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MILENA DA SILVA MACHADO
AVALIAÇÃO DO PERFIL ENDÓCRINO DE ÉGUAS
SUBMETIDAS A TRATAMENTOS SUPEROVULATÓRIOS
COM EXTRATO DE PITUITÁRIA E FSH EQUINO
PURIFICADO
Botucatu – SP
2008
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MILENA DA SILVA MACHADO
AVALIAÇÃO DO PERFIL ENDÓCRINO DE ÉGUAS
SUBMETIDAS A TRATAMENTOS SUPEROVULATÓRIOS
COM EXTRATO DE PITUITÁRIA E FSH EQUINO
PURIFICADO
Tese apresentada à Faculdade de Medicina
Veterinária e Zootecnia, Universidade Estadual
Paulista “Julio de Mesquita Filho”, Campus de
Botucatu, para obtenção do título de Doutora em
Medicina Veterinária, Área de Conhecimento
Reprodução Animal.
Orientador: Prof. Marco Antonio Alvarenga
Botucatu – SP
2008
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Dedico este trabalho...
A Deus pela oportunidade da vida, saúde e
força para enfrentar os obstáculos.
Aos meus pais que, por obra do destino, não
puderam estar presentes nestes momentos,
mas tenho a certeza de que mesmo
inconscientes torcem e contribuem para o meu
sucesso.
.
À minha família, que mesmo de longe me transmitem suas
energias.
À minha querida irmã Miriana em quem tenho me inspirado
para prosseguir.
Ao meu namorado Luciano, que esteve do meu lado durante
todo este trabalho.
Igualmente, dedico aos animais, que sempre foram meus
amigos e meus melhores incentivadores.
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Agradecimentos
gradeço ao Professor Marco Antonio Alvarenga pela amizade,
paciência, incentivo e pelos conhecimentos transmitidos durante
esses 7 anos da minha vida, que me proporcionaram a conquista
do título de Doutora.
Agradeço de forma especial ao Dr. Paulo e Dona Sônia, proprietários da
Fazenda Santo Antonio de Palmares, os quais me incentivaram e possibilitaram o
término deste trabalho.
Ao Gabriel o qual as palavras se tornam pequenas para agradecer pelo
muito que me ajudou com seu entusiasmou nessa fase final do trabalho.
A todos os professores do Departamento de Reprodução Animal: Papa,
Fernanda, Sony, Eunice, Denise, Meira, João, Nereu e seus orientados.
Aos meus grandes amigos Claudinha, Elen, Marcelo, Karen, Letícia e
Gustavo (Bigu).
Ao professor Frederico Ozanam Papa pela colaboração.
À professora Eunice Oba pela ajuda e pela disponibilização do
laboratório para a dosagem hormonal.
À professora Lídia pela colaboração na realização das análises
estatísticas.
Aos colegas do Departamento: Márcio, Antônio, Zé, Gustavo, Carla,
Fabiana, Bió e Viviane.
Aos funcionários do Departamento de Reprodução Animal: Edilson,
Marquinhos, Valter, Cristina, Márcio, Tico, Miguel.
À Denise, Maria e Roberto da pós-graduação, pela paciência e
assistência.
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MACHADO, M.S. Avaliação do perfil endócrino de éguas submetidas a tratamentos
superovulatórios com Extrato de Pituitária eqüina e FSH eqüino Purificado. Botucatu, 2008.
Tese (Doutorado) Reprodução Animal Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia -
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de Botucatu.
RESUMO
Respostas superovulatórias satisfatórias têm sido reportadas em éguas com o uso do
Extrato de Pituitária Eqüina (EPE) e FSH purificado eqüino (eFSH), contudo as taxas de
recuperação embrionária permanecem inconsistentes. O objetivo deste estudo foi avaliar as
concentrações plasmáticas de estradiol, inibina, FSH e LH em éguas superovuladas com
eFSH e EPE (em doses constantes ou decrescentes): antes, durante e imediatamente após
o término da administração hormonal. Foram utilizadas seis éguas as quais foram
submetidas aos seguintes tratamentos: Grupo I (GI) recebeu 25mg de EPE intramuscular
(I.M.), Grupo II (GII) foram tratadas com EPE (I.M.) em doses decrescentes. No Grupo IIl
(GIII), o EPE foi substituído por 12,5mg de eFSH (I.M.). O Grupo IV (GIV) foi utilizado como
controle. Sangue foi coletado diariamente para avaliar as concentrações hormonais por
radioimunoensaio. As coletas foram iniciadas dois dias antes da primeira aplicação
medicamentosa, encerrando 48horas após a última ovulação do estro. As diferenças nos
níveis plasmáticos hormonais foram comparadas utilizando-se o ANOVA, sendo
considerada diferença estatística quando P<0,05. O número médio de ovulações foi de 3,3;
4,8; 5,0 e 1,0 nos grupos 1 a 4, respectivamente, tendo sido maior (P<0,05) em todos os
grupos superovulados em relação ao controle. As concentrações de estrógeno, inibina, FSH
e LH não diferiram entre os grupos durante o período 1. No período 2, os valores de
estradiol foram maiores (P<0,05) em éguas sob tratamento superovulatório com eFSH (GIII)
29,52pg/ml, os grupos I e II, apresentaram valores intermediários (GI: 16,75pg/ml, GII:
16,26pg/ml) e o GIV (7,78pg/ml) menor estatisticamente aos demais. Foi verificada uma
correlação altamente positiva (R=0,615; P=0,01) entre os valores de estradiol e inibina, os
quais, durante os tratamentos, foram maiores (P<0,05) em éguas submetidas aos
tratamentos superovulatórios quando avaliadas em conjunto: (GI) 531,6pg/ml, (GII)
703,30pg/ml e (GIII) 1036,30pg/ml, em comparação ao controle (GIV) 296,80pg/ml. As
concentrações de inibina foram positivamente correlacionadas (R=0,61; P=0,05) com o
número de ovulações nos grupos tratados com EPE: GI e GIII. Durante o período 2, maiores
concentrações de FSH (P<0,05) foram verificadas no GI (16,64ng/ml) e GII (15,12ng/ml) em
comparação ao GIV (4,42pg/ml). Os animais sob tratamento com eFSH (GII) apresentaram
concentrações de FSH intermediarias estatisticamente aos demais grupos (9,93ng/ml). Na
avaliação de todos os períodos, foi detectada uma correlação negativa entre as
concentrações de FSH e estradiol (R=0,57 e P=0,05). As concentrações de LH obtidas no
período 2 foram superiores (P<0,05) nos grupos superovulados GI (5,47ng/ml), GII
(2,99ng/ml) e GIII (4,64ng/ml), em relação ao GIV (2,33ng/ml). Ao transcorrer do período 4,
as concentrações médias de LH no GIV (controle) de 12,2ng/ml foram superiores (P<0,05)
às obtidas no GII (eFSH) de 1,8ng/ml e GIII (EPE decrescente) de 1,5ng/ml. A concentração
média de LH verificada neste período no GI (6,8ng/ml) foi similar à dos demais grupos. Os
resultados obtidos no presente experimento nos permitem concluir que o tratamento
superovulatório leva a várias alterações, algumas esperadas e outras não, no perfil
hormonal endócrino. Os baixos níveis de LH peri-ovulatório foi o achado mais intrigante
observado.
Palavras Chaves: Perfil Hormonal, Superovulação, Égua, Extrato de Pituitária Equina, FSH
Equino Purificado.
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MACHADO, M.S. Endocrinological profiles of mares super ovulated with Equine Pituitary
Extract and Purified Equine FSH. Botucatu, 2008. Tese (Doutorado) – Reprodução Animal –
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho”, Campus de Botucatu.
ABSTRACT
Satisfactory superovulatory responses have been reported in mares with the use of equine
pituitary extract (EPE) and purified equine FSH (eFSH), however embryo recovery rates are still
inconsistent. Recent studies demonstrated that the superovulatory treatment disturbs oocyte
maturation and transport. The main objective of the present study was to evaluate the plasmatic
concentrations of estradiol, inhibin, FSH and LH in super ovulated mares treated with eFSH and
EPE (with constant or decreasing doses): Six mares were used in a crossover experiment in
four different groups: Group I mares received 25mg of EPE every twelve hours, Group II received
EPE in decreasing doses and Group IlI mares received 12.5mg of eFSH (IM). Group IV served
as control. Embryo flushes were performed 8 days pos ovulation. Blood was collected daily to
evaluate hormonal concentrations through radioimuneassay, starting two days before the first
administration, until 48 hours post-ovulation. Mean and daily hormonal concentrations of
estradiol, inhibin, FSH and LH were evaluated. Hormonal concentrations were submitted to
statistical analysis using ANOVA. Significance levels were set as P<0.05. Mean number of
ovulations was 3.3; 4.8; 5.0 and 1.0 in groups 1 to 4, respectively, being higher (P<0.05) in all
super ovulated groups, when compared to control. Concentrations of estrogen, inhibin, FSH and
LH did not differ between groups during the first period. In period 2, estradiol levels were higher
(P<0.05) in mares with superovulatory treatment eFSH (GIII) 29.52pg/ml, the groups GI and GII
(GI: 16.75pg/ml, GII: 16.26pg/ml) values intermediary, and GIV (7.78pg/ml) levels lower. A
positive correlation between estradiol levels and number of follicles 30mm (R=0.917; P<0.05),
recovered embryos (R=0.945; P<0.05) and ovulations (R=0.75; P<0.05) was identified in super
ovulated mares. A positive correlation (R=0.615; P=0.01) between estradiol and inhibin
concentrations was detected. Inhibin levels were higher in super ovulated mares (P<0.05): (GI)
0.53ng/ml, (GII) 0.70ng/ml and (GIII) 1.04ng/ml, (GI) 5.32ng/ml, (GII) in comparation to GIV
(0.30ng/ml), being positively correlated to (R=0.61; P=0.05) the number of ovulations in EPE
treated groups. During treatment higher FSH concentrations (P<0.05) were identified in GI
(16.64ng/ml) and GII (15.12ng/ml), in comparation to GIV (4.42ng/ml). A negative correlation
between FSH concentrations and estradiol was found (R=0.57; P=0.05). Mean LH levels were
higher in EPE treated mares (P<0.05). After ovulation, mean LH concentrations obtained were
higher (P<0.05) in the GI (5.47ng/ml), GII (2.99ng/ml) and GIII (4,64ng/ml) than GIV (2.33ng/ml).
Based on the results of the present study we can concluded that superovulatory treatment
induced several alterations on hormones profiles some expected and other don’t expected. The
most intriguing observation was the low periovulatory LH levels.
Key Words: Endocrinological Profiles, Superovulation, Mare, Equine Pituitary Extract,
Purified Equine FSH.Equine FSH.
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Lista de Ilustrações
Figura 1 Esquema dos ciclos utilizados durante as duas estações reprodutivas (06
ciclos na primeira estação e 04 ciclos na segunda estação de monta
utilizada)........................................................................................................59
Figura 2 Número de ovulações e embriões recuperados nos grupos: EPE constante
(GI), EPE decrescente (GII), eFSH (GIII) e Controle (GIV). Letras diferentes
representam diferenças estatísticas (P<0,05) para ovulações e
embriões........................................................................................................69
Figura 3 Perfil das concentrações plasmáticas médias de Estradiol nos diferentes
períodos (1: pré trat.; 2: durante trat.; 3: ovulação e 4: pós trat.) nos grupos:
EPE constante (GI), EPE decrescente (GIII), eFSH (GIII) e Controle
(GIV)..............................................................................................................72
Figura 4 Perfil médio das concentrações plasmáticas de Estradiol durante os dias do
tratamento (0- início do tratamento / ov = dia da ovulação) nos grupos:
controle, EPE constante, EPE decrescente e eFSH.....................................74
Figura 5
Perfil das concentrações plasmáticas médias de Inibina nos diferentes
períodos (1: pré trat.; 2: durante trat.; 3: ovulação e 4: pós trat.) nos grupos:
EPE constante (GI), EPE decrescente (GIII), eFSH (GIII) e Controle
(GIV)..............................................................................................................76
Figura 6 Perfil médio das concentrações plasmáticas de Inibina durante os dias do
tratamento (0- início do tratamento / ov = dia da ovulação) nos grupos:
controle, EPE constante, EPE decrescente e eFSH.....................................78
Figura 7 - Perfil das concentrações plasmáticas médias de FSH nos diferentes períodos
(1: pré trat.; 2: durante trat.; 3: ovulação e 4: pós trat.) nos grupos: EPE
constante (GI), EPE decrescente (GIII), eFSH (GIII) e Controle
(GIV)..............................................................................................................80
Figura 8 Perfil médio das concentrações plasmáticas de FSH durante os dias do
tratamento (0- início do tratamento / ov = dia da ovulação) nos grupos:
controle, EPE constante, EPE decrescente e eFSH.....................................82
Figura 9 - Perfil das concentrações plasmáticas dias de LH nos diferentes períodos
(1: pré trat.; 2: durante trat.; 3: ovulação e 4: pós trat.) nos grupos: EPE
constante (GI), EPE decrescente (GIII), eFSH (GIII) e Controle
(GIV)..............................................................................................................84
Figura 10 Perfil médio das concentrações plasmáticas de LH durante os dias do
tratamento (0- início do tratamento / ov = dia da ovulação) nos grupos:
controle, EPE constante, EPE decrescente e eFSH.....................................86
Figura 11 Perfil hormonal das concentrações plasmáticas diárias de estradiol,
progesterona, LH, FSH e inibina de uma égua do GII (eFSH), na qual 71,4%
(5/7) de seus folículos pré-ovulatórios não ovularam, formando folículos
anovulatórios.................................................................................................87
Lista de Tabelas
Tabela 1 Número de Ovulações, embriões, e recuperação embrionária por ovulação
nos grupos: GI (EPE constante), GII (EPE decrescente), GIII (eFSH) e GIV
(controle).......................................................................................................70
Tabela 2 - Percentual de éguas que apresentaram 0 a 2, 3 a 5 e mais de 5 ovulações
nos grupos: GI (EPE constante), GII (EPE Decrescente) GIII (eFSH) e GIV
(controle).......................................................................................................70
Tabela 3 Valores médios diários de estradiol (pg/ml) nos grupos: EPE constante, EPE
decrescente, eFSH e Controle, dois dias antes do início do tratamento a
dois dias pós-ovulação ................................................................................73
Tabela 4 Valores dios diários de inibina (ng/ml) nos grupos: controle, EPE
constante, EPE decrescente e eFSH, dois dias antes do início do tratamento
até dois dias pós-ovulação...........................................................................77
Tabela 5 - Valores médios diários de FSH (ng/ml) nos grupos: controle, EPE constante,
EPE decrescente e eFSH, dois dias antes do início do tratamento até dois
dias pós-ovulação.........................................................................................81
Tabela 6 Valores médios diários de LH (ng/ml) nos grupos: controle, EPE constante,
EPE decrescente e eFSH, dois dias antes do início do tratamento até dois
dias pós-ovulação........................................................................................85
Lista de Abreviaturas
µg = Microgramas (10
-6
)
µm = Micrometros (10
-6
)
AMPc = Adenilato Monofosfato Cíclico
BID = Duas vezes ao dia
BMP-15 = “Bone morphogenetic protein – 15”
CL = Corpo lúteo
eCG = Gonadotrofina Coriônica Eqüina
eFSH = Hormônio Folículo Estimulante Eqüino
EGF = Fator de Crescimento Epidermal
et al. = Colaboradores
EPE = Extrato de Pituitária Eqüino
EUA = Estados Unidos da América
FGF = Fator de Crescimento Fibroblástico
FIV = Fertilização in vitro
FSH = Hormônio Folículo Estimulante
GH = Hormônio do Crescimento ou Somatotrofina
GIFT = Transferência intra-falopiana de gametas
GnRH = Hormônio Liberador de Gonadotrofinas
hCG = Gonadotrofina Coriônica Humana
ICSI = Injeção intra-citoplasmática de espermatozóide
IGF = Fator de Crescimento semelhante à insulina
IGFBP = Proteína ligante ao fator de crescimento semelhante à insulina
IGF-1 = Fator de Crescimento semelhante à insulina tipo 1
IM = Intramuscular
IV = Intravenoso
KL = Kit-ligante
LH = Hormônio Luteinizante
MAPK = Proteína quinase ativadora de mitose
MFP = Fator de promoção da maturação
NGF = Fator de crescimento neural
ng = Nanograma (10
-9
)
PAPP-A = Proteína-A plasmática associada à prenhez
pFSH = Hormônio Folículo Estimulante de origem porcina (suína)
pg = Picogramas (10
-12
)
RNA = Ácido ribonucléico
rpm = Rotações por minuto
SCF = Fator de células tronco
SID = Uma vez ao dia
TE = Transferência de embriões
TGF-β = Fator Transformador de Crescimento tipo β
UNESP = Universidade Estadual Paulista
UI = Unidades Internacionais
VEGF = Fator de Crescimento Endotelial Vascular
Lista de Símbolos
> - maior
- maior ou igual
± - mais ou menos
- marca registrada
< - menor
- menor ou igual
% - porcentagem
S
SS
S
S
SS
S
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SUMÁRIO
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS
LISTA DE SÍMBOLOS
1.INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 25
2. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 29
2.1 OOGÊNESE............................................................................................................. 29
2.2 CICLO ESTRAL EQUINO ........................................................................................ 31
2.2.1 Foliculogênese .......................................................................................... 32
2.2.2 Dinâmica Folicular ..................................................................................... 35
2.2.3 Seleção do Folículo Dominante .............................................................. 38
2.3 SUPEROVULAÇÃO ................................................................................................. 43
2.3.1 Resposta superovulária e fatores envolvidos ............................................ 44
2.3.2 Disturbios da Superovulação .................................................................... 49
3. MATERIAIS E MÉTODO ....................................................................................... 58
3.1 ANIMAIS .................................................................................................................. 58
3.2 PREPARO DO EPE ................................................................................................. 60
3.3 FSH EQUINO PURIFICADO .................................................................................... 61
3.4 TRATAMENTOS ..................................................................................................... 61
3.5 AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA .................................................................... 63
3.6 AMOSTRAS DE SANGUE E ENSAIOS HORMONAIS ............................................ 64
3.7 AVALIAÇÃO DOS DADOS ....................................................................................... 66
3.8 ANÁLISE ESTATÍSTICA ......................................................................................... 66
4. RESULTADOS ...................................................................................................... 69
4.1 NÚMERO DE OVULAÇÕES E EMBRIÕES ............................................................. 69
4.2 CONCENTRAÇÕES MÉDIAS DE ESTRADIOL ....................................................... 71
4.3 CONCENTRAÇÕES MÉDIAS DE INIBINA .............................................................. 75
4.4 CONCENTRAÇÕES MÉDIAS DE FSH .................................................................... 79
4.5 CONCENTRAÇÕES MÉDIAS DE LH ....................................................................... 83
4.6 PERFIL HORMONAL DE ÉGUA COM FOL. ANOVULATÓRIOS ............................ 87
5.DISCUSSÃO .......................................................................................................... 89
6.CONCLUSÕES .................................................................................................... 101
7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 103
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Introdução
25
1. INTRODUÇÃO
As éguas são classificadas como animais mono-ovulatórios, havendo,
normalmente, a fertilização de apenas um ovócito por ciclo estral. Isto é compatível
com as características do trato reprodutivo da espécie, que o útero eqüino
dificilmente comporta gestações envolvendo mais de um concepto. Todavia, com o
advento de biotecnologias como a transferência de embriões, ovulações ltiplas
têm sido almejadas, já que estas permitem que mais de um embrião seja recuperado
de um único ciclo, aumentando a eficiência da técnica com conseqüente queda dos
custos. Dá-se o nome de superovulação à manipulação do ciclo estral a fim de
incrementar o número de ovulações.
