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Dejenane Pereira Santana
AVALIAÇÃO DA MICRODUREZA SUPERFICIAL
EM RESINAS COMPOSTAS
FOTOPOLIMERIZADAS COM SISTEMAS DE LUZ
HALÓGENA E DIODO EMISSOR DE LUZ (LED)
TAUBATÉ - SP
2006
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1
Dejenane Pereira Santana
AVALIAÇÃO DA MICRODUREZA SUPERFICIAL
EM RESINAS COMPOSTAS
FOTOPOLIMERIZADAS COM SISTEMAS DE LUZ
HALÓGENA E DIODO EMISSOR DE LUZ (LED)
Dissertação apresentada para obtenção do
Título de Mestre pelo Programa de Pós-
Graduação do Departamento de
Odontologia da Universidade de Taubaté.
Sub-área de Concentração: Dentística
Orientador: Prof. Dr. Celso Silva Queiroz
TAUBATÉ - SP
2006
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DEJENANE PEREIRA SANTANA
AVALIAÇÃO DA MICRODUREZA EM RESINAS COMPOSTAS
FOTOPOLIMERIZADAS COM SISTEMAS DE LUZ HALÓGENA E DIODO
EMISSOR DE LUZ (LED)
UNIVERIDADE DE TAUBATÉ, TAUBATÉ, SP.
Data: _______________________
Resultado: ____________________________________
COMISSÃO JULGADORA
Prof. Dr._____________________________INSTITUIÇÃO:________________
Assinatura: __________________________
Prof. Dr. _____________________________INSTITUIÇÃO:_______________
Assinatura: __________________________
Prof. Dr. _____________________________INSTITUIÇÃO:_______________
Assinatura: __________________________
3
“Sábio é o homem que conhece alguma
coisa sobre tudo, e tudo sobre alguma
coisa. Mais sábio é aquele que estuda
como se fosse viver eternamente, e vive
como se fosse morrer amanhã”.
4
Dedico esta vitória aos meus pais, Maria e Djalma,
exemplos de vida, determinação, integridade,
perseverança, luta e amor incondicional.
Obrigado pela presença constante,
presença que sempre me encoraja
a superar os obstáculos e a lutar
pela vida com sabedoria.
Ao meu amado irmão Sérgio Marcos,
por seu incentivo e porque acima
de tudo, o amor que nos une
é muito especial.
À vocês, meu intenso amor, reconhecimento e eterna gratidão.
5
Ao admirável Kink Douglas pelo companheirismo, amor, dedicação e determinação que
me contagia.
À minha amiga de infância Heliane Rocha pelo incentivo, sempre procurando de
alguma forma estar presente.
À minha eterna e saudosa amiga Nina que me ensinou o valor de uma grande e honrosa
amizade. (in memorian)
6
AGRADECIMENTOS
À Deus pelo dom da vida e pela constante proteção de Pai, sempre renovando minha
esperança e fé. Agradeço por estar aqui e por todos as oportunidades de crescimento e
realizações que tens designado para minha vida.
À Universidade de Taubaté - UNITAU.
Ao Magnífico Reitor Prof. Dr. Nivaldo Zöllner.
À Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade de Taubaté, pela
organização do curso de mestrado.
Ao coordenador geral do Programa de Pós-graduação em Odontologia, Pro. Dr. Antonio
Olavo Cardoso Jorge.
À UNIRG, Universidade Regional de Gurupi, por meio da qual foi possível a realização
deste mestrado.
Ao Prof. Dr. José Benedicto de Mello e aos demais professores do curso de pós-
graduação.
Ao Prof. Dr. Wataro Nelson Ogawama por sua importante contribuição na análise
estatística.
Ao Prof. Dr. Carlos Rocha Gomes Torres, por ter cedido o laboratório da disciplina de
Dentística da UNESP- São José dos Campos.
Às secretárias do Curso de Pós-Graduação em Odontologia Adriana Peloggia e
Alessandra Borges Serra, sempre informando com atenção e carinho os procedimentos
necessários.
À bibliotecária Eliane Kalil Kobaz Pereira, pelo apoio na revisão deste trabalho.
7
À técnica responsável pelo laboratório da Disciplina de Dentística da UNESP São
José dos Campos, Josiana Maria Alves Carneiro pelo empenho dispensado.
A Dabi Atlante que gentilmente cedeu o aparelho Ultralux EL .
Aos divertidos amigos de turma...
8
AGRADECIMENTO ESPECIAL
Ao Professor Doutor Celso Silva Queiroz,
pela experiência e conhecimentos adquiridos durante sua cuidadosa orientação em todas
as etapas desta pesquisa e em todas as atividades que desenvolvi neste mestrado .O seu
admirável perfil profissional e ético de dedicação e compromisso com o ensino e a
verdade científica, mostrou-me um exemplo a ser seguido na carreira docente.
Meu Profundo Agradecimento
9
SANTANA, D. P. Avaliação da microdureza superficial em resinas compostas
fotopolimerizadas com sistemas de luz halógena e diodo emissor de luz (LED).
2006. 69f. Dissertação (Mestrado em Odontologia) - Departamento de Odontologia,
Universidade de Taubaté, Taubaté, 2006.
Resumo
A fotoativação das resinas compostas através da luz visível como a luz halógena é um
processo rotineiro na clínica odontológica. No entanto os sistemas de diodos emissores
de luz (LEDs), têm sido propostos para substituir as fontes de luz halógena, por
apresentarem vantagens potenciais. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi avaliar a
microdureza de duas resinas compostas, uma compactável (Tetric Ceram) e outra do
tipo flow (Tetric Flow), utilizando duas fontes de luz, uma halógena (Ultralux EL) e
outra à base de LED (Ultraled XP). Foram confeccionados quarenta corpos de prova
(5x5x6 mm), utilizando uma matriz de teflon e divididos em quatro grupos: Grupo I
Tetric Ceram Halógena; Grupo II Tetric Ceram LED; Grupo III – Tetric Flow
Halógena e Grupo IV Tetric Flow LED. Após o lixamento e polimento dos corpos de
prova, foi realizada a análise da microdureza (Vickers) nas regiões de topo e de base em
cada amostra. A análise de variância (ANOVA) e o teste de Tukey foram aplicados ao
nível de significância de 5%. Os resultados mostraram que a fonte de luz halógena foi
estatisticamente mais efetiva (p<0,05) que o LED na microdureza superficial; quando
comparados os tipos de resinas compostas a Tetric Ceram apresentou valores de
microdureza estatisticamente maiores (p<0,05) que a Tetric Flow e as regiões de topo
apresentaram microdureza maior (p<0,05) em relação às regiões de base independente
da fonte de luz e do material resinoso utilizado. Os resultados sugerem que a fonte de
luz halógena é mais efetiva que o LED.
Palavras-Chave: resina composta, microdureza, fotopolimerização, diodo emissor de
luz.
10
SANTANA, D. P. Evaluation of surface microhardness on photo polymerization of
resin composites by halogen light and light emitting diode (Led). 2006. 69f.
Dissertação (Mestrado em Odontologia) - Departamento de Odontologia, Universidade
de Taubaté, Taubaté, 2006.
Abstract
The light curing of resin composite by halogen light is frequently in dental. Therefore
the light emitting diodes (LEDs), have been suggested in opposite to halogen light,
which can present more advantages. The aim of this study was to evaluate the
microhardness of the two resin composites, a condensable resin (Tetric Ceram) and
other flow resin (Tetric Flow), using two light curing units, a halogen light (Ultarlux
EL) and a LED (Ultraled XP). Forty specimens (5x5x6 mm) were obtained using a
teflon matrix and divided in four groups: Group I Halogen Tetric Ceram; Grupo II
LED Tetric Ceram; Grupo III Halogen Tetric Flow e Grupo IV LED Tetric Flow.
After the sandpaper and the polish of specimens, the Vickers microhardness analysis on
top and base was measured in all specimens. The values obtained were submitted to a
two-way variation ANOVA analysis and the pared test Tukey to level of 5%
significance. The results showed that source halogen light was more effective (p<0.05)
than LED. When two types of resin composite were compared the Tetric Ceram
presented microhardness values higher (p<0.05) than Tetric Flow. Top regions obtained
microhardness values higher (p<0.05) in relation to base regions independently of light
unit used. The results suggest that halogen light curing unit is more effective than LED.
Key words: composite resins, light curing, mirohardness, light emitting diode.
11
SUMÁRIO
Resumo 9
Abstract 10
Lista de Tabelas 12
Lista de Figuras 13
Lista de Abreviaturas, Siglas e Símbolos 14
1 Introdução 15
2 Revisão da Literatura 18
2.1 Aparelhos Fotopolimerizadores 18
2.2 Resinas Compostas 27
3 Proposição 30
4 Material e Método 31
4.1 Delineamento Experimental
31
4.2 Materiais Utilizados
31
4.3 Confecção dos Corpos de Prova
33
4.4 Grupos Experimentais
36
4.5 Lixamento e Polimento
36
4.6 Análise de Microdureza
37
4.7 Análise Estatística
38
5 Resultados
39
6 Discussão
43
7 Conclusões
48
Referências
49
Anexo
56
12
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Características das resinas compostas utilizadas
32
Tabela 2 - Especificações técnicas dos aparelhos fotopolimerizadores
33
Tabela 3 - Grupos experimentais a serem analisados
36
Tabela 4 - Médias e desvios-padrão de microdureza (VHN) das regiões de
topo e base da resina composta Tetric Ceram fotoativadas com Luz
Halógena e LED
39
Tabela 5 - Médias e desvios-padrão de microdureza (VHN) das regiões de
topo e base da resina composta Tetric Flow fotoativadas com Luz
Halógena e LED
40
Tabela 6 - Médias e desvios-padrão de microdureza (VHN) das regiões de
topo e base da resina composta Tetric Ceram e Tetric Flow fotoativadas
com luz halógena
40
Tabela 7 - Médias e desvios-padrão de microdureza (VHN) das regiões de
topo e base da resina composta Tetric Flow e Tetric Ceram fotoativadas
com LED
41
Tabela 8 - Médias e desvios-padrão de microdureza (VHN) das regiões de
topo e base de resinas compostas (Tetric Ceram e Tetric Flow)
fotoativadas (luz halógena e LED)
41
13
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Resinas compostas
31
Figura 2 - Aparelhos fotopolimerizadores
32
Figua 3 - Matriz bipartida de Teflon
33
Figura 4 - Passos realizados para confecção dos corpos de prova
35
Figura 5 - Máquina de Politriz
37
Figura 6 - Penetrador do tipo Vickers
37
Figura 7 - Esquema das Indentações
38
Figura 8 - Redução da microdureza (%), padronizados em relação ao valor
médio da microdureza do topo de Tetric Ceram com Luz Halógena (TCH*),
quanto ao tipo de resina composta, de fonte de luz e região do corpo de
prova.
42
14
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS
CQCanforoquinona
VHNNúmero de dureza Vickers
LH – Luz halógena
LED Light emitting diode ou luz emitida por diodo
W – Watts
V – Volts
VA – Voltampere
mA - Miliampere
mWMiliWatts
mW/cm
2
MiliWatts por cenmetro quadrado
% - Porcentagem
< – Menor
> – Maior
± – Mais ou menos
°CGraus Celsius (graus cengrados)
cm Centímetro
mmMilímetro
µm – Micrometro
nm - Nanômetro
mm
2
Milímetro quadrado
Kg – Quilograma
g – Grama
mg - Miligrama
H
2
O
dd
Água destilada e deionizada
n °Número
s – Segundos
h –Horas
ISO International organization for standardization
BIS – GMA – Bisfenol glicidil metacrilato
TEG DMA – Trietilenoglicol dimetacrilato
UDMA – Dimetacrilato de uretano
15
1 Introdução
A fotoativação das resinas compostas através da luz visível com luz halógena é
um processo rotineiro na clínica odontológica. A maior parte da energia luminosa
produzida por este sistema é de raios infravermelhos (95%), responsáveis pela produção
de calor, com emissão de luz com comprimento de onda em um amplo espectro.
Intervalos de comprimento de onda indesejáveis devem ser filtrados para gerar luz em
uma cor específica. Estes aparelhos precisam de filtros especiais para limitar o
comprimento de onda entre 400 e 500 nm, para atingir o espectro de absorção da
canforoquinona (CQ), fotoiniciador mais freqüente utilizado nas resinas compostas. O
pico de absorção deste fotoiniciador é de aproximadamente 468 nm (COELHO
SANTOS; SILVA e SOUZA; MONDELLI, 2002; TESHIMA et al., 2003).
