lado terroso. A amostra 3, “tem bom cheiro de patchouli, com o
“cheirinho” das folhas de cultivo que passaram pelo processo de
hidrodestilação, lembrando folhas de espinafre”.
A amostra 6, que é o óleo de patchouli utilizado
comercialmente, foi avaliada e teve as seguintes considerações:
“potente, levemente defumada, não é tão próximo do referencial
habitual de Patchouli”.
Depois de cinco dias, as amostras foram novamente
analisadas, agora para avaliar as notas de fundo, e a conclusão foi
a seguinte: “o cheiro típico amadeirado e “mofo” de patchouli
esta bem presente em todas as fitas sendo que na amostra 1 o
cheiro é mais fraco”. As amostras 3,4,5 e 6, segundo perfumista,
são similares, com preferência para a n.
o
5, que é a mais rica e
reproduz o cheiro forte de patchouli.
Na amostra 5, os picos 1(β-patchouleno), 6 (seicheleno), 7
(α-patchouleno), 8 (allo-aromadendreno) e 9 (β-guaieno) são os
mais baixos da tabela, mas conforme análise olfativa é a melhor
essência de corpo e fundo, mesmo possuindo baixo teor de
Patchoulol (27,55%). É curioso, porque se espera que um óleo de
patchouli com maior teor deste composto tenha um aroma mais
característico.
O óleo de patchouli usado na perfumaria e reconhecido
pelos perfumistas é o óleo que vem da Indonésia e geralmente é
extraído por hidrodestilação. Este processo utiliza alta
temperatura, capaz de quebrar ou volatilizar moléculas
termosensíveis durante o processo de extração. Então, o óleo
obtido por tal processo pode ter seu aroma alterado, pois
moléculas importantes podem não estar mais presentes.
O óleo obtido por ESC por sua vez, é mais puro uma vez
que não deixa resíduos do fluido supercrítico, não possui resíduos
de solventes e apresenta um perfil organoléptico superior por não
haver degradação de compostos pelo efeito de temperaturas
elevadas. São vantagens que o tornaria mais interessante e,
portanto requisitado pelo mercado. Não é o que se observa, pois
existe uma série de outros fatores que irão determinar se um novo