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NELSON MONTE DE CARVALHO
AVALIAÇÃO DO GRAU DE ACEITAÇÃO DOS PAIS OU
RESPONSÁVEL ÀS TÉCNICAS DE GERENCIAMENTO
COMPORTAMENTAL DO TIPO CONTENÇÃO FÍSICA NA CLÍNICA
ODONTOPEDIÁTRICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
UFPA
Belém
2006
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Nelson Monte de Carvalho
Avaliação do grau de aceitação dos pais ou responsável ás
técnicas de Gerenciamento Comportamental do tipo Contenção
Física na Clinica Odontopediátrica da Universidade Federal do Pará
Dissertação apresentada á Faculdade de
Odontologia da Universidade Federal do
Pará, para obter o Titulo de Mestre, pelo
Programa de Pós-Graduação em
Odontologia.
Área de Concentração: Odontopediatria
Orientador: Prof. Dr. Antonio José da Silva
Nogueira
Belém
2006
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Catalogação-na-Publicação
Serviço de Documentação Odontológica
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Pará
Avaliação do grau de aceitação dos pais ou responsável ás Técnicas de Geren-
ciamento Comportamental do tipo Contenção Física na Clínica Odontopediátrica da
Universidade Federal do Pará / Nelson Monte de Carvalho; orientador, Antonio José
da Silva Nogueira – Belém, 2006. 64: fig.; 30 cm.
Dissertação (Mestrado – Programa de Pós-Graduação em Odontologia – Área).
de Concentração: Odontopediatria) Faculdade de Odontologia da Universidade Fede-
ral do Pará.
1. Odontopediatria. 2. Crianças – Tratamento dentário. 3. Dentes – cuidados e higiene.
CDD 617.6342
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE
TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA
FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE E
COMUNICADO AO AUTOR A REFERENCIA DA CITAÇÃO.
Belém,03/05/2006
Assinatura
E-mail:
FOLHA DE APROVAÇÃO
Carvalho, Nelson Monte de. Avaliação do grau de aceitação dos pais ou responsável
às técnicas de Gerenciamento Comportamental do tipo Contenção Física na clínica
odontopediátrica da Universidade Federal do Pará. (Dissertação de Mestrado)
Belém: Curso de Odontologia da UFPA; 2006.
Belém, 03 / 04/ 2006.
Banca Examinadora
Profª.Drª Isabela Almeida Pordeus
Prof. Dr. Edir Veiga Siqueira
Profª. Drª Regina Fátima Feio Barroso
DEDICATÓRIA
Á Deus por tudo que representa em minha vida
Á minha esposa Regina e aos meus filhos, pela presença e incansável
apoio ao longo do período de elaboração, dedico este trabalho.
AGRADECIMENTOS
Ao Professor Dr. Antonio José da Silva Nogueira, orientador deste trabalho, pela
atenção, responsabilidade, dedicação e eficiência no desempenho de suas funções.
Ao meu filho Nelson pela incansável e prestimosa ajuda na formatação do presente
trabalho.
À Professora Conceição de Maria Sales da Silva, Professora do Curso de
Especialização em Odontopediatria e da Disciplina de Odontopediatria, pelo
incentivo.
Ao Professor Paulo Bisi dos Santos Junior, Professor do Curso de Especialização
em Odontopediatria e da Disciplina de Odontopediatria, pela ajuda na coleta de
material bibliográfico.
Aos Professores do Curso de Odontologia e participantes desta árdua jornada, que
não mediram esforços na luta permanente pela consecução de nossos objetivos.
Á bibliotecária Yêda Lima Martins pela inestimável ajuda na pesquisa bibliográfica e
normalização desta dissertação.
Ás alunas Giovana Corrêa Santos, Lúcia Silva Fidalgo, e a funcionária Socorro
Tavares pela colaboração na coleta de dados.
Á Universidade Federal do Pará pela oportunidade do Curso de Pós Graduação.
Aos pais ou responsáveis que participaram da pesquisa, pela confiança que em mim
depositaram, prestando valiosa colaboração, sem a qual não seria possível a
realização deste trabalho.
Carvalho, Nelson Monte de. Avaliação do grau de aceitação dos pais ou responsável às
técnicas de Gerenciamento Comportamental do tipo Contenção Física na clínica
odontopediátrica da Universidade Federal do Pará. Belém: Curso de Odontologia da UFPA;
2006.
RESUMO
A pesquisa está baseada no grau de aceitação dos pais ou responsável ás Técnicas
de Gerenciamento Comportamental do tipo Contenção Física Ativa, Passiva e Mão
Sobre a Boca (MSB) na Clínica Odontopediátrica da UFPA. Este estudo foi feito
mediante apresentação de material áudio-visual demonstrando as técnicas e, em
seguida, preenchimento de questionário distribuídos aos pais ou responsável, onde
os mesmos avaliavam as técnicas demonstradas e respondiam de acordo com seu
grau de aceitação.Com a finalidade de obter-se um estudo descritivo e correlacional
de natureza quantitativa procurou-se observar as relações de aceitação entre as
Técnicas já citadas, onde na análise estatística foi verificado que, entre as Técnicas
de Gerenciamento Comportamental, a mais aceita é a de Contenção Física Ativa
com 73,33% (110) de casos e, que a maioria dos usuários 83,33% (125) não tinham
conhecimento algum sobre Técnicas de Gerenciamento Comportamental.
Palavras chave: Odontopediatria – Gerenciamento Comportamental – Contenção
física
Carvalho, Nelson Monte de. Evaluation of the responsible parents or to the techniques of
mannering management of the type physical containment in the odontopediátrica clinic of the
Federal University of Pará. Belém: Dentistry Course of UFPA; 2006.
ABSTRACT
The research is based on the acceptance of the responsible parents or ace
Techniques of Mannering Management of the type Active, Passive Physical
Containment and Hand On Boca (MSB) in the Odontopediátric Clinic of the UFPA.
This study audio-appearance was made by means of presentation of material
demonstrating the techniques and after that fulfilling of questionnaire distributed the
responsible parents or, where the same ones evaluated the demonstrated
techniques and answered its degree of acceptance in accordance with. With the
purpose to get a descriptive and correlacional study of quantitative nature we look for
to observe the relations of acceptance between the cited Techniques already, where
in the analysis statistics he was verified that enters the Techniques of most accepted
the Mannering Management is of Active Physical Containment with 73,33% (110) of
cases and, that the majority of users 83.33% (125) did not have knowledge some on
Techniques of Mannering Management.
Words key: Odontopediatria - Mannering Management - Physical Containment
LISTA DE FIGURAS
Figura 5.1.1- Demonstração da Técnica de Contenção Física................................ 34
Figura 5.1.2- Demonstração da Técnica de Contenção Passiva............................. 35
Figura 5.1.3- Demonstração da Técnica de Mão-sobre-a-boca............................... 38
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 8.1-Distribuição dos usuários, segundo o estado civil e sexo........................ 44
Gráfico 8.2-Distribuição dos usuários, em relação ao acompanhamento do filho du-
rante a consulta na sala de clínica........................................................... 45
Gráfico 8.3-Distribuição dos usuários, com relação se já foi informado sobre
Técnica de Gerenciamento comportamental utilizadas............................ 46
LISTA DE TABELAS
Tabela 8.1-
Tabela 8.2-
Tabela 8.3-
Tabela 8.4-
Tabela 8.5-
Tabela 8.6-
Tabela 8.7-
Tabela 8.8-
Tabela 8.9-
Distribuição dos usuários, segundo a Técnica de
Contenção Física e sua aceitação..................................
Distribuição dos usuários, segundo a Técnica de
Contenção Física Passiva, e sua aceitação.....................
Distribuição dos usuários, segundo a Técnica Mão Sobre
a Boca e sua aceitação.................................................
Distribuição dos usuários, segundo a Técnica de
Contenção Física Ativa e sua aceitação de acordo com a
faixa etária...................................................................
Distribuição dos usuários, segundo a Técnica de
Contenção Física Passiva e sua aceitação de acordo
com a faixa etária.........................................................
Distribuição dos usuários, segundo a Técnica de
Contenção Mão-sobre-a-Boca e sua aceitação de acordo
com a faixa etária.........................................................
Distribuição dos usuários, segundo a Técnica de
Contenção Física Ativa e escolaridade...........................
Distribuição dos usuários segundo a Técnica de
Contenção Física Passiva e escolaridade.......................
Distribuição dos usuários, segundo a Técnica Mão Sobre
a Boca e escolaridade.........................................
47
48
48
50
51
51
52
53
53
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
EFI ensino fundamental incompleto
EFC ensino fundamental completo
EMI ensino médio incompleto
EMC ensino médio completo
ESI ensino superior incompleto
ESC ensino superior completo
HOME hand over mouth exercise – exercícios de mão sobre a boca
HOM hand over mouth – mão sobre a boca
HOMAR hand over mouth and airways – mão sobre a boca e vias aéreas
UFPA Universidade Federal do Pará
SUMÁRIO
p.
