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GUSTAVO TONOLLI
AVALIAÇÃO DA MICROINFILTRAÇÃO MARGINAL EM
PREPAROS CAVITÁRIOS COM LASER DE Er:YAG OU
ALTA ROTAÇÃO EM DENTES DECÍDUOS RESTAURADOS
COM CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO CONVENCIONAL
Centro Universitário Hermínio Ometto
Araras
2005
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2
GUSTAVO TONOLLI
AVALIAÇÃO DA MICROINFILTRAÇÃO MARGINAL EM
PREPAROS CAVITÁRIOS COM LASER DE Er:YAG OU
ALTA ROTAÇÃO EM DENTES DECÍDUOS RESTAURADOS
COM CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO CONVENCIONAL
Dissertação apresentada ao Centro Universitário
Hermínio Ometto - UNIARARAS, para obtenção do
grau de Mestre em Odontologia.
Área de Concentração: Odontopediatria
Araras
2005
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GUSTAVO TONOLLI
AVALIAÇÃO DA MICROINFILTRAÇÃO MARGINAL EM
PREPAROS CAVITÁRIOS COM LASER DE Er:YAG OU
ALTA ROTAÇÃO EM DENTES DECÍDUOS RESTAURADOS
COM CIMENTO DE IONÔMERO DE VIDRO CONVENCIONAL
Dissertação apresentada ao Centro Universitário
Hermínio Ometto - UNIARARAS, para obtenção do
grau de Mestre em Odontologia.
Área de Concentração: Odontopediatria
Orientador: Prof. Dr. Sergio Luiz Pinheiro
Araras
2005
2
FICHA CATALOGRÁFICA
Elaborada pela Biblioteca do Centro Universitário Hermínio Ometto-UNIARARAS
T666a
Tonolli, Gustavo
Avaliação da microinfiltração marginal em preparos
cavitários com Laser de Er:Yag ou alta rotação em dentes
decíduos restaurados com cimento de ionômero de vidro
convencional / Gustavo Tonolli -- Araras : [s.n.], 2005.
76f. : ilus. ; 30cm.
Orientador: Prof. Dr. Sérgio Luiz Pinheiro
Dissertação (Mestrado) – Centro Universitário Hermínio
Ometto, Curso de Odontologia.
1. Odontopediatria. 2. Cimentos de ionômeros de vidro.
3. Lasers. 4. Infiltração dentária. I. Pinheiro, Sérgio Luiz. II.
Centro Universitário Hermínio Ometto, Curso de
Odontologia. III. Título.
3
Aos meus pais,
pela oportunidade da
Vida.
4
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Dr. José Carlos Petorossi Imparato, pela minha iniciação
na vida acadêmica,por compartilhar idéias e ideais, pelo prazer de
ter trabalhado junto e pela fraternal amizade.
Ao meu primo Prof. Dr. Saturnino A. Ramalho, citar em poucas
linhas tudo o que você fez por mim seria uma injustiça.
Ao meu amigo Prof. Ricardo S. Navarro, pela ajuda na finalização
deste trabalho.
Ao Prof. Dr. Mario Vedovello Filho, pela sua amizade e pelas
oportunidades profissionais a mim oferecidas.
À Profa. Dra. Rose Mary Coser, pela sua amizade, e pelo apoio
profissional dado desde a época da graduação.
Ao Prof. Dr. Sergio Luiz Pinheiro, por me orientar neste trabalho.
Aos professores do curso de mestrado, pela convivência e troca
de experiências.
Às colegas de mestrado, por todo o tempo que passamos juntos.
Aos amigos, que souberam entender minha ausência.
Aos professores do curso de especialização em implantodontia da
SLM, por entender minhas faltas e principalmente pela amizade cultivada.
Ao amigo e Prof. Rafael B. Neves, por sua amizade e pela sua
colaboração neste trabalho.
Ao grande amigo e Prof. Sidney Rafael das Neves, que
intermediou a liberação do aparelho de laser da APCD junto à diretoria,
sua ajuda foi fundamental na realização deste trabalho.
5
Ao Banco de Dentes Humanos da F.O.U.S.P., em especial à
Profa. Alessandra C. Nassif, por doarem os dentes pra essa pesquisa e
me atenderem tão bem.
6
“O cego não vê e não verá.
O orgulhoso vê e apaga a cena, apaga o visto.
O vaidoso se sobrepõe à cena.
O sábio, entretanto, e somente o sábio, este vê, entende, guarda e segue.
Não seria o Reconhecimento o prêmio da Sabedoria?”
Dr. Celso Charuri
7
SUMÁRIO
p.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
RESUMO
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................13
2 REVISÃO DA LITERATURA................................................................................16
2.1 Cimentos de ionômero de vidro........................................................................16
2.2 Laser de Er:YAG na Odontologia.....................................................................18
2.3 Testes de Microinfiltração.................................................................................31
3 PROPOSIÇÃO.....................................................................................................39
4 MATERIAL E MÉTODO.......................................................................................40
4.1 Material.............................................................................................................40
4.2 Método..............................................................................................................41
5 RESULTADOS.....................................................................................................53
6 DISCUSSÃO........................................................................................................59
7 CONCLUSÃO. ....................................................................................................65
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................66
ABSTRACT
ANEXOS
8
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Laser de Er:YAG. ..........................................................................39
Figura 2- Dentes decíduos obtidos do BDH-FOUSP.....................................41
Figura 3- Preparo com laser de Er:YAG........................................................42
Figura 4- Preparo com laser de Er:YAG seguindo as normas de
segurança......................................................................................................43
Figura 5- Laser guia e área do feixe focado..................................................44
Figura 6- Dentes impermeabilizados com esmalte fixos em cera utilidade para
secagem........................................................................................................48
Figura 7- Equipamento para tomada fotográfica ..........................................49
Figura 8.1- Ponta diamantada + condicionamento - grupo 1 - aumento de 30X
.......................................................................................................................50
Figura 8.2- Ponta diamantada sem condicionamento - grupo 2 - aumento de
30X................................................................................................................50
Figura 8.3- Laser + condicionamento - grupo 3 - aumento de
30X................................................................................................................51
Figura 8.4- Laser sem condicionamento - grupo 4 - aumento de
30X................................................................................................................51
Figura 9- Critério utilizado para avaliação da microinfiltração marginal........54
9
Figura 10- Comparação das médias de grupos para as medidas de microinfiltração
na porção incisal. ........................................................................................58
Figura 11- Comparação das médias de grupos para as medidas de microinfiltração
na porção gengival. .....................................................................................60
10
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Modas da microinfiltração dos corantes, obtidas na porção
incisal ..........................................................................................................55
Tabela 2: Modas da microinfiltração dos corantes, obtidas na porção
gengival.........................................................................................................56
Tabela 3: Médias e desvios padrões dos grupos controle e experimental na porção
incisal.................................................................................................56
Tabela 4: Médias e desvios padrões dos grupos controle e experimental na porção
gengival.............................................................................................57
Tabela 5: Análise estatística de Kruskal-Wallis na porção incisal.................57
Tabela 6: Análise estatística de Kruskal-Wallis na porção gengival..............59
11
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
C- Cálcio
CO
2
- Dióxido de carbono
CIV- Cimento de ionômero de vidro
CVD- Chemical Vapor Deposition
Er:YAG- Érbio:Ítrio-Alumínio-Granada
Er:YSGG- Érbio:Ítrio-Escândio-Gálio-Granada
LASER – Light Amplificated by Stimulated Emission of Radiation
MASER – Microwave Amplificated by Stimulated Emission of Radiation
MEV- Microscopia eletrônica de varredura
MO- Microscopia óptica
Nd:YAG- Neodímio:Ítrio-Alumínio-Granada
cm
2
- Centímetro quadrado
Hz- Hertz
J- Joule
mJ- MiliJoule
J/cm
2
- Joule/centímetro quadrado
µm- Micrometro
MPa- Mega Pascal
M- Mol
nm- Nanometro
O- Oxigênio
OH
-
- Hidroxila
P- Fósforo
pH- Potencial de hidrogênio
TRA- Tratamento restaurador atraumático
W- Watt
12
RESUMO
O objetivo desse estudo foi avaliar a microinfiltração marginal em
preparos cavitários classe V, realizados com laser de Er:YAG e ponta
diamantada em alta-rotação, em dentes decíduos restaurados com CIV
convencional, variando a realização ou não do tratamento condicionador
previamente à inserção do material restaurador. Foram utilizados 40
caninos decíduos hígidos provenientes do Banco de Dentes Humanos da
F.O.U.S.P. As amostras foram divididas aleatoriamente em dois grupos
de acordo com o tipo de preparo realizado. Nos grupos controle foram
confeccionados preparos cavitários com ponta diamantada, nos grupos
experimentais foram confeccionados preparos com laser de Er:YAG
(300mJ 2Hz). As amostras foram imersas em água destilada por 24H,
impermeabilizadas, imersas em solução aquosa de nitrato de prata a 50%
por 8H, em temperatura ambiente e total ausência de luz, posteriormente,
foram lavadas, secas, seccionadas no centro das restaurações, sentido
vestíbulo-lingual e realizado o polimento da face exposta com lixas. As
secções foram imersas, em solução fotoreveladora por 16H sob luz
fluorescente. As mesmas foram examinadas por três avaliadores.
Concluiu-se que os preparos realizados com ponta diamantada
associados ao tratamento condicionador apresentaram menor
microinfiltração que os realizados com laser de Er:YAG.
