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Centro Universitário de Caratinga
Programa de Pós-Graduação Meio Ambiente e Sustentabilidade
Mestrado Profissional
AVALIAÇÃO DO PERFIL POSTURAL DE MENINAS DE OITO A DEZ ANOS,
ATRAVÉS DA BIOFOTOGRAMETRIA COMPUTADORIZADA
Dissertação apresentada ao Centro
Universitário de Caratinga, como parte
das exigências do Programa de Pós-
Graduação em Meio Ambiente e
Sustentabilidade, para obtenção do título
de Magister Scientiae.
Caratinga – Minas Gerais – Brasil
agosto/2007
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ii
DANIELLA OLIVEIRA COTTA
AVALIAÇÃO DO PERFIL POSTURAL DE MENINAS DE OITO A
DEZ ANOS, ATRAVÉS DA BIOFOTOGRAMETRIA
COMPUTADORIZADA
Dissertação apresentada ao Centro
Universitário de Caratinga, como parte
das exigências do Programa de Pós-
Graduação em Meio Ambiente e
Sustentabilidade, para obtenção do
título de Magister Scientiae.
Aprovada em: ______/_______/2007.
Prof. Dr. Mário Antônio Baraúna
Prof. Dr. Antônio José Dias Vieira
Prof. Dr. Marcus Vinícius de Mello Pinto
(Orientador)
Prof. Dr. Marcos Alves de Magalhães
(Co-Orientador)
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iii
AGRADECIMENTOS
Deus, agradeço-Te pelo caminho que me permitiste trilhar. Só posso
agradecer a Ti, pois me deste um pai e uma e maravilhosos que, assim
como o Senhor, nunca me desampararam e sempre existiram como pilares
para minha formação pessoal e profissional. Agradeço-Te pela minha filha
Ariel, tão criança, tão certa do meu amor por ela e tão madura para suportar
todos os desafios pelos quais passamos durante essa caminhada. Agradeço
pelo meu irmão Eduardo, pelos meus avós, pelos meus tios e tias
(especialmete à tia Zeinha, cuja força e sabedoria me inspiram), pelos meus
primos e primas Junninha, em especial, por toda a presteza), enfim, Senhor
agradeço-Te pela família munida de amor que me deste.
Não poderia deixar de Te agradecer pelos amigos que fiz durante essa
jornada. Pelo meu professor, orientador e grande amigo Dr. Marcus Vinícius de
Mello Pinto. Por todos os professores, especialmente pelo Dr. Marcos Alves de
Magalhães, exemplo de postura ética e sensatez. Pelo professor Dr. Mário
Antônio Baraúna e professor Dr. Alessandro Loretto, pela brilhante sabedoria e
disponibilidade. Pelos colegas do mestrado, cujos momentos de alegria
estarão sempre comigo, no meu coração. Pela Lourdinha e Patrícia,
especialmente pela amiga Dalmácia, quem compartilhou comigo idas, vindas,
lágrimas e gargalhadas.
Senhor, agradeço-Te também por todas as portas que se abriram para
que eu pudesse realizar esse trabalho. Pela Secretaria Municipal de Educação
iv
de Ipatinga/MG, pela direção das Escolas Municipais Maria Rodrigues Barnabé
e Reino Encantado. Pela Diretoria de Extensão e Ação Comunitária do Centro
Universitário do Leste de Minas Gerais (UnilesteMG), na pessoa do professor
Lácio César Gomes da Silva.
Obrigada, meu Deus. Sei que guiada por Tuas mãos, poderei caminhar
com vendas em meus olhos.
v
BIOGRAFIA DA AUTORA
DANIELLA OLIVEIRA COTTA graduou-se em Educação Física pelo Centro
Universitário do Leste de Minas Gerais (UnilesteMG), em julho de 2003.
Especializou-se em Fisiologia do Exercício e Treinamento Desportivo pelo
Centro Universitário de Rolta Redonda (UNIFOA), em agosto de 2004. Em
agosto de 2005 iniciou o Programa de Mestrado Profissional em Meio
Ambiente e Sustentabilidade pelo Centro Universitário de Caratinga (UNEC),
com a linha de Pesquisa em Meio Ambiente e Sustentabilidade. Dentre suas
publicações científicas e resumos em anais de congressos, destacam-se: A
Ginástica Aeróbica: uma via de melhora da motivação para as atividades
laborais e cotidianas; perfil epidemiológico de idosos hipertensos cadastrados
no Programa de Saúde da Família, no bairro Limoeiro, em Caratinga/MG;
estudo correlacional entre medidas de circunferência e percentual de gordura
corporal em crianças de 7 a 10 anos de idade; estudo da diferença do perfil
físico de jogadores de futsal por posicionamento em quadra que participaram
do campeonato ipatinguense; identificação e comparação do perfil de aptidão
física em atletas de voleibol por posição de jogo; relação entre circunferência
magra da coxa e impulsão vertical em atletas de voleibol. Suas informações
profissionais encontram-se na plataforma Lattes.
(http://lattes.cnpq.br/4319178146799959)
vi
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – Apresentação das variáveis analisadas na vista anterior _____ 26
TABELA 2 – Apresentação das variáveis analisadas na vista posterior ____ 30
TABELA 3 – Apresentação das variáveis analisadas na vista lateral ______ 32
TABELA 4 – Apresentação das médias angulares na vista anterior _______ 38
TABELA 5: Apresentação das médias angulares na vista posterior _______ 39
TABELA 6: Análise dos coeficientes de Correlação de Pearson “ρ
ρρ
ρxy _____ 40
TABELA 7: Análise dos coeficientes do teste do Qui-Quadrado “X2” ______ 42
vii
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1: Posicionamento na vista anterior. ________________________ 19
FIGURA 2: Alinhamento Ideal (vista posterior). Fonte: Kendall et al. (1995). 20
FIGURA 3: Posicionamento na vista posterior. _______________________ 21
FIGURA 4: Alinhamento Ideal (vista lateral). Fonte: Kendall et al. (1995). __ 22
FIGURA 5: Posicionamento na vista lateral. _________________________ 23
FIGURA 6: Fotointerpretação da imagem através do software Alcimage.___ 24
viii
RESUMO
COTTA, DANIELLA OLIVEIRA. Centro Universitário de Caratinga, agosto,
2007. Avaliação do perfil postural de meninas de oito a dez anos, através
da Biofotogrametria Computadorizada. Orientador: Professor Dr. Marcus
Vinícius de Mello Pinto. Co-orientador: Professor Dr. Marcos Alves de
Magalhães
O presente estudo traçou um perfil postural de meninas de oito a dez anos de
idade, utilizando a biofotogrametria computadorizada como recurso de
avaliação postural. A amostra foi composta por 79 meninas, nascidas em 1996
e 1997, massa de 31,45 ±5,24 Kg, altura de 1,38 ±0,06 m e Índice de Massa
Corporal de 16,52 ±2,10 Kg.m
-
². As crianças tiveram suas referências
anatômicas demarcadas com adesivo reflexivo e foram fotografadas nas vistas
anterior, posterior e lateral. As imagens foram digitalizadas e interpretadas no
software Alcimage, através de análise segmentar e de variações angulares.
Utilizou-se análise estatística descritiva dos dados, freqüências, medidas de
tendência central, dispersão, medidas de associação e teste do Qui-Quadrado.
Observou-se que a maioria das crianças apresenta bom alinhamento postural.
Quanto aos desalinhamentos, houve predominância de inclinações para a
esquerda nas vistas anterior e posterior e, na vista lateral, ocorreu protusão de
ombros e de abdômen, hiperlordose lombar e hiperextensão de joelhos.
Palavras-Chaves: biofotogrametria computadorizada, avaliação postural,
crianças.
ix
ABSTRACT
COTTA, DANIELLA OLIVEIRA. Centro Universitário de Caratinga, August,
2007. Evaluation of the postural profile of girls between eight and ten
years, through the Computerized Biophotogrammetry. Adviser: Professor
Dr. Marcus Vinícius de Mello Pinto. Co-adviser: Professor Dr. Marcos Alves
Magalhães
The present study it traced a postural profile of girls between eight and ten
years of age, using the computerized biophotogrammetry as resource of
postural evaluation. The sample was composed for 79 girls, born in 1996 and
1997, weight of 31,45 ±5,24 Kg, height of 1,38 ±0,06 m and Body Mass Index
of 16,52 ±2,10 Kg/m
-
². The children, having the demarcated anatomical
references with reflective adhesive, had been photographed in the sights
previous, posterior and lateral. The images had been analyzed and interpreted
in Alcimage software, through segmentary analysis and of angular variations.
Analysis was used descriptive statistics of the data, frequencies, measured of
central tendency, dispersion, measured of association and the test of test of
Qui-Square. It was observed that the majority of the children presents a good
postural alignment. The main postural deviations, it has predominance of
inclinations for the left in the sights previous and posterior e, in the lateral sight,
has protused of abdomen and imbalanced shoulders, lumbar hyperlordosis and
knee hyperextension.
Key-Word: computerized biophotogrammetry, postural evaluation, children.
x
xi
CONTEÚDO
RESUMO ____________________________________________________ viii
ABSTRACT ___________________________________________________ ix
CONTEÚDO___________________________________________________ xi
1 – INTRODUÇÃO______________________________________________ 1
2 – JUSTIFICATIVA_____________________________________________ 3
3 – OBJETIVOS________________________________________________ 5
3.1 – Geral __________________________________________________ 5
3.2 – Específicos______________________________________________ 5
4 – REVISÃO DE LITERATURA ___________________________________ 6
4.1 – Postura_________________________________________________ 6
4.1.1 – A Postura da Criança___________________________________ 7
4.1.2 – Problemas Posturais em Crianças_________________________ 8
4.2 – Avaliação Postural _______________________________________ 11
4.2.1 – Biofotogrametria Computadorizada _______________________ 13
5 – METODOLOGIA ___________________________________________ 15
5.1 – Amostra:_______________________________________________ 15
5.2 – Critérios de Inclusão/Exclusão: _____________________________ 16
xii
5.3 – Cuidados Éticos: ________________________________________ 16
5.4 – Instrumentos: ___________________________________________ 16
5.5 – Procedimentos: _________________________________________ 17
5.5.1 – Vista anterior ________________________________________ 18
5.5.2 – Vista posterior _______________________________________ 19
5.5.3 – Vista lateral _________________________________________ 21
5.6 – Análise Estatística:_______________________________________ 24
6 – APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS______________ 25
6.1 – Análise descritiva dos dados _______________________________ 25
6.1.1 – Caracterização das meninas ____________________________ 25
6.1.2 – Perfil postural das crianças _____________________________ 26
6.1.3 – Correlação de Pearson ________________________________ 38
6.2 – Análise Inferencial _______________________________________ 41
7 – CONCLUSÃO _____________________________________________ 45
8 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS_____________________________ 46
ANEXOS ____________________________________________________ 51
1
1 – INTRODUÇÃO
Kendall et al. (1995) afirmam que o arranjo relativo das partes do corpo
pode definir a postura que, por sua, vez pode ser dita como correta quando o
estado de contrapeso osteomuscular protege as estruturas corporais contra
qualquer dano ou deformidade, independente da atitude adotada pelo corpo
(sentado, deitado, em pé, curvado), trabalhando ou descansando. Por outro
lado, a postura, ou postura incorreta, acarreta uma maior tensão das
estruturas de suporte e desequilíbrio (ou equilíbrio insuficiente) do corpo.
