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THIAGO MACEDO MARQUES
AVALIAÇÃO DA DENSITOMETRIA ÓSSEA EM FÊMUR DE
RATO APÓS CONSUMO DE ÁLCOOL E FLUORETO DE SÓDIO
Araçatuba
2008
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THIAGO MACEDO MARQUES
AVALIAÇÃO DA DENSITOMETRIA ÓSSEA EM FÊMUR DE
RATO APÓS CONSUMO DE ÁLCOOL E FLUORETO DE SÓDIO
Dissertação apresentada à Faculdade
de Odontologia do Campus Araçatuba
Unesp, para obtenção do grau de
“Mestre em Odontologia” Área de
Estomatologia.
Orientadora: Prof
a
. Dr
a
. Leda Maria
Pescinini Salzedas.
Araçatuba
2008
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Catalogação-na-Publicação
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação – FOA / UNESP
Marques, Thiago Macedo
M357a Avaliação da densitometria óssea em fêmur de rato após
consumo de álcool e fluoreto de sódio / Thiago Macedo Marques. -
Araçatuba : [s.n.], 2008
45 f. : il.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista,
Faculdade de Odontologia, Araçatuba, 2008
Orientador: Profa. Dra. Leda Maria Pescinini Salzedas
1. Alcoolismo 2. Densitometria 3. Diagnóstico por imagem
4. Fluoretos
Black D6
CDD 617.63
DADOS CURRICULARES
NASCIMENTO
26.11.1978 – Belém – PA
FILIAÇÃO
Eliseu Paes Marques e Maria de Fátima Macedo
Marques
2000 – 2004
Curso de Graduação: Faculdade de Odontologia da
Universidade Federal do Pará – UFPA
2004 – 2006
Curso de Especialização em Radiologia Odontológica
e Imaginologia: APCD, Regional Bauru.
2005 – 2006
Curso de Aperfeiçoamento Profissional em Cirurgia
Oral Menor: APCD, Regional Bauru.
2005 – 2006
Curso de Aperfeiçoamento Profissional em
Periodontia: APCD, Regional Bauru.
2006 – 2008
Curso de Pós-graduação em Estomatologia, nível de
mestrado, Faculdade de Odontologia, Campus
Araçatuba – Unesp.
Dedicatória
Aos meus pais, Eliseu e Fátima, pelo amor incondicional e apoio
constante em todos os momentos de minha vida, sempre com compreensão,
sabedoria, paciência e fé, conduzindo-me pelo melhor caminho da vida.
À minha esposa Livia, pelo amor, carinho, companheirismo e apoio
que sempre demonstrou em todos os momentos alegres e tristes de todos os
dias e horas dos últimos anos. Juntos nós somos imbatíveis.
Agradecimentos Especiais
Minha gratidão eterna a Deus pela oportunidade de realizar este curso
de mestrado e pela graça de conhecer e poder conviver com pessoas que
engrandeceram minha vida para sempre.
À minha amada avó Stella, que nos deixou recentemente. Você é meu
grande exemplo de vida, fonte de força e superação, que sempre renovarão
meu coração. Obrigado vovó, por tanto amor, carinho e dedicação. Saudades.
Aos meus irmãos Igor e Vitor, pelo companheirismo em todos os
momentos e pela compreensão de minha ausência em momentos tão duros
para a nossa família. Vocês são meus melhores amigos.
Aos meus sogros, Luís e Olivia, a minha admiração, gratidão e
respeito. Obrigado por sua amizade, apoio e por terem confiado a mim o bem
mais precioso de suas vidas.
Agradecimentos
À Prof
a
. Dr
a
. Leda Maria Pescinini Salzedas que me orientou durante o
mestrado, e, além disso, foi para mim um grande exemplo pessoal e
profissional, com quem pude aprender lições que me servirão por toda a vida.
À Prof
a
. Dr
a
. Ana Maria Pires Soubhia, exemplo de dedicação e amor
ao que faz, pelo carinho e atenção com que sempre me acolheu, pela
paciência e disponibilidade na execução deste trabalho.
Ao Prof. Dr. Mario Jefferson Quirino Louzada, que abdicou várias vezes
de seus a fazeres, gentilmente cedendo o Laboratório de Biofísica do Curso de
Medicina Veterinária da UNESP, viabilizando a realização desta dissertação.
