVR fazia parte do que era denominado complexo Xingú sendo individualizada por Lacerda
Filho et al. (2004). A SIVR constitui-se de biotita-monzogranitos com ocorrências subordinadas de
biotita-sienogranitos e quartzo-sienitos. Distribuí-se na forma de inúmeros campos de blocos e
matacões, com coloração cinza-clara por vezes rósea-acinzentada, granulação fina a média e foliação
incipiente a moderada.
Os diferentes tipos petrográficos guardam semelhanças texturais entre si. São rochas holocristalina,
hipidiomórfica a alotriomórfica, inequigranular fina a média (variando em torno de 0,3 a 3,5 mm),
mostram intercrescimentos pertíticos (Fig. 1A) e mirmequíticos (Fig. 1B) e quartzo recristalizado (Fig.
1C). Constituem-se por quartzo, K-feldspato, plagioclásio e biotita. Como minerais de alteração
ocorrem clorita, sericita, epidoto e mica branca (Fig. 1D). Os acessórios presentes são apatita, titanita,
allanita, zircão e opacos.
Figura 1 (A) Pertita em filmes originadas por processos de ex-solução. (B) Mirmequitas circundando cristais
de K-feldspatos. (C) Microclínio com as bordas dissolvidas mostrando aspectos de corrosão sendo circundado às
vezes por plagioclásio e outras por quartzo microcristalino. (D) Plagioclásio saussuritizado.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
66
Sob o ponto de vista geoquímico as amostras estudadas exibem razão FeO
t
/(FeO
t
+MgO) entre 0.4 e
0.8, similar as razões apresentadas para rochas cálcio-alcalinas.
A SIVR mostra padrão de elementos terras raras (ETR) com forte fracionamento de ETR leves sobre
pesados e ausência de anomalia de Eu (fig. 2A) As correlações negativas entre os elementos maiores e
SiO
2
e o padrão de elementos terras raras indicam a cristalização e precipitação de plagioclásio e
minerais máficos primários (biotita, ilmenita-magnetita, titanita e apatita) durante a diferenciação
magmática. O diagrama de multi-elementos apresentam anomalia negativa de Ta e Nb que são comuns
em ambientes de subducção (Fig. 2B). Os teores de elementos traços Rb versus Y+Nb (Pearce 1996)
para os granitos da SIVR indicam um ambiente s-colisional (Fig. 3). Entretanto uma parte deste
campo superpõe-se ao campo de rochas ambiente de arco.
Figura 2 (A) Padrão de elementos terras raras dos granitos da SIVR. (B) Diagrama multielementar para as
rochas da SIVR normalizados pelo ORG.
Figura 3 – Diagrama Rb versus Y+Nb (Perce et al. 1984, Perce 1996).
Dados geocronológicos Sm-Nd em rocha total e U-Pb em zircão na amostra UFMT 13 de granito da
SIVR foram executadas no laboratório de geocronologia de Brasília. Os resultados obtidos indicam
idade U-Pb em zircão concordante com 1976 ± 9. Ma (Fig. 4) e T
DM
2,66 Ga (tabela 2) com ε
Nd(T)
= -
5,97.
Geologia Regional e Recursos Minerais
67
Figura 4 Diagrama de concórdia U-Pb para zircão da amostra UFMT 13 da Suíte Intrusiva Vila Rica.
Mostrando idade 1976 ± 9 Ma.
Tabela 2 – Dados Sm-Nd da amostra estudada.
Amostra Sm(ppm) Nd(ppm)
147
Sm/
144
Nd
143
Nd/
144
Nd
±2SE
ε (0) ε (T) T
DM
(Ga)
UFMT 13 1,37 7,98 0,1042 0,511132+/-12 -29,38 -5,96 2,66
Conclusões
A Suíte Intrusiva Vila Rica constitui-se de um conjunto de granitos de composição principal biotita-
monzogranito com ocorrências subordinadas de biotita-sienogranito e quartzo-sienito, de afinidade
cálcio-alcalina, peraluminoso, de idade de cristalização paleoproterozóica (1976±9 Ma) e T
DM
2.66
Ga, com epsilon Nd negativo (-5,96) indicando uma origem a partir de fusão de crosta arqueana num
ambiente de arco magmático. Pelos dados existentes até o momento, sugere-se que a Suíte intrusiva
Vila Rica seja um evento plutônico tardio relacionado com a acresção do arco Ventuari-Tapajós ao
bloco Carajás.
Agradecimentos
Os autores agradecem a Universidade Federal do Mato Grosso, a Capes pelo fornecimento de bolsa de
mestrado e ao laboratório de Geocronologia da UNB.
Referencias Bibliográficas
Lacerda Filho J.V., Abreu Filho W., Valente C.R., Oliveira C.C., Albuquerque M.C. 2004. Geologia e
Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso. Escala 1:1.000.000. Goiânia: CPRM, 2004. (Convênio
CPRM/SICME). 200p. il.; + mapas.
Pearce J.A., Harris N.B.W., Tindle A.G. 1984. Trace element discrimination diagrams for the tectonic
interpretation of granitic rocks. J. Petrol., 25(4):956-983.
Pearce J.A. 1996. Source and settings of granitic rocks. Episodes 19 (4), 120-125.
Tassinari C.C.G., Macambira M.J.B. 1999. Geochronological provinces of the Amazonian Cráton.
Episodes, v. 22 (3), p 174-182.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
68
Geologia Regional e Recursos Minerais
69
CAPITULO IV
CONCLUSÕES
Os estudos realizados nos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e Granito Rio Dourado
localizados na região nordeste do estado de Mato Grosso, divisa com Pará e Tocantins, indicam que a
Suíte Intrusiva Vila Rica têm afinidade lcio-alcalina a alto-K, enquanto que o Granito Rio Dourado
possui afinidade geoquímica com granitos alcalinos do tipo-A.