Palavras-chave : odontopediatria; cimentos de ionômeros de vidro;
infiltração dentária; lasers.
13
1. INTRODUÇÃO
A Odontologia Contemporânea pesquisa exaustivamente métodos
preventivos para o controle da doença cárie, porém, apesar de todos os
avanços científico-tecnológicos essa patologia ainda atinge grande parte
da população mundial.
No intuito de se manter cada vez mais a estrutura dental afetada
pela doença e de promover um tratamento atraumático ao elemento dental
e ao indivíduo, várias técnicas e materiais restauradores têm sido
estudados (Peters, Mc Lean 2001).
Um dos problemas enfrentados pelos pesquisadores e clínicos é a
microinfiltração marginal ao redor das restaurações. Segundo Kidd (1976)
a microinfiltração pode ser definida como a passagem de bactérias,
fluidos, moléculas e íons na interface dente/restauração.
A perda do vedamento marginal das restaurações pode causar
hipersensibilidade, lesões de cárie recorrentes, descoloração marginal e
algumas vezes, o desenvolvimento de patologias pulpares (Brännström
1987; Cox 1992).
Os testes que avaliam a microinfiltração marginal em diferentes
métodos de preparo cavitário ou materiais restauradores visam identificar
possíveis falhas no vedamento da interface dente/restauração. Este
problema pode causar colonização bacteriana e posteriormente patologias
pulpares. Apesar de ser um assunto vastamente pesquisado na
Odontologia desde 1861, a microinfiltração ainda é um aspecto de
relevância no que diz respeito ao comportamento de materiais
14
odontológicos inseridos em preparos cavitários (Ferreira 2003; Oda
2004).
O cimento de ionômero de vidro (CIV), introduzido no mercado na
década de 70 por Wilson e Kent (1972) passou por várias modificações de
composição que resultaram em formulações específicas para diversos
procedimentos e indicações clinicas (Carvalho 1995; Navarro, Pascotto
1998; Raggio 2004).
Os CIV convencionais são compostos de pó e líquido, quando
misturados inicia-se uma reação do tipo ácido/base formando um sal de
hidrogel, que atua como matriz da ligação. O íon flúor é um dos
importantes componentes do pó deste material, além de aumentar a
resistência, proporciona efeito anti-cariogênico, liberando fluoreto para a
interface da restauração e para o meio bucal (Serra, Cury 1992; Van
Amerongen 1996).
Os cimentos ionoméricos atualmente estão associados às técnicas
atraumáticas de remoção parcial do tecido cariado, acarretando em uma
Odontologia Restauradora de Mínima Intervenção, preservando ao
máximo o tecido dentário. Corroborando com esta filosofia, novos
métodos para remoção do tecido cariado também têm sido propostos,
entre os quais, merece destaque particular a remoção químico-mecânica
com géis, sistema de abrasão a ar com óxido de alumínio, sistemas ultra-
sônicos com pontas diamantadas CVD, e os lasers de alta potência
Er:YAG e Er,Cr;YSGG (Gimble et al 1994; Keller et al 1998; Peters, Mc
Lean 2001).
15
O laser (Light Amplificated by Stimulated Emission of Radiation) na
clínica odontopediátrica apresenta-se como mais uma alternativa ao
tratamento da doença cárie, sendo relatado pelos pacientes como uma
prática segura e confortável, devido à ausência ou diminuição da
sensibilidade dolorosa, à ausência de vibração e contato, ruído reduzido,
remoção seletiva e precisa do tecido cariado e preservação da estrutura
dental sadia (Gimble et al 1994; Keller, Hibst 1995; Cozean et al 1997),
com a criação de preparos cavitários conservadores e minimamente
invasivos, além da redução microbiana do tecido dental remanescente
(Blay 2001), aumento da ácido resistência e incorporação de flúor nos
tecidos dentais irradiados (Fried et al 1996; Arimoto et al 1998; Hossain
et al 2000); havendo grande aceitabilidade clínica no gerenciamento
comportamental dos pacientes infantis (Dostálova et al 1997; Pelagalli et
al 1997; Eduardo et al 1998)
A utilização do laser de Er:YAG (Érbio:Ytrio-Alumínio-Granada) na
realização de preparos cavitários para materiais restauradores adesivos
(CIV, resinas compostas e compômeros) tem demonstrado graus de
microinfiltração similares ou inferiores aos preparos cavitários com alta-
rotação convencional (Miserendino 1998; Niu et al 1998; Moldes 2003).
Com o surgimento de novos materiais restauradores e técnicas para
remoção do tecido cariado e realização do preparo cavitário surge a
necessidade de estudar o comportamento, quanto a microinfiltração
marginal, de diferentes CIV convencionais em preparos cavitários
realizados com pontas diamantadas em alta-rotação e laser de Er:YAG
em dentes decíduos.
16
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Cimentos de Ionômero de Vidro
Wilson e Kent (1972) introduziram o cimento CIV na Odontologia
há mais de 30 anos, sua formulação original foi obtida a partir da
junção de dois cimentos já utilizados: o cimento de policarboxilato de
zinco e o de silicato. A partir destes estudos muitos pesquisadores
estudaram e até hoje pesquisam sobre este material aprimorando cada
vez mais suas propriedades biofísicas e seu comportamento clínico.
Ao se originar da união de dois materiais, o CIV apresenta duas
funções importantes: adesão às estruturas dentárias e liberação de
flúor, proporcionando a característica de diminuir a progressão das
lesões cariosas (Maldonado et al1978).
A principal característica deste material é a reação de presa do
tipo ácido-base, onde as partículas de vidro do pó reagem com a
solução aquosa de ácido, principalmente o poliacrílico (Davidson, Mjor;
Mount 1999).
A constituição básica dos cimentos de ionômero de vidro é um pó
contendo alumínio, fluoreto, cálcio, sódio e sílica, e um líquido,
composto de ácido polialquenóico, ácido maléico, ácido itacônico e
água (Navarro, Pascotto 1998; Davidson, Mjor 1999; Raggio 2001;
Nassif 2003).
Ao avaliar a microinfiltração dos seguintes materiais: Fuji IX®
(G.C. Corp.); Vidrion N® (S.S. White); Chem Flex® (Dentsply); Ketac
17
Molar ART (ESPE) e Vidrion R® (S.S. White), Raggio (2001) observou
que os materiais apresentaram comportamentos semelhantes quanto ao
grau de microinfiltração, com exceção do Ketac Molar ART na parede
cervical, o qual demonstrou maior grau de microinfiltração, sendo
estatisticamente diferente dos demais (p < 0,05).
Quando o ácido poliacrílico está liofilizado ao pó, recebe a
denominação de anidro, porém geralmente este se encontra presente
no líquido do material. Os CIV são essencialmente hídricos, como
denominaram Navarro e Pascotto (1998), sendo a água fundamental na
reação de presa e estrutura do cimento.
Recentemente foi lançada no comércio uma nova modalidade de
material, o Ketac Molar Easy Mix, segundo o fabricante (3M ESPE),
este é do tipo anidro. As partículas vítreas que compõem o pó, em
geral dispersam, são agregadas umas às outras com um agente de
união, fazendo com que formem uma esfera. Esta esfera facilita a
penetração do líquido em seu interior, por capilaridade, facilitando a
mistura dos componentes do CIV. A diminuição da quantidade de ácido
no líquido faz com que o ângulo de contato seja reduzido, aumentando
a capacidade de molhamento, facilitando ainda mais a manipulação
(Raggio 2004).
Apesar de possuir propriedades que poderiam eliminar ou diminuir
a microinfiltração marginal, os CIV convencionais não impedem a
penetração dos corantes nos estudos in vitro (Souza 2000; Myaki
2000).
18
O CIV deve ser inserido na cavidade quando ele ainda apresentar
brilho (Bussadori et al 2000), pois este é um indicativo da
disponibilidade de ácido poliacrílico, essencial para efetuar a união
química com a estrutura dental. Outro fator que influencia a inserção do
material é a seringa injetora (Centrix®), que facilita a aplicação do
material no local correto, minimizando a introdução de bolhas de ar
(Navarro, Pascotto 1998).
Raggio (2004) avaliou a dureza Knoop dos CIV indicados para o
tratamento restaurador atraumático e observou que a técnica de
inserção não influenciou a dureza superficial do Ketac Molar Easy
Mix e este apresentou dureza superficial semelhante ao seu antecessor
Ketac Molar, que aliada às características de fácil manipulação e
dosagem mais padronizada será de grande valia na utilização clínica.
Nassif 2003, em sua tese de mestrado, avaliou quantitativa e
qualitativamente a interferência do gel de clorexidina a 2% na união de
dois cimentos ionoméricos (Ketac Molar e Fuji IX®), à dentina de
dentes decíduos. Observou que a análise quantitativa da resistência
adesiva permitiu concluir que o cimento Fuji IX® apresenta maior
resistência adesiva que o Ketac Molar. A análise qualitativa do modo
de fratura e da micromorfologia permitiu concluir que: há necessidade
de melhorar as propriedades mecânicas dos cimentos testados; os
líquidos dos cimentos ionoméricos indicados para TRA (tratamento
restaurador atraumático) são capazes de remover totalmente, à
semelhança do ácido fosfórico a 37%, a camada de esfregaço
19
dentinário produzida in vitro; há possibilidade de adesão
micromecânica dos CIV testados à dentina de dentes decíduos.
