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Ele [Ernst Mahle] só lamenta o fato de até o momento terem acontecido apenas
quatro apresentações da ópera, sendo as demais no Teatro Polytheama, em
Jundiaí, e no Theatro São Pedro, em São Paulo. Para a produção do espetáculo,
com aproximadamente 140 pessoas no elenco e na equipe técnica, a Empem
arrecadou R$ 183 mil, o equivalente a 46% do previsto pela organização (R$
400 mil). (Alves, 2009)
O Garatuja foi composta para solistas, coro e orquestra sinfônica completa. O elenco da
estreia em Piracicaba, segundo Pezaroli (2006), foi formado por Thiago Soares (Ivo - o
Garatuja, tenor), Débora Letícia (Rosalina, a mãe, soprano), Amadeu Góis (Sebastião Ferreira
Freire, Tabelião, barítono), Mônica Moraes (Miquelina, soprano), Elisa de Castro Victorio
(Marta, soprano), Cláudio Costa (Sabino, escrevente), Francisco Amstalden (Padre Rafael
Cardoso, tenor), Marcos Fernandes (Manoel de Souza e Almada, Vigário Geral, baixo)
Antônio Pessotti (Claudio, tenor), Ana Foizer (Romana Mência - uma beata, sogra do
Tabelião, mezzo-soprano), Sônia Dechen (Pôncia, contralto), Wulf Schmidt (Belmiro,
barítono), Norberto Vieira (Frei João de Lemos, baixo), Diego Maurílio (João Alves de
Figueiredo, barítono), Pedro Ometto (João Batista Jordão, barítono), Rosivaldo Peres (Dr.
Pedro de Mustre Portugal, baixo), Alexandre Garcia (Meirinho, barítono), Alexandre Franco,
Eduardo Franco e Willian de Barros (seminaristas), José Roberto Gallo, Rodrigo Bombach,
Marcos Villa Nova, Carlos Eduardo Dutra e Frank Oliveira (estudantes), com orquestra da
Escola de Música de Piracicaba, fundada pelo próprio Mahle, direção musical do próprio
compositor, com assistência de Cíntia Pinotti e direção cênica de Paulo Barros.
O Cientista (2006), de Silvio Barbato (1959 - 2009)
O maestro e compositor Sílvio Sergio Bonaccorsi Barbato nasceu em 1959, em Candeias,
Minas Gerais. Escreveu 2 óperas completas, O Cientista (2006) e Chagas (2008). Deixou
inacabada uma ópera sobre Simon Bolívar.
A ópera em 2 atos, O Cientista, estreou em 8 de dezembro de 2006 no Theatro Municipal
do Rio de Janeiro. O libreto é do poeta Bernardo Vilhena, inspirado na vida do sanitarista
brasileiro Oswaldo Cruz. “Bernardo Vilhena (...) pesquisou mais de 600 correspondências do
sanitarista, textos dos senados e jornais da época”(magnetocopio.com.br, 2009)
... a vida, o pensamento e as lutas do sanitarista Oswaldo Cruz, nome associado
pelo grande público à campanha sanitarista que levou à Revolta da Vacina, em
1904.(...) Como pano de fundo do espetáculo estão a belle époque carioca e as
reformas do prefeito Pereira Passos que mudaram o Centro do Rio. Inspiradas
nas reformas feitas pelo Barão Haussmann em Paris, no século XIX, um de