A Suíte Intrusiva Vila Rica é composta de biotita-monzogranitos com ocorrências
subordinadas de biotita-sienogranitos e quartzo-sienitos, apresentam deformação dúctil incipiente,
originando granitos levemente foliados. A Suíte Intrusiva Vila Rica possui caráter cálcio-alcalino a
alto-K, peraluminoso, sendo o padrão de elementos terras raras caracterizado por fracionamento de
leves sobre pesados e ausência de anomalia de Eu. As relações entre Rb, Y e Nb posicionam a Suíte
Intrusiva Vila Rica no campo de granitos pós-colisionais (Pearce, 1996). Anomalia negativa de Nb e
Ta mostrado em diagrama multielementar indicam contribuição de fontes anteriormente subductadas.
A Suíte Intrusiva Vila Rica possui idade de cristalização 1976 ± 9 Ma e T
DM
2,66 Ga com ε
Nd(T)
negativo (-5,97) indicando origem a partir de fusão de crosta arquena. Neste trabalho sugere-se que a
Suíte Intrusiva Vila Rica originou-se a partir da fusão de crosta arqueana devido à influência de um
arco magmático (Fig. IV.1B).
O Granito Rio Dourado é constituído por sienogranitos com fácies monzograníticas
subordinadas, com ausência de deformação dúctil. O Granito Rio Dourado é alcalino, metaluminoso a
peraluminoso. O padrão de elementos terras raras mostra fracionamento de leves sobre pesados e
anomalia negativa de Eu. As relações entre Rb, Y e Nb posicionam o Granito Rio Dourado no campo
de granitos pós-colisionais (Perce 1996) nos limite do campo de arco magmático e intra-placa. O
Granito Rio Dourado de idade 1889±11 Ma, tem sua origem relacionada zona de rift extensional (Fig.
IV.1C).
Os dados U-Pb para os granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e Granito Rio Dourado
demonstraram dois períodos paleoproterozóico de intensa atividade magmática:
Estágio I Em 1.97 Ga Após o fechamento de um arco (Ventuari-Tapajós) ocorre um evento
extesional relacionado com o fim da orogênese. Uma crosta arqueana (Província Amazônia Central) é
refundida com contribuição da crosta subductada gerando os granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica.
Estágio II Em 1.88 Ga Novo evento extensional ocorre envolvendo uma crosta constituída por
rochas arqueanas e pela Suíte Intrusiva Vila Rica (1.97 Ga). Um magma contaminado por restos de
crosta anteriormente subductada dá origem ao vulcanismo Iriri e ao Granito Rio Dourado.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
70
Figura IV.1 Modelo Geotectônico mostrando a evolução da área estudada. (A) formação do arco magmático
Ventuari-Tapajós. (B) ocorre um evento extensional, com a refusão de crosta arqueana com contribuição de
crosta subductada originando os magmas que formaram os granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica. (C) ocorre um
novo evento extensional envolvendo uma crosta constituída por rochas arqueanas e pelos granitos da Suíte
Intrusiva Vila Rica (1.97 Ga). Um magma contaminado por restos de crosta anteriormente subductada origem
ao vulcanismo Iriri e ao Granito Rio Dourado.
Geologia Regional e Recursos Minerais
71
Referências Bibliográficas
Almeida F.F.M., Nogueira Filho J.V. 1959. Reconhecimento geológico no rio Aripuanã. Rio de Janeiro. IBGE p
1-43. (Boletim de Divisão de Geologia e Mineralogia, 19).
Almeida F.F.M., Hasui Y., Brito Neves B.B., Fuck R.A. 1977. As províncias estruturais brasileiras. In: SBG,
Simpósio Geologia do Nordeste, 8, Atas, p. 363-391.
Almeida M.E., Fraga L.M.B., Macambira M.J.B. 1997. New geochronological data of calç-alkaline granitoids of
Roraima State, Brazil. In: South American Symposium on Isotope Geology. Extended Abstracts, 34-35.
Amaral G. 1974. Geologia Pré-Cambriana da região Amazônica. Instituto de Geociências, Universidade de São
Paulo, São Paulo, Dissertação de Livre Docência.
Andrade A.F., Santiago A.F., Melo C.F., Bizinela G.A., Moreira H.L., Santos J.O.S., Oliveira J.R., Moura P.A.,
Lopes R.C. Rosa Filho S.F., Neves S.A.V. 1978. Projeto Tapajós–Sucunduri. Relatório de Integração
Geológica. Manaus, DNPM/CPRM. 3v.
Araújo O.J.B., Maia R. 1991. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil. Programa Grande
Carajás. Folha SB.22-Z-A. Serra dos Carajás. Belém, CPRM.
Barbosa O., Ramos J.R.A., Gomes F.A. Helmbold R.1966. Geologia, estratigrafia, estrutural e econômica da
área do “Projeto Araguaia”. Rio de Janeiro: IBGE. (Divisão de Geologia e Mineralogia, 19).
Barros M.A.S., Padilha R.A., Rubert R.R., Silva G.D., Pimentel M.M. 2005. Grupo Iriri e Granito Rio Dourado,
magmatismo Paleoproterozóico do sul da Área Xingú-Iricoumé – Nordeste de Mato Grosso. In: Simpósio de
Vulcanismo e Ambientes Associados. Cabo Frio-RJ.
Branner J.C. 1915. Geologia Elementar. 2 ed. Rio de Janeiro, F. Alves, 396p.
Cordani U.G., Brito Neves B.B. 1982. The geologic evolution of South America during the Archean and Early
Proterozoic. Revista Brasileira de Geociências, 12: 78- 88.
Costa J.B.S., Araújo O.J.B, Santos A., João X.S.J., Macambira M.J.B., Lafon J.M. 1995. A Província Mineral de
Carajás: aspectos tectono-estruturais, estratigráficos e geocronológicos. Boletim do Museu Paraense Emílio
Goeldi, Série Ciência da Terra, 7: 199-235.
Cunha B.C.C., Potiguar L.A.T., Lanhez A.C., Bezerra P.E.L., Pitthan J.H.L., Souza Junior J.J., Montalvão
R.M.G., Souza A.M.R.H., Hildred P.R., Tassinari C.C.G. 1981. Projeto Radambrasil. Brasil-Folha SC.22
Tocantins. Geologia. Ministério das Minas e Energia. Departamento Produção Mineral. Rio de Janeiro,. p
21-196.
Dall’agnol R., Lafon J.M., Macambira M.J.M. 1994. Proterozoic anorogenic magmatism in the Central
Amazonianian Province, Amazonianian craton: geochronological, petrological and geochemical aspects.
