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UFRRJ
INSTITUTO DE VETERINÁRIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MICROBIOLOGIA VETERINÁRIA
DISSERTAÇÃO
Avaliação da Microbiota Vaginal de Cadelas Usando
como Diagnóstico o Isolamento Microbiológico e a
Colpocitologia
Andrea Gonzaga dos Santos
2006
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2
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE VETERINÁRIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MICROBIOLOGIA
VETERINÁRIA
AVALIAÇÃO DA MICROBIOTA VAGINAL DE CADELAS USANDO
COMO DIAGNÓSTICO O ISOLAMENTO MICROBIOLÓGICO E A
COLPOCITOLOGIA
ANDREA GONZAGA DOS SANTOS
Sob a Orientação da Professora
Vera Lúcia Teixeira de Jesus
Dissertação submetida como
requisito parcial para obtenção do
grau de Mestre em Ciências
em
Microbiologia Veterinária.
Seropédica, RJ
Fevereiro, 2006
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3
636.708981
5
S237a
T
Santos, Andrea Gonzaga dos, 1977-
Avaliação da microbiota vaginal
de cadelas usando como diagnóstico
o isolamento microbiológico e a
colpocitologia / Andrea Gonzaga dos
Santos. – 2006.
29f. : il.
Orientador: Vera Lúcia Teixeira
de Jesus.
Dissertação (mestrado)
Universidade Federal Rural do Rio
de Janeiro, Instituto de
Veterinária.
Bibliografia: f. 25-28.
1. Cão Doenças Teses. 2.
Vagina Doenças Teses. 3.
Colpocitologia Teses. 4. Vagina
Microbiologia Teses. I. Jesus,
Vera Lúcia Teixeira de, 1959-. II.
Universidade Federal Rural do Rio
de Janeiro. Instituto de
Veterinária. III. Título.
4
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE VETERINARIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MICROBIOLOGIA VETERINÁRIA
ANDREA GONZAGA DOS SANTOS
Dissertação submetida ao Curso de Pós-Graduação em Microbiologia Veterinária como
requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Ciências em Microbiologia
Veterinária.
DISSERTAÇÃO APROVADA EM:-17/02//2006.
____________________________________________
Vera Lúcia Teixeira de Jesus Dra. UFRRJ
(Orientadora)
_____________________________________________
Carlos Alberto da Rocha Rosa. PhD. UFRRJ
_____________________________________________
Andréa Maria de Araújo Gabriel. Dra. UNESA
5
Aos meus pais Alberto e Regina, e irmãos
Alexandre e Marcos. Minha família, minha
alegria, minha vida. Ao meu avô, Rutyro, eterna
saudade.
6
AGRADECIMENTOS
Agradeço a DEUS por estar aqui, concluindo esta etapa, com saúde, fé e perseverança.
Agradeço ao meu PAI, que sempre comigo, me incentivou, orientou e me fez quem
sou hoje.
Agradeço à minha MÃE, sempre presente, que me escutou, acalmou, me fez sempre ir
em frente, e me fez quem sou hoje.
Agradeço aos meus irmãos ALEXANDRE e MARCOS, que mesmo em outros
Estados, estiveram sempre ao meu lado, no meu pensamento, mente e coração.
Agradeço à minha orientadora VERA LÚCIA T. de JESUS, que em todos os
momentos esteve presente, orientando, auxiliando, escutando, e que soube fazer de mim uma
amiga verdadeira.
Agradeço à minha amiga JULIANA ANDRADE, que me ajudou imensamente na
execução do meu trabalho, e que sem ela, este trabalho não sairia.
Agradeço ao Professor MARCELO FRAGA, que sempre atencioso e com uma boa
vontade constante, auxiliou na identificação dos fungos.
Agradeço à Professora MILIANE MOREIRA, e a todas as meninas do Laboratório de
Bacteriologia da UFRRJ (LIGIA, DEBORA, LIDIANE, SHANA), que disponibilizaram o
Laboratório, e ajudaram imensamente na identificação bacteriológica.
Agradeço ao Professor FRANCISCO BARONNI, pela identificação das leveduras.
Agradeço ao amigo PEDRO AFONSO, pela inestimável ajuda na organização dos
dados e na estatística e na elaboração da apresentação.
Agradeço ao WALTER LEIRA TEIXEIRA FILHO, pelo auxílio na coloração das
lâminas.
Agradeço ao Professor FABIO SCOTT, e THAIS RIBEIRO, sempre prestativos e
atenciosos, pela ajuda na coleta e pela disponibilização das cadelas do Laboratório de
Desenvolvimento de Produtos Parasiticidas (LDPP), Departamento de Parasitologia Animal,
Instituto de Veterinária, UFRRJ.
Agradeço às CADELAS de que colhi amostras, pela colaboração ao meu trabalho.
Agradeço à COORDENAÇÃO, pelo apoio, auxílio e atenção.
Agradeço enfim a todos que de algum modo me auxiliaram, me incentivaram,
estiveram comigo.
7
RESUMO
SANTOS, Andrea Gonzaga dos. Avaliação da microbiota vaginal de cadelas usando como
diagnóstico o isolamento e a colpocitologia, Seropédica: UFRRJ, 2006. 29p. (Dissertação,
Mestrado em Microbiologia Veterinária).
O objetivo deste estudo foi demonstrar a aplicação da colpocitologia vaginal como método de
diagnóstico reprodutivo preventivo em cadelas. Para tal foram caracterizadas as variáveis
pertinentes ao animal e ao manejo, relacionando os dados com a observação do esfregaço
vaginal e com os resultados do isolamento microbiológico. Foram utilizadas 40 cadelas
hígidas, provenientes de canis domiciliares e comerciais. Questionários foram aplicados aos
responsáveis que responderam sobre o manejo, histórico reprodutivo e clínico das cadelas, e
em seguida realizado a coleta de muco vaginal para o isolamento bacteriano e fungico, bem
como a citologia das mesmas. Para o isolamento bacteriano, procedeu-se à coleta com swab
estéril da mucosa vaginal, que foi acondicionado em Ágar Nutriente e posteriormente
semeado nos meios Ágar MacConkey, Ágar Seletivo para Estreptococos, Ágar EMB, Ágar
Sangue e Ágar Manitol Vermelho de Fenol. Em seguida foram realizadas as provas
bioquímicas necessárias para a identificação das bactérias. No isolamento fúngico, utilizou-se
um swab estéril, acondicionando-o em Água Peptonada a 1%, e semeado após incubação em
Ágar Sabouraud a 2% com e sem acréscimo de cloranfenicol. Para o exame colpocitológico
foram utilizadas escovas ginecológicas estéreis e o esfregaço obtido foi corado pela técnica do
Panótico Rápido. Observou-se quanto ao perfil das cadelas que 35,0% estavam na faixa etária
de 6 a 24 meses, 60,0% eram criadas em canis comerciais com acesso a terra, 65,0% eram
nulíparas e 42,5% estavam em anestro. Quanto ao isolamento bacteriano houve maior
freqüência de isolamento de Micrococcus spp (24,6%), Streptococcus spp (13,24%),
Streptococcus schleiferi coagulans (9,56%) e Escherichia coli (9,56%) e o isolamento fúngico
de maior freqüência foi Cladosporum spp (20,0%), seguido do Fusarium spp (16,3%) e
Curvularia spp (10,9%). Quando todas as variáveis foram associadas, concluiu-se que a
citologia vaginal foi um bom indicativo para a observação da presença de bactérias e
leveduras, bem como para a identificação da fase do ciclo estral, mas não foi um bom
indicativo para a identificação de fungos filamentosos, quando comparada ao isolamento
microbiológico.
Palavras chave: isolamento bacteriano, isolamento fúngico, citologia vaginal.
8
ABSTRACT
SANTOS, Andrea Gonzaga dos. Evaluation of the vaginal microbiota of bitches using the
isolation diagnostic and colpocitology, Seropédica: UFRRJ, 2006. 29p. (Dissertation,
Master’s Degree in Veterinary Microbiology).
The objective of this study was to demonstrate the applicability of the vaginal colpocytology
as a preventive reproductive diagnostic method in bitches. To this end, the variables pertinent
to each animal and its handling were characterized, rel.23579(og( )40251(ol)-10434(e)-2.80762(t)-9.469(e).80762(t)-9.46 )-143.617(d79(e)-2.80762(r)3.21279( )-150262(t)-9.469(e).8076o2(t)-9.469(r)3.212h19(e)-13.4459(r)3.2127ob(e)-2.80762193.44 0 Td[(S)2.807v( )-154.255(c)-3.21019(t)1.40251(a)-2.8102159(r)3.2127ofa)-2..957ol0gy di8(l)-9.2344[(i)1.40359(23-5.6Td[(M)-4.6192(n)10.63(A)-1.40381(ndr)3.2127r(y)10.6383( )-9217( )-154.25559(23-5.6Tdnd )-143.6o59(23-5.6Tdnd )-143.612.96 TLT*[(T)23-5.683(e)-2.80892( )-15.95(e)-2.80762uli)1.40511(n )-5.3191(bl)-9.2331923-5.6Td3(e)-2.80892( )-58.5106(23-5.6Tdnd(e)7.83068( )-58.5106(t)-9.23319(23-5.6Tdm5(g)10.6383(nos)6.0204(t)-9.2334(r)3.21279( )-58.51b(o )-5.3191459(i)1.40511(t)-9.2333( )-5.31915(M)-4.617(a)-13.4459(gc)-2.80762(23-5.6Tdin )-5.3191(bl)-9.23459(i)1.405789(t)1.40511g( )49191(bi)12.043 )-5.31914(h )-154.2409(e)-2.8076223-5.6Td76223-5.6Td1( )-175.5o4(r)3.2127279.96 0 Td[(i)1.4051123-5.6Td2(t)-9.46(a)-13.4459(gc)-2.807nd(e)7.83068d[(i)1.4051123-5.6Tdb1(a)-2.8101(ne)-2.81c( )-15.957h9(t)-9.2357s(R)-3.212ol)-9.235799191(0.6383( )250o72(t)12.0421(e)-21.084(di)1.403a)-2.80892(8(l.80892(pr))10.6383(a)-2.80892(ndl)-9.23449(26)-9.2892( )-58.514(r)3.21279m[(i)1.40359(26)-9.28da)-13.4472(1(y)10.63892( )-58.5149(e)-13.4472(t)12.0483(r)3.21292(v)10.638359(26)-9.734(m(ne)-2.8106(t)-9.23319(2-9217(-9.465559(2-922(l)-9.2331989(d)10.63m(a)-2.80762(t)-9.2334(r)3.21272(l)-9.233183(a)-13.4459(r)3.212(gc)-2.80762(26)-9.28k( )-58.5106(t)-95026nn(t)-9.46(gc)-2.807(bl)-9.2331926)-9.281(ng)10.6383( )-154.255(w)9.23319(e)-13.4459(26)-9.28u11(i)1.40511(s).2127959(26)-9.28(og( )311.28 l)-1043459(26)-9.28nd(e)7.830682(()3.21279(D)-1.40559(2-92(e)-2.80762(m)1.40511udy409(e)-2.8076226)-9.2876226)-9.287(A)-107628( )-58.5106(r)3-131021(n)10.6311.28 0.6383( )25055(w)9.23319(-279.96 -12.96 Tdp83(e)-2.8.96a)-2.80892bl( )-58.5106(ob)10.638(na)62.7.96762(s)6.0204( )-13.4472(t)12.044 -19.44 Tdn892(r)3.2127944-2.8938(l)-9.2344962(s)6.0217(i)-9.23(dy)10.63849(e)-13.4472(t)12.0483l)-9.2344959(452.128(qu83( )-154.2s(R)-3.21285(g)10.6383(nos)6.02onna( )-69.1443 )-5.319155(w)9.23319(e)-13.4479(D)-1.40559(44-2.893r2( )-58.5149(e)-1.212(gc)-2.807789(t)1.40511(r)3.212791(s).2127959()62.7.9611(r)3776o59()62.7.9611(r)38076262(s)6.0204(-9.46 )-452.128(h(he)-13.4459( )5.31955(h)-175.532(()3.212962(s)6.02gog( )342.24hi)-9.23319)62.7.96a9(e)-13.4479(D)-1.40559(462.7.96w( )-175.5349(e)-1.212(gc)-2.80721(y)10.638 )-452.128(2( )-15.957(bl)-9.23319)62.7.9611(r)32.818( )-58.5106(t)-3.21019(h)13.44342.24h0.6383( )25055(w)9.23319(-279.9674(r)3.21279(e)-2.80892(pr)3.21279(od )-58.5102(nt)-9.23449(i)1.40381(420)3.3217( )-154.25559(4302.80617(e)-13.44l)3.21279(od-2.80892(od-2.80892c )-37.234(G)e)-13.44l)v)10.638359(4302.8551( )-69.1489(t)1.4485nos)6.02o(i)-9.23449(na)-2.807624302.806(ot)3.21279(a )-302.80669(e).80762(t)t)-9.23319(h20)3.32b51( )-47.8723)-13.4459( )-69.14h83( )-154.2s((t)1.44;gi)1.40511(na)20er wh20Tocble-302.8061(he)7.83068( )-58.510og( )320bilMaR79.7874479(t)-921273(w)-1..2127990.21270wgcgc79.7856383()-9.234417(i)-9.234490.21270o92( )-58.5106(90.21270nd(e)7.83068( )-58.5106(t)-9.23319(90.2127051f)-780769(t)-9.469(i)1.40251(ne)-5.53(i))-2.807ot3( )-5.319104 (t)1.40511(g)10.6383(nos)6.02o 90.21270ph79( )-15026(b)-2.80762193.44 0 Td (a)-2.63bie 90.21270ndof ( )5..46 semhgina90.2127062(r)3.21279(po)10.63c3 gi R79.78744butgina90.21270(i)1.40511(n(r)3.21227990.21270w)-(i)1777789t(h)2.80762(e90.21270no(i)1.40251(ne)-2.5106(90.2127038(a)-15.95 )1(n)10.6.63)88(0.6383( )250g1(e)-2579.787492(e)7.82933(e)-2.8076c91(s).0381(ndt)3.212749 )-143.6o15(v)10.635( t79.78743(e)-2.80892( )-58.5106(5o)10.106((e)-2.808183(r)3.21279(e79.7821id )-143.6d83l)-9.2344[9(a)-2.80783(1.40511otns)-4.6151( )-47.8704 )-69.1479((t)1.40511(g)10.6383(nos)6.02on )-5.3191762t79.78743f5(v)10.635( t79.7874f5(v)10.6383(a)-13.459(g)10.638a4 )-69.14m(a)-2.80762(-9.46983(c)-6.02ou(b(D)-1.40559e5o)10.1092( )-58.51un(onz)7.8293( )-5.319od t79.7874w( )-175.532(t)t)-9.233n ldao ( )5..46d (a)-2394rcrr th eiicolgctsndgca
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9
SUMÁRIO DE TABELAS
11
Tabela 1
Distribuição da faixa etária das cadelas submetidas ao isolamento
microbiológico e exame colpocitologia vaginal, em freqüência
absoluta (Fa) e freqüência relativa (Fr).
11
Tabela 2
Freqüência do sistema de criação das cadelas submetidas ao
isolamento microbiológico e colpocitologia vaginal em freqüência
absoluta (Fa) e freqüência relativa (Fr).
12
Tabela 3
Freqüência do número de crias das cadelas submetidas ao
isolamento microbiológico e colpocitologia vaginal em freqüência
absoluta (Fa) e freqüência relativa (Fr).
12
Tabela 4
Freqüência da fase do ciclo estral das cadelas submetidas ao
isolamento microbiológico e colpocitologia vaginal em freqüência
absoluta (Fa) e freqüência relativa (Fr).
13
Tabela 5
Distribuição de isolamentos bacterianos das cadelas submetidas ao
isolamento microbiológico e colpocitologia vaginal em freqüência
absoluta (Fa) e freqüência relativa (Fr).
14
Tabela 6
Distribuição de isolamentos bacterianos em cadelas submetidas ao
isolamento microbiológico e colpocitologia vaginal segundo a
faixa etária, em meses em freqüência absoluta (Fa).
15
Tabela 7
Distribuição de isolamentos bacterianos em cadelas submetidas ao
isolamento microbiológico e colpocitologia vaginal segundo o
sistema de criação em freqüência absoluta (Fa).
16
Tabela 8
Freqüência de isolamentos bacterianos em cadelas submetidas ao
isolamento microbiológico e colpocitologia vaginal segundo o
número de crias em freqüência absoluta (Fa).
17
Tabela 9
Freqüência de isolamentos bacterianos em cadelas submetidas ao
isolamento microbiológico e colpocitologia vaginal segundo a
fase do ciclo estral em freqüência absoluta (Fa).
18
Tabela 10
Freqüência de isolamentos fúngico em cadelas submetidas ao
isolamento microbiológico e colpocitologia vaginal em freqüência
absoluta (Fa) e freqüência relativa (Fr).
19
Tabela 11
Freqüência de isolamentos fúngicos em cadelas submetidas ao
isolamento microbiológico e colpocitologia vaginal em freqüência
absoluta (Fa) segundo a faixa etária, em meses.
20
Tabela 12
Freqüência de isolamentos fúngicos em cadelas submetidas ao
isolamento microbiológico e colpocitologia vaginal em freqüência
absoluta (Fa) segundo o sistema de criação.
20
Tabela 13
Freqüência de isolamentos fúngicos em cadelas submetidas ao
isolamento microbiológico e colpocitologia vaginal em freqüência
absoluta (Fa) segundo o número de crias.
21
Tabela 14
Freqüência de isolamentos fúngicos em cadelas submetidas ao
isolamento microbiológico e colpocitologia vaginal em freqüência
absoluta (Fa) segundo a fase do ciclo estral.
22
Tabela 15
Freqüência da morfologia das bactérias encontradas na
colpocitologia.
SUMÁRIO
1 1 INTRODUÇÃO
2 2 REVISÃO DE LITERATURA
2 2.1 Microbiota bacteriana vaginal
4 2.2 Microbiota fúngica vaginal
5 2.3 Avaliação citológica vaginal
8 3 MATERIAL E MÉTODOS
8 3.1 Animais
8 3.2 Análise Bacteriológica Vaginal
8 3.2.1 Materiais para coleta
8 3.2.2 Procedimento da coleta
8 3.2.3 Isolamento e identificação
9
9
9
9
9
9
9
10
10
10
10
3.3 Análise Fúngica Vaginal
3.3.1 Materiais para coleta
3.3.2 Procedimento de coleta
3.3.3 Isolamento e identificação
3.4. Análise Citológica vaginal
3.4.1 Materiais para coleta
3.4.2 Procedimento da coleta
3.4.3 Análise do esfregaço
3.4.3.1 Células epiteliais
3.4.3.2 Microrganismos
3.4.3.2 Análise estatística
11 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
11
11
4.1 Animais
4.1.1 Faixa etária
11 4.1.2 Manejo
12
17
4.2 Isolamento Bacteriológico
4.3 Isolamento Fúngico
21 4.4 Comparação da maior freqüência de bactérias e fungos nas diferentes
variáveis
22 4.5 Exame Colpocitológico
23 4.6 Associação do Isolamento Microbiológico com a Colpocitologia
24 5 CONCLUSÕES
25 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
29 7 ANEXO
1 INTRODUÇÃO
O crescimento significativo da população canina nas últimas décadas tem levado a um
aumento e a uma diversificação da atuação do Médico Veterinário, tanto em praticas médicas
curativas como em bases epidemiológicas preventivas, inclusive na área de reprodução
assistida. O aprimoramento de canis especializados em reprodução e a pressão de
proprietários em clínicas veterinárias estão trazendo os profissionais para a maior atuação
tanto na prevenção de doenças reprodutivas quanto no acompanhamento da gestação e na
realização de técnicas reprodutivas como inseminação artificial com acompanhamento da
citologia vaginal. O diagnóstico precoce de patologias ligadas ao sistema genital feminino,
como vaginites, metrites e piometras, é fundamental para um melhor aproveitamento da vida
reprodutiva da fêmea.
A colpocitologia, citologia vaginal ou citologia esfoliativa em mulheres tem sido
usada a varias décadas como método preventivo para doenças do trato reprodutor, como
neoplasias e processos inflamatórios. Em cadelas seu uso se restringia até pouco tempo ao
monitoramento do ciclo estral, ou seja, acompanhamento das mudanças hormonais durante o
ciclo, através das alterações celulares vaginais para determinação do momento ótimo para a
inseminação artificial ou monta natural.
O uso da citologia vaginal como método preventivo em cadelas não é ainda bem
estudado. A sua utilização como diagnóstico da microbiota vaginal, infecções e inflamações, é
pouco explorada mesmo sendo uma boa fonte de visualização de bactérias (cocos e bacilos),
leveduras, fungos filamentosos, neutrófilos e hemácias. A identificação da microbiota
existente no ambiente vaginal é feito geralmente através do isolamento em meios de culturas.
A correta interpretação dos resultados requer o histórico da cadela, pois as bactérias
isoladas de uma cadela com alterações reprodutivas são as mesmas em amostras de animais
saudáveis.
O objetivo do presente estudo é demonstrar a efetividade e a importância da
colpocitologia como método preventivo em cadelas, através da observação do esfregaço
vaginal a quantidade e tipo de bactérias presentes e de possíveis alterações, como presença de
neutrófilos e hemácias em fases em que o são características, comparando os resultados
com os dados do isolamento microbiológico vaginal, associando as variáveis manejo e
características das cadelas.
2 REVISÃO DE LITERATURA
Infecções do trato reprodutivo de cadelas são achados patológicos encontrados
comumente e são motivo de atenção e cuidados especiais tanto dos proprietários, quanto dos
médicos veterinários (NELSON e COUTO, 1992), pois podem acarretar uma diminuição da
eficiência reprodutiva e à infertilidade (TORRES et al., 1998). Estas alterações possuem
grande influência na reprodução e o conhecimento relativo aos agentes microbianos que
habitam contínua ou ocasionalmente o ambiente vaginal é relevante para melhor entender
essa patologia (MORAES, 2004).
A utilização do exame ginecológico completo nas cadelas é de suma importância para
o pronto diagnóstico de patologias da reprodução, necessitando da utilização de exames
complementares para a conclusão da etiologia, como a citologia e cultura e antibiograma de
secreções vaginais (SANTOS, 2005).
Vários estudos têm sido realizados no intuito de analisar a microbiota do trato
reprodutivo de cadelas utilizando o isolamento microbiológico como método para a
identificação. Alguns associam a presença dos microrganismos à fase do ciclo estral, mas
poucos utilizam a citologia vaginal como diagnóstico microbiológico.
2.1 Microbiota Bacteriana Vaginal
O trato genital feminino possui uma microbiota residente desde suas regiões externas
ao óstio cervical. A vagina contém bactérias compostas principalmente por espécies
anaeróbias obrigatórias e aeróbias facultativas, que são em torno um décimo das anaeróbias.
A função da microbiota vaginal é incerta, mas deve ser considerada como protetora (HIRSH,
2003).
Os hormônios possuem um papel à parte na proteção do sistema genital. Os estrógenos
aumentam o suprimento sanguíneo para a vagina e útero, e o número de leucócitos
polimorfonucleares se eleva, sendo este fenômeno de extrema importância devido à possível
contaminação por agentes nocivos durante o coito (HIRSH, 2003). O exame bacteriológico de
amostras vaginais de cadelas é feito para a identificação de possíveis agentes etiológicos
associados à infertilidade, vaginites e natimortos. A correta interpretação dos resultados
requer o histórico da cadela, pois as bactérias isoladas de uma fêmea com alterações
reprodutivas são as mesmas em amostras de animais saudáveis (BJURSTRÖM, 1993), e estas
existem em um balanço natural com o hospedeiro, e podem até protegê-lo de infecções
(BJURSTRÖM e LINDE-FORSBERG, 1992). Cadelas com vaginites apresentam
microrganismos quantitativa e qualitativamente semelhantes a microbiota bacteriana vaginal
normal, o que justifica o interesse na sua identificação (NELSON e COUTO, 1992). Não se
sabe por que ou quando este equilíbrio se desfaz, e os agentes bacterianos se tornam
patogênicos (MELLO, 2005). O isolamento de patógenos oportunistas não é prova de
infecção, embora o crescimento maciço de um único agente possa ser significativo (BABA et
al., 1984). Alvarenga (1990) descreve a grande importância da distinção entre os
microrganismos contaminantes daqueles que estejam realmente provocando agressão e
reposta inflamatória.
Ao longo dos anos, diversos trabalhos vêm sendo realizados com o intuito de
identificar a microbiota bacteriana vaginal de cadelas saudáveis, com alterações reprodutivas,
nas diversas fases do ciclo estral.
Osbaldiston et al. (1972) estudaram a microbiota em dois grupos de fêmeas, e isolaram
Escherichia coli em 50% das fêmeas, Enterococos spp em 30%, Corynebacterium spp em
20%, Staphylococcus spp, Streptococcus spp, Haemophilus spp e Pseudomonas spp em 10%.
Moreno et al. (1973) avaliaram os aspectos bacteriológicos vaginais de 100 cadelas
com alterações genitais, e encontraram maior porcentagem de isolamento de Staphylococcus
aureus (23,8%), Escherichia coli (25,5%), Streptococcus β hemolítico (20,5%), Pseudomonas
aeroginosa (15,2%), Proteus morganii (2,9%) e Aerobacter aerogenes (1,5%).
Hirsh e Wiger (1977) compararam a microbiota de 62 fêmeas clinicamente normais
que não se encontravam em estro, de onde isolaram Streptococcus spp, Escherichia coli,
Staphylococcus spp, Proteus morganii, Corynebacterium spp, Pseudomonas spp,
Enterococos, Pasteurella spp, Flavobacterium spp, Bacillus spp, Enterobacter spp, Moraxella
spp.
Osbaldiston (1978) estudou em 50 cadelas sadias em anestro e em 297 com processo
infeccioso do trato genital, isolando em fêmeas sadias Escherichia coli, Staphylococcus spp,
Enterobacter spp, Proteus spp, Enterococci spp, Corynebacterium spp, Streptococcus spp,
Haemophilus spp, Pseudomonas spp e das meas com alterações genitais principalmente
Streptococcus spp, Escherichia coli, Staphylococcus spp, Proteus spp e Pasteurella spp.
Allen e Dagnall (1982) observaram a microbiota bacteriana do trato genital de 143
fêmeas, sendo 74 em estro, 47 com corrimento vaginal, 22 com alterações reprodutivas e 51
machos, isolando Streptococcus spp, Escherichia coli, Pasteurella spp e Staphylococcus spp,
deduzindo que essas bactérias faziam parte da microbiota normal das fêmeas e dos machos e
que podiam ser transmitidas durante a cobertura.
Gentilini e Denamiel (1983) estudaram a microbiota vaginal aeróbia de 100 fêmeas, da
espécie canina, livre de problemas genitais e em anestro, obtendo em 58% das fêmeas
Staphylococcus epidermidis, em 29% Streptococcus spp, em 15% Escherichia coli.
Baba et al. (1983) identificaram e quantificaram a microbiota aeróbia e anaeróbia de
82 amostras vaginais e 78 uterinas, obtidas de fêmeas adultas em diferentes estágios do ciclo
estral. Do total das amostras vaginais em 96% houve crescimento, sendo isolados com maior
freqüência Streptococcus spp, Bacteroidaceae, Staphylococcus spp, Micoplasma spp. A
contagem das bactérias na fase de estro foi mais elevada do que no anestro, prenhez e
puerpério, entretanto, quanto ao número de espécies bacterianas identificadas, não observaram
diferenças significantes entre os estágios do ciclo estral.
Olson et al. (1986) analisaram as bactérias vaginais de 81 fêmeas púberes em
diferentes fases do ciclo estral, e de 41 pré-púberes. Verificaram que nas pré-púberes a maior
freqüência de microrganismos era Staphylococcus spp, Streptococcus spp e Escherichia coli,
enquanto nas púberes isolaram Streptococcus spp, Escherichia coli e Staphylococcus spp.
Concluíram não haver diferença significativa entre os microrganismos isolados nas diferentes
fases do ciclo estral.
Bjurström e Linde-Forsberg (1992) estudaram os microrganismos do trato genital de
59 cadelas, e identificaram como bactérias mais comumente isoladas Pasteurella multocida,
Streptococcus β-hemolíticos e Escherichia coli.
Bjurström (1993) fez um estudo retrospectivo de espécies de bactérias aeróbias
encontradas na vagina de 203 cadelas com alterações reprodutivas e encontraram Escherichia
coli, Streptococcus β-hemolíticos, Staphylococcus intermedius, e Pasteurella multocida.
Watts et al. (1996) coletaram amostras vaginais e uterinas de 19 cadelas em diferentes
estágios do ciclo reprodutivo. Isolaram com mais freqüência Escherichia coli, Haemophilus
spp, Streptococcus β-hemolíticos, Corynebacterium spp, Streptococcus canis, Pasteurella spp
e Proteus mirabilis, indicando que a microbiota vaginal durante o estro e pró-estro é
semelhante à do útero.
Oliveira et al. (1998) determinaram a microbiota aeróbia e sua variação em 90 cadelas
hígidas durante as fases do ciclo estral confirmadas pela citologia vaginal. Isolaram 169
microrganismos, sendo os mais freqüentemente isolados Staphylococcus spp (56,7%),
Streptococcus spp (42,2%) e Escherichia coli (24,4%). Não houve variação na freqüência
total de isolamento dos microrganismos em função da fase do ciclo estral.
Stornelli et al. (2000) fizeram um estudo sobre bactérias aeróbias vaginais em 33
cadelas saudáveis, e encontraram mais freqüentemente Staphylococcus spp (39%) e
Escherichia coli (21%).
Mais importante que se isolar as bactérias presentes no ambiente vaginal das cadelas é
conhecer o seu potencial patogênico. Das bactérias encontradas, as mais citadas nos estudos
foram Escherichia coli, Streptococcus spp, Staphylococcus spp, Pasteurella spp, Mycoplasma
spp, Pseudomonas spp e Proteus spp.
A espécie Escherichia coli é patógena para os animais e é encontrada como microbiota
normal do trato gastrintestinal, podendo ser causa de doença septicêmica em filhotes (HIRSH
e ZEE, 2003). Linde (1983) descreve um abortamento em cadela causado pela Escherichia
coli, de onde foi isolada cultura pura da bactéria na descarga hemorrágica genital e do útero.
Hirsh e Zee (2003) cita o papel do hormônio progesterona na suscetibilidade do sistema
genital à Escherichia coli na fase luteínica, quando receptores específicos desta bactéria são
expressados. A colonização por E. coli expressa adesinas apropriadas que resulta em
hiperplasia endometrial cística, e por fim, piometra.
Streptococcus spp são encontrados em infecções do trato urinário de cães, e em casos
de mastite bovina. S. agalactiae pode causar infecções neonatais em cães e gatos e S.
zooepidemicus condições genitais e neonatais (HIRSH e ZEE, 2003).
O gênero Pasteurella spp, com as espécies P. multocida e P. canis são encontradas
juntamente com bactérias aeróbias que predomina em infecções e feridas, e não são
associadas à doenças reprodutivas em cães. A espécie P. aerogenes pode causar abortamento
em suínos (HIRSH e ZEE, 2003).
Várias espécies de Mycoplasma spp podem ser encontradas em cães, entretanto pouco
se conhece sobre o papel que desempenham nas doenças. Evidências experimentais sugerem
que M. canis cause doença do trato urogenital, como prostatite, orquite, epididimite e
endometrite, mas a sua importância em doenças reprodutivas de cadelas é obscura (HIRSH e
ZEE, 2003).
Dentre as espécies de Pseudomonas spp de importância em Medicina Veterinária se
destaca P. aeroginosa, que é encontrada usualmente em otite externa e cistite caninas (HIRSH
e ZEE, 2003).
O gênero Proteus pertence à família Enteribacteriaceae, e causa patologias do trato
urinário, podendo ser encontrado no ambiente vaginal, mas não está relacionado diretamente a
alterações reprodutivas.
2.2 Microbiota Fúngica Vaginal
Fungos têm sido isolados do trato genital de animais desde 1920, quando Smith
descreveu isolamentos a partir de membranas fetais e de útero bovino. Apesar da grande
quantidade de trabalhos sobre as bactérias que se encontram no ambiente vaginal de cadelas,
os estudos sobre os fungos habitantes do sistema genital feminino o escassos.
Microrganismos já foram isolados de órgãos genitais de diferentes espécies, causando abortos,
endometrites e cervicites.
Ainsworth e Austwick (1973) descreveram casos de abortos micóticos em bubalinos e
bovinos causados por Aspergillus spp, Candida spp e Zygomycetes.
Moreno et al. (1973) isolaram Candida albicans em 100 fêmeas com alterações
genitais.
Baba et al. (1983) relataram em seu estudo em que foi feito o isolamento microbiano
em 82 amostras vaginais, o crescimento de fungos, sem, contudo, identificá-los.
Chengappa et al. (1984), em um estudo com rias espécies, isolaram em cadelas
Candida parapsilosis a partir de duas amostras vaginais de cadelas.
Oliveira et al. (1998) encontraram em amostras de 90 cadelas hígidas a presença em
duas amostras de Penicillium spp e Malassezia pachydermatis.
Sória et al. (2001) em um estudo específico para o isolamento de leveduras em
amostras vaginais de cadelas, verificando diferenças durante o ciclo reprodutivo, isolaram
Candida spp, Rhodotorula spp e Malassezia pachydermatis em todas as fases do ciclo estral,
encontrando maior prevalência no pró-estro.
Cleff et al. (2001) em continuação ao trabalho anterior, identificaram as diferentes
espécies de Candida spp isoladas, e encontraram maior prevalência de Candida parapsilosis,
concluindo que os fungos são parte da microbiota vaginal normal, tendo variação de acordo
com a fase do ciclo estral, podendo assim constituir uma fonte endógena de infecção.
Devido ao risco em potencial que os fungos representam como fontes endógenas de
infecção é necessária a identificação dos fungos filamentosos e leveduras na microbiota
vaginal, contribuindo para o conhecimento do seu papel na vaginite e conseqüentemente na
reprodução animal (MORAES, 2004).
A grande maioria das espécies de levedura do gênero Candida é associada aos mais
diversos habitat, mas poucas causam doenças nos animais. A espécie C. albicans é
responsável pela candidíase, que acomete as superfícies mucosas, como trato digestivo e
genital (HIRSH e ZEE, 2003).
2.3 Avaliação Citológica Vaginal
A citologia vaginal ou colpocitologia foi preconizada por PAPANICOLAOU em
1942, quando, em seu estudo em citologia examinou amostras vaginais de porcas (ROSZEL,
1977), e se baseia nas alterações celulares do epitélio vaginal causadas pelas mudanças
hormonais (SHUTTE, 1967).
A avaliação das células esfoliadas do trato genital é útil para se determinar os estágios
do ciclo estral canino, determinar o melhor momento para a monta natural ou inseminação,
além de servir como diagnóstico para diversas desordens reprodutivas (OLSON, 1984),
através da detecção de células refletindo processos patológicos como leucócitos, hemácias e
células tumorais, por exemplo (WRIGHT e PARRY, 1989). A colpocitologia permite associar
tipos celulares encontrados com achados clínicos, tais como a presença de leucócitos o
somente no diestro de cadelas sadias, mas em outros períodos, como indicativo de infecções
inaparentes relacionadas ao trato reprodutivo, a presença de bactérias em número aumentado
logaríticamente durante o estro, células neoplásicas como sendo indicativo de tumores
diversos (JOHNSTON et al., 2001).
O epitélio vaginal é classificado histologicamente como estratificado pavimentoso,
sendo particularmente sensível às alterações hormonais, em especial ao estrogênio. O epitélio
da vagina responde de forma característica à ação hormonal, permitindo diferenciar cada fase
do ciclo estral através da presença de determinados tipos celulares. Sob estimulação
estrogênica ocorrem espaçamentos do epitélio, tornando as células do lúmen vaginal cada vez
mais distantes do seu suprimento sanguíneo e promovendo assim a proteção da mucosa na
hora da cópula. Neste sentido as diferentes células encontradas na citologia vaginal designam
distintos estágios de morte celular. Da lâmina própria em direção ao lúmen vagina, podem ser
encontradas seqüencialmente as células basais, parabasais, intermediárias e superficiais
(NEVES, 2001).
Na fase de pró-estro, há uma elevação na concentração de estrogênio, o epitélio
vaginal prolifera e as hemácias passam através dos capilares uterinos (CONCANNON, 1986).
As células parabasais, intermediárias grandes e pequenas e células superficiais são
características. presença marcante de hemácias, polimorfonucleares, e bactérias livres ou
junto à superfície das células (HOLST, 1986).
No estro, 70,0 a 90,0% das células são caracterizadas como superficiais, com bordas
frágeis e indistintas. Os esfregaços não contem polimorfonucleares e as hemácias estão
ausentes, ou em número pequeno. É comum a presença de bactérias ao redor das células
epiteliais (ROSZEL, 1977), em grande quantidade, até o final do estro (ALLEN, 1995).
No diestro, ocorre uma mudança abrupta no número de células superficiais no
esfregaço, com o reaparecimento de células parabasais e intermediárias. Há o reaparecimento
dos polimorfonucleares intra e extracelulares, (SCHUTE, 1967; CONCANNON, 1986). A
grande quantidade de neutrófilos durante o início do diestro não está associada a qualquer
processo patológico ou a corrimento vulvar, sendo considerado fenômeno normal. Grandes
quantidades de neutrófilos durante outro estágio do ciclo indicam processo inflamatório
(ETTINGER e FELDMAN, 1997). As bactérias desaparecem dramaticamente no final do
estro, coincidindo com o afluxo de neutrófilos e o aparecimento de mucos e debris (ALLEN,
1995).
O anestro é caracterizado por um reduzido número de células esfoliadas no esfregaço,
com a predominância de células parabasais e intermediárias pequenas, envolvidas por muco.
Observam-se raros polimorfonucleares (COWELL e TYLER, 1989) e raras bactérias
(ALLEN, 1995).
A amostra do esfregaço vaginal pode ser obtida por meio de swab de algodão estéril,
espátula ou escova ginecológica (OSBALDISTON, 1978). Alguns trabalhos citam o uso do
swab para a coleta da amostra (ALLEN, 1995; ETTINGER e FELDMAN, 1997), mas
Alvarenga ; Mattos (1990) descrevem o uso da escova ginecológica para o emprego de coleta
de amostras endometriais em éguas como de excelente qualidade, tanto na celularidade,
quanto no material obtido, como também na segurança do diagnóstico dos processos
inflamatórios agudos leves. Chaves (2003) conclui que a coleta cérvico-vaginal através da
escova ginecológica estéril é um método adequado para a realização das avaliações hormonal
e microbiológica, sendo imprescindível para a avaliação oncótica em cadelas.
A obtenção de esfregaço colpocitológico para análise adequada com diagnóstico
correto implica coleta da amostra em condições satisfatórias, rápida fixação com fixadores
adequados, manipulação laboratorial e uso correto de corantes (MOTTA et al., 2001) .
Exames de esfregaços de cadelas com vaginite aguda revelam células epiteliais
correspondentes à fase do ciclo estral, com alterações degenerativas, como vacuolização do
citoplasma e inclusões citoplasmáticas, células de metaestro espumosas, microbiota bacteriana
aumentada, polimorfonucleares em degeneração ou com granulação tóxicas e fagocitose dos
restos celulares, linfócitos, hemácias, além de metacromasia das lulas vaginais (MELLO,
2001). Em casos de vaginite crônica, pode ser observado aumento da descamação das células
epiteliais vaginais, alterações da morfologia e da coloração, aumento da microbiota
bacteriana, destruição celular e presença de células de defesa nos esfregaços (JOHNSON,
1994). Roszel (1977) relata a presença de células de metaestro e espumosas (“foam cells”) em
processos infecciosos.
Bactérias são frequentemente observadas nas amostras citológicas em casos de
vaginites. Deve-se atentar ao fato de que a vagina possui normalmente uma microbiota
residente e são consideradas importantes citologicamente e clinicamente quando o
observadas em conjunto com reação inflamatória e especialmente quando são vistos
fagocitados por macrófagos e/ou neutrófilos (WRIGHT e PARRY, 1989).
O diagnóstico de vaginite bacteriana é baseado em vários fatores, incluindo a presença
de descargas vaginais, e no esfregaço, a identificação de células chamadas “clue cells” que
são células do epitélio vaginal encobertas por cocobacilos (MAZZULI, 1980).
Além destes critérios, observa-se a quase ausência de Lactobacilos de Döerdelein e
elementos leucocitários. A exacerbada microbiota bacteriana está representada por cocos e
microbacilos (SILVA FILHO, 2001).
O exame colpocitológico pode ser utilizado como método complementar de
diagnóstico microbiológico e representa um instrumento para a reprodução assistida, no que
diz respeito à prevenção e controle de patologias (CHAVES, 2003) e permite observar a
presença de agentes microbiológicos específicos, como fungos e outros microrganismos e,
apesar de não ser o exame de escolha para o diagnóstico de vaginites, é possível obter
identificação microbiológica (SILVA FILHO, 2001). Outro aspecto que tem fortalecido a
necessidade da utilização do exame citológico na rotina da avaliação ginecológica tem sido o
fato de que a concordância entre os exames bacteriológicos e citológicos é extremamente
variável (ALVARENGA, 1996).
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Animais
Para a realização do trabalho foram utilizadas 40 cadelas de idade, porte e raças
variadas. As cadelas foram provenientes de criações particulares, de canis, e do Departamento
de Parasitologia Animal, Laboratório de Desenvolvimento de Produtos Parasiticidas (LDPP),
Departamento de Parasitologia Animal, Instituto de Veterinária, UFRRJ. Após anamnese e
exame clínico, as cadelas consideradas saudáveis (ausência de febre, bom estado físico,
ausência de secreção vaginal), foram selecionadas e foi preenchido um formulário (Anexo 1)
sobre o histórico reprodutivo de cada fêmea: data do primeiro cio, intervalo entre cios
(regular, irregular, média de período interestral), prenhez (número de gestações, se sofreu
abortamento) e patologias reprodutivas (vaginites, metrites, piometras). As cadelas foram
classificadas de acordo com o número de crias, sendo que as que não tiveram cria são
chamadas de nulíparas, e as que tiveram pelo menos uma cria, são chamadas de paridas.
Finalizada a etapa do preenchimento do questionário, iniciou-se a etapa de coleta.
3.2 Análise Bacteriológica Vaginal
3.2.1 Materiais para coleta
Foram utilizados swabs estéreis com hastes flexíveis e de ponta de algodão hidrofílico
1
(BJURSTRÖM, 1993; WATTS et al., 1996; OLIVEIRA et al., 1998), meio de transp
1
orte
sólido Agar Nutriente para o acondicionamento do swab, soro fisiológico e luva descartável.
3.2.2 Procedimento da coleta
Com a cadela em estação foi feita a limpeza externa da vulva com solução fisiológica
a 0,9 % e a posterior secagem com papel toalha. Procedeu-se o afastamento dos lábios
vulvares evitando assim a contaminação externa (BJURSTRÖM, 1993), e com as mãos
enluvadas foi introduzido o swab estéril na região caudal da vagina, com uma inclinação de
45º em relação ao solo, e então feitas várias rotações na mucosa interna vaginal. O swab foi
então acondicionado no meio para transporte Agar Nutriente por até 24 horas e refrigerado em
até 15ºC (BJURSTRÖM, 1993), e levado para o laboratório de Bacteriologia do Instituto de
Veterinária (IV) da UFRRJ onde o material foi processado.
3.2.3 Isolamento e Identificação
O swab foi semeado em cinco meios de cultivo distintos: Ágar MacConkey (ALLEN e
DAGNALL, 1982), Ágar seletivo para Estreptococos, Ágar EMB (Eosina Azul de Metileno),
Ágar sangue (LING e RUBY, 1978; BABA et al., 1983) e Ágar Manitol Vermelho de Fenol.
As placas semeadas foram incubadas em estufa a 37ºC por 24 a 48 horas. Após o crescimento
das colônias, estas foram caracterizadas quanto ao seu aspecto, e realizou-se as provas iniciais
de identificação: coloração de Gram, prova da catalase e de hidróxido de potássio a 3% (KOH
3%). Com estes resultados, pôde-se separar em grupos as bactérias isoladas e realizar a
identificação bioquímica de cada grupo, que foi realizada segundo Lennette (1985), sendo os
microrganismos classificados de acordo com Bergey’s Manual of Sistematic Bacteriology
(KRIEG e HOLT, 1984).
1
Johnson & Johnson
3.3 Análise Fúngica Vaginal
3.3.1 Materiais para coleta
Foram utilizados swabs estéreis, Meio de transporte líquido Água Peptonada a 1%
para o acondicionamento dos swabs.
3.3.2 Procedimento da coleta
Com a cadela em estação foi feita a limpeza externa da vulva com solução fisiológica
e a posterior secagem com papel toalha. Procedeu-se o afastamento dos lábios vulvares com
at-260.638(e)-13.4472rn2(m)12.0421(e)-13.4478( )-15.95792(ál)1.4066(t)12.0423.216.53.4(p(-260.638(e)-13.4472r8.)-5.368(e)-13.44723.216.53.4((e)-13.4472((e)-2.80oq)-2.80892n9(a)-2.8102p79(a)-13.4459)7.83068( p)10.6383(or)-13.4471.40511(qui)-9.23319(do (c)7.Td[(ul-9.53.4(6383(ua)]TJ345 0 Td[( )-164.89on5.44 0 Td[da p)10.6383(or)-13.447p21(e)-13.4472()-13.4472(xt)1.4051( )-164.894(e)-2.8076(ul-9.53.4(24(m)12.0421(e)-13.447ho(de)-13.4459( )-164.8nt)1.4587[,(e)-13.447)7.(e)-13.4e )-164.05.954(Á)-1.40579.53.4(rf)-7.42551(oi)1.4051( )-79.7872(pos)-4.6166(t)1(qui)e)13.405024(de)-13.4459(4 0 Td[d3m)12.0434(e)-9.53.4((ã)g)10.63804(t)-9084(e)-9.53.4(a)1.40381(t)-4.61789é(óg)10.6383(i)1.40254.05.9581021(om)1.415º( 12.8071.6 -79.78721(e)22.80892(l)12.0421(e)22.80892(-2.80892(v(s)6.0204(i )-66.0217( )-175.5d3m)12.0434(e)13021.4459(4 0 2105((m))22.808N2(dos)6.02ú81( )-37.232(aos)6.02e9(4 0 2105((m))3021.442( )-37.234(c)-2.8089(m))3021.446383(ua)]TJ345 0 Tdl)12.043462( )-175.532nt)1.4587[2(xt)1.40511(e111.702411(s)6.020466(t)1(qui9(v)10.6383(om)1.40511( )-47.87ó1(s)6.0204(i)1.40381(5( )-79.7872(x)-2.807674(s)6.02(m))3021.68( )-47.872(m))3021.44Mo )-47.8723(f)(qui9(vo)10.63833(e)-13.445x723(f)(qui9(vo)10.63831( )-47.87ó1(s)6.0204(i)1.40381(5()-1643054(Á)-1.2(x)-2.807674(s)6.02(m))3021.9((de)-13.44N74(dos)16(ha)7.830611(s)6.0204Mo )-47.8)de)-13.44,(e)-13.447)7.)3021.9(U)(i)1.402F(V)9.2344R TL( .233R TL( .233J4(s)6.02(mi)1.4025430581021(om)1.43( 4(c)-2.8089(m)(e)-13.4(ç)-2.80892((s)6.0204(i )-66.02(m)(e)-13.4p8(.)-5.31915( )-79808992(-2.80892nt)1.403 )-281.91517( )-175.5d3m)12.043417(w)9.23319(a)-2.80762(bs)6.0204(.)-15.9575( )]TJ( )'/R11 11.28 Tf13.32 TLT*[3(m)12.0421(e)-13.447I)-281.915uv)10.638o3( )-175.53am8(e)-2.80892 me(e)-13.4e 2.96 Td[(p(e)-13.4(i )-66.022(n)13.447892)-2.8089938( )-15.81(m)13.85(i )-66.02uçãqui9(vo)107.23492(s)-4.6166ota
as mãos enluvadas e introduzida a escova ginecológica na região caudal da vagina, com uma
inclinação de 45º em relação ao solo, e então feitas várias rotações para a melhor obtenção de
células vaginais. Foi então feito o rolamento da escova ginecológica sobre a lâmina de
microscopia. Esta foi identificada com o nome da cadela e a data da coleta. A lâmina foi então
fixada em álcool absoluto, e corada com Diff Quick®, e a leitura feita no Laboratório de
Fisiopatologia da Reprodução, do Convênio Embrapa/UFRRJ.
3.4.3 Análise do esfregaço
3.4.3.1 Células epiteliais
O esfregaço foi observado à microscopia direta, no microscópio ótico da marca Leitz,
com a ocular de 10 e objetiva de 10, 40 e 100X, sendo analisados a coloração, o tipo celular, a
aparência das células, tamanho e presença de núcleos. Para a identificação da fase do ciclo
estral foram utilizados além do histórico e exame clínico do animal, o método
colpocitológico, adotando-se os critérios de classificação de ROSZVEL (1977) e OLSON et
al. (1984).
3.4.3.2 Microrganismos
Os microrganismos foram identificados como bactérias (cocos, bacilos), leveduras e
fungos. O critério para a avaliação foi feito segundo ALLEN (1985), que quantificou as
estruturas observadas em raras (+), freqüentes (++), abundantes (+++) e incontáveis (++++).
3.5 Análise Estatística
Os dados obtidos foram colocados em planilha Excel e analisadas pelo Χ
2
(qui-
quadrado) para permitir a análise estatística utilizando o programa Epi info (CDC, 2004).
Quando necessário utilizou-se o Fischer exato em parcelas menores que cinco (SAMPAIO,
2000).
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Animais
Dos dados obtidos em relação às raças das 40 cadelas, verificou-se maior freqüência,
60,0% da raça Beagle, 27,5% da raça Pastor Alemão e 12,5% de outras raças.
4.1.1 Faixa Etária
Os animais do estudo foram agrupados de acordo com a faixa etária, a fim de verificar
o intervalo de maior freqüência, compreendido entre seis a 24 meses (35,0%), 25 a 48 meses
(17,5%), 49 a 72 meses (32,5%), e acima de 73 meses (15,0%), como demonstrado na tabela
1.
Tabela 1 Distribuição da faixa etária das cadelas submetidas ao isolamento microbiológico e
exame colpocitologia vaginal, em freqüência absoluta (Fa) e freqüência relativa
(Fr).
Faixa etária Fa Fr
6 a 24 meses 14
35,0
25 a 48 meses 07
17.5
49 a 72 meses 13
32.5
Acima 73 meses 06
15,0
Total 40 100,0
4.1.2 Manejo
Com relação ao manejo sanitário, 100% das fêmeas examinadas eram vacinadas e
vermifugadas, fato este justificado, em virtude de terem sido visitados canis que tinham a
finalidade de pesquisa e outro com animais de guarda, portanto locais que possuíam uma
assistência veterinária permanente.
Levando em consideração que 100% destes animais eram de canis, a diferença entre
eles foi o local de maior permanência destes animais, pois 24 (60,0%) das fêmeas pertenciam
a canil comercial com acesso a terra, 11 (27,5%) pertenciam a canil comercial sem acesso a
terra e 5 (12,5%) pertenciam a canil não comercial (Tabela 2).
Tabela 2 Freqüência do sistema de criação das cadelas submetidas ao isolamento
microbiológico e colpocitologia vaginal em freqüência absoluta (Fa) e freqüência
relativa (Fr).
Tipo de Canil Fa Fr
Canil comercial com acesso à terra 24 60,0
Canil comercial sem acesso à terra 11 27,5
Canil não comercial 05 12,5
Total 40 100,0
As 40 meas examinadas possuíam histórico reprodutivo, cujos dados estão
demonstrados na tabela 3.
Tabela 3 Freqüência do número de crias das cadelas submetidas ao isolamento
microbiológico e colpocitologia vaginal em freqüência absoluta (Fa) e
freqüência relativa (Fr).
Atividade sexual Fa Fr
Nulíparas 26 65,0
Paridas 14 35,0
Total 40 100,0
Pode–se observar que a maior freqüência das fêmeas foi de nulíparas (65,0%),
podendo ser explicado pelo fator idade, pois 35,0% das fêmeas deste experimento estavam na
faixa etária de seis a 24 meses (Tabela 1). Foi feita também a avaliação da fase do ciclo estral
das cadelas, representada na tabela 4.
Tabela 4 Freqüência da fase do ciclo estral das cadelas submetidas ao isolamento
microbiológico e colpocitologia vaginal em freqüência absoluta (Fa) e freqüência
relativa (Fr).
Atividade sexual Fa Fr
Anestro 18 45,0
Pró-estro 02 5,0
Estro 03 7,5
Diestro 17 42,5
Total 40 100,0
Analisando a tabela 4 observa-se que as cadelas se encontravam com mais freqüência
na fase de anestro (45%), seguido da fase de diestro (42,5%).
Observando as variáveis de histórico e manejo pode-se caracterizar o grupo das
cadelas, na sua maioria, 60,0% raça Beagle, 35,0% com idade de seis a 24 meses, 60,0%
criadas em sistema de criação comercial com acesso à terra, 65,0% nulíparas e 42,5% em
anestro.
4.2 Isolamento Bacteriológico
A identificação de microrganismos potencialmente causadores de patologias no trato
reprodutivo de cadelas representa talvez a solução de inúmeros distúrbios ainda pouco
explicados e controlados pela Medicina Veterinária. Sabe-se que a microbiota bacteriana
normal do trato reprodutivo pode eventualmente tornar-se patogênica, tem sido associados a
quadros de abortamentos e infertilidade em diversas espécies domésticas. A freqüência de
isolamentos bacteriológicos obtidos das 40 cadelas neste estudo está representada na tabela 5.
Tabela 5 Distribuição de isolamentos bacterianos das cadelas submetidas ao isolamento
microbiológico e colpocitologia vaginal em freqüência absoluta (Fa) e freqüência
relativa (Fr).
Microrganismos Fa Fr
Micrococcus spp 33 24,2
Streptococcus spp 18 13,2
Streptococcus schleiferi coagulans 13 9,6
Escherichia coli 13 9,6
Listeria spp 12 8,8
Corynebacterium spp 08 5,9
Klebsiella pneumoniae 07 5,1
Staphylococcus aureus 06 4,4
Staphylococcus spp coagulase negativo 06 4,4
Enterobacter aglomerans 05 3,7
Edwarsiella tardia 04 2,9
Yersinia enterocolitis 04 2,9
Enterococcus spp 03 2,2
Pseudomonas aeroginosa 02 1,4
Citrobacter diversus 02 1,7
Total 136 100,0%
Analisando os dados obtidos na tabela, pôde-se observar que o microrganismo de
maior freqüência em relação ao número total de isolamentos foi Micrococcus spp (24,2%),
seguido de Streptococcus spp (13,2%), Streptococcus schleiferi coagulans (9,6%) e
Escherichia coli (9,6%). Em relação à freqüência dos microrganismos encontrados nas
cadelas, o mais isolado foi Micrococcus spp (33/40), seguido de Streptococcus spp (18/40),
2
5
Tabela 6 Distribuição de isolamentos bacterianos em cadelas submetidas ao isolamento
microbiológico e colpocitologia vaginal segundo a faixa etária, em meses em
freqüência absoluta (Fa).
Faixa etária
Microrganismos Isolados 6 a 24
25 a 48
49 a 72
73 <
Total
Micrococcus spp 10 6 12 5 33
S. schleiferi coagulans
8 3 2 0 13
Escherichia coli 8 1 3 1 13
Streptococcus spp 5 2 10 1 18
Klebsiella pneumoniae 4 1 2 0 07
Corynebacterium spp 4 3 1 0 08
Staphylococcus aureus 2 1 0 3 06
Listeria spp 3 2 6 1 12
Citrobacter diversus 2 0 0 0 02
Edwarsiella tardia 2 1 1 0 04
Yersinia enterocolitis 1 2 0 1 04
Enterococcus spp 1 1 1 0 03
Pseudomonas aeroginosa 1 0 1 0 02
Enterobacter agglomerans 0 1 1 3 05
Staphylococcus spp coagulase negativo 0 1 1 4 06
Total 51 25 41 19 136
Analisando os dados obtidos, pode-se observar um maior número de isolamentos em
cadelas com idade de seis a 24 meses (51/136), e o menor número de isolamentos foi na faixa
etária com mais de 73 meses (19/136), o que pode ocorrer devido a resistência adquirida às
bactérias ao longo da vida. Constatou-se uma significância (p<0,05), da bactéria
Streptococcus spp, para a faixa etária de 49 a 72 meses (p=0,035), o que corresponde o maior
período de atividade sexual das cadelas. Neste período, pode ocorrer, devido ao fator
hormonal, histórico de parição e cobertura, um desencadeamento de um processo patogênico
(HIRSH, 2003). Também se constatou uma significância (p=0,031) para a bactéria S.
schleiferi coagulans para a faixa etária de seis a 24 meses, o que pode ser justificado também
pelo fator ambiente, pois as cadelas nesta faixa etária deste trabalho vivem em canis
comerciais com acesso à terra.
Tabela 7 Distribuição de isolamentos bacterianos em cadelas submece49(i)-9.2347
Tabela 8 Freqüência de isolamentos bacterianos em cadelas submetidas ao isolamento
microbiológico e colpocitologia vaginal segundo o número de crias em freqüência
absoluta (Fa).
Número
de crias
Microrganismos Paridas (Fa) Nulíparas (Fa) Total
Micrococcus spp 11 22 33
Streptococcus schleiferi coagulans
05 08 13
Escherichia coli 05 09 13
Streptococcus spp 04 14 18
Klebsiella pneumoniae 02 04 07
Corynebacterium spp 05 03 08
Staphylococcus aureus 03 03 06
Lier1.40381(l)-9.3.4472(us)16.66( )-15.9574(s)-4.6166(pp )]TJ/R9 11.28 Tf225.96 0 Td[(05 )-6852.38(03 )-4877.66(06 )]TJ/R18 11.28 Tf-f-225.96 -.76 Td[(L.40511(e))-1.40446(c)10.63.0217(i)t80892(ol)Td6.0217(i)12.80892(u)10.63834-2.80762(a)-2.80892(rv.6383(c)-)1.40381(f)12.0421(es)16.66( )u
Tabela 9 Freqüência de isolamentos bacterianos em cadelas submetidas ao isolamento
microbiológico e colpocitologia vaginal segundo a fase do ciclo estral em
freqüência absoluta (Fa).
Fase do ciclo estral
Microrganismos Isolados
Anestro
Pro estro
Estro
Diestro
Total
Micrococcus spp 14 14 03 02 13
S. schleiferi coagulans
07 05 01 00
13
Escherichia coli 07 05 01 00
18
Streptococcus spp 06 10 00 02
07
Klebsiella pneumoniae 03 03 01 00
08
Corynebacterium spp 04 03 01 00
06
Staphylococcus aureus 02 02 00 02
12
Listeria spp 06 05 00 01
02
Citrobacter diversus 0 02 00 00
04
Edwarsiella tardia 03 01 00 00
04
Yersinia enterocolitis 02 02 00 00
03
Enterococcus spp 02 01 00 00
02
Pseudomonas aeroginosa 01 01 00 00
05
Enterobacter aglomerans 03 02 00 00
06
Staphylococcus spp coagulase negativo 02 02 02 00
13
Total 62 58 09 07 136
4.3 Isolamento Fúngico
Apesar da grande quantidade de estudos sobre as bactérias que se encontram no
ambiente vaginal de cadelas, os estudos sobre os fungos habitantes do sistema genital
feminino são escassos. Neste trabalho foram isolados 13 gêneros diferentes de fungos nas 40
cadelas. A freqüência de isolamento dos fungos nas cadelas está representada na tabela 10.
Analisando os dados obtidos, pode-se observar que maior freqüência de isolamento em
relação ao número total de fungos isolados foi de Cladosporum spp (20,0%), seguido do
Fusarium spp (16,3%) e Curvularia spp e Aspergillus spp (10,9%). Esses resultados diferem
dos de Moreno et al. (1973), que isolaram predominantemente Candida albicans, e de
Oliveira et al. (1998), isolaram em duas amostras Penicillium spp e Malassezia
pachydermatis, por trabalharem com pequenas amostras, os resultados observados neste
estudo e nos citados na revisão, necessitam de outros estudos com intuito de explicar estes
achados.
Tabela 10 Freqüência de isolamentos fúngico em cadelas submetidas ao isolamento
microbiológico e colpocitologia vaginal em freqüência absoluta (Fa) e
freqüência relativa (Fr).
Fungos Isolados Fa Fr
Cladosporum spp 11 20,0
Fusarium spp 09 16,3
Aspergilus spp 06 10,9
Curvularia spp 06 10,9
Candida spp 05 9,0
Cryptococcus spp 04 7,2
Rhodotorula spp 04 7,2
Scopulariopsis spp 02 3,6
Pichia spp 02 3,6
Trichosporon spp 02 3,6
Acremonium strictum 02 3,6
Trichoderma spp 01 1,8
Monocillium spp 01 1,8
Total 55 100,0
Como no isolamento bacteriano, foi feita a associação do número de isolamentos de
cada fungo encontrado nas cadelas, pelas variáveis faixa etária, tipo de criação, número de
crias, e fase do ciclo estral. Na tabela 11 foi feita a freqüência dos isolamentos segundo a
faixa etária.
Tabela 11 Freqüência de isolamentos fúngicos em cadelas submetidas ao isolamento
microbiológico e colpocitologia vaginal em freqüência absoluta (Fa) segundo a
faixa etária.
Faixa etária (meses)
Microrganismos 6 a 24
25 a 48
49 a 72
mais 73
Total
Cladosporum spp
2 2 6 1
11
Fusarium spp
3 2 2 2
9
Aspergillus spp
0 1 4 1
6
Curvularia clavata
0 1 4 1
6
Candida spp
1 1 1 2
5
Cryptococcus spp
3 0 0 1
4
Rhodotorula spp
2 0 2 0
4
Scopulariopsis spp
0 1 1 0
2
Acremonium strictum 0 0 1 1 2
Trichosporon spp
1 0 0 1
2
Pichia spp
1 0 0 1
2
Trichoderma spp
0 1 0 0
1
Monocillium spp
1 0 0 0
1
Total 14 9 21 11 55
Analisando os dados obtidos, pode-se observar uma maior prevalência de isolamentos
em cadelas com idade de 49 a 72 meses, e um menor número de isolamentos na faixa etária
com mais de 25 a 48 meses.
Na tabela 12 observa-se os resultados da freqüência de isolamentos fúngicos de acordo
com o sistema de criação, e na tabela 13, a freqüência de isolamento fúngico pela o número de
crias do animal.
Houve maior freqüência de isolamentos fúngicos (35/55) na criação comercial onde as
cadelas têm acesso a terra. Este fato pode ser explicado devido ao contato íntimo dos animais
com a terra, que pode levar a uma contaminação da região vaginal pelos fungos, tendo o
ambiente relação com a microbiota local.
Tabela 12 Freqüência de isolamentos fúngicos em cadelas submetidas ao isolamento
microbiológico e colpocitologia vaginal em freqüência absoluta (Fa) segundo o
sistema de criação.
Tipo de criação
Microrganismos Com. c/ terra Com s/ terra Não com. Total
Cladosporum spp
6 5 0
11
Fusarium spp
8 0 1
09
Aspergillus spp
0 5 1
06
Curvularia clavata
5 1 0
06
Candida spp
2 1 2
05
Cryptococcus spp
3 0 1
04
Rhodotorula spp
4 0 0
04
Trichosporon spp
1 0 1
02
Acremonium strictum
1 0 1
02
Scopulariopsis spp
1 1 0
02
Trichoderma spp
1 0 0
01
Monocillium spp
1 0 0
01
Total 35 13 07 55
Em se tratando da freqüência de isolamentos por número de crias, observada na tabela
13, pode-se constatar maior freqüência de isolamento fúngico para as fêmeas nulíparas
(32/55) e quando aplicado o teste do qui-quadrado e o Fischer exato, não se observou
nenhuma diferença significativa, fato este justificado, em virtude das fêmeas trabalhadas o
possuírem histórico de distúrbio reprodutivo.
Tabela 13 Freqüência de isolamentos fúngicos em cadelas submetidas ao isolamento
microbiológico e colpocitologia vaginal em freqüência absoluta (Fa) segundo o
número de crias.
Número de crias
Microrganismos Paridas Nulíparas Total
Cladosporum spp
7 4
11
Fusarium spp
4 4
09
Aspergillus spp
1 5
06
Curvularia clavata
3 3
06
Candida spp
3 2
05
Cryptococcus spp
2 2
04
Rhodotorula spp
0 4
04
Scopulariopsis spp
2 0
02
Trichosporon spp
2 0
02
Pichia spp
1 1
02
Acremonium strictum 1 1 02
Trichoderma spp
1 0
01
Monocillium spp
0 1
01
Total 24 31 55
Na tabela 14 observa-se a freqüência dos isolamentos de fungos durante as fases do
ciclo estral.
Tabela 14 Freqüência de isolamentos fúngicos em cadelas submetidas ao isolamento
microbiológico e colpocitologia vaginal em freqüência absoluta (Fa) segundo a
fase do ciclo estral.
Fases do ciclo estral
Fungos isolados Anestro
Pro estro
Estro
Diestro
Total
Cladosporum spp
4 0 0 7
11
Fusarium spp
5 0 1 3
09
Aspergillus spp
2 1 1 2
06
Curvularia clavata
4 0 0 2
06
Candida spp
4 0 1 0
05
Cryptococcus spp
1 0 0 3
04
Rhodotorula spp
2 0 0 2
04
Scopulariopsis spp
2 0 0 0
02
Trichosporon spp
0 0 1 1
02
Pichia spp
1 0 0 1
02
Acremonium strictum 1 0 0 1 02
Trichoderma spp
1 0 0 0
01
Monocillium spp
0 0 0 1
01
Total 27 1 4 23 55
Na tabela 14 constatou-se um maior número de fungos isolados na fase de anestro
(27/55). Estes dados podem ser explicados, pelo fato de que 18/40 (45,0%) cadelas se
encontravam em anestro no momento da coleta. Analisando os fungos isoladamente,
observou-se que não houve diferença significativa dentro das diferentes fases do ciclo estral
(p > 0,005). Estes achados diferem dos descritos por Soria (2001), que isolou fungos em todas
as fases do ciclo estral, encontrando maior prevalência no pró-estro.
4.4 Comparação da maior freqüência de bactérias e fungos nas diferentes variáveis
Com os resultados obtidos pode-se fazer uma comparação sobre a maior freqüência de
isolamento das bactérias e fungos nas diferentes variáveis. Na variável faixa etária a maior
freqüência de isolamentos de bactérias foi na faixa etária de seis a 24 meses, enquanto que os
fungos foram na faixa de 49 a 72 meses. nas variáveis tipo de criação, número de crias e
fase do ciclo estral a maior freqüência de isolamentos se apresentou igual para os dois
microrganismos: em canil comercial com terra, nas nulíparas e nas em anestro. Estes
resultados podem ser explicados devido ao fato de os canis com acesso à terra serem mais
úmidos, com temperaturas amenas e com nutrientes para o crescimento dos microrganismos.
Sobre o fato de terem sido mais freqüentemente isolados microrganismos em cadelas
nulíparas e em anestro, pode-se explicar pelo fato da maioria das cadelas deste estudo serem
nulíparas e estarem em anestro.
4.5 Exame Colpocitológico
Os esfregaços vaginais foram analisados, observando a presença de bactérias,
caracterizando-as segundo a sua morfologia em bacilos e cocos, segundo a quantidade de
bactérias e de quantidade de neutrófilos, classificadas segundo Allen (1985), e segundo a
presença de leveduras e fungos nas lâminas. Em todas as lâminas foi possível a observação de
microrganismos, entre eles, bactérias (cocos e bacilos) e leveduras. Este achado difere de
Chaves (2003) que encontrou em 159 amostras, apenas 49 positivas para a presença de pelo
menos um microrganismo.
A tabela 15 demonstra a morfologia das bactérias presentes nas lâminas de
colpocitologia, segundo a morfologia de cocos, bacilos.
Tabela 15 Freqüência da morfologia das bactérias encontradas na colpocitologia
Morfologia das bactérias Total
Bacilos 00
Cocos 28
Cocos e bacilos 12
Total 40
Analisando os dados da tabela 15, pode-se observar uma freqüência em 100% das
lâminas de bactéria tipo cocos, o que concorda com os achados obtidos no isolamento
bacteriano. Estes dados não correspondem aos encontrados por Chaves (2003), que encontrou
em 26,1% das amostras a presença de bactérias tipo cocos e 37,7% tipo lactobacilos, fato este
explicado por ter sido estudado um grupo de fêmeas gestantes.
As bactérias na citologia vaginal das cadelas foram visualizadas em 100% das
lâminas. Este achado era esperado, na medida a vagina possui normalmente uma microbiota
residente (WRIGHT e PARRY, 1989). A presença de bactérias em 100% das lâminas levou à
observação destas pelas variáveis: faixa etária, sistema de criação, atividade reprodutiva e
ciclo estral
Pode-se observar uma maior quantidade de bactérias nas cadelas na faixa etária de 49
a 72 meses. Este resultado difere de Chaves (2003) que encontrou uma maior freqüência na
faixa etária de 73 meses ou mais (de 84 a 108 meses).
Pode-se observar que o sistema de criação canil comercial sem terra concentra o maior
número de bactérias encontradas nas lâminas. Este fato pode ser devido ao contato das cadelas
com a terra.
Observa-se que as cadelas nulíparas apresentam maior concentração de bactérias,
enquanto na figura 4 pode ser observado que a maior freqüência de bactérias encontradas na
colpocitologia está na fase de pró-estro, em concordância com os achados de Concannon
(1986) e Holst (1986) que citam a presença marcante de bactérias livres ou junto à superfície
das células no esfregaço citológico vaginal, nesta fase do ciclo estral.
Os neutrófilos também são achados comuns na colpocitologia, e a sua presença ou
ausência, em fases que lhe são ou não características, podem também ser usadas como
métodos de diagnóstico para possíveis processos inflamatórios. Para analisar então a
freqüência destas células nas lâminas segundo as mesmas variáveis..
Pode ser observada uma maior quantidade de neutrófilos em canis comerciais sem
terra. Este fato pode ser explicado devido ao fato das cadelas nestes canis estarem em sua
maioria na fase de diestro e na faixa etária de seis a 24 meses, portanto sem terem atividade
sexual.
Analisado os dados pode-se observar que a maior quantidade de neutrófilos está
concentrada nas fêmeas nulíparas. Enquanto a maior quantidade de neutrófilos se encontra na
fase de diestro, concordando com Schute (1967) e Concannon (1986) que descrevem o
reaparecimento dos polimorfonucleares intra e extracelulares, e que a presença de grandes
quantidades de neutrófilos durante outro estágio do ciclo indicam processo inflamatório, e
com Ettinger e Feldman (1997), que relatam a grande quantidade de neutrófilos durante o
início do diestro.
Feita a associação da presença de bactérias e neutrófilos pelas variáveis faixa etária,
sistema de criação, atividade reprodutiva e fases do ciclo estral, , observou-se na fase de
anestro pouca quantidade de neutrófilos e de bactérias; na fase de diestro grande quantidade
de neutrófilos com poucas bactérias; no estro e pró-estro grande quantidade de bactérias com
poucos neutrófilos, concordando com a literatura vigente sobre o estudo da colpocitologia
vaginal para a detecção de cio em cadelas, segundo Olson et al. (1984).
4.6 Associação do Isolamento Microbiológico com a Colpocitologia
Em 52,5% das amostras (21/40) foi observada a presença de formas características de
leveduras, sendo que no isolamento microbiológico foi detectada a presença em 37,5%
amostras (15/40), demonstrando que a citologia vaginal é um meio confiável para a detecção
de leveduras vaginais, quando comparado com os fungos filamentosos, não houve esta
associação, pois foram isolados em 34 cadelas, nove espécies diferentes, não sendo constatado
pela colpocitologia. Quanto ao isolamento bacteriano houve uma concordância de 100%, pois
em todas as lâminas se observou a presença de bactérias e se isolou as mesmas em amostras,
demonstrando que a colpocitologia é um ótimo método para a identificação de bactérias.
5 CONCLUSÕES
A citologia vaginal foi um indicativo de qualidade no que diz respeito à identificação
da fase do ciclo estral, da presença e quantificação de bactérias e de neutrófilos.
A citologia vaginal não foi um indicativo no que diz respeito à identificação de fungos
filamentosos, quando se comparando ao isolamento microbiológico, apresentou 100%
de concordância.
Para uma análise segura dos achados colpocitológicos e microbiológicos deve ser
levado em consideração o habitat do animal, para diremir dúvidas quanto à qualidade
do isolado e de possíveis contaminantes no momento da coleta da amostra.
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ANEXO 1
Formulário de identificação dos animais
Número do formulario:
Identificação do animal e proprietário
Manejo geral
Profilaxia
Histórico reprodutivo
Proprietário: Tel:
Endereço:
Nome do Animal:
Raça:
Idade
1.Tipo de canil?
( ) Comercial sem acesso à terra
( ) Comercial sem acesso à terra
( ) Não comercial
1. A cadela é regularmente vacinada? Sim ( ) ou Não ( )
2. A gata é regularmente vacinada? Sim ( ) ou Não ( )
1.Cicla normalmente? Sim ( ) ou Não ( )
2. O animal é castrado? Sim ( ) ou Não ( )
3. Já cruzou? Sim ( ) ou Não ( )
4. Pariu quantas vezes? ( )
5. Está amamentando no momento? Sim ( ) ou Não ( ))
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