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ADRIANA DE MEDEIROS MELO
Avaliação da mamada em recém-nascidos
prematuros
Recife
2008
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Adriana de Medeiros Melo
Avaliação da mamada em recém-nascidos
prematuros
Dissertação apresentada ao Colegiado da Pós-
Graduação em Saúde da Criança e do
Adolescente do Centro de Ciências da Saúde da
Universidade Federal de Pernambuco, como
requisito parcial para obtenção do grau de
Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente.
Orientadora
Profa. Dra. Mônica Maria Osório
RECIFE
2008
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Melo, Adriana de Medeiros
Avaliação da mamada em recém-
nascidos
prematuros / Adriana de Medeiros Melo.
Recife: O
Autor, 2008.
71 folhas: il., tab; quadro.
Dissertação (mestrado)
Universidade Federal
Adolescente. 2008.
Inclui bibliografia, anexos e apêndices.
1. Aleitamento materno. 2. Técnicas de
Avaliação. 3. Recém-
Nascido Prematuro. 4. Baixo
peso ao nascer. I. Título.
612.3 CDU (2.ed.) UFPE
613.20832 CDD (20.ed.) CCS-21/2008
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
REITOR
Prof. Dr. Amaro Henrique Pessoa Lins
VICE-REITOR
Prof. Dr. Gilson Edmar Gonçalves e Silva
PRÓ-REITOR DA PÓS-GRADUAÇÃO
Prof. Dr. Anísio Brasileiro de Freitas Dourado
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DIRETOR
Prof. Dr. José Thadeu Pinheiro
COORDENADOR DA COMISSÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO DO CCS
Profa. Dra. Célia Maria Machado Barbosa de Castro
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA CRIAA E DO ADOLESCENTE
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO
COLEGIADO
Profa. Dra. Gisélia Alves Pontes da Silva (Coordenadora)
Profa. Dra. Luciane Soares de Lima (Vice-Coordenadora)
Profa. Dra. Marília de Carvalho Lima
Profa. Dra. Sônia Bechara Coutinho
Prof. Dr. Pedro Israel Cabral de Lira
Profa. Dra. Mônica Maria Osório de Cerqueira
Prof. Dr. Emanuel Savio Cavalcanti Sarinho
Profa. Dra. Sílvia Wanick Sarinho
Profa. Dra. Maria Clara Albuquerque
Profa. Dra. Sophie Helena Eickmann
Profa. Dra. Ana Cláudia Vasconcelos Martins de Souza Lima
Profa. Dra. Maria Eugênia Farias Almeida Motta
Prof. Dr. Alcides da Silva Diniz
Profa Dra. Maria Gorete Lucena de Vasconcelos
Profa. Dra. Sílvia Regina Jamelli
Luciano Meireles de Pontes (Representante discente - Doutorado)
Carlos André Gomes Silva (Representante discente -Mestrado)
SECRETARIA
Paulo Sergio Oliveira do Nascimento
Clarissa Soares do Nascimento
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MELO, Adriana de Medeiros Avaliação da mamada em recém-nascidos...
Dedicatória
Dedicatória
Aos meus pais Reinaldo (in memoriam) e Conceição.
Aos meus irmãos Reinaldinho e Paulinha.
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MELO, Adriana de Medeiros Avaliação da mamada em recém-nascidos...
Agradecimentos
Agradecimentos
A Deus por me amparar nos momentos difíceis, me dar força
interior para superar as dificuldades e mostrar os caminhos nas horas
incertas.
A painho (in memoriam) e à mainha por ter me proporcionado
toda a oportunidade de seguir meus sonhos, amor incondicional; e à toda
minha família por terem agüentado minhas eternas ausências.
Aos meus irmãos, Reinaldinho e Paulinha por serem meus
maiores amigos e estarem sempre perto, no coração, aqui.
À Professora Dra. Mônica Maria Osório, pela atitude competente
e afetuosa com que orientou este trabalho.
Às Professoras Dras. Marília Lima e Gisélia Alves pela
organização e constantes apoios no decorrer de cada etapa do mestrado.
A todos os professores que fazem parte da equipe do Programa
de Pós-graduação em Saúde da Criança e do Adolescente da UFPE.
A todos os novos amigos conquistados ao longo de nossa jornada
na 21ª turma do Mestrado; em especial Bruno, Solange, Daisy, Carla, Marília,
Carmem e Cândida.
Ao secretário Paulo Sérgio, por tornar nossa vida acadêmica
organizada e alegre. O “Point” será eterno.
Aos técnicos, funcionários e colegas que fazem parte da equipe
do Alojamento Canguru da MESM; em especial às amigas Gicarlia, Sirmani,
Yolanda, Conceição que com sua amizade, incentivo e apoio, prestaram.
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Agradecimentos
Às mães e seus bebês que participaram desta pesquisa e que
continuam ajudando com seus saberes e experiências.
À Prefeitura Municipal da Escada pelo apoio e incentivo à
realização de minha pós-graduação.
À UNCISAL, em especial aos que fazem parte da Faculdade de
Fonoaudiologia de Alagoas pela permissão para realização do meu Mestrado
em outro Estado.
À amiga e professora Maria Adélia, pelas sugestões e
colaboração na revisão gramatical.
Ao Amigo e professor Edson Magalhães por todo incentivo,
carinho, pelas palavras certas nos momentos certos, pela amizade sincera e
por ajudar na revisão gramatical deste trabalho.
Ao amigo e professor Dr. José Carlos pelo carinho, atenção e
dedicação no auxílio na correção dos abstacts.
Ao amigo e mestre Luiz Alberto Mota pelo apoio, incentivo e
ajuda na aquisição de referências bibliográficas.
Aos professores, membros da banca de avaliação pelas
contribuições valiosas.
A todas as pessoas que direta ou indiretamente colaboraram
com o sucesso deste trabalho.
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Epígrafe
“O botão de rosa não é menos flor do que a rosa desabrochada”.
Pedro de Alcântara
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Sumário
Surio
LISTAS DE TABELAS ...................................................................................... 10
RESUMO .............................................................................................................. 11
ABSTRACT .......................................................................................................... 12
1 - APRESENTAÇÃO .......................................................................................... 13
2 – CAPÍTULO DE REVISÃO DA LITERATURA ......................................... 16
Aspectos fisiogicos, manejo clínico da amamentação e instrumentos
de avaliação das mamadas
2.1 Aspectos fisiológicos da amamentação ..................................................... 17
2.2 Manejo clínico da amamentação ............................................................... 18
2.3 Instrumentos de avaliação das mamadas ................................................... 20
2.4 Considerações finais .................................................................................. 26
2.5 Referências ................................................................................................ 27
3 – ARTIGO ORIGINAL ...................................................................................... 31
Avaliação da mamada em recém-nascidos prematuros no Alojamento
e-Canguru
Resumo ............................................................................................................. 34
Abstract ............................................................................................................. 35
Introdução ........................................................................................................ 36
Métodos ............................................................................................................. 37
Resultados ......................................................................................................... 41
Discussão .......................................................................................................... 43
Referências ...................... ................................................................................ 48
4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS e RECOMENDAÇÕES .................................. 55
5 – ANEXOS ........................................................................................................... 57
6 – APÊNDICES .................................................................................................... 62
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Lista de tabelas
10
Lista de Tabelas
Artigo Original
Tabela - I
Tabela 1. Características maternas, do parto e puerpério dos binômios
mães/bebês do alojamento canguru da Maternidade Escola Santa
Mônica, Maceió, 2007.
......................................................................................................
51
Tabela - II
Distribuição do somatório dos escores (%), obtidos por meio dos
quadros do formulário de avaliação da mamada em mães/bebês no
alojamento canguru da Maternidade Escola Santa Mônica, Maceió,
2007.
................................................................................................................
52
Tabela - III
Percentuais abaixo da mediana dos aspectos relacionados às
mamadas de recém-nascidos prematuros do alojamento canguru da
Maternidade Escola Santa Mônica, Maceió, 2007.
................................................................................................................
53
Tabela - V
Resultados estatísticos da soma de cada quadro do formulário de
avaliação da mamada em relação às condições maternas, de parto e
puerpério dos binômios mães/bebês no alojamento canguru da
Maternidade Escola Santa Mônica, Maceió, 2007.
................................................................................................................
54
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Resumo
11
Resumo
Esta dissertação é composta por dois capítulos: uma revisão da literatura e um artigo original.
Na revisão da literatura foram pesquisados em livros e teses e na base de dados Lilacs, Scielo
e Medline, temas sobre a avaliação das mamadas, considerando os instrumentos utilizados na
comunidade científica. Para tanto, foram usados os descritores: breastfeeding, evaluation
techniques, infant, premature, low birth weight. A literatura internacional mostra uma
importante preocupação na duração do aleitamento materno exclusivo, investigando fatores
que podem levar ao insucesso na amamentação. Outro aspecto que vem sendo discutido é a
forma de avaliar as mamadas no binômio mãe/bebê. Têm sido elaborados e testados diversos
instrumentos com o objetivo principal de assessorar o aleitamento, identificando as mães e os
bebês com riscos de insucesso no estabelecimento do aleitamento exclusivo. Na literatura
nacional, os estudos são escassos e o enfoque maior é direcionado aos bebês de termo,
deixando uma lacuna na avaliação da mamada nos bebês prematuros ou de baixo peso. Para o
artigo original foi realizado um estudo descritivo transversal com a finalidade de avaliar as
condições da mamada no inicio do aleitamento materno exclusivo e analisar a sua associação
com algumas variáveis maternas, do parto e puerpério em recém-nascidos prematuros no
Alojamento Mãe-Canguru da Maternidade Escola Santa nica, Maceió-AL. Foram
analisados aspectos relativos ao bee sua mãe durante a avaliação da mamada, utilizando
um protocolo adaptado de Sanches. Nesta pesquisa encontraram-se índices favoráveis e
indicativos de possíveis dificuldades no inicio do aleitamento materno exclusivo nos binômios
mães/bebês. Destacaram-se as maiores dificuldades nos aspectos relacionados à mama,
posição do bebê durante a mamada e condições de ordenha ao peito. o houve associação
significante entre a maioria dos aspectos das mamadas e as variáveis referentes às condições
maternas, do parto e do puerpério. Conclui-se que os maiores percentuais desfavoráveis ao
aleitamento materno encontrados no estudo são aspectos fundamentais das técnicas de
amamentação que precisam ser incorporados pela equipe interdisciplinar, e assim, serem
repassados às mães, na tentativa de evitar o possível comprometimento da efetividade do
aleitamento.
Palavras-chave: aleitamento materno, técnicas de avaliação, recém-nascido, prematuro,
baixo peso ao nascer.
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Abstract
12
Abstract
This thesis is composed of two chapters: a literature review and an original article. Books,
thesis, and databases such as Lilacs, Scielo and Medline were reviewed regarding
breastfeeding evaluation by the scientific community. In this research, the following
descriptors were used: breastfeeding, evaluation techniques, infant, premature, low birth
weight. The international literature highlights the importance of exclusive breastfeeding
duration, investigating likely factors which leads to breastfeeding failures. Another aspect
which has been discussed is the method to evaluate the breastfeeding in the mother-infant
dyads. Different tools have been prepared and tested with the objective of to assess the
breastfeeding, identifying mothers and babies who have risks of insuccess to establish
exclusive breastfeeding. In the national literature, studies are rare and major focus is on full-
term infants, leaving a lacune in the evaluation of premature and low birth weight infants. In
the original article, it was performed a transversal descriptive study aiming to evaluate the
breastfeding conditions at the beginning of the exclusive breastfeeding. In addition, it was
analysed its assocoation with maternal variables, delivery and puerperium of premature
infants in the Kangarro Mother Care of “Maternidade Escola Santa Mônica”, Maceió-AL. It
was analysed aspects related to the infant and the mother during breastfeeding evaluation
using an adapted protocol of Sanches. The results of this research showed favorable indexes
and indicators of likely difficulties at the beginning of th exclusive breastfeeding in the
mother-infant dyads. The major difficulties found were related to the breast, baby position
during breastfeeding, and milking conditions at the breast. There was no significant
association between the major breastfeeding aspects and the variables related to maternal
conditions, delivery and puerperium. It was concluded that the highest percentage of negative
factors related to breastfeeding found in this study are fundamenal aspects of breastfeeding
techniques which need to incorporate by the interdisciplinary staff and then went over to the
mothers and a attempt of avoiding a possible compromising on the breastfeeding
effectiveness.
Keywords: breastfeeding, evaluation techniques, low birth weight, premature, infant.
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1 – APRESENTAÇÃO
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Apresentação
15
1 – Apresentação
No ano de 2004, na Maternidade Escola Santa Mônica (MESM) em Maceió, foi
realizado um estudo transversal com os bebês prematuros e de baixo peso que participaram do
Método Canguru com o objetivo analisar o tipo e alimentação oferecida a esses bebês durante
e após alta hospitalar. O estudo identificou que apenas 65,7% dos recém-nascidos receberam
alta hospitalar com o aleitamento materno exclusivo e 34, 3% tiveram alta com aleitamento
complementado com o uso do copinho. No primeiro retorno ambulatorial identificou-se que
aquele percentual de recém-nascidos com aleitamento exclusivo caiu para 52,6% e que em 47,
4% dos bebês ocorreu a introdução precoce da mamadeira
1
.
Devido a esta constatação, surgiu a idéia de investigar o que estava ocorrendo com a
efetividade do início da amamentação exclusiva em bebês prematuros no alojamento canguru.
Além disso, a referida maternidade não adota como rotina diária uma avaliação padronizada
da mamada que englobe aspectos da mãe e do bebê.
Na literatura internacional tem sido testados e utilizados diversos instrumentos de
observação da mamada para assessorar a amamentação, visando seu sucesso, e assim, tentar
identificar nas mães e seus bebês os riscos de um possível desmame precoce. Porém, no Brasil
foram encontrados poucos trabalhos que analisassem os aspectos reativos a mamada do
binômio mãe/bebê. Além disso, a maioria dos artigos científicos publicados enfoca a
população de recém-nascidos de termo, utilizando o protocolo proposto pelo Unicef
2,3
. No
presente estudo, optou-se por utilizar como referência o instrumento proposto por Sanches
4
,
por se tratar de um protocolo que utilizou como base principal o modelo do Unicef e por
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Apresentação
16
englobar aspectos mais específicos relativos à dupla mãe/bebê. Sendo assim, foram realizadas
adaptações no referido instrumentos para aplicar aos recém-nascidos prematuros.
Na presente dissertação estão incluídos dois capítulos. O primeiro consiste numa
revisão da literatura sobre os instrumentos utilizados para avaliação da amamentação. O
segundo consiste num artigo original intitulado: “Avaliação da mamada em recém-nascidos
prematuros no Alojamento Mãe-Canguru”, elaborado para ser submetido à publicação de
acordo com as normas do Jornal de Pediatria. Teve como objetivo avaliar as condições da
mamada no inicio do aleitamento materno exclusivo, associando-as com algumas variáveis
maternas em recém-nascido prematuros no Alojamento e-Canguru da Maternidade Escola
Santa Mônica, Maceió-AL. Por fim, são apresentadas as considerações finais e
recomendões da pesquisa.
Referências:
1. Melo, M.L.F.; Melo, A.M.; Torres, S.M.F. Método mãe-canguru e aleitamento
materno exclusivo: uma realidade? J Bras Fonoaudiol. 2005; 5(21): 215-242.
2. UNICEF. Breastfeeding management and promotion in a baby-friendly hospital: an
18-hour course for maternity staff. New York: UNICEF; 1993.
3. UNICEF/WHO. Baby Friendly Hospital Initiative, revised, updated and expanded for
integrated care, Preliminary Version, 2006.
4. Sanches, MTC. Dificuldades iniciais na amamentação: enfoque fonoaudiológico
[dissertação]. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública; 2000. 173p.
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2 – CAPÍTULO DE
REVISÃO DA
LITERATURA
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Capítulo de Revisão da Literatura
18
2 Aspectos fisiológicos, manejo clínico
da amamentação e instrumentos de
avaliação das mamadas
2.1 Aspectos fisiológicos da amamentação
O processo de alimentação oral com sucesso envolve não somente uma maturação
fisiológica do sistema digestório, mas também engloba o desenvolvimento neurológico,
estado de alerta, cognição e interação mãe/be
1
.
Assim que um bebê nasce seu sistema neuromuscular deve estar pronto para
desempenhar as funções básicas como a respiração, sucção e deglutição do leite, necessárias
para que ele possa amamentar naturalmente. Sendo assim, o reflexo da deglutição surge por
volta da 11ª semana de vida fetal; enquanto que o da sucção pode ser detectado desde a 2
semana de vida intra-uterina, estando totalmente aperfeiçoado na 32ª semana. E a
coordenação destes reflexos ocorre por volta da 34ª semana
2,3
.
Porém, geralmente, os recém-nascidos prematuros e de baixo peso permanecem por um
tempo bastante prolongado em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal,
necessitando de suporte respiratório e utilizando a gavagem como meio de alimentação, o que
pode retardar o início da amamentação
2,4,5
.
Pelo fato destes bebês estarem mais susceptíveis a intercorrências clínicas, como
desconforto respiratório, ou simplesmente porque eles ainda apresentam um padrão imaturo
dos reflexos orais, são necessários alguns dias de prática para que desenvolvam a coordenação
e assim, superar as dificuldades no início da lactação
4
-
8
.
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Capítulo de Revisão da Literatura
19
Alguns bebês com menos de 32 semanas de idade gestacional (IG) têm demonstrado
habilidade para coordenar sucção e deglutição durante a amamentação. No entanto, aqueles
que fizeram uso da mamadeira parecem amadurecer esta habilidade um pouco mais tarde,
entre a 3e a 37ª semanas de IG
9
.
Assim fica claro que a maturidade e a estabilidade são os
fatores determinantes para indicar o início da alimentação por via oral
2,6,9
.
É importante ressaltar que os bebês prematuros apresentam especificidades que podem
levar a interferências na amamentação. Seu pado de sucção normalmente se desenvolve com
períodos curtos, intercalados com intervalos frequentemente prolongados para respirar. Essas
pausas podem levar à mãe a retirar o bebê precocemente do peito, aumentando o risco de
desmame e ganho ponderal insatisfatório. Normalmente, esses bebês são mais sonolentos e
menos ativos, o que pode provocar desânimo e frustração da mãe ao tentar aleitá-los, sem que
recebam orientação a respeito destes períodos de atividade do bebê
6,9
.
Além disso, muitos bebês prematuros apresentam dificuldades no desempenho das
habilidades motoras orais devido à imaturidade neurológica, e, por conseguinte, alterações na
mobilidade lingual, abertura exagerada de mandíbula, vedamento labial insuficiente,
diminuição das bolsas de gordura nas bochechas. Essas alterações aumentam a dificuldade na
sucção já existente. Desse modo, o benão consegue estabelecer o ritmo e a força adequada
à eficiência das mamadas
7,10
.
2.2 Manejo clínico da amamentação
Um aspecto importante no aleitamento materno em bebês prematuros e de baixo peso
diz respeito à importância da ordenha precoce, que consiste na extração do leite materno para
oferecer ao bebê por meio da sonda orogástrica, logo após a primeira visita da mãe a UTI
neonatal. A ordenha deve ser repetida a cada ts horas durante o dia, com o objetivo de
manter a produção de leite materno durante a permanência do recém-nascido (RN) na unidade
de cuidados intensivos
11,12
.
Mesmo o bebê apresentando condições de sugar ao peito, a mãe deve ser orientada a
continuar realizando a ordenha antes de colocar o bebê para mamar, visto que este ainda não
tem uma sucção efetiva, sugando no peito durante pouco tempo, mas sem conseguir extrair o
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Capítulo de Revisão da Literatura
20
leite posterior ou grande parte dele, o qual é mais rico em gorduras. Assim, o leite anterior
ordenhado pela mãe é oferecido ao bebê ao término da mamada
11
-
13
.
Manter a amamentação exclusiva de um bebê exige também que a mãe saiba que a
duração da mamada é determinada pelo bebê, pois cada criança é diferente. Porém é
necessário alertá-la que se a mamada for extremamente curta ou longa, pode estar ocorrendo
uma mamada ineficiente. Em relação a sua duração, deve-se deixar o recém-nascido
estabelecer o seu horário das mamadas, o que normalmente ocorre num intervalo de duas a
três horas. No entanto, deve-se monitorar estes intervalos, observando ganho ponderal do
bebê
11,13
.
Por se tratar de um bebê de baixo peso e prematuro é necessário enfatizar para as mães
procedimentos fundamentais no processo da amamentação, destacando-se: o conforto tanto
para a mãe quanto para o bebê; o alinhamento do recém-nascido, no qual sua cabeça deve
estar apoiada em linha reta em direção ao corpo e de frente para o peito; a colocação do bebê
ao peito, devendo-se levar o bebê à mãe e não ao contrário; o apoio correto da mama, sem
pressionar excessivamente o mamilo e a aréola, para que o bebê possa abocanhar a aréola
corretamente. Assim, essas técnicas facilitam a sucção do bebê ao peito, sem provocar
alterações nas mamas como ingurgitamento mamário, fissuras e traumas mamilares
13
-
19
.
Desta forma, as mães podem utilizar as seguintes posições para amamentar: mãe
sentada com o bebê voltado para seu corpo ou segurando o bebê lateralmente (invertida) e
mãe e criança deitadas
13,14
.
Essas posições para amamentar favorecem a ordenha efetiva do
leite
15,16,20
-
22
e a realização dos movimentos perfeitos da musculatura para o crescimento
harmonioso da face, além de favorecer a respiração nasal
13,15,16,21
.
A conformidade anatômica das mamas é outro fato que interfere na amamentação.
Mama ou mamilos planos, invertidos ou pseudo-invertidos, podem levar a dificuldades da
ordenha do bebê
9,10
.
Diante disso, a avaliação das mamadas no início do aleitamento é importante para
promover o estabelecimento do sucesso na amamentação, identificando e sanando as
dificuldades iniciais no biônimo mãe/bebê, e assim, diminuir as possibilidades de desmame
precoce
23
-
27
.
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Capítulo de Revisão da Literatura
21
2.3 Instrumentos de avaliação das mamadas
Para avaliar a amamentação, a Organização Mundial de Saúde (OMS), juntamente
com o Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), indicaram um formulário de
observação de mamada
18
. Nesse formulário são avaliados seis aspectos da amamentação: 1.
posicionamento e conforto das mães, proximidade entre o bebê e a mãe, alinhamento e apoio
do corpo do bebê; 2. respostas do bebê ao seio; 3. maneira da mãe segurar o bebê e sua
atenção em relação a ele; 4. as condições de mama; 5. itens da pega e alguns aspectos de
sucção do bebê; 6. duração da mamada e a maneira como ela termina
18,19
.
O instrumento apresenta duas colunas, uma indica os sinais de uma amamentação bem
sucedida e a outra dá sinais de oposição. O registro, somente, de sinais positivos indica que o
aleitamento está indo bem. Se observados alguns sinais negativos, a indicação é de que uma
ação de acompanhamento deve ser feita para identificar problemas
18,19
.
Esta avaliação dá ênfase ao comportamento do bebê e a importância da posição
durante a mamada, além de incluir itens sobre o comportamento das mães e saúde das mamas,
porém, não trata da experiência materna em amamentar.
Em 1998, no estudo transversal descritivo realizado em Botucatu com 50 binômios
mães/bebês no alojamento conjunto da maternidade com o objetivo de verificar as díades com
necessidades de apoio para o início bem sucedido do aleitamento materno. Através da
utilização do protocolo preconizado pelo Unicef, foi possível constatar alta prevalência de
dificuldades nos binômios, com destaque maior na posição da mãe e do bebê durante a
mamada
23
.
Em uma coorte observacional realizada em 2003 com 221 pares de mães/bebês no
alojamento conjunto da maternidade do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, avaliando
também acnica de amamentação mediante o referido protocolo do Unicef, não foram
encontradas relações significativas entre as cnicas de amamentação e as lesões mamilares
observadas
28
.
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Capítulo de Revisão da Literatura
22
Já um outro estudo observacional, realizado em Montes Claros no ano de 2004,
utilizando o referido protocolo do UNICEF, foi avaliado as dificuldades iniciais na
amamentação em 90 binômios mães/bebês no alojamento conjunto. A maioria dos binômios
apresentou comportamentos favoráveis à amamentação; sendo evidenciado as principais
dificuldades em relação à sucção e à resposta ao peito
29
.
Nos Estados Unidos foi elaborado um instrumento com a finalidade de identificar
mães com risco de desmame precoce relacionado com a técnica da amamentação inadequada.
Este sistema de avaliação passou a ser conhecido pela sigla LATCH, em que cada letra da
palavra representa uma característica: L (latch) refere-se à qualidade da pega do bebê no
peito; A (audibile swallowing) refere-se à possibilidade de ouvir a deglutição do bebê durante
a mamada; T (type of niplle) avalia o tipo do mamilo; C (confort) avalia o conforto da mãe
em relação à mama e ao mamilo; H (hold) maneira de a mãe segurar e posicionar o bebê para
mamar. Sendo assim, o instrumento é capaz de avaliar se a genitora necessita ou não de ajuda
para posicionar o bebê. Esse sistema apresenta um escore de 0,1 e 2 para os cinco
componentes chaves em cada área de avaliação. Escores baixos indicam a necessidade de
ação interventiva de uma equipe interdisciplinar, além do suporte e acompanhamento do
binômio após a alta hospitalar
30
.
Dessa maneira, o LATCH possibilita predizer a duração da amamentação tão
precocemente quanto nas primeiras vinte quatro horas e pode ser facilmente aplicado pelas
mães ou profissionais de saúde
30
.
Entretanto, o instrumento não inclui itens sobre o
comportamento das mães, nem leva em consideração a interfencia do seu estado emocional
e físico nas respostas por elas preenchiadas sobre seu bebê.
Um estudo observacional experimental foi realizado em 1995 na Austrália com 70
primíparas e seus bebês em um hospital público. Utilizou o LATCH como um dos
instrumentos de coleta de dados com o objetivo de avaliar se a sessão de aconselhamento
antes do parto sobre a posição da pega do bebê ao peito tinha efeito no surgimento de dores e
traumas mamilares, e na duração do aleitamento. Verificou-se que as mães do grupo
experimental foram mais ecifazes em posicionar seus bebês corretamente ao peito,
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Capítulo de Revisão da Literatura
23
apresentando menos problemas nas mamas, além de terem uma duração maior do aleitamento
materno em comparação aos resultados encontrados no grupo controle
31
.
Nos Estados Unidos foi realizado, em 2000, um estudo prospectivo com 133 mães em
dois hospitais com o objetivo de testar a validade do LATCH. Constatou-se que esse
instrumento é útil na identificação das mães que necessitam de acompanhamento após alta
hospitalar devido ao risco de desmame precoce pela presença de fissuras mamilares. No
entanto, futuros testes de validade o necessários, envolvendo estudos de correlação
longitudinais
32
.
Um outro estudo prospectivo realizado em um hospital de Detroit, em 2003, com mães
de bebês a termo com objetivo de determinar se a utilização do LATCH durante a
hospitalização das díades pode predizer a duração do aleitamento. Foi concluído que esse
sistema de escores é um instrumento de fácil utilização, capaz de predizer a duração da
amamentação. Escores baixos neste sistema indicaram a necessidade de intervenção, suporte e
acompanhamento após alta hospitalar
33
.
O IBFAT (Infant Breastfeeding Assessment Tool) foi desenvolvido como um
instrumento para avaliar as competências do bebê na amamentação, para ser usado facilmente
pelas mães, parteiras, enfermeiras, ou outros profissionais de saúde nas maternidades. Ele
engloba quatro itens que representam os maiores componentes do comportamento do bebê
durante a amamentação: 1. a prontidão para mamar; 2. o reflexo de busca; 3. a pega e 4. a
sucção; além de medir a percepção e satisfação da mãe em amamentar. Os valores numéricos
determinados no instrumento são baseados nas respostas do avaliador. O intervalo para cada
um dos quatro itens é de 0 a 3, obtendo-se um escore total entre 0 a 12. Assim, um escore
encontrado entre 10 a 12 é considerado como uma amamentação vigorosa e efetiva; entre 7 a
9, os bebês são considerados moderadamente efetivos na amamentação; e de 0 a 6, referem-se
aqueles bebês que se recusaram ouo puderam ser alimentados ou ainda que sugaram
fortemente durante um período muito curto
34
.
O foco do instrumento IBFAT é direcionado ao recém-nascido de termo, medindo sua
prontidão e competência de pega e sucção ao peito. Porém, não inclui o estado de saúde das
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Capítulo de Revisão da Literatura
24
mamas, nem o comportamento das mães. Além disso, a percepção das mães em relação aos
componentes de amamentação de seu filho pode ser influenciada por seu estado físico ou
emocional quando elas são as avaliadoras.
Em 1995 em um hospital do Midwest, foi realizado um estudo descritivo prospectivo
envolvendo 110 mães que queriam amamentar seus filhos de baixo peso e/ ou prematuros. O
seu objetivo foi examinar os padrões de aleitamento materno em bebês de baixo peso após
alta hospitalar. O instrumento aplicado foi o IBFAT. Identificou-se que 15% dos recém-
nascidos a termo de baixo peso apresentaram escores entre 10-12. No grupo de bebês de
baixo peso, com idade gestacional de 34 a 37 semanas, 26% dos bebês obtiveram esses
mesmos escores, esse percentual caiu para 4% no grupo de bebês de baixo peso com idade
gestacional de 30-34 semanas. O estudo ressalta o cuidado na escolha do instrumento de
avaliação da amamentação das mães de recém-nascido de baixo peso, pois são necessários
ajustes quanto aos padrões de amamentação para esta população
35
.
Em um hospital de Cleveland foi realizado um estudo observacional,em 1999, com
119 bebês de muito baixo peso utilizando o IBFAT para analisar a viabilidade de avaliar a
amamentação nesta população, visto que o instrumento foi originalmente desenvolvido para
bebês de termo. O instrumento era utilizado pelas mães e em seguida os escores eram
relacionados a medidas objetivas da alimentação. Identificou-se que o IBFAT pode ser
utilizado pelas mães uma vez que estas forneceram informações úteis, porém não pode ser
relacionado aos testes de ganho de peso e volume adequado ou inadequado da ingesta
36
.
O instrumento denominado Mother Baby Assessment (MBA), engloba cinco passos
para a avaliação do comportamento da mamada por meio de escores que indicam sucesso ou
insucesso da amamentação. Passo 1 – Sinalizando: a mãe e o bebê estão apresentando sinais
de que deve iniciar a mamada. Passo 2 Posicionamento: mãe e bebê se preparam para
oferecer a mama e fazer a pega no peito. Passo 3Fixação: o bebê realiza e a pega e começa
a sugar. Passo 4 - Transferência de leite: quando a mãe apresenta a ejeção do leite e o bebê
começa a deglutir. Passo 5 Finalização: quando mãe e bebê exibem sinais de sucesso ou
não da mamada.
Para avaliar o comportamento durante uma mamada, em cada passo foi
utilizado o sinal positivo que indica que o comportamento estava presente e zero, a sua
ausência. O total de itens positivos, ou seja, a somatória de todos os escores positivos gera um
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Capítulo de Revisão da Literatura
25
valor numérico que indica a efetividade da amamentação. Dessa maneira, foi estabelecido:
Escore abaixo de 3: um membro da dupla não está em condição de iniciar e desenvolver o
processo da mamada. Escore de 4 a 6: o bebê vai para a mama, mas não realiza a pega da
região mamilo areolar, o que pode resultar na não extração do leite. Escore de 7 a 8: o recém-
nascido fez a pega e teve sucesso na expressão e deglutição do leite. Pode ser observado,
ainda, sinal materno de liberação do leite: ejeção láctea, lica uterina, sede, sonolência,
amaciamento da mama. Escore de 9 a 10: sucesso total do processo de amamentação
37
.
Em estudo descritivo exploratório realizado no ano de 2004, em mães e recém-
nascidos no alojamento conjunto em uma maternidade em Belo Horizonte, foi utilizado o
MBA para avaliar a amamentação. Para tal, foram avaliadas duas mamadas e os escores
comparados. Na primeira mamada, 43,7% dos binômios obtiveram escore 5, enquanto que na
segunda avaliação, 46,7% apresentaram escore 9. Demonstra-se, assim, a evolução dos passos
avaliados para iniciar, manter e finalizar as mamadas
38
.
Em 1996, no estudo observacional descritivo realizado em 13 duplas mães/bebês em
um hospital o objetivo foi de aplicar testes de validação e confiabilidade nos seguintes
instrumentos de avaliação da amamentação: IBFAT, MBA e LATCH. Seus resultados
indicaram que os referidos instrumentos não são suficientemente confiáveis em seus formatos
para a prática clínica, visto que em vários itens de cada um dos instrumentos houve percentual
de concordância abaixo de 80.0. Entretanto, o LATCH foi o instrumento que teve o melhor
resultado de confiabilidade entre os avaliadores
39
.
um estudo piloto realizado em 1998 teve como objetivo de avaliar os escores de
cada um dos instrumentos IBFAT e LATCH, correlacionando com a satisfação em amamentar
e seu problemas. Foi concluído que em ambos os instrumentos, a medida que os escores
aumentavam, os índices de satisfação das mães apresentavam tendência de crescimento, mas
não significante, o mesmo ocorreu em relação aos problemas no aleitamento. Possivelmente
devido ao tamanho limitado do estudo
40
.
A escala de PIBBS (Preterm Infant Breastfeeding Behavior Scale) foi desenvolvida
para que os profissionais ou mães pudessem observar e registrar o comportamento do bebê
durante o aleitamento materno. Neste instrumento constam os seguintes passos maturacionais:
procura, pega, tempo de ordenha, padrão de sucção, deglutição. São atribuídos escores
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Capítulo de Revisão da Literatura
26
diferentes de acordo com cada item e a melhor performance do bebê é definida como o
alcance mais alto dos passos maturacionais, conforme os itens avaliados em pelo menos uma
ocasião durante sua permanência hospitalar.
Após apresentar esta escala de avaliação, o
investigador faz a primeira observação e informa às mães o que está sendo observado, na
primeira sessão de amamentação ou tão logo seja possível. Em seguida, as mães completam a
escala PIBBS como um diário de amamentação após cada mamada, ou tão logo elas possam,
durante sua permanência no hospital
25
.
A ênfase desse instrumento é direcionada ao bebê, mas auxilia as mães a superar os
problemas identificados. Ele é o único instrumento descrito na literatura direcionado para
avaliar as mamadas em bebês prematuros. Porém, não leva em consideração o estado físico e
comportamental das mães.
No estudo descritivo prospectivo realizado no ano de 1997, em um hospital da Suécia,
em 71 prematuros de idade gestacional variando entre 26 a 35 semanas, foi utilizado o PIBBS
para explorar a influência de fatores maternos e do bebê no comportamento dos prematuros
durante a amamentação. Concluiu-se que as mães destes bebês devem ser encorajadas a
colocar seus filhos no peito tão logo o estado de saúde deles permita. Além disso, o PIBBS
pode ser recomendado como um instrumento clínico de avaliação e suporte da amamentação
41
.
O formulário de avaliação fonoaudiológica das mamadas proposto por Sanches, utiliza
como base o formulário do Unicef, acrescentando aspectos da amamentação baseados na
literatura, na experiência pessoal e nas sugestões obtidas em consultorias de especialistas.
Foram realizados adaptações, modificações e acréscimos, principalmente em relação aos
aspectos de pega, sucção e posição mãe/bebê na amamentação com o objetivo de coletar
maiores detalhes do funcionamento oral do bebê para posterior descrição. Este formulário é
constituído por sete quadros relativos aos seguintes itens: I. aspectos relacionados à mama
(anatomia, sinais de ejeção, ingurgitamento, traumas e dor); II. reflexos orais do bebê
(procura, sucção, vômito, mordida, deglutição); III. sinais de vínculo mãe/recém-nascido; IV.
posição mãe/recém-nascido durante a mamada; V. condições de pega ao peito; VI. condições
de ordenha ao peito; e VII. classificação final da mamada
27
.
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Capítulo de Revisão da Literatura
27
Para as respostas de cada quadro são atribuídos os escores: 2. condições observadas
adequadas; 1. condições intermediárias e 0, inadequadas à amamentação. O quadro VII
representa o escore total relativo à soma dos escores dos itens componentes. Tratando-se de
uma síntese dos eventos envolvidos durante a mamada, caracteriza a qualidade desta como
um indicador de dificuldade ou facilidade no estabelecimento da amamentação. Este
instrumento direciona o foco tanto para os aspectos relacionados à mãe quanto ao do bebê
27
.
A partir do somatório dos escores dos quadros adotou-se, arbitrariamente, o valor
correspondente à mediana, menos um intervalo interquartil, como ponto de corte para
classificar a mamada. Os valores obtidos abaixo desse ponto seriam classificados como
aspectos insatisfatórios da mamada, indicando dificuldades no início do aleitamento
27
.
O formulário proposto por Sanches
27
levou em consideração aspectos mais específicos
relativos ao comportamento da amamentação, desde o momento da mãe colocar o bebê no
peito, até a observação da dupla logo após a amamentação, o que permitiu a elaboração da
classificação final da mamada. Isto, porém, não é levado em consideração nos instrumentos
utilizados para avaliação das mamadas. O referido instrumento considera também aspectos
mais detalhados, englobando o desenvolvimento motor oral do bebê, conforto e vínculo
afetivo.
Dentre os achados referentes às dificuldades do aleitamento materno revelados no
estudo descritivo transversal, realizado em 1999, no alojamento conjunto de um hospital em
Santos com 409 duplas de mães/bebês, destacaram-se a forma incorreta do bebê abocanhar a
aréola e os problemas nas mamas, como dores e lesões nas primeiras 4h horas após o parto. A
autora identificou 13% de dificuldades iniciais na mamada
27
.
2.4 Considerações finais
No Brasil, existem poucos estudos sobre as técnicas de avaliação das mamadas que
abordem tanto aspectos relativos à e quanto ao recém-nascido. O enfoque da literatura
nacional encontra-se voltado para os recém-nascidos de termo, normalmente internos no
alojamento conjunto.
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Capítulo de Revisão da Literatura
28
Desta forma, fazem-se necessários estudos que englobem a investigação das condições
das mamadas dos bebês prematuros e de suas mães, por meio da utilização de um formulário
de avaliação adaptado às particularidades desta população, e assim, poder testar a
aplicabilidade deste instrumento.
2.5 Referências
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3 – ARTIGO
ORIGINAL
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Artigo Original
33
3 – Avalião da mamada em recém-nascidos
prematuros no Alojamento Mãe-Canguru
AVALIAÇÃO DA MAMADA EM RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS
NO ALOJAMENTO MÃE-CANGURU
ASSESSMENT OF BREASTFEEDING PREMATURE INFANTS
IN KANGAROO MOTHER CARE
Título resumido: Avaliação da mamada em recém-nascidos prematuros
Adriana de M. Melo
(1)
, Mônica M. Osório
(2)
(1)
Professora Auxiliar da Faculdade de Fonoaudiologia da UNCISAL, mestre em Saúde da Criança
e do Adolescente pela UFPE. drifono@yahoo.com.br
(2)
Doutora, Professora Adjunta, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do
Adolescente, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Pernambuco. mosorio@ufpe.br
Os autores possuem currículos cadastrados na plataforma Lattes do CNPq.
Ambos os autores participaram da concepção da pesquisa e da elaboração deste artigo.
Declaração de conflitos de interesses: “nada a declarar
Tipo de pesquisa: artigo original extraído da dissertação de mestrado em Saúde da Criança e do
Adolescente pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE
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Artigo Original
34
Autor responsável pela correspondência e contatos pré-publicação:
Adriana de Medeiros Melo. Rua Mal. Antônio Guedes Muniz, 15, apto 703, Jatiúca, Maceió-AL
57036-670. (82) 3325 8717/ 9967 4420 (81) 99758765. drifono@yahoo.com.br
Contagem total de palavras do texto: 3199
Contagem total de palavras do resumo: 226
Número de tabelas e figuras: 04
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Artigo Original
35
RESUMO
Objetivo: avaliar as condições da mamada no início do aleitamento materno exclusivo e analisar a
sua associação com algumas variáveis maternas, do parto e puerpério em recém-nascidos
prematuros no Alojamento Mãe-Canguru da Maternidade Escola Santa Mônica, Maceió-AL.
todos: trata-se de um estudo transversal descritivo em uma amostra constituída por 75 binômios
mães/recém-nascidos. Para avaliação das mamadas, foi utilizado um protocolo adaptado para bebês
prematuros, no qual foram registrados os comportamentos de cada binômio, verificando-se os
aspectos favoráveis e desfavoráveis ao início da amamentação exclusiva. Foi analisada a associação
entre estes aspectos e algumas variáveis referentes às condições maternas, do parto e do puerpério.
Resultados: os resultados demonstraram um alto índice de comportamentos desfavoráveis à
amamentação, com destaque para os aspectos relacionados à mama (49,3%), posição mãe/recém-
nascido (45,3%) e sinais de vínculo durante a mamada (41,3%). O reflexo de procura foi o item que
apresentou o melhor índice de comportamento favorável (78,7%). o houve associação
significante entre a maioria dos aspectos das mamadas e as varveis referentes às condições
maternas, do parto e do puerpério.
Conclusão: Os percentuais desfavoráveis à amamentação encontrados no estudo são aspectos
fundamentais relacionadas às técnicas de amamentação que devem ser incorporados pela equipe
interdisciplinar, e assim, serem repassados às mães, visando evitar o possível comprometimento da
efetividade da amamentação.
DESCRITORES: Aleitamento materno, técnicas de avaliação, recém-nascido, prematuro, baixo
peso ao nascer.
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Artigo Original
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ABSTRACT
Objective: to evaluate the breastfeding conditions at the beginning of the exclusive breastfeeding. In
addition, it was analysed its assocoation with maternal variables, delivery and puerperium of
premature infants in the Kangarro Mother Care of “Maternidade Escola Santa Mônica”, Maceió-AL.
Methods: It is a transversal descriptive study at a sample constituted by 75 mother/infant dyads. It
was used an protocol adapted for premature infants to evaluate breastfeeding. The dyad’s behaviors
were registered verifying the favorable and unfavorable aspects in the exclusive breastfeeding’s
beginning. It was analysed the association between these factors and variables related to maternal
conditions, delivery and puerperium.
Results: the results of this research showed a high index of behaviors unfavorable to the
breastfeeding, standing out those aspects related to the breast (49.3%), mother/infant position
(45.3%) and signs of mother-infant bond during the breastfeeding (41.3%). Rooting reflex was the
item which presented best index of favorable behavior (78.7%). There was no significant association
between the major breastfeeding aspects and the variables related to maternal conditions, delivery
and puerperium.
Conclusion: the highest percentage of negative factors related to breastfeeding found in this study
are fundamenal aspects of breastfeeding techniques which need to incorporate by the
interdisciplinary staff and then went over to the mothers and a attempt of avoiding a possible
compromising on the breastfeeding effectiveness.
KEYWORDS: Breastfeeding, evaluation techniques, infant, premature, low birth weight.
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Artigo Original
37
INTRODUÇÃO
O estabelecimento do aleitamento materno em bebês de baixo peso ou prematuros apresenta
dificuldades específicas tanto para a mãe quanto para seu filho
1-3
.
Esta mãe enfrenta uma fase de
estresse, uma vez que ocorre a separação entre ela e seu bebê, por este necessitar de cuidados
especiais em uma unidade de tratamento intensivo neonatal,
o que acarreta em alterações no
cotidiano da mãe e da dinâmica familiar
4,5
.
Por outro lado, é importante a manutenção da produção
de leite por meio da ordenha, sendo esta fundamental para estabelecer o vínculo afetivo mãe-filho.
As mães que mantêm a produção de leite se sentem satisfeitas por poderem alimentar seu filho que
ainda não tem condições de ser amamentado
5
.
A inabilidade neurológica de coordenar a respiração com a sucção e a deglutição, itens
fundamentais para uma alimentação eficiente e segura, nos bebês de baixo peso ou prematuros são
problemas que podem retardar o início do aleitamento materno exclusivo
4,6,7
.
Além disso, estes
bebês podem apresentar dificuldade para manter uma pega correta no peito, por tempo suficiente
para ordenhar o leite que necessita, ou adormecer após algumas sugadas, tendo em vista serem
normalmente muito sonolentos
8,9
.
Dessa maneira, amamentar um recém-nascido de baixo peso ou prematuro não é uma tarefa
cil. Tem que se levar em consideração suas particularidades fisiológicas, condições clínicas,
maturidade e seu peso
2,3
, assim como, todo o processo de favorecimento e estimulação da
participação das mães e familiares no seu cuidado deve ser iniciado na unidade neonatal
10-12
.
A aplicação das técnicas corretas para amamentar (posicionamento da mãe e do bebê, pega
correta, ordenha) tem sido descrita como um dos maiores componentes da amamentação bem-
sucedida e na prevenção de problemas da lactação
13-16
.
Desta forma, ressalta-se a importância dos
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Artigo Original
38
profissionais de saúde orientar e apoiar adequadamente as mães no sentido delas terem os
conhecimentos e habilidades necessárias para o sucesso do aleitamento materno exclusivo. Portanto,
avaliar precocemente a mamada no binômio mãe/bebê é uma forma de verificar se estas técnicas
estão sendo aplicadas corretamente
e, conseqüentemente, identificar possíveis dificuldades no
estabelecimento do aleitamento materno
17-21
.
Tendo em vista que no Brasil existem poucos estudos sobre as técnicas de avaliação das
mamadas e que a maioria deles utiliza um instrumento direcionado aos bebês de termo
16,19,21
-
23
, torna-
se justifivel a necessidade de verificar as condições das mamadas em bebês prematuros no início
do aleitamento materno exclusivo e analisar a sua associação com algumas variáveis maternas, do
parto e puerpério. Espera-se, dessa maneira, identificar os fatores favoráveis e desfavoráveis ao
estabelecimento do aleitamento materno exclusivo, e com isto, solucionar precocemente possíveis
dificuldades na sua efetividade, nesta população específica.
MÉTODOS
Este é um estudo transversal, descritivo realizado com uma amostra de 75 mães e seus
respectivos recém-nascidos prematuros e de baixo peso internados no Alojamento Mãe-Canguru da
Maternidade Escola Santa Mônica (MESM) na cidade de Maceió-AL. Esta maternidade constitui-se
em uma das unidades de ensino-assistência da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de
Alagoas (UNCISAL) e é uma instituição de referência estadual credenciada ao Sistema Único de
Saúde, destinada à assistência a gestantes de alto risco e ao ensino de graduação e pós-graduação da
Universidade. Aproximadamente 80% de seu atendimento são voltados para gestantes e recém-
nascidos de alto risco e 50% da clientela são provenientes do interior do estado. Sua unidade
neonatal possui 43 leitos, 11 deles na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI Neonatal), 32 na
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Unidade Intermediária (UI); além dos 12 leitos no Alojamento Canguru, que recebe, em média, 22
bebês por mês.
A amostra foi coletada no período de 28 de janeiro a 30 de junho de 2007 e como critérios de
inclusão foram considerados os recém-nascidos prematuros e de peso ao nascimento < 2500g, que
estivessem junto à mãe no Alojamento Mãe-Canguru da MESM em aleitamento exclusivo por um
período máximo de 48 horas. Os binômios cujos bebês apresentavam problemas neurológicos ou
mal formações, que pudessem dificultar o início do aleitamento materno, e os bebês gemelares
foram excluídos da pesquisa. Foram excluídas do estudo 20 duplas mães/bebês por não se
encaixarem nos critérios estabelecidos.
O presente estudo utiliza o instrumento validado proposto por Sanches
18
para avaliação
fonoaudiológicas das mamadas por se tratar de um protocolo que tem como base o modelo
difundido pelo Unicef e por englobar aspectos mais específicos relativos à dupla mãe/bebê.
Com a finalidade de testar a viabilidade do referido formulário
19
, foi realizado um estudo
piloto com uma amostra de 10 binômios mães/bebês, que posteriormente constaram na amostra. A
partir deste piloto, o formulário foi adaptado para os recém-nascidos prematuros, retirando-se alguns
aspectos que não seriam detectados ou teriam sido estabelecidos e, portanto, não trariam
influência na avaliação da mamada, tendo em vista se tratar de bebês em aleitamento materno
exclusivo e a própria condição fisiológica da prematuridade. Os aspectos retirados foram os
seguintes: vômito, mordida, sucção e deglutição, braço do recém-nascido, altura da boca, e
movimento da língua.
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Sendo assim, o formulário adaptado foi constituído por sete quadros relativos aos seguintes
itens: I. Aspectos relacionados à mama (anatomia, sinais de ejeção, ingurgitamento, traumas e dor);
II. Reflexo de procura do bebê; III. Sinais de vínculo mãe/recém-nascido (sinais de autonomia,
estado de consciência, modo de segurar o recém-nascido, atenção ao rosto do recém-nascido, toques
físicos da mãe no recém-nascido); IV. Posição mãe/recém-nascido durante a mamada (conforto da
mãe, modo de segurar a mama, distância entre a mão e a aréola, pressão nos ductos lactíferos,
posição do recém-nascido, cabeça/pescoço do recém-nascido, nariz do recém-nascido); V.
Condições de pega ao peito (queixo do rem-nascido, boca, selamento labial, o abocanhar da
aréola); VI. Condições de ordenha ao peito (movimento da mandíbula, bochechas, ritmo de sucção,
padrão de sucção/deglutição/respiração); e VII. Condições finais da mamada (modo da mãe retirar o
recém-nascido do peito, condições do peito, condições do mamilo, comportamento do recém-
nascido no final da mamada). Para as respostas de cada quadro foram mantidos os seguintes escores:
2 - condições observadas adequadas, 1 - condições intermediárias, e 0 - condições inadequadas, por
não haver um padrão de referência que possibilite fazer as ponderões para cada aspecto conforme
sua prioridade para a amamentação.
Em seu estudo, Sanches
19
adotou arbitrariamente o valor correspondente à mediana menos
um intervalo interquartil, como ponto de corte, para a classificação da mamada. Porém no estudo
aqui apresentado não foi possível fazer esta categorização, uma vez que em por se tratar de
prematuros, os valores encontrados poderiam referir-se apenas aos aspectos desfavoráveis à
amamentação, não incluindo aqueles intermedrios que também poderiam contribuir
negativamente. Por esta razão, optou-se por adotar a mediana como ponto de corte para serem
estabelecidos os aspectos adequados e inadequados à amamentação.
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41
O prontuário do recém-nascido foi utilizado para coletar as informações sobre: condições
maternas (idade, escolaridade, número de gestações, experiência anterior em aleitamento materno,
número de consultas e orientação do aleitamento materno no pré-natal), do parto (tipo, peso e idade
gestacional do bebê ao nascimento) e do puerpério (tempo de transição para o aleitamento materno,
inicio do aleitamento materno exclusivo, peso atual e idade gestacional corrigida do bebê).
A evolução de cada bebê foi acompanhada, diariamente, por meio da leitura do seu prontuário,
aguardando-se o momento em que a mãe iniciava o aleitamento materno exclusivo. A partir daí,
realizava-se um contato com a mãe, explicando a pesquisa e verificando a sua disponibilidade para o
pesquisador realizar a observação de uma mamada.
Considerou-se mamada o período desde a decisão da mãe colocar o bebê no peito até o
momento após sua retirada, ou seja, quando ele é posto no suave encosto por sua mãe, ou quando o
próprio bebê solta o peito. Durante a observação da mamada, o pesquisador encontrava-se sentado
em uma cadeira ao lado do leito, deixando a mãe à vontade para se acomodar e dar início a
amamentação, sem interferir na rotina habitual das mães na enfermaria. Terminada a mamada, o
pesquisador continuava a observação por cerca de 15 a 30 minutos para registrar os comportamentos
das duplas, como por exemplo, o estado de alerta do bebê.
Ao final de cada observação da mamada, o pesquisador fornecia uma devolutiva imediata às
mães, informando e orientando-as quantos aos aspectos que tinham sido observados e quais as
condutas a serem adotadas diante das dificuldades identificadas, para que pudessem ser sanadas.
Além de elogiar os aspectos adequados observados em relação à amamentação das duplas, o
pesquisador também encorajava as mães ao aleitamento materno exclusivo até os seis meses.
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Para o processamento e análise dos dados foi utilizado o programa estatístico EPI-INFO 6.04
(Centers for Disease Control and Prevention, USA, 2005).
Em cada quadro foi realizada a distribuição de freqüência dos escores encontrados e avaliada a
classificação da mamada, adotando-se os valores abaixo e acima da mediana. Dessa maneira, foi
possível computar e classificar os aspectos adequados ou inadequados da mamada. Em seguida foi
verificada a associação entre estes aspectos e as variáveis referentes às condições maternas, do parto
e do puerpério. Os testes de qui-quadrado e exato de Fisher foram utilizados para verificar
associações estatísticas, adotando-se como nível de significância o valor de p<0,05.
Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Ciências da
Saúde de Alagoas-UNCISAL, com o protocolo 632.
RESULTADOS
Da amostra constituída por 75 binômios mães/bebês, a idade média das mães foi de 24,60,82
anos; e 50,7% dos partos foram cesáreas. Com relação aos bebês, a média de peso ao nascer foi de
151927,8 gramas e idade gestacional de 321,67 semanas. No momento da admissão no
Alojamento Canguru os bebês tinham, em média, peso de 149122,3 gramas; a idade de 16,191,17
dias e a idade gestacional corrigida de 341,88 semanas. No momento da observação da mamada a
idade média dos bebês foi de 23,731,62 dias, a idade gestacional corrigida de 35,50,18 semanas e
o peso médio de 1725,212,25 gramas. As características maternas, do parto e puerpério dos
binômios mães/bebês se encontram na tabela 1.
A tabela 2 demonstra a distribuão dos escores obtidos na soma de cada um dos sete quadros
do formulário de avaliação da mamada utilizado neste estudo. Pode-se observar que em todos os
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quadros aparece a pontuação máxima dos escores, porém o mesmo não ocorre com a pontuação
mínima dos quadros relativos aos aspectos da mama, sinais de vínculo, posição mãe/recém-nascido
e condões finais da mamada.
É importante destacar que nos aspectos relacionados à mama foi observada uma concentração
de binômios mães/bebês nos escores mais elevados (9 e 10). Nos sinais de vínculo, esta
concentração ocorreu em escores intermediários (6 e 7); e nas condições de ordenha, houve uma
concentração nos escores mais baixos (1 e 2).
Na tabela 3 encontram-se as somas dos sete quadros do instrumento de avalião, contendo os
percentis, mediana, limite mínimo e máximo e o percentual abaixo da mediana. Neste estudo este
percentual é considerado como aspecto inadequado da mamada. Na maioria dos quadros deste
formulário houve um alto índice dos aspectos inadequados, com maior destaque para os
relacionados à mama (49,3%), à posição da dupla mãe/recém-nascido durante a mamada (45,3%) e
aos sinais de vinculo mãe/recém-nascido (41,3%).
A tabela 4 mostra os resultados estatísticos (teste qui-quadrado e exato de Fisher) aplicados
para analisar as relações entre a soma dos valores obtidos acima e abaixo da mediana, relativo a cada
quadro do formulário, e as variáveis relacionadas à gestação, pré-natal, parto e puerpério. Houve
associação estatística significante entre: os aspectos relacionados com a mama (soma 1) e a idade
materna, o número de gestações, a experiência anterior em aleitamento materno e a idade
gestacional corrigida do bebê; o reflexo de procura (soma 2) e a experiência anterior em amamentar;
a posição do binômio mãe/bebê (soma 4) e o tipo de parto e o peso atual do bebê; as condições de
pega (soma 5) e a orientação sobre aleitamento materno no pré-natal; as condições de ordenha (soma
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6) e a experiência anterior em amamentar; e, as condições finais da mamada (soma 7) e a idade da
mãe e o tipo de parto.
DISCUSSÃO
Um dos aspectos fundamentais para o sucesso do aleitamento materno exclusivo em recém-
nascidos de termo, prematuro e/ou de baixo peso é a aplicação correta das cnicas de
amamentação
18
. A avaliação das técnicas da amamentação por meio de um instrumento se torna
imprescindível para os profissionais de saúde, visto que os aspectos favoráveis ou desfavoráveis
podem ser identificados logo no início do processo da amamentação, o que seria importante para a
sua manutenção
3,19,21,24
.
No presente estudo, o que se refere aos aspectos relacionados às mamas, apesar da
concentração da maioria dos binômios nos escores mais altos, é verificado que praticamente a
metade deles se encontra abaixo da mediana, representando aspectos inadequados à amamentação.
Grande parte das dificuldades encontradas no início do aleitamento materno está relacionada com a
conformidade do peito e os problemas das mamas
22,25
. Estes problemas devem ser amenizados antes
do início da amamentação exclusiva para evitar um possível desmame precoce, por meio da
assistência diária da equipe de saúde interdisciplinar, visando à promoção do aleitamento exclusivo
antes da alta hospitalar. Dessa maneira, ressalta-se a importância dessa assistência em recém-
nascidos prematuros e de baixo peso, por este bebês serem mais susceptíveis ao desmame
precoce
10,14,26
.
O presente estudo demonstra também a associação estatisticamente significante entre os
aspectos relacionados à mama (soma 1) e as variáveis de condições maternas e puerpério: idade
materna, número de gestação, experiência anterior em amamentar e idade corrigida do bebê. A
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relão da idade gestacional corrigida do bebê com os aspectos da mama se deve ao fato de que o
bebê prematuro, pode ter dificuldade em fazer a pega adequada, ocasionando problemas na mama da
mãe
17,18
. A relação da idade materna, número de gestação e experiência anterior em amamentar com
os aspectos relacionados à mama, provavelmente reflete a falta de experiência materna no manejo
do aleitamento, dificultando, dessa maneira, a continuidade da amamentação.
O reflexo de procura ou busca, inato em bebês de termo, é estimulado pela proximidade do
mamilo nos bios do bebê, então o bebê abre a boca para pegar o peito
18
.
No presente estudo
observa-se um alto percentual de bebês com o reflexo de procura ativo. Entretanto, 21,3% dos bebês
apresentam ausência deste reflexo, o que é um percentual elevado ao comparado com o resultado de
5,5% encontrado em bebês prematuros na Suécia
10
. Este baixo percentual se deve ao fato do hospital
contar com um programa individual de desenvolvimento e cuidados direcionados às mães e seus
bebês, desde a UTI.
Em relação aos sinais de vínculo mãe/bebê durante a mamada, em torno de 40% dos
binômios estudados apresenta comportamentos inadequados à amamentação. O estudo não
demonstra associações estatisticamente significantes entre estes aspectos e as demais variáveis
estudadas. Observa-se, portanto, a importância dos profissionais estarem alerta para estes sinais e de
informarem as mães sobre as técnicas de amamentação, em especial aquelas que se relacionam ao
modo de segurar adequadamente o bebê. Salienta também a importância do esclarecimento sobre os
benefícios do contato pele a pele, tocando o bebê e estabelecendo vínculo afetivo durante a mamada,
prolongando, dessa maneira, a duração da amamentação exclusiva e favorecendo o ganho ponderal
do bebê
17,18
.
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46
Em um percentual elevado de binômios verificam-se comportamentos que indicam
dificuldades com relação a sua posição durante a mamada. Em estudo realizado em bebês de termo,
utilizando o protocolo do Unicef evidenciou, entre os aspectos avaliados, que os piores resultados
foram referentes à posição corporal dos binômios durante a amamentação
21
. Para que o bebê esteja
em uma posição adequada para mamar eficientemente são necessários pontos chaves para deixá-lo
confortável, dentre estes, o apoio na cabeça e ombros, alinhamento do corpo, deixando-o encostado
ao corpo da mãe e de frente para ela
18,27
.
Os resultados encontrados na soma 4, referentes a estes
aspectos, apresentam associação estatística com o peso atual do bebê e o tipo de parto. Outra
variável que pode interferir na prática do aleitamento é o peso ao nascimento
28
. Entretanto, no
presente estudo, não houve associação significante entre os aspectos avaliados e esta variável. As
mães de bebês prematuros e de baixo peso podem amamentar de maneira efetiva, desde que recebam
orientação sobre as técnicas de amamentação
26,29
.
Nas condições da pega ao peito, este estudo demonstra que a concentração maior de
binômios encontra-se no escore 4, indicando condições desfavoráveis, e que há uma associação
significante entre estes aspectos e a orientação do aleitamento materno no pré-natal. A pega correta,
em que o bebê realiza um movimento perfeito da musculatura facial, é importante para que a
ordenha seja efetiva e o bebê consiga extrair a quantidade de leite necessária, evitando o
aparecimento de traumas, fissuras mamilares ou ingurgitamento mamário. Durante o pré-natal as
gestantes devem receber orientações sobre as técnicas de amamentação, uma vez que sua ausência
pode levar a um desconhecimento das condutas adequadas para o sucesso do aleitamento
22,29,30
.
Em relação às condições de ordenha, a maior concentração de aspectos desfavoráveis à
amamentação encontra-se no escore 2. Entre estes aspectos, destacam-se os movimentos
incoordenados ou tensos de mandíbula, bochechas marcadas com covinhas e a instabilidade no ritmo
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de sucção. O bebê precisa aprender a realizar os movimentos corretos de ordenha no peito para a
extração eficiente do leite materno
10,13
. Estas condições mostram-se associadas estatisticamente com
a experiência anterior em aleitamento materno, o que contribui no desenvolvimento satisfatório do
bebê.
Nas condições finais da mamada, a mãe deve saber como retirar o bebê do peito
além de
analisar as condições do peito, do mamilo e o comportamento do bebê no final da mamada.
18,27
Dentre estes aspectos, os resultados aqui apresentados evidenciam que as mães retiram seu bebê
muito rápido do peito, indicando uma condição desfavorável à amamentação. Os bebês prematuros e
de baixo peso necessitam de intervalos maiores de descanso entre as sucções e as mães não devem
retirá-los do peito enquanto eles descansam
8
. Em relação às condições do peito, também ocorreu um
alto percentual de mamas muito cheias, devido, possivelmente, à incapacidade do bebê em esvaziar
o peito. Quando isso acontece em bebês prematuros e de baixo peso, as mães devem ser orientadas a
retirar o leite por expressão e oferecer ao beem um copo ou xícara.
2
Desta forma, estas mães
precisam saber de todas as informações referentes ao aleitamento de seus bebês prematuros e de
baixo peso, uma vez que esta população apresenta especificidades que precisam ser aprendidas e
praticadas para o sucesso da mamada. A associação estatisticamente significante entre as condições
finais da mamada e o tipo de parto e a idade materna demonstra que as mães que tiveram partos
cesarianos e as mais jovens tiveram mais dificuldades em amamentar.
Os maiores percentuais desfavoráveis à amamentação encontrados no estudo relacionam-se
aos aspectos fundamentais das técnicas, que precisam ser incorporados pela equipe interdisciplinar,
e assim, serem repassados às mães, na tentativa de evitar o possível comprometimento da
efetividade da amamentação. Por outro lado, é importante destacar para as mães os aspectos
favoráveis encontrados, como forma de motivá-las a amamentarem seus filhos, mostrando suas
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potencialidades e enfatizando os aspectos que precisam ser adequados para o sucesso na
amamentação exclusiva. Começar este processo corretamente, identificando e solucionando os
problemas precocemente contribui para estabelecer a confiança das mães em amamentar,
principalmente por se tratar de bebês prematuros e de baixo peso. Neste sentido, a observação da
mamada permite a equipe de saúde subsídios mais precisos para orientar e apoiar a amamentação
natural.
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Tabela 1. Características maternas, do parto e puerpério dos binômios mães/bebês do Alojamento
Canguru da Maternidade Escola Santa Mônica, Maceió, 2007.
Características N(75) %
Condições maternas
Idade
< 20 anos 24 32,0
≥ 20 anos 51 68,0
Escolaridade (anos de estudo)
< 5 23 30,7
≥ 5 52 69,3
Número de gestações
Primípara 67 89,3
Multípara 08 10,7
Experiência anterior em aleitamento materno
Sim 29 38,7
Não 46 61,3
Consultas no pré-natal
< 5 42 56,0
≥ 5 33 44,0
Orientação sobre aleitamento materno no pré-natal
Sim 14 18,7
Não 61 81,3
Parto
Normal 37 49,3
Cesário 38 50,7
Peso do bebê ao nascimento
< 1500 gramas 35 46,7
≥ 1500 gramas 40 53,3
Idade gestacional do bebê
< 33 semanas 47 62,7
≥ 33 semanas 28 37,3
Puerpério
Tempo de transição para aleitamento materno
< 9 dias 33 44,0
≥ 9 dias 42 56,0
Tempo de início da amamentação exclusiva
< 25 horas 30 40,0
25-48 horas 45 60,0
Peso atual do bebê
< 1700 gramas 28 37,3
≥ 1700 gramas 47 62,7
Idade gestacional corrigida do bebê
< 35 semanas 18 24,0
≥ 35 semanas 57 76,0
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Tabela 2. Distribuição do somatório dos escores (%) obtidos por meio dos quadros do formulário de
avaliação das mamadas referentes aos binômios mães/bebês do Alojamento Canguru da
Maternidade Escola Santa Mônica, Maceió, 2007.
Aspectos Escores - N (%)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
I.Relacionados
à mama
*
*
*
1
(1,3)
1
(1,3)
4
(5,3)
5
(6,7)
3
(4,0)
23
(30,7)
18
(24,0)
20
(26,7)
II. Reflexo de
procura
16
(21,3)
59
(78,7)
.
III. Sinais de
vínculo
e/RN
*
*
4
(5,3)
6
(8,0)
9
(12,0)
12
(16,0)
20
(26,7)
13
(17,3)
4
(5,3)
5
(6,7)
2
(2,7)
IV. Posição da
e/RN
*
*
*
*
3
(4,0)
8
(10,7)
12
(16,0)
11
(14,7)
6
(8,0)
7
(9,3)
5
(6,7)
8
(10,7)
6
(8,0)
5
(6,7)
1
(1,3)
1
(1,3)
2
(2,7)
V. Condições
de pega
2
(2,7)
*
11
(14,7)
13
(17,3)
23
(30,7)
8
(10,7)
3
(4,0)
9
(12,0)
6
(8,0)
VI. Condições
de ordenha
2
(2,7)
25
(33,3)
12
(16,0)
10
(13,3)
5
(6,7)
4
(5,3)
7
(9,3)
5
(6,7)
5
(6,7)
VII.
Condições
finais
*
*
3
(4,0)
10
(13,3)
16
(21,3)
22
(29,3)
18
(24,0)
5
(6,7)
1
(1,3)
* Escore não encontrado.
Escore inexistente.
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Artigo Original
54
Tabela 3. Percentuais abaixo da mediana dos aspectos relacionados às mamadas de recém-nascidos
prematuros do Alojamento Canguru da Maternidade Escola Santa Mônica. Maceió, 2007.
ASPECTOS
N(75) P 25 mediana P 75 Limites
Min-Máx
% <
mediana
I. Relacionados à Mama
37
8
9
10
3-10
49,3
II. Reflexo de Procura 16 2 2 2 0-2 21,3
III. Sinais denculo mãe/recém-nascido 31 4 6 7 2-10 41,3
IV. Posição mãe/recém-nascido durante a mamada 34 6 8 11 4-16 45,3
V. Condições de pega do recém-nascido ao peito 26 3 5 5 0-8 34,7
VI. Condições de ordenha do recém-nascido ao peito 48 1 2 5 0-8 36,0
VII. Condições finais da mamada
29 4 5 6 2-8 38,7
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Artigo Original
55
Tabela 4. Resultados estatísticos da soma de cada quadro do formulário de avaliação da mamada em
relão às condições maternas, de parto e puerpério, do binômio mãe/bebê no Alojamento Canguru
da Maternidade Escola Santa Mônica, Maceió, 2007.
Variáveis
Resultados estatísticos da soma dos escores por quadro
Soma 1 Soma 2 Soma 3 Soma 4 Soma 5 Soma 6 Soma 7
Condições maternas
Idade p<0,01
ns
ns ns ns ns p<0,05
Anos de Estudo ns
ns
ns ns ns ns ns
mero de gestações p<0,01 ns ns ns ns ns ns
Experiência anterior em aleitamento materno p<0,001 p<0,05 ns ns ns p<0,05 ns
mero de consultas no pré-natal ns ns ns ns ns ns ns
Orientação aleitamento materno no pré-natal ns
ns
ns ns
p<0,05
ns ns
Parto
Tipo de parto ns ns ns p<0,05 ns ns p<0,01
Peso do bebê ao nascimento ns ns ns ns ns ns ns
Idade gestacional do bebê ns ns ns ns ns ns ns
Puerpério
Tempo transição para aleitamento materno ns ns ns ns ns ns ns
Tempo de início da amamentação exclusiva ns ns ns ns ns ns ns
Peso atual do bebê ns ns ns p<0,05 ns ns ns
Idade gestacional corrigida do bebê p<0,05
ns
ns ns ns ns ns
Teste qui-quadrado. ns: não significante
Teste Exato de Fisher
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4 –
CONSIDERAÇÕES
FINAIS E
RECOMENDAÇÕES
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Considerações finais e Recomendações
57
4 – Considerações Finais e
Recomendações
As dificuldades na amamentação em mães de bebês prematuros e de baixo peso são
devidas, na quase totalidade, à falta de conhecimento, experiência e habilidade das mães;
assim como, dos profissionais de saúde em identificar e entender que estas dificuldades no
início do aleitamento materno podem ser diagnosticadas precocemente, desde que a equipe
interdisciplinar esteja preparada para avaliar corretamente as técnicas da amamentação, e
assim avaliar sua efetividade.
Sendo assim, ações intensas de apoio e orientação sobre as técnicas de amamentação
devem ser oferecidas no pré-natal e retomadas após o nascimento do bebê, para que as mães
também possam estar bem preparadas para amamentarem seus filhos, principalmente aquelas
com bebês prematuros e de baixo peso que requerem atenção e cuidados especiais.
Os gestores hospitalares podem discutir e planejar estratégias para a referida
maternidade atingir os índices necessários à inserção no programa Iniciativa Hospital Amigo
da Criança; mobilizando toda equipe de sde no sentido de modificar condutas e rotinas,
visando à promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno exclusivo.
Um importante passo no âmbito cienfico seria a validação de um protocolo
adaptado para avaliação das mamadas para os bebês prematuros e de baixo peso. Este
seria um meio eficaz na identificação precoce dos binômios mães/bebês com
riscos de dificuldades no início do estabelecimento do aleitamento materno exclusivo;
e assim, promover melhor qualidade de vida para esta população.
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5 – ANEXOS
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Anexo I
ANEXO I
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Anexo II
ANEXO II
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Anexo III
ANEXO III
Ao Coordenador do Comitê de Ética em Pesquisa da UNCISAL:
Protocolo Nº.632
RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES
Título do Projeto: AVALIAÇÃO DA MAMADA EM RECÉM-NASCIDOS DE BAIXO
PESO NO ALOJAMENTO CANGURU EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DE
MACEIÓ-AL
Nome do Pesquisador Principal: Adriana de Medeiros Melo
O estudo foi realizado na Maternidade Escola Santa nica no período de 28 de janeiro a 30
de junho de 2007 com o objetivo de avaliar as condições da mamada no início do aleitamento
materno exclusivo e analisar a sua associação com algumas variáveis maternas em recém-
nascidos prematuros no Alojamento Mãe-Canguru. A amostra foi constituída por 75 díades
mães/bebês, atingindo o N total proposto para o estudo.
Houve a mudança de tulo da referida pesquisa, visando adequar melhor com os objetivos
propostos, o qual foi modificado para AVALIAÇÃO DA MAMADA EM RECÉM-
NASCIDOS PREMATUROS NO ALOJAMENTO MÃE-CANGURU.
No dia 20 de junho do corrente, procedeu-se a apresentação da dissertação de Mestrado na
UFPE. Depois de adotarmos as sugestões da banca examinadora, a pesquisa foi encaminhada
ao Jornal de Pediatria e aguardaremos sua aprovação para publicação.
Maceió, 01 de agosto de 2008.
______________________________
Adriana de Medeiros Melo
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Anexo IV
ANEXO IV
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Título: Avaliação da mamada em recém-nascidos de baixo peso no Alojamento
Canguru em uma maternidade pública de Maceió-AL
Prezada Srª,
Você, ...................................................................................., responsável por
..........................................es sendo convidada a participar juntamente com seu bebê na pesquisa:
AVALIAÇÃO DA MAMADA EM RECÉM-NASCIDOS DE BAIXO PESO NO ALOJAMENTO
CANGURU EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DE MACEIÓ-AL, de responsabilidade da
pesquisadora Adriana de Medeiros Melo. Este estudo que tem os objetivos de: identificar e avaliar as
possíveis dificuldades encontradas no inicio da amamentação do seu filho no Alojamento Canguru da
Maternidade Escola Santa Mônica.
Tratando-se de um bebê prematuro de baixo peso é fundamental que a equipe de saúde conheça as
dificuldades no início da amamentação para que as mães sejam apoiadas e orientadas a amamentarem
exclusivamente e por um período maior.
Será realizado no alojamento canguru: a coleta de dados no prontuário do bebê, a observação da
pesquisadora de uma mamada do bebê no peito materno. Em seguida, será solicitado que a senhora
responda a algumas perguntas sobre a amamentação. Não existe uma outra forma de se fazer esta pesquisa
que possa ser mais vantajosa que o procedimento a ser utilizado, ou seja, com a observação direta das
mamadas e a breve entrevista.
Os dados serão utilizados para pesquisa tornando-se públicos após sua conclusão, em revistas,
jornais e eventos científicos. Em nenhum momento, durante e após a pesquisa, o nome do seu bebê ou o
seu aparecerá e não existirá nenhum risco físico e/ou moral para a Senhora e para o seu bebê.
Durante a observação da amamentação, os participantes poderão ser fotografados ou filmados, com
a autorização dos mesmos. Os dados colhidos na coleta de dados nos prontuários, nas observações e na
entrevista serão totalmente confidenciais, e em hipótese alguma o participante será identificado, estando
segura a privacidade dos participantes envolvidos nesse estudo.
A sua participação e do seu filho neste estudo é muito importante, mas é voluntária. A Senhora pode
se recusar a participar ou suspender a participação a qualquer momento sem se prejudicar. Todas as suas
dúvidas serão respondidas sempre que a senhora quiser. Se tiver alguma consideração ou dúvida sobre a
ética da pesquisa, entre em contato com a pesquisadora responsável: Fga. Adriana de Medeiros Melo, que
reside na Rua Marechal Antonio Guedes Muniz, nº 15, apto. 703 – Jatiúca, tel: 3325-8717.
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Li e entendi todas as informações sobre este estudo e todas as minhas vidas foram esclarecidas e
respondidas pela pesquisadora Responsável, Adriana de Medeiros Melo. Dou livremente meu
consentimento para a minha participação e a do meu/minha filho/a no estudo até que eu decida o contrário.
Ficam claros para mim quais são os objetivos do estudo, e os procedimentos a serem realizados.
Assinando este termo de consentimento, concordo em participar desse estudo e não abro mão de
nenhum dos direitos legais a que me cabe.
Maceió, ____ de _____________________de 2007.
_____________________________ ____________________________________
Nome do pesquisador Assinatura do pesquisador
_____________________________ ____________________________________
Nome do entrevistado Assinatura do entrevistado
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6 – APÊNDICES
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Apêndice I
APÊNDICE I - Formulário da pesquisa - dados colhidos no prontuário
N. º_____
Prontuário Nº________
RN de_________________________________ IdadeMat: _____ DNSAC
APGAR
Data de Nasc.: _____/_____/_____ Apgar: 1º____ 5º____
PNASC
Peso ao Nascimento: ______ g IGEST
Id. Gestacional: ______
CIUT
Crescimento intra-uterino: AIG.(1), PIG.(2), GIG.(3)
Data admissão na Canguru: ____/___/___ DADM
Idade em dias: _____ IGC: ______ Peso: ________ g
IDAM
Data Início da transição da dieta: ____/____/____
DATRA
Idade em dias: ________ IGC:________ Peso:__________ g
PETRA
Tempo de transição: _____________ dias
Tempo de início do AME: _______horas. IGCTRA
TPTRA
Data da observação: ___/___/___ Idade:____dias IGC______ Peso:_______ g TPAME
DOBS
IDOBS
IGCOBS
POBS
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Apêndice II
APÊNDICE II - Formulário da pesquisa – dados colhidos com ases
N. º_____
Prontuário Nº________
Idade Materna: _____
Instrução: nenhuma (1) 1º grau inc.(2) 1ºgrau (3) 2º grau inc.(4)
2º grau (5) Superior (6)
Estado Civil: Solteira.(1) Em união estável (2) Casada (3)
Presença de companheiro: Sim (1) Não (2)
Tipo de parto: Vaginal (1) Cesariana (2)
Gestação: única (1) dupla (2) múltipla (3)
Gesta_______ Para___________ Filhos vivos________ Filho mais novo
Pré-Natal: 0 a 4 consultas (1) ≥ 5 consultas (2)
Orientação Aleitamento Materno:
Pré-natal: Sim (1) Não (2)
Berçário: Sim (1) Não (2)
Alojamentos canguru: Sim (1) Não (2)
Experiência anterior em AM: Sim (1) Não (2)
Se respondeu SIM na questão anterior:
dia Tempo AM Anterior: ≤ 6 meses (1) > 6 meses (2)
PRT
IDMAE
INMAT
ECVIL
PCOMP
PARTO
GEST
NGEST
FLHVI
FLHNO
PNATL
OAMPNT
OAMBER
OAMAC
EXPAM
MAMAN
FLHPT
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Apêndice III
APÊNDICE III - Formulário de avaliação da mamada adaptado de Sanches, 2000.
N. º_____
Prontuário Nº________
QUADRO I - Aspectos relacionados à mama
ESCORES 2 1 0 OBS
a) anatomia dos
mamilos
( )
Protrusos
( )
Semi-protrusos
( )
Pseudo-protrusos
b) sinais de ejeção
do leite
( )
Apresente 2 ou +
sinais
( )
Somente 1 sinal
( )
Nenhum sinal
c) ingurgitamento
mario
( )
Ausente
( )
Iniciado
( )
Estabelecido
d) trauma/fissura ( )
Ausente
( )
Esfoliamento
( )
Fissura ou trauma
mamário
e) dor
(o que você sente)
( )
Ausente
( )
Pouca dor
( )
Muita dor
SOMA 1
QUADRO II – Reflexo de Procura do RN
ESCORES 2 1 0 OBS
a) Procura ( )
Ativo
( )
Exacerbado ou não ativo
SOMA 2
QUADRO III - Sinais de vínculo mãe/RN
ESCORES 2 1 0 OBS
Recém-nascido
a) sinais de
autonomia do RN
( )
RN autônomo
( )
RN pouco autônomo
( )
RN dependente
b) estado de
consciência
( )
Alerta ou semi-alerta
( )
Sonolência ou sono
leve
( )
Choro alarmante ou sono
profundo
Mãe
c) modo de
segurar o RN
( )
Segura firme,
confiante.
( )
Segura o RN um pouco
frouxo
( )
Segura muito frouxo, sem
confiança.
d) atenção ao rosto
do RN
( )
Contato olho no olho
( )
Pouco contato olho no
olho
( )
Ausência de contato olho
no olho
e) Toques físicos
da mãe no RN
( )
Toques da mãe
freqüentes.
( )
Toques esporádicos
( )
Ausência de toques
SOMA 3
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Apêndice III
QUADRO IV - posição mãe/RN durante a mamada
ESCORES 2 1 0 OBS
Quanto à mãe
a) conforto da mãe
( )
Confortável
( )
Algum desconforto
( )
Totalm/ desconfortável
b) modo de segurar
a mama
( )
Polegar acima e 4 dedos
embaixo
( )
Outras posições para
segurar
( )
Sem segurar a mama
c) distância entre a
mão e a aréola
( )
Segura longe da aréola
( )
Segura próximo da
aréola
( )
Segura em cima da
aréola
d) preso dos
dedos nos ductos
lactíferos
( )
Pressão moderada nos
ductos
( )
Pressão excessiva nos
ductos
Corpo do RN/e
e) posição do RN
( )
Voltado total/ de frente
p/ mãe
( )
Virado para o lado
f) distância ( )
RN “colado” ao corpo
da e
( )
RN distante do corpo
da e
g) cabeça/pescoço
do RN
( )
Apoiados e livres
( )
Pouco apoiados
( ) Sem apoio( solto)
ou muito flexionado
h) nariz do RN ( ) Livre para respirar ( ) Pouco obstruído ( ) Totalm/ obstruídos
SOMA 4
QUADRO V - condições da pega do RN ao peito
ESCORES 2 1 0 OBS
a) queixo do RN ( )
Toca o peito
( )
Não toca
b) boca ( )
Totalmente aberta
( )
Pouco aberta
c) selamento
labial
( )
Ambos totalm/virados p/ fora
ou lábio inf + virado / fora
( )
Lábio inf pouco
virado p/ fora
( )
Lábs. totalm/
retraídos
d) abocanhar a
aréola
( )
Toda a aréola
( )
Pouca aréola
( )
Só o mamilo
SOMA 5
QUADRO VI- condições de ordenha do RN ao peito
ESCORES 2 1 0
OBS
a) movimento da
mandíbula
( )
Coordenados
( )
Incoord. ou movi
tensos de mastigar
o mamilo
b) bochechas ( )
Arredondadas
(sem covinhas)
( )
Tensas ou
sugadas (com
covinhas)
c) ritmo da sucção ( )
Início rápido, depois
estável.
( )
Ritmorápido
(chamada) ou só lento
( )
Ausência de ritmo
estabelecido
instável
d) padrão da
sucção/deglutição/
respiração
( )
Coordenado
( )
Pouco incoordenado
( )
Totalmente
incoordenado
SOMA 6
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Apêndice III
Data:
Peso atual:
Idade:
QUADRO VII-classificação final da mamada
ESCORES 2 1 0 OBS
a) modo da mãe de
retirar o RN do
peito
( )
Espera o RN
largar
espontaneam/
e/ou oferece o 2º
peito se o RN
quiser
( )
Espera pouco tempo ou
oferece o 2º peito e tira
logo
( )
Retira muito rápido
c) condições do
peito
( )
Esvaziados
( )
Pouco cheios
( )
Ainda ingurgitados ou
muito cheios
d) condições do
mamilo
( )
Aspecto normal,
sem dor.
( )
Esfolamento pequeno;
pouco dolorido.
( )
Traumas acentuados;
muita dor.
e) comportamento
do RN no final da
mamada
( )
Satisfeito, dorme
após a mamada.
( )
Sono leve ou dorme pouco
e acorda logo
( )
Insatisfeito, inquieto,
chorando.
SOMA 7
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Apêndice IV
APÊNDICE IV - Guia de orientação da avaliação fonoaudiológica da
mamada. (adaptado de Sanches, 2000).
1. Para que possa ser viabilizada a avaliação fonoaudiológica da mamada, mães e bebês
devem se enquadrar nos seguintes critérios:
BEBÊS:
1. Respeitar os estados de sono profundo, mesmo em horário estabelecido da refeição,
não acordá-lo; voltar em outro momento para avaliar da mamada.
2. Caso estejam em choro contínuo alarmante ou estressado as realização de exames;
voltar em outro momento para avaliação.
3. Mediante o aparecimento de alguma intercorrência clínica que o tenha sido
verificada ou escrita no prontuário do bebê, não realizar a avaliação. Antes checar os
critérios de inclusão e exclusão.
4. Devem ser avaliados desde o momento em que a mãe está se preparando para colocar
no peito.
5. Estarem em aleitamento materno exclusivo por um período máximo de 48h antes da
observação.
MÃES:
1. o devem ser avaliadas no momento em que estiverem recebendo ajuda da equipe
interdisciplinar durante a amamentação, por exemplo, quando um profissional de
saúde está facilitando a pega ou posição do bebê. Aguardar um outro momento que em
que as mães estejam amamentando sem auxílio da equipe.
2. o avaliar se as mães estiverem assistindo televisão ou recebendo orientações da
equipe interdisciplinar no momento da mamada.
3. avaliar se a mãe ainda não tiver colocado o bebê no peito, para que possa ser
observado desde momentos antes do início da amamentação, para que possam ser
coletados todos os dados da pesquisa. Ex: aqueles relativos ao estado da mamas.
4. Antes de a mãe colocar o bebê no peito perguntar qual foi o horário da última
mamada; se ordenhou leite antes da mamada e qual o volume.
5. o devem estar apresentando comportamentos conflitantes em relação a
amamentação, ou em estado de choro, aflição ou outro distúrbio psíquico grave
diagnosticado.
2. Definição das variáveis categorizadas a serem classificadas mediante a observação da
mamada:
Pega correta: bebê abre bem a boca, abocanha a mama, aparecendo mais aréola acima da
boca do bebê. Lábio inferior virado para fora, todo o corpo do bebê está junto da mãe que
não sente dor nos mamilos durante as sugadas do RN. (KING, 1991; WHO/UNICEF,
1993; CORDEIRO, 2002; TERUYA, SERVA, 2002; UNICEF/WHO, 2006).
Aspectos relacionados à mama
a) anatomia dos mamilos: categorizados em: protrusos: apresentam-se salientes, bem
delimitados; semi-protrusos: apresentam-se pouco salientes, como se estivesse
incorporado à região areolar, não havendo delimitação precisa entre o bico e a aréola;
pseudo-protrusos: apresentam-se em sentido oposto ao mamilo considerado normal
(protruso). (VINHA, 2002).
b) Ingurgitamento mamário: categorizados em estabelecido: quando se observa edema
nas mamas, com aumento da temperatura corporal, ocorrendo também dor ou desconforto
nas mamas (THOMSOM, 2002; VINHA, 2002); iniciado: apresentou um ou dois destes
sinais; ausente, mediante a ausência destes sinais e sintomas descritos.
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Apêndice IV
c) Sinais de ejeção do leite: escorre naturalmente pelo mamilo, ou após ordenha manual
ou sucção do bebê; mãe refere contrações uterinas conforme o bebê suga; ritmo na
sucção-deglutição do bebê ao peito. (WHO/UNICEF, 1993). Sendo categorizados em:
Apresenta 2 ou mais sinais; somente 01 sinal ou Nenhum sinal.
d) Trauma/fissura: categorizado em: esfolamento quando o processo de trauma está
sendo iniciado, com sensação de ardor e pouca dor; fissura mamilar, quando o mamilo
apresenta uma rachadura, comprometendo a epiderme ou derme, com ou sem
sangramento; trauma, quando apresentava escoriações (remoção da superficial da pele
(epiderme), deixando a camada mais profunda (derme) descoberta), erosões (há um
desgaste das partes mais salientes da superfície do bico), além de dor com ou sem
sangramentos; ausente, mediante a ausência destes sinais e sintomas descritos. (VINHA,
2002).
e) Dor: categorizados em ausente; pouca dor, com dor, de acordo com as respostas
dadas pelas mães por meio de questionamento do observador. Lembrar de perguntar o que
você sente na mama quando amamenta? Sente dor ou não? A dor é pouca ou muita (como
você define a dor?) pouca ou muita?
II. Reflexo de Procura do bebê:
a) Procura: categorizados em ativo; quando o bebê busca a mama, girando sua cabeça em
direção ao peito, abrindo bem sua boca para abocanhar o peito (UNICEF/WHO,
1993/2006; DOUGLAS, 1994; HERNANDEZ, 1996/2003) não ativo, quando não houve
resposta do bebê.
III. Sinais de vínculo mãe-bebê:
Recém-nascido
a) Sinais de autonomia do RN: RN autônomo (quando o bebê se ajeita sozinho para
mamar e se fixa bem ao peito apenas com a colocação próximo ao peito, facilitada pela
mãe), RN pouco autônomo (ele precisa de ajuda para localizar o peito, pegando e
soltando o peito, mas aceita ajuda da mãe), RN dependente. (apresenta muita dificuldade
de fixa-se ao peito, pegando e soltando várias vezes, necessitando de maior ajuda,
podendo até apresentar dificuldade em aceitar ajuda da mãe). (BRAZELTON, 1988;
MEYERHOF, 1990).
b) Estados de conscncia: categorizados em: alerta (olhos abertos) ou semi-alerta
(choramingo); sonolência (cochilo) ou sono leve (acorda fácil, podendo voltar para o
estado de alerta ou sono profundo); choro alarmante (stress) ou sono profundo.
(BRAZELTON, 1988)
e
c) Modo de segurar o bebê: categorizados em: segura firme, confiante (segura o bebê
sem soltar, bem encaixado ao seu corpo, mantendo-se atenta a esse padrão, mantendo-se
quieta, realizando movimentos suaves); segura o RN um pouco frouxo (quando apresenta
um ou dois dos padrões descritos anteriormente); segura muito frouxo, sem confiança
(além de o apresentar nenhum dos padrões descritos, realiza movimentos bruscos com o
bebê, apresentando-se inquieta, sem parar de movimentar-se).( KING, 1991;
WHO/UNICEF, 1993).
d) Atenção ao rosto do RN: categorizados em contato olho a olho; pouco contato olho a
olho; ausência do contato olho a olho. (WHO/UNICEF, 1993; CORDEIRO, 2002).
e) Toques físicos da mãe no RN: categorizados em: toques maternos freentes; toques
esporádicos; ausência de toque. (WHO/UNICEF, 1993; CORDEIRO, 2002).
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Apêndice IV
IV Posição mãe-bebê durante a mamada
e
a) Conforto da mãe: categorizado em: confortável (mãe relaxada com as costas apoiadas,
braços livres, ombros e pescoço relaxados, podendo estar sentada ou semi-deitada).
(TERUYA, SERVA; 2002); algum desconforto (quando somente 2 ou 3 desses aspectos
foram observados); totalmente desconfortável (tensão generalizada quando nenhum
aspecto observado). (KING, 1991; WHO/UNICEF, 1993; CORDEIRO, 2002;
UNICEF/WHO, 2006).
b) Modo de segurar a mama: categorizados em: polegar acima e 4 dedos embaixo;
outras posições para segurar; sem segurar a mama. (KING, 1991; UNICEF/WHO, 2006).
c) Distância entre a mão e a aréola: categorizados em: segura longe da aréola
(TERUYA, SERVA; 2002); segura próximo da auréola; segura em cima da própria aréola.
(KING, 1991; WHO/UNICEF, 1993; UNICEF/WHO, 2006).
d) Pressão dos dedos sobre os ductos lactíferos: categorizados em: pressão moderada
(mãe apenas segura a mama, sem exercer força); pressão excessiva nos ductos (observado
tecido de mama ou mamilo comprimido, podendo a pele estar avermelhada, mediante a
forca exercida). (KING, 1991; WHO/UNICEF, 1993; UNICEF/WHO, 2006).
Corpo do RN/mãe:
e) Posição do RN: categorizados em voltado totalmente e de frente para a mãe
(TERUYA, SERVA; 2002); virado de lado, sem estar voltado para o corpo da mãe.
(KING, 1991; WHO/UNICEF, 1993; UNICEF/WHO, 2006).
f) Distância: RN categorizados em: encostado (“colado”) ao corpo da mãe; RN; próximo
ao corpo da mãe; RN distante do corpo da mãe. (KING, 1991; WHO/UNICEF, 1993;
TERUYA, SERVA; 2002; UNICEF/WHO, 2006).
g) cabeça/pescoço do RN: apoiados e livres; pouco apoiados; sem apoio (solto) ou muito
flexionado. (KING, 1991).
V. Condões da pega do bebê ao peito
a) queixo do bebê: categorizados em: toca o peito; não toca. (KING, 1991;
WHO/UNICEF, 1993; TERUYA, SERVA; 2002; UNICEF/WHO, 2006).
b) boca: categorizado em: totalmente aberta; pouco aberta. (KING, 1991; WHO/UNICEF,
1993; TERUYA, SERVA; 2002; UNICEF/WHO, 2006).
c) Selamento labial: ambos totalmente virados para fora ou inferior mais virado para
fora; lábio inferior pouco virado para fora; lábios totalmente retraídos. (KING, 1991;
WHO/UNICEF, 1993).
d) Abocanhar a aréola: toda a aréola; pouca aréola; só no mamilo. (KING, 1991;
WHO/UNICEF, 1993; TERUYA, SERVA; 2002; UNICEF/WHO, 2006).
VI Condições de Ordenha do bebê ao peito:
a) Movimento de mandíbula: categorizados em coordenados e suaves: quando
observado ritmo e harmonia entre os movimentos mandibulares juntamente com a sucção;
incoordenados: quando observados desvios neste padrão descrito ou movimentos tensos
de mastigar o mamilo: quando observados repetidos movimentos de morder o mamilo
com as gengivas. (KING, 1991; WHO/UNICEF, 1993). Colocar na observação se foi
coordenado e tenso ou suave e descoordenado.
b) Ritmo de sucção: categorizados em: início rápido, depois estável; ritmo só rápido
ou lento; ausência de ritmo estabelecido, instável: sendo este definido mediante a
mistura de vários padrões, não sendo possível identificar um ritmo definido. (KING, 1991;
WHO/UNICEF, 1993).
c) Padrão da sucção/deglutição/respiração: categorizados em: coordenado; pouco
coordenado: quando houve observação de um a três dos sinais descritos a seguir;
totalmente incoordenado: quando o bebê não apresentou ritmo em harmonia no
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MELO, Adriana de Medeiros Avaliação da mamada em recém-nascidos...
Apêndice IV
mecanismo sucção/deglutição/respiração, havendo pausas excessivas para mamar ou
quando pegava e soltava o peito várias vezes; engasgos, tosse; paradas longas para
respirar durante a mamada (KING, 1991; WHO/UNICEF, 1993; UNICEF/WHO, 2006).
VII Classificação final da mamada.
a) Modo de a mãe retirar o RN do peito: espera o RN dormir ou largar o peito
espontaneamente e/ou oferece o 2º peito se RN quiser; espera pouco tempo ou oferece o
2º peito e tira logo; retira muito rápido ou não oferece o 2º peito. (WHO/UNICEF, 1993).
b) Modo do RN soltar o peito: larga espontaneamente; não larga o peito sozinho. (KING,
1991; WHO/UNICEF, 1993; UNICEF/WHO, 2006).
c) Condições do peito: esvaziados; pouco cheios; ainda ingurgitados ou muito cheios.
(KING, 1991; WHO/UNICEF, 1993).
d) Condições do mamilo: categorizado em: aspecto normal, sem dor; esfolamento
pequeno, pouco dolorido; traumas acentuados, muita dor. (KING, 1991; WHO/UNICEF,
1993; VINHA, 2002; UNICEF/WHO, 2006).
e) comportamento do RN no final da mamada: satisfeito, dorme após a mamada; sono
leve ou dorme pouco e acorda logo; insatisfeito, inquieto, chorando. (KING, 1991;
WHO/UNICEF, 1993).
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