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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA – DOUTORADO
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO MATERIAIS DENTÁRIOS
ALEXANDRE CONDE
AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À UNIÃO DENTINÁRIA ENTRE TRATAMENTO
ULTRA-SÔNICO E ALTA ROTAÇÃO NA INTERFACE DENTE/MATERIAL
RESTAURADOR
Porto Alegre
2007
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ii
ALEXANDRE CONDE
AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À UNIÃO DENTINÁRIA ENTRE TRATAMENTO
ULTRA-SÔNICO E ALTA ROTAÇÃO NA INTERFACE DENTE/MATERIAL
RESTAURADOR
Tese apresentada como parte dos
requisitos para obtenção do título de
Doutor em Odontologia, concentração em
Materiais Dentários.
Orientador: Prof. Dr. Eduardo Gonçalves Mota
Porto Alegre
2007
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iii
Agradeço ao Papai do Céu por ter
nascido em uma família que,
além do amor dedicado,
abriu mão dos prazeres que
o dinheiro poderia comprar
para investir em mim.
iv
DEDICO ESTE TRABALHO
Aos meus queridos pais, Luiz e Rosa; e minhas queridas irmãs; Patrícia e
Kátia, pois através do amor e por suas bagagens espirituais fizeram-me persistir
no objetivo.
À minha amada noiva Simara pelo amor, empenho e dedicação a mim
ofertado.
Ao meu afilhado Vinícius e minha sobrinha Isadora a minha atenção na
difícil tarefa de estar alerta para dar o bom exemplo.
A todos meus familiares que por suas histórias de vida ajudaram-me a
forjar minha personalidade.
A todos os pacientes que já tive a oportunidade de tratar, a gratidão por
ser depositário de suas confianças e que de uma forma indireta contribuíram na
minha formação.
v
MUITO OBRIGADO
À Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, na pessoa do
Professor Marcos Túlio Mazzini Carvalho diretor da Faculdade de Odontologia
pela oportunidade de cursar um doutorado em uma faculdade bem estruturada.
Às Professoras Doutoras Nilza Pereira da Costa, Elaine Bauer Veeck e
Salete Maria Pretto pela orientação, carinho e amizade.
Ao meu orientador Prof. Dr. Eduardo Gonçalves Mota e aos professores
Doutores Hugo Mitsuo Oshima, Luciana Mayumi Hirakata e Rosemary
Sadami Arai Shinkai pelas devidas sugestões ao estudo.
À todos os professores, funcionários e colegas da faculdade de
odontologia, bem como do centro de análises microscópicas e biblioteca desta
Universidade, pela contribuição inestimável e a oportunidade de formação de
amizade.
À todos meus amigos, em especial, Dr. Adriano Leturiondo Ercolani, Dra.
Luciana Thiessen, Renata de Cássia Lopes Oliveira e Maria Cristina Gubert
Rosa, pelo apoio, consideração, carinho e amizade.
vi
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS ...................................................................................ix
LISTA DE SÍMBOLOS E UNIDADES .....................................................................xi
RESUMO ..............................................................................................................xiv
ABSTRACT ...........................................................................................................xv
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................xvi
LISTA DE GRÁFICOS ...........................................................................................xx
LISTA DE TABELAS .............................................................................................xxi
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................23
2 PROPOSIÇÃO ...................................................................................................26
3 REVISÃO DE LITERATURA ..............................................................................27
3.1 Preparo Cavitário Oscilante ..................................................................27
3.2 Diamantes ............................................................................................49
3.3 Ultra-som ..............................................................................................52
3.4 Teste de Resistência à União ...............................................................63
3.5 Norma ISO ..........................................................................................111
3.6 Perfil Técnico de Produtos Empregados ............................................113
3.7 Literatura Complementar ....................................................................116
4 MATERIAIS E MÉTODO...................................................................................122
vii
4.1 Materiais .............................................................................................122
4.2 Método ................................................................................................123
4.2.1 Processamento dos Dentes Pós-exodontia ..........................123
4.2.2 Obtenção de Corpos-de-Prova para Teste de Microtração ..123
4.2.2.1 Confecção do Cilindro .............................................124
4.2.2.2 Tratamento Dentinário Pré-adesivo ........................125
4.2.2.3 Tratamento Dentinário Adesivo ..............................129
4.2.2.4 Confecção dos Blocos de Resina Composta..........130
4.2.2.5 Confecção das Barras para Microtração ................131
4.2.3 Teste de Microtração ............................................................133
4.2.3.1 Seleção das Barras ................................................133
4.2.3.2 Procedimentos Pré-microtração .............................133
4.2.3.3 Realização do Teste de Microtração ......................133
4.2.4 Preparo dos Corpos-de-Prova para análise em MEV ..........134
4.2.4.1 Análise em MEV .....................................................134
4.2.4.2 Classificação das Fraturas .....................................135
4.2.4.3 Análise EDS ...........................................................137
4.2.5 Visualização das Camadas Adesivas Resinosas ................138
4.2.5.1 Processamento das Amostras ...............................138
4.2.5.2 Montagem Amostral para Análise em MEV ...........139
4.2.6 Confecção das Amostras Dentinárias Pré-adesivo .............139
4.2.6.1 Processamento do Cilindro ....................................140
4.2.6.2 Processamento do Tecido Dentário ......................140
4.2.6.3 Montagem da Amostra para Análise em MEV ......140
viii
4.2.7 Análise Estatística ...............................................................141
4.2.7.1 Teste de Resistência à União por Microtração .....141
4.2.7.2 Tipo de Fratura ......................................................141
5 RESULTADOS ...............................................................................................142
5.1 Teste de Resistência à União por Microtração .................................142
5.2 Exemplificação por Imagem MEV dos 4 Substratos .........................144
5.3 Exemplificação por Imagem MEV da união adesiva dos
4 Substratos .....................................................................................152
5.4 Análise Fractográfica ........................................................................155
5.5 Análise Qualitativa por EDS ..............................................................165
6 DISCUSSÃO ...................................................................................................172
7 CONCLUSÃO .................................................................................................189
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................190
9 ANEXOS .........................................................................................................201
ix
LISTA DE ABREVIATURAS
AFM - Microscópio a Força Atômica
AJCVD - Deposição de vapor químico gerado por jato de plasma
ANOVA - Análise de Variância
ATCVD - Deposição de vapor químico gerado por chama de acetileno e oxigênio
Bis-GMA - Bisfenol A diglicil éter dimetacrilato
Bis-EMA 6 - Bisfenol A polietileno glicol dieter dimetacrilato
CA - Interfacial coesiva adesiva
CBT - Interfacial coesiva na base ou topo de camada híbrida
CD - Coesiva em dentina
CM - Coesiva em compósito de resina (material)
CP - Corpo de prova
CVD - Deposição de vapor químico
DMA - Dimetacrilato
DNA - Ácido desoxiribonucleico
EDS - Espectroscopia por dispersão de energia
EDTA - Ácido etilenodiaminotetra acético
FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
FEA - Análise de Elementos Finitos
GLM - Modelos lineares generalizados
GW - Extensão das bolhas
HEMA - 2-Hidroxietil metacrilato
HFCVD - Deposição de vapor químico gerado por filamento quente
HPHT - Alta pressão, alta temperatura
HS.EXP - Potencializador de aparelhos a ar experimental
IFUSP - Instituto de Física da Universidade de São Paulo
x
INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
ISO - International Organization of Standartization
LASER - Ampliação da luz por emissão estimulada de radiação
LED - Diodo emissor de luz
LSD - Diferença mínima significativa
M - mista
MEV - Microscopia Eletrônica de Varredura
MET - Microscopia Eletrônica de Transmissão
MWCVD - Deposição de vapor químico por plasma gerado por microondas
PCS - Sistema de cavitação Piezon
PD c/a - Ponta diamantada com ácido
PD s/a - Ponta diamantada sem ácido
PLSD - Comparações múltiplas de diferenças mínimas significativas
PTFE - Politetrafluoretilno
RX - Raio X
S - Interfacial no smear layer
SPSS - Pacote estatístico para ciências sociais
TEGDMA - Trietileno glicol dimetacrilato
UDMA - Uretano dimetacrilato
UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
UNESP - Universidade Estadual Paulista
UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas
USF - Universidade de São Francisco
UT c/a - Haste ultra-sônica com ácido
UT s/a - Haste ultra-sônica sem ácido
µTBS - Resistência à União por Microtração
xi
LISTA DE SÍMBOLOS E UNIDADES
et al. - e colaboradores
s - segundo (s)
v - volt (s)
pol - polegada (s)
mm - milímetro (s)
x - indica número de vezes de aumento
rpm - rotações por minuto
kHz - quilohertz
ml/min - mililitros por minuto
º - graus
n - número de corpos-de-prova
ºC - grau Celsius
min - minuto (s)
p - probabilidade calculada
< - menor que
= - igual a
µm - micrometro (s)
ml - mililitro (s)
% - por cento
® - marca Registrada
N - Newton
Ni-Cr-Ni - Níquel-Cromo-Níquel
µm/h - micrometros por hora
MgO - óxido de magnésio
CH
4
- gás metano
h - hora (s)
xii
O
2
- gás oxigênio
C
2
H
2
- gás acetileno
CH
3
- metila
Hz - Hertz
°K - grau Kelvin
mm/min - milímetros por minuto
MPa - mega Pascal
mm
2
- milímetro quadrado
α - alfa
mW/cm
2
- miliwatt por centímetro quadrado
± - mais ou menos
pH - potencial de hidrogênio
M - molar
r - raio
m/s - metro por segundo
bar - unidade de pressão
H
2
- gás hidrogênio
H - hidrogênio
cm - centímetro (s)
NaOCl - hipoclorito de sódio
AgNO
3
- nitrato de prata
Al
2
O
3
- óxido de alumínio
SiO
(x)
- óxido de silício com qualquer número de oxidação possível
N/min - Newton/minuto
nm - nanômetro (s)
kV - quilo voltagem
dines/cm - dines por centímetro
ppm - parte por milhão
mbar - milibar
Pd - paládio
Au - ouro
Wt% - percentual em peso
xiii
Δ% - variação percentual
- menor igual
C - carbono
O - oxigênio
P - fósforo
Ca - cálcio
Si - silício
Mg - magnésio
xiv
RESUMO
Dezessete terceiros molares hígidos extraídos foram utilizados com objetivo de
avaliar a dentina quanto: resistência à união por microtração (μTBS) com resina
composta (CR) Z250 e adesivo Single Bond 2 (3M); aspecto prévio ao tratamento
adesivo (APTA); união adesiva (UA); tipo de fratura por microscopia eletrônica de
varredura (MEV) e espectroscopia por dispersão de energia (EDS) comparando o
tratamento com ponta diamantada KGSorensen (PD) e haste ultra-sônica
CVDentUS (UT) com (c/a) ou sem (s/a) condicionamento ácido. Quatro grupos
(n=40) divididos conforme processamento dentinário (PDs/a; PDc/a; UTs/a;
UTc/a) foram restaurados, incluídos em resina acrílica autopolimerizável e
transformados em pequenas barras por máquina de corte seriado para posterior
ensaio de μTBS em máquina universal EMIC DL-2000 (0,5 mm/min). As amostras
foram analisadas por MEV e EDS para classificação de fratura, UA e APTA. Os
testes estatísticos foram: Kolmogorov-Smirnov; Análise de Variância fatorial;
Tukey e Exato de Fisher (p0,05). As falhas foram classificadas em: Coesiva em
dentina (CD); coesiva em CR (CM); interfacial coesiva na base ou topo de
camada híbrida (CBT); interfacial coesiva adesiva (CA); mista (M); interfacial no
smear layer (S). Os resultados mostraram (grupo, média μTBS em MPa - desvio
padrão): (UTc/a, 45,31-8,16); (PDc/a, 34,04-9,29); (UTs/a, 15,17-3,71); (PDs/a,
9,86-3,80). O método PD está associado à CBT e o método UT às CA e CM, c/a
está associado às CBT e CM e s/a à S. O APTA mostrou: PDs/a total obstrução
dos canalículos dentinários (cd); UTs/a parcial desobstrução dos cd e aspecto
irregular de superfície; PDc/a completa desobstrução dos cd; UTc/a completa
desobstrução dos cd e aspecto irregular de superfície. Em PDs/a ocorreu camada
híbrida retilínea sem penetrações de tags (PT); UTs/a, curvilínea com algumas
PT; PDc/a, retilínea com PT; UTc/a, curvilínea com PT. Concluiu-se que a
associação do tratamento UTc/a promove valores maiores de μTBS. Existe
associação entre falha CBT com o método PD, falhas CA e CM com o método
UT, falhas CBT e CM com o método c/a e falha S com o método s/a. As falhas
que ofereceram maior resistência para seu rompimento são, em ordem
decrescente: CD; CM; CBT; CA; M; S.
Palavras-chave: resistência à união; resistência à união por microtração; ultra-
som; turbina de alta rotação; dentina.
xv
ABSTRACT
Seventeen extracted healthy third molars were used in order to evaluate dentine
as to: microtensile bond strength (μTBS) with Z250 resin composite (CR), and 3M
Single Bond 2 adhesive; appearance previous to adhesive treatment (APTA);
adhesive union (UA); type of fracture by Scanning Electron Microscope (SEM),
and energy dispersion spectroscopy (EDS), comparing the treatment with a
KGSorensen diamond bur (PD) and a CVDentus (UT) ultrasound tips with (c/a)
and without (s/a) etching. Four groups (n=40) were divided according to the dentin
processing (PDs/a - diamond bur without etching); (PDc/a - diamond bur with
etching); (UTs/a - ultrasound tip without etching); (UTc/a - ultrasound tip with
etching) were restored, embedded in politetrafluoretilene tube using chemically
activated acrylic resin, and sectioned into samples for μTBS testing in an EMIC
DL-2000 universal machine (0.5 mm/min). Samples were analyzed by SEM and
EDS for fracture classification UA and APTA. Statistical tests were: Kolmogorov-
Smirnov Test; Two way Variance Analysis; Tukey and Fisher's Exact Test
(p0,05). Failures were classified as: cohesive in dentine (CD); cohesive in CR
(CM); cohesive interfacial on the base or top of hybrid layer (CBT); adhesive
cohesive interfacial (CA); mixed (M); interfacial on smear layer (S). Results
showed (group, average μTBS in MPa - standard deviation): (UTc/a, 45.31-8.16);
(PDc/a, 34.04-9.29); (UTs/a, 15.17-3.71); (PDs/a, 9.86-3.80). The PD method is
associated to CBT, and the UT method is associated to CA and CM; c/a is
associated to CBT and CM, and s/a is associated to S. APTA showed: PDs/a -
total obstruction of dentinal tubules (cd); UTs/a - partial disobstruction of cd and
irregular surface appearance; PDc/a - complete disobstruction of cd; UTc/a -
complete disobstruction of cd, and irregular surface appearance. UA showed:
PDs/a rectilinear hybrid layer occurred without tags penetration (PT); UTs/a,
curvilinear with a few PT; PDc/a, rectilinear with PT; UTc/a, curvilinear with PT. It
was concluded that the association of UTc/a treatment promotes higher values of
μTBS. There is an association between CBT failure and the PD method, failures
CA and CM and the UT method, failures CBT and CM and the c/a method, and
failure S and the s/a method. The failures that caused higher resistance to its
rupture were, in a decreasing order: CD; CM; CBT; CA; M, and S.
Key-words: tensile bond strength; microtensile bond strength; ultrasound; high
speed turbine; dentin.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Desenho esquemático do processamento da amostra até a obtenção
dos corpos-de-prova. Linha 1: dente, cilindro com dente, corte face
oclusal do cilindro, lixamento face oclusal e cilindro lixado. Linha 2:
tratamento com UT e PD. Linha 3: grupos UT c/a, UT s/a, PD s/a e PD
c/a. Linha 4: grupos recebendo adesivo. Linha 5: cilindro de qualquer
grupo, bloco de resina composta na face oclusal do cilindro, vista
oclusal da resina composta, complementação da inclusão. Linha 6:
corte do cilindro, sentidos de corte da face oclusal do cilindro, corpos-
de-prova em forma de pequenas barras e fixação no dispositivo de
ensaio de μTBS...................................................................................124
Figura 2. Dispositivo posicionador: 1) Base do dispositivo; 2) parafuso de
movimentação eixo z; 3) parafuso de movimentação eixo x; 4) presilha
lateral; 5) presilha central; 6) estrutura de sustentação de caneta; 7)
parafuso de preensão da base de fixação de cilindro; 8) braço de
sustentação; 9) parafuso eixo y..........................................................126
Figura 3. Cilindro fixado no dispositivo posicionador para asperização da
superfície dentinária com ponta diamantada de alta rotação ............128
Figura 4. Cilindro fixado no dispositivo posicionador para asperização da
superfície dentinária com haste ultra-sônica ......................................128
Figura 5. Extremidades ativas: Esquerda, ponta diamantada; direita, haste ultra-
sônica .................................................................................................129
xvii
Figura 6. Fio de aço inoxidável fixado à ponta da seringa tríplice ......................130
Figura 7. Máquina de corte. A: corte da face oclusal do cilindro; B: corte
perpendicular do cilindro.....................................................................132
Figura 8. Barra para o teste de resistência à união por microtração, à esquerda
resina composta e à direita dentina ...................................................132
Figura 9. Gradeamento sobre imagem digital MEV ............................................136
Figura 10. Quadro do registro individual de falha ...............................................136
Figura 11. Análise fractográfica simultânea ........................................................137
Figura 12. Aspecto da dentina do grupo PD s/a (500x).......................................145
Figura 13. Aspecto da dentina do grupo PD s/a (500x).......................................145
Figura 14. Aspecto da dentina UT s/a (500x)......................................................146
Figura 15. Aspecto da dentina UT c/a (500x)......................................................147
Figura 16. Aspecto da dentina do grupo PD s/a (5000x).....................................148
Figura 17. Aspecto da dentina do grupo PD s/a (5000x).....................................148
Figura 18. Aspecto da dentina UT s/a (5000x)....................................................149
Figura 19. Aspecto da dentina UT c/a (5000x)....................................................150
Figura 20. Aspecto da dentina do grupo PD s/a (20000x)...................................151
xviii
Figura 21. Aspecto da dentina UT s/a (20000x)................................................. 151
Figura 22. Aspecto da camada híbrida do grupo PD s/a: RC, região de resina
composta; A, região de adesivo; D, região de
dentina................................................................................................152
Figura 23. Aspecto da camada híbrida do grupo PD c/a: RC, região de resina
composta; A, região de adesivo; D, região de dentina. As setas indicam
tags de resina......................................................................................153
Figura 24. Aspecto da camada híbrida do grupo UT s/a: RC, região de resina
composta; A, região de adesivo; D, região de dentina. As setas indicam
tags de resina......................................................................................154
Figura 25. Aspecto da camada híbrida do grupo UT c/a: RC, região de resina
composta; A, região de adesivo; D, região de dentina. As setas indicam
tags de resina......................................................................................155
Figura 26. Fractografia representativa grupo UT c/a com localização de
ampliação............................................................................................160
Figura 27. Fractografia com discriminação de tipos de falha do grupo UT
c/a.......................................................................................................161
Figura 28. Fractografia representativa grupo PD c/a com localização de
ampliação ...........................................................................................161
Figura 29. Fractografia com discriminação de tipos de falha do grupo PD
c/a ......................................................................................................162
Figura 30. Fractografia representativa grupo UT s/a com localização de
ampliação ...........................................................................................162
xix
Figura 31. Fractografia com discriminação de tipos de falha do grupo UT s/a e
localização de ampliação ...................................................................163
Figura 32. Fractografia representativa grupo UT s/a com localização de
ampliação ...........................................................................................163
Figura 33. Fractografia do grupo UT s/a: 1. adesivo; 2. fibras colágenas da dentina
intertubular; 3. tag de resina ..............................................................164
Figura 34. Fractografia representativa grupo PD s/a com localização de
ampliação ...........................................................................................164
Figura 35. Fractografia com discriminação de tipos de falha do grupo PD
s/a ......................................................................................................165
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1. Comparação entre os 4 grupos de estudo.........................................144
Gráfico 2. Comparação dos tipos de falhas entre os grupos de estudo ............156
Gráfico 3. Comparação dos tipos de falhas entre os grupos de estudo: Com
ácido X sem ácido ............................................................................157
Gráfico 4. Percentual dos tipos de falhas entre os grupos de estudo: Ponta
Diamantada e Haste Ultra-sônica ....................................................158
Gráfico 5. Ranqueamento da resistência entre os tipos de falha.......................159
Gráfico 6. Alteração na dentina promovida pela falha CM ................................167
Gráfico 7. Alteração na dentina promovida pela falha CA ................................168
Gráfico 8. Alteração na dentina promovida pela falha na base da camada
híbrida...............................................................................................169
Gráfico 9. Alteração na dentina promovida pela falha no topo da camada
híbrida...............................................................................................170
Gráfico 10. Alteração na dentina com smear layer promovida pela falha S.......171
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Descrição da resina composta e adesivo utilizado no estudo............123
Tabela 2. Discriminação dos grupos ..................................................................126
Tabela 3.Estatística descritiva para variáveis tratamento e condicionamento ...142
Tabela 4. Resultado da Análise de Variância Fatorial ........................................143
Tabela 5. Resultados do teste de comparações múltiplas de Tukey para
comparação entre os 4 grupos de estudo resultantes da interação
tratamento *condicionamento...............................................................143
Tabela 6. Comparação dos tipos de falhas entre os grupos de estudo .............156
Tabela 7. Comparação dos tipos de falhas entre os grupos de estudo: Com ácido
X sem ácido .......................................................................................157
Tabela 8. Percentual dos tipos de falhas entre os grupos de estudo: Ponta
Diamantada e Haste Ultra-sônica ......................................................158
Tabela 9. Ranqueamento descritivo da resistência entre os tipos de falha........159
Tabela 10. Tabela EDS ajustada de substratos e falhas com médias e desvio
padrão................................................................................................166
xxii
Tabela 11. Variação percentual do Wt% de cada elemento químico da dentina
promovida pela falha CM..................................................................167
Tabela 12. Variação percentual do Wt% de cada elemento químico da dentina
promovida pela falha CA...................................................................168
Tabela 13. Variação percentual do Wt% de cada elemento químico da dentina
promovida pela falha na base da camada híbrida............................169
Tabela 14. Variação percentual do Wt% de cada elemento químico da dentina
promovida pela falha no topo da camada híbrida.............................170
Tabela 15. Variação percentual do Wt% de cada elemento químico da dentina
com smear layer promovida pela falha S com adesivo.....................171
1 INTRODUÇÃO
A técnica de preparo cavitário ultra-sônico não é recente (CATUNA,
1953; FREIVOGEL, 1955; OMAN e APPLERBAUM, 1955; MITCHELL e
JENSEN, 1957; OMAN, 1957; BUTT et al., 1957; POSTLE, 1958; ZACH et al.,
1959, STREET, 1959 e MARCHI e MONTANARI, 1966), embora com muitas
vantagens constatadas na época, já se observavam alguns inconvenientes na
técnica citados por Freivogel (1955) e Street (1959), como também a sugestão
de aprofundamento de estudos para a prática clínica em pacientes sugeridas
por Oman e Applebaum (1955) e Butt et al. (1957).
As vantagens constatadas na década de 50, que perduram até hoje,
consistiam em técnica: Silenciosa (CATUNA, 1953); atraumática para os
tecidos moles (FREIVOGEL, 1955); indolor (OMAN, 1957); de baixa vibração
(POSTLE, 1958); de precisão de corte (FREIVOGEL, 1955); eficaz na remoção
cariosa (OMAN e APPLEBAUM, 1955); de preparos mais conservadores
(POSTLE, 1958); de lisura de paredes cavitárias (FREIVOGEL, 1955); segura
(POSTLE, 1958); de opção rotineira para o consultório (OMAN, 1957); e, por
último, técnica que produz o mesmo tipo de processo inflamatório pulpar
causado pelo instrumento de corte rotatório (MITCHELL e JENSEN, 1957;
BUTT et al., 1957; ZACH et al., 1959; MARCHI e MONTANARI, 1966).
As desvantagens encontradas até então se restringiam ao inconveniente
da mistura de óxido e água na cavidade oral do paciente, custo, tamanho do
equipamento, união do inserto, regulagem de potência e baixa eficiência de
corte para alguns materiais restauradores quando comparados ao instrumento
de corte rotatório (STREET, 1959).
24
Esta forma oscilante de preparo cavitário, a partir da década de 60, ficou
pouco estudada devido à quantidade de publicações. Atualmente, já se
observa mais estudos publicados a respeito do assunto. A retomada do
preparo cavitário oscilante ocorreu na forma conceitual sônica (HUGO e
STASSINAKIS, 1998; LIEBENBERG, 1998; HAASE, 1998; HUGO, 1999;
BANERJEE et al., 2000; WICHT et al., 2002; PIOCH et al., 2003; ZASEWITZ et
al., 2005
a
e ZASEWITZ et al., 2005
b
), e na forma conceitual ultra-sônica
(KREJCI et al., 1998; ZUOLO et al., 1999; VÉREZ-FRAGUELA et al., 2000;
SHEETS E PAQUETTE, 2002; VIEIRA e VIEIRA, 2002; CONRADO et al.,
2003; LIMA, 2003; CONDE, 2004; ANTONIO et al., 2005 e MACEDO et al.,
2006).
Este longo período de poucas pesquisas talvez tenha ocorrido devido à
dificuldade de disponibilidade de insertos no mercado, ação lenta de remoção
de tecido dentário, visibilidade pobre devido a mistura abrasiva e problemas de
manutenção (YIP e SAMARANAYAKE, 1998).
A exclusão da mistura abrasiva na confecção do preparo cavitário
constituiu-se em aperfeiçoamento da técnica e se deu pela evolução da
obtenção do diamante artificial (MAY, 1995; MAY, 2000 e TRAVA-AIROLDI et
al. 2002) e união deste aos insertos ultra-sônicos (REVISTA PESQUISA
FAPESP, 2000).
Atualmente, segundo Vieira e Vieira (2002) o preparo cavitário ultra-
sônico, além de promover um padrão de limpeza dentinária diferente
comparativamente à alta rotação, apresenta as seguintes vantagens técnicas:
mínimo ruído; em 80% dos casos não precisa anestesia; melhor visibilidade;
precisão de corte; propicia angulações; minimamente invasivo; desgasta
apenas material duro; não corta tecidos moles.
A sua utilização na dentística restauradora e odontopediatria
compreendem: remoção de tecido cariado sub-gengival e supra-gengival,
reparos marginais de restaurações estéticas, remoção de restaurações
estéticas, amálgama, restaurações provisórias, cimentos da face interna de
próteses e provisórios, e utilização em pacientes que não toleram anestesia
(VIEIRA e VIEIRA, 2002; ANTONIO et al., 2005). Na endodontia acrescenta-se
25
a possibilidade da cirurgia de apicectomia (ZUOLO et al.,1999; ARX e
WALKER, 2000). Na cirurgia, temos a possibilidade da execução do
levantamento de seio maxilar através da técnica ultra-sônica (MACEDO et al.,
2006).
Devido a este longo hiato nas pesquisas em relação a este tipo de
preparo cavitário, nota-se uma quantidade de trabalhos científicos muito
pequena, principalmente no que se refere à resistência de união do material
restaurador nas paredes dentinárias tratadas com ultra-som em relação à
microtração, que é um ensaio considerado relevante por muitos autores
(CHAPPELL et al., 1997; PHRUKKANON et al., 1998
a
; TANUMIHARJA et al.,
2000; ARMSTRONG et al., 2001; OKUDA et al., 2002; MOLL et al., 2002;
MEERBEEK et al., 2003; KOASE et al., 2004; MIRANDA et al., 2005; YANG et
al., 2006).
Assim, justifica-se o estudo baseando-se no fato de que a técnica ultra-
sônica promove: túbulos dentinários com um certo grau de remoção de smear
layer mesmo sem o condicionamento ácido (VIEIRA e VIEIRA, 2002); aspecto
de parede dentinária lisa e irregular, simultaneamente; e, em função disso, a
possibilidade de estudos que possam prescindir do condicionamento ácido na
técnica das restaurações adesivas (CONDE, 2004). Este último poderia sugerir
uma maior superfície de contato para a melhora da técnica adesiva e que
poderia ser verificada mediante emprego deste ensaio.
Desta forma, pelo emprego do ensaio de μTBS, apoiando-se na
justificativa acima, comparando duas formas de tratamento dentinário - dentre
as muitas existentes (YIP e SAMARANAYAKE, 1998 e YAZICI, 2002) - este
estudo trabalha com a hipótese nula, ou seja, de que, em dentina, o tratamento
ultra-sônico, comparativamente ao tratamento de alta rotação, não altera a
resistência de união da resina composta ao substrato.
2 PROPOSIÇÃO
Este estudo, utilizando o adesivo Adper
TM
Single Bond 2 e o compósito
de resina Filtek Z-250 em substrato dentinário com e sem condicionamento
ácido, tem como objetivos específicos:
1. Determinar e comparar a resistência à união por microtração em
dentina do tratamento ultra-sônico e de alta rotação com e sem
condicionamento ácido.
2. Exemplificar por imagem MEV o aspecto dentinário dos quatro
tipos de tratamento proposto pelo estudo.
3. Exemplificar por imagem MEV o aspecto da união adesiva dos
quatro tipos de tratamento proposto pelo estudo, antes do teste
de resistência à união por microtração.
4. Avaliar e comparar o tipo de fratura dos corpos-de-prova de cada
tipo de tratamento dentinário com a força dispensada para rompê-
los.
5. Avaliar qualitativamente por EDS (análise por energia dispersiva)
o substrato dentina e as falhas de maior freqüência, pela média
aritmética de cada elemento químico presente em 3 amostras,
verificando a variação percentual (Δ%) entre amostras da
percentagem em peso (Wt%).
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Preparo Cavitário Oscilante
Catuna (1953) relatou acerca de um novo método de corte ultra-sônico
na confecção de cavidades dentárias que é executado por um equipamento
ultra-sônico fabricado pela Cavitron Corporation de Nova Iorque. Este
equipamento transforma impulsos de freqüência elétrica em impulsos de
freqüência mecânica que variam de 16000 a 29000 ciclos por s, a ação de
corte deste equipamento se dá pelo movimento de sua extremidade. Quando a
máquina está em operação o corte do dente é feito com a presença de água,
empregando-se insertos com extremidades de diâmetros diferentes. O autor
refere que devido à alta freqüência o movimento de corte do instrumento não é
observado, ao mesmo tempo em que não é audível. Não causa traumas aos
tecidos moles. O autor sugere a técnica como uma nova tendência para a
dentística restauradora.
Freivogel (1955) descreveu e detalhou o ultra-som de cavitação dentária
Cavitron como um dispositivo elétrico que transforma energia elétrica (115 v de
corrente alternada de 60 ciclos) em energia mecânica de 29000 ciclos por s.
Freqüência esta que produz na ponta do equipamento uma amplitude de 0,003
a 0,0004 pol. Essas vibrações são, então, aumentadas através de um
amplificador mecânico, de modo que a amplitude resultante seja de 0,0014 pol
(aproximadamente 0,035 mm). Na extremidade da peça de mão existe um
dispositivo de rosca o qual pode ser acoplado o inserto necessário ao
procedimento de cavitação. O aparelho também dispõe de um sistema de
bombeamento peristáltico elétrico de fluido o qual serve para irrigar a cavidade
com uma solução de água com óxido de alumínio que sai de um orifício no
inserto que está sendo utilizado. Assim, se a extremidade do instrumento for
28
colocada contra a superfície do dente a ser trabalhada, as finas partículas de
óxido de alumínio, agitadas pelas vibrações mencionadas, provocam a abrasão
no dente. Disso resulta a possibilidade que até então não existia: com esse
método pode-se utilizar insertos que apresentam extremidade da forma da
cavidade desejada, colocar o instrumento no dente e logo preparar a cavidade
deixando-a pronta para restaurar. O autor concluiu que o procedimento de
cavitação é indolor, não corta tecidos moles, o operador controla o processo de
cavitação com maior segurança (não existe a possibilidade de cortes
intempestivos), o instrumento trabalha com grande precisão de corte, o preparo
da cavidade corresponde à forma do inserto utilizado, a boca não sofre
arranhões ou erosão, o pó de óxido de alumínio é conduzido por um fluxo de
água e por isso não pode ser inalado, e, também, promove lisura das paredes
remanescente. Entretanto a presença da solução de água com óxido de
alumínio causa um certo inconveniente para o paciente.
Oman e Applebaum (1955) relataram que o método ultra-sônico para
corte de tecido dentário duro tem sido estudado e consiste na utilização de uma
peça de mão oscilante, vibrando numa freqüência ultra-sônica que é usada em
conjunto com uma mistura abrasiva no preparo de cavidades. O método
permite alisamento acurado em corte de esmalte e dentina. O material cariado
no preparo cavitário rotineiro é removido facilmente e eficientemente.
Resultados clínicos favoráveis foram obtidos com chimpanzés, cães, macacos
rhesus bem como em humanos (40 pacientes que abrangiam a idade de 12 a
70 anos). Estudos histológicos deste tipo de preparo em dentes de animais têm
indicado que a inflamação pulpar é igual a promovida pela cavitação por
instrumento de corte rotatório convencional. Os autores sugeriram a
necessidade de estudos mais aprofundados antes desta nova técnica de
preparo cavitário ser colocada em uso comum.
Mitchell e Jensen (1957) fizeram um experimento comparando
cavitações dentárias pelo método convencional (instrumento de corte rotatório)
e método ultra-sônico. Utilizaram 8 dentes pré-molares hígidos de jóvens com
29
indicação de exodontia por motivos ortodônticos. As cavidades foram
preenchida com guta-percha e os dentes foram extraídos 6 dias, 12 dias, 6
semanas e 9 semanas depois do preparo. Os dentes foram então processados
para análise em microscopia ótica. Os achados microscópicos não revelaram
diferença na resposta pulpar entre as duas formas de preparo cavitário.
Oman (1957) relatou que a introdução da peça de mão dentária ultra-
sônica marcou o início da nova era no campo da odontologia operatória. Pelo
uso deste método, é possível preparar cavidades em dentes humanos e
restaurar com mínima dor e aborrecimento ao paciente. O sistema consiste em
uma peça de mão similar em tamanho e forma às peças de mão rotatórias e,
através da energia elétrica que é convertida em energia mecânica para a ponta
do instrumento (inserto), vibra à 29.000 ciclos por s com um movimento de
amplitude de 0,0014 pol. O formato do inserto do instrumento determina a
forma e o tamanho do preparo feito no dente. Desta maneira pode ser
observado que é possível obter formas de cavidades complexas com o mínimo
esforço. Considerando que o corte ultra-sônico das estruturas do dente é
executado por meio de uma mistura abrasiva, as paredes resultantes serão tão
lisas quanto a granulação do pó utilizado. Instrumentação manual é reduzida
ao mínimo e pode praticamente ser eliminada, exceto para a curetagem de
cáries moles e para o alisamento da margem gengival ou bisel. Todos os
outros biseis são obtidos pela inclinação do instrumento no ângulo exato. Não
existem problemas de lubrificação já que não existem partes rotatórias
causando desgaste. O fluxo de água circula através da peça de mão para
resfriar a extremidade do aparelho. Uma solução abrasiva está sempre
presente e é transferida para a o inserto, não ocorrendo o superaquecimento
da polpa do dente. A técnica produz um mínimo de trauma para o dente e a
polpa. O autor conclui: A) Estudos de preparos cavitários com a unidade
dentária ultra-sônica durante os últimos três anos (1954-1957) tem produzido
evidências convincentes que o instrumento é tão seguro quanto qualquer outro
instrumento convencional para o uso de trabalho rotineiro; B) Uso clínico
intensivo tem provado que a unidade dentária ultra-sônica pode ser usada
30
rotineiramente para acabamento de todo tipo de preparo promovendo o mínimo
de dor e aborrecimento ao paciente; C) A natureza especial do processo de
corte ultra-sônico torna possível obter formas de cavidade complexa com o
mínimo esforço, e paredes cavitárias lisas; D) A eliminação do movimento
rotatório também elimina todas as possibilidades de laceramento do tecido
mole, sua refrigeração não promove danos na polpa. Estes fatores dão
condições ao operador de trabalhar sem tensão ou medo reduzindo
significativamente a apreensão do paciente.
Butt et al. (1957) fizeram um experimento onde 7 macacos rhesus
tiveram suas dentições utilizadas para determinar reações pulpares
comparativas entre as técnicas ultra-sônica e de instrumento de corte rotatório
convencional de preparo cavitário. Foram divididos os dentes em dois grupos,
cada grupo consistindo de 12 dentes, os terceiros molares presentes foram
desconsiderados. Metade dos preparos foi do tipo oclusal, enquanto que os
restantes, cervicais vestibulares. Em um grupo, os dois tipos de cavidades
foram preparadas usando broca de aço carbono montada na peça de mão com
rotação de aproximadamente 8500 rpm resfriadas por spray de água. No outro
grupo, os mesmos dois tipos de cavidades, foram preparadas utilizado uma
unidade ultra-sônica Cavitron com o auxílio de uma solução de óxido de
alumínio como abrasivo, de acordo com as instruções do fabricante para o
preparo cavitário. Ao final, os dentes foram restaurados com amálgama. Dois
dos animais experimentais foram sacrificados 24 h depois do procedimento
operatório; dois depois de 7 dias; dois depois de 30 dias; e no final um foi
sacrificado depois da expiração de 60 dias. Depois do sacrifício, os dentes
foram extraídos e processados para exame histopatológico que foram
empreendidos com a participação de patologistas sem conhecimento dos
tempos de intervalo entre preparo cavitário e sacrifício, ou das técnicas de
corte empregadas. Avaliação foi baseada primeiramente na integridade da
camada de odontoblastos, aparência da polpa, e extensão da formação da
dentina secundária. Os resultados mostraram que a reação pulpar para cada
técnica demonstrou apenas pequenas diferenças que não podem ser
31
consideradas significantes. Os autores concluíram que além de não existir
diferença significante entre os preparos, o estudo, através do esclarecimento
dos vários aspectos de resposta pulpar para a técnica de corte ultra-sônico,
não eliminou a necessidade de pesquisas similares de experimentações a
longo prazo.
Postle (1958) relatou que a odontologia tem direcionado esforços para
tornar seus procedimentos mais toleráveis aos pacientes através do surgimento
e utilização do aparelho ultra-sônico. Seu estudo identifica o preparo cavitário
ultra-sônico como seguro; conservador; de corte efetivo; de boa tolerabilidade
pelos pacientes sem a necessidade de anestesia local; silencioso; de baixa
vibração; e menor promoção de calor. Em seu trabalho o autor sugere técnicas
de confecção de cavidades dentárias para preparos classes I, II, III, IV e V.
Street (1959) referiu uma inovação, o equipamento Cavitron. Este
aparelho ultra-sônico é capaz de cortar esmalte e dentina de dentes humanos,
assim como os métodos tradicionais são capazes. Ele referiu que alguns
cirurgiões-dentistas têm empregado o método ultra-sônico no preparo de
cavidades em pacientes os quais tem relatado comentários favoráveis quanto
ao uso deste método. Citou que a polpa de dentes permanentes parece
suportar com mais tolerância o procedimento, mas que a utilização em dentes
decíduos não deve ser adotada até que pesquisas indiquem o seu efeito. O
custo do equipamento, o tamanho e o fato de ser um acessório na atividade
odontológica será, provavelmente, um impedimento para sua aceitação. Como
aspectos desencorajadores o autor cita a limpeza, a união do inserto, a
regulagem da máquina e a aplicação da correta potência durante o
funcionamento. O método ultra-sônico de remoção de cárie em esmalte ou
dentina em certos tipos de materiais restauradores não se aproxima da
eficiência demonstrada com a turbina de alta rotação.
Zach et al. (1959) fizeram seus estudos em duas etapas: a primeira,
onde utilizaram 140 dentes humanos cariados condenados a exodontia
32
efetuando preparos rotatório e ultra-sônico de cavidades classes I e V
restaurados com material provisório a base de eugenol e subseqüente
exodontia nos intervalos de 1 dia e 6 semanas após; e a segunda, onde
utilizaram dentes hígidos de macacos, os quais, também foram submetidos a
preparos cavitários classes I e V, rotatório e ultra-sônico restaurados com o
mesmo tipo de material provisório da primeira fase e submetidos ao sacrifício
nos intervalos de uma semana, 1 mês e 2 meses para um grupo de macacos e
7 dias, 29 dias e 36 dias para outro grupo de macacos. As mandíbulas e
maxilas dos macacos, bem como os dentes extraídos humanos foram
processadas para análise histológica em lâminas de microscopia ótica. Os
resultados levaram a concluir que os efeitos histopatológicos do preparo
cavitário ultra-sônico em dentes permanentes humanos e em dentes
permanentes, decíduos e não erupcionados de primatas estudados revelaram
que a resposta da polpa foi leve indicando uma reação reversível para todos os
aspectos, comparáveis com as respostas causadas pela técnica rotatória.
Nenhuma evidência foi encontrada de nenhuma condição patológica na
estrutura suporte nem aberrações ou displasia foram vistas no crescimento das
estruturas dos tecidos. A resposta da polpa ao corte da dentina não pode ser
distinguida entre os instrumentos que efetuaram o corte.
Marchi e Montanari (1966) investigaram o comportamento do tecido
pulpar em dentes de animais de experimento quando submetidos à energia
ultra-sônica no colo dos dentes. Após a análise histológica dos tecidos pulpares
por microscopia ótica pela técnica de coloração por hematoxilina e eosina, os
resultados mostraram que o dano pulpar parece estar dentro de limites
modestos apresentando células com formato e volume normais. Conclui-se,
então que, é correto afirmar que o estudo executado não mostra qualquer dano
à polpa dentária.
Hugo e Stassinakis (1998) abordaram em seus estudos um sistema de
preparo oscilante com um design novo de insertos para corte e polimento de
microcavidades proximais. Uma peça multiplicadora da freqüência para
33
equipamentos a ar (Sonicflex 2000N, KaVo) oscilando numa freqüência de 6,5
kHz é usada para ativar uma variedade de insertos parcialmente cobertos por
diamante. A peça de mão é conectada a uma mangueira de pressão a ar.
Quatro diferentes insertos estão disponíveis atualmente: angulado, meio-
torpedo, hemisférica pequena e hemisférica grande. A variação angulada pode
apresentar dois formatos, cilíndrico ou cônico com extremidade circular coberta
por diamantes e uma superfície lisa não cortante para acabamento final da face
de contato. A utilização do instrumento requer treinamento na sua aplicação
clínica. Em condições ótimas de trabalho, o instrumento produz um som típico
que serve como indicativo de atuação. O resfriamento por spray de água (água
corrente na taxa de 20 ml/min até 30 ml/min) é necessário para prevenir danos
pulpares devido ao hiperaquecimento e remoção de debris. Imediatamente
após o início da oscilação, um filme de água envolve o funcionamento dos
insertos. As análises das margens de vários designs de preparos cavitários
com este aparelho apresentaram contornos essencialmente livres de defeitos.
O método e equipamento apresentados permitem preparos cavitários
pequenos na primeira intervenção de lesões interproximais. Os preparos das
margens podem ser realizados sem danos à superfície dos dentes adjacentes.
O equipamento descrito permite a realização de novos designs de cavidades
relativo à forma de contorno, dimensão e acabamento das margens. As
indicações da técnica apresentada são: microcavidades de lesões de cárie
interproximais iniciais em dentes anteriores e posteriores; acabamentos
preparos de margens inlay, onlay e coroas.
Krejci et al. (1998) descreveram uma técnica recentemente desenvolvida
de preparo e acabamento de cavidade proximal pelo uso seletivo de insertos
cobertos de diamante acionados por ultra-som (Piezon Cavity System – PCS).
Pelo uso destes insertos para confecção de restaurações de resina,
compômero, cerâmica, amálgama, e igualmente para restaurações de ouro, o
dano inadvertido aos dentes adjacentes é completamente evitável.
Demonstram, também, a utilização efetiva dos insertos diamantados associado
ao aparelho ultra-sônico de intervalo de freqüência de 28,5 kHz a 32,5 kHz
34
para o preparo de lesões primárias e na substituição de restaurações
existentes. Os autores concluíram que os insertos ultra-sônicos cobertos por
diamantes tem significante resultado no preparo cavitário. As cavidades
proximais, para restaurações inlay/onlay, podem ser executadas e acabadas
eficientemente com alta qualidade e sem riscos de danos aos dentes
adjacentes. Devido à natureza conservadora deste protocolo, instrumentos
ultra-sônicos podem ser usados diretamente por qualquer clínico para o
tratamento rotineiro. Esta técnica não exige modificação na técnica
restauradora clínica ou treinamento extensivo.
Liebenberg (1998) em seu relato de 3 casos dissertou a respeito da
utilização de um sistema de preparo introduzido recentemente chamado
SONICSYS approx, (Ivoclar Vivadent, Kavo) que é um sistema adicional útil
para os procedimentos restauradores, com insertos de cerâmica (restauração
pré-fabricada) que diminui o volume de material restaurador polimerizável e
coloca um material mais resistente ao desgaste na área de contato. O sistema
representa uma técnica intermediária entre uma resina direta e uma
restauração inlay fabricada laboratorialmente. Seis insertos de preparo
cobertos por diamante estão disponíveis em três tamanhos para superfícies e
localização mesial e distal. Estes insertos têm um lado ativo e um lado liso que
facilita o preparo adequado da área proximal. Estes insertos oscilam
linearmente e pneumaticamente numa freqüência de 6,5 kHz com o auxílio do
aparelho sônico Sonicflex 2000N (KaVo). Os insertos de cerâmica são
disponibilizados em três tamanhos que correspondem aos tamanhos dos
insertos de preparo. Estas restaurações silanizadas são comercializadas em
embalagens estéreis para evitar a contaminação. Os insertos cerâmicos são
assentados no preparo cavitário e podem ser cimentados utilizando adesivos e
cimentos resinosos. O autor conclui que: em casos extensos, os insertos de
cerâmica ainda oferecem uma vantagem decisiva em que o volume de resina
direta polimerizada é reduzido e o contato proximal é suportado pelo material
de cerâmica. Parâmetros interproximais ideais são observados tanto em ponto
de contato como na interface dente/restauração cerâmica. Trata-se de uma
35
técnica inovadora para otimização da integridade da restauração com ênfase
particular na realização da forma proximal adequada. O autor antecipa que este
sistema restaurador irá propiciar restaurações com redução do estresse na
interface restaurada e que os clínicos são aconselhados a executar esta
técnica com zelo e critério de indicação.
Yip e Samaranayake (1998) revisaram a literatura quanto aos processos
de remoção de cárie e constataram que a invenção dos aparelhos rotatórios
não só melhoraram a velocidade de remoção de cárie, mas também a remoção
de estruturas sadias do dente. Por isso, já na década de 1950, havia tentativas
para desenvolver uma técnica menos invasiva, tal como técnicas abrasivas a ar
e ultra-sônicas com o propósito da remoção da cárie. A proposta da abrasão a
ar foi publicada antes da década de 1980, subseqüentemente, com uma melhor
compreensão do processo de cárie, introduziu-se a técnica de enzimas no final
da década de 1980. Outras técnicas, tais como a remoção de cárie quimio-
mecânica e o sistema a laser, também têm sido testadas e pesquisadas
durante as quatro últimas décadas a fim de minimizar a remoção
desnecessária de estruturas sadias de dente. Apesar das técnicas revisadas
terem sucesso, os autores não constataram ainda a substituição do uso de
aparelhos rotatórios por estas, entretanto, quanto a cavitação e conseqüente
remoção de cárie ultra-sônica constataram que a vibração ultra-sônica de alta
freqüência em conjunto com mistura abrasiva tem sido usada para o preparo
de dentes e tratamento restaurador. Este procedimento minimiza ou elimina a
produção de barulho, vibração, calor e pressão. O aparecimento da técnica
produz um efeito no tecido pulpar comparável com os aparelhos rotatórios, e a
aceitação do paciente tem sido favorável. Porém, a técnica ultra-sônica não
tem conquistado aceitação total devido à disponibilidade limitada de insertos,
ação lenta, visibilidade pobre devido à mistura abrasiva e outros problemas de
manutenção. Além disso, cáries e materiais restauradores maleáveis como
ouro não podem ser removido eficientemente com esta técnica. Mais
recentemente, uma modificação da técnica por acoplamento de amplificador
em aparelho sônico, produzindo vibração ultra-sônica, associado a uma ponta
36
coberta com diamantes, sem uso de pastas abrasivas, tem sido testada para o
preparo de cavidades com eficiência. Os autores recomendam esta técnica
para o preparo de cavidades mínimas de lesões proximais em dentes
anteriores e posteriores. O uso desta e de outras técnicas ultra-sônicas no
tratamento restaurador justifica-se, bem como, testes clínicos extensivos
prévios para sua adoção mais ampla.
Haase (1998) estudou um novo sistema acionado sonicamente para
preparos e restaurações de cáries proximais recentementes (SONICSYS,
Ivoclar Vivadent, Amherst, NY). Este sistema, composto de insertos cobertos
por diamantes e insertos de cerâmica pré-fabricados (restauração), promete
capacitar os clínicos a preparar e restaurar cavidades classe II de forma
eficiente e segura. Disponíveis em três tamanhos de insertos, o novo sistema
fornece um método seguro para preparo de lesões classe II com um resultado
melhor que o método convencional. Ele fornece, também, a combinação de
insertos de cerâmica pré-fabricados corresponde a cada tamanho de inserto de
preparo utilizado que devem ser cimentados no preparo cavitário. Este sistema
traz a vantagem de proporcionar contornos cavitários e acabamentos
convenientes, além de um bom ponto de contato para cavidades classe II.
Hugo (1999) relatou e detalhou a respeito de cavidades classe II
confeccionadas com o sistema de abrasão sônica que permite, com insertos
(SONICSYS approx, adaptado ao Sonicflex-Airscaler), preparo e acabamento
de cavidades proximais padrão. A parte da substância dentária eliminada
corresponde ao "negativo" na forma geométrica de cada inserto. Inlays de
cerâmica pré-fabricados, restaurações de ouro ou compósitos da forma
correspondente ao inserto, podem assim ser assentadas à cavidade classe II
em forma de caixa. Com esse sistema é possível prescindir das técnicas que
demandam um grande investimento de tempo e mão-de-obra nas zonas
proximais e assegurar a formação de um conveniente ponto de contato com o
dente vizinho. A aplicação de insertos SONICSYS específicos confere ao
preparo da cavidade uma geometria precisa e uma margem perfeita. A
37
sensibilidade da técnica desse tipo de preparo, em geral delicada, pode ser
reduzida significativamente com esse sistema. Assim, torna possível, expandir
o espectro de utilização do instrumento oscilante e de eliminar os problemas
oriundos de instrumentos rotatórios como, por exemplo, o desgaste iatrogênico
no dente vizinho. Os objetivos desta técnica de preparo, além de preservar o
dente, é chegar à precisão da geometria marginal cavitária, bem como uma
abordagem racional de preparo. Os insertos exigem pouco espaço de trabalho,
já que apenas a superfície ativa é diamantada, além de propiciar preparo e
restauração minimamente invasivas na região proximal.
Zuolo et al. (1999) propuseram em seus estudos comparar os efeitos
das retroinsertos ultra-sônicos lisos e cobertos por diamantes, nas superfícies
externa e interna de preparos de retro-obturação com o auxílio do MEV.
Quarenta e quatro raízes mesiais de molares mandibulares humanos foram
selecionadas. Os canais foram limpos, modelados e obturados usando gutta-
percha e cimento selante. As porções apicais foram planificadas em bisel de
ângulo de 45º expondo canais mesiais e a área de istmo. As raízes foram
então divididas em dois grupos de acordo com o tipo de preparo de retro-
obturação: Grupo A - realizada com retroinsertos lisos e grupo B - realizada
com retroinsertos cobertos por diamante. As amostras foram codificadas e
preparadas para avaliação em MEV. Observações no preparo da superfície
externa mostraram que retroinsertos lisos e cobertos por diamante produziram
cavidades muito bem centradas envolvendo área de canal e de istmo com
desvios mínimos e nenhum defeito de perfuração. Quando a superfície interna
do preparo de retro-obturação ficou evidente que o uso de retroinsertos lisos
resultou em paredes de canal limpas com pequenos debris superficiais de
smear layer. Superfícies do canal interno feitas com retroinsertos cobertos por
diamante apresentaram-se com sulcos irregulares, em contraste com a
superfície mais uniforme, regular e lisa dos retroinsertos lisos.
Banerjee et al. (2000) com este estudo in vitro de dente seccionado
longitudinalmente objetivaram avaliar a eficiência (tempo consumido) e a
38
efetividade (quantidade de dentina removida) nas quatro técnicas de remoção
de dentina cariada (broca laminada, abrasão a ar, abrasão oscilante e gel
Carisolv) comparando com a remoção manual convencional. Oitenta molares
humanos recém extraídos foram designados para quatro grupos experimentais
(n=20), seccionados longitudinalmente através da lesão oclusal e pré-
removidas as cáries para obtenção de fotomicrografia colorida. Usando uma
autoflorescência natural da dentina cariada (detectada usando microscópio
confocal), a remoção da dentina cariada foi avaliada em cada metade da
amostra do dente seccionado, comparando remoção manual com os métodos
testados. O tempo consumido para atingir o assoalho da cavidade dura
detectado por uma sonda dentária foi anotada e após obtidas fotomicrografias
coloridas finais. Destes resultados, os autores concluíram que a remoção por
broca foi rápida, mas com cavidade sobre preparada em relação à marca
autoflorescente, enquanto que a remoção Carisolv foi mais lenta, entretanto,
com remoção de quantidades adequadas de tecido. Os autores concluíram que
a abrasão sônica tende para sub preparos enquanto que a abrasão a ar foi
comparável à remoção manual tanto para o tempo como para a quantidade de
dentina removida. A remoção manual convencional parece oferece melhor
combinação de eficiência e efetividade para remoção de dentina cariada dentro
dos parâmetros usados neste estudo.