1 INTRODUÇÃO.................................................................................. 13
2 REVISÃO DA LITERATURA ........................................................... 16
2.1 Comportamento Psico Social Da Criança.................................................... 16
2.1.1 Do nascimento até os dois anos de Idade..................................................... 16
2.1.2 Dois Anos de Idade........................................................................................ 18
2.1.3 Três Anos de Idade........................................................................................ 18
2.1.4 Quatro Anos de Idade.................................................................................... 19
2.1.5 Cinco Anos de Idade...................................................................................... 21
2.1.6 Seis Anos de idade........................................................................................ 21
2.1.7 Sete anos de idade........................................................................................ 22
3 A CRIANÇA E O MEDO AO TRATAMENTO ODONTOLÒGICO..................... 24
3.1 Fatores que afastam as crianças dos consultórios odontológicos.......... 25
4 GERENCIAMENTO DO COMPORTAMENTO................................................... 27
4.1 Comportamentos cooperativos.................................................................... 27
4.2 Falta de capacidade cooperativa.................................................................. 28
4.3 Comportamentos potencialmente não – cooperativo............................... 28
4.3.1 Tímido ou Envergonhado.............................................................................. 28
4.3.2 Cooperação Tensa........................................................................................ 29
4.3.3 Incontrolado................................................................................................... 29
4.3.4 Rebelde ou Teimoso..................................................................................... 29
4.3.5 Choro Contínuo............................................................................................. 30
4.3.6 Estóico........................................................................................................... 30
5 TÉCNICAS DE GERENCIAMENTO DO COMPORTAMENTO......................... 32
5.1 Contenção física............................................................................................ 32
5.1.1 Contenção Física Ativa................................................................................ 34
5.1.2 Contenção Física Passiva............................................................................ 35
5.1.3 Técnica De Mão-Sobre-A-Boca................................................................... 35
6 JUSTIFICATIVA..............................................................................
40
7 MATERIAL E MÉTODOS...............................................................
42
8 RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................
44
9 CONCLUSÕES...............................................................................
55
10 REFERÊNCIAS.............................................................................
56
11 APÊNDICES..................................................................................
61
12 ANEXOS........................................................................................
64
13
1 INTRODUÇÃO
Em Odontologia, o profissional que se torna especialista em
Odontopediatria, precisa ter além dos conhecimentos científicos e domínio completo
de técnicas específicas, conhecimentos de Psicologia que devem ser
fundamentados em aspectos científicos e colocados em prática
continuadamente.Esta condição tem como objetivo estabelecer um relacionamento
profissional/paciente, de forma positiva e construir, assim, vínculos afetivos
geradores de confiança e respeito com o paciente e com os seus responsáveis.
É interessante que o paciente jovem tenha autonomia como participante
do tratamento a que vai ser submetido.Dessa forma, poderá ficar ciente das
decisões tomadas em relação a sua saúde. É dever, portanto, do odontopediatra,
informar em linguagem acessível, o tratamento proposto, riscos, custos etc.para que
seja feita a escolha, baseada em convicções e valores, e, seja dado o
consentimento livre e esclarecido para sua realização de acordo com o princípio de
Autonomia da Bioética.
Na prática da Odontopediatria sabemos ser impossível obter esta
autorização do próprio paciente, razão pela qual este consentimento deve ser dado
pelos pais ou responsável legal.
É importante que o odontopediatra conheça o processo de
desenvolvimento infantil, pois os objetivos básicos da Odontopediatria não poderão
ser alcançados sem que ele se interesse pelos conhecimentos psicológicos
aplicáveis ao exercício profissional.
É sabido que há uma relação direta entre as experiências traumáticas
ocorridas durante o tratamento odontológico na infância e comportamentos
14
negativos destes pacientes quando adultos ao necessitarem de um atendimento
odontológico. Com a finalidade de evitar que fatos desta natureza ocorram, torna-se
necessário que o profissional de odontologia ao realizar atenção odontológica
infantil, promova a integração e adaptação desta criança ao ambiente. É preciso que
o Odontopediatra saiba como e quando agir em cada criança individualmente. Deve
ter conhecimentos e domínio das técnicas de manejo de comportamento e psicologia
infantil que lhe possibilitarão atuar de forma segura.
Sensações como medo e ansiedade são problemas que, entre as crianças
e mesmo entre adultos, estão longe de se extinguirem, uma vez que a pessoa, com
ou sem dor, diante do dentista, encontra-se em princípio, numa situação de
fragilidade, muitas vezes reforçada pela atitude brusca e tecnicista do profissional no
consultório.
Saber quando aplicar técnicas de Controle de Comportamento é de suma
importância para o odontopediatra, o que o torna diferente do clínico geral, de vez
que, esses conhecimentos possibilitarão o atendimento de crianças amedrontadas,
rebeldes, portadoras de deficiência ou com alguma alteração comportamental que
dificulte o tratamento.
Em Odontopediatria, várias são as dificuldades para um tratamento
eficiente quando a criança se recusa a deixar tratar ou, quando as sessões são
realizadas quase sempre acompanhadas de lágrimas. É possível então utilizar
técnicas apropriadas para o gerenciamento do comportamento infantil, com a
finalidade de proporcionar um ambiente apropriado ao bom atendimento do
paciente, onde criança, pais ou responsáveis e profissional, todos estarão
envolvidos criando uma atmosfera agradável e acolhedora no consultório.
15
Nos pacientes infantis as técnicas de Gerenciamento de Comportamento
são usadas com freqüência e, a decisão sobre sua utilização deve levar em
consideração além das necessidades do tratamento, a saúde bucal e o
desenvolvimento físico, mental e emocional, consentimento dos pais ou
responsáveis, visando estabelecer condições apropriadas ao bom atendimento do
paciente, envolvendo a criança e seus familiares.
Neste trabalho abordaremos Técnicas de Controle do Comportamento de
crianças frente a situações odontológicas, procurando estabelecer parâmetros que
auxiliem o Odontopediatra na escolha da técnica mais adequada.
16
2 REVISÃO DA LITERATURA
Não se podem usar técnicas de Gerenciamento de Comportamento em
Odontopediatria, sem conhecer o desenvolvimento psicológico da criança. Este é
sempre demorado e constitui um processo contínuo de transformações, onde cada
fase apresenta características próprias de desenvolvimento, com equilíbrios e
desequilíbrios inerentes ao próprio desenvolvimento do ser humano
(MASTRANTONIO et al. 2004,).
2.1 COMPORTAMENTO PSICO SOCIAL DA CRIANÇA
2.1.1 Do nascimento até os dois anos de Idade
Anderson (1998) diz que os lactentes iniciam seu desenvolvimento
psicológico como centro do universo, porém totalmente dependente dos outros para
suas necessidades, e, não devemos esperar a cooperação destes na questão
Odontológica.
Grunspun (1985) considera que, desde o nascimento, a conduta da
criança é de evolução progressiva e mutável, caracterizando o que chamamos de
“desenvolvimento da conduta”. Somente quando o ser humano alcança a
maturidade é que a conduta se torna estruturada.
Quando recém-nascida a criança não apresenta nenhuma noção de
tempo nem de espaço; vive apenas no presente, é dependente total de sua mãe
(DAVID, 1986).
17
Para Klatchoian (1993), a criança nasce com um conjunto de reflexos
alimentares, reflexos de sucção, cuja principal finalidade é a busca do alimento
necessário à sobrevivência.
Do nascimento até mais ou menos dois anos de idade, o mundo das
experiências da criança, restringe-se à ação de seu corpo. A boca é o órgão mais
adaptado para funcionar desde o nascimento, constituindo a ponte de ligação do ser
com o mundo exterior (GUEDES PINTO, 1995).
Ainda segundo Mahler (1977), no primeiro ano de vida, o bebê passa por
diversas fases. Nas primeiras semanas de vida, ele está “preocupado” apenas com a
satisfação de suas necessidades. O recém-nascido não tem capacidade de ter
consciência dos objetos externos nem de relacionar-se com eles. Aproximadamente
aos seis meses, ele começa a perceber outras pessoas, além da própria mãe, e
estabelece diferenças entre esta e outras pessoas.
O principal indicador dessa habilidade recém-adquirida é o surgimento,
aos seis meses de idade, do medo de pessoas estranhas (Mahler, 1977; Coutinho,
1978, Guthrie, 1997). A partir dos vinte até os vinte e quatro meses a individualidade
da criança se faz cada vez mais presente. O negativismo acentua-se e a criança
geralmente responde com um “não” a todas as sugestões.
Toledo (1996) relata que, do nascimento até os dois anos de idade,
existem fortes laços emocionais entre a criança e a mãe e, por isso, ela só se sente
segura quando está em seus braços. Diante do tratamento odontológico, a sua
reação natural é de muito choro e resistência e, compreendendo isso, o profissional
deve atendê-lo o mais rápido possível, não se preocupando em aguardar que pare
de chorar.
18
2.1.2 Dois anos de idade
Ainda Anderson (1998) considera que, nesta idade, as crianças querem
fazer as coisas sozinhas, preferem brincar solitariamente, não dividindo seu espaço.
Habitualmente são muito ligadas a seus pais, apresentando medo de estranhos, de
sons altos, de movimento brusco e de quedas.Não gostam de ver ou tocar as coisas,
sendo o consultório odontológico um local com muitos objetos que precisam ser
mostrados.