Até se completarem as primeiras 24 horas, o material ainda não
apresenta propriedades mecânicas de maneira integral pois é período
em que acontece a reação de presa. Por essa razão, o material precisa
ser recoberto por algum agente protetor, podendo ser empregado
verniz do próprio kit do material, esmalte de unha, verniz copal ou
adesivos fotopolimerizáveis (Nagem Filho, Domingues 2000; Raggio
2004).
De acordo com o verniz protetor utilizado, alguns autores
encontraram a quase eliminação da microinfiltração, sendo que o
material que impediria melhor essa penetração seria o adesivo
dentinário fotopolimerizável (Doerr et al 1996, Virmani et al 1997).
Autores como Serra et al (1994) encontraram boa proteção com o uso
do esmalte de unha.
2.2. Laser de Er:YAG na Odontologia
A partir de estudos sobre o mecanismo de interação entre luz e
matéria, Einstein (1917) postulou os princípios teóricos, através de
equações matemáticas, da amplificação da luz por emissão estimulada
de radiação, denominado LASER, acrônimo de Light Amplification by
Stimulated Emission of Radiation.
Schawlow & Townes, em 1958, propuseram a aplicação dos
princípios do MASER ("Microwave Amplificated by Stimulated Emission
20
of Radiation"- amplificação de microondas por emissão estimulada de
radiação), para regiões do visível e infravermelho do espectro
eletromagnético, sendo portanto, um precursor do LASER.
A partir da estimulação de um cristal de rubi, Maiman, em 1960,
realizou o primeiro estudo de emissão estimulada da luz visível,
surgindo o LASER.
Os primeiros estudos que demonstraram a aplicação do laser em
Odontologia, foram publicados por Goldman et al (1964), Stern &
Sognnaes (1964) e Gordon Jr. (1966) mostrando a vaporização do
tecido duro dental pelo laser de rubi, com áreas de fusão e vitrificação
no esmalte, a formação de crateras, com áreas de carbonização,
devido ao alto conteúdo orgânico na dentina.
Em revisão de literatura realizada por Stern (1974), os efeitos dos
lasers nos tecidos duros dentais foram descritos, mostrando que o
laser não necessariamente deve promover a cavitação, e extensa
remoção do tecido dental, podendo promover alterações na
microestrutura do esmalte, com mínimas alterações macroscópicas,
sem causar injúrias à polpa, tornado o esmalte irradiado resistente a
desmineralização, abrindo novas perspectivas para a prevenção da
doença cárie.
A utilização do laser de Er:YAG em Odontologia, foi
primeiramente demonstrada por Hibst et al em 1988; mostrando que o
laser de Er:YAG, por emitir comprimento de onda de 2,94µm,
coincidindo com o pico máximo de absorção da água e dos radicais
hidroxila (OH¯ ) presentes na hidroxiapatita dos tecidos minerais,
21
havendo grande absorção deste laser pelos tecidos biológicos, sendo
portanto, promissor na remoção da estrutura dental.
Realizando análise morfológica, em MO (microscopia ótica) e
MEV (microscopia eletrônica de varredura) para avaliação das
alterações provocadas pelo laser de Er:YAG, no esmalte e dentina, em
dentes humanos, Keller e Hibst (1989) observaram que este laser
promoveu a remoção do tecido mineralizado por um processo termo-
mecânico de ablação explosiva; com o laser Er:YAG, a maior parte da
energia incidente é consumida pelo processo de ablação, e somente
uma fração da energia resulta em aquecimento dos tecidos
remanescentes, portanto, pode-se observar nas margens das
cavidades, e nos tecidos adjacentes à região irradiada, mínima ou
nenhuma alteração térmica, como carbonização, trincas, fusão ou
vitrificação. O processo de ablação promove a efetiva remoção da
estrutura dental com ausênicia de smear layer, abertura e exposição
dos prismas de esmalte, túbulos dentinários abertos, criando uma
superfície micromorfologicamente irregular, com um padrão
microretentivo. (Hibst, Keller 1989)
Morioka (1991) estudou os efeitos do laser de Er:YAG sobre o
tecido duro dental, comparando os resultados com os outros lasers
(CO
2
, Argônio, Nd:YAG pulsado e Nd:YAG contínuo). O laser de
Er:YAG foi aplicado focalizado, na superfície do esmalte de incisivos
humanos, com ou sem pigmentação prévia, com 0,4 a 0,9J de energia
total e taxa de repetição de 1, 2 e 10Hz, e posterior imersão dos
espécimes, em gel tamponado de 0,1M lactato (pH 4,5) por uma
22
semana, para formação das cáries artificiais. Foi observado, pela
microradiografia e MO, que o laser de Er:YAG foi eficaz na redução da
desmineralização e aumento da resistência ácida, da superfície e
subsuperfície do esmalte dental, apresentando resultados superiores
aos outros lasers.
Em 1992, Burkes et al realizaram um estudo in vitro para avaliar
os efeitos, na estrutura dental e na temperatura pulpar, da irradiação
com o laser de Er:YAG (ER3000, Schwartz, EUA), em dentes humanos,
com ou sem refrigeração de spray de água. Quando foi realizada a
irradiação sem a refrigeração, houve mínima ablação do esmalte,
observando pela MEV alterações térmicas como a fusão do esmalte,
"bolhas" e fraturas, ocorrendo uma elevação da temperatura intrapulpar
maior do que 27ºC. Quando o laser foi utilizado com refrigeração, o
esmalte e a dentina foram eficientemente removidos pela ablação,
formando crateras cônicas, sem a fusão ou arredondamento do esmalte
marginal remanescente; e a elevação na temperatura intrapulpar foi de
4ºC; como o conteúdo de água é maior na dentina, que no esmalte, sua
ablação foi mais efetiva, observando uma seletividade na remoção da
estrutura dental.
O primeiro estudo clínico com o laser de Er:YAG (KaVo KEY
laser, Alemanha) foi realizado por Kelller e Hibst (1992), comparando a
remoção do tecido cariado e o preparo de cavidades, com o laser de
Er:YAG ou com alta ou baixa rotação, sendo as cavidades restauradas
com resina composta. Os resultados do acompanhamento clínico
mostraram que nenhum dente perdeu a vitalidade, nem houve
23
sensibilidade à percussão, com o laser de Er:YAG; a anestesia foi
utilizada em um caso, sendo que, a maioria dos indivíduos preferiu o
laser para a remoção de lesões de cárie, devido a reduzida
sensibilidade dolorosa. Os autores concluíram que a remoção da lesão
de cárie e o preparo cavitário com o laser de Er:YAG é viável na prática
diária, sem causar danos à polpa, mostrando grande aceitação pelos
indivíduos.
Li et al (1992) avaliaram a relação da profundidade de ablação
com a densidade de energia do laser de Er:YAG (Quantronix, EUA). Foi
observado que os limiares de ablação para o esmalte foram superiores
à dentina; o laser de Er:YAG promoveu uma efetiva ablação do esmalte
e dentina, com mínimos efeitos térmicos, utilizando taxa de repetição
de pulso de 2 a 5Hz, resultando em um padrão morfológico
micromecânico favorável à adesão.
Paghdiwala et al (1993) estudaram os efeitos do laser de Er:YAG
(Schwartz Electro-Optics) na elevação da temperatura pulpar,
utilizando ou não refrigeração com spray de água e diferentes
parâmetros de energia. Os resultados, da MEV e da termo-câmera,
indicaram que a elevação da temperatura é proporcional a potência e
tempo de exposição, e inversamente proporcional a espessura do
remanescente dental. Os efeitos térmicos podem ser minimizados com
a redução da taxa de repetição de pulsos, mantendo a energia
constante, que leva a redução da velocidade de corte, mas também, do
risco de danos térmicos. O uso da refrigeração, durante o preparo das
cavidades, promoveu maior eficiência de ablação, redução da
24
temperatura e ocorrência de alterações estruturais e térmicas, sem
áreas de carbonização ou trincas, comparando com os dentes que
foram irradiados pelo laser sem refrigeração.
Eduardo et al (1996) estudaram, por meio da MEV e teste de
resistência ao cisalhamento, os efeitos do laser de Er:YAG no esmalte
dental. A superfície vestibular de molares humanos foi condicionada
com o laser de Er:YAG (KaVo KEY 2, Alemanha), focalizado, com 140 e
300mJ de energia por pulso e 1Hz de taxa de repetição, sob
refrigeração à água ou com o ácido fosfórico 37%. Os resultados
mostraram que o condicionamento com ácido fosfórico promoveu
maiores valores de adesão (21,22MPa) que o realizado somente com o
laser de Er:YAG, não havendo diferenças entre as energias utilizadas
(140mJ e 300mJ). A análise morfológica pela MEV diferenciou com
nitidez, a área não irradiada da irradiada, nesta verificaram-se
alterações no esmalte, com grande irregularidade superficial, aparência
de "escamas" ou "flocos", e a exposição dos prismas de esmalte,
semelhantes a "favos de mel". Este estudo mostrou a necessidade de
condicionamento ácido após a realização do preparo cavitário com
laser de Er:YAG.