Arx e Walker (2000) em revisão de literatura a respeito de cirurgia de
apicectomia referiram que cavidades para este tipo de cirurgia têm sido
tradicionalmente preparadas por meio de brocas de cone invertido ou esféricas
por peça de mão. Desde que as retropontas micro-cirúrgicas acionadas por
ultra-som ou de forma sônica tornaram-se disponíveis cormercialmente no
ínicio dos anos 90, esta nova técnica de preparo retrógrado de canal radicular
tem sido empregada como coadjuvante essencial na cirurgia de apicectomia. A
primeira vista, as vantagens clínicas mais relevantes são a garantia de acesso
em espaços de trabalho limitados e a pequena osteotomia necessária para
acesso cirúrgico devido aos vários designs de ângulos e tamanho pequeno das
retropontas. Entretanto, vários estudos experimentais comparam preparos de
39
apicectomia feitos com pontas micro-cirúrgicas com aquelas feitas com broca.
As retropontas têm demonstrado outras vantagens para esta nova técnica tais
como cavidades mais profundas que seguem o caminho original do canal
radicular de forma mais satisfatória. O preparo da apicectomia mais
centralizado também diminui o risco de perfuração lateral. Um assunto
controverso do preparo de apicectomia sônica ou ultra-sônica é a formação de
rachaduras ou microfraturas, e sua implicação no sucesso de cicatrização. Os
autores concluíram que estudos experimentais in vitro realizados em dentes
humanos extraídos e em dentes humanos de cadáver têm demonstrado
diversas vantagens do preparo sônico ou ultra-sônico de apicectomia
comparado com o preparo à broca convencional. Estas vantagens incluem um
preparo de apicectomia mais profundo, alinhamento no caminho original do
canal radicular, e um reduzido risco de perfuração lingual. Com respeito a
limpeza da cavidade de apicectomia, preparos ultra-sônicos demonstraram
quantias muito pequenas de smear layer comparado ao preparo com broca. O
desenvolvimento de rachaduras e microfraturas seguintes à instrumentação
sônica ou ultra-sônica de apicectomia é ainda controverso. Estudos de
infiltração apical mostraram nenhuma diferença significante estatisticamente
entre as duas técnicas de preparo de apicectomia. Entretanto um estudo de
infiltração coronal demonstrou um selamento significativamente melhor nas
cavidades preparadas com ultra-som comparada com aquelas feitas com
broca. Somente um número limitado de estudos clínicos tem sido publicado na
cirurgia de apicectomia usando retropontas micro-cirúrgicas. Todos estes
estudos relataram taxas de sucesso alta para cicatrização com períodos de
acompanhamento variando de 6 a 14 meses. Nenhum estudo prospectivo
clínico controlado ou estudo experimental in vivo tem sido publicado
comparando a nova técnica microcirúrgica com a técnica convencional.
Vérez-Fraguela et al. (2000) investigaram quanto dano pulpar é
produzido como resultado da aplicação de um aparelho ultra-sônico de 29 kHz
(Suprasson Piezo Classic System, Satelec, Marignac, França) comumente
usado na odontologia veterinária clínica. Usando métodos desenvolvidos em
40
estudos preliminares, foram examinados 6 cachorros. Através de radiografia, a
espessura da dentina e polpa foi medida. O aparelho ultra-sônico foi aplicado
nos dentes pré-molares maxilares e mandibulares por 30, 60 ou 90 s, sem o
uso de água como agente resfriador. A temperatura do canal pulpar do dente
incisivo não tratado, do sulco gengival, e da dentina do dente afetado foram
registrados usando uma sonda com um sensor inserido na dentina a uma
profundidade de 1 mm. Duas semanas seguintes à aplicação ultra-sônica, os
dentes foram extraídos para exame microscópico. Um outro cachorro serviu
como controle, a temperatura da dentina foi aumentada entre 45ºC e 47ºC e o
dente pré-molar foi removido para exame microscópico 15 dias depois. Os
autores concluíram que apenas a aplicação por 90 s do aparelho ultra-sônico
sem refrigeração aumenta a temperatura da dentina, e para este tempo, danos
comparados à pulpite aguda resultam como uma conseqüência do efeito ultra-
sônico, semelhante aos efeitos produzidos pelo aquecimento de 45-47ºC
aplicado no animal controle.
Sheets e Paquette (2002) em seus relatos de caso constataram que os
insertos ultra-sônicos que foram desenvolvidos para microcavidades em áreas
pequenas trouxeram algumas vantagens. Os insertos ultra-sônicos SL (Obtura
Spartan) foram desenhados para atender a este tipo de necessidade associado
a uma unidade ultra-sônica piezoeléctrica (Spartan MTS). Estes insertos ultra-
sônicos não somente oferecem os benefícios do preparo conservador, mas
também, possibilitam ao clínico acessar áreas inacessíveis até então.
Adicionalmente, eles têm níveis de barulho baixo comparado com as peças de
mão convencionais; assegura acabamento delicado ao redor da restauração
evitando, por exemplo, fratura em restaurações de porcelana; e
freqüentemente não exige anestesia local para o preparo cavitário. Além disso,
a visibilidade do preparo é melhor quando comparada ao método convencional.
Estes benefícios são especialmente significantes no tratamento de pacientes
geriátricos e pediátricos. As autoras concluem que os insertos ultra-sônicos SL
fornecem uma nova opção para tratamento de microlesões, além de benefícios
41
relativos à visibilidade, preservação de estrutura dentária, acesso, acabamento,
manuseio e possibilidade de descarte de anestesia.
Wicht et al. (2002) avaliaram a efetividade e os efeitos colaterias de três
sistemas oscilantes e um rotatório convencional de preparos cavitários.
Padronizações de lesões de cárie artificial foram feitas em 48 pré-molares
humanos nas superfícies distal e mesial. Três cirurgiões-dentistas prepararam
8 cavidades utilizando: (1) broca diamantada, (2) Sonicflex 2000 L/N (HS), (3)
um potencializador de aparelhos a ar experimental (HS.EXP), (4) e sistema de
cavitação Piezon (PCS). Uma pequena ponta de preparo hemisférica (Sonicsys
micro) foi utilizada com o multiplicador de freqüência de ar nos grupos 2 e 3. A
perda de substâncias foi determinada por pesagem. Cáries residuais e danos
nos dentes adjacentes foram avaliados por dois investigadores calibrados.
Cada cavidade foi previamente fotografada de forma digital para medida
planimétrica de suas dimensões circunferênciais. A qualidade das margens
cavitárias foi examinada por MEV. Como resultado, obteve-se preparo rotatório
com uma exigência menor de tempo (4 min 53 s) do que as preparos oscilantes
com HS (6 min 45 s) ou PCS (7 min 45 s), (p<0,05). Preparos com HS.EXP (5
min 52 s) não foi diferente do rotatório e HS. Quanto a remoção de cárie, 64%
de todas as cavidades tiveram a cárie completamente removida, 28%
mostraram-se com sobre remoção e 8% mostraram cárie residual. Entretanto a
prova qui-quadrado não mostrou diferença de remoção de cárie entre os
sistemas. Preparos oscilantes com HS e com o potencializador de aparelhos a
ar, associada com haste hemisférica, resultam em menor trauma na superfície
do dente adjacente do que preparos rotatórios e sistema de PCS, (qui-
quadrado p<0,05). HS.EXP causa uma menor perda de substâncias (p<0,05).
Com respeito à extensão circunferencial das cavidades não houve diferença
entre os grupos. Os autores concluíram que sistemas oscilantes com pontas
hemisféricas coberta por diamantes são melhores para preparos proximais no
que diz respeito à eficiência e preservação da estrutura dos dentes. Este
aparelho efetivamente previne danos iatrogênicos e são indispensáveis para o
tratamento restaurador de cárie primária proximal.
42
Yazici et al. (2002) avaliaram através de MEV o efeito de diferentes
formas de remoção de cárie. Foram extraídos 36 dentes molares inferiores
cariados e classificados em seis grupos de acordo com a técnica de remoção
de cárie empregada. Utilizou-se a técnica de remoção de cárie por curetagem
manual, remoção de cárie por broca, remoção de cárie por abrasão de ar,
remoção de cárie por ablação a LASER, remoção de cárie por método quimio-
mecânico e, por último, remoção de cárie por método ultra-sônico. Os
remanescentes dentinários foram analisados por MEV e foram detectadas
aparências diferentes e distintas entre os grupos dos diferentes tratamentos de
cárie. Enquanto os grupos de remoção de cárie por curetagem manual, por
broca e por abrasão a ar apresentaram-se com smear layer residual; o grupo
por remoção ultra-sônica mostrou uma remoção completa do smear layer dos
túbulos dentinários. Já no grupo de remoção por LASER e pelo método quimio-
mecânico apresentaram pouco nítidos os orifícios de túbulos dentinários. Como
conclusão, os autores referiram que os padrões de textura e morfologia
observados pelo MEV revelaram aspectos distintos entre si. E que, somente a
remoção de cárie ultrassônica mostrou a remoção de smear layer dos túbulos
dentinários.
Vieira e Vieira (2002) compararam as pontas diamantadas tradicionais,
que são utilizadas nas peças de mão de alta rotação, com as hastes de
diamante CVD, que são utilizadas em aparelho de ultra-som. A comparação
clínica foi em relação à refrigeração, acesso, ruído, visibilidade, durabilidade e
ainda, foram realizados testes comparativos em 14 dentes naturais, com auxílio
da microscopia ótica e eletrônica de varredura, relacionadas à limpeza e estado
das paredes cavitárias conseguidas através dos dois métodos. Os resultados
referidos pelos autores relatam que essa nova haste de diamante produz
menor trauma, melhor refrigeração da sua ponta ativa e conseqüentemente
menor sensação de dor. Os autores referem que como essa nova haste que é
utilizada com ultra-som, sua extremidade ativa não gira em torno de si como
acontece com as pontas de alta rotação, ela apenas vibra. Isto possibilita a
43
angulação de sua haste, o que permite um acesso facilitado a determinadas
regiões do dente, não havendo necessidade da retirada de estruturas sadias
para acessar a região cariada. O ruído produzido pelo novo sistema (haste +
ultra-som) é bem menor do que o sistema tradicional (ponta diamantada + alta
rotação) o que muito agrada os pacientes. Uma outra vantagem observada foi
que quando se atua ao nível sub-gengival, a haste não agride a gengiva, pois
apenas corta tecido duro. As hastes por serem confeccionadas pela tecnologia
CVD não apresentam desgaste significativo e não sofrem perda por
deslocamento de suas partículas diamantadas. Os autores reportam também
que quando as hastes são utilizadas com ultra-som há menor presença
residual de smear layer e riscos/estrias do que quando são utilizadas as pontas
diamantadas tradicionais com alta rotação. Isso pode ocorrer devido ao
fenômeno da cavitação ultra-sônica em água que resulta em liberação de
energia para limpeza da cavidade. Segundo os autores essa nova tecnologia
será útil aos cirurgiões-dentistas de diversas especialidades tais como:
dentística restauradora, odontopediatria, periodontia e endodontia.
Pioch et al. (2003) avaliaram o efeito do preparo por instrumentos
rotatórios e sônicos na integridade interfacial da parede cavitária e restauração
de resina. Dez dentes decíduos extraídos foram utilizados, em cada um foram
feitos dois preparos de cavidade classe II (mesial e distal), um preparo com
Sonicsys e o outro com broca convencional. As cavidades foram preenchidas
com sistema adesivo, uma camada de resina de baixa viscosidade e uma de
resina condensável. As amostras foram analisadas por microscópio a laser
confocal. No grupo do Sonicsys a média da espessura da camada híbrida foi
0,60 µm; no grupo controle a média foi de 0,63 µm. A diferença não foi
estatisticamente significante. Os autores concluíram que comparado ao
preparo convencional, preparo cavitário com SonicSys não promove efeitos
deletérios na integridade interfacial do preparo.
Conrado et al. (2003) realizaram um trabalho com o objetivo de
comparar as rugosidades das superfícies de esmalte e dentina, quando
44
preparadas com pontas diamantadas para alta rotação e quando preparadas
com hastes diamantadas ultra-sônicas. A partir do desenvolvimento de hastes
e pontas diamantadas por técnica CVD, foi possível dar maior resistência e
durabilidade a elas, sendo assim possível adaptá-las a aparelhos ultra-sônicos,
sendo capaz de promover desgastes e preparo de cavidades em dentes.
Torna-se interessante analisar os resultados obtidos por estas hastes, com
aqueles obtidos com as pontas diamantadas convencionais para alta rotação.
Amostras de dentina e esmalte foram desgastadas com pontas diamantadas
convencionais de granulação grossa, pontas para acabamento, pontas CVD
para alta rotação e hastes CVD ultra-sônicas, sendo todas as amostras
observadas em MEV, para avaliar o grau de rugosidade de suas superfícies.
Observou-se que as amostras preparadas com hastes CVD ultra-sônicas foram
as que produziram menor grau de rugosidade.
Lima (2003) avaliou, in vitro, a efetividade dos corte realizados com as
pontas CVD cilíndrica e esférica ultra-sônicas (pontas CVDentUS
®
), em
esmalte e dentina de dentes permanentes, variando-se o sentido de movimento
(frontal e lateral). Foram utilizados 40 terceiros molares, num total de 80
preparos cavitários confeccionados por meio de um dispositivo padronizador.
Os cortes foram realizados com 30 movimentos consecutivos da ponta sobre a
superfície dentária, correspondendo a 27 s de utilização das pontas
CVDentUS
®
. A profundidade e largura dos preparos cavitários foram
analisadas em MEV e medidas por meio de uma análise cefalométrica
modificada no programa Radiocef 4.0 (Radiocef Memory Ltda). A análise
estatística pelo teste não paramétrico de Kruskal-Wallis ao nível de
significância de 5% mostrou que: as maiores médias de largura e profundidade
foram observadas nos preparos de dentina, sendo a ponta esférica responsável
por cavidades mais profundas e a cilíndrica por cavidades mais largas, não
havendo influência dos sentidos de movimento da ponta. A largura e a
profundidade dos preparos cavitários realizados em dentina foram maiores que
em esmalte, independente do formato da ponta CVDentUS
®
utilizada. Os
sentidos de movimento, frontal e lateral, produziram preparos cavitários
45
semelhantes em largura e profundidade, exceto para os preparos realizados
com a ponta cilíndrica no corte de esmalte. A ponta CVDentUS
®
esférica
produziu preparos cavitários mais profundos, enquanto que a ponta cilíndrica
produziu preparos mais largos.
Conde (2004) relata o resultado na parede dentinária, no que tange à
remoção de smear layer e textura (rugosidade), da atuação de duas formas de
cavitação dentária: a forma com a haste ultra-sônica associada a um ultra-som
de 38.000 Hz e a forma com a ponta diamantada de alta rotação associada à
turbina de alta rotação. Foram feitas quatro cavidades em cada dente, 10
dentes naturais terceiros molares inferiores: na cavidade I foi utilizada a haste
ultra-sônica com corte traseiro sem ataque ácido; na cavidade II foi utilizada a
haste ultra-sônica com corte lateral sem ataque ácido; na cavidade III foi
utilizada ponta diamantada de alta rotação sem ataque ácido; na cavidade IV
foi utilizada ponta diamantada de alta rotação com ataque ácido de 15 s. Os
resultados obtidos por MEV mostraram que: a haste ultra-sônica associada à
ultra-som promove a limpeza dos túbulos dentinários (não em sua totalidade), e
pode ser utilizada como coadjuvante ou instrumento principal no preparo
cavitário do dente; o movimento ultra-sônico faz com que a parte lateral da
haste ultrassônica - em relação ao posicionamento de utilização e
funcionamento da haste – promova um efeito de alisamento. Ao passo que a
parte traseira da haste ultra-sônica – em relação ao posicionamento de
utilização e funcionamento da haste - promove um aspecto de parede
dentinária irregular; esta irregularidade sugere uma maior superfície de contato
para a técnica adesiva restauradora; as cavidades confeccionadas com pontas
diamantadas de alta rotação com ataque ácido por 15 s ainda apresentam
pequenos resquícios de smear layer na sua porção pouco abaixo do limite raso
do túbulo dentinário; em contra partida, a quantidade de túbulos desobstruídos
das cavidades confeccionadas de forma ultra-sônica poderá sugerir em
estudos futuros a prescindibilidade do condicionamento ácido na técnica das
restaurações adesivas.
46
No relato de Antonio et al. (2005) refere uma abordagem alternativa para
remoção de cárie em uma criança usando aparelho ultra-sônico e discutem as
vantagens e desvantagens desta técnica. Estudo do caso: Uma criança do
sexo masculino de 2 anos foi trazida pela sua mãe para uma clínica dental
pediátrica privada no Rio de Janeiro, Brasil. A principal queixa da mãe era a
presença de cárie dental no dente anterior de seu filho. Exames clínicos
intraorais revelaram que o paciente tinha duas lesões de cárie no incisivo
maxilar central na superfície mesial. O preparo cavitário foi realizado usando
aparelho ultra-sônico e restauração com resina fotopolimerizável. Um ano e
meio depois do procedimento restaurador o paciente apresentou-se com a
restauração do dente em perfeitas condições. Os autores citaram como
vantagens: menor probabilidade de dano iatrogênico nos preparos proximais,
preparo cavitário mínimo, possibilidade de proceder sem anestesia
provavelmente pela percepção da dor do paciente ser reduzida, devido a
técnica eliminar a vibração, calor, pressão e diminuir a produção de barulho.
Como desvantagens citam: lentidão de ação e disponibilidade limitada de
instrumentos. Considerando a duração limitada de 30 min de todo
procedimento e a sua aceitação pela criança, esta técnica pode também ser
recomendada como potencialmente vantajosa para tratamento restaurador em
pacientes crianças.
Zasewitz et al. (2005)
a
, a fim de estimar as proporções do trauma
térmico na remoção de cárie com pontas oscilantes, realizaram medições de
temperatura em cavidades padrão in vitro com pontas esféricas oscilantes de
diamante (Cariex D, KaVo) e com uma nova ponta com lâminas de metal duro
(Cariex TC, KaVo). Investigaram a propagação da temperatura para ambos os
instrumentos nas condições: sem spray; com spray irrigado por diferentes
quantidades de água (7,3 ml de água/min e 25 ml de água/min); bem como,
com a utilização do gel Plakout (Kerr/HaWe) como meio resfriador com 2 ml
sem renovação e 2 ml renováveis. Para tanto, utilizaram 54 molares hígidos.
Imediatamente após a extração, foram armazenados em uma solução de 0,1%
de cloramina T em temperatura ambiente. O tempo de armazenagem até o
47
preparo cavitário foi de menos de seis meses. As cavidades foram feitas com o
conjunto "Cariex D" (KaVo, Biberach) de pontas oscilantes esféricas
diamantadas nos diâmetros 0,8 mm e 1,2 mm para aparelho Sonicflex (KaVo,
Biberach). A granulometria média do revestimento de diamante era de 40 μm.
Além disso, foram pesquisadas pontas oscilantes esféricas específicas com fio
de metal duro do conjunto "Cariex TC" (KaVo, Biberach) nos diâmetros 1,0 mm
e 1,4 mm. Os dentes foram fixados pelas raízes em bases de alumínio com
resina autopolimerizável (Ivoclar SR Ivolen). Logo após os dentes foram polidos
de modo a resultar numa superfície plana e paralela na sua superfície
vestibular com um comprimento mesio-distal mínimo de 5 mm na dentina. Além
disso, fizeram três perfurações na face oposta à planificação de teste, que
ficavam num ângulo de 90º desta superfície, e terminavam numa distância de 1
mm da planificação apresentando distâncias de 1 mm entre si e tamanho de 1
mm de diâmetro. Depois foram colocados nas perfurações sensores de
temperatura Ni-Cr-Ni (tipo TKI 05/10/DIN, THERMOCOAX , Suresnes, França)
para medir o calor residual nas perfurações resultante da cavitação. Além dos
valores de temperatura registrados no dente foram também registradas
informações sobre a temperatura ambiente e da água do spray. Ambas as
pontas foram operadas em um instrumento Sonicflex com uma pressão de 2
bar na freqüência de trabalho do Sonicflex de 6 kHz. Para cada tipo de preparo
cavitário foram determinados os valores médios das séries de ensaio (n=6). Os
resultados foram comparados entre si através do teste Tukey e os parâmetros
de ensaio desiguais foram investigados quanto a diferenças através do Teste T
ambos com nível de significância de 5%. Os autores concluíram que em ambas
as pontas, os valores das temperaturas sem resfriamento de água, a elevação
na dentina fica acima de 3,5ºC, significativamente superior àquelas com
resfriamento a água. Um aumento da quantidade de água no spray de 7,3
ml/min para 25 ml/min não melhora o efeito do resfriamento. Entre os dois
processos irrigados não existe diferenças significativa. A aplicação de Cariex
TC em combinação com o gel Plakout, tanto com 2 ml como em 2 ml
renováveis, apresenta valores próximos àqueles de refrigeração de água.
Apesar de uma pequena quantidade de água já ser suficiente para a remoção
48
de dentina próxima à polpa, não se recomenda remoção prolongada. Por outro
lado, a utilização de substâncias com alta viscosidade à base de água parece
aceitável, desde que em tempo limitado das remoções cariosas.
Zasewitz et al. (2005)
b
observaram o efeito das diferentes técnicas de
remoção de cárie na topografia da dentina humana. Trinta e seis amostras de
dentina de molares humanos cariados divididas ao meio foram tratadas com
seis diferentes técnicas de remoção de cárie (Broca laminada – Powerdrive
com Carisolv – Carisolv – Caridex D – Caridex TC – Carisolv com Caridex TC),
replicadas e então examinadas usando MEV. As superfícies foram observadas
antes e depois da remoção do smear layer num aumento de 200 e 1000x. No
aumento de 200 as amostras de sono-abrasão mostraram a topografia da
dentina mais ondulada do que as amostras tratadas com as outras técnicas.
Usando tanto Carisolv como instrumentos de mão para remoção de cárie
resultaram, num aumento de 200x e 1000x, em aspectos ásperos da dentina,
bem como um aspecto de textura lascada e fissurada numa intensidade maior
comparado com outras técnicas de remoção. Microrachaduras foram
observadas em amostras de todos os métodos de escavação, mas mais
freqüentemente quando tratado com Carisolv e instrumentos de mão. O
processo de remoção por broca laminada resultou numa topografia de dentina
marcada por textura de superfície lisa. O tipo de textura que ocorre decorrente
de cada tipo de remoção cariosa pode indicar se a dentina foi cortada ou
fraturada.
Macedo et al. (2006) propuseram que a cirurgia de levantamento de seio
maxilar pode ser realizada em pacientes com inadequado suporte ósseo para
realização de implantes, reestabelecendo espessura óssea e possibilitando o
sucesso clínico da técnica de implante e reconstrução protética. Uma das
complicações cirúrgicas desse procedimento é a perfuração da membrana de
Shneiderian. Nesse sentido, este artigo demonstra uma nova técnica para
realização de um procedimento mais seguro para a osteotomia da tábua óssea
vestibular. A utilização de pontas diamantadas com tecnologia CVD
49
(CVDentUS
®
), acopladas ao ultra-som possibilitou a realização, no caso clínico
apresentado, de uma técnica mais rápida de osteotomia da tábua óssea para
acesso à câmara sinusal, com menor possibilidade de romper a membrana de
Shneiderian, menor traumatismo e menor produção de calor, trazendo melhor
reparação tecidual.
3.2 Diamantes
May (1995) em seu trabalho referiu o diamante como o mineral mais
duro que existe na natureza devido a forte ligação química entre os átomos de
carbono que formam uma estrutura rígida e regular (tetraédrica). Além disso,
possui o mais baixo coeficiente de expansão térmica, é quimicamente inerte e
resistente ao desgaste, tem alta condutibilidade térmica, possui compatibilidade
biológica, é um isolante elétrico e oticamente transparente aos raios ultravioleta
e infravermelho. O pesquisador referiu também que, o processo de obtenção
artificial por deposição de vapor químico (CVD) envolve uma reação química de
fase gasosa que ocorre sobre uma superfície sólida (substrato) causando
crescimento de diamante sobre esta superfície. Os gases envolvidos no
processo (metano e hidrogênio) são misturados antes de serem difundidos em
direção à superfície do substrato. Em seguida, eles passam por uma região de
ativação que gera energia para os componentes gasosos. Esta ativação que
pode ser por plasma gerado por microondas (MWCVD), por filamento quente
(HFCVD), por chama de acetileno e oxigênio (ATCVD) ou por jato de plasma
(AJCVD), causa fragmentação das moléculas em radicais e átomos reativos,
surgindo íons e elétrons ocorrendo aquecimento dos gases. Simultaneamente
a esta ativação, os fragmentos continuam a se misturar passando por reações
químicas complexas até atingirem a superfície do substrato. Neste momento,
as moléculas podem tanto absorver e reagir com o substrato, como voltar a
fase gasosa ou difundir-se em volta da superfície do mesmo substrato até que
uma reação apropriada ocorra. Assim, diante destas condições favoráveis
ocorre a formação do diamante artificial. O substrato de escolha, segundo o
pesquisador, para a confecção de pontas diamantadas por meio desta
50
tecnologia (CVD) deve ter um ponto de fusão maior do que a temperatura
requerida para o crescimento do diamante (normalmente maior que 800°C),
além disso, deve ter coeficiente de expansão térmica compatível ao do
diamante. O autor refere ainda que, visando formar filmes aderentes em
substratos não diamantados, deve-se optar por um material capaz de formar
uma camada inicial de carboneto que irá representar o “agente de união” para
promover o crescimento do diamante, aliviando o estresse na interface
diamante/substrato.
May (2000) relata que muitos estudos objetivaram a busca para
obtenção do diamante artificial ou sintetizado. Em seu trabalho ele refere que o
conhecimento das condições na qual o diamante natural é formado sugeriu que
ele poderia ser obtido pelo alto aquecimento do carbono sob forte pressão,
surgindo por volta de 1954, processo conhecido como alta pressão, alta
temperatura (HPHT). Este processo permitiu a obtenção de diamantes
artificiais na forma de pequenos cristais de tamanhos variando de nanômetros
a milímetros, no entanto, estes tinham que ser agregados a outro material
através de adesivo, resina ou matriz metálica, limitando o aproveitamento de
todas as propriedades inerentes ao diamante. Ainda na década de 50, relata o
autor, publicou-se o primeiro indício de obtenção do diamante a partir da forma
gasosa de alguns compostos orgânicos, isto é, via deposição por vapor
químico (CVD), mas devido à completa falta de compreensão dos mecanismos
envolvidos e a pequena taxa de crescimento do diamante CVD, o processo de
HPHT prosperou com muito mais eficácia, e foi até o início desta década,
responsável pela maioria dos diamantes industriais utilizados no mundo. O
autor relata, também, que o sucesso com as técnicas CVD veio somente no
final da década de 70 devido à intensa atividade da escola russa, que
descobriu que o átomo de hidrogênio poderia funcionar como um elemento
ativador no processo de obtenção artificial do diamante e, a partir da década de
80, vários grupos de pesquisa se proliferaram em todo o mundo, merecendo
maior destaque a escola japonesa. Atualmente, é sabido que o átomo de
hidrogênio é o componente mais crítico durante a fase de mistura gasosa, já
51
que ele guia todo o processo químico. Durante o crescimento, a superfície de
diamante fica saturada com hidrogênio. Esta cobertura limita o número de sítios
onde as espécies de hidrocarbonetos (CH
3
) possam ser absorvidas, além de
bloquearem os sítios onde possam ser aderidos. Um átomo de hidrogênio liga-
se a um outro hidrogênio da superfície para formar H
2
, deixando um sítio
reativo na superfície. O mais fácil seria ocorrer outra ligação com o íon H livre,
mas ocasionalmente um radical gasoso CH
3
pode colidir e reagir com a
superfície. Este processo pode se repetir em um sítio adjacente e um outro
radical H, originado de qualquer outro grupo, pode ligar-se próximo aos grupos
carbônicos completando a estrutura do anel. Assim, o crescimento do
diamante, segundo o autor, pode ser considerado um processo de deposição
de átomos de carbono numa superfície de diamante devido à presença
excessiva de átomos de H. Apesar desta visão simplificada, o mecanismo
exato dependerá da fase química gasosa, do tipo de reator utilizado e do
substrato.
O periódico Pesquisa FAPESP (2000) publicou que as pontas abrasivas
odontológicas de diamante CVD, no Brasil, foram desenvolvidas no Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e são fabricadas pela Clorovale
Diamantes (São José dos Campos), primeira empresa da América Latina a
produzir diamantes sintéticos puros, sem a adição de metais. A tecnologia CVD
é alvo de estudos no INPE desde 1991 e na Universidade São Francisco (USF)
desde 1996. Além destas instituições, no Brasil existem outros grupos de
estudo em diamantes artificiais: na Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP); no Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP); na
Universidade Estadual Paulista (UNESP) e na Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS). A Clorovale cita que esta tecnologia de obtenção de
diamante aplica-se, para seus produtos: à broca odontológica giratória e à
haste ultra-sônica, esta última com a vantagem de evitar a anestesia em 80%
dos casos em que é utilizada. Esta tecnologia permite utilizar o gás hidrogênio
(um subproduto da fabricação do hipoclorito de sódio – água sanitária,
produzida pela empresa desde a sua fundação em 1991) como matéria-prima
52
do processo de produção do diamante. Com este novo projeto, o hidrogênio
deixa de ser, simplesmente jogado no ar para tornar-se um componente
essencial à produção de diamante artificial, transformando-o num produto
disponível para o mercado a custos mais baixos.
Trava-Airoldi et al. (2002) em seus estudos foi referido que muito se tem
pesquisado para obter uma superfície de molibdênio puro para aderência e
crescimento do diamante de tecnologia CVD por isto, os autores propuseram
uma interface adequada através de íons e energia de impacto sobre a
superfície do substrato por uma janela de temperatura durante o período de
trabalho. Esta interface adequada também seria dotada por difusão de carbono
durante o crescimento do diamante. Ainda como característica de interface
adequada, teríamos uma densidade de ligações químicas entre átomos desde
a interface do carbono pelo princípio da nucleação do diamante. Com estas
características, películas de diamantes de poucos μm até mm têm sido obtidas
com ótima aderência na superfície de molibdênio. Caracterizações químicas e
pequenos ângulos de difração de RX sob a interface antes do crescimento do
diamante e depois da nucleação do mesmo revelam diferentes compostos que
contribuem para as ligações químicas.
3.3 Ultra-som
O periódico Zahntechnik (1973) publicou que o efeito de limpeza do
ultra-som em um líquido encontra-se primeiramente no fato de que as
impurezas são removidas por uma sobrepressão de até 1000 atmosferas
decorrente da implosão das bolhas de cavitação. Muitas vezes pode as
impurezas que se encontram sobre as superfícies a serem limpas estarem
aderidas de tal maneira que o simples efeito descolante do ultra-som não seja
suficiente. Nestes casos, uma limpeza perfeita só pode ocorrer se esses locais
forem limpos através de um processo químico de dissolução. Esse trabalho de
limpeza deve ser deixado a cargo da solução de limpeza cuja composição
química se adapta a cada uma das finalidades de limpeza. Não pode, e nunca
53
poderá existir, uma "solução de limpeza universal", já que a estrutura química
das impurezas é muitas vezes intrinsecamente diferente. Por exemplo: óleos
minerais, gorduras ou ceras dentais não são saponificáveis e, por isso, só
podem ser dissolvidos em soluções orgânicas. Tártaro e resinas, por outro
lado, se diluem apenas em soluções inorgânicas aquosas. Por este motivo que
para cada superfície a ser limpa e considerando o tipo de impureza a ser
removida teremos tipos de soluções limpadoras diferentes a serem
empregadas.
Siqueira Júnior (1997) referiu que dois fenômenos poderiam estar
envolvidos na limpeza dentinária com aparelhos ultra-sônicos: cavitação e
acoustic stream. Quando um objeto em vibração ultra-sônica é imerso em um
fluido induz, neste, oscilações que causam aumento (compressão) e
decréscimo (rarefação) na pressão hidrostática. Durante a fase de rarefação,
sob certa amplitude e pressão, o líquido pode sofrer estresse acústico e formar
bolhas de cavitação. Durante a próxima fase de compressão, as cavidades
formadas implodem, produzindo maiores temperaturas e pressões, as quais
resultarão em ondas de impacto contra as paredes da dentina, promovendo
limpeza. Para que a cavitação ocorra dentro de uma cavidade repleta de
líquido é necessário que o instrumento vibre com uma amplitude de
deslocamento de 135 µm. O acoustic stream pode ser definido como um
turbilhonamento de líquido, com circulação unidirecional, ao redor do
instrumento em vibração. Este fenômeno pode ocorrer na parede dentinária,
desde que o instrumento não esteja travado na própria parede de dentina.
Glickman (1999) referiu que dispositivos ultra-sônicos geram energia
vibratória que excede 20000 Hz, significativamente acima do nível audível. As
ondas acústicas (movimentação rápida de fluidos ao redor de um objeto em
vibração) são transferidas da extremidade do aparelho por uma movimentação
oscilatória ou sinusoidal. Os sistemas ultra-sônicos utilizam dois tipos de
transdutores, magnetorrestritivo e piezoelétrico. O primeiro a ser desenvolvido
foi o magnetorrestritivo (tiras de metal circundado por uma mola), que se
54
expande e se contrai quando um potencial elétrico é aplicado. A segunda
geração de ultra-som é mais poderosa, utilizando transdutores piezoelétricos
de um material piezocerâmico polarizado para produzir uma corrente na
aplicação de um potencial elétrico. Este sistema permite uma maior
versatilidade na função e pode ser utilizado para promover cavidades em
ápices radiculares.
Spångberg (2000) referiu que as unidades ultra-sônica piezoelétricas
produzem em sua extremidade ondas senoidais vibratórias com freqüência em
torno de 30 kHz. Existem 2 tipos diferentes de dispositivos: O aparelho ultra-
sônico (acima de 20 kHz [magnetoelétrico e piezoelétrico]) e o aparelho sônico
de 2 a 3 kHz. Embora similares na função, o modelo piezoelétrico apresenta
vantagens em relação aos sistemas magnetoelétricos. Pouco calor é produzido
e, portanto, não é necessária a refrigeração para a peça de mão elétrica. Além
disso, o transdutor piezoelétrico transfere mais energia para a sua ponta do
que o sistema magnetoelétrico, tornando-o mais potente. O sistema
magnetoelétrico gera uma grande quantidade de calor, necessitando de um
sistema especial de refrigeração, além do sistema de irrigação para a
extremidade da ponta. Um instrumento endodôntico acoplado a uma
extremidade de um ultra-som vibra em um padrão de ondas senoidais. Durante
a produção de uma onda, existem áreas com deslocamento máximo
(antinodos) e áreas sem deslocamento (nodos). A ponta do instrumento
apresenta antinodo. Se a potência é muito alta, o instrumento pode fraturar
devido à vibração intensa e geralmente ocorre nos nodos das vibrações. Os
aparelhos ultra-sônicos apresentam um eficiente sistema de irrigação quando
em funcionamento na sua extremidade. Durante a vibração ultra-sônica livre
em um líquido são observados dois efeitos físicos significativos: cavitação e
corrente acústica. Durante a vibração em um líquido ocorre uma pressão
positiva que é seguida por uma pressão negativa no líquido. Se a resistência à
tensão do líquido for excedida durante a oscilação dos gradientes de pressão,
uma cavidade é formada no líquido na fase negativa. No momento da fase de
pressão positiva, a cavidade implode com grande força. Isso é a cavitação. A
55
potência (amplitude) das unidades ultra-sônicas odontológicas é muito baixa,
usadas em condições clínicas normais, para criar efeitos de desgaste mecânico
significativo sobre as paredes dentinárias. A corrente acústica cria pequenos
movimentos circulares intensos no líquido em volta dos instrumentos
(redemoinho ou turbilhão). O redemoinho ocorre mais próximo da ponta do
instrumento do que da sua porção coronária, com um fluxo direcionado
apicalmente para a extremidade. A corrente acústica realça o efeito de limpeza
da solução irrigadora no espaço de funcionamento devido ao potencial das
forças hidrodinâmicas. O aumento da amplitude em instrumentos de diâmetro
menores melhora a corrente acústica. Isso tem demonstrado ser de grande
valor de limpeza, fazendo com que as soluções penetrem em pequenos
espaços. A corrente acústica tem pouco efeito antibacteriano direto. Tanto a
cavitação quanto a corrente acústica dependem da vibração livre do
instrumento. A limpeza dependente destes dois fenômenos promovidos pela
vibração é interrompido pelo contato do instrumento com a parede dentinária. A
medida que o contato do instrumento com as paredes dentinárias aumenta, a
vibração é amortecida e se torna muito fraca para produzir a corrente acústica.
Se usados sem o devido cuidado, tanto os instrumentos sônicos quanto os
ultra-sônicos tem a tendência de transportar o canal, ou seja, desgastar dentina
ampliando os limites do canal.
Berbert (2005) relatou que o ultra-som na odontologia, sua ampla gama
de aplicabilidade, aumenta ainda mais nos dias de hoje, com seu crescente
emprego em preparos cavitários, principalmente na odontopediatria devido a
sua atividade silenciosa e praticamente indolor. Sua utilização como acelerador
de movimentações ortodônticas também já é fato. E, na endodontia nota-se
seu uso por aproximadamente 5 décadas na fase de preparo biomecânico dos
canais. O ultra-som, na endodontia, foi empregado pela primeira vez em 1957,
pela utilização do equipamento Cavitron (o mesmo aparelho utilizado na
periodontia) através da adaptação de limas endodônticas. Quase vinte anos
depois, em 1976, esse mesmo equipamento com a combinação de um
reservatório para solução irrigadora foi designado de sistema endo-sônico
56
Cavi-Endo e reintroduzido na endodontia para dar um novo impulso ao ultra-
som no tratamento de canais radiculares. Ultra-som é o nome atribuído às
ondas acústicas de freqüência maior do que aquelas perceptíveis pelo ouvido
humano. Existem 2 métodos básicos para produção de ultra-som: A) Por
magnetoestrição (convencional), que é o fenômeno pelo qual a energia
magnética é convertida em energia mecânica (vibrações). O gerador ultra-
sônico típico emprega uma placa de metal, como por exemplo, o níquel, que
atua como transdutor ou vibrador. Essa placa de metal, quando submetida à
um campo magnético, alternado e estável, resulta em vibrações mecânicas que
são transmitidas ao instrumento acoplado à peça de mão, onde se situa o
gerador ultra-sônico. Os aparelhos que utilizam esse método transformam a
corrente elétrica alternada, de 50/60 Hz, numa corrente de 25 ciclos que é
convertida pelo transdutor de níquel em vibrações mecânicas de até 25000
ciclos por s. Essas vibrações, microscópicas, portanto invisíveis ao olho nu, são
transmitidas ao instrumento através da ponta do aparelho. Uma das
desvantagens desse método de produção de ultra-som, por magnetoestrição, é
que ele gera uma grande quantidade de calor. Assim sendo, os aparelhos que
utilizam esse método necessitam de 2 sistemas de tubulações. Um deles,
utilizado para resfriar a fonte de emissão de ultra-som, e uma outra tubulação
usada para conduzir a solução irrigadora ao local de ação do instrumento. B)
Por efeito piezelétrico, que é chamado assim pela forma de converção da
energia elétrica em energia mecânica. Alguns cristais apresentam a
propriedade de serem percorridos por uma corrente elétrica quando
comprimidos, sob pressão, ou quando se exerce uma tração sobre os mesmos.
Dos cristais que apresentam essa propriedade, o quartzo é o mais empregado.
Essa importante propriedade de produção de cargas elétricas negativas e
positivas sobre a superfície de cristais de quartzo sob pressão é reversível, isto
é, caso se aplique nas duas faces opostas do cristal, placas metálicas
eletrizadas e com certa diferença de potencial, a lâmina de quartzo se contrai
ou se expande, de acordo com o sentido do campo elétrico criado. Ao
estabelecer-se uma diferença de potencial alternada entre duas faces paralelas
e oposta de um cristal de quartzo, convenientemente preparado, haverá uma
57
série de contrações e expansões dessas faces que se afastarão e se
aproximarão como resultado das oscilações com que ficarão animadas. Esses
movimentos produzirão um som. Regulando-se, convenientemente, a vibração
das lâminas, pelo emprego de potenciais alternados, pode-se obter a produção
de ultra-som, pois a passagem de corrente elétrica sobre lâminas de quartzo,
situadas entre placas de metal, criará vibrações cujas freqüências atingirão a
faixa de 50000 ciclos por s e com cerca de 3 cm de comprimento. O maior ou
menor número de vibrações depende dos seguintes fatores: freqüência elétrica
utilizada, qualidade do cristal empregado, espessura do cristal e tipo de cristal
utilizado. No entanto, a grande maioria dos aparelhos piezelétricos atualmente
passou a empregar, ao invés de cristais de quartzo, discos de cerâmica PZT,
uma cerâmica especial, super compacta que, após seu preparo e polarização,
oferece melhor efeito como gerador piezelétrico. Quanto aos fenômenos ultra-
sônicos de interesse odontológico, o autor relata que, quando um líquido
qualquer é submetido a uma elevada variação local de pressão pela ativação
ultra-sônica, a tensão superficial desse líquido pode ser rompida,
determinando, como resultado, a formação de milhares de cavidades
transitórias na sua superfície, daí o termo também usado de “cavitação”. Como
as cavidades na superfície do líquido são transitórias, a implosão, a ruptura ou
quebra das paredes das microborbulhas podem atingir velocidades super-
sônicas, determinando, assim, fortes ondas de impacto. A ação solvente resulta
desse impacto de ondas. No caso da endodontia, a cavitação é produzida
pelas limas do sistema ultra-sônico sobre o líquido irrigante. Contudo, a
cavitação com aparelhos ultra-sônicos comuns parece não se confirmar pela
baixa variação da amplitude das limas. No entanto, para o sistema piezelétrico,
foi observado que a cavitação podia ser rapidamente produzida, variando de
acordo com o diâmetro das limas e o deslocamento de amplitude. São 7
fenômenos associados com a cavitação ultra-sônica. Primeiro, ondas de
impacto; o colapso das paredes das cavidades transitórias pode alcançar
velocidades super-sônicas e produzir fortes ondas de impacto. Os efeitos
desagregadores relacionados ao ultra-som são atribuídos a ação solvente
dessas ondas de impacto. Cálculos mostram que pressões de dezenas de
58
milhares de atmosferas poderiam se desenvolver próximo a uma cavidade em
implosão. Segundo, elevação de temperatura; foi estimado que a implosão das
cavidades transitórias podem gerar temperaturas que, em determinados
líquidos, pode chegar a 2000°K. A temperatura de soluções irradiadas com
ondas ultra-sônicas, sob condições de cavitação transitória, aumenta
rapidamente (no entanto, clinicamente o que se observa é que sob irrigação
contínua durante o emprego do ultra-som no canal radicular, não há aumento
da temperatura, mas sim uma tendência de queda da mesma na porção
coronária do canal e pouca alteração no seu nível apical). Terceiro, efeitos
químicos; a cavitação transitória ultra-sônica compreende os efeitos químicos
de oxidação, redução, degradação e síntese de compostos orgânicos e
inorgânicos. Muitos dos efeitos químicos não foram ainda perfeitamente
quantificados, com exceção da degradação de macromoléculas. O efeito mais
comum do ultra-som sobre soluções de macromoléculas é a sua mudança para
o estado viscoso, como resultado de degradação. Os efeitos químicos podem
ser consideravelmente anulados na presença de substâncias com peso
molecular maior do que a água. Quarto, emulsificação; pela ação do ultra-som,
obtêm-se emulsões a partir de mistura de líquidos não miscíveis, mesmo na
ausência de substâncias tensoativas. Quinto, micro-corrente acústica; a micro-
corrente acústica é, provavelmente, o maior benefício oferecido pelo emprego
do sistema ultra-sônico e pode ser definida como a produção de uma
circulação de fluidos em torno de um objeto submetido à vibrações. A micro-
corrente acústica é considerada como um efeito secundário de um campo
acústico e oferece uma característica padrão de turbilhonamento externo e
interno do fluxo da água que corre ao longo de toda a extensão do objeto sob
vibração. Os efeitos da micro-corrente acústica são a degradação de bactérias,
ruptura de hemoglobinas, inativação de enzimas e ruptura do ácido
desoxiribonucleico (DNA). Ótimos efeitos da micro-corrente acústica são
obtidos, quando a lima endo-sônica oscila livremente no interior do canal
radicular. Portanto, é muito importante o emprego de instrumentos de diâmetro
menores do que a luz dos espaços a serem trabalhados para a obtenção
desses efeitos. Sexto, desgaste das paredes dentinárias; não existem dúvidas
59
quanto a ação do ultra-som no desgaste das paredes dentinárias, isto se
verifica pelo alargamento que ocorre na luz dos canais preparados por ultra-
som e, também, por alguns possíveis degraus ou, até mesmo, transporte de
forame decorrente, para estes dois últimos, de algum erro no preparo
ultrassônico. A eficiência do desgaste dentinário não depende da força
atribuida ao instrumento sobre as paredes de dentina. Assim sendo, a peça de
mão deve ser manipulada delicadamente de forma a atribuir a lima endodôntica
movimento circunferencial completo. Após o desgaste dentinário pela ação das
limas ativadas por ultra-som, as paredes do canal radicular não ficam lisas,
mas sim, apresentam estrias que correspondem às espirais do instrumento.
Sétimo, irrigação/sucção/inundação; para a limpeza radicular, não é tão
importante a natureza química do soluto irrigador, mas sim, a quantidade e o
volume da solução irrigadora empregada. Considerando que as soluções de
hipoclorito de sódio têm uma ação corrosiva sobre os metais constituintes do
aparelho, prejudicando a sua longevidade, recomenda-se a água deionizada
que, através dos fenômenos associados à ativação ultra-sônica, já deixará o
sistema de canais radiculares preparado.
Saunders e Saunders (2006) referiram que a energia ultra-sônica usada
na endodontia gera uma forma de onda senoidal através da lima com áreas de
deslocamento máximo (antinodo) e deslocamento mínimo (nodo). A ponta do
instrumento endodôntico constitui-se no antinodo da onda senoidal e
dependendo da potência, produz uma amplitude de 2 mm a uma freqüência de
30 kHz. A energia ultra-sônica, juntamente com os fluidos utilizados na
endodontia pode gerar 2 fenômenos: micro-corrente acústica e cavitação. A
micro-corrente acústica ocorre mais freqüentemente e resulta em contra-
corrente em torno da lima, desenvolvendo tensões cisalhantes hidrodinâmicas
que limpam a parede dentinária. A cavitação ocorre como resultado da
alteração de pressão dentro do líquido. Uma cavidade pode resultar dentro do
líquido e em seguida a alteração de pressão resulta em implosão que pode
ocorrer de forma suficiente para limpar a superfície. Infelizmente, a forma do
canal impede a geração constante destes efeitos físicos. No entanto, a
60
atividade do instrumento aquece a solução irrigante melhorando os efeitos de
limpeza. Além disso, instrumentos finos em contato mínimo com as paredes
dentinárias, no interior do canal, oferecem melhores condições para o uso da
energia ultra-sônica. Para os autores, a técnica ultra-sônica é utilizada em
remoção de tecido dentário coronário quando da localização de canais
radiculares; auxiliar na remoção de instrumentos fraturados e retropreparo para
cirurgias endodônticas.
Segundo Mesquita et al. (2006)
a
as aplicações do ultra-som de baixa
freqüência (20 – 40 kHz.) produzem alterações no meio pelo qual a onda se
propaga. Podem-se citar como exemplos de sua aplicação em odontologia, o
efeito de cavitação da água, a ruptura de células biológicas, a atomização de
líquidos e a homogeneização. Para compreender a ação do ultra-som em
odontologia, no entanto, é necessário ter algum entendimento de suas
propriedades físicas, juntamente com os possíveis efeitos biológicos sobre os
tecidos. As ondas ultra-sônicas são essencialmente propagações mecânicas
de energia através de um meio apropriado. As ondas ocorrem quando as
partículas do meio são energizadas, causando a vibração e a transferência de
energia para partículas adjacentes; essa energia é então transmitida na forma
de onda. Para uso clínico, o ultra-som é gerado por transdutores que
convertem energia elétrica em ondas ultra-sônicas. Isso geralmente é
conseguido por magnetoeletricidade ou piezoeletricidade. Podemos citar os
seguintes efeitos de interesse biológico: 1) Efeito térmico. Como uma onda de
ultra-som passa através de tecidos, a sua energia é reduzida e dissipada como
calor, causando uma elevação na temperatura dos mesmos. O efeito disso, nos
tecidos, depende da elevação da temperatura, o tempo pelo qual se mantem e
a sensibilidade térmica deles. Na maioria dos tecidos a reação fisiológica
normal será uma alteração do fluxo sanguíneo na região devido ao
relaxamento reflexivo das arteríolas. O aumento do fluxo sanguíneo na área
tenderá a controlar os efeitos do calor, limitando o aumento da temperatura
para menos de 1°C, resultando somente em um ínfimo aumento na taxa
metabólica local; 2) Efeito mecânico-vibratório. Existe uma diferença
significativa entre o movimento oscilatório provocado pelo sistema
61
magnetoelétrico e o sistema piezoelétrico. A amplitude do movimento do
sistema magnetoelétrico obedece a um desenho helicoidal, e o movimento do
sistema piezoelétrico, a um desenho retilíneo de vaivém. Ambos os
movimentos oferecem aos insertos um potencial de desgaste e penetração
bastante efetivo, causando alterações morfológicas; 3) Efeito químico.
Mudanças no pH de alguns líquidos puderam ser observadas em estudos feitos
quando o ultra-som era acionado. O mais interessante a observar nesses
estudos é que, quando o inserto era trocado por outro de calibre maior, o pH
desses líquidos diminuía ainda mais; 4) Efeito reflexivo. Essa propriedade que
o ultra-som tem de liberar energia, quando acionado, em forma de ondas, que
ao se chocarem com um anteparo tendem a retornar ao seu ponto de origem,
provavelmente seja um dos efeitos mais interessantes para explicar a abertura
e conseqüente limpeza dos túbulos dentinários quando empregado em
condutos radiculares. Esse efeito é de fundamental importância quando
queremos otimizar a adesão de materiais resinosos intracanal; 5) Fenômeno da
cavitação. A atividade cavitacional do ultra-som compreende uma contínua
atividade de bolhas em um meio líquido. Varia de suave pulsação linear de
corpos gasosos, em um campo de som de baixa amplitude (cavitação estável),
a um comportamento violento e destrutivo de cavidade com vapor (cavitação
transitória) em campos sonoros de alta amplitude. A energia gerada dentro
dessas bolhas pode resultar em ondas de choque ou campos de corte
hidrodinâmico que podem romper tecidos biológicos. A ocorrência de cavitação
necessita de corpos ou bolhas gasosas no meio. Na presença de um campo de
ultra-som a bolha irá crescer e sofrer “pulsação respiratória” em resposta às
oscilações de pressão aplicadas pelo campo. Como a bolha pulsa, ondas
transversais são colocadas em sua superfície, que se torna distorcida e instável
conforme a amplitude ultra-sônica aumenta. Microbolhas aparecerão em volta
da bolha original. A formação de microbolhas está associada ao início da
cavitação transitória, em que as bolhas mostram um fenômeno “colapso”, com
a temperatura gasosa da bolha atingindo milhares de graus Celsius e várias
atmosferas de pressão. Os efeitos da cavitação transitória são devidos às
ondas de choque radiadas durante os estágios finais do colapso da bolha ou a
62
jatos de líquidos em alta velocidade de movimento não-lineares à face da
bolha. Em ultra-som de baixas freqüências, na ordem de 20 a 40 kHz, a
formação de microbolhas e cavitações transitórias subseqüentes ocorrem
prontamente; 6) Microvaporização acústica. A rápida e cíclica pulsação do
volume de uma bolha de gás resulta na formação de um padrão de estado
complexo e estável de vapor dentro de um líquido próximo à superfície da
mesma. Isso é chamado de microvaporização acústica. As dimensões dos
padrões demonstram um rápido grau de mudança de velocidade do vapor com
a distância. Sendo assim, embora as velocidades propriamente ditas sejam
somente de ordem de alguns centímetros por segundo, os gradientes, devido
ao grau de mudança de velocidade, produzirão uma grande tensão de corte
hidrodinâmico próximo ao objeto oscilante que pode romper ou danificar
tecidos ou células biológicas; 7) Forças de radiação. Qualquer meio ou objeto
no caminho de um feixe ultra-sônico está sujeito à força de radiação, que tende
a empurrar o material na direção da onda em propagação. Essa força é
pequena, mas, em um campo de ondas estável pode ser aumentada e agir
sobre uma curta distância. Então, aquelas partículas densas no meio são
direcionadas às regiões de máxima amplitude de pressão acústica. Forças de
radiação podem também aumentar a atividade cavitacional em um campo de
ondas estável.
Para Mesquita et al. (2006)
b
se a intenção é remover a lama dentinária
quando estamos preparando cavidades, para materiais adesivos, o ultra-som,
quando comparado aos instrumentos rotatórios, é insuperável. Ao mesmo
tempo em que o ultra-som promove um desgaste por ação mecânico-
oscilatório, remove parcialmente a lama dentinária por ação dos fenômenos
envolvidos na cavitação. Essa atividade facilita a ação do condicionamento
ácido do esmalte e da dentina. Para se obter o máximo de adesão à dentina é
necessário que a lama dentinária seja completamente removida, os túbulos
estejam expostos e ocorra uma desmineralização parcial da dentina peri e
intertubular, sem desnaturar o colágeno para que consiga uma hibridização
com o sistema adesivo. O ultra-som leva uma enorme vantagem sobre os
instrumentos rotatórios cortantes, pois, o momento em que o desgaste está
63
sendo executado, os fenômenos envolvidos no processo eliminam cerca de
80% da lama dentinária, deixando grande parte dos túbulos dentinários
desobstruídos. É interessante notar, e isso serve para futuros estudos, que a
margem da cavidade que visualmente nos parece completamente lisa e
acabada, ao exame por MEV mostra-se totalmente irregular, com vários
espaços, criando uma condição teoricamente favorável a adesão pelo aumento
do embricamento mecânico do adesivo. Então, pelas observações feitas em
MEV, seria uma manobra interessante usar o ultra-som em qualquer situação
de preparo cavitário, mesmo que este tenha sido executado com instrumentos
rotatórios convencionais com a finalidade de remover parcialmente a lama
dentinária e diminuir o tempo de condicionamento ácido. Certamente essa é
uma questão que merece maiores estudos.
