da inclusão constitui uma perspectiva mais ampla, pois passa a considerar que crianças de
uma mesma comunidade, independentemente de suas especificidades, patologias,
dificuldades, devem ser escolarizadas numa mesma sala de aula, com as mesmas
oportunidades de aprendizagem, com um currículo flexível e/ou adaptado às necessidades
educacionais que lhes são peculiares. Porém, há que se destacar que, se no âmbito legal está
garantido o acesso de alunos com necessidades especiais às escolas do ensino comum, acesso
este demonstrado por censos oficiais, o mesmo não acontece com a permanência destes
alunos no sistema e mais, de seu aproveitamento satisfatório.
Em conseqüência, muito recentemente, vem se observando um deslocamento de
alunos com necessidades especiais incluídos nas escolas do ensino comum, para cursos de
Educação de Jovens e Adultos – EJA. Este segmento escolar tem crescido de forma
significativa criando outras demandas de atendimento e formação docente.
Assim, este estudo
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teve por questão norteadora mapear dentre os alunos
matriculados no Ensino Fundamental e Médio, no período noturno, de escola municipal, que
apresentam necessidades especiais (deficiências sensoriais, físicas e mental, condutas típicas)
ou que residam com familiares nestas condições.
Com estes entendimentos, baseamo-nos em André (2005, p.148)
com preocupações epistemológicas referentes ao tipo de conhecimento
produzido, preocupações metodológicas voltadas ao cuidado com os
procedimentos de coleta e análise dos dados e há preocupações éticas
relativas à qualidade da colaboração e às mudanças efetuadas. São pontos
importantes e legítimos, que devem ser discutidos pelos pesquisadores da
área e quiçá possam vir a se tornar consensuais.
Desta forma, adotando os pressupostos de uma pesquisa analítico-descritiva, foram
elaborados dois roteiros de entrevista semi-estruturada destinados aos alunos e aos
profissionais que efetuaram diagnóstico. As questões versaram sobre aspectos relacionados ao
conhecimento das necessidades afetas a cada um dos participantes, num total em 128
entrevistados; e o estudo/pesquisa/trabalho, foi desenvolvido em uma cidade de porte médio
do interior do Estado de São Paulo.
Feito isto, partimos para a etapa seguinte, em que confeccionamos uma entrevista
individual com um questionário somente para os alunos que responderam sim ao primeiro e
procuramos levantar alguns dados em relação à mãe da pessoa com deficiência: a ingestão, na
gravidez, de medicamentos sem prescrição médica, drogas, álcool ou tabaco; a idade em que
engravidou; fez acompanhamento pré-natal. A respeito da pessoa deficiente: freqüenta(ou)
alguma escola comum ou especializada; recebe(u) algum(ns) atendimento(s) médico-