A luz azul dos aparelhos de luz halógena é produzida quando uma corrente
elétrica atravessa um fino filamento de quartzo-tungstênio, o qual funciona como uma
resistência, gerando calor. A alta temperatura gerada nesses sistemas apresenta muitas
desvantagens, como a necessidade de incorporação de um sistema de ventilação, o que
pode gerar maior possibilidade de danificação do filtro e freqüentes trocas de lâmpada,
por estar queimada ou danificada (SWIFT JR., 2002; SANTOS et al., 2000).
Estes problemas podem causar a redução da intensidade emitida pelo aparelho,
reduzindo propriedades como dureza e resistência da resina composta, resultando em
uma menor longevidade das restaurações (RUEGGEBERG; CAUGHMAN; CURTIS
JR., 1994; PEREIRA et al., 1997; PEREIRA; PORTO; MENDES, 2001; FAN et al.,
2002; CARREIRA; VIERIA, 2002; TESHIMA et al., 2003).
Recentemente, uma fonte de luz que utiliza diodos que emitem luz azul,
conhecida como LEDs (Diodos Emissores de Luz), têm sido propostas para substituir as
fontes de luz halógena, por apresentarem vantagens potenciais, como a ausência da
produção de calor, variação da quantidade luz emitida, trocas de luzes e ausência de
filtros (FUJIBAYASHI et al., 1998; MILLS; JANDT; ASHWORT, 1999). Os diodos
são semicondutores em estado sólido que emitem luz divergente e não coerente, por
transições eletrônicas entre faixas de energia que envolve recombinação de elétrons. A
diferença entre as faixas de energia gera movimentação de fótons e determina o
comprimento de onda da luz emitida. Desde que a diferença de energia é definida pelas
características do semicondutor, a maior parte da luz emitida é concentrada em estreito
comprimento de onda. Dessa forma, o espectro de emissão para os LEDs está entre 450
16
e 490nm, intervalo ideal para a CQ. Pelo fato de emitirem luz em um estreito
comprimento de onda, estes não precisam de filtros, obtendo uma alta eficiência da
energia de entrada e saída, o que permite aos fabricantes produzir aparelhos menores,
portáteis, sem fio e com baterias recarregáveis. Estes aparelhos mantêm sua intensidade
de saída e não apresentam degradação de seus componentes, como os aparelhos de luz
halógena (MILLS; UHL; JANDT, 2002; SWIFT JR., 2002; RASTELLI, 2002;
FRANCO; LOPES, 2003).
Assim como a evolução dos aparelhos de fotoativação, as resinas compostas
desenvolveram-se na procura de melhorar a estética, conseguir maior durabilidade e
reduzir a microinfiltração marginal. Nesse contexto, novos materiais e técnicas surgem
no mercado, buscando-se um material que possua baixo módulo de elasticidade para
suportar as cargas mastigatórias sem alterar suas propriedades, alta fluidez e
escoamento, evitando rompimento durante a fotoativação e obtendo melhor adaptação
nas margens das restaurações.
As resinas compostas de alta viscosidade, condensáveis ou ainda compactáveis
surgiu a partir de 1997, com a intenção de facilitar a obtenção da relação de contato com
as paredes da cavidade preparada, permitindo que a inserção fosse igual à do amálgama,
na realidade, com nenhuma das resinas composta condensáveis é possível uma
condensação à cavidade como fazemos com o amálgama. Diante disso, diversas
composições deste tipo de resina composta são lançadas no mercado e também várias
técnicas são constantemente aplicadas para se obter sucesso nos procedimentos clínicos.
A partir de 1996, surgiram as resinas compostas do tipo “flow”, com o objetivo
de suprir as características necessárias para se evitar a microinfiltração, sendo assim,
esse tipo de resina composta possui alta fluidez (GARONE NETTO et al., 2003). As
resinas compostas do tipo “flow” foram desenvolvidas com o mesmo tipo de partículas
das resinas compostas tradicionais, porém com diminuição na quantidade de carga,
reduzindo assim a viscosidade da mistura, para que fluam, adaptem e preencham
facilmente os ângulos internos dos preparos cavitários (TYAS; JONES; RIZKALLA,
1998). No entanto, elas possuem menor resistência ao desgaste quando comparadas as
resinas convencionais, as quais possuem maior quantidade de carga e são menos
sensíveis ao desgaste (GOMES et al., 2002).
Tendo sido relatado a interferência do sistema de fotoativação na dureza da
resina composta como mostram os estudos de Rueggeberg, Caughman, Curtis Jr.
(1994), Pereira et al. (1997), Pereira, Porto e Mendes (2001), Fan et al. (2002), Carreira
17
e Vieria (2002); Teshima et al. (2003) e a própria interferência da natureza do material
restaurador. O objetivo deste estudo será avaliar o potencial de dois aparelhos de
fotoativação (luz halógena e LED) em dois tipos diferentes de resinas compostas
(compactável e flow) através da microdureza de superfície, pois na literatura não um
concenso sobre a efetividade da aplicação da luz halógena e do LED na fotoativação das
resinas compostas.
18
2 Revisão da Literatura
Levando-se em consideração as variáveis que serão objetos desse estudo,
apresentaremos uma revisão sobre os aparelhos fotoativadores pertinentes a este estudo
(aparelho fotoativador de luz halógena e LED). E também serão descritos os trabalhos
de maior relevância em relação aos tipos de resinas compostas utilizadas neste estudo,
como as dos tipos convencional e flow.
2.1 Aparelhos Fotopolimerizadores
Nas resinas compostas fotopolimerizadas por luz visível, o processo de
polimerização inicia-se com a absorção de luz pela molécula do fotoiniciador. Este
fotoiniciador na maioria das vezes é uma α-diketona, a canforoquinona (CQ). Ao
absorver energia luminosa com determinados comprimentos de onda a CQ passa para
um estado excitado, denominado estado tripleto (SHORTALL; HARRINGTON, 1996;
NOMOTO, 1997). A combinação da CQ com uma molécula intermediária, a amina
terciária, leva à formação de radicais livres dando início ao processo de polimerização.
Daí em diante o processo continua de maneira semelhante aos sistemas de duas pastas.
A luz que interage com o fotoiniciador funciona como fonte de energia necessária para
promover a excitação da molécula, bem como para formação de ligações químicas entre
monômeros resinosos durante o processo de cura. A energia total fornecida para que
determinada resina composta polimerize é o produto da intensidade de luz emitida pelo
aparelho fotopolimerizador em mW/cm
2
pelo tempo de exposição à luz em segundos
(RUEGGEBERG; CAUGHMAN; CURTIS JR., 1994; YAP; SENEVIRATNE, 2001).
Então, os principais fatores responsáveis pelo sucesso das restaurações estéticas
realizadas em resina composta são: emissão suficiente de intensidade de luz, correto
comprimento de onda emitido e tempo de exposição adequado. Portanto, a energia
luminosa emitida pela fonte deve pertencer à faixa do espectro de luz em nanômetros
(nm) capaz de sensibilizar o fotoiniciador da resina composta (NOMOTO, 1997). Desta
forma, a qualidade e o bom funcionamento do aparelho fotopolimerizador são
diretamente responsáveis pelo polímero formado (BARGHI; BERRY; HATTON, 1994;
RUEGGEBERG; CAUGHMAN; CURTIS JR., 1994).
O aparelho fotopolimerizador de luz halógena é o mais utilizado pelos
profissionais da área para fotoativação de materiais resinosos, por isso é denominada
19
como convencional. Este aparelho emite uma luz incandescente, basicamente, compõe-
se de uma lâmpada de filamento de tungstênio (bulbo e refletor), filtro, sistema de
refrigeração (ventilação) e fibras ópticas para condução da luz (MEDEIROS, 2001;
NAGEL, 1999). O filamento de tungstênio se encontra protegido em uma cápsula de
quartzo com gases inertes e conectados a um eletrodo para a passagem da corrente
elétrica. Assim, este filamento é submetido a altas temperaturas, produzindo uma luz
com energia dentro de uma larga faixa de comprimento de onda, ou seja, com muita
radiação na região do infravermelho, a qual é responsável pelo calor.
Como existe uma produção de grande quantidade de luz fora da região
espectral de interesse para a fotoativação, é necessária a utilização de filtros que
apresentem a função de barrar estas energias. Nesse sentido, um dos componentes com
grande importância nesses aparelhos é o sistema de ventilação, pois o calor produzido
reduz drasticamente a vida útil, a potência da lâmpada e pode comprometer a
efetividade de polimerização de restaurações com resinas compostas (RUEGGEBERG,
1999).
Estes aparelhos convencionais à base de lâmpada halógena apresentam diversas
marcas comerciais, mas geralmente operam dentro de uma faixa de 400 500 nm
referente ao espectro de luz emitida, porém com valores de densidade de potência
variando desde 300 mW/cm
2
a 1000 mW/cm
2
(BARGHI; BERRY; HATTON, 1994;
RUEGGEBERG; CAUGHMAN; CURTIS JR., 1994).
A lâmpada desses aparelhos possui um tempo de vida relativamente curto,
cerca de 50 100 horas clínicas. Segundo Rueggeberg, Caughman e Curtis Jr.. (1994)
aparelhos de luz halógena com densidade de potência abaixo de 300 mW/cm
2
podem
comprometer o grau de conversão ou a adequada polimerização das resinas compostas.
Então, o profissional deve estar atendo quanto ao tempo de uso do aparelho,
estabelecendo uma avaliação regular da emissão de luz com auxílio de um radiômetro,
substituindo a lâmpada ou até o filtro do equipamento quando necessário.
Barghi, Berry e Hatton (1994) concluíram que 30% de um total de 205
unidades fotoativadoras usadas em consultório particular forneciam menos que 200
mW/cm
2
, um valor considerado como inadequado para uma perfeita polimerização.
Rueggeberg, Caughman e Curtis Jr. (1994) relataram resultados de significativa
importância quanto à correlação entre valores pré-determinados de intensidade de luz e
a profundidade de polimerização da resina composta. Esses autores recomendaram a
20
utilização de tempos de exposição à luz de 60 segundos sempre que forem utilizados
aparelhos apresentando intensidade de luz de pelo menos 400 mW/cm
2
, afirmaram
ainda que, a espessura das camadas de resina composta não deve exceder a 2 mm, sendo
o ideal 1 mm, e os aparelhos com intensidade de luz inferior a 233 mW/cm
2
não devem
ser utilizados, devido às suas características de desempenho deficientes.
Pereira et al. (1997) avaliaram a profundidade de polimerização, por meio de
dureza Vickers, de uma única resina composta fotoativada, em função de diferentes
intensidades de luz. A partir dos resultados, pôde-se concluir que os aparelhos
fotoativadores que emitem maior intensidade de luz proporcionam maior capacidade de
polimerização da resina composta e somente aparelhos que emitem 800 mW/cm
2
de
intensidade de luz proporcionam uniformidade de polimerização em até 4 mm da resina
composta.
Uma nova e promissora tecnologia que surgiu no mercado como opção para
polimerizar materiais fotossensíveis sem os inconvenientes dos aparelhos de luz
halógena é o LED (light emitting diode) que são fontes de luz no estado sólido,
compostos pela combinação de diferentes semicondutores para a emissão de luz azul.
Os aparelhos à base de LEDs representam uma nova opção para fotoativação de
materiais resinosos, sendo composto por um semicondutor de In-Ga-N (Índio-Gálio-
Nitrogênio). O LED é bastante aplicado em diversos equipamentos, são luzes
indicativas (geralmente vermelhas) que se encontram em aparelhos de DVDs, alarmes
de carro e em aparelhos telefônicos e Mills (1995) propôs a utilização de aparelhos
montados com LEDs azuis para a fotoativação de materiais resinosos.
