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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
ORTODONTIA
AVALIAÇÃO DO ESPAÇO DISPONÍVEL PARA ERUPÇÃO
DOS SEGUNDOS E TERCEIROS MOLARES SUPERIORES
PERMANENTES APÓS A DISTALIZAÇÃO DOS PRIMEIROS
MOLARES SUPERIORES PERMANENTES
FRANCISCO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA
São Bernardo do Campo
2008
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UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
ORTODONTIA
AVALIAÇÃO DO ESPAÇO DISPONÍVEL PARA ERUPÇÃO
DOS SEGUNDOS E TERCEIROS MOLARES SUPERIORES
PERMANENTES APÓS A DISTALIZAÇÃO DOS PRIMEIROS
MOLARES SUPERIORES PERMANENTES
FRANCISCO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA
Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia
da Universidade Metodista de São Paulo, como parte
dos requisitos para Obtenção do título de MESTRE
pelo Programa de Pós-graduação em ODONTOLO-
GIA, Área de Concentração em Ortodontia.
Orientador: Prof. Dr. Marco Antonio Scanavini
São Bernardo do Campo
2008
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FICHA CATALOGRÁFICA
Si38a
Silva, Francisco Alexandre Baptista da
Avaliação do espaço disponível para erupção dos segun-
dos e terceiros molares superiores permanentes, após a dis-
talização dos primeiros molares superiores permanentes/
Francisco Alexandre Baptista da Silva. 2008.
70 f.
Dissertação (mestrado em Ortodontia) --Faculdade de
Odontologia da Universidade Metodista de São Paulo, São
Bernardo do Campo, 2008.
Orientação: Marco Antonio Scanavini
. Espaço, Posicionamento, Distalização Molares, Se-
gundo molar - Dentição permanente, Terceiro molar - Denti-
ção permanente, Título.
D.Black D4
II
DEDICO ESTE TRABALHO
A Deus,
Pela minha trajetória de conquista no mundo desconheci-
do, gerando vitórias e iluminando meus caminhos e pen-
samento para o melhor da vida,
A meu pai Cristóvão Baptista da Silva,(in memorian),
Nesta caminhada não foi permitida e concedida por Deus vivermos lado a lado, mas
perpetuo aqui seu nome em agradecimento pela minha vida.
À mãe Amália Rocha da Silva ,(in memorian)
Agradeço a vida.
À mãe Conceição Rocha,
Pela determinação carinho e amor na minha formação, passando os grandes ensi-
namentos e respeitos para com a vida.
À companheira esposa Izabel,
Sempre ao meu lado incentivando em todos os momentos. Dedico este trabalho a
você!
Aos filhos Anderson e Patrícia,
Tenho orgulho de serem a continuidade da minha vida, na compreensão de todos os
momentos.
Ao José Eurico Santos Abreu e Renata Santos Abreu.(in
memorian)
Nosso tempo de convivência pode ter sido pouco, mas para meu coração vocês
serão sempre eternos.
III
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
Ao Prof. Dr. Marco Antônio Scanavini que acreditou e aceitou-me
nesta etapa da vida, orientando-me na minha formação de mestre.
Apesar das dificuldades em transpor as barreiras, sempre se mostrou ob-
jetivo direcionando suas palavras para a meta escolhida e propósitos es-
tabelecidos.
Diferencio-o no profissionalismo de ser o meu orientador.
Ao meu MESTRE, minha eterna gratidão.
À Profª.Drª. Silvana Bommarito, agradeço sua contribuição dada
nesse trabalho e nos momentos dedicados na minha formação de mestre.
Sua amizade e incentivo serão sempre lembrados com muito carinho.
Ao Prof. Dr. Danilo Furquim Siqueira, pela colaboração, orienta-
ção, apoio no decorrer desta etapa, promovendo a pesquisa, buscando
sempre com clareza os valores corretos para a formação de mestre.
IV
AGRADECIMENTOS
Ao Prof.Dr. Eduardo Kazuo Sannomiya, por sua dedicação pelos ensimanentos
durante a minha formação, amizade e incentivo.
À Profª. Drª. Fernanda Angelieri, pelos ensinamentos, simpatia, incentivo e a-
poio nas diversas atividades.
À Profª.Drª. Fernanda Cavicchioli Goldenberg, incentivo, amizade e dedicação.
À Profª.Drª. Liliana Ávila Maltagliati Brangeli, por sua determinação na forma-
ção de mestre, incentivo.
À Profª.Drª, Lylian Kazumi Kanashiro, pelos ensinamentos e amizade.
À Profª.Drª. Maria Helena Ferreira Vasconcelos, pela contribuição do conheci-
mento em instigar a pesquisa, e incentivar a sempre buscar novos rumos desconhe-
cidos.
À Profª.Drª. Mara Cíntia S. Fernandes, agradeço sua amizade, contribuição e
incentivo na minha formação na ortodontia. Esses momentos serão lembrados com
muito carinho e gratidão.
Aos colegas da turma de Mestrado,
Minhas amigas: Adriana Lessa Fagundes, Claudia Cristina Araújo, Hená Elizeth
Meireles Duarte, Maria Fernanda Marin Emed, Mariana dos Santos Fernandes, Ma-
rines Vieira da Silva Sousa, Tânia.Gnecchi Tanaka. Agradeço a todas pelo nosso
convívio que foi marcante e incentivo constante.
Meus amigos: Alexandre Zanesco, Flávio Augusto Meffe Andreoli, Luis Felipe
Viegas Josgrilbert, Pedro Luis Scattaregi, Roberto Viek. Pela contribuição de cada
um neste período, sendo de grande valia para ser sempre lembrado com grande a-
legria e satisfação de ter vocês como amigos.
V
À Ana Regina Pascholin, assistente administrativa do Departamento de Pós-
graduação da UMESP, pela amizade, eficiente dedicação, carinho e pela grande
paciência tornando as etapas da minha formação mais serenas e possíveis de se-
rem concluídas.
À Ana Paula Ferreira Granado, assistente administrativa do Departamento de
Pós-graduação da UMESP, pelo seu auxilio, amizade e simpatia.
À Célia Maria dos Santos, técnica em radiologia do Departamento de Pós-
graduação da UMESP, pela sua cooperação,ajuda e simpatia.
À Marilene Domingos da Silva, responsável pela clínica do Departamento de
Pós-graduação, pela ajuda, simpatia carinho e amizade.
Ao Edílson Donizete Gomes, técnico em prótese dentária o Departamento de
Pós-graduação da UMESP, pelo profissionalismo.
À bibliotecária Andréia Cristina Gomide, pela colaboração, paciência, dedica-
ção e amizade.
A todos os funcionários da UMESP, que de alguma forma contribuíram para a
conclusão e cooperarão direta ou indiretamente da minha formação, sou muito grato.
VI
SILVA, F.A.B. AVALIAÇÃO DO ESPAÇO DISPONÍVEL PARA ERUPÇÃO DOS
SEGUNDOS E TERCEIROS MOLARES SUPERIORES PERMANENTES, APÓS A
DISTALIZAÇÃO DOS PRIMEIROS MOLARES SUPERIORES PERMANENTES
RESUMO
A presente pesquisa tem como objetivo avaliar cefalometricamente, o espaço e po-
sicionamento das coroas dos segundos e terceiros molares superiores permanentes
SILVA, F.A.B. EVALUATION OF THE SPACE AVAILABLE FOR ERUPTION OF
PERMANENT MAXILLARY SECOND AND THIRD MOLARS, AFTER DISTALIZA-
TION OF PERMANENT MAXILLARY FIRST MOLARS.
ABSTRACT
This study aimed to cephalometrically evaluate the space and positioning of crowns
of unerupted permanent maxillary second and third molars at the region of the maxil-
lary tuberosity during distalization of maxillary first molars, as well as to verify the cor-
relation between these two variables. The sample was composed of 38 right lateral
cephalograms, obtained of 19 young Brazilian patients, both Caucasoid and of Afri-
can descent, being 6 males and 13 females, with mean age 9 years 5 months 13
days. The methodology initially comprised division of periods, namely initial (T1) and
after distalization of the permanent maxillary first molar (T2) in a mean period of 10
months and 23 days. The space and angulation of existing crowns was analyzed with
the aid of an intracranial reference line (line M), which was delineated from two
points, the point SE located on the sphenoethmoidal suture, and the point Pt’ located
at the anterior region of the pterygopalatine suture. This reference line was trans-
ferred to the point F (line M’), located at the most posterior and inferior region of the
maxillary tuberosity. The evaluated space was located from the line M’ to the distal
aspect of the permanent maxillary first molar. Statistical analysis was performed by
the Student’s t test; correlation between the space and angulation was calculated by
the Pearson correlation coefficient. It was concluded that the corresponding space
between the distal aspect of permanent maxillary first molars and the end of the max-
illary tuberosity, at the initial stage and after distalization, is not enough for the erup-
tion of permanent maxillary second and third molars. The angulation of crowns in the
initial period and after distalization revealed distal angulation of the crowns. With re-
gard to the correlation of angulations of crowns of the permanent maxillary second
and third molars and the space for eruption, it was observed that the greater the dis-
tal angulation of crowns, the smaller will be the space available for eruption.
Key words: Space, Positioning, Distalization Molars, Second molar Permanent
dentition, Third molar Permanent dentition.