Mineral Petrology, 50: 113-138.
Dalziel I.W.D. 1992. On the organization of the American plates in the Neoproterozoic and the breakout of
Laurentia. GSA Today, v. 2: 1-2.
Faria M.S.G., Luzardo R., Pinheiro S.S. 1999. Litoquímica e petrogênese do Granito Igarapé Azul Sudeste de
Roraima. In: Simpósio Geológico da Amazônia, 6, 1999. Boletim Resumos Expandidos, p. 577-580.
Fuck R.A., Pimentel M.M., Machado N., Daoud W.K. 1993. Idade U-Pb do Granito Madeira, Pitinga (AM). In:
4º Congresso Brasileiro de Geoquímica, 246-248.
Geraldes M.C., Matos J.B., Ruiz A., Fetter A.H., Kozuch M., Van Schmus W.R., Tassinari C.C.G., Teixeira W.
1999. U-Pb constraints on Proterozoic magmatic arcs is SW Amazônia Craton, Brazil. In: South American
Symposium on Isotope Geology, II, Actas, p. 68-71.
João X.S.J. 1975. Projeto Xingú Araguaia, geologia e geoquímica da área Gradaús Nova Olinda. Belém.
SUDAM – CPRM, (Relatório do Arquivo Técnico do DGM 2440).
João X.S., Santos C.A., Provost A. 1985. Magmatismo Adamelítico Água Branca (Folha Rio Mapuera NW do
Estado do Pará). In: Simpósio Geológico da Amazoniania, II, Anais. Belém, Brazil, 2, 93-109.
Knup P.E. 1971. Reconhecimento geológico na região dos rios Itacaiúnas e Tocantins, Estado do Pará. In:
Congresso Brasileiro de Geologia, 25, Resumo das comunicações, sociedade Brasileira de Geologia,. 261p.
(Boletim Especial, 1) p. 51-62.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
72
Lacerda Filho J.V., Abreu Filho W., Valente C.R., Oliveira C.C., Albuquerque M.C. 2004. Geologia e Recursos
Minerais do Estado de Mato Grosso. Escala 1:1.000.000. Goiânia: CPRM, 2004. (Convênio
CPRM/SICME). 200p. il.; + mapas.
Lamarão C.N., Dall’Agnol R., Lafon J.M., Lima E.F. 1999. As associações vulcânicas e plutônicas de Vila
Riozinho e Morais Almeida, Província Aurífera do Tapajós, SW do estado do Pará. In: Simpósio sobre
Vulcanismo e Ambientes Associados. 1, Boletim de resumos, p. 93
Leite J.A.D., Saes G.S., Macambira M.J.B. 2001. The Teles Pires volcanic Province: A Paleoproterozoic silicic-
dominated large igneous province in southwest Amazon Craton and tectonic implications. In: Simpósio
Internacional de Geologia Isotópica. Santiago – Chile. Seção de Painéis.
Lofgren A. 1936. Reconhecimento geológico nos rios Tocantins e Araguaya. B. Sery Geol. Mineral., Rio de
Janeiro (80): 1-61.
Macambira M.J.B. 1992. Chronologie U-Pb, Rb-Sr, K-Ar et croissance de la croûte continentale dans l’
Amazonie du sul-est; example de la région de Rio Maria, Province de Carajás. Universidade de Montpellier
II. Montpellier. Tese Doutoramento.
Martins R.C., Araújo, O.J.B. 1979. Projeto integração geológico-geofísico sul do Pará; relatório final. Belém,
DNPM/CPRM. V. 1.
Montalvão R.M.G., Bezerra P.E.L. 1979. Geologia e tectônica da plataforma (craton) amazônica (parte da
Amazônia legal brasileira). Goiânia, Projeto RADAMBRASIL, n.p. (Relatório Interno RADAMBRASIL,
247 – G).
Montalvão R.M.G., Bezerra, P.E.L. 1980. Geologia e tectônica da Plataforma (Cráton) Amazônica (parte da
Amazônia Legal Brasileira). .Revista Brasileira de Geociências, 10: 1-27.
Moura C.A.V., Gorayeb P.S., Matsuda N.S. 1999. Geocronologia Pb-Pb em zircão do riolito Vila Raiol,
formação iriri, sudoeste do Pará. In: VI Simpósio de Geologia da Amazonia, Extended Abstract Bulletin,
475-477.
Padilha R.A. 2005. Contribuição ao conhecimento da geologia da região nordeste de Mato Grosso (borda sudeste
do Cráton Amazônico Província Amazônia Central). Instituto de Ciências Exatas de da Terra,
Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, Trabalho de Conclusão de Curso, 116p.
Padilha R.A., Barros M.A.S., Rubert R.R., Silva G.D. 2006. Geologia do nordeste de Mato Grosso (borda
sudeste do Cráton Amazônico). In: 43º Congresso Brasileiro de Geologia, Anais, p. 84.
Payolla B.L., Kozuch M., Leite Jr W.B., Bettencourt J.S., Van Schumus W.R. 1998. Novas idades U-Pb em
zircões de gnaisses e granitóides da região de Ariquemes, Estado de Rondônia: Implicações para a evolução
geológica da borda sudoeste do cráton Amazônico. In: 40º Congresso Brasileiro de Geologia, Anais, p. 39.
Pinho M.A.S.B., Pinho F.E.C., Quadros A.P., Chemale Jr F. 2001. Discussão do Termo Uatumã-Iriri, Região
Norte do Estado de Mato Grosso-Brasil. In: VII Simpósio de Geologia da Amazônia.
Pinho F.E.C., Pinho M.A.S.B., Pimentel M., Souza D.G., Ribeiro J.N., Silva M.A.P.E., Berlandi R.A., Santos
A.A., Cabral C. 2003. Reconhecimento geológico e geocronológico do Cráton Amazônico na região
nordeste de Mato Grosso. In: Simpósio de Geologia do Centro-Oeste Geologia Desenvolvimento
Sustentável, 08, Boletim de Resumos, SBG – Núcleo Centro Oeste, p. 90-92.