Ao contrário da lâmpada halógena, o LED não produz luz visível por
aquecimento de filamentos metálicos, mas pelas características próprias de um
semicondutor. Um semicondutor para produzir luz necessita da aplicação de uma tensão
para vencer a barreira de energia interna. O LED se constitui na combinação de dois
diferentes semicondutores, um tipo n, que tem excesso de elétrons e, outro tipo p, que
tem falta de elétrons, mas rico em lacunas ou “buracos receptores” de elétrons. Quando
uma tensão é aplicada entre esses dois semicondutores, haverá a passagem de elétrons
da camada n para a p, resultando em um fluxo de elétrons e buracos” (MEDEIROS,
2001; KURACHI et al., 2001). Toda essa movimentação gera fótons em uma faixa
estreita de comprimento de onda, próxima de 470nm. Dessa forma, os LEDs produzem
uma luz divergente e não coerente, como a luz halógena, concentrando-se dentro de um
estreito espectro de emissão da luz visível e muito próximo do pico de absorção máxima
21
da canforoquinona, a qual é de 468nm (BURTSCHER; RHEINBERGER, 2002;
FUJIBAYASHI et al., 1998; JANA; SANTOS; CORRÊA, 2002). No entanto, os
aparelhos de LEDs apresentam uma baixa densidade de potência (50 300 mW/cm
2
),
especialmente os de primeira geração. Assim, a luz produzida pelo LED apresenta um
espectro de emissão em banda estreita (450 490nm), com pico máximo de 470nm.
Dessa forma, mesmo tendo baixa densidade de potência, estes aparelhos emitem toda a
luz dentro do espectro de absorção máxima da canforoquinona (468nm), a qual é o
fotoinicador geralmente encontrado na maioria dos materiais resinosos (JANDT et at.,
2000; KURACHI et al., 2001). É nesse aspecto que se encontra a diferença do LED para
os aparelhos convencionais, em que estes últimos produzem luz fora do espectro de
absorção do fotoiniciador (canforoquinona), energia esta que não é útil para a
fotoativação.
Fujibayashi et al. (1998) analisaram a polimerização de profundidade, o grau
de conversão e as características ópticas dos aparelhos de LED comparado a um de luz
halógena. Os autores concluíram que a polimerização em profundidade e o grau de
conversão com LED foram superior em relação à luz halógena, o LED mostrou-se mais
efetivo em relação às características da luz apresentando uma porcentagem de luz
disponível de 96%, enquanto a luz halógena apresentou 94%.
Mills, Jandt e Ashworth (1999) testaram se um aparelho de LED poderia
produzir uma polimerização igual à da luz halógena, quando ajustado para 300
mW/cm
2
. Foram utilizadas três resinas compostas, e a profundidade foi medida através
de um penetrômetro. Os resultados mostraram que a irradiação dos aparelhos foram 290
e 455 mW/cm
2
, para o LED e para a luz halógena, respectivamente. A profundidade de
polimerização das resinas fotoativadas com LED foram significantemente maior que a
luz halógena. Os autores concluíram que um aparelho de LED com irradiação
correspondente a 64% do aparelho de luz halógena pode produzir maior polimerização
em profundidade que a luz halógena.
Jandt et al. (2000) testaram a hipótese que a polimerização em profundidade e
força de compressão das resinas compostas fotoativadas com LED e luz halógena não
eram significativamente diferentes e também comparou a irradiação de emissão da luz
do LED e luz halógena. Os resultados revelaram que a polimerização em profundidade
das resinas compostas testadas foi significantemente maior quando utilizada a luz
halógena. Para a força de compressão não houve diferença estatística. Os valores de
irradiação de luz emitida pelo aparelho de luz halógena foi de 755 mW/cm
2
e do LED
22
foi de 350mW/cm
2
, o pico de irradiação foi de 497 nm e 465 nm, para a luz halógena e
LED respectivamente, isso revela que o LED tem grande potencial para polimerizar
resina com um espectro de luz emitida menor que a luz halógena.
Stahl et al. (2000) analisaram as propriedades de três compósitos com
diferentes cores (A2, A3 e A4), os quais foram polimerizados com um aparelho de luz
halógena e um LED. Em relação à força flexural medida nos materiais, a polimerização
realizada com o aparelho de luz halógena foi estatisticamente maior que quando
utilizado o LED. Em relação às cores utilizadas, não houve diferença quando se mediu a
força flexural, ou seja, não houve interferência utilizando as diferentes fontes de
polimerização.
Kurachi et al. (2001) avaliaram a dureza de resinas compostas submetidas à
polimerização com aparelhos de LED e luz halógena. A resina composta (Z 100, cor
A3) foi polimerizada em diferentes períodos: 20, 40, 60, 120 e 180 segundos com LED
e 40 segundos com luz halógena. Todas as amostras fotoativadas com LED mostraram
dureza inferior quando comparadas com a polimerização da luz halógena, inclusive no
tempo de 40 segundos.
Medeiros (2001) observou que o grau de polimerização obtido com o LED
(100 mW/cm
2
), em espécimes de resina composta, foi semelhante ao obtido com a
lâmpada halógena. Entretanto em espécimes de 2,0mm foi necessário que aumentasse o
tempo de fotoativação com o LED para 60 segundos, de forma a equiparar-se com 40
segundos com lâmpada halógena.
Dunn e Bush (2002) compararam o efeito da polimerização proveniente dos
aparelhos de luz halógena e dos LED. Foram utilizados dois aparelhos de luz halógena e
dois LEDs para polimerizar compósito brido e um compósito de micropartícula. O
teste de dureza foi realizado na superfície e na base das amostras. Os resultados
mostraram que a dureza do compósito híbrido foi maior que o de micropartículas
independente da fonte de luz utilizada. Embora o tipo de compósito possa influenciar
em termos de dureza, os dois aparelhos de luz halógena apresentaram maior eficácia em
relação ao dois aparelhos de LED, sendo que os compósitos apresentaram maior dureza
quando polimerizados com a luz halógena, tanto na superfície quanto na base. Os
autores concluíram que os aparelhos de LED disponíveis no mercado ainda requerem
maiores adequações para se equipararem ou superarem os aparelhos de luz halógena.
Harada, Caputo e Mito (2002) analisaram a microinfiltração nas margens de
restaurações de resinas fotoativadas com LED e luz halógena. Para tanto, utilizaram
23
blocos dentais com restaurações MO e DO, após a polimerização eles foram levados a
termociclagem e um corante foi introduzido. Os resultados mostraram que infiltrações
substanciais foram observadas em todas as combinações de resinas e fontes de luz. Não
houve diferenças estatísticas em termos de microinfiltrações utilizando LED ou luz
halógena nas diferentes resinas compostas testadas.
Leonard et al. (2002) compararam o potencial de polimerização de três
aparelhos LED com um de luz halógena, e observaram que todos os aparelhos de LED
precisaram de um tempo de exposição maior para polimerizar as resinas utilizadas do
que o aparelho de luz halógena.
Mills, Uhl e Jandt (2002) compararam o potencial de polimerização de dois
aparelhos de LEDs (dois protótipos e um comercial) com um aparelho comercial de luz
halógena. Os autores verificaram a dureza, a força de compressão em compósitos
polimerizados por 20 e 40 segundos. Os autores verificaram que a dureza do material
obtida com os dois aparelhos de LED (protótipos) e o de luz halógena foram maiores
em relação ao LED comercial. A força de compressão foi homogênea quando
comparado as diversas fontes de luz.
Uhl et al. (2002) avaliaram o potencial de polimerização de dois aparelhos
comerciais de luz halógena (Translux CL e Spectrum 800) e dois LEDs (um protótipo e
um comercial LuxoMax). Os autores verificaram que a dureza do material obtida com o
aparelho de LED disponível comercialmente (LuxoMax) foi estatisticamente menor nas
profundidades de 0,1; 1,0; 1,9 e 3,1 mm, para todos os compósitos testados. A força de
compressão foi maior utilizando os aparelhos de luz halógena quando comparado com o
LED LuxoMax.
Besnault et al. (2003) avaliaram as propriedades mecânicas (dureza e força
flexural) de três resinas compostas quando fotoativadas utilizando um aparelho de LED
e um de luz halógena. As resinas utilizadas foram Tetric Ceram, Charisma e Z 100. O
tempo de exposição de luz foi de 40 s, 6 s, 12 s e 39 s. Na avaliação de topo, no tempo
padrão de 40 s, a Tetric Ceram foi a única que apresentou valores maiores quando
polimerizada com luz halógena, as outras não apresentaram diferenças estatísticas. Na
avaliação da dureza, independente do material utilizado, não houve diferenças
estatísticas em relação a fonte de luz utilizada. Quando analisada a força flexural, não
houve diferença estatística.
Bosquirolli (2003) avaliou a resistência à tração de uma resina composta
fotopolimerizada por diferentes fontes de luz e por diferentes tempos de ativação. Deste
24
modo, utilizou um aparelho de luz halógena (670 mW/cm
2
) e um de LED (130
mW/cm
2
). A resina composta utilizada foi a Z 250, cores A1 e A4, obtendo-se
espécimes de 2 mm de espessura. O tempo de exposição foi de 20 e 40 segundos para
A1 e 40 e 80 para A4 com ambos aparelhos de luzes. Dez minutos após a obtenção os
espécimes foi realizado o ensaio de tração. O autor conclui que o aparelho de LED foi
tão efetivo na polimerização da resina composta quanto o de luz halógena. O aumento
do tempo de polimerização não exerceu influência na resistência à tração da resina,
independente do tipo de aparelho de luz. A resistência à tração para a resina Z 250 nas
cores A1 e A4 não foi afetada pela variação do tempo de polimerização e pela fonte de
luz.
Gonçalves (2003) avaliou a dureza em diferentes profundidades de resina
composta fotoativada com aparelhos à base de luz emitida por diodo (LED) e concluiu
que esses aparelhos estão em estágio de evolução e afirmação, vindo a substituir os
aparelhos de luz halógena.
Price, Felix e Andreous (2003) compararam a segunda geração de LED com a
um aparelho de luz halógena na fotoativação de resinas compostas. Dez resinas
compostas foram fotoativadas por 20 e 40 segundos com LED e 40 segundos com
lâmpada halógena. A dureza Knoop foi avaliada no topo e na base da amostra 15
minutos 24 horas após a ativação. Após 24 horas, a fotoativação com LED por 20
segundos polimerizou cinco resinas das dez utilizadas tão bem quanto a luz halógena no
tempo de 40 segundos. Quando o LED foi usado por 40 segundos também, houve
polimerização de seis resinas tão bem quanto a luz halógena.
Soh, Yap e Siow (2003) compararam a efetividade da polimerização de resinas
utilizando dois aparelhos de LED e três de luz halógena (alta intensidade, muito alta
intensidade e padrão). Os autores concluíram que a efetividade da polimerização com
LED depende do tipo de resina utilizada. A dureza no topo e na base das amostras
fotoativadas com LED foi significativamente menor que quando utilizado a luz
halógena convencional. A efetividade da polimerização da luz halógena de alta
intensidade foi significantemente maior que da luz halógena convencional. A
efetividade da polimerização da luz halógena de muito alta intensidade foi comparável
ao da luz halógena convencional.
Uhl, Mills e Jandt (2003a) analisaram a dureza em relação à profundidade
quando resinas são fotoativadas com luz halógena ou com LED e o tempo necessário
para efetuar a polimerização. Os autores verificaram que a polimerização em termos de
25
profundidade foi estatisticamente maior utilizando o aparelho de luz halógena do que o
aparelho de LED em todas as resinas utilizadas. A polimerização da profundidade em
função do tempo revelou que a luz halógena requer menos tempo de exposição.
Uhl, Mills e Jandt (2003b) analisaram a temperatura liberada em três diferentes
compósitos com duas cores diferentes (A2 e A4) fotoativadas com luz halógena e com
LED. Os autores verificaram que em todos os compósitos polimerizados com luz
halógena houve uma maior temperatura do que quando utilizado o aparelho de LED.
Em relação às cores utilizadas, na resina clara (A2) a temperatura foi maior do que a de
cor escura (A4), quando utilizado um aparelho de LED, e quando utilizado um aparelho
de luz halógena observou-se o contrário. A polimerização da profundidade em função
do tempo revelou que a luz halógena requer menos tempo de exposição. Em geral, os
autores concluíram que os aparelhos de LED são uma alternativa viável em relação aos
de luz halógena, pois há um menor produção de calor nos materiais utilizados.
Uhl et al. (2004) analisaram o efeito pós-polimerização com LED e luz
halógena de diferentes compósitos, para averiguar se as propriedades mecânicas
(dureza) sofrem alteração devido à fonte de luz utilizada, ou é um processo que pode
ocorrer após um tempo efetuada a polimerização. A dureza Knoop foi mensurada logo
após o processo de polimerização e após cinco dias de armazenamento. A carga
utilizada para se efetuar a indentação foi variada (200 400 g) para verificar a
influência da carga utilizada na mensuração da dureza. Os autores verificaram em geral
que a dureza após cinco dias foi maior nas amostras fotoativadas com LED. Quando se
utilizou carga de 400g, a dureza foi maior para todos os compósitos após ativação e
cinco dias de armazenamento, tanto utilizando luz halógena como o LED. Em geral, os
autores concluíram que o efeito pós-polimerização não ocasiona mudanças nas
propriedades mecânicas dos materiais quando se utilizam aparelhos de LED como
foram verificados em estudos anteriores. Em relação à carga utilizada na mensuração da
dureza, há uma influência estatisticamente significativa.