Welsh et al. (2004) identificaram através de estudos a relação entre os
desequilíbrios posturais e as assimetrias de movimentos.
Na pré-puberdade, o corpo adota posturas características em função das
mudanças ocorridas em suas estruturas. A criança apresenta extrema
mobilidade devido à grande flexibilidade da coluna vertebral. Além da mudança
estrutural no corpo da criança, os maus bitos posturais adotados em função
de posições impróprias podem prejudicar o equilíbrio postural, sendo
necessário promover intervenções, evitando deformidades permanentes
(PIRES et al., 1990).
Embora Tachdjian (1995) afirme que é habitual a ocorrência de alterações
posturais na pré-puberdade, devido ao processo de desenvolvimento
osteomuscular, é necessária uma identificação das alterações posturais
2
precocemente, para se promover orientações e correções dessas posturas
(MIZUTA et al., 2005).
Portanto, a avaliação postural vem contribuir, como procedimento inicial para
reduzir os riscos de desencadeamento de enfermidades da coluna vertebral, e
a biofotogrametria computadorizada tem se revelado um método eficaz na
mensuração de alterações posturais. O método consiste em registros de
imagens fotográficas, às quais são aplicados os princípios fotogramétricos
(oriundos da cartografia), restituição e fotointerpretação (BARAÚNA et al.
2003). Além de sua eficácia na avaliação postural, apresenta sua viabilidade
por ser um método não invasivo, pouco oneroso e de fácil aplicabilidade. São
definidos os pontos que serão estudados no paciente, e os segmentos de
interesse devem ser determinados com bases nesses segmentos.
A biofotogrametria computadorizada é uma forma objetiva e fidedigna de
avaliação postural, que consiste no registro de fotografias do corpo inteiro do
indivíduo em diferentes planos e posturas e a determinação da posição relativa
de referências anatômicas dos segmentos corporais. Questões típicas
quantificadas pela avaliação postural estão relacionadas à simetria da posição
relativa dos segmentos corporais e a ângulos articulares comparados a um
padrão de referência. O presente estudo avaliou a postura corporal de meninas
na faixa etária de oito a dez anos. Este método permitiu, a partir da
digitalização da imagem fotográfica da criança, identificar alterações posturais
tanto em função de diferenças angulares entre referências anatômicas, como
através do desalinhamento dessas referências em relação ao prumo e em
relação à postura padrão citada por Kendall et al. (1995).
3
2 – JUSTIFICATIVA
Muitos estudos têm sido realizados visando a identificação de alterações
posturais em crianças, sendo necessário diagnosticar as que ocorrem mais
habitualmente e, assim, apresentar estratégias que possibilitem a reversão
desse quadro, como educação postural, atividades físicas, dentre outras
medidas (PENHA et al., 2005; LIMA et al., 2004; MIZUTA et al., 2005; PAULA,
2002; PEREZ, 2002; ROSA NETO, 1991; PIRES et al., 1990; BANKOFF e
BRIGHETTI,1986).
De acordo com Knoplich (1986), cerca de 80% da população adulta têm a
probabilidade de apresentar problemas posturais. Podemos sugerir que esse
alto índice diagnosticado na fase adulta, pode ser conseqüência de maus
hábitos ou problemas posturais que esses indivíduos trazem consigo desde a
infância.
Embora Loudon et al. (1999) afirme que não há padrão postural dito
normal, pois cada pessoa apresenta uma postura característica própria, são
comuns as alterações posturais nas crianças em função de seu crescimento.
Penha et al. (2005) lembram que essas alterações ocorrem entre os sete e
doze anos de idade, sendo necessárias para os reajustes do sistema
osteomuscular. Porém, a postura deficiente na criança deve ser observada
para que medidas corretivas sejam tomadas, evitando fadiga e lesões na vida
adulta (TACHDJIAN, 1995).
4
Ocorre que, associados a essas mudanças, os maus bitos posturais
têm acometido crianças com dores nas costas e outros problemas posturais.
Oliver (1999) cita em seu artigo um estudo que constatou que ¼ de 466
crianças na faixa de treze a dezessete anos apresentavam dores nas costas.
Outro problema levantado por Oliver (1999) é que as posturas habituais
começam a desencadear modificações osteomusculares, promovendo, por
exemplo, deformidade dorsal com arredondamento superior em crianças com
quinze anos de idade.
As crianças, pela sua grande capacidade de adaptar-se a situações com
as mais diversas posições corporais, estão muito susceptíveis à postura,
podendo comprometer seu corpo.
O ambiente escolar é favorável ao diagnóstico de problemas posturais.
Conforme Perez (2002) descreve, ao professor de Educação Física é possível
observar o número de queixas de dores nas costas, por crianças e
adolescentes.
Tem-se, portanto uma necessidade de se identificar as alterações
posturais prevalentes em meninas para se estabelecer medidas preventivas e
corretivas, visando a minimização ou a ausência de dor, deformidades ou
outros transtornos adquiridos em função dessas alterações.
5
3 – OBJETIVOS
3.1 – Geral
Traçar o perfil postural de meninas de oito a dez anos de idade, alunas da
Escola Municipal Maria Rodrigues Barnabé, na cidade de Ipatinga/MG.
3.2 – Específicos
- Identificar as possíveis assimetrias por avaliação dos segmentos
corporais;
- Avaliar se existem assimetrias angulares entre os segmentos corporais;
- Correlacionar os desequilíbrios posturais existentes entre os segmentos
corporais;
- Correlacionar os desequilíbrios posturais a partir das variações
angulares.
6
4 – REVISÃO DE LITERATURA
4.1 – Postura
A boa postura é definida por Verderi (2003) como aquela que melhor
ajusta nosso sistema musculoesquelético, equilibrando e distribuindo todo o
esforço de nossas atividades diárias, favorecendo a menor sobrecarga em
cada uma de suas partes.
Tribastone (2001) define o termo postura como posição, atitude ou bito
postural, caracterizado como um conjunto de reflexos de ordem miotática,
ocular, vestibular e de mecanismos psicológicos que visam regular cada
movimento com a máxima economia, tanto a estrutura neurológica quanto o
tônus muscular necessários à manutenção de uma posição equilibrada e
coordenada.
Kendall & McCreary (1986) e Molinari (2000) identificam a postura padrão
como aquela que requer uma quantidade mínima de esforço e sobrecarga e
que conduz à eficiência máxima no uso do corpo. Molinari (2000) ainda afirma
que a postura normal acontece quando o indivíduo, em posição ortostática,
apresenta pequenos esforços musculares e ligamentosos, adotando o melhor
equilíbrio estático.
Gross et al. (2000), aprofundando em seu conceito, afirmam que, na
postura normal, os músculos encontram-se equilibrados, fortes e flexíveis; as
7
articulações apresentam-se funcionando apropriadamente; a linha de
gravidade está equilibrada; e bons hábitos posturais. Sob essa ótica, Bricot
(2004) é contumaz em não aceitar qualquer desequilíbrio, por menor que seja,
como um fenômeno normal, pois indivíduos perfeitamente equilibrados em sua
postura, raramente apresentam dores, enrijecimentos, contraturas, ou
limitações articulares.
Molinari (2000), Enoka (2000), Cailliet (2001) definem a boa postura como
a que ocorre quando as partes do corpo relacionam-se harmoniosamente entre
si, ou como um estado de equilíbrio harmonioso entre as solicitações impostas
aos músculos, ligamentos e discos intervertebrais, a fim de proteger as demais
estruturas corporais de possíveis traumas.
Rosa et al. (2002) afirmam que para se ter uma postura correta é
necessário um equilíbrio do sistema muscular. E, conforme Braccialli & Villarta
(2000), Gagey & Weber (2000) e Bricot (2004), esse equilíbrio objetiva proteger
as estruturas corporais de possíveis traumas, diante das diversas atitudes
corporais assumidas cotidianamente.
4.1.1 – A Postura da Criança
Kendall et al. (1995) e Rosa Neto (1991) tratam a respeito da postura da
criança, salientando que não se deve esperar que ela tenha um padrão de
alinhamento postural do adulto, uma vez que a criança exibe uma mobilidade e
flexibilidade muito maior. Knoplich (1986) afirma que as crianças apresentam
uma grande variação postural, na tentativa de buscar novas formas de reação
à gravidade, apontando a faixa etária de seis a dez anos para as meninas e de
seis a doze para meninos, para essas variações. Essas características
posturais são respaldadas pela extrema flexibilidade vertebral em função do
crescimento, enfim, devido ao desenvolvimento osteomuscular. Rosa Neto
(1991) corrobora quando afirma que dos sete aos doze anos as alterações
posturais nas crianças ocorrem a fim de buscar um equilíbrio compatível com
as novas proporções corporais. Essa mobilidade pode causar desvios
8
temporários na postura, o que poderia ser considerado anormal nos adultos,
porém, esses desvios são, na verdade, uma proteção para a coluna das
crianças.
Kendall et al. (1995) afirmam que a protusão de abdômen na criança é
uma característica que deve desaparecer entre os dez a doze anos de idade,
quando a linha da cintura começa a ficar relativamente menor. A crianças no
início da idade escolar têm a ponta dos ombros proeminentes em função de
um típico desvio da coluna superior, sendo que, por volta dos nove anos de
idade, parece haver um aumento da lordose lombar, tornando-se menos
pronunciados quando a medida em que a criança cresce. Os padrões de
dominância relacionados à postura podem surgir por volta dos oito a dez anos,
e aparece um leve desvio da coluna para o lado oposto ao quadril mais alto,
tendendo a ocorrer um ombro mais baixo para compensar esse lado do quadril
alto. O alinhamento pélvico pode resultar num realinhamento do ombro, porém,
não se deve tentar erguer o ombro para sua posição original através de esforço
muscular constante, pois, corrigindo-se o desalinhamento do quadril, corrige-se
o desalinhamento do ombro.
4.1.2 – Problemas Posturais em Crianças
Rosa Neto (1991) ao realizar avaliação postural em escolares de sete a
doze anos de idade, constatou dentre outros achados que, dos 791 escolares
avaliados, 24,8% apresentaram retração do joelho, 19,4% apresentaram
protusão do ombro, 15,2% anteversão pélvica. Outros desvios posturais foram
relatados, como padrão cifótico, lordótico e escoliótico; retroversão pélvica,
hiperextensão e retroversão do joelho, e joelho varo e valgo.
