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esforços organizados da comunidade tendo em vista o saneamento do meio
ambiente, a luta contra as doenças que apresentam importância social, o
ensino aos indivíduos de regras de higiene pessoal,a organização dos
serviços médicos e de enfermagem com a finalidade de diagnóstico
precoce e do tratamento preventivo da doença, assim como por em
execução as medidas sociais convenientes para assegurar a cada membro
da coletividade um nível de vida adequado à manutenção da saúde de
forma que cada indivíduo possa usufruir seu direito à longevidade.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1946, estabeleceu como
definição de saúde “um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não
apenas a ausência de distúrbios ou doença”. Este conceito utópico é criticado
amplamente, uma vez que seu objetivo dificilmente poderia ser alcançado, porém
representou um grande avanço por não considerar somente o oposto de doença.
Com base na resolução da VIII Conferência Nacional de Saúde, realizada
na capital do país, Brasília, em 1986, estabeleceu-se uma ampliação no conceito de
saúde, com um sentido mais abrangente, assim enfatizado:
[...] a saúde é o resultado das condições de alimentação, habitação,
educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer,
liberdade, acesso e posse de terra e acesso aos serviços de saúde. É
assim, antes de tudo, o resultado das formas de organização social da
produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida.
(BRASIL, 1986, p 4.).
Quando não temos acesso aos bens ou o temos em quantidade
insuficiente para as nossas necessidades, isso interfere no fator biológico
desencadeando e determinando o processo saúde – doença.
As infecções hospitalares representam um grave problema médico e
social e o seu conhecimento mais aprofundado na prevenção e controle, constituem
um desafio a ser enfrentado.
Define-se, infecção hospitalar como “infecção adquirida após admissão do
paciente no hospital e que se manifesta durante a internação ou após a alta, quando
puder ser relacionado com a internação o procedimento hospitalar” (Machado et al,
1997; Martins, 2001). Conforme os mesmos autores, quando não é conhecido o
período de incubação de um microrganismo e não há evidência clínica ou