3.4 Teste de Resistência à União
Noort et al. (1989) realizaram estudos de elemento finito em duas
dimensões com a finalidade de investigar a distribuição de estresse nos
ensaios de tração e cisalhamento. As variáveis introduzidas na configuração
dos ensaios incluíram: Tamanho do cilindro de resina composta para confecção
do corpo-de-prova; diferenças no módulo de elasticidade do material do cilindro
de resina composta; modo de aplicação da tensão. Os resultados
demonstraram que, para ambos os ensaios, o módulo de elasticidade da resina
composta afeta a concentração de forças (maior módulo de elasticidade
maiores tensões). O comprimento do cilindro também afetou a concentração de
estresse. Para os cilindros de 3 a 6 mm de altura, o modo de aplicação da força
não modificou significativamente os resultados, porém entre 0,5 e 2 mm a força
concentrada afetou deleteriamente a distribuição de tensões. Para o ensaio de
cisalhamento, a melhor distribuição ocorreu com a aplicação de tensão o mais
próximo da dentina. Os autores concluíram que tanto o ensaio de tração quanto
o de cisalhamento possuem uma distribuição de estresse na interface adesiva
altamente não uniforme. Esta distribuição foi sensível a fatores como: Módulo
de elasticidade; formato do cilindro de resina composta; tamanho do cilindro de
64
resina composta; forma como a tensão é aplicada, sendo o ensaio de
cisalhamento particularmente sensível a este último fator.
Sano et al. (1994) avaliaram por ensaio de μTBS a relação existente
entre área de superfície unida e a resistência à união de três sistemas
adesivos. Vinte terceiros molares humanos hígidos foram extraídos e
estocados em solução salina a 4°C. Suas superfícies oclusais foram cortadas
com disco diamantado e alisadas com lixas de granulação 600 a fim de obter
superfícies exclusivamente de dentina lisa. As superfícies planas foram
restauradas de 3 formas: Grupo 1, Scotchbond Multi-Purpose/Z100; Grupo 2,
Clearfil Liner Bond 2/Photo Clearfil A; Grupo 3, Vitremer. Após 24 h imersos em
água a 37°C, os corpos-de-prova foram seccionados paralelamente, no sentido
do longo eixo do dente em 10 a 20 lâminas finas, de modo que a metade
superior fosse constituída de resina e a inferior de dentina. Essas pequenas
secções foram refinadas com pontas diamantadas em alta velocidade sob
refrigeração, de forma que a área de união constituía-se na porção central
estreita. Os corpos-de-prova foram unidos ao aparato de teste Bencor Multi-T
(Danville Engineering, CA, EUA) a 1 mm/min de velocidade de carregamento
com um adesivo à base de cianocrilato. Após o teste, o modo de fratura foi
observado em um microscópio ótico com magnificação 10x. Os resultados
demonstraram que a μTBS foi inversamente proporcional à área de união. Para
áreas abaixo de 0,4 mm
2
, a resistência à união foi aproximadamente 55 MPa
para o Clearfil Liner Bond 2, 38 MPa para o Scotchbond Multiuso e 20 MPa
para o Vitremer. Para todas essas pequenas áreas de superfície, as falhas
foram de natureza adesiva. Os autores concluíram que esse novo método de
teste possibilita determinar altas resistências de união sem falhas coesivas em
dentina e também permite múltiplas avaliações em um mesmo dente.
Al-Salehi e Burke (1997) analisaram 50 artigos publicados de 1985 a
1995 sobre resistência à união de resinas compostas à dentina para verificar se
existe ou não padronização entre estes estudos. Dentre os estudos analisados,
a resistência ao cisalhamento foi o teste mais empregado, sendo utilizado em
65
80% dos trabalhos (18% para tração). A dentina de molares humanos foi
empregada em 88% de freqüência (10% dentina bovina; 2% bovina e humana).
A profundidade de dentina utilizada em 10% dos trabalhos foi a dentina
superficial (8% para dentina coronária do terço médio). A água destilada e a
solução salina foram utilizadas como meio de armazenagem dos dentes em
86% dos trabalhos (10% para cloramina). A maioria dos testes (68%) ocorreu
24 h após a confecção dos corpos-de-prova (6% para 48 h; 4% para 7 dias). A
superfície de contato ou o diâmetro dos corpos-de-prova foram relatados em
94% dos estudos, sendo a média do diâmetro de 3,97 mm. A velocidade de
carregamento de 5 mm/min foi utilizada em 42% dos trabalhos analisados (30%
para 0,5 mm/min; 12% para 1,0 mm/min). A forma mais freqüente de preparo
de superfície dentinária (78%) foi com lixas de carbeto de silício (12% para
pontas diamantadas). A máquina de ensaio universal Instron (Instron Corp.,
Canton, EUA) foi utilizada em 96% dos trabalhos. Entretanto, muitas variáveis
não foram mencionadas em vários artigos demonstrando pouca padronização
nos estudos de resistência à união à dentina.
A proposta de Chappell et al. (1997) foi realizar uma análise para
determinar o tamanho da amostragem e estabelecer um padrão metodológico
para o teste de µTBS da dentina/adesivo. Seis terceiros molares não
erupcionados extraídos foram preparados pela remoção do terço oclusal da
coroa (dentina oclusal do terço médio da face vestibular). A superfície da
dentina foi lixada com lixa d’agua de granulação 320. Cada dente foi então
condicionado com ácido fosfórico, aplicado adesivo Scotchbond Multipurpose,
e construída uma coroa de compósito (Z100-3M Co.) sobre toda superfície da
dentina. O dente foi então fixado a um cilindro de 15 mm de diâmetro. Este foi
colocado em uma serra de diamante de baixa velocidade e um mínimo de 5
secções foram efetuadas em cada dente. Os cortes foram feitos de vestibular
para lingual e mesial para distal paralelo ao longo eixo do dente, de forma a
obter pequenas barras com a espessura de 1 mm ± 0,1 mm. A união da
dentina, adesivo e compósito teve sua secção transversal medindo uma área
superficial de 1,7 mm
2
± 0,1 mm
2
, a qual ficou centralizada no meio da amostra
66
e divididas por localização de dentina (externa, intermediária e mediana). Cada
amostra foi testada num aparelho de teste Bencor Multi-T (Danville
Engineering, San Ramon, EUA) associado a uma máquina universal Instron
modelo 1125 (Instron Corp., Canton, EUA) e testado a uma velocidade de 0,5
mm/min. A resistência média para dentina externa, intermediária e mediana e
desvio padrão foram, respectivamente: 30,4±7,2 MPa, 32,3±6,4 MPa, e
25,5±6,0 MPa; para todas amostras obteve-se 30,1±6,9 MPa. A análise de
variância não mostrou diferenças entre as posições de dentina (externa,
intermediária e mediana) (p>0,1). O tamanho de amostragem para testes de
µTBS indicou que 27 amostras, ou 6 dentes foram necessários para satisfazer
α=0,01, poder estatístico=0,80 e diferença de 20% entre as médias.
Cardoso et al. (1998) propuseram como objetivo deste estudo
determinar a resistência à união entre dentina e três sistemas adesivos (Single
Bond, 3M Dental Products; Scotchbond Multipurpose Plus, 3M Dental Products;
Etch&Prime 3.0, Degussa) por meio de testes de µTBS, cisalhamento e tração.
Molares humanos extraídos foram incluídos em resina acrílica e tiveram suas
dentinas expostas e alisadas com lixa de granulação 600 em três superfícies
não oclusais. Em cada superfície com o adesivo previamente aplicado
conforme preconizado pelo fabricante, foram construídos blocos com 3
incrementos de resina composta Z100 (3M Dental Products) e fotoativados por
intensidade de 450 mW/cm
2
. As amostras foram armazenadas em água
destilada, sendo submetidas ao teste de µTBS, cisalhamento e tração 24 h
após, todos em máquina Otto Wolpert-Wercke (Alemanha) a uma velocidade
de carregamento de 0,5 mm/min. Para os testes de cisalhamento e tração,
depois da aplicação do adesivo, um cone de 3 mm de altura e de diâmetro de 3
mm na superfície pequena foi construído com resina. O teste de cisalhamento
foi realizado com um cinzel. Teste de tração foi feito puxando o cone de resina
via tira metálica. Para o teste de µTBS, resina de aproximadamente 5 mm de
altura foi colocada sobre toda a dentina exposta. Então, usando um disco de
diamante perpendicular a interface de união, pequenas barras com 0,25 mm
2
da área de secção transversal retangular foram obtidas e submetidas à força
67
de tração. Os resultados foram processados por ANOVA e mostraram que
todos os testes avaliaram os adesivos na mesma ordem. Valores médios
obtidos pelo teste de µTBS não foram estatisticamente diferentes para os três
adesivos. Para os testes de cisalhamento e tração, Single Bond mostrou alta
resistência à união do que Etch&Prime 3.0 (p<0,05). Scotchbond Multipurpose
Plus originou uniões que foram estatisticamente similares para ambos Single
Bond e Etch&Prime 3.0. Comparando os três testes, uma média alta (p<0,05) e
um menor coeficiente de variação foram encontrados com o teste de µTBS. O
sistema adesivo Single Bond obteve maiores valores de resistência à união do
que o sistema adesivo Etch&Prime 3.0 para os testes de resistência por
cisalhamento e tração. Dependendo do teste aplicado, diferença entre os
materiais não podem ser descobertas.
Armstrong et al. (1998) testaram a μTBS de dois adesivos dentinários
(All Bond 2 e OptiBond FL) associados à resina composta Prodigy (Kerr,
Glendora, CA, EUA) e verificaram o tipo de fratura para cada amostra avaliada
por MEV. Seis molares humanos extraídos estocados em solução de cloramina
T 0,5% a 37°C (Sigma Chemical Co., St. Louis, MO, EUA) foram montados em
blocos e o esmalte foi removido da superfície oclusal expondo a dentina oclusal
do terço médio da face vestibular com lixas de granulação 600 perpendicular
ao longo eixo do dente. Uma coroa de resina foi formada por incrementos de 1
a 2 mm na superfície de dentina lisa utilizando cada sistema adesivo dentinário
de acordo com as instruções do fabricante, fotopolimerizados por uma
intensidade de luz superior a 450 mW/cm
2
. Vinte e quatro horas depois as
amostras foram seccionadas perpendicular à união do adesivo, produzindo 6 a
7 secções finas por dente as quais foram cuidadosamente cortadas na união
adesiva de forma a se obter uma área de união de aproximadamente 0,5 mm
2
.
Estas secções dentina/adesivo/resina foram submetidas ao teste de μTBS 7
dias pós-união com uma máquina de teste Zwick 1120 (Zwick, Ulm, Alemanha)
a uma velocidade de carregamento de 1 mm/min. A resistência à união de dois
adesivos foi comparada estatisticamente pelo teste t. As amostras rompidas
foram examinadas pelo MEV para determinar a localização da fratura e do tipo
68
de fratura. Os modos de falha foram classificados como adesiva (coesiva no
adesivo e/ou camada híbrida), de substrato (dentina e/ou resina composta) ou
mista (adesiva + substrato) e avaliado pelo teste exato de Fisher. A análise
entre os resultados do teste de µTBS e os resultados de fratura foram
processados pelo teste de correlação de Pearson. Os resultados mostraram
que a μTBS e o tipo de fratura do All-Bond 2 (Bisco) e OptiBond FL (Kerr) não
foram significativamente diferentes. Sessenta por cento (12/20) das fraturas
envolvendo All-Bond duas ocorreram na interface, com sete sendo inteiramente
mantida dentro da união, enquanto OptiBond FL tinha 35% (7/20) envolvendo
alguma porção da interface e duas totalmente dentro da união. Fratura coesiva
tanto de dentina quanto de resina contabilizou 55% do total dos tipos de fratura
(21/40). A espessura da dentina restante não afetou o valor da µTBS . Este
novo método versátil permite medidas múltiplas de um único dente ou de áreas
de superfície pequena no interior da restauração, mas cuidadosa interpretação
do tipo de fratura é necessária para prevenir conclusões inapropriadas sobre o
teste.
Schreiner et al. (1998) compararam a µTBS e a resistência à união por
cisalhamento de cinco sistemas adesivos dentinários comerciais. Scotchbond
Multipurpose com ácido maleico (SM), Scotchbond Multipurpose com ácido
fosfórico (SP), Scotchbond Multipurpose Plus (SBP), Clearfil Liner Bond
System (CL) e Prime&Bond (PB) foram testados. Trinta terceiros molares não
erupcionados extraídos, pré-estocados em soro fisiológico a 4°C e utilizados
num período de 1 mês, em grupo de seis dentes por sistema adesivo, foram
preparados na porção da dentina oclusal do terço médio da face vestibular com
lixas de granulação 320 para teste de µTBS. O procedimento adesivo ocorreu
de acordo com as normas técnicas preconizadas por cada fabricante. A resina
composta utilizada foi a Z100 (3M Dental Products) As amostras foram
testadas após estocagem de 24 h a 37°C em soro fisiológico. O teste de µTBS
foi realizado em 35 dentes, usando 7 dentes por sistema adesivo, num
dispositivo Bencor Multi-T (Danville Engineering, San Ramon, EUA) associado
a uma máquina de teste universal Instron (Instron Corp., Canton, EUA) a uma
69
velocidade de carregamento de 0,5 mm/min. Para o teste de cisalhamento, os
procedimentos adesivos, materiais utilizados, número de corpos-de-prova,
velocidade de carregamento e armazenagem foram os mesmos descritos para
o teste de µTBS, tendo apenas a porção de resina composta confeccionada
com auxílio de matriz de teflon com diâmetro de 3,4 mm. Depois dos testes, os
locais de fraturas foram observados usando microscópio ótico e MEV para
determinar o tipo de fratura envolvida. Os resultados processados pelos testes
estatísticos de ANOVA de dois fatores, Post-hoc e Bonferroni (p<0,05)
mostraram que a µTBS (média±desvio padrão) foram: SM 24,6±7,2 MPa; SP
28,8±11,8 MPa; SBP 22,7±6,5 MPa; PB 25,5±9,4 MPa; e CL 36,8±10,0 MPa.
Mostrou ainda que houve diferença estatística significante maior para a
resistência à união do grupo CL comparado com SM, SP, SBP, e PB. Os
resultados do teste de resistência à união por cisalhamento (média±desvio
padrão) foram: SM, 14,4±4,4 MPa; SP, 24,5 ±8,4 MPa; SBP, 15,3±4,9 MPa;
PB, 23,2±7,1 MPa; CL, 24,8±3,5 MPa. Nenhuma diferença estatisticamente
significante foi encontrada entre os resultados do teste de resistência à união
por cisalhamento. O teste de resistência à união por cisalhamento produziu
significantemente mais fraturas no interior da dentina e resina do que o teste de
µTBS. Os autores concluíram que o teste de µTBS produziu uma mais
definitiva avaliação da resistência à união do adesivo do que o teste a união
por cisalhamento. Teste de µTBS mostrou que CL foi significativamente mais
forte do que SM, SP, SBP, e PB.
Phrukkanon et al. (1998)
a
testaram a influência da área adesiva nos
ensaios de µTBS e microcisalhamento. Para tanto, 60 molares humanos
extraídos, previamente estocados em soro fisiológico com timol a 4°C foram
utilizados num período de até 6 meses, metade para o teste de µTBS e a outra
metade para o teste de microcisalhamento. Todos os dentes tiveram suas
superfícies oclusais de esmalte completamente removidas (expondo a dentina
oclusal do terço médio da face vestibular) e alisadas com lixa de granulação
600. Após, 4 sistemas adesivos (Scotchbond Multipurpose Plus (3M Dental
Products), OptiBond FL (Kerr), OptiBond Solo (Kerr), One-Step (Bisco)) foram
70
aplicados conforme instruções do fabricante. Subseqüentemente, blocos de
resina composta Silux Plus (3M Dental Products) foram construídos. As
amostras foram armazenadas em água a 37°C por 48 h para depois
transformá-las em corpos-de-prova com área de união adesiva de 1,2; 1,4 e 2,0
mm de diâmetro. Os testes foram realizados utilizando um dispositivo Bencor
Multi-T (Danville Engineering, San Ramon, EUA) associado a uma máquina de
teste universal Shimadzu IS5000 (Shimadzu Co., Kyoto, Japão) a 1 mm/min de
velocidade de carregamento com célula de carga de 100 N. Os modos de falha
foram examinados sob MEV. Os testes estatísticos aplicados foram: ANOVA de
um e dois fatores; Student t; Kruskal Wallis e Mann Whitney. Os resultados
mostraram que as áreas de 2,0 mm de diâmetro produziram significativamente
menores valores de resistência à união do que as de 1,2 mm em ambos os
testes, sem diferença entre eles. As falhas para 1,2 e 1,4 mm foram
predominantemente do tipo interfacial. Os autores concluíram que menores
áreas de teste estão associadas com maiores valores de resistência à união
tanto para µTBS quanto para microcisalhamento.
A proposta do estudo de Phrukkanon et al. (1998)
b
foi determinar o
efeito do formato da área de secção transversal (cilíndrica versus retangular)
da área de união do teste de µTBS e a distribuição do estresse de 4 sistemas
adesivos de dentina (Scotchbond Multipurpose Plus, OptiBond FL, OptiBond
Solo, One-Step). Em adição, modelos de análise de elementos finitos (FEA)
foram desenvolvidos para investigar a distribuição do estresse. Para tanto,
molares humanos extraídos, previamente estocados em soro fisiológico com
timol a 4°C, foram cortados de forma a expor a dentina superficial oclusal do
terço médio, alisados com lixa de granulação 600 e fatiados em forma de
pequenas barras; uma metade de cada dente foi usada em amostras
retangulares e a outra metade em amostras cilíndricas. A dentina oclusal foi
colada de acordo com as instruções do fabricante e cobertas com resina
composta (Silux Plus, 3M Dental Products, St Paul, MN) formando a coroa.
Para as amostras em formato de barra, as áreas retangulares mediam 1,1, 1,5
e 3,1 mm
2
e foram alisadas com lixa de granulação 1200. Para as amostras
71
cilíndricas, a interface dente compósito foi desgastada com uma broca de
diamante de granulação fina para produzir áreas circulares de 1,1, 1,5 e 3,1
mm
2
de interface. As uniões foram submetidas, 48 h após armazenadas em
água a 37°C, a uma velocidade de carregamento de 1 mm/min em célula de
carga de 100N utilizando um dispositivo Bencor Multi-T (Danville Engineering,
San Ramon, EUA) associado a uma máquina de teste universal Shimadzu
IS5000 (Shimadzu Co., Kyoto, Japão). As médias de μTBS foram comparadas
usando ANOVA de dois fatores, ANOVA de um fator, LSD e teste t de Student.
Os modelos de FEA foram criados simulando as áreas de união
transversalmente seccionadas para determinar a distribuição do estresse. Os
resultados indicaram que os grupos de área de união de 3,1 mm
2
mostraram
resistência à união significativamente mais baixa do que os grupos de área de
união de 1,1 mm
2
(p<0,05), exceto para amostras retangulares usando
Scotchbond Multipurpose Plus e One-Step. Nenhuma diferença estatística foi
constatada entre amostras cilíndricas e retangulares. Os autores concluíram
que os métodos testados usando áreas superficiais pequenas produziram
μTBS mais alta do que aquelas usando áreas superficiais maiores, isto,
provavelmente, por resultarem em poucas ocorrências de defeitos nas
amostras de área pequena, além disso, o formato da secção transversal
mostrou que a distribuição do estresse é influenciada por este fator. Nas
amostras de secção circular o estresse é distribuído de forma uniforme na
periferia da secção de união, já nas amostras retangulares este estresse não é
distribuído de forma uniforme. No entanto, os autores concluíram que a forma
da área de secção tem pouco efeito no resultado.
Pashley et al. (1999), em seu artigo de revisão de literatura,
descreveram as várias maneiras de como o ensaio de μTBS pode ser
conduzido e em que situação este pode ser o mais adequado. Entre as
vantagens apresentadas, quando comparado a outros testes de resistência à
união estão: a melhor distribuição de tensões devido à menor área utilizada (e
possivelmente menor número de falhas); versatilidade, possibilidade de
confeccionar múltiplos corpos-de-prova com um único dente; permite medir
72
resistências de união regionais (diferenças no substrato); menor número de
falhas em substrato; permite medir valores de resistência à união de adesivos
de nova geração (altos valores de união) que não são consistentemente
avaliados pelos métodos convencionais em função do grande número de falhas
em substrato; e menor coeficiente de variação. Como limitações, citam a
dificuldade de conduzir este ensaio e a dificuldade deste em medir valores de
resistência à união abaixo de 5 MPa.
Tanumiharja et al. (2000) propuseram avaliar por teste de µTBS 7
sistemas adesivos dentinários (Solid Bond (Heraeus Kulzer), EBS Multi
(ESPE), PermaQuik (Ultradent), One Coat Bond (Coltène Whaledent), Gluma
One Bond (Heraeus Kulzer), Prime&Bond NT/NRC (Dentsply De Trey) e
Clearfil Liner Bond 2V (Kuraray)) e seus respectivos tipos de fratura. Vinte e
oito dentes extraídos e armazenados em solução salina contendo timol tiveram
suas dentinas oclusais do terço médio da face vestibular (molares humanos
com predomínio de terceiros molares) expostas por lixas de granulação 600.
Um bloco de resina composta (Silux Plus, 3M Dental Products, St Paul, MN) foi
construído com 3 incrementos utilizando os adesivos acima citados de acordo
com as instruções dos fabricantes. Após, foram mantidos em água por 24 h a
37°C e, só então, seccionados para obter 10 pequenas barras de cada grupo,
que foram cortadas para obter formato de ampulheta de 1,2±0,02 mm de
diâmetro. As amostras foram tracionadas a uma velocidade de 1 mm/min em
dispositivo Bencor Multi-T (Danville Engineering, San Ramon, EUA) associado
a uma máquina de teste universal Instron (Instron Corp., Canton, EUA) até
ruptura da união. As médias de resistência à união foram comparadas usando
ANOVA de um fator e teste LSD. A freqüência do tipo de fratura foi comparada
usando testes Kruskal-Wallis e teste U de Mann-Whitney. A classificação das
fraturas em 60x caracterizou-se em: Tipo 1, falha adesiva entre
adesivo/dentina; Tipo 2, falha adesiva parcial entre dentina/adesivo e falha
coesiva parcial no adesivo; Tipo 3, falha coesiva na dentina; Tipo 4, falha
coesiva no adesivo. Os resultados mostraram que as médias do teste de µTBS
e desvio padrão, respectivamente, alcançaram (17,8±7,0) MPa para Solid Bond
73
e para Clearfil Liner Bond 2 V (36,0±8,1) MPa. A resistência à união do Clearfil
Liner Bond 2 V e PermaQuik (30,8±8,5) MPa não foram significativamente
diferente e foram maiores do que todos os outros materiais. A resistência à
união do Solid Bond (17,8±7,0) MPa, EBS-Multi (18,7±5,0) MPa, One Coat
Bond (21,9±5,6) MPa, e Gluma One Bond (23,4±5,2) MPa não foram
significativamente diferentes entre si. Exames em MEV indicaram que o Solid
Bond, EBS-Multi e One Coat Bond não mostraram diferença significativa nos
tipos de fratura (tipos 1 e 2 com predomínio do tipo 2), mas foram
significativamente diferentes de PermaQuik (predomínio tipo 1), Prime&Bond
NT/NRC (predomínio tipo 4) e Clearfil Liner Bond 2V (predomínio tipo 4). O
sistema primer autocondicionante, Clearfil Liner Bond 2V, fornece uma técnica
simples de união, e juntos com PermaQuik exibiu grande resistência à união
dentinária.
O objetivo do estudo de Phrukkanon et al. (2000) foi observar a
superfície da dentina bovina desmineralizada pela ação do ácido fosfórico e
pela aplicação de hipoclorito de sódio a 12,5% (NaOCl), e colagenase tipo I a
0,1% (peso), analisar a superfície tratada e investigar o efeito da μTBS. Para
tanto, foram utilizados 168 dentes bovinos incisivos inferiores congelados,
alisados na face vestibular até chegar em dentina com lixas de granulação 600,
após permanecerem 3 h em temperatura ambiente. Dois grandes grupos foram
estabelecidos conforme o adesivo utilizado (Single Bond e One Coat Bond).
Para cada adesivo foram subdivididos 7 grupos conforme o tratamento
dentinário. (Controle, condicionamento ácido e agente adesivo; NaOCl 30 s,
condicionamento ácido com 30 s de NaOCl e agente adesivo; NaOCl 1 min,
condicionamento ácido com 1 min de NaOCl e agente adesivo; NaOCl 2 min,
condicionamento ácido com 2 min de NaOCl e agente adesivo; Col 1h,
condicionamento ácido com 1 h de colagenase e agente adesivo; Col 3 h,
condicionamento ácido com 3 h de colagenase e agente adesivo; Col 6 h,
condicionamento ácido com 6 h de colagenase e agente adesivo). Antes da
aplicação dos adesivos, as superfícies tratadas foram examinadas usando um
nanoscópio de força atômica. Após a aplicação do adesivo, uma área de
74
diâmetro de 2,3 mm de resina composta (Z100, 3M Dental Products) foi
construída sobre a dentina e montada em uma haste para teste de tração 24 h
após armazenagem em água a 37°C. As uniões foram rompidas por uma carga
de tração de velocidade de 1 mm/min até falhar em uma máquina de teste
universal Instron (Instron Corp., Canton, EUA). Médias de resistência à união
foram calculadas (MPa) e o modo de falha foi determinado pelos seguintes
critérios de modo de fratura: Tipo 1, falha adesiva entre adesivo/dentina; Tipo
2, falha adesiva parcial entre adesivo/dentina e falha coesiva de adesivo; Tipo
3, falha coesiva parcial em dentina; Tipo 4, falha coesiva em adesivo. Os
resultados foram analisados usando análise de regressão múltipla e teste LSD
num nível de confiança de 95% (n=12). Os resultados do nanoscópio de força
atômica mostraram mudanças progressivas na superfície do colágeno com o
tempo de tratamento do NaOCl e com o tempo de tratamento da colagenase. A
resistência, para ambos sistemas de união, quanto aos tratamentos de 1 min
de NaOCl e de 3 h de colagenase foram significativamente mais altos do que o
grupo controle e os outros grupos de tratamento (p<0,05). Falhas de união
consistiram na maioria de falhas adesivas entre dentina e resina combinada
com pequenas regiões exibindo falhas coesivas da dentina. Os autores
concluíram que a μTBS não foi dependente da espessura da camada híbrida,
mas, bastante dependente da qualidade da camada híbrida. A resistência à
união pode ser aumentada pela remoção do smear layer do colágeno que pode
ser significativo no aumento da resistência à união. No entanto, a resistência à
união ótima pode ser obtida até mesmo onde exista uma camada muito fina
das fibras de colágeno na superfície da dentina quando associada a um
aumento na rugosidade da superfície. Acredita-se que o mecanismo de união
não seja, unicamente, dependente das fibras de colágeno, mas também da
rugosidade da superfície, penetração da resina no interior da matriz de
colágeno, e possivelmente, da interação química da interface adesivo-dentina.
Armstrong et al. (2001), com o objetivo de determinar o modo de falha
nas uniões dentina/adesivo/resina composta, utilizaram o ensaio de µTBS
(força necessária para o rompimento da união) e o ensaio de mini-barra com
75
entalhe (força necessária para promover a primeira fratura da união sem o seu
rompimento) em termos de valores absolutos. Para tanto, utilizaram o adesivo
OptiBond FL (Kerr, Orange, CA) associado à resina composta Prodigy (Kerr,
Orange, CA) fotopolimerizados por um valor acima de 400 mW/cm
2
em dois
períodos de armazenamento (30 dias e 6 meses). Segundo a metodologia
utilizada, foram selecionados 80 molares humanos os quais foram estocados
em cloramina T a 0,5% e utilizados dentro de 60 dias. A partir destes, foram
obtidas dentinas oclusais do terço médio para confecção de 40 corpos-de-
prova para teste de µTBS (média de área adesiva circular de 0,49 mm
2
) e
outros 40 para teste de mini-barra com entalhe (média de área adesiva circular
de 0,49 mm
2
) (20 por grupo). Os corpos-de-prova foram obtidos com o uso do
adesivo OptiBond FL (Kerr, Orange, CA) e a resina composta Prodigy (Kerr,
Orange, CA). Após ensaio com carga estática, as partes fraturadas foram
conservadas durante a noite em cacodilato de sódio com pH 7,3 com 3% de
glutaraldeido e 3% de formaldeido. Subseqüente a esta fixação, as amostras
receberam dois banho de cacodilato de sódio 0,2 M em pH de 7,3 de 10
minutos. Foram desidratadas com 5 banhos de etanol por 10 minutos nas
concentrações de 30, 50, 70, 90 e 100% cada. Após desidratação, elas foram
fixadas em stubs de alumínio com auxílio de fita adesiva e tinta de prata para
posterior cobertura de ouro. Só após este processo, as amostras foram levadas
ao MEV para verificar o modo de falha. Segundo os autores, os modos de falha
podem ser: Em resina composta; em dentina; em adesivo e misto. A trajetória
de fratura pode ser classificada em coesiva em resina composta, coesiva
adesiva, coesiva de camada híbrida e coesiva de dentina passando também
nas interfaces das regiões: Resina composta/adesivo; Adesivo/topo de camada
híbrida; Base de camada híbrida/dentina. Os valores resultantes foram: teste
de Mini-barra 30 dias 0,82 MPa
1/2
(fundamentalmente adesiva com predomínio
de falha no topo da camada híbrida); teste de mini-barra 6 meses 0,87 MPa
1/2
(fundamentalmente adesiva com predomínio de falha em base de camada
híbrida); teste de µTBS 30 dias 52,23 MPa (propensão de falha coesiva de
dentina e coesiva de compósito); teste de µTBS 6 meses 14,71 MPa
(propensão de falha adesiva com predomínio em base de camada híbrida).
76
Segundo os autores, a metodologia do teste de mini-barra foi incapaz de
caracterizar valores de união diferenciados para 30 dias e 6 meses, uma vez
que não houve diferença significativa entre estes dois períodos de
armazenamento. Já o teste de µTBS não foi capaz de caracterizar o padrão de
falha na interface adesiva com 30 dias de armazenamento, pois foi
predominante a falha coesiva dos substratos. Aos 6 meses, a indicação do
padrão de falha na interface adesiva foi semelhante para os dois métodos de
ensaio (base de camada híbrida).
Leloupe et al. (2001) analisaram dados sobre resistência à união (µTBS,
tração e cisalhamento) publicados entre 1992 e 1996 para verificar os efeitos
dos aspectos experimentais na resistência à união. As variáveis em ordem
decrescente de influência sobre a resistência à união foram: profundidade de
dentina, velocidade de carregamento, tempo de armazenagem das amostras,
tempo máximo de armazenagem dos dentes, área de união, temperatura de
armazenamento dos dentes, temperatura de armazenamento das amostras e
espessura do compósito. Todos os parâmetros exerceram influência sobre a
resistência à união, com exceção do lado da dentina e da termociclagem. Foi
encontrada uma forte correlação entre o modo de falha e a resistência à união:
quanto maior a resistência à união maior o número de falhas coesivas
(dentina/resina composta). Os parâmetros de teste podem ser controlados
através do uso de um protocolo padrão, como o recomendado pela ISO para
adesão aos tecidos dentais. No entanto, estes padrões são aplicados em
poucos estudos.
Nunes et al. (2001) avaliaram o papel da composição do adesivo (quanto
ao solvente e componente principal) por teste de µTBS em dentina humana.
Quinze terceiros molares estocados em cloramina T 0,5% a 4°C foram lixados
para expor a dentina superficial oclusal do terço médio da face vestibular, com
lixa de granulação 600. A dentina foi condicionada por 15 s com ácido fosfórico
a 37,5%, enxaguada por 10 s, e secadas com papel absorvente até adquirirem
aspecto de superfície visivelmente úmida para todas as amostras. Os seguintes
77
adesivos foram aplicados na dentina condicionada de acordo com as
instruções do fabricante: Single Bond (SB), Single Bond experimental (com
carga) (ExpSB), Prime&Bond NT(NT), Prime&Bond NT experimental (sem
carga) (ExpNT), e One Coat Bond (com componente principal) (OC). Cada
adesivo foi aplicado, e um cilindro de resina composta Tetric Ceram (Vivadent)
foi construído e fotopolimerizado por um valor acima de 400 mW/cm
2
na
superfície oclusal. Depois de 24 h armazenadas em água destilada a 37°C,
cada dente foi seccionado verticalmente com um disco de baixa velocidade
para produzir lâminas de 0,7 mm. Cada lâmina, então, foi seccionada para
obter 20 pequenas barras com uma área de secção transversal oscilando de
0,35 a 0,45 mm
2
para cada grupo. O teste de µTBS foi determinado usando um
dispositivo Bencor Multi-T (Danville Engineering, San Ramon, EUA) associado
a uma máquina de teste universal Instron (Instron Corp., Canton, EUA) a uma
velocidade de carregamento de 1 mm/min. Os dados foram analisados usando
ANOVA de um fator (p<0,0001), Post-hoc e teste de Duncan (p<0,05). Os
resultados mostraram que para adesivos com carga, a média de µTBS atingiu
de 57,9 MPa para ExpSB e 48,2 MPa para NT. Os adesivos sem carga SB e
ExpNT tiveram média de μTBS de 75,9 MPa e 38,7 MPa, respectivamente.
Componente sem carga SB teve uma significativa média mais alta de
resistência à união do que a versão com carga. O adesivo SB a base de etanol
teve uma média mais alta de μTBS do que um não volátil OC a base de
solvente e, este último citado, foi maior que o NT a base de acetona. O adesivo
de dentina “frasco único” testado não forneceu aumento de μTBS com a adição
de partículas. Adesivo a base de etanol pode ser relativamente insensível para
o grau de umidade na superfície dental.
Frankenberger et al. (2001) compararam a capacidade adesiva de um
novo adesivo Prompt L-Pop (ESPE) com dois sistemas adesivos de
condicionamento ácido total - EBS Multi (ESPE) e Prime&Bond NT (Dentsply).
Trinta e dois terceiros molares humanos extraídos e estocados em solução de
timol a 0,1% em temperatura ambiente foram utilizados dentro de 4 semanas
após extração. Tiveram suas superfícies oclusais de esmalte removidas
78
(dentina oclusal do terço médio da face vestibular) e alisadas com lixas de
granulação 600. Suas superfícies receberam os adesivos conforme a
proposição de cada grupo e receberam um bloco de resina composta (Pertac II,
ESPE) e compômero (Hytac Aplitip, ESPE) que foram construídos com 4
incrementos de 1 mm e fotopolimerizados a uma intensidade de 400 mW/cm
2
.
As amostras foram preparadas para o teste de µTBS, 24h após estocagem em
água destilada a 37°C, com corpo-de-prova em formato de ampulheta com
área de união adesiva que girava em torno de 1,00 a 1,25 mm
2
. Sete grupos
para cada material restaurador foram confeccionados. O adesivo Prompt L-Pop
foi aplicado usando 5 diferentes protocolos: (1) como um adesivo
autocondicionante frasco único, pelas instruções do fabricante (LP); (2) como
um primer autocondicionante combinado com adesivo separado (LP/
autocondicionante dois passos); (3) como um primer clássico usado sobre a
dentina condicionada com ácido fosfórico, seguido por adesivo (LP/
condicionamento ácido total três passos); (4) como uma aplicação múltipla de
adesivo autocondicionante frasco único (LP/multi coat) até deixar uma
superfície da dentina visivelmente brilhosa; e (5) como um adesivo com carga,
com adição de partículas de quartzo (LP/filled). O adesivo EBS Multi foi
aplicado conforme preconizado pelo fabricante (EBS). O adesivo Prime&Bond
NT, também, foi aplicado conforme preconizado pelo fabricante (P&BNT).
Todos os materiais foram fotoativados por um valor acima de 400 mW/cm
2
.
Depois de 24 h de armazenagem em água destilada a 37ºC procedeu-se a
confecção de duas amostras por grupo e o teste de µTBS foi realizado com o
dispositivo Bencor Multi-T (Danville Engineering, San Ramon, EUA) associado
a uma máquina Instron (Instron Corp., Canton, EUA) com uma célula de carga
de 50N a uma velocidade de carregamento de 1 mm/mim. As interfaces
correspondentes às amostras fraturadas foram analisadas
micromorfologicamente usando MEV, estéreo microscopia e MET. O
processamento das amostras para observação em MEV seguiu o seguinte
protocolo: Fixação em solução de paraformaldeido a 2%, desidratação em
banhos de 1 h em concentrações ascendentes de etanol (50, 70, 95, e 100%)
após, as amostras foram fixadas em resina epoxi e coberta pelo sistema
79
sputter-coated (Polaron E 5100, Polaron Instruments, Watford, UK). Os
resultados, avaliados pelo teste de normalidade Kolmogorov-Smirnov,
descartou a possibilidade de distribuição normal, então se adotou os testes não
paramétricos Wilcoxon, Mann Whitney e Bonferroni a um nível de significância
de 0,05 (α). A análise mostrou que quando usado com resina composta
LP/filled e LP/multi-coat resultaram em significante alta da µTBS do que LP. A
adição de um adesivo extra (LP/ autocondicionante 2 passos) não teve efeito
na resistência à união. O uso de Prompt L-Pop como um primer adesivo de
quarta geração (LP/ condicionamento ácido total 3 passos), substituíndo o
primer EBS Multi, resultou em mais baixa resistência à união do que aqueles
do original EBS Multi. LP/multi-coat mostrou similar µTBS para o Primer&Bond
NT (P&BNT). Quando usado com um compômero, LP exibiu mais alta μTBS do
que quando usado com resina composta e foi tão efetivo quanto os grupos
experimentais LP/filled e LP/multi-coat e o grupo controle P&BNT. A avaliação
em MEV mostrou uma camada híbrida inconsistente para as amostras LP,
enquanto que em ambas as amostras de LP/filled e LP/multi-coat uma camada
híbrida foi claramente evidente. Na MET todos os grupos exibiram hibridização
da dentina com plugs de smear dissolvido nas amostras que foram
condicionadas com Prompt L-Pop sem separação de passos de
condicionamento. Em muitos túbulos das amostras condicionadas com LP
(como as instruções do fabricante), carga da resina encontrou-se presente no
interior dos túbulos dentinários. Os autores concluíram que quando combinado
com resina composta, Prompt L-Pop resultou numa μTBS estatisticamente
mais baixa quando aplicado em uma camada do que quando aplicada em
camadas múltiplas. Prompt L-Pop também resultou em resistência à união mais
alta quando usado com compômero (resina poliácida modificada) do que com
resina composta. Quando aplicada em múltiplas camadas, Prompt L-Pop
resultou em μTBS que não foram estatisticamente diferentes daquelas do
Prime&Bond NT (adesivo de condicionamento ácido total).
Platt et al. (2001) realizaram um estudo sobre os efeitos da aplicação de
dupla camada de adesivos de frasco único na resistência à união por
80
cisalhamento na dentina. Para isso foram utilizados 90 molares humanos
extraídos e tratados com formalina por menos de 2 semanas e estocados em
água deionizada até a sua utilização. Estes foram divididos em seis grupos
(n=15). A superfície oclusal foi removida até ficar livre de esmalte e a dentina
exposta foi polida com lixa de granulação 600. A associação de sistemas
adesivos e materiais restauradores utilizados foram: Prime&Bond NT e Dyract
(Dentsply); OptBond Solo e Élan (Kerr) e One Step e Dyract (Bisco). Metade
dos dentes tiveram os sistemas adesivos testados usando o número de
aplicações recomendado por cada fabricante e fotopolimerizado. A outra
metade teve os adesivos aplicados duas vezes o recomendado pelo fabricante
com duas fotopolimerizações. Após o procedimento adesivo foram construídos
os corpos-de-prova com diâmetro de 4 mm com incrementos de 2 mm. Os
materiais fotopolimerizáveis foram ativados a uma intensidade de 400 mW/cm
2
.
Os corpos-de-prova foram armazenados em água destilada a 36°C por um
período de 2 semanas no qual foram realizadas 2500 termociclagens de
intervalos 5°C a 48°C. Após este procedimento, a realização dos testes de
resistência à união por cisalhamento foi realizada a uma velocidade de
carregamento de 0,5 mm/min. A comparação entre as formas de aplicação dos
adesivos foi analisada através do teste-t. Os modos de fratura foram avaliados
utilizando um estereomicroscópio em 20x e analisados pelo teste qui quadrado.
As falhas foram classificadas em coesiva em dentina, adesiva e mista. As
camadas adesivas foram analisadas em microscopia confocal a partir de 12
dentes extras que foram processados conforme a proposição de cada grupo
sem a aplicação do material restaurador. Os resultados mostraram um
aumento significativo nos valores de união do adesivo Prime&Bond NT
(Dentsply) quando da aplicação de dupla camada, porém para os outros dois
adesivos estudados não houve diferença significativa. Clinicamente todos os
adesivos pareciam ter camadas satisfatórias, porém na análise microscópica o
adesivo Prime&Bond NT (Dentsply), com uma camada, não apresentou
espessura uniforme. A penetração de adesivo nos túbulos e a zona de
hibridização foi visível para todos os grupos.
81
Masotti (2002) investigou a influência da velocidade de carregamento na
resistência à união e modo de falha no ensaio de μTBS. Para tanto, foram
utilizados incisivos bovinos (n=3), que após inclusão em resina acrílica, tiveram
suas faces vestibulares cortadas com disco diamantado em baixa velocidade
até exposição da dentina e, então, alisados com lixa de carbeto de silício de
granulação 600. Nesta superfície foi aplicado o sistema adesivo Single Bond
(3M) de acordo com as instruções do fabricante e construído um bloco de
resina composta Z100 (3M). Passadas 24 h em 100% de umidade relativa a
37°C, estes dentes foram cortados de forma a obter pequenas barras para o
ensaio de μTBS numa máquina de ensaio universal DL-2000 (Emic) nas
velocidades de carregamento 0,5 / 0,75 / 1,0 / 3,0 e 5,0 mm/min (n=15). Após,
os corpos-de-prova foram analisados em MEV para identificação dos modos de
falha, classificadas como sendo do tipo coesiva em substrato ou interfacial.
Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos. A
velocidade de carregamento de 1,0 mm/min alcançou o maior número de
classificação de falha do tipo interfacial, porém não houve diferença
estatisticamente significativa entre os grupos. Pela análise das falhas,
encontrou-se relação inversa entre velocidade de carregamento e falha do tipo
interfacial. Sem levar em conta a velocidade de carregamento, houve
associação significativa entre os valores de μTBS e índice de falha coesiva em
adesivo, com correlação inversa entre os fatores.
Carrilho et al. (2002) utilizaram ensaio de µTBS para avaliar a resistência
à união de quatro sistemas adesivos aplicados na dentina humana. Foram
utilizados 12 terceiros molares íntegros armazenados em solução de cloramina
a 0,5% cujo esmalte oclusal foi removido por meio de disco de diamante. As
superfícies de dentina oclusal do terço médio da face vestibular expostas foram
desgastadas e planificadas com lixa de granulação 600. Os dentes foram
divididos em quatro grupos de acordo com o sistema adesivo e a resina
composta utilizados e fotopolimerizados a uma intensidade de 600 mW/cm
2
:
Grupo 1 – Single Bond (3M) + P60; grupo 2 – Bond 1 (Jeneric/Pentron) +
Surefil; grupo 3 – Prime&Bond NT (Dentsply) + Alert e grupo 4 Prime&Bond 2.1
82
(Dentsply) + TPH. Após 24 h de armazenagem em água destilada a 37°C, os
dentes foram seccionados para que fossem obtidas amostras em formato de
pequenas barra com 0,8 mm
2
de área. Para o teste de µTBS foi utilizado uma
máquina de teste universal Kratos (Kratos Dinamometros, Embu, Brasil) a uma
velocidade de carregamento de 0,5 mm/min. O modo de fratura de cada corpo-
de-prova foi observado em lupa estereoscópica. As médias dos valores de
resistência à união em MPa foram (p<0,05): Grupo 1 - 35,6; grupo 2 – 33,3;
grupo 3 – 28,0 e grupo 4 – 34,8. A ANOVA demonstrou não haver diferença
significante entre os valores. O modo de fratura (qui-quadrado) predominante
foi o adesivo, entre o sistema adesivo e a dentina (63%), seguido do modo
misto, em que parte da fratura foi adesiva, entre o sistema adesivo e a dentina,
e parte coesiva no adesivo (34%). Os demais modos de fratura foram coesivos
em resina composta (2%) e coesivo em dentina (1%). Os autores concluíram
que os resultados de µTBS entre os grupos foram semelhantes.
Cardoso et al. (2002) avaliaram a µTBS do primer autocondicionante
(Clearfil SE Bond, SE) e um sistema de adesivo de frasco único (Excite, EX) no
esmalte e dentina. Vinte e oito molares humanos hígidos pré-estocados em
solução salina a 37°C foram usados em menos de 3 meses após sua extração.
Os dentes foram divididos ao acaso em quatro grupos (n=7): SE aplicado no
esmalte (SE-E); SE aplicado na dentina (SE-D); EX aplicado no esmalte (EX-
E); EX aplicado na dentina (EX-D). Para o substrato esmalte, superfícies
vestibular ou lingual foram alisadas com lixa de granulação 600 sem expor
dentina. Para o substrato dentina, a superfície oclusal teve seu esmalte
completamente removido (dentina oclusal do terço médio da face vestibular) e
alisado com lixa de granulação 600. Um bloco de resina composta (Tetric
Ceram, Vivadent) de aproximadamente 5x5x5 mm foi construído na superfície
preparada do dente com incrementos de 1 a 2 mm e fotopolimerizado por 40 s.
Todos os materiais fotoativáveis se deram por um valor acima de 600 mW/cm
2
.
Após 24 h, as amostras foram obtidas pelo corte do longo eixo x e y do dente.
Amostras no formato de pequenas barras de aproximadamente 0,8 mm
2
de
área na secção transversal foram obtidas e submetidas à avaliação em lupa
83
estereoscópica de 25x para verificar se o plano adesivo encontrava-se
perpendicular ao longo eixo da barra. Após, o teste de µTBS foi realizado com
uma máquina de teste Kratos (Kratos Dinamometros, Embu, Brasil) a uma
velocidade de carregamento de 0,5 mm/min. Os resultados mostraram que os
valores de µTBS (MPa) dos grupos testados foram: SE-E, 38,9 (±4,8); SE-D,
44,5 (±7,7); EX-E, 45,8 (±4,7); EX-D, 42,9 (±7,1). Estes valores não
apresentaram diferença significativa estatisticamente pela análise ANOVA de
dois fatores e teste Tukey a uma significância de p=0,05. Os autores
concluíram que a hipótese nula foi aceita, não existiram diferenças entre o
primer autocondicionante e o adesivo de frasco único testado. Ademais, as
condições de união fornecida por qualquer material de união no esmalte não
foram significativamente mais favoráveis do que na dentina. A maioria das
amostras falharam adesivamente sob carga de tração.
Moll et al. (2002) compararam o potencial de união da dentina humana,
através do teste de µTBS, combinando adesivo/resina utilizando 5 sistemas de
união de dois passos de condicionamento ácido total (OptiBond Solo, Gluma
One Bond, One Coat Bond, Prime&Bond NT e Solobond M), 2 sistemas de
união de três passos de condicionamento ácido total (OptiBond FL e EBS
Multi), 2 sistemas de união com primer autocondicionante (Clearfil Liner Bond 2
e Clearfil Liner Bond 2V) e 1 sistema adesivo autocondicionante de frasco
único (Etch&Prime 3.0). Para tanto, foram utilizados 50 terceiros molares
extraídos hígidos e previamente estocados em solução de cloramina a 1%
sendo utilizados dentro de um período de até 4 semanas. Os dentes tiveram
suas superfícies oclusais de esmalte completamente removidas (dentina
oclusal do terço médio da face vestibular) e alisadas com lixa de granulação
800. Um adesivo e resina composta híbrida foram fotopolimerizados na dentina
oclusal de cada dente conforme orientação do fabricante para os seguintes
grupos: OptiBond FL/Prodigy (Kerr, Karlsruhe, Alemanha); EBS Multi/Pertac II
(ESPE, Seefeld, Alemanha); OptiBond Solo/Prodgy (Kerr, Karlsruhe,
Alemanha); Gluma One Bond/Charisma F (Heraeus Kulzer, Wehrheim,
Alemanha); Solobond M/Arabesk (Voco, Cuxhaven, Alemanha); Prime&Bond
84
NT/TPH Spectrum (Dentsply De Trey, Konstanz, Alemanha); One Coat
Bond/Brilliant (Coltène, Altstätten, Suiça); Clearfil Liner Bond 2V/Deguffil
Mineral (Kuraray, Osaka, Japão/Degussa, Hanau, Alemanha); Clearfil Liner
Bond 2/Deguffil Mineral (Kuraray, Osaka, Japão/Degussa, Hanau, Alemanha) e
Etch&Prime 3.0/Degufill Mineral (Degussa, Hanau, Alemanha). Depois de
armazenada em água destilada (37°C, 24 h), cada dente foi cortado com o
intuito de obter corpos-de-prova com área de união adesiva girando no
intervalo de 0,79 a 0,90 mm
2
(n=15). O teste de µTBS foi aplicado a uma
velocidade de carregamento de 1 mm/min com o auxílio do dispositivo Bencor
Multi-T (Danville Engineering, San Ramon, EUA) associado a uma máquina de
teste universal Zwick 1120 (Zwick, Ulm, Alemanha). As superfícies descoladas
foram examinadas sob o MEV a uma magnificação de 200x para determinar o
tipo de falha e classificadas em: Coesiva em dentina; coesiva em resina
composta; e adesiva ao longo da interface adesivo/dentina. As áreas
descoladas receberam o seguinte processamento para o MEV:
Condicionamento com ácido fosfórico a 37,5% por 15 s; desidratação das
superfícies e cobertura de ouro pelo processo sputter-coated. Os testes
estatísticos GLM, teste Student-Newman-Keuls, Post-hoc e correlação de
Spearman (SPSS versão 10.0; p=0,05) foram aplicados. Os resultados
mostraram que as médias de resistência à união (MPa/desvio padrão) dos
sistemas de união de dois passos de condicionamento ácido total (OptiBond
Solo (39,9/10,6), Gluma One Bond (25,1/7,8), Solobond M (22,4/7,1),
Prime&Bond NT (20,6/6,2), One Coat Bond (19,9/7,6)) não foram
significativamente mais baixas do que o sistemas de união de três passos de
condicionamento ácido total (EBS Multi (26,0/7,6); OptiBond FL (32,7/11,7)).
Tratamento da dentina com sistemas de união com primer autocondicionante
(Clearfil Liner Bond 2: 22,0 MPa; Clearfil Liner Bond 2 V: 22,4 MPa) foi tão
efetivo quando condicionado ácido total. O sistema adesivo autocondicionante
de frasco único (Etch&Prime 3.0 (10,1/2,9)) produziu uma resistência
significativamente mais baixa do que todos os outros sistemas avaliados. Os
autores concluíram que o uso da combinação adesivo/resina incluíndo
sistemas de união simplificado (sistemas de união com primer
85
autocondicionante (2 passos) e sistemas de união de dois passos de
condicionamento ácido total (2 passos)) não necessariamente resultaram na
redução da μTBS na dentina. Em contraste, o sistema adesivo
autocondicionante de frasco único avaliado necessita ser melhorado.
Okuda et al. (2002) avaliaram a durabilidade a longo prazo do adesivo
em dentina pelo teste de µTBS e a relação da nanoinfiltração do sistema
adesivo de união em dentina. Para isto, 20 terceiros molares humanos
extraídos e armazenados congelados, até a sua utilização, foram lixados e
planificados com lixa de granulação 600 sob água corrente até a completa
remoção do esmalte da superfície oclusal (dentina oclusal do terço médio da
face vestibular). Clearfil Liner Bond 2V (LB2V; Kuraray Medical Co, Tokyo,
Japão) e Fluoro Bond (FB; Shofu Co, Kyoto, Japão) foram aplicados na
superfície da dentina seguindo as instruções do fabricante. Uma coroa foi
construída incrementalmente com resina composta Clearfil AP-X (Kuraray
Medical Co, Tokyo, Japão) e as amostras foram armazenadas em água por 24
h a 37°C. Os conjuntos foram seccionados verticalmente em fatias de
aproximadamente 0,7 mm de espessura para obter os corpos-de-prova para o
teste de µTBS. Todas as fatias, com aproximadamente 1,0 mm
2
de área de
união, foram imersas individualmente em frascos com água a 37°C, que foram
renovados diariamente. As amostras foram estocadas por 1 dia, 3 meses, 6
meses e 9 meses, e no período de tempo especificado, elas foram separadas
ao acaso em dois subgrupos: Um recebeu banho de solução de AgNO
3
a 50%
por uma hora e o outro, o controle, não recebeu este banho. Então, todas as
amostras foram submetidas ao teste de µTBS utilizando uma máquina
Shimadzu EZ-test (Shimadzu Co., Kyoto, Japão) a uma velocidade de
carregamento de 1 mm/min. As amostras fraturadas do subgrupo AgNO
3
foram
submetidas à micrografia em lupa em magnificação 64x para obtenção de
imagem digitalizada para análise das área de penetração de prata. Após, as
amostras foram processadas para análise em MEV as quais foram cobertas por
ouro pelo sistema sputter-coated e observadas a uma magnificação de 70x. Os
dados de resistência à união e das áreas de penetração de prata foram
86
submetidos à ANOVA de dois e três fatores, teste de Fisher, PLSD e análise de
regressão para testar a relação entre a μTBS e as áreas de penetração de
prata em cada período de tempo (num nível de confiança de 95%.). Para
ambos os sistemas adesivos, a resistência à união diminuiu gradualmente com
tempo, apesar de não existir diferença estatisticamente significante na
resistência à união do grupo FB entre os quatro períodos de tempo testados
(p>0,05). A penetração de prata na união das amostras dos grupos LB2V e FB
gradualmente aumentaram com o tempo. Análise de regressão mostrou uma
alta correlação negativa entre a μTBS e a penetração de prata no período de
armazenagem de 9 meses na união das amostras do grupo LB2V do que nos
períodos de tempo mais curto. Os autores consideraram que a degradação
hidrolítica no interior da camada híbrida aumenta gradualmente devido a
penetração de água por nanoinfiltração, resultando em baixas μTBS e falhas
interfaciais depois de 9 meses. Sistemas adesivos de primer
autocondicionantes podem exibir uma diminuição na resistência à união com o
passar do tempo devido à degradação hidrolítica por nanoinfiltração induzida.
