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O objetivo da vacinação contra as salmonelas é impedir a aderência no
intestino, a multiplicação e excreção da bactéria pelo organismo de aves
infectadas, e também a redução da colonização de órgãos, incluindo fígado, baço
e ovário. Assim, aves apropriadamente vacinadas podem suportar uma infecção e
eliminar pelas fezes a bactéria, mais rapidamente e efetivamente do que aves não
imunizadas (SCHARR, 2003).
Respostas imunes para Salmonella dependem do sorotipo, da espécie do
hospedeiro infectado e da formulação da bacterina utilizada. Sorotipos espécie-
hospedeiro não específicos, como a SE (RODRIGUES, 2005), são aqueles que
geralmente provocam gastroenterite em várias espécies hospedeiras e podem
induzir doença sistêmica (VAN IMMERSEEL et al., 2004). Segundo VAN
IMMERSEEL et al. (2004), bacterinas autógenas, contendo cepa morta da
bactéria, têm sido usadas com sucesso variável no controle de infecções
causadas por estes sorotipos.
Pesquisas como a de TIMMS et al. (1990) comprovam que aves
imunizadas com bacterina contendo cepa de SE em emulsão oleosa e inativada
com formalina, apresentam redução dos sinais clínicos, mortalidade e lesões em
órgãos, quando comparadas ao grupo de aves controle, sendo que ambos foram
desafiados experimentalmente com SE.
Estudos relacionados com a eficácia de bacterinas para o controle de SE
em aves são extremamente necessários, pois, as vacinas vivas não são liberadas
para uso comercial nos Estados Unidos, Brasil e em muitos outros países
(BARROW,1999; Brasil,2003). Isso devido aos riscos associados ao uso de cepas
vivas atenuadas, tais como reversão da virulência da bactéria (BARROW &
LOVELL,1991., DE BUCK et al.,2004) e imunossupressão das aves vacinadas
(EISENSTEIN et al.,1984., LEE et al.,1985., HASSAN e CURTISS III.,1994.,
ARNOLD e HOLT.,1995).
A eficácia de uma vacina é avaliada pelo nível de colonização intestinal e
sistêmica do agente patogênico, bem como por taxas de morbidade e mortalidade
do hospedeiro infectado, pós-vacinação e infecção experimental, assim como o
nível de proteção das vacinas depende da cepa desafio, da via de administração,