22
secundária a essas alterações mostraram que quadris com impacto tipo “cam”
evoluem em geral para osteoartrite superior, enquanto aqueles com impacto “pincer”
desenvolvem osteoartrite póstero-inferior ou central.
Por outro lado, Tannast et al.
40
, em artigo subseqüente, publicado no mesmo
periódico, evidenciaram que a localização das lesões cartilaginosas e do lábio do
acetábulo, decorrentes do impacto fêmoro-acetabular são, em geral, no quadrante
ântero-superior do acetábulo, tanto para o tipo “cam” quanto para o “pincer”, o que,
de certa forma, não coincide com os achados de osteoartrite acima descritos em
relação ao impacto tipo “pincer”.
Ademais, novos métodos de avaliação das deformidades subclínicas do
quadril vêm sendo publicados recentemente. Auxiliando no diagnóstico da
retroversão do acetábulo, Kalberger et al.
41
detectaram um novo sinal evidenciado
nas incidências radiográficas da pelve em AP. Os autores perceberam que, quando o
sinal do cruzamento estava presente, a espinha isquiática, comumente, era vista
projetada para dentro da cavidade pélvica. A confirmação desse fenômeno foi obtida
com a avaliação de 149 radiografias (298 quadris), com uma alta correlação entre a
presença destes dois sinais.
Em um estudo anatômico deste ano (2009), avaliando a anatomia do fêmur
proximal em 400 quadris de cadáveres, Toogood et al.
42
introduziram também novos
parâmetros, desta vez complementando os métodos de avaliação das deformidades na
junção entre a cabeça e o colo do fêmur. Foram adicionadas ao ângulo alfa
(inicialmente descrito por Notzli et al.
27
e obtido nas incidências em perfil do colo
do fêmur para avaliar a região anterior) as mensurações dos ângulos beta (posterior),
gama (superior) e delta (inferior), para as quais valores menores indicariam junções