VIII
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS...........................................................................................XI
LISTA DE TABELAS..........................................................................................XII
LISTA DE ABREVIATURAS E SIMBOLOS......................................................XIII
INTRODUÇÃO......................................................................................................1
2. REVISÃO DE LITERATURA........................................................................4
2.1 Espaço necessário para erupção dos Segundos e Terceiros Molares
superiores permanentes................................................................................... ...5
2.2 Posicionamento das coroas dos Primeiros, Segundos e Terceiros Molares
superiores permanentes.....................................................................................10
3. PROPOSIÇÃO...........................................................................................13
4. MATERIAL E MÉTODO.............................................................................15
4.1 MATERIAL..............................................................................................16
4.1.1 Seleção da Amostra............................................................................16
4.2 MÉTODO................................................................................................17
4.2.2 Traçado Cefalométrico..................................................................18
4.2.2.1 Desenho Anatômico.....................................................................18
4.2.2.2 Pontos Cefalométricos.................................................................19
4.2.2.3 Linhas Cefalométricas..................................................................25
4.2.2.4 Grandezas Lineares.....................................................................27
4.2.2.5 Grandezas Angulares...................................................................29
4.2.3 Método Estatístico.............................................................................31
4.2.3.1 Erro do Método............................................................................31
4.2.3.2 Análise Estatística.......................................................................31
5. RESULTADOS..........................................................................................32
5.1 Avaliação do erro do método...............................................................33
5.2 Análise dos resultados.........................................................................34
6. DISCUSSÃO..............................................................................................40
6.1 Erro do Método......................................................................................41
6.2 Considerações sobre a amostra...........................................................42
6.3 Considerações sobre a Linha M(Linha Intracraniana Referencial Auxiliar)
...........................................................................................................................43
IX
6.4.Considerações sobre a Linha M’............................................................44
6.5 Análise das Variáveis Lineares..............................................................44
6.6 Análise das Variáveis Angulares............................................................46
6.7 Análise do espaço para erupção dos segundos e terceiros molares supe-
riores permanentes..............................................................................................48
6.8 Correlação entre o Espaço para erupção e angulação..........................48
CONCLUSÃO......................................................................................................50
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................52
ANEXOS..............................................................................................................56
APÊNDICES........................................................................................................60
X
LISTA DE FIGURAS
Figura 4.1 Telerradiografia em norma lateral direita.................................................17
Figura 4.2 Desenho anatômico.................................................................................19
Figura 4.3 Desenho fossa pterigopalatina................................................................20
Figura 4.4 Pontos cefalométricos..............................................................................22
Figura 4.5 Pontos cefalométricos..............................................................................23
Figura 4.6 Pontos cefalométricos..............................................................................24
Figura 4.7 Linhas cefalométricas...............................................................................25
Figura 4.8 Linhas cefalométricas..............................................................................26
Figura 4.9 Linhas, grandezas lineares......................................................................27
Figura 4.10 Grandezas dentárias..............................................................................28
Figura 4.11 Grandezas angulares.............................................................................30
Figura 5.1 Médias das medidas lineares Cs6-M’, Cs7-M’, Cs8-M’,nos tempos t1
LISTAS DE TABELAS
Tabela 5.1 Média, desvio padrão das duas medições, e teste ‘t’pareado e erro
de Dalberg para avaliar o erro sistemático e o erro casual................................33
Tabela 5.2 Média, desvio padrão, e resultado do teste “t’’pareado para com-
paração entre os dois tempos das medidas Cs6-M’ Cs7-M e Cs8M................34
Tabela 5.3 Média, desvio padrão, e resultado do teste “t’’pareado para com-
paração entre os dois tempos dos ângulo 6.M, 7.M e 8.M...............................35
Tabela 5.4 Média e desvio padrão das medidas a7-Cs7, c8-Cs8 e da soma
(a7-Cs7) + (c8-Cs8)...........................................................................................36
Tabela 5.5 Média, desvio padrão, e resultado do teste “t”pareado para compa-
ração entre os dois tempos da diferença do espaço........................................37.
Tabela 5.6 Correlação entre a distância do 1º. Molar a linha Me os ângulos
6.M, 7.M e 8.M..................................................................................................38
Tabela 5.7 Resultado da análise diferença da variância para comparação entre
os dois tempos da medida M M’.......................................................................39
XII
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
ABREVIATURAS
BaN Basio Násio
IHG Interlandi Headgear
Kvp Kilovoltagem
mA miliamperagem
Ns Não-Significante
Pt’ Fossa Pterigopalatina anterior
Ptm Fissura Petigomaxilar
PTV Fossa Pterigopalatina
SE Sutura Esfenoetmoidal
TC Tomografia Computadorizada
T1 Início Tratamento
T2 Após Distalização
UMESP Universidade Metodista de São Paulo
SÍMBOLOS
° Grau
mm Milímetro
± Mais ou menos
% Porcentagem
(*) Significância/Significante
XIII
INTRODUÇÃO
Introdução
2
1. INTRODUÇÃO
A maloclusão de Classe II apresenta características morfológicas bastante va-
riadas podendo ser causada tanto por alterações dentárias como por alterações es-
queléticas. Quando se apresenta sem comprometimento esquelético significativo,
possibilidade de se fazer tratamento por meio da distalização de molares superiores,
levando-os a uma relação de normalidade com os dentes inferiores sem alterações
esqueléticas significativas
2
. A partir desta possibilidade é que inúmeros estudos fo-
ram realizados entre os anos 80 e 90 com sistemas diferentes de aparelhos distali-
zadores para correção de maloclusão de Classe II. Neste universo foram apresenta-
dos 130 artigos com 14 sistemas (1997)
37
.
Assim sendo, inúmeras pesquisas levaram o ortodontista a estar mais atento
não somente nas alterações dentoesqueletais anteriores, mas também a preocupa-
ção em verificar os efeitos indesejáveis decorrentes do desconhecimento que a me-
cânica distalizadora poderá causar atrelados ao não conhecimento da região da tu-
berosidade da maxilar. Região esta que comporta os segundos e terceiros molares
superiores, que recebem as resultantes das forças da distalização dos primeiros mo-
lares superiores obtendo benefícios para uma correção possível de Classe I. Peran-
te a uma distalização devemos verificar cefalometricamente em telerradiografia em
norma lateral direita o espaço e angulações das coroas dos segundos e terceiros
molares superiores permanentes existentes na região da tuberosidade maxilar. Nes-
te sentido podemos estar perante os espaços inexistentes, ou discrepâncias negati-
vas, que levam a instabilidade da mecânica distalizadora e conseqüentemente com-
prometimento total do espaço para a erupção dos segundos e terceiros molares su-
periores permanentes.
Foram poucas as pesquisas
10, 16, 17, 22, 25, 32, 34
feitas no sentido de verificar o es-
paço e angulações das coroas, necessárias para a erupção dos segundos e tercei-
ros molares superiores após a distalização dos primeiros molares superiores perma-
nentes.
RICKETTS
27
, em 1976 já defendia a teoria da necessidade de extrações dos
terceiros molares superiores em mais de 50% dos casos indicados para tratamento
ortodôntico, pela falta de espaço existente entre a distal dos primeiros molares supe-
riores e a extremidade final da tuberosidade maxilar.
Introdução
3
Autores como MARZOLA,
19
MARZOLA; DAMANTE
20
; MERCIER,
21
TOTH
36
também confirmam a teoria de falta de espaço para erupção dos terceiros molares
superiores permanentes.
Este fato, aliado as observações clínicas em pacientes Classe II que se sub-
meteram à correção da relação molar, por meio de distalização, e com o propósito
de verificar as angulações da coroas e o espaços necessários para a erupção dos
segundos e terceiros molares superiores permanentes, foi elaborada esta pesquisa.
REVISÃO DA LITERATURA
Revisão da Literatura
5
2. Revisão da Literatura
Para melhor compreensão deste capítulo o dividimos em dois tópicos:
2.1 Espaço necessário para erupção dos segundos e terceiros molares superiores
permanentes
2.2 Posicionamento da coroas dos primeiros ,segundos e terceiros molares superio-
res permanentes.
2.1 Espaço necessário para erupção dos segundos e terceiros molares superi-
ores permanentes
Para verificar o comportamento do primeiro molar superior na maxila MITANI
22
,
em 1975, realizou um estudo utilizando 26 pacientes, sendo 14 sexo masculino e 12
sexo feminino, com oclusão Classe I , obtendo duas séries de telerradiografias e
modelos de estudo. Na primeira etapa, os dados foram obtidos aos 8 ± 1 ano e na
segunda aos 16 ± 1 ano. As mensurações foram obtidas por meio do Plano Horizon-
tal de Frankfurt e Fissura Pterigomaxilar. O autor encontrou medidas significantes
entre as distâncias da face distal das coroas dos primeiros molares superiores até a
fissura. As coroas dos segundos molares superiores estavam completas entre 7 e 8
anos, enquanto que as dos terceiros molares superiores entre 12 a 16 anos. A erup-
ção dos segundos molares superiores ocorreu entre 12 e 13 anos e os terceiros mo-
lares superiores entre 17 e 21 anos. Relatou ainda que aos 16 anos de idade, a dis-
tância da face distal do primeiro molar até a linha Ptm é de aproximadamente 13,5
mm. Quanto ao diâmetro das coroas dos segundos e terceiros molares superiores
encontrou valores de 9,0 e 8,5 mm, respectivamente, obtendo um total de 17,5 mm.
Isso significa que aos 16 anos de idade, não há espaço para acomodar os terceiros
molares superiores no arco dentário. Constatou também que a distância do ápice da
raiz distal dos primeiros molares superiores permanentes até a linha Ptm é de 18
mm. No decorrer do crescimento, obteve um valor de 2 a 2,5 mm menor na distância
da raiz dos segundos molares superiores permanentes até a Ptm, o que não signifi-
ca que haverá um espaço suficiente em nível de coroa para o terceiro molar erup-
cionar.