Uhl, Sigusch e Jandt. (2004) analisaram a dureza Knoop e a profundidade
(penetrômetro) após a polimerização de três resinas (Z100, Admira e Revolcin flow)
utilizando um aparelho de LED de alta potência (segunda geração) com 901 mW/cm
2
e
comparou com uma aparelho de luz halógena (860 mW/cm
2
). O tempo de
polimerização foi de 40 segundos. Os resultados mostraram que para a análise de
profundidade o LED foi mais efetivo que o de luz halógena. No entanto, analisando a
26
dureza no topo e base das resinas Z100 e Admira, não diferença estatística para ambos
os aparelhos. Já a resina flow apresentou menor dureza quando polimerizada com LED.
Tsai, Meyers e Walsh (2004) examinaram a polimerização em profundidade e a
dureza de superfície em uma resina composta híbrida (cor B1, A3 e C4) quando
utilizados três aparelhos de LED e compararam com dois aparelhos de luz halógena. Os
resultados mostraram que em termos de polimerização em profundidade, os dois
aparelhos de luz halógena obtiveram os melhores resultados. Os três LEDs
apresentaram performance similares entre os parâmetros analisados. Em termos de cor,
o LED apresentou maior polimerização em profundidade com a resina A3, enquanto os
de luz halógena apresentaram maiores resultados com a resina C4. Em relação à dureza
de superfície não houve diferenças estatísticas em relação às fontes de luz, entretanto,
abaixo da superfície a dureza apresentou redução quando utilizado o LED.
Bala, Olmez e Kalayci (2005) compararam o efeito dos aparelhos de luz
halógena e de LED no grau de conversão de diferentes resinas compostas. Os valores do
grau de conversão das resinas compostas fotoativadas com LED foram maiores que a
luz halógena. Os autores concluíram que o LED utilizado neste estudo foi clinicamente
satisfatório e apresentou irradiação suficiente para polimerizar as resinas testadas em
um tempo de 40 segundos.
Oberholzer, Preez e Kidd (2005) avaliaram o potencial de polimerização,
microinfiltração, força de união e dureza de superfície da resina composta utilizando
LED comparado à luz halógena. Os resultados mostraram que para a análise de
microinfiltração não houve diferença estatística entre a resina polimerizada com as
diferentes fontes de luz. Em relação à dureza, a fonte de luz do LED apresentou valores
menores do que a luz halógena. Em relação à força de união, a resina polimerizada com
luz halógena apresentou resultados significantemente maiores em comparação ao LED.
Uhl et al. (2005) avaliaram se uma diferença estatística na contração de
polimerização da resina quanto ao volume quando utilizado o LED. A contração em
volume foi determinada após 5, 10, 20 e 40 s. A contração linear foi determinada com a
análise mecânica para resinas Z100, Spectrum, Solitaire, e Definite, fotoativadas com
uma luz halógena e dois LEDs. Os resultados mostraram que não houve diferenças nas
contrações dos compósitos quando se utilizou LED ao invés de luz halógena. Os
compósitos contendo somente a canforoquinona como fotoiniciador mostraram
comportamentos similares com LED ou halógena em relação à contração de
polimerização.
27
2.2 Resinas Compostas
As resinas compostas atuais são muito melhores do que as desenvolvidas a
quatro décadas atrás, embora sua composição tenha variado pouco. Na década de 60, as
resinas compostas eram constituídas por uma fase orgânica à base de Bis-GMA e
UDMA, unida através do silano às partículas inorgânicas de quartzo. Embora a fase
orgânica tenha sido responsável pelas propriedades negativas das resinas compostas,
como contração de polimerização, sorção de água, alto coeficiente de expansão rmica
linear e desgaste, só recentemente ela vem sendo modificada.
O Bis-GMA tem quase meio século de existência e continua a ser usado apesar
de vários inconvenientes, por exemplo, a sua molécula apresenta um centro rígido pela
presença de dois anéis benzênicos ou aromáticos que impedem o livre movimento dos
dois grupos acrílicos existentes na extremidade da cadeia (GARONE NETTO et al.,
2003). Esta rigidez tem duas conseqüências: a resina é muito viscosa para ser utilizada e
requer um comonômero, geralmente o trietilenoglicol dimetacrilato (TEG DMA) para
ajustar a viscosidade; a molécula fica incapaz de sofrer rotação e, portanto, de participar
efetivamente durante a polimerização. Como resultado, somente um grupo metacrilato é
reativo, enquanto o outro fica menos ativo e apenas ocasionalmente consegue
estabelecer uma polimerização cruzada (cross link) com a molécula adjacente inerte.
Isto leva a um baixo grau de conversão (deixando monômeros sem reação), criando
polímeros de baixo peso molecular, isto é, oligômeros (GARONE NETTO et al., 2003).
Esses dois anéis benzênicos não são encontrados no reino animal ou vegetal, levando a
uma falta de biocompatibilidade, portanto as enzimas do organismo não os reconhecem
gerando respostas citotóxicas e efeitos mutagênicos e carcinogênicos. Quanto maior a
quantidade de monômeros livres, maior será a toxicidade, além disso, o TEG DMA
também é citotóxico, e por estes motivos, é que os monômeros não devem entrar em
contato com a polpa (GARONE NETTO et al., 2003).
Na composição original as partículas de quartzo foram escolhidas como fase
inorgânica por serem quimicamente inertes e apresentarem um ótimo índice de refração.
Entretanto, essas partículas de quartzo apresentavam tamanho muito grande, o que
favorecia uma maior abrasão, além disso, sua alta dureza Knoop dificultava o polimento
e não eram radiopacas.
28
A partir de 1995 o mercado odontológico viu surgir novas resinas compostas,
com alterações em suas fases orgânicas e inorgânicas, com o intuito de melhorar o grau
de conversão, de contração de polimerização e os aspectos estéticos.
As resinas compostas de alta viscosidade seria o nome mais apropriado para
essa nova classe de resina composta que surgiu a partir de 1997. Talvez os nomes
resinas compostas condensáveis ou resinas compostas acomodáveis fossem menos
impróprios do que resinas compostas compactáveis, como é mais conhecida. Estas
resinas foram criadas com a intenção de facilitar a obtenção da relação de contato em
cavidades de Classe II e permitir que a inserção fosse igual a do amálgama, isto é, pela
condensação. Clinicamente com nenhuma resina compactável é possível realizar uma
condensação à cavidade como ocorre com o amálgama. O que se faz é uma acomodação
ou uma compactação quando comparadas às resinas compostas do tipo convencionais
(SÖDERHOLM, 1985).
Esses tipos de resinas apresentam um alto conteúdo de partículas inorgânicas,
acima de 80% em volume, isso aumenta sensivelmente sua viscosidade. Essa fase
inorgânica é constituída por fibras ou partículas porosas irregulares para promover um
travamento entre as mesmas e para conferir sensação de condensabilidade ao material.
Segundo os fabricantes, com as resinas compactáveis é possível alcançar uma média de
4 a 5mm de profundidade de polimerização, são radiopacas e apresentam alta resistência
à abrasão apresentando apenas 3,5 µm de desgaste ao ano. Outra propriedade positiva é
uma baixa contração de polimerização, em torno de 2,3% (PALUCCI; VIÑHA, 1993).
A consistência das resinas compostas compactáveis facilita a obtenção da relação de
contato, e após a inserção da última camada é possível realizar a escultura oclusal por
acomodação da resina que não escoa (PALUCCI; VIÑHA, 1993).
As resinas compostas de baixa viscosidade ou de alto escoamento são
conhecidas como “Flowable Composites” e o marketing popularizou-as como resinas
composta “Flow”. Estas são micro-híbridas com 37 a 60% em volume de partículas
inorgânicas, são radiopacas, geralmente contêm flúor em sua composição e são
apresentadas em seringas com agulhas para facilitar sua aplicação. Como desvantagens
apresentam menor resistência à abrasão, maior contração de polimerização, baixa
liberação de flúor, são pegajosas e não pesquisas clínicas suficientes para comprovar
suas qualidades (GARONE NETTO et al., 2003).
Devido à sua alta fluidez a resina composta “Flow” é a mais indicada para
restaurações de cavidades conservadoras. Trata-se de um material muito versátil e que
29
auxilia na adaptação das restaurações ao dente, principalmente quando aplicado antes de
uma resina composta de maior viscosidade, embora esteja indicada como primeira
camada em restaurações (YOUSSEF, 1999).
Estas resinas podem ser fotoativadas, quimicamente ativadas ou “Dual” (ambas
ativações). No entanto, as resinas compostas fotoativadas apresentam menor infiltração
marginal. As resinas compostas “Flow” quimicamente ativadas e as do tipo “Dual”
necessitam ser espatuladas e podem ser inseridas com seringas apropriadas. Mesmo
entre as resinas “Flow” podemos notar diferenças de viscosidade, podendo classificá-las
de baixa, média e alta viscosidade (GARONE NETTO et al., 2003).
A resina do tipo flow quando comparada à resina convencional (híbrida), em
restaurações de classe II e III, mostrou que em termos de microinfiltração marginal, a
utilização da resina flow não apresentou diferença estatística em relação à híbrida
(MIRANDA JR. et al., 1999; CHUANG; LIU; JIN, 2000; SOARES et al., 2000).
No entanto, quando a resina flow foi utilizada como liner, observou-se melhor
selamento marginal nas restaurações (TUNG; ESTEFAN; HSIEH, 2000; BATITUCCI
et al., 2000).
Gomes et al. (2002) analisaram in vitro a microinfiltração marginal em
cavidades de classe II, confeccionadas nas faces mesial e distal de pré-molares
humanos, recém-extraídos, restaurados com resina composta de alta densidade Fill
Magic (Vigodent), utilizando uma resina composta de alta densidade Fill Magic Flow
(Vigodent), como liner em esmalte e dentina. A utilização de resina “flow” como
“liner” não alterou de forma estatisticamente significativa os graus de microinfiltração
marginal.
Lee, Son e Um (2003) analisaram as propriedades de cinco resinas “flow”, duas
convencionais híbridas e duas resinas compostas compactáveis. A viscosidade das
resinas “flow” foi menor que a híbrida. A viscosidade das resinas compactáveis foi
maior que híbrida. Os autores concluíram que a viscosidade dos compósitos da mesma
classe é significantemente diferente entre as marcas existentes no mercado,
influenciando nas características do material.
Frente a divergência dos trabalhos apresentados verificamos a necessidade de
um estudo mais aprofundado comparando a fonte de luz halógena com o LED.
30
3 Proposição
O objetivo deste estudo foi avaliar a microdureza superficial em dois tipos de
resinas compostas, uma compactável ou de alta viscosidade e uma “flow” ou de baixa
viscosidade, utilizando-se uma fonte de luz halógena e outra à base de diodo emissor de
luz (LED).
31
4 Material e Método
4.1 Delineamento Experimental
Foram utilizados dois tipos de resinas compostas: Resina composta
compactável ou de alta viscosidade (Tetric Ceram) e resina composta de baixa
viscosidade ou de alto escoamento (Tetric Flow). Foram confeccionados quarenta
corpos de prova (vinte com Tetric Ceram e vinte com Tetric Flow). Os corpos de prova
foram fotoativados com um aparelho de luz halógena e outro de diodo emissor de luz
(LED). Os resultados foram obtidos através da análise dos valores de microdureza
Vickers (VHN) nas regiões de topo e base dos corpos de prova.
4.2 Materiais Utilizados
Para determinar a microdureza das resinas compostas fotoativadas em função
do tipo de fonte de luz, utilizou-se uma resina composta Tetric Ceram (Ivoclar
Vivadent) (Figura 1 a) e Tetric Flow (Ivoclar Vivadent) (Figura 1 b). A cor selecionada
(A2) foi a mesma para as duas resinas compostas testadas. A composição química,
tempo de polimerização 40 s, preconizado pelo fabricante e demais informações sobre
os produtos encontram-se na Tabela 1.
