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psicologicamente no Behaviorismo,
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tornando-se a tendência pedagógica oficial e
atendendo às exigências do sistema de produção capitalista. (SEED, 2006b, p. 3).
Nessa perspectiva, a aprendizagem seria basicamente uma mudança
de comportamento, sendo mais importante depois do “ensinar”, pedir que o aluno
executasse o que se ensinou, corrigindo-o imediatamente, seqüência esta, chamada
por Skinner de “contingências do reforço”.
A Tendência Tecnicista enfatizava além das técnicas de ensino como
instrução programada (estudo por meio de fichas ou módulos instrucionais), o
emprego de tecnologias modernas audiovisuais (retro-projetor, filmes, slides) ou
mesmo computadores, bem como de resoluções de exercícios ou de problemas-
padrão. (SEED, 2006b). Ou seja, tirava o centro do processo de ensino-
aprendizagem do professor e do aluno, focando-o nos objetivos instrucionais e nas
técnicas de ensino.
Considerando que o professor é o mediador entre o ensino e a
aprendizagem, tais tendências pretendiam mudanças nas atitudes do professor.
Petronzelli (2002, p. 57-61) aponta como a
“função docente é percebida pelas considerações psicológicas, sociológicas,
antropológicas e epistemológicas:
a) a considera
ção psicológica sugere que o professor desempenhe o papel de levar
o aluno a reconstruir modelos matemáticos que ele compreenda em outras
situações, representá-los de maneira a poder utilizar os mais poderosos sistemas
simbólicos da Matemática, como instrumento de pensamento, utilizá-los em uma
variedade de situações que lhe dêem significado;
b) a considera
ção sociológica discute a representação social do professor e lhe
abre perspectivas para uma nova definição a ser conquistada por novas maneiras
de interagir com seus alunos;
c) algumas mudan
ças são sugeridas na consideração antropológica e estas
determinam que o professor deve estar consciente de “quem são seus alunos” e
que eles podem ajudar os seus alunos a construírem os seus futuros;
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Behaviorismo é a corrente psicológica defendida por Skinner, onde a aprendizagem é uma mudança de
comportamento (desenvolvimento de habilidades ou mudanças de atitudes) que decorre como resposta a estímulos
externos, controlados por meio de reforços. Seu princípio é que só é possível teorizar e agir sobre o que é cientificamente
observável. Com isso, ficam descartados conceitos e categorias centrais para outras correntes teóricas, como consciência,
vontade, inteligência, emoção e memória — os estados mentais ou subjetivos. (SKINNER, 1988).