22
transporte, como: terminais ferroviários, rodoviários, hidroviários e portuários;
aeroportos; centros de distribuição e armazéns gerais.
Segundo a ANTT, o desenvolvimento brasileiro, nos últimos 20 anos,
quando referido pela ótica do crescimento do Produto Interno Brasileiro – PIB, foi
medíocre, já que a taxa média geométrica anual de crescimento deste indicador,
nesse período, ficou aquém de 3,0%. Não obstante, durante esse mesmo período,
grandes transformações estruturais, espaciais e institucionais mostram um
dinamismo macro (econômico, social e institucional) que geram novos processos
de transformações, impactando todos os setores de atividades, entre esses, se
destacando o setor de transporte, criando oportunidades e desafios na gestão
desses setores. Nos últimos 10 anos, enquanto o PIB brasileiro cresceu 32%, as
exportações totais cresceram 136%, ritmo quatro vezes superior àquele indicador.
Dentro do processo de crescimento das exportações, houve transformações na
sua composição que afetam diferenciadamente o setor de transporte, dentre os
quais destaca-se o aumento da participação na pauta de exportação de sub-
setores como o de agronegócios (soja, açúcar, celulose, cargas frigorificadas,
carnes e outras proteínas animais, frutas frescas e processadas), veículos e
autopeças, produtos eletrônicos e de tecnologia de informação etc. Do ponto de
vista da dinâmica espacial, se constata um crescimento mais acelerado da grande
região central do Brasil, onde se inclui o Centro Oeste e mais os Estados de
Tocantins, Rondônia e partes adjacentes dos Estados de Minas Gerais, Bahia,
Piauí, Maranhão e Pará, cujo crescimento do PIB vem se fazendo a um ritmo 50%
mais rápido que a média do Brasil, nos últimos 10 anos (crescimento do Brasil
2,8% a.a. e da região 4,2% a.a.). Esta região, com uma área total de 2,8 milhões
de quilômetros quadrados – um terço do espaço brasileiro, que em 1970 detinha
apenas 8% da população, 5% do PIB e 27% da produção de grãos agrícolas do
Brasil, hoje detém 16% da população, 11% do PIB e 64% da produção de grãos
agrícolas do Brasil, gerando grandes fluxos de transportes, sobretudo do
agronegócio, cuja oferta desse serviço precisa se ajustar (ANTT, 2008).