Pinho M.A.S.B., Rubert R.R., Silva G.D., Oliveira L.A. 2004b. Intrusão Santa Inês, uma Suíte Estratiforme
constituida por piroxênio-hornblendito a hornblenda-gabro, localizada no sudeste do Cráton Amazonico. In:
Congresso Brasileiro de Geologia, 42, 2004, Araxá. Anais... Belo Horizonte: Sociedade Brasileira de
Geologia, Núcleo Minas Gerais, 2004. Disponível em CD-ROM.
Ramos J.R.A. 1954. Reconhecimento Geológico no Alto Rio Fresco, Estado do Pará. Relatório Anual do
Diretor. Divisão Geologia Mineral. Departamento Nacional de Produção Mineral. 1954. Rio de Janeiro, 32-
48.
Renne P.R., Mattinson J.M., Hatten C.W., Somin M., Onstott T.C., Millan G., Linares E. 1989. 40Ar/39Ar and
U-Pb evidence for Late Proterozoic (Grenville-age) continental crust in North-Central Cuba and regional
tectonic implications. Precambrian Research., v. 42: 325-341.
Santos J.O.S., Reis Neto J.M. 1982. Algumas idades de rochas graníticas do Cráton Amazônico. In: Congresso
Brasileiro de Geologia, 32, Anais, SBG. v. 1, p.339-348.
Geologia Regional e Recursos Minerais
73
Santos J.O.S., Hartmann L.A., Gaudette H.E. 1997. reconnaissance U-Pb in zircon, Pb-Pb in sulfides and review
of Rb-Sr geochronology in the Tapajós gold Province, Pará/Amazonianas States, Brazil. In: South American
Symposium on Isotope Geology. Ext. Abstract, 280-282.
Santos J.O.S., Hartmann L.A., Gaudette, H.E., Groves D.I., Mcnaughton N.J., Fletcher I.R.A. 2000. New
Understanding of the Provinces of the Amazon Cráton based on Integration of Field Mapping and U-Pb and
Sm-Nd Geochronology. Gondwana Research, n. 3, v. 4: 453-488.
Silva G.D., Rubert R.R. 2003. Reconhecimento Geológico Regional Preliminar com amostragem exploratória de
sedimento de corrente e rochas na Bacia dos rios Araguaia e Xingú Extremo nordeste de Mato Grosso.
Relatório Técnico, Projeto Caulim do Xingú. Cuiabá: Metamat. (Convênio SICME/METAMAT).
Silva G.G., Lima M.J.C., Andrade A.R.F., Issler R.S., Guimarães. 1974. Geologia, geomorfologia, pedologia,
vegetação e uso potencial da terra. In: Projeto RADAM-BRASIL. Folhas SB-22 Araguaia e parte da SC-22
Tocantins. Rio de Janeiro, DNPM/MME, 143 p.
Souza D.G., Ribeiro J.N., Silva M.A.P., Berlandi R.A. 2002. Perfil de reconhecimento geológico da Província
Amazônia Central da região nordeste de Mato Grosso ao longo da BR-158. Curso de Geologia,
Universidade Federal de Mato Grosso, Trabalho de Conclusão de Curso, 70p
Streckeisen A.L. 1976. To each plutonic rock its proper name. Earth Sci. Rev. 12,1-13.
Tassinari C.C.G., Macambira M.J.B. 1999. Geochronological provinces of the Amazonian Cráton. Episodes, v.
22 (3), p 174-182.
Teixeira W., Tassinari C.C.G., Cordani U.G., Kawashita K., 1989. A review of the geochronology of the
Amazonian Craton: Tectonic Implications. Precambrian Research, v.42, pp. 213-27.
Vasquez M.L., Quadros M.L.E.S., Bahia R.B.C., Santos A., Ricci P.S.F., Schett R., Silva C.M.C., Macambira
M.J.B. 1999. Magmatismo Uatumã na Província Tapajós. Novos dados geocronológicos. In: Simpósio de
Geologia da Amazônia, 6. Boletim de Resumos, SBG- Sociedade Brasileira de Geologia, p. 471-474.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
74
Geologia Regional e Recursos Minerais
75
Anexos 1
Mapa Geológico
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
76
Geologia Regional e Recursos Minerais
77
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
78
Geologia Regional e Recursos Minerais
79
Anexos 2
Mapa de Pontos
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
80
Geologia Regional e Recursos Minerais
81
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
82
Geologia Regional e Recursos Minerais
83
Anexos 3
Fotos de Campo
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
84
Vista panorâmica do Complexo Granítico-Gnáissico-Anfibolítico.
Anfibolito do Complexo Granítico-Gnáissico-Anfibolítico, mostrando-se fraturado e preenchido por veios e
bolsões de rocha granítica.
Geologia Regional e Recursos Minerais
85
Bandamento gnáissico comum em rochas do Complexo Granítico-Gnáissico-Anfibolítico.
Rocha gnáissica do Complexo Granítico-Gnáissico-Anfibolítico, mostrando dobra sem raiz.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
86
Deformação de granito do Complexo Granítico-Gnáissico-Anfibolítico, onde se observa enclaves estirados
paralelos a foliação da rocha. Localizado próximo à Zona de Cisalhamento Vila Rica.
Milonito do Complexo Granítico-Gnáissico-Anfibolítico, onde se observa que os cristais estão estirados.
Geologia Regional e Recursos Minerais
87
Forma de ocorrência do Complexo Estratiforme Santa Inês. A linha tracejada indica o contato com o granito.
Estratificação plano-paralela observada em superfície de erosão do horblendito do Complexo Estratiforme Santa
Inês. A figura da direita mostra o acamamento críptico da mesma rocha.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
88
Veios de composição granítica cortando hornblenda-gabro do Complexo Estratiforme Santa Inês.
Dique de diabásio cortando o hornblendito do Complexo Estratiforme Santa Inês.
Geologia Regional e Recursos Minerais
89
Vista Panorâmica da Suíte Intrusiva Vila Rica.
Forma de ocorrência dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
90
Rocha vulcânica acida (associação de ignimbritos e tufos – Grupo Iriri) com xenólitos angulosos de rocha básica
(anfibolito).
Rocha vulcânica ácida, do Grupo Iriri, exibindo estrutura de fluxo.