Revisão da Literatura
6
Em diagnóstico ortodôntico para terceiros molares, SCHULHOF
32
em 1976,
apud TURLEY estudou 75 casos tratados ortodonticamente e divulgou medidas indi-
cativas de previsão do espaço de provável irrupção dos terceiros molares superio-
res, utilizando como referências o Plano de Frankfurt e a parte posterior do processo
pterigóideo (PTV). A possibilidade de irrupção dos terceiros molares superiores foi
avaliada pela distância da face distal dos primeiros molares superiores permanentes
à linha PTV (6-PTV). Os autores referiram que para um bom posicionamento dos
terceiros molares preconiza-se um espaço de 18 mm. Para medidas abaixo de 14
mm, o posicionamento poderia ser considerado difícil, comprometendo até a erup-
ção dos segundos molares superiores permanentes.
Verificando a evolução de uma técnica de distalização intra-oral GHOSH;
NANDA
11
em 1996, realizaram um estudo com objetivo de determinar os efeitos da
distalização com aparelho pêndulo nos primeiros molares permanentes superiores.
O estudo foi verificado em telerradiografias de 41 pacientes sendo 26 do sexo femi-
nino e 15 do sexo masculino, com idade média de 12 anos e 5 meses. Para a corre-
ção da Classe II utilizou-se aparelho bilateralmente com objetivo de ganhar espaço e
corrigir a oclusão em Classe I. Na análise cefalométrica as mensurações das medi-
das lineares foram obtidas pela marcação dos pontos SE e ponto Ptm a união dos
pontos fornece a linha PTV para as devidas mensurações lineares. Nas medidas
angulares utilizaram o plano SN e a linha que passa no ponto médio que esta na
convexidade entre a mesial e distal das coroas dos dentes, primeiros e segundos
molares superiores no centro das coroas dos dentes permanentes denominando-as
de centróide. Os resultados demonstraram que a distalização dos primeiros molares
superiores permanentes propiciou um espaço com valor de 3,37 mm e com angula-
ção da coroa de 8,36° para distal. Para os segundos molares obtiveram um valor de
2,27 mm e uma angulação de 11,99°, e terceiros molares superiores permanentes
estiveram extremamente variados sendo uma angulação de 2,49° e 0,19 mm de dis-
talização, sendo possível observarem que somente eram visíveis as coroas dos den-
tes. Para os efeitos de erupção os autores relatam que a distalização do primeiro
molar está na dependência da erupção do segundo molar, sendo este quando esta
em oclusão dificultara a distalização.
Revisão da Literatura
7
No estudo cefalométrico radiográfico da posição natural da cabeça (PCN) em
pacientes com oclusão normal, ZAPATA
38
, em 2003, a PCN na obtenção das teler-
radiografias permite maior confiabilidade de registros em relação às técnicas con-
vencionais. O autor a partir de linhas e planos cefalométricos de referência conven-
cionais ( SN, BaN, Plano de Frankfurt) e uma linha auxiliar usada para comparação
(M), o presente estudo teve como objetivo determinar cefalometricamente a PCN por
meio de valores angulares, para que estes possam ser transferidos a uma telerra-
diografia convencional e posiciona-la na PCN. A amostra constou com 61 terradio-
grafias laterais de estudantes sendo 24 do sexo masculino e 37 sexo feminino com
idade entre 12 anos e 5 meses até 21 anos e 5 meses, com idade média de 16 anos
e 1 mês. Com base nas análises e discussão o autor conclui que, a seqüência de
menor para maior variabilidade das linhas e plano cefalométricos em relação às li-
nhas de referência Horizontal Verdadeira e M foi, respectivamente: HV: BaN, SN e
PoOr ; M: BaN, SN e PoOr.
Na prevalência da impactação de terceiros molares superiores KIM et al
16
, em
2003, verificaram em pacientes tratados sem extrações e com extrações de quatro
pré-molares associado a movimentação mesial dos primeiros molares permanentes
superiores uma relação do espaço com a erupção dos terceiros molares superiores
permanentes. Sua amostra constou de 157 pacientes num período T1, inicial de tra-
tamento, T2 término de tratamento e de T3 após 10 anos de controle, divididos em
106 pacientes tratados com extrações de quatro pré-molares e 51 tratados sem ex-
trações. Para mensurações utilizou-se de telerradiografias com cefalograma em T2
com medidas lineares para o espaço dos terceiros molares permanentes superiores
o ponto (U-ES) sendo a ponto do contato do primeiro molar superior e o segundo
molar superior até a Linha PTV. Como resultados obtiveram 114 pacientes com U-
ES menos de 25 mm 79 (69,3%) com erupção, 2 dos 5 pacientes com U-ES menor
de 14 mm. Para um total de 17 (20,7%) dos 82 pacientes com U-ES maior ou igual a
18 mm tiveram uma impactação experimentada. A associação entre a U-ES e o es-
paço foi dada em 13 mm sendo considerado um espaço pequeno para erupção,
para U-ES foi encontrado espaço de 24 mm considerado suficiente para ocorrer a
erupção. Os resultados sugerem que pacientes tratados com terapia de extrações
de pré-molares reduz a freqüência de impactação dos terceiros molares devido ao
movimento mesial dos primeiros molares durante o fechamento de espaço.
Revisão da Literatura
8
Em um estudo sobre a eficiência com aparelho pêndulo na distalização do pri-
meiro molar, KINZINGER et al
17
, em 2004, relacionou os estágios de erupção dos
segundos e terceiros molares superiores permanentes. A amostra foi dividida em
Grupo I 18 pacientes: pacientes sem erupção dos segundos e terceiros molares su-
periores permanentes, Grupo II 15 pacientes: segundos molares erupcionados, mas
não em oclusão e terceiros em fase de botão e, Grupo III 3 pacientes: para todos
com germectomia dos terceiros molares superiores, primeiros molares e segundos
molares superiores permanentes em oclusão. Para análise cefalométrica: de ângu-
los e distâncias no cefalograma foram mensurados antes e depois da distalização do
primeiro molar superior. Nas medidas lineares dentais utilizaram ponto médio das
coroas e raízes do primeiro e segundos molares superiores até a linha PTV Nas an-
gulares utilizaram os mesmos pontos médios da coroas até a linha SN. Os autores
constataram no Grupo I que aplicando-se uma força em primeiros molares superio-
res permanentes, quando os segundos molares superiores não estiverem erupcio-
nados em fase de broto de 2/3 de coroa, e terceiros molares superiores permanen-
tes em fase de botão, o resultado foi significante da distalização, sendo esta de incli-
nação nos primeiros molares superiores permanentes. Já no Grupo II perante erup-
ção dos segundos e terceiros molares superiores permanentes em fase de 2/3 de
coroa os resultados na mecânica distalizadora foram menores. Os autores concluí-
ram que os segundos e terceiros molares superiores permanentes dificultam o mo-
vimento da distalização, ocorre maior inclinação das coroas dos primeiros molares
superiores permanentes, suas coroas rotacionam e há muita perda de ancoragem.
No Grupo III os movimentos são totais não ocorrendo barreiras. Sendo assim afir-
mam que para uma mecânica distalizadora, o melhor momento para movimentar o
primeiro molar permanente é antes da erupção dos segundos molares superiores.
Quando os segundos molares superiores já estão erupcionados e em oclusão são
maiores as resistências a distalização e maiores as perdas de ancoragem. E, para
os terceiros molares superiores está fortemente indicado a germectomia.
PIVA et al
25
, em 2005, com o propósito de verificar o espaço disponível para
erupção dos segundos molares superiores na maxila analisou uma amostra de 34
pacientes sendo 18 do sexo feminino e 16 do sexo masculino. Todos estavam em
fase de crescimento e desenvolvimento do maxilar e em relação molar de Classe II,
Revisão da Literatura
9
sendo tratados sem extrações e com aparelho extrabucal cervical, por um período
médio de 3 anos e 9 meses para sexo feminino e 4 anos e 5 meses para o sexo
masculino. A orientação de uso do aparelho era de 12 horas por dia até a obtenção
da correção da oclusão para Classe I. A metodologia constou da análise de telerra-
diografias lateral em tempos T1 e T2. Para a verificação da medida do espaço e e-
rupção dos segundos e terceiros molares superiores usou-se medidas lineares (em
milímetros) do ponto 6-PTMvert que representa a distância da face distal do primeiro
molar superior permanente até uma Linha perpendicular na fossa pterigomaxilar
(PTM) .Nos resultados obtidos pelos autores para o sexo feminino 9,40 mm ± 3,20
mm e para o sexo masculino 9,40 mm ± 4,40 mm no tempo T2, sendo o espaço dis-
ponível para erupção dos segundos e terceiros molares superiores. Os autores con-
cluíram que só há espaço suficiente para erupção dos segundos molares permanen-
tes superiores em T2, e os terceiros molares superiores permanentes superiores
ficaram comprometidos após uso da terapia com o extrabucal.
Na avaliação radiográfica do espaço disponível para os terceiros molares supe-
riores permanentes SILVA; SCANAVINI; SIQUEIRA
34
, em 2007, verificaram o espa-
ço disponível no arco para erupção dos terceiros molares superiores permanentes. A
amostra foi composta de 50 telerradiografias em norma lateral direita com pacientes
entre 12 e 18 anos idade com média de 15 anos de idade. A partir do método pro-
posto foi avaliada a distância da face distal dos segundos molares superiores até o
fim da tuberosidade maxilar. Os autores observaram que o espaço disponível médio
era de 6,18 mm, porém, o espaço necessário para erupção do terceiro molar superi-
or (espaço requerido médio) era de 9,42 mm. Assim sendo para esta amostra estu-
dada a discrepância média foi negativa de -3,24 mm, e concluíram que a região do
túber é restrita em espaço para erupção dos terceiros molares superiores permanen-
tes.