Fisiologicamente, a partir de um grande grupo de folículos em
desenvolvimento pré-antral, um número característico para a espécie é selecionado,
ocorrendo o estabelecimento da dominância de determinados folículos sobre os
subordinados do grupo. O mecanismo pelo qual cada espécie determina o número
de folículos que irá se desenvolver e ovular não se encontra completamente
elucidado até o presente momento. O tratamento superovulatório visa estimular
folículos em uma onda folicular que não estariam designados a ovular. Isto ocorre
através do recrutamento de um elevado número de folículos em uma onda, os quais
são estimulados para continuar seu desenvolvimento até a liberação do ovócito.
A foliculogênese, definida como o processo dinâmico caracterizado pela
proliferação e diferenciação de componentes somáticos do folículo, tem sido alvo
incessante de estudo, que é responsabilidade do folículo proporcionar um
ambiente adequado para o desenvolvimento e maturação do ovócito, preparando-o
Introdução
26
para a futura fertilização. Apesar dos reguladores primários da foliculogênese serem
as gonadotrofinas, controlando o desenvolvimento folicular pela via endócrinas
clássicas, existem mecanismos intra-ovarianos que apresentam suma importância
no controle do desenvolvimento folicular. Desta forma, a foliculogênese é regulada
por uma relação complexa entre esteróides intra-foliculares, fatores extra-ovarianos,
de crescimento e outros constituintes do sistema de retro-alimentação do eixo
hipotálamo-hipófise-ovário. A ocorrência de falhas no tempo correto e na seqüência
exata em cada uma destas etapas irá resultar na deterioração e atresia foliculares ou
na não fertilização do ovócito após sua liberação.
A superovulação tem sido um grande desafio dentro da reprodução animal,
em especial se tratando da espécie eqüina. Há aproximadamente três décadas,
vários trabalhos foram realizados e alguns produtos avaliados na tentativa de
promover uma resposta superovulatória consistente e uma menor variação na
quantidade de embriões recuperados. Por mais que a grande maioria das éguas
responda ao tratamento superovulatório com o desenvolvimento de bom número de
folículos, a quantidade de embriões recuperados está muito aquém do esperado.
Sabe-se atualmente que alguns fatores contribuem para este impasse em éguas
superovuladas, alterações na qualidade do ovócito e a formação de grandes
coágulos obstruindo a fossa de ovulação, dificultando a captação do ovócito pelo
oviduto. Alterações essas provavelmente induzidas por modificações no perfil
endócrino de animais superovulados como reportado em vários estudos.
O melhor entendimento das alterações endócrinas faz-se necessário para a
adequação de um protocolo superovulatório na espécie eqüina, visando uma
melhoria na produção de embriões. Da mesma forma, sua compreensão poderia
Introdução
27
explicar o motivo pelo qual ocorre grande variação tanto na resposta superovulatória
quanto na recuperação embrionária frente ao emprego de diferentes hormônios,
doses e freqüências de tratamento. Estudos em bovinos demonstraram haver
alterações nos níveis séricos de determinados hormônios em conseqüência do
tratamento superovulatório, ocasionando distúrbios na maturação folicular e
oocitária. Contudo, não foram encontrados na literatura estudos similares na espécie
eqüina.
Acreditamos, em função do exposto, que éguas tratadas com Extrato de
Pituitária Eqüina ou FSH eqüino purificado apresentam diferentes alterações no perfil
hormonal que podem interferir no processo de maturação folicular e ovocitaria.
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Revisão de Literatura
29
2- REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Oogênese
A formação dos oócitos (oogênese) ocorre durante a vida fetal, sem que
ocorra aumento em seu número após o nascimento da fêmea. Os gonócitos ou
células germinativas primordiais se originam do endoderma do saco vitelínico
primitivo, migram para a crista genital e colonizam a gônada ainda indiferenciada,
onde recebem a denominação de oogônia e multiplicam-se através de divisões
mitóticas (Van Den Hurk et al., 1997).
Durante o desenvolvimento fetal, a proliferação de lulas germinativas
primordiais ocorre por mitose e meiose no córtex ovariano. A multiplicação das
oogônias por mitose se inicia no 50° dia de gestação até, aproximadamente, o 150°-
160° dia. O processo de divisão meiótica se inicia durante o período compreendido
entre 75 e 80 dias de gestação até o 160° dia, com a sua transformação em oócitos
primários, os quais permanecem na fase de diplóteno da prófase I. Esta é também
denominada dictióteno ou vesícula germinativa (VG) da primeira prófase meiótica,
assim permanecendo até o início da puberdade (Picton, 2001).
Os oócitos primários apresentam-se envoltos por uma estreita camada de
células da granulosa de aspecto achatado, sem zona pelúcida, formando os folículos
primordiais. Neste estádio, os folículos não são dotados de suprimento sanguíneo
próprio: suas células se nutrem através da difusão (Van Den Hurk et al., 1997).
Durante a vida fetal estes oócitos são selecionados através da atresia de um número
substancial destes gametas, sendo a maior incidência de folículos atróficos
encontrada por volta do 100° dia de gestação (Pierson, 1990).
Revisão de Literatura
30
Durante o desenvolvimento de folículos pré-antrais (primordiais, primários e
secundários), além da diferenciação nuclear, aumento progressivo do número de
organelas, formação dos grânulos corticais e desenvolvimento de zônulas de
oclusão entre o ovócito e as células da granulosa. Nos folículos secundários, com
mais de duas camadas de células da granulosa, observa-se ao redor do ovócito a
formação de uma estrutura homogênea, acelular e rica em glicoproteínas,
denominada zona pelúcida (Van Den Hurk et al., 1997).
A retomada das divisões meióticas ocorre na puberdade durante o processo
ovulatório, sob estímulo do hormônio luteinizante (LH) (Dekel et al., 1988). A
maturação nuclear do ovócito evolui até o estádio de metáfase da segunda divisão
meiótica (ovócito secundário) momentos antes da ovulação. Goudet et al. (1998)
afirmam que, em eqüinos, a segunda divisão meiótica ocorre somente na presença
da proteína Quinase ativadora da maturação (“Mitogen activated protein kinase”
MAPK), a qual ativa o Fator promotor da maturação (“Maturation-promoting factor”
MFP). Sabe-se que o MFP se trata de um potente regulador da atividade
microtubular, estando envolvido nos processos de descondensação da cromatina
oócitária (Moos et al., 1996).
A segunda divisão meiótica se completa somente após a fertilização (zigoto),
com a extrusão do segundo corpúsculo polar e a formação dos prónúcleos feminino
e masculino. Todas as fases da maturação oocitária o dependentes de um
minucioso controle. Activina, inibina e fatores de crescimento: transformantes-β
(TGF-β), epidermais (EGF), fibroblásticos (FGF), epiteliais vasculares (VEGF) e
neurais (NGFs) são apontados como importantes reguladores do desenvolvimento
folicular (Findlay, 1994; Monniaux et al., 1997; Van Den Hurk et al., 1997). Falhas
Revisão de Literatura
31
nestes mecanismos devido a alterações na secreção de hormônios ou fatores
podem acarretar em insucessos na fertilização.
2.2 Ciclo estral eqüino
As éguas são animais poliéstricos sazonais, cujos ciclos estrais duram, em
média, 21 a 22 dias. Pode-se dividir didaticamente estes ciclos em duas fases
distintas: o estro e o diestro (Hughes et al., 1972; Sharp, 1980). Durante o estro, a
égua apresenta-se receptiva ao garanhão devido ao predomínio do estrogênio
(Clayton et al., 1981), cujas fontes são as células da granulosa de folículos
ovarianos. Esta fase compreende em dia sete dias (Brinsko & Varner, 1993),
apresentando grande variação quanto a sua duração (Pierson & Ginther, 1985).
a fase seguinte, denominada de fase tea ou diestro, possui um período
mais definido, de 14 a 15 dias. Caracteriza-se pela presença de um corpo lúteo, o
qual surge mediante a ocorrência de uma ovulação (Back et al., 1974). Este evento
se sucede, na maioria das vezes, 24 a 48 horas antes do término do estro,
culminando com a liberação do ovócito e sua captação pela tuba uterina (Blanchard
et al., 2003).
No diestro ocorre a produção de progesterona pelo corpo lúteo, e, mesmo que
haja folículos em desenvolvimento secretando estrogênio, predomínio desse
progestágeno, o qual imprime suas características sobre o trato reprodutivo feminino
e o comportamento da égua de rejeição ao garanhão (Back et al., 1974). Em suma,
a duração média do estro, diestro e do ciclo estral é de respectivamente sete, 15 e
22 dias nas éguas e oito, 16 e 24 dias em pôneis (Ginther, 1992), cuja duração das
fases é um pouco maior (Turner et al., 1979).
Revisão de Literatura
32
2.2.1 Foliculogênese
Folículos primordiais, primários e secundários são referidos coletivamente
como folículos pré-antrais (Pierson, 1990). Os folículos primordiais são simples,
tratando-se de um ovócito envolto por apenas uma camada de células pavimentosas
da pré-granulosa. Nos folículos primários as células da granulosa adotam formato
cilíndrico, havendo desenvolvimento gradativo do ovócito e de sua zona pelúcida.
Nos secundários, os quais possuem mais de duas camadas de células cúbicas da
granulosa, observa-se ao redor do ovócito a formação da zona pelúcida: uma
estrutura homogênea, acelular e rica em glicoproteínas (Van Den Hurk et al., 1997).
O desenvolvimento desse grupo de folículos pode ser dividido em três
estádios distintos: ativação de folículos primordiais, transição de folículo primário
para secundário e desenvolvimento de folículos secundários até o estádio pré-antral
(Fortune, 2003). Os mecanismos que regulam estes processos não estão totalmente
elucidados. Seu entendimento possibilitaria a utilização da reserva de folículos
primordiais, incrementando o número de ovulações e a eficiência reprodutiva em
animais de produção, como eqüinos e ruminantes (Fortune, 1994).
As gonadotrofinas (LH e FSH) são glicoproteínas de origem adenohipofisária,
as quais possuem sua secreção, síntese e liberação controladas pelo hormônio
liberador de gonadotrofinas (GnRH): um decapeptídico produzido pelo hipotálamo
que atua no eixo hipotálamo-hipofisário (Ginther, 1992). Estudos têm indicado que o
desenvolvimento folicular pré-antral independe de estimulo gonadotrófico agudo, e
que mecanismos parácrinos de controle desempenham importante papel nesta fase
(Gong et al., 1996). Entretanto, receptores do hormônio folículo estimulante (FSH)
foram detectados em folículos primários de vacas, tendo sido observado aumento do
Revisão de Literatura
33
crescimento folicular pré-antral após adição de FSH ao meio de cultivo, sugerindo o
papel coadjuvante do FSH no controle do estágio pré-antral (Gutierrez et al., 2000).
Com o desenvolvimento de estudos in vitro, foi determinado que o FSH e o dibutiril
adenilato monofosfato cíclico (AMPc) estimulam o crescimento folicular e a formação
do antro de folículos pré-antrais maiores ou iguais a 140 micrometros (µm) em
camundongos (Hartshorne et al., 1994). Uma elevação na concentração plasmática
de FSH se trata do estímulo necessário para o recrutamento folicular e a emêrgencia
da onda folicular (Adams et al., 1992; Fortune, 1994).
Os efeitos potenciais do LH durante a fase pré-antral ainda são pouco
conhecidos. Ao que parece, a ação do LH é essencial em folículos antrais na
seleção, maturação final do ovócito, ovulação e luteinização (Hyttel et al., 1991;
1997).
Vários peptídeos intra-ovarianos têm sido apontados como importantes
reguladores do desenvolvimento folicular na fase pré-antral e início da fase antral,
dentre eles: activina e inibina, fatores de crescimento epidermais, fibroblásticos,
semelhantes à insulina (IGF) e transformantes-β, fatores de células-tronco (SCF ou
kit-ligante: KL) e a proteína morfogenética óssea-15 (BMP-15) (Monniaux et al.,
1997; Mihm et al., 2000; Juengel et al., 2004).
Outros hormônios desempenham importante papel no início da
foliculogênese. A relação do hormônio do crescimento (GH) é positiva no
desenvolvimento de folículos pré-antrais médios. Sua ausência provoca uma
redução na quantidade de folículos pré-ovulatórios que se desenvolvem, bem como
nas taxas de ovulação (Zaczek et al., 2002). Deficiências que envolvam os
Revisão de Literatura
34
receptores para GH levam à reduções nos níveis circulantes do fator de crescimento
semelhante à insulina-1 (IGF-1).
Os efeitos do IGF-1 em folículos pré-antrais são pouco conhecidos. Estudos
em camundongos sugerem que este fator não se faz necessário até o
desenvolvimento de folículos antrais (Baker et al., 1996). Em eqüinos, foi
comprovado que a concentração de IGF-1 é maior no futuro folículo dominante e
que sua presença estimula a produção de estradiol (Ginther et al., 2004a).
Os esteróides atuam de forma positiva no desenvolvimento folicular pré-
antral, incluindo ação em folículos primários. A presença de estradiol está
relacionada ao crescimento das células da granulosa em tamanho, atuando em
sinergismo com o FSH, que estimula a replicação destas células (Hulshof et al.,
1995).