Çehreli et al. (2003) avaliaram a influência de diferentes técnicas de
remoção de cárie (broca convencional; remoção quimio-mecânica/Carisolv -
MediTeam; um sistema de abrasão oscilante/Sonicsys Micro-Kavo e abrasão a
ar /PrepStar - Danville Engineering) por teste de µTBS em dentina humana
afetada por cárie. Vinte e quatro terceiros molares humanos extraídos com
cárie oclusal e conservados em soro fisiológico com cristais de timol a 4°C
tiveram suas superfícies oclusais alisadas, perpendicularmente ao seu longo
eixo, até expor dentina sadia circundante à dentina cariada. A lesão de cárie
planificada foi diagnosticada por valores fluorescente LASER 30 (DIAGNODent,
KaVo). As lesões cariosas foram removidas com uma das quatro técnicas até
que os valores de fluorescência LASER diminuíssem para 15 no centro da
lesão. Um adesivo de dentina a base de etanol (Single Bond, 3M) foi usado
para unir um bloco de resina composta (P60, 3M) construído com três camadas
no substrato. Cortes perpendiculares ao longo eixo do dente, após estocagem
por 24 h em água a 37°C, foram feitos para obter amostras (n=11/grupo) com
87
área de união adesiva medindo aproximadamente 1,0 mm
2
. As amostras foram
sujeitas ao teste de µTBS em um dispositivo Bencor Multi-T (Danville
Engineering, San Ramon, EUA) associado a uma máquina de teste universal
Instron (Instron Corp., Canton, EUA) a uma velocidade de carregamento de 1
mm/min. Os dados foram analisados por teste Kruskal-Wallis (p<0,01).
Investigação do MEV foi realizada para avaliar qualitativamente a camada
híbrida. Os resultados de µTBS obtidos foram: (média ± desvio padrão em
MPa): 6,4±5,3 (broca), 8,4±3,3 (Carisolv), 8,5±5,9 (Sonicsys Micro), e 8,8±8,8
(abrasão a ar). Análise estatística não mostrou diferença significativa entre
algumas das modalidades de tratamento. O tipo de fratura observado foi
caracterizado como coesiva na dentina para todas as amostras. Os autores
concluíram que as quatros diferentes técnicas de remoção de cárie usadas
neste estudo não influenciaram a resistência à união do adesivo dentinário
testado em dentina humana afetada por cárie.
Meerbeek et al. (2003) investigaram se a abrasão oscilante (SonicSys
Micro, Kavo), abrasão a ar (Prep Start, Danville) e irradiação a LASER Er:YAG
(Fidelis) produziriam superfícies no esmalte e dentina (dentina oclusal do terço
médio da face vestibular) igualmente receptivas a união tradicional em relação
as brocas de diamante de média granulação (Komet) e ao processo de
alisamento com lixas de granulação 600, na qual as duas citadas por último
serviram como controles. Para isto, 90 molares hígidos extraídos e estocados
em solução de cloramina 0,5% a 4°C foram divididos em 18 grupos
experimentais (9 para esmalte e 9 para dentina) e 12 grupos controles (6 para
esmalte e 6 para dentina). Um adesivo de condicionamento total (Opti Bond FL,
Kerr) aplicado com e sem ataque ácido prévio e um adesivo autocondicionante
(Clearfil SE, Kuraray) foram utilizados para unir um bloco de resina
restauradora (Z100, 3M ESPE) construído com 3 ou 4 camadas,
fotopolimerizado com intensidade não menor que 550 mW/cm
2
, para os
diversos preparos de superfície em esmalte e dentina. Depois de 24 h de
armazenamento em água a 37°C o corte das amostras em forma de ampulheta
com área adesiva de 1,2 mm de diâmetro (1,13 mm
2
de área) foi executado
88
para o teste de µTBS em um dispositivo de teste LRX (LRX, Lloyd, Inglaterra)
com velocidade de carregamento de 1 mm/min em célula de carga de 100N.
Para a análise estatística utilizou-se os testes Kruskal-Wallis e comparações
múltiplas de Dwass-Steel-Chritchlow-Fligner a um nível de significância de
0,05, Teste U de Mann-Whitney e Bonferroni a um nível de significância de
0,01. Os corpos-de-prova fraturados foram fixados em solução de cacodilato
com 2,5% de glutaraldeido, desidratados em banhos de etanol, montados em
stubs, e cobertos com ouro pelo processo de sputter-coated para análise em
MEV do tipo de fratura. Os resultados indicaram que o modo de preparo do
esmalte e dentina prévio aos procedimentos de união influenciaram
significativamente a efetividade de união dos adesivos experimentados. Os
autores concluíram que a união de esmalte e dentina tratados por abrasão
oscilante e abrasão a ar, foram, em geral, iguais à união convencional de
preparo de superfície com broca diamantada. Entretanto, união de esmalte e
dentina tratados por irradiação de ER:YAG, em geral, resulta em uma
efetividade de união significativamente menor comparada com a união por
brocas de diamante.
Toledano et al. (2003) propuseram estudar por teste de µTBS cinco
sistemas adesivos para dentina superficial ou profunda. Dez terceiros molares
humanos extraídos e armazenados em água a 4°C os quais 5 tiveram suas
planificações oclusais logo abaixo do esmalte (dentina oclusal do terço médio
da face vestibular) e os outros 5 tiveram sua planificação oclusal localizada no
limite cemento/esmalte (dentina oclusal profunda) a fim de obter,
respectivamente, dentinas superficiais e profundas obtidas com lixas de
granulação 180. Foram utilizados os seguintes adesivos: 1) três adesivos de
frasco único, de condicionamento ácido total, de dois passos (Single Bond
(sem carga), Prime &Bond NT (com carga), e Excite (com carga)), 2) um
adesivo de primer autocondicionante de dois passos (Clearfil SE Bond (com
carga)), e 3) um adesivo de frasco único autocondicionante de passo único
(Etch&Prime 3.0 (sem carga)) de acordo com as instruções do fabricante. A
resina composta FILTEK Z250 foi aplicada incrementalmente nas superfícies
89
preparadas. Depois de armazenados por 24 h em água a 37°C, os dentes
foram seccionados para obter pequenas barras de 1,0 mm
2
de área de secção
transversal (n=20 para cada um dos 10 grupos). Cada pequena barra foi
testada em um dispositivo Bencor Multi–T (Danville Engineering, San Ramon,
EUA) associado a uma máquina de teste universal Instron (Instron Corp.,
Canton, EUA) a uma velocidade de carregamento de 0,5 mm/min. Os corpos-
de-prova fraturados foram avaliados quanto ao tipo de fratura (coesiva em
dentina, coesiva em resina composta, adesiva ou mista) por
estereomicroscopia a uma magnificação de 40x. Resultados foram analisados
por ANOVA de dois fatores, Post-hoc e teste de Student-Newman-Keuls
(p=0,05). As uniões adesivas foram examinadas por MET. A nanoinfiltração foi
examinada usando a técnica de tingimento de prata. Os resultados de µTBS
em MPa/desvio padrão mostraram: Single Bond (superficial 41,8/10,8) e
(profunda 41,1/15,3); Prime&Bond NT (superficial 44,4/14,6) e (profunda
66,9/17,0); Excite (superficial 36,7/14,4) e (profunda 51,5/10,6); Clearfil SE
Bond (superficial 43,7/23,9) e (profunda 56,5/18,8); Etch&Prime 3.0 (superficial
27,9/11,8) e (profunda 36,3/11,9). Os resultados não mostraram diferença
estatística significativa entre as profundidades de dentina nos adesivos Single
Bond, Clearfil SE Bond e Etch&Prime 3.0, no entanto, para dentina profunda,
nos adesivos Prime&Bond NT e Excite mostraram desempenho melhor do que
em dentina superficial. Os menores valores foram obtidos com Etch&Prime 3.0.
A nanoinfiltração foi manifestada em extensão variável no interior das camadas
híbridas examinadas. Quanto ao tipo de fratura: Single Bond (superficial, 36,8%
adesiva e 63,2% mista) e (profunda, 37,2% adesiva e 62,8% mista);
Prime&Bond NT (superficial, 36,3% adesiva e 63,7% mista) e (profunda, 34,5%
adesiva e 65,5% mista); Excite (superficial, 43,7% adesiva e 56,3% mista) e
(profunda, 35,0% adesiva e 65,0% mista); Clearfil SE Bond (superficial, 33,7%
adesiva e 66,3% mista) e (profunda, 30,7% adesiva e 69,3% mista);
Etch&Prime 3.0 (superficial, 56,5% adesiva e 43,5% mista) e (profunda, 59,8%
adesiva e 40,2% mista). Para todas as profundidades todos os adesivos
apresentaram predomínio de falhas mistas sobre as adesivas, com exceção do
adesivo Etch&Prime 3.0 que apresentou para ambas profundidades um
90
predomínio de fraturas adesivas sobre as mistas. A μTBS para dentina é
dependente de ambos adesivos e substratos. Sistema autocondicionante
mostrou desempenho similar em qualquer profundidade da dentina.
Armstrong et al. (2003) avaliaram a durabilidade da união da dentina
usando 4 sistemas adesivos dentinário medido pelo teste de µTBS depois de
um período de 15 meses de armazenamento em água. Este experimento foi
conduzido a partir de 44 molares humanos hígidos extraídos e estocados em
solução de cloramina T 0,5% a 4°C utilizados dentro de 3 meses. Estes dentes
tiveram sua superfície oclusal de esmalte completamente removida através de
lixas de granulação 600 expondo a dentina superficial oclusal. Foram
distribuídos ao acaso em quatro grupos adesivos: Condicionamento ácido total
de três passos (TE3) (Scotchbond Multipurpose, 3M ESPE), condicionamento
ácido total de dois passos (TE2) (Single Bond, 3M ESPE), autocondicionante
de dois passos (SE2) (Clearfil SE Bond, Kuraray) e um autocondicionante de
um passo (SE1) (Prompt L-Pop, 3M ESPE). Uma coroa de resina composta
(Pertac II Aplitip, 3M ESPE) foi construída incrementalmente e fotopolimerizada
a aproximadamente 6 mm de distância. As amostras de 0,54 mm
2
(±0,08mm
2
)
foram estocadas em água destilada contendo cloramina T 0,5% a 37°C por um
período de 1, 6 e 15 meses, após este período foram tracionadas em uma
máquina de teste Zwick 1120 (Zwick, Ulm, Alemanha) a uma velocidade de
carregamento de 1 mm/min. As áreas fraturadas foram analisadas por MEV e
classificadas contendo falha na dentina, compósito, adesivo e mista. O
software SAS foi usado para aplicação dos testes estatísticos de Wilcoxon,
Qui-quadrado e Fischer a uma significância de 0,05. Os resultados de µTBS
(Grupo / tempo / n / mediana em MPa) foram: (TE3 / 1 mês / 22 / 51,39 MPa);
(TE3 / 6 meses / 22/ 47,61 MPa); (TE3 / 15 meses / 19/ 21,92 MPa); (TE2 / 1
mês / 20 / 40,37 MPa); (TE2 / 6 meses / 20 / 38,49 MPa); (TE2 / 15 meses / 9 /
15,96 MPa); (SE2 / 1 mês / 22 / 47,49 MPa); (SE2 / 6 meses / 22 / 44,52 MPa);
(SE2 / 15 meses / 17 / 21,60 MPa). Os resultados quanto ao tipo de fratura
(grupo / tempo / falha na dentina / falha no compósito / falha adesiva / falha
mista) foram: (TE3 / 1 mês / 8 / 6 / 1 / 7); (TE3 / 6 meses / 7 / 7 / 2 / 6); TE3 / 15
91
meses / 10 / 4 / 2 / 3); (TE2 / 1 mês / 7 / 6 / 0 / 7); (TE2 / 6 meses / 6 / 5 / 0 / 9);
(TE2 / 15 meses / 0 / 1 / 0 / 8); (SE2 / 1 mês / 11 / 9 / 1 / 1); (SE2 / 6 meses / 12
/ 5 / 0 / 5); (SE2 / 15meses / 14 / 3 / 0 / 0); Os resultados mostraram que o TE2
foi significativamente mais fraco do que o TE3 e SE2 após 1 e 6 meses de
armazenagem, mas todos três sistemas foram equivalentes depois de 15
meses de armazenagem. O sistema SE1 não pode ser testado devido a 58 de
65 amostras falharem durante o preparo da amostra. Os tipos de fraturas foram
dependentes do sistema adesivos e somente o sistema de condicionamento
total de dois passos demonstrou ausência de falha exclusivamente na união
adesiva para todos os tempos de armazenagem. Os autores concluíram que
embora diferenças na μTBS tenham sido observadas sobre os sistemas
adesivos para 1 e 6 meses de armazenagem, nenhuma diferença foi notada no
período 15 meses. Isto pode representar um mecanismo degradante comum.
Guzmán-Armstrong et al. (2003) avaliaram a correlação entre o teste de
µTBS e a penetração de íons prata em dentina, usando 2 sistemas de
condicionamento ácido total de três passos (OptiBond FL e ScotchBond
Multipurpouse) e 1 autocondicionante de dois passos (Clearfil SE Bond). Seis
terceiros molares humanos hígidos estocados em solução de timol 2% a 4°C a
partir de sua extração foram utilizados num período menor de 2 meses para o
início do processamento do teste de µTBS. O preparo de cada dente consistiu
na permanência destes em água por 24 h para depois planificar a dentina
superficial oclusal removendo todo o esmalte usando broca carbide em
conformador de micro corpos-de-prova da Universidade de Iowa. Para cada 2
superfícies de dentina planificada, cada um dos 3 adesivos foram aplicados
conforme preconizado pelos fabricantes e uma coroa de resina composta
(Prodigy, Kerr) foi construída em cada dente por incrementos de 2 mm
fotopolimerizadas por intensidade maior que 400 mW/cm
2
. Depois de 24 h de
armazenagem em água em laboratório a temperatura 22±1°C e umidade
relativa do ar de 54±1%, os dentes foram seccionados com um disco de
diamante de baixa velocidade para obter quatro pequenas barras (2x2 mm) por
dente. As amostras foram desgastadas em sua região de união adesiva com o
92
conformador de micro corpos-de-prova da Universidade de Iowa para obter o
formato cilíndrico para o teste de µTBS obtendo área de união de secção
transversal de 0,5 mm
2
para cada corpo-de-prova. As amostras foram imersas
em nitrato de prata a 50% por 15 min e logo após deixadas 12 h em solução
precipitadora de prata. O teste de µTBS foi realizado em uma máquina de teste
universal Zwick 1120 (Zwick, Ulm, Alemanha) a uma velocidade de
carregamento de 1 mm/min. O percentual da área de penetração de prata foi
medida nas amostras fraturadas usando uma Lupa a luz a uma magnificação
pelo somatório das lentes 0,6x e 4,0x pelo auxílio do software Image-Pro Plus.
Os resultados foram processados pelo software SAS pelo teste de correlação
de Spearman. Os resultados mostraram: OptiBond FL (µTBS=23,9 MPa;
nanoinfiltração=89%); Scotchbond Multipurpose Plus (µTBS=27,8 MPa;
nanoinfiltração=67%) e Clearfil SE Bond (µTBS=36 MPa;
nanoinfiltração=55%). Nenhuma correlação significante entre os grupos
adesivos foi identificada pela relação de µTBS e nanoinfiltração medida pela
penetração de prata. Apenas no grupo OptiBond FL uma relação negativa de
fraca a moderada foi encontrada entre µTBS e nanoinfiltração (Spearman r=-
0,3844). Nenhuma correlação foi encontrada para os sistemas adesivos
restantes. A correlação entre estas duas medidas laboratoriais parece ser
dependente do sistema adesivo. O objetivo principal da união do material
restaurador no tecido dentário é obter uma forte e durável união e um
selamento impermeável. A correlação entre medidas laboratoriais das
propriedades físicas tenta representar o desempenho clínico para:
Nanoinfiltração que tenta predizer problemas clínicos como cárie secundária,
reações pulpares e integridade marginal; e µTBS que tenta predizer a retenção
da restauração.
Munck et al. (2003) propuseram comparar a efetividade de união de
adesivos autocondicionante de um passo, dois passos e condicionamento
ácido total de dois passos por teste de µTBS. Cinqüenta e cinco terceiros
molares humanos hígidos estocados em solução de cloramina 0,5% a 4°C a
partir de sua extração foram utilizados num período menor de 1 mês para o
93
início do processamento do teste de µTBS. Para o preparo da dentina, as
superfícies oclusais de esmalte foram completamente removidas por disco
diamantado de baixa velocidade (dentina oclusal do terço médio da face
vestibular) com asperização da dentina com broca diamantada de granulação
regular através do conformador de micro corpo-de-prova. Para o preparo do
esmalte foi realizado, também, com broca diamantada de granulação regular
através do conformador de micro corpo-de-prova. As superfícies, agora planas,
foram tratadas seguindo as instruções do fabricante com três adesivos
autocondicionante frasco único (AQ Bond, Reactmer e Xeno CF Bond), dois
adesivos autocondicionante de dois passos (ABF experimental e Clearfil SE
Bond), um adesivo de condicionamento ácido total de dois passos
(Primer&Bond NT) e um adesivo de condicionamento ácido total de três passos
(OptiBond FL). Blocos de resina composta foram construídos de 3 a 4 camadas
usando Z100 fotopolimerizados por intensidade não menor que 550 mW/cm
2
.
Depois de 24 h de armazenamento em água a 37°C o corte das amostras em
forma de ampulheta com área adesiva de 1,2 mm de diâmetro (1,88 mm
2
de
área) foi executado para o teste de µTBS utilizando um dispositivo Ciucchi
associado a uma máquina de teste LRX (LRX, Lloyd, Inglaterra) a uma
velocidade de carregamento de 1 mm/min em célula de carga de 100N. Os
corpos-de-prova fraturados foram avaliados em MEV para determinar o tipo de
falha. Diferenças na µTBS foram determinadas para o esmalte e dentina
usando o teste Kruskal-Wallis, teste t e comparações múltiplas de Dwass-Steel-
Chritchlow-Fligner para p<0,05. Os resultados foram (grupo/n/MPa/desvio
padrão): AQ Bond esmalte/5/10,3/±3,4; Reactmer esmalte/6/13,6/±6,0; Xeno
CF Bond esmalte/6/12,2/±4,1; ABF esmalte/6/29,8/±6,1; Clearfil SE Bond
esmalte/6/22,4/±6,8; Prime&Bond NT esmalte/5/49,5/±13,5; OptiBond FL
esmalte/6/36,9/±9,8; AQ Bond dentina/3/23,0/±7,4; Reactmer
dentina/3/28,4/±9,9; Xeno CF Bond dentina/3/19,3/±5,5; ABF
dentina/4/40,8/±6,6; Clearfil SE Bond dentina/3/37,7/±10,4; Prime&Bond NT
dentina/3/31,0/±13,0; OptiBond FL dentina/3/59,6/±16,8. A µTBS em esmalte
para adesivo de condicionamento ácido total foi significativamente maior do
que para adesivo autocondicionante de um passo. Comparando a µTBS da
94
dentina, somente com OptiBond FL desempenhou valor significativamente mais
alto do que o adesivo autocondicionante de um passo. A maioria dos adesivos
autocondicionantes de um passo tiveram falha predominantemente adesiva
entre o substrato do dente e o adesivo, em contraste com os adesivos de dois
e três passos que revelaram geralmente mais falhas mistas coesivas e
adesivas. Os autores concluiram que os adesivos autocondicionantes de um
passo não são, ainda, tão confiáveis quanto os adesivos de condicionamento
ácido total de dois e três passos ou autocondicionante de dois passos devido à
baixa µTBS.
Dias et al. (2004)
a
compararam por teste de µTBS três adesivos em
esmalte bovino preparado com lixa de granulação 600, broca diamantada e
broca carbide. Trinta e seis dentes incisivos bovinos tiveram suas superfícies
vestibulares em esmalte planificadas com lixa de granulação 600. Estes foram
divididos aleatoriamente em 3 grupos de 12 dentes cada. O grupo 1 recebeu
tratamento superficial com broca diamantada de granulação regular. O grupo 2
recebeu tratamento com broca carbide e o grupo 3 (controle) recebeu novo
alisamento com lixa de granulação 600. Cada grupo foi subdividido conforme o
tipo de sistema adesivo a ser utilizado e procedida a união conforme
preconizado pelos respectivos fabricantes: Sistema adesivo de condionamento
total SB (Single Bond, 3M ESPE); sistema adesivo de primer autocondicionante
SE (Clearfil SE Bond, Kuraray); e sistema adesivo autocondicionante BF (One-
Up Bond F, Tokuyama). Uma coroa de resina de 4 mm foi construída
incrementalmente na superfície de união fotopolimerizada por intensidade de
600 mW/cm
2
, a partir deste ponto, as amostras foram armazenadas em água
por 24 h a 37°C e submetidas a cortes para obter o formato de ampulheta
(n=12) com área adesiva de 1,4 mm de diâmetro (1,53 mm
2
de área), só então,
montadas para teste de µTBS em um dispositivo Ciucchi associadoa a uma
máquina de teste universal Shimadzu EZ-test (Shimadzu Co., Kyoto, Japão)
com velocidade de carregamento de 1 mm/min. Dados do teste de µTBS foram
analisados usando ANOVA e teste PLSD de Fisher (α=0,05). Os resultados
foram (adesivo / processamento / média MPa / desvio padrão): (SB / lixa / 38,1
95
/ ±12,6); (SE / lixa / 51,3 / ±7,7); (BF / lixa / 31,6 / ±8,3); (SB / Bdiamantada /
32,1 / ±3,6); (SE / Bdiamantada / 35,5 / ±8,8); (BF / Bdiamantada / 21,4 / ±3,7);
(SB / Bcarbide / 37,6 / ±8,8); (SE / Bcarbide / 30,8 / ±9,2); (BF / Bcarbide / 21,3
/ ±5,3); Os resultados mostraram que a resistência à união de cada sistema
autocondicionante foi menor quando o esmalte foi preparado usando uma
broca de diamante ou broca carbide, e maior com lixa de granulação 600.
Diferenças de µTBS entre superfícies preparadas com broca de diamante e
carbide não foram significativas. O método de preparo da superfície não afetou
o sistema de condicionamento total. Os autores concluíram que diferentes
instrumentos de preparo são improváveis de afetar a resistência à união resina-
esmalte.
Koase et al. (2004) compararam por teste de µTBS dois sistemas
adesivos autocondicionantes de frasco único (Xeno CF Bond (Xeno), Prompt L-
Pop (PL)) e um sistema adesivo experimental autocondicionante de dois
passos (ABF(ABF)) para dois tipos de corte de dentina. Para tanto, 18 pré-
molares humanos hígidos estocados em solução de cloramina T 0,5% a 4°C, a
partir de sua extração, foram utilizados no teste de µTBS. Nove dentes tiveram
suas dentinas planificadas com ponta diamantada de granulação superfina na
região vestibular amelo-cementária. Outros nove dentes receberam o mesmo
tratamento trocando apenas a granulação da ponta (regular). Usando um dos
três adesivos, conforme preconizado por cada fabricante, foram criados os
grupos, divididos conforme as granulações das pontas e adesivos. Um bloco de
um material restaurador (Clearfil AP-X, Kuraray) foi construído
incrementalmente em cada superfície de dentina processada. Depois de
armazenadas 24 h em água a 37°C, as amostras foram seccionadas em seis
ou sete fatias de aproximadamente 0,7 mm de espessura perpendicular à
superfície de união e submetidas a cortes para obter o formato de ampulheta
com área adesiva de 1,4 mm de diâmetro (1,53 mm
2
de área), só então,
montadas para o teste de µTBS em um dispositivo Ciucchi associado a uma
máquina de teste universal Shimadzu EZ-test (Shimadzu Co., Kyoto, Japão)
com velocidade de carregamento de 1 mm/min e observadas em MEV para
96
determinar o tipo de falha: (i) Interfacial (topo ou base de camada híbrida); (ca)
coesiva adesiva; (cd) coesiva em dentina; (ccr) coesiva em resina composta;
(m) mista, para caracterizar 100% da falha. Os resultados de µTBS foram
(grupo / tratamento / média MPa / desvio padrão): (Xeno / regular / 35,1 / 11,2);
(PL / regular / 33,7 / 12,6); (ABF / regular / 38,9 / 10,2); (Xeno / superfina / 49,1
/ 13,6); (PL / superfina / 54,7 / 16,4); (ABF / superfina / 33,9 / 8,6). Os
resultados de falha foram (grupo/tratamento/falha-%): Xeno/regular/(m-
68,2)(cd-13,6)(ca-18,2); PL/regular/(m-60,0)(cd-10,0)(ccr-30,0);
ABF/regular/(m-60,0)(cd-4,0)(ca-36,0); Xeno/superfina/(m-65,2)(ccr-34,8);
PL/superfina/(m-31,8)(ccr-68,2); ABF/superfina/(m-41,2)(ca-58,8). Os
resultados mostraram que quando Xeno e PL foram colados a dentina cortada
com ponta de granulação regular, os valores de µTBS foram menores do que
da dentina cortada com ponta de granulação superfina, enquanto que o
adesivo experimental de dois passos não mostrou diferença significativa na
μTBS entre as duas superfícies cortadas de modo diferente. Os autores
concluíram que os adesivos autocondicionantes de frasco único testados no
estudo melhoraram a resistência à união quando unida à dentina cortada com
ponta superfina, enquanto que o adesivo autocondicionante de dois passos
experimental mostrou união inalterada para ambas as superfícies de dentina
cortada por ponta superfina e ponta regular.
Reis et al. (2004)
a
verificaram a influência do tempo de armazenagem e
a velocidade de corte durante o preparo de amostras para teste de µTBS em
dentina de um adesivo de frasco único. Trinta e seis terceiros molares
humanos hígidos estocados em solução de cloramina 0,5% a 4°C a partir de
sua extração foram utilizados num período menor de 6 meses para o início do
processamento do teste de µTBS. Cada dente teve o esmalte oclusal
completamente removido e sua dentina alisada (dentina oclusal do terço médio
da face vestibular) com lixa de granulação 600. Um sistema adesivo (Single
Bond) foi aplicado de acordo com as instruções do fabricante, e coroas de
resina (Filtek Z250) foram construídas por incrementos de 1 mm, e
fotopolimerizadas a uma intensidade de 600 mW/cm
2
. As amostras foram
97
armazenadas por 10 min, 24 h ou uma semana em água destilada a 37°C.
Após o período de cada armazenagem, elas foram cortadas por disco
diamantado de forma a obter-se pequenas barras em diferentes velocidades de
corte 0,5, 1,6, 2,6 m/s para obter área de secção transversal de
aproximadamente 0,8 mm
2
(variando de 0,76 a 0,84 mm
2
). As amostras foram,
então, testadas em uma máquina de teste universal Kratos (Kratos
Dinamometros, Embu, Brasil) a uma velocidade de carregamento de 0,5
mm/min e os corpos fraturados analisados em MEV a uma magnificação de
400x para avaliar o tipo de falha (coesiva (dentro da dentina ou da resina
composta), adesiva (entre a dentina e a resina composta) e mista (combinação
entre coesiva e adesiva)). ANOVA de dois fatores, comparações múltiplas de
Post hoc e teste Tukey foram utilizados para análise estatística ao nível de
significância de 95% para o tempo de armazenamento, velocidade de corte e
comparação de média de µTBS. Os resultados de µTBS foram
(velocidade/armazenagem/média-MPa/desvio padrão): (0,5 m/s / 10 min / 33,9 /
±12,6); (0,5 m/s / 24 h / 33,9 / ±14,7); (0,5 m/s / 1 semana / 34,0 / ±16,6); (1,6
m/s / 10 min / 38,2 / ±13,1); (1,6 m/s / 24 h / 46,2 / ±15,9); (1,6 m/s / 1
semana / 35,3 / ±11,9); (2,6 m/s / 10 min / 35,9 / ±14,8); (2,6 m/s / 24 h/ 42,5
/ ±15,3); (2,6 m/s / 1 semana / 48,9 / ±18,9). Os resultados mostraram que: A
média mais alta da μTBS foi obtida com um tempo de armazenagem de uma
semana e velocidade de corte de 2,6 m/s; a mais baixa média foi encontrada
quando as amostras foram preparadas imediatamente após a colocação de
resina composta e cortada a 0,5 m/s. Os autores concluíram que tanto o tempo
de armazenamento quanto a velocidade de corte podem afetar os resultados
da μTBS. Por essa razão, estas variáveis devem ser controladas em testes de
µTBS.
Reis et al. (2004)
b
investigaram a influência da velocidade de
carregamento nos teste de µTBS com dois sistemas adesivos de dentina. Dez
terceiros molares humanos hígidos estocados em solução de cloramina 0,5% a
4°C a partir de sua extração foram utilizados num período menor de 6 meses
para o início do processamento do teste de µTBS. Cada dente teve o esmalte
98
oclusal completamente removido e sua dentina alisada (dentina oclusal do
terço médio da face vestibular) com lixa de granulação 600. Os sistemas
adesivos Single Bond e Clearfil SE Bond foram aplicados de acordo com as
instruções do fabricante, e coroas de resina (Filtek Z250) foram construídas
com incrementos de 1 mm e polimerizadas por uma intensidade de 600
mW/cm
2
. Depois de 24 h em água destilada a 37°C elas foram cortadas por
disco diamantado de forma a obter-se pequenas barras a uma freqüência de
corte de 300 rpm para obter área de secção transversal de aproximadamente
0,8 mm
2
(variando de 0,82 a 0,93 mm
2
). As amostras, só então, foram testadas
em uma máquina de teste universal Instron (Instron Corp., Canton, EUA) em 5
velocidades de carregamento (0,1 mm/min; 0,5 mm/min; 1,0 mm/min; 2,0
mm/min e 4,0 mm/min). O padrão de fratura foi analisado por
estereomicroscopio depois da fratura (400x). Para comparar os dados de
µTBS, ANOVA de dois fatores, comparações múltiplas de Post-hoc e teste
Tukey foram utilizados para análise estatística ao nível de significância de 95%
para sistemas adesivos e velocidade de carregamento. Os resultados
mostraram que ANOVA de dois fatores não detectou diferenças
estatisticamente significativas tanto para a interação quanto para velocidade.
Diferenças foram somente detectadas entre os sistemas adesivos, Single Bond
mostrando mais altos valores de resistência à união do que Clearfil SE Bond.
Os autores concluíram que, sem levar em conta o sistema adesivo empregado,
a velocidade de carregamento usada em testes de µTBS não influenciou os
valores de resistência à união.
Dias et al. (2004)
b
compararam pelo teste de µTBS cinco adesivos de
dentina humana preparadas com lixa de granulação 600, pontas diamantadas,
e broca carbide. A hipótese nula foi que os diferentes instrumentos de preparo
cavitário não afetariam a adesão dos sistemas adesivos. Para isto foram
utilizados 45 molares humanos hígidos estocados em congelador a partir de
suas extrações. Os dentes tiveram suas superfícies oclusais em esmalte
completamente removidas até chegar ao terço médio da coroa usando uma
seqüência de lixas de granulação 180 e 320. Foram divididos ao acaso em três
99
grupos: O grupo 1 recebeu preparo com ponta cilíndrica diamantada de
granulação média; o grupo 2 recebeu preparo com broca cilíndrica carbide ; e o
grupo 3 foi alisado com lixa de granulação 600. Cada grupo foi subdividido de
acordo com o adesivo usado. Cinco adesivos foram usados: Um sistema
adesivo de condicionamento ácido total (Single Bond (SB), 3M ESPE); três
sistemas adesivos de primer autocondicionante (Clearfil SE Bond (SE) e ABF
(ABF), Kuraray: Imperva Fluorobond (IF), Shofu), e um adesivo
autocondicionante (One-Up Bond F (OBF), Tokuyama). Todos os sistemas
adesivos foram utilizados conforme preconizado pelo fabricante e,
subseqüentemente, uma coroa de resina de 4 mm foi construída
incrementalmente na superfície tratada. Os materiais fotoativáveis foram
fotopolimerizados a uma intensidade de 600 mW/cm
2
. As amostras foram
armazenadas em água por 24 h a 37°C pada depois serem seccionadas em
fatias de 0,7 mm de espessura perpendicular à superfície de união e
submetidas a cortes para obter o formato de ampulheta (n variando de 17 a 27
com média de 22 em cada grupo) com área adesiva de 1,4 mm de diâmetro
(1,53 mm
2
de área).Só então, foram montadas para o teste de µTBS em um
dispositivo Ciucchi associado a máquina de teste universal Shimadzu EZ-test
(Shimadzu Co., Kyoto, Japão) com velocidade de carregamento de 1 mm/min.
A µTBS foi calculada pela divisão da carga de fratura pela área de secção
fraturada. Os corpos-de-prova fraturados foram analisados por
estereomicroscopia e MEV para determinar o tipo de fratura: Adesiva (falha
total ou parcial no adesivo); dentina (falha total ou parcial na dentina);
compósito (falha total ou parcial na resina composta); e híbrida (falha na
camada híbrida). Os testes estatísticos utilizados foram ANOVA, PLSD e teste
de Fisher (p<0,05). Os resultados foram (tratamento/adesivo/média-MPa/desvio
padrão): Lixa/SE/59,3/±12,4; Diamantada/SE/59,0/±8,0; Carbide/SE/71,4/±10,1;
Lixa/ABF/45,6/±7,5; Diamantada/ABF/47,3/±11,0; Carbide/ABF/57,9/±10,3
Lixa/IF/33,8/±12,3; Diamantada/IF/37,0/±8,7; Carbide/IF/41,2/±12,9;
Lixa/OBF/33,4/±6.1; Diamantada/OBF/35,0/±4,0; Carbide/OBF/41,9/±7,9;
Lixa/SB/31,7/±7,5; Diamantada/SB/28,6/±6,5; Carbide/SB/36,7/±9,8. Os
resultados de µTBS mostraram que o preparo da superfície usando broca
100
carbide geralmente produziu µTBS maior do que o preparo usando tanto ponta
diamantada quanto lixa abrasiva. SE Bond teve a mais alta média de µTBS dos
cinco adesivos testados. Os resultados quanto ao modo de fratura mostraram
que na estereomicroscopia 313 dos 323 corpos-de-prova (96,9%) falharam na
interface. Em MEV, as análises mostraram que, exceto para SB, todos os
adesivos aplicados em dentina tratada com broca carbide tiveram mais
incidência de falhas coesivas, tanto em dentina como em compósito, quando
comparados com tratamento dentinário de ponta diamantada ou lixa. Para o
adesivo SB, o principal modo de falha foi adesiva e híbrida independente do
tipo de tratamento dentinário. Os autores concluíram que a μTBS do adesivo na
dentina pode ser afetada pelo tipo de instrumento usado para preparar o dente.
Especificamente, alta µTBS poderia ser alcançada pelo uso de brocas carbide,
esta, mais alta que as pontas diamantadas.
Goracci et al. (2004) mediram a µTBS, no esmalte e dentina, três
sistemas adesivos autocondicionantes (Adper Prompt L-Pop, Xeno CFII,
AdheSE) comparando com um sistema adesivo de condicionamento ácido total
(Excite). Quarenta molares humanos hígidos estocados em solução salina
0,9% a 37°C a partir de sua extração foram utilizados num período menor de 1
mês para o início do processamento do teste de µTBS. Foram, então, divididos
em quatro grupos de 10 dentes (um grupo por sistema adesivo). Metade de
cada um destes grupos foram submetidos ao teste de µTBS nas superfícies de
esmalte (E), obtidas pela planificação da superfície vestibular por lixas de
granulação 180. A outra metade de cada um destes grupos foram submetidos
ao teste de µTBS nas superfícies de dentina oclusal do terço médio da face
vestibular (D), obtidas pela remoção completa do esmalte oclusal pelo
alisamento com lixa de granulação 180. Cada adesivo foi utilizado conforme
preconizado pelo fabricante e em cada superfície tratada foi construído blocos
de resina composta (Tetric Ceram) com incrementos de 1 a 2 mm e
polimerizados a uma intensidade de 750 mW/cm
2
. Assim, os seguintes grupos
experimentais foram então formados: E(APLP) Adper Prompt L-Pop (3M ESPE)
no esmalte; E(XCF) Xeno CFII (Sanking Koygo) no esmalte; E(ASE) AdheSE
101
(Ivoclar-Vivadent) no esmalte; E(EX) Excite (Ivoclar-Vivadent) no esmalte;
D(APLP) Adper Prompt L-Pop (3M ESPE) na dentina; D(XCF) Xeno CFII
(Sanking Koygo) na dentina; D(ASE) AdheSE (Ivoclar-Vivadent) na dentina;
D(EX) Excite (Ivoclar-Vivadent) na dentina. Uma vez construído os blocos,
cada um foi armazenado em solução salina 0,9% a 37°C por 24 h. Cada dente
foi cortado por disco diamantado de maneira a obter pequenas barras com area
de união adesiva de 0,81 mm
2
(0,9 x 0,9 mm). As amostras renderam de 15 a
20 corpos-de-prova que foram testados em uma máquina de teste universal
Instron (Instron Corp., Canton, EUA) a uma velocidade de carregamento de 0,5
mm/min. A força exercida foi medida em Newton e a resistência à união nas
falhas em MPa. Kolmogorov-Smirnov, ANOVA de dois fatores e teste Tukey
foram aplicados a uma significância de p<0,05. Os resultados foram (grupo /
média MPa/desvio padrão):(D(EX)/45,80/±5,79);(D(ASE)/28,48/±4,71);
(D(XCF)/27,22/±2,74);(D(APLP)/20,16/±2,07);(E(EX)/42,92/±4,80); (E(ASE) /
22,74/±4,03);(E(XCF)/27,86/±3,28); (E(APLP)/23,90/±4,13).Os esultados
mostraram que os valores da μTBS do Excite (controle) foram
significativamente maiores do que os outros adesivos testados em esmalte e
dentina. O adesivo autocondicionante AdheSE e Xeno CFII mostraram adesão
significantemente mais forte que Adper Prompt L-Pop (20,16±2,07 MPa) na
dentina. No esmalte, todos os materiais testados autocondicionantes tiveram
desempenho similar. O substrato não parece ter influenciado significativamente
a adesão, assim como cada material alcançou μTBS em níveis similares em
esmalte e dentina. Os autores concluíram que em ambos substratos os
adesivos autocondicionantes testados desempenharam menor µTBS do que
do sistema condicionamento ácido total.
Carvalho e Turbino (2005) propuseram avaliar por µTBS a união da
resina composta ao esmalte associado a um sistema adesivo convencional e a
um sistema autocondicionante polimerizados por luz halógena e LED. Quarenta
dentes bovinos tiveram suas superfícies de esmalte vestibulares alisadas com
lixa de granulação 600. Foram divididos em 4 grupos com 10 dentes em cada
(n = 10), para aplicação dos adesivos Scotchbond Multipurpose Plus (3M-
ESPE) e Clearfil SE Bond (Kuraray) conforme orientação do fabricante, ambos
102
polimerizados por 10 s tanto pela luz halógena (Degulux Soft Start – Degussa
Hills) com potência de 550 mW/cm
2
como pelo LED (Kerr Demetron) com
potência de 600 mW/cm
2
. A resina composta Filtek Z250 foi aplicada em 4
incrementos de 1 mm com auxílio de uma matriz de silicona de condensação
de formato quadrado com dimensões de 5 mm x 5 mm; sendo polimerizada
tanto pela luz halógena como por LED por 40 s para cada grupo. Após, foram
submetidos a cortes para obtenção de corpos-de-prova com área de união de
aproximadamente 1 mm
2
. Os corpos-de-prova foram tracionados em máquina
de teste universal Mini Instron (Instron Corp., Canton, EUA) a uma velocidade
de carregamento de 0,5 mm/min. Os resultados foram processados pelos
testes estatísticos de ANOVA e Tukey. Com base nos resultados, os autores
verificaram que: O adesivo Scotchbond Multipurpose Plus polimerizado com luz
halógena apresentou os maiores valores de adesão (39,69 ± 7,07 MPa) do que
os outros grupos os quais não apresentaram diferença estatisticamente
significante entre si. Scotchbond Multipurpose Plus polimerizado por LED
(22,28 ± 2,63 MPa), Clearfil SE Bond polimerizado por luz halógena
(27,82 ± 2,65 MPa) e por LED (22,89 ± 5,09 MPa). Os autores concluíram que
fotopolimerização de 550 mW/cm
2
por luz halógena produz maior µTBS do que
fotopolimerização de 600 mW/cm
2
por LED para ambos adesivos utilizados.
Sadek et al. (2005)
a
propuseram avaliar 11 sistemas adesivos
representativos pelo teste de µTBS imediato e 24 h após a união. Para tanto,
foram usados 33 molares humanos hígidos estocados em solução de cloramina
T 1% a 4°C e usados dentro de um período de 1 mês. Os dentes tiveram suas
superfícies de esmalte oclusais removidas até expor a dentina do terço médio,
que foram alisadas com lixas de granulação 180. Os blocos de resina
composta (Tetric Ceram, Ivoclar-Vivadent) foram construídos incrementalmente
na superfície dentinária, fotopolimerizados a uma intensidade de 600 mW/cm
2
,
usando os adesivos (Adper Scotchbond MP; Adper Scotchbond 1; OptiBond
Solo Plus; Clearfil SE Bond; AdheSE; Tyrian SPE + One Step Plus, OptiBond
Solo Plus autocondicionante, One-Up Bond F; iBond; Adper Prompt L-Pop;
Xeno III) de acordo com as respectivas instruções dos fabricantes. As amostras
103
foram cortadas a fim de obter corpos-de-prova em forma de pequenas barras
com área de união adesiva medindo 0,9 x 0,9 mm (0,81 mm
2
) para o teste de
µTBS imediato e 24 h após. Para os corpos-de-prova submetidos ao teste 24 h
depois, a estocagem transcorreu em água destilada a 37°C. O teste se deu em
máquina universal de teste Triax Digital 50 (Controls, Milão, Itália) com o uso
do dispositivo Bencor Multi-T (Danville Engineering, San Ramon, EUA). Os
dados foram analisados por teste Kolmogorow-Smirnov, ANOVA de dois
fatores, teste LSD, Post-hoc e correlação de Spearman a um grau de
significância de p<0,05. Os resultados mostraram que nenhuma diferença
significativa foram encontradas entre a resistência à união imediata ou 24 h
após. Entretanto, diferenças significativas foram observadas entre adesivos
(p<0.001). O adesivo iBond mostrou valores estatisticamente mais baixos
quando comparado a todos os outros adesivos. Tyrian SPE + One Step Plus;
One-Up Bond F; Adper Prompt L-Pop; Xeno III, todos adesivos
autocondicionantes, foram significativamente mais fracos do que Adper
Scotchbond MP; Adper Scotchbond 1; OptiBond Solo Plus; Clearfil SE Bond;
AdheSE, OptiBond Solo Plus autocondicionante, que não diferiram
estatisticamente um do outro. Os autores concluíram que a μTBS dos sistemas
adesivos representativos de quatro categorias de agentes de união não foram
equivalentes, registraram valores mais baixos para os adesivos
autocondicionantes de um passo. Não ocorreram diferenças na μTBS nos
valores obtidos imediatamente ou depois de 24 h.
Cardoso et al. (2005) propuseram avaliar o efeito do solvente orgânico
(acetona ou etanol) por teste de µTBS de um sistema adesivo aplicado na
dentina úmida ou seca. Para tanto, 16 terceiros molares humanos extraídos
foram estocados em soro fisiológico em temperatura ambiente. Tiveram suas
superfícies oclusais em esmalte completamente removidas e alisadas com lixas
de granulação 600 para expor a superfície de dentina. Foi aplicado, conforme
preconizado por cada fabricante, um sistema adesivo de frasco único a base de
etanol (Gluma Comfort Bond, Heraeus/Kulzer (GCB)) foi aplicado na metade
mesial e um outro sistema adesivo de frasco único a base de acetona (Gluma
104
One Bond, Heraeus/Kulzer (GOB)) foi aplicado na metade distal da superfície
da dentina lixada. Os dentes foram aleatoriamente divididos nos seguintes
grupos. No grupo 1, a dentina condicionada foi completamente seca com ar e o
sistema adesivo GCB foi aplicado. No grupo 2, a dentina condicionada foi
completamente seca com ar e o sistema adesivo GOB foi aplicado. No grupo 3,
excesso de umidade foi removido depois do condicionamento ácido, deixando
uma superfície de dentina úmida e o sistema adesivo GCB foi aplicado. No
grupo 4, excesso de umidade foi removido depois do condicionamento ácido,
deixando uma superfície de dentina úmida e o sistema adesivo GOB foi
aplicado. Um bloco de resina composta híbrido (Venus, Heraeus/Kulzer) foi
aplicado a superfície dentinária em 4 incrementos de 1 mm e fotopolimerizado
(500 mW/cm
2
) de acordo com as instruções do fabricante. As amostras foram
então seccionadas com uma serra de diamante de baixa velocidade de forma a
obter pequenas barras (12 por grupo) com uma secção transversal de 0,5 mm
2
± 0,05 mm
2
. O teste de µTBS foi realizado, 24 h depois da estocagem em água
a temperatura ambiente, com um aparelho Bencor Multi-T (Danville
Engineering, San Ramon, EUA) numa máquina de teste universal Instron
(Instron Corp., Canton, EUA) a uma velocidade de carregamento de 0,5
mm/min. Os dados foram submetidos a ANOVA de dois fatores e teste Post-
hoc (p<0,05). Os valores de µTBS (média MPa±desvio padrão) experimentais
medidos foram: Na dentina seca Grupo 1 (37,0±10,6) e grupo 2 (34,7±9,0);
na dentina úmida Grupo 3 (50,7±11,0) e grupo 4 (38,5±10,5). Adesivos a
base de etanol resultaram em µTBS mais alta do que adesivos a base de
acetona (p<0,008) e uniões de dentina úmida resultou em µTBS mais alta do
que dentina seca (p<0,001). GCB aplicado na dentina úmida resultou em
resistência à união estatisticamente mais alta do que os outros grupos. Os
autores concluiram que os valores de µTBS mais altos foram obtidos com o uso
de um adesivo a base de etanol na dentina úmida.
Sadek et al. (2005)
b
propuseram verificar a influência da velocidade de
corte durante o preparo das amostras no teste de µTBS, nos valores de
resistência à união e na integridade microscópica da amostra de um sistema
105
adesivo de frasco único para esmalte e dentina. Para isto, 30 terceiros molares
humanos hígidos armazenados em solução de cloramina 1% a 4°C foram
usados dentro de 3 meses após extração. Para o estudo em esmalte (E), os
dentes tiveram suas superfícies vestibulares alisadas, sem expor dentina, com
lixa de granulação 180. Para o estudo em dentina (D), eles tiveram suas
superfícies oclusais de esmalte completamente removidas e alisadas com lixa
de granulação 180 até o terço médio da face vestibular. Neste ponto, os dentes
receberam o adesivo Excite (Ivoclar-Vivadent) e posterior confecção de blocos
de resina composta Tetric Ceram (Ivoclar-Vivadent) construídos com
incrementos de 1 mm de acordo com as instruções do fabricante e
fotopolimerizados a uma intensidade de 750 mW/cm
2
. Depois de 24 h de
armazenamento em água destilada a 37ºC, os dentes restaurados foram
seccionados nos eixos x e y sob diferentes velocidades de corte: 100, 200 e
400 rpm, obtendo amostras em forma de pequenas barras com área de secção
transversal de 1,0 mm
2
. Cinco amostras de cada grupo foram seleciondas ao
acaso para serem analisadas pelo MEV sem sofrer o teste de µTBS. A limpeza
das barras para esta análise se deu pela aplicação de ácido fosfórico a 36%
durante 5 s, lavagem abundante e secagem gentil para montagem em stubs e
processo de sputter-coated. As barras que não foram analisadas por MEV
foram submetidas ao teste de µTBS por uma máquina de teste universal Triax
Digital 50 (Controls, Milão, Itália) a uma velocidade de carregamento de 0,5
mm/min. Os modos de falha foram observados em microscópio ótico e
classificados em falhas: Adesiva; coesiva em resina composta; coesiva em
esmalte/dentina. A análise estatística se deu pelos testes Kolmogorov-Smirnov,
ANOVA, Post-hoc e Tukey a uma significância de p=0,05. Os resultados foram
(grupo/média-MPa/desvio padrão): D100/36,33/3,96; D200/36,65/5,23;
D400/38,50/6,36; E100/27,31; E200/25,81/1,34; E400/21,52/1,59. As μTBS de
dentina foram significativamente mais altas do que as de esmalte, análise da
influência da velocidade de corte foi realizada separadamente, por substrato.
Na análise do MEV, melhor integridade para a dentina foi observada quando
comparada ao esmalte, no qual, este último, a integridade foi maior nos grupos
de corte de velocidade mais baixa. Os autores concluíram que a velocidade de
106
corte é um fator importante que deve ser considerado, principalmente quando
esmalte é envolvido, já que ele pode afetar os resultados de μTBS e a
integridade da amostra.
Kenshima et al. (2005) propuseram medir a capacidade de
tamponamento dos sistemas adesivos autocondicionates e avaliar o efeito da
espessura do smear layer, a média da extensão das bolhas (GW) e a µTBS na
dentina. Para tanto, 30 terceiros molares hígidos foram estocados em solução
de cloramina 0,5% e usados dentro de um período de 6 meses. As superfícies
oclusais de esmalte foram removidas completamente e seccionada
longitudinalmente na direção vestíbulo-lingual. Cada metade recebeu
alisamentos diferentes: Uma foi alisada com lixa de granulação 600 para obter
um smear layer fino; e a outra foi alisada com lixa de granulação 60 para obter
smear layer espesso. Os adesivos Clearfil SE Bond (Kuraray) (SE), OptiBond
Solo Plus Self-etch Primer + OptiBond Solo Plus (Kerr) (SO), Tyrian Self
Priming Etchant + One Step Plus (Bisco) (TY) e como um controle, Single Bond
(3M ESPE) (SB) e ScotchBond Multipurpose Plus (3M ESPE) (SC) foram
usados (conforme orientação de cada fabricante) com restaurador universal
Filtek Z250. A escolha dos dentes para aplicação do adesivo foi aleatória (n=6)
e a coroa de resina foi feita com incrementos de 1 mm e fotopolimerizadas a
uma intensidade de 600 mW/cm
2
. Depois de 24 h de estocagem em água
destilada a 37°C, foram preparadas pequenas barras de resina-dentina com
área de união de aproximadamente 0,8 mm
2
. A GW das pequenas barras foi
medida com aumento de 400x antes do teste de µTBS que foi realizado em
máquina de teste universal Kratos (Kratos Dinamometros, Embu, Brasil) a uma
velocidade de carregamento de 0,5 mm/min. O índice de µTBS foi calculado
incluíndo a contribuição do tipo de falha relativa. Os dados foram analisados
por ANOVA de dois fatores, comparação múltipla de Tukey e regressão linear
simples. Os resultados mostraram que somente o fator “adesivo” afetou
significativamente a µTBS (p<0,001). TY teve os valores de µTBS mais baixos.
Com relação a GW, ambos fatores, adesivo (p<0,001) e espessura do smear
layer (p<0,03) foram significativos. A média mais alta da extensão de bolhas foi
107
observada para SE e sob uma camada de smear layer espessa. Uma relação
linear foi observada entre o pH e GW, e o pH e µTBS; entretanto, uma
correlação positiva significante foi detectada somente entre pH e GW (R=0,99,
p<0,02). Nenhuma relação entre µTBS e GW foi encontrada (R=0,04, p<0,77).
Os autores concluíram que embora a espessura do smear layer não tivesse
tido efeito na μTBS resina-dentina, o smear layer espessa, ao contrário, afetou
a média de extensão das bolhas. Os valores de µTBS não foram afetados pela
acidificação dos primers autocondicionantes; entretanto, primers
autocondicionantes mais agressivos mostraram uma média de extensão de
bolhas mais baixa. Os sistemas adesivos de condicionamento ácido lavável
mostraram µTBS mais alta e média de extensão de bolhas mais baixa.
Ito et al. (2005) propuseram avaliar o efeito de várias coberturas de
adesivos frasco único por teste de µTBS e nanoinfiltração. Para tanto, a dentina
oclusal de molares humanos extraídos foram usada. Cinqüenta e seis terceiros
molares hígidos foram obtidos com o consentimento informado dos pacientes.
