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A Tabela 5 demonstra que 14,23% do total de ocupados em Teresina dedicam-se à
atividade industrial, correspondendo a 7,39% dos rendimentos. Já o setor agrícola absorve
somente 0,72% dos trabalhadores formais, sendo responsável por apenas 0,23% do total de
rendimentos. Observa-se, pois, a precariedade da economia da capital, na qual são inexpressivos
os investimentos públicos ou privados na indústria ou na agropecuária. De tal modo, faz-se mister
um avanço na organização de projetos que desenvolvam estes setores, especialmente na zona
rural, aproveitando o grande número de migrantes que dispõem de conhecimentos básicos sobre o
uso da terra. Deste modo, uma ação pública municipal, com apoio educacional (educação básica e
profissionalizante) e creditício, poderia dinamizar o setor agrícola e de micro e pequenas
indústrias na cidade, fomentando empregos.
Demonstra-se, através da Tabela 6, que a relação entre pessoal ocupado e unidades locais
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no ano de 1999 em Teresina era 4,16, bem inferior à das outras capitais nordestinas, indicando
uma debilidade quanto ao número de empregos, haja vista que a quantidade de unidades locais é
superior a duas capitais nordestinas. Além disso, observa-se que as demais capitais do Nordeste
apresentam unidades locais com mais pessoal ocupado, levando a concluir que o setor industrial
teresinense é pouco desenvolvido, conseqüentemente emprega reduzida quantidade de mão-de-
obra. Salvador se destaca com 615.691 pessoas ocupadas, cuja justificativa centra-se,
principalmente, na existência do pólo petroquímico de Camaçari.
No entanto, quando se nota o número de pessoas ocupadas em relação à população total e
economicamente ativa das cidades citadas na Tabela, observa-se que em Teresina, embora a
população ocupada em relação à total seja 88,4%, superior às demais capitais, a quantidade de
pessoas ocupadas dentre as que estão economicamente ativas é muito baixa, representando
apenas 19,97%. Número inferior a todas as cidades, com destaque para Recife com 70,68%. Tal
fato corrobora a fragilidade dos setores econômicos piauienses, além da deficiência no número de
empregos formais gerados.
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De acordo com o IBGE (2005), consistem em espaços físicos, correspondendo a um endereço ou a um sufixo de
CNPJ (cadastro nacional da pessoa jurídica), que engloba atividades produtivas (industrial, comercial, de serviços, de
transportes, de construção e agropastoril); de apoio direto à produção industrial (água tratada, vapor e frio para fins
industriais, controle de qualidade, etc); ou de apoio indireto ao processo produtivo (escritório, almoxarifado, etc).