Nesta faixa etária cabe ao profissional respeitar a resistência da criança ao
tratamento odontológico, uma vez que ele deve saber da imaturidade da criança e
os fortes laços afetivos que o ligam à mãe ou à pessoa que, no momento,
desempenha tal função (CASTRO,1983).
Na criança aos dois anos de idade não é muito freqüente a necessidade
de atendimento Odontopediátrico, mas quando esta necessidade surge, a criança
não tendo ainda um psiquismo controlado e controlável, é dominada pelo momento
presente totalmente estranho, demonstrando certa ansiedade através do choro, uma
vez que ainda não apresenta um completo domínio de sua linguagem como meio de
exprimir melhor suas reações (CASTRO,1983),
De acordo com Corrêa (2002), a criança aos dois anos de idade observa
os adultos e procura imitá-los e é em casa que absorve todas suas emoções.
2.1.3 Três anos de idade
Lowey (1998) diz que as crianças nesta idade são grandes faladores,
gostam de ouvir e contar estórias, embora ainda estejam muito ligados aos pais,
gostam de agradar e reagem positivamente a qualquer reforço dado.
19
Segundo Koch et al. (1992), nesta fase a criança ainda é bastante tímida
com estranhos, mas o processo de socialização já se iniciou, e a criança deseja
imitar e cooperar dentro de limites compreensíveis. A percepção da criança acerca
de tempo e paciência são limitadas e devem ser consideradas no planejamento do
tratamento. Há o surgimento da individualidade e da independência ou semi-
independência e, diante de pessoas e ambientes conhecidos, a criança parece auto-
suficiente. Observa-se que o relacionamento paciente-profisional já se torna mais
fácil.
Addelston (citado por Wright, 1975), afirma que as crianças nesta idade
têm imaginação fértil, seu real e irreal se confundem, inventando “estórias” e criando
fatos muitas vezes para chamar a atenção dos outros.
O relacionamento profissional-paciente já se torna relativamente mais fácil.
As palavras podem ser empregadas com relativo sucesso, e sempre que lhe for
dada boa razão, é possível contar com sua colaboração, embora o negativismo
ainda esteja bastante presente (MASSLER, 1962).
Ainda para Massler (1962), é capaz de sentar-se sozinha na cadeira
odontológica e já responde a comandos diretos. Compreende ordens para abrir a
boca, supor a seringa de ar, virar a cabeça, cerrar os dentes e poderá compreender
explicações simples.
Walter et al. (1996) acreditam que a criança nesta idade tem uma
maturação social mais ampla, permitindo relacionamento interpessoal mais longo.
Está apta, portanto, para iniciar tratamentos odontológicos convencionais.
2.1.4 Quatro anos de idade
Ao atingir esta idade, inicia-se um processo de transformação na criança,
em que a mesma passa de uma total dependência para uma independência e
20
autonomia, freqüentemente agressiva. É a chamada “idade da independência”. Já
possuem um vocabulário onde utiliza com freqüência ou “eu também” ou “meu
também”. Por volta dos quatro anos de idade é bastante social, porém, muito curiosa
(MASSLER, 1964).
Para Anderson (1998) o freqüentemente agressivas e tentam liderar
impondo a sua vontade sobre os outros. São com freqüência menos cooperativas
nas consultas odontológicas do que as de três anos de idade. São curiosas e
utilizam suas perguntas para adiar o tratamento, apresentando medo ao
desconhecido.
Segundo Osterrieth (1969), é a fase dos “comos” e “porquês” às vezes
constantes e cansativos, obedecem não só uma função intelectual de informação
(conhecer), mas também a uma função afetiva (manter a atenção sobre ela).
De acordo com Toledo (1996) o manejo da criança torna-se bem mais fácil
dos quatro anos de idade em diante, pela evolução de seus interesses e de sua
capacidade de compreensão, sendo até possível nela um sentido de
responsabilidade.
Ainda nesta idade as crianças desenvolvem uma consciência maior de sua
genitália, passando a ter mais interesse por ela. Os meninos percebem que são
muito mais parecidos com os pais e as meninas com suas mães. Surge então uma
tendência a se apresentar e comportar-se semelhante à figura materna ou paterna.
É nesta fase, que o menino deseja uma relação próxima erótica para com a mãe
semelhante à do pai e teme que uma competição neste sentido o leve a uma
punição, privando-o de sua masculinidade, sendo este fato conhecido como
“complexo da castração” (LIPSITTH; REESE, 1980).
21
2.1.5 Cinco anos de idade
Nesta idade, normalmente as crianças brincam, cooperativamente com
curiosidade, sendo habitualmente receptivas durante o tratamento. Elogiá-las em
seus valores e realizações é muito importante (KALTENBACH, 1999).
Com a crescente comunicação que se manifesta, o negativismo começa a
desaparecer, dando lugar à sociabilidade. A criança apresenta-se com
superatividade, alegre, risonha e acima de tudo sincera. Já apresenta coordenação
motora necessária para a escovação dos dentes, vestir-se e o contato com outras
crianças é de fundamental importância. É comum a curiosidade sobre os
instrumentais e equipamentos do consultório odontológico, assim como explicações
sobre o tratamento que será realizado. Há cooperação por parte da criança e é
fundamental que o odontopediatra não cometa equívocos e suas explicações não
devem ser contraditórias (TOLEDO, 1996).
Em relação ao comportamento motor, para Chambers (1970), a criança de
5 anos de idade comporta-se à semelhança de um adulto, é capaz de criticar-se e
gosta de cooperar.
Entretanto, no que se refere ao medo, Finn (1973) e Sandstron (1978),
ressaltam que há um declínio gradual dos primeiros medos, devido a compreensão
crescente de que não há nada o que temer.
2.1.6 Seis anos de idade
É a idade pré-escolar, caracterizada pelo inicio do convívio com
estranhos. A professora passa a ser a pessoa de maior ascendência sobre a
criança. Acontecem modificações estruturais e comportamentais. Ela ainda não é
22
emocionalmente madura, é capaz de ser amigo e hostil sendo muito sensível a
elogios e críticas. A freqüência à escola inicia o período de sociabilização (WALTER;
FERELLI; ISSAO, 1996).
Para Castro (1983), a escola vai proporcionar um novo tipo de experiência,
ela precisará aprender a conviver com os outros e trabalhar em grupo, cooperar e
respeitar o bem comum.
Kock et al. (1992) considera que a criança é menos egocêntrica e
progressivamente interessada em seu papel no ambiente social. Escola,
companheiros, atividades recreativas e adultas de fora do contexto familiar tornam-
se cada vez mais importantes, explorando o mundo extra familiar e descobrindo o
que deve ser aprendido, como estabelecer relações com os companheiros e
comparando-se com os outros.
Nessa idade o convívio com outras pessoas é bem maior. É um período
de alterações psicológicas, é incansável em suas atividades e não toma decisões
com facilidade. Pode considerar o tratamento odontológico como uma punição para
os sentimentos de posse em relação ao genitor do sexo oposto, apresentando-se
bastante temperamental e de difícil controle. Seu comportamento pode ser explosivo
ou imprevisível (ELIAS, 2002).
2.1.7 Sete anos de idade
De acordo com Nerici (1983), acabou a “idade da gracinha” no entender
dos psicólogos, pois a criança está passando para a terceira infância (dos sete anos
à puberdade) que se caracteriza não tanto pelas novas aquisições, mas pela
inteligência “racional” que começa a se constituir.
23
É uma fase de grande crescimento cognitivo, da sociabilidade e do
desenvolvimento. Quanto à conduta, deve-se estabelecer um bom nível de interação
com a criança e estimular a confiança e autoestima (KLATCHOIAN, 1993).
Seu pensamento é concreto, utilitário e associado a eventos cotidianos.
Gostam de contar ao adulto o que estão aprendendo ou fazendo. A interação com o
cirurgião-dentista pode ter início em perguntas sobre a escola ou de suas
experiências lúdicas. Apresenta ainda ansiedade e medo do tratamento (ELIAS,
2002).
24
3 A CRIANÇA E O MEDO AO TRATAMENTO ODONTOLÓGICO
Segundo Benfatti e Andrione (1984), o medo pode ser considerado como
sendo um estado emocional de alerta frente a um perigo, caracterizado por um
conteúdo intelectual, com percepção psicológica do mesmo, ou seja, é uma emoção
básica normal. Entretanto, a ansiedade é um estado de alerta ante o perigo, porém
sem o componente intelectual. Assim é que o medo pode até ser agradável como
ocorre com a criança ao assistir certos programas de televisão, ou em alguns
brinquedos nos parques de diversões, enquanto que a ansiedade provoca
sensações desconfortáveis, dificuldade respiratória etc.
Todavia, para Badra (1987), o medo é uma forma de defesa dos perigos
da vida a uma ameaça externa, porém com o passar do tempo ele passa a ser
interiorizado, transformando-se em ansiedade. Na maior parte das vezes o medo se
origina de uma fantasia e não de fatos concretos. Há, porém um medo comum,
universal, imutável, que permanece mesmo depois que se cresce e adquire
experiência: é o medo da dor. O medo que protege a criança dos perigos é natural e
necessário, devendo ser corretamente treinado; é o medo biológico. A criança pode
apresentar evolução patológica do medo, caracterizada por perturbações de conduta
a ele ligadas, que pode evoluir desde manifestações de timidez e vergonha, até
crises de ansiedade.
