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respectivamente, onde foram inseridas algumas melhorias com o objetivo de
representar a evolução da Engenharia de Software, as necessidades vivenciadas
pelos usuários da norma e a harmonização com a série ISO/IEC 15504 - Avaliação
de Processo. Em setembro de 1992, a ISO realizou um estudo chamado
“Necessidades e Exigências para uma Norma de Avaliação de Processos de
Software”. O trabalho concluiu que era pertinente a elaboração de uma norma que
fosse aplicável à melhoria de processos e à determinação da capacidade. Este
padrão deveria considerar os métodos e normas já existentes (como por exemplo, o
SW-CMM® e a ISO 9001), abranger todos os processos de software e ser
construído pelos especialistas que já desenvolviam e trabalhavam com os métodos
e normas existentes à época. Como resultado desse primeiro trabalho, a ISO iniciou
em janeiro de 1993 o projeto SPICE (Software Process Improvement and Capability
dEtermination) com o objetivo de produzir inicialmente um Relatório Técnico que
fosse, ao mesmo tempo, mais geral e abrangente que os modelos existentes e mais
específico que a norma ISO 9001 originando assim a Norma ISO/IEC 15504
[ISO/IEC 15504-1, 2004]. A ISO/IEC 15504 presta-se à realização de avaliações de
processos de software com dois objetivos: a melhoria de processos e a
determinação da capacidade de processos de uma unidade organizacional. Se o
objetivo for a melhoria de processos, a unidade organizacional pode realizar uma
avaliação com o objetivo de gerar um perfil dos processos que será usado para a
elaboração de um plano de melhorias. A análise dos resultados identifica os pontos
fortes, os pontos fracos e os riscos inerentes aos processos.
Silva, Cabral e Colenci JR. alertam:
“O Brasil é um país cujo desenvolvimento de produtos de software está entre os maiores do
mundo, e a cada dia, aumenta o nível de exigência por parte dos clientes no que diz respeito
à qualidade e complexidade dos produtos. A partir deste ponto, podemos observar que as
empresas estão buscando cada vez mais a maturidade nos seus processos de software para
atingir padronizações de qualidade e produtividade internacionais, que são essenciais para a
sobrevivência no mercado de TI. Porém, o custo de uma certificação para uma empresa pode
ser de até US$ 400 mil, o que se torna inviável para empresas de micro, pequeno e médio
porte. Então, em uma parceria entre a Softex, Governo e Universidades, surgiu o projeto
MPS.Br (melhoria de processo de software brasileiro), que é a solução brasileira compatível
com o modelo CMMI, está em conformidade com as normas ISO/IEC 12207 e 15504, além de
ser adequado à realidade brasileira.” (Silva, Cabral e Colenci Jr, 2008).