Figura 1 - Resinas compostas: (a) Tetric Ceram; (b) Tetric Flow
b
a
32
Tabela 1 – Características das resinas compostas utilizadas
Produto Cor N
o
Lote TF (s) * % peso de
carga
% vol de
carga
Partículas
(µm) **
Tetric
Ceram
A2 CM-8175 40 79 60 0,7
Tetric
Flow
A2 FL-9494 40 68,1 43,8 0,7
* Tempo de fotopolimerização em segundos
** Tamanho médio das partículas em micrômetros
Para a fotoativação das resinas compostas foi utilizado um aparelho de luz
halógena Ultralux EL (Dabi-Atlante) com intensidade de luz 622 mW/cm
2
(Figura 2 a)
e outro de diodo emissor de luz (LED) Ultraled XP (Dabi-Atlante) com intensidade de
luz 477 mW/cm
2
(Figura 2 b). As especificações destes aparelhos encontram-se na
Tabela 2. As intensidades de luz foram verificadas por um radiômetro comercial
(Curing Light Meter), antes do uso dos aparelhos.
Figura 2 - Aparelhos fotopolimerizadores: (a) Ultralux EL; (b) Ultraled XP
a
b
33
Tabela 2 - Especificações técnicas dos aparelhos fotopolimerizadores
Especificações Técnicas ULTRALUX EL ULTRALED XP
Voltagem Comutação Automática
100 a 240 VCA
Comutação Automática
100 a 240 VCA
Consumo 84 VA 15 VA
Altura 210 mm 180 mm
Largura 162 mm 154 mm
Peso 1,40 Kg 0,91 Kg
Comprimento 223 mm 230 mm
Intensidade de Luz (mW/ cm
2
) 622 477
Comprimento de onda 500 nm 460 nm
4.3 Confecção dos Corpos de Prova
Para obtenção dos corpos de prova (n=40) foi confeccionada uma matriz de
teflon bipartida de formato retangular de cor clara, com espessura de 6,0 mm e
perfuração central de 5x5 mm (Figura 3). A matriz foi posicionada sobre uma placa de
vidro e entre ambas foi posicionada uma tira de poliéster.
Figura 3 - Matriz bipartida de Teflon
A inserção da resina composta no interior da matriz de teflon foi realizada em
três incrementos, totalizando uma altura de 6,0 mm. A distância da ponta fotoativadora
foi padronizada para todos os incrementos, sendo ajustada na parte superior do orifício
central da matriz de teflon. Primeiramente foi posicionada uma tira de poliéster entre a
34
matriz de teflon e a placa de vidro (Figura 4 A), afim de evitar o contato direto da
resina com a placa de vidro. Em seguida foi colocado o primeiro incremento (Figura 4
B), que foi polimerizado por 40 segundos (Figura 4 C), posteriormente foi acomodado o
segundo incremento (Figura 4 D), que também foi polimerizado no tempo de 40
segundos (Figura 4 E). E por fim, o terceiro e último incremento de resina composta
(Figura 4 F), que foi acomodado cuidadosamente no interior da matriz, de modo que a
altura correspondente ao corpo de prova não ficasse além ou aquém da altura de 6,0 mm
da matriz. Uma tira de poliéster foi então adaptada na parte superior da matriz de teflon,
a fim de melhorar a adaptação da resina no interior da matriz e evitar o contato direto
entre a ponta do aparelho fotoativador com a resina composta. Imediatamente após,
aplicou-se uma fonte de luz visível previamente selecionada, por um tempo de 40
segundos (Figura 4 G). Após esse tempo, o corpo de prova foi removido da matriz
(Figura 4 H) e a região superior do corpo de prova foi designada de topo, enquanto a
parte inferior foi denominada de base (Figura 4 I), as quais foram devidamente
identificadas com caneta para retroprojetor, sendo padronizada cor distinta para cada
região, permitindo desta maneira a análise referente a cada região. O armazenamento
dos corpos de prova foi feito em ambiente úmido ao abrigo de luz em água destilada a
37º C durante 24 horas, até seguirem para as etapas de lixamento e polimento.
35
Figura 4 – Passos realizados para confecção dos corpos de prova: (a) Matriz
de Teflon, tira de poliéster e Placa de vidro; (b) Primeiro incremento de
resina; (c) Polimerização por 40 segundos; (d) Segundo incremento de
resina; (e) Polimerização por 40 segundos; (f) Terceiro e último incremento
de resina; (g) Polimerização por 40 segundos; (h) Remoção do corpo de
prova da matriz; (i) Região de topo e de base do corpo de prova.
Topo
Base
a
b
c
d
e
f
g
h
i
36
4.4 Grupos Experimentais
Quarenta corpos de prova foram divididos em quatro grupos de acordo com o
tipo de resina composta e do aparelho fotopolimerizador utilizado, como mostra a tabela
abaixo (Tabela 3).
Tabela 3 - Grupos experimentais que foram analisados
4.5 Lixamento e Polimento
Os corpos de prova foram lixados e polidos, utilizando uma Politriz (DP-10
Struers Laboratório de Dentística, UNESP São José dos Campos) (Figura 5), sob
baixa rotação com irrigação constante de água. Para o lixamento inicialmente foi
utilizada uma lixa de granulação 400, 600, 1200 e 4000, o tempo para cada lixa foi de
aproximadamente 1 minuto, sendo determinado de acordo com o exame visual de cada
amostra. Em seguida, o polimento foi realizado em baixa rotação, utilizando um disco
de feltro com suspensão diamantada de 1,0 micra, o tempo também foi determinado de
acordo com o exame visual de cada amostra. O armazenamento dos corpos de prova foi
feito ao abrigo de luz em água destilada a 37º C durante 24 horas.
Grupos (n = 10) Resina Composta Aparelho Fotoativador
I Tetric Ceram Luz Halógena
II Tetric Ceram LED
III Tetric Flow Luz Halógena
IV Tetric Flow LED
37
Figura 5 - Máquina de Politriz
4.6 Análise da Microdureza
Para análise de microdureza, foi utilizado um microdurômetro (Micromet 2003
– Buehler – Laboratório de Dentística, UNESP – São José dos Campos) (Figura 6), com
penetrador tipo Vickers com carga estática de 50 gramas por 10 segundos. Foram
realizadas três indentações separadas entre si por uma distância de 100 µm, em
triplicata, resultando em nove indentações (Figura 7). As indentações foram feitas tanto
no topo como na base de cada corpo de prova, resultando em 18 indentações em cada
corpo de prova.
Figura 6 - Penetrador do tipo Vickers
50 g/ 10 s
38
Figura 7 - Esquema das Indentações
4.7 Análise Estatística
Após a obtenção dos valores de microdureza de superfície, foram calculados
as médias de cada grupo. A análise de variância (ANOVA) e o teste de Tukey foram
usados para comparar a microdureza de superfície entre os diferentes grupos. O
programa estatístico utilizado foi Origin Pro 7,5 ao nível de significância de 5%.
100
µ
m
50 g/ 10 s
39
5 Resultados
Após a obtenção dos dados de microdureza Vickers (VHN) do topo e da base
de todos os corpos de prova (n=40) dos diferentes grupos experimentais (Grupo I: Tetric
Ceram Halógena; Grupo II: Tetric Ceram LED; Grupo III: Tetric Flow Halógena;
Grupo IV: Tetric Flow LED), os resultados foram estatisticamente comparados em
relação aos aparelhos fotopolimerizadores (Luz Halógena e LED) e aos materiais
resinosos (Tetric Ceram e Tetric Flow) utilizados.
Em relação aos dois diferentes tipos de aparelhos fotopolimerizadores, os
resultados mostraram diferenças estatísticas significantes (p<0,05) entre os Grupos I e
II, tanto na região de topo como de base, ou seja, a resina composta (Tetric Ceram)
fotoativada com luz halógena apresentou valores de microdureza maiores do que
quando fotoativada com LED (Tabela 4). Também houve diferença significante
(p<0,05) entre os Grupos III e IV (resina composta Tetric Flow), mas apenas na região
de base, no entanto, não houve diferença estatística (p>0,05) na região de topo (Tabela
5).
Tabela 4 - Médias e desvios-padrão de microdureza (VHN) das regiões de topo e base
da resina composta Tetric Ceram fotoativadas com Luz Halógena e LED
Grupos
(n=10)
Resina
Composta
Aparelho
Fotoativador
VHN
Topo Base
I Tetric Ceram Halógena 80,58 ± 5,56 a * 61,22 ± 6,79 a *
II Tetric Ceram LED 72,51 ± 7,34 b * 53,25 ± 4,80 b *
* Valores médios seguidos (sentido vertical) por letras minúsculas distintas diferem
estatisticamente entre si (p<0,05)
40
Tabela 5 - Médias e desvios-padrão de microdureza (VHN) das regiões de topo e base
da resina composta Tetric Flow fotoativadas com Luz Halógena e LED
Grupos
(n=10)
Resina
Composta
Aparelho
Fotoativador
VHN
Topo Base
III Tetric Flow Halógena 46,67 ± 7,25 a 40,29 ± 5,25 a *
IV Tetric Flow LED 44,78 ± 7,07 a 36,99 ± 6,81 b *
* Valores médios seguidos (sentido vertical) por letras minúsculas distintas diferem
estatisticamente entre si (p<0,05)
A análise dos resultados em relação aos materiais resinosos (Tetric Ceram e
Tetric Flow) mostrou diferenças estatísticas significantes (p<0,05) entre os Grupos I e
III, tanto na região de topo como de base, ou seja, os valores de microdureza foram
maiores quando utilizada uma resina compactável (Tetric Ceram) em comparação à
resina do tipo “flow” (Tetric Flow) fotoativadas com o mesmo tipo de luz (Halógena)
(Tabela 6). Também houve diferença estatística (p<0,05) entre os Grupos II e IV, onde
os valores médios das regiões de topo e base da Tetric Ceram, também foram maiores
em relação a Tetric Flow fotoativada com o mesmo tipo de luz (LED) (Tabela 7).
Tabela 6 - Médias e desvios-padrão de microdureza (VHN) das regiões de topo e base
da resina composta Tetric Ceram e Tetric Flow fotoativadas com luz halógena
Grupos
(n=10)
Resina
Composta
Aparelho
Fotoativador
VHN
Topo Base
I Tetric Ceram Halógena 80,58 ± 5,56 a * 61,22 ± 6,79 a *
III Tetric Flow Halógena 46,67 ± 7,25 b * 40,29 ± 5,25 b *
* Valores médios seguidos (sentido vertical) por letras minúsculas distintas diferem
estatisticamente entre si (p<0,05)
41
Tabela 7 - Médias e desvios-padrão de microdureza (VHN) das regiões de topo e base
da resina composta Tetric Flow e Tetric Ceram fotoavidadas com LED
Grupos
(n=10)
Resina
Composta
Aparelho
Fotoativador
VHN
Topo Base
II Tetric Ceram LED 72,51 ± 7,34 a * 53,25 ± 4,80 a *
IV Tetric Flow LED 44,78 ± 7,07 b * 36,99 ± 6,81 b *
* Valores médios seguidos (sentido vertical) por letras minúsculas distintas diferem
estatisticamente entre si (p<0,05)
Quando se comparou o valor de microdureza das regiões de topo e base
pertencentes ao mesmo grupo, a análise dos resultados revelou diferenças estatísticas
(p<0,05) nos Grupos I e II (Tabela 8). No entanto, não houve diferença estatística
(p>0,05) para o Grupo III e IV (Tabela 8). Todos os valores médios de microdureza
foram maiores na região de topo comparado à região de base.
Tabela 8 - Médias e desvios-padrão de microdureza (VHN) das regiões de topo e base
de resinas compostas (Tectric Ceram e Tetric Flow) fotoativadas (Luz halógena e LED)
Grupos
(n=10)
Resina
Composta
Aparelho
Fotoativador
VHN
Topo Base
I Tetric Ceram Halógena 80,58 ± 5,56 A * 61,22 ± 6,79 B *
II Tetric Ceram LED 72,51 ± 7,34 A * 53,25 ± 4,80 B *
III Tetric Flow Halógena 46,67 ± 7,25 A * 40,29 ± 5,25 A *
IV Tetric Flow LED 44,78 ± 7,07 A * 36,99 ± 6,81 A *
* Valores médios seguidos por letras maiúsculas distintas (sentido horizontal) diferem
estatisticamente entre si (p<0,05)
Quando os valores de microdureza são analisados em porcentagem (%),
observa-se uma redução na região de base em relação ao topo pertencente ao mesmo
grupo. Como também uma redução entre os grupos experimentais tanto na região de
topo como de base (Figura 8).