A Prof
a
Maria Lúcia Marçal Mazza Sundefeld pela contribuição a este
trabalho realizando a análise estatística.
Aos amigos José Marcelo Tramarin e Bruna Gabriela dos Santos
Kotake, meus companheiros de bancada, biotério e muitas risadas.
À minha amiga Ana Carolina Prado Ribeiro, pela amizade que surgiu
graças a esse curso de mestrado, e que espero, perdure por muitos e muitos
anos. Obrigado por tudo!
Aos meus professores, colegas de pós-graduação e servidores do
Departamento de Patologia e Propedêutica Clínica por tantos momentos
alegres e inesquecíveis, que guardarei na memória por toda minha existência.
A CAPES, pela concessão da bolsa de mestrado e pelo apoio
financeiro para a realização da pesquisa.
À Universidade Estadual Paulista, pela oportunidade de realização do
curso de Mestrado.
Aos Funcionários da Biblioteca da Faculdade de Odontologia do
Campus de Araçatuba – Unesp pela atenção no atendimento.
Aos Funcionários da Seção de Pós-Graduação da Faculdade de
Odontologia do Campus de Araçatuba – Unesp que nos auxiliam com tanta boa
vontade, sempre dispostos a nos ajudar.
Epígrafe
“Deus não joga dados com o mundo.”
Albert Einstein.
Resumo
Marques TM. Avaliação da densitometria óssea em fêmur de rato após
consumo de álcool e fluoreto de sódio [dissertação]. Araçatuba: Faculdade de
Odontologia da Universidade Estadual Paulista; 2008.
O consumo abusivo de álcool interfere no metabolismo ósseo podendo causar
a osteoporose, e o fluoreto de sódio tem sido usado para reduzir o risco de
fratura na osteoporose. Não há relatos do efeito sinérgico dessas substâncias
no tecido ósseo. A densitometria óssea é um método preciso para avaliação do
conteúdo mineral ósseo. O objetivo deste estudo foi realizar a análise
densitométrica óssea em fêmur de rato submetidos ao consumo de fluoreto e
ao consumo crônico de álcool com e sem consumo prévio de fluoreto. Os 105
ratos foram divididos em 5 grupos conforme a dieta líquida: água (Controle C) e
fluoreto (Grupo F) “ad libitum” por um período de 90 dias; água (Grupo CA) e
fluoreto (Grupo FA) por 30 dias antes do consumo de aguardente de cana (40
o
GL) em concentrações crescentes de 30% e 60% durante 20 dias, e pura por
40 dias aeutanásia do animal; água por 60 dias e a seguir fluoreto por 30
dias (Grupo CF). Os animais foram sacrificados após 3, 10 e 28 dias de
completada a dieta, os fêmures esquerdos foram dissecados e submetidos à
análise densitométrica no sistema DXA. Os valores obtidos de conteúdo de
massa óssea (CMO) e densidade mineral óssea (DMO) foram submetidos à
análise de variância e teste de Tukey para comparação entre os grupos, sendo
verificada diferença estatística entre os grupos no CMO e DMO. A ordem
decrescente de DMO foi: F, CF, C, FA, CA, sendo observada diferença
estatística entre os grupos F e CA. O grupo F apresentou os maiores valores
de CMO e DMO, e os grupos FA e CA apresentaram menores médias de CMO
e DMO comparados aos C, F e CF. Podemos concluir que o uso de NaF de
maneira prolongada aumenta a densidade óssea e que o uso crônico de álcool
diminui os valores de CMO e DMO, mesmo com o uso prévio de NaF, sendo
encontrado valores intermediários após consumo das duas substâncias.
Palavras-chave: Alcoolismo, Densitometria, Diagnóstico por imagem, Fluoretos.
Abstract
Marques TM. Evaluation of bone densitometry in the rat femur after
consumption of alcohol and sodium fluoride [dissertation]. Araçatuba: Dental
School, UNESP, São Paulo State University; 2008.