Do medo biológico a criança pode passar ao medo psicológico, em que a
defesa intelectual é menor e, desse, para o condicionado, de franca interferência em
sua conduta (GRUNSPUN, 1985).
Kleiman (1982) constatou que os medos ao tratamento odontológico
juntamente com o “stress” da criança constituem um dos maiores impedimentos para
25
sua realização e que muitas vezes a insegurança do profissional representa o
principal fator.
O comportamento da criança no consultório odontológico depende de
inúmeros fatores que interagem entre si. Dentre esses fatores, citamos a
experiência, personalidade e atitudes da criança, além de sua prática de educação,
o relacionamento entre crianças e pais e o conhecimento e habilidade do cirurgião-
dentista (KOCK et al., 1992)
Vono (1994) afirma que as causas da não cooperação para a realização
do tratamento odontológico podem ser trazidas pela criança ao consultório
odontológico ou serem ali criadas no decorrer do próprio tratamento mal conduzido.
O medo é apenas uma destas inúmeras causas.
3.1 Fatores que afastam as crianças dos consultórios odontológicos
De acordo com Giglio e Guedes-Pinto (2000), são considerados fatores
que afastam as crianças dos consultórios odontológicos, os seguintes aspectos:
A diferença de porte físico que estabelece quem manda e quem será
mandado;
A criança tem poucos conhecimentos técnicos da situação odontológica e,
naturalmente, teme o desconhecido.
A boca é o principal e primeiro órgão de relacionamento com o mundo,
possibilitando sua sobrevivência e a introdução de elementos estranhos na cavidade
bucal representa agressão.
A posição em que a criança fica na cadeira odontológica, quase sempre
reclinada e de boca aberta, impossibilita a comunicação que é fundamental para o
26
relacionamento. Não é necessário ser criança para experimentar esta impotência
durante o tratamento.
Wright (1975) considera o manejo do comportamento o meio pelo qual o
odontopediatra ou equipe realiza efetiva e eficientemente o tratamento da criança, e,
ao mesmo tempo, motiva uma atitude odontológica positiva.
27
4 GERENCIAMENTO DO COMPORTAMENTO
Gerenciar comportamento durante o tratamento odontológico infantil
representa uma tarefa árdua para os profissionais da área e faz parte do seu
cotidiano.
Para Oliveira et al. (2003), as crianças apresentam grande diversidade de
atitude frente ao tratamento odontológico, sendo várias as causas de
comportamentos não-cooperativos. Esses comportamentos podem ser
conseqüência de algum atraso de desenvolvimento físico ou mental, reflexos de
doenças crônicas ou agudas, medo transmitido pelos pais, experiência odontológica
prévia desagradável, etc. A preocupação com os aspectos psicológicos tem sido
cada vez maior. É amplamente reconhecido, hoje, que o conhecimento sobre o
comportamento do ser humano favorece um relacionamento satisfatório entre
cirurgião dentista e paciente, principalmente, na clínica infantil.
É importante para o odontopediatra, ter conhecimento dos vários tipos de
comportamento das crianças frente ao tratamento odontológico, pois deste,
dependerá a escolha adequada da técnica de gerenciamento do controle
comportamental.
Segundo Wright (1975) três categorias de comportamento infantil são
importantes para o odontopediatra. Comportamentos cooperativos, falta de
capacidade cooperativa e comportamento potencialmente não-cooperativo.
4.1 Comportamentos Cooperativos
Característicos das crianças que apresentam interesse e curiosidade ao
tratamento odontológico; conversam com o profissional, compreendem os
28
procedimentos realizados e obedecem às instruções propostas, colaborando para a
boa realização do tratamento. Porém, é necessário que a criança esteja bem
preparada para receber o tratamento (condicionada), pois a qualquer momento
poderá mudar de comportamento se os procedimentos executados não forem
esclarecidos em uma linguagem acessível, ou se seus sentimentos não forem
respeitados.
4.2 Falta de capacidade cooperativa
São as crianças que sentem dificuldade de relacionamento e comunicação
com o cirurgião dentista, de compreender a importância dos procedimentos clínicos.
Estão na faixa etária às crianças abaixo de três anos de idade além daquelas que
apresentam deficiências físicas ou mentais que limitam sua capacidade de
comunicação com o profissional. O tratamento geralmente é realizado através de
sedação, anestesia geral ou contenção física.
4.3 Comportamento potencialmente não-cooperativo
Em que as crianças colocam dificuldades para a realização do tratamento.
Neste grupo estão todas as crianças a partir de três anos de idade que poderão
apresentar comportamentos do tipo:
4.3.1 Tímido ou envergonhado
Manifestado em crianças de três a quatro anos de idade, ocorrendo
sempre na primeira consulta. Geralmente é conseqüência da ansiedade manifestada
na criança, sendo necessário que o odontopediatra explique calma e vagarosamente
29
os procedimentos que serão realizados, precisando, repetir por várias vezes. À
medida que a criança adquire confiança no profissional, torna-se cooperativa
passando a ser um ótimo paciente.
4.3.2 Cooperação tensa
A criança quer colaborar, entretanto, encontra-se assustada com a nova
situação em que se encontra. Está sempre atenta a qualquer movimento do
profissional, algumas vezes permanece com as mãos cerradas nos braços da
cadeira odontológica. Geralmente aceita o tratamento, porém, pode chorar nos
momentos de maior tensão e ansiedade.
4.3.3 Incontrolado
A criança chora demasiadamente, crises de birra, chutes ou acessos de
raiva. Esse comportamento é causado por medo excessivo, ou por experiências
traumáticas anteriores, ou por informações negativas e assustadoras transmitidas
por amigos ou familiares a respeito do tratamento odontológico. O odontopediatra
deve levar em consideração a história passada desta criança e o que a influenciou
em ter estes comportamentos negativos, após o que, deve procurar a melhor
maneira para ele e a criança enfrentarem estas emoções e conduzir sua conduta na
busca da participação e do entendimento entre ambos.
4.3.4 Rebelde ou teimoso
Manifesta-se próximo à adolescência, como uma maneira de protesto da
criança contra o controle que os adultos exercem sobre ela. Frases como “eu não
30
quero abrir a boca”, “eu não vou tratar meus dentes”, são comuns e normais, quando
estão em evidência os primeiros sinais de não-conformismo e independência. É
comum o desleixo com a higiene pessoal e a aparência no vestuário como forma de
contestação. Deve o profissional ser compreensivo procurando ser aliado do jovem,
com a finalidade de procurar estabelecer um canal de comunicação entre ambos
para que haja um maior entendimento e aproximação entre ambos.
4.3.5 Choro contínuo
O tratamento é realizado, porém, sob choro permanente. É uma forma de
compensação da criança para justificar sua ansiedade durante o tratamento. O
odontopediatra precisa ser paciente, saber o seu limite e disposição pessoal de
conviver que este tipo de choro infantil. Apesar deste fato é possível se estabelecer
um bom relacionamento com a criança.
4.3.6 Estóico
A criança apresenta-se cooperativa, passiva ao tratamento, não reage
nem protesta mesmo nos momentos de ansiedade, tendo um olhar triste e parado. O
odontopediatra deve ficar atento, pois este tipo de paciente pode ter sido vítima de
violência física.
Segundo Oliveira et al. (2003), é de fundamental importância que o
odontopediatra tenha conhecimentos psicológicos das etapas de desenvolvimento
da criança e de diferentes linguagens para as diferentes faixas etárias. Tais
conhecimentos aplicados na clínica ajudam na compreensão dos problemas de
31
comportamento apresentados pelo paciente infantil e, conseqüentemente, para
indicação de métodos mais eficazes ao seu manejo e preparo psicológico.
32
5 Técnicas de Gerenciamento do Comportamento
No tratamento de pequenos pacientes em Odontopediatria são comuns
crianças que apresentam comportamentos que podem ser obstáculos para a segurança
e efetividade do tratamento odontológico (Festa e Fergusson, 1993). Embora pequeno,
este grupo de pacientes necessita de uma atenção especial, fazendo com que os
profissionais conheçam mais profundamente as técnicas de manejo de comportamento,
seus aspectos legais, éticos e suas indicações.
Estas técnicas estão agrupadas em duas categorias:
a) as que modificam o comportamento da criança, tais como, Falar-Mostrar-
Fazer, Reforço Positivo, Controle da Voz e Mão-Sobre-a-Boca (HOM).
b) as que se destinam apenas a possibilitar o tratamento no momento em
que são aplicadas, como, Contensão Física Ativa e Passiva, Controle Farmacológico e
Anestesia Geral.
Neste estudo, abordaremos apenas as técnicas de Contensão Física Ativa e
Passiva e Mão-Sobre-a-Boca.
