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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARARAQUARA
ELIDIO RODRIGUES NETO
AVALIAÇÃO DA ADAPTAÇÃO MARGINAL DE
COROAS TOTAIS EXECUTADAS EM DIFERENTES
SISTEMAS METAL FREE.
Orientador: Prof. Dr. José Roberto Cury Saad
Araraquara
2008
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ELIDIO RODRIGUES NETO
AVALIAÇÃO DA ADAPTAÇÃO MARGINAL DE
COROAS TOTAIS EXECUTADAS EM DIFERENTES
SISTEMAS METAL FREE.
Orientador: Prof. Dr. José Roberto Cury Saad
Araraquara
2008
Tese apresentada ao Curso de Pós-graduação da
Faculdade de Odontologia de Araraquara (UNESP), área
Dentística Restauradora, como parte dos requisitos para
obtenção do título de Doutor
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Dados Curriculares
Elidio Rodrigues Neto
Data de nascimento: 14 de Junho de 1966
Filiação: Fernando Rodrigues
Euclésia Jacovacci
ESCOLARIDADE
1986 - 1989
Curso de Graduação Faculdade de Odontologia
Universidade de Taubaté- UNITAU
1990 - 2002
Clínica Particular, na cidade de Jí- Paraná
1995 - 1997
Curso de Especialização em Implantodontia-
Universidade de Taubaté
2003 - 2005
Curso de Pós Graduação em Dentística Restauradora
Nível de Mestrado, na Faculdade de Odontologia
de Araraquara- UNESP
2005 – 2008
Curso de Pós Graduação em Dentística Restauradora
Nível de Doutorado, na Faculdade de Odontologia
de Araraquara- UNESP
Dedicatórias
Dedicatórias
À Deus
Sem sua benção, nada conquistaria, tornando o impossível em
possível.
Aos meus país, FERNANDO e EUCLÉSIA
Sem suas determinações, seus carinhos, compreensão e seus
ensinamentos, de que a vida só tem valor quando é vivida com
devoção a Deus e amor ao próximo. Obrigado por tudo.
Sempre amarei vocês.
Á minha esposa FABRIZIA
Conhecer você foi uma dádiva de Deus, seu companheirismo e
seu amor, deram origem o que de mais bonito acontece com
que se ama, nosso Elidinho, vocês me fizeram sentir emoções
nunca sentidas. Dedico a vocês esse trabalho e que juntos
possamos dar início a uma vida cheia de amor e sabedoria. Te
amo.
Ao meu filho Elidinho, minha fonte de inspiração, meu amor.
Você foi uma graça de Deus colocado em meu caminho.
Eu te Amo...
e te amarei durante toda minha eternidade...
Te amarei nos seus gestos,
Te amarei no seu sorriso,
Te amarei na sua voz,
Te amarei no que você é!
Sim, eu te amarei em tudo...
AGRADECIMENTO ESPECIAL
Ao meu orientador, Prof. Dr. José Roberto Cury Saad, que foi o
meu maior incentivador, o mestre, que além de digno é o ser
humano com maior paciência e bondade que conheci.
Obrigado, Mestre, por tudo que você fez por mim. Ser seu
aluno e amigo é um orgulho para mim.
AGRADECIMENTOS
À equipe de professores da Faculdade de Odontologia de
Araraquara, Prof. Dr. José Rberto Cury Saad, Prof. Dr.
Marcelo Ferrarezi, Prof. Dr. Osmir Batista de Oliveira
Júnior, Profa. Dra. Maria Salete Machado Candido, Prof. Dr.
Sizenando de toledo Porto Neto e Prof. Dr. Wellington
Dinelli, pelos seus ensinamentos.
Aos meus amigos de Doutorado, André e Martin, por
momentos marcantes que passamos juntos. À vocês meus
amigos, os meus sinceros agradecimentos.
Aos funcionários do Departamento de Odontologia
Restauradora: Adriana, Cida (Preta), Cida e Creuza, por suas
atenções e dedicações a mim atribuidas.
Aos funcionários da biblioteca, Maria Helena, Marley e Ceres
pela orientação quanto à correta descrição bibliográfica do
texto; e ao Adriano, Silvia, Maria Inês e Odete, por ter me
ajudado nas pesquisas.
A funcionária da Pós Graduação, Mara Cândida Munhoz do
Amaral, pela amizade e pela força dado nas horas
importantes.
Ao técnico do laboratório Overtec, Sérgio Antônio Silva que me
acolheu e não mediu esforços em ajudar-me e aos
responsáveis pela Empresa Produtora do sistema Ceramcap,
por seu apoio na produção dos corpos-de-prova.
Muito Obrigado
SUMÁRIO
1. Introdução 10
2. Revisão de Literatura 14
3. Proposição 85
4. Material e Método 86
5. Resultados 115
6. Discussão 126
7. Conclusão 135
8. Referências 136
9. Resumo 145
10. Abstract 147
1 INTRODUÇÃO
_______________________________________________________________
___________________________________________________________
10
1. INTRODUÇÃO
As restaurações em cerâmica pura foram introduzidas na
odontologia no século 19, por John Murphy, na Inglaterra
28
, mas devido à
inexistência de cimentos adequados que permitissem a união da cerâmica
à estrutura dental e inovações tecnológicas para a fabricação de
cerâmicas mais resistentes, estas apresentavam alto índice de falhas,
deixando de ser utilizadas
47, 41,29
. A utilização clínica das cerâmicas
oscilou ao longo da história, às vezes sendo largamente utilizada e por
vezes quase abandonada. Contudo, a associação com uma subestrutura
metálica assegurou o sucesso da cerâmica, combinando a resistência do
metal, a estética e outras vantagens da cerâmica
51
.
Entretanto, a mais
importante limitação imposta a este sistema é a oxidação, resultante da
queima da liga durante a fundição e conseqüentemente o fator estético.
19,
63
Assim, a Odontologia buscou eliminar a utilização de metal com a
finalidade de melhorar as qualidades estéticas. Com o surgimento da
restauração adesiva e melhora das resinas compostas,
19,36
o uso de
restaurações livres de metal aumentou. No início da década de 60,
surgiram as cerâmicas reforçadas com adição de alumina
38
. Este material
possuía três a quatro vezes a resistência flexural das cerâmicas
convencionais possibilitando sua utilização sem subestrutura metálica
para a confecção de coroas totais.
Com o aumento do interesse por restaurações de cerâmica pura,
alguns métodos têm sido propostos como os sistemas, In Ceram, IPS
Empress, OPC, Procera AIICeram, Cercon, IPS Empress 2, Cergogold
10,
43
e o Ceramcap. No entanto a necessidade de novos materiais
restauradores é cada vez mais evidente, à medida que os conceitos
estéticos da sociedade evoluem. Necessário se faz, por parte dos
profissionais, soluções cada vez mais próximas do dente natural. Esta
necessidade, faz com que busquemos incessantemente a atualização e
1 INTRODUÇÃO
_______________________________________________________________
___________________________________________________________
11
conhecimento das propriedades, bem como, as técnicas dos materiais
empregados para que possamos utilizá-los da forma mais adequada para
o sucesso na clínica diária. Enquanto o paciente se preocupa com os
resultados estéticos, o profissional também está interessado em precisão
marginal e resistência à fratura para assegurar o sucesso de seu
trabalho