Revisão da Literatura
10
2.2 Posicionamento das coroas dos primeiros, segundos e terceiros molares
superiores permanentes
Para avaliar o posicionamento dos terceiros molares CARLINI; CAPELLI JR
6
,
em 2003, verificaram em casos tratados com extrações e sem extrações de pré-
molares, no inicio e ao final de tratamento, a diferença entre impactação entre den-
tes superiores e inferiores. A amostra constou com 40 pacientes, sendo Grupo 1
com 20 pacientes com extrações de quatro pré-molares,e Grupo 2 com 20 pacientes
sem extrações de pré-molares. Todos os pacientes foram tratados com ortodontia
fixa total pela técnica ‘’edgewise”. Utilizaram telerradiografias laterais para estabele-
cer um cefalograma tendo como critérios para definir a impactação dos terceiros mo-
lares inferiores o método preconizado por DIERKERS,
9
nos terceiros molares supe-
riores permanentes, sendo que o mesmo método alternava os valores angulares,
sendo 0°a 90°(impactação), 90°a 110°(boa angulação para erupção) e 110° a
135°(angulação moderada para erupção). Os resultados demonstraram que não
houve diferença estatisticamente significante entre os dois tratamentos no que se
refere à impacção dos terceiros molares. Houve impactação do tipo mais inferior
quando o Grupo 2 foi analisado isoladamente. Os autores concluíram que pacientes
submetidos a quaisquer dos dois tratamentos, os terceiros molares superiores não
irão variar tanto na sua angulação quanto os inferiores, sendo os molares inferiores
que sofreram maiores impactações nos casos tratados sem extrações de pré-
molares.
Em sua Dissertação de Mestrado, PUTRICK
26
, em 2003, estudou a angulação
dos terceiros molares superiores, na má oclusão de Classe II, tratada com e sem
extrações de pré-molares superiores. O autor analisou 55 documentações de paci-
entes divididos em dois grupos. O Grupo 1 tratado sem extrações foi composto por
28 pacientes, com idade média de 19,03 anos (idade mínima de 14,08 anos e máxi-
ma de 23,92 anos) o Grupo 2, tratado com extrações foi composto de 27 pacientes,
com idade média de 19,94 anos (idade mínima de 14,75 anos e máxima de 25,67
anos). Foram realizadas avaliações das angulações axiais mesiodistais dos terceiros
molares superiores utilizando radiografias ortopantomográficas do último controle
com a presença dos terceiros molares superiores bilateralmente. As angulações axi-
ais dos terceiros molares foram medidas em relação às órbitas e as tuberosidades,
Revisão da Literatura
11
em ambos os grupos e foram comparadas. Os resultados demonstraram que a
quantidade de terceiros molares superiores irrompidos foi estatisticamente maior em
casos tratados com extrações dos pré-molares superiores em relação aos casos tra-
tados sem extrações e, as angulações mesiodistais foram estatisticamente menores
e mais favoráveis ao irrompimento dos mesmos, respectivamente.
Para verificar a erupção dos terceiros molares superiores e relacionar a inclina-
ção com seus adjacentes FAYAD et al
10
, em 2004, relataram em um trabalho com
tomografia computadorizada (TC), uma relação com a inclinação sagital dos primei-
ros e segundos molares superiores permanentes e erupção dos terceiros molares
superiores permanentes. A amostra constou de 60 pacientes, 30 do sexo feminino e
30 do sexo masculino, com idades de 16 a 50 anos, divididas em dois grupos. O
primeiro grupo constou de 28 pacientes com idade média de 33,35 anos, sendo que
apresentavam presentes os terceiros molares superiores permanentes ou em erup-
ção. O segundo grupo foi composto por 32 pacientes, com idade e média de 27,61
anos, e apresentava pacientes com as raízes dos terceiros molares superiores per-
manentes completas e impactadas. Com (TC) as mensurações utilizadas relaciona-
ram o plano sagital da maxila e o plano palatino com os eixos dos molares superio-
res. No primeiro grupo o ângulo formado com o plano palatino e o eixo do primeiro
molar superior apresentou valor de 92,1°. Com relação ao grupo dois, com impacta-
ção dos terceiros molares superiores permanentes o valor encontrado foi de 82,7°. A
partir destes dados os autores concluíram que a posição ideal para erupcionar os
terceiros molares superiores permanentes deve ser a de inclinação o mais vertical
possível com o plano sagital e observaram ainda que a inclinação sagital dos mola-
res na maxila aumenta com idade.
Nos estudos dos efeitos das extrações do primeiro pré-molar nas angulações
dos terceiros molares, SAYSEL et al
31
, em 2005, estudaram a relação das inclina-
ções dos segundos e terceiros molares durante 2,5 anos em pacientes tratados or-
todonticamente sem e com extrações de pré-molares. A amostra foi composta por 37
pacientes com extrações de pré-molares e 33 pacientes sem extrações pré-molares.
Por meio de radiografias panorâmicas pré e pós-tratamento foram analisados as
medidas dos ângulos entre o longo eixo do terceiro molar e o plano oclusal e entre o
longo eixo do terceiro e longo eixo do segundo molar. Comparando as mudanças na
Revisão da Literatura
12
angulação do terceiro molar na maxila no tratamento ortodôntico escolhido observa-
ram uma diferença estatisticamente não significante entre extrações ou não extra-
ções. No final do tratamento ortodôntico com extração de pré-molares o terceiro mo-
lar superior posicionou-se mais verticalmente que o inferior. Os autores concluíram
que os tratamentos ortodônticos que envolvem extrações de pré-molares, não ne-
cessariamente significam que os terceiros molares irão erupcionar em boa posição.
A angulação e erupção do terceiro molar podem ser influenciadas por outros fatores
independente da extração do primeiro pré-molar.
.
PROPOSIÇÃO
Proposição
14
3. PROPOSIÇÃO
Com base na revisão da literatura, o objetivo deste estudo foi verificar o espaço
na tuberosidade maxilar, para a erupção dos segundos e terceiros molares superio-
res permanentes, além da posição angular das coroas dos primeiros, segundos e
terceiros molares superiores permanentes após distalização dos primeiros molares
superiores permanentes.
MATERIAL E MÉTODO
Material e Método
16
4. MATERIAL E MÉTODO
4.1 Material
A amostra do presente trabalho foi constituída por 38 telerradiografias, obtidas
em norma lateral direita, de 19 pacientes, jovens brasileiros, leucodermas e melano-
dermas, sendo 6 do sexo masculino e 13 do sexo feminino, com idade média de 9
anos e 5 meses 13 dias, na fase de dentição mista e permanente, com maloclusão
de Classe II, 1ª e 2ª Divisão de Angle. Todos os pacientes foram tratados na clínica
do Programa de Pós-Graduação em Odontologia, Área de Concentração em Orto-
dontia da UMESP.
Cabe ressaltar que este estudo teve início após aprovação do Comitê de Ética
em Pesquisa da Universidade Metodista de São Paulo, sob protocolo de n°
113115/06 (Anexo 1).
4.1.1 Seleção da Amostra
A amostra foi constituída a partir do estudo realizado por ANTONELLINI
2
(2006), tendo sido submetidos à utilização do dispositivo distalizador removível fun-
cional (Placa de Cetlin), associada à ancoragem extrabucal tipo IHG (Interlandi He-
adgear) para correção da Classe II.
Para o presente estudo foram incluídos na amostra apenas os pacientes que
apresentaram os seguintes critérios observados em T1 ou T2 :
a) Relação Molar de Classe I de Angle, em ambos os lados;
b) Ausência de deficiência mandibular significativa;
c) Segundos e terceiros molares superiores permanentes não irrompidos na
cavidade oral e,
d) Tu e45nej49.5 TD 0 Tcw0E TD 0.T0.03 40 ancoi9terceiU15 c2-0.0ciu0 anc.25e4TU15 c2-47 Tc 0
Material e Método
17
4.2 Método
4.2.1 Obtenção das telerradiografias
Para cada um dos 19 pacientes foram obtidas duas telerradiografias (T1 e T2),
em norma lateral direita e em oclusão habitual (Figura 4.1), de acordo com a técnica
preconizada por ZAPATA
38
.
Foram utilizadas as siglas T1 e T2, para designar as fases ou tempos de trata-
mento em que as terradiografias foram obtidas:
T1- Telerradiografias inicial;
T2- Telerradiografias ao final da distalização dos primeiros molares superiores
permanentes.
As telerradiografias foram obtidas por meio de um aparelho de raios X de mar-
ca Villa System Medical (Dabi Atlante S.A.), modelo Rotograh Plus, calibrado com
kilovoltagem de 80 Kvp, miliamperagem entre 15 a 20mA e tempo de exposição de-
terminado pelo operador para cada paciente variando de 0,9 a 1,6 segundos.O filme
radiográfico utilizado foi da marca Kodak com processamento automático pelo pro-
cessador Mac Méd X.
