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Durante a aplicação da brincadeira da queimada observou-se que muitos
alunos não conheciam a forma de brincar que estava sendo aplicada, então a
professora de EF da escola que estava assistindo as atividades na quadra
informou que realizava esta brincadeira de outra forma, demonstrando que uma
mesma brincadeira folclórica pode ser realizada de diversas formas, dependendo
do lugar ou região onde ela é praticada, confirmado por Kishimoto (2007, p.38)
que “muitas brincadeiras preservam sua estrutura inicial, outras se modificam
recebendo novos conteúdos”.
A confecção do brinquedo barangandão é um exemplo de brinquedo que
pode receber diversos nomes, sendo que na apresentação de um modelo pronto
aos alunos resultou em muito espanto, pois a grande maioria o conhecia com
outros nomes, ficando evidenciado em kishimoto (2007, p. 38) que “por ser um
elemento folclórico, a brincadeira tradicional infantil assume características de
anonimato, tradicionalidade, transmissão oral, conservação, mudança e
universalidade”. Após a confecção do brinquedo foi demonstrado aos alunos que
através das diversas possibilidades do brincar com o barangandão pode-se
reviver os movimentos feitos pelo aparelho “fita” da ginástica rítmica, sendo este
um dos conteúdos da educação física. Diante do término da confecção do
brinquedo e da necessidade de brincar instalada nos alunos através de uma
ansiedade aparente, fomos todos para o pátio externo brincar, afirmando neste
momento que a proposta de fabricar o brinquedo e em seguida brincar se
caracteriza em uma satisfação em dobro para os alunos, justificado por Kishimoto
(2007 p. 68) que “ a manipulação do brinquedo leva a criança à ação e à
representação, a agir e a imaginar”.
Em certo momento da aula sobre a brincadeira folclórica do Stop, alguns
alunos mais ativos começaram a dispersar na sala de aula, alegando estarem
ganhando todas as partidas, então lancei o desafio “Quem vence o professor?”
seguindo o que sugere Tiba (1996, p.131) que” o professor pode estimular a
rivalidade e a competição entre os alunos”. Neste momento a aula se transforma
positivamente em algo muito gratificante, pois consegui trazer de volta o interesse
pela aula, motivando os alunos que queriam algum tipo de desafio. Sempre que
se conseguia motivar algum aluno disperso, me deslocava para outra carteira,
tentando motivar outros alunos e assim sucessivamente, justificando o que diz