De acordo com Penha et al. (2005), fatores emocionais, biológicos,
biomecânicos e comportamentais podem interferir na postura correta.
Segundo Tribastone (2001), a postura é a expressão somática de
emoções, impulsos e regressões. Inconscientemente, a condição interior e a
personalidade se refletem no movimento exterior. As pessoas introvertidas
9
tendem a aumentar o tônus da musculatura flexora, tornando-se cifóticas, e as
pessoas extrovertidas tendem a aumentar a musculatura extensora, tornando-
se lordóticas.
Braccialli & Vilarta (2001) afirmam que as posturas adotadas pelos
indivíduos estão relacionadas com a imagem que eles têm de seu corpo, ou
seja, com a imagem corporal. Os mesmos autores afirmam que quando um
indivíduo é submetido a um estresse, a cadeia muscular posterior se contrai,
adotando uma postura retraída.
Quanto aos aspectos biológicos, o estudo de Penha et al. (2005) relata
sobre o papel da respiração na manutenção da postura, bem como a atividade
física que objetiva o fortalecimento da musculatura dinâmica enfraquecida e o
alongamento da musculatura estática retraída.
Braccialli & Vilarta (2001) citam a herança cultural como forte
influenciador da postura humana, quando alegam que o que se aprende em
uma geração é transmitido à outra através do ensino, da escrita, pelos rituais,
tradições.
Kendall e McCreary (1986) citam que o lado dominante do corpo pode
interferir na postura, constatando-se uma pequena assimetria entre membros
em função de o lado dominante ser mais recrutado durante as tarefas
cotidianas.
Segundo Rosa Neto (1991), sobrecargas na coluna vertebral resultam
num aumento significativo em problemas posturais, tanto em adultos quanto
em crianças.
Conforme Bruschini (1998), a idade escolar compreende a fase ideal para
recuperar disfunções da coluna de maneira eficaz e, após esse período, o
prognóstico torna-se mais difícil e o tratamento mais prolongado.
Num estudo envolvendo 344 escolares, Martelli e Traebert (2006)
identificaram a prevalência de alterações posturais em 28,2% das crianças
avaliadas, e as duas alterações mais observadas foram a hiperlordose com
20,3% e hipercifose com 11,0%.
Pereira et al. (2005), avaliando a incidência de escoliose em escolares de
dez a quinze anos de idade na cidade de Jequié/BA, encontraram maior
prevalência desse desvio em meninas com idade entre treze e quinze anos.
Encontraram, ainda, a incidência de escoliose em crianças que carregavam, de
10
forma incorreta, matérias escolares de peso elevado, ou seja, com peso
superior a 10% do peso corporal.
Numa avaliação postural de adolescentes obesos, Campos et al. (2002)
encontraram prevalência de hiperlordose lombar e de escoliose funcional em
adolescentes do gênero feminino.
As alterações morfológicas podem ser conceituadas, segundo Tribastone
(2001), como dissonâncias, ou situações anormais, que repercutem na estática
ou na dinâmica do organismo. Geralmente, essas alterações distinguem-se
entre distúrbios psicomotores, hábitos posturais, paramorfismos e
dismorfismos. o verificadas em indivíduos que apresentam sua constituição
predisposta e, na maioria dos casos, em indivíduos que apresentam esquemas
motores errados, fixados no Sistema Nervoso Central.
O desvio na coluna aparece por volta dos sete e oito anos de idade, com
elevação unilateral do quadril e, para compensá-la, abaixa-se o ombro no lado
que se eleva o quadril (KENDALL et al., 1995).
O aumento da hipercifose torácica em crianças é usualmente relacionado
a picos de crescimento, o que acontece muito em meninas, pela tendência de
adotar essa postura para ocultar o crescimento dos seios (PENHA et al., 2005).
Bankoff & Brighetti (1986) relacionam a instabilidade escapular à
ocorrência dessa hipercifose torácica.
É necessário ressaltar que algumas posturas adotadas pelas crianças são
de ordem fisiológica e modificam-se durante o desenvolvimento
neurofisicomotor, porém, deve-se estar atento para as alterações que podem
comprometer uma postura saudável na fase adulta, pois, conforme Baraúna et
al. (2006) citam em seus estudos, a existência de assimetrias corporais alteram
o esquema corporal do indivíduo, desencadeando outras assimetrias corporais.
Lapierre (1982) e Asher (1976) afirmam que durante a fase de três a seis
anos de idade, cerca de 80% das crianças apresentam joelho valgo ou varo,
com tendência a desaparecer após esse período. Asher (1976) afirma ainda
que tendem a projetar seu abdômen para frente e hiperextender os joelhos
para a distribuição do peso ântero - posterior. Entretanto, durante por volta
dos dez a doze anos de idade, o trabalho abdominal torna-se mais efetivo,
ocorrendo grande redução da protusão abdominal (KENDALL et al., 1995).
Segundo Penha et al. (2005), esse fato pode ser uma das razões para o
11
declínio da anteversão lvica, hiperlordose lombar e hiperextensão do joelho
durante o desenvolvimento da criança.
Oliveira et al. (2006) concluíram em sua pesquisa sobre avaliação
postural em escolares de sete a dez anos, que a maioria das crianças
apresentaram alguma alteração postural, fato justificado pela maleabilidade do
sistema músculo-esquelético dessa faixa etária.
Gauchard et al. (2001) realizaram um estudo com 102 adolescentes e
verificaram que as alterações posturais da coluna vertebral prejudicam o
equilíbrio corporal.
4.2 – Avaliação Postural
A avaliação postural em crianças é importante para verificar a existência
de desvios posturais, no intuito de se promover orientações ou correções
dessas posturas, pois, conforme Mizuta et al. (2005) a literatura indica
tratamento postural precoce para se evitar complicações futuras.
Bruschini (1998) afirma que a maioria dos problemas posturais é de
etiologia idiopática e é conseqüência de maus hábitos posturais adotados
durante as atividades de vida diária, por isso é importante a avaliação precoce
e a prevenção desses problemas, associados às orientações quanto à postura
correta.
Molinari (2000) ressalta que, por meio da avaliação postural é possível
avaliar e registrar a existência de possíveis desvios posturais ou desequilíbrios
musculoesqueléticos do esquema corporal de um indivíduo. Ainda segundo
Molinari (2000), pode-se destacar alguns objetivos da avaliação postural, tais
como: visualizar e determinar possíveis desalinhamentos posturais ou atitudes
posturais incorretas, a fim de amenizar ou evitar sintomas de sobrecargas
mecânica, muscular e ligamentosa; avaliar desequilíbrios musculares; analisar
possíveis problemas estruturais e funcionais, relacionando a dependência
entre exercícios físicos e problemas posturais.
12
O mesmo autor descreve uma sistematização dos métodos de avaliação
postural em quatro grupos distintos, sendo eles:
1. a observação de pontos anatômicos estáticos (possibilitando que o
avaliador observe simetrias e assimetrias dos segmentos corporais e de
estruturas ósseas) ou dinâmicos (avaliando a mecânica dos pés, a posição em
pé ou sentada, a atitude recurvada da coluna, dentre outras);
2. a avaliação por meio de módulos predeterminados, que é um
procedimento que possibilita a comparação da postura de um indivíduo e os
desenhos de um determinado protocolo;
3. o processamento de sinais biológicos, que trata-se de um método de
análise de parâmetros relacionados à estrutura corporal, como músculos e
ossos, como por exemplo, radiografia, tomografia computadorizada e
eletromiografia;
4. a cinemática, que consiste num procedimento que analisa a postura
por meio de imagens coletadas através de câmera fotográfica ou de deo.
Molinari (2000:217) ressalta, ainda, que a avaliação postural é de grande
importância em qualquer exame físico, tanto na reabilitação quanto na
prevenção.
13
4.2.1 – Biofotogrametria Computadorizada
Biofotogrametria Computadorizada é um termo de origem grega e
expressa a aplicação da fotografia à métrica, possibilitando o dimensionamento
de objetos contidos numa imagem fotográfica (Ricieri, 2000). Consta de
imagens de indivíduos em posições dinâmicas ou estáticas, sendo, portanto,
uma ferramenta no estudo da cinemática ou da postura. A Biofotogrametria
computadorizada foi desenvolvida com base nos princípios fotogramétricos
oriundos da cartografia. Muitos dos conceitos interpretativos e metodológicos
fundamentais da fotogrametria cartográfica, utilizadas na agrimensura, foram
sendo adaptados para o estudo do movimento humano. Baraúna (in O
COFFITO, 2002) ressalta que entre os conceitos mais importantes, estão os da
restituição que consiste no planejamento e construção de um mapa
planimétrico condizente com a realidade que se pretende refletir, e da
fotointerpretação ou interpretação fotográfica que é o exame das imagens
para identificação de objetos e julgamento de seu significado. A incorporação
da análise computacional, através de software específico (ALCimage
), tornou-
se a grande estratégia avaliativa fundamental para o desenvolvimento e
validação da técnica, mostrando-se um método qualitativo de extrema
confiabilidade (FERREIRA, 2003; PAULA, 2002; SILVA, 2002; SILVA, 2003;
RICIERI, 2000).
Baraúna et al. (2006) ressaltam a confiabilidade apresentada por este
instrumento de pesquisa, visto que, de acordo com Silva (2002), seu erro
padrão é de 0,6 graus intra-avaliadores. Castro e Lopes (2003) verificaram sua
aplicação comparando a fotografia computadorizada e a radiografia.
De acordo com Baraúna et al. (2006), a biofotogrametria
computadorizada e o aplicativo ALCimage
®
são fundamentados em um
algoritmo matemático que transforma pontos de imagens em eixos
coordenados cartesianos e os quantifica angularmente. Referências ósseas,
articulares, planos, eixos e regiões corporais podem ser demarcados nos
indivíduos avaliados através deste método, anteriormente à coleta de imagens
ou ainda diretamente na imagem, após a coleta. Esta demarcação é
fundamental para a operacionalização do estudo e análise dos dados e
14
depende do conhecimento da anatomia palpatória. Este aplicativo foi utilizado
e validado por Baraúna (1997), que avaliou a funcionalidade, o esquema
corporal e a marcha de amputados, e por Ricieri (2000) através da
quantificação da amplitude de movimento raco-abdominal durante a
respiração. Os dois estudos comprovaram a sensibilidade, especificidade e
confiabilidade da biofotogrametria computadorizada.
Os lculos angulares realizados através deste todo podem ser
utilizados para avaliar uma articulação ou segmento corporal, para quantificar o
arco de movimento de uma articulação ou segmento corporal
comparativamente, antes e após algum evento; acompanhar o
desenvolvimento do intervalo articular durante o processo de recuperação de
uma lesão e aplicar o sistema de análise angular através de imagens em
mobiliários e equipamentos (com o levantamento de dados numéricos para
laudos ergonômicos em empresas) (O Coffito, 2002).