Figura 4.1 Telerradiografia em norma lateral direita
Material e Método
18
4.2.2 Traçado Cefalométrico
Para a elaboração do cefalograma foram desenvolvidos os seguintes itens:
4.2.2.1 Desenho Anatômico;
4.2.2.2 Pontos Cefalométricos;
4.2.2.3 Linhas Cefalométricas;
4.2.2.4 Grandezas Lineares e,
4.2.2.5 Grandezas Angulares.
4.2.2.1 Desenho Anatômico (Figura 4.2)
O desenho Anatômico foi elaborado segundo INTERLANDI
14
(1968) e ENLOW
et al
9
(1969), sendo constituído por:
a) Complexo esfeno-occipital;
b) Fossa Pterigopalatina;
c) Osso maxilar;
d) Tuberosidade maxilar;
e) Coroas e raízes dos primeiros molares superiores permanentes;
f) Coroas e raízes dos segundos molares superiores permanentes e,
g) Coroas dos terceiros molares superiores permanentes.
Material e Método
19
Figura 4.2 Desenho Anatômico
4.2.2.2. Pontos Cefalométricos (Figuras 4.4, 4.5 e 4.6)
Após o desenho das estruturas anatômicas, foram demarcados os seguintes
pontos cefalométricos:
A) Ponto SE (esfenoetmoidal): localizado no ponto médio da sutura esfenoetmoidal;
B) Ponto Pt’: ponto mais ântero-superior da fossa pterigopalatina. Na presença de
duplicidade de imagem da fossa pterigopalatina, determinou-se o ponto médio cor-
respondente às duas imagens traçadas, (Figura 4.3);
Material e Método
21
Para obtenção das medidas angulares foram utilizados os seguintes pontos:
I) Ponto Centróide 6 : ponto médio entre a distância mesio-distal na oclusal da co-
roa do primeiro molar superior permanente (GHOSH; NANDA,1996)
11
;
J) Ponto Centróide 6’: ponto médio entre a distância mesio-distal localizado na
convexidade cervical das faces mesial e distal dos primeiros molares superiores
permanentes;
K) Ponto Centróide 7: ponto médio entre a distância mesio-distal, na oclusal da co-
roa do segundo molar superior permanente;
L) Ponto Centróide 7’: ponto médio entre a distância mesio-distal, localizado na
convexidade cervical do contorno das faces mesial e distal dos segundos molares
superiores permanentes;
M) Ponto Centróide 8: Ponto médio entre a distância mesio-distal, na oclusal da
coroa do terceiro molar superior permanente.
N) Ponto Centróide 8’: ponto médio entre a distância mesio-distal, localizado na
convexidade cervical do contorno das faces mesial e distal dos terceiros molares
superiores permanentes.
Material e Método
22
Figura 4.4 Pontos Cefalométricos
Os pontos cefalométricos selecionados para confecção do cefalograma foram:
Ponto SE
Pontos Pt
Ponto F
Ponto Cs6
Ponto Cs7
Ponto Cs8
SE
Pt
F
CS6
CS7
CS8
Material e Método
23
Figura 4.5 Pontos Cefalométricos:
Ponto a7
Ponto c8
a7
c8
Material e Método
24
Figura 4.6 Pontos Cefalométricos
Ponto Centróide (C6)
Ponto Centróide (C6’)
Ponto Centróide (C7)
Ponto Centróide (C7’)
Ponto Centróide (C8)
Ponto Centróide (C8’)
Após os pontos demarcados foram traçadas as linhas embasadas nos estudos
de ZAPATA
38
, conforme podemos verificar a seguir;
C6
C6’
C7’
C7
C8’
C8
Material e Método
25
4.2.2.3. Linhas Cefalométricas (Figuras 4.7 e 4.8)
Linha M: linha que une os pontos SE e o Pt. É uma linha intracraniana refe-
rencial auxiliar.
Linha M: é a linha projetada paralela a linha M. Obtida por meio de transferên-
cia da linha M até o ponto F na tuberosidade maxilar.
Longo Eixo do primeiro molar: linha que une os pontos centróides 6 e 6’;
Longo Eixo do segundo molar: linha que une os pontos centróides 7 e 7’;
Longo Eixo do terceiro molar: linha que une os pontos centróides 8 e 8’;
Figura 4.7 Linhas Cefalométricas
SE
F
M
M’
Material e Método
26
Figura 4. 8 Linhas cefalométricas
Longo Eixo do primeiro molar: linha que une os pontos centróides 6 e 6’;
Longo Eixo do segundo molar: linha que une os pontos centróides 7 e 7’;
Longo Eixo do terceiro molar: linha que une os pontos centróides 8 e 8’;
Material e Método
27
4.2.2.4 Grandezas Lineares (Figuras 4.9 e 4.10)
A) M- M : distância entre as linhas M e M’;
B) Cs6-M: distância entre o ponto Cs6 até a linha M;
C) Cs7-M: distância entre o ponto Cs7 até a linha M;
D) Cs8-M: distância entre o ponto Cs8 até a linha M;
E) a7-Cs7: distância entre os pontos a7 e Cs7;
F) c8-Cs8 : distância entre os ponntos c8 e Cs8.
Figura 4.9 Grandezas Lineares
A) M-M’
B) Cs6 M’
C) Cs7 M’
D) Cs8 M’
M’
Material e Método
28
Figura 4.10 Grandezas Lineares
E) a7-Cs7
F) c8-Cs8
a7
Cs7
c8
Cs8
E
F
Material e Método
29
4.2.2.5 Grandezas Angulares (Figura 4.11)
A) 6.M : ângulo formado pela intersecção da linha do longo eixo do primeiro
molar superior permanente, com a linha M.
B) 7.M : ângulo formado pela intersecção da linha do longo eixo do segundo
molar superior permanente, com a linha M’.
C) 8.M : ângulo formado pela intersecção da linha do longo eixo do terceiro
molar superior permanente, com a linha M.
Material e Método
30
Figura 4.11 Grandezas Angulares
A) 6.M’
B) 7.M’
C) 8.M’
F
M’
7.M’
6.M’
8.M’
Material e Método
31
4.2.3 Método Estatístico
Toda a análise estatística foi realizada pelo programa Statistica for Windows v.
5.1. (StatSoft Inc., USA.)
4.2.3.1 Erro do Método
Na realização do erro do método, foram selecionadas aleatoriamente 20% da
amostra total, ou seja, sete telerradiografias em norma lateral direita. Estas foram
submetidas a um novo traçado após um período de 30 dias, utilizando-se os mes-
mos materiais e observando-se os mesmos critérios preconizados.
4.2.3.2 Análise Estatístíca
Para verificar o erro sistemático intra examinador foi utilizado o teste “t” parea-
do e, para o erro casual utilizou-se o cálculo de erro proposto por DAHLBERG
13
, on-
de:
n
erro
d
2
2
=
d = diferença entre 1
a
. e 2
a
. medições
n = número de radiografias retraçadas
Os resultados das avaliações do erro sistemático, avaliado pelo teste”t” parea-
do , e do erro casual medido pela fórmula de DAHLBERG estão mostrados na Tabe-
la 5.1.
Os dados foram descritos por meio de Tabelas e Gráficos contendo valores de
média e desvio padrão.
Para comparar as diferenças entre T1 e T2 utilizou-se o teste “t” pareado.
Para verificar as correlações entre as variáveis foi utilizado o Coeficiente de
Correlação de Pearson
Em todos os testes estatísticos adotou-se nível de significância de 5%
(p<0,05)
39
.
RESULTADOS
Resultados
33
5 Resultados
Tabela 5. 1 Média, desvio padrão das duas medições , e teste “t” pareado e
erro de Dahlberg para avaliar o erro sistemático e o erro casual.
1a. Medição
2ª. Medição
medida
média dp
Média dp
t p
Erro
Resultados
34
Tabela 5. 2 Média, desvio padrão, e resultado do teste “t” pareado para com-
paração entre os dois tempos das medidas Cs6-M', Cs7-M' e Cs8-M'.
T1
T2
Medida
média dp
Média dp
dif
t P
Cs6-M' 12,32 3,38
9,84 4,34
-2,48
3,829 0,001*
Cs7-M' 4,00 1,80
1,58 1,92
-2,42
6,292 <0,001*
Cs8-M' -0,68 1,70
-1,68 1,63
-1,00
1,702 0,106 ns
ns - diferença estatisticamente não significante
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05)
-2
0
2
4
6
8
10
12
14
T1 T2
Fase
mm
Cs6-M'
Cs7-M'
Cs8-M'
Figura 5.1 (Gráfico) Média das medidas Cs6-M', Cs7-M' e Cs8-M' nos tempos T1
e T2.
Pela Tabela 5.2 e Figura 5.1 (Gráfico) pode-se verificar diferenças estatistica-
mente significantes nas variáveis Cs6-M’ e Cs7-M’ de T1 para T2. A variável Cs8-M’
apresentou valores semelhantes nas avaliações iniciais e finais.
Resultados
35
Tabela 5.3 Média, desvio padrão, e resultado do teste “t” pareado para compa-
ração entre os dois tempos dos ângulos 6.M, 7.M e 8.M.
T1
T2
Ângulo
média dp
média
dp
dif
t P
6.M’ 17,53 6,08
18,47
6,74
0,94
0,972 0,344 ns
7.M’ 23,32 7,96
26,63
7,51
3,31
3,258 0,004*
8.M’ 24,89 8,32
28,79
10,68
3,90
2,375 0,029*
ns - diferença estatisticamente não significante
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05)
16
18
20
22
24
26
28
30
T1 T2
Fase
graus
6.M'
7.M'
8.M'
Figura 5.2 (Gráfico) Média dos ângulos 6.M’, 7.M’ e 8.M’ nos tempos T1 e T2.