The abusive alcohol consumption intervenes with the bone metabolism being
able to cause osteoporosis and the sodium fluorid has been used to reduce the
risk of breaking in osteoporosis. There are not reports of the synergistic effect of
such substances on bone tissue. The aim of this study was to analysis bone
density in the rat femur submitted to the use of fluoride and the chronic
consumption of alcohol with and without pre-fluoride. The 105 rats had been
divided in 5 groups in agreement the liquid diet: water (Control C) and fluorid
(Fluorid F) "ad libitum" for a period of 90 days; water (water and alcohol CA)
and fluorid (fluorine and alcohol FA) per 30 days before the consumption of
sugar cane brandy (40°GL) in increasing concentrations of 30% and 60% during
20 days, and pure for 40 days until euthanasia of the animal; water per 60 days
and to follow fluorid per 30 days (fluorid 30 days CF). The animals were
sacrificed after 3, 10 and 28 days of completion of the diet, the left femurs were
dissected and submitted for analysis in the DXA standard system. The values
obtained of bone mass content (BMC) and bone mineral density (BMD) were
submitted to the analysis of variance and test Tukey for comparison between
groups, and found statistical difference between the groups in the BMC and
BMD. The order of decreasing BMD was: F, CF, C, FA, CA, and observed
statistical difference between the groups F and CA. The group F presented the
highest values of BMC and BMD, and the FA and CA groups had lower average
BMC and BMD compared to C, F and CF. We can conclude that the use of NaF
on a prolonged increases bone density and that the chronic use of alcohol
lowers the values of BMC and BMD, even with the previous use of NaF, and
intermediate values found after consumption of the both substances.
Key Words: Alcoholism, Densitometry, Diagnostic Imaging, Fluorides.
Lista de Tabelas
Tabela 1 -
Análise de variância de dupla entrada entre os grupos
mediante aplicação do teste F
25
Tabela 2 -
Teste de Tuckey para comparação entre os grupos
25
Tabela 3 -
Análise de variância de dupla entrada entre os grupos
mediante aplicação do teste F
26
Tabela 4 -
Teste de Tuckey para comparação entre os grupos
26
Lista de Figuras
Figura 1 -
Fêmur posicionado e sob imersão em água no
densitômetro
22
Figura 2 -
Aquisição da imagem
23
Figura 3 -
Dados obtidos após a análise densitométrica
23
Lista de Abreviaturas
cm
2
= Centímetro quadrado.
CMO
= Conteúdo de massa óssea.
DMO
= Densidade mineral óssea.
DXA
= Absortimetria de raios x em duas energias
g/cm
2
= Grama por centímetro quadrado.
GL (álcool)
= Graus Gay-Lussac
IGF-I
= Fator I de crescimento semelhante à insulina.
kVp
= quiloVolte pico.
µA
= Microamper.
µmol/L
= Micromol por litro.
mmol/l = milimol por litro.
mg/l
= Miligramas por litro.
mm
= Milímetro.
NaF
= Fluoreto de Sódio
PQTC
= Tomografia computadorizada quantitativa.
PTH = Paratormônio.
%
= Por cento.
Sumário
1. INTRODUÇÃO
14
2. PROPOSIÇÃO
17
3. MATERIAL E MÉTODO
3.1 INDUÇÃO AO ALCOOLISMO CRÔNICO
3.2 DENSITOMETRIA ÓSSEA
19
20
22
4. RESULTADO
25
5. DISCUSSÃO
28
6. CONCLUSÃO
34
REFERÊNCIAS
36
ANEXOS
40
ANEXO A - COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA
41
ANEXO B - NORMAS PARA PUBLICAÇÃO (JOURNAL OF
BONE AND MINERAL METABOLISM)
42
ANEXO C - COMPLEMENTAÇÃO DO TEXTO
44
14
INTRODUÇÃO
15
1. Introdução
1
O consumo crônico de álcool promove perda de massa óssea, porém o
mecanismo envolvido ainda não é bem compreendido. Existem evidências de
que o etanol promove osteoporose por meio de alterações no mecanismo de
produção, reabsorção e remodelação óssea, como demonstrado por um estudo
com modelos animais em que o álcool inibiu a proliferação de osteoblastos
humanos e células da calvária de frangos in vivo, aumentou a reabsorção
óssea em tíbias de frango e osso trabecular de rato, sugerindo que
osteoclastos contribuem com a perda óssea em osteoporose mediada por
etanol [1-2].
