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sementes na maturidade, controle de qualidade durante o processamento e período de
armazenamento e a identificação de problemas. Permite, ainda, uma avaliação do vigor das
sementes (MARCOS FILHO et al., 1987; SANTOS, 2003).
Entretanto, o teste de tetrazólio ainda não tem uso generalizado para
algumas espécies como a mamona (Ricinus communis L.), principalmente, devido à falta de
treinamento de pessoal e à deficiência de conhecimentos sobre a metodologia adequada
(MARCOS FILHO et al., 1987). As recomendações encontradas para a realização deste teste
em sementes de mamoneira são restritas e imprecisas em função da carência de pesquisas
relacionadas ao assunto (BRASIL, 1992), e as diferenças entre os métodos sugeridos
acarretam dificuldades para o estabelecimento de padrões a serem seguidos.
As informações gerais para a realização do teste de tetrazólio de várias
espécies estão indicadas nas Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 1992) e têm sido
aprimoradas nos últimos anos. Assim, os estudos desenvolvidos têm procurado estabelecer as
condições de pré-condicionamento, a temperatura, a concentração da solução de tetrazólio, o
período de coloração e os critérios complementares para a avaliação, como pode se observar
nos trabalhos de seringueira (WETZEL et al., 1992), amendoim (BITTENCOURT, 1995), soja
(FRANÇA NETO et al., 1998), milho (DIAS e BARROS, 1999), algodão (VIEIRA e VON
PINHO, 1999), braquiária (DIAS e ALVES, 2001b), tomate (SANTOS, 2003), abobrinha
(BARROS et al., 2005), melancia (BHERING et al., 2005), entre outras espécies.
O teste de tetrazólio baseia-se na atividade de enzimas do grupo das
desidrogenases, particularmente a desidrogenase do ácido málico, envolvidas na atividade
respiratória das sementes, que catalisam a redução dos íons do sal de tetrazólio (cloreto de
2,3,5-trifenil tetrazólio) nos tecidos vivos. Íons de hidrogênio são transferidos para o sal de
tetrazólio, que atua como um receptor desse elemento. O tetrazólio, que é um sal incolor e
difusível é, então, reduzido a um composto não difusível de cor vermelha, conhecido por
trifenilformazan, o que indica que as desidrogenases estão ativas, e consequentemente que há
atividade respiratória nas mitocôndrias e, portanto, há viabilidade celular e do tecido
(DELOUCHE et al., 1976).
Assim, a coloração resultante da reação do tetrazólio é uma indicação
positiva da viabilidade por meio da detecção da respiração das células. As sementes
deterioradas ou danificadas mecanicamente desenvolvem rapidamente uma coloração