Na Tabela 5.3 e Figura 5.2.(Gráfico) na variável 6.M’ verificamos diferença esta-
tisticamente não significante nas evoluções iniciais e finais. Para as variáveis 7.M’ e
8.M’ pode-se verificar diferença estatisticamente significante de T1 para T2.
Resultados
36
Tabela 5. 4 Média e desvio padrão das medidas a7-Cs7, c8-Cs8 e da so-
ma (a7-Cs7) + (c8-Cs8).
parâmetro a7-Cs7 c8-Cs8 (a7-Cs7) + (c8-Cs8)
média 9,82 9,24 19,06
dp 0,80 0,77 1,55
Figura 5.3 (Gráfico) - Média das medidas a7-Cs7, c8-Cs8 e da soma (a7-Cs7) +
(c8-Cs8).
0
5
10
15
20
25
a7-Cs7 c8-Cs8 (a7-Cs7) + (c8-Cs8)
mm
Resultados
37
Tabela 5. 5 Média, desvio padrão, e resultado do teste “t” pareado para com-
paração entre os dois tempos no espaço.
T1
T2
Medida
média dp
Média dp
dif
t P
Diferença
entre o es-
paço no a
rco
e a soma
dos 2º. e 3º.
molares
-6,74 4,37
-9,21 5,04
-2,47
3,829 0,001*
* - diferença estatisticamente significante (p<0,05)
-10
-9
-8
-7
-6
-5
T1 T2
Fase
mm
Figura 5.4 (Gráfico) Média da diferença entre o espaço no arco e a soma dos
2º e 3º molares nos tempos T1 e T2.
Na Tabela 5.5 e Figura 5.4 (Gráfico) verificamos para diferença entre o espaço
presente e a soma dos segundos e terceiros molares superiores permanentes no
tempo T1 e T2, uma diferença estatisticamente significante.
Resultados
38
Tabela 5. 6 Correlação entre a distância do Primeiro Molar Superior Perma-
nente a linha M’ e os ângulos 6.M, 7.M e 8.M.
Tempo Correlação r p
Cs6-(M') x 6.M -0,51 0,027*
Cs6-(M') x 7.M -0,69 0,001* T1
Cs6-(M') x 8.M -0,67 0,020*
Cs6-(M') x 6.M -0,52 0,021*
Cs6-(M') x 7.M -0,68 0,001* T2
Cs6-(M') x 8.M -0,45 0,053 ns
* - correlação estatisticamente significante (p<0,05)
ns - correlação estatisticamente não significante
Pela Tabela 5.6 observamos uma correlação estatisticamente significante entre
a variável Cs6-M’ e as variáveis 6.M, 7.M’ e 8.M’ no tempo T1. No tempo T2, tam-
bém houve uma correlação estatisticamente significante para, os primeiros e segun-
dos molares superiores permanentes, mas a variável Cs6-M’ x 8.M’ não mostrou di-
ferença estatisticamente significante.
Resultados
39
Tabela 5.7 Média, desvio padrão, e resultado do teste “t” pareado para com-
paração entre os dois tempos da medida M-M’.
T1
T2
média dp
média dp
dif
t P
-1,95 2,66
-1,63 2,85
0,32
0,897 0,391 ns
ns - diferença estatisticamente não significante
-3
-3
-2
-2
-1
T1 T2
Fase
mm
Figura 5.5 (Gráfico) Média da medida M-M' nos tempos T1 e T2.
Verificamos na Tabela 5.7 e Figura 5.5 (Gráfico) acima que não houve diferença
estatisticamente significante entre os tempos T1 e T2 para a variável analisada (M).
DISCUSSÃO
Discussão
41
6 DISCUSSÃO
Para uma melhor interpretação da discussão dos resultados do presente estu-
do é fundamental alguns comentários deste capítulo com os seguintes tópicos:
6.1 Erro do Método;
6.2 Considerações sobre a amostra;
6.3 Considerações sobre a Linha M(Linha Intracraniana Referencial Auxi-
liar);
6.4.Considerações sobre a Linha M’;
6.5 Análise das Variáveis Lineares;
6.6 Análise das Variáveis Angulares;
6.7 Análise do espaço para erupção dos segundos e terceiros molares
superiores permanentes;
6.8 Correlação entre o Espaço para erupção e angulação.
6.1 Erro do Método
Com o intuito de verificar a confiabilidade do método empregado na pesquisa,
realizamos o erro do método avaliando o erro sistemático e casual (Tabela 5.1). Se-
gundo HOUSTON
13
, erros sistemáticos manifestam-se quando um examinador mu-
da sua técnica de mensuração com o passar do tempo ou, de modo inconsciente,
tende a sub ou superestimar as medidas persistentemente de acordo com o resulta-
do esperado em sua pesquisa, refletindo uma falta de padronização do método. Em
nosso estudo, após selecionarmos 20% da amostra total, que correspondeu a sete
telerradiografias em norma lateral direita, traçadas inicialmente e após 30 dias, veri-
ficamos que ao compararmos a primeira e a segunda medição das variáveis que
englobavam tanto medidas lineares quanto medidas angulares, a maioria apresenta-
ram valores que denotavam precisão nas medições. Entretanto houve diferença es-
tatisticamente significante apenas para as variáveis angulares (6.M’ e 7.M’). Sendo
que houve erro casual para a medida angular 7.M’. Tal fato pode ser justificado de-
vido à dificuldade na visualização do segundo molar superior permanente por estar
Discussão
Discussão
43
nentes. A mecânica de correção da relação molar de Classe II de Angle, apinhamen-
tos e protrusão da maxila, sem necessidade de exodontias, foi executada com a pla-
ca distalizadora descrita por CETLIN; TEN HOEVE
7
, associada ao aparelho extrabu-
cal tipo IHG (Interlandi Headgear).
Com o intuito de avaliar o espaço disponível para erupção dos segundos e ter-
ceiros molares superiores permanentes após a distalização dos primeiros molares
superiores permanentes, na região da tuberosidade maxilar, foi iniciada esta nova
pesquisa, utilizando-se da mesma amostra, conforme descrição do material e méto-
do.
6.3 Considerações sobre a Linha M (Linha Intracraniana Referencial Auxiliar)
Com o objetivo de se estabelecer uma referência estável para a mensuração
dos elementos dentários propostos neste estudo optamos pela utilização da linha
intracraniana referencial auxiliar (Linha M). A linha M é formada a partir da localiza-
ção de dois pontos individualizados, procurando registrar para sua construção, estru-
turas de fácil visualização e de posição relativamente estável nas telerradiografias
em norma lateral direita. Por isso, foi utilizado o ponto SE, localizado em uma estru-
tura anatômica próxima à base do osso etmóide, o qual, segundo BJÖRK
4
, não a-
presentou grandes variações em seu estudo realizado em 1952, afirmando que a
sutura esfenoetimoidal permaneceu estável ao longo do crescimento. SCOTT
33
1958, afirmou que a distância da fossa hipofisal ao forame cego, permanece cons-
tante após os 7 anos, portanto, há provavelmente, pouco crescimento na sutura es-
fenoetmoidal, a partir desta idade. ZAPATA
38
comparando o plano PoOr, e as linhas
SN, BaN, HV com a linha M, encontrou estabilidade desta linha, utilizando-a como
linha de referência. o outro ponto utilizado, Pt’, denominado ponto mais ântero-
superior da fossa pterigopalatina é um ponto consagrado e utilizado em várias análi-
ses. Desta forma a linha M, considerada como uma linha intracraniana referencial
auxiliar, pode ser utilizada com segurança, devido a sua grande estabilidade.
Discussão
44
6.4 Considerações sobre a Linha M’
A linha M’ é a projeção da linha M, linha intracraniana referencial auxiliar, até o
ponto F, ponto mais posterior inferior da tuberosidade maxilar. É uma linha paralela
à linha M que permite a mensuração da face distal do primeiro molar superior per-
manente à extremidade posterior da tuberosidade maxilar, nas fases T1 (fase inicial)
e T2 (fase após a distalização dos primeiros molares superiores permanentes) pos-
sibilitando a verificação do espaço existente na maxila para a erupção dos segundos
e terceiros molares superiores permanentes. O ponto F, foi localizado para a deter-
minação da metodologia do presente estudo a partir da definição de LINO
18
que re-
fere que a tuberosidade da maxila é uma entidade anatômica e guarda íntima corre-
lação com a apófise pterigóide do osso esfenóide, sendo um ponto estável durante o
crescimento e desenvolvimento craniofacial. O contorno do túber, desde o nasci-
mento até o final do crescimento facial estará na mesma posição, principalmente se
considerarmos médias irradiadas em todos os sentidos a partir deste ponto
18
.
Na Tabela 5.7 e Figura 5.5 (Gráfico), ao compararmos as linhas M-M’ entre si,
nas fases T1 e T2 não encontramos diferenças estatisticamente significantes, de-
monstrando assim estabilidade da linha M’ para verificação do espaço existente.
6.5 Análise das Variáveis Lineares
Analisando a Tabela 5.2, e Figura 5.1(Gráfico) encontramos os valores médios
das medidas efetuadas da face distal dos primeiros, segundos e terceiros molares
superiores permanentes à linha M’, de acordo com as médias das variáveis Cs6-M’,
Cs7-M’ e Cs8-M’ encontradas. Verificamos nas fases T1 e T2, o espaço existente na
tuberosidade maxilar.
A variável Cs6-M’, correspondente à fase inicial (T1), mostrou um valor médio
de 12,32 mm. Esse achado é semelhante ao descrito por PIVA et al
25
em 2005, que
também encontrou um valor médio de 12,60 mm ao início do tratamento ortodôntico.
