Anexo A – Ranking do Faturamento 73
processo evolutivo das empresas”, fala.
Além disso, existe a necessidade de queda dos juros para o setor industrial. “As
empresas precisam de recursos para financiar a produção, mas esses recursos
precisam ser incentivados. Não se pode pensar em taxas de mercado para
investimentos produtivos. Taxas mais atrativas é que vão financiar a produção”,
atenta.
Por fim, o empresário fala sobre a legislação trabalhista como empecilho para o
desenvolvimento industrial. “A nossa legislação trabalhista é muito velha e
ultrapassada. O Congresso Nacional já realizou algumas mudanças, mas alguns
itens ainda precisam ser melhorados para que as empresas possam criar novos
empregos”, diz. Segundo ele, as empresas estão a cada dia optando mais pela
automatização. “Em alguns casos a automatização é necessária, mas a legislação
trabalhista também leva para isto. Hoje o empregado pensa três vezes antes de
empregar. Assim, precisamos de uma legislação mais moderna para que algumas
barreiras sejam ultrapassadas e até mesmo para eliminar obstáculos que dificultam
a sustentabilidade do crescimento”, conclui. - L.R.B.
Multinacionais consolidam maior parque fabril do interior do PR
PONTA GROSSA – Das 20 maiores empresas em faturamento, parte dessas se
instalou em Ponta Grossa ainda na primeira fase de industrialização do Município,
em meados da década de 1970, quando o ex-prefeito Cyro Martins criou o Pladei
(Plano de Desenvolvimento Econômico e Industrial) e instalou o Distrito Industrial, às
margens da BR 376, saída para Curitiba. Entre as empresas dessa primeira leva
estão as multinacionais Kurashiki, Cargill Agrícola, Bünge Alimentos e Bünge
Fertilizantes. Logo em seguida, outras empresas de grande porte vieram somar ao
parque industrial local. Além de empresas de abrangência nacional, como Sadia,
diversos outros empreendimentos surgiram na cidade a partir de investimentos
locais. Dentre as de capital ponta-grossense estão a Adubos Viana, Wosgrau
Participações, Metalgráfica Iguaçu, Metalúrgica Schiffer, Fundição Hübner, Águia
Florestal e Águia Sistemas de Armazenagem. São empresas que nasceram na
cidade e que hoje possuem ramificações em outras regiões do Estado.
Outro boom da industrialização foi verificado no final da década de 90. Foi quando a
cidade abriu de vez as portas para as multinacionais. Nesta época, vieram para cá a
sueca Tetra Pak, a chilena Masisa, a alemã Continental e a francesa Beaulieu, entre
PPGEP – Gestão do Conhecimento e Inovação (2006)