Segundo Adorno (2001), é um todo confiável e eficaz, e para sua
aplicação deve-se conhecer o nível do solo, a distância entre a câmera e o
indivíduo, a angulação da câmera e a região avaliada.
Deloroso (1999) aponta a biofotogrametria como um método de origem
recente, cuja aplicação estende-se à análise de estruturas ósseas, articulares e
angulares torácicas, na avaliação estática do aparelho respiratório de crianças
saudáveis e asmáticas, que vem se firmando como um método de avaliação
prático, confiável e preciso, sendo utilizado na avaliação de equilíbrio estático
em gestantes (SILVA, 2003), desvios posturais em crianças respiradoras
bucais (LIMA et al., 2004), dentre outros estudos que vêm confirmar sua ampla
aplicação.
Charnicky & Chovart Jr (2006) citam que uma das vantagens mais
pronunciadas do método é o processo rápido e não invasivo. A pessoa
submetida ao teste não necessita permanecer sem mover-se por um período
prolongado, pelo rápido processo de aquisição da imagem. Baraúna et al.
(2004) salientam a efetividade de sua aplicação clínica, o baixo custo do
sistema de fotointerpretação de imagens, precisão e reprodutibilidade dos
resultados.
15
5 – METODOLOGIA
5.1 – Amostra:
Definiu-se a amostra em alunas da Escola Municipal Maria Rodrigues
Barnabé, Ipatinga/MG, na faixa etária de oito a dez anos, nascidas nos anos
de 1996 e 1997, a fim de garantir uma maior homogeneidade, pois indivíduos
do gênero feminino são mais susceptíveis ao acometimento de alterações
posturais e pelo fato de que essa faixa etária é mais vulnerável a variações
posturais em decorrência do crescimento osteomuscular.
Na faixa etária de interesse deste estudo havia 120 alunas matriculadas
na escola, obtendo-se uma amostra de 81 crianças.
Das 81 crianças voluntárias, duas foram excluídas do estudo por não se
enquadrarem nos critérios de inclusão/exclusão, por apresentarem neuropatia,
contando, portanto, com uma amostra de 79 meninas.
16
5.2 – Critérios de Inclusão/Exclusão:
Foram incluídas na pesquisa as meninas cujos pais consentiram sua
participação e que compareceram nos dias determinados para a coleta dos
dados.
As crianças excluídas da pesquisa foram aquelas que apresentaram
alguma neuropatia ou fratura de membros inferiores, identificados por meio de
questionário modificado de Vidal (2006) (Anexo I).
5.3 – Cuidados Éticos:
A presente pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética do Centro
Universitário de Caratinga/MG (UNEC), obtendo parecer favorável para sua
realização em 20 de novembro de 2006 (Anexo II).
As imagens fotográficas utilizadas para a avaliação postural
permaneceram sob rigoroso sigilo, sem identificação das crianças avaliadas.
5.4 – Instrumentos:
Balança com estadiômetro, usada para mensuração de massa e altura
das meninas avaliadas, questionário adaptado de Vidal (2006), ficha de
registro adaptado de Nascimento (2000).
Para registro das imagens foram utilizados um suporte para adaptação da
câmera digital (marca Sony, modelo Cyber-Shot), um fio de prumo para se
conferir o alinhamento da parede de fundo, verificador de nivelamento de solo,
lápis dermatográfico para demarcação dos pontos anatômicos, fita adesiva
17
reflexiva aplicada sobre os pontos demarcados, trena, para conferir a distância
entre a câmera e o local de registro das imagens, computador contendo o
sistema interpretativo ALCimage
Manipulando imagens 2.0., para a
fotointerpretação dos resultados.
5.5 – Procedimentos:
A Secretaria Municipal de Educação e a Diretoria da Escola Municipal
Maria Rodrigues Barnabé, em Ipatinga/MG, autorizaram a realização do
estudo, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexos III e
IV) e forneceram dados referentes ao número de meninas, por idade,
matriculadas na escola.
Os pais das alunas foram convidados a participar de uma reunião com a
pesquisadora, na qual foram informados sobre os objetivos, as características
e a importância do estudo. Após a reunião, assinaram o Termo de
Consentimento Formal de Participação em Pesquisa (Anexo V), conforme
resolução específica do Conselho Nacional de Saúde. Os pais que o
compareceram à reunião receberam o Termo de Consentimento Formal de
Participação em Pesquisa em casa.
As meninas, usando traje de banho, foram conduzidas ao laboratório
instalado na própria escola, onde se aplicou o questionário adaptado de Vidal
(2006), registrou-se a massa e altura, para posterior registro das imagens das
meninas.
Instalou-se a câmera fotográfica sobre um tripé, numa altura de 0,80m do
piso e a 2,75m de distância da menina avaliada, de forma que a mesma fosse
visualizada integralmente na objetiva da câmera. Foram conferidos o
nivelamento do solo e da câmera e o prumo da parede de fundo das imagens.
As referências ósseas foram identificadas através de palpação dos
acidentes ósseos e demarcadas com fita adesiva reflexiva, para posterior
orientação no mapeamento e na fotointerpretação.
18
As meninas foram orientadas para se posicionarem ortostaticamente, ou
seja, corpo ereto, olhar adiante, braços lateralmente ao corpo, pés ligeiramente
afastados, no local delimitado no solo, para registro das imagens na vista
anterior, posterior e lateral direita.
5.5.1 – Vista anterior
Os pontos demarcados para avaliação na vista anterior foram o meato
acústico direito e esquerdo, juntura acrômio-clavicular direita e esquerda, crista
ilíaca antero-superior direita e esquerda, ângulo inferior da patela direita e
esquerda.
Após a digitalização das imagens, utilizando-se o software ALCimage
(2.0), os pontos anatômicos demarcados com a fita adesiva reflexiva foram
unidos por uma reta traçada da direita para esquerda do indivíduo e, a partir do
ponto da esquerda, foi estendida uma segunda reta, rigorosamente paralela ao
solo, para obtenção do ângulo. A fotointerpretação dessas referências permitiu
identificar o alinhamento da cabeça, dos ombros e do quadril (Figura 4).
Para avaliação dos alinhamentos de joelhos e pés, usou-se a referência
descrita por Kendall et al. (1995).
O posicionamento na vista anterior das meninas avaliadas está
apresentado na figura 1 e os pontos em vermelho referem-se às estruturas
anatômicas demarcadas.
19
FIGURA 1: Posicionamento na vista anterior.
5.5.2 – Vista posterior
Os pontos demarcados para avaliação da vista posterior foram o ângulo
inferior da escápula direito e esquerdo, ponto dio da linha poplítea direita e
esquerda.
Após a digitalização das imagens, utilizando-se o software ALCimage
(2.0), os pontos foram unidos por uma reta traçada da esquerda para direita do
indivíduo e a partir do ponto da direita, foi estendida uma segunda reta,
rigorosamente paralela ao solo, para obtenção do ângulo.
Para avaliação da coluna vertebral foram demarcados o processo
espinhoso da 7ª vértebra cervical (C7), processos espinhosos da 7ª e 12ª
Meato acústico
-
clavicular
Crista ilíaca ântero
-
superior
Ângulo inferior da patela
20
vértebras torácicas (T7 e T12, respectivamente) e processo espinhoso da
vértebra lombar (L4). Para avaliação da coluna vertebral traçou-se ângulo de
C7 a T12 e de T12 a L4, avaliando-se o alinhamento torácico lombar.
O alinhamento ideal (vista posterior) e o posicionamento da menina na
vista posterior estão apresentados, respectivamente, nas figuras 2 e 3. Os
pontos em vermelho referem-se às estruturas anatômicas demarcadas.
FIGURA 2: Alinhamento Ideal (vista posterior). Fonte: Kendall et al. (1995).
21
FIGURA 3: Posicionamento na vista posterior.
5.5.3 – Vista lateral
Para análise postural na vista lateral foram considerados as referências
de Kendall et al. (1995) e Nascimento (2000), sendo traçada, na imagem
digitalizada, uma linha de referência de alinhamento, passando levemente
anterior ao maléolo lateral, levemente ao eixo da articulação do joelho,
levemente posterior ao eixo de articulação do quadril, pela articulação do
ombro e pelo meato acústico externo, observando-se, portanto, o alinhamento
da cabeça, dos ombros, das colunas torácica e lombar, posicionamento
abdominal, do quadril e dos joelhos.
O alinhamento ideal (vista lateral) e o posicionamento da menina na vista
lateral estão apresentados, respectivamente, nas figuras 4 e 5.
7ª vértebra cervical
Ângulo inferior da escápula
5ª vértebra torácica
12ª vértebra torácica
4ª vértebra lombar
Ponto médio da linha poplítea
22
FIGURA 4: Alinhamento Ideal (vista lateral). Fonte: Kendall et al. (1995).
23
FIGURA 5: Posicionamento na vista lateral.
24
A figura 6 ilustra o procedimento adotado na fotointepretação e os
resultados dos valores angulares e das análises segmentares foram
registradas em formulário adaptado de Nascimento (2000) (anexo VI).
FIGURA 6: Fotointerpretação da imagem através do software Alcimage.
5.6 – Análise Estatística:
Utilizou-se o Software Microsoft Excel for Windows como forma de
entrada dos dados obtidos através da fotointerpretação.
Para análise descritiva dos dados, freqüências, medidas de tendência
central, dispersão, correlação de Pearson (paramétrico) utilizou-se o Sistema
de Análise Estatística e Genética – SAEGplug.
Na análise inferencial dos dados, utilizou-se o teste Qui-Quadrado,
através do Software GraphPad Prisma 5.0.
25
6 – APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
6.1 – Análise descritiva dos dados
6.1.1 – Caracterização das meninas
As meninas avaliadas apresentaram valores médios de massa e altura de
31,45 ± 5,24 Kg e 1,38 ± 0,06 m. O índice de massa corporal (IMC), que é a
razão do peso sobre o quadrado da altura, preditor da normalidade do peso
corporal de um indivíduo, foi de 16,52 ± 2,10 Kg/m
2
, sendo considerado entre
14 e 20 Kg/m
2
como normal para meninas na faixa etária de oito a dez anos
(Fernandes Filho, 2003).
Observa-se que a média do IMC encontra-se dentro da normalidade,
portanto, verifica-se que as crianças avaliadas não apresentam estado de
sobrepeso ou obesidade. Portanto, em razão do padrão de normalidade do
IMC, não foi estabelecida nenhuma correlação entre seus valores e alterações
posturais nas crianças envolvidas neste estudo.
26
6.1.2 – Perfil postural das crianças
O perfil postural de crianças o segue o alinhamento postural do adulto.