A redução da massa óssea não é o único fator associado ao consumo
abusivo de álcool e ao aumento do risco de fratura. Evidências sugerem que
indivíduos que abusam de álcool estão mais propensos a acidentes e outras
lesões comparados aos indivíduos que não consomem álcool [2].
Desde o momento em que o NaF começou a ser adicionados a água de
beber em 1945, debate-se sua influência nos ossos humanos. O mecanismo
molecular em que os fluoretos estimulam a proliferação de células
osteogênicas ainda não está claramente estabelecido [3]. Estudos demonstram
que o NaF pode reforçar a indução da replicação de células através dos fatores
de crescimento de polipepitídeos incluindo fator I de crescimento semelhante à
insulina (IGF-I). Este efeito provavelmente está relacionado com o incremento
da fosforilação da proteína tirosina pelo fluoreto em osteoblastos [4].
1
As citações das referências no texto e a lista de referências estão de acordo com as normas
da revista Journal of Bone and Mineral Metabolism, encontrada no anexo B.
16
O flúor após a absorção pelo trato gastrointestinal é rapidamente
incorporado aos tecidos calcificados, que contêm 99% desta substância na
forma de fluorapatita. Os fluoretos têm a capacidade de prevenir a formação e
a progressão de cáries dentais e estimular a formação de osso. Em doses
terapêuticas no tratamento da osteoporose, os fluoretos demonstram
incremento da densidade mineral óssea. Entretanto, a ingestão crônica de NaF
que atinja doses entre 5 e 10 µmol/L pode causar desmineralização e
aumentar o risco de fratura [5].
A medição da massa óssea é essencial no diagnóstico e monitoramento
do tratamento da osteopenia e osteoporose. Vale ressaltar que os ratos são
excelentes modelos na simulação do comportamento humano desenvolvido em
animais no estudo da osteoporose, em função de seu metabolismo ósseo ser
bem conhecido e as respostas aos hormônios calcitotrópicos serem similares
ao observado em humanos [6].
A fluoretação da água faz parte do programa de saúde pública de muitos
países, bem como, os programas de combate ao abuso do álcool de maneira
crônica. Porém, não existem na literatura modelos de estudos experimentais
em animais que avaliem o efeito do consumo prévio de flúor ao álcool. Por isso,
foi objetivo deste estudo avaliar a densidade mineral óssea em fêmures de
ratos submetidos ao consumo crônico de etanol e fluoreto de sódio, utilizando a
análise densitométrica óssea, no método DXA.
17
PROPOSIÇÃO
18
2. Proposição
Foi proposta deste estudo, realizar a análise densitométrica óssea, pelo
método DXA, em fêmures de ratos submetidos ao consumo de fluoreto de
sódio e ao consumo crônico de álcool, com e sem consumo prévio de fluoreto.
19
MATERIAL E MÉTODO
20
3. Material e Método
Este experimento foi aprovado pela Comissão de Ética em
Experimentação Animal (CEEA) da Faculdade de Odontologia de Araçatuba
UNESP.
Para o presente trabalho foram utilizados 105 ratos (Rattus norvegicus,
albinus, Wistar) machos, com idade inicial de 30 dias, divididos em 5 grupos
(n= 21) conforme dieta líquida administrada: Grupo C - controle (água), Grupo
F (fluoreto de sódio), Grupo CF (fluoreto de sódio por 30 dias), Grupo FA
(fluoreto e álcool), Grupo CA (água e álcool). Todos os animais foram alojados
em ambiente com exaustão do ar, separados em um número máximo de 5
animais por gaiola, onde receberam ração comercial balanceada.
3.1 Indução ao alcoolismo crônico
A indução ao alcoolismo foi efetuada nos grupo CA e FA, que
receberam, respectivamente, água e flúor por 30 dias previamente à indução.
Os animais deste grupo receberam ração comercial e solução de aguardente
de cana-de-açúcar (4 GL) ad libitum em concentrações crescentes da
seguinte forma: nos primeiros 10 dias os animais receberam solução de
aguardente de cana-de-açúcar a 30%, nos 10 dias subseqüentes, solução de
aguardente a 60%, e a partir do 21º dia, a aguardente pura por um período de
40 dias, continuado até o sacrifício.