Em éguas, os folículos ovarianos desenvolvem um antro quando atingem
300µm de diâmetro, o qual é preenchido por um fluído viscoso composto por
hormônios esteróides, principalmente estradiol, progesterona e inibina.
Concomitantemente, a formação de uma bainha de células ao redor da
granulosa, denominadas células da teca, que constituem duas camadas: a teca
externa, composta por tecido conjuntivo e a teca interna, constituindo a camada
vascularizada interna. Ocorre nova proliferação das células da granulosa, as quais
se organizam em várias camadas ao redor do ovócito formando o “cumulus
oophorus” (Hafez & Hafez, 2000).
Os folículos pré-antrais adquirem receptores para LH nas células da teca e
para FSH nas células da granulosa. Sob o estímulo do LH, as células da teca
Revisão de Literatura
35
produzem andrógenos, que ultrapassam a mina basal a chegarem ao antro.
Durante a passagem pela camada granulosa, e sob a influência de FSH, ocorre a
aromatização dos andrógenos em estrógenos (Pierson, 1990). Os eventos
supracitados marcam a transição de folículo secundário para terciário, o qual iniciará
novo desenvolvimento até ser eleito à ovulação (Hafez & Hafez, 2000).
2.2.2 Dinâmica Folicular
Na cada de oitenta, a dinâmica folicular e o intervalo interovulatório foram
avaliados com maior precisão através da obtenção de imagens ovarianas por meio
da ultra-sonografia trans-retal. Este instrumento permitiu, de maneira não invasiva, o
acompanhamento e a visualização da dinâmica folicular, bem como dos processos
de ovulação, desenvolvimento, manutenção e regressão do corpo teo (Ginther,
1986; Ginther et al., 1988). Estudos ultra-sonográficos não só confirmaram trabalhos
prévios enfocando a foliculogênese realizados pelo método da palpação retal
(Ginther, 1992), como extenderam as pesquisas, possibilitando o acompanhamento
de folículos menores, entre dois e dez milimetros (mm) de diâmetro (Ginther &
Bergfelt, 1993).
A foliculogênese é o processo pelo qual folículos crescem, amadurecem e
eventualmente são eleitos para ovulação. O número de folículos ovarianos que
geralmente chega ao estádio ovulatório é muito pequeno. Estima-se que
aproximadamente 99% sofrem atresia (Webb et al., 1999).
O rastreamento de folículos individuais pela ultra-sonografia estabeleceu que
o desenvolvimento folicular transcorre em ondas na espécie eqüina (Sirois et al,
1989; Bergfelt & Ginther, 1993), da mesma forma que na bovina, cuja fêmea também
Revisão de Literatura
36
é mono-ovulatória (Ginther et al., 1996). Cada onda folicular é caracterizada pela
presença de um folículo dominante e diversos folículos subordinados.
Na vaca, pode-se detectar consistentemente uma ou duas ondas foliculares
grandes durante o ciclo estral (Ginther et al., 2004a). A maioria das éguas apresenta
uma onda maior, a qual emerge durante a metade tardia do diestro. Nesta, ocorre
um aumento transitório na população folicular e se origina o folículo ovulatório
(Ginther, 1994, Ginther et al., 2004a). Ginther (1995) verificou através de avaliação
ultra-sonográfica um aumento na população folicular (>10mm) nesta fase, seguida
sete a oito dias depois pelo continuado crescimento do maior folículo e na redução
(ou parada) do crescimento dos demais.
Algumas éguas apresentam duas ondas maiores durante o ciclo estral.
Geralmente, em raças como o Quarto de Milha e pôneis se identifica somente uma
onda maior, enquanto que no Puro Sangue Inglês comumente se observa uma
segunda onda (Ginther, 2000). Dá-se o nome de onda primária àquela que induz a
ovulação primária (ovulação no estro). Quando da ocorrência de outra onda, durante
o final do estro ou início do diestro, esta é denominada de onda secundária (Ginther,
1992). De acordo com Bergfelt (1998), esta pode ser detectada em 29 a 42% dos
ciclos. Durante a onda secundária, pode ocorrer o surgimento de um folículo
dominante anovulatório (>20mm) ou uma ovulação de diestro. O folículo é
denominado, neste caso, de folículo secundário (Ginther, 2000).
Na maioria das ondas, um crescimento paralelo entre os dois maiores
folículos dentro da população ovariana. Este desenvolvimento comum entre ambos
cessa quando o folículo destinado a se tornar dominante chega a 22,5mm de
diâmetro, o que ocorre, em média, seis dias após a emergência (Gastal et al., 1997).
Revisão de Literatura
37
O futuro folículo dominante cresce até o tamanho pré-ovulatório (maior ou igual a
30mm de diâmetro), enquanto o maior folículo subordinado, o qual mede por volta
de 19mm, inicia sua regressão.
A este fenômeno dá-se o nome de desvio folicular (Ginther et al., 2003;
2004a). Situação semelhante ocorre em mulheres, para que apenas um folículo seja
capaz de ovular durante um determinado ciclo (Ginther et al., 2004b). Este
mecanismo de seleção folicular é extremamente importante na espécie eqüina,
que o útero da fêmea não comporta mais de um concepto simultaneamente (Ginther
& Griffin, 1994). O mecanismo da divergência tem por função impedir o crescimento
contínuo do futuro folículo subordinado, já que o mesmo é capaz de se tornar
dominante, como indicado nos estudos envolvendo aspiração do folículo dominante
em vacas e éguas (Ginther, 2000).
As primeiras duas ondas são consideradas as mais importantes, pois nestas
surgem folículos dominantes. Ondas menores podem levar ao desenvolvimento de
folículos medindo entre 22 e 27mm de diâmetro, sem que haja o estabelecimento da
dominância folicular (Bergfelt & Ginther, 1993; Ginther, 1993).
A identificação dos folículos em crescimento de uma onda principal pode ser
confundida com a regressão dos demais, originados em outras ondas, dificultando o
estudo do desenvolvimento individual de determinados folículos em uma onda.
Adicionalmente, pode haver o recrutamento de um grande número de folículos.
Estes fatores dificultam substancialmente o acompanhamento ultra-sonográfico de
folículos cujos tamanhos são inferiores a 15mm. Por esta razão, o rastreamento
individual do folículo, durante cada exame ultra-sonográfico, têm sido conduzido
Revisão de Literatura
38
rotineiramente em folículos que apresentam tamanho maior ou igual a 15mm (Sirois
et al., 1989; Ginther, 1990; Bergfelt & Ginther, 1993).
O exame ultra-sonográfico das ondas foliculares têm utilizado o agrupamento
dos folículos de acordo com o seu diâmetro (Pierson & Ginther, 1987), mensurado
os dois maiores folículos (Pierson & Ginther, 1987; Ginther et al. 2003) e
determinado as características das ondas por variações estatísticas nessa variável
(Ginther & Bergfelt, 1992). A avaliação do desenvolvimento folicular pode ser
realizada através de seu agrupamento em fileiras de seis folículos (Ginther &
Bergfelt, 1993). Foram descritos, ainda, como métodos alternativos para avaliação
das ondas foliculares em éguas: a remoção do folículo ovulatório, com o objetivo de
se estudar o período até o desenvolvimento de outro folículo com características
ovulatórias (Sirois et al., 1989), bem como a identificação do período em que o
folículo não responde mais a estímulos (Pierson & Ginther, 1990).
2.2.3 Seleção do Folículo Dominante
A elucidação do mecanismo de divergência ou seleção do folículo dominante
se faz necessária para que ocorra o desenvolvimento de métodos mais eficazes de
superovulação. Em espécies mono-ovulatórias, a seleção de um folículo da onda
folicular, o qual irá adquirir a dominância, enquanto outros se tornam subordinados e
regridem. Antes do estabelecimento desta dominância, outros folículos em
crescimento são capazes de se desenvolverem e se tornarem dominantes, como
demonstrado em estudos de superovulação em éguas (Woods & Ginther, 1982),
vacas (Ginther et al., 1996) e também em mulheres (Fauser & Heusden, 1997).
Revisão de Literatura
39
Demonstrou-se que, em bovinos, outros folículos são capazes de se tornarem
dominantes se o maior folículo for eliminado nos períodos entre a emergência e logo
após o início da divergência (Adams et al., 1993). Estes resultados indicam que a
designação do folículo dominante não acontece antes da fase de divergência ou
desvio, e que o folículo dominante atua de maneira significativa no estabelecimento
da subordinação folicular.
Em éguas que ciclam normalmente, há duas ondas de FSH: a primeira,
durante ou logo após a ovulação e a segunda, no meio do diestro, passados dez
dias (Handler & Aurich, 2005). O futuro folículo dominante é apto a utilizar baixas
concentrações de FSH para seu crescimento e desenvolvimento, devido a um
aumento na expressão de receptores para este hormônio (Webb et al., 1999). O
início da divergência ocorre quando um decréscimo desta gonadotrofina durante
o diestro, podendo ser abolido através da aplicação de FSH exógeno (Adams et al.,
1993) e da manutenção de altas concentrações endógenas de FSH, regulando-se a
atuação da inibina (McKinnon et al., 1992; McCue et al., 1993). Isto faz com que a
divergência seja completamente impedida ou ao menos adiada, podendo resultar no
desenvolvimento de mais de um folículo dominante.
Desde o pico da onda de FSH até o início da divergência, todos os folículos
contribuem para o decréscimo do FSH, como demonstrado pela manipulação de seu
número (Donadeu & Ginther, 2001). De acordo com estes autores, isto ocorre pelo
feedback negativo exercido pela inibina e estrógeno, ambos de origem folicular,
sobre o FSH. Estudos anteriores demonstraram que o estradiol obtido de fluido
folicular é capaz de suprimir as concentrações de FSH circulantes (Bergfelt &
Ginther, 1986).
Revisão de Literatura
40
Conforme Ginther et al. (2001), a magnitude do declínio de FSH é
proporcional ao número de folículos maiores a 13mm de diâmetro do início do
declínio do FSH até o final da fase de crescimento paralelo dos dois maiores
folículos da onda. As menores concentrações de FSH são observadas durante o
início do estro (Handler & Aurich, 2005).
A inibina é um hormônio protéico produzido pelas células da granulosa
folicular, possuindo um efeito específico ao regular a secreção de FSH (Ginther,
1992). A principal fonte de inibina é o folículo dominante, e seu efeito depressor
sobre as concentrações de FSH é necessário para a inibição do crescimento e
atresia dos folículos subordinados durante a onda folicular (Squires & Seidel, 1995;
McCue, 1996, Donadeu & Ginther, 2001). Por esta razão, imunizações ativas contra
este hormônio são capazes de incrementar as taxas de ovulação (McKinnon et al.,
1992; McCue et al, 1993, Nambo et al., 1998).
Em éguas, a concentração circulatória de inibina imunoreativa é alta durante a
fase folicular e baixa durante a fase luteal (Roser et al., 1994). De acordo com
Nagamine et al. (1998), a concentração circulatória de inibina imunoreativa é maior
durante o crescimento folicular, diminuindo quando a onda de LH se inicia,
aumentando, novamente, durante o breve período da ovulação.
As concentrações circulantes de estrógeno na égua atingem seus valores
máximos dois dias antes da ovulação ou três dias antes do pico de LH (Ginther et
al., 2004). Suas concentrações começam a aumentar 1 a 2 dias antes do início da
divergência folicular (Gastal et al., 2000), atingindo o pico dois dias antes da
ovulação, quando o folículo pré-ovulatório mede aproximadamente 35mm (Ginther et
al., 2004b).
Revisão de Literatura
41
De acordo com o estágio do ciclo estral, o estrógeno é capaz de exercer um
efeito positivo ou negativo sob a síntese de LH (Lindzey et al., 2006). Em éguas, foi
inicialmente concluído que o pico ovulatório de LH é estimulado pelo “feeback”
positivo do estradiol (Baldwin et al., 1991). Administrações diárias de estradiol
resultaram na elevação das concentrações circulantes de LH em éguas
ovariectomizadas (Garcia & Ginther, 1978; Thompson et al., 1991), bem como em
animais intactos (Burns & Douglas, 1981). Mais recentemente, Sharp et al. (2001)
detectaram que administração de estrogênio a éguas ovariectomizadas estimulou a
expressão do ácido ribonucléico (RNA) do tipo mensageiro, que transcreve as sub-
unidades de LH na pituitária. Em vacas, formulações contendo estradiol se prestam
à indução de ovulações, sendo rotineiramente empregadas nos protocolos de
inseminação artificial em tempo fixo (Barros et al., 2000).
Todavia, o real papel do estrógeno sobre os níveis de LH na égua não foi
completamente elucidado. Sabe-se que a concentração de LH aumenta lentamente
até que ocorra o pico de estrógeno, sofrendo rápido e substancial incremento na
medida em que as concentrações deste hormônio esteróide diminuem (Ginther et al.,
2006). Recentemente, Ginther et al. (2007) demonstraram que o estrógeno age
inibindo as concentrações de LH na égua, sendo este efeito dose-dependente. Estes
resultados justificam os obtidos por Fleury et al. (2004) que, ao administrarem o
cipionato de estradiol associado ou não à deslorelina, detectaram que este hormônio
esteróide aumentou o intervalo até a ovulação em éguas com folículos maiores ou
iguais a 30mm.
Em bovinos e eqüinos, a expressão de receptores para LH próximo à fase de
divergência é maior no “futuro” folículo dominante do que nos outros folículos (Evans
Revisão de Literatura
42
& Fortune, 1997; Ginther et al., 2003). Bodensteiner et al. (1996) descreveram que a
alteração na dependência gonadotrófica do folículo dominante é um dos fatores
fundamentais para a seleção folicular.
A elevação passageira de LH plasmático ocorre durante a divergência,
iniciando-se um a dois dias antes de sua ocorrência, como parte da onda ovulatória
de LH (Gastal et al., 1997; 2000; Bergfelt et al., 2001). Esta onda é prolongada na
espécie eqüina: ocorre no início do estro, seis a sete dias antes da ovulação,
alcançando o pico um a dois dias após sua ocorrência (Whitmore et al., 1973;
Geschwind et al., 1975).
Sabe-se da participação decisiva de fatores de crescimento produzidos
localmente no processo de seleção do folículo dominante (Monniaux et al., 1997).
Em éguas, antes da fase de divergência, ocorre aumento de IGF-1. O estradiol, a
inibina e a activina se elevam apenas após a divergência ter se iniciado, o que
sugere que o fator intra-ovariano mais importante durante essa fase é o IGF-1
(Ginther et al., 2003).
O aumento no FSH circulante leva a um aumento da protease PAPP-A
(proteína-A plasmática associada à prenhez), a qual cliva as proteínas ligantes do
fator de crescimento semelhante à insulina (IGFBP) (Spicer et al., 2001). Desta
forma, um aumento na quantidade de IGF livre no interior do folículo. Este fator,
em sua forma livre, possui bioatividade, estimulando o crescimento da granulosa
folicular e a produção de estrógeno em sinergismo com o FSH. Em estudo recente, a
injeção de IGF-recombinante foi capaz de estimular o desenvolvimento da
dominância no segundo maior folículo da onda durante o início da divergência
(Ginther et al., 2008), demonstrando o papel essencial exercido por este fator.
Revisão de Literatura
43
2.3 Superovulação
A indução de múltiplas ovulações em éguas se trata de uma alternativa para
aumentar a recuperação embrionária e, conseqüentemente, reduzir os custos
associados à transferência de embriões (TE). Isto é especialmente interessante pelo
fato da égua se tratar de um animal mono-ovulatório (Ginther, 1992). O tratamento
superovulatório tem por objetivo recrutar um maior número de folículos de uma
determinada onda, estimulando seu desenvolvimento e ovulação (Meira & Buratini,
1998).
A superovulação auxilia na obtenção de resultados favoráveis em éguas
inseminadas com sêmen congelado e/ou de baixa fertilidade quanto à recuperação
embrionária (McCue, 1996). De acordo com este autor, a estimulação de múltiplos
folículos pode aumentar a eficiência da coleta de oócitos para fins de fertilização in
vitro (FIV), transferência intra-falopiana de gametas (GIFT) e injeção intra-
citoplasmática de espermatozóide (ICSI).
O principal desafio a ser vencido pelo tratamento superovulatório é estimular
e manter o desenvolvimento de folículos que, durante um ciclo normal, sofreriam
com a inibição de seu crescimento e subseqüente atresia (Pierson & Ginther, 1990).