A criança exibe mobilidade e flexibilidade muito maiores em função da
necessidade do desenvolvimento osteomuscular (Kendall et al.,1995 e Rosa
Neto, 2001) e, em decorrência desses fatores, apresentam uma grande
variação postural, na tentativa de buscar novas formas de reação à gravidade
(Knoplich, 1989).
TABELA 1 – Apresentação das variáveis analisadas na vista anterior
Segmento Descrição Casos Freqüência (%)
Alinhada
49 62,02
Direito + baixo
12 15,20
Cabeça
Esquerdo + baixo
18 22,78
Alinhado
50 63,28
Direito + baixo
15 19,00
Ombro
Esquerdo + baixo
14 17,72
Alinhado
45 56,97
Direito + baixo
11 13,92
Quadril
Esquerdo + baixo
23 29,11
Alinhado
57 72,15
Valgo
12 15,19
Joelho
Varo
10 12,66
Alinhado
42 53,16
Para dentro
6 7,59
Para fora
31 39,25
Os alinhamentos prevalecem sobre os desalinhamentos em todos os
segmentos corporais. Contudo, nota-se que, em relação aos desalinhamentos,
há prevalência de inclinação para a esquerda da cabeça e do quadril e o
27
ombro inclina-se para a direita. maior incidência de joelho valgo e eversão
de pés.
Resultados semelhantes aos apresentados na tabela 1 foram
encontrados nos estudos de Correia et al. (2005), Oliveira et al. (2006),
Campos et al (2002), Mizuta et al. (2005) e Penha et al. (2005).
A maior freqüência de alinhamentos pode estar associada à tendência de
redução das variações posturais que a faixa etária das crianças apresenta
(Kendall et al., 1995).
Cabeça
De acordo com Kendall et al. (1995) a posição da cabeça no alinhamento
ideal é aquela na qual a cabeça encontra-se numa posição bem equilibrada,
mantida com um mínimo de esforço muscular. A cabeça não se acha rodada
nem inclinada e o queixo não se acha retraído.
Cailliet (2001) observa que a cabeça, quando vista de frente, apresenta-
se levemente inclinada para um lado, isso se deve a uma leve assimetria
anatômica das superfícies articulares das vértebras atlas e axis.
Kapandji (1990) observa que a cabeça está em equilíbrio quando os olhos
estão na posição horizontal. Tribastone (2001) cita que uma correta posição da
cabeça permite uma melhor funcionalidade e boa difusão do músculo
diafragma, é facilitadora e determinante da estática e da dinâmica corporal,
enquanto permite o alinhamento dos segmentos inferiores, e é indispensável
para o desenvolvimento normal da parte superior do tórax.
A inclinação da cabeça incide sobre 37,98% das meninas avaliadas,
sendo que 22,78% apresentam inclinação para esquerda e 15,20%
apresentam inclinação para direita. Esses resultados estão em consonância
com os achados no estudo de Correia et al. (2005), onde encontraram 31,1%
de inclinação lateral da cabeça, em meninos com idade entre sete e dez anos.
Oliveira et al. (2006) avaliando 42 crianças de sete a doze anos de idade,
encontraram a incidência de 42,8% de inclinação da cabeça. Campos et al.
(2002) identificou 22% de inclinação da cabeça para direita e o mesmo o
28
mesmo resultado na inclinação da cabeça para esquerda em meninas com
sobrepeso.
Ombro
Neste estudo foi observado que a inclinação lateral do ombro apresentou
uma freqüência de 36,72%. Mizuta et al. (2005) encontraram inclinação de
ombros em 43,33% das meninas avaliadas em seu estudo. Oliveira et al.
(2006) encontraram a incidência em 54,8% de escolares de sete a doze anos.
De acordo com Kendall et al. (1995) na criança de oito a dez anos de
idade, pode ocorrer um ombro mais baixo compensatório do mesmo lado em
que ocorre o quadril alto, ou seja, se o quadril está inclinado para a esquerda,
o ombro tende a inclinar-se para a direita. Ressalta ainda que essa inclinação
de ombro é um fator menos significativo e o alinhamento do quadril tende a
promover o alinhamento do ombro.
Quadril
Segundo Kapandji (1990), o quadril é a articulação proximal do membro
inferior, tendo como função orientá-lo em todas as direções no espaço.
Kapandji (1990) afirma que quando a pelve encontra-se em apoio
bilateral, seu equilíbrio é assegurado pela ação simultânea dos sculos
adutores e abdutores. Se ocorrer a dominância de um músculo sobre o outro
em cada membro, a pelve vai deslocar-se lateralmente à dominância dos
adutores, ocorrendo desnível lateral.
Observou-se que a inclinação do quadril para esquerda superou a
inclinação para direita, sendo uma freqüência de 29,11% e 13,92%,
respectivamente.
Bienfait (2000) afirma ser quase fisiológica a diferença entre os membros
inferiores em indivíduos em período de crescimento. Essa diferença pode gerar
29
uma inclinação lateral do quadril, pois é sobre o fêmur que a cintura pélvica se
instala.
Joelho
O joelho possui um valgo fisiológico, segundo Kapandji (1990) mais
evidente em mulheres do que em homens e bastante freqüente na criança
em geral, corrigindo-se espontaneamente com o crescimento. Segundo
Kendall et al. (1995), Lapierre (1982) e Asher (1976), o aparente valgo que
uma criança apresenta, deve mostrar uma melhora entre os seis ou sete anos
de idade, quando não mais deverá existir.
O ângulo de valgo pode sofrer alterações patológicas, quando se inverte,
existe um geno varo, quando se exagera existe um geno valgo. Num
diagnóstico do alinhamento dos joelhos no plano frontal. Santos (2001)
enfatiza que se os côndilos se tocam e os maléolos não, o joelho é
considerado valgo. Se os maléolos se tocam e os joelhos não, este é
considerado varo. Para efetivação desse diagnóstico, o indivíduo deve
permanecer em pé, com os pés em posição de passo.
A freqüência de joelho valgo neste estudo é de 15,19% e de joelho varo é
de 12,66%. Outros estudos envolvendo crianças do gênero feminino
apresentaram uma freqüência maior dessas assimetrias, verificando-se, ainda,
a prevalência de geno valgo sobre o geno varo (Mizuta et al., 2005; Penha et
al., 2005).
O para dentro e o para fora são comuns em crianças no período de
crescimento. Contudo, Kendall et al. (1995) afirmam que esses
posicionamentos não apresentam sintomas de sobrecarga, não sendo
necessárias medidas corretivas.
30
De acordo com a Tabela 1, observa-se que o para dentro ocorreu em
7,59% dos casos, porém, o pé para fora ocorreu em 39,25% das crianças
avaliadas.
TABELA 2 – Apresentação das variáveis analisadas na vista posterior
Segmento Descrição Casos Freqüência (%)
Alinhadas
28 35,44
Direita + baixa
28 35,44
Escápulas
Esquerda + baixa
23 29,11
Alinhada
24 30,38
Desvio para Direita
24 30,38
Coluna
Torácica
Desvio para Esquerda 31 39,24
Alinhada
27 34,18
Desvio para Direita
22 27,85
Coluna
Lombar
Desvio para Esquerda
30 37,97
Alinhada
55 69,62
Direita + baixa
13 16,46
Linha poplítea
Esquerda + baixa
11 13,92
Na vista posterior, a linha de referência vertical, divide o corpo em
secções direita e esquerda, o ponto fica a meio caminho entre os calcanhares
e representa o ponto básico do plano dio sagital do corpo em alinhamento
ideal. Verifica-se o alinhamento horizontal das escápulas e das linhas
poplíteas, e o alinhamento vertical das colunas torácica e lombar.
Observando a tabela 2, vê-se que, com exceção da coluna lombar e
torácica, os alinhamentos prevalecem sobre os desalinhamentos. A escápula e
a linha poplítea apresentam-se mais inclinadas para a direita do que para a
esquerda.
31
Escápulas
Segundo Kendall at al. (1995), a posição dos ombros e dos braços
depende da posição das escápulas que, em bom alinhamento, ficam planas
com a coluna superior, aproximadamente entre a segunda e a sétima vértebra
torácica e com uma distância de aproximadamente dez centímetros de
distância uma da outra, no alinhamento articular do ombro, a linha de
referência da vista lateral passa a meio caminho através de sua articulação.
Portanto, uma posição defeituosa da escápula afeta adversamente a posição
do ombro.
Santos (2001) afirma que, no plano horizontal, as escápulas devem estar
alinhadas. Se não for o caso, uma delas deve estar sendo tracionada para
cima pelos músculos suspensores da cintura escapular (trapézio e elevador da
escápula), que se inserem sobre ela.
A inclinação da escápula para direita ocorreu em 35,44% e para esquerda
em 29,11% das meninas avaliadas. Tribastone (2001) e Bricot (2004) apontam
a dominância lateral como um fator interveniente na inclinação da escápula.
Geralmente, indivíduos destros têm o lado esquerdo mais alto e indivíduos
canhotos têm o lado direito mais alto.
Coluna Torácica e Coluna Lombar
Tanto a coluna torácica quanto a lombar apresentam predominância de
inclinação para a esquerda, 39,24% e 37,97%, respectivamente.
O desequilíbrio frontal pélvico induz a coluna a um desalinhamento,
levando a uma concavidade do lado mais alto. Essas curvaturas o
compensações lombares ou tóraco-lombares, flexíveis, existentes para
compensar o desequilíbrio (Bienfait, 2000).
Kendall et al. (1995) considera ligeiras inclinações para direita ou para a
esquerda como normais, conseqüência da dominância lateral.
Linha Poplítea
32
A determinação de desnível entre as linhas poplíteas sugere uma
dismetria no comprimento dos membros inferiores. Bienfait (2000) afirma que a
simetria entre os membros inferiores está longe de ser perfeita e considera que
uma diferença de 5mm é clássica, podendo ser considerada como fisiológica.
O crescimento e comprimento dos membros não são simultâneos, enquanto
um cresce, ou outro se mantém no mesmo comprimento.
Bricot (2004) afirma que, no caso das crianças, a maioria dos
encurtamentos das pernas estão associados ao aumento de pressão sobre um
dos membros inferiores, provocada pelo desequilíbrio postural.
A diferença de simetria entre as linhas poplíteas apresenta-se, na
maioria, para a direita, embora 13,92% das crianças tenham apresentado
inclinação para a esquerda.
TABELA 3 – Apresentação das variáveis analisadas na vista lateral
Segmento Descrição Casos Freqüência (%)
Cabeça normal
49 62,03
protusão 30 37,97
retração
0 0,00
Ombros alinhados
65 82,28
protusão
13 16,46
retração
1 1,27
Coluna Torácica alinhada
59 74,68
hipercifose
17 21,52
retificada
3 3,80
Abdome normal
51 64,56
protuso
28 35,44
Quadril normal
46 58,23
anteversão
32 40,51
retroversão 1 1,27
TABELA 3, cont.
