Ela sempre participa nas aulas, ela lê silabas simples, conhece as letras do alfabeto, faz
continhas. Quando ela chegou, ela contava até o 10, hoje ela conta até o número 20.
Os pais dela são ótimos, são presentes e ativos, têm uma ótima postura sempre.
Nunca trabalhei com crianças com síndrome de Down, é um desafio bom. Na parte social foi
tranqüilo, mas pergunto:
Como faço para ajudar a Claudia a se desenvolver?
Como ela vai ter um desenvolvimento melhor?
Às vezes fico perdida, sem saber o que fazer.
Eu tinha medo, e às vezes ainda tenho. O que e vou fazer? Como vai ser meu trabalho?
O pouco que estou fazendo já estou tendo resultado. Ela faz as atividades do jeito dela.
Depois que eu fiz amizade e conquistei a confiança dela tudo caminhou bem. Ela fica a-
gressiva diante do novo. Na experiência fui descobrindo o que tinha que fazer.
Quando alguém diz: - Olha que bonitinha! Ela muda o comportamento, faz de tudo para
chamar a atenção, desobedece e assim por diante.
Eu li muita coisa, mas falta material nesse assunto. Como fazer? O que fazer?
Você pode se frustrar, mas tem que continuar.
É preocupante, mas a criança se desenvolve, e isso é gratificante.
Fui numa escola para crianças deficientes para pedir ajuda, daí eu montei em sulfite uma
apostila para ela.
A inclusão é um desafio muito gratificante, não precisa ter medo, todos podem conseguir
que a criança com essa síndrome tenha um bom rendimento.
Entrevista com o professor de Educação Física
Local da entrevista: Sala da orientação educacional
Duração: 40 minutos
Nas minhas aulas a Claudinha necessita de uma atenção especial. Ela faz de tudo, mas ne-
cessita de uma atenção, estimular para levar as coisas mais a sério, ela fica dando risadinhas. Por
exemplo, quando um colega cai e se machuca, ela ri, quando eu falei para a classe que o meu pai
tinha morrido, ela deu risada também.
Às vezes ela fica emburrada, daí eu pego firme. Esse negócio de ficar emburrada não é só
da Claudia, é das crianças de uma maneira geral. O trabalho com ela é tranqüilo, eu trato ela co-
mo uma criança normal, todas as crianças têm as suas necessidades, eu vejo assim.
Não trato ela como especial.
A Claudia é a primeira aluna com que eu trabalho que tem síndrome. Eu procuro motivar e
incentivar da mesma forma.
Procuro conversar com ela, estimulo e explico tudo. Às vezes ela fica emburrada, pois quer
que eu dê as atividades que ela quer, então eu negocio.
Eu procuro conversar com ela, estimulo, explico tudo, quando ela pede a brincadeira que
ela gosta eu negocio.
Progressos ela teve na participação, ela participa mais. Às vezes ela pára no canto para
chamar a atenção, então eu converso com ela, mas não deixo ela mandar.
Ela gosta de mandar nos amigos, percebo que os amigos têm muito cuidado e são compre-
ensivos e pacientes com ela.
A coordenação motora dela melhorou, mas ela tem dificuldades no comportamento, nem
sempre me obedece.
Os pais dela são excelentes, apóiam a escola e estão sempre envolvidos de alguma forma
nas atividades da escola.
Os alunos aceitam ela, sem preconceito. Ela não agride fisicamente, mas às vezes quer
mandar neles mas eles se colocam de forma tranqüila.
Acho que tem muitas coisas para se trabalhar com ela, ela respeita, mas pode melhorar nas