Para a melhor seleção dos animais e com a finalidade de conseguir um
grupo de trabalho homogêneo, a cada 3 dias, foram controlados o peso, o
consumo de água e de solução de aguardente de cana-de-açúcar, além da
21
quantidade de ração comercial dos ratos. Quando detectada discrepância entre
um destes consumos, o animal foi eliminado do experimento.
Os grupos foram submetidos ao seguinte protocolo:
Grupo C controle: Os animais foram tratados com ração comercial e
água “ad libitum” durante todo o experimento.
Grupo F: Os animais foram tratados com ração comercial e receberam
fluoreto de sódio na água de beber na concentração de 30 mg/l sob a
forma de NaF durante todo o experimento.
Grupo CF: Os animais foram tratados com ração comercial e água ad
libitumpor 60 dias, e a seguir receberam fluoreto na água de beber na
concentração de 30 mg/l, sob a forma de NaF, por 30 dias, sendo
mantido até o sacrifício.
Grupo FA: Os animais foram tratados com ração comercial e receberam
fluoreto na água de beber na concentração de 30 mg/l, sob a forma de
NaF, por 30 dias, e a seguir submetidos à metodologia do alcoolismo,
recebendo aguardente pura até o sacrifício.
Grupo CA: Os animais foram tratados com ração comercial e água ad
libitumpor um período de 30 dias, e a seguir submetidos à indução do
alcoolismo, recebendo aguardente pura até o sacrifício.
Os animais, após o período de tratamento de 90 dias, foram sacrificados
nos tempos de 3, 10 e 28 dias, por dose excessiva de anestésico (Cloridrato de
Xilazina - 0,03ml/100g peso corporal - e Cloridrato de Ketamina - 0,07ml/100g
22
de peso corporal), e os fêmures do lado direito foram removidos, dissecados e
fixados em formol a 10% por 24 horas.
3.2 Densitometria óssea
As peças foram submetidas à análise densitométrica em um
densitômetro de dupla emissão de raios X, modelo DPX-Alpha, Lunar® (Figura
1). Foi utilizado o programa para exames em pequenos animais. As aquisições
de imagem foram realizadas com os fêmures na mesma posição, imersas sob
profundidade de 2 cm de água (para simular os tecidos moles) e selecionadas
as opções: apendicular; osso Tipo 1; modo alta resolução; 76 kVp; 150 µA;
colimação no ajuste fino; área de tamanhos padronizados em 40 mm de largura
e 20 mm de comprimento. Conforme a recomendação do fabricante, o aparelho
foi calibrado diariamente com um fantoma fornecido pelo próprio fabricante
(Figura 2).
Figura 1 – Densitômetro.
23
Figura 2 - Fêmur posicionado e sob imersão em água no densitômetro.
Figura 3 - Aquisição da imagem.
Com auxílio do mesmo programa computacional utilizado na aquisição
das imagens foram realizadas as análises dos exames. Usando a ferramenta
de seleção, os ossos foram demarcados em sua totalidade, colhendo as
informações de conteúdo de massa óssea (CMO) e densidade mineral óssea
(DMO) (Figura 3 e 4).
24
Figura 4 - Dados obtidos após a análise densitométrica.
Os resultados foram submetidos à análise de variância e teste de Tukey
para comparação entre os grupos, nos três tempos.
25
RESULTADOS
26
4. Resultados
Na comparação do CMO foi verificada diferença estatística significante
entre os grupos, mas sem diferença na interação grupo e tempo (Tabela 1).
No teste de Tuckey, os grupos C, F e CF foram similares entre si e
diferiram estatisticamente dos grupos FA e CA (similares entre si) (Tabela 2).
Tabela 1 - Análise de variância de dupla entrada entre os grupos mediante
aplicação do teste F.
Fonte de Variação GL Soma dos Quadrados Quadrado Médio F Valor Pr > F
Grupo 4 0.23538499 0.05884625 15.41 <.0001*
Tempo 2 0.03878368 0.01939184 5.08 0.0083
Espécie 6 0.04560472 0.00760079 1.99 0.0760
Grupo*Tempo 8 0.01780375 0.00222547 0.58 0.7894
Resíduo 84 0.32074585 0.00381840
Total 104
0.65832299
*estatisticamente significante em nível de 1%
Tabela 2 - Teste de Tuckey para comparação entre os grupos.