Desta forma, os tratamentos superovulatórios baseiam-se na disponibilização de
quantidades suficientes de FSH para o crescimento folicular, quer pela
administração direta desta gonadotrofina contida nos preparados ou por meio do
aumento de suas concentrações endógenas, através da imunização contra a inibina,
plasma anti-inibina ou da administração de GnRH.
Revisão de Literatura
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O EPE (Extrato de Pituitária Eqüina) é um preparado parcial de gonadotrofina
eqüina, o qual possui tanto o FSH quanto o LH em sua composição, tendo sido um
dos primeiros hormônios utilizados na superovulação (Douglas, et al. 1974). As
concentrações de LH no EPE são variáveis, comprometendo parcialmente a
repetibilidade dos resultados com sua utilização (Alvarenga et al., 2001; Scoggin et
al., 2002).
Estudos têm obtido sucesso, de maneira bem similar, através do uso do
Hormônio Folículo Estimulante Eqüino Purificado (eFSH) (Squires, 2003; Niswender
et al., 2004). Tanto o EPE quanto o eFSH estão disponíveis comercialmente, sendo
utilizados pela via intramuscular (IM). Entretanto, a terapia com eFSH possui,
comparativamente, maior custo em relação ao EPE (Carmo, 2003).
2.3.1 Resposta superovulatória e fatores envolvidos
A resposta de éguas cíclicas ao eFSH e ao EPE depende da população
ovariana de folículos no início do tratamento, sendo que o momento ideal para se
iniciar um programa superovulatório é no início da onda folicular, antes do
aparecimento de um folículo dominante. De acordo com Dippert et al. (1992) e
Scoggin et al. (2002), as melhores respostas superovulatórias podem ser obtidas
quando o tratamento se inicia entre o quinto e o sétimo dia pós-ovulação.
Machado et al. (2003) observaram uma correlação positiva entre a população
de folículos de 16 a 20mm de diâmetro 48 horas após o início do tratamento e o
número de ovulações nos grupos tratados com EPE e eFSH. De acordo com os
autores, faz com que se possa estimar a resposta superovulatória pela avaliação da
população folicular durante o início do tratamento. As melhores respostas
Revisão de Literatura
45
superovulatórias obtidas por Carmo (2003) ocorreram quando, neste momento, as
éguas apresentavam folículos ovarianos variando entre 10 e 20mm. Em estudo
recente envolvendo aspiração folicular, verificou-se que o diâmetro ideal para que se
inicie o tratamento superovulatório é de 20 a 23mm (Orlandi et al., 2006).
Outro fator que afeta a resposta superovulatória é a freqüência de
administração. Duas aplicações diárias a cada 12 horas (BID) são mais eficientes
em aumentar a taxa de ovulação e a recuperação embrionária do que somente uma
(Squires, 2003). Estudos realizados por Alvarenga et al. (2001) e Scoggin et al.
(2002) demonstraram uma melhora no percentual de ovulações múltiplas (4 a 7
ovulações por ciclo) em éguas superovuladas com a administração de 25mg de EPE
(BID). Contudo, ambos obtiveram taxas de recuperação embrionária insatisfatórias,
tendo sido levantada a hipótese de que as altas concentrações de LH no EPE
possam estar envolvidas neste entrave (Alvarenga et al., 2003; Machado et al.,
2003).
Carmo (2003) comparou doses constantes e decrescentes de EPE na
indução de superovulação em éguas. O uso de doses decrescentes objetivou reduzir
as concentrações de LH exógeno próximas ao momento ovulatório. O tratamento foi
iniciado no sétimo dia s-ovulação (D7), utilizando éguas em cujos ovários havia
um corpo lúteo (CL) e somente folículos 25mm de diâmetro. As aplicações eram
interrompidas quando a maioria dos folículos atingia 35mm de diâmetro, momento
em que era aplicado 3000 unidades internacionais (UI) de gonadotrofina coriônica
humana (hCG) pela via endovenosa (IV) com o intuito de induzir a ovulação. Ao
Grupo 1 (G1: doses constantes), foram administrados 25mg de EPE, BID. As éguas
do Grupo 2 (G2: doses decrescentes) receberam, seguindo-se a mesma freqüência
Revisão de Literatura
46
de aplicação, EPE nas doses de 40mg, 35mg, 30mg, 25mg, 20mg, 15mg e 10mg,
respectivamente, no primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto, sexto e sétimo dia
de tratamento. Concluiu-se que a utilização de doses decrescentes de EPE
proporcionou uma melhora numérica, embora não significativa, de ovulações e de
embriões recuperados (G1: 3,5 e 1,2; G2: 5,0 e 1,8, respectivamente).
De acordo com Woods & Ginther (1983), a indução da ovulação se faz
necessária somente para que as ovulações sejam sincronizadas, sem que haja
alterações na taxa de ovulação mediante o seu emprego. Dippert et al. (1994)
afirmam que os melhores resultados de sincronização são obtidos quando se realiza
a indução antes da primeira ovulação do ciclo tratado.
O hormônio empregado influencia a resposta superovulatória. Os primeiros
relatos da utilização de FSH para indução de múltiplas ovulações em éguas se
referem ao uso do Hormônio Folículo Estimulante de origem porcina (pFSH), devido
a sua ampla disponibilidade. Em síntese, a administração desta gonadotrofina duas
vezes ao dia, durante a metade ou o final do diestro até o início do estro, forneceu
resultados pouco satisfatórios no que diz respeito à taxa de ovulação e ao número
de éguas apresentando mais de uma ovulação por ciclo estral. Além de produzir
uma resposta bem inferior à obtida na espécie bovina, trata-se de um método
oneroso por requerer administração de elevadas doses – cerca de 70 vezes mais do
que o necessário para superovular vacas sendo, portanto, de aplicabilidade restrita
(Squires et al., 1986; Hofferer et al., 1991; Fortune & Kimmich, 1993).
Resultados inconsistentes foram igualmente relatados com o uso da
gonadotrofina coriônica eqüina (eCG) (Allen, 1982), do GnRH (McCue, 1996) e do
FSH recombinante humano. Apesar de respostas superovulatórias interessantes
Revisão de Literatura
47
tenham sido obtidas com éguas imunizadas contra inibina (McKinnon et al., 1992;
McCue et al., 1993), seu uso é limitado em decorrência de relatos de choque
anafilático e abscessos no local de administração.
Na tentativa de melhorar a resposta superovulatória em éguas, Alvarenga et
al. (2003) realizaram um experimento com o eFSH, uma vez que, desta forma, retira-
se o efeito negativo da presença de LH no EPE. Em seu estudo, foi utilizado o
seguinte protocolo: no D7, aplicou-se uma dose de luteolítico, sendo iniciado o
tratamento com eFSH (eFSH® - Bioniche Animal Health Inc., Canadá, 12 mg, BID).
O tratamento era interrompido quando pelo menos metade dos folículos em
desenvolvimento atingisse 35mm de diâmetro, momento em que se administrava
3000UI de hCG (IV). Inseminações artificiais eram diariamente conduzidas, da
administração do indutor até a última ovulação. A duração do tratamento não
excedeu, neste estudo, oito dias. Um maior número de ovulações (4,0 contra 1,0) e
de embriões (2,0 contra 0,6) por ciclo foi obtido no grupo tratado, sendo todos os
embriões recuperados classificados como viáveis.
Os resultados deste trabalho quanto ao número de ovulações foram próximos
aos de Rosas et al. (1998), os quais utilizaram 25mg de eFSH uma vez ao dia (SID)
e obtiveram 4,6 ovulações por ciclo no grupo tratado, contra 2,0 no controle. Estes
estudos concluíram que o uso do eFSH aumenta a eficiência e a rentabilidade de
programas de TE em eqüinos, sendo satisfatório em termos econômicos por
garantir, ao menos, um embrião por lavado.
A fim de comparar a resposta superovulatória do EPE e do eFSH, Machado
(2004) avaliou os mesmos dois protocolos de EPE (doses constantes e
decrescentes) utilizados por Carmo (2003), bem como o emprego de eFSH (12,5mg,
Revisão de Literatura
48
IM, BID). Os tratamentos foram iniciados no D7, interrompidos quando a maioria dos
folículos atingisse tamanho 35mm, momento em que se administrou 3000UI de
hCG (IV). Neste estudo, o número de ovulações por égua foi similar entre os
tratamentos superovulatórios. Contudo, a quantidade de embriões recuperados
apresentou tendência a ser superior para as éguas tratadas com eFSH.
Squires & Mccue (2007), utilizando o EPE e o eFSH obtiveram
respectivamente, 3,2 e 3,1 ovulações, com 1,96 e 1,5 embriões recuperados por
coleta.
Farinasso et al., (2005) observaram melhora da taxa de recuperação
embrionária na utilizando baixas doses de EPE. No diestro (D6 a D9), às éguas
apresentando ovários com folículos 25mm aplicou-se luteolítico, submetendo-as a
tratamento diário com EPE, BID, com doses de 2mg, 4mg e 6mg. Apenas as doses
de 4 e 6 mg elevaram a taxa de ovulação em relação ao grupo controle, induzindo
ovulações duplas e triplas em 76,9% dos ciclos tratados. Para o tratamento com 6mg
foi obtida média de 1,84 ± 0,58 ovulações/ciclo e de 1,31 ± 0,75 embriões/ciclo. Este
protocolo obteve uma relação entre ovulações e embriões recuperados superior aos
demais, possivelmente devido ao pequeno número de folículos que se
desenvolveram frente ao estímulo hormonal. Resultados semelhantes foram
encontrados por Rocha Filho et al. (2005), ao administrarem diariamente 4mg e 5mg
de EPE.
O EPE e o eFSH também têm sido utilizados, com sucesso, para antecipar a
primeira ovulação em éguas transicionais (Squires, 2003; Niswender et al., 2004). Ao
utilizar o eFSH em éguas acíclicas durante a fase de transição de primavera, Peres
(2004) aplicou 12,5mg de eFSH aos animais que apresentassem folículo
25mm. O
Revisão de Literatura
49
tratamento era interrompido até que a maioria dos folículos maiores que 30mm
alcançasse 35mm, quando era aplicado 2500UI de hCG (IV). Com este tratamento,
85,71% das éguas tratadas apresentaram múltiplas ovulações, aumentando a
recuperação embrionária (média de 2,0 embriões por lavado) e antecipando o início
da estação reprodutiva em torno de 11,5 dias. Entretanto, as éguas tratadas levaram
mais tempo até a ovulação subseqüente (22,36 contra 10,92 dias do controle).
2.3.2 Distúrbios na superovulação
Douglas (1979), Woods & Ginther (1982) e Woods et al. (1982) foram os
primeiros autores a reportarem dados referentes à superovulação com subseqüente
coleta embrionária. Passadas mais de duas décadas, respostas inconstantes ainda
têm sido obtidas nos programas de superovulação em éguas (Alvarenga et al.,
2008).
Para o aprimoramento da técnica de superovulação na espécie eqüina, faz-se
necessário o entendimento dos fatores relacionados à resposta superovulatória e às
inconsistentes taxas de recuperação embrionária com o emprego de diferentes
protocolos e hormônios. Os trabalhos citados nesta revisão que dizem respeito aos
perfis hormonais de fêmeas superovuladas o se referem à espécie eqüina, pois
foram encontrados trabalhos na literatura com este enfoque.
Estudos demonstraram que a preparação das gonadotrofinas está
relacionada com as variações nos resultados dos tratamentos superovulatórios.
Alguns autores afirmam que produtos com altas concentrações de LH causam
efeitos deletérios na resposta superovulatória (Donaldson & Ward, 1986) afetando,
também, a qualidade embrionária (Kafi & Mcgohan, 1997). Callesen et al. (1986)
Revisão de Literatura
50
demonstraram que o excesso de LH pode causar luteinização folicular prematura,
comprometendo tanto o ovócito quanto o embrião.
Bevers & Dieleman (1987) descreveram que o estímulo ao crescimento
folicular pela administração da eCG resultou na secreção de esteróides e
gonadotrofinas endógenas em novilhas.
Em trabalho subseqüente, foi relatado que a concentração de estradiol está
relacionada ao número de folículos pré-ovulatórios, sendo bem mais elevada em
vacas superovuladas (Bevers et al., 1989). Nos animais superovulados deste
trabalho, além do aumento nas concentrações de estradiol, houve diminuição nas
concentrações de FSH, bem como na amplitude e freqüência de seus pulsos.
Booth et al. (1975) detectaram aumento nos níveis de estrógeno no terceiro
dia pós-ovulação em vacas superovuladas, associando este aumento à formação de
grandes folículos anovulatórios. O mesmo estudo propõe que a pobre recuperação
embrionária no sexto dia pós-ovulação se deve a efeitos deletérios dos altos níveis
de estrógenos na motilidade do trato genital, causando alterações no transporte de
oócitos. De acordo com Russel et al. (1980), níveis elevados de estrógeno e
progesterona podem interferir no processo de clivagem.
O desenvolvimento de folículos anovulatórios em um pequeno percentual de
éguas tem sido observado, em especial quando tratadas com eFSH (Squires, 2006),
sem que se saiba o real mecanismo de seu aparecimento.
Goodmann et al. (1980) e Desaulniers et al. (1995) observaram que o pulso
de LH foi mais baixo durante o período pré-ovulatório de fêmeas superestimuladas
com pFSH, contrariamente, as concentrações de estradiol se mantiveram
Revisão de Literatura
51
demasiadamente elevadas. Sabe-se que a presença do LH é essencial ao participar
da fase final do desenvolvimento e da seleção folicular, devido aos receptores para
LH em folículos dominantes antes da divergência (Bodensteiner et al., 1996; Ginther
et al., 1996). Da mesma maneira, o LH é importante ao estimular a maturação
nuclear oocitária in vivo (Dekel et al., 1988, Hyttel et al., 1991). Vacas que possuem
ondas de LH precoces, tardias ou ausentes produzem quantidades
significativamente menores de embriões frente à superovulação (Callesen et al.,
1986).
Em trabalho conduzido por Woods & Ginther (1984), apesar do tratamento
com EPE ter resultado em um maior número de embriões recuperados por égua, os
embriões oriundos de superovulação transferidos culminaram em um número menor
de gestações (47%), em comparação ao grupo controle (88%). Resultados similares
foram obtidos por Elsden et al. (1976) com vacas superovuladas. Contudo, Squires
et al. (1987a) demonstraram que as taxas de prenhez mediante a transferência de
embriões coletados de éguas superovuladas foram similares às de embriões obtidos
de éguas que ovularam espontaneamente.
Em recente estudo, foi verificado que embriões eqüinos provenientes de
tratamento superovulatório apresentam características ultra-estruturais e qualidades
similares às de embriões oriundos de coletas convencionais (Peres, 2004).
Dippert et al. (1992) obtiveram maiores índices de recuperação embrionária
após tratamento com 40mg diários de EPE a partir do 5
o
dia pós-ovulação (2,0 ± 1,8
contra 0,7 ± 0,5 no grupo controle). Pouco depois, Dippert et al. (1994) detectaram
taxas similares de recuperação embrionária por ovulação no grupo tratado (57,1%) e
no controle (62,5%). Alvarenga et al. (2001) foram os que alcançaram a maior taxa
Revisão de Literatura
52
média de recuperação embrionária por égua (3,5) até o momento, utilizando duas
aplicações diárias de 25mg de EPE. Entretanto, neste estudo, a taxa de recuperação
embrionária em relação ao número de ovulações foi baixa (49%). Os trabalhos
subseqüentes, utilizando a mesma dose e freqüência de administração, relataram
uma recuperação embrionária por égua e por ovulação, de, respectivamente: 2,1 e
43,2% (Scoggin et al, 2002), 1,2 e 30,2% (Carmo, 2003) e, 1,0 e 26% (Machado et
al., 2003).
As baixas taxas de fertilização ou sua completa ausência continuam a ser os
principais fatores limitantes nos procedimentos de superovulação em bovinos e
eqüinos (Armstrong, 1993). As falhas na fertilização têm sido atribuídas a
anormalidades na maturação de oócitos, os quais possuem qualidade heterogênea
(Moor et al., 1985) e à assincronia entre os eventos de maturação do ovócito e do
folículo (Loos et al., 1991). De acordo com Hyttel et al. (1991), 37% dos oócitos
recuperados de vacas superovuladas sofreram maturação anormal, em comparação
aos 11% do grupo controle. Carmo (2007) detectou que os oócitos provenientes de
éguas superovuladas apresentam características ultra-estruturais únicas,
compatíveis com imaturidade citoplasmática e nuclear, as quais podem comprometer
as taxas de fertilização e recuperação embrionária.