42
Figura 8 - Valores de microdureza em porcentagem (%), padronizados em relação ao
valor médio da microdureza do topo de Tetric Ceram com Luz Halógena (TCH*),
quanto ao tipo de resina composta, de fonte de luz e região do corpo de prova.
40
50
60
70
80
90
100
TOPO
BASE
TCH*
TCL
TFH
TFL
TCH
TCL
TFH
TFL
%
TCH : Tetric Ceram Halógena
TCL : Tetric Ceram Led
TFH : Tetric Flow Halógena
TFL : Tetric Flow Led
43
6 Discussão
A efetividade da polimerização da resina composta e o potencial de
polimerização dos aparelhos fotopolimerizadores podem ser verificados direta ou
indiretamente. Os métodos diretos de detecção do grau de conversão são estabelecidos
por espectroscopia de infravermelho e espectroscopia de laser, os quais determinam a
quantidade de conversão quimicamente. O método por laser possibilita a leitura da
quantidade de grupos metacrilatos livres no material antes e após a exposição à luz. A
espectroscopia por infravermelho, monitora a alteração de absorbância das ligações
duplas de carbono nos estados polimerizados e não polimerizado do material resinoso.
O grau de conversão, independente do método utilizado, é o teste mais sensível, no
entanto apresenta elevado custo, dificuldade técnica e elevado tempo de execução
(NAGEM FILHO, 2000).
Os métodos indiretos são os visuais e compreendem a metodologia por
raspagem e testes de dureza (HARRINGTON; WILSON; SHORTALL, 1996). No teste
de raspagem, o material é fotopolimerizado por um determinado intervalo de tempo,
removido da matriz e a porção não polimerizada, a qual se encontra amolecida, é
raspada com um instrumento cortante manual até encontrar resistência similar à
superfície voltada para a fonte de luz. A porção remanescente é mensurada, resultando
no valor da profundidade de polimerização. Apesar se ser um teste simples, não indica a
qualidade da polimerização (YEARN; MACCLESFIELD, 1985). No teste de distinção
óptica, por meio de estereomicroscopia detecta-se uma linha de diferente translucidez na
superfície do corpo de prova, a qual demarca a diferença entre o material polimerizado e
não polimerizado, fornecendo a profundidade de polimerização. Apesar de ser de fácil
execução, os valores de profundidade de polimerização são superestimados e o seu uso
é limitado (SEABRA, 2000).
O teste de dureza superficial tem sido um dos indicadores do grau de
polimerização. Conforme Yearn e MacClesfield (1985), a dureza pode ser medida em
intervalos de espaço ao longo do corpo de prova polimerizado. O teste de dureza mede a
resistência de um material à penetração de um dispositivo colocado sobre a superfície
do mesmo por um determinado período de tempo, deixando uma impressão
(indentação). Os testes de dureza mais utilizados em Odontologia são os de
macrodureza Brinell e Rockwell e de microdureza Vickers e Knoop. O teste de dureza
para avaliação de profundidade de polimerização é o mais popular devido a sua
44
simplicidade e é o mais utilizado para investigar os fatores envolvidos na profundidade
de polimerização. Com base nestas considerações a análise metodológica eleita para o
presente estudo constituiu-se da microdureza Vickers, a qual se faz presente em
diversos estudos (SANTOS et al., 2000; PEREIRA et al., 2001; QUANCE et al., 2001).
Na avaliação da profundidade de polimerização, é necessário que a matriz
utilizada na confecção dos corpos de prova exerça mínima influência sobre a
intensidade de luz que atinge o compósito, e que este se polimerize na dependência
exclusiva de suas propriedades. A cor e/ou transparência dessas matrizes não deveriam
induzir a diferença nos resultados finais. Os estudos têm utilizado matrizes à base de
diferentes materiais e cores como teflon branco, preto, opaco e translúcido; poliacetato
de coloração clara; resina acrílica quimicamente ativada; matriz plástica e metálica de
aço de alumínio. De acordo com a literatura, as matrizes não são padronizadas quanto
ao material, forma, tamanho e cor. Assim, a comparação de resultados obtidos por
diferentes pesquisas torna-se difícil, que as diferentes matrizes experimentais
utilizadas podem levar à deformação dos valores finais. Pereira, Porto e Mendes (2001)
descreveram que matrizes que permitem a passagem de luz, como as de teflon de cor
clara ou translúcida, geram corpos de prova com a extremidade da porção polimerizada
na forma côncava, caracterizando maior polimerização nas extremidades em contato
com as paredes do molde, em função da transmissão de luz que, nas matrizes pretas
opacas e metálicas, a forma assumida é convexa, indicando maior polimerização no
centro e ausência de passagem de luz pelas laterais. Quance et al. (2001) concordaram
com a importância do tipo de matriz para os estudos in vitro.
Neste estudo, optou-se pelo uso de uma matriz do tipo teflon branco, por
corresponder de forma mais próxima à realidade clínica, visto que o dente apresenta
características de translucidez que permitem a difusão da luz, como mostrado nos
trabalhos de Fujibayashi et al. (1998) e Dunn e Bush (2002), ao contrário dos estudos de
Rastelli (2002) e Pereira (1999), que usaram matrizes metálicas na avaliação da
profundidade de polimerização. A matriz utilizada possuía uma profundidade de
6,0mm, isso possibilitou a confecção dos corpos de prova de forma incremental e a área
correspondente ao orifício de 5 x 5mm da matriz, também possibilitou que toda a
extensão do corpo de prova recebesse a transmissão de luz dos aparelhos
fotopolimerizadores, uma vez que tanto a ponta do LED como do aparelho de luz
halógena apresentavam diâmetro de 8,0mm; esta cobertura total é importante
clinicamente para promover uma polimerização uniforme em toda a restauração.
45
Os resultados do presente estudo mostraram que os valores de microdureza
foram estatisticamente maiores (p<0,05) quando o mesmo tipo de resina composta
(Tetric Ceram) foi fotoativada com luz halógena em relação a fotoativação com LED
(Tabela 4), o mesmo resultado ocorreu para a região de base quando a resina composta
Tetric Flow foi fotoativada (Tabela 5). De acordo com esses resultados, apesar das
limitações dos estudos in vitro, podemos extrapolar que, clinicamente a polimerização
desses materiais resinosos com aparelho de fotopolimerização à base de luz halógena
seria mais eficiente. No entanto, vale ressaltar que a intensidade de luz do aparelho de
luz halógena utilizado no presente estudo era de 622 mW/cm
2
, enquanto do LED era de
477 mW/cm
2
, este fator pode ter contribuído na obtenção dos melhores resultados
quando utilizado o aparelho de luz halógena. Estes resultados estão de acordo com
diversos estudos encontrados na literatura (JANDT et al., 2000; KURACHI et al., 2001;
PRICE; FELIX; ANDREOUS, 2003; OBERHOLZER; PREEZ; KIDD, 2005; SOH;
YAP; SIOW, 2003).
No entanto, outros estudos como de Fujibayashi et al. (1998), Mills, Jandt e
Ashworth (1999) e Bala, Olmes e Kalayci (2005) mostraram que materiais resinosos
fotoativados com LED apresentaram resultados estatisticamente melhores quando
comparados com luz halógena. Enquanto os estudos de Medeiros (2001) e Uhl et al.
(2004) encontraram valores de microdureza das resinas compostas testadas similares
quando fotoativadas com luz halógena e LED. Diante desta discordância científica, é
importante destacar, que a intensidade de luz dos aparelhos de luz halógena, apesar de
geralmente ser maior que do LED, a intensidade de luz emitida não está diretamente
relacionada com a polimerização da resina composta. Deve-se levar em conta o
comprimento de onda (λ), os aparelhos de luz halógena precisam de filtros para limitar
o comprimento de onda entre 400 e 500nm, pois para atingir o espectro de absorção da
canforoquinona (CQ), o fotoiniciador mais freqüentemente utilizado nas resinas
compostas, o pico de absorção deste fotoiniciador é de aproximadamente 468nm
(COELHO SANTOS; SILVA e SOUZA; MONDELLI, 2002; TESHIMA et al., 2003).
No presente estudo o comprimento de onda dos aparelhos de luz halógena e do LED
eram de 500nm e 460nm, respectivamente, ou seja, apesar da intensidade da luz do
aparelho de luz halógena ser maior (622 mW/cm
2
) que o LED ( 477 mW/cm
2
), o
comprimento de onda do LED está mais próximo do espectro de absorção do
fotoiniciador da resina composta, este aspecto, talvez possa explicar os diferentes
resultados encontrados na literatura.
46
Os resultados das Tabelas 6 e 7 mostram que utilizando o mesmo tipo de
fonte de luz e resinas compostas diferentes, os valores de microdureza foram
estatisticamente maiores (p>0,05) quando a Tetric Ceram foi empregada em relação a
Tetric Flow. De acordo com esses resultados podemos observar que independente da
fonte de luz, as resinas compostas utilizadas tiveram um comportamento diferente em
termos de polimerização, isso pode estar relacionado à composição das resinas
utilizadas, pois a resina composta compactável possui 60% em volume de partículas
inorgânicas e baixa contração de polimerização, a resina composta do tipo flow
possui 40% em volume de partículas inorgânicas e maior contração de polimerização
(GARONE NETTO et al., 2003). Os resultados estão de acordo com o estudo de
Besnault et al. (2003) os quais avaliaram os valores de microdureza em corpos de prova
confeccionados com Tetric Ceram e verificaram que independente da fonte de luz
utilizada (halógena e LED), a microdureza da região de topo foi maior em relação a
microdureza da região de base.
Para a confecção dos corpos de prova, a resina composta foi acondicionada
na matriz em três incrementos de 2,0 mm cada, sendo portanto, fotoativada três vezes, a
análise de microdureza foi feita tanto na região de topo quanto na região de base, este
fator é importante pois se aproxima de uma situação clínica, onde a camada mais
profunda de resina composta pode polimerizar-se diferentemente da camada mais
superficial. De acordo com os resultados obtidos no presente estudo, quando as regiões
de topo e base o comparadas em termos de valores de microdureza dentro do mesmo
grupo (Tabela 8), os valores de microdureza das regiões de topo são sempre maiores em
relação à base, este fato pode estar relacionado com a distância da ponta ativadora do
fotopolimerizador em relação à última camada de resina composta, pois apesar do
tempo de fotoativação ser o mesmo para cada incremento (40s), neste estudo a matriz
confeccionada tinha 6,0mm de profundidade, ou seja, o primeiro incremento estava a
uma distância da ponta ativadora do aparelho de aproximadamente 4,0mm e o segundo
incremento a 2,0mm.
Em relação ao tempo de exposição da luz emitida, podemos verificar que
Kurachi, Lizarelli e Bagnato (1999) utilizaram um aparelho à base de LED, e somente
alcançaram valores satisfatórios de microdureza quando se empregou o tempo de 180s.
No entanto, Rastelli (2002) comparando a fonte de luz emitida por diodo (LED) com
outras fontes de luz (inclusive luz halógena), conseguiu a adequada polimerização da
resina composta com o tempo de exposição de 60s, coincidindo com os resultados de
47
Quance et al. (2001). No presente estudo o tempo de exposição foi de 40s, pois é o
tempo preconizado pelo fabricante, e optou-se por manter o tempo estipulado pelo
fabricante, pois se trata de uma informação ao profissional clínico. Este fator é
importante, pois podemos notar através dos resultados que os valores de microdureza
foram maiores com a fotoativação de luz halógena, sendo que, talvez um tempo maior
de exposição com o LED poderia alcançar valores similares ao da luz halógena, o que
ainda também não está estabelecido na literatura.
De acordo com este estudo, pode-se dizer que os aparelhos à base LED,
estão em estágio de evolução e afirmação, sendo provável que, num prazo relativamente
curto possam vir a substituir os aparelhos de luz halógena consagrados, devido a
diversas vantagens apontadas anteriormente em relação aos aparelhos de LED, o que
está de acordo com o observado por Mills, Jandt e Ashworth (1999); Jandt et al., (2000);
Kurachi et al., (2001) e Rastelli (2002).