Grupo N Média Decisão
C 21 0.38557 A
F 21 0.42595 A
CA 21 0.30919 B
FA 21 0.31733 B
CF 21 0.40700 A
*alpha: 0,05.
Diferença Mínima significativa: 0.0532
Na comparação da DMO foi verificada diferença estatística significante
entre os grupos, mas sem diferença na interação grupo e tempo (Tabela 3).
No teste de Tuckey, os grupos C, F e CF foram similares entre si, assim
como os grupos C, FA e CA entre si. O grupo C o diferiu dos grupos CF e
FA. Os grupos F e CA foram estatisticamente diferentes entre si (Tabela 4).
27
Tabela 3 - Análise de variância de dupla entrada entre os grupos mediante
aplicação do teste F.
Fonte de Variação GL Soma dos Quadrados Quadrado Médio F Valor Pr > F
Grupo 4 0.01848090 0.00462022 6.49 0.0001*
Tempo 2 0.00912905 0.00456452 6.41 0.0026
Espécie 6 0.00354225 0.00059037 0.83 0.5509
Grupo*Tempo 8 0.00350390 0.00043799 0.61 0.7631
Resíduo 84 0.05983775 0.00381840
Total 104
0.09449385 0.00071235
*estatisticamente significante em nível de 1%
Tabela 4 - Teste de Tuckey para comparação entre os grupos.
Grupo N Média Decisão
C 21 0.206524 A B C
F 21 0.223143 A
CA 21 0.185619 C
FA 21 0.193381 B C
CF 21 0.211524 A B
*alpha: 0,05
Diferença mínima significativa:0.023
A média de CMO e DMO do grupo F foi a maior dentre os grupos e do
grupo CA foi a menor (Tabela 2 e 4).
28
DISCUSSÃO
29
5. Discussão
O tecido ósseo é regido por um complexo mecanismo de remodelação
em nível celular, que acontece de uma forma alternada entre formação e
reabsorção óssea. O uso prolongado e excessivo de álcool causa alterações
neste mecanismo, modificando seu conteúdo mineral, causando osteopenia e
osteoporose, que pode ser detectada de várias maneiras. Estudos mostram
que o uso prolongado de álcool reduz significativamente o número de
osteoblastos inibindo a proliferação e atividade destas células, estimula a
síntese de PTH, que é o principal hormônio responsável pela homeostase de
cálcio em mamíferos. O PTH estimula osteoclastos a reabsorver o osso [7]. Em
uma pesquisa sobre os efeitos do alcoolismo crônico no processo de
remodelação óssea in vivo utilizando tíbias de ratos alimentados com dieta
líquida de etanol a 35% durante 6 semanas, demonstrou-se significativa
redução do número e atividade dos osteoblastos observados em análise por
meio da histomorfometria [8].
Neste estudo optamos pela utilização da absortimetria de raios X em
duas energias, método não invasivo que vem sendo utilizado como recurso
mais acessível na avaliação óssea [9,10].
Pesquisas propuseram a aplicabilidade do DXA para determinar a
correlação entre densidade e conteúdo mineral ósseo em ratos como modelos
animais. Utilizando as vértebras L2-L4 e os fêmures esquerdos de 14 ratas da
raça Wistar, com 15 semanas de idade, concluíram que o DXA possui a
precisão necessária na determinação da DMO em pequenos animais [6]. Em
30
um estudo com úmeros de ratos da raça Lewis, com 11 semanas de idade
apresentou à mesma conclusão [11].
Muitos estudos em humanos tentam correlacionar a incidência de
fraturas em comunidades que adotam a fluoretação da água no abastecimento
público comparando com comunidades sem fluoretação. Entretanto, estes
estudos não têm controle sobre variáveis que estão fortemente ligadas com o
aumento do risco de fratura do osso como estrogênio, fumo, peso corporal e
uso abusivo de álcool [12]. Porém, não existe dúvida que doses farmacológicas
de flúor estimulam a formação óssea e aumentam significativamente a DMO.
Fato este intrinsecamente ligado à diminuição da ocorrência de fraturas em
ossos longos. O aumento na formação óssea foi relacionado ao aumento no
número de osteoblastos, porém, tal mecanismo ainda não foi completamente
elucidado [4,3,12].
Na tentativa de eliminar as variações inerentes a alimentação ad libitum
em modelos animais, um estudo utilizou administração de álcool por via intra-
gástrica mostrando que a exposição crônica ao etanol diminui drasticamente a
resistência, densidade mineral óssea da cortical de tíbias de ratos durante o
período de 75 dias de exposição. Segundo o autor estes resultados coincidiram
com os de estudos que utilizaram o método tradicional de álcool ad libitum na
dieta de ratos machos [13].
A concentração de fluoreto misturado a água neste estudo foi baseada
em trabalhos anteriores que demonstram que 2 mg/l de NaF resultam no
plasma humano, níveis entre 0,5 a 2,1 mmol/l; a concentração de água
fluoretada deve ser elevada de 4 a 5 vezes, entre 8 a 10 mg/l para obtermos
concentração equivalente em ratos [14]. Portanto, neste trabalho foi utilizado
31
água destilada com traços de concentração de 30 mg/l de NaF que equivalem
em média a fluoretação de abastecimento público de água que possui traços
de concentração de 0,7 mg/l de fluoreto.
Neste trabalho verificamos que o conteúdo mineral ósseo foi superior
nos grupos tratados com flúor quando comparados aos com álcool, indicando
uma perda no conteúdo mineral com o alcoolismo crônico. Isto pôde ser
constatado pelos valores inferiores nos grupos com álcool em relação ao
controle (Tabela 2). Apesar dos grupos com uso exclusivo de flúor
apresentarem valores superiores de CMO, estes não diferiram estatisticamente
do grupo Controle. O uso prévio de flúor ao álcool resultou em valores
levemente superiores comparados ao uso exclusivo de álcool, porém sem
diferença estatística (Tabela 2). Outro estudo sobre os efeitos do fluoreto de
sódio associado ao IGF-I, ministrado durante 8 semanas, em coluna vertebral e
tíbia de ratas adultas castradas, no CMO e DMO por meio de um densitômetro
de dupla emissão de raios x, não foi constatado incremento destes valores
quando o fluoreto de sódio foi ministrado isoladamente, devido ao curto período
de exposição à sustância [4].
Considerando que na análise da DMO os grupos C, F e CF foram
similares entre si, assim como os grupos C, FA e CA entre si, o consumo de
flúor e álcool promoveram alterações na densidade óssea (Tabela 4), porém
com diferença significante apenas entre os grupos que tiveram o consumo
exclusivo de uma das substâncias por longo período de tempo (Grupos F e
CA). Em estudo sobre os efeitos ósseo protetor do xilitol em modelo animal
submetido a indução experimental de osteoporose por meio do consumo
crônico de álcool, ratos da variedade Wistar com 4 semanas de idade, tiveram
32
livre acesso a solução contendo 10% de xilitol e 10% de etanol no período de
40 dias. O CMO e a DMO da tíbia dos ratos foi determinado por meio do
método de tomografia computadorizada quantitativa, e a diferença dos valores
não foi significante, quando comparado ao grupo controle e o grupo que
recebeu apenas xilitol [15]. Assim, apesar de variações numéricas de DMO
entre os grupos, não houve variação significativa em relação ao controle. A
média de CMO e DMO do grupo F foi a maior dentre os grupos e do grupo CA
foi a menor (Tabela 2 e 4), reforçando o aumento desses parâmetros
analisados com o uso do flúor e redução com o uso do álcool [3-5,14].
Trabalhos que estudaram os efeitos do consumo crônico de álcool na DMO de
ratos por meio do DXA encontraram resultados semelhantes aos deste estudo.
A exemplo da pesquisa que analisou os efeitos da dieta de 15% de álcool e
glicose, durante 6 semanas, no conteúdo de massa óssea e densidade mineral
óssea em tíbias e fêmures de 55 ratos machos que apresentaram valores
inferiores quando comparados ao grupo controle [16]. No estudo que utilizou
ratos de ambos os sexos, com 6 semanas de idade e dieta líquida contendo
etanol a 36%, foi encontrado menor valor de DMO no grupo de fêmeas tratadas
com álcool [17]. Em um estudo com 30 ratos Sprague–Dawley de ambos os
sexos com 30 dias de idade que receberam álcool a 36% durante 45 dias, suas
colunas vertebrais foram removidas e dissecadas, a densidade óssea foi
medida por meio de pQTC, que mostrou a redução do tamanho das peças e da
DMO no grupo tratado com dieta alcoólica [18].