Geologia Regional e Recursos Minerais
91
Brecha vulcânica do Grupo Iriri, mostrando fragmentos líticos (mm a dm) de composição variada.
Bloco de riolito maciço (Grupo Iriri).
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
92
Imagem mostrando forma de ocorrência do Granito Rio Dourado.
Foto do Granito Rio Dourado exibindo xenólito de rocha básica.
Geologia Regional e Recursos Minerais
93
Afloramento da Formação Gorotire na área estudada.
Estratificação cruzada tangecial no arenito da Formação Gorotire.
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
94
Geologia Regional e Recursos Minerais
95
Anexos 4
Imagens MEV (Microscópio de Varredura Eletrônica)
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
96
AMOSTRA V1
Imagem 1
Imagem 2
Imagem 3
Imagem 4
Imagem 5
Imagem 6
Imagem 7 Imagem 8
Geologia Regional e Recursos Minerais
97
Imagem 9
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
98
Espectro da Imagem 1 – Amostra V1
Espec 1 Biotita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 3.249
0.419
Mg Ka 3.531
0.194
Al Kb 6.965
2.421
Si Ka 25.737
0.467
Cl Ka 0.501
0.062
K Ka 14.265
0.324
Ti Ka 2.76
0.162
Mn Ka 0.556
0.083
Fe Ka 42.435
0.815
Espec 2 Albita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 9.852
0.96
Na Ka 5.519
0.257
Al Kb 14.744
3.497
Si Ka 67.07
0.86
Ca Ka 2.815
0.197
Espec 3 Titanita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 4.679
0.883
Al Kb 0.178
0.355
Si Ka 17.292
0.341
Ca Ka 33.28
0.468
Ti Ka 41.533
0.65
Fe Ka 3.038
0.224
Espec 4 Clorita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 4.362
0.443
Mg Ka 5.118
0.268
Al Kb 9.051
3.174
Si Ka 25.7
0.538
Cl Ka 0.183
0.042
K Ka 1.207
0.105
Ca Ka 0.421
0.062
Ti Ka 0.835
0.095
Fe Ka 53.121
1.002
Espec 5 – K-Feldspato
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 6.052
0.778
Na Ka 2.756
0.163
Al Kb 11.202
2.556
Si Ka 47.112
0.578
K Ka 32.878
0.526
Geologia Regional e Recursos Minerais
99
Espectro da Imagem 2 – Amostra V1
Espec 1 Allanita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 4.558
0.444
Al Kb 7.332
2.435
Si Ka 23.258
0.43
Cl Ka 1.377
0.096
Ca Ka 15.113
0.311
Fe Ka 21.854
0.546
Y La 1.539
0.204
La La 7.371
0.49
Ce La 17.597
0.766
Espec 2 Biotita cloritizada
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 3.575
0.396
Mg Ka 3.949
0.23
Al Kb 7.833
2.855
Si Ka 23.396
0.492
K Ka 3.364
0.167
Ti Ka 2.034
0.142
Fe Ka 55.849
0.986
Espec 3 Anfibólio (Hastingsita)
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 3.224
0.432
Na Ka 1.055
0.131
Mg Ka 1.682
0.133
Al Kb 1.342
1.031
Si Ka 28.721
0.465
Cl Ka 0.584
0.064
K Ka 1.99
0.116
Ca Ka 16.772
0.344
Ti Ka 1.308
0.11
Mn Ka 1.176
0.118
Fe Ka 42.147
0.79
Espec 4 Albita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 8.953
0.894
Na Ka 5.283
0.241
Al Kb 15.139
3.388
Si Ka 66.285
0.82
Ca Ka 4.34
0.233
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
100
Espectro da Imagem 3 – Amostra V1
Espec 1 Zircão (centro)
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 1.851
0.314
Si Ka 14.943
0.245
Ca Ka 0.21
0.036
Y La 1.112
0.128
Zr La 75.529
1.029
Nb La 1.451
0.139
Ba La 0.775
0.156
Ce La 0.712
0.153
Hf La 2.698
0.427
Th Ma 0.501
0.1
U Ma 0.219
0.063
Espec 2 Zircão (borda)
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 3.405
0.469
Si Ka 15.725
0.275
Ca Ka 5.436
0.196
Y La 0.703
0.111
Zr La 67.346
1.057
Nb La 1.721
0.164
Ba La 0.552
0.144
Ce La 0.849
0.182
Hf La 3.262
0.511
Th Ma 0.091
0.045
U Ma 0.909
0.135
Espec 3 Quartzo
Geologia Regional e Recursos Minerais
101
Espectro da Imagem 4 – Amostra V1
Espec 1 Zircão centro
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 2.723
0.38
Si Ka 14.918
0.244
Ca Ka 0.07
0.021
Y La 1.557
0.151
Zr La 74.817
1.018
Nb La 1.855
0.156
Ba La 0.576
0.134
Ce La 0.581
0.138
Hf La 2.105
0.376
Th Ma 0.293
0.076
U Ma 0.506
0.096
Espec 2 Zircão borda escura
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 2.842
0.422
Si Ka 14.748
0.262
Ca Ka 5.249
0.19
Y La 1.111
0.137
Zr La 68.696
1.047
Nb La 1.265
0.138
Ba La 0.416
0.123
Ce La 0.97
0.191
Hf La 3.762
0.54
Th Ma 0.3
0.08
U Ma 0.64
0.112
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
102
Espectro da Imagem 5 – Amostra V1
Espec 1 Apatita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 4.036
0.67
F Ka 0
0
P Ka 23.936
0.319
Cl Ka 0.131
0.025
Ca Ka 65.335
0.581
Sr La 1.928
0.129
Y La 3.461
0.177
La La 0.471
0.135
Ce La 0.701
0.166
Espec 2 Zircão centro
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 2.497
0.358
Si Ka 14.966
0.241
Ca Ka 0.126
0.027
Y La 0.843
0.11
Zr La 75.457
1.008
Nb La 1.461