É de bom censo que os resultados obtidos neste estudo referentes a microdureza
de resinas compostas fotopolimerizadas com aparelhos de luz halógena e com LED, não
são unicamente suficientes para selecionar o tipo ideal de fonte de luz, outros fatores de
comportamento clínico geral diferentes materiais resinosos, preparo cavitário e
diferentes técnicas de restaurações aplicadas, devem ser levados em consideração.
Apesar dos resultados obtidos encaminharem para uma melhor aplicabilidade e
entendimento clínico, mais estudos a respeito devem enriquecer estas informações.
48
7 Conclusões
Com base nas condições experimentais deste estudo, podemos concluir que:
Em relação ao tipo de fonte de luz utilizada, a fotoativação com luz halógena
foi mais efetiva que a fotoativação com LED, independente do tipo de resina
composta.
Em relação ao tipo de resina composta utilizada, a resina composta Tetric
Ceram obteve valores de microdureza melhores que a resina composta Tetric
Flow.
Em relação aos valores de microdureza das regiões de topo e base, a região
de topo da resina composta Tetric Ceram polimerizou mais efetivamente que
a região de base, independente do tipo de luz utilizada. E as regiões de topo e
base da resina composta Tetric Flow não apresentaram diferenças em termos
de polimerização.
49
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activated composites. Int Dent J, v. 35, n. 3, p. 218-225, 1985.
YOUSSEF, M. N. Quais seriam as vantagens do uso das resinas tipo flow nas caixas
proximais das restaurações diretas de resina composta em dentes posteriores?
Rev Assoc Paul Cir Dent, v. 53, p. 313, 1999.
56
ANEXO A – ANOVA dos 4 grupos
[26/10/05 14:53 "/data1" (2453669)]
a = tetric ceram halógena c = tetric flow halógena
b = tetric ceram led d = tetric flow led.
one-way anova
summary statistics
dataset n mean sd se
-------------------------------------------------------------------------------------------
data1_a 180 70,89944 11,50736 0,85771
data1_b 180 62,87611 11,47064 0,85497
data1_c 180 43,48056 7,07829 0,52758
data1_d 180 40,88389 7,94681 0,59232
-------------------------------------------------------------------------------------------
null hypothesis: the means of all selected datasets are equal
alternative hypothesis: the means of one or more selected datasets are different
anova
sum of mean
source dof squares square f value p value
------------------------------------------------------------------------------
model 3 116266,096 38755,3652 410,92640 0
error 716 67527,5224 94,3121822
------------------------------------------------------------------------------
at the 0,05 level, the population means are significantly different
.
means comparison using tukey test
dataset mean difference simultaneous
significant between confidence intervals at 0,05
data1_a 70,89944 means lower limit upper limit level
------------------------------------------------------------------------------------------------------
data1_b 62,87611 8,02333 5,38729 10,65938 yes
data1_c 43,48056 27,41889 24,78284 30,05493 yes
data1_d 40,88389 30,01556 27,37951 32,6516 yes
-------------------------------------------------------------------------------------------------------
data1_b 62,87611
------------------------------------------------------------------------------------------------------
data1_c 43,48056 19,39556 16,75951 22,0316 yes
data1_d 40,88389 21,99222 19,35618 24,62827 yes
-------------------------------------------------------------------------------------------------------
data1_c 43,48056
-------------------------------------------------------------------------------------------------------
data1_d 40,88389 2,59667 -0,03938 5,23271 no
57
ANEXO B – Tabelas estatísticas
TABELA A....Valores médios e desvio padrão de microdureza de 40 blocos de resinas
compostas, fotoativadas com luz halógena e LED, segundo regiões do topo para a base e
da base para o topo. Para cada região foram obtidas triplicatas (ver anexo...) de valores
de microdureza
Resina Tetric Ceram Tetric Flow
Radiação Halógena LED Halógena LED
Regiões Topo 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3
Média 80,5 82,1 79,1 70,0 73,7 73,8 45,5 50,3 44,2 44,8 45,6 43,9
Desvio padrão 5,9 6,3 4,0 6,0 6,6 8,8 6,9 7,7 5,8 7,4 7,2 6,7
Regiões Base 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3
Média 61,7 59,1 62,8 52,9 51,9 55,0 40,0 39,4 41,4 38,6 37,0 35,3
Desvio padrão 5,9 7,4 6,6 3,2 6,4 3,8 6,8 4,6 4,0 7,6 6,5 6,0
TABELA B Média, 1
o
quartil (25%), 2
o
quartil (50% = mediana), 3
o
quartil (75%), valor
máximo e valor mínimo de microdureza (n = 180), obtidos de 40 blocos de resinas compostas,
sob luz halógena e luz LED
Resina luz média desvio padrão 1
o
quartil mediana 3
o
quartil A
*
máximo
mínimo
Tetric Halógena 71,5 11,5 61,8 71,6 80,6 18,8 98,9 43,1
Ceram LED 60,0 11,5 53,8 60,0 72,8 19,0 89,1 40,4
Tetric Halógena 43,8 7,1 39,4 43,8 47,5 8,1 68,3 26,9
Flow LED 40,5 7,9 34,3 40,5 45,8 11,5 63,0 20,1
*A = Amplitude interquartil
TABELA…Valores de Coeficiente de Variação (CV), em %, referentes a tabela A
Resina Tetric Ceram Tetric Flow
Radiação Halógena LED Halógena LED
Regiões Topo 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3
7,3 7,7 5,1 8,6 8,9 11,9 15,2 15,3 13,1 16,5 15,8 15,3
Regiões Base 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3
9,6 12,5 10,5 6,0 12,3 6,9 17,0 11,7 9,7 19,7 17,6 17,0
58
ANEXO C - Distribuição em quartis de valores de microdureza
FIGURA - Distribuição em quartis de valores de microdureza. Cada grupo amostral
constituído de 10 blocos de resina composta (Tetric Seram Halógena, Tetric Seram
Led, Tetric Flow Halógena e Tetric Flow Led), representa 180 medidas de microdureza
distribuídos no 1
0
quartil (25%), 2
0
quartil (50% mediana) e 3
0
quartil (75%),
respectivamente. Os valores de microdureza correspondentes à amplitude interquartil
de 25% a 75%, refletem a variabilidade amostral
média amostral;
valor máximo da amostra;
valor mínimo da amostra.
25%
75%
50%
25%
75%
50%
25%
75%
50%
25%
75%
50%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
MICRODUREZA
TETRIC
CERAM
HAGENA
TETRIC
CERAM
LED
TETRIC
FLOW
HAGENA
TETRIC
FLOW
LED
59
ANEXO D – Tetric ceram
Tetric® Ceram
Advanced Composite Technology
Instruções de Uso
Descrição
Tetric Ceram é um compósito híbrido de partículas finas, radiopaco e fotopolimerizável
para restaurações dentais.
Tetric Ceram está baseado na tecnologia ACT (Advanced Composite Technology) e
polimeriza com luz de comprimento de onda entre 400 e 500 nanômetros (luz azul).
Cores
Tetric Ceram é fornecido nas seguintes cores:
Chromascop A–D Cores
Cores de Esmalte
110 A1
120 C1
130 B2
140 A2
210 A3
230 A3.5
310 B3
340 A4
410 D3
430 C2
510 C3
Cores de Dentina
130 B2
230 A3,5
340 A4
Cores com ação descorante
010 Bleach XL
020 Bleach L
030 Bleach I
040 Bleach M
60
Cor Incisal altamente transparente
T (Transparente)
Composição
A matriz de monômero é composta por Bis-GMA, dimetacrilato de uretano e
trietilenoglicol dimetacrilato (20,2 % em peso). A carga inorgânica é constituida por
vidro de bário, trifluoreto de itérbio, vidro de fluorsilicato de alumínio e bário, dióxido
de silício altamente disperso e óxidos mistos esferoidais (79% em peso). Além disto,
Tetric Ceram contém catalisadores, estabilizadores e pigmentos (0,8 % em peso). O
conteúdo total de carga inorgânica é de 79% em peso e 60% em volume. O tamanho das
partículas está situado entre 0,04 e 3 µm. O tamanho médio das partículas é de 0,7 µm.
Indicações
– Restaurações anteriores (Classes III e IV).
–Restaurações de Classe V (cáries cervicais, erosões radiculares e defeitos cuneiformes)
– Restaurações posteriores (Classes I e II).
– Revestimento de dentes anteriores.
–Fixação de dentes com mobilidade.
– Restaurações preventivas de resina em pré-molares e molares.
– Reparo de próteses metalo-cerâmica e metalo-plástica.
– Reparo de restaurações indiretas de cerâmica e compósito.
Contra-indicações
A utilização de Tetric Ceram está contra-indicada:
Quando não é possível estabelecer campo operatório seco ou quando a cnica
estipulada não puder ser aplicada.
– Quando existe alergia comprovada a qualquer um dos componentes de Tetric Ceram.
Efeitos colaterais
Em casos individuais, os componentes de Tetric Ceram podem provocar sensibilização.
Nestes casos, o uso de Tetric Ceram deve ser evitado. Para evitar o risco de irritação, as
zonas muito próximas da polpa devem ser recobertas com protetor adequado (aplicação
puntiforme de hidróxido de cálcio).
Interações
Os preparados que contêm eugenol ou óleo de cravo inibem a polimerização de
compósitos. Por isto, deve ser evitado o uso conjunto com Tetric Ceram. Colutórios
catiônicos, evidenciadores de placa bacteriana ou clorexidina podem promover
descolorações.
61
Aplicação
1. Determinação da cor
Escolher a cor com os dentes limpos e úmidos.
2. Isolamento
É recomendável o isolamento absoluto do campo operatório (dique de borracha).
3. Preparo da cavidade
O preparo da cavidade deve ser realizado segundo as normas da técnica adesiva,
preservando a estrutura dental isenta de cárie. Não são necessários ângulos agudos ou
retenções adicionais. A dimensão da cavidade sedeterminada pela extensão da cárie
ou pela restauração existente. Biselar as margens de esmalte em dentes anteriores.
Arredondar os bordos adamantinos em dentes posteriores. Os defeitos cervicais, sem
cárie, apenas devem ser limpos com escovas e pedra pomes, dispensando o preparo
cavitário. A seguir, limpar a cavidade com spray de água.
4. Proteção pulpar e forramento de base
Nos casos de emprego de adesivo esmalte-dentina, o forramento de base deve recobrir
apenas as áreas próximas da polpa com hidróxido de cálcio e com cimento resistente à
compressão (cimento de ionômero de vidro, como Vivaglass ® Liner ou cimento
fosfato de zinco, como PhosphaCEM ® PL). Reservar as demais paredes cavitárias para
a correta união entre estrutura dental e o adesivo esmalte-dentina Syntac ® , Excite ®
ou AdheSE ® .
5. Matriz e cunha interdental
Usar matriz transparente (p.ex. Contour Strip para dentes anteriores) em cavidades que
englobam superfícies proximais. Posicionar a matriz com a cunha interdental. Matrizes
de aço inoxidável podem ser empregadas para dentes posteriores.
6. Condicionamento / Aplicação do agente adesivo
Condicionar e aplicar o agente adesivo de acordo com as Instruções de Uso do produto
empregado. Levando em conta a coordenação existente entre os produtos Ivoclar
Vivadent, é recomendado o uso de Syntac (técnica do ataque ácido com ácido
fosfórico), Excite (técnica do ataque ácido com ácido fosfórico) ou AdheSE (adesivo
auto-condicionante).
62
7. Aplicação de Tetric Ceram
Tetric Ceram deve ser aplicado em camadas de espessura máxima de 2 mm ou de 1,5
mm (cores de dentina) e adaptado com instrumento adequado (p.ex. intrumentos P1).
Fotopolimerizar cada uma das camadas, durante 20 segundos, empregando unidade de
polimerização Y500 mW/cm 2 (p.ex., Astralis ® ). Situar a extremidade do condutor de
luz (janela de emissão de luz) o mais próximo possível do material restaurador. Quando
usar matriz metálica, polimerizar adicionalmente por vestibular e lingual, depois da
retirada da matriz. As cores de Tetric Ceram demonstram diferentes graus de
translucidez. Durante a modelagem, graças à estratificação, podem ser conseguidos
efeitos estéticos e naturais. Assim, em restaurações maiores, usar, em primeiro lugar,
cores opacas como substitutas da dentina e, a seguir, completar a restauração com a cor
desejada. Para obter um efeito natural nas margens e nos bordos incisais, empregar uma
última camada de transparente (cor T).