Dippert et al. (1994) removeram ovários e ovidutos de éguas superovuladas
dois dias após a última ovulação, e identificaram que mais de 90% dos corpos lúteos
formados eram provenientes de ovulações e não de luteinizações. Alvarenga et al.
(2001) relataram, em seu estudo, que um grande número de ovulações resultou no
desenvolvimento de corpos lúteos funcionais, devido ao significativo aumento nas
concentrações de progesterona plasmática.
Revisão de Literatura
53
Após a lavagem das tubas uterinas de éguas superovuladas, as quais
apresentaram a média de 3,5 ovulações por ciclo, Dippert et al. (1994) não
detectaram diferença na recuperação oocitária entre éguas tratadas e o grupo
controle. Da mesma forma, Carmo (2007) observou que a recuperação de oócitos
por ovulação se aproxima do normal quando ocorrem até três ovulações por égua
tratada com EPE, justificando, desta maneira, a melhor taxa de recuperação
embrionária por ovulação frente ao uso de sub-doses de EPE (Farinasso et al.,
2005; Rocha Filho et al., 2005) e eFSH (Rocha Filho et al., 2005). De acordo com
Carmo (2007), o percentual de oócitos recuperados de éguas superovuladas com
EPE foi significativamente menor (90% vs. 65%), atribuindo este fato à dificuldade de
captação oocitária pela tuba uterina, devido à presença de grandes coágulos de
sangue obstruindo a fossa de ovulação.
Lapin & Ginther (1977) detectaram 24 corpos lúteos em seis éguas que foram
previamente tratadas com doses superestimulatórias de Extrato de Pituitária Eqüina,
e necropsiadas três ou quatro dias após as ovulações. Em somente 58,3% dos
corpos lúteos foram verificados traços na fossa da ovulação. Apenas seis embriões
foram recuperados das tubas uterinas destas éguas, sendo a taxa média de
recuperação por ovulação de 25%. Pesquisas recentes têm demonstrado que a
estimulação ovariana exacerbada não proporciona um maior número de embriões
obtidos por coleta, quando comparada às éguas que apresentam menor resposta
ovulatória (Alvarenga et al., 2001; Scoggin et al., 2002; Logan et al., 2007; Squires &
McCue, 2007).
Alvarenga et al., (2001) obtiveram taxas semelhantes de recuperação
oocitária mediante a aspiração folicular de éguas no grupo controle (79%) e tratado
Revisão de Literatura
54
com 0,75mg de EPE (SID) (61%). Da mesma forma, Scoggin et al. (2002) aspiraram
via trans-vaginal todos os folículos pré-ovulatórios para a recuperação de oócitos,
não observando diferença na porcentagem de oócitos recuperados por folículo
aspirado entre o grupo tratado com GnRH e EPE ou apenas com EPE. Estes
resultados sustentam a hipótese de que um dos entraves da superovulação se
encontra na captação dos oócitos pela tuba uterina e não na capacidade de serem
liberados do folículo.
Outro problema existente é a deficiência no transporte espermático em
animais superovulados, que resulta em um reduzido número de espermatozóides
nos ovidutos no momento da fertilização (Hawk, 1988). Elsden & Seidel (1995)
propõem que os altos veis de progesterona produzidos poderiam alterar o
transporte de espermatozóides e óvulos. Briant et al. (2004) detectaram
concentrações pré-ovulatórias acima de 1ng/ml de progesterona em éguas tratadas
com altas doses de eFSH. Peres et al. (2005) mensuraram as concentrações de
progesterona no diestro de éguas superovuladas com 12,5mg de eFSH (BID), sendo
que a concentração de progesterona sérica apresentou correlação positiva com o
número de ovulações.
O
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O
O
OO
O
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Objetivos
Objetivos:
O presente estudo teve como objetivos:
1- Avaliar as concentrações hormonais de estrógeno, inibina, FSH e LH antes,
durante e imediatamente após o término da administração hormonal em éguas
submetidas a tratamentos superovulatórios com Extrato de Pituitária Eqüina e FSH
eqüino purificado.
2- Correlacionar os níveis plasmáticos de estrógeno, inibina, FSH e LH antes,
durante e imediatamente após o término da administração hormonal com a resposta
superovulatória e a recuperação embrionária nos animais sob tratamentos
superovulatórios com Extrato de Pituitária Eqüina e FSH eqüino purificado.
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MM
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Materiais e Método
58
3. MATERIAL E MÉTODO
O experimento foi conduzido no Posto de Monta do Departamento de
Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, localizado na Fazenda Lageado –
UNESP localizado no município de Botucatu (LAT. 22
0
S e LONG. 48
0
W), estado
de São Paulo, onde as éguas foram mantidas em piquete com livre acesso a
bebedouro coletivo com livre acesso à água, sendo alimentados com feno de coast-
cross (Cynodon dactylon). Os experimentos foram realizados paralelamente a um
outro trabalho de Mestrado com o objetivo de comparar protocolos de superovulação
utilizando Extrato de Pituitária Eqüina em doses constantes e decrescentes.
3.1 Animais
Seis éguas em bom estado sanitário e corporal, com idade entre quatro a
15 anos, massa corpórea entre 400 a 500 Kg e com bom histórico reprodutivo, foram
utilizadas durante duas estações reprodutivas. A primeira compreendida entre 01 de
novembro de 2001 e 05 de março de 2002 e a segunda no período entre 15 de
Dezembro de 2002 e 30 de Janeiro de 2003. Estes animais foram acompanhados
durante 06 (seis) ciclos consecutivos, na primeira estação, conforme descrito a
seguir:
ciclo: Acompanhamento ultrassonográfico para a detecção da ovulação
(US).
2º ciclo: Tratamento superovulatório (Constante ou decrescente).
3º e 4º ciclos: Observação do intervalo interovulatório
.
Materiais e Método
59
US
4 °
4 ° 4 °
4 °
4 °
4 °4 °
4 °
C/D
C/D
US
Controle
ControleControle
Controle
eFSH
Ciclos
CiclosCiclos
Ciclos
5º ciclo: Tratamento superovulatório (Constante ou decrescente).
6º ciclo: Observação do intervalo interovulatório.
Na segunda estação reprodutiva, as mesmas éguas foram acompanhadas
durante 04 (quatro) ciclos consecutivos:
ciclo: Detecção da ovulação por ultrassonografia (US).
ciclo: Grupo controle (GIV).
ciclo: Observação do intervalo interovulatório.
ciclo: Tratamento superovulatório com FSH eqüino purificado (GIII).
Escolheu-se outra estação para a realização do grupo controle para se
eliminar algum possível efeito causado pelas seqüentes induções de superovulações
e também para utilizar a mesma época do ano dos grupos anteriores. Essas
informações podem ser observadas na Figura 1, onde US (acompanhamento
ultrassonográfico), C/D (tratamento com EPE Constante ou Decrescente), eFSH
(tratamento com eFSH) e setas verdes para os ciclos onde apenas foi observado o
intervalo interovulatório.
Figura 1 Esquema dos ciclos utilizados, durante as duas estações reprodutivas
(06 ciclos na primeira estação e 04 ciclos na segunda estação de monta utilizada).
Materiais e Método
60
Foi utilizado sêmen de um Garanhão da raça Árabe, com bom histórico de
fertilidade, para as inseminações das éguas do experimento.
O sêmen foi colhido através de uma vagina artificial, modelo Botucatu,
sendo então analisado o ejaculado em microscópio com contraste de fase e
posteriormente diluído em meio Kenney (KENNEY, 1975) na proporção de 1:1. As
inseminações foram realizadas utilizando-se 1x10
9
de espermatozóides viáveis, em
um volume de 30 a 40ml.
3.2 Preparação do Extrato de Pituitária Eqüina (EPE)
As pituitárias foram adquiridas no matadouro da cidade de Araguari, Minas
Gerais, e preparadas no laboratório de Reprodução Animal da Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP, Campus de Botucatu, conforme
metodologia proposta por Guillou e Combarnous (1983). Resumidamente, o EPE foi
extraído com 40% de etanol, 6% de acetato de amônia e a fração ativa foram
precipitadas para aumentar a concentração de etanol em 80%, após ter sido
dializado e liofilizado. Logo após a liofilização, o extrato foi diluído em solução salina
fisiológica a uma concentração de 10mg/ml e armazenado à -20°C.
Ao ser utilizado, o EPE liofilizado foi diluído em solução fisiológica na
proporção de 10 mg/ml, sendo conservado em refrigerador a 5° C por um período
máximo de sete dias.
Os níveis de FSH e LH presentes no EPE, foram avaliados na
Universidade da Califórnia – Davis – EUA pela Dr.(a) Jennet Rose, através da
técnica de radioimunoensaio (R.I.A.) LH 493µg / FSH 331µg - (60% e 40%
respectivamente).
Materiais e Método
61
3.3 FSH Eqüino Purificado
O FSH eqüino purificado utilizado para o tratamento superovulatório foi
adquirido no Laboratório Bioniche (Bioniche Animal Health Inc., Canadá) e cada
frasco utilizado continha 25mg de B-FSH-ReF-001.
3.4 Tratamentos
Grupo I (GI): Doses Constantes
As éguas foram submetidas a tratamento superovulatório com doses
constantes de EPE, conforme o seguinte protocolo:
dia: (7º dia s-ovulação)- 18:00 horas, aplicação de 25mg/IM de EPE,
sendo aplicado, concomitantemente, 1,0 ml/IM de “Prostaglandina F
2
alfa” (Lutalise
,
Rhodia-Mérieux, Paulínia-SP).
dia: 7:00 horas, aplicação do EPE e, novamente, prostaglandina F
2
alfa
(Lutalise
, Rhodia-Mérieux, Paulínia, SP) para garantir a luteólise, na mesma
dosagem do primeiro dia. E às 18:00 horas aplicação de 25mg/IM de EPE.
ao dia: Foi aplicado 25mg/IM de EPE pela manhã (7:00 horas) e à tarde (18:00
horas). O tratamento foi interrompido quando pelo menos a metade dos folículos em
desenvolvimento atingiram 35mm de diâmetro. Neste momento, foi aplicado 3000UI
de Gonadotrofina Coriônica Humana “hCG” (Vetecor
- Laboratório Calier, São
Paulo-SP) por via endovenosa e realizada a 1
a
inseminação, repetindo-a diariamente
até a última ovulação. Os animais foram tratados com EPE por um período ximo
de 8 dias.
Materiais e Método
62
Grupo II (GII): Doses Decrescentes
As éguas foram tratadas com frações decrescentes EPE. As doses de
EPE foram administradas duas vezes ao dia (7:00 e 18:00), em frações
decrescentes; 45mg, 35mg, 25mg, 15mg e 10mg/IM para 1º, 2º, 3º, 4º, e 6º dia,
respectivamente.
dia: (7º dia s-ovulação)- 18:00 horas, aplicação de 45mg/IM de EPE,
sendo aplicado concomitantemente 1,0 ml/IM de prostaglandina F
2
alfa (Lutalise
,
Rhodia-Mérieux, Paulínia-SP).
dia: 7:00 horas aplicação de 35mg de EPE e, novamente,
prostaglandina F
2
alfa para garantir a luteólise, na mesma dosagem do primeiro dia.
E às 18:00 horas aplicação de 35mg/IM de EPE, novamente.
ao dia: Aplicação de doses decrescentes de EPE, pela manhã (7:00
horas) e à tarde (18:00 horas). O tratamento foi interrompido quando pelo menos a
metade dos folículos em desenvolvimento (aproximadamente 30mm) atingiram
35mm de diâmetro. Neste momento, foi aplicado 3000 UI de hCG por via
endovenosa e realizada a 1
a
inseminação, repetindo-a diariamente até a última
ovulação. Quando necessário o prolongamento do tratamento, foi mantida a dose de
10mg de EPE. Os animais foram tratados com EPE por um período máximo de 8
dias.
Grupo III (GIII): FSH Eqüino Purificado
Neste grupo os animais receberam aplicações duas vezes ao dia de
12,5mg por via intramuscular de FSH eqüino purificado, nos mesmos horários do GI
e GII. O tratamento com FSH eqüino purificado foi interrompido quando a maioria
Materiais e Método
63
dos folículos em desenvolvimento atingiu diâmetro médio de 35mm, a partir deste
momento o protocolo foi semelhante ao descrito para GI e GII.
Grupo IV (GIV): Ciclo Controle
As éguas não foram submetidas ao tratamento superovulatório. Foi
aplicado 1,0 ml “Prostaglandina F
2
alfa” (Lutalise
, Rhodia-Mérieux, Paulínia-SP) no
dia pós-ovulação, e acompanhado o desenvolvimento folicular, através de ultra-
sonografia. A ovulação foi induzida com 3000UI de Gonadotrofina Coriônica Humana
“hCG” (Vetecor
- Laboratório Calier, São Paulo-SP), por via endovenosa, quando
um folículo de 35mm de diâmetro foi observado, e realizado a primeira inseminação
artificial. Esta foi repetida diariamente utilizando-se 1x10
9
de espermatozóides
viáveis até a detecção da ovulação.
3.5 Avaliação Ultra-sonográfica
As éguas foram submetidas, previamente, a exames ultra-sonográficos
para a detecção de qualquer alteração uterina e ovariana que pudesse influenciar os
resultados do estudo, e citologia uterina. Para aos exames ultra-sonográficos foi
utilizado um aparelho modelo Scanner 450 Vet (Pie-Medical, Holanda) com
transdutor linear de 5,0 MHz.
As éguas foram acompanhadas através de exames ultra-sonográficos
para a detecção da ovulação (dia 0). Após sete dias da ovulação (dia 7) um outro
exame de ultra-som foi realizado para verificar a presença de edema uterino e
folículo com diâmetro médio superior a 25mm, onde na presença destes, o se
executaria o protocolo superovulatório.
Materiais e Método
64
Através do exame ultra-sonográfico e exploração detalhada do ovário
verificaram-se a presença de corpo lúteo e folículos, sendo estipulado para o início
do tratamento superovulatório a presença de um corpo teo bem evidente e a
presença de folículos com diâmetro menor ou igual 25 mm. Após a realização deste
exame, as éguas receberam uma injeção intramuscular de PGF2α (250 µg/dia de
cloprostenol) e então, iniciava-se o tratamento superovulatório e a avaliação do
crescimento folicular das éguas dos grupos I, II e III e apenas a avaliação do
crescimento folicular do grupo IV (controle). Os mesmos animais foram utilizados em
todos os tratamentos, com o intuito de evitarem-se variações individuais.
O acompanhamento ultra-sonográfico foi realizado a cada 24 horas, desde
o início do tratamento (D7) até a última ovulação. Todos os folículos com diâmetro
maior ou igual a 10 mm, presentes no inicio do tratamento, foram mensurados após
a imagem ultra-sonográfica ser congelada, utilizando-se a função de medição
eletrônica disponível no aparelho, esse acompanhamento foi efetuado até a última
ovulação dos folículos, que atingiram diâmetro superior a 30 mm. A localização dos
folículos foi registrada através de mapeamento ovariano, mostrando-se a posição de
um dado folículo em relação aos outros e as demais referências ovarianas.
3.6 Amostras de sangue e Ensaios Hormonais
Diariamente, antes do acompanhamento ultra-sonográfico descrito
anteriormente, foram coletadas amostras de sangue obtidas por punção da veia
jugular, com auxílio de um tubo “vacutainer” heparinizado, das éguas tratadas com
doses constantes de EPE, decrescentes, eFSH e do grupo controle. As amostras
foram coletadas, no mesmo horário, antes da aplicação dos tratamentos, iniciando-
Materiais e Método
65
se as coletas 02 dias antes do tratamento até 02 dias após a última ovulação (para
dosagem de LH, FSH, estradiol e inibina). E, novamente no oitavo dia após ovulação
(para dosagem de progesterona, com intuito de correlacionar níveis de progesterona
com os números de embriões recuperados e corpos lúteos existentes).
Após a colheita das amostras, as mesmas foram centrifugadas por 5
(cinco) minutos a 3000 rpm., o plasma foi retirado com auxílio de uma pipeta estéril,
e este armazenado em temperatura de –20ºC.
As dosagens de FSH, LH, estradiol e inibina foram realizadas na
Universidade da Califórnia Davis, EUA, no laboratório de endocrinologia sob
responsabilidade da Doutora Jennet Roser, pesquisadora da Universidade da
Califórnia.
As amostras para as dosagens de FSH e LH foram quantificadas por uma
versão modificada da técnica de radioimunoensaio de duplo anticorpo heterólogo
descrita por Matteri et al., (1986). O coeficiente intra ensaio de LH foi de 3,5% e a
sensibilidade de 0,5ng/ml. O FSH apresentou coeficiente de variação inter e intra
ensaio foi de 2,7% e 8,8%, respectivamente, e sensibilidade de 1,8ng/ml.