0.136
Ba La 0.506
0.124
Ce La 0.58
0.135
Hf La 2.845
0.43
Th Ma 0.432
0.091
U Ma 0.288
0.071
Espec 3 Titanita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 4.872
0.793
Al Kb 0.441
0.5
Si Ka 17.522
0.307
Ca Ka 35.909
0.436
Ti Ka 36.891
0.55
Fe Ka 4.364
0.24
Espec 4 K-Feldspato
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 6.942
0.827
Na Ka 1.383
0.115
Al Kb 10.265
2.397
Si Ka 47.278
0.565
K Ka 34.132
0.527
Espec 5 Clorita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 4.456
0.397
Mg Ka 4.848
0.235
Al Kb 9.61
2.93
Si Ka 22.774
0.454
Cl Ka 0.55
0.065
K Ka 0.75
0.073
Ca Ka 0.875
0.079
Ti Ka 1.146
0.099
Fe Ka 54.991
0.906
Geologia Regional e Recursos Minerais
103
Espectro da Imagem 6 – Amostra V1
Espec 1 Biotita cloritizada
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 3.075
0.346
Mg Ka 4.16
0.221
Al Kb 8.335
2.763
Si Ka 21.664
0.445
Cl Ka 0.338
0.051
K Ka 2.841
0.143
Ca Ka 0.735
0.073
Ti Ka 2.464
0.146
Mn Ka 0.697
0.087
Fe Ka 55.692
0.92
Espec 2 Mt
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 1.392
0.139
Ti Ka 0.809
0.054
Cr Ka 0.076
0.015
Mn Ka 0.135
0.021
Fe Ka 97.588
0.892
Espec 3 Apatita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 4.075
0.65
F Ka 0
0
P Ka 23.893
0.317
Cl Ka 0.192
0.03
Ca Ka 64.003
0.565
Sr La 2.535
0.148
Y La 2.605
0.153
La La 0.703
0.161
Ce La 1.994
0.274
Espec 4 Zircão centro
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 2.256
0.336
Si Ka 14.981
0.237
Ca Ka 0.137
0.028
Y La 0.834
0.107
Zr La 75.466
0.994
Nb La 2.139
0.163
Ba La 0.897
0.163
Ce La 0.604
0.136
Hf La 2.177
0.371
Th Ma 0.27
0.071
U Ma 0.237
0.064
Espec 5 Fluorita (??)
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 0.185
0.17
F Ka 1.982
0.316
Cl Ka 0.146
0.024
Ca Ka 94.854
0.695
Y La 2.832
0.162
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
104
Espec 6 K-feldspato
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 7.541
0.832
Na Ka 1.674
0.123
Al Kb 10.421
2.351
Si Ka 46.895
0.548
K Ka 33.469
0.507
Espec 7 Quartzo
Geologia Regional e Recursos Minerais
105
Espectro da Imagem 7 – Amostra V1
Espec 1 Mt
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 1.455
0.138
Ti Ka 0.155
0.023
Cr Ka 0.063
0.013
Mn Ka 0.046
0.011
Fe Ka 98.28
0.886
Espec 2 Titanita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 4.515
0.75
Al Kb 0.399
0.46
Si Ka 17.856
0.301
Ca Ka 35.941
0.424
Ti Ka 37.984
0.543
Fe Ka 3.305
0.203
Espec 3 ilmenita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 1.86
0.266
Ti Ka 32.667
0.395
Mn Ka 5.648
0.201
Fe Ka 59.825
0.731
Espec 4 Apatita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 4.161
0.663
F Ka 0
0
P Ka 23.949
0.312
Cl Ka 0.25
0.034
Ca Ka 65.592
0.567
Sr La 1.538
0.112
Y La 2.737
0.154
La La 0.528
0.139
Ce La 1.245
0.216
Espec 5 Clorita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 4.188
0.37
Mg Ka 4.264
0.218
Al Kb 9.582
2.889
Si Ka 21.735
0.437
Cl Ka 0.285
0.046
K Ka 0.98
0.082
Ca Ka 0.509
0.059
Ti Ka 0.651
0.073
Mn Ka 0.541
0.073
Fe Ka 57.266
0.906
Espec 6 Titanita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 5.271
0.818
Al Kb 0.387
0.464
Si Ka 17.454
0.304
Ca Ka 35.981
0.433
Ti Ka 36.786
0.545
Fe Ka 4.121
0.231
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
106
Espec 7 Quartzo
Geologia Regional e Recursos Minerais
107
Espectro da Imagem 8 – Amostra V1
Espec 1 Ilmenita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 1.995
0.311
Ti Ka 43.263
0.459
Mn Ka 3.073
0.152
Fe Ka 51.669
0.688
Espec 2 K-feldspato
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 6.237
0.778
Na Ka 1.229
0.106
Al Kb 10.165
2.347
Si Ka 47.704
0.559
K Ka 34.665
0.524
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
108
Espectro da Imagem 9 – Amostra V1
Espec 1 Anfibólio (Hastingsita)
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 3.7
0.452
Mg Ka 2.205
0.146
Al Kb 1.125
0.907
Si Ka 29.909
0.456
Cl Ka 0.507
0.058
K Ka 2.188
0.117
Ca Ka 16.888
0.334
Ti Ka 1.499
0.114
Mn Ka 0.976
0.104
Fe Ka 41.003
0.755
Espec 2 Titanita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 3.699
0.698
Al Kb 0.335
0.435
Si Ka 17.917
0.311
Ca Ka 35.758
0.436
Ti Ka 38.265
0.56
Fe Ka 4.025
0.23
Espec 3 clorita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 4.404
0.396
Mg Ka 4.169
0.21
Al Kb 8.567
2.66
Si Ka 24.051
0.447
Cl Ka 0.279
0.045
K Ka 3.807
0.16
Ti Ka 1.43
0.108
Mn Ka 0.428
0.066
Fe Ka 52.864
0.863
Geologia Regional e Recursos Minerais
109
Espectro da Imagem 1 – Amostra P24
Espec 1 Biotita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 1.601
0.202
Mg Ka 1.995
0.119
Al Kb 4.367