8. Acabamento, controle da oclusão e polimento. Após a polimerização, eliminar todos
os excessos com pontas de acabamento (p.ex. Astropol F), pontas diamantadas de
granulação fina, pontas de carbeto de tungstênio e tiras de acabamento. Revisar a
oclusão e remover os pontos prematuros de contato. Empregar pontas de silicone (p.ex.
Astropol P/Astropol HP, Astrobrush), discos e tiras de polimento para realizar o
polimento de alto brilho.
Informações adicionais
1. Quando for necessário, é possível aplicar Tetric Ceram “novo” diretamente sobre o
material polimerizado. Se a restauração estiver polida, é necessário criar
“rugosidades” e umectar com Heliobond, antes de aplicar o “novo” Tetric Ceram.
2. Tetric Ceram deve ser manipulado à temperatura ambiente. Temperaturas baixas
dificultam sua retirada do interior da seringa ou Cavifil.
Advertências
Deve ser evitado o contato de Tetric Ceram não polimerizado com a pele, mucosas e
olhos. Quando ainda não polimerizado, o material pode provocar um efeito ligeiramente
irritante e promover sensibilização aos metacrilatos.
Luvas médicas comerciais não promovem proteção contra o efeito de sensibilização
dos metacrilatos.
Armazenagem
– Não usar Tetric Ceram com prazo de validade vencido.
– Conservar as embalagens entre as temperaturas de 2°C – 28 °C (36 °F – 82 °F).
63
–Fechar seringas e Cavifils imediatamente após o uso. Exposição à luz provoca
polimerização prematura.
– Prazo de validade: ver etiquetas nas seringas e na embalagem.
Manter fora do alcance das crianças.
Somente para uso odontológico.
64
ANEXO E – Tetric flow
Tetric® Flow
Instruções de Uso
Descrição
Tetric Flow é um compósito microhíbrido de partículas finas, fluido, radiopaco e
fotopolimerizável para restaurações diretas e para a cimentação de restaurações indiretas
de cerâmica e de compósito. Graças à sua baixa viscosidade, Tetric Flow permite
extraordinária umectação da estrutura dental. Tetric Flow pode ser empregado
isoladamente ou em combinação com Tetric, Tetric Ceram, Tetric Ceram HB,
Heliomolar, Helio Progress e com a maioria dos compósitos fotopolimerizáveis. Tetric
Flow plimeriza com luz de comprimento de onda entre 400 e 500 nm (luz azul).
Cores
Tetric Flow está disponível nas cores seguintes:
Chromacosp A–D Cores
110 A1
140 A2
210 A3
230 A3,5
310 B3
340 A4
T (Transparent)
Cores de Dentina
230 A3,5
Cores com ação descorante
010 Bleach XL
020 Bleach L
030 Bleach I
040 Bleach M
Composição
A matriz de monômero é composta por Bis-GMA, dimetacrilato de uretano e
trietilenoglicoldimetacrilato (Cavifil: 31.5% em peso; seringa: 35% em pesto). A carga
inorgânica é constituída de vidro de bário, trifluoreto de itérbio, vidro de fluorsilicato de
alumínio e bário, dióxido de silício altamente disperso e óxidos mistos esferoidais
65
(Cavifil: 68.1% em peso; seringa: 64.6% em peso). Além disto, contém catalisadores,
estabilizadores e pigmentos (0.4% em peso). O conteúdo total de carga inorgânica é
68.1% em peso ou 43.8% em volume (Cavifil), e 64.6 em peso ou 39.7% em volume
(Seringa). O tamanho médio das partículas é de 0.7 µm.
Indicações
– Restaurações de Classe V (cáries cervicais, erosões radiculares, defeitos cuneiformes).
– Restaurações anteriores (Classes III e IV).
– Restaurações posteriores pequenas.
Restaurações de micro-cavidades (preparos com instrumentos SONICSYSmicro da
KaVo 1).
– Cimentação adesiva de SONICSYS Inlays.
– Selamento de fissuras em pré-molares e molares.
– Preenchimento de socavados em cavidades.
– Cimentação adesiva de restaurações indiretas de cerâmica e de compósito.
Contra-indicações
A aplicação de Tetric Flow está contra-indicada:
quando não é possível estabelecer campo operatório seco ou seguir corretamente a
técnica prescrita.
– se existe alergia comprovada a qualquer um dos componentes de Tetric Flow.
Efeitos secundários
Em pessoas com predisposição, certos componentes de Tetric Flow podem, em casos
raros, provocar sensibilização. Nestes casos, seu uso deve ser evitado. Para eliminar o
risco de irritação, as zonas muito próximas da polpa devem receber a proteção adequada
(aplicação puntual de hidróxido de cálcio).
Interações
Os materiais, que contêm eugenol ou essência de cravo, inibem a polimerização de
Tetric Flow e, por isto, devem ser evitados. Os contatos com colutórios catiônicos,
evidenciadores de placa bacteriana ou clorhexidina podem promover descolorações.
Aplicação em restaurações diretas
1. Seleção da cor
Limpar os dentes e escolher a cor com os dentes úmidos.
2. Isolamento
Isolamento absoluto do campo operatório (dique de borracha).
66
3. Preparo da cavidade
O preparo da cavidade deve ser realizado segundo as normas da técnica adesiva,
preservando a estrutura dental isenta de cárie. Não são necessários ângulos agudos ou
retenções adicionais. Na região anterior, biselar as margens de esmalte. Os defeitos
cervicais, sem cárie, apenas devem ser limpos com escova e pedra pomes ou pasta
profilática, não sendo necessária a confecção do preparo cavitário. A seguir, lavar com
spray de água para eliminar os resíduos e limpar a cavidade.
4. Proteção pulpar
No caso de emprego do adesivo esmalte/dentina, o forramento de base não é necessário.
Cobrir somente as áreas muito próximas da polpa com hidróxido de cálcio. A seguir,
colocar um cimento resistente à compressão (p.ex. cimento ionômero de vidro, como
Vivaglass ® Liner, ou cimento fosfato de zinco, como PhosphaCEM ® PL). Reservar as
demais paredes cavitárias para a correta adesão entre estrutura dental e o adesivo
esmalte/dentina.
5. Matriz e cunha interdental
Usar matriz transparente nas cavidades que englobam áreas proximais.
6. Condicionamento / Aplicação do agente adesivo
Condicionar e aplicar o agente adesivo de acordo com as Instruções de Uso do produto
empregado. Levando em conta a coordenação existente entre os produtos Ivoclar
Vivadent, é recomendado o uso de Syntac ® (técnica do ataque ácido com ácido
fosfórico), Excite ® (técnica do ataque ácido com ácido fosfórico) ou AdheSE ®
(adesivo auto-condicionante).
7. Aplicação de Tetric Flow
Aplicar o material diretamente na cavidade, pré-modelando com a ponta do Cavifil ou
com um instrumento adequado (p.ex. condensador esférico). Cada camada aplicada não
deverá ter espessura superior a 2 mm. Fotopolimerizar cada uma das camadas, durante
20 segundos, empregando unidade de polimerização 500 mW/cm 2 (p.ex., Astralis ®).
Situar a extremidade do condutor de luz (janela de emissão de luz) o mais próximo
possível do material restaurador. Quando usar matriz metálica, polimerizar
adicionalmente por vestibular e lingual, depois da retirada da matriz.
8. Acabamento, Controle da oclusão e Polimento
Após a polimerização, eliminar todos os excessos com pontas de acabamento
apropriadas (p.ex. Astropol F), pontas diamantadas de granulação fina e tiras de
acabamento. Revisar a oclusão e articulação, efetuando as correções necessárias.
67
Empregar discos, tiras de polimento e pontas de polimento de silicona (p.ex. Astropol P)
para realizar o polimento final.
Cimentação de restaurações de cerâmica, de compósito e de SONICSYS Inlays Tetric
Flow é um material fotopolimerizável. Por este motivo, somente pode ser empregado
como cimento quando a translucidez restauração permite a passagem da luz que
promove a sua correta polimerização. Antes da cimentação, as restaurações devem ser
condicionadas de acordo com as instruções dos respectivos fabricantes. Preparar a
cavidade (estrutura dental) da seguinte maneira:
1. Isolamento
Isolamento absoluto do campo operatório (dique de borracha).
2. Matriz e cunha interdental
Usar matriz transparente em cavidades que englobam áreas proximais. Posicionar a
cunha interdental.
3. Condicionamento de esmalte e dentina
Aplicar gel de ácido fosfórico a 37% (p.ex. Total Etch) sobre esmalte e dentina (iniciar
pelas margens do esmalte) e deixar atuar durante 15 segundos. A seguir, lavar
cuidadosamente com água e secar com jato de ar isento de água e óleo. Evitar a
desidratação da dentina. A superfície dental condicionada deve estar livre de qualquer
tipo de contaminação. Contatos com sangue, saliva, etc, exigem a repetição do ataque
ácido.
4. Aplicação de Tetric Flow
Aplicar o material diretamente na cavidade, posicionar a restauração e eliminar os
excessos de Tetric Flow. Aplicar, ao longo das margens da restauração, gel de glicerina
(p.ex. Liquid Strip), para evitar a formação da camada inibida. O gel de glicerina não
pode ser misturado com o Tetric Flow. A seguir, Fotopolimerizar cada uma das
camadas, durante 20 segundos, empregando unidade de polimerização ¡Ý500 mW/cm 2
(p.ex., Astralis). Situar a extremidade do condutor de luz (janela de emissão de luz) o
mais próximo possível do material restaurador. Quando usar matriz metá-lica,
polimerizar adicionalmente por vestibular e lingual, depois da retirada da matriz. Depois
da polimerização, remover o gel de glicerina com jato de água.
5. Acabamento e polimento
Eliminar todos os excessos remanescentes com pontas de acabamento apropriadas (p.ex.
Astropol F), pontas diamantadas de granulação fina e tiras de acabamento. Revisar a
oclusão e articulação. Empregar discos, tiras de polimento e pontas de polimento de
68
silicona (p.ex. Astropol P/Astropol HP/Astrobrush) para realizar o polimento final de
alto brilho.
Instruções adicionais
1. Para manipulação e aplicação, Tetric Flow deve estar na temperatura ambiente.
2. Quando necessário, é possível aplicar Tetric Flow "novo" diretamente sobre o
material polimerizado. Se a restauração estiver polida, é necessário criar
rugosidades, antes de aplicar o Tetric Flow "novo".
3. Tetric Flow é um material fotopolimerizável e, portanto, sensível a qualquer tipo de
luz que contenha a emissão de luz azul (luz do equipo, luz ambiente). Por isto, deve ser
evitada iluminação intensa durante a aplicação de Tetric Flow.
4 Nas zonas socavadas da cavidade, a polimerização também é perfeita porque a luz
penetra na estrutura dental. Em relação ao comprimento de onda da luz de
polimerização, a transmissão da luz através do esmalte e de Tetric Flow é semelhante.
Advertência
Deve ser evitado o contato de Tetric Flow não polimerizado com a pele, mucosas e
olhos. Quando ainda não polimerizado, o material pode provocar um efeito ligeiramente
irritante e promover sensibilização aos metacrilatos.
Luvas médicas comerciais não promovem proteção contra o efeito de sensibilização
dos metacrilatos.
Armazenagem
– Não usar Tetric Flow com prazo de validade vencido.
– Conservar entre as temperaturas de 2 e 28 °C (36–82 °F).
–Fechar os Cavifils, imediatamente após o uso. Exposição à luz provoca polimerização
prematura.
– Prazo de validade: ver etiquetas na embalagem.
Manter longe do alcance das crianças.
Somente para uso odontológico.
Data de elaboração destas Instruções de Uso
05/2003
Fabricante
Ivoclar Vivadent AG
FL-9494 Schaan / Liechtenstein.
Este material foi fabricado somente para uso dental e deve ser manipulado de acordo
com as Instruções de Uso. O fabricante não é responsável pelos danos causados por
69
outros usos ou por manipulação incorreta. Além disto, o usuário está obrigado a
comprovar, antes do uso e sob sua responsabilidade, se o material é compatível com a
utilização desejada, principalmente quando esta utilização não está indicada nestas
Instruções de Uso. Descrições e dados não constituem nenhum tipo de garantia e, por
isto, não possuem qualquer vinculação.
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Autorizo cópia total ou parcial desta obra,
apenas para fins de estudo e pesquisa, sendo
expressamente vedado qualquer tipo de
reprodução para fins comerciais sem prévia
autorização específica do autor.
Dejenane Pereira Santana
Taubaté, janeiro de 2006.
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