Em 1997, Cozean et al avaliaram, através de estudo clínico, a
eficiência e segurança do laser de Er:YAG para remoção de cárie e
preparo cavitário, em esmalte e dentina, comparado com a alta-rotação;
avaliando a necessidade de anestesia para a realização dos
procedimentos. Foram realizados em dentes humanos in vivo, preparos
cavitários Classes I a V, restaurados com amálgama e resina
25
composta. Os dentes, que tinham indicação prévia, foram submetidos à
extração imediata ou em diferentes períodos de tempo, para a
avaliação das alterações histológicas no tecido pulpar, ou então, foi
realizado o acompanhamento dos indivíduos por um período superior a
18 meses. Os resultados mostraram que as características histológicas
da polpa foram semelhantes entre os dentes tratados com o laser e
com a alta-rotação. A avaliação clínica após 18 meses mostrou que o
laser foi tão efetivo quanto à alta-rotação, na remoção do tecido
cariado, preparo cavitário e condicionamento do esmalte; alguns
pacientes relataram pequeno desconforto durante a irradiação com o
laser, sendo que, apenas 2% requisitaram o uso de anestesia durante
os procedimentos. O laser de Er:YAG mostrou efetividade e segurança
para o tratamento dos tecidos duros dentais, com boa aceitação pelos
indivíduos.
Ramos (1998) estudou, in vitro, o grau de microinfiltração nas
margens oclusal e gengival de cavidades de Classe V preparadas com
laser de Er:YAG com ou sem condicionamento ácido da superfície e
comparou com cavidades preparadas com alta rotação e
condicionamento ácido. Foram selecionados para este estudo, 36
terceiros molares humanos extraídos, livres de cárie e esmalte
defeituoso ou trincado, com superfície vestibular íntegra, armazenados
em solução salina a 0,9% por um período inferior a oito meses. Os
dentes foram separados em três grupos: Grupo 1- alta rotação +
condicionamento da superfície cavitária com ácido fosfórico a 37%,
Grupo 2- laser de Er:YAG + condicionamento da superfície cavitária
26
com ácido fosfórico a 37% e Grupo 3- apenas utilização do laser
Er:YAG. Concluiu que os grupos que receberam condicionamento com
ácido fosfórico a 37% apresentaram menor grau de microinfiltração
quando comparados com aqueles que receberam apenas tratamento
com laser de Er:YAG. Torna-se claro, então, que o condicionamento
ácido da superfície cavitária apresenta um papel fundamental na
adesão das resinas compostas à estrutura dentária, diminuindo assim a
possibilidade da microinfiltração marginal. Quanto a utilização do laser
de Er:YAG e alta rotação, não se observou diferença estatisticamente
significante entre as técnicas, portanto concluiu-se que os mesmos
podem ser utilizados para preparos classe V se a superfície for
condicionada com ácido fosfórico 37%.
Comparando a efetividade do laser de Er:YAG, com a alta-rotação
convencional, na remoção do tecido cariado e preparo cavitário,
Pelagalli et al (1997) realizaram avaliação histológica pulpar através de
MO e da morfologia dental pela MEV. Dentes hígidos ou com cárie, de
sessenta indivíduos, foram tratados in vivo e extraídos imediatamente,
após dois dias, 1 mês ou 1 ano para análise morfológica. O laser de
Er:YAG (Premier, EUA) foi utilizado focalizado, refrigerado à água, com
energias de 80mJ para remoção da cárie e 120mJ para o preparo
cavitário e taxa de repetição de 5 a 10Hz. Os procedimentos realizados
com o laser foram iguais ou melhores, que o método convencional, na
remoção de tecido cariado, preparo cavitário e tratamento do substrato
dental previamente ao ácido fosfórico. A MEV revelou ausência de
micro fraturas, túbulos dentinários abertos e superfície
27
irregular/microretentiva com o laser. A avaliação histológica confirmou
o não comprometimento da morfologia pulpar. O laser de Er:YAG,
diferentemente da alta-rotação, mostrou uma seletividade na remoção
do tecido cariado, havendo diferenças nas taxas de ablação, e no ruído
de "popping" produzido durante a ablação, entre o tecido sadio e
cariado. Os autores concluíram que o laser de Er:YAG foi efetivo e
seguro para remoção de lesões de cárie e preparo cavitário, havendo
ausência de vibração e de uso de anestesia durante os procedimentos,
os indivíduos relataram maior conforto, e mínima ou ausente
sensibilidade dolorosa, preferindo o laser ao método convencional.
Dostálova et al (1998) compararam, clinicamente e in vitro, a
realização de preparos cavitários com o laser de Er:YAG e com alta-
rotação convencional. Foram executados in vitro preparos cavitários,
em dentes humanos extraídos, com laser de Er:YAG (não contato,
refrigerado à água, com energias de 100 a 400mJ/pulso e taxa de
repetição de 1 a 4Hz) e com alta-rotação, sendo observada pela MEV,
cavidades rugosas, com visíveis "spots" da irradiação laser no esmalte
e dentina, com margens em esmalte irregulares, paredes internas não
definidas, ausência da smear layer e abertura dos túbulos dentinários,
criando um padrão morfológico microretentivo; com o método
convencional observou-se superfícies lisas, definidas e regulares, e
presença da smear layer. Clinicamente foram realizados 150 preparos
cavitários, em 45 voluntários com lesões de cárie, com alta-rotação ou
laser de Er:YAG (400mJ/2-4Hz em esmalte e 200mJ/1-2Hz em dentina)
e posterior restauração com resina composta ou CIV. As restaurações
28
foram avaliadas após uma semana, 6, 12, 18 e 24 meses; sendo
constatada ausência de dor, inflamação ou desconforto durante e
imediatamente após o tratamento com o laser, todos os dentes
apresentaram vitalidade, e somente um caso apresentou inflamação
pulpar após o tratamento com o laser. A qualidade dos materiais
restauradores foi estável. O laser de Er:YAG, em comparação com o
tratamento convencional, mostrou similar eficiência no preparo cavitário
e retenção de materiais restauradores adesivos.
Bispo (2000) estudou, através de teste de resistência adesiva à
tração e análise morfológica pela MEV, os efeitos da realização ou não
do condicionamento ácido da superfície do esmalte irradiada pelo laser
de Er:YAG (KaVo KEY 2, Alemanha). A superfície do esmalte de
molares humanos hígidos foi tratada com ácido fosfórico e agente
adesivo do Scotchbond Multipurpose (controle) ou com laser de
Er:YAG, focado (a 12mm da superfície alvo) com 60mJ e 80mJ/pulso de
energia e 4Hz de taxa de repetição; 60mJ e 80mJ/pulso e 6Hz;
60mJ/pulso e 10Hz; e desfocado com 250mJ/pulso e 4Hz; com ou sem
posterior condicionamento com ácido fosfórico 35% (quinze segundos)
e aplicação somente do agente adesivo. Foi observado, pelo teste de
tração, que o grupo laser associado ao ácido fosfórico, de modo geral,
foi semelhante ao grupo controle e superior ao grupo somente tratado
com laser de Er:YAG, exceto para os grupos: laser com 80mJ/2Hz (sem
condicionamento ácido), 80mJ/4Hz (com condicionamento ácido), e
250mJ/4Hz desfocado (com condicionamento ácido), que foram
estatisticamente superiores ao grupo controle. Análise pela MEV
29
mostrou que o laser de Er:YAG promoveu ablação do esmalte, criando
superfícies irregulares, criando um padrão morfológico microretentivo,
heterogêneo, semelhante a "favo de mel", sugerindo favorecer a
realização de procedimentos adesivos.
Blay (2001) compararou a redução microbiana, após remoção de
tecido cariado, com laser de Er:YAG e ponta diamantada em alta-
rotação. Em 16 pacientes com processo de cárie, foi realizada
curetagem de parte da dentina cariada e posterior remoção total do
tecido cariado com alta-rotação, ou com laser de Er:YAG (KaVo KEY 2,
Alemanha) (250mJ/2Hz), e nova curetagem dentinária final, com a
imersão do material coletado em meio de cultura de transporte e
posterior processamento laboratorial microbiológico. Foi observado que
de 8 amostras, houve crescimento bacteriano em 6 amostras para a
remoção com alta-rotação e três amostras para a remoção com laser de
Er:YAG, mostrando a redução microbiana na estrutura dental tratada
pelo laser de Er:YAG.
Navarro (2001) avaliou, in vitro, a influência da irradiação do
esmalte e dentina com o laser de Er:YAG utilizando diferentes
parâmetros de energia na resistência adesiva do sistema adesivo auto-
condicionante. Os parâmetros utilizados foram: em esmalte: Grupo 1
(controle)- condicionamento com sistema adesivo Clearfil SE Bond®
(Kuraray); Grupo 2- condicionamento com laser de Er:YAG, com
energia por pulso de 80mJ, taxa de repetição de 2Hz, densidade de
energia de 25,72J/cm², com total de pulso de 110 pulsos + tratamento
adesivo com Clearfil SE Bond®; Grupo 3- condicionamento com laser
30
de Er:YAG, com energia por pulso de 140mJ, taxa de repetição de 2Hz,
densidade de energia de 45,01J/cm², com total de pulso de 110 pulsos+
tratamento adesivo com Clearfil SE Bond®. Em dentina - Grupo 1
(controle)- condicionamento com sistema adesivo Clearfil SE Bond®;
Grupo 2- condicionamento com laser de Er:YAG, com energia por pulso
de 60mJ, taxa de repetição de 2Hz, densidade de energia de
19,29J/cm², com total de pulso de 110 pulsos + tratamento adesivo com
Clearfil Se Bond®; Grupo 3- condicionamento com laser de Er:YAG,
com energia por pulso de 100mJ, taxa de repetição de 2Hz, densidade
de energia de 32,15J/cm², com total de pulso de 110 pulsos +
tratamento adesivo com Clearfil SE Bond®. As superfícies de esmalte e
dentina irradiadas com laser de Er:YAG e tratadas com adesivo auto-
condicionante foram analisadas em microscopia eletrônica de
varredura. Para tanto, foram utilizados trinta dentes terceiros molares
hígidos, recém extraídos, seccionados no sentido mésio-distal com
disco diamantado sob refrigeração. Pode-se concluir que o laser de
Er:YAG influenciou na resistência adesiva do sistema auto-
condicionante à superfície do esmalte e dentina, sendo maior a sua
efetividade quando se utilizou uma menor densidade de energia do
laser. A morfologia das superfícies irradiadas foi alterada por meio da
ablação do esmalte e dentina utilizando-se o laser de Er:YAG através
da criação de um padrão microretentivo e formação de tags e camada
híbrida.
Pulga (2001) estudou, in vitro, a microinfiltração marginal em
cavidades classe V de dentes decíduos preparados com laser de
31
Er:YAG e alta rotação e restaurados com materiais fotopolimerizáveis
resina composta e CIV modificado por resina composta (Vitremer®-
3MESPE). Para este trabalho, foram selecionados 28 dentes decíduos
íntegros os quais foram divididos em quatro grupos: o Grupo 1- alta
rotação + resina composta, Grupo 2- alta rotação + CIV (Vitremer®),
Grupo 3- laser de Er:YAG (2,94 µm), 300 mJ, 3Hz, peça de mão 2051,
densidade de energia de 86 J/cm
2
da superfície cavitária + resina
composta, Grupo 4-laser de Er:YAG (2,94 µm), 300 mJ, 3 Hz, peça de
mão 2051, densidade de energia de 86 J/cm² + CIV (Vitremer®). Os
dentes selecionados foram estocados em estufa a 37ºC por 24 horas,
submetidos a 700 ciclos de termociclagem, imersos em solução
traçadora de Nitrato de Prata a 50% por 24 horas e revelados em
solução fotoreveladora sob luz fluorescente por seis horas e
observados em lupa esteromicroscópica (40X), em quatro graus de
microinfiltração. Concluiu-se que o laser de Er:YAG mostrou-se efetivo
no preparo de cavidades Classe V e observou-se menor grau de
microinfiltração nas restaurações de resina composta nas margens
oclusais. Esses resultados indicaram a viabilização do uso do laser de
Er:YAG para a realização de preparos cavitários conservadores em
dentes decíduos.
2.3. Testes de Microinfiltração
Falhas marginais nas restaurações podem causar colonização
bacteriana e consequentemente perda de estrutura dental e patologia
32
pulpar, a microinfiltração marginal ainda é um problema a ser resolvido
na Odontologia Restauradora (Brannstrom, Nyborg 1971).
O vedamento da cavidade torna-se a cada dia mais importante
para o sucesso dos tratamentos restauradores, visto que mesmo sem a
total remoção do tecido cariado nas paredes de fundo da cavidade,
porém proporcionando margens de esmalte e dentina livres de tecido
dentário afetado, foi constatada a paralisação da lesão de cárie através
do selamento da cavidade com diversos tipos de materiais (Pinheiro
2004; Oda 2004).
A literatura é farta em estudos que avaliam a microinfiltração
marginal de diferentes materiais restauradores e técnicas de preparos
cavitários. Ainda não existe um método padrão para a realização da
avaliação da microinfiltração marginal, devido a isso, diferentes
técnicas são utilizadas, dentre todas, a metodologia mais utilizada é a
penetração de corantes traçadores. Várias substâncias são usadas
como: azul de metileno em diferentes concentrações; tinta da Índia;
isótopos radioativos; nitrato de prata; solução de eosina a 5%; solução
de cristais de violeta; corante fluorescente; rodamina B; solução de
Riger. (Estrela 2001; Oda 2004).
Wu e Cobb (1981) desenvolveram um método para examinar e
quantificar os defeitos na camada subsuperficial dos compósitos. O
Nitrato de Prata a 50% foi a solução de eleição. O experimento foi
realizado na ausência de luz por sessenta horas. As amostras foram
lavadas em água destilada por um minuto, expostas a luz fluorescente,
e em seguida imersas em uma solução reveladora por um período de
33
oito horas. Após a lavagem e secagem dos corpos de prova, foram
examinados em microscópio. Concluíram que esta técnica foi relevante,
pois foi possível identificar uma zona danificada a 50um de
profundidade, o que demonstrou a viabilidade desta técnica de
impregnação com prata para investigar defeitos sub-superficiais nas
resinas compostas.
Sidhu (1993) avaliou a efetividade de três materiais e técnicas em
restaurações de lesões cervicais por meio da comparação de infiltração
marginal. Foram utilizados dentes humanos, in vitro. Todas as
cavidades foram restauradas com com materiais adesivos. Metade dos
corpos de prova foram submetidos a termociclagem de 1500 ciclos com
variação de temperatura entre 5°C e 55°C. Os dentes foram colocados
em solução de fucsina básica a 0,5% por 24 horas e após seccionados
para leitura da microinfiltração, recebendo escores de zero a três. Após
a análise da microinfiltração marginal, o autor relatou que não verificou
diferença estatisticamente significante entre os grupos que foram e os
que não foram termociclados; e que a técnica do condicionamento
ácido foi efetiva para reduzir a microinfiltração ao longo da interface
restauração/esmalte, porém, nenhuma técnica foi efetiva no selamento
da margem gengival.
A influência do número de ciclos térmicos na microinfiltração
marginal de restaurações em dentes decíduos e a infiltração de corante
através dos tecidos de dentes decíduos foi também estudada por
Villalta et al (1999) e Gonçalves (2003), que observou em seu estudo
que a variação do número de ciclos térmicos não influenciou
34
significativamente na microinfiltração dos dentes restaurados. A
realização de um ou cinco cortes (secções) nos dentes para avaliação
da infiltração dos corantes traçadores não influenciou o resultado final
da microinfiltração marginal (Matos 1997).
Gwinnett et al (1995) avaliaram a microinfiltração marginal
observada em cavidades de Classe V, pelos resultados obtidos com
três diferentes métodos de avaliação da microinfiltração marginal: um
convencional (secção transversal no meio da restauração); um
protocolo estereoscópico envolvendo uma reconstrução
computadorizada de cortes múltiplos seriados não desmineralizados; e
um terceiro protocolo, também estereoscópico, onde a amostra foi
desmineralizada em metil-salicilato. Os preparos foram restaurados
com resina composta e adesivo dentinário. Os corpos de prova foram
termociclados em um total de 500 ciclos com variação de temperatura
de 5°C e 55°C, e trinta segundos em cada banho. Apó s
impermeabilização as amostras foram imersas em solução de nitrato de
prata 50%, por duas horas em ausência de luz. Posteriormente foram
lavados em água corrente por trinta minutos e imersos em solução
fotoreveladora e exposto em luz fluorescente por 6 horas para
revelação dos íons de prata. Os autores concluíram que: a) um único
corte no centro da restauração parece subestimar a extensão total da
microinfiltração; b) ambos os métodos estereoscópicos mostraram
capacidade efetiva igual em revelar o padrão de microinfiltração
marginal na interface dente/restauração; c) a microinfiltração mais
35
severa foi encontrada na extremidade das restaurações de lesões
cervicais restauradas com sistema adesivo e resina composta.
Quo et al (2002) avaliaram a microinfiltração do cimento de
ionômero de vidro por meio de dois métodos diferentes: instrumento
rotatório e laser de Er:YAG, utlizando oitenta molares permanentes
hígidos. Foram realizados preparos classe V com alta-rotação na face
vestibular e laser de Er:YAG na face lingual, as cavidades foram
restauradas com CIV comum e modificado por resina. Os dentes foram
termociclados por 7000 ciclos, imersos em solução de fucsina básica
2% por 24 horas, seccionados no meio das restaurações e analisados
no esteroscópio. Não houve diferença estatística entre os dois métodos
de preparo. A margem gengival em cemento apresentou maiores
índices de microinfiltração do que a margem oclusal em esmalte e o
CIV modificado por resina apresentou maior infiltração do que o CIV
convencional. Os autores concluíram que não há diferença entre os
dois métodos de preparo cavitário quanto à microinfiltração.
Corona et al (2003) avaliaram a microinfiltração marginal em
cavidades classe V preparadas em terceiros molares com Er:YAG laser
e alta-rotação e restaurações com três tipos de material: CIV (Fuji II
LC®), resina composta (Alert®), e amálgama (Dispersalloy®) e
concluíram que o uso do laser para o preparo cavitário mostrou maiores
valores de infiltração marginal quando comparado com o uso de alta-
rotação; quanto ao material restaurador, o CIV e o amálgama adesivo
obtiveram menor infiltração que a resina.
36
Khan et al (1998) investigaram a microinfiltração em cavidades
classe I restauradas com amálgama, resina composta e cimento de
ionômero de vidro após preparo com laser de Er:YAG e alta-rotação em
molares e pré-molares permanentes por meio de microscopia eletrônica
de varredura e observaram que um grau maior de microinfiltração
ocorreu na restauração de amálgama, não houve diferença
estatisticamente significante entre os tipos de preparo.