1.602
Si Ka 18.26
0.328
Cl Ka 0.261
0.039
K Ka 14.625
0.304
Ca Ka 0.065
0.021
Ti Ka 4.566
0.205
Mn Ka 0.493
0.083
Fe Ka 53.768
1.017
Espec 2 Albita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 8.738
0.769
Na Ka 2.722
0.176
Al Kb 13.813
3.513
Si Ka 71.654
0.911
K Ka 0.606
0.103
Ca Ka 2.467
0.214
Espec 3 K-feldspato
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 6.069
0.63
Na Ka 0.167
0.038
Al Kb 9.602
2.378
Si Ka 46.454
0.571
K Ka 37.709
0.618
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
110
AMOSTRA P24
Imagem 1
Imagem 2
Imagem 3
Imagem 4
Imagem 5
Imagem 6
Imagem 7 Imagem 8
Geologia Regional e Recursos Minerais
111
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
112
Espectro da Imagem 2 – Amostra P24
Espec 1 Óx Fe (provavelmente magnetita)
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 1.682
0.155
Ti Ka 0.278
0.032
Cr Ka 0.052
0.012
Mn Ka 0.057
0.013
Fe Ka 97.931
0.92
Espec 2 Titanita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 5.983
0.897
Al Kb 0.481
0.535
Si Ka 17.478
0.315
Ca Ka 35.102
0.443
Ti Ka 36.861
0.563
Mn Ka 0.227
0.053
Fe Ka 3.868
0.231
Espec 3 K-feldspato
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 8.83
0.973
Na Ka 0.092
0.031
Al Kb 9.728
2.424
Si Ka 46.679
0.581
K Ka 34.671
0.552
Espec 4 Zircão
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 2.973
0.394
Si Ka 14.802
0.241
Ca Ka 0.121
0.027
Y La 1.115
0.127
Zr La 73.443
1.001
Nb La 2.658
0.186
Hf La 2.764
0.428
Pb La 1.703
0.517
Th Ma 0.03
0.024
U Ma 0.393
0.084
Espec 5 Plagioclásio
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 12.066
1.072
Na Ka 2.53
0.175
Al Kb 14.763
3.382
Si Ka 64.424
0.816
Ca Ka 6.217
0.283
Geologia Regional e Recursos Minerais
113
Espectro da Imagem 3 – Amostra P24
Espec 1 Biotita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 3.859
0.458
Mg Ka 2.647
0.166
Al Kb 5.936
2.187
Si Ka 23.741
0.436
Cl Ka 0.513
0.06
K Ka 16.136
0.335
Ca Ka 0.078
0.024
Ti Ka 3.918
0.189
Mn Ka 0.764
0.095
Fe Ka 42.408
0.797
Espec 2 Titanita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 4.788
0.81
Al Kb 0.351
0.455
Si Ka 17.667
0.315
Ca Ka 35.075
0.441
Ti Ka 38.604
0.575
Mn Ka 0.276
0.059
Fe Ka 3.239
0.211
Espec 3 Anfibólio (Hastingsita)
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 4.716
0.531
Mg Ka 2.624
0.166
Al Kb 1.484
1.09
Si Ka 29.149
0.471
Cl Ka 0.478
0.059
K Ka 2.294
0.125
Ca Ka 16.475
0.344
Ti Ka 1.64
0.124
Mn Ka 0.773
0.097
Fe Ka 40.369
0.782
Espec 4 K-feldspato
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 8.557
0.943
Na Ka 0.096
0.032
Al Kb 10.241
2.464
Si Ka 48.224
0.589
K Ka 32.881
0.537
Espec 5 Plagioclásio
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 10.617
1.042
Na Ka 2.372
0.171
Al Kb 14.342
3.359
Si Ka 64.283
0.819
K Ka 1.403
0.135
Ca Ka 6.983
0.303
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
114
Espectro da Imagem 4 – Amostra P24
Espec 1 Biotita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 5.019
0.508
Mg Ka 3.747
0.191
Al Kb 6.312
2.198
Si Ka 25.256
0.44
Cl Ka 0.356
0.05
K Ka 15.819
0.326
Ca Ka 0.1
0.027
Ti Ka 3.05
0.164
Mn Ka 0.659
0.087
Fe Ka 39.682
0.756
Espec 2 Anfibólio (hastingsita)
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 4.448
0.51
Na Ka 0.268
0.066
Mg Ka 2.783
0.169
Al Kb 1.463
1.076
Si Ka 29.549
0.471
Cl Ka 0.332
0.049
K Ka 2.011
0.117
Ca Ka 16.636
0.344
Ti Ka 1.356
0.112
Mn Ka 0.954
0.107
Fe Ka 40.2
0.775
Espec 3 Titanita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 4.948
0.813
Al Kb 0.412
0.489
Si Ka 17.649
0.313
Ca Ka 35.591
0.441
Ti Ka 37.475
0.562
Fe Ka 3.925
0.231
Espec 4 Óx Fe (prov. Magnetita)
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 1.671
0.155
Ti Ka 0.109
0.02
Cr Ka 0.055
0.013
Mn Ka 0.031
0.01
Fe Ka 98.134
0.93
Espec 5 Apatita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 4.926
0.794
F Ka 0.145
0.081
P Ka 23.992
0.334
Cl Ka 0.129
0.026
Ca Ka 68.125
0.623
Sr La 0
0
Y La 1.437
0.117
La La 0.255
0.105
Ce La 0.99
0.209
Geologia Regional e Recursos Minerais
115
Espec 6 Zircão
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 2.952
0.414
Si Ka 14.883
0.253
Ca Ka 0.048
0.018
Y La 0.859
0.117
Zr La 75.275
1.062
Nb La 1.959
0.167
Hf La 2.305
0.41
Pb La 1.066
0.429
Th Ma 0.407
0.094
U Ma 0.246
0.07
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
116
Espectro da Imagem 5 – Amostra P24
Espec 1 Anfibólio (Hastig )
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 4.392
0.51
Na Ka 0.436
0.085
Mg Ka 2.463
0.161
Al Kb 1.128
0.953
Si Ka 30.121
0.48
Cl Ka 0.377
0.053
K Ka 1.738
0.11
Ca Ka 16.139
0.342
