Moreno et al. (1973) avaliaram os aspectos bacteriológicos vaginais de 100 cadelas
com alterações genitais, e encontraram maior porcentagem de isolamento de Staphylococcus
aureus (23,8%), Escherichia coli (25,5%), Streptococcus β hemolítico (20,5%), Pseudomonas
aeroginosa (15,2%), Proteus morganii (2,9%) e Aerobacter aerogenes (1,5%).
Hirsh e Wiger (1977) compararam a microbiota de 62 fêmeas clinicamente normais
que não se encontravam em estro, de onde isolaram Streptococcus spp, Escherichia coli,
Staphylococcus spp, Proteus morganii, Corynebacterium spp, Pseudomonas spp,
Enterococos, Pasteurella spp, Flavobacterium spp, Bacillus spp, Enterobacter spp, Moraxella
spp.
Osbaldiston (1978) estudou em 50 cadelas sadias em anestro e em 297 com processo
infeccioso do trato genital, isolando em fêmeas sadias Escherichia coli, Staphylococcus spp,
Enterobacter spp, Proteus spp, Enterococci spp, Corynebacterium spp, Streptococcus spp,
Haemophilus spp, Pseudomonas spp e das fêmeas com alterações genitais principalmente
Streptococcus spp, Escherichia coli, Staphylococcus spp, Proteus spp e Pasteurella spp.
Allen e Dagnall (1982) observaram a microbiota bacteriana do trato genital de 143
fêmeas, sendo 74 em estro, 47 com corrimento vaginal, 22 com alterações reprodutivas e 51
machos, isolando Streptococcus spp, Escherichia coli, Pasteurella spp e Staphylococcus spp,
deduzindo que essas bactérias faziam parte da microbiota normal das fêmeas e dos machos e
que podiam ser transmitidas durante a cobertura.
Gentilini e Denamiel (1983) estudaram a microbiota vaginal aeróbia de 100 fêmeas, da
espécie canina, livre de problemas genitais e em anestro, obtendo em 58% das fêmeas
Staphylococcus epidermidis, em 29% Streptococcus spp, em 15% Escherichia coli.
Baba et al. (1983) identificaram e quantificaram a microbiota aeróbia e anaeróbia de
82 amostras vaginais e 78 uterinas, obtidas de fêmeas adultas em diferentes estágios do ciclo
estral. Do total das amostras vaginais em 96% houve crescimento, sendo isolados com maior
freqüência Streptococcus spp, Bacteroidaceae, Staphylococcus spp, Micoplasma spp. A
contagem das bactérias na fase de estro foi mais elevada do que no anestro, prenhez e
puerpério, entretanto, quanto ao número de espécies bacterianas identificadas, não observaram
diferenças significantes entre os estágios do ciclo estral.
Olson et al. (1986) analisaram as bactérias vaginais de 81 fêmeas púberes em
diferentes fases do ciclo estral, e de 41 pré-púberes. Verificaram que nas pré-púberes a maior
freqüência de microrganismos era Staphylococcus spp, Streptococcus spp e Escherichia coli,
enquanto nas púberes isolaram Streptococcus spp, Escherichia coli e Staphylococcus spp.
Concluíram não haver diferença significativa entre os microrganismos isolados nas diferentes
fases do ciclo estral.
Bjurström e Linde-Forsberg (1992) estudaram os microrganismos do trato genital de
59 cadelas, e identificaram como bactérias mais comumente isoladas Pasteurella multocida,
Streptococcus β-hemolíticos e Escherichia coli.
Bjurström (1993) fez um estudo retrospectivo de espécies de bactérias aeróbias
encontradas na vagina de 203 cadelas com alterações reprodutivas e encontraram Escherichia
coli, Streptococcus β-hemolíticos, Staphylococcus intermedius, e Pasteurella multocida.
Watts et al. (1996) coletaram amostras vaginais e uterinas de 19 cadelas em diferentes
estágios do ciclo reprodutivo. Isolaram com mais freqüência Escherichia coli, Haemophilus
spp, Streptococcus β-hemolíticos, Corynebacterium spp, Streptococcus canis, Pasteurella spp
e Proteus mirabilis, indicando que a microbiota vaginal durante o estro e pró-estro é
semelhante à do útero.
Oliveira et al. (1998) determinaram a microbiota aeróbia e sua variação em 90 cadelas
hígidas durante as fases do ciclo estral confirmadas pela citologia vaginal. Isolaram 169
microrganismos, sendo os mais freqüentemente isolados Staphylococcus spp (56,7%),