33
Joelho normal
65 82,28
semiflexão
4 5,06
hiperextensão
10 12,66
Coluna Lombar alinhada
45 56,96
hiperlordose
32 40,51
retificada
2 2,53
No alinhamento lateral ideal, uma linha imaginária que passa
levemente anterior ao maléolo lateral, levemente ao eixo da articulação do
joelho, levemente posterior ao eixo de articulação do quadril, pela articulação
do ombro e pelo meato acústico externo.
Cabeça
A posição anteriorizada da cabeça, conforme Kendall et al. (1995), é
aquela em que os extensores do pescoço ficam em uma posição encurtada e
forte, onde existe potencial para o desenvolvimento de encurtamento
adaptativo desses músculos. Os flexores do pescoço ficam em posição
alongada, com evidência de fraqueza. O alinhamento da coluna superior é
fundamental para o alinhamento da cabeça. Santos (2001) ressalta que a
coluna cervical está a serviço da cabeça, portanto, sua inclinação está
condicionada por problemas localizados na região cervical.
Santos (2001) aponta duas hipóteses para a anteriorização da cabeça,
podendo ser uma hiperlordose cervical causada por retração dos músculos
paravertebrais, especialmente o semi-espinhal da cabeça, ou uma vértebra
cervical com uma curvatura mais ou menos normal ou até mesmo tendendo a
uma retificação, mas com importante retração de sculos escalenos, com
ponto fixo nas costelas, que traciona todo o segmento à frente e para baixo.
A protusão da cabeça ocorreu em 37,97% das crianças e não houve
ocorrência de retração. Campos et al. (2002) observou a incidência de 89%
34
dessa alteração postural em meninas com sobrepeso na faixa etária de nove a
dezoito anos. Mizuta et al. (2005) encontraram protusão da cabeça em 36,67%
das meninas avaliadas em seu estudo.
Ombro
A protusão de ombro ocorreu em 16,46% das crianças e apenas 1,27%
apresentaram retroversão do ombro. Diferente destes achados, Mizuta et al.
(2005) encontraram protusão de ombros em 60% das meninas avaliadas em
seu estudo. Oliveira et al. (2006) encontraram a incidência em 54,8% de
escolares de sete a doze anos.
Abdômen
De acordo com Asher (1976), as crianças de seis a dez anos tendem a
projetar seu abdômen para frente e hiperextender os joelhos para a
distribuição do peso ântero - posterior. Bruschini e Néri (1995) afirmam que a
presença de abdômen protuso determina o deslocamento anterior do centro de
gravidade, com aumento da lordose lombar e inclinação anterior de pelve
(anteversão). A cifose torácica se acentua, ocasionando aumento da lordose
cervical e o deslocamento anterior da cabeça. Com a evolução do quadro,
instalam-se encurtamentos e alongamentos excessivos que em combinação
com a inclinação anterior da pelve ocasionarão rotação interna dos quadris e
aparecimento dos joelhos valgos e pés planos.
A protusão de abdômen ocorreu em 35,44% dos casos. Kendall et al.
(1995) afirmam que a protusão abdominal é uma característica comum em
crianças pequenas, porém, por volta dos dez anos essa protusão tende a
desaparecer.
Coluna Torácica
35
Verificou-se que 21,52% das crianças apresentaram hipercifose torácica
e 3,8% das meninas apresentam retificação da coluna torácica.
O aumento da hipercifose torácica em crianças é usualmente relacionado
a picos de crescimento, o que acontece muito em meninas, pela tendência de
adotar essa postura para ocultar o crescimento dos seios (Penha et al., 2005).
Bankoff & Brighetti (1986) relacionam a instabilidade escapular à
ocorrência dessa hipercifose torácica.
Segundo Tribastone (2001), o termo cifose refere-se ao posicionamento
curvado em flexão anterior da coluna vertebral. A cifose inicia seu
desenvolvimento na infância e pode determinar manifestações de graves
alterações estruturais na coluna torácica. É considerada fisiológica quando é
móvel e sua curvatura é comprimida entre 20° e 40°, quando seu valor é
excessivo, dá-se o nome hipercifose.
A coluna dorsal (ou torácica), no alinhamento ideal, se curva levemente
na direção posterior. De acordo com Kendall et al. (1995), a coluna torácica é
afetada pelas posições da coluna lombar e pelve, afirmando que um indivíduo
normalmente flexível, que assume uma posição de lordose da coluna lombar,
tende a diminuir a curvatura torácica, retificando-a.
Tribastone (2001) chama atenção para o dorso curvo infantil que é um
paramorfismo considerado como o primeiro estágio da cifose juvenil. Inicia-se
precocemente, entre oito e doze anos, e desenvolve-se de modo lento e
dissimulado. É uma deformidade autocorrigível, porém, pode estruturar-se. A
necessidade de identificação e tratamento dessa alteração postural ainda na
infância é de fundamental importância, pois, segundo o autor, a postura viciada
gera um esquema postural incorreto no Sistema Nervoso Central.
Coluna Lombar
36
Segundo Stagnara et al. (1982), o termo lordose é utilizado para
determinar o aumento da curvatura anterior (cervical e lombar) fisiológica. A
postura lordótica lombar é caracterizada por um aumento no ângulo
lombossacro, lordose lombar, aumento a inclinação pélvica anterior e semi-
flexão do quadril. A lordose na criança, segundo Tribastone (2001) é uma
aumento do arqueamento lombar que, irá repercutir-se sobre a porção anterior
abdominal. A hipotrofia dos músculos abdominais, defeitos na marcha,
compensações por dorso curvo, cios posturais ou execução de exercícios
incorretos inadequados à idade podem causar uma hiperlordose.
A hiperlordose lombar incidiu sobre 40,51% das meninas e 2,53%
apresentaram retificação lombar.
De acordo com Gelb et al. (1995), Tribastone (2001), a pelve é o apoio
mais estável do corpo humano, funciona como um amortecedor durante a
marcha e equilibra a coluna vertebral. A curvatura lombar está equilibrada
sobre a pelve e sua inclinação pode variar conforme a relação que
estabelecem entre si. Assim um aumento no ângulo lombossacro determina
que a curvatura lombar seja aumentada, a fim de promover o equilíbrio do
corpo.
Quadril
Kendall et al. (1995) afirmam que, numa postura ideal, a linha de
referência na vista lateral passa levemente posterior ao centro da articulação
do quadril.
A anteversão do quadril obteve uma freqüência de 40,51% e a
retroversão incidiu sobre apenas 1,27% das crianças avaliadas.
Joelho
37
Kendall et al. (1995) afirmam que a linha de referência na vista lateral
passa levemente posterior ao centro da articulação do quadril e levemente
anterior ao eixo da articulação do joelho, representando uma posição estável
dessas articulações. Ressalta que se as articulações do quadril e do joelho se
movem livremente em extensão ou flexão, não estabilidade, sendo
necessário um constante esforço de resistência a esses movimentos. Da
mesma forma, se o centro de sustentação de peso da articulação coincide com
a linha da gravidade, ocorre uma tendência da articulação fletir-se ou extender-
se, podendo gerar uma solicitação de esforço muscular para manter uma
posição estável, havendo um gasto desnecessário de energia e que, segundo
Kapandji (1990), há um equilíbrio instável.
Kendall et al. (1995) afirma que a posição flexionada dos joelhos exige
esforço muscular constante pelo quadríceps, podendo resultar de retração dos
flexores do quadril, gerando um alinhamento compensador por meio de
defeitos dos joelhos ou da região lombar ou ambos.
Das crianças avaliadas, 5,06% apresentaram semiflexão dos joelhos
enquanto 12,66% apresentaram hiperextensão.
38
6.1.3 – Correlação de Pearson
Os valores angulares na vista anterior e posterior estão descritos nas
tabelas 5 e 6, respectivamente, sob forma de média e desvio padrão.
TABELA 4 – Apresentação das médias angulares na vista anterior
Segmento Descrição Média (x)
Desvio Padrão (σ
σσ
σ)
Direita + baixa
0,48 1,25
Cabeça
Esquerda +
baixa
0,79 1,58
Direito + baixo
0,52 1,19
Ombro
Esquerdo +
baixo
0,54 1,28
Direito + baixo
0,37 0,98
Quadril
Esquerdo +
baixo
0,90 1,49
Observa-se que as inclinações para a esquerda apresentam valores
superiores do que os encontrados para as inclinações à direita. Comparando
os resultados apresentados nas tabelas 4 e 1, pode-se verificar que além dos
valores angulares serem maiores à esquerda do que à direita, verifica-se que
houve mais inclinação de cabeça e quadril para a esquerda do que para a
direita.
Para Kendall et al. (1995), alguns desvios de alinhamento apresentam
relações com defeitos habituais, como ficar em pé com um joelho fletido.
Bienfait (2000) apresenta a lei das compensações como noção elementar de
que “para que nosso corpo permaneça em condições de equilíbrio, todo
desequilíbrio deverá ser compensado por um desequilíbrio inverso”.
39
TABELA 5: Apresentação das médias angulares na vista posterior
Segmento Descrição Média (x)
DP (σ
σσ
σ)
Direita + baixa
1,51 2,33
Escápulas
Esquerda + baixa
1,02 1,94
Direita + baixa
0,37 0,86
Linha poplítea
Esquerda + baixa
0,48 1,30
Desvio para Direita
0,64 1,43
Coluna Torácica
Desvio para
Esquerda
1,13 1,70
Desvio para Direita
0,62 1,43
Coluna Lombar
Desvio para
Esquerda
1,81 2,34
Na vista posterior, observa-se que, assim como na vista anterior, a dia
de valor dos desvios angulares para esquerda supera a média de valor dos
desvios para a direita, com exceção da escápula, onde se verifica que a
inclinação para a direita é mais acentuada do que para a esquerda.
Para Baraúna et al. (2006) a assimetria de determinado segmento corporal
pode desencadear outras assimetrias posturais em segmentos corporais
adjacentes. Neto et al. (2004) afirmam que os movimentos corporais resultam
de cadeias musculares e, quando alterações posturais, os segmentos
corporais se reorganizam em cadeias de compensação, procurando uma
resposta adaptativa a esta desarmonia.
Portanto, na tabela 6, a correlação de Pearson veio possibilitar a
identificação de associações entre assimetrias dos segmentos corporais
avaliados.