Ti Ka 1.707
0.127
Mn Ka 1.09
0.115
Fe Ka 40.409
0.785
Espec 2 Óx Fe (Magnetita)
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 1.627
0.154
Ti Ka 0.158
0.024
Cr Ka 0.081
0.015
Mn Ka 0.015
0.007
Fe Ka 98.119
0.934
Espec 3 Ilmenita em treliça
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 2.025
0.323
Ti Ka 41.353
0.472
Mn Ka 4.047
0.183
Fe Ka 52.575
0.729
Espec 4 Plagioclásio
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 11.612
1.066
Na Ka 2.71
0.179
Al Kb 15.075
3.352
Si Ka 59.788
0.768
K Ka 1.019
0.11
Ca Ka 9.797
0.343
Espec 5 K-feldspato
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 9.015
0.973
Na Ka 0.136
0.038
Al Kb 10.021
2.451
Si Ka 47.235
0.584
K Ka 33.593
0.543
Geologia Regional e Recursos Minerais
117
Espectro da Imagem 6 – Amostra P24
Espec 1 Óx Fe prov. Mt)
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 1.687
0.159
Ti Ka 0.138
0.023
Cr Ka 0.055
0.013
Mn Ka 0.034
0.01
Fe Ka 98.086
0.943
Espec 2 Zircão
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 3.401
0.443
Si Ka 14.947
0.253
Ca Ka 0.298
0.044
Y La 1.106
0.132
Zr La 74.382
1.054
Nb La 1.95
0.166
Hf La 2.271
0.407
Pb La 1.225
0.46
Th Ma 0.222
0.069
U Ma 0.199
0.063
Espec 3 Apatita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 3.806
0.712
F Ka 0.079
0.06
P Ka 24.676
0.349
Cl Ka 0.209
0.034
Ca Ka 67.858
0.638
Sr La 0.24
0.047
Y La 0.851
0.092
La La 0.376
0.131
Ce La 1.905
0.297
Espec 4 Apatita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 5.538
0.827
F Ka 0.153
0.082
P Ka 23.498
0.335
Cl Ka 0.167
0.03
Ca Ka 65.885
0.616
Sr La 0.224
0.046
Y La 1.76
0.133
La La 0.526
0.151
Ce La 2.25
0.316
Espec 5 Anfibólio (Hasting.)
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 4.203
0.514
Mg Ka 2.478
0.165
Al Kb 1.243
1.023
Si Ka 30.165
0.491
Cl Ka 0.354
0.052
K Ka 1.707
0.111
Ca Ka 16.303
0.351
Ti Ka 2.075
0.143
Mn Ka 1.077
0.117
Fe Ka 40.394
0.803
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
118
Espec 6 Biotita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 4.691
0.497
Mg Ka 3.611
0.193
Al Kb 6.313
2.259
Si Ka 24.895
0.448
Cl Ka 0.44
0.056
K Ka 14.661
0.321
Ca Ka 0
0
Ti Ka 3.474
0.178
Mn Ka 0.979
0.108
Fe Ka 40.936
0.785
Geologia Regional e Recursos Minerais
119
Espectro da Imagem 7 – Amostra P24
Espec 1 Biotita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 4.589
0.506
Mg Ka 3.37
0.187
Al Kb 6.384
2.277
Si Ka 24.717
0.448
Cl Ka 0.387
0.053
K Ka 15.61
0.333
Ca Ka 0.325
0.05
Ti Ka 4.035
0.194
Mn Ka 0.393
0.069
Fe Ka 40.191
0.784
Espec 2 K-feldspato
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 8.537
0.942
Na Ka 1.103
0.107
Al Kb 10.863
2.578
Si Ka 47.926
0.598
K Ka 31.571
0.532
Espec 3 Albita
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 10.905
0.999
Na Ka 3.981
0.22
Al Kb 14.287
3.439
Si Ka 70.233
0.883
K Ka 0.593
0.092
Padilha, R.A., 2007 Petrologia e Geoquímica dos granitos da Suíte Intrusiva Vila Rica e do Granito Rio Dourado...
120
Espectro da Imagem 1 – Amostra P24
Espec 1 Anfibólio (Hasting.)
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 4.709
0.548
Mg Ka 2.927
0.181
Al Kb 1.191
1.01
Si Ka 30.157
0.495
Cl Ka 0.364
0.053
K Ka 1.859
0.117
Ca Ka 16.141
0.353
Ti Ka 1.991
0.142
Mn Ka 1.12
0.121
Fe Ka 39.542
0.802
Espec 2 Anfibólio alterado
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 5.252
0.492
Mg Ka 4.684
0.245
Al Kb 10.039
3.205
Si Ka 26.666
0.531
Cl Ka 0.175
0.04
K Ka 3.744
0.181
Ca Ka 0.381
0.058
Ti Ka 0.48
0.071
Mn Ka 0.646
0.093
Fe Ka 47.934
0.932
Espec 4 Zircão
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 2.659
0.395
Si Ka 14.626
0.254
Ca Ka 0.16
0.033
Y La 0.574
0.096
Zr La 75.072
1.072
Nb La 1.667
0.155
Hf La 2.59
0.439
Pb La 1.611
0.533
Th Ma 0.425
0.097
U Ma 0.617
0.112
Espec 5 Quartzo
Espec 6 K-feldspato
Elt. Line Conc Error
2-sig
O Ka 7.566
0.906
Na Ka 0.937
0.1
Al Kb 10.761
2.585
Si Ka 47.597
0.6
K Ka 33.139
0.549
Geologia Regional e Recursos Minerais
1
Ficha de Aprovação
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO:
TÍTULO:
PETROLOGIA
E
GEOQUÍMICA
DOS
GRANITOS
DA
SUÍTE
INTRUSIVA
VILA
RICA
E
DO
GRANITO
RIO
DOURADO
BORDA
SUDESTE
DO
CRÁTON
AMAZÔNICO
(PROVÍNCIA
AMAZÔNIA
CENTRAL
ÁREA
XINGÚ-IRICOUMÉ
NORDESTE
DE
MATO
GROSSO).
AUTOR: ROSILENE APARECIDA PADILHA
ORIENTADOR: Prof. Dra. Márcia Aparecida de Sant’Ana Barros
Aprovada em: 14/09/2007
PRESIDENTE: Prof. Dra. Márcia Aparecida de Sant’Ana Barros
BANCA EXAMINADORA: Prof. Dra. Maria Zélia Aguiar de Sousa
Prof. Dr. Nilson Francisquini Botelho
Cuiabá, 28 de setembro de 2007
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo