treinadores do grupo experimental transmitiram instruções mais claras, positivas e
reforçadoras, e tiveram um melhor relacionamento com os atletas.
Sherman e Hassan (1986), citado por Rodrigues (1997), analisaram 102
treinadores de diversas modalidades (basebol-24; futebol-66; tênis- 12), tendo
como objetivo descrever o comportamento dos treinadores dos diferentes
esportes e, ainda, identificar as diferenças entre treinadores, com base na
experiência e no sucesso. O sistema utilizado foi o “Coaching Behavior
Assessment System” CBAS.(Smith et al, 1977).
Monteiro et al (2004) realizaram um estudo sobre as condutas do treinador
de basquetebol infantil em competição, utilizando o Sistema de Evaluación de las
Conductas del Entrenador de sigla S.O.C.E, sistema que toma como base o
Coaching Behavior Assestemnt System (C.B.A.S.) de Smith et al (1977). Nesse
sistema, foram acrescidas categorias que não havia no outro estudo. Sendo que
as categorias deste sistema em ordem de utilização (maior a menor) são:
instrução técnica geral, não reforço, ignora erro, comunicação geral, ânimo geral,
reforço positivo, ânimo após erro, instrução técnica punitiva, outras condutas
espontâneas e manter o controle. Esse estudo estabelece categorias similares ao
que se desenvolverá no presente estudo.
Maia e Fonseca (2004) observaram o comportamento dos treinadores em
competição utilizando o Coaching Behavior Assestemnt System (C.B.A.S.) de
Smith et al (1977), ligeiramente modificado, comparando treinadores escolares e
de alto nível de Portugal. A quantidade de informações e interação foi maior nos
treinadores escolares, mas não foram encontradas diferenças estatisticamente
significativas entre o modo como os dois grupos de treinadores comunicavam
com seus atletas e equipes durante os jogos observados.
Uma investigação examinando o comportamento dos treinadores criou um
estilo instrucional, para treinadores, tendo impacto nos indivíduos (atletas).
Verificou-se que o comportamento dos treinadores pode elevar a auto-estima de
atletas revelando um tipo de influência positiva. Dar feedback no momento certo
revela uma alta eficácia nesta relação com a auto-estima. (Smoll et al, 1983)
Para Anfilo (2003), o treinador deve utilizar principalmente estímulos
positivos (elogios, intervenções e correções do treinador) junto aos atletas,
evitando os negativos, que devem ser utilizados somente para provocar a inibição
de determinados tipos de comportamentos. É, através dos estímulos positivos que
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