As concentrações de estradiol foram determinadas por RIA, segundo
método descrito por Pinaud et al. (1991), apresentando sensibilidade de 15,0pg/ml,
coeficiente de variação intra e inter ensaio de 5% e 11,2%, respecivamente.
As concentrações plasmáticas de inibina imunoreativa foram mensuradas
através de RIA, conforme o descrito por Roser et al. (1994). Neste caso, a
sensibilidade do ensaio foi de 0,33ng/ml e os coeficientes de variação intra e inter
ensaio foram de 2,7% e 13,6%, respectivamente.
Materiais e Método
66
3.7 Avaliação dos Dados
A fim de facilitar as comparações entre os grupos, as concentrações
médias hormonais foram divididas em quatro períodos distintos, de acordo com o
momento do ciclo estral em que foram obtidas. Os períodos foram classificados com
números (1 a 4), correspondendo às concentrações detectadas:
- Período 1: dois dias antes do início do tratamento;
- Período 2: durante a administração dos medicamentos superovulatórios, até um dia
antes da ovulação;
- Período 3: dia da ovulação;
- Período 4: durante os dois dias após a ovulação.
Não obstante, as concentrações hormonais médias foram analisadas nos
quatro grupos de acordo com o dia do ciclo em que foram obtidas, a fim de detectar
diferenças pontuais.
3.8 Análise estatística
Para a avaliação das diferenças nos níveis hormonais ao longo de todo
tratamento a análise dos dados foi feita por ANOVA para medidas repetidas,
utilizando-se o proc GLM do SAS. As variáveis dependentes foram a
concentração plasmática de LH, FSH, estradiol e inibina (ng/ml) e as
variáveis independentes, o intervalo de tempo, tratamento e interação
tratamento x intervalo.
Para as variáveis que apresentaram variação
significativa foi realizado o teste de Duncan como pós-teste para
Materiais e Método
67
verificar as diferenças entre os momentos. Foi observada diferença significante
quando P<0,05.
Para a análise comparativa dos hormônios (Estradiol, Inibina, FSH e LH)
entre os grupos nos diferentes dias foi utilizado a análise de variância (ANOVA),
seguido quando necessário pelo teste Tukey a 5% de significância.
R
RR
R
R
RR
R
e
ee
e
e
ee
e
s
ss
s
s
ss
s
u
uu
u
u
uu
u
l
ll
l
l
ll
l
t
tt
t
t
tt
t
a
aa
a
a
aa
a
d
dd
d
d
dd
d
o
oo
o
o
oo
o
s
ss
s
s
ss
s
Resultados
69
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
Número
GI GII GIII GIV
Grupos
Ovulões
Embriões
4. RESULTADOS
4.1 Número de ovulações e embriões
O número médio de ovulações e embriões recuperados foi de, respectivamente,
3,3±1,6 ovulações e 1,2±1,3 embriões para o grupo sob tratamento de EPE constante
(GI), 5,0±2,1 e 1,8±1,3 no grupo EPE decrescente (GII), 4,8±1,3 e 2,6±0,5 no grupo
eFSH (GIII) e 1,0±0 e 0,5±0,5 no grupo controle (GIV). O número de ovulações
observado nos grupos superovulados foi semelhante entre si e superiores (GII e GIII)
ao grupo controle (P<0,05). No entanto, GI (EPE Constante) apresentou valor
intermediário entre os demais grupos superovulados e o grupo controle. O número de
embriões recuperados observado no grupo eFSH (GIII) foi superior estatisticamente ao
grupo controle (GIV), e os grupos GI e GII apresentaram valores estatisticamente
intermediários. Estes dados encontram-se agrupados no gráfico abaixo (Figura 1):
Figura 2 Número de ovulações e embriões recuperados nos grupos: EPE constante
(GI), EPE decrescente (GII), eFSH (GIII) e Controle (GIV). Letras diferentes
representam diferenças estatísticas (P<0,05) para ovulações e embriões.
Resultados
70
O percentual de éguas que obtiveram 0-2, 3-5 ou mais de 5 ovulações de
acordo com o grupo, encontra-se demonstrado na tabela 2.
Tabela 1 mero de Ovulações e embriões, e recuperação embrionária por
ovulação nos grupos: GI (EPE constante), GII (EPE decrescente), GIII (eFSH) e GIV
(controle).
Variáveis Grupos
GI GII GIII GIV
Nº. de ovulações
3,3±1,6
ab
5,0±2,1
a
4,8±1,3
a
1,0±0
b
Número de Embriões
1,2±1,3
ab
1,8±1,3
ab
2,6±0,5
a
0,5±0,5
b
Embr. por ovulação
0,36±1,2
b
0,36±1,8
b
0,54±1,3
a
0,5±1,0
a
Letras diferentes na mesma linha indicam diferença estatística (P<0,05).
Tabela 2 - Percentual de éguas que apresentaram 0 a 2, 3 a 5 e mais de 5 ovulações
nos grupos: GI (EPE constante), GII (EPE Decrescente) GIII (eFSH) e GIV (controle).
Variáveis Grupos
GI GII GIII GIV
0 a 2 ovulações 33%
a
0 0 100%
b
3 a 5 ovulações 67% 67%
60%
0
> 5 ovulações 0 33%
40%
0
Letras diferentes na mesma linha indicam diferença estatística (P<0,05).
Resultados
71
4.2 Concentrações médias de estradiol
Durante o primeiro período, as concentrações médias de estradiol obtidas foram
similares entre os grupos avaliados: 8,0,7pg/ml (GI), 7,4±0,8pg/ml (GII)
3,3±0,5pg/ml (GIII), e 4,6±0,2pg/ml (GIV).
No segundo período, foi possível observar que o GIII (eFSH)
(29,52±14,93pg/ml) apresentou valor superior estatisticamente (P<0,05) aos demais
grupos superovulados (GI: 16,75±10,75pg/ml e GII: 16,26±10,69pg/ml) e ao grupo GIV
(7,78±6,81pg/ml). Além disso, os grupos superovulados com EPE (GI e GII) também
foram estatisticamente superiores ao grupo controle (GI) no período 2.
As concentrações médias de estradiol durante o terceiro e quarto períodos
foram similares estatisticamente, alcançando os valores de, respectivamente: GI
(14,3±2,5pg/ml e 14,8±7,5pg/ml), GII (14,7±8,9pg/ml e 10,1±4,8pg/ml), GIII
(16,0±4,7pg/ml e 7,8±2,1pg/ml) e GIV (6,8±2,2pg/ml e 3,3±0,9pg/ml).
O perfil endócrino das concentrações médias de estradiol nos grupos EPE
constante (GI), EPE decrescente (GII), eFSH (GIII) e Controle (GIV) nos distintos
períodos (1-4), encontra-se demonstrado na Figura 3.
Resultados
72
Concentrações Médias de Estradiol
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
1 2 3 4
Períodos
Concentrações (pg/ml)
GI (EPE Constante)
GII (EPE Decrescente)
GIII (eFSH)
GIV (Controle)
Figura 3 – Perfil das concentrações plasmáticas médias de Estradiol nos diferentes
períodos (1: p trat.; 2: durante trat.; 3: ovulação e 4: pós trat.) nos grupos: EPE
constante (GI), EPE decrescente (GIII), eFSH (GIII) e Controle (GIV).
Quando avaliamos as concentrações médias de estradiol ao longo dos dias do
tratamento, foi possível observar um aparente aumento no GIII (eFSH) em relação aos
demais grupos. No entanto, somente no dia 3 (3º dia de tratamento) foi observada
diferença estatística (P<0,05) do GIII (eFSH) em relação aos demais grupos
superovulados (GI e GII) e ao grupo controle (GIV).
As concentrações médias de estradiol para cada um dos grupos, de acordo com
o dia do ciclo, encontram-se agrupados na tabela a seguir (Tabela 3).
Foi observada uma correlação positiva entre as concentrações de estradiol e o
número de folículos maiores ou iguais à 30mm nas éguas superovuladas (R=0,917;
P<0,05), bem como no número de embriões recuperados (R=0,945; P<0.05) e
ovulações (R=0,75; P<0,05). Foi verificada uma correlação altamente positiva
(R=0,615; P=0,01) entre as concentrações de estradiol e inibina.
Resultados
73
Tabela 3 Valores dios diários de estradiol (pg/ml) nos grupos: EPE constante,
EPE decrescente, eFSH e Controle, dois dias antes do início do tratamento até dois
dias pós-ovulação.
Dias do
ciclo EPE constante (GI)
EPE decrescente
(GII) eFSH (GIII) Controle (GIV)
-2
7,95 ± 3,27pg/ml 6,87 ±2,25pg/ml 2,69 ± 1,61pg/ml 5,45 ±1,99pg/ml
-1
8,54 ± 4,29 pg/ml 7,32 ± 4,16pg/ml 3,88 ± 2,13 pg/ml 3,74 ±1,53pg/ml
0 (Início do
trat.)
10,47 ± 3,17pg/ml 6,26 ± 3,62pg/ml 11,20± 6,07 pg/ml 3,16 ±1,52pg/ml
+1
9,73 ± 2, 19pg/ml 8,32 ±2,35pg/ml 19,55 ±6,37pg/ml 3,80 ±1,79pg/ml
+2
10,71 ± 4,08pg/ml 9,04 ±4,64pg/ml 35,95 ±6,10pg/ml 3,66 ±1,03pg/ml
+3
13,72 ±11,63pg/ml
b
10,38 ±5,34pg/ml
b
49,07 ±12,17pg/ml
a
5,29 ±4,28pg/ml
b
+4
18,55 ±13,14pg/ml 15,51 ±6,59pg/ml 40,44 ±11,58pg/ml 6,25 ±2,20pg/ml
+5
14,42 ±7,87pg/ml 19,97 ±11,93pg/ml 30,24 ±7,58pg/ml 10,41 ±7,58pg/ml
+6
26,22 ±13,96pg/ml 28,38 ±15,81pg/ml 22,99 ± 8,47pg/ml 16,55 ±8,34pg/ml
+7
24,72 ±13,26pg/ml 25,00 ±9,98pg/ml 16,33 ±7,27pg/ml 14,12 ±8,77pg/ml
D0
(Ovulação)
17,11±9,67pg/ml 14,63 ±4,12pg/ml 11,99 ±6,70pg/ml 6,,79 ±1,14pg/ml
D1
10,82 ±5,13pg/ml 11,55 ±3,76pg/ml 5,77 ±3,74pg/ml 3,48 ±2,38pg/ml
D2
11,87 ±4,42pg/ml 7,54 ±2,84pg/ml 1,04 ±0,60pg/ml 1,68 ±0,95pg/ml
Letras diferentes na mesma linha indicam diferença estatística (P<0,05)
Os dados do perfil endócrino diário de estradiol nos diferentes grupos,
apresentados na tabela 3, apresentam-se em forma de gráfico na Figura 4.
Resultados
74
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 0 1 2
0
10
20
30
40
50
Estradiol EPEc
Estradiol EPEd
Estradiol eFSH
Estradiol Controle
Dias
Estradiol
Figura 4Perfil médio das concentrações plasmáticas de Estradiol durante os dias do
tratamento (0- início do tratamento / ov = dia da ovulação) nos grupos: controle, EPE
constante, EPE decrescente e eFSH.
.
GI (EPE Constante)
GII (EPE Decrescente)
GIII (eFSH)
GIV
(Controle)
ov
Resultados
75
4.3 Concentrações médias de inibina
Durante os períodos 1 e 2, as concentrações médias de inibina identificadas, as
quais foram estatisticamente similares, foram de, respectivamente: 0,15 ±0,07ng/ml e
0,53±0,50ng/ml (GI), 0,17±0,06ng/ml e 0,70±0,51ng/ml (GII), 0,31±0,15ng/ml e
1,03±0,89ng/ml (GIII) e 1,81±0,34ng/ml e 0,29± 0,11 ng/ml (GIV).
No terceiro período (período da ovulação), os valores de inibina foram
superiores (P<0,05) nas éguas superovuladas com EPE Decrescente (GII:
2,02±0,45ng/m) e eFSH (GIII: 2,40±0,38ng/ml), quando comparadas com o grupo
Controle (GIV: 0,42±0,07ng/m). O grupo EPE Constante (GI: 0,99±0,21ng/ml) obteve
valores estatisticamente intermediários aos demais.
As concentrações de inibina não diferiram estatisticamente entre os grupos
durante o quarto período: GI: 0,67±0,21ng/ml, GII: 0,47±0,14ng/ml, GIII:
0,56±0,12ng/ml e GIV: 0,15±0,05ng/ml.
As concentrações médias de inibina nos grupos GI, GII, GIII e GIV, nos distintos
períodos encontram-se demonstrado no gráfico a seguir (Figura 5).
O perfil das concentrações de inibina ao longo dos dias do ciclo está
apresentado na forma de tabela (Tabela 4) e na forma de gráfico para demonstrar as
curvas ao longo dos tratamentos (Figura 6).
Resultados
76
Concentrações Médias de Inibina
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
1 2 3 4
Peodos
Concentrações (ng/m l)
GI (EPE Constante)
GII (EPE Decrescente)
GIII (eFSH)
GIV (Controle)
Figura 5 – Perfil das concentrações plasmáticas médias de Inibina nos diferentes
períodos (1: p trat.; 2: durante trat.; 3: ovulação e 4: pós trat.) nos grupos: EPE
constante (GI), EPE decrescente (GIII), eFSH (GIII) e Controle (GIV).
Resultados
77
Tabela 4 Valores médios diários de inibina (ng/ml) nos grupos: controle, EPE
constante, EPE decrescente e eFSH, dois dias antes do início do tratamento até dois
dias pós-ovulação.
Dias do ciclo EPE constante (GI)
EPE decrescente (GII) eFSH (GIII) Controle (GIV)
-2
0,14 ± 0,13ng/ml 0,16±0,06ng/ml 0,28± 0,22ng/ml 0,17±0,07 ng/ml
-1
0,15±0,14 ng/ml 0,15±0,09ng/ml 0,34 ±0,32ng/ml 0,19±0,10 ng/ml
0 (Início do
trat.)
0,15±0,18 ng/ml 0,13±0,07ng/ml 0,45 ±0,57ng/ml 0,15±0,07ng/ml
1
0,27±0,,4 pg/ml 0,23±0,10ng/ml 0,61±0,81ng/ml 0,24±0,10ng/ml
2
0,40± 0,55ng/ml 0,37±0,17ng/ml 0,83 ±1,03ng/ml 0,24±0,07ng/ml
3
0,67± 0,95ng/ml 0,56±0,33ng/ml 1,06 ±1,79ng/ml 0,31±0,07 ng/ml
4
0,81±1,02ng/ml 0,68±0,42ng/ml 1,56±1,22 ng/ml 0,34±0,08 ng/ml
5
0,46±0,23ng/ml 0,92±0,55ng/ml 1,42 ±0,17ng/ml 0,38±0,12 ng/ml
6
0,62±0,29 ng/ml 1,13±0,67ng/ml 0,92±0,14ng/ml 0,37±0,11 ng/ml
7
0,69±0,29 ng/ml 1,09±0,49ng/ml 0,88±0,14ng/ml 0,32±0,14ng/ml
D0 (Ovulação)
1,16±1,02 ng/ml
a
1,57±1,29 ng/ml
a
2,41±3,12ng/ml
ab
0,43±0,13ng/ml
b
D1
0,41±0,37ng/ml 0,41±0,19ng/ml 0,38 ±0,16ng/ml 0,17±0,09 ng/ml
D2
0,44±0,55ng/ml 0,32±0,21ng/ml 0,12±0,06ng/ml 0,14±0,07 ng/ml
Letras diferentes na mesma linha indicam diferença estatística (P<0,05).
Resultados
78
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 0 1 2
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
3.0
INIBINA EPEc
INIBINA EPEd
INIBINA eFSH
INIBINA Controle
Dias
Inibina
Figura 6 Perfil médio das concentrações plasmáticas de Inibina durante os dias do
tratamento (0- início do tratamento / ov = dia da ovulação) nos grupos: controle, EPE
constante, EPE decrescente e eFSH.
Quando avaliadas as concentrações médias de inibina durante os dias do
ciclo estral, foi possível observar que os grupos com tratamentos superovulatórios (GI,
GII e GIII) apresentaram valores superiores ao grupo controle (GIV) no dia da
ovulação.