Quando comparadas as fases T1 e T2, verificamos que houve movimentação distal
dos primeiros molares superiores permanentes com valor médio de 2,48 mm, valor
este estatisticamente significante. Isto demonstra uma diminuição do espaço médio
para 9,84 mm, impossibilitando assim a erupção dos segundos e terceiros molares
Discussão
45
superiores permanentes cuja média das somas dos tamanhos mesio-distais das co-
roas é de 19,06 mm, (Tabela 5.4). MITANI
22
, encontrou um espaço médio de 13,55
mm da face distal do primeiro superior permanente até a linha Ptm, valor este muito
próximo ao encontrado neste estudo. E, para as medidas lineares dentárias, MITA-
NI
22
verificou os diâmetros das coroas dos segundos e terceiros molares superiores
permanentes o valor médio de 9,0 e 8,5 mm respectivamente, obtendo um valor total
de 17,5 mm, confirmando espaço insuficiente para acomodar os terceiros molares
superiores permanentes. Já para MOYERS
23
no estudo do tamanho das coroas dos
molares e segundos molares encontrou tamanho mesiodistal o valor de 9,98 ± 0,67
mm e 9,50 ±0,59 mm em homens e mulheres para padrão Americano, aproximando
aos valores encontrados na Tabela 5.4. Para SCHULHOF
32
apud TURLEY em 1976;
com 75 casos tratados ortodonticamente em um estudo de terceiros molares para
diagnóstico ortodôntico, divulgou medidas indicativas de previsão do espaço e pro-
vável irrupção dos terceiros molares superiores. Os autores referiram que para um
bom posicionamento dos terceiros molares é necessário um espaço de 18 mm. Para
medidas abaixo de 14 mm, o posicionamento poderia ser considerado difícil, com-
prometendo até a erupção dos segundos molares superiores permanentes.
A variável Cs7-M’, (Tabela 5.2), correspondente à medida efetuada da distal
dos segundos molares permanentes à linha M’, verificamos que os mesmos acom-
panharam o deslocamento distal, com média de 2,42 mm; valor semelhante ao obti-
do para a variável Cs6-M’, mostrando nítida falta de espaço para erupção dos tercei-
ros molares superiores permanentes. Para GHOSH; NANDA
11
, em 1996, na distali-
zação de primeiros molares superiores obtiveram valores decrescentes sendo de
3,37 mm, para os segundos molares superiores permanentes de 2,27 mm e tercei-
ros molares superiores 0,19 mm. O espaço fica restrito para cada elemento movi-
mentado. Esta falta de espaço também é referida por KIM
16
em 2003, que avaliou
pacientes tratados ortodonticamente sem extrações e com extrações de quatro pré-
molares associado à movimentação mesial dos primeiros molares permanentes su-
periores e a relação do espaço com a erupção dos terceiros molares superiores
permanentes. O autor concluiu que mesmo realizando extrações dos pré-molares
reduz-se a freqüência de impactação dos terceiros molares superiores. Além disso,
refere que um espaço de 13 mm é considerado pequeno para erupção dos terceiros
molares superiores.
Discussão
46
Para a variável Cs8-M’, os valores médios encontrados foram negativos na fa-
se T1 (-0,68 mm) diminuindo ainda mais o espaço quando comparadas com T2
(-1,68 mm), mostrando a total falta de espaço na tuberosidade maxilar para a erup-
ção dos terceiros molares superiores permanentes. Resultados semelhantes aos
encontrados no estudo de KINZINGER
17
, 2004. RICKETTS
27
e MITANI
22
. Além dis-
so, SILVA; SCANAVINI; SIQUEIRA
34
, em 2007, realizaram uma avaliação radiográ-
fica do espaço disponível para os terceiros molares superiores permanentes e verifi-
caram o espaço disponível no arco para erupção dos terceiros molares superiores
permanentes. Os autores observaram que o espaço disponível médio é de 6,18 mm,
porém, o espaço necessário para erupção do terceiro molar superior (espaço reque-
rido médio) era de 9,42 mm. Assim sendo, para esta amostra estudada, a discre-
pância média foi negativa de -3,24 mm, e concluíram que a região da tuberosidade
maxilar é restrita em espaço para erupção dos terceiros molares superiores perma-
nentes.
6.6 Análise das Variáveis Angulares
O resultado encontrado na observação da angulação inicial das coroas dos
primeiros molares superiores permanentes, variável 6.M’, pode ser verificado na Ta-
bela 5.3 e Figura 5.2 (Gráfico); uma média de inclinação da coroa dentária de 17,53°
(graus). Quando comparada à mesma variável em T2, verificamos resultado bastan-
te semelhante, não apresentando diferença estatisticamente significante. Para este
resultado obtido deve-se a associação do uso da Placa de Cetlin ao AEB com IHG
onde. A placa distalizadora de Cetlin inclina distalmente os molares e o AEB promo-
ve a verticalização dos mesmos (CETLIN; TEN HOEVE
7
)
No estudo de CARLINI; CAPELLI JR
6
com o objetivo de verificar a diferença
entre impactação entre dentes superiores e inferiores em casos tratados com extra-
ções e sem extrações de pré-molares, do inicio ao final do tratamento utilizaram te-
lerradiografias laterais para estabelecer um cefalograma tendo como critérios para
definir a impactação dos terceiros molares inferiores o método preconizado por DI-
ERKERS
8
nos terceiros molares superiores permanentes. O mesmo método alterna-
va os valores angulares, sendo 0° a 90° (impactação), 90° a 110° (boa angulação
para erupção) e 110° a 135°(angulação moderada para erupção). Esses achados
Discussão
47
são reforçados por FAYAD et al
10
, que relataram em seu trabalho com tomografia
computadorizada (TC), uma relação do posicionamento do primeiro molar perma-
nente com plano palatino próximo ao valor de 92,1°, havendo uma probabilidade de
favorecimento de erupção dos terceiros molares superiores. Para os valores encon-
trados abaixo de 82,7° sugeriram a impactação dos terceiros molares superiores.
PUTRICK
26
; SAYSEL et al
31
afirmam que independentemente da extração de pré-
molares superiores para correção da maloclusão de Classe II ocorrerá uma angula-
ção para erupção dos terceiros molares superiores permanentes se posicionarem na
arcada dentária, o que não significa que necessariamente deverá ocorrer a erupção.
As variáveis 7.M’, e 8.M’, apresentaram valores iniciais mais elevados em (T1),
quando comparados com 6.M’, (T1), respectivamente 23,32° e 24,89°. Para MITA-
NI
22
, o posicionamento dos segundos e terceiros molares superiores permanentes,
em indivíduos na faixa etária entre 11 e 13 anos de idade, apresentaram um desen-
volvimento com maior inclinação distal, sendo mais desfavorável à erupção. Quando
comparados T1 com T2, há um aumento estatisticamente significante, tanto para
7.M’ como para 8.M’.
Este fato era esperado uma vez que, com a movimentação distal dos primeiros
molares superiores permanentes, a ação da força sobre as coroas dos segundos e
terceiros molares superiores permanentes, provocaria tais inclinações. KINZINGER
et al
17
reforçaram a atuação das forças nos dentes posteriores após a distalização
do primeiro molar superior e relacionaram os estágios de erupção dos segundos e
terceiros molares superiores.
Discussão
48
6.7 Análise do espaço para erupção dos segundos e terceiros molares superio-
res permanentes
A Tabela 5. 5 e a Figura 5.4 (Gráfico) mostram que o espaço na fase inicial
(T1) é insuficiente para a erupção dos segundos e terceiros molares superiores per-
manentes, faltando, em média -6,74 mm para a erupção de ambos. Quando compa-
radas às fases T1 e T2, o espaço para erupção diminui ainda mais (-9,21mm), em
relação ao somatório das distâncias mesio-distais dos segundos e terceiros molares
(19,06 mm) (Tabela 5.4), tornando-se uma diferença estatisticamente significante.
Segundo SILVA; SCANAVINI; SIQUEIRA
34
ao realizarem um estudo sobre avaliação
radiográfica do espaço disponível para os terceiros molares superiores, também
constataram uma discrepância negativa para a erupção dos terceiros molares supe-
riores permanentes, confirmando que o espaço é restrito antes de qualquer terapêu-
tica inicial.
6.8 Correlação entre o Espaço para Erupção e Angulação
Na Tabela 5.6 temos uma correlação entre o espaço e angulação existente das
coroas dos segundos e terceiros molares superiores, comparando-a com o primeiro
molar superior permanente no tempo T1 inicial e T2 após a distalização. A correla-
ção utilizada foi a Correlação de Pearson, possibilitando a verificação de duas variá-
veis distintas, os espaços para as coroas dos segundos e terceiros molares superio-
res permanentes versus angulações das coroas dos segundos e terceiros molares
superiores permanentes. Os resultados da Correlação Pearson segundo CALLE-
GARI-JACQUES
5
, podem apresentar valor positivo (aumento no valor de uma variá-
vel implica no aumento da outra) ou negativo (significa aumento no valor de uma
variável implica na diminuição no valor da outra).