TABELA 6: Análise dos coeficientes de Correlação de Pearson “ρxy
Linhas Variáveis associadas
ρ
ρρ
ρ
xy
P(%) (*) Significância
(1) Ombro inclinado para direita VA com quadril inclinado para direita VA -0,10
-0,89 NÃO
(2) Ombro inclinado para esquerda VA com quadril inclinado para esquerda VA 0,08 0,78 NÃO
(3) Ombro inclinado para direita VA com quadril inclinado para esquerda VA 0,00 0,01 NÃO
(4) Ombro inclinado para esquerda VA com quadril inclinado para direita VA 0,09 0,87 NÃO
(5) Ombro inclinado para direita VA com escápula inclinada para direita VP 0,24 2,24 SIM
(6) Ombro inclinado para esquerda VA com escápula inclinada para esquerda VP 0,00 0,01 NÃO
(7) Ombro inclinado para direita VA com coluna torácica inclinada para direita VP -0,09
-0,80 NÃO
(8) Ombro inclinado para esquerda VA com coluna torácica inclinada para esquerda VP -0,17
-1,56 SIM
(9) Ombro inclinado para direita VA com coluna torácica inclinada para esquerda VP 0,17 1,53 SIM
(10) Ombro inclinado para esquerda VA com coluna torácica inclinada para direita VP 0,14 1,27 NÃO
(11) Quadril inclinado para direita VA com coluna lombar inclinada para direita VP 0,09 0,79 NÃO
(12) Quadril inclinado para esquerda VA com coluna lombar inclinada para esquerda VP 0,01 0,10 NÃO
(13) Quadril inclinado para direita VA com linha poplítea inclinada para direita VP -0,01
-0,16 NÃO
(14) Quadril inclinado para esquerda VA com linha poplítea inclinada para esquerda VP 0,16 1,48 SIM
(15) Coluna torácica inclinada para direita VP com coluna lombar inclinada para direita VP 0,585
6,34 SIM
(16) Coluna torácica inclinada para direita VP com coluna lombar inclinada para esquerda VP -0,32
-2,97 SIM
* probabilidade de significância: quando for menor que o nível de significância adotado (α=5%), a associação entre as variáveis será considerada
significativa.
VA: Vista anterior
VP: Vista posterior
41
Como apresentado na Tabela 6, linha 5, o ombro e a escápula apresentam
correlação positiva estatisticamente significante, ou seja, à medida que o ombro
inclina-se para a direita, a escápula também se inclina para a direita. Essa
associação é fundamentada por Kendall et al. (1995) quando afirmam que a
articulação do ombro depende do posicionamento da escápula que, em posições
defeituosas, afetam adversamente a posição da articulação do ombro, podendo o
predispor a lesão e dor crônica.
Na correlação entre ombro e coluna torácica, linha 9, vê-se que à medida
que a coluna torácica encontra-se convexa à esquerda, o ombro inclina-se para a
direita. Essa associação entre ombro e coluna torácia é observada por Kendall et
al. (1995).
Na linha 14, observa-se que o desnível para a esquerda das linhas poplíteas
correlaciona-se com a inclinação do quadril para a esquerda, ou seja, o
encurtamento do membro inferior leva a uma inclinação da pelve para o mesmo
lado do membro mais curto (Bienfait, 2000).
Na linha 15, o desvio da coluna torácica para a direita está associado ao
desvio da coluna lombar também para a direita. Portanto, a curvatura
predominante da coluna vertebral das crianças apresenta-se sob a forma de “C”
invertido, ou seja, com a convexidade para a direita.
6.2 – Análise Inferencial
A análise inferencial foi utilizada para se identificar as relações entre as
variáveis que representem ou não relações de causa e efeito. Essas relações
seguem apresentadas na Tabela 7.
TABELA 7: Análise dos coeficientes do teste do Qui-Quadrado “X2”
Linhas Variáveis associadas X
2
P(%) (*)
Significância
(1) Quadril alinhado VA com coluna lombar alinhada VP 1,57 0,20 NÃO
(2) Quadril inclinado para direita VA com coluna lombar inclinada para direita VP 1,97 0,16 NÃO
(3) Quadril inclinado para esquerda VA com coluna lombar inclinada para esquerda VP 2,77 0,09 NÃO
(4) Coluna torácica alinhada VP com ombro alinhado VA 0,16 0,68 NÃO
(5) Coluna torácica inclinada para direita VP com ombro inclinado para direita VA 4,92 0,02 SIM
(6) Coluna torácica inclinada para esquerda VP com ombro inclinado para esquerda VA 0,81 0,36 NÃO
(7) Linha poplítea alinhada VP com quadril alinhado VA 14,52 0,00 SIM
(8) Linha poplítea inclinada para direita VP com quadril inclinado para direita VA 0,02 0,86 NÃO
(9) Linha poplítea inclinada para esquerda VP com quadril inclinado para esquerda VA 4,00 0,04 SIM
(10) Ombro alinhado VA com quadril alinhado VA 2,75 0,09 NÃO
(11) Ombro inclinado para direita VA com quadril inclinado para direita VA 0,00 0,94 NÃO
(12) Ombro inclinado para direita VA com quadril inclinado para esquerda VA 1,06 0,30 NÃO
(13) Ombro inclinado para esquerda VA com quadril inclinado para direita VA 0,79 0,37 NÃO
(14) Ombro inclinado para esquerda VA com quadril inclinado para esquerda VA 0,35 0,54 NÃO
(15) Escápula alinhada VP com ombro alinhado VA 0,38 0,53 NÃO
(16) Escápula inclinada para esquerda VP com ombro inclinado para direita VA 1,01 0,31 NÃO
(17) Escápula inclinada para esquerda VP com ombro inclinado para esquerda VA 0,48 0,48 NÃO
(18) Quadril alinhado VL com coluna lombar alinhada VL 46,48 0,00 SIM
(19) Anteversão do quadril VL com coluna lombar hiperextendida VL 49,29 0,00 SIM
* probabilidade de significância: quando for menor que o nível de significância adotado (α=5%), a associação entre as variáveis será considerada significativa.
VA: Vista anterior
VP: Vista posterior
TABELA 7, cont.
(20) Retroversão do quadril VL com coluna lombar retificada VL 38,99 0,00 SIM
(21) Ombro alinhado VL com coluna torácica alinhada VL 2,76 0,09 NÃO
(22) Protusão de ombro VL com cifose da coluna torácica VL 0,78 0,37 NÃO
(23) Retroversão de ombro VL com coluna torácica retificada VL 0,03 0,84 NÃO
(24) Coluna lombar alinhada VL com coluna torácica alinhada VL 3,14 0,07 NÃO
(25) Coluna lombar hiperextendida VL com cifose da coluna torácica VL 3,01 0,08 NÃO
(26) Coluna lombar retificada VL com cifose da coluna torácica VL 0,98 0,32 NÃO
(27) Coluna lombar hiperextendida VL com coluna torácica retificada VL 0,06 0,79 NÃO
(28) Coluna lombar retificada VL com coluna torácica retificada VL 0,08 0,77 NÃO
(29) Coluna lombar alinhada VL com abdômen normal VL 18,07 0,00 SIM
(30) Coluna lombar hiperextendida VL com abdômen protuso VL 21,41 0,00 SIM
(31) Quadril alinhado VL com joelho alinhado VL 0,47 0,49 NÃO
(32) Anteversão do quadril VL com semiflexão do joelho VL 0,15 0,69 NÃO
(33) Anteversão do quadril VL com hiperextensão do joelho VL 0,42 0,51 NÃO
(34) Retroversão do quadril VL com semiflexão do joelho 0,05 0,81 NÃO
(35) Retroversão do quadril VL com hiperextensão do joelho VL 0,14 0,70 NÃO
(36) Coluna lombar alinhada com coluna torácica alinhada VL 5,32 0,02 SIM
(37) Coluna lombar inclinada para direita VP com coluna torácica inclinada para direita VP 23,92 0,00 SIM
(38) Coluna lombar inclinada para esquerda VP com coluna torácica inclinada para esquerda VP 12,57 0,00 SIM
(39) Coluna lombar inclinada para esquerda VP com coluna torácica inclinada para direita VP 2,99 0,08 NÃO
* probabilidade de significância: quando for menor que o nível de significância adotado (α=5%), a associação entre as variáveis será considerada
significativa.
VA: Vista anterior
VP: Vista posterior
44
Observa-se na linha 5 da tabela 7 que a diminuição da inclinação dorsal
para a direita leva à diminuição da inclinação do ombro também para a direita.
O alinhamento da linha poplítea, linha 7, leva ao alinhamento do quadril e
à medida que sua inclinação para a esquerda diminui, reduz a inclinação do
quadril para o mesmo lado.
Nas linhas 18, 19 e 20, ocorreu uma associação entre o alinhamento do
quadril e o alinhamento da coluna lombar e, assim como sua anteversão leva a
um aumento da lordose lombar, sua retroversão também leva à retificação
lombar.
Por outro lado, nas linhas 29 e 30, observa-se que a protusão abdominal
gera a lordose lombar e seu alinhamento corrige essa curvatura.
A associação entre a coluna lombar e coluna torácica indica que o
alinhamento lombar gera um alinhamento torácico e sua inclinação gera
também a inclinação torácica para o mesmo lado.
45
7 – CONCLUSÃO
Conclui-se que a maioria das crianças deste estudo apresenta um bom
alinhamento postural e as alterações estão relacionadas à fase de crescimento
osteomuscular em que se encontram. Quanto aos desalinhamentos,
predominância de inclinações para a esquerda nas vistas anterior e posterior e,
na vista lateral, uma postura típica de meninas desta faixa etária, como
protusão de ombros e de abdômen, hiperlordose lombar e hiperextensão de
joelhos. As correlações existentes demonstram que um segmento corporal se
equilibra ou desequilibra em decorrência do equilíbrio ou desequilíbrio do
segmento subjacente, como a associação entre as linhas poplíteas e o quadril,
quadril e coluna lombar, coluna lombar e torácica, e coluna torácica e
escápula. Torna-se necessário recomendar que as crianças tenham um
acompanhamento postural, dentro da própria escola, a fim de que as
alterações sejam corrigidas, evitando que se tornem problemas posturais
estruturados, com conseqüente acometimento de dor e desconforto
osteomusculares.
46
8 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ROSA, G., GABAN, G., PINTO, L. Adaptações morfofuncionais do músculo
estriado esquelético relacionadas à postura e ao exercício. Rio de Janeiro:
Fisioterapia Brasil, mar/abr v.3, n.2, 2002.
SANTOS, A. Diagnóstico Clínico Postural: um guia prático. São Paulo:
Summus, 2001.
SILVA, C.D.C. Avaliação do Equilíbrio Estático de Gestantes através da
Biofotogrametria Computadorizada. Tese (Mestrado em Fisioterapia) –
Centro Universitário do Triângulo, 2003.
SILVA, T.F.A. O Uso da Biofotogrametria Computadorizada na
Mensuração da Curva Escoliótica. Dissertação (Mestrado em Fisioterapia)
– Centro Universitário do Triângulo, Uberlândia, 2002.
STAGNARA, P.; De MAUROY, J.C.; DRAN, G.; GONON, G.P.; COSTANZO,
G.; DIMNET, J.; PASQUET, A. Reciprocal angulation of vertebral bodies in a
sagittal plane: approach to references for the evaluation of kyphosis and
lordosis. Spine, v.7, n. 4, 1982.