Moldes (2003) comparou o grau de microinfiltração nas margens
gengival e incisal de restaurações classe V com diferentes tipos de
preparo: alta-rotação, laser Er:YAG e laser Er,Cr:YSGG. Também foram
avaliados dois sistemas adesivos: Single Bond® e One-Up Bond F®. A
autora concluiu que não houve diferença entre os tipos de preparo e os
adesivos quando avaliada a margem incisal em esmalte. Já na margem
gengival, quando usado o adesivo Single Bond, houve maior
microinfiltração nos preparos realizados com laser de Er:YAG do que
com alta rotação; quando foram preparados com lasers Er:YAG e Er,
Cr:YSGG, observou-se menor microinfiltração quando da utilização do
adesivo One-Up Bond F®.
Chinelatti et al (2004) avaliaram a microinfiltração em
restaurações tipo Classe V preparadas com Er:YAG laser e
instrumentos cortantes rotatórios, com diferentes tratamentos de
superfície: ácido poliacrílico 40%; laser e ácido; baixa-rotação, laser e
ácido; preparo convencional e ácido, e restauradas com CIV modificado
por resina. Os corpos de prova foram imersos em solução de Nitrato de
Prata 50% por oito horas, protegidos da luz, após a secção e exposição
37
dos corpos de prova à luz tipo photoflood por vinte minutos para revelar
o Nitrato de Prata, estes foram lixados e fotografados com uma câmera
digital acoplada em um microscópio ótico de 5X, as imagens foram
então avaliadas por meio do programa Axion Vision 3.1 e os dados
submetidos a análise estatística de ANOVA e Tukey, com um nível de
significância de 5%. Os autores concluíram que o uso do Er:YAG laser
para preparos cavitários e tratamento de superfície afetou
negativamente o selamento marginal das restaurações de CIV
modificado por resina, exceto quando as margens do preparo forem
preparadas com alta-rotação.
Oda (2004) comparou cinco evidenciadores mais utilizados na
literatura científica nos trabalhos de microinfiltração marginal por meio
de restaurações classe V na região do terço gengival. Os
evidenciadores usados foram: nitrato de prata a 50%, durante oito
horas, no escuro e em temperatura ambiente, lavados em água corrente
e secos com papel absorvente, seccionados em duas porções, mesial e
distal, colocação em uma superfície plana com o lado de corte voltado
para cima e expostas a uma lâmpada Photoflood de 250W, por cinco
minutos; nitrato de prata a 50%, durante oito horas, no escuro e em
temperatura ambiente, lavados em água corrente e secos com papel
absorvente, seccionados em duas porções, mesial e distal, imersão em
solução fotoreveladora pura por 16 horas sob luz fluorescente; solução
de azul de metileno a 5% (pH 7,2) por quatro horas, lavados em água
corrente e secos, secção no sentido vestíbulo-lingual, em duas
porções, mesial e distal; solução aquosa de fucsina básica 0,5% por 24
38
horas, lavados em água corrente por um minuto e secos, secção no
sentido vestíbulo-lingual, em duas porções, mesial e distal; solução de
rodamina 1%, (pH 7,2) por 24 horas a 37°C, lavados em água corrente
por um minuto e secos, secção no sentido vestíbulo-lingual, em duas
porções, mesial e distal. A autora concluiu que os cinco evidenciadores
foram capazes de revelar o padrão de microinfiltração na interface
dente/restauração, sendo o método da solução de nitrato de prata 50%
com revelação em solução reveladora com lâmpada fluorescente foi o
que apresentou maior capacidade de visualização da microinfiltração
marginal nas restaurações.
39
3. PROPOSIÇÃO
O objetivo deste estudo foi avaliar a microinfiltração marginal em
preparos cavitários classe V, confeccionados com laser de Er:YAG e
ponta diamantada em alta-rotação, em dentes decíduos restaurados
com CIV convencional.
40
4. MATERIAL E MÉTODO
4.1. Material
Aparelho de Laser de Er:YAG modelo Kavo Key 2 (Figura 1).
Figura 1 – Laser de Er:YAG.
Instrumento de alta-rotação modelo super torque 625, refrigeração através de
spray triplo, 350.000 rpm (Kavo do Brasil)
Cimento de ionômero de vidro Fuji IX® (GC América)
Ponta diamantada cilíndrica 1090 (FGM)
Verniz cavitário Cavitine (SS White)
Microaplicador (Microbrush)
Água destilada (Artpharma)
Cera utilidade (Horus-Herpo)
Taças de borracha
Pasta de pedra pomes (SS White)
Lapiseira grafite 0,5mm (Faber-Castel)
Cabo de bisturi
Lâmina de bisturi n.15
Espátula de teflon (Premier)
Esmalte cosmético colorido (Impala)
Éster de cianocrilato (Super Bonder – Loctite)
41
Solução de nitrato de prata 50%
Disco de aço dupla face (Fava)
Motor elétrico (Beltec)
Lixas de granulação 100, 220 e 400
Máquina fotográfica digital D100 (Nikon)
Lente Macro 105mm 1:2.8D (Sigma)
Tripé 3025 (Manfrotto)
Lâmpada fluorescente 40W (Osram)
Lâmpada dicróica 50W (Yellowstar)
Programa Adobe Photoshop 7.0 (Adobe)
Notebook Satellite A25-S279 (Toshiba)
Solução fotoreveladora (Eastman Kodak)
Pinça clínica
Luva de procedimento
Óculos de proteção
Quarenta dentes caninos humanos decíduos íntegros provenientes
do Banco de Dentes Humanos da Faculdade de Odontologia da
Universidade de São Paulo.
4.2. Método
A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa
da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (parecer
42/05). Para este estudo foram utilizados quarenta caninos decíduos
hígidos provenientes do Banco de Dentes Humanos da Faculdade de
Odontologia da Universidade de São Paulo. Foi realizada a profilaxia das
superfícies dentais com pedra pomes e água com escova de Robinson,
lavagem com água e secagem com jato de ar (Figura 2).
42
Figura 2- dentes decíduos obtidos do BDH-FOUSP.
Os preparos cavitários padronizados de Classe V foram pré-
dimensionados utilizando lapiseira grafite 0,5 mm, com 3 mm de largura,
4 mm de comprimento e 1,5 mm de profundidade, aferindo as dimensões
com sonda milimetrada, com a margem oclusal e cervical em esmalte
(Figura 3).
Figura 3- Preparo com laser de Er:YAG.
43
Primeiramente, as amostras foram divididas aleatoriamente em
dois grupos (experimental/controle) de acordo com o tipo de preparo
realizado (ponta diamantada/laser).
Nas amostras dos grupos controle foram confeccionados preparos
cavitários com ponta diamantada cilíndrica 1090 (FGM) em alta-rotação
(Kavo do Brasil) refrigerada com spray de ar-água. Nas amostras dos
grupos experimentais foram confeccionados preparos cavitários com
laser de Er:YAG seguindo todas as normas de segurança (óculos de
proteção, refrigeração à água, trava de segurança) (Figura 4).
Figura 4 Preparo com laser de Er:YAG, seguindo as normas de
segurança.
O laser de Er:YAG (KaVo KEY 2) apresenta comprimento de onda de
2,94 µm, duração de pulso entre 250 e 500 µs, energia entre 60 a 500 mJ
por pulso, taxa de repetição de 1 a 15 Hz por segundo.
44
Para a realização do preparo cavitário foi utilizado a peça de mão
2051, em não contato, focalizada a 12 mm da superfície, com laser guia
(diodo vermelho 670 nm), área do feixe focado de 0,63 mm (Figura 5),
refrigeração com spray de ar-água (1 ml por minuto) (Yamada et al 2001,
Kohara et al 2002), com movimentos de varredura, parâmetros no
esmalte: energia de 300 mJ por pulso e taxa de repetição de 2 Hz (Keller,
Hibst 1992; Wright et al 1992; Keller, Hibst 1993; Keller et al, 1998;
Ceballos et al 2001; Kohara et al 2002; Pulga et al 2002), e na dentina:
energia de 150 mJ por pulso e taxa de repetição de 2 Hz (Keller, Hibst
1992; Keller, Hibst 1993; Keller et al 1998).
Figura 5- Laser guia e área do feixe focado
Posteriormente, os grupos experimental e controle foram
subdivididos em quatro grupos (n=10) de acordo com realização ou não
45
do tratamento condicionador previamente à inserção do material
restaurador:
Grupos controle:
Grupo 1 (ponta diamantada + condicionamento)- Após o preparo
cavitário com ponta diamantada foi feito o condicionamento sobre as
superfícies preparadas com o líquido do Fuji IX® utilizando um
microaplicador deixando agir por vinte segundos, a cavidade foi lavada
com água e secada com penso de algodão sem dessecar. O material (Fuji
IX®) foi então manipulado respeitando a proporção de uma medida de
colher de pó para uma gota de líquido. O produto foi inserido na cavidade
com o auxílio de uma seringa Centrix®, após o tempo de presa foi
removido o excesso de material com lâmina de bisturi e aplicado uma
camada de verniz cavitário Cavitine®.
Grupo 2 (ponta diamantada)- Após o preparo cavitário com ponta
diamantada, o material foi então manipulado respeitando a proporção de
uma medida de colher de pó para uma gota de líquido. O produto (Fuji
IX®) foi inserido na cavidade com o auxílio de uma seringa Centrix®,
após o tempo de presa foi removido o excesso de material com lâmina de
bisturi e aplicado uma camada de verniz cavitário Cavitine®.