5.1 Contenção Física
Significa restringir fisicamente os movimentos inadequados e intempestivos
das crianças durante o tratamento dentário, e é indicado para crianças que não
entendem o procedimento odontológico porque são jovens demais e não cooperam por
imaturidade (menos de três anos), crianças com algum distúrbio mental cujo
comportamento possa prejudicar a segurança do tratamento, crianças hiperativas,
33
teimosas ou desafiantes, crianças de pequena idade que necessitem de um tratamento
emergencial (Mc TIGUE, 1985).
É considerada como uma técnica que pode usar de recursos físicos do
dentista, auxiliar e pais ou até usar pano apropriado (lençol) ou macas especiais para
crianças que não conseguem controlar seus movimentos corporais (FESTA;
FERGUSSON, 1993).
Pode envolver algo simples como um abridor de boca, até a restrição de
movimentos por uso de macas ou equipamentos especiais como Macri, Papoose Board,
Pediwrap, Pedi-Board, Pacote Pediátrico ou apreensão de braços e pernas do paciente
pelo Odontopediatra e equipe ou pais (CORRÊA, 2002; FESTA; FERGUSSON, 1993).
A Contenção física é utilizada nos casos em que a rebeldia da criança exige
atitudes “autoritárias” do profissional e a participação dos pais bem preparados e
orientados é indispensável, pois a presença deles para as crianças demonstra sua
aprovação (CORRÊA, 2003).
Convém salientar que, nos casos de necessidade do uso da técnica restritiva,
Contenção Física, é necessário obter o Consentimento Livre e Esclarecido dos pais, por
escrito, antecipadamente (TAVARES et al., 2000; BARBOSA; TOLEDO, 2003).
Algumas questões precisam ser consideradas antes utilização da técnica:
a-a contenção física é a única forma de resolver o problema?
b-já foram esgotadas todas as formas de gerenciamento do comportamento não-
farmacológicas?
c-os pais concordam em participar da contenção?
d-o encaminhamento do paciente a outro profissional criaria possibilidades de
resolução do problema?
34
e- o uso de uma técnica farmacológica é viável? (MORAES; GIL, 1993).
A decisão de empregar técnicas de restrição física deve levar em
consideração alternativa de controle do comportamento, necessidade de tratamento,
qualidade do tratamento, desenvolvimento emocional e condições físicas do paciente
(MAIA; CORRÊA, 2002)
De acordo com Barbosa e Toledo (2003), os métodos de contenção física ou
técnicas de controle do comportamento aversivas compreendem:
5.1.1 Contenção Física Ativa
É feita pelos pais ou acompanhantes ou pela assistente do consultório
odontológico, em que a criança é segura pelos braços e pernas evitando que ela se
movimente enquanto o cirurgião dentista trabalha. A assistente deverá estar treinada
para conter a criança e deverá estar preparada para controlar a cabeça, os braços e as
pernas da criança. Com freqüência é necessário o auxilio de mais de uma assistente de
consultório (fig. 5.1.1).
Figura 5.1.1 – Demonstração da Técnica de Contenção Física Passiva
35
5.1.2 Contenção Física Passiva
Em que se usa pano apropriado (lençol) para envolver o paciente contendo-o
na cadeira odontológica, evitando sempre o movimento inadequado durante o
tratamento. Podem-se adaptar também fitas ou correias ao equipamento dentário para
conter o paciente no peito, cintura e pernas, especialmente dos pacientes
comprometidos física ou mentalmente que não podem controlar seus próprios
movimentos (fig. 5.1.2).
Fotografia 5.1.2- Demonstração da técnica de Contenção Física Passiva
5.1.3 Técnica de Mão sobre a boca
Esta técnica, cita a literatura tem sido usada desde os anos de 50, sendo
descrita pela primeira vez por Jordan (citado por Levitas, 1974), valendo-se de um
guardanapo sobre a boca da criança que estivesse gritando e reagindo contra as
atitudes do Odontopediatra.
Os termos mais comumente usados para designar esta técnica segundo
Maia, Correa ( 2001) são:
a- HOME: Hand over mouth exercise - Exercício de mão sobre a boca.
36
b- HOM: Hand over mouth -Mão sobre a boca.
c- HOMAR: Hand over mouth and airways -Mão sobre a boca e vias aéreas.
Todavia, para Morais et al. (1997), apesar das inúmeras denominações, a de
Levitas (1974) “HOME-hand over mouth exercise” (exercício de mão sobre a boca) é a
mais utilizada. Ainda de acordo com Morais et al (1997), a mão sobre a boca é uma
técnica de modificação do comportamento que segue as leis da aprendizagem em que
uma atitude de não adaptação (choro, grito) é associada com uma experiência
desagradável (mão sobre a boca). Seu objetivo é ganhar a atenção da criança e parar
com seus acessos verbais para que a comunicação possa ser estabelecida.
Ao diagnosticar as necessidades do uso da técnica MSB, o odontopediatra
coloca a mão sobre a boca da criança, tendo o cuidado de não inibir a respiração nasal,
e ao seu ouvido em tom baixo, mas firme, diz: “Se você quiser que eu tire a mão de sua
boca, para de gritar e escute. Eu quero somente falar com você e depois olhar os seus
dentes:” Isto poderá ser repetido imediatamente dizendo-se: “Posso já retirar a minha
mão de sua boca?”. Repetir o procedimento em caso da atitude da criança continuar.
Sem dar muita atenção á criança e não comentar sobre o assunto, a fase
seguinte do tratamento deve ser logo iniciada (ROBERTS, 1986).
Fundamentalmente, o uso da técnica Mão sobre a boca é para que se possa
despertar a atenção da criança e esta então escute o que o odontopediatra está
dizendo (BIJELLA et al., 2003).
Um ponto importante da técnica que deve ser ressaltado é que o propósito
desta é ganhar a atenção da criança, e poder, assim, realizar os procedimentos
odontológicos necessários e, o odontopediatra deve ter maturidade profissional, firmeza
37
nos atos, controle emocional para executar uma atitude que precisa de energia e, ao
mesmo tempo, tom de voz suave (DUARTE; GUEDES - PINTO, 1990).
A técnica de Mão sobre a boca é controversa no gerenciamento do controle
do comportamento apesar de não ser a mais utilizada pelos Odontopediatras, pois além
de poder causar repercussões até judiciais, geralmente não é bem compreendia pelos
pais em função de seu desconhecimento (FUCCIO, 2003; LEVY; DEMOTO, 1997;
MORAES et al., 1993).
As maiorias dos Odontopediatra mostram-se familiarizados com a técnica
embora não tomem as medidas necessárias ao respaldo jurídico e legal. É
indispensável que os profissionais utilizem a técnica dentro de suas corretas
indicações, solicitando aos pais um consentimento por escrito (FUCCIO, 2003; LEVY;
DEMOTO, 1997; MORAES et al., 1993).
A técnica Mão sobre a boca não deve ser aplicada em crianças assustadas
ou ansiosas, onde algumas outras técnicas de gerenciamento têm sua aplicabilidade
como: crianças abaixo de três anos de idade, imaturas e que sejam incapazes de
compreender a situação odontológica; crianças deficientes comprometidas física ou
emocionalmente; crianças que são respiradores bucais e, sempre que o profissional
estiver emocionalmente envolvido na situação (BARENIE; RIPA, 1977; KRAMER, 1980;
JOHNSEN, 1988; ANDLANW; ROCK, 1993).
Tavares et al., (2000), considera que a utilização da técnica MSB não pode
ter caráter punitivo, ou seja, o cirurgião dentista não deve pretender modificar o
comportamento infantil através da situação desagradável criada pela técnica. Esta é
uma técnica de Gerenciamento Aversiva de Comportamento quando se quer
38
estabelecer clima propício ao atendimento tranqüilo, envolvendo a criança e seus
familiares.
É inegável que o uso da técnica traz um efeito positivo quando usada a longo
prazo e pouco efeito negativo. Pode haver impacto psicológico negativo se a técnica for
empregada incorretamente. A utilização correta da técnica reforça o bom
comportamento, principalmente quando o profissional elogia o comportamento positivo
apresentado pela criança após o uso da técnica. Quando a técnica Mão sobre a boca é
usada corretamente, o mau comportamento apresentado pela criança é extinto na
consulta atual e nas subseqüentes devido principalmente ao componente de reforço
positivo e, a criança descobre que as suas razões para evitar o tratamento eram
ineficazes. Assim sendo, passa a desejar tratamentos odontológicos futuros e o impacto
psicológico é positivo (FUCCIO, 2003; LEVY; DEMOTO, 1997; MORAES et al., 1993).
Com a ênfase dada aos direitos à criança, a atitude dos pais em relação às
técnicas de manejo de comportamento constitui fator importante a ser considerado.A
aprovação dos pais ou responsáveis deve ser obtida antes do uso das Técnicas de
Manejo do Comportamento do tipo Contenção Física Ativa e Passiva incluindo a Mão
sobre a boca, para evitar responsabilidade legal ( Corrêa 2002).
Fig. 5.1.3 – Demonstração da Técnica de Mão sobre a boca
39
Todavia torna-se muito difícil prever quando esta técnica vai ser utilizada, por
um paciente infantil pode no inicio do tratamento apresentar um comportamento
cooperativo e durante o tratamento tornar-se problemática e, neste caso o
odontopediatra não poderá interromper o tratamento.