As concentrações de inibina correlacionaram-se positivamente (R=0,61;
P=0,05) com o número de ovulações detectadas no GI (EPE constante) e GII (EPE
decrescente), quando da avaliação conjunta dos valores obtidos nos períodos 2 e 3.
ov
Resultados
79
4.4 Concentrações médias de FSH
No período 1 (antes do tratamento), as concentrações médias de FSH
foram similares nos diferentes grupos: 8,1±2,3ng/ml (GI), 6,9±1,7ng/ml (GII),
10,5±6,1ng/ml (GIII) e 7,8±1,9ng/ml (GIV).
Quando avaçiamos o segundo período (durante o tratamento) foi observado
um aumento das concentrações médias de FSH nos grupos tratados com EPE (GI:
16,64±4,94 ng/ml e GII: 15,12±6,44ng/ml).
Esses grupos foram superiores estatisticamente ao grupo tratado com
eFSH (GIII: 9,93±2,22ng/ml) e ao grupo controle (GIV: 4,43±2,52ng/ml). Além disso, o
GIII apresentou valores intermediários, sendo superior ao GIV.
Nos períodos 3 e 4, respectivamente, as concentrações de FSH foram
estatisticamente semelhantes entre os grupos avaliados: 4,72±1,81ng/ml e 3,28±ng/ml
(GI), 2,73±1,02ng/ml e 2,4±0,93ng/ml (GII), 4,8±0,95ng/ml e 2,9±0,67ng/ml (GIII) e
3,2±0,87ng/ml e 4,6±1,24ng/ml (GIV).
O perfil endócrino das concentrações médias de FSH nos grupos EPE
constante, EPE decrescente, eFSH e controle, nos distintos períodos, encontra-se
demonstrado na Figura 7.
Resultados
80
Concentrações Médias de FSH
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
18,00
1 2 3 4
Peodos
Concentrações (ng/m l)
GI (EPE Constante)
GII (EPE Decrescente)
GIII (eFSH)
GIV (Controle)
Figura 7 – Perfil das concentrações plasmáticas médias de FSH nos diferentes
períodos (1: p trat.; 2: durante trat.; 3: ovulação e 4: pós trat.) nos grupos: EPE
constante (GI), EPE decrescente (GIII), eFSH (GIII) e Controle (GIV).
Quando avaliados dias do ciclo entre os grupos, o GI e GII apresentaram
valores estatisticamente (P<0,05) superiores ao grupo controle do dia 1 ao dia 7 do
tratamento.
Os valores de FSH observados no GIII foram, durante esse período (1º ao
dia de tratamento), intermediários e estatisticamente semelhantes ao GI, GII e GIV.
Os valores de FSH para cada um dos grupos, de acordo com o dia do ciclo,
encontram-se agrupados na Tabela 5.
Resultados
81
Tabela 5 Valores médios diários de FSH (ng/ml) nos grupos: controle, EPE
constante, EPE decrescente e eFSH, dois dias antes do início do tratamento até dois
dias pós-ovulação.
Dias do ciclo EPE constante (GI)
EPE decrescente
(GIII) eFSH (GII) Controle (GIV)
-2
8,43±2,12 ng/ml 6,29 ±2,09ng/ml 10,02± 2,14ng/ml 8,53± ng/ml
-1
7,77± 1,67ng/ml 7,54 ±1,25ng/ml 10,97± 2,42ng/ml 6,97± 2,31ng/ml
0 (Início do trat.)
13,60±8,98 ng/ml 17,22 ±7,94ng/ml 13,50 ±3,44ng/ml 7,81±2,45 ng/ml
1
17,68 ±10,03ng/ml
a
22,11 ±14,53ng/ml
a
11,08 ±1,12ng/ml
b
7,10 ±1,37ng/ml
b
2
19,50 ±8,76ng/ml
a
20,86 ±12,64ng/ml
a
9,91 ±0,98ng/ml
b
5,27 ±1,23ng/ml
b
3
18,36 ±12,90ng/ml
a
20,85 ±13,41ng/ml
a
9,43 ±0,44ng/ml
ab
4,46±2,76 ng/ml
b
4
17,13 ±9,98ng/ml
a
15,27 ±12,34ng/ml
a
12,02 ±0,75ng/ml
a
3,48± 1,89ng/ml
b
5
16,37 ±10,01ng/ml
a
12,97 ±11,98ng/ml
ab
8,33 ±0,38ng/ml
b
2,72± 2,02ng/ml
b
6
16,56 ±6,78ng/ml
a
13,27 ±9,67ng/ml
a
8,19 ±0,97ng/ml
a
2,33± 1,78ng/ml
b
7
9,52 ±4,34ng/ml
a
4,56 ±2,76ng/ml bc 8,77 ±2,06ng/ml
ab
2,54± 1,54ng/ml c
D0 (Ovulação)
4,71 ±1,23ng/ml 2,69 ±1,03ng/ml 4,79 ±0,85ng/ml 3,18± 1,01ng/ml
D1
3,40 ±1,02ng/ml 2,16 ±0,93ng/ml 2,96± 1,92ng/ml 4,28± 2,45ng/ml
D2
3,00 ±0,97ng/ml 2,60 ±0,83ng/ml 2,91 ±1,25ng/ml 4,97± 2,38ng/ml
Letras diferentes na mesma linha indicam diferença estatística (P<0,05)
Resultados
82
O perfil endócrino diário de FSH nos diferentes grupos encontra-se
esquematizado na figura a seguir (Figura 8):
Figura 8 Perfil médio das concentrações plasmáticas de FSH durante os dias do
tratamento (0- início do tratamento / ov = dia da ovulação) nos grupos: controle, EPE
constante, EPE decrescente e eFSH.
O perfil de FSH nos grupos superovulados apresentou um aparente
aumento numérico no início do tratamento, em contraste com o grupo controle, cujas
concentrações declinaram. Posteriormente, aparentemente houve um decréscimo nas
concentrações ao longo do estro em todos os grupos avaliados.
GI (EPE Constante)
GII (EPE Decrescente)
GIII (eFSH)
GIV (Controle)
LH FSH-p
-11-10 -9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3
0
5
10
15
20
a
ab
b
b
b
b
a
a
a
a
b
b
a
a
b
b
a
a
ab
b
a
a
a
b
a
ab
b
c
a
a
a
b
a
ab
bc
c
Dias
[ ] FSH ng/ml
- 2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 0v. 1 2
Resultados
83
4.5 Concentrações médias de LH
Durante o período 1 (antes do tratamento), as concentrações médias de LH
foram similares entre os grupos: 6,42±0,54ng/ml (GI), 3,24±0,87ng/ml (GII),
5,01±0,32ng/ml (GIII) e 2,3±1,07ng/ml (GIV).
no segundo período, concentrações maiores de LH (P<0,05) foram
observadas nos grupos tratados com EPE, ou seja, GI (13,67±5,23ng/ml) e GII
(11,14±5,66ng/ml), em comparação ao GIII (4,84±1,27ng/ml) e ao GIV
(3,39±2,36ng/ml). Os valores no dia da ovulação (período 3) não diferiram
estatisticamente entre os grupos: 5,85±2,31ng/ml (GI), 2,58±1,03ng/ml (GII)
2,74±1,11ng/ml (GIII) e 9,00±2,25ng/ml (GIV).
Durante o quarto período, as concentrações médias de LH no grupo GIV
(controle: 12,22±2,13ng/ml) foram superiores (P<0,05) àquelas obtidas no GII
(1,53±0,21ng/ml) e GIII (1,82±0,98ng/ml).
O grupo tratado com EPE constante (GI) obteve valores intermediários
(6,84±2,18ng/ml), similares aos demais. Não foi encontrada correlação (P>0,05) entre
o número de embriões recuperados e as concentrações de LH durante o período 2. Os
perfis endócrinos das concentrações médias de LH nos grupos EPE constante, EPE
decrescente, eFSH e Controle nos distintos períodos encontram-se demonstrados na
Figura 9.
Resultados
84
Concentrações Médias de LH
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
Período1 Período2 Período3 Período4
Peodos
Concentrões (ng/ml)
GI (EPE Constante)
GII (EPE Decrescente)
GIII (eFSH)
GIV (Controle)
Figura 9 – Perfil das concentrações plasmáticas médias de LH nos diferentes
períodos (1: p trat.; 2: durante trat.; 3: ovulação e 4: pós trat.) nos grupos: EPE
constante (GI), EPE decrescente (GIII), eFSH (GIII) e Controle (GIV).
Quanto à avaliação durante os dias do ciclo, maiores concentrações de LH
(P<0,05) foram observadas nos grupos sob tratamento com EPE, em relação aos
grupos eFSH e controle, do dia 01 de tratamento até o dia 06.
No entanto, como pode ser observado na tabela abaixo (Tabela 6) o Grupo
GIII (eFSH) apresentou valores estatisticamente semelhantes ao grupo controle na
maior parte do tratamento.
Após a ovulação, as concentrações médias de LH começaram a serem
superiores nos grupos GIV em relação aos demais grupos, apresentado diferença
estatística no dia 2 pós-ovulação (dois dias após a ovulação) (P<0,05). Os valores de
Resultados
85
LH para cada um dos grupos de acordo com o dia do ciclo encontram-se na Tabela 6
e representados na forma de gráfico na Figura 10.
Tabela 6 Valores médios diários de LH (ng/ml) nos grupos: controle, EPE constante,
EPE decrescente e eFSH, dois dias antes do início do tratamento até dois dias pós-
ovulação.
Dias do ciclo EPE constante (GI) EPE decrescente (GII)
eFSH (GIII) Controle (GIV)
-2 7,39±2,13 ng/ml 4,23±1,46 ng/ml 4,84± 2,12ng/ml 2,62± 1,03ng/ml
-1 5,41± 2,54ng/ml 2,26 ±1,73ng/ml 5,24± 2,01ng/ml 2,04± 0,67ng/ml
0 (Início do trat.)
8,92± 3,12ng/ml 13,47 ±5,67ng/ml 6,25 ±2,05ng/ml 1,91± 0,97ng/ml
+1 17,23± 7,09ng/ml
a
17,07 ±6,23ng/ml
a
5,24 ±3,18ng/ml
b
2,97± 1,21ng/ml
b
+2 16,72± 5,89ng/ml
a
18,72 ±7,54ng/ml
a
5,04 ±2,10ng/ml
b
2,93± 1,90ng/ml
b
+3 15,55 ±6,74ng/ml
a
16,70 ±6,98ng/ml
a
4,95 ±2,76ng/ml
b
3,85± 1,76ng/ml
b
+4 14,23± 8,79ng/ml
a
14,23 ±9,54ng/ml
a
4,86±1,98 ng/ml
b
4,26± 2,00ng/ml
b
+5 14,35 ±5,43ng/ml
a
10,70 ±6,45ng/ml
ab
4,22±1,56 ng/ml
bc
4,52± 1,23ng/ml
c
+6 13,80 ±5,67ng/ml
a
8,46 ±2,43ng/ml
b
3,50±1,77ng/ml b 5,01± 2,13ng/ml b
+7 12,32 ±4,89ng/ml 6,83 ±2,87ng/ml 2,75±1,20 ng/ml 7,36± 3,87ng/ml
D0 (Ovulação) 5,78 ±2,31ng/ml 2,50 ±1,01ng/ml 2,70 ±1,32ng/ml 9,04± 5,44ng/ml
D1 6,52 ±1,45ng/ml 1,63 ±0,56ng/ml 2,10± 0,97ng/ml 10,42± 8,98ng/ml
D2 7,09 ±2,98ng/ml
b
1,42 ±0,23ng/ml
b
1,58±0,25 ng/ml
b
14,03±5,67 ng/ml
a
Letras diferentes na mesma linha indicam diferença estatística (P<0,05).
Resultados
86
Figura 10 Perfil médio das concentrações plasmáticas de LH durante os dias do
tratamento (0- início do tratamento / ov = dia da ovulação) nos grupos: controle, EPE
constante, EPE decrescente e eFSH.
GI (EPE Constante)
GII (EPE Decrescente)
GIII (eFSH)
GIV (Controle)
LH FSH-p
-11 -10 -9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2
3
0
5
10
15
20
a
ab
bc
c
a
a
b
b
a
a
b
b
a
a
b
b
a
ab
bc
c
a
ab
bc
c
a
b
b
b
Dias
[ ] LH ng/ml
-
1
0
1
2
3
4
5
6
7
ov
.
1
2
b
b
a
a
b
b
b
Resultados
87
-2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
Inibina ng/ml
P4 pg/ml
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
E2 pg/ml
FSH ng/ml
LH ng/ml
PGF
2α
αα
α
Trat
i
Trat
f
Dias
[ ] P4/E2 pg/ml
[ ] LH/FSH/Inibina ng/ml
4.6 Perfil hormonal de égua com formação de folículos anovulatórios
Em uma das éguas do GIII (grupo tratado com eFSH) foram detectados sete
folículos pré-ovulatórios, dos quais dois ovularam e cinco luteinizaram. Os perfis
hormonais de estrógeno, LH, FSH e inibina desta égua encontram-se apresentados na
Figura 10.
Figura 11 Perfil hormonal das concentrações plasmáticas diárias de estradiol,
progesterona, LH, FSH e inibina de uma égua do GII (eFSH), na qual 71,4% (5/7) de
seus folículos pré-ovulatórios não ovularam, formando folículos anovulatórios.
Discussã
DiscussãDiscussã
Discussão
oo
o
Discussão
89
5- DISCUSSÃO
Os resultados deste estudo demonstraram um aumento significativo no
número médio de ovulações e embriões recuperados nos grupos superovulados com
EPE e eFSH, em relação ao grupo controle. As médias obtidas de 3,3 ovulações e
1,2 embriões nas éguas sob tratamento com doses constantes de 25mg de EPE
(BID), 5,0 ovulações e 1,8 embriões nos animais sob terapia com doses
decrescentes de EPE (BID) e 4,8 ovulações e 2,6 embriões nas éguas submetidas a
aplicações de 12mg de eFSH (BID) estão próximos aos alcançados utilizando
protocolos e dosagens semelhantes (Alvarenga
et al
., 1998; Scoggin
et al
., 2002;
Carmo, 2003; Squires
et al
., 2006; Squires & McCue, 2007).
Foram observadas, neste experimento, concentrações maiores de estradiol
durante o tratamento em comparação ao controle. Isto poderia ser explicado pelo
maior número de folículos maduros nos grupos superovulados (Kishi
et al
., 1995),
que o estradiol é produzido pelas células da granulosa folicular (Ginther, 1992;
Nagamine
et al
., 1998). Aumentos semelhantes foram detectados em outras
espécies superovuladas, como cabras (Watanabe
et al
., 1998) e vacas (Bevers &
Dieleman, 1987; Bevers
et al.,
1989; Desaulniers
et al
., 1995; Kelly et al., 1997), bem
como em mulheres (Michelon
et al
., 2002). Contudo no grupo tratado com e FSH nos
dias 3 e 4 foram observados níveis de estradiol cerca e 8 vezes maiores que o
controle. Valores estes acima do número dio de folículos observados, indicando
que o preparado purificado de FSH eqüino leva a uma maior atividade
esteroidogênica por ser mais bioativo que o EPE.
Discussão
90
Experimentos futuros envolvendo cultivo “in vitro” de células da granulosa,
são necessários para confirmar estas hipóteses.
Em vacas superovuladas o pico de estradiol está altamente correlacionado
com o número de ovulações (Saumande, 1980; Savage
et al.
, 1987; Callesen
et al
.,
1990). Esta mesma relação entre as concentrações de estradiol e o mero de
folículos/ovulações foi evidenciada, na espécie eqüina, ao considerarmos as
correlações positivas obtidas neste trabalho entre as concentrações de estradiol e o
número de folículos maiores ou iguais à 30mm nas éguas superovuladas, ovulações
detectadas e embriões recuperados.
Levando-se em consideração o número médio de ovulações nos grupos (GI:
3,3; GII: 5,0; GIII: 4,8; GIV:1,0) e os valores dios de estradiol durante o período 2
(GI: 16,75±10,75pg/ml; GII:16,26±10,69pg/ml; GIII: 29,52±14,93pg/ml; GIV:
7,78±6,81pg/ml), pode-se supor que estas dosagens hormonais são, ao menos
parcialmente, decorrentes do número de folículos pré-ovulatórios que se
desenvolveram em cada grupo. Não obstante, a presença de concentrações
consideráveis de LH no EPE, o qual foi utilizado como agente superovulatório no GI
e GIII, é capaz de estimular a luteinização folicular (Callesen
et al
., 1986), podendo
ter comprometido a produção de estradiol pela granulosa. O EPE utilizado neste
estudo continha 493
µ
g de LH e 331
µ
g de FSH (60% e 40%, respectivamente).