Grupos experimentais:
Grupo 3 (laser + condicionamento + Fuji IX)- Após o preparo
cavitário com laser de Er:YAG foi feito o condicionamento sobre as
superfícies preparadas com o líquido do Fuji IX® utilizando um
46
microaplicador deixando agir por vinte segundos, a cavidade foi lavada
com água e secada com penso de algodão sem dessecar. O material foi
então manipulado respeitando a proporção de uma medida de colher de
pó para uma gota de líquido. O produto (Fuji IX®) foi inserido na cavidade
com o auxílio de uma seringa Centrix®, após o tempo de presa foi
removido o excesso de material com lâmina de bisturi e aplicado uma
camada de verniz cavitário Cavitine®.
Grupo 4 (laser + Fuji IX)- Após preparo cavitário com laser de Er:YAG
o material foi então manipulado respeitando a proporção de uma medida
de colher de pó para uma gota de líquido. O produto (Fuji IX®) foi
inserido na cavidade com o auxílio de uma seringa Centrix®, após o
tempo de presa foi removido o excesso de material com lâmina de bisturi
e aplicado uma camada de verniz cavitário Cavitine®.
Após o término dos preparos e inserção do material restaurador de
acordo com cada grupo, as amostras foram imersas em água destilada
por 24 horas para completar o tempo de presa total do material.
Os dentes foram impermeabilizados com uma camada de éster de
cianocrilato (Super Bonder®) na região radicular e apical, e
posteriormente duas camadas de esmalte cosmético colorido em toda a
superfície dental, excetuando-se a região da restauração e 1,0 mm ao seu
redor (Figura 6).
47
Figura 6- Dentes impermeabilizados com esmalte.
Depois de serem impermeabilizados, os espécimes foram imersos em
solução aquosa de nitrato de prata a 50% por oito horas, em temperatura
ambiente e total ausência de luz, posteriormente, as amostras foram
lavadas em água corrente por um minuto, para remoção do excesso do
traçador nitrato de prata, secas em papel absorvente. As amostras foram
seccionadas no centro das restaurações, sentido vestíbulo-lingual, com
disco de aço dupla face montado em baixa rotação e realizado o
polimento da face exposta com lixas de granulação 100, 220 e 400. As
secções obtidas foram imersas, com a face do corte voltada para cima,
em solução fotoreveladora por 16 horas sob luz fluorescente, para
facilitar a redução dos íons de prata metálica (Lizarelli et al 2002; Oda,
2004).
Uma das metades foi escolhida aleatoriamente de todos os corpos-de-
prova, como proposto por Oda (2004) e Lizarelli et al (2002), e colocadas
sobre uma superfície plana com o lado de corte voltado para cima.
48
Posteriormente, foi feita realizada a captura das imagens dos cortes das
restaurações com uma câmera fotográfica digital D100 (Nikon) acoplada a
uma lente Macro 105mm 1:2.8D (Sigma) fixada em um tripé 3025
(Manfrotto).
Para que o contraste das fotos dos cortes não fosse alterado pela
iluminação artificial da máquina (flash), as mesmas foram obtidas com o
auxílio de duas lâmpadas externas, uma fluorescente de 40 W e outra
dicróica de 35 W, posicionadas diametralmente opostas ao lado da
câmera fotográfica fixa no tripé (Figura 7).
Figura 7- Equipamento para tomada fotográfica
As imagens obtidas foram selecionadas e editadas em um programa
editor de imagem (Adobe Photoshop 7.0) proporcionando um tamanho
final de 640x480 pixels, aumento de 30X (Figuras 8.1, 8.2, 8.3, 8.4). As
mesmas foram examinadas por três avaliadores, duplo-cego, calibrados
com o intuito de avaliar o grau de microinfiltração, através da penetração
49
da solução traçadora na interface dente-restauração, utilizando os
escores.
Figura 8.1- ponta diamantada + condicionamento - grupo 1- aumento
de 30X
Figura 8.2- ponta diamantada sem condicionamento - grupo 2 -
aumento de 30X
50
Figura 8.3- laser + condicionamento - grupo 3 - aumento de 30X
Figura 8.4- laser sem condicionamento - grupo 4 - aumento de 30X
O método de avaliação dos resultados foi feito por meio de três
examinadores calibrados por meio de escores baseados no grau de
51
penetração dos corantes, adotando o critério de Refief et al (1982)
(Figura 9).
Grau 0 nenhuma penetração do corante;
Grau 1 penetração do corante até a junção amelo-
dentinária;
Grau 2 penetração do corante atingindo as paredes
laterais do preparo;
Grau 3 penetração do corante atingindo a parede axial do
preparo
Figura 9- Critério utilizado para avaliação da microinfiltração marginal
A avaliação dos resultados foi feita por três examinadores que
atribuíram escores ao grau de penetração dos corantes. Cada examinador
52
atribuiu um escore à porção incisal e outro à porção gengival de todos os
corpos-de-prova. Como eram quatro grupos, cada um com dez corpos-de-
prova, foram obtidos 240 escores.
53
5. RESULTADOS
Foram comparados os escores atribuídos pelos diferentes
examinadores, na porção incisal e gengival. Realizou-se a moda para a
análise estatística (Tabelas 1 e 2).
Tabela 1: Modas da microinfiltração dos corantes obtidas na
porção incisal
G1 G2 G3 G4
3 1 3 3
1 0 1 3
2 3 1 1
1 1 0 3
1 0 0 3
1 3 3 3
0 1 3 2
1 1 0 3
0 1 1 3
1 1 3 3
G1- ponta diamantada + condicionamento
G2- ponta diamantada
G3- laser + condicionamento
G4- laser
54
Tabela 2: Modas da microinfiltração dos corantes obtidas na
porção gengival
G1 G2 G3 G4
3 1 3 3
1 0 1 3
2 3 1 1
1 1 0 3
1 0 0 3
1 3 3 3
0 1 3 2
1 1 0 3
0 1 1 3
1 1 3 3
G1- ponta diamantada + condicionamento
G2- ponta diamantada
G3- laser + condicionamento
G4- laser
Foram então obtidas as médias e os desvios padrões dos valores
apresentados nas Tabelas 1 e 2. Os resultados estão nas Tabelas 3 e 4,
respectivamente.
Tabela 3: Médias e desvios padrões dos grupos controle na
porção incisal.
PD+C PD L+C L
1,10 (0,87)
1,20 (1,03)
1,50 (1,35)
2,70 (0,67)
PD+C- grupo1- ponta diamantada + condicionamento prévio
PD- grupo2- ponta diamantada
L+C- grupo3- laser + condicionamento prévio
55
L- grupo4- laser
Tabela 4: Médias e desvios padrões dos grupos controle na
porção gengival.
PD+C PD L+C L
1,00 (1,15)
3,00 (0,00)
1,70 (1,15)
2,40 (0,96)
PD+C- grupo1- ponta diamantada + condicionamento prévio
PD- grupo2- ponta diamantada
L+C- grupo3- laser + condicionamento prévio
L- grupo4- laser
Os dados apresentados na Tabela 1 foram submetidos ao teste não
paramétrico de Kruskal-Wallis (Tabela 5).
Tabela 5: Análise estatística de Kruskal-Wallis na porção incisal.
PD+C
PD L+C L
PD+C
- p=0,7870
p=0,3668
p=0,0044*
PD - - p=0,5272
p=0,0099*
L+C - - - p=0,0515
*Diferença estatisticamente significante (p<0,01)
PD+C- grupo1- ponta diamantada + condicionamento prévio
PD- grupo2- ponta diamantada
L+C- grupo3- laser + condicionamento prévio
L- grupo4- laser
56
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
PD+C PD L+C L
Barras horizontais: diferença estatisticamente significante (p<0,01).
PD+C- grupo1- ponta diamantada + condicionamento prévio
PD- grupo2- ponta diamantada
L+C- grupo3- laser + condicionamento prévio
L- grupo4- laser
Figura 10- Comparação das médias de grupos para as medidas de
microinfiltração na porção incisal.
Para melhor evidenciar os resultados das comparações de médias, foi
feito o gráfico apresentado na Figura 10. Observando os resultados
apresentados na Tabela 5 e no Gráfico 1, pode-se afirmar que:
A ponta diamantada sucessida ou não do condicionamento ácido
apresentou menor microinfiltração do corante traçador quando
comparada com o laser de Er:YAG (p<0,01) na porção incisal
dos preparos cavitários.
Os dados apresentados na Tabela 2 foram submetidos ao teste não
paramétrico de Kruskal-Wallis (Tabela 6).
57
Tabela 6: Análise estatística de Kruskal-Wallis na porção
gengival.
PD+C
PD L+C L
PD+C
- p=0,0003*
p=0,2733 p=0,0196*
PD - - p=0,0111*
p=0,1934
L+C - - - p=0,2157
*Diferença estatisticamente significante (p<0,05)
PD+C- grupo1- ponta diamantada + condicionamento prévio
PD- grupo2- ponta diamantada
L+C- grupo3- laser + condicionamento prévio
L- grupo4- laser
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
PD+C PD L+C L
Barras horizontais: diferença estatisticamente significante (p<0,05).
PD+C- grupo1- ponta diamantada + condicionamento prévio
PD- grupo2- ponta diamantada
L+C- grupo3- laser + condicionamento prévio
L- grupo4- laser
58
Figura 11- Comparação das médias de grupos para as medidas de
microinfiltração na porção gengival.
A análise dos dados apresentada na Tabela 6 e as médias
apresentadas no gráfico ilustrado na Figura 11, permitem afirmar que:
A ponta diamantada sucedida pelo condicionamento ácido
apresentou menor microinfiltração do corante traçador quando
comparada com a ponta diamantada e laser (p<0,05).