40
6 JUSTIFICATIVA
O gerenciamento do controle do comportamento durante o atendimento
aos pacientes infantis representa um desafio constante para os odontopediatras e
faz parte integrante de sua rotina de trabalho, podendo até interferir na qualidade
dos serviços que serão prestados, tornando-se assim um fator fundamental no
trabalho diário na Clínica Infantil. Os pais ou acompanhantes dos pacientes deverão
sempre ser esclarecidos sobre os procedimentos que serão realizados para que o
profissional tenha o consentimento livre e esclarecido necessário para realizá-los.
O comportamento considerado “difícil” de uma criança no consultório de
odontopediatria é fator que deixa o profissional, na maioria das vezes, receoso e o
faz pensar em como agir sem causar-lhe traumas. Procurar conhecer a criança é
fator que poderá dar-lhe segurança na experimentação e aplicação da técnica
apropriada. Em se tratando de paciente infantil, a aplicação de diversas técnicas de
gerenciamento de controle comportamental passa, na grande maioria das vezes,
como todo atendimento odontológico, pela aceitação, aquiescência e crítica dos pais
ou responsável, de vez que há sempre o fator proteção demasiada, aliado ao
desconhecimento da técnica a ser aplicada. Em muitas situações a escolha da
técnica é fator de desistência dos pais das consultas odontológicas.
Os pais ou responsáveis deverão ser sempre tomar conhecimento dos
procedimentos que serão realizados, para que o profissional tenha o Consentimento
Esclarecido necessário para realizá-los. Há de se pensar sempre durante o
atendimento odontológico da criança, na tríade: pacientes, pais e profissional como
forma de desenvolvimento a contento do tratamento odontológico.
41
Esta pesquisa torna-se importante considerando que as Técnicas
Contenção Física Ativa e Passiva e Mão Sobre a Boca, restringem fisicamente os
movimentos da criança e suas aplicações precisam ser avaliadas pelos pais e
responsáveis, para consentir sua aplicabilidade.
42
7 MATERIAL E MÉTODOS
7.1 Materiais
Os materiais utilizados para essa pesquisa foram elaborados de modo que
os dados possam ser registrados para posterior tratamento estatístico e
representação gráfica necessária. Para a sua realização foi obtida a: autorização do
Comitê de Bioética do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do
Pará.(ANEXO A)
A pesquisa utilizou os seguintes materiais:
Material audiovisual para a exposição aos pais
Questionário dirigido aos pais/responsável (APÊNDICE A)
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE B)
7.2 Métodos
Primeiramente realizou-se um estudo com cento e cinqüenta pais ou
responsáveis que permanecem à espera de seus filhos com idade variável de dois a
sete anos de idade de ambos os sexos e, que estavam recebendo atendimento na
Clínica de Odontopediatria do Curso de Odontologia da Universidade Federal do
Pará.
Os pais ou responsáveis convidados a participar da pesquisa assinaram o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE B). Foram comunicados
de que não haveria alteração no tratamento dos pacientes, caso não concordassem
em participar da pesquisa. Foram feitas, apresentações de material áudio-visual
desenvolvido pelo autor em um tempo de 30 minutos, em uma das dependências do
43
Curso de Odontologia, com orientações sobre as técnicas restritivas de contenção
física ativa, passiva e mão sobre a boca.
Em um segundo momento, após a apresentação de cada técnica, os pais
ou responsáveis responderam o questionário que apresenta uma breve descrição de
cada técnica, com o objetivo de avaliar o grau de aceitação a cada uma delas.
A pesquisa foi baseada em um estudo que visa identificar um fenômeno
em uma população alvo, cujo desfecho avaliou o grau de aceitação dos pais ou
responsáveis pelas crianças aos métodos de contenção física durante o atendimento
odontológico.
O instrumento de pesquisa utilizado para coleta de dados consistiu de um
questionário contendo identificação, nível de escolaridade, e perguntas sobre as
técnicas de gerenciamento comportamental na clínica odontopediátrica da UFPA.
Para a realização deste estudo e de acordo com o tipo de pesquisa foram
utilizados níveis de confiança de 95% e de significância de p < 0,05.
Os dados coletados foram processados e analisados através do aplicativo
Excel / Windows-XP e os resultados apresentados em forma de gráficos/tabelas.
44
8 RESULTADOS E DISCUSSÃO
São descritos a seguir os resultados obtidos através do
tratamento estatístico proposto da amostra e são apresentados sob forma de
Gráficos de 8.1 a 8.3 e Tabelas numeradas de 8.1 a 8.9.
54,67
4,00
36,67
4,67
0
10
20
30
40
50
60
%
Solteiro Casado
ESTADO CIVIL
Feminino*
Masculino
82
55
Gráfico 8.1- Distribuição dos usuários, segundo o estado civil e gênero, Belém-Pará 2005.
Esse gráfico demonstra que 54,67% dos entrevistados eram do sexo
feminino e solteiras enquanto 36,67% casadas, demonstrando um satisfatório grau
de responsabilidade em ambas as amostras quanto à saúde bucal de seus filhos.
Ocasionalmente encontramos entre os responsáveis 4,00% do sexo masculino e
solteiro e 4,67% casados.
45
Acompanha o filho durante a consulta
49,33%
50,67%
Sim
o
74 76
Gráfico 8.2- Distribuição dos usuários, em relação ao acompanhamento do filho durante a consulta na sala de
clínica. Bel m-Pará, 2005.
O gráfico acima demonstra que apenas 50,67% são acompanhados pelos
seus pais
é
ou responsável às salas de clínica onde se realizam os procedimentos
odontológicos. O restante, 49,33% tem sua presença recusada pelo cirurgião
dentista responsável pelo tratamento. Toledo (1966) relata que, do nascimento até
os dois anos de idade, existem fortes laços emocionais entre a criança e a mãe e,
por isso, ele só se sente seguro quando está em seus braços. Durante o tratamento
odontológico sua reação é de muito choro, razão pela qual, qualquer atendimento
odontológico deve ser acompanhado pelos pais ou responsável.
46
Tem algum conhecimento das técnicas
16,67%
83,33%
Sim
Não
25
125
Gráfico 8.3- Distribuição dos usuários, com relação se já tinha conhecimento das Técnicas de Gerenciamento
Comportamental utilizadas, Belém-Pará, 2005.
Maioria signific tem conhecimento das
ara a realização
inúmeros fatores que interagem entre si e, entre estes, está o relacionamento entre
ativa dos usuários 125 (83,33%) não
técnicas de gerenciamento comportamental utilizadas, demonstrando com isso uma
falha no relacionamento pais ou responsável/profissional que desenvolve atividades
na clínica odontopediátrica da Universidade Federal do Pará. Isto possivelmente
interfere no comportamento da criança durante o tratamento odontológico, de vez
que, por falta de conhecimento dos pais ou responsável às Técnicas de
Gerenciamento do Comportamento, foi desperdiçada uma contribuição importante
no condicionamento deste paciente infantil ao tratamento dentário.
Vono (1994) afirma que as causas da não cooperação p
do tratamento odontológico podem ser trazidas pela criança ao consultório
odontológico ou serem ali criadas no decorrer do próprio tratamento mal conduzido.
O comportamento da criança no tratamento odontológico depende de
47
as crianças e os pais e o conhecimento do que ocorrerá durante a consulta
odontológica (KOCK et al., 1992).
Tabela 8.1 – Distribuição dos usuários, segundo a Técnica da Contenção Física Ativa e sua aceitação, Belém-
Pará, 2005.
Técnica Freqüência %
Aceita
es
Não aceita
35 23,33
3,33
C/Restriçõ
110 73,33
5
Total 150 100,0
Um grande percentual de pais ou responsáveis (usuários), 110 (73,33%)
aceita sem qualquer restrição a Técnica de Contenção Física Ativa adotada em seus
pação dos pais ou responsáveis além do cirurgião dentista
filhos, demonstrando não somente confiança no cirurgião dentista e sua equipe,
como também pela necessidade da resolução de problemas comportamentais. Um
pequeno número de usuários, 5 (3,33%) declarou-se contra a técnica proposta
temendo que seus filhos fossem machucados e, 35 usuários (23,33%) concordam
com a técnica apenas com restrições àquela que possa parecer traumatizante
machucando seus filhos.
De acordo com Barbosa e Toledo (2003) a contenção física ativa deve ser
feita sempre com a partici
e auxiliares de consultório odontológico. É necessário sempre obter o
Consentimento Livre e Esclarecido dos pais ou responsável, por escrito,
antecipadamente (TAVARES, et al, 2000; BARBOSA; TOLEDO, 2003)
48
Tabela 8.2 - Distribuição dos usuários, segundo a Técnica de Contenção Física Passiva, e sua aceitação, Belém-
Pará, 2005.
Técnica Freqüência %
Aceita 77 51,33
C/Restrições 37 24,67
Não aceita 36 24,00
Total 150 100,0
Ao comparar os resultados obtidos para a Técnica de Contenção Física
Passiva em relação a anterior, verifica-se uma queda no número de pais ou
responsáveis que aceitam, 77 (51,33) e um equilíbrio entre o número de pais que
aceitam com restrições, 37 (24,67%) e aqueles que não aceitam 36 (24,00%), em
função de nesta técnica a restrição aos movimentos da criança ser mais agressiva.
Para Maia; Correa (2002), a decisão de empregar técnicas de restrição física tipo
Contenção Física Passiva, deve levar em consideração a alternativa de controle de
comportamento, desenvolvimento emocional e condições físicas do paciente.
abela 8.3 - Distribuição dos usuários, segundo a técnica Mão sobre a boca e sua aceitação, Belém-Pará, 2005.
T
Técnica Freqüência %
Aceita 90 60,00
C/Restrições 30 20,00
Não aceita 30 20,00
Total 150 100,0
Mesmo sendo uma técnica cuja aplicação é questionada por alguns
odontopediatras, verifica-se que, uma vez explicada aos pais ou responsável
(acompanhantes) que passam então a entendê-la constatando que a mesma não
causa nenhum maltrato as crianças, sua aceitação é da ordem de 60% (90).
Para Morais et al. (1972), a Mão sobre a boca é uma técnica de
modificação do comportamento que segue as leis da aprendizagem, em que uma
49
atitude de não adaptação (choro, grito) é associada com uma experiência
desagradável (mão-sobre-aboca). Seu objetivo é chamar a atenção da criança e
parar com seus acessos verbais para que a comunicação possa ser estabelecida.
Para crianças com idade abaixo de três anos imaturas e que sejam
incapazes de compreender a situação odontológica; crianças deficientes,
a, quando empregada incorretamente pode proporcionar
etender modificar o
comprometidas física ou emocionalmente; crianças respiradoras bucais, onde
algumas outras técnicas de gerenciamento têm sua aplicabilidade; crianças
assustadas ou ansiosas recomenda-se que a técnica de Mão sobre a boca não
deve ser aplicada (BARENIE; RIPA, 1977; KRAMER, 1980; JOHNSEN, 1988;
ANDLANW; ROCK, 1993).
Sabe-se que o uso da técnica Mão sobre a boca tem mais efeitos
positivos que negativos. Est
um impacto psicológico negativo. Porém, sua utilização correta reforça o bom
comportamento, e, o comportamento positivo apresentado pela criança após o uso
da técnica deve ser elogiado pelo profissional. Com o uso correto da técnica, o
comportamento inadequado apresentado pela criança é extinto na consulta atual e
nas subseqüentes, em função do componente de reforço positivo e, a criança
percebe que as suas razões para evitar o tratamento eram ineficazes. Assim sendo,
passa a desejar tratamentos odontológicos futuros e o impacto psicológico é positivo
(FUCCIO, 2003; LEVY, DEMOTO, 1997; MORAES et al., 1993).
Tavares et al., (2000), considera que a utilização da técnica MSB não
pode ter caráter punitivo, ou seja, o cirurgião dentista não deve pr
comportamento infantil através da situação desagradável criada pela técnica. Esta é
uma técnica de gerenciamento Aversiva de Comportamento quando se quer
estabelecer clima propício ao atendimento tranqüilo, envolvendo a criança.
50
Tabela 8.4 - Distribuição dos usuários, segundo a Técnica de Contenção Física Ativa e sua aceitação de acordo
com a faixa etária, Belém-Pará, 2005.
Técnica Contenção Física Ativa
Faixa etária Aceita* % C/Restrições % Não aceita %
Total
%
18 - 28 43 28.7 13 8.7 3 2.0 59 39.3
28 - 38 37 24.7 16 10.7 1 0.7 54 36.0
38 - 48 1 0.7 18 12.0 5 10.0 2 1.3 1
48 - 58 11 7.3 3 2.0 0 0.0 14 9.3
58 - 68 4 2.7 1 0.7 0 0.0 5 3.3
Total 110 73.3 35 23.3 5 3.4 150 100
É interessante observar que, à medida que a faixa etária dos usuários
umenta, o nível de aceitação das técnicas de contenção física ativa tem um declínio
a
muito pequeno, a ponto de para os usuários de idade mais avançada nenhuma
rejeição acontece. A provável explicação pode estar no conhecimento de
experiências anteriores dos pais ou responsáveis, e, na resolução dos problemas
odontológicos em seus filhos. O número de usuários com restrições acredita-se ser
por conta do temor que seus filhos venham a ser machucados. Observa-se ainda
que o número de usuários que rejeita a técnica é insignificante em relação à
amostra. É bom lembrar que a Técnica de Contenção Física Ativa segundo Festa e
Fergusson,(1993) apenas possibilita o tratamento no momento em que é aplicada
em pequenos pacientes, não modificando portanto seu comportamento em definitivo.
Ainda para Mc Tigue, (1985) deve ser usada em crianças que não entendem o
procedimento odontológico porque são jovens demais (menos de três anos de
idade), tem algum distúrbio comportamental, mas que necessitam de tratamento
emergencial, onde a presença e colaboração dos pais ou responsáveis, além da
assistente na contenção do pequeno paciente é de grande importância, o que
justifica a aceitação dos usuários.
51
T
a
abela 8.5 - Distribuição dos usuários, segundo a Técnica de Contenção Física Passiva e sua aceitação de
cordo com a faixa etária, Belém-Pará, 2005.
Técnica - Contenção Física Passiva
Faixa etária Aceita* % C/Restrições % Não aceita %
Total
%
18 - 28 24 16.0 18 12.0 17 11.3 59 39.3
28 - 38 28 18.7 11 7.3 15
1 7.3 4 2.7 3
10.0 54 36.0
38 - 48 1 2.0 18 12.0
48 6.7 1.3 9.3
- 58 10 2 2 1.3 14
58 - 68 4 2.7 1 0.7 0 0.0
5
3.3
Total 77 51.3 36 24.0 37 24.7 150 100
Observa-se es ela, q 51.3% dos ários pe ent
faixa etária aceitam a técnica de Contenção Física Passiva, enquanto 24.0% (36)
Tabela 8.6 - Distribuição dos usuários, segundo a Técnica de Contenção Mão sobre a boca e sua aceitação de
n ta tab ue (77) usu inde nd es da
restringe o seu uso e 24,7% (5) não aceitam, talvez por crer que seus filhos possam
vir a ser machucados. Nota-se que, apesar da forma como o paciente é contido, há
um percentual considerável de usuários que concordam com o uso da mesma,
corroborando o que diz Maia, Corrêa, (2002) quando afirma que a decisão de
empregar técnicas de restrição física deve levar em consideração alternativa de
controle de comportamento, necessidade de tratamento, qualidade do tratamento,
desenvolvimento emocional e condições físicas do paciente.
acordo com a faixa etária, Belém-Pará, 2005.
Técnica Contenção Mão sôbre a boca
Faixa etária Aceita* % C/Restrições % Não aceita % Total %
18 |- 28 29 19.3 18 12.0 12 8.0 59 39.3
28 |- 38 34 22.7 7 4.7 13
11 7.3 3 2.0 4
8.7 54 36.0
38 |- 48 2.7 18 12.0
48 1.3 0 9.3 |- 58 11 7.3 2 1 .7 14
58 |- 68 5 3.3 0 0.0 0 0.0
5
3.3
Total 90 60.0 30 20.0 30 20.0 150 100
Se compa rmo result s exp s nesta tabela com os da tabela
erior, em que as técnicas demonstradas dão a impressão de que as crianças
estão sendo machucadas pela forma como são contidas, verifica-se que há uma
ra s os ado resso
ant
52
pequena variação no que diz respeito à aceitação por parte dos usuários, o mesmo
se verificando com relação às restrições e a não aceitação. Sabe-se que a técnica
da Contenção Física Mão sobre a boca é uma das mais polêmicas em Odontologia.
Para Bijella et al (2003) o uso da técnica é para que se possa despertar a atenção
da criança e esta então escute o que odontopediatra está dizendo.
É uma técnica controversa no gerenciamento do controle do
comportamento apesar de não ser a mais utilizada pelos odontopediatras, pois além
de causar repercussões até judiciais, geralmente não é bem compreendida pelos
pais ç
Tabela 8.7 - Distribuição dos usuários, segundo a técnica de Contenção Física Ativa e escolaridade, Belém-Pará,
em fun ão de seu desconhecimento. É indispensável que os profissionais
utilizem a técnica dentro de suas corretas indicações, solicitando aos pais um
consentimento por escrito (FUCCIO, 2003; LEVY; DEMOTO, 1997; MORAES et al.,
1993).
2005.
Técnica Contenção Física Ativa
Escolaridade Aceita* % C/Restrições % Não aceita % Total %
EFI 35 23.3 13 8.7 4 2.7 52 34.7
EFC 24 16.5 7 4.7 1 0.7 32 21.3
EMC 3 0.0 39 26.0
EMI 14 9.3 1 0.7 0 0.0 15 10.0
0 20.0 9 6.0
2.0 1 ESI
ESC
3
4
2
2
.3
1.3
0
0
0.0
0.0
5
5
3.3
3.3 2.7
Total 110
73.3
35
23.3
5
3.3
150
100
Quando observamos o uso das técnicas e a scolari pa
anhantes das ian vemos e a ma aceita utiliza da cnica de
erenciamento proposta em uma proporção de 73,31% (110) Apenas 3,3% (5) não
e dade dos is ou
acomp cr ças, qu ioria a ção Té
G
aceitam o uso da técnica proposta e 23,3% (35) aceitam com restrições
considerando que seus filhos possam vir a adquirir traumas psicológicos durante o
tratamento. Os pais ou responsáveis que possuem ensino fundamental incompleto ,
53
são os que menos aceitam as técnicas e mais colocam restrições. Atribuímos este
fato ao desconhecimento das técnicas não esquecendo que muitas vezes esses
acompanhantes são vítimas de violência no próprio ambiente em que vivem.
Pará, 2005.
Tabela 8.8 - Distribuição dos usuários, segundo a Técnica de Contenção Física Passiva e escolaridade, Belém-
Técnica Contenção Física Passiva
Escolaridade Aceita* % C/Restrições % Não aceita % Total %
EFI 25 16.7 14 9.3 13 8.7 52 34.7
EFC 17 11.3 7 4.7 8 5.3 32 21.3
EMC 1 7.3 39 26.0
3.3
2.0 4.7
EMI 11 7.3 3 2.0 1 0.7 15 10.0
9 12.7 9 6.0 11
1.3 1.3 ESI
ESC
2
3
2
2
1
2
0.7
1.3
5
7 1.3
Total 77
51.3
37
24.7
36
24.0
150
100
Quanto a Técnica de Contenção Física Pas e s la c
ridade obse ou- ue a jeição aumentou bastante, 24,0% (36),
emonstrando que não basta exclusivamente conhecer o desenvolvimento da
Nesta os usuários já demonstram um grau de aceitação um pouco melhor,
90 casos (60.0%), ficando em 30 (20.0%) os que aceitaram com restrições e em 30
s aiv ua re ç oã om a
escola rv se q re
d
técnica proposta, pois de maior significado para estes é não ver seus filhos serem
machucados. Com isso o percentual de aceitação passa a ser de 51,3% (77)
usuários.
Tabela 8.9 - Distribuição dos usuários, segundo a Técnica Mão Sobre a Boca e escolaridade, Belém-
Pará, 2005.
Técnica Mão sobre a Boca
Escolaridade Aceita* % C/Restrições % Não aceita % Total %
EFI 31 20.7 12 8.0 9 6.0 52 34.7
EFC 18 12.0 6 4.0 8 5.3 32 21.3
EMI 12 8.0 3 2.0 0 0.0 15 10.0
EMC 22 14.7 8 5.3 9 6.0 39 26.0
ESI 4 2.7 0 0.0 1 0.7 5 3.3
ESC 3 2.0 1 0.7 3 2.0 7 4.7
Total 90
60.0
30
20.0
30
20.0
150
100
54
(20.0%) os que não aceitaram a técnica. Ainda, os que tem ensino fundamental
incomple são responsáve de aceitação (20.7%), com
a ta ). id n te
isado, os qu em no fun mental pleto 8 cas ue
médio com to asos) anifest -se s ificativ n nt
o à aceitaçã tal, com restrições e, não aceitação da técnica. Deve-se isto
de ser a ni m m r aceita pelos pais ou responsáveis que
to is pelos percentuais maiores
restrições (8.0%) e não cei ção da técnica (6.0 Porém cons era do es item
pesqu e t ensi da com (1 os) e os q tem
ensino ple (22 c , m aram ign ame te ta o em
relaçã o to
ao fato téc ca be elho
acreditam que seus filhos não serão traumatizados (NOGUEIRA,1990).
55
9 CONCLUSÕES
A análise e a discussão dos resultados obtidos no presente trabalho
permitiram concluir que:
1- Ao compararmos as diversas técnicas pesquisadas, conclui-se que a maioria dos
pais ou responsáveis (83,33) não foram informados sobre qual Técnica de
Gerenciamento Comportamental seria aplicada em seus filhos, quando necessária.
2- A maioria dos pais ou responsáveis é do gênero feminino, solteiras e na faixa
idade.
- Quanto à aceitação das Técnicas de Gerenciamento Comportamental propostas,
ica de mão sobre a boca (20%), 30 usuários.
etária de 18/28 anos de
3
a de maior aceitação é a de Contenção Física Ativa (73,33%), 110 usuários e, a de
menor aceitação é a Técn
56
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V
W
W
Wright GZ. Controle psicológico do comportamento de criança
E
61
11 APÊNDICES
APÊNDICE A- Questionário resposta
Universidade Federal do Pará
Centro de Ciências da Saúde
Curso de Odontologia
Mestrado em Odontologia
TÍTULO DA PESQUISA: “AVALIAÇÃO DO GRAU DE ACEITAÇÃO DOS PAIS OU
ESPONSÁVEIS ÀS TÉCNICAS DE GERENCIAMENTO COMPORTAMENTAL DO
TIPO CONTENÇÃO FÍSICA CLÍNICA ODONTOPEDIÁTRICA DA UFPA”.
Questionário Resposta
.Nome:..........................................................................................................
2. Idade.................Estado civil.................................Gênero...........................
( )Nenhum (não sabe ler nem escrever)
mpleto ( )incompleto
( )Ensino Médio ( )incompleto
( )Ensino Superior ( ( )incompleto
. Você acompanha seu(s) filho(s) te a consulta dentro da sala de
clínica?
( )Sim Não( )
. Você já foi informado alguma vez sobre Técnicas de Gerenciamento do
ERENCIAMENTO DO COMPORTAMENTO
s pais ou
nsáveis seguram os braços e as pernas da criança, imobilizando-a evitando
talmente
R
1
3. Escolaridade
( )Ensino Fundamental ( )co
( )completo
)completo
duran
4
5
Comportamento?
( )Sim Não( )
TÉCNICAS DE G
1- Técnica de contenção ativa: A auxiliar do cirurgião dentista, o
respo
que ela se movimente durante a realização do tratamento.
( )Aceito to
( )Aceito com restrições
( )Não aceito
62
2- Técnica de contenção passiva: O cirurgião dentista auxiliado pela ass
pais o
assim
istente, os
u responsáveis, utiliza um pano apropriado para enrolar a criança, evitando
que ela se movimente durante o tratamento.
ente
A auxiliar segura a criança enquanto o cirurgião
dent suave, perto do
( )Aceito totalm
( )Aceito com restrições
( )Não aceito
3- Técnica mão sobre a boca:
ista coloca a mão sobre a boca da criança e fala em tom
ouvido da criança, que ela para de chorar.
( )Aceito totalmente
( )Aceito com restrições
( )Não aceito
63
APÊNDICE B – Termo de consentimento livre e esclarecido para a pesquisa
Universidade Federal do Pará
Centro de Ciências da Saúde
Curso de Odontologia
Mestrado em Odontologia
TÊRMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
O projeto AVALIAÇÃO DO GRAU DE ACEITAÇÃO DOS PAIS OU
RESPONSÁVEIS ÀS TÉCNICAS DE GERENCIAMENTO COMPORTAMENTAL DO TIPO
ONTENÇÃO FÍSICA CLÍNICA ODONTOPEDIÁTRICA DA UFPA”,visa avaliar o nível de
iatria do
versivas
CONTENÇÃO FISICA ATIVA E PASSIVA e MÃO-SOBRE-A-BOCA do Gerenciamento do
omportamento Infantil.
Você estará livre, para decidir a qualquer momento de participar ou o deste
Projeto de Pesquisa.C filho continuará a ser atendido
ormalmente na Clínica de Odontopediatria d Curso de Odontologia da Universidade
ederal do Pará.
Caso você concorde em Projeto, deverá se comprometer em nos
sponder o questionário que lhe ido. Você não terá nenhuma recompensa
as, estará colabora sucesso da pesquisa e, para isso, sua
participação será fundamental.
OBS: Em caso de dúvidas, faze rof. ANTONIO JOSÉ DA SILVA
NOGUEIRA, orientador do Proje Ciências da Saúde, pelo fone
3215-2305 ou 9981-5540, ou com o Prof. NELSON MONTE DE CARVALHO, autor do
rojeto na Universidade Federal do Pará, Centro de Ciências da Saúde, Curso de
Odontologia, pelos telefones 3183-1688, 3230-3804ou telefone celular 8115-8658.
articipar
C
aceitação dos pais ou responsáveis de crianças atendidas na Clinica de Odontoped
Curso de Odontologia da Universidade Federal do Pará, ás técnicas a
C
aso não queira participar, seu
o
participar do
será fornec
ndo para o
n
F
re
material, apen
r contato com o P
to na UFPA, Centro de
P
Prof. Nelson Monte de Carvalho Prof. Antonio José da Silva
Nogueira
CR0.PA 651 – Autor CRO-PA 306 – Orientador
Declaro que após ter lido este termo, sinto-me esclarecida, e concordo em p
do Projeto conforme o estabelecido nos procedimentos acima citados.
__________________________________
Sujeito da Pesquisa
64
12 ANEXO
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