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as características dessa inteligência são, normalmente, mais respeitadas. Nogueira (2004, p.
27) sintetiza da seguinte forma:
Competência em desenvolver e/ou acompanhar cadeias de raciocínios,
resolver problemas lógicos e lidar bem com cálculos e números,
normalmente verificadas em matemáticos, engenheiros, físicos, etc. Porém,
não é necessariamente uma competência apenas existente nos profissionais
que escolheram a área de exatas. Como bom exemplo disto, podemos
mencionar os advogados, principalmente os de defesa, que criam uma
seqüência tão lógica de fatos e acontecimentos, que normalmente acabam
por defender e absolver criminosos que notoriamente cometeram o delito,
porém o mecanismo criado por sua defesa torna-se tão lógico, que os jurados
não enxergam outra saída a não ser o perdão.
Resolver problemas, charadas, efetuar cálculos, trabalhar com hipóteses são algumas
das habilidades para a inteligência lógico-matemática que têm destaque nas profissões de
cientistas, matemáticos, engenheiros, programadores, arquitetos, entre outros.
E juntamente com a inteligência lógico-matemática, a inteligência lingüística fecha o
ciclo dos famosos testes de QI criados por Binet, formando assim as habilidades mais
tradicionais conhecidas. Gardner (1995, p.25) descreve a inteligência lingüística:
O dom da linguagem é universal, e seu desenvolvimento nas crianças é
surpreendentemente constante em todas as culturas. Mesmo nas populações
surdas, em que uma linguagem manual de sinais não é explicitamente
ensinada, as crianças freqüentemente “inventam” sua própria linguagem
manual e a utilizam secretamente. Dessa forma, nós vemos como uma
inteligência pode operar independentemente de uma específica modalidade
de input ou de um canal de output.
Na inteligência lingüística, o uso correto da forma de se expressar é uma das
características principais, além da facilidade no uso de vocabulários, tanto na forma escrita
como na forma oral. Escritores, advogados, poetas, oradores, políticos, vendedores,
publicitários são alguns dos exemplos de profissões que têm domínio dessa inteligência.
Imaginem a seguinte situação descrita por Nogueira (2004, p. 29):
Um arquiteto, ao sentar em frente à sua prancheta, desenha a terceira sala do
lado esquerdo do elevador, localizada no 28º andar de um prédio. Na sala,
será colocado um conduíte na parte frontal, esquerda e inferior, tendo como
referência a porta de entrada.
A forma de compreender e visualizar essas informações são características da
inteligência espacial que também está relacionada à percepção de formas de objetos;