Pela remoção completa da superfície de esmalte, foi exposta a dentina do terço
médio da face vestibular e alisada com lixa de granulação 320. Dois adesivos
de frasco único - iBond (Heraeus Kulzer) e Xeno III (Caulk Dentsply) - foram
aplicados na superfície de dentina lisa obtida com lixa de granulação 320. Nos
grupos 1 e 3 durante a união, foram aplicados os adesivos e deixado evaporar
o solvente por 1, 2, 3, 4 e 5 aplicações na superfície da dentina antes da
fotopolimerização. Nos grupos 2 e 4 depois da fotopolimerização da primeira
camada, o adesivo foi reaplicado, deixado evaporar o solvente, e
fotopolimerizado novamente. Isto foi repetido por 1, 2, 3, 4 e 5 aplicações. Após
teve início a criação de coroas de resina composta (TPH, Caulk/Dentsply). Os
materiais fotoativados receberam uma intensidade de 600 mW/cm
2
. Depois de
24 h de armazenamento em água a 37°C, os dentes foram seccionados
perpendicularmente à interface adesiva de maneira a produzir várias pequenas
barras de dentina unida ao compósito, com aproximadamente 0,9 mm
2
de área.
Estes foram submetidos ao teste de µTBS em um aparato de teste Vitrodyne
V1000 (John Chatillon & Sons, Greensboro, EUA) a uma velocidade de
108
carregamento de 1,0 mm/min. Os dados foram avaliados por ANOVA de três
fatores, Bonferroni e Post-hoc para um α=0,05. Adicionalmente, nanoinfiltração
da absorção de prata e a espessura da camada adesiva foram avaliadas
usando um MET. Os resultados indicaram que a μTBS aumentou com o
número de coberturas (p<0,0001) com ambos adesivos acima de 3 camadas,
especialmente se cada camada foi fotopolimerizada. Nanoinfiltração de prata
tende a diminuir com o aumento de coberturas em ambos os sistemas
adesivos. Os autores concluíram que pela simples aplicação de mais
coberturas de adesivo, a resistência e a qualidade da adesão na dentina pode
ser melhorada.
Miranda et al. (2005) investigaram o efeito do envelhecimento do
substrato pós-extração pelo teste de µTBS de um sistema adesivo (Excite).
Para isto, 60 terceiros molares humanos hígidos foram extraídos e preparados
depois dos seguintes períodos de armazenamento em água destilada a 37°C
(n=10): G1-1h; G2-24h; G3-7dias; G4-30 dias; G5-1 ano; G6-2 anos. As
superfícies oclusais foram removidas usando discos de diamante para expor a
dentina intermediária e um padrão de smear layer foi criado pelo polimento com
lixa de granulação 600. O sistema adesivo foi aplicado de acordo com as
instruções do fabricante, e um bloco de resina composta (5 mm de altura, Tetric
Ceram cor A2/Ivoclar Vivadent) foi construído em incrementos de 1 mm, cada
um sendo fotopolimerizado por 40 s (600 mW/cm
2
). Depois da armazenagem
em água destilada a 37°C por 24 h, os dentes foram seccionados para obter
amostras em formato de pequenas barras com uma área de secção transversal
de aproximadamente 0,7±0,2 mm
2
. As amostras foram submetidas ao teste de
µTBS numa máquina de teste universal Kratos (Kratos Dinamometros, Embu,
Brasil) a uma velocidade de 0,5 mm/minuto. Os dados foram estatisticamente
analisados usando ANOVA num nível de significância de 5% (p<0,05). Os
resultados mostraram que as médias de µTBS (MPa±desvio padrão) foram:
G1=47±3,1; G2=42±5,1; G3=41±6,4; G4=43±9,8; G5=40±7,0; G6=52±5,7.
Nenhuma diferença estatisticamente significante foi encontrada entre os grupos
experimentais. Os autores concluíram que dentes humanos armazenados por
109
longos períodos de tempo podem ser usados para determinar a µTBS in vitro
de sistemas adesivos.
Yang et al. (2006) avaliaram pelo teste de μTBS três cimentos resinosos
para regiões diferentes de dentina humana. Para isto, molares humanos
hígidos foram estocados após exodontia em solução de cloramina T a 0,5% por
2 semanas após este período foram armazenados em água destilada e
processados dentro de 3 meses. Foram cortados discos de dentina em
diferentes regiões (dentina superficial (s); dentina profunda (d); dentina cervical
(c)) com espessura de 1,5 mm e alisados com lixa de granulação 600. Cada
dentina recebeu a aplicação dos seguintes cimentos resinosos (Super-Bond
C&B (SB); Panavia F 2.0 (PF); RelyX Unicem (RU)) e conseqüentemente
divididas dentro dos seguintes grupos (n=12): SB-s, SB-d, SB-c; PF-s, PF-d,
PF-c; RU-s, RU-d, RU-c. Os cimentos resinosos foram usados de acordo com
as instruções dos fabricantes na cimentação de pequenos discos de compósito
Clearfil FII (Kuraray Medical Inc., Osaka, Japão), para uma união de 1mm de
espessura entre a dentina e o compósito obtida sob uma carga de compressão
de cimentação de 7,5 N, com uma área de secção transversal de 2 mm de
diâmetro efetuada em condições autopolimerizáveis de cimentação. Depois do
armazenamento em água destilada por 3 dias, o tesde de μTBS foi realizado
em máquina de teste universal Zwick Z010/024 (Zwick, Alemanha) a uma
velocidade de carregamento de 1 mm/min. Os dados foram analisados pelos
testes: ANOVA; Fisher; PLSD; Mann-Whitney para um nível de confiânça de
95%. As análises da interface de união e factografia foram realizadas com MEV
e MET. As médias do teste de μTBS foram (Grupo/MPa/desvio padrão): (SB-
s/31,9/7,2); (SB-d/18,6/4,3); (SB-c/24,2/6,5); (PF-s/29,1/8,4); (PF-
d/10,4/1,9); (PF-c/10,2/3,6); (RU-s/8,2/2,5); (RU-d/5,7/2,0); (RU-c/5,5/2,0). Os
resultados mostraram que a μTBS para dentina superficial foi significativamente
maior do que para dentina cervical ou profunda para todos três cimentos
resinosos. SB-s e PF-s, falharam de forma coesiva no cimento resinoso. MEV e
MET mostraram que falhas adesivas em SB e PF ocorreram no topo da
camada híbrida (HL), mas nenhuma falha HL óbvia foi observada em RU. Os
110
autores concluíram que cimentos resinosos com diferentes formulações
químicas e diferentes locais de aplicações no que tange a localização
dentinária produzem resistência e união significativamente diferentes entre si.
Dillenburg (2006) avaliou a influência de diferentes tratamentos de
superfície na dentina pré-hibridizada com a técnica do selamento dentinário
imediato e armazenada por diferentes períodos na μTBS de dois sistemas
adesivos. Os agentes de união dentinário utilizados, Single Bond 2 (3M-ESPE)
e Prime&Bond NT (Dentsply), foram testados em dois períodos de
armazenagem: 48 h (A) e 4 meses (B). Superfícies planas de dentina foram
preparadas em molares humanos extraídos e foram cobertas com sistema
adesivo de acordo com o tratamento de superfície de cada grupo: G1) óxido de
alumínio – Single Bond 2; G2) ácido fosfórico 37% - Single Bond 2; G3) óxido
de alumínio e ácido - Single Bond 2; G4) óxido de alumínio - Prime&Bond NT;
G5) ácido fosfórico 37% - Prime&Bond NT; G6) óxido de alumínio e ácido -
Prime&Bond NT; G7) controle - Single Bond 2; G8) controle - Prime&Bond NT.
Após a polimerização do sistema adesivo o cimento provisório RelyXTemp NE
(3M-ESPE) foi aplicado sobre as superfícies dentinárias previamente tratadas
com adesivo dos grupos 1, 2, 3, 4, 5 e 6 e estes foram armazenados por 48 h
ou 4 meses. Após do período de armazenagem a camada de cimento
provisório foi removida e os diferentes tratamentos de superfície foram
empregados seguidos de uma segunda camada de agente de união dentinário.
Os grupos controle (7 e 8) não receberam o cimento provisório nem a segunda
camada adesiva, sendo no entanto armazenados pelo mesmo período de
tempo. Coroas de resina composta direta foram construídas e, após 24 h os
dentes preparados foram seccionados em barras. As amostras (n=20 por
grupo) foram submetidas ao teste de μTBS na máquina de ensaios EMIC DL-
2000. Os valores médios (MPa) foram (médias seguidas de letras diferentes
são estatisticamente diferentes para modelo linear geral e teste de Tukey
(p<0,05)): G1A – 23,79±5,92
(AB)
; G1B - 23,93±5,49
(AB)
; G2A – 28,47±6,57
(B)
;
G2B – 27,84±3,31
(B)
; G3A – 44,84±10,49
(C)
; G3B – 44,37±9,07
(C)
; G4A –
19,14±4,76
(A)
; G4B – 18,51±4,64
(A)
; G5A - 30,60±5,48
(B)
; G5B – 28,30±3,95
(B)
;
111
G6A – 47,22±10,11
(C)
; G6B – 46,02±10,33
(C)
; G7A – 41,57±6,91
(C)
; G7B –
41,21±9,32
(C)
; G8A – 40,17±10,35
(C)
e G8B – 41,04±11,21
(C)
. Após a fratura
dos corpos-de-prova no ensaio μTBS, as extremidades correspondentes à
dentina foram imersas em glutaraldeído 2,5% por 12 horas a 4°C para fixação,
submetidos a solução tampão de cacodilato de sódio 0,2 M com pH 7,4 por 1
hora, e lavados em água destilada por três vezes durante 1 min. Para a
desidratação as amostras foram imersas em álcool etílico com concentrações
de 25% por 20 min, 50% por 20 min, 75% por 20 min, e 95% por 20 min, e
secos em ambiente contendo sílica a temperatura de 37°C. O tipo de fratura foi
analisado através de imagem MEV por gradeamento de 4 linhas por 4 colunas
como método para identificação de extensão de falha. A falha do tipo mista foi
predominante (92%) seguida da falha interfacial (21%). A espessura de adesivo
variou em ordem crescente nos grupos: G8<G7<G4<G1<G6<G3<G5<G2. Os
resultados sugerem que o tratamento de superfície com óxido de alumínio e
ácido fosfórico 37% proporcionou os maiores valores de resistência à união, no
entanto o tempo de armazenagem e o agente de união dentinário utilizado não
afetaram nestes valores; a falha mista foi predominante seguida da falha
interfacial; e os tratamentos de superfície utilizados afetaram significativamente
a espessura da camada adesiva para ambos os agentes de união dentinário
testados.
3.5 Norma ISO
A ISO/TR 11405 cita que a condição do dente a ser utilizado em teste de
resistência à união deve ser de ausência de cárie e preferencialmente sem
restauração. A limpeza para a armazenagem prévia dos dentes deve ser
executada através de lavagem meticulosa em água corrente sendo o sangue e
tecidos aderidos completamente removidos preferencialmente pelo clínico. Os
dentes devem ser postos imediatamente após a extração em água destilada ou
em solução de cloramina a 0,5% por no máximo uma semana e depois disto
armazenados em água destilada em um refrigerador a 4ºC. Para minimizar a
deterioração, a água destilada deve ser trocada periodicamente. Quanto a
112
utilização dos dentes, referente ao tempo após a extração, recomenda-se o uso
do dente no período de após um mês e até seis meses para utilização da peça
dentária. As amostras de teste de resistência à união devem ser preparadas a
uma temperatura de (23±2)ºC e após armazenadas em água destilada a
(37±2)ºC para posterior execução do teste a uma temperatura de (23±2)ºC.
Quanto a mensuração da resistência à união na dentina, recomenda-se a
utilização da dentina superficial, ou seja, tão próxima do esmalte quanto
possível. O procedimento recomendado para o teste tipo 1, ou seja, teste a
curto prazo, depois de 24 h em água a 37ºC, refere uma taxa de tensão para
rompimento da união onde o padrão de carga de uma amostra colada é
recomendada ser de uma velocidade de cabeçote de (0,75±0,30) mm/min ou
mais precisamente (50±2) N/min. Esta diretriz, refere também, que os valores
de resistência à união apresentam grandes coeficientes de variação, admitindo-
se para isto uma variação de 20% a 50%. Se a variação for acima de 50%,
uma inspeção meticulosa de todo procedimento e repetição é recomendada.
Este artigo técnico recomenda que, para a diminuição das variações, utilizem-
se, preferencialmente, dentes permanentes humanos terceiros molares de
pacientes com idade de 18 a 25 anos, entretanto, se esta restrição for difícil
para realizar, outros molares ou pré-molares podem ser usados para
mensuração da resistência à união. Para análise microscópica, seis a dez
amostras são necessárias para dar uma média significativa. As superfícies
fraturadas podem ser de grande importância para o teste e podem ser
inspecionadas visualmente numa magnificação de 10x para determinar se o
padrão de fratura é de natureza adesiva, coesiva ou mista. Os resultados de
resistência à união para efeito de publicação ou certificação de um material
devem ser baseados em métodos estatísticos convenientes e num número
suficiente de amostras. Se os dados tiverem distribuição normal, a média,
desvio padrão e coeficiente de variação podem ser calculados e comparados
por análise de variância (ANOVA).
113
3.6 Perfil Técnico de Produtos Empregados
Segundo a 3M Dental Products (2006)
a
no Perfil Técnico do Produto
Filtek
TM
FILTEK Z250 consta que o produto é um compósito restaurador
radiopaco fotopolimerizável que contém alguns monômeros: bis-GMA (Bisfenol
A – diglicil éter dimetacrilato), TEGDMA (trietileno glicol dimetacrilato), UDMA
(uretano dimetacrilato) e bis-EMA 6 (Bisfenol A – polietileno glicol dieter
dimetacrilato). As partículas inorgânicas são formadas por zircônia e sílica que
variam de 0,01 a 3,5 µm com um tamanho médio de 0,6 µm. A quantidade de
partículas inorgânicas é de 60% em volume e sem tratamento de silano. Com
relação à fotopolimerização, recomenda-se que seja por incrementos por uma
fonte de luz visível de alta intensidade. O tempo de exposição recomendado
para a cor A3 varia conforme a espessura do incremento: Para espessura de
2,5 mm recomenda-se 20 s; para espessura de 5mm recomenda-se 40 s.
Segundo a 3M Dental Products (2006)
b
no Perfil Técnico do Sistema
Adesivo Adper
TM
Single Bond 2 consta que o produto contém Bis-GMA, HEMA,
ácido polialcenóico, etanol, água, ácido poliitacônico, DMA, fotoiniciador, 10%
(em peso) nanopartículas de sílica (5nm). As nanopartículas esféricas de sílica
com diâmetro de 5 nm representa 10% do peso total do adesivo. Estas
partículas são tratadas com silano e se incorporam ao adesivo através de um
processo que evita a aglomeração. Seu tamanho extremamente pequeno as
mantém em suspensão coloidal dispensando a necessidade de agitar o produto
antes do uso. Entre suas indicações de uso encontra-se: Restaurações diretas
de resinas fotopolimerizáveis; dessensibilização de superfícies radiculares;
reparos de porcelanas e resinas; colagem de porcelanas, pontes fixas, coroas,
restaurações inlay/onlay e amálgamas adesivos. Quanto à união a dentina no
processo que envolve a dissolução da fase mineral e formação da camada
híbrida envolve o condicionamento ácido por 15 s na dentina que dissolve
completamente o smear layer eliminando a fase mineral a uma profundidade de
aproximadamente 5 μm. Depois de lavar o agente ácido condicionador, as
fibras colágenas ficarão expostas e a subseqüente polimerização da mesma
114
formará a camada híbrida. No que tange às instruções de uso deste produto
quando o substrato é dentina, recomenda-se condicionamento ácido (em torno
de 35%) de 15 s e lavagem abundante com água com remoção do excesso de
umidade com bolinha de algodão ou papel absorvente. É importante a
superfície apresentar um aspecto brilhante após a retirada do excesso de
umidade. Imediatamente após este passo, recomenda-se a aplicação de duas
camadas consecutivas de adesivo no substrato condicionado, aplica-se o
pincel saturado de adesivo agitando-o gentilmente na superfície por 15 s, seca-
se gentilmente para evaporar o solvente e fotopolimeriza-se por 10 s. Após
este procedimento o material restaurador pode ser aplicado e fotopolimerizado.
Segundo a Adiel Comercial LTDA (2006) no Perfil Técnico do Produto
NAC Plus modelo AE-500 consta que é um aparelho ultra-sônico que funciona
pelo sistema piezelétrico a uma freqüência de 38 kHz com regulagem de
potência de ajuste de amplitude e regulagem de fluxo de irrigação. O aparelho
tem uma regulagem própria de potência que segue a seguinte escala, na
ordem da menor amplitude para a maior amplitude (ENDO – SCAL – VIBR –
UVIB). Quanto a regulagem do fluxo de irrigação, o suprimento máximo de
líquido é de 120 ml/min (100%), no entanto o aparelho permite, além da
regulagem máxima, as regulagens de 25%, 50% e 75%. O equipamento NAC
Plus é indicado, com o uso de pontas adequadas, para procedimentos nas
áreas de endodontia, dentística, cirurgia e periodontia.
Segundo a Clorovale Diamantes (2006) no Perfil Técnico do Produto
Pontas CVDentUS
®
consta que estas pontas são confeccionadas com uma
tecnologia inovadora de produção artificial de diamante, que foi inicialmente
desenvolvida para aplicações em equipamento de qualificação espacial, no
INPE. O aprimoramento da técnica de aderência do diamante à haste permite o
seu inédito uso em aparelhos de ultra-som, fornecendo uma ferramenta
revolucionária para a área odontológica, o que não era possível com as
tecnologias anteriores. As pontas CVDentUS
®
são um produto de pesquisa
genuinamente nacional. A FAPESP é mandatária da patente e a Clorovale
115
Diamantes possui o direito de sua exploração (Patente Requerida PI0103109-0
PCT BR02/00078). As pontas CVDentUS
®
são confeccionadas em vários
formatos e tamanhos, todas em uma pedra única de diamante, de superfície
rugosa e bem ordenada, proporcionando um alto poder de corte e uma vida útil
muito longa. O fato das pontas serem constituídas de uma pedra única de
diamante reduz a retenção de resíduos dentinários, minimizando os riscos de
contaminação e facilitando a sua limpeza. É um produto de tecnologia
completamente inovadora, e pela primeira vez utilizada na odontologia, com
novo conceito em abrasão e corte. Usa o equipamento de ultra-som para
efetuar desgaste bem localizado, de baixo impacto e baixo ruído. Todas essas
características, completamente novas na odontologia, só são possíveis por se
tratar de uma ponta com uma camada de diamante completamente fechada e
altamente aderente à haste metálica. As pontas CVDentUS
®
podem ser usadas
para desgastar esmalte e dentina, remover amálgama, desgastar resinas e
outros materiais de restauração, sem sofrer desgaste apreciável, podendo
continuar a ser usada normalmente por um longo período. As pontas
CVDentUS
®
devem ser presas a uma pinça (adaptador) de fixação adaptada à
peça de mão ultra-sônica. Com o equipamento em funcionamento o fluxo de
água deve ser regulado de forma a ocorrer um gotejamento na extremidade da
ponta. Devido às propriedades da superfície de abrasão da ponta CVDentUS
®
o corte é constante e durável, não havendo necessidade de forçar a ponta
contra o material a ser tratado. Basta manter uma leve pressão e deixar que o
efeito do ultra-som efetue o desgaste preciso e constante. Enquanto corta, a
ponta CVDentUS
®
emite um ruído característico de raspagem, o importante é
obter o máximo ruído (maximizar ruído confere máxima eficiência de corte). O
uso da potência adequada para cada aparelho de ultra-som é um fator
importante para dar vida longa às pontas e garantir um corte preciso. Conforme
a robustez de cada ponta, as potências máximas de uso de cada uma delas
giram em torno de 20% (da potência total do aparelho) para as pontas mais
delicadas até 80% (da potência total do aparelho) para as mais robustas.
116
3.7 Literatura Complementar
Erickson (1992) suscita que a dentina apresenta algumas diferenças
estruturais referente aos tubulos dentinários. Em um plano oclusal a direção
principal dos túbulos dentinários é perpendicular a superfície, e próximo a
junção dentina-esmalte sua densidade é cerca de 20000 por mm
2
, enquanto,
próximo da polpa é de cerca de 45000 por mm
2
e o diâmetro médio desses
túbulos varia de 0,87 μm a 2,5 μm respectivamente para cada profundidade.
Desta forma, a adesão pode ser afetada por estas mudanças de profundidades
dentinárias. Em dentina profunda a resistência é mais baixa comparada com a
dentina superficial. Normalmente a superfície dentinária apresenta-se coberta
por smear layer com cerca de 1 μm de espessura, embora esta varie com o
instrumento de corte usado. Análises mostram que o smear layer tem
composição similar à superfície de dentina. O mecanismo básico da adesão é
aquele em que o líquido adesivo deve estar em contato íntimo com o substrato
para facilitar a atração molecular, adesão química e penetração na superfície
consistindo na retenção micromecânica. Líquidos obtém contato íntimo quando
eles são capazes de “umidecer” uma superfície, que é a maneira fácil com que
uma gota espalha sobre toda superfície. Um valor de tensão superficial de um
líquido, pode ser avaliado pelo contato com um substrato provido de valor de
energia superficial em que, conforme o tipo de relação estabelecida, permite
que uma gota espalhe sobre o mesmo formando um ângulo de contato entre a
gota e a superfície, geralmente esta capacidade de espalhamento é tão maior
quanto mais próximo do zero for o ângulo. Em geral, líquidos com tensão
superficial menor que a energia superficial do substrato irá espalhar
espontaneamente (ângulos de contato bem próximo de zero), enquanto
aqueles com tensão superficial maior irão
formar ângulos de contato bem maior
do que zero. É desejável que o adesivo líquido tenha uma tensão superficial
um tanto menor do que a energia superficial do substrato. Adesão
micromecânica é o mecanismo mais provável para muitos materiais adesivos,
este mecanismo ocorre por infiltração de monômeros de resina na superfície da
dentina. Uma vez que os monômeros infiltrados sejam polimerizados, eles
117
produzem uma camada híbrida que consiste de colágeno, e talvez
hidroxiapatita, permeada por polímeros de resina. Muitos dos sistemas
adesivos de dentina são formados de três componentes: a) condicionador de
dentina, b) primer de dentina, e c) agente de união. Que podem ser aplicados
separadamente ou misturados, conforme a apresentação e protocolo de cada
fabricante. A proposta do condicionador de dentina é a remoção do smear layer
fornecendo uma superfície que é mais favorável a adesão pela remoção dos
tampões de smear que resultam em um aumento da permeabilidade da
dentina. Também, medidas quantitativas da umidade da superfície têm
demonstrado que a adesão pode ser diminuída significativamente pela baixa
umidade superficial. Esta umidade não necessariamente vem só dos túbulos
dentinários, pode vir, também, da inadequada secagem da superfície do dente,
antes ou depois da aplicação de primers a base de água. Quantias pequenas
de umidade podem afetar a capacidade de umectância do agente de união na
superfície dentinária. Agentes condicionantes não somente removem o smear
layer, mas também causam desmineralização da base da dentina. Alguma
desmineralização pode ser desejável por abrir a rede de colágeno e facilitar a
infiltração do monômero. Dentina com smear layer tem sido encontrada tendo
uma energia superficial de 42,23 dines/cm. Após condicionamento ácido esta
energia fica em torno de 27,27 dines/cm. Como os agentes de união
apresentam tensão superficial de aproximadamente 40,30 dines/cm, se não
ocorrer algum processo que recupere a energia superficial do substrato não
ocorrerá o espalhamento efetivo do líquido adesivo na superfície. Tags de
resina não ocorrem nos túbulos quando primer não é usado. Uma marca
característica do bom espalhamento ou umectância nos testes de laboratório é
a produção de longos tags de resina nos túbulos. Ambos, comprimento e
adaptação dos tags nos túbulos são indicativos do grau de ocorrência de
umectância. É improvável que tais tags de resina ocorram in vivo com a
obliteração dos túbulos. A polimerização dos monômeros de resina na camada
híbrida é necessária para completar a união, qualquer coisa que interfira com a
polimerização pode enfraquecer a união à dentina.
118
Eick et al. (1993) realizaram uma revisão de literatura sobre sistemas
adesivos e resinas compostas e destacou que uma efetiva adesão à dentina
depende da umidade da mesma, da capacidade de penetração do sistema
adesivo e da reatividade da dentina tratada com adesivo. A estrutura de
colágeno da dentina desmineralizada interfere no comportamento de adesão.
Sistemas adesivos que não desnaturam completamente as fibras colágenas e
que permeiam nessas estruturas produzem força de união superior, acima de
20 MPa. Segundo o autor, outros estudos têm buscado desenvolver polímeros
que não contraiam para serem utilizados como matrizes de resinas compostas.
Um material estudado é o anel alicíclico espiroortocarbonato que expande
durante a polimerização e pode ser utilizado em odontologia. Este polímero
consiste em quatro anéis, dois de cada lado do espirocarbono. A expansão
durante a polimerização ocorre pela presença de duas ligações covalentes que
se rompem formando uma nova ligação. No entanto, este polímero é
incompatível com componentes das resinas compostas como o bis-GMA,
sendo necessárias modificações que possibilitem sua utilização nas matrizes
das resinas compostas.
Eliades (1994) em seu artigo de revisão de literatura referiu que alguns
fatores otimizam o desempenho dos agentes de união dentinária, tais como: A)
baixa tensão superficial do adesivo e alta energia superficial do substrato; B)
aumento de rugosidade superficial do substrato; C) manutenção de umidade
superficial dentinária; D) Baixa contração de polimerização. Alem disso, as
maneiras utilizadas para testar em laboratório os adesivos dentinários, afirma
haver ainda grande controvérsia sobre a capacidade dos testes laboratoriais
em predizer as qualidades clínicas de um determinado material restaurador.
Desta forma, a identificação de parâmetros para os testes in vitro que sejam de
relevância têm uma importância crucial. Segundo o autor, ao testar a
resistência à união de adesivos dentinários, a análise topográfica dos corpos-
de-prova após a realização do ensaio de resistência é considerada muito
importante para determinar qual o tipo de falha do adesivo. Como o modo de
fratura é geralmente complexo, microscopia ótica e eletrônica deveria ser
119
utilizada para identificar a localização da ocorrência da fratura, se situada na
interface ou em outro nível dos componentes do sistema adesivo.
Namen (1998) refere que a composição inorgânica da dentina (70%)
enconta-se: cálcio de 33,6 a 39,4%; fosfato de 16,1 a 18%; carbono de 1,95 a
3,66%; magnésio 0,25%, sódio 0,2%, cloro 0,19% e flúor 0,006% (Wt%). Existe
uma pequena possibilidade de também encontrar estrôncio. Com relação a
parte orgânica (20%) enconta-se colágeno (proteínas e proteoglicanas) na
dentina peritubular e intertubular, esta últims, menos mineralizada que a
primeira. Por último, os 10% restantes compõem-se de oxigênio e hidrogênio
pela composição química da água.
Haller (2000) identifica as bases de adesão à dentina e refere que a
confecção de uma adesão estável à dentina é um procedimento sensível
devido ao substrato apresentar relação direta com o tecido pulpar. A remoção
do smear layer aumenta a capacidade de penetração dos adesivos na dentina,
promovendo uma retenção micromecânica. A qualidade da adesão formada
entre sistemas adesivos e dentina pode ser perdida com o passar do tempo,
devido à degradação hidrolítica da camada híbrida. A incompleta penetração
do adesivo e a resultante nanoinfiltração são algumas das causas desta
deterioração. A profundidade da camada híbrida formada não tem relação com
os valores de resistência à união, porém a qualidade tem importância crucial e
relação com o colabamento da rede de colágeno que pode ser evitado com a
aplicação de soluções com monômeros acídicos auto-condicionantes, pois se
elimina o risco de erro nas etapas de condicionamento, lavagem e
principalmente secagem da dentina. Sistemas adesivos com efetiva união à
dentina são necessários para resistir à contração de polimerização inerente às
resinas compostas. Em restaurações onde a camada adesiva é espessa
mostram menor desadaptação marginal, pois ela age dissipando o estresse de
polimerização. Sistemas adesivos com carga em sua composição promovem
uma película adesiva mais espessa, reduzindo desta maneira o estresse de
contração.
120
Meerbeek et al. (2001) realizaram uma revisão de literatura sobre o
estado atual dos sistemas adesivos. Uma classificação dos sistemas adesivos,
de acordo com a forma de ação, é proposta e passos críticos da técnica
adesiva, bem como a efetividade de adesão ao esmalte e dentina são
discutidos em detalhes. Com relação à aplicação dos adesivos cabe ressaltar a
indicação da utilização do conceito de “camada adesiva elástica”, que consiste
em uma camada adesiva espessa capaz de absorver e dissipar a força de
contração de polimerização gerada no processo de polimerização das resinas
compostas. Os autores alertam que quando da utilização de sistemas adesivos
de frasco único, a concentração de solvente é alta possibilitando que a camada
de adesivo aplicada seja muito fina após a evaporação deste, principalmente
quando este é a acetona. Para garantir uma adequada espessura de película
nestes sistemas é necessária a aplicação de várias camadas de adesivo. A
quantidade de monômeros deve ser suficiente não somente para saturar a rede
de colágeno desmineralizada pelo condicionamento ácido, mas também para
estabelecer uma camada de adesivo satisfatória na camada híbrida. Essa
camada de adesivo apresenta flexibilidade suficiente para absorver o estresse
gerado na polimerização, evitando falhas na interface adesiva. Outra forma de
promover uma camada adesiva uniforme e espessa é a incorporação de
nanopartículas. Evidências clínicas suportam o conceito de camada elástica
para os adesivos Clearfil Liner Bond (Kuraray), Scotchbond Multi-Purpose (3M)
e OptiBond Dual Cure (Kerr) em inúmeros estudos clínicos realizados pelos
autores e outros pesquisadores.
Uribe-Echevarría (2003) relatou que a dentina instrumentada com
dispositivos rotatórios não se apresenta com seus túbulos dentinários abertos,
mas sim, obliterados pelo smear layer (restos constituindo uma fina camada
contendo basicamente componentes de dentina) com projeções intratubulares
na dentina superficial e média que são denominadas de smear plug. Este
último é inexistente quando envolve dentina profunda ou quando o processo
odontoblástico ocupa a luz do túbulo dentinário. A espessura do smear layer
oscila de 0,5 a 5,5 μm já, os smear plugs de 4,5 a 8,6 μm e está diretamente
121
relacionada com o tipo de instrumento rotatório, velocidade de rotação,
temperatura desenvolvida durante preparo, pressão do instrumento
desenvolvido durante preparo, idade dentinária e profundidade de preparo
quando em contato com a dentina. O smear layer pode obliterar os canalículos
total ou parcialmente atuando como um tampão biológico, diminuindo a
permeabilidade dentinária, umidade superficial e influencia na união dos
sistemas de adesão dentinário. O smear layer está dividido por duas camadas
bem distintas: 1) Uma camada superficial, o pseudo smear layer, constituido de
restos soltos de prismas de esmalte, restos orgânicos, minerais adamantinos e
dentinários, hidroxiapatita e microorganismos. São partículas grandes e soltas,
maiores que 5 μm e que não se aderem às paredes do preparo. Dificilmente se
forma com instrumento giratório de alta velocidade com refrigeração aquosa. 2)
Uma camada profunda de dentina deformada denominado smear layer
verdadeiro, intimamente relacionado com a composição do tecido removido,
contendo componentes como dentina, colágeno, glicosaminoglicanos,
proteoglicanos, restos de origem odontoblásticos, hidroxiapatita, bactérias e
minerais em partículas pequenas menores que 0,3 μm que se aderem
fortemente as paredes dentinárias preparadas. Esta camada mais profunda e
deformada pode ser removida por enzimas, quelantes, ácidos e monômeros
acídicos. As soluções que contenham EDTA, cloreto de benzalconio, peróxido
de hidrogênio ou fluoreto de sódio eliminam as partículas inorgânicas soltas e
proteínas desnaturalizadas, alem de umedecer e atuar como agentes
bactericidas e bacteriostáticos. Quando o preparo cavitário é realizado em
dentina vital, o smear layer apresenta fendas de 0,6 a 1,8 μm pelas quais
exterioriza-se um fluido dentinário impelido pela pressão intrapulpar. Este fluido
contem a quinta parte do conteúdo protéico do filtrado de plasma sangüíneo
(albuminas e globulinas). Os adesivos autocondicionantes são efetivos para
penetrar a dentina com smear layer, embora, mesmo a camada híbrida
apresentando-se com uma espessura muito fina (cerca de 1 μm), tal espessura
é considerada suficiente para promover embricamento micromecânico entre
o adesivo e as fibras colágenas.
4 MATERIAIS E MÉTODO
Para a realização desta pesquisa a amostragem constituiu-se de 17
dentes [16 para fins de obtenção dos corpos-de-prova (pequenas barras como
unidade experimental constituída por resina composta e dentina) e 1 para
amostra de substrato] terceiros molares hígidos (superiores e/ou inferiores)
inclusos de pacientes jovens que necessitaram deste tipo de exodontia
terapêutica, com os devidos termos de doação livre e consentido (anexo 1).
O projeto de pesquisa deste estudo foi submetido ao Comitê de Ética em
Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul com o
registro CEP 06/02939, aprovado em 07 de março de 2006 (anexo 2).
4.1 Materiais
Foi utilizado neste estudo um sistema de união de frasco único,
recomendado para uso em esmalte e dentina, juntamente com o condicionador
ácido (ACID GEL ácido ortofosfórico 37% com 2% de clorexidine, Dentalville do
Brasil LTDA, Joinvile, SC, Brasil). Em combinação com o sistema de união, foi
utilizada uma resina composta desenvolvida e comercializada pelo mesmo
fabricante do sistema adesivo. A descrição do sistema adesivo e da resina
composta, bem como a composição e respectivo lote destes materiais, pode
ser visualizada na Tabela 1.
123
Tabela 1. Descrição da resina composta e adesivo utilizado no estudo.
Material
Composição *
Fabricante
Lote
Filtek Z-250
(cor A3)
Bis-GMA, UDMA, Bis-EMA,
TEGDMA, Zircônia / Sílica
60% em volume (0,01 a
3,5µm)
3M Dental Products,
St. Paul, MN
5BU
Adper
TM
Single
Bond 2
Bis-GMA, HEMA, ácido
polialcenóico, etanol, água,
ácido poliitacônico, DMA,
fotoiniciador, 10% (Wt%)
nanopartículas de sílica
(5nm)
3M Dental Products,
St. Paul, MN
4BU
*3M Dental Products (2006)
a
e (2006)
b
4.2 Método
4.2.1 Processamento dos Dentes Pós-exodontia
Os dentes utilizados neste estudo, após exodontia, foram imediatamente
limpos em água corrente com auxílio de cureta periodontal de Gracey número
1-2 (Duflex) seguido de profilaxia com escova de Robson com mistura de pedra
pomes e água (1:1) em baixa rotação. Após este procedimento, armazenados
em imersão completa e substituída diariamente, água destilada foi utilizada por
um período de até 45 dias em recipiente fechado, até que os dentes fossem
processados para obtenção dos corpos-de-prova. Durante este período, os
recipientes foram mantidos a uma temperatura de 4°C.
4.2.2 Obtenção dos Corpos-de-prova para Teste de Microtração
A figura 1 mostra esquematicamente o processamento dos dentes até a
obtenção dos corpos-de-prova para o teste de resistência à união por
microtração.
124
Figura 1. Desenho esquemático do processamento da amostra até a obtenção dos
corpos-de-prova. Linha 1: dente, cilindro com dente, corte face oclusal do cilindro,
lixamento face oclusal e cilindro lixado. Linha 2: tratamento com UT e PD. Linha 3:
grupos UT c/a, UT s/a, PD s/a e PD c/a. Linha 4: grupos recebendo adesivo. Linha 5:
cilindro de qualquer grupo, bloco de resina composta na face oclusal do cilindro, vista
oclusal da resina composta, complementação da inclusão. Linha 6: corte do cilindro,
sentidos de corte da face oclusal do cilindro, corpos-de-prova em forma de pequenas
barras e fixação no dispositivo de ensaio de μTBS
.
4.2.2.1 Confecção do Cilindro
Durante o intervalo de armazenagem entre 30 e 45 dias dentro do
período de 45 dias referidos no item 4.2.1, cada dente foi incluído em resina
acrílica autopolimerizável Jet (Clássico, São Paulo, SP, Brasil) com auxílio de
125
lâmina de cera utilidade e de uma matriz cilíndrica de PTFE de 30 mm de
diâmetro. A face oclusal de cada dente foi fixada em cera perpendicularmente
ao seu longo eixo, bem como a matriz cilíndrica, de modo que a porção
radicular do dente ficasse circundada pela parede interna da matriz cilíndrica.
Só então foi vertida a resina acrílica em fase arenosa com as medidas de
proporção pó/líquido realizada com o auxílio do recipiente proporcionador
fornecido pelo fabricante. Após a polimerização e remoção da matriz cilíndrica,
o aspecto do conjunto era de um cilindro acrílico, de modo que a face oclusal
do dente incluído ficasse voltada para sua parte superior.
Em seguida, foi cortada sua face oclusal com uma máquina de corte
seriado Labcut 1010 (Extec Technologies, Enfield, CT, USA) utilizando disco
diamantado dupla face com 102,0 mm de diâmetro e 0,3 mm de espessura
(Buehler, Illinois, EUA) a uma velocidade média de 500 rpm sob constante
irrigação de água destilada para deixar exposta a dentina oclusal.
Subseqüente a este corte, cada cilindro de acrílico foi fixado ao suporte
metálico de uma politriz Struers DPU-10 (Panambra, São Paulo, SP, Brasil) na
qual a porção de acrílico com a face oclusal do dente cortada sofreu abrasão
com lixas de carbeto de silício, refrigerada com água, iniciando com a
granulação 600 e concluindo com a 1200, sendo interrompido este processo
somente quando do desaparecimento das ilhas de esmalte remanescentes
verificada com auxílio de lupa estereoscópica (Olympus, Tóquio Japão) em
30x.
4.2.2.2 Tratamento Dentinário Pré-adesivo
A partir de cada cilindro obtido pela descrição do item 4.2.2.1, foi dado
início ao processo de obtenção dos 4 grupos pela diferenciação dos corpos-de-
prova exemplificada pela tabela 2.
126
Tabela 2. Discriminação dos grupos.
Grupo Tratamento Condicionamento Ácido n
PD s/a Ponta diamantada Não 40
PD c/a Ponta diamantada Sim 40
UT s/a Haste ultrassônica Não 40
UT c/a Haste ultrassônica Sim 40
A obtenção dos grupos teve o auxílio de um dispositivo posicionador
(Figura 2).
Figura 2. Dispositivo posicionador: 1) Base do dispositivo; 2) parafuso de movimentação
eixo z; 3) parafuso de movimentação eixo x; 4) presilha lateral; 5) presilha central; 6)
estrutura de sustentação de caneta; 7) parafuso de preensão da base de fixação de cilindro;
8) braço de sustentação; 9) parafuso eixo y.
Para fins de padronização de posicionamento das peças de mão de alta
rotação e ultra-sônica, foi utilizado para todos os grupos um dispositivo
posicionador adaptado sob uma base de microscópio ótico descrito na figura 2.
127
Neste dispositivo foram fixados todos os cilindros na base de fixação de
cilindro o qual propiciava deslocamento em direção aos 3 eixos (x, y e z).
Na parte superior do dispositivo posicionador, em momentos alternados de
confecção dos grupos, foram posicionadas as peças de mão de alta rotação e
ultra-sônica na estrutura de sustentação de caneta, que foram reguladas pelas
presilhas central e lateral, as quais serviram para posicionar de forma a coincidir
perpendicularmente a ponta diamantada ou a haste ultra-sônica na superfície
dentinária do cilindro. E, para promover o contato das extremidades ativas,
utilizou-se o parafuso eixo y e o deslocamento das extremidades ativas ocorreu
com a utilização dos parafusos eixo x e z quando do momento da asperização.
Toda a extensão de dentina foi asperizada e estes processos foram realizados
sob constante irrigação.
Os grupos PD s/a e PD c/a tiveram suas superfícies dentinárias
asperizadas com ponta diamantada KGSorensen cilíndrica modelo 1094 lote
0129/0803 (KGSorensen Ind. e Com. LTDA., Barueri, SP. Brasil) acopladas a uma
peça de mão de alta rotação ROLL AIR (KAVO DO BRASIL S.A. Ind. e Com.,
Joinvile, SC, Brasil) conforme figura 3.
Já nos grupos UT s/a e UT c/a, as superfícies dentinárias foram
asperizadas com haste ultra-sônica CVDentUS
®
cilíndrica modelo 8.2137 lote
04001 (Clorovale, São José dos Campos, SP, Brasil) acopladas a um ultra-som
NAC Plus (Adiel, Ind. E Com., Ribeirão Preto, SP, Brasil) de 38000 Hz (figura 4).
128
Figura 3. Cilindro fixado no dispositivo posicionador para asperização da superfície
dentinária com ponta diamantada de alta rotação.
Figura 4. Cilindro fixado no dispositivo posicionador para asperização da superfície
dentinária com haste ultra-sônica.
129
A haste CVDentUS
®
como a ponta diamantada KGSorensen, mostrada na
figura 5, possuíam granulação diamantada consideradas regular por seus
fabricantes.
Figura 5. Extremidades ativas: Esquerda, ponta diamantada; direita, haste ultra-sônica.
Os grupos PD c/a e UT c/a foram submetidos ao condicionamento ácido
por 15 s, após as superfícies foram lavadas com jato de água da seringa tríplice
por 30 s.
Já os grupos PD s/a e UT s/a não receberam qualquer tipo de
condicionamento ácido.
Para cada grupo houve a troca dos instrumentos cortantes não ocorrendo a
utilização do mesmo instrumento de corte entre grupos.
4.2.2.3 Tratamento Dentinário Adesivo
Os grupos PD c/a e UT c/a, após a lavagem do ácido descrita no item
4.2.2.2, tiveram seus excessos de umidade superficial removidos, de forma a
manter o aspecto úmido, com 1 breve jato de ar da seringa tríplice a uma
distância de 3 cm, padronizada por um fio de aço inoxidável ortodôntico de 0,5
130
mm que foi fixado na ponta da mesma (figura 6). Os grupos PD s/a e UT s/a,
mesmo não recebendo condicionamento ácido, também tiveram seu excesso de
umidade removidos pelo mesmo processo.
Figura 6. Fio de aço inoxidável fixado à ponta da seringa tríplice.
Em todos os grupos foi utilizado como agente de união dentinário o adesivo
de frasco único Adper
TM
Single Bond 2 aplicado na superfície da dentina em duas
camadas com auxílio de aplicadores descartáveis (Kgbrush, KGSorensen, São
Paulo, SP., Brasil). Após este procedimento, o excesso de adesivo e a aceleração
da evaporação do adesivo foi procedida pelo espalhado com breves jato de ar da
seringa tríplice a uma distância de 3 cm com o mesmo dispositivo padronizador
de distância referido anteriormente.
O adesivo foi fotoativado por 10 s com uma unidade de luz halógena XL
3000 (3M-ESPE, Alemanha) a uma intensidade entre 400-420 mW/cm
2
, conferida
com radiômetro analógico (Demetron Kerr Corporation, Orange, CA, EUA).
4.2.2.4 Confecção dos Blocos de Resina Composta
Após a aplicação e fotopolimerização do adesivo, procedeu-se a aplicação
de incrementos de resina composta fotopolimerizadas por 20 s, conforme
orientação do fabricante. A fotopolimerização da resina composta se deu por
incrementos, com espessura de aproximadamente 2,5 mm até atingir uma altura
de 6 mm na região da coroa. Esta confecção ocorreu com cuidadosa deposição
131
de material restaurador apenas em superfície dentinária. Subseqüentemente, os
cilindros foram, novamente reposicionados na matriz cilíndrica de PTFE de 30 mm
de diâmetro e os 6 mm de altura do material restaurador tiveram sua inclusão
completada por 6 mm de altura de resina acrílica autopolimerizável Jet na fase
arenosa visando estabilizar o material restaurador e a interface adesiva ao cilindro
para os cortes seriados.
Após este procedimento, os cilindros foram armazenados em água
destilada em uma estufa de cultura (FANEM modelo 002CB, São Paulo, SP,
Brasil) à 37°C, por 24 h.
4.2.2.5 Confecção das Barras para Microtração
Após as 24 h da complementação de inclusão, a partir de cada cilindro,
foram confeccionados os corpos-de-prova (em formato de barras de dimensões
0,8 x 0,8 x 12 mm aproximadamente) para o ensaio de resistência à união por
microtração. Cada grupo continha 40 corpos-de-prova (um total de 4 grupos
perfazendo um total de 160 corpos de prova).
Subseqüente a este último procedimento, os cilindros de resina acrílica
foram, então, armazenados em água destilada em uma estufa de cultura a 37°C,
por 24 h, e só então, após este período, foram submetidos a cortes seriados
(figura 7) em uma máquina de corte (Labcut 1010, Extec, Inglaterra) utilizando um
disco diamantado dupla face com 102,0 mm de diâmetro e 0,3 mm de espessura
(Buehler, Illinois, EUA) a uma velocidade média de 500 rpm e sob constante
irrigação de água destilada. Foram feitos cortes seriados perpendiculares à
interface adesiva, com espessura de aproximadamente 0,8 mm nos sentidos
vestíbulo-lingual e mésio-distal. Ao finalizar o procedimento de secção, obtiveram-
se corpos-de-prova com formato de barra (figura 8), constituídos de resina
composta, adesivo e dentina, para serem submetidos ao teste de resistência à
união por microtração.
132
Figura 7. Máquina de corte. A: corte da face oclusal do cilindro; B: corte perpendicular do
cilindro.
Figura 8. Barra para o teste de resistência à união por microtração, à esquerda resina
composta e à direita dentina.
Cada cilindro originou 30 barras (considerando as inteiras e as fraturadas),
sendo as inteiras inspecionadas em lupa estereoscópica (Olympus, Tóquio Japão)
30x para avaliar a região de união quanto a possíveis falhas (bolhas visíveis,
descontinuidade adesiva ou possíveis posicionamentos do plano da união adesiva
diferente da perpendicularidade com o longo eixo da barra). Os corpos-de-prova
com estes tipos de falhas foram descartados. As barras isentas de falhas foram
consideradas disponíveis e armazenadas em água destilada em uma estufa de
cultura a 37°C, também por 24 h, e só então, após este período, foram
submetidas ao teste de resistência à união por microtração.
133
4.2.3 Teste de Microtração
4.2.3.1 Seleção das Barras
Após as 24 horas da obtenção das barras, as consideradas sem falhas
foram selecionadas 40 unidades aleatoriamente, sendo o excedente de barras
novamente armazenadas em água destilada em uma estufa de cultura a 37°C por
menos de 24 h para futura utilização na avaliação da camada adesiva resinosa.
As barras selecionadas foram mantidas em água destilada até 3 min
aproximadamente antes do teste de resistência à união por microtração.
4.2.3.2 Procedimentos Pré-microtração
Previamente ao teste de resistência, os corpos-de-prova selecionados
tiveram sua área adesiva mensurada em mm
2
com um paquímetro digital
(Mitutoyo, Suzano, SP, Brasil). Após, foram afixados individualmente, pelas suas
extremidades, ao dispositivo de microtração com adesivo a base de cianocrilato
(Super Bonder gel – Loctite, São Paulo, SP, Brasil) e um catalisador (Zip Kicker,
Pacer, Rancho Cucamonga, CA, EUA). A área adesiva foi posicionada
perpendicularmente ao longo eixo da tensão de tração.
4.2.3.3 Realização do Teste de Microtração
A partir da montagem do dispositivo de microtração na máquina universal
de ensaios EMIC DL-2000 (EMIC, São José dos Pinhais, PR, Brasil) com célula
de carga de 500 N, foi dado o comando desencadeador de operação por
computador através do software Mtest a uma velocidade de carregamento de 0,5
mm/min.
Após o teste de cada barra foi individualizada e nomeada para fins de
identificação em MEV para posterior associação do tipo de fratura ocorrido com o
corpo-de-prova.
134
As condições climáticas laboratoriais foram monitoradas com auxílio de um
termohigrômetro (TESTO, São Paulo, SP.) verificada ao longo deste
procedimento a uma temperatura de 21±2°C e umidade relativa de 52,5±2,5%.
4.2.4 Preparo dos Corpos-de-prova para Análise em MEV
A montagem dos corpos-de-prova nos dispositivos de fixação amostral
(stubs) ocorreu com auxílio de uma fita adesiva de cobre dupla face (3M) e fita
adesiva dupla face (3M) que permitiu que a região fraturada de cada corpo-de-
prova ficasse voltada para cima.
Posterior a fixação das amostras nos stubs, o conjunto foi dessecado por
dessecador a vácuo Prismatec modelo 131A (Prismatec Ind. e Com. LTDA, Itu,
SP) por 7 dias e cobertas com aproximadamente 30 nm de espessura de liga
ouro/paládio em máquina Sputter Coater BAL-TEC SCD 005 (BAL-TEC AG,
Liechtenstein, Alemanha). A liga foi depositada nas amostras em um nível de
vácuo de 5 x 10
-2
mbar. Após este procedimento, as amostras foram analisadas
em microscópio eletrônico de varredura com detetor de elétrons secundários
Phillips modelo XL30 (Philips Electron Optics B.V., Eindhoven, Holanda) para
determinar o tipo de falha ocorrida em todas as amostras e, por escolha aleatória,
a designação de um representante de cada tipo de falha para análise em peso
dos elementos químicos constantes em cada uma por EDS modelo EDAX CDU
LEAP DETECTOR (EDAX International, Mahwah, NJ, EUA).
4.2.4.1 Análise em MEV
As amostras analisadas em MEV foram observadas em sua maioria em
magnificação de 200x ampliando até 20000x para os casos de dúvida.
135
4.2.4.2 Classificação das Fraturas
Através dos arquivos de imagem digital MEV, o tipo de falha teve parte de
sua conceituação baseada na classificação proposta por Armstrong et al. (2001)
nos seguintes tipos: interfacial (coesiva na base ou topo da camada híbrida,
coesiva no adesivo), coesiva em dentina, coesiva em resina composta e mista. A
falha do tipo mista corresponde à presença de mais de um tipo de falha conceitual
citada acima na mesma superfície analisada. Devido ao fato do surgimento de um
padrão de falha diferente do estudo acima citado, a classificação teve de ser
complementada com a falha que ocorreu no smear layer devido ao fato da
aplicação de adesivo no substrato sem tratamento ácido que foi incluída como
pertencente à falha interfacial, surgindo assim a falha no smear layer .
Assim sendo, as falhas deste estudo ficaram assim nomeadas: Falha
interfacial coesiva adesiva (CA); Falha interfacial coesiva na base ou topo de
camada híbrida (CBT); Falha interfacial no smear layer (S); Falha coesiva em
dentina (CD); Falha coesiva em resina composta (material) (CM) e falha do tipo
mista (M).
Para análise das áreas relativas de cada corpo-de-prova, foi realizada uma
grade (4 linhas por 5 colunas) sobre cada imagem digital MEV de magnificação
200x de modo que em cada quadrado possibilitasse determinar o tipo de falha
pelo material predominante remanescente (adesivo, resina composta, dentina ou
smear layer), com cada quadrado representando 5% da área total da figura (figura
9).
136
Figura 9. Gradeamento sobre imagem digital MEV.
O registro dos dados individuais de cada falha relativa à área analisada foi
transcrito conforme exemplificado na figura 10 e todos os grupos encontram-se no
anexo 9.
PD c/a 2672 área = 0,64 mm
2
CM 5
CM 5 CM 5 CA 5 CBT 5
CM 5
CBT 1
CM 4
CA 5 CBT 5 CBT 5
CA 2
CM 3
CBT 4
CM 1
CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 3
CA 2
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 53%
CA 19%
CM 28%
CD 0%
Total 100
Figura 10. Quadro do registro individual de falha.
No final, foram somados o percentual relativo a cada tipo de falha para
todos os quadrados e estabelecido o percentual de fratura de cada imagem digital
MEV de magnificação 200x. As magnificações maiores das outras imagens
digitais MEV foram utilizadas apenas para confirmação dos achados na
magnificação 200x.
137
Adicionalmente, os arquivos de imagem digital MEV foram analisados com
auxílio de computador Toshiba Satelitte M55-S141- Celeron M380, 256 MB de
RAM e HD de 60Gb, através de análise simultânea pelos softwares Microsoft
Paint versão 5.1 e Windows Picture and Fax Viewer do Windows XP, com
geração de novo arquivo através da cópia da tela do computador (figura 11).
Figura 11. Análise fractográfica simultânea.
O critério de predomínio de falha baseou-se em um conceito de
predominância que considerou que uma falha seria predominante se tivesse um
valor igual ou acima de 60% da área analisada.
4.2.4.3 Análise EDS
Em cada tipo de falha e substrato, foi executada a média aritmética de 3
análises qualitativa por espectroscopia por dispersão de energia (EDS).
Foram escolhidos 3 pontos no mesmo tipo de falha ou substrato nos quais
incidiu um feixe de elétrons para medição de energia secundária. Desta forma
ocorreu a identificação dos elementos químicos constantes na superfície da
amostra mensurada pela forma Wt%. Para tanto, cada medição transcorreu
dentro do tempo máximo permitido (100 s).
138
Após esta análise foi feito o ajuste dos valores do Wt% pelo cálculo
proporcional de cada análise para cada elemento químico através da fórmula %C
= 100 x %E / 100 – (%Pd + %Au). Onde %C é o percentual corrigido do elemento
químico desejado, %E é o percentual do elemento químico desejado, %Pd é o
percentual do paládio e %Au é o percentual do ouro.
A análise da Δ% do Wt% de cada elemento químico ocorreu pelo cálculo
da diferença percentual relativa ao Wt% corrigido de cada elemento químico
encontrado na amostra “B” em relação a amostra “A”, esta seguiu a fórmula
Δ%=(%B - %A) / %A. Onde Δ% é a variação percentual, %B percentual corrigido
do elemento químico da amostra B e %A é o percentual corrigido do elemento
químico da amostra A. Os valores utilizados nesta fórmula, para o cálculo de
cada elemento, foram obtidos pela média aritmética dos 3 valores percentuais
corrigidos de cada elemento para cada amostra.
4.2.5 Visualização das Camadas Adesivas Resinosas
Para esta visualização, foram utilizados os corpos-de-prova excedentes
citados no item 4.2.3.1.
4.2.5.1 Processamento das Amostras
Foi escolhido, aleatoriamente um corpo-de-prova de cada grupo que foi
submetido ao seguinte tratamento: Condicionamento ácido por 30 s; e, lavagem
com jato de água da seringa tríplice por 2 min na região de união adesiva. Foi
realizado um ciclo de secagem em etanol nas concentrações de 25%, 50%, 75%
e 100% permanecendo o corpo-de-prova durante 3 min em cada solução. As
amostras permaneceram durante 5 min sobre papel absorvente antes de serem
colocadas em recipientes semi-abertos possibilitando a evaporação do etanol e
evitando o contato com impurezas do ar, permanecendo assim por 24 h.
139
4.2.5.2 Montagem Amostral para Análise em MEV
As amostras foram montadas nos dispositivos de fixação amostral (stubs)
com fita adesiva dupla face (3M) permitindo que a região da camada adesiva
resinosa ficasse posicionada de forma conveniente para visualização.
Após a montagem em stubs, o conjunto foi dessecado por dessecador a
vácuo Prismatec modelo 131A (Prismatec Ind. e Com. LTDA, Itu, SP) por 7 dias e
cobertos por aproximadamente 30 nm de espessura de liga ouro/paládio em
máquina BAL-TEC SCD 005 Sputter Coater. A liga foi depositada nas amostras
em um nível de vácuo de 5 x 10
-2
mbar, após este procedimento, as amostras
foram analisadas em microscópio eletrônico de varredura com detetor de
elétrons secundários (Phillips modelo XL30) podendo assim, serem
visualizadas e obtidos os arquivos de imagens digitais das camadas
adesivas resinosas referente a cada grupo do experimento, em aumentos
de 1000x e 2000x.
4.2.6 Confecção das Amostras Dentinárias Pré-adesivo
A partir de um cilindro obtido pela descrição do item 4.2.2.1 e utilizando o
dispositivo posicionador descrito no item 4.2.2.2.1 foram promovidas 4
asperizações com formato de ponto (ponta ativa do instrumento cortante giratório
e ultra-sônico) na dentina de acordo com a metodologia descrita no item 4.2.2.2
afim de conseguir quatro imagens características de cada tratamento dentinário
pré-adesivo de cada grupo descrito na tabela 2 citada no item 4.2.2.2.
140
4.2.6.1 Processamento do Cilindro
Após as 4 asperizações puntiformes e tratamento descrito no item 4.2.6, foi
removido a face superior do cilindro em corte paralelo a superfície numa
espessura de corte de 4 mm através da máquina de corte utilizando um disco
diamantado dupla face com 102,0 mm de diâmetro e 0,3 mm de espessura a uma
velocidade média de 500 rpm e sob constante irrigação de água destilada. Após
esta remoção, foi removida a parte acrílica da secção amostral com alicate de
corte universal de fio ortodôntico a fim de processar apenas o tecido dentário da
amostra, ficando assim, livre de resina acrílica autopolimerizável.
4.2.6.2 Processamento do Tecido Dentário
Com a secção amostral de tecido dentário livre de resina acrílica
autopolimerizável e com as asperizações puntiformes em dentina, esta amostra
foi lavada com seringa tríplice e imersa em água destilada por 7 dias promovendo
a troca da água diariamente tendo o cuidado de manter a peça com as 4
asperizações puntiformes voltada para o fundo.
Após os 7 dias, a amostra foi submetida a um ciclo de secagem em etanol
nas concentrações de 25%, 50%, 75% e 100% permanecendo o corpo-de-prova
durante 3 min em cada solução. As amostras permaneceram durante 5 min sobre
papel absorvente antes de serem colocadas em recipientes semi-abertos
possibilitando a evaporação do etanol e evitando o contato com impurezas do ar,
permanecendo assim por 24 h.
4.2.6.3 Montagem da Amostra para Análise em MEV
A amostra foi montada no dispositivo de fixação amostral (stub) com fita
adesiva dupla face (3M) permitindo que a região das 4 asperizações puntiformes
ficassem posicionadas para cima.
141
A partir deste ponto o processo de dessecamento e cobertura da amostra
para observação e obtenção de arquivos de imagens digitais seguiu como
descrito no item 4.2.5.2.
4.2.7 Análise Estatística
4.2.7.1 Teste de Resistência à União por Microtração
Os resultados foram submetidos à análise estatística definida pelo teste de
verificação de normalidade Kolmogorov-Smirnov, o qual direcionou para os testes
paramétricos de ANOVA fatorial e comparações múltiplas de Tukey Para
processamento e análise destes dados foi utilizado o software SPSS (Statistical
Package for the Social Science) versão 10.0 (SPSS, Chicago, IL, USA), com nível
de significância de 5% (α=0,05).
4.2.7.2 Tipo de Fratura
Os resultados dos tipos de falha foram submetidos ao teste Exato de Fisher
através do software SPSS (Statistical Package for the Social Science) versão 10.0
(SPSS, Chicago, IL, USA), com nível de significância de 5% (α=0,05).
A análise qualitativa dos tipos de falha mais freqüente e de substrato foram
realizadas por EDS com avaliação da Δ% do Wt% dos elementos químicos entre
as amostras.
5 RESULTADOS
5.1 Teste de Resistência à União por Microtração
Para a verificação da normalidade dos dados foi utilizado o teste não-
paramétrico Kolmogorov-Smirnov. E com o objetivo de comparar os grupos
entre si, foram realizados os testes estatísticos Análise de Variância (ANOVA)
de dois fatores e teste de comparações múltiplas de Tukey.
Todos os resultados foram considerados significativos a um nível de
significância máximo de 5% (p0,05).
Para o processamento e análise destes dados foi utilizado o software
estatístico SPSS versão 10.0.
Os dados obtidos pela ANOVA fatorial estão constantes na tabela 3:
Tabela 3. Estatística descritiva para as variáveis tratamento e condicionamento.
tratamento
condicionamento n
Média
(MPa)
Desvio-padrão
PD c/a 40 34,04 9,29
s/a 40 9,86 3,80
Total PD 80 21,95 14,06
UT c/a 40 45,31 8,16
s/a 40 15,16 3,71
Total UT 80 30,24 16,42
Total c/a 80 39,68 10,38
s/a 80 12,51 4,59
Total Geral
160 26,09 15,80
Os resultados verificados pela ANOVA fatorial estão constantes na
tabela 4.
143
Tabela 4. Resultados da Análise de Variância Fatorial.
Fonte de Variação
Soma de
Quadrados gl
Quadrado
Médio F p
Tratamento 2748,052 1 2748,052 60,66 0,000
Condicionamento 29518,304 1 29518,304 651,64 0,000
Tratamento*condicionamento 355,544 1 355,544 7,85 0,006
Erro 7066,599 156 45,299
Total 148634,602 160
Pelos resultados da Análise de Variância Fatorial verifica-se que a
interação tratamento/condicionamento é significativa (p=0,006), com isto estes
fatores devem ser analisados em conjunto conforme os dados apresentados
pelas comparações múltiplas de Tukey (tabela 5):
Tabela 5. Resultados do teste de comparações múltiplas de Tukey para a comparação
entre os 4 grupos de estudo resultantes da interação tratamento/condicionamento.
Grupo n Mínimo Máximo
Média
(MPa)
Desvio
padrão
Coeficiente
de Variação
Intervalo de
confiança 95%
UT c/a 40 25,91 63,00 45,31
a
8,16 18,01% [42,70 a 47,92]
PD c/a 40 17,98 57,68 34,04
b
9,29 27,30% [31,07 a 37,01]
UT s/a 40 8,14 23,24 15,17
c
3,71 24,47% [13,98 a 16,35]
PD s/a 40 3,89 16,71 9,86
d
3,80 38,56% [8,64 a 11,07]
*Médias diferentes entre si seguidas por letras diferentes
Pelos resultados do teste de comparações múltiplas de Tukey verifica-se
que existe diferença significativa entre os grupos acima comparados. Observa-
se que todos os grupos diferem significativamente entre si (p<0,05).
O gráfico 1 mostra os valores em MPa para os 4 grupos comparados.
144
Gráfico 1. Comparação entre os 4 grupos de estudo.
5.2 Exemplificação por Imagem MEV dos 4 Substratos
A análise dos quatro substratos em MEV proporcionou a exemplificação
dos tipos de tratamento que a dentina recebeu, mostrando presença ou
ausência de smear layer e presença ou ausência de aspectos irregulares de
superfície.
A figura 12, em magnificação 500x, corresponde ao aspecto superficial
da dentina PD s/a, observa-se o smear layer em toda extensão da superfície
obstruindo a luz de todos os canalículos dentinários.
145
Figura 12. Aspecto da dentina do grupo PD s/a (500x).
A figura 13, em magnificação 500x, corresponde ao aspecto superficial
da dentina PD c/a, observa-se a remoção total do smear layer em toda
extensão da superfície e completa desobstrução da luz de todos os canalículos
dentinários.
Figura 13. Aspecto da dentina do grupo PD c/a (500x).
146
A figura 14, em magnificação 500x, corresponde ao aspecto superficial
da dentina UT s/a, observa-se alguma remoção do smear layer, presença de
alguns canalículos dentinários desobstruídos e aspecto de irregularidade
superficial diferente do apresentado no tratamento ponta diamantada.
Figura 14. Aspecto da dentina do grupo UT s/a (500x).
A figura 15, em magnificação 500x, corresponde ao aspecto superficial
da dentina UT c/a, observa-se completa remoção do smear layer, desobstrução
completa da luz de todos canalículos dentinários e aspecto de irregularidade
superficial diferente do apresentado no tratamento ponta diamantada.
147
Figura 15. Aspecto da dentina do grupo UT c/a (500x).
As figuras 14 e 15 mostram superfícies tratadas com haste ultra-sônica
onde o aspecto de irregularidade superficial é maior que o apresentado das
superfícies tratadas com ponta diamantada, figuras 12 e 13.
O padrão de desobstrução da luz dos canalículos dentinários dos
substratos estão exemplificadas pelas figuras 16, 17, 18 e 19, respectivamente
os substratos dentinários dos grupos PD s/a, PD c/a, UT s/a e UT c/a.
A figura 16 mostra, em magnificação 5000x, a obstrução completa da luz
dos canalículos dentinários pelo tratamento PD s/a.
148
Figura 16. Aspecto da dentina do grupo PD s/a (5000x).
A figura 17 mostra, em magnificação 5000x, a desobstrução completa da
luz dos canalículos dentinários pelo tratamento PD c/a.
Figura 17. Aspecto da dentina do grupo PD c/a (5000x).
149
A figura 18 mostra, em magnificação 5000x, a desobstrução da luz de
alguns canalículos dentinários pelo tratamento UT s/a.
Figura 18. Aspecto da dentina do grupo UT s/a (5000x).
A figura 19 mostra, em magnificação 5000x, a desobstrução completa da
luz dos canalículos dentinários pelo tratamento UT c/a.
150
Figura 19. Aspecto da dentina do grupo UT c/a (5000x).
Para as figuras 16, 17, 18 e 19, em magnificação 5000x, notamos que a
figura correspondente ao tratamento UT c/a (figura 19), parece ser a única
figura a apresentar alguma irregularidade superficial nesta magnificação entre
os tratamentos. No entanto, em magnificacão 500x, as figuras 14 e 15, também
apresentam irregularidades superficiais quando submetidas aos tratamentos
UT s/a e UT c/a.
Quanto ao padrão de desobstrução da luz dos canalículos dentinários,
os tratamentos PD s/a e UT s/a estão exemplificados nas figuras 20 e 21 em
uma magnificação de 20000x. Podemos observar que a presença de
canalículos dentinários não obstruídos e obstruídos é possível na mesma
superfície de um tratamento UT s/a (figura 21), ao passo que na superfície
dentinária tratada com PD s/a existe apenas o aspecto obstruído da luz do
canalículo dentinário (figura 20).
151
Figura 20. Aspecto da dentina do grupo PD s/a (20000x).
Figura 21. Aspecto da dentina do grupo UT s/a (20000x).
152
5.3 Exemplificação por Imagem MEV da união adesiva dos 4 Substratos
A análise das quatro uniões adesivas em MEV proporcionou a
exemplificação da quantidade de contato superficial dos tipos de tratamentos
dentinários executados, mostrando uma maior ou menor área de contato e a
penetração ou não dos tags dentinários. Observa-se que para o tratamento PD
a camada híbrida apresenta um contato com o substrato de formato retilíneo,
ao passo que, o tratamento UT a camada híbrida apresenta um contato com o
substrato de formato curvilíneo.
A figura 22 do grupo PD s/a, obtida em magnificação 1000x, mostra uma
camada de contato retilínea do adesivo com o substrato sem a presença de
tags de resina.
Figura 22. Aspecto da camada híbrida do grupo PD s/a: RC, região de resina composta;
A, região de adesivo; D, região de dentina.
153
A figura 23 do grupo PD c/a, obtida em magnificação 1000x, mostra uma
camada de contato retilínea do adesivo com o substrato com a presença de
tags de resina.
Figura 23. Aspecto da camada híbrida do grupo PD c/a: RC, região de resina composta;
A, região de adesivo; D, região de dentina. As setas indicam tags de resina.
A figura 24 do grupo UT s/a, obtida em magnificação 1000x, mostra uma
camada de contato curvelínea do adesivo com o substrato com a presença de
alguns tags de resina.
154
Figura 24. Aspecto da camada híbrida do grupo UT s/a: RC, região de resina composta;
A, região de adesivo; D, região de dentina. As setas indicam tags de resina.
A figura 25 do grupo UT c/a, obtida em magnificação 1000x, mostra uma
camada de contato curvelínea do adesivo com o substrato com a presença de
tags de resina.
155
Figura 25. Aspecto da camada híbrida do grupo UT c/a: RC, região de resina composta;
A, região de adesivo; D, região de dentina. As setas indicam tags de resina.
5.4 Análise Fractográfica
Para a comparação entre os tipos de falha foi realizado o teste não
paramétrico Exato de Fisher.
Para este teste, os resultados foram considerados significativos a um
nível de significância máximo de 5% (p0,05).
Para o processamento e análise destes dados foi utilizado o software
estatístico SPSS versão 10.0.
Nos anexos 2, 3, 4 e 5 encontram-se representados os grupos UT c/a,
PD c/a, UT s/a e PD s/a, com os valores percentuais de falha de cada corpo-
de-prova que serviram de ponto de partida da análise estatística.
A tabela 6 e o gráfico 2 mostram os tipos de falha distribuídos em todos
os grupos:
156
Tabela 6. Comparação dos tipos de falhas entre os grupos de estudo.
Grupos
Falha
PD c/a PD s/a UT c/a UT s/a
Total
CBT 26 (65,0%) - 15 (37,5%) - 41 (25,6%)
CA - - 1 (2,5%) 3 (7,5%) 4 (2,5%)
CM 3 (7,5%) - 14 (35,0%) 2 (5,0%) 19 (11,9%)
CD 1 (2,5%) - - - 1 (0,6%)
M
10 (25,0%) 13 (32,5%) 10 (25,0%)
6
(15,0%)
39 (24,4%)
S
- 27 (67,5%) -
29
(72,5%)
56 (35,0%)
Total
40 (100%) 40 (100%) 40 (100%)
40
(100%)
160
(100%)
Gráfico 2. Comparação dos tipos de falhas entre os grupos de estudo.
A tabela 7 e o gráfico 3 mostra a distribuição dos dados dos tipos de
falha entre os grupos com ácido e sem ácido.
65,0
0,00,0 0,0
2,5
7,57,5
0,0
35,0
5,0
2,5
0,0 0,0 0,0
25,0
32,5
25,0
15,0
0,0
67,5
0,0
72,5
0
10
20
30
40
50
60
70
80
PD c/a PD s/a UT c/a UT s/a
Grupos
%
CBT C
A
CM CD M S
157
Tabela 7. Comparação dos tipos de falhas entre os grupos de estudo: Com ácido X sem
ácido.
Condicionamento
Falha
Com Ácido Sem Ácido
Total
CBT 41 (51,3%) - 41 (25,6%)
CA 1 (1,3%) 3 (3,8%) 4 (2,5%)
CM 17 (21,3%) 2 (2,5%) 19 (11,9%)
CD 1 (1,3%) - 1 (0,6%)
M 20 (25,0%) 19 (23,8%) 39 (24,4%)
S - 56 (70,0%) 56 (35,0%)
Total 80 (100%) 80 (100%) 160 (100%)
Gráfico 3. Comparação dos tipos de falhas entre os grupos de estudo: Com ácido X sem
ácido.
Através dos resultados do teste Exato de Fischer verifica-se que existe
associação significativa entre os tipos de falha e o condicionamentos. Observa-
se que o condicionamento ácido está associado aos tipos de falha CBT e CM e
o não condicionamento ácido está significativamente associado à falha S.
(χ
2
=110,87; p=0,000).
A tabela 8 e o gráfico 4 mostra a distribuição dos dados dos tipos de
falha entre os grupos ponta diamantada e haste ultra-sônica.
51,3
0,0
1,3
3,8
21,3
2,5
1,3
0,0
25,0
23,8
0,0
70,0
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Com Ácido Sem Ácido
Condicionamento
%
CBT CA CM
CD M S
158
Tabela 8. Percentual dos tipos de falhas entre os grupos de estudo: Ponta Diamantada e
Haste Ultra-sônica.
Tratamento
Falha
Ponta Diamantada Haste Ultra-sônica
Total
CBT 26 (32,5%) 15 (18,8%) 41 (25,6%)
CA - 4 (5,0%) 4 (2,5%)
CM 3 (3,8%) 16 (20,0%) 19 (11,9%)
CD 1 (1,3%) - 1 (0,6%)
M 23 (28,8%) 16 (20,0%) 39 (24,4%)
S
27 (33,8%) 29 (36,3%) 56 (35,0%)
Total 80 (100%) 80 (100%) 160 (100%)
Gráfico 4. Percentual dos tipos de falhas entre os grupos de estudo: Ponta Diamantada e
Haste Ultra-sônica.
Através dos resultados do teste Exato de Fischer verifica-se que existe
associação significativa entre os tipos de falha e o tratamento. Observa-se que
o tratamento ponta diamantada está associado ao tipo de falha CBT e o
tratamento haste ultra-sônica está significativamente associado às falhas CA e
CM. (χ
2
=18,08; p=0,003)
32,5
18,8
0,0
5,0
3,8
20,0
1,3
0,0
28,8
20,0
33,8
36,3
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Ponta Diamantada Haste Ultra-sônica
Tratamentos
%
CBT CA CM
CD M S
159
Abaixo encontra-se o ranqueamento da resistência em MPa para os
tipos de falha (tabela 9 e gráfico 5):
Tabela 9. Ranqueamento descritivo da resistência entre os tipos de falha.
Tipo de Falha n Média (MPa) Desvio-padrão
CD 1 54,54 0,00
CM 19 50,14 10,80
CBT 41 38,76 5,89
CA 4 24,49 9,77
M 39 22,66 8,81
S 56 10,67 3,80
Gráfico 5. Ranqueamento da resistência entre os tipos de falha.
As fractografias que caracterizam cada grupo, bem como os tipos de
falhas que caracterizam cada fratura estão exemplificadas abaixo.
O grupo UT c/a tem sua fractografia representativa exemplificada pela
figura 26 e seus tipos de falha caracterizados (figura 27) pela ampliação do
quadrado branco.
160
O grupo PD c/a tem sua fractografia representativa exemplificada pela
figura 28 e seus tipos de falha caracterizados (figura 29) pela ampliação do
quadrado branco.
O grupo UT s/a tem sua fractografia representativa exemplificada pela
figura 30 e seus tipos de falhas e estruturas caracterizados por sucessões de
ampliações dos quadrados brancos (figuras 31, 32 e 33).
O grupo PD s/a tem sua fractografia representativa exemplificada pela
figura 34 e seu tipo de falha caracterizado (figura 35) pela ampliação do
quadrado branco.
Figura 26. Fractografia representativa grupo UT c/a com localização de ampliação.
161
Figura 27. Fractografia com discriminação de tipos de falha do grupo UT c/a.
Figura 28. Fractografia representativa grupo PD c/a com localização de ampliação.
162
Figura 29. Fractografia com discriminação de tipos de falha do grupo PD c/a.
Figura 30. Fractografia representativa grupo UT s/a com localização de ampliação.
163
Figura 31. Fractografia com discriminação de tipos de falha do grupo UT s/a e
localização de ampliação.
Figura 32. Fractografia representativa grupo UT s/a com localização de ampliação.
164
Figura 33. Fractografia do grupo UT s/a: 1. adesivo; 2. fibras colágenas da dentina
intertubular; 3. tag de resina.
Figura 34. Fractografia representativa grupo PD s/a com localização de ampliação.
165
Figura 35. Fractografia com discriminação de tipos de falha do grupo PD s/a.
5.5 Análise Qualitativa por EDS
A análise qualitativa por EDS (análise por energia dispersiva) ocorreu
através da análise Wt% do substrato dentina e das fraturas dos corpos-de-
prova das falhas de maior freqüência (anexo 7). Esta análise teve o propósito
de avaliar a Δ% entre amostras do Wt% de cada elemento químico nelas
constante.
A tabela EDS (anexo 8) das amostras referem elementos químicos que
originalmente não existem antes do processamento para observação em MEV.
Os elementos são o Au e Pd, estes elementos são depositados nas superfícies
amostrais para possibilitar a condução elétrica necessária para análise em
MEV e por EDS.
Por este motivo as tabelas EDS foram convertidas por cálculo
proporcional para ajustar o real percentual químico constante nas amostras,
sendo chamadas, a partir deste ajuste, de resultados EDS ajustados.
166
Abaixo temos os resultados EDS ajustados de cada elemento para
cada amostra das médias e desvios padrão calculados a partir do anexo 10
de cada amostra analisada (tabela 10):
Tabela 10. Tabela EDS ajustada de substratos e falhas com médias e desvio padrão.
C O P Ca Si Mg
Dentina
Média
Desvio padrão
24,607
0,431
21,023
7,148
17,068
1,228
36,392
6,379
0,311
0,086
0,594
0,352
Dentina c/smear layer
Média
Desvio padrão
7,214
0,456
25,446
2,871
21,716
0,355
44,504
2,888
0,300
0,193
0,816
0,273
Falha CM
Média
Desvio padrão
17,063
1,750
28,077
1,372
10,889
0,152
0,354
0,092
43,315
1,022
0,299
0,316
Falha CA
Média
Desvio padrão
54,957
1,105
26,304
4,038
1,183
0,406
1,943
1,055
15,263
3,117
0,346
0,165
Falha base da camada híbrida
Média
Desvio padrão
18,784
3,321
19,007
4,843
18,704
1,351
42,400
0,683
0,624
0,142
0,477
0,086
Falha topo da camada híbrida
Média
Desvio padrão
22,116
11,151
21,026
3,244
16,816
3,546
36,100
9,290
2,924
2,305
1,013
0,392
Falha S
Média
Desvio-padrão
20,879
10,330
28,152
7,883
14,565
5,775
33,546
11,390
1,250
0,770
1,603
0,753
O cálculo da variação percentual relativo ao Wt% de cada elemento
químico encontrado na amostra “B” em relação a amostra “A” seguiu a fórmula
Δ%=(%B - %A) / %A. Os valores utilizados para o cálculo de cada elemento foram
os obtidos pela média aritmética dos 3 valores percentuais corrigidos de cada
amostra.
A tabela 11 mostra a Δ% da Wt% de cada elemento químico da dentina
em relação aos mesmos elementos da falha CM: O carbono da dentina sofre
uma redução de 24,60% do peso para 17,06% do peso, representando uma
diminuição de 30,65%; o oxigênio da dentina sofre um aumento de 21,02% do
peso para 28,07% do peso representando um aumento de 33,55%; o fósforo da
dentina sofre uma diminuição de 17,06% do peso para 10,88% do peso,
representando uma redução de 33,55%; o cálcio da dentina sofre uma
167
diminuição de 36,39% do peso para 0,35% do peso, representando uma
diminuição de 99,02%; o silício da dentina sofre um aumento de 0,31% do peso
para 43,31% do peso, representando um aumento de 13827,65%; o magnésio da
dentina sofre uma diminuição de 0,59% do peso para 0,29% do peso,
representando uma redução de 49,66%. As variações de todos elementos
encontram-se no gráfico 6.
Tabela 11. Variação percentual do Wt% de cada elemento químico da dentina promovida
pela falha CM.
C O
P
Ca Si Mg
Média Dentina 24,607 21,023 17,068 36,392 0,311 0,594
Média da falha CM 17,063 28,077 10,889 0,354 43,315 0,299
Comparação da Δ% -30,6579 33,553727 -36,2022 -99,0273 13827,65 -49,6633
Gráfico 6. Alteração na dentina promovida pela falha CM.
A tabela 12 mostra a Δ% do Wt% de cada elemento químico da dentina
em relação aos mesmos elementos da falha CA: O carbono da dentina sofre
um aumento de 24,60% do peso para 54,95% do peso, representando um
aumento de 123,33%; o oxigênio da dentina sofre um aumento de 21,02% do
peso para 26,30% do peso representando um aumento de 25,12%; o fósforo da
dentina sofre uma diminuição de 17,06% do peso para 1,18% do peso,
representando uma redução de 93,06%; o cálcio da dentina sofre uma
diminuição de 36,39% do peso para 1,94% do peso, representando uma
-30,6579
33,553727
-36,2022 -99,0273
13827,65
-49,6633
-2000
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
COP
Ca Si Mg
Δ%
Elementos químicos
168
diminuição de 94,66%; o silício da dentina sofre um aumento de 0,31% do peso
para 15,26% do peso, representando um aumento de 4807,71%; o magnésio
da dentina sofre uma diminuição de 0,59% do peso para 0,34% do peso,
representando uma redução de 41,75%. As variações de todos elementos
encontram-se no gráfico 7.
Tabela 12. Variação percentual do Wt% de cada elemento químico da dentina promovida
pela falha CA.
C O
P
Ca Si Mg
Média Dentina 24,607 21,023 17,068 36,392 0,311 0,594
Média da falha CA 54,957 26,304 1,183 1,943 15,263 0,346
Comparação da Δ% 123,3389 25,120107 -93,0689 -94,6609 4807,717 -41,7508
Gráfico 7. Alteração na dentina promovida pela falha CA.
A tabela 13 mostra a Δ% do Wt% de cada elemento químico da dentina
em relação aos mesmos elementos da falha da base da camada híbrida: O
carbono da dentina sofre uma redução de 24,60% do peso para 18,78% do
peso, representando uma diminuição de 23,66%; o oxigênio da dentina sofre
uma diminuição de 21,02% do peso para 19,00% do peso representando uma
redução de 9,58%; o fósforo da dentina sofre um aumento de 17,06% do peso
para 18,70% do peso, representando um aumento de 9,58%; o cálcio da
dentina sofre um aumento de 36,39% do peso para 42,40% do peso,
representando um aumento de 16,50%; o silício da dentina sofre um aumento
123,3389
25,120107
-93,0689 -94,6609
4807,717
-41,7508
-1000
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
COP
Ca Si Mg
Δ %
Elementos químicos
169
de 0,31% do peso para 0,62% do peso, representando um aumento de
100,64%; o magnésio da dentina sofre uma diminuição de 0,59% do peso para
0,47% do peso, representando uma redução de 19,69%. As variações de todos
elementos encontram-se no gráfico 8.
Tabela 13. Variação percentual do Wt% de cada elemento químico da dentina promovida
pela falha na base da camada híbrida.
C O
P
Ca Si Mg
Média Dentina 24,607 21,023 17,068 36,392 0,311 0,594
Média da falha na base
da camada híbrida
18,784 19,007 18,704 42,400 0,624 0,477
Comparação da Δ%
-23,664 -9,589497 9,585189 16,50912 100,6431 -19,697
Gráfico 8. Alteração na dentina promovida pela falha na base da camada híbrida.
A tabela 14 mostra a Δ% do Wt% de cada elemento químico da dentina
em relação aos mesmos elementos da falha no topo da camada híbrida: O
carbono da dentina sofre uma redução de 24,60% do peso para 22,11% do
peso, representando uma diminuição de 10,12%; o oxigênio da dentina sofre
um aumento de 21,023% do peso para 21,026% do peso representando um
aumento de 0,01%; o fósforo da dentina sofre uma diminuição de 17,06% do
peso para 16,81% do peso, representando uma redução de 1,47%; o cálcio da
dentina sofre uma diminuição de 36,39% do peso para 36,10% do peso,
Elementos químicos
-23,664
-9,589497
9,585189
16,50912
100,6431
-19,697
-40
-20
0
20
40
60
80
100
120
COP
Ca
Si
Mg
Δ %
170
representando uma redução de 0,80%; o silício da dentina sofre um aumento
de 0,31% do peso para 2,92% do peso, representando um aumento de
840,19%; o magnésio da dentina sofre um aumento de 0,59% do peso para
1,01% do peso, representando um aumento de 70,53%. As variações de todos
elementos encontram-se no gráfico 9.
Tabela 14. Variação percentual do Wt% de cada elemento químico da dentina promovida
pela falha no topo da camada híbrida.
C O
P
Ca Si Mg
Média Dentina 24,607 21,023 17,068 36,392 0,311 0,594
Média da falha no topo
da camada híbrida
22,116 21,026 16,816 36,100 2,924 1,013
Comparação da Δ% -10,1231 0,014270 -1,47645 -0,80237 840,1929 70,53872
Gráfico 9. Alteração na dentina promovida pela falha no topo da camada híbrida.
A tabela 15 mostra a Δ% do Wt%de cada elemento químico da dentina
com smear layer em relação aos mesmos elementos da falha S com adesivo:
O carbono da dentina com smear layer sofre um aumento de 7,21% do peso
para 20,87% do peso, representando um aumento de 189,42%; o oxigênio da
dentina com smear layer sofre um aumento de 25,44% do peso para 28,15%
do peso representando um aumento de 10,63%; o fósforo da dentina com
smear layer sofre uma diminuição de 21,71% do peso para 14,56% do peso,
representando uma redução de 32,92%; o cálcio da dentina com smear layer
sofre uma diminuição de 44,50% do peso para 33,54% do peso, representando
-10,1231
0,01427
-1,47645 -0,80237
840,1929
70,53872
-200
0
200
400
600
800
1000
COP
Ca Si Mg
Δ%
Elementos químicos
171
uma redução de 24,62%; o silício da dentina com smear layer sofre um
aumento de 0,30% do peso para 1,25% do peso, representando um aumento
de 316,66%; o magnésio da dentina com smear layer sofre um aumento de
0,81% do peso para 1,60% do peso, representando um aumento de 96,44%.
As variações de todos elementos encontram-se no gráfico 10.
Tabela 15. Variação percentual do Wt% de cada elemento químico da dentina com smear
layer promovida pela falha S com adesivo.
C O P Ca Si Mg
Média da dentina com
smear layer
7,214 25,446 21,716 44,504 0,300 0,816
Média da falha S com
adesivo
20,879 28,152 14,565 33,546 1,250 1,603
Comparação da Δ% 189,4233 10,634284 -32,9296 -24,6225 316,6667 96,44608
Gráfico 10. Alteração na dentina com smear layer promovida pela falha S.
189,4233
10,634284
-32,9296
-24,6225
316,6667
96,44608
-100
-50
0
50
100
150
200
250
300
350
COP
Ca
Si
Mg
Δ %
Elementos químicos
6 DISCUSSÃO
De acordo com os resultados obtidos neste estudo foi constatado que,
em dentina, o tratamento ultra-sônico, comparativamente ao tratamento de alta
rotação, promove valores mais altos de resistência à união da resina composta
no substrato, rejeitando assim a hipótese nula, pois os resultados mostraram
diferença estatisticamente significante entre os grupos estudados (p<0,05).
Vários fatores podem ter contribuído para esses achados, como por exemplo:
A utilização de dentes terceiros molares hígidos, por se tratar de dentes
naturais de maior disponibilidade de obtenção e de morfologia que permite um
maior aproveitamento de unidades de corpos-de-prova por unidade de dente,
pode ter sido um fator importante. A utilização de dentina humana vem ao
encontro dos achados de Al-Salehi e Burke (1997) que constataram em sua
revisão de literatura que este substrato é o mais utilizado para testes de
resistência à união, estando presente em 80% dos estudos avaliados,
corroborando com a metodologia empregada.
A condição hígida do dente também vem ao encontro da especificação
ISO/TR 11405 (1994) que refere a ausência de cárie e preferencialmente
inexistência de restaurações como condição de um dente a ser utilizado em
teste de resistência à união. Provavelmente, estes fatores tenham levado
alguns pesquisadores a escolher o terceiro molar humano como dente para o
teste de resistência à união por microtração (SCHREINER et al., 1998; NUNES
et al., 2001; FRANKENBERGER et al., 2001; CARRILHO et al., 2002; MOLL et
al., 2002; OKUDA et al., 2002; TOLEDANO et al., 2003; GUZMÁN-
ARMSTRONG et al., 2003; MUNCK et al., 2003; REIS et al., 2004
a
; REIS et al.,
2004
b
; CARDOSO et al., 2005; SADEK et al., 2005
b
; KENSHIMA et al., 2005;
MIRANDA et al., 2005), assim como o presente estudo.
173
Com relação à limpeza dos dentes neste estudo, após exodontia, foi
imediatamente executada com água corrente com auxílio de cureta periodontal
de Gracey número 1-2 (duflex) seguido de escova de Robson e pedra pomes
em baixa rotação. Embora a especificação ISO/TR 11405 (1994) refira
adequada limpeza para os dentes extraídos, não existe a especificação de
como fazer. Mesmo assim, acredita-se que o método de limpeza não tenha
trazido nenhum prejuízo químico ou morfológico ao dente para o ensaio
proposto.
A armazenagem por imersão completa em água destilada até que os
dentes fossem processados para obtenção dos corpos-de-prova não é uma
conduta unânime entre os pesquisadores. Embora o meio de armazenagem do
estudo tenha sido diferente dos estudos de Armstrong et al. 1998, Nunes et al.
2001, Armstrong et al. 2001, Carrilho et al. 2002, Armstrong et al. 2003,
Meerbeek et al 2003, Munck et al. 2003, Reis et al. 2004
a
, Koase et al. 2004,
Reis et al. 2004
b
, Kenshima et al. 2005 e Yang et al. 2006 que usaram
cloramina a 0,5%, o presente estudo utilizou o mesmo meio armazenador
empregado nos estudos de Toledano et al. 2003 e Miranda et al. 2005. Mesmo
sendo dois grupos diferentes no que se refere ao emprego de líquido
armazenador das peças dentárias, ambos encontram-se de acordo com a
especificação ISO/TR 11405 (1994).
Segundo Leloupe et al. (2001) o tempo de armazenagem das peças
dentárias e a sua temperatura de estocagem são fatores que influenciam a
resistência à união. O presente estudo estabeleceu estocagem de dentes a 4°C
e utilização em um período maior de 30 dias e menor de 45 dias com trocas
diárias do líquido armazenador, o que vem ao encontro da especificação
ISO/TR 11405 (1994). Quanto ao tempo de armazenagem, o presente estudo
concorda com a especificação ISO/TR 11405 (1994) e discorda dos estudos de
Schreiner et al. (1998), Frankenberger et al. (2001), Moll et al. (2002), Munck et
al. (2003), Goracci et al. (2004) e Sadek et al. (2005)
b
, embora, Miranda et al.
(2005) tenha chegado à conclusão de que períodos de 1 h até 2 anos não
apresente diferença estatística para o teste de resistência à união por
microtração.
174
Outro fator metodológico que pode ter contribuído para os achados
deste estudo foi a escolha do teste de resistência à união por microtração.
Os materiais restauradores unidos aos dentes, quando submetidos às
forças mastigatórias, sofrem, basicamente, forças de cisalhamento, tração e
compressão, sendo possível simulá-las em laboratório. Os testes de
cisalhamento e tração segundo Al-Salehi e Burke (1997) são freqüentemente
empregados em estudos de resistência à união, porém trabalhos como de
Noort et al. (1989) mostram que, tanto o ensaio de tração quanto o de
cisalhamento, possuem uma distribuição de estresse na interface adesiva
altamente não-uniforme. Esta distribuição foi sensível a fatores como módulo
de elasticidade, formato e tamanho do cilindro de resina composta e forma de
aplicação de tensão, com o ensaio de cisalhamento sendo particularmente
sensível a este último fator.
Dentre os ensaios de simulação, a microtração tem ganhado espaço
cada vez maior entre os pesquisadores (CHAPPELL et al., 1997;
PHRUKKANON et al., 1998
a
; TANUMIHARJA et al., 2000; ARMSTRONG et al.,
2001; OKUDA et al., 2002; MOLL et al., 2002; MEERBEEK et al., 2003; KOASE
et al., 2004; MIRANDA et al., 2005; YANG et al., 2006), pois se destaca pela
simplicidade e rapidez, além de necessitar de uma reduzida amostra de dentes
e de ter uma melhor distribuição de forças no momento de sua realização. Este
tipo de método de simulação apresenta também como vantagens a
possibilidade de determinar valores elevados de resistência à união com
poucas falhas coesivas em dentina, apresentando predominância de falhas na
interface adesiva, além de permitir múltiplas avaliações em um mesmo dente
diminuindo a variabilidade causada pelo substrato (SANO et al.,1994). Além
disso, vantagens capacidade de medir resistências à união regionais em áreas
muito pequenas e facilidade do exame de falhas por MEV foram determinantes
para escolha deste tipo de teste (CARDOSO et al., 1998; SCHREINER et al.,
1998 e PASHLEY et al., 1999).
O tratamento dentinário com as hastes ultra-sônicas e pontas
diamantadas foi conduzido com o auxílio de um dispositivo posicionador com o
fim de manter as peças de mão posicionadas de forma que as extremidades
175
cortantes, tanto da haste ultra-sônica como da ponta diamantada, tivessem
sempre a mesma orientação. A irrigação da ponta diamantada ocorreu por
meio de jato tríplice da turbina de alta rotação, enquanto que a irrigação da
haste ultra-sônica ocorreu conforme preconizado pelos fabricantes (ADIEL
COMERCIAL LTDA, 2006 e CLOROVALE DIAMANTES, 2006) por
gotejamento, regulando no aparelho 25% do total do fluxo (30 ml/min). Quanto
a regulagem de potência, o ultra-som trabalhou na regulagem “Vibr 1” a qual
fica dentro do padrão referido pelo fabricante (CLOROVALE DIAMANTES,
2006).
No presente estudo, o condicionamento ácido para os grupos que
receberam este tipo de tratamento constituiu-se em 15 s de contato deste gel
com a superfície dentinária (3M DENTAL PRODUCTS, 2006
b
) e lavagem por
30 s, corroborando a metodologia da maioria dos trabalhos revisados. A
remoção do excesso de umidade evitando o colabamento das fibras colágenas
é importante (ERICKSON, 1992; EICK et al.,1993 e ELIADES, 1994) e foi
conduzida através de um dispositivo mantenedor de distância da seringa
tríplice para promover breve jato de ar mantendo o aspecto úmido e brilhante
da dentina.
Devido ao tipo de padrão de limpeza promovido pelo ultra-som
(ZAHNTECHNIC, 1973; SIQUEIRA JÚNIOR, 1997; SPÅNGBERG, 2000;
BERBERT, 2005; SAUNDERS e SAUNDERS, 2006; MESQUITA et al., 2006
a
e
MESQUITA et al., 2006
b
), optou-se, no grupo UT s/a, não proceder o
condicionamento ácido a fim de poder comparar que tipo de resultado teríamos
com este procedimento. O grupo PD s/a optou-se, também, pelo mesmo tipo
de procedimento para poder verificar comparações mesmo não sendo uma
prática clínica.
O sistema adesivo utilizado neste estudo foi o Adper
TM
Single Bond 2,
que segundo a 3M Dental Products (2006)
b
é um produto que contém Bis-
GMA, HEMA, ácido polialcenóico, etanol, água, ácido poliitacônico, DMA,
fotoiniciador, 10% (em peso) nanopartículas de sílica (5 nm), que emprega o
condicionamento ácido total tanto de esmalte como dentina previamente à
aplicação do primer/adesivo.
176
O acréscimo de nanopartículas inorgânicas aos adesivos faz com que o
valor do módulo de elasticidade do adesivo aumente, juntamente com uma
melhor distribuição das forças na camada adesiva, sendo capaz também de
distribuir e dissipar a força de contração gerada durante a polimerização dos
compósitos de resina (HALLER, 2000; MEERBEEK et al.,2001).
Conforme orientação do perfil técnico do produto (3M DENTAL
PRODUCTS, 2006
b
), o adesivo foi aplicado em 2 camadas na dentina e
fotopolimerizado por 10 s. Para fins de padronização, foi utilizado um
dispositivo mantenedor de distância (3 cm) para poder espalhar e acelerar a
evaporação do adesivo na superfície dentinária e assim, poder ter um padrão
de evaporação.
Segundo Frankenberger et al. (2001), Platt et al. (2001) e Ito et al. (2005)
aplicação de duas camadas de adesivo aumenta os valores de resistência à
união por microtração, corroborando a metodologia do estudo.
O sistema adesivo Adper
TM
Single Bond 2, apresenta como diluentes a
água e o etanol. Acredita-se que a água faça com que a evaporação deste seja
mais lenta e a camada adesiva formada seja mais uniforme. Além disso, a
etapa de secagem pós-condicionamento ácido não é tão crítica devido a
capacidade que este adesivo apresenta de reidratar a rede de colágeno caso
esta seja demasiadamente seca. Essa capacidade de manter as fibras
colágenas hidratadas é fundamental para que os monômeros possam permear
por entre elas e formar a camada híbrida (ERICKSON, 1992; EICK et al.,1993;
MEERBEEK et al.,2001). Quanto ao etanol, é um componente que confere, aos
adesivos que o contem, valores de resistência à união por microtração mais
altos em dentina úmida (CARDOSO et al.,2005).
A confecção dos blocos de resina composta deste estudo seguiu o
método incremental executado pela maioria dos estudos de resistência à união
por microtração, no entanto, a espessura do incremento do material Filtek Z-
250 foi de 2,5 mm (3M DENTAL PRODUCTS, 2006
a
). O tempo de
fotopolimerização foi de 20 s, também determinado pelo fabricante, no entanto,
a intensidade para executá-la corroborou a constatação de Al-Salehi e Burke
(1997), qual seja a de que não existe padronização entre os estudos
177
executados que dizem respeito ao teste de resistência à união. Sendo assim, o
estudo transcorreu com a utilização de uma unidade de luz halógena, já que o
estudo de Carvalho e Turbino (2005) refere que esta fonte não difere
estatisticamente em resultados à fonte LED. A intensidade da fonte foi medida
com radiômetro analógico e sempre ficou entre 400 e 420 mW/cm
2
,
corroborando com a intensidade empregada nos estudos de Armstrong et al.
(2001), Nunes et al. (2001) e Guzmán-Armstrong et al. (2003).
Neste estudo, bem como nos estudos recentes de microtração
encontrados na literatura, as amostras foram confeccionadas em forma de
barra (SADEK et al., 2005
a
; CARDOSO et al., 2005; SADEK et al., 2005
b
;
KENSHIMA et al., 2005; ITO et al., 2005; MIRANDA et al., 2005). Para
obtenção destes corpos-de-prova torna-se necessária a inclusão da peça
dentária em cilindro acrílico com o objetivo de conferir precisão de corte e
padronização de fixação do cilindro contendo o dente.
Devido a fragilidade de união ao substrato de alguns grupos, após a
construção do bloco de resina composta, se fez necessário preencher com
resina acrílica autopolimerizável os grupo PD s/a e UT s/a para estabilizar o
bloco de resina composta ao conjunto evitando perda de cilindro por desunião
precoce. Desta forma, com o intuito de padronizar o procedimento, também se
realizou a mesma operação para os grupos PD c/a e UT c/a.
Segundo Reis et al. (2004)
a
, os maiores resultados de resistência à
união foram encontrados em grupos que permaneciam uma semana
armazenados em água, e que grupos que permaneciam armazenados apenas
10 min apresentaram os menores resultados, provavelmente pela resistência à
união dentinária aumentar com o passar do tempo devido à complementação
do processo de polimerização que ocorre em diferentes monômeros. Mesmo
assim, este estudo optou empregar um período de 48 h devido ao fato da
maioria dos estudos que empregam o teste de microtração aguardar um
período de 24 a 48 h para realização dos testes corroborando o período de
armazenagem selecionado (SANO et al., 1994; CARDOSO et al., 1998;
TANUMIHARJA et al., 2000; PHRUKKANON et al., 2000; NUNES et al., 2001;
FRANKENBERGER et al., 2001; CARRILHO et al., 2002; CARDOSO et al.,
178
2002; MOLL et al., 2002; ÇEHRELI et al., 2003; MEERBEEK et al., 2003;
TOLEDANO et al., 2003; MUNCK et al., 2003; DIAS et al., 2004
a
; DIAS et al.,
2004
b
; KOASE et al., 2004; REIS et al., 2004
b
; GORACCI et al., 2004;
MIRANDA et al.,2005; ITO et al., 2005; KENSHIMA et al., 2005; SADEK et al.,
2005
b
; CARDOSO et al., 2005).
Outro fator que pode interferir nos valores de resistência à união é a
velocidade de corte empregada no momento da confecção das barras.
Segundo Reis et al. (2004)
a
velocidades mais altas geram menor estresse na
interface adesiva e maiores resultados de resistência à união. Baseado neste
estudo todos os corpos-de-prova utilizados para este trabalho foram
seccionados em velocidade máxima da máquina de corte LabCut 1010, ficando
esta entre 500-510 rpm.
Quanto ao formato da área adesiva, segundo Phrukkanon et al. (1998)
b
,
nas amostras de secção circular o estresse é distribuído de forma uniforme na
periferia da secção de união, já nas amostras retangulares este estresse não é
distribuído de forma uniforme. No entanto, os autores concluíram que a forma
da área de secção tem pouco efeito no resultado. Assim sendo, optou-se neste
estudo por não promover áreas circulares já que a obtenção desta forma
tornaria impossível mensurar a resistência à união por microtração nos grupos
sem condicionamento ácido, devido a maior fragilidade de união.
Embora, os estudos de Sano et al. (1994), Armstrong et al. (1998),
Phrukkanon et al. (1998)
a
, Phrukkanon et al. (1998)
b
, Tanumiharja et al. (2000),
Nunes et al. (2001), Frankenberger et al. (2001), Moll et al. (2002), Okuda et al.
(2002), Çehreli et al. (2003), Meerbeek et al. (2003) Armstrong et al. (2003),
Guzmán-Armstrong et al. (2003), Munck et al. (2003), Dias et al. (2004)
a
, Koase
et al. (2004) Dias et al. (2004)
b
, Ito et al. (2005) e Yang et al. (2006) tenham
sido executados com uma velocidade de carregamento de 1 mm/min este
estudo decorreu com a velocidade de carregamento de 0,5 mm/min,
corroborando com os trabalhos de Chappell et al. (1997), Schreiner et al.
(1998), Platt et al. (2001), Carrilho et al. (2002), Cardoso et al. (2002), Toledano
et al. (2003), Reis et al. (2004)
a
, Goracci et al. (2004), Carvalho e Turbino
179
(2005), Cardoso et al. (2005), Sadek et al. (2005)
b
, Kenshima et al. (2005) e
Miranda et al. (2005).
O propósito do presente estudo e metodologia não foram observados na
literatura, mesmo assim, quanto ao tratamento superficial, constatou-se que,
segundo Dias et al. (2004)
b
, que compararam pelo teste de µTBS cinco
adesivos de dentina humana preparadas com lixa de granulação 600, pontas
diamantadas e broca carbide, a resistência à união do adesivo na dentina pode
ser afetada pelo tipo de instrumento usado para preparar o dente. Já, Koase et
al. (2004), que também compararam por teste de µTBS dois sistemas adesivos
para dois tipos de corte por ponta diamantada de dentina (regular e superfina),
a resistência à união aumentou quando cortada com ponta superfina. Embora
em esmalte bovino, Dias et al. (2004)
a
, que avaliaram pelo mesmo teste três
adesivos comparando o preparo ponta diamantada e broca carbide, os
resultados não diferiram significativamente para superfícies preparadas com
estes instrumentos de corte. Para Meerbeek et al. (2003), que investigaram se
a abrasão oscilante, abrasão a ar e irradiação a LASER produziriam superfícies
no esmalte e dentina igualmente receptivas a união tradicional em relação às
pontas de diamante de média granulação, a união de esmalte e dentina
tratados por abrasão sônica e abrasão a ar são iguais à união de preparo com
ponta diamantada. Enquanto que, para Çehreli et al. (2003), que avaliaram a
influência de diferentes técnicas de remoção de cárie (broca convencional;
remoção quimio-mecânica; sistema de abrasão oscilante e abrasão a ar) por
teste de µTBS em dentina humana afetada por cárie, a resistência à união do
adesivo dentinário não sofreu influência quanto as quatros diferentes técnicas
de remoção de cárie.
Apesar de serem metodologias diferentes, nota-se que existem
discordâncias quanto à alteração da resistência à união.
O presente estudo mostrou diferenças significativas entre todos os
grupos analisados mostrando interação entre os métodos (p<0,05). Na análise
conjunta (ANOVA fatorial/Tukey), o grupo UT c/a alcançou 45,31 MPa; o grupo
PD c/a, 34,04; o grupo UT s/a, 15,17 e o grupo PD s/a, 9,86.
180
A explicação destes valores teve origem nas observações MEV e podem
estar relacionadas com o padrão de remoção do smear layer e com as
irregularidades superficiais promovida pelos instrumentos cortantes.
O emprego de microscopia eletrônica de varredura ocorreu devido a
relevância de analisar falhas de corpos-de-prova e substratos, já que a
utilização de microscopia ótica não confere detalhamentos importantes
(ELIADES, 1994) além de ser um procedimento adotado por muitos
pesquisadores (ARMSTRONG et al., 2001; OKUDA et al., 2002; ARMSTRONG
et al., 2003; REIS et al., 2004
a
; SADEK et al., 2005
b
e YANG et al.,2006).
O corte por instrumento rotatório na dentina promove uma espessura de
smear layer que oscila de 0,5 a 5,5 μm na superfície dentinária e uma
espessura de smear plug que oscila de 4,5 a 8,6 μm (URIBE-ECHEVARRÍA,
2003). Segundo Erickson (1992), o smear layer tem cerca de 1 μm de
espessura, embora esta varie com o instrumento de corte usado. O smear layer
constitui-se de componentes similares à dentina, como colágeno,
glicosaminoglicanos, proteoglicanos, restos de origem odontoblásticos,
hidroxiapatita, bactérias e minerais em partículas pequenas (menores que 0,3
μm) que se aderem fortemente às paredes dentinárias preparadas (URIBE-
ECHEVARRÍA, 2003 e ERICKSON, 1992).
A remoção do smear layer aumenta a capacidade de penetração dos
adesivos na dentina, promovendo uma maior retenção micromecânica
(GLICKMAN, 1999; HALLER, 2000 e PHRUKKANON et al., 2000). Desta
forma, acredita-se que os grupos tratados com ultra-som tiveram um aumento
da resistência à união pela maior retenção micromecânica, certamente
originada pela remoção do smear layer ocasionado pelo fato da vibração ultra-
sônica promover sobrepressão decorrente da implosão das bolhas de
cavitação (ZAHNTECHNIC, 1973; SIQUEIRA JÚNIOR, 1997; SPÅNGBERG,
2000; BERBERT, 2005; SAUNDERS e SAUNDERS, 2006; MESQUITA et al.,
2006
a
e MESQUITA et al., 2006
b
), além de outros fenômenos associados a
este fato citados por Berbert (2005) como micro-corrente acústica, ondas de
impacto, elevação de temperatura, efeitos químicos de oxidação redução,
emulsificação.
181
Esta limpeza do smear layer não ocorre da mesma forma que a limpeza
com o condicionamento ácido, evidenciado pelas imagens do substrato obtidas
pelo estudo (figuras 14, 18, 21) e corroborando a constatação de alguns
pesquisadores (ARX e WALKER, 2000; VIEIRA e VIEIRA, 2002; CONDE,
2004, MESQUITA et al., 2006
b
), que referem que unicamente o tratamento
ultra-sônico não promove a remoção total do smear layer. No entanto, acredita-
se que ele tenha participação neste aumento de resistência juntamente com
um padrão de irregularidade diferente do promovido pela ponta diamantada.
Segundo Eliades (1994), a rugosidade melhora o desempenho na união
adesiva. Phrukkanon et al. (2000) referem, também, que a rugosidade tem
participação, junto com outros fatores, no mecanismo de união adesivo/dentina.
Dias et al. (2004)
b
, referem que a resistência à união do adesivo na dentina
pode ser afetada pelo tipo de instrumento usado para preparar o dente. Koase
et al. (2004), referem que ponta diamantada superfina em dentina promove
maior resistência à união quando comparada com ponta diamantada regular.
Neste estudo, foi constatado pelas imagens MEV do substrato que o
padrão de irregularidades superficiais promovido pelo ultra-som é diferente do
padrão promovido pela ponta diamantada. Esta irregularidade causada pela
haste ultra-sônica acredita-se ser maior que a irregularidade promovida pela
ponta de alta rotação, conseqüentemente expõe mais área de contato,
favorecendo o embricamento micro-mecânico, constituindo-se em fator que,
certamente, contribuiu para o aumento dos valores de resistência à união por
microtração.
As imagens MEV das uniões dos grupos tratados por ultra-som não
rompidas mostraram que as irregularidades trouxeram um padrão de
espessura de adesivo, em alguns pontos, maior que o padrão de espessura
das uniões dos grupos tratados com ponta diamantada, ambos obtidos com a
mesma quantidade de aplicação de adesivo. Segundo Meerbeek et al. (2001)
uma quantidade mais espessa de adesivo confere a ocorrência do conceito de
“camada adesiva elástica”, que é uma camada adesiva espessa capaz de
absorver e dissipar a força de contração de polimerização gerada no processo
de polimerização das resinas compostas, evitando falhas na interface adesiva.
182
As nanopartículas do adesivo, também estão envolvidas no conceito de
“camada adesiva elástica”, pois contribuem, pela sua presença, para uma
camada adesiva mais espessa.
A efetividade da limpeza da luz do canalículo dentinário utilizando ácido
para ambas as técnicas, sem dúvida, é indiscutível (figuras 13, 15, 17 e 19), no
entanto, na ausência do ácido, a técnica ultra-sônica remove o smear layer da
luz do canalículo dentinário em graus variados (figuras 14, 18 e 21) variando do
aspecto de desobstrução parcial até o aspecto de desobstrução total (figura
21), padrão inobservado na técnica de ponta diamantada sem ácido.
Pelos achados do estudo, acredita-se que outro fator responsável pela
μTBS ser maior no grupo UT c/a que no PD c/a seja o aspecto de
irregularidade maior que o ultra-som promove nas superfícies dentinárias. Já
para o valor maior de μTBS do grupo UT s/a sobre o PD s/a, acredita-se que os
fatores irregularidade e algum padrão de remoção de smear layer sejam
responsáveis pelo fato.
Segundo Armstrong et al. (2001) os tipos de falhas que ocorrem neste
tipo de teste são conceituadas da seguinte forma: interfacial (coesiva na base
ou topo da camada híbrida, coesiva no adesivo), coesiva em dentina, coesiva
em resina composta e mista. A falha do tipo mista corresponde à presença de
mais de um tipo de falha conceitual citada acima na mesma superfície
analisada sem predominância de uma sobre outra. Devido ao fato do
surgimento de um padrão de falha diferente da classificação do estudo acima
citado, esta teve de ser complementada com a falha que ocorreu no smear
layer devido ao fato da aplicação de adesivo no substrato sem
condicionamento ácido que foi incluída como pertencente à falha interfacial.
Surgindo assim a falha no smear layer.
O presente estudo constatou que é quase inexistente a predominância
completa (100%) de um tipo de falha na análise fractográfica. Assim sendo a
classificação baseou-se no predomínio de falha. Para os casos onde não
existiu predomínio, considerou-se falha mista. O conceito de predominância
considerou que uma falha seria predominante se tivesse um valor igual ou
acima de 60% da área analisada, para que existisse 10% de margem de
183
segurança acima do valor 50%. Desta forma, como esta é uma classificação
visual subjetiva, 10% seria uma possível margem de erro que poderia ocorrer
de um observador para outro.
A forma como foi executada a classificação visual seguiu a idéia
metodológica de gradeamento proposta por Dillenburg (2006), na qual ocorre
um gradeamento da imagem MEV em 200x de magnificação. No entanto, o
gradeamento do presente estudo ocorreu por divisão em 4 linhas e 5 colunas
as quais foram feitas com a espessura de linha a mais fina possível do software
Microsoft Paint versão 5.1, para que houvesse o mínimo de ocultação
superficial. Esta divisão de linhas e colunas foi para que cada subdivisão de
área tivesse um número inteiro, no caso deste estudo este número inteiro
correspondeu a 5% da área total. Diferente da proposta de Dillenburg (2006)
que com a divisão em 4 linhas e 4 colunas cada subdivisão de área constituiu-
se num valor onde cada área correspondia a 6,25%. Além disso, o
gradeamento utilizado por Dillenburg (2006) foi executado com uma espessura
de linha mais larga, o que traz uma certa ocultação superficial da área a ser
analisada.
Com o gradeamento executado, cada unidade de 5% foi avaliada
visualmente (subjetivamente) e atribuído a cada falha um valor de ocupação
em cada unidade que variava de 0% até 5%. Ao término da avaliação, foram
somados os percentuais de cada tipo de falha para designar o percentual total
da área de análise, acredita-se que com esta forma seriam menores as
chances de erro do método de análise visual subjetiva de falha.
O presente estudo mostrou que, em relação ao predomínio de falhas na
inclusão de todos os grupos, obteve-se 35% de falhas interfaciais no smear
layer (S), 25,6% de falhas interfaciais coesivas na base ou topo de camada
híbrida (CBT), 24,4% de falhas mistas (M), 11,9% de falhas coesivas em resina
composta (CM), 2,5% de falhas interfaciais coesivas adesiva (CA) e 0,6% de
falha coesiva na dentina (CD). A explicação do predomínio de 35% de falhas S
pode estar relacionada ao baixo valor de resistência à união por microtração
encontrado nos grupos UT s/a e PD s/a, pois observou-se uma grande relação
entre este tipo de falha e os valores de resistência, desta forma, a grande
184
presença deste tipo de falha nestes dois grupos fez com que o valor percentual
fosse o maior na análise de todos os grupos.
Na análise individual por tratamento observou-se que o grupo UT c/a, a
falha de maior predomínio foi CBT (37,5%), seguida pelas falhas CM (35,0%),
M (25%) e CA (2,5%). O grupo PD c/a, a falha de maior predomínio foi CBT
(65%), seguida pelas falhas M (25%), CM (7,5%) e CD (2,5%). O grupo UT s/a,
a falha de maior predomínio foi S (72,5%), seguida pelas falhas M (15%), CA
(7,5%) e CM (7,5%). O grupo PD s/a, a falha de maior predomínio foi S
(67,5%), seguida pela falha M (32,5%).
Neste estudo observou-se que o predomínio de um tipo de falha não
significa, necessariamente, que esta seja a responsável pelos valores mais
altos dentro de um grupo.
O ranqueamento do tipo de falha com o valor de resistência à união por
microtração considerando todos os grupos constatou que o tipo de falha CD
promoveu valores de 54,54 MPa, seguida da falha CM (50,14 MPa), CBT
(38,76 MPa), CA (24,49 MPa), M (22,66) e S (10,67).
Este estudo concordou no que tange ao padrão de resistência à falhas,
com o estudo de Leloupe et al. (2001) que referiu que a quantidade de falha
coesivas em substrato (dentina/resina composta) é diretamente proporcional
aos valores de resistência à união. No entanto, para a referência de Masotti
(2002), a qual afirma que a quantidade de falhas coesiva adesiva é
inversamente proporcional aos valores de resistência à união, entra em
discordância. Acredita-se que as discordâncias nos achados entre os estudos
sejam decorrentes da metodologia que, basicamente, pode ser atribuída pela
não identificação dos corpos-de-prova relacionando a resistência à união por
microtração de cada um com o tipo de falha verificado na análise MEV.
Para esta constatação, este estudo não se baseou na quantidade de um
determinado tipo de falha ocorrido em cada grupo, mas sim, na análise
qualitativa discriminada.
Este estudo, ainda constatou que, existe associação significativa entre
os tipos de falha e o tratamento ponta diamantada ou haste ultra-sônica
(p=0,003). Observa-se que o tratamento ponta diamantada está associado ao
185
tipo de falha CBT e o tratamento haste ultra-sônica está significativamente
associado às falhas CA e CM. Verificou-se ainda que, existe associação
significativa entre os tipos de falha e o condicionamento com ou sem ácido
(p=0,000). Observou-se que o condicionamento com ácido está associado aos
tipos de falha CBT e CM e o não condicionamento ácido está significativamente
associado à falha S.
Nenhum estudo avaliado nesta revisão de literatura encontrou análise
EDS para resistência à união por microtração. A escolha desta análise ocorreu
pela necessidade da constatação da capacidade do adesivo modificar a
superfície do smear layer, já que pela aparência visual da imagem, não
teríamos esta condição. Desta forma, optou-se por detectar que tipo de
alteração química o adesivo promovia na superfície deste substrato pela
constatação da Δ% do Wt%. Para isto, tornou-se necessário saber como seria
o substrato originalmente e que tipo de alteração ocorre após aplicação do
processo de adesão da resina composta.
Para este tipo de análise, é importante saber o Wt% dos elementos
químicos presente no substrato na sua forma pré-processamento da amostra.
Desta forma, como todas as amostras recebem cobertura metálica que
originalmente não constam, tornou-se necessário, após a análise, ajustar os
valores Wt%, pois os metais depositados devem ser removidos para não afetar
os valores originais dos elementos químicos constantes nas amostras.
Todos elementos encontrados em dentina neste estudo também foram
constatados por Namen (1998) embora os percentuais não sejam exatos.
O silício foi um elemento encontrado tanto em dentina como nas falhas.
Quanto à constatação nas falhas, justifica-se pela sua presença tanto na
composição do sistema adesivo como na resina composta (3M DENTAL
PRODUCTS, 2006
a
e 3M DENTAL PRODUCTS, 2006
b
). Entretanto, a
constatação na dentina, originalmente, não tem justificativa. No entanto, o fato
de encontrarmos dentina (0,311) e dentina com smear layer (0,300) com baixos
valores de sílicio, provavelmente tenha explicação pelo processo de abrasão e
dessecamento da amostra. No caso da abrasão temos as lixas de carbeto de
silício que podem deixar remanescentes deste elemento químico na superfície
186
da amostra. No caso do dessecador, as partículas de sílica, que ajudam no
processo de remoção de umidade, também podem influenciar por algum tipo
de volatilização promovida pelo vácuo que podem se depositar na superfície
dentinária.
Os elementos cálcio e fósforo em grandes quantidades identificam o
substrato dentina (NAMEN, 1998), além de não constarem na composição do
adesivo e resina composta empregados (3M DENTAL PRODUCTS, 2006
a
e
3M DENTAL PRODUCTS, 2006
b
).
Os elementos oxigênio e carbono são componentes químicos presentes
tanto em dentina (NAMEN, 1998) como em adesivo e resina composta (3M
DENTAL PRODUCTS, 2006
a
e 3M DENTAL PRODUCTS, 2006
b
). Por este
motivo não se constituem em indicador seguro de avaliação.
Quanto ao elemento magnésio, constou nesta análise como o
componente de menor percentual (NAMEN, 1998), em níveis muito baixos.
Este elemento é associado a fixação do cálcio no organismo humano,
caracterizando-se como componente que identifica dentina, pois além desta
evidência, temos ainda a segurança desta afirmativa pela sua ausência na
composição do adesivo ou resina composta (3M DENTAL PRODUCTS, 2006
a
e 3M DENTAL PRODUCTS, 2006
b
).
Desta forma, apenas o silício constituiu em elemento identificador de
alteração que uma falha provoca em substrato.
Os achados deste estudo mostraram que a falha S, em relação à dentina
com smear layer, apresentou Δ% do Wt% do silício representando um
aumento de 316,66%. Esta constatação confere a possibilidade do adesivo
com nanopartículas de sílica difundir-se através do smear layer.
Embora, neste estudo, não tenha ocorrido a separação da falha CBT
para efeito de avaliação de resistência à união, a análise EDS mostrou
diferenças entre as falhas no topo e na base da camada híbrida.
Na falha no topo da camada híbrida, em relação à dentina, apresentou
Δ% do Wt% do silício representando um aumento de 840,19%. Este fato já era
esperado pela penetração do adesivo nas fibras colágenas.
187
Na falha na base da camada híbrida, em relação à dentina, apresentou
Δ% do Wt% do silício representando um aumento de 100,64%. Fato também
esperado pelo mesmo motivo da ocorrência no topo da camada híbrida.
Também se esperava uma quantidade menor de silício em comparação com o
topo da camada híbrida pela profundidade de penetração do adesivo ser em
quantidades menores.
Para a falha CA, em relação à dentina, apresentou Δ% do Wt% do silício
representando um aumento de 4807,71%. Isto se deve pela presença da
camada de adesivo depositada na superfície dentinária.
Na falha CM, em relação a dentina, apresentou Δ% do Wt% do silício
que representou um aumento de 13827,65%. Esta variação bem maior que a
ocorrida na falha CA se deve ao fato da análise da resina composta que tem
quantidades de silício muito maiores.
A constatação que este estudo considerou relevante na análise EDS foi
com relação ao substrato dentina com smear layer relacionado com a falha S
pelo aumento de 316,66% de silício promovido no substrato dentina com smear
layer. Isto pode significar que em substratos com pouco smear layer, que é o
caso do tratamento exclusivo com haste ultra-sônica, o adesivo empregado
neste estudo pode conseguir penetrar na luz do canalículo dentinário, podendo
ser este, um dos fatores que influenciaram o valor maior de μTBS do grupo UT
s/a sobre o grupo PD s/a.
Se este fato ocorreu com um adesivo de frasco único sem empregar a
técnica de condicionamento ácido numa superfície com pouco smear layer, a
utilização de um adesivo autocondicionante numa superfície tratada com haste
ultra-sônica poderia conferir valores de μTBS maiores.
No caso dos preparos cavitários LASER, também, poderiam ter sua
união com o material restaurador aumentada pelo uso de hastes ultra-sônicas.
O aspecto mais rugoso associado ao padrão de remoção de smear layer
promovido pela haste ultra-sônica pode trazer um desempenho clínico de maior
longevidade para os procedimentos adesivos restauradores, embora não seja
este estudo um experimento clínico.
188
Mesmo não sendo uma análise extensamente utilizada, a verificação do
Wt% por análise EDS poderia ser alvo de aperfeiçoamento, pois traria uma
possibilidade de maior certeza para a identificação das dúvidas de análise
fractográfica dos testes de resistência à união.
7 CONCLUSÃO
A partir da proposição deste estudo, de acordo com os resultados
decorrentes da metodologia empregada, é possível concluir que:
1. A associação do tratamento ultra-sônico com o condicionamento
ácido promove, comparativamente, valores mais altos de
resistências de união (p<0,05).
2. Existe associação entre falha interfacial coesiva na base ou topo
de camada híbrida (CBT) com o método ponta diamantada.
3. Existe associação entre as falhas interfacial coesiva adesiva (CA)
e coesiva em resina composta (CM) com o método haste ultra-
sônica.
4. Existe associação entre as falhas interfacial coesiva na base ou
topo de camada híbrida (CBT) e coesiva em resina composta (CM)
com o método de condicionamento ácido.
5. Existe associação entre falha interfacial no smear layer (S) com o
método sem condicionamento ácido.
6. As falhas que ofereceram mais resistência para seu rompimento
são, em ordem decrescente: Falha coesiva em dentina (CD); falha
coesiva em resina composta (CM); falha interfacial coesiva na
base ou topo de camada híbrida (CBT); falha interfacial coesiva
adesiva (CA); falha mista (M); falha interfacial no smear layer (S).
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Anexo 1
Termo de Doação livre e Consentido
24
Termo de Doação Livre e Consentido
Eu, ______________________ portador(a) do RG ______________ , aceito
doar meu dente siso para o pesquisador Alexandre Conde para fins de pesquisa
em sua Tese de Doutorado intitulada “AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À
UNIÃO DENTINÁRIA ENTRE TRATAMENTO ULTRA-SÔNICO E ALTA
ROTAÇÃO NA INTERFACE DENTE/MATERIAL RESTAURADOR”, ciente de
que este dente será submetido à um experimento de desgaste ultra-sônico e de
alta rotação e posterior processo de microtração, no qual consiste em cortar o
dente em várias fatias para, subseqüentemente, ser tracionado, registrando a
força necessária para ruptura da peça com conseqüente destruição dentária.
Após, estes fragmentos serão analisados em microscópio e, posteriormente,
devidamente descartados. Estou ciente, também, de que este(s) dente(s)
foi(foram) extraído(s) por indicação terapêutica para melhoria da minha saúde,
bem como, será preservada minha identidade na divulgação da pesquisa. Sei,
também, que a não participação nesta doação não alterará meu plano de
tratamento ou técnica operatória.
Desta forma, dôo meu dente de forma livre e consentida.
_______________________ , ______ de ________________ de 20__
____________________________ __________________________
Alexandre Conde Doador
Pesquisador
Coloco-me a disposição do doador pelo fone ______________.
Anexo 2
Registro de Projeto de Pesquisa
24
Anexo 3. Grupo UT c/a com identificação do corpo-de-prova pela μTBS obtida, tipos de
falha com respectivos valores percentuais.
UT c/a
Nome CP Predomínio
CBT CA CM CD
UT ca 6300 CP 39 CM 0 0 100 0
UT ca 6158 CP 07 CM 0 8 92 0
UT ca 6127 CP 16 CM 4 12 84 0
UT ca 5680 CP35 CM 4 11 85 0
UT ca 5477 CP 20 CM 11 15 74 0
UT ca 5284 CP 14 CM 0 30 70 0
UT ca 5274 CP 25 CM 9 20 71 0
UT ca 5261 CP 03 CM 14 11 75 0
UT ca 5113 CP 05 CM 24 9 67 0
UT ca 5092 CP 26 CM 14 21 65 0
UT ca 5042 CP 15 CM 9 31 60 0
UT ca 5021 CP 06 CM 10 28 62 0
UT ca 4932 CP 08 CM 6 27 67 0
UT ca 4819 CP 33 CM 18 21 61 0
UT ca 4792 CP 02 CBT 97 3 0 0
UT ca 4742 CP 04 CBT 100 0 0 0
UT ca 4588 CP 10 CBT 99 1 0 0
UT ca 4584 CP 09 CBT 98 0 2 0
UT ca 4576 CP 36 CBT 72 20 8 0
UT ca 4533 CP 32 CBT 68 27 5 0
UT ca 4526 CP 29 CBT 74 15 11 0
UT ca 4376 CP 34 CBT 82 17 1 0
UT ca 4336 CP 01 CBT 72 14 14 0
UT ca 4328 CP 31 CBT 60 40 0 0
UT ca 4324 CP 37 CBT 61 29 10 0
UT ca 4226 CP 38 CBT 72 28 0 0
UT ca 4172 CP 13 CBT 61 9 30 0
UT ca 4105 CP 40 CBT 78 12 10 0
UT ca 4067 CP 17 CBT 71 14 15 0
UT ca 3991 CP 28 M 59 9 32 0
UT ca 3907 CP 21 CA 9 67 24 0
UT ca 3892 CP 23 M 18 32 50 0
UT ca 3791 CP 12 M 28 39 33 0
UT ca 3748 CP 27 M 52 40 8 0
UT ca 3640 CP 30 M 41 22 37 0
UT ca 3635 CP 19 M 51 46 3 0
UT ca 3570 CP 11 M 56 44 0 0
UT ca 3400 CP 24 M 43 29 28 0
UT ca 3228 CP 22 M 46 39 15 0
UT ca 2591 CP 18 M 56 16 28 0
LEGENDA Relatório
CBT = falha interfacial coesiva na base ou topo de
camada híbrida Número corpos-de-prova = 40
CA = falha interfacial coesiva adesiva Média força máxima= 45,31 Mpa
Desvio Padrão = 8,16
CM = falha coesiva em compósito de resina Coeficiente de variação = 18,01%
CD = falha coesiva em dentina
Média das áreas de fratura =
0,56mm2
25
Anexo 4. Grupo PD c/a com identificação do corpo-de-prova pela μTBS obtida, tipos de
falha com respectivos valores percentuais.
PD c/a
Nome CP Predomínio
CBT CA CM CD
PD ca 5768 CP 12 CM 0 0 100 0
PD ca 5454 CP 01 CD 0 4 0 96
PD ca 4701 CP 21 CM 0 10 86 4
PD ca 4680 CP 38 CM 13 25 62 0
PD ca 4225 CP 36 CBT 96 4 0 0
PD ca 4156 CP 20 CBT 80 9 11 0
PD ca 4100 CP 22 CBT 98 2 0 0
PD ca 4078 CP 39 CBT 98 2 0 0
PD ca 4043 CP 08 CBT 98 2 0 0
PD ca 4036 CP 33 CBT 89 9 2 0
PD ca 4001 CP 28 CBT 96 4 0 0
PD ca 3999 CP 40 CBT 93 7 0 0
PD ca 3922 CP 19 CBT 97 3 0 0
PD ca 3913 CP 35 CBT 95 5 0 0
PD ca 3875 CP 13 CBT 95 5 0 0
PD ca 3735 CP 11 CBT 81 14 5 0
PD ca 3544 CP 26 CBT 98 2 0 0
PD ca 3537 CP 15 CBT 96 4 0 0
PD ca 3510 CP 05 CBT 88 12 0 0
PD ca 3383 CP 16 CBT 96 4 0 0
PD ca 3331 CP 23 CBT 80 20 0 0
PD ca 3324 CP 37 CBT 97 3 0 0
PD ca 3276 CP 02 CBT 66 21 13 0
PD ca 3196 CP 07 CBT 95 5 0 0
PD ca 3177 CP 29 CBT 67 18 15 0
PD ca 3072 CP 24 CBT 68 18 14 0
PD ca 3030 CP 03 CBT 72 28 0 0
PD ca 3028 CP 17 CBT 77 23 0 0
PD ca 3008 CP 30 CBT 75 25 0 0
PD ca 2978 CP 14 M 33 19 48 0
PD ca 2676 CP 06 M 48 5 47 0
PD ca 2672 CP 04 M 53 19 28 0
PD ca 2364 CP 09 M 32 22 46 0
PD ca 2232 CP 32 M 57 17 26 0
PD ca 2222 CP 25 M 35 12 24 29
PD ca 2197 CP 31 M 52 16 32 0
PD ca 2132 CP 34 CBT 72 19 9 0
PD ca 1943 CP 18 M 9 7 47 37
PD ca 1852 CP 10 M 24 39 31 6
PD ca 1798 CP 27 M 13 13 32 42
LEGENDA Relatório
CBT = falha interfacial coesiva na base ou topo da
camada híbrida Número corpos-de-prova = 40
CA = falha interfacial coesiva adesiva Média força máxima= 34,04 Mpa
Desvio Padrão = 9,29
CM = falha coesiva em compósito de resina Coeficiente de variação = 27,30%
CD = falha coesiva em dentina
Média das áreas de fratura =
0,57mm2
26
Anexo 5. Grupo UT s/a com identificação do corpo-de-prova pela μTBS obtida, tipos de
falha com respectivos valores percentuais.
UT s/a
Nome CP Predomínio S CBT CA CM CD
UT sa 2324 CP 24 CM 0 19 12 69 0
UT sa 2213 CP 33 CM 7 0 17 76 0
UT sa 2079 CP 16 M 0 33 52 14 1
UT sa 2059 CP 34 CA 0 15 77 8 0
UT sa 2001 CP 27 CA 25 7 61 7 0
UT sa 1997 CP 32 M 49 4 27 20 0
UT sa 1994 CP 21 M 31 0 43 26 0
UT sa 1866 CP 25 M 39 0 24 37 0
UT sa 1830 CP 31 CA 39 0 61 0 0
UT sa 1715 CP 13 M 48 0 43 9 0
UT sa 1682 CP 09 M 57 8 35 0 0
UT sa 1649 CP 29 S 64 0 36 0 0
UT sa 1621 CP 28 S 74 0 15 11 0
UT sa 1619 CP 26 S 68 0 32 0 0
UT sa 1591 CP 23 S 70 0 28 2 0
UT sa 1590 CP 20 S 77 0 21 2 0
UT sa 1584 CP 01 S 65 0 35 0 0
UT sa 1581 CP 10 S 81 0 14 5 0
UT sa 1573 CP 40 S 83 0 13 4 0
UT sa 1555 CP 17 S 83 0 17 0 0
UT sa 1548 CP 08 S 88 0 6 6 0
UT sa 1539 CP 37 S 89 0 8 3 0
UT sa 1508 CP 11 S 83 0 17 0 0
UT sa 1508* CP18 S 85 0 15 0 0
UT sa 1442 CP 30 S 90 0 10 0 0
UT sa 1419 CP 14 S 91 0 8 1 0
UT sa 1332 CP 02 S 91 0 7 2 0
UT sa 1305 CP 15 S 92 0 8 0 0
UT sa 1279 CP 04 S 90 0 10 0 0
UT sa 1212 CP 19 S 93 0 6 1 0
UT sa 1156 CP 36 S 89 0 10 1 0
UT sa 1144 CP 12 S 91 0 9 0 0
UT sa 1133 CP 06 S 93 0 7 0 0
UT sa 1085 CP 35 S 88 0 12 0 0
UT sa 1079 CP 22 S 100 0 0 0 0
UT sa 1058 CP 07 S 95 0 5 0 0
UT sa 1047 CP 39 S 97 0 3 0 0
UT sa 1027 CP 03 S 98 0 2 0 0
UT sa 0903 CP 38 S 94 0 6 0 0
UT sa 0814 CP 05 S 100 0 0 0 0
LEGENDA Relatório
S = falha interfacial no smear layer Número corpos-de-prova = 40
Média força máxima= 15,17
Mpa
CBT = falha interfacial coesiva na base ou topo de camada
híbrida
Desvio Padrão = 3,71
CA = falha interfacial coesiva adesiva
CM = falha coesiva em compósito de resina
Coeficiente de variação =
24,46%
CD = falha coesiva em dentina
Média das áreas de fratura =
0,42mm2
Anexo 6. Grupo PD s/a com identificação do corpo-de-prova pela μTBS obtida, tipos de
falha com respectivos valores percentuais.
PD s/a
Nome CP Predomínio S CA CM CD
PD sa 1671 CP 25 M 35 10 55 0
PD sa 1568 CP 32 M 33 30 37 0
PD sa 1551 CP 07 M 41 20 39 0
PD sa 1485 CP 40 M 43 7 50 0
PD sa 1472 CP 34 M 53 3 44 0
PD sa 1451 CP 30 M 45 38 17 0
PD sa 1443 CP 14 M 48 11 41 0
PD sa 1420 CP 29 M 49 28 23 0
PD sa 1408 CP 06 M 52 28 20 0
PD sa 1319 CP 38 M 56 29 15 0
PD sa 1281 CP 13 M 55 43 2 0
PD sa 1279 CP 15 M 58 39 3 0
PD sa 1254 CP 28 M 58 42 0 0
PD sa 1252 CP 20 S 64 19 17 0
PD sa 1198 CP 37 S 63 37 0 0
PD sa 1110 CP 09 S 70 13 17 0
PD sa 1076 CP 05 S 71 15 14 0
PD sa 1025 CP 35 S 69 23 8 0
PD sa 1016 CP 19 S 73 12 15 0
PD sa 0997 CP 08 S 72 26 2 0
PD sa 0988 CP 04 S 79 21 0 0
PD sa 0946 CP 27 S 85 15 0 0
PD sa 0860 CP 31 S 85 12 3 0
PD sa 0838 CP 23 S 80 9 11 0
PD sa 0817 CP 16 S 83 17 0 0
PD sa 0797 CP 26 S 84 9 7 0
PD sa 0751 CP 11 S 84 16 0 0
PD sa 0739 CP 33 S 88 7 5 0
PD sa 0645 CP 24 S 83 17 0 0
PD sa 0644 CP 02 S 88 9 3 0
PD sa 0618 CP 36 S 88 5 7 0
PD sa 0578,9 CP 12 S 88 10 2 0
PD sa 0578,0 CP 03 S 77 23 0 0
PD sa 0550 CP 10 S 94 6 0 0
PD sa 0543 CP 39 S 92 8 0 0
PD sa 0489 CP 01 S 92 8 0 0
PD sa 0479 CP 21 S 95 5 0 0
PD sa 0457 CP 18 S 100 0 0 0
PD sa 0450 CP 17 S 96 4 0 0
PD sa 0389 CP 22 S 91 2 7 0
LEGENDA Relatório
S = falha interfacial no smear layer Número corpos-de-prova = 40
CA = falha interfacial coesiva adesiva Média força máxima= 9,86 Mpa
Desvio Padrão = 3,80
CM = falha coesiva em compósito de resina Coeficiente de variação = 38,54%
CD = falha coesiva em dentina
Média das áreas de fratura =
0,49mm2
Anexo 7 EDS
Dentina 1
EDAX ZAF Quantification (Standardless)
Element Normalized
SEC Table : Default
Coating Correction Used : Element : C , Factor : 14.00
Elem Wt % At % K-Ratio Z A F
-------------------------------------------------------------
C K 18.71 38.05 0.0424 1.0911 0.2077 1.0004
O K 22.49 34.35 0.0340 1.0726 0.1410 1.0001
MgK 0.75 0.75 0.0036 1.0284 0.4648 1.0025
SiK 0.29 0.25 0.0021 1.0268 0.7190 1.0088
P K 12.14 9.58 0.0990 0.9993 0.8125 1.0047
PdL 3.57 0.82 0.0258 0.8177 0.8750 1.0127
CaK 22.62 13.79 0.1912 1.0027 0.8428 1.0000
AuL 19.43 2.41 0.1368 0.6857 1.0263 1.0000
Total 100.00 100.00
kV: 20.00 Tilt: 0.00 Take-off: 33.08 Tc: 40
Det Type:SUTW, Sapphire Res: 132.18 Lsec: 100
Dentina 2
EDAX ZAF Quantification (Standardless)
Element Normalized
SEC Table : Default
Coating Correction Used : Element : C , Factor : 14.00
Elem Wt % At % K-Ratio Z A F
-------------------------------------------------------------
C K 17.47 41.58 0.0384 1.1160 0.1970 1.0003
O K 12.43 22.22 0.0173 1.0969 0.1268 1.0001
MgK 0.37 0.44 0.0018 1.0513 0.4561 1.0025
SiK 0.24 0.24 0.0018 1.0494 0.7076 1.0090
P K 12.67 11.70 0.1047 1.0258 0.8011 1.0049
PdL 4.41 1.19 0.0308 0.8393 0.8208 1.0129
CaK 26.42 18.85 0.2183 1.0275 0.8045 1.0000
AuL 25.99 3.77 0.1884 0.7092 1.0220 1.0000
Total 100.00 100.00
kV: 20.00 Tilt: 0.00 Take-off: 33.08 Tc: 40
Det Type:SUTW, Sapphire Res: 132.18 Lsec: 100
EDS
Dentina 3
EDAX ZAF Quantification (Standardless)
Element Normalized
SEC Table : Default
Coating Correction Used : Element : C , Factor : 14.00
Elem Wt % At % K-Ratio Z A F
-------------------------------------------------------------
C K 14.85 40.68 0.0329 1.1417 0.1941 1.0003
O K 9.73 20.02 0.0140 1.1220 0.1280 1.0001
MgK 0.17 0.22 0.0008 1.0750 0.4424 1.0020
SiK 0.13 0.15 0.0009 1.0728 0.6891 1.0071
P K 10.48 11.13 0.0869 1.0541 0.7839 1.0039
PdL 2.50 0.77 0.0164 0.8621 0.7548 1.0109
CaK 25.44 20.89 0.2059 1.0533 0.7682 1.0000
AuL 36.71 6.13 0.2751 0.7355 1.0190 1.0000
Total 100.00 100.00
kV: 20.00 Tilt: 0.00 Take-off: 33.08 Tc: 40
Det Type:SUTW, Sapphire Res: 132.18 Lsec: 100
Dentina com smear layer 1
EDAX ZAF Quantification (Standardless)
Element Normalized
SEC Table : Default
Coating Correction Used : Element : C , Factor : 14.00
Elem Wt % At % K-Ratio Z A F
-------------------------------------------------------------
C K 5.55 15.11 0.0111 1.1217 0.1780 1.0005
O K 17.64 36.06 0.0245 1.1025 0.1261 1.0001
MgK 0.40 0.54 0.0018 1.0565 0.4375 1.0029
SiK 0.26 0.30 0.0019 1.0546 0.6916 1.0105
P K 15.41 16.28 0.1260 1.0312 0.7882 1.0057
PdL 3.84 1.18 0.0268 0.8438 0.8139 1.0158
CaK 32.43 26.47 0.2696 1.0329 0.8050 1.0000
AuL 24.49 4.07 0.1780 0.7126 1.0203 1.0000
Total 100.00 100.00
kV: 20.00 Tilt: 0.00 Take-off: 33.08 Tc: 40
Det Type:SUTW, Sapphire Res: 132.18 Lsec: 100
EDS
Dentina com smear layer 2
EDAX ZAF Quantification (Standardless)
Element Normalized
SEC Table : Default
Coating Correction Used : Element : C , Factor : 14.00
Elem Wt % At % K-Ratio Z A F
-------------------------------------------------------------
C K 4.91 13.86 0.0097 1.1262 0.1752 1.0005
O K 16.31 34.58 0.0225 1.1069 0.1247 1.0001
MgK 0.56 0.78 0.0026 1.0607 0.4367 1.0029
SiK 0.06 0.08 0.0005 1.0587 0.6884 1.0105
P K 15.63 17.11 0.1281 1.0360 0.7868 1.0055
PdL 3.20 1.02 0.0221 0.8477 0.8011 1.0158
CaK 33.17 28.07 0.2751 1.0374 0.7996 1.0000
AuL 26.15 4.50 0.1912 0.7170 1.0196 1.0000
Total 100.00 100.00
kV: 20.00 Tilt: 0.00 Take-off: 33.08 Tc: 40
Det Type:SUTW, Sapphire Res: 132.18 Lsec: 100
Dentina com smear layer 3
EDAX ZAF Quantification (Standardless)
Element Normalized
SEC Table : Default
Coating Correction Used : Element : C , Factor : 14.00
Elem Wt % At % K-Ratio Z A F
-------------------------------------------------------------
C K 5.05 13.23 0.0100 1.1170 0.1769 1.0005
O K 20.81 40.95 0.0301 1.0979 0.1318 1.0001
MgK 0.80 1.04 0.0037 1.0522 0.4390 1.0029
SiK 0.33 0.37 0.0024 1.0504 0.6908 1.0105
P K 15.64 15.89 0.1270 1.0261 0.7872 1.0054
PdL 4.11 1.22 0.0287 0.8397 0.8208 1.0149
CaK 30.02 23.58 0.2496 1.0282 0.8085 1.0000
AuL 23.24 3.71 0.1681 0.7082 1.0214 1.0000
Total 100.00 100.00
kV: 20.00 Tilt: 0.00 Take-off: 33.08 Tc: 40
Det Type:SUTW, Sapphire Res: 132.18 Lsec: 100
EDS
Falha Coesiva Material 1
EDAX ZAF Quantification (Standardless)
Element Normalized
SEC Table : Default
Coating Correction Used : Element : C , Factor : 14.00
Elem Wt % At % K-Ratio Z A F
-------------------------------------------------------------
C K 9.84 24.34 0.0144 1.1248 0.1302 1.0001
O K 17.76 32.98 0.0366 1.1055 0.1864 1.0002
MgK 0.04 0.05 0.0002 1.0595 0.4984 1.0063
SiK 27.79 29.40 0.2183 1.0576 0.7405 1.0031
P K 6.83 6.55 0.0428 1.0354 0.6044 1.0012
PdL 6.68 1.87 0.0409 0.8470 0.7227 1.0001
CaK 0.23 0.17 0.0018 1.0362 0.7378 1.0000
AuL 30.84 4.65 0.2272 0.7184 1.0253 1.0000
Total 100.00 100.00
kV: 20.00 Tilt: 0.00 Take-off: 33.08 Tc: 40
Det Type:SUTW, Sapphire Res: 132.18 Lsec: 100
Falha Coesiva Material 2
EDAX ZAF Quantification (Standardless)
Element Normalized
SEC Table : Default
Coating Correction Used : Element : C , Factor : 14.00
Elem Wt % At % K-Ratio Z A F
-------------------------------------------------------------
C K 9.71 24.87 0.0148 1.1332 0.1347 1.0001
O K 17.32 33.28 0.0357 1.1137 0.1848 1.0002
MgK 0.39 0.50 0.0021 1.0672 0.4878 1.0056
SiK 25.19 27.58 0.1954 1.0652 0.7260 1.0030
P K 6.35 6.30 0.0407 1.0445 0.6135 1.0012
PdL 6.89 1.99 0.0420 0.8544 0.7121 1.0001
CaK 0.26 0.20 0.0020 1.0446 0.7287 1.0000
AuL 33.88 5.29 0.2522 0.7269 1.0243 1.0000
Total 100.00 100.00
kV: 20.00 Tilt: 0.00 Take-off: 33.08 Tc: 40
Det Type:SUTW, Sapphire Res: 132.18 Lsec: 100
EDS
Falha Coesiva Material 3
EDAX ZAF Quantification (Standardless)
Element Normalized
SEC Table : Default
Coating Correction Used : Element : C , Factor : 14.00
Elem Wt % At % K-Ratio Z A F
-------------------------------------------------------------
C K 11.86 28.84 0.0177 1.1242 0.1327 1.0001
O K 16.54 30.20 0.0335 1.1050 0.1832 1.0002
MgK 0.11 0.13 0.0006 1.0589 0.5002 1.0061
SiK 26.73 27.79 0.2101 1.0570 0.7413 1.0032
P K 6.86 6.46 0.0435 1.0348 0.6117 1.0012
PdL 6.84 1.88 0.0421 0.8465 0.7260 1.0001
CaK 0.16 0.12 0.0012 1.0357 0.7389 1.0000
AuL 30.89 4.58 0.2275 0.7180 1.0254 1.0000
Total 100.00 100.00
kV: 20.00 Tilt: 0.00 Take-off: 33.08 Tc: 40
Det Type:SUTW, Sapphire Res: 132.18 Lsec: 100
Falha Coesiva Adesiva 1
EDAX ZAF Quantification (Standardless)
Element Normalized
SEC Table : Default
Coating Correction Used : Element : C , Factor : 14.00
Elem Wt % At % K-Ratio Z A F
-------------------------------------------------------------
C K 26.83 61.29 0.0654 1.1423 0.2134 1.0001
O K 11.71 20.09 0.0212 1.1226 0.1613 1.0001
MgK 0.10 0.11 0.0005 1.0756 0.4601 1.0020
SiK 9.01 8.80 0.0678 1.0735 0.6998 1.0014
P K 0.67 0.59 0.0051 1.0558 0.7145 1.0018
PdL 9.04 2.33 0.0578 0.8633 0.7393 1.0006
CaK 1.55 1.06 0.0120 1.0543 0.7293 1.0000
AuL 41.09 5.72 0.3109 0.7397 1.0230 1.0000
Total 100.00 100.00
kV: 20.00 Tilt: 0.00 Take-off: 33.08 Tc: 40
Det Type:SUTW, Sapphire Res: 132.18 Lsec: 100
EDS
Falha Coesiva Adesiva 2
EDAX ZAF Quantification (Standardless)
Element Normalized
SEC Table : Default
Coating Correction Used : Element : C , Factor : 14.00
Elem Wt % At % K-Ratio Z A F
-------------------------------------------------------------
C K 24.50 61.24 0.0607 1.1622 0.2132 1.0001
O K 10.72 20.12 0.0198 1.1421 0.1615 1.0001
MgK 0.23 0.28 0.0011 1.0940 0.4460 1.0015
SiK 6.92 7.40 0.0516 1.0916 0.6818 1.0013
P K 0.65 0.63 0.0050 1.0775 0.7170 1.0017
PdL 9.30 2.62 0.0580 0.8808 0.7078 1.0003
CaK 0.73 0.55 0.0056 1.0742 0.7069 1.0000
AuL 46.96 7.16 0.3641 0.7593 1.0209 1.0000
Total 100.00 100.00
kV: 20.00 Tilt: 0.00 Take-off: 33.08 Tc: 40
Det Type:SUTW, Sapphire Res: 132.18 Lsec: 100
Falha Coesiva Adesiva 3
EDAX ZAF Quantification (Standardless)
Element Normalized
SEC Table : Default
Coating Correction Used : Element : C , Factor : 14.00
Elem Wt % At % K-Ratio Z A F
-------------------------------------------------------------
C K 29.79 61.17 0.0791 1.1250 0.2361 1.0001
O K 16.73 25.79 0.0315 1.1057 0.1702 1.0001
MgK 0.17 0.17 0.0009 1.0596 0.4644 1.0014
SiK 6.44 5.65 0.0482 1.0577 0.7064 1.0011
P K 0.39 0.31 0.0030 1.0376 0.7413 1.0015
PdL 7.55 1.75 0.0492 0.8485 0.7677 1.0002
CaK 0.57 0.35 0.0045 1.0372 0.7525 1.0000
AuL 38.35 4.80 0.2847 0.7240 1.0254 1.0000
Total 100.00 100.00
kV: 20.00 Tilt: 0.00 Take-off: 33.08 Tc: 40
Det Type:SUTW, Sapphire Res: 132.18 Lsec: 100
EDS
Falha na Base da Camada Híbrida 1
EDAX ZAF Quantification (Standardless)
Element Normalized
SEC Table : Default
Coating Correction Used : Element : C , Factor : 14.00
Elem Wt % At % K-Ratio Z A F
-------------------------------------------------------------
C K 12.94 29.66 0.0276 1.0973 0.1942 1.0005
O K 17.63 30.33 0.0234 1.0786 0.1231 1.0001
MgK 0.35 0.39 0.0016 1.0340 0.4564 1.0030
SiK 0.46 0.45 0.0034 1.0323 0.7159 1.0108
P K 14.23 12.64 0.1164 1.0053 0.8087 1.0065
PdL 2.53 0.65 0.0186 0.8227 0.8760 1.0195
CaK 34.06 23.39 0.2921 1.0087 0.8502 1.0000
AuL 17.80 2.49 0.1257 0.6898 1.0233 1.0000
Total 100.00 100.00
kV: 20.00 Tilt: 0.00 Take-off: 33.08 Tc: 40
Det Type:SUTW, Sapphire Res: 132.18 Lsec: 100
Falha na Base da Camada Híbrida 2
EDAX ZAF Quantification (Standardless)
Element Normalized
SEC Table : Default
Coating Correction Used : Element : C , Factor : 14.00
Elem Wt % At % K-Ratio Z A F
-------------------------------------------------------------
C K 13.44 31.46 0.0288 1.1035 0.1938 1.0004
O K 16.42 28.85 0.0222 1.0847 0.1244 1.0001
MgK 0.44 0.51 0.0021 1.0398 0.4547 1.0029
SiK 0.60 0.61 0.0045 1.0380 0.7112 1.0102
P K 13.76 12.48 0.1124 1.0120 0.8025 1.0060
PdL 3.46 0.91 0.0251 0.8282 0.8588 1.0173
CaK 31.83 22.32 0.2695 1.0149 0.8344 1.0000
AuL 20.04 2.86 0.1427 0.6960 1.0228 1.0000
Total 100.00 100.00
kV: 20.00 Tilt: 0.00 Take-off: 33.08 Tc: 40
Det Type:SUTW, Sapphire Res: 132.18 Lsec: 100
EDS
Falha na Base da Camada Híbrida 3
EDAX ZAF Quantification (Standardless)
Element Normalized
SEC Table : Default
Coating Correction Used : Element : C , Factor : 14.00
Elem Wt % At % K-Ratio Z A F
-------------------------------------------------------------
C K 14.05 38.92 0.0302 1.1397 0.1886 1.0003
O K 8.37 17.40 0.0116 1.1201 0.1234 1.0001
MgK 0.26 0.35 0.0012 1.0731 0.4426 1.0024
SiK 0.32 0.38 0.0024 1.0710 0.6906 1.0086
P K 12.63 13.57 0.1046 1.0511 0.7842 1.0048
PdL 5.89 1.84 0.0398 0.8598 0.7765 1.0116
CaK 26.70 22.17 0.2159 1.0510 0.7693 1.0000
AuL 31.79 5.37 0.2369 0.7315 1.0189 1.0000
Total 100.00 100.00
kV: 20.00 Tilt: 0.00 Take-off: 33.08 Tc: 40
Det Type:SUTW, Sapphire Res: 132.18 Lsec: 100
Falha no Topo da Camada Híbrida 1
EDAX ZAF Quantification (Standardless)
Element Normalized
SEC Table : Default
Coating Correction Used : Element : C , Factor : 14.00
Elem Wt % At % K-Ratio Z A F
-------------------------------------------------------------
C K 20.20 49.31 0.0462 1.1354 0.2015 1.0002
O K 11.78 21.58 0.0185 1.1159 0.1409 1.0001
MgK 0.37 0.45 0.0018 1.0692 0.4522 1.0020
SiK 3.22 3.36 0.0240 1.0672 0.6960 1.0053
P K 7.76 7.35 0.0621 1.0474 0.7616 1.0032
PdL 6.63 1.83 0.0438 0.8567 0.7664 1.0063
CaK 14.91 10.91 0.1184 1.0471 0.7581 1.0000
AuL 35.13 5.23 0.2620 0.7302 1.0216 1.0000
Total 100.00 100.00
kV: 20.00 Tilt: 0.00 Take-off: 33.08 Tc: 40
Det Type:SUTW, Sapphire Res: 132.18 Lsec: 100
EDS
Falha no Topo da Camada Híbrida 2
EDAX ZAF Quantification (Standardless)
Element Normalized
SEC Table : Default
Coating Correction Used : Element : C , Factor : 14.00
Elem Wt % At % K-Ratio Z A F
-------------------------------------------------------------
C K 11.71 32.15 0.0255 1.1348 0.1915 1.0004
O K 11.71 24.14 0.0165 1.1153 0.1263 1.0001
MgK 0.91 1.23 0.0043 1.0686 0.4405 1.0023
SiK 1.35 1.59 0.0099 1.0665 0.6848 1.0075
P K 10.72 11.41 0.0868 1.0460 0.7704 1.0047
PdL 4.65 1.44 0.0316 0.8557 0.7826 1.0124
CaK 27.74 22.82 0.2259 1.0462 0.7786 1.0000
AuL 31.21 5.22 0.2313 0.7272 1.0194 1.0000
Total 100.00 100.00
kV: 20.00 Tilt: 0.00 Take-off: 33.08 Tc: 40
Det Type:SUTW, Sapphire Res: 132.18 Lsec: 100
Falha no Topo da Camada Híbrida 3
EDAX ZAF Quantification (Standardless)
Element Normalized
SEC Table : Default
Coating Correction Used : Element : C , Factor : 14.00
Elem Wt % At % K-Ratio Z A F
-------------------------------------------------------------
C K 10.45 24.58 0.0208 1.1018 0.1804 1.0004
O K 19.17 33.87 0.0267 1.0830 0.1287 1.0001
MgK 0.77 0.90 0.0037 1.0382 0.4561 1.0032
SiK 0.89 0.90 0.0066 1.0365 0.7107 1.0111
P K 15.91 14.52 0.1293 1.0099 0.7997 1.0058
PdL 3.13 0.83 0.0225 0.8265 0.8553 1.0167
CaK 30.75 21.69 0.2603 1.0131 0.8354 1.0000
AuL 18.92 2.72 0.1344 0.6937 1.0233 1.0000
Total 100.00 100.00
kV: 20.00 Tilt: 0.00 Take-off: 33.08 Tc: 40
Det Type:SUTW, Sapphire Res: 132.18 Lsec: 100
EDS
Falha no Smear Layer 1
EDAX ZAF Quantification (Standardless)
Element Normalized
SEC Table : Default
Coating Correction Used : Element : C , Factor : 14.00
Elem Wt % At % K-Ratio Z A F
-------------------------------------------------------------
C K 21.67 43.66 0.0559 1.1012 0.2342 1.0003
O K 24.00 36.30 0.0408 1.0824 0.1569 1.0001
MgK 1.48 1.47 0.0071 1.0377 0.4580 1.0015
SiK 1.36 1.17 0.0099 1.0360 0.7006 1.0045
P K 5.78 4.52 0.0460 1.0110 0.7849 1.0032
PdL 4.70 1.07 0.0328 0.8271 0.8383 1.0071
CaK 14.09 8.51 0.1158 1.0131 0.8116 1.0000
AuL 26.93 3.31 0.1929 0.6980 1.0263 1.0000
Total 100.00 100.00
kV: 20.00 Tilt: 0.00 Take-off: 33.08 Tc: 40
Det Type:SUTW, Sapphire Res: 132.18 Lsec: 100
Falha no Smear Layer 2
EDAX ZAF Quantification (Standardless)
Element Normalized
SEC Table : Default
Coating Correction Used : Element : C , Factor : 14.00
Elem Wt % At % K-Ratio Z A F
-------------------------------------------------------------
C K 15.57 35.15 0.0345 1.0978 0.2017 1.0004
O K 15.37 26.05 0.0203 1.0791 0.1227 1.0001
MgK 1.49 1.66 0.0071 1.0344 0.4615 1.0027
SiK 1.03 0.99 0.0076 1.0328 0.7099 1.0094
P K 12.02 10.53 0.0971 1.0059 0.7978 1.0062
PdL 2.83 0.72 0.0208 0.8233 0.8753 1.0188
CaK 33.00 22.33 0.2822 1.0092 0.8474 1.0000
AuL 18.69 2.57 0.1321 0.6907 1.0234 1.0000
Total 100.00 100.00
kV: 20.00 Tilt: 0.00 Take-off: 33.08 Tc: 40
Det Type:SUTW, Sapphire Res: 132.18 Lsec: 100
EDS
Falha no Smear Layer 3
EDAX ZAF Quantification (Standardless)
Element Normalized
SEC Table : Default
Coating Correction Used : Element : C , Factor : 14.00
Elem Wt % At % K-Ratio Z A F
-------------------------------------------------------------
C K 7.13 19.46 0.0151 1.1331 0.1871 1.0004
O K 19.11 39.15 0.0289 1.1136 0.1359 1.0001
MgK 0.48 0.65 0.0022 1.0671 0.4300 1.0024
SiK 0.29 0.34 0.0021 1.0651 0.6794 1.0086
P K 12.79 13.53 0.1041 1.0437 0.7761 1.0048
PdL 6.92 2.13 0.0473 0.8539 0.7911 1.0109
CaK 24.38 19.94 0.1973 1.0444 0.7750 1.0000
AuL 28.89 4.81 0.2136 0.7246 1.0203 1.0000
Total 100.00 100.00
kV: 20.00 Tilt: 0.00 Take-off: 33.08 Tc: 40
Det Type:SUTW, Sapphire Res: 132.18 Lsec: 100
Anexo 8
Tabela EDS da Dentina.
C O P Ca Si Mg Soma Pd+Au Total
Dentina 1 18,71 22,49 12,14 22,62 0,29 0,75 77,00 23,00 100
Dentina 2 17,47 12,43 12,67 26,42 0,24 0,37 69,60 30,40 100
Dentina 3 14,85 9,73 10,48 25,44 0,13 0,17 60,80 39,20 100
Tabela EDS da Dentina com Smear Layer.
C O P Ca Si Mg Soma Pd+Au Total
Dentina c/smear
layer 1
5,55 17,64 15,41 32,43 0,26 0,40 71,69 28,31 100
Dentina c/smear
layer 2
4,91 16,31 15,63 33,17 0,06 0,56 70,64 29,36 100
Dentina c/smear
layer 3
5,05 20,81 15,64 30,02 0,33 0,80 72,65 27,35 100
Tabela EDS da falha CM.
C O P Ca Si Mg Soma Pd+Au Total
Falha 1 9,84 17,76 6,83 0,23 27,79 0,04 62,49 37,52 100
Falha 2 9,71 17,32 6,35 0,26 25,19 0,39 59,22 40,78 100
Falha 3 11,86 16,54 6,86 0,16 26,73 0,11 62,26 37,74 100
Tabela EDS da falha CA.
C O P Ca Si Mg Soma Pd+Au Total
Falha 1 26,83 11,71 0,67 1,55 9,01 0,10 49,87 50,13 100
Falha 2 24,50 10,72 0,65 0,73 6,92 0,23 43,75 56,25 100
Falha 3 29,79 16,73 0,39 0,57 6,44 0,17 54,09 45,91 100
Tabela EDS da falha na base da camada híbrida.
C O P Ca Si Mg Soma Pd+Au Total
Falha 1 12,94 17,63 14,23 34,06 0,46 0,35 79,67 20,33 100
Falha 2 13,44 16,42 13,76 31,83 0,60 0,44 76,49 23,51 100
Falha 3 14,05 8,37 12,63 26,70 0,32 0,26 62,33 37,67 100
Tabela EDS da falha no topo da camada híbrida.
C O P Ca Si Mg Soma Pd+Au Total
Falha 1 20,20 11,78 7,76 14,91 3,22 0,37 58,24 41,76 100
Falha 2 11,71 11,71 10,72 27,74 1,35 0,91 64,14 35,86 100
Falha 3 10,45 19,17 15,91 30,75 0,89 0,77 77,94 22,06 100
Tabela EDS da falha S com adesivo.
C O P Ca Si Mg Soma Pd+Au Total
Falha 1 21,67 24,00 5,78 14,09 1,36 1,48 68,38 31,62 100
Falha 2 15,57 15,37 12,02 33,00 1,03 1,49 78,48 21,52 100
Falha 3 7,13 19,11 12,79 24,38 0,29 0,48 64,18 35,82 100
Anexo 9
Quadros de registros individuais de falhas
GRUPO UT ca
UT ca 6300 área=0,46mm2 UT ca 6158 área=0,60mm2
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CA 4
CM 1
CA 3
CM 2
CA 1
CM 4
CM 5 CM 5
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5
CBT=0
CA=0
CM=100
CD=0
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5
CBT=0
CA=8
CM=92
CD=0
UT ca 6127 área=0,40mm2 UT ca 5680 área=0,78mm2
CBT 1
CA 4
CBT 1
CA 2
CM 2
CM 5 CM 5 CM 5 CBT 3
CA 2
CA 2
CM 3
CM 5 CM 5 CA 2
CM 3
CBT 1
CA 2
CM 2
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CBT 1
CA 2
CM2
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5
CBT 1
CA 2
CM 2
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CA 2
CM 3
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5
CA 2
CM 3
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5
CBT=4
CA=12
CM=84
CD=0
CA 1
CM 4
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5
CBT=4
CA=11
CM=85
CD=0
UT ca 5477 área=0,78mm2 UT ca 5284 área=0,50mm2
CBT 4
CA 1
CA 4
CM 1
CBT 1
CA 3
CM 1
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CA 1
CM 4
CA 4
CM 1
CA 5
CBT 4
CA 1
CA 1
CM 4
CA 1
CM 4
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CA 1
CM 4
CA 2
CM 3
CA 3
CM 2
CBT 2
CA 2
CM 1
CA 1
CM 4
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CA 2
CM 3
CA 1
CM 4
CA 3
CM 2
CA 1
CM 4
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5
CBT=11
CA=15
CM=74
CD=0
CM 5 CM 5 CA 1
CM 4
CA 3
CM 2
CA 4
CM 1
CBT=0
CA=30
CM=70
CD=0
UT ca 5274 área=0,58mm2 UT ca 5261 área=0,41mm2
CA 5 CA 4
CM 1
CBT 1
CA 3
CM 1
CBT 3
CA 2
CBT 3
CA 2
CM 5 CM 5 CM 5 CBT 1
CA 1
CM3
CBT 4
CA 1
CA 1
CM 4
CM 5 CBT 1
CM 4
CBT 1
CM 4
CA 1
CM 4
CM 5 CM 5 CM 5 CA 2
CM 3
CBT 4
CA 1
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CA 1
CM 4
CM 5 CM 5 CM 5 CA 1
CM 4
CBT 3
CA 2
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CA 1
CM 4
CBT=9
CA=20
CM=71
CD=0
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CBT 2
CA 3
CBT=14
CA=11
CM=75
CD=0
UT ca 5113 área=0,55mm2 UT ca 5092 área=0,69mm2
CBT 4
CA 1
CA 1
CM 4
CM 5 CM 5 CM 5 CA 2
CM 3
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5
CBT 5 CA 2
CM 3
CM 5 CM 5 CM 5 CA 4
CM 1
CA 1
CM 4
CM 5 CM 5 CM 5
CBT 5 CBT 2
CA 2
CM 1
CM 5 CM 5 CM 5 CBT 2
CA 3
CA 2
CM 3
CA 2
CM3
CM5 CM 5
CBT 5 CBT 3
CA 2
CA 1
CM 4
CM 5 CM 5
CBT=24
CA=9
CM=67
CD=0
CBT 5 CBT4
CA 1
CBT 3
CA 2
CA 2
CM 3
CA 2
CM 3
CBT=14
CA=21
CM=65
CD=0
Legenda: CBT=falha interfacial coesiva na base ou topo de camada híbrida
CA=falha interfacial coesiva adesiva
CM=falha coesiva em resina composta
CD=falha coesiva em dentina
GRUPO UT ca
UT ca 5042 área=0,57mm2 UT ca 5021 área=0,53mm2
CM 5 CM 5 CA 1
CM 4
CM 5 CA 4
CM 1
CBT 1
CA 4
CBT2
CA 3
CBT 2
CA 3
CA 4
CM 1
CBT 1
CA 2
CM 2
CM 5 CM 5 CBT 1
CA 2
CM 2
CBT 1
CA 2
CM 2
CBT 2
CA 2
CM 1
CBT 1
CA 3
CM 1
CBT1
CA 2
CM 2
CBT 1
CA 4
CBT 1
CA 1
CM 3
CM 5
CM 5 CM 5 CA 2
CM 3
CBT 1
CA 4
CBT 1
CA 4
CM 5 CA 1
CM 4
CA 1
CM4
CM 5 CM 5
CM 5 CM 5 CBT 1
CA 2
CM 2
CBT 1
CA 4
CBT 1
CA 4
CBT=9
CA=31
CM=60
CD=0
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5
CBT=10
CA=28
CM=62
CD=0
UT ca 4932 área=0,59mm2 UT ca 4819 área=0,44mm2
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CA 1
CM 4
CBT 4
CA 1
CBT3
CA 2
CA 2
CM 3
CM 5 CM 5
CM 5 CM 5 CM 5 CA 3
CM 2
CA 3
CM 2
CBT 4
CA 1
CA 2
CM 3
CM 5 CM 5 CM 5
CM 5 CM 5 CA 2
CM 3
CBT 1
CA 3
CM1
CBT 1
CA 4
CBT 4
CA 1
CA 5 CM 5 CM 5 CM 5
CM 5 CM 5 CBT 1
CA 4
CBT 2
CA 3
CBT 1
CA 4
CBT=6
CA=27
CM=67
CD=0
CBT 3
CA 2
CA 4
CM 1
CA 1
CM 4
CM 5 CM 5
CBT=18
CA=21
CM=61
CD=0
UT ca 4792 área=0,36mm2 UT ca 4742 área=0,53mm2
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT=97
CA=3
CM=0
CD=0
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT=100
CA=0
CM=0
CD=0
UT ca 4588 área=0,50mm2 UT ca 4584 área=0,61mm2
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT=99
CA=1
CM=100
CD=0
CBT 3
CM 2
CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT=98
CA=8
CM=2
CD=0
UT ca 4576 área=0,50mm2 UT ca 4533 área=0,60mm2
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CA 3
CM 2
CBT2
CA 2
CM 1
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 2
CA 3
CA 5 CBT4
CA 1
CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 3
CA 2
CBT 3
CA 2
CBT 4
CA 1
CBT 3
CA 2
CA 1
CM 4
CBT 1
CA 3
CM 1
CBT1
CA 4
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT 3
CA 2
CBT 3
CA 2
CBT 1
CA 4
CA 1
CM 4
CBT=72
CA=20
CM=8
CD=0
CBT 1
CA 3
CM 1
CBT3
CA 2
CBT 3
CA 2
CBT 5 CBT 5
CBT=68
CA=27
CM=5
CD=0
GRUPO UT ca
UT ca 4526 área=0,81mm2 UT ca 4376 área=0,42mm2
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 2
CA 3
CA 2
CM 3
CA 2
CM 3
CA 5 CBT2
CA 3
CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 1
CA 3
CM 1
CA 1
CM 4
CA 4
CM 1
CBT4
CA 1
CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 3
CA 2
CBT 2
CA 3
CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT=74
CA=15
CM=11
CD=0
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT=82
CA=17
CM=1
CD=0
UT ca 4336 área=0,49mm2 UT ca 4328 área=0,49mm2
CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CA 2
CM 3
CM 5 CBT 2
CA 3
CBT2
CA 3
CBT 2
CA 3
CBT 1
CA 4
CBT 2
CA 3
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 2
CA 2
CM1
CM 5 CBT 4
CA 1
CBT1
CA 4
CBT 2
CA 3
CBT 1
CA 4
CBT 5
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 2
CA 2
CM 1
CBT 5 CBT5 CBT 3
CA 2
CBT 1
CA 4
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CA 3
CM 2
CBT=72
CA=14
CM=14
CD=0
CBT 5 CBT5 CBT 3
CA 2
CBT 2
CA 3
CBT 5
CBT=60
CA=40
CM=0
CD=0
UT ca 4324 área=0,54mm2 UT ca 4226 área=0,72mm2
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT2
CA 3
CBT 2
CA 3
CBT 2
CA 3
CBT 2
CA 3
CBT 5 CBT 3
CA 2
CBT 3
CA 2
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT4
CA 1
CBT 5 CBT 5 CBT 5
CA 2
CM 3
CBT 2
CA 2
CM 1
CBT 2
CA 3
CBT 3
CA 2
CBT 3
CA 2
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CA 3
CM 2
CBT 2
CA 3
CBT 2
CA 2
CM 1
CBT 2
CA 3
CBT 1
CA 4
CBT=61
CA=29
CM=10
CD=0
CBT 4
CA 1
CBT2
CA 3
CBT 3
CA 2
CBT 1
CA 4
CBT 1
CA 4
CBT=72
CA=28
CM=0
CD=0
UT ca 4172 área=0,53mm2 UT ca 4105 área=0,82mm2
CM 5 CM 5 CBT 2
CA 1
CM 2
CBT 5 CBT 5 CM 5 CBT1
CA 1
CM 3
CBT 2
CA 3
CBT 2
CA 1
CM 2
CBT 5
CM 5 CM 5 CBT 2
CA 2
CM 1
CBT 5 CBT 5 CBT 2
CA 3
CBT4
CA 1
CBT 5 CBT 5 CBT 5
CA 1
CM 4
CBT 1
CA 2
CM 2
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 3
CA 2
CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 2
CA 2
CM 1
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT=61
CA=9
CM=30
CD=0
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT=78
CA=12
CM=10
CD=0
UT ca 4067 área=0,51mm2 UT ca 3991 área=0,41mm2
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 2
CA 3
CBT 4
CA 1
CBT5 CBT 5 CBT 1
CA 2
CM 2
CM 5
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 2
CA 3
CBT 1
CA 2
CM 2
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 2
CA 1
CM 2
CM 5
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 2
CA 2
CM 1
CA 1
CM 4
CBT 5 CBT5 CBT 3
CA 2
CA 2
CM 3
CM 5
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CA 2
CM 3
CM 5
CBT=71
CA=14
CM=15
CD=0
CBT 5 CBT5 CBT 4
CA 1
CM 5 CM 5
CBT=59
CA=9
CM=32
CD=0
GRUPO UT ca
UT ca 3907 área=0,68mm2 UT ca 3892 área=0,56mm2
CA 3
CM2
CM 5 CM 5 CA 2
CM 3
CBT 1
CA 4
CM 5 CM 5 CN 5 CA 1
CM 4
CA 3
CM 2
CBT1
CA 3
CM 1
CA 2
CM 3
CA 2
CM 3
CA 3
CM 2
CBT 1
CA 4
CM 5 CM 5 CA 1
CM 4
CA 4
CM 1
CBT 2
CA 3
CBT 1
CA 4
CBT 1
CA 4
CA 5 CA 5 CBT 1
CA 4
CM 5 CA 1
CM 4
CA 3
CM 2
CA 4
CM 1
CBT 3
CA 2
CBT 1
CA 4
CA 5 CBT 1
CA 4
CA 5 CBT 1
CA 4
CBT=9
CA=67
CM=24
CD=0
CBT 1
CA 2
CM 2
CBT2
CA 3
CBT 3
CA 2
CBT 3
CA 2
CBT 4
CA 1
CBT=18
CA=32
CM=50
CD=0
UT ca 3791 área=0,40mm2 UT ca 3748 área=0,70mm2
CBT 1
CA 4
CBT 3
CA 2
CBT 2
CM 3
CBT 3
CM 2
CA 5 CBT 5 CBT5 CBT 3
CA 2
CBT 2
CA 2
CM 1
CBT 2
CA 1
CM 2
CBT 2
CA 3
CBT 2
CA 3
CBT 2
CA 3
CBT 1
CA 2
CM 2
CA 1
CM 4
CBT 5 CBT5 CA 5 CBT 2
CA 3
CA 2
CM 3
CBT 5 CBT 1
CA 4
CA 5 CA 1
CM 4
CM 5 CBT 4
CA 1
CBT5 CA 5 CA 5 CBT 2
CA 1
CM 2
CBT 4
CA 1
CBT 2
CA 3
CA 2
CM 3
CM 5 CM 5
CBT=28
CA=39
CM=33
CD=0
CBT 5 CBT2
CA 3
CBT 1
CA 4
CA 5 CBT 4
CA 1
CBT=52
CA=40
CM=8
CD=0
UT ca 3640 área=0,49mm2 UT ca 3635 área=0,65mm2
CA 2
CM 3
CBT 3
CA 2
CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 5 CA 3
CM 2
CA 5 CA 5 CBT 5 CBT 5
CM 5 CA 4
CM 1
CBT 4
CA 1
CBT 3
CA 2
CBT 5 CA 4
CM 1
CA 5 CBT 1
CA 4
CBT 5 CBT 5
CM 5 CM 5 CA 2
CM 3
CBT 2
CA 3
CBT 5 CA 5 CA 5 CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5
CM 5 CM 5 CA 2
CM 3
CBT 1
CA 2
CM 2
CBT 4
CA 1
CBT=41
CA=22
CM=37
CD=0
CA 5 CBT1
CA 4
CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT=51
CA=46
CM=3
CD=0
UT ca 3570 área=0,67mm2 UT ca 3400 área=0,48mm2
CA 5 CBT 1
CA 4
CBT 1
CA 4
CBT 1
CA 4
CA 5 CM 5 CBT1
CM 4
CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 3
CA 2
CBT 2
CA 3
CBT 2
CA 3
CBT 1
CA 4
CBT 1
CA 4
CBT 2
CA 3
CM 5 CA 1
CM 4
CBT 3
CA 2
CBT 2
CA 3
CBT 4
CA 1
CBT 3
CA 2
CBT 5 CBT 3
CA 2
CBT 4
CA 1
CBT 5 CM 5 CBT1
CA 2
CM 2
CBT 2
CA 3
CBT 2
CA 3
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT=56
CA=44
CM=0
CD=0
CBT 1
CA 1
CM 3
CBT5 CBT 3
CA 2
CA 5 CBT 3
CA 2
CBT=43
CA=29
CM=28
CD=0
UT ca 3228 área=0,63mm2 UT ca 2591 área=0,63mm2
CBT 5 CBT 5 CBT 3
CA 2
CBT 2
CA 3
CBT 4
CA 1
CM 5 CM 5 CA 1
CM 4
CBT 4
CA 1
CBT 5
CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 1
CA 4
CBT 3
CA 2
CBT 2
CA 3
CM 5 CM 5 CA 3
CM 2
CBT 5 CBT 5
CBT 4
CA 1
CBT 1
CA 4
CBT 2
CA 3
CBT 1
CA 3
CM 1
CBT 2
CA 2
CM 1
CA 4
CM 1
CA 4
CM 1
CBT 3
CA 2
CBT 5 CBT 5
CA 4
CM 1
CBT 1
CA 3
CM 1
CA 1
CM 4
CBT 1
CA 1
CM 3
CA 1
CM4
CBT=46
CA=39
CM=15
CD=0
CBT 4
CA 1
CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT=56
CA=16
CM=28
CD=0
Relatótio: Número de corpos de prova = 40
Média força máxima = 45,31 MPa
Desvio padrão = 8,16
Coeficiente de variação = 18,01%
Média das áreas de fratura = 0,56 mm2
GRUPO PD ca
PD ca 5768 área=0,28mm2 PD ca 5454 área=0,56mm2
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CD 5 CD 5 CD 5 CD 5 CD 5
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CA 1
CD 4
CD 5 CD 5 CD 5 CD 5
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CA 1
CD 4
CD 5 CD 5 CD 5 CD 5
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5
CBT=0
CA=0
CM=100
CD=0
CA 2
CD 3
CD 5 CD 5 CD 5 CD 5
CBT=0
CA=4
CM=0
CD=96
PD ca 4701 área=0,48mm2 PD ca 4680 área=0,50mm2
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CBT 4
CA 1
CBT2
CA 2
CM 1
CA 2
CM 3
CM 5 CA 1
CM 4
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CA 4
CM 1
CA 1
CM 4
CM 5 CM 5 CBT 1
CA 1
CM 3
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CA 2
CM 3
CA 1
CM 4
CA 1
CM 4
CM 5 CM 5 CBT 1
CA 2
CM 2
CA 1
CD 2
CM 2
CA 1
CD 1
CM 3
CA 1
CD 1
CM 3
CA 1
CM 4
CA 4
CM 1
CBT=0
CA=10
CM=86
CD=4
CBT 3
CA 1
CM 1
CA 2
CM 3
CA 2
CM 3
CA 1
CM 4
CBT 2
CA 3
CBT=13
CA=25
CM=62
CD=0
PD ca 4225 área=0,61mm2 PD ca 4156 área=0,67mm2
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 3
CA 1
CM 1
CBT4
CM 1
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT=96
CA=4
CM=0
CD=0
CBT 1
CA 2
CM 2
CBT1
CA 1
CM 3
CBT 1
CA 1
CM 3
CBT 2
CA 1
CM 2
CBT 5
CBT=80
CA=9
CM=11
CD=0
PD ca 4100 área=0,61mm2 PD ca 4078 área=0,64mm2
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 5
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT5 CBT 5
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT=98
CA=2
CM=0
CD=0
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT5 CBT 5
CBT=98
CA=2
CM=0
CD=0
PD ca 4043 área=0,67mm2 PD ca 4036 área=0,57mm2
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT5 CBT 3
CA 1
CM 1
CBT 4
CA 1
CBT 5
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT5 CBT 2
CA 2
CM 1
CBT 4
CA 1
CBT 5
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 5
CBT=98
CA=2
CM=0
CD=0
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT=89
CA=9
CM=2
CD=0
Legenda: CBT=falha interfacial coesiva na base ou topo de camada híbrida
CA=falha interfacial coesiva adesiva
CM=falha coesiva em resina composta
CD=falha coesiva em dentina
GRUPO PD ca
PD ca 4001 área=0,48mm2 PD ca 3999 área=0,60mm2
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT4
CA 1
CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT5 CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT5 CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT=96
CA=4
CM=0
CD=0
CBT 4
CA 1
CBT5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT=93
CA=7
CM=0
CD=0
PD ca 3922 área=0,69mm2 PDUT ca 3913 área=0,44mm2
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT 5 CBT 3
CA 2
CBT 4
CA 1
CBT 5
CBT=97
CA=3
CM=0
CD=0
CBT 3
CA 2
CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 3
CA 2
CBT=95
CA=5
CM=0
CD=0
PD ca 3875 área=0,67mm2 PD ca 3735 área=0,66mm2
CBT 4
CA 1
CBT 3
CA 2
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 3
CA 2
CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 3
CA 2
CBT5 CBT 5 CBT 3
CA 2
CBT 5
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 2
CM 3
CBT3
CA 2
CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT=95
CA=5
CM=0
CD=0
CBT 1
CA 2
CM 2
CBT2
CA 3
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5
CBT=81
CA=14
CM=5
CD=0
PDca 3544 área=0,38mm2 PD ca 3537 área=0,42mm2
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT5 CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT5 CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5
CBT=98
CA=2
CM=0
CD=0
CBT 4
CA 1
CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT=96
CA=4
CM=0
CD=0
PD ca 3510 área=0,22mm2 PD ca 3383 área=0,62mm2
CBT 2
CA 3
CBT5 CBT 5 CBT 3
CA 2
CBT 5 CBT 5 CBT4
CA 1
CBT5 CBT 5 CBT 5
CBT 3
CA 2
CBT5 CBT 5 CBT 3
CA 2
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 4
CA 1
CBT5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 5
CBT=88
CA=12
CM=0
CD=0
CBT 2
CA 3
CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT=96
CA=4
CM=0
CD=0
GRUPO PD ca
PD ca 3331 área=0,50mm2 PD ca 3324 área=0,62mm2
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT5 CBT 5
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT5 CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT=80
CA=20
CM=0
CD=0
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 3
CA 2
CBT=97
CA=3
CM=0
CD=0
PD ca 3276 área=0,80mm2 PD ca 3196 área=0,58mm2
CBT 2
CA 1
CM 2
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT5 CBT 3
CA 2
CBT5 CBT5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 3
CA 2
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT5 CBT 3
CA 2
CBT5 CBT5 CBT 5 CBT 5
CBT 1
CA 3
CM 1
CBT 3
CA 2
CBT 3
CA 2
CBT 5 CBT 3
CM2
CBT 5 CBT5 CBT5 CBT 5 CBT 5
CA 4
CM 1
CBT 1
CA 4
CBT 2
CA 3
CBT 3
CM 2
CM 5
CBT=66
CA=21
CM=13
CD=0
CBT 5 CBT5 CBT5 CBT 5 CBT 5
CBT=95
CA=5
CM=0
CD=0
PD ca 3177 área=0,64mm2 PD ca 3072 área=0,61mm2
CBT 2
CA 3
CBT 1
CA 2
CM 2
CM 5 CBT 1
CM 4
CBT 4
CM 1
CBT 3
CA 2
CBT2
CA 1
CM 2
CM 5 CA 1
CM 4
CA 2
CM 3
CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 2
CA 2
CM 1
CBT 2
CA 1
CM 2
CBT 4
CA 1
CBT3
CA 2
CBT 4
CA 1
CBT 1
CA 4
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT5 CBT5 CBT 4
CA 1
CBT 3
CA 2
CA 5 CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 5
CBT=67
CA=18
CM=15
CD=0
CBT 5 CBT5 CBT5 CBT 5 CBT 5
CBT=68
CA=18
CM=14
CD=0
PD ca 3030 área=0,70mm2 PD ca 3028 área=0,74mm2
CBT 1
CA 4
CBT 3
CA 2
CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 3
CA 2
CBT3
CA 2
CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 1
CA 4
CBT 2
CA 3
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 2
CA 3
CA 5 CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5
CA 5 CBT 2
CA 3
CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 1
CA 4
CBT1
CA 4
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5
CBT 1
CA 4
CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 5
CBT=72
CA=28
CM=0
CD=0
CBT 4
CA 1
CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT=77
CA=23
CM=0
CD=0
PD ca 3008 área=0,53mm2 PD ca 2978 área=0,72mm2
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CM 5 CM 5 CM 5 CBT 1
CM 4
CBT 3
CA 2
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 1
CA 4
CM 5 CM 5 CM 5 CA 1
CM 4
CBT 4
CM 1
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 3
CA 2
CBT 1
CA 4
CA 1
CM 4
CBT2
CA 1
CM 2
CBT 2
CA 1
CM 2
CBT 2
CA 2
CM 1
CBT 3
CA 2
CBT 3
CA 2
CBT 4
CA 1
CBT 3
CA 2
CBT 1
CA 4
CBT 2
CA 3
CBT=75
CA=25
CM=0
CD=0
CBT 4
CA 1
CBT3
CA 2
CBT 3
CA 2
CBT 3
CA 2
CBT 3
CA 2
CBT=33
CA=19
CM=48
CD=0
GRUPO PD ca
PD ca 2676 área=0,72mm2 PD ca 2672 área=0,64mm2
CBT 5 CBT 3
CA 1
CM 1
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CA 5 CBT 5
CBT 5 CBT 4
CA 1
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CBT1
CM 4
CA 5 CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT 5 CA 1
CM 4
CM 5 CM 5 CA 2
CM 3
CBT4
CM 1
CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT 5 CBT5 CBT 5 CBT 3
CA 1
CM 1
CBT 3
CA 1
CM 1
CBT=48
CA=5
CM=47
CD=0
CBT 3
CA 2
CBT5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT=53
CA=19
CM=28
CD=0
PD ca 2364 área=0,49mm2 PD ca 2232 área=0,56mm2
CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 3
CA 2
CBT 4
CM 1
CBT 5 CBT 2
CA 3
CBT2
CA 3
CBT 5 CBT 5 CBT 4
CA 1
CBT 3
CA 2
CA 5 CA 1
CM 4
CBT 1
CA 1
CM 3
CBT 2
CA 1
CM 2
CBT 2
CA 3
CBT3
CA 2
CBT 2
CA 1
CM 2
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 3
CA 2
CA 3
CM 2
CM 5 CM 5 CM 5 CBT 5 CBT5 CBT 1
CA 1
CM 3
CBT 1
CA 1
CM 3
CBT 2
CM 3
CBT 2
CA 2
CM 1
CA 2
CM 3
CM 5 CM 5 CM 5
CBT=32
CA=22
CM=46
CD=0
CBT 5 CBT4
CM 1
CBT 1
CM 4
CM 5 CM 5
CBT=57
CA=17
CM=26
CD=0
PD ca 2222 área=0,47mm2 PD ca 2197 área=0,62mm2
CD 5 CD 5 CD 5 CBT 1
CA 1
CD 3
CBT 3
CD 2
CBT 4
CA 1
CBT4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 3
CA 2
CA 1
CD 4
CM 1
CA 1
CD 3
CBT 1
CA 3
CD 1
CBT 3
CA 2
CBT 4
CA 1
CBT 2
CM 3
CBT2
CM 3
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CM 4
CD 1
CM 5 CBT 2
CA 2
CM 1
CBT 4
CA 1
CBT 5 CM 5 CM 5 CBT 2
CA 1
CM 2
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CM 5 CM 5 CBT 2
CM 3
CBT 5 CBT 5
CBT=35
CA=12
CM=24
CD=29
CM 5 CM 5 CBT 1
CA 1
CM 3
CBT 2
CA 2
CM 1
CBT 4
CA 1
CBT=52
CA=16
CM=32
CD=0
PD ca 2132 área=0,70mm2 PD ca 1943 área=0,53mm2
CA 2
CM 3
CA 2
CM 3
CA 3
CM 2
CBT 1
CA 3
CM 1
CA 5 CD 5 CD 5 CD 5 CA 1
CD 4
CA 1
CD 4
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5 CD 5 CBT1
CD 4
CBT 1
CM 3
CD 1
CM 5 CM 5
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 2
CD 3
CBT2 C
CM 1 A
CD 1 1
CM 5 CM 5 CM 5
CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5 CBT 5
CBT=72
CA=19
CM=9
CD=0
CBT 3
CA 1
CM 1
CA 1
CM 4
CM 5 CM 5 CA 2
CM 3
CBT=9
CA=7
CM=47
CD=37
PD ca 1852 área=0,49mm2 PD ca 1798 área=0,46mm2
CBT 2
CA 2
CD 1
CA 2
CM 1
CD 2
CA 1
CM 2
CD 2
CM 5 CM 4
CD 1
CD 5 CD 5 CD 5 CBT 3
CD 2
CBT 3
CA 2
CBT 3
CA 2
CBT 1
CA 4
CA 3
CM 2
CM 5 CM 5 CD 5 CD 5 CBT 2
CA 1
CD 2
CBT 1
CA 3
CM 1
CA 2
CM 3
CA 5 CA 5 CA 5 CA 4
CM 2
CBT 1
CA 2
CM 2
CD 5 CBT2
CA 1
CD 2
CBT 1
CA 2
CM2
CM 5 CM 5
CA 3
CM 2
CBT 3
CM 2
CBT 4
CA 1
CBT 5 CBT 5
CBT=24
CA=39
CM=31
CD=6
CD 5 CBT1 C
CA 2 D
CM 1 1
CM 5 CM 5 CM 5
CBT=13
CA=13
CM=32
CD=42
Relatótio: Número de corpos de prova = 40
Média força máxima = 34,04 MPa
Desvio padrão = 9,29
Coeficiente de variação = 27,30%
Média das áreas de fratura = 0,57 mm
GRUPO UT sa
UT sa 2324 área=0,53mm2 UT sa 2213 área=0,34mm2
CBT 3
CA 1
CM 1
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 S 3
CA 2
S 1
CA 4
S 1
CA 4
CA 4
CM 1
S2
CA 1
CM 2
CBT 4
CA 1
CA 1
CM 4
CM 5 CM 5 CM 5 CA 2
CM 3
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5
CBT 3
CA 2
CBT 1
CA 2
CM 2
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 CM 5
CBT 4
CA 1
CBT 3
CA 2
CBT 1
CA 2
CM 2
CM 5 CM 5
S= 0
CBT=19
CA=12
CM=69
CD=0
CM 5 CM 5
CM 5 CM 5 CM 5
S=7
CBT=0
CA=17
CM=76
CD=0
UT sa 2079 área=0,48mm2 UT sa 2059 área=0,32mm2
CBT 3
CA 2
CD 1
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 4
CA 1
CBT 2
CA 3
CBT1
CA 4
CBT 1
CA 4
CA 5 CA 5
CBT 3
CA 2
CBT 3
CA 2
CBT 2
CA 3
CA 5 CA 4
CM 1
CA 5 CA 5 CA 5 CA 3
CM 2
CBT 1
CA 4
CBT 3
CA 2
CBT 1
CA 4
CBT 1
CA 4
CBT 1
CA 3
CM 1
CA 5 CA 5 CBT1
CA 4
CA 5 CBT 1
CA 2
CM 2
CA 1
CM 4
CA 2
CM 3
CA 3
CM 2
CA 3
CM 2
CA 2
CM 3
CA 3
CM 2
S=0
CBT=33
CA=52
CM=14
CD=1
CBT 1
CA 4
CA 5 CBT 1
CA 4
CBT 1
CA 4
CBT 5
S=
CBT=15
CA=77
CM=8
CD=0
UT sa 2001 área=0,34mm2 UT sa 1997 área=0,30mm2
CBT 2
CA 3
CBT 1
CA 4
CA 5 CA 2
CM 3
CA 4
CM 1
S 5 S 3
CA 2
S4
CA 1
S 5 S 5
CBT 3
CA 2
CBT 1
CA 4
CA 5 CA 5 CA 5 S 3
CA 2
CBT4
S 1
S3
CA 2
S3
CA 2
S3
CA 2
CA 5 CA 5 CA 4
CM 1
CA 4
CM 1
CA 4
CM 1
S 1
CA 1
CM 3
S 2
CA 1
CM 2
S 3
CA 2
S 1
CA 4
S 1
CA 4
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S=25
CBT=7
CA=61
CM=7
CD=0
CM 5 CM 5 CA 1
CM 4
S 2
CA 2
CM 1
S 4
CA 1
S=49
CBT=4
CA=27
CM=20
CD=0
UT sa 1994 área=0,62mm2 UT sa 1866 área=0,43mm2
S 4
CA 1
S 3
CA 2
S 2
CA 3
CA 2
CM 3
CA 1
CM 4
S 4
CA 1
S 5 S 4
CA 1
S 3
CA 1
CM 1
CA 1
CM 4
S 5 S 2
CA 3
S 1
CA 4
CA 3
CM 2
CA 1
CM 4
S 1
CA 1
CM 3
S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 4
CA 1
CA 5 CA 3
CM 2
CA 1
CM 4
CA 3
CM 2
S 2
CA 1
CM 2
S 1
CA 1
CM 3
S 1
CA 1
CM 3
CA 1
CM 4
S 4
CA 1
S2
CA 3
CA 5 CA 1
CM 4
CA 2
CM 3
S= 31
CBT=0
CA=43
CM=26
CD=0
CA 1
CM 4
CA 3
CM 2
CA 3
CM 2
CA 3
CM 2
CM 5
S=39
CBT=0
CA=24
CM=37
CD=0
UT sa 1830 área=0,50mm2 UT sa 1715 área=0,48mm2
S 2
CA 3
S 2
CA 3
S 4
CA 1
S 2
CA 3
S 2
CA 3
CA 5 CA 4
CM 1
S 3
CA 2
S 3
CA 2
S 4
CA 1
S 2
CA 3
S 2
CA 3
S 4
CA 1
S 3
CA 2
S 2
CA 3
S 1
CA 3
CM 1
CA 3
CM 2
S 4
CA 1
S 2
CA 3
S 5
S 2
CA 3
S 2
CA 3
S 2
CA 3
CA 5 S 2
CA 3
CA 5 CA 4
CM 1
S 5 S 4
CA 1
S 5
S 1
CA 4
S 1
CA 4
S 1
CA 4
S 2
CA 3
S 1
CA 4
S=39
CBT=0
CA=61
CM=0
CD=0
S 1
CA 3
CM 1
S 1
CA 2
CM 2
S 2
CA 2
CM 1
S 5 S 4
CA 1
S=48
CBT=0
CA=43
CM=9
CD=0
Legenda: CBT=falha interfacial coesiva na base ou topo de camada híbrida
CA=falha interfacial coesiva adesiva
CM=falha coesiva em resina composta
S=falha interfacial no smear layer
CD=falha coesiva em dentina
GRUPO UT sa
UT sa 1682 área=0,29mm2 UT sa 1649 área=0,38mm2
S 4
CA 1
S 2
CA 3
CA 5 S 3
CA 2
S 4
CA 1
CA 5 S 2
CA 3
S 4
CA 1
S 5 S 5
S 3
CBT 2
S 3
CBT 2
S 3
CA 2
S 3
CA 2
S 3
CA 2
S 2
CA 3
S 3
CA 2
S 2
CA 3
S 5 S 5
S 1
CBT 4
S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 1
CA 4
S 2
CA 3
CA 5 S 2
CA 3
S 3
CA 2
S 1
CA 4
S 4
CA 1
S 5 S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 3
CA 2
S 1
CA 4
S=57
CBT=8
CA=35
CM=0
CD=0
S 3
CA 2
S 5 S 4
CA 1
S 5 S 4
CA 1
S=64
CBT=0
CA=36
CM=0
CD=0
UT sa 1621 área=0,44mm2 UT sa 1619 área=0,49mm2
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 CA 5 S 1
CA 4
S 2
CA 3
S 4
CA 1
S 5
CA 5 S 2
CA 3
S 5 S 5 S 5 S 2
CA 3
S 5 S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 5
S 1
CA 4
S 5 S 5 S 5 S 5 S 3
CA 2
S 4
CA 1
S 2
CA 3
S 4
CA 1
S 5
CM 5 CM 5 S 1
CA 3
CM 1
S 5 S 5
S=74
CBT=0
CA=15
CM=11
CD=0
S 1
CA 4
S 3
CA 2
S 4
CA 1
S 5 S 5
S=68
CBT=0
CA=32
CM=0
CD=0
UT sa 1591 área=0,44mm2 UT sa 1590 área=0,61mm2
CA 5 S 1
CA 4
S 1
CA 4
S 2
CA 3
CA 3
CM 2
S 3
CA 2
S 3
CA 2
S 3
CA 2
S 1
CA 3
CM 1
S 3
CA 2
S 4
CA 1
S 3
CA 2
S 5 S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 5 S 3
CA 2
S 3
CA 1
CM 1
S 3
CA 2
S 3
CA 2
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 5 S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 4
CA 1
S=70
CBT=0
CA=28
CM=2
CD=0
S 5 S 5 S 3
CA 2
S 3
CA 2
S 5
S=77
CBT=0
CA=21
CM=2
CD=0
UT sa 1584 área=0,47mm2 UT as 1581 área=0,44mm2
S 5 S 2
CA 3
S 2
CA 3
S 1
CA 4
S 3
CA 2
S 5 S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 2
CA 2
CM 1
S 1
CA 3
CM 1
S 5 S 2
CA 3
S 5 S 3
CA 2
S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 3
CA 2
S 3
CA 1
CM 1
S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 3
CA 2
S 5 S 5 S 5 S 5 S 3
CA 1
CM 1
S 2
CA 2
CM 1
S 4
CA 1
S 3
CA 2
S 1
CA 4
S 2
CA 3
S 2
CA 3
S=65
CBT=0
CA=35
CM=0
CD=0
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S=81
CBT=0
CA=14
CM=5
CD=0
UT sa 1573 área=0,38mm2 UT sa 1555 área=0,55mm2
S 5 S 5 S 2
CA 3
CA 4
CM 1
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 3
CA 2
S 1
CA 2
CM 2
S 2
CA 2
CM 1
S 5 S 2
CA 3
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 CA 5 CA 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S=83
CBT=0
CA=13
CM=4
CD=0
S 4
CA 1
S 3
CA 2
S 5 S 5 S 5
S=83
CBT=0
CA=17
CM=0
CD=0
GRUPO UT sa
UT sa 1548 área=0,37mm2 UT sa 1539 área=0,37mm2
CA 1
CM4
S 2
CA 3
S 5 S 5 S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 2
CA 1
CM 2
S 5 S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 3
CA 2
S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S=88
CBT=0
CA=6
CM=6
CD=0
S 2
CA 2
CM 1
S 2
CA 1
CM 2
S 5 S 5 S 5
S=89
CBT=0
CA=8
CM=3
CD=0
UT sa 1508 área=0,37mm2 UT sa 1508* área=0,42mm2
S 4
CA 1
S 2
CA 3
S 4
CA 1
S 3
CA 2
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 5 S 4
CA 1
S 3
CA 2
S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 5 S 3
CA 2
S 3
CA 2
S 5 S 5 S 5 S 5 S 1
CA 4
S=83
CBT=0
CA=17
CM=0
CD=0
S 5 S 4
CA 1
S 5 S 1
CA 4
S 3
CA 2
S=85
CBT=0
CA=15
CM=0
CD=0
UT sa 1442 área=0,38mm2 UT sa 1419 área=0,44mm2
S 5 S 2
CA 3
S 4
CA 1
S 5 S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 3
CA 2
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 3
CA 2
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 3
CA 1
CM 1
S 5
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S=90
CBT=0
CA=10
CM=0
CD=0
S 3
CA 2
S 5 S 5 S 1
CA 4
S 5
S=91
CBT=0
CA=8
CM=1
CD=0
UT sa 1332 área=0,39mm2 UT sa 1305 área=0,37mm2
S 5 S 5 S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 2
CA 3
S 5 S 5
S 2
CA 2
CM 1
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 1
CA 3
CM 1
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 5
S=91
CBT=0
CA=7
CM=2
CD=0
S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 4
CA 1
S=92
CBT=0
CA=8
CM=0
CD=0
UT sa 1279 área=0,46mm2 UT sa 1212 área=0,33mm2
S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 3
CA 2
S 4
CA 1
S3
CA 2
S3
CA 2
S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 5 S 2
CA 3
S 4
CM 1
S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 4
CA 1
S 5 S 3
CA 2
S=90
CBT=0
CA=10
CM=0
CD=0
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 5
S=93
CBT=0
CA=6
CM=1
CD=0
GRUPO UT sa
UT sa 1156 área=0,58mm2 UT sa 1144 área=0,59mm2
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 4
CA 1
S 2
CA 3
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 3
CA 2
S 5 S 5 S 3
CA 1
CM 1
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5
S=89
CBT=0
CA=10
CM=1
CD=0
CA 5 S 2
CA 3
S 5 S 5 S 5
S=91
CBT=0
CA=9
CM=0
CD=0
UT sa 1133 área=0,36mm2 UT sa 1085 área=0,36mm2
S 2
CA 3
S 5 S 5 S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 3
CA 2
S 3
CA 2
S 5 S 3
CA 2
S 3
CA 2
S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 3
CA 2
S 5 S 5
S 5 S 3
CA 2
S 5 S 5 S 5
S=93
CBT=0
CA=7
CM=0
CD=0
S 3
CA 2
S 5
S 5 S 5 S 5
S=88
CBT=0
CA=12
CM=0
CD=0
UT sa 1079 área=0,22mm2 UT sa 1058 área=0,43mm2
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 3
CA 2
S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S=100
CBT=0
CA=0
CM=0
CD=0
S 5
S 5 S 3
CA 2
S 5 S 5
S=95
CBT=0
CA=5
CM=0
CD=0
UT sa 1047 área=0,37mm2 UT sa 1027 área=0,53mm2
S 5 S 5 S 4
CA 1
S 5 S 5 S 3
CA 2
S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 3
CA 2
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S=97
CBT=0
CA=3
CM=0
CD=0
S 5 S 5
S 5 S 5 S 5
S=98
CBT=0
CA=2
CM=0
CD=0
UT sa 0903 área=0,38mm2 UT sa 0814 área=0,57mm2
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 4
CA 1
S 3
CA 2
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5
S=94
CBT=0
CA=6
CM=0
CD=0
S 5
S 5 S 5 S 5 S 5
S=100
CBT=0
CA=0
CM=0
CD=0
Relatótio: Número de corpos de prova = 40
Média força máxima = 15,17 MPa
Desvio padrão = 3,71
Coeficiente de variação = 24,46%
Média das áreas de fratura = 0,42 mm2
GRUPO PD sa
PD sa 1671 área=0,87mm2 PD sa 1568 área=0,51 mm2
CM 5 CM 5 CM 5 CM 5 S 4
CA 1
S 4
CM 1
CM 5 CM 5 CA 3
CM 2
CA 5
CM 5 CM 5 CM 5 S 2
CA 1
CM 2
S 5 S 5 S 1
CM 4
CM 5 CA 2
CM 3
CA 5
CM 5 CM 5 S 1
CA 1
CM 3
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 CA 3
CM 2
CA 1
CM 4
CA 5
S 1
CA 1
CM 3
S 1
CA 2
CM 2
S 2
CA 3
S 5 S 5
S=35
CA=10
CM=55
CD=0
S 5 S 5 S 3
CM 2
CA 1
CM 4
CA 5
S=33
CA=30
CM=37
CD=0
PD sa 1551 área=0,38 mm2 PD sa 1485 área=0,41 mm2
S 1
CA 1
CM 3
S 2
CA 1
CM 2
S 3
CA 1
CM 1
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 5 CA 1
CM 4
CM 5
CM 5 CM 5 CM 5 CA 3
CM 2
S 3
CA 2
S 5 S 3
CA 2
S 2
CA 1
CM 2
CM 5 CM 5
CM 5 CM 5 CA 1
CM 4
CA 5 S 4
CA 1
S 5 S 3
CA 2
CM 5 CM 5 CM 5
S 2
CA 1
CM 2
S 4
CM 1
S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 5
S=41
CA=20
CM=30
CD=0
S 5 S 5 CA 1
CM 4
CM 5 CM 5
S=43
CA=7
CM=50
CD=0
PD sa 1472 área=0,40mm2 PD sa 1451 área=0,34mm2
S 5 S 5 CM 5 CM 5 CM 5 S 5 S 1
CA 3
CM 1
CA 1
CM 4
S 2
CA 1
CM 2
S 2
CA 3
S 5 S 5 S 2
CA 1
CM 2
CM 5 CM 5 S 5 S 2
CA 3
S 1
CA 2
CM 2
S 3
CA 2
S 1
CA 4
S 5 S 5 S 4
CA 1
CM 5 CM 5 S 5 S 3
CA 2
S 2
CA 3
S 1
CA 4
CA 3
CM 2
S 5 S 5 S 5 S 2
CA 1
CM 2
CM 5
S=53
CA=3
CM=44
CD=0
S 5
S 5 S 2
CA 3
CA 4
CM 1
CM 5
S=45
CA=38
CM=17
CD=0
PD sa 1443 área=0,48mm2 PD sa 1420 área=0,31mm2
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 CA 1
CM 4
S 1
CA 3
CM 1
S 5 S 5 S 5
S 2
CA 2
CM 1
S 2
CA 2
CM 1
S 2
CA 2
CM 1
S 4
CA 1
S 5 CM 5 CM 5 CA 1
CM 4
S 1
CA 2
CM 2
S 3
CA 2
CM 5 CM 5 CM 5 CA 1
CM 4
S 4
CA 1
S 1
CA 3
CM 1
CA 5 CA 4
CM 1
S 1
CA 4
S 5
CM 5 CM 5 CM 5 CA 1
CM 4
S 4
CA 1
S=48
CA=11
CM=41
CD=0
S 5 S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 5
S=49
CA=28
CM=23
CD=0
PD sa 1408 área=0,34mm2 PD sa 1319 área=0,25mm2
S 3
CA 2
S 3
CA 2
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 2
CA 3
CM 5 CA 4
CM 1
S 2
CA 3
S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 2
CA 3
CA 5
CM 5 CA 4
CM 1
S 2
CA 3
S 4
CA 1
S 5 S 4
CA 1
CA 2
CM 3
S 1
CA 1
CM 3
S 3
CA 1
CM 1
S 1
CA 4
CM 5 CA 2
CM 3
S 2
CA 3
S 3
CA 2
S4
CA 1
S=52
CA=28
CM=20
CD=0
S 1
CA 4
CA 1
CM 4
CA 1
CM 4
S 5 S 4
CA 1
S=56
CA=29
CM=15
CD=0
Legenda: CBT=falha interfacial coesiva na base ou topo de camada híbrida
CA=falha interfacial coesiva adesiva
CM=falha coesiva em resina composta
S=falha interfacial no smear layer
CD=falha coesiva em dentina
GRUPO PD sa
PD sa 1281 área=0,94mm2 PD sa 1279 área=0,48mm2
S 5 S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 2
CA 3
S 4
CA 1
S 5
S 3
CA 2
CA 5 S 1
CA 4
S 4
CA 1
S 5 S 1
CA 4
CA 4
CM 1
CA 3
CM 2
S 2
CA 3
S 4
CA 1
S 1
CA 4
CA 5 CA 5 CA 5 S 2
CA 3
S 3
CA 2
S 2
CA 3
CA 5 S 3
CA 2
S 5
S 5 S 4
CA 1
S 3
CA 2
S 3
CA 2
CA 3
CM 2
S=55
CA=43
CM=2
CD=0
S 5 S 3
CA 2
S 2
CA 3
S 3
CA 2
S 4
CA 1
S=58
CA=39
CM=3
CD=0
PD sa 1454 área=0,19mm2 PD sa 1252 área=0,52mm2
S 5 S 5 S 5 S 1
CA 4
CA 5 S 1
CM 4
CM 5 CM 5 S 1
CA 2
CM 2
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 4
CA 1
S 1
CA 4
CA 5 S 4
CA 1
S 2
CA 2
CM 1
CA 1
CM 4
S 2
CA 3
S5
S 5 S 5 S 4
CA 1
S 5 CA 5 S 5 S 4
CA 1
S 3
CA 2
S 3
CA 2
S 5
S 5 S 5 S 3
CA 2
CA 5 CA 5
S=58
CA=42
CM=0
CD=0
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S=64
CA=19
CM=17
CD=0
PD sa 1198 área=0,45mm2 PD sa 1110 área=0,63mm2
S 2
CA 3
S 2
CA 3
S 3
CA 2
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 4
CA 1
S 1
CA 4
CA 5 CA 5 S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 3
CA 2
S 1
CA 1
CM 3
S 5 S 1
CA 4
S 2
CA 3
S 3
CA 2
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 2
CA 3
CA 3
CM 2
CM 5
S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 4
CA 1
S=63
CA=37
CM=0
CD=0
S 5
S 3
CA 2
S 1
CA 3
CM 1
CM 5 S 3
CA 1
CM 1
S=70
CA=13
CM=17
CD=0
PD sa 1076 área=0,42mm2 PD sa 1025 área=0,44mm2
CA 5 S 4
CM 1
S 3
CM 2
S 3
CM 2
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 3
CM 2
S 2
CM 3
S 1
CA 2
CM 2
S 5 S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 3
CA 2
CA 3
CM 2
S 3
CA 2
CA 3
CM 2
S 2
CA 2
CM 1
S 2
CA 3
S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 5
S=71
CA=15
CM=14
CD=0
CA 4
CM 1
CA 3
CM 2
CA 3
CM 2
S 2
CA 3
S 4
CA 1
S=69
CA=23
CM=8
CD=0
PD sa 1016 área=0,52mm2 PD sa 0997 área=0,41mm2
S 5 S 5 S 5 S 5 S 2
CA 3
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
CA 5 CA 2
CA 3
CA 5 S 2
CA 3
S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 2
CM 3
CA 2
CM 3
S 1
CA 4
CA 5 S 2
CA 3
S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 CA 1
CM 4
CA 1
CM 4
S=73
CA=12
CM=15
CD=0
CA 3
CM 2
S 5 S 5 S 5
S 5
S=72
CA=26
CM=2
CD=0
GRUPO PD sa
PD sa 0988 área=0,24mm2 PD sa 0946 área=0,33mm2
S 2
CA 3
S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 2
CA 3
S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 5 S 5 CA 5 S 1
CA 4
S 5 S 5 S 5
S 2
CA 3
S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 5 S 5
S=79
CA=21
CM=0
CD=0
S 1
CA 4
S 3
CA 2
S 5 S 5 S 5
S=85
CA=15
CM=0
CD=0
PD sa 0860 área=0,45mm2 PD sa 0838 área=0,55mm2
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 4
CA1
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 5 S 5 S 3
CA 2
S 3
CA 1
CM 1
S4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 1
CA 1
CM 3
CA 3
CM 2
S 5 S 5 S 1
CA 4
S 1
CA 2
CM 2
S 4
CA 1
S=85
CA=12
CM=3
CD=0
S 5 S 5 S 4
CA 1
S 1
CA 2
CM 2
CA 1
CM 4
S=80
CA=9
CM=11
CD=0
PD sa 0817 área=0,43mm2 PD sa 0797 área=0,51mm2
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 3
CA 1
CM 1
S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 1
CA 1
CM 3
S 2
CA 1
CM 2
S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 3
CA 2
S 4
CA 1
S 5 S 3
CA 2
S 3
CA 1
CM 1
S 5 S 5 S 5
S 5 S 3
CA 2
S 1
CA 4
S 1
CA 4
S 1
CA 4
S=83
CA=17
CM=0
CD=0
S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5
S=84
CA=9
CM=7
CD=0
PD sa 0751 área=0,69mm2 PD sa 0739 área=0,67mm2
S 3
CA 2
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 3
CA 2
S 3
CA 2
S 5 S 5 S 5 S 2
CA 2
CM 1
S 1
CA 4
S 4
CA 1
S 5 S 5
S 3
CA 2
S 3
CA 2
S 2
CA 3
S 5 S 5 S 4
CA 1
S 2
CA 3
S 5 S 5 S 5
S 5 S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 5 S 5
S=84
CA=16
CM=0
CD=0
S 5
S 5 S 5 S 5 S 5
S=88
CA=7
CM=5
CD=0
PD as 0645 área=0,55mm2 PD sa 0644 área=0,45mm2
S 5 S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 1
CA 2
CM 2
S 3
CA 2
S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 1
CA 4
S 4
CA 1
S 3
CA 1
CM 1
S 4
CA 1
S 5 S 5
S 5 S 5 S 4
CA 1
S 2
CA 3
S1
CA 4
S 5 S 5 S 4
CA 1
S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 5 S 2
CA 3
S=83
CA=17
CM=0
CD=0
S 5
S 5 S 5 S 5 S 5
S=88
CA=9
CM=3
CD=0
GRUPO PD sa
PD sa 0618 área=0,54mm2 PD sa 0578,9 área=0,51mm2
S 1
CA 1
CM 3
CA 1
CM 4
S 5 S 5 S 5 S 2
CA 1
CM 2
S 5 S 5 S 5 S 5
S 4
CA 1
S 3
CA 2
S 5 S 5 S 5 S 4
CM 1
S 3
CA 2
S 3
CA 2
S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S=88
CA=5
CM=7
CD=0
S 5 S 5 S 5 S 5 CA 5
S=88
CA=10
CM=2
CD=0
PD sa 0578,0 área=0,35mm2 PD sa 0550 área=0,65mm2
S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 3
CA 2
S 2
CA 3
S 5
S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 4
CA 1
S 5 S 5
S 2
CA 3
S 3
CA 2
S 3
CA 2
S 4
CA 1
S 3
CA 2
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 CA 5 CA 5
S=77
CA=23
CM=0
CD=0
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S=94
CA=6
CM=0
CD=0
PD sa 0543 área=0,59mm2 PD sa 0489 área=0,51mm2
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 5 S 2
CA 3
S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
CA 5
S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S 1
CA 4
S=92
CA=8
CM=0
CD=0
S 5 S 5 S 5 S 5 S 4
CA 1
S=92
CA=8
CM=0
CD=0
PD sa 0479 área=0,31mm2 PD sa 0457 área=0,59mm2
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 4
CA 1
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 3
CA 2
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 3
CA 2
S 5 S 5 S 5 S 5
S=95
CA=5
CM=0
CD=0
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S=100
CA=0
CM=0
CD=0
PD sa 0450 área=0,61mm2 PD sa 0389 área=0,57mm2
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 CA 1
CM 4
S 1
CA 1
CM 3
S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 5 S 1
CA 4
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S=96
CA=4
CM=0
CD=0
S 5 S 5 S 5 S 5 S 5
S=91
CA=2
CM=7
CD=0
Relatótio: Número de corpos de prova = 40
Média força máxima = 9,86 MPa
Desvio padrão = 3,80
Coeficiente de variação = 38,54%
Média das áreas de fratura = 0,49 mm2
24
Anexo 10
Tabela EDS ajustada da Dentina com médias aritméticas.
C O P Ca Si Mg Total
Dentina 1 24,298 29,207 15,766 29,376 0,376 0,974 99,997
Dentina 2 25,100 17,859 18,204 37,959 0,344 0,531 99,997
Dentina 3 24,424 16,003 17,236 41,842 0,213 0,279 99,997
Média 24,607 21,023 17,068 36,392 0,311 0,594
Desvio-padrão 0,431 7,148 1,228 6,379 0,086 0,352
Tabela EDS ajustada da Dentina com Smear Layer com médias aritméticas.
C O P Ca Si Mg Total
Dentina c/smear
layer 1
7,741 24,606 21,495 45,236 0,362 0,557 99,997
Dentina c/smear
layer 2
6,950 23,089 22,126 46,956 0,084 0,792 99,997
Dentina c/smear
layer 3
6,951 28,644 21,527 41,321 0,454 1,101 99,998
Média 7,214 25,446 21,716 44,504 0,300 0,816
Desvio-padrão 0,456 2,871 0,355 2,888 0,193 0,273
Tabela EDS ajustada da falha CM com médias aritméticas.
C O P Ca Si Mg Total
Falha 1 15,746 28,420 10,929 0,368 44,471 0,064 99,998
Falha 2 16,396 29,246 10,722 0,439 42,536 0,658 99,997
Falha 3 19,049 26,566 11,018 0,256 42,932 0,176 99,997
Média 17,063 28,077 10,889 0,354 43,315 0,299
Desvio-padrão 1,750 1,372 0,152 0,092 1,022 0,316
Tabela EDS ajustada da falha CA com médias aritméticas.
C O P Ca Si Mg Total
Falha 1 53,799 23,481 1,343 3,108 18,066 0,200 99,997
Falha 2 56,000 24,502 1,485 1,668 15,817 0,525 99,997
Falha 3 55,074 30,929 0,721 1,053 11,906 0,314 99,997
Média 54,957 26,304 1,183 1,943 15,263 0,346
Desvio-padrão 1,105 4,038 0,406 1,055 3,117 0,165
Tabela EDS ajustada da falha na base da camada híbrida com médias aritméticas.
C O P Ca Si Mg Total
Falha 1 16,241 22,128 17,861 42,751 0,577 0,439 99,997
Falha 2 17,570 21,466 17,989 41,613 0,784 0,575 99,997
Falha 3 22,541 13,428 20,263 42,836 0,513 0,417 99,998
Média 18,784 19,007 18,704 42,400 0,624 0,477
Desvio-padrão 3,321 4,843 1,351 0,683 0,142 0,086
Tabela EDS ajustada da falha no topo da camada híbrida com médias aritméticas.
C O P Ca Si Mg Total
Falha 1 34,684 20,226 13,324 25,600 5,528 0,635 99,997
Falha 2 18,257 18,257 16,713 43,249 2,104 1,418 99,998
Falha 3 13,407 24,595 20,413 39,453 1,142 0,987 99,997
Média 22,116 21,026 16,816 36,100 2,924 1,013
Desvio-padrão 11,151 3,244 3,546 9,290 2,305 0,392
Tabela EDS ajustada da falha S com adesivo com médias aritméticas.
C O P Ca Si Mg Total
Falha 1 31,690 35,098 8,452 20,605 1,988 2,164 99,997
Falha 2 19,839 19,584 15,316 42,048 1,312 1,898 99,997
Falha 3 11,109 29,775 19,928 37,987 0,451 0,747 99,997
Média 20,879 28,152 14,565 33,546 1,250 1,603
Desvio-padrão 10,330 7,883 5,775 11,390 0,770 0,753
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