Durante o período pré-ovulatório da égua, o pico de estradiol ocorre no ciclo
estral dois dias antes da ovulação (Ginther
et al.,
2005; Handler & Aurich, 2005). Isto
pôde ser detectado em todos os grupos neste trabalho, com exceção do grupo
tratado com eFSH (GIII). Neste, identificou-se o pico no dia 03 de tratamento, ou
cinco dias antes da ovulação, alcançando o valor médio de 49,07±12,17pg/ml. É
Discussão
91
possível que um maior estímulo da esteroidogênese, conforme descrito
anteriormente, provado pela aplicação de FSH purificado eqüino, tenha antecipado a
ocorrência do pico.
Em recente estudo, Ginther et al. (2006) demonstraram que em éguas
apresentando folículos hemorrágicos anovulatórios podem-se detectar maiores
concentrações sistêmicas de estradiol alguns dias antes da ovulação. O
desenvolvimento de folículos anovulatórios em éguas superovuladas está associado
à administração de altas doses de hormônios exógenos, em especial de eFSH
(Squires, 2006).
Foi identificada, neste trabalho, conforme esperado, uma correlação negativa
entre as concentrações plasmáticas de estradiol e de FSH em todos os grupos.
Correlação semelhante foi verificada por Bergfelt et al. (1991) e Roser et al. (1994).
No ciclo estral eqüino, o estradiol é um dos hormônios responsáveis por inibir,
através de
feedback
negativo, a liberação do FSH (Bergfelt & Ginther, 1986;
Donadeu & Ginther, 2001), sendo importante durante o estabelecimento da
dominância folicular (Webb
et al
., 1999).
Apesar do pico de estrógeno ocorrer durante o período pré-ovulatório dois
dias antes da ovulação, as concentrações de estradiol em éguas normais atingem
valores mínimos no D0 (Handler & Aurich, 2005), fato este que não foi verificado nas
éguas superovuladas deste trabalho. As altas concentrações de estradiol
identificadas nos animais tratados podem estar relacionadas aos resultados
insatisfatórios de recuperação embrionária em éguas superovuladas. Apesar
de
estatisticamente semelhantes, altas concentrações de estrógeno foram
aparentemente detectadas nos grupos superovulados no dia da ovulação (período
Discussão
92
3), bem como no D1 e D2 pós-ovulação (designados, em conjunto, como período 4).
Estas concentrações atingiram, no mínimo, valores duas vezes maiores que os
obtidos no grupo controle. No D2, por exemplo, as concentrações de estradiol foram
de GI: 11,87±4,42pg/ml (EPE constante), GII: 7,34±2,84pg/ml (EPE Decrescente),
GIII: 1,04±0,60pg/ml (eFSH) e GIV: 1,68±0,95pg/ml (controle).
Booth et al. (1975) detectaram um grande aumento nos níveis de estrógeno
no terceiro dia s-ovulação em vacas superovuladas, associando a pobre
recuperação embrionária no sexto dia pós-ovulação aos efeitos deletérios do
excesso deste hormônio na motilidade do trato genital, prejudicando o transporte de
ovócitos. De acordo com Russel et al. (1980), níveis elevados de estrógeno podem
interferir no processo de clivagem.
Sabe-se que o estradiol é capaz de induzir a vaso dilatação através de
mecanismos genômicos e não-genômicos (Clapauch et al., 2007), sendo o edema
endometrial durante o cio dependente dos níveis circulantes de estrógenos
ovarianos (Chavatte & Palmer, 1998; Pelehach
et al
., 2000). Em mulheres
superovuladas submetidas à FIV, o hiperestrogenismo leva a uma tendência à
hipercoagulabilidade sangüínea, com aumento nas concentrações de fibrinogênio
(Biron
et al
., 1997; Michelon
et al
., 2002) e redução do hematócrito (Michelon
et al
.,
2002). Michelon et al. (2002) detectaram, ainda, aumentos no tempo de
sangramento e de tromboplastina parcial ativada, os quais, contudo, não atingiram
diferença estatística. Não obstante, a reposição hormonal com estrógeno a mulheres
na menopausa leva a reduções nos níveis de anti-trombina III (Bonduki et al., 2007),
predispondo à trombose venosa (Meade, 1997). É possível que as excessivas
concentrações de estrógeno encontradas em éguas superovuladas tenham
Discussão
93
contribuído para a ocorrência de alterações vasculares, levando a formação de
coágulos de sangue na fossa de ovulação conforme observado por Carmo et al.
(2006). O qual sugere ser este um fator que empeça a migração dos ovócitos para o
oviduto em éguas superovuladas. Ginther et al. (2006) observaram níveis mais
elevados de estradiol em éguas que desenvolveram folículos hemorrágicos.
No presente estudo, foi demonstrado a existência de uma correlação
altamente positiva entre as concentrações de estradiol e inibina. Correlação similar
foi anteriormente verificada por Nagamine et al. (1998). A inibina é um hormônio
protéico produzido pelas células da granulosa, em especial de folículos dominantes
(Handler & Aurich, 2005), da mesma forma que o estradiol (Ginther, 1992, Kishi et
al., 1995), justificando, desta forma, a correlação obtida.
As concentrações de inibina atingiram, aparentemente, maiores valores
numéricos em éguas superovuladas durante o período 2 (durante o tratamento), sem
diferença estatística, diferenças que foram verificadas no período 3 (dia da
ovulação). Apenas nos grupos sob tratamento com eFSH (GIII) e EPE em doses
decrescentes (GII) foram detectados maiores valores de inibina no período 3 em
comparação ao controle, bem como uma correlação entre as concentrações de
inibina e o número de ovulações. Levando-se em conta o número dio de
ovulações nos grupos (GI: 3,3; GII: 5,0; GIII: 4,8; GIV: 1,0) e os valores médios de
inibina durante o período 2 (durante o tratamento) (GI: 0,53±0,50ng/ml; GII:
0,70±0,51ng/ml; GIII: 1,03±0,89ng/ml e GIV: 0,29±0,11ng/ml), pode-se supor que
estes resultados são, em grande parte, decorrentes do número de folículos pré-
ovulatórios que se desenvolveram em cada grupo.
Discussão
94
O perfil endócrino verificado em todos os grupos indicou um leve e contínuo
aumento nas concentrações de inibina desde o início do tratamento, com os maiores
valores médios obtidos no dia da ovulação. Os resultados do presente estudo
corroboram os de Nagamine et al. (1998), os quais afirmam que a concentração
circulatória de inibina imunoreativa aumenta durante o crescimento folicular,
apresentando novo incremento durante o breve período da ovulação.
Por outro lado, os valores médios obtidos no período 3 (período da ovulação)
foram superiores nos grupos superovulados com EPE decrescente (GII:
2,02±0,45ng/ml) e eFSH (GIII: 2,40±0,38ng/ml) do que os encontrados no controle
(GIV: 0,42±0,07ng/ml) e o grupo EPE Constante obteve valores intermediários
estatisticamente (GI: 0,99±0,21ng/ml). Esses dados concordam com o descrito por
Nambo et al. (2006) que descrevem que o aumento transitório das concentrações de
inibina no momento da ovulação pode estar relacionado com o estravazamento
deste hormônio na cavidade abdominal com a ovulação. Portanto, um aumento no
número de ovulações poderá resultar nesse aumento de inibina observado nos
grupos superovulados em relação ao controle.
Logo após a ovulação, durante o período 4, foram encontradas concentrações
inferiores de inibina, similares entre os grupos. Estes dados estão em acordo com os
obtidos por Roser et al. (1994) e Nagamine et al. (1998), os quais demonstraram
baixas concentrações circulantes de inibina durante a fase luteal.
Uma outra observação relacionada com o aumento dos níveis de inibina foi
citado por Frazer (2003), onde éguas com tumores ovarianos do tipo granulosa-teca
apresentam altos níveis de inibina, a qual se encontra maior que 0,7ng/ml (700pg/ml)
Discussão
95
em, aproximadamente, 90% dos casos, sendo esta uma forma rotineira de
diagnóstico desta patologia.
Possíveis efeitos da administração de LH, como o presente no EPE, sobre as
concentrações de inibina não são conhecidos.
Quanto às concentrações circulantes de FSH, os grupos de animais
superovulados apresentaram valores numéricos superiores desta gonadotrofina, em
comparação ao grupo controle. O FSH possui longa meia-vida, de 5,5 a 10,8 horas
(Briant
et al
., 2004), sendo o seu
clearence
renal baixo, pois as gonadotrofinas são
glicoproteínas sializadas que não se ligam às células hepáticas (Klett
et al
., 2003),
sendo eliminadas somente por filtração glomerular (Combarnous
et al
., 2001).
Concentrações maiores desta gonadotrofina, portanto, eram esperadas no perfil
endócrino de animais superovulados, como conseqüência da aplicação exógena.
Apenas os grupos sob tratamento com EPE obtiveram maiores concentrações
de FSH durante o segundo período em relação ao controle, enquanto os valores do
grupo eFSH foram similares aos demais. Estas concentrações foram
estatisticamente superiores, também, frente à avaliação das concentrações diárias
de FSH nos dias 01 ao 07 de tratamento. De acordo com os dados obtidos por Briant
et al. (2004), pode-se afirmar que a quantidade de FSH administrado aos grupos sob
tratamento com EPE foi superior, justificando, desta forma, a diferença estatística
obtida. as concentrações similares de FSH entre os grupos, identificadas durante
os períodos 3 e 4, refletem a eliminação desta gonadotrofina pelos animais tratados,
que as aplicações de hormônios superovulatórios eram interrompidas quando da
indução da ovulação. Contudo, a despeito de ter provocado um aumento sérico do
FSH abaixo do EPE o número de folículos pré-ovulatórios e ovulações foi similar
Discussão
96
quando comparados eFSH (4,8 ovulações), EPE Constante (3,3 ovulações) e EPE
Decrescente (5 ovulações), demonstrando uma maior bioatividade do FSH eqüino
purificado.
Valores elevados de FSH foram detectados nos dois dias antes do início do
tratamento em todos os grupos, sendo correspondentes ao aumento esperado de
FSH, o qual ocorre entre o D8 e o D10 (Handler & Aurich, 2005). Apenas o ciclo
controle apresentou valores, aparentemente, decrescentes desta gonadotrofina,
cujas médias ascenderam a partir da ovulação. Baixas concentrações de FSH no
estro foram previamente verificadas em éguas (Nagamine
et al
., 1998) e vacas
(Watanabe
et al.,
1990). Os valores médios ascendentes deste hormônio a partir da
ovulação, os quais foram identificados somente no grupo controle, correspondem ao
aumento dos níveis de FSH que ocorre durante ou logo após a ovulação (Handler &
Aurich, 2005), o qual pode estar ausente em alguns ciclos estrais (Evans & Irvine
1975; Irvine, 1981). A elevação da secreção de FSH foi detectada em quatro das
seis éguas (66,6%) do presente trabalho, justificando a média obtida.
Durante o segundo período (momento do tratamento), concentrações de LH
superiores foram detectadas em ambos os grupos tratados com EPE. Fato
semelhante pôde ser verificado entre os dias 01 e 04 de tratamento nestes dois
grupos. Da mesma forma que o FSH, o LH se trata de uma glicoproteína com meia-
vida longa, devido à quantidade de ácido siálico presente em sua composição
(Combarnous
et al
., 2001). As diferenças estatísticas obtidas nas concentrações de
LH, neste período, se devem à administração exógena deste hormônio, bem como
às doses empregadas.
Discussão
97
Foram observadas no grupo controle maiores concentrações médias de LH
no quarto período (pós ovulação), quando comparado ao grupo eFSH e EPE
decrescente. Sabidamente a onda de LH é prolongada na espécie eqüina: inicia-se
no estro, seis a sete dias antes da ovulação, para alcançar um pico um a dois dias
após sua ocorrência (Whitmore
et al
., 1973; Geschwind
et al
., 1975).
Nos grupos superovulados com EPE foi observada uma aparente curva
crescente das concentrações de LH desde o dia 0 até o dia 02 de tratamento, onde,
a partir deste momento, houve aparentemente, um decréscimo gradativo, sendo este
mais acentuado no GII.
O perfil de onda identificado nos grupos tratados com EPE o foi detectado
no grupo tratado com eFSH (GIII), o qual apresentou valores pouco variáveis
durante o ciclo até a ovulação.
Outro dado importante observado foi durante e após o processo de ovulação
(período periovulatório), onde os grupos superovulados apresentaram aparentes
curvas decrescentes de LH, enquanto no grupo controle o perfil plasmático de LH
estava aparentemente crescente.
Nos grupos superovulados, observou-se que a conhecida curva ascendente
peri-ovulatória de LH não ocorreu, dado o qual nos chamou a atenção nesse estudo,
porque no grupo tratado com eFSH a curva ou o aumento na concentração de LH
periovulatória foi inibida. Nos grupos tratados com EPE também foi observado um
aparente decréscimo nas concentrações deste hormônio próximo da ovulação,
enquanto que a curva no grupo controle apresentou-se, aparentemente, crescente.
Discussão
98
Essa situação foi semelhantemente reportada em vacas superovuladas
(Desaulniers
et al
., 1995; Gosselin
et al
., 1995; Price, 1995; Price
et al
., 1998, Price,
1999).
Os dados obtidos em relação à diminuição das concentrações de LH podem
ser explicados pelo trabalho recente de Ginther et al. (2007) os quais ao
administrarem diferentes doses de Estradiol durante o ciclo estral de éguas,
observaram que este hormônio teve efeito negativo nas concentrações basais de LH
durante o ciclo estral, ou seja, indicam a alta relação recíproca entre o Estradiol e o
LH.
Esses relatos podem elucidar a relação entre o aumento do mero de
folículos pré ovulatórios, n° de ovulações, aumento das concentrações de estradiol e
diminuição ou inibição da curva periovulatória de LH, eventos esses observados nas
éguas submetidas a tratamentos superovulatórios no presente estudo.
A presença do LH é essencial ao participar da fase final do desenvolvimento e
da seleção folicular, devido aos receptores para LH em folículos dominantes antes
da divergência (Bodensteiner
et al
., 1996; Ginther
et al
., 1996), sendo igualmente
importante ao estimular a maturação nuclear ovocitaria
in vivo
(Dekel
et al.,
1988,
Hyttel
et al.
, 1991). Vacas que possuem ondas de LH precoces, tardias ou ausentes
produzem quantidades significativamente menores de embriões frente à
superovulação (Callesen
et al
., 1986).
É possível que esta inibição da curva de LH possua relação com a
imaturidade citoplasmática e nuclear de ovócitos provenientes de éguas
superovuladas (Carmo, 2007). Contudo, esta observação foi obtida mediante a
utilização de doses constantes de EPE, as quais, possivelmente, mantiveram níveis
Discussão
99
plasmáticos consideráveis desta gonadotrofina nas éguas tratadas. Os efeitos
deletérios desta inibição são ainda desconhecidos, já que a supressão do pico de LH
com a utilização de um antagonista de GnRH associado ao hCG não levou a
alterações na ovulação, formação do corpo lúteo ou produção embrionária (Briant
et
al
., 2003; 2004).
Na avaliação geral dos resultados supracitados, pode-se observar que o perfil
endócrino de éguas superovuladas sofre alterações significativas. É possível que os
resultados favoráveis, obtidos com doses inferiores de agentes superovulatórios
(Farinasso
et al
., 2005; Rocha Filho
et al
., 2005) e em éguas com menor resposta
ovariana (Carmo, 2007), possam ser explicados, mesmo que somente parcialmente,
por alterações menos bruscas nas concentrações hormonais das éguas sob
tratamento.
100
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Conclusões
101
6. CONCLUSÕES
O resultado do presente experimento, nas condições em que foi realizado,
nos permite concluir que:
1- O tratamento superovulatório seja com EPE ou FSH eqüino purificado leva a
uma rie de alterações no perfil hormonal. Algumas esperadas como o
aumento sérico de LH e FSH durante o tratamento e outras não esperadas
como a queda dos níveis de LH no período periovulatório.
2- O FSH equino purificado induz a uma maior atividade esteroidogênica,
elevando excessivamente os níveis de estradiol.
3- O FSH eqüino purificado a despeito de levar a um aumento sérico de FSH
inferior ao EPE induz a uma similar resposta ovariana, indicando ter este uma
maior bioatividade.
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