TACHDJIAN, M. Ortopedia Pediátrica. São Paulo: Manole, 1995.
TRIBASTONE, F. Tratado de Exercícios Corretivos. SP: Manole, 2001.
VERDERI, E. A importância da avaliação postural. Revista Digital -
Buenos Aires: ano 8, n. 57 fev, 2003. Disponível em:
http://www.efdeportes.com/ (acessado em 15/08/2006).
VIDAL, A.R. Postura, prevenção e educação. Núcleo de Estágio de
Educação física, 2006.
WELSH, TN, ALMEIDA, QJ, LEE, TD. The effect of postural stability and
spatial orientation of the upper limbs on interlimb coordination. Experimental
Brain Research, v.161, n.3, 2005.
51
ANEXOS
52
ANEXO I
Centro Universitário de Caratinga
Programa de Pós-Graduação Meio Ambiente e Sustentabilidade
Mestrado Profissionalizante
Questionário
Nome: _____________________________________Turma: __________ Ano Nasc.: _______
1. O colchão em que você dorme é:
( ) Muito duro ( ) Normal ( ) Mole
( ) Duro ( ) Muito mole
2. Qual é sua posição ao dormir?
( ) Barriga para cima ( ) De lado: Direito Esquerdo
( ) Barriga para baixo
3. Usa travesseiro para dormir?
( ) Não ( ) Sim, ele é: alto baixo médio
4. Como você carrega seu material escolar?
( ) Na mochila sobre os dois ombros ( ) Na mão
( ) Em apenas um ombro: Direito ( ) Em mochila de rodinhas
Esquerdo
5. Você considera o peso do seu material escolar:
( ) Muito pesado ( ) Normal ( ) Muito Leve
( ) Pesado ( ) Leve
6. Qual a mão que você usa para escrever?
( ) Direita ( ) Esquerda
7. Você já quebrou alguma parte do corpo?
( ) Não ( ) Sim. Qual? ___________________________________________________
8. Você pratica atividade física?
( ) Não ( ) Sim. Qual? _______________________Há quanto tempo? _____________
9. Você já praticou atividade física?
( ) Não ( ) Sim. Qual? _________________ Há quanto tempo parou? _____________
10. Você sente alguma dor no corpo?
( ) Não ( ) Sim. Onde?
_____________________________________________________
11. Você já teve alguma crise convulsiva?
( ) Não ( )Sim. Há quanto tempo? _______________
Qual motivo? _________________________________________________________________
12. Você tem algum problema de saúde?
( ) Não ( ) Sim. Qual? ___________________________________________________
PESO: _______________ ALTURA: ________________
53
ANEXO II
54
ANEXO III
Centro Universitário de Caratinga
Programa de Pós-Graduação Meio Ambiente e Sustentabilidade
Mestrado Profissionalizante
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Prezada Prª. Márcia Perozini,
Eu, Daniella Oliveira Cotta, aluna do Curso de Mestrado Profissionalizante
em Meio Ambiente e Sustentabilidade, do Centro Universitário de Caratinga UNEC,
professora de Educação Física da Rede Municipal de Educação de Ipatinga/MG, lotada
sob o número 13332-2, venho por meio desta, solicitar de V. Sª. a especial fineza em
conceder liberação para realização de minha pesquisa nas dependências das Escolas
Municipais, que acolhem crianças na faixa etária de 08 a 10 anos, com o objetivo de
concluir minha dissertação de mestrado que tem como tema “Perfil postural de meninas
de oito a dez anos de idade, através da Biofotogrametria Computadorizada”.
Informo que se trata de uma avaliação postural realizada por análise
fotográfica das imagens das crianças em perfil, de frente e de costas.
Insta salientar que este método de avaliação postural é não-invasivo, as
crianças não serão submetidas a qualquer constrangimento, e suas imagens serão
resguardadas, sendo a pesquisa realizada apenas sob a prévia autorização, por escrito,
dos pais ou responsáveis e com consentimento das crianças.
Certa de contar com vossa colaboração, pois és sabedora da necessidade de
valorização do conhecimento e da importância dessa pesquisa no meio acadêmico,
antecipo meus agradecimentos e elevo meus protestos de estima e consideração.
Ipatinga, 11 de agosto de 2006.
Msd. Daniella Oliveira Cotta Dr.Sc. Marcus Vinícius de Mello Pinto
Pesquisadora Pesquisador Responsável
Ilmª. Srª.
Prª. Márcia Perozini de Morais
Secretária Municipal de Educação
Ipatinga/MG
55
ANEXO IV
Centro Universitário de Caratinga
Programa de Pós-Graduação Meio Ambiente e Sustentabilidade
Mestrado Profissionalizante
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Prezada Srª Mariza,
Eu, Daniella Oliveira Cotta, aluna do Curso de Mestrado Profissionalizante
em Meio Ambiente e Sustentabilidade, do Centro Universitário de Caratinga UNEC,
professora de Educação Física da Rede Municipal de Educação de Ipatinga/MG, lotada
sob o número 13332-2, venho por meio desta, solicitar de V. Sª. a especial fineza em
conceder liberação para realização de minha pesquisa nas dependências da Escola
Municipal Maria Rodrigues Barnabé, com o objetivo de concluir minha dissertação de
mestrado que tem como tema “Perfil postural de meninas de 08 a 10 anos de idade,
através da Biofotogrametria Computadorizada”.
Informo que trata-se de uma avaliação postural realizada por análise
fotográfica das imagens das crianças em perfil, de frente e de costas.
Insta salientar que este método de avaliação postural é não-invasivo, as
crianças não serão submetidas a qualquer constrangimento, e suas imagens serão
resguardadas, sendo a pesquisa realizada apenas sob a prévia autorização, por escrito,
dos pais ou responsáveis e com consentimento das crianças.
Certa de contar com vossa colaboração, pois és sabedora da necessidade de
valorização do conhecimento e da importância dessa pesquisa no meio acadêmico,
antecipo meus agradecimentos e elevo meus protestos de estima e consideração.
Ipatinga, 11 de agosto de 2006.
Msd. Daniella Oliveira Cotta Dr.Sc. Marcus Vinícius de Mello Pinto
Pesquisadora Pesquisador Responsável
Ilmª. Srª.
Mariza Eva de Oliveira Leite
Diretora da Escola Municipal Maria Rodrigues Barnabé
Ipatinga/MG
56
ANEXO V
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA
Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão
COMITE DE ÉTICA EM PESQUISA CEP/UNEC
E-Mail:
cepex@funec.br
Telefone: (33) 3329- 4555
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Consentimento Formal de Participação na Pesquisa: “PERFIL POSTURAL DE
MENINAS DE OITO A DEZ ANOS, ATRAVÉS DA BIOFOTOGRAMETRIA
COMPUTADORIZADA”
Responsáveis: Dr. Marcus Vinícius de Mello Pinto (Orientador)
Daniella Oliveira Cotta (Orientanda)
Eu, _______________________________________________, residente à rua:
________________________________, _______, bairro ___________, cidade
________________________, Minas Gerais, responsável pela criança -
_____________________________________________, autorizo-a a participar como
voluntária na realização desse trabalho de pesquisa, que tem como objetivo detectar
desvios posturais em crianças com idade de oito a dez anos de idade.
Informamos que as crianças avaliadas serão fotografadas de perfil, de frente e de
costas, usando uma vestimenta adequada (roupa de banho) para permitir a
demarcação das referências corporais com fita adesiva reflexiva, numa sala
previamente preparada para o registro das imagens, onde estarão presentes apenas a
avaliadora e sua assessora.
Os dados obtidos durante a realização do trabalho serão mantidos em sigilo e não
poderão ser consultados por outras pessoas, senão as responsáveis pela pesquisa. A
privacidade da criança será resguardada e não serão divulgados seus nomes nem
suas imagens, tendo ela a liberdade de não querer participar da pesquisa.
Ipatinga, ___ de ____________ de 2006.
Assinatura do responsável pela criança
Daniella Oliveira Cotta Marcus Vinícius de Mello Pinto
Telefone e endereço para contato e esclarecimentos: (31) 3823.3327 Rua Wenceslau Brás, 214,
Areal – Ipatinga/MG.
57
ANEXO VI
Formulário adaptado de Nascimento (2000).
Nome: Turma: Idade:
Vista Anterior Vista Posterior Vista Lateral
Alinhada Alinhadas Alinhada
Inclinada p D
D + baixa Protusão
Cabeça
Inclinada p E
Escápulas
E + baixa
Cabeça
Retração
Alinhado Alinhada Alinhado
D + baixo Desvio p D Protusão
Ombro
E + baixo
Coluna
Torácica
Desvio p E
Ombro
Retração
Alinhado Alinhada Alinhada
D + baixo Desvio p D Hipercifose
Quadril
E + baixo
Coluna
Lombar
Desvio p E
Coluna
Torácica
Retificada
Alinhado Alinhada Alinhada
D + baixo D + baixa Hiperlordose
Joelho
E + baixo
Linha
poplítea
E + baixa
Coluna
Lombar
Retificada
Alinhado Alinhado Alinhado
Para dentro D + baixo Anteversão
Para fora
Joelho
E + baixo
Quadril
Retroversão
Alinhado
Semiflexão
Joelho
Hiperextensã
o
Normal
Abdômen
Protuso
Livros Grátis
( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download:
Baixar livros de Administração
Baixar livros de Agronomia
Baixar livros de Arquitetura
Baixar livros de Artes
Baixar livros de Astronomia
Baixar livros de Biologia Geral
Baixar livros de Ciência da Computação
Baixar livros de Ciência da Informação
Baixar livros de Ciência Política
Baixar livros de Ciências da Saúde
Baixar livros de Comunicação
Baixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNE
Baixar livros de Defesa civil
Baixar livros de Direito
Baixar livros de Direitos humanos
Baixar livros de Economia
Baixar livros de Economia Doméstica
Baixar livros de Educação
Baixar livros de Educação - Trânsito
Baixar livros de Educação Física
Baixar livros de Engenharia Aeroespacial
Baixar livros de Farmácia
Baixar livros de Filosofia
Baixar livros de Física
Baixar livros de Geociências
Baixar livros de Geografia
Baixar livros de História
Baixar livros de Línguas
Baixar livros de Literatura
Baixar livros de Literatura de Cordel
Baixar livros de Literatura Infantil
Baixar livros de Matemática
Baixar livros de Medicina
Baixar livros de Medicina Veterinária
Baixar livros de Meio Ambiente
Baixar livros de Meteorologia
Baixar Monografias e TCC
Baixar livros Multidisciplinar
Baixar livros de Música
Baixar livros de Psicologia
Baixar livros de Química
Baixar livros de Saúde Coletiva
Baixar livros de Serviço Social
Baixar livros de Sociologia
Baixar livros de Teologia
Baixar livros de Trabalho
Baixar livros de Turismo