59
6. DISCUSSÃO
Desde o advento do CIV com Wilson e Kent, (1972) há mais de 30
anos, este material vem sendo estudado por pesquisadores, sua
formulação já foi alterada pelos fabricantes visando a melhoria de suas
propriedades biomecânicas e seu comportamento clínico.
Além das duas principais vantagens dos CIV - adesão às
estruturas dentárias e liberação de flúor- estes materiais apresentam
também biocompatibilidade, expansão térmica linear semelhante ao
dente e estética favorável (Pereira 1998; Frencken, Holmgren 2001).
Algumas desvantagens dos CIV convencionais são: longo tempo de
presa, técnicas de manipulação e inserção críticas, menores valores de
adesão à estrututra dental, baixa resistência mecânica e ao desgaste,
quando comparados às resinas compostas e o processo de sinérese e
embebição (Serra, Cury 1992; Serra et al 1994; Navarro, Pascotto
1998; Van Amerogen 1996; Frencken, Holmgren 2001; Raggio 2001).
Os CIV são essencialmente hídricos, como denominaram Navarro
e Pascotto (1998), se aderem em sua maior parte quimicamente ao
substrato dental através de trocas iônicas entre os íons carboxilato do
material e íons fosfato do tecido dental (Raggio 2001; Nassif 2003).
Os chamados ácidos fracos (ácido poliacrílico, tânico, bórico)
têm como objetivo limpar a superfície da dentina sem remover material
do interior dos túbulos (smear plugs), evitando assim o exsudato
dentinário e oferecendo maior quantidade de íons cálcio e fosfato
(Dekon 1994; Anusavice 1996). São condicionadores especialmente
60
designados como agentes removedores de smear layer (Dekon, 1994;
Meda 2002). O ácido poliacrílico desmineraliza a dentina e expõe uma
rede de fibras colágenas, proporcionando microporosidades
interfibrilares, formando uma camada semelhante à camada híbrida
(Gladys et al 1998; Meda 2002).
Em 2003, Nassif observou que os líquidos dos cimentos
ionoméricos indicados para TRA são capazes de remover totalmente, à
semelhança do ácido fosfórico a 37%, a camada de esfregaço
dentinário produzida in vitro.
Neste estudo, pode-se observar que os preparos realizados com
alta rotação sucedidos do condicionamento da cavidade com o próprio
líquido, quando comparados com preparo cavitário com laser,
apresentaram estatisticamente os menores valores de microinfiltração,
tanto para margem incisal quanto para margem gengival.
Quanto à técnica de inserção do material, alguns autores
acreditam que a seringa injetora (Centrix®) influencia positivamente a
inserção do material na cavidade, facilitando a aplicação do material no
local correto, minimizando a introdução de bolhas de ar (Navarro,
Pascotto 1998; Raggio 2004).
Não há consenso na literatura quando se avalia o grau de
microinfiltração dos ionômeros de vidro de alta viscosidade. Souza
(2000) encontrou menores escores para o Ketac Molar, já Myaki et al
(2000) compararam o Fuji IX® e o Ketac Molar e não encontraram
diferenças estatísticas, enquanto que Raggio (2001) encontrou maior
microinfiltração na parede cervical para o Ketac Molar.
61
O primeiro estudo clínico com o laser de Er:YAG, realizado por
Kelller e Hibst (1992), mostrou que a remoção da lesão de cárie e o
preparo cavitário com o laser de Er:YAG é viável na prática diária, sem
causar danos à polpa, mostrando grande aceitação pelos pacientes.
Comparando-se o laser de Er:YAG com os outros lasers na
redução da descalcificação e aumento da resistência ácida, da
superfície e subsuperfície do esmalte dental, o laser de Er:YAG
apresentou resultados superiores aos outros lasers (Morioka 1991).
Alguns autores observaram que cavidades preparadas com laser
de Er:YAG podem ter resultados similares às preparadas com alta-
rotação (Keller, Hibst 1992; Cozean 1997; Pelagalli et al 1997;
Dostalova et al 1998), inclusive quando avaliados os escores de
microinfiltração (Dostalova et al 1998; Ramos 1998; Khan et al 1998;
Pulga 2001; Quo et al 2002; Moldes 2003). Outros encontraram valores
menos expressivos da ação do laser de Er:YAG na realização de
preparos cavitários (Corona et al 2003; Moldes 2003), excetuando as
cavidades que tiveram suas margens preparadas com ponta
diamantada (Corona et al 2003).
O vedamento da cavidade torna-se cada dia mais importante para
o sucesso dos tratamentos restauradores (Pinheiro 2004). Falhas
marginais nas restaurações podem causar colonização bacteriana e
consequentemente perda de estrutura dental e patologia pulpar, a
microinfiltração marginal ainda é um problema a ser resolvido na
Odontologia (Brannstrom, Nyborg 1971; Toffenetti, 2000). A
62
manutenção de tecido dentinário afetado na cavidade já é uma
realidade e o estudo de Blay (2001) mostra uma importante função do
laser de Er:YAG nos preparos cavitários: o efeito antimicrobiano.
O vedamento da margem gengival das restaurações ainda é um
obstáculo a ser superado pelos pesquisadores e fabricantes, estudos
como o de Ramos (1998), Pulga (2001), Quo et al (2002) e Corona et al
(2003) elucidam a falta de vedamento da interface dente/restauração
Diferentes técnicas são utilizadas para avaliar a microinfiltração,
dentre todas, a metodologia mais utilizada é a penetração de corantes.
Estudos como o de Sidhu (1993), Villalta (1999) e Gonçalvez (2003)
mostram que não há diferença entre realizar ou não a termociclagem.
Por apresentar maior capacidade de visualização da
microinfiltração, foi utilizada a solução de nitrato de prata a 50% com
revelação em solução reveladora com lâmpada fluorescente (Oda
2004), apesar de este método requerer maior dedicação do pesquisador
e um tempo seis vezes maior que o método que utiliza a solução de
azul de metileno a 5%.
Quanto ao tipo de corte feito nos corpos-de-prova, Gwinnett et al
(1995) afirmam que um único corte no centro da restauração não
representa a microinfiltração existente em toda a margem, enquanto
que Matos (1995) observou que realizar cinco cortes ou apenas um no
centro da restauração não altera o resultado. Neste estudo foi possível
observar que em alguns corpos-de-prova a região do corte não
apresentou microinfiltração (grau 0), mas mesmo assim o corante era
visto pela transparência dos tecidos dentários, o que nos faz perceber
63
que apesar de a utilização de corantes traçadores avaliados por meio
de cortes longitudinais seja o método mais utilizado pelos
pesquisadores, os graus de microinfiltração marginal devem ser melhor
avaliados.
São poucos os trabalhos na literatura que reportam a
microinfiltração das restaurações com CIV convencionais em preparos
com laser de Er:YAG, principalmente em dentes decíduos (Quo et al
2002; Corona et al 2003; Chinelatti et al 2004).
Um fato observado foi o aumento significativo dos escores dos
grupos sem condicionamento na parede gengival dos preparos,
diferentemente dos apresentados na parede incisal, estes dados podem
ser justificados pelo provável aumento de smear layer nesta região,
devido ao acúmulo de óleo, água, tecidos dentários residuais, na
parede inferior do preparo. Outro fator que poderia ser comprovado
mediante uma análise por meio de microscopia eletrônica de varredura
é a orientação dos prismas de esmalte.
Quando as cavidades foram condicionadas previamente, os
escores de microinfiltração marginal foram menores. Isso também pode
ser justificado pela ação do ácido no líquido, pois este produto tem
todo o seu ácido presente no líquido, fato este que pode ter aumentado
a energia de superfície, que associada à alteração morfológica causada
pelo laser (abertura dos túbulos dentinários e ausência de smear
layer), aumentaram o microembricamento e consequentemente a
adesão entre o material restaurador e o dente.
64
Podemos considerar relevante o emprego do condicionamento
prévio da cavidade em restaurações com ionômero de vidro
convencional em preparos confeccionados tanto com laser quanto com
ponta diamantada.
65
7. CONCLUSÃO
De acordo com os resultados obtidos, é possível afirmar que :
Os preparos cavitários confeccionados com ponta diamantada
sucedidos do tratamento ácido apresentaram menor
microinfiltração marginal que os grupos preparados com laser
de Er:YAG, tanto na parede incisal como gengival das
cavidades.
66
ABSTRACT
The purpose of this study was evaluate the marginal microleakage in
class V restorations of deciduous teeth using Er:YAG laser and
conventionally prepare, using a conventional glass ionomer, varying the
use of acid conditioning treatment. Forty deciduous teeth was used
proceeding of B.D.H.-F.O.U.S.P. The teeth were divided in two groups
according the type of prepare. The control group was prepared using high
speed drill, the experimental group was prepared using Er:YAG laser (300
mJ 2 Hz). The teeth were immerse in distilled water for 24H,
waterproofed, 50% silver nitrate solution immersion for 8H in dark and
environment temperature, washed, dried, bucco-lingually sectioned in the
middle of restoration and face exposed polished. The samples was
immerse in developing solution for 16H under fluorescent light. Evaluation
method was made through scores by three examiners. Based on the
obtained results it was possible to conclude that the restoration using
high speed drill associated with conditioning treatment result in a smaller
microleakage degree than the Er:YAG laser.
Uniterms : glass ionomer cement; microleakage; laser; high speed drill.
67
ANEXO
68
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