Na análise da interação grupo*tempo quanto ao CMO e DMO não houve
diferença estatística significante (Tabela 1 e 3), indicando que o fator tempo de
consumo utilizado em nosso experimento não interferiu nos resultados. Assim,
33
dentro dos limites deste trabalho, uma vez estabelecido o alcoolismo crônico,
não houve interferência do tempo de manutenção de consumo nesses
parâmetros de análise.
A realização de mais estudos, analisando os efeitos à estrutura mineral
óssea resultante da interação do consumo de NaF e álcool utilizando o sistema
DXA como metodologia de análise, são necessários. Visto que, o
aperfeiçoamento do uso de modelos animais em novas pesquisas, possibilitará
o maior entendimento do papel exato da interação entre estas substâncias.
34
CONCLUSÃO
35
6. Conclusão
Considerando que o uso do sistema DXA é adequado para avaliação
da alteração mineral óssea em fêmures de ratos após o consumo de álcool e
fluoreto de sódio concluímos que:
O uso do NaF de maneira prolongada aumentou a densidade mineral
óssea.
O uso crônico de álcool diminuiu os valores de CMO e DMO
independente do uso prévio de NaF.
36
REFERÊNCIAS
37
Referências
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40
ANEXOS
41
ANEXO A - Certificado do Comitê de Ética na Experimentação Animal (CEEA).
42
ANEXO B – Normas da revista selecionada para a publicação do artigo.
JOURNAL OF BONE AND MINERAL METABOLISM
43
44
ANEXO C: Complementação para o texto.
Anexo C1
Tabela I – Valores de CMO, Área e DMO dos fêmures nos cinco grupos.
Grupo Rato
CMO (g) ÁREA (cm2) DMO (g/cm2)
Grupo C
1 0,355 1,787 0,199
2 0,418 1,757 0,238
3 0,29 1,595 0,182
4 0,177 1,165 0,152
5 0,379 2,136 0,177
6 0,413 2,122 0,194
7 0,426 1,912 0,223
Grupo F
1 0,338 1,658 0,204
2 0,348 1,743 0,2
3 0,45 2,235 0,202
4 0,462 1,917 0,241
5 0,385 1,694 0,227
6 0,411 1,91 0,215
7 0,384 2,001 0,192
Grupo CA
1 0,202 1,522 0,133
2 0,269 1,69 0,159
3 0,276 1,617 0,171
4 0,181 1,722 0,105
5 0,365 1,831 0,2
6 0,232 1,906 0,122
7 0,406 1,841 0,221
Grupo FA
1 0,325 1,874 0,173
2 0,295 1,546 0,191
3 0,319 1,767 0,181
4 0,335 1,604 0,209
5 0,264 1,567 0,168
6 0,353 1,863 0,189
7 0,359 1,76 0,204
Grupo CF
1 0,465 1,811 0,256
2 0,366 1,813 0,202
3 0,395 1,822 0,217
4 0,339 1,819 0,186
5 0,384 2,031 0,189
6 0,392 1,92 0,204
7 0,3 1,844 0,162
45
Anexo C2
Na comparação de Área foi verificada diferença estatística significante
entre os grupos, mas sem diferença na interação grupo e tempo (Tabela II).
Tabela I: Análise de variância de dupla entrada entre os grupos mediante
aplicação do teste F.
Fonte de Variação GL Soma dos Quadrados Quadrado Médio F Valor Pr > F
Grupo 4 1.66913749 0.41728437 11.56 <.0001 *
Tempo 2 0.05971572 0.02985786 0.83 0.4409
Espécie 6 0.47416799 0.07902800 2.19 0.0521
Grupo*Tempo 8 0.36211922 0.04526490 1.25 0.2790
Resíduo 83 2.99654991 0.03610301
Total 103
5.51159246
*estatisticamente significante em nível de 1%
Não significativa a interação grupo
*
tempo.
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