Encontramos resultado inicial em T1 (Tabela 5.6) para todas as variáveis corre-
lações estatisticamente significantes com uma razão negativa para uma proporção
diminuída, certificando nosso estudo na hipótese que quanto mais angularmos as
coroas dos dentes em uma distalização, o espaço dos seus adjacentes ficará com-
prometido ocorrendo uma diminuição do espaço para uma provável erupção. A vari-
ável CS6-M’x 7.M foi mais evidenciada e pode ser vista na Tabela 5.6 tanto para T1
CONCLUSÃO
Conclusão
51
CONCLUSÃO
Com base nos resultados obtidos e na metodologia empregada, no que tange
às alterações decorrentes da movimentação dos primeiros molares superiores per-
manentes, julga-se lícito concluir que:
Em relação ao Espaço para Erupção
O espaço correspondente entre a distal dos primeiros molares superiores per-
manentes e a extremidade da tuberosidade maxilar, em ambas as fases inicial e a-
pós a movimentação distal, não é suficiente para a erupção dos segundos e tercei-
ros molares superiores permanentes.
Em relação à Angulação
Quando avaliada a angulação dos primeiros, segundos e terceiros molares su-
periores permanentes, na fase inicial e após movimentação distal as coroas posicio-
nam-se com angulação mais distal, em função da movimentação dos primeiros mo-
lares superiores.
Em relação à Correlação da Posição com Espaço e Angulação
A correlação da posição dos segundos e terceiros molares superiores perma-
nentes com a angulação e espaço para erupção, resultou em: quanto maior a angu-
lação distal, menor os espaços para a erupção dos segundos e terceiros molares
permanentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Referências Bibliográficas
53
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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rd
ed.
ANEXOS
Anexos
57
ANEXO 1
Anexos
58
ANEXO 2
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE DO PESQUISADOR
Eu, Francisco Alexandre Baptista da Silva, pesquisador responsável pela
pesquisa denominada :“Estudo Cefalométrico Radiográfico do posi-
cionamento dos segundos e terceiros molares superiores,após dis-
talização.”, declaro que:
? assumo o compromisso de zelar pela privacidade e pelo sigilo das
informações que serão obtidas e utilizadas para o desenvolvimento da
pesquisa;
? os materiais e as informações obtidas no desenvolvimento desse
trabalho serão utilizados para atingir o(s) objetivo(s) previsto(s) na
pesquisa;
? os materiais e os dados obtidos ao final da pesquisa serão arquiva-
dos sob a responsabilidade do (a) Universidade Metodista de São
Paulo;
? os resultados da pesquisa serão tornados públicos em periódicos
e/ou em encontros científicos, respeitando-se sempre a privacidade e
os direitos individuais dos sujeitos da pesquisa, não havendo qual-
quer acordo restritivo à divulgação;
? o CEP-UMESP será comunicado da suspensão ou do encerramento
da pesquisa, por meio de relatório apresentado na ocasião da inter-
rupção da pesquisa;
______________________________
Francisco Alexandre Baptista da Silva
RG: 6.764.373 CPF: 654.135.638-68
Anexos
59
ANEXO 3
Termo de Compromisso
Termo de Compromisso em Cumprir os Termos da Resolução
196/96 do Conselho Nacional de Saúde
Comprometo-me, sendo pesquisador responsável pelo projeto de
pesquisa:ESTUDO CEFALOMÉTRICO RADIOGRAFICO DO POSI-
CIONAMENTO DOS SEGUNDOS E TERCEIROS MOLARES SUPERIO-
RES, APÓS DISTALIZAÇÃO., a fazer cumprir os termos da Resolu-
ção 196/96 do Conselho de Saúde.
________________________________
Aluno: Francisco Alexandre Baptista da Silva
Pesquisador Responsável
APÊNDICE
61
Apêndice
APÊNDICE A. Tabela apresentando os valores cefalométricos para a variável li-
near Cs6-M’, Cs7-M’ e Cs8-M’, nos grupos ( T1e T2 ) nas fase estudadas do início e
distalização dos primeiros molares superiores permanentes.
?Cs6-
M’+M(T1)
M-
M’(T2)
?Cs6-
M’+M(T2)
?Cs7-
M’+M(T1)
M-
M’(T2)
?Cs7-
M’+M(T2)
?Cs8-
M’+M(T1)
M-
M’(T2)
?Cs8-
M’+M(T2)
Pacientes
10
-2
7
3
-2
0
-1
-2
-3
1
13
-2
8
4
-2
0
2
-2
-2
2
14
-3
12
5
-3
3
-3
-3
-1
3
17
-2
10
5
-2
-1
0
-2
-1
4
15
-3
14
6
-3
4
2
-3
-2
5
12
0
9
5
0
1
2
0
-1
6
7
0
-2
1
5
-2
0
5
-3
7
12
-3
9
4
-3
1
-1
-3
-2
8
14
-6
11
5
-6
2
-1
-6
-3
9
14
-3
16
5
-3
2
-2
-3
-3
10
16
-5
16
5
-5
5
-1
-5
0
11
9
-3
6
0
-3
-1
-1
-3
-5
12
18
-3
15
7
-3
4
-1
-3
-3
13
12
5
9
4
5
1
2
5
-1
14
15
-4
12
6
-4
3
-1
-4
-1
15
9
-2
12
2
-2
1
-2
-2
-1
16
13
0
10
4
0
2
-1
0
1
17
8
5
9
2
5
4
-4
5
2
18
6
0
4
3
0
1
-2
0
-3
19
12,3
-1,6
9,842
4
-1,4
1,6
-0,7
-1,4
-1,7
Média
62
Apêndice
APÊNDICE B. Tabela apresentando os valores cefalométricos para as variáveis
angulares 6.M, 7.M e 8.M nos grupos ( T1 e T2 ) nas fase estudadas do início, dis-
talização dos primeiros molares superiores permanentes.
6.M(T1) 6.M (T2) 7.M (T1) 7.M ( T2)
8.M (T1) 8.M( T2) Pacientes
20
23
39
36
41
40
1
27
27
28
22
27
26
2
13
17
15
20
14
7
3
17
22
20
25
19
24
4
22
19
25
20
24
40
5
14
13
26
29
34
18
6
21
22
37
38
27
36
7
16
14
20
24
23
27
8
16
15
15
19
22
23
9
14
15
17
22
22
32
10
15
13
10
12
13
17
11
14
15
23
24
22
33
12
9
10
16
22
14
19
13
29
22
32
36
25
34
14
6
8
15
23
17
18
15
18
12
22
27
22
24
16
13
21
23
36
32
37
17
22
32
32
37
40
47
18
27
31
28
34
35
45
19
17,52632
18,47368
23,31579
26,63158
24,89474
28,78947
Média
63
Apêndice
APÊNDICE C Tabela apresentando os valores da idade dos pacientes e sua res-
pectiva média
Pacientes
Idade
1
9 anos 7 meses 8 dias
2
11 anos 8 meses 29 dias
3
10 anos 1 mês 13 dias
4
11 anos 1 mês 2 dias
5
11 anos 1 mês 8 dias
6
9 anos 2 meses 25 dias
7
12 anos 11 meses 20 dias
8
9 anos 10 meses 8 dias
9
11 anos 7 meses 27 dias
10
11 anos 4 meses 29 dias
11
11 anos 10 meses 14 dias
12
10 anos 8 meses 23 dias
13
10 anos 8 meses 12 dias
14
8 anos 7 meses 13 dias
15
9 anos 5 meses 26 dias
16
9 anos 2 meses 21 dias
17
13 anos 8 meses 8 dias
18
10 anos 8 meses 26 dias
19
9 anos 4 meses 5 dias
Média 9 anos 5 meses 13 dias
64
Apêndice
APÊNDICE D. Tabela apresentando as medidas realizadas para cálculo do erro
método para as variáveis Cs6-M, Cs7-M, Cs8-M para (T1)
Cs6-M.T1
Cs6-M.T1-
E
Cs7-M.T1
Cs7-M.T1-
E
Cs8-M.T1
Cs8-M.T1-
E
Pacientes
15
13
6
5
4
4
2
19
20
10
12
4
5
9
15
16
7
7
2
2
8
20
21
11
12
4
4
15
21
22
10
11
4
5
11
18
18,4
8,8
9,4
3,6
4
Média
APÊNDICE E Tabela apresentando as medidas realizadas para cálculo do erro
método para as variáveis Cs6-M, Cs7-M, Cs8-M para (T2).
Cs6-M’T2
Cs6-M’T2-
E
Cs7-M’T2
Cs7-M’T2-
E
Cs8-M’T2
Cs8M’T2-
E
Pacientes
10
10
2
2
3
3
2
17
17
8
8
3
3
9
11
12
5
5
1
1
8
16
16
7
8
3
4
15
21
21
10
10
5
5
11
15
15,2
6,4
6,6
3
3,2
Média
APÊNDICE F Tabela apresentada para medidas angulares para cálculo do erro
do método para a variável 6.M’ (T1 e T2 )
6.M’.( T1) 6.M(T1) E
6.M’(T2) 6.M’(T2) E
Paciente
18
17
23
19
2
16
16
15
16
9
16
16
14
12
8
6
8
8
8
15
16
13
13
12
11
14,4
14
13,4
13,4
Média
65
Apêndice
APÊNDICE G Tabela apresentada para medidas angulares para cálculo do erro
do método para a variável 7.M (T1 e T2 )
7.M’(T1) 7.M’(T1) E
7.M’(T2) 7.M’(T2)E Paciente
25
18
22
19
2
15
16
19
20
9
20
18
22
17
8
15
13
23
20
15
13
12
12
11
11
17,6
15,4
19,6
17,4
Média
APÊNDICE H Tabela apresentada para medidas angulares para cálculo do erro
do método para a variável 8.M (T1 e T2 )
8.M(T1) 8.M’(T1)E 8.M(T2) 8.M’(T2)E Paciente
24
22
25
20
2
23
23
23
23
9
23
22
27
25
8
18
17
18
16
15
13
12
17
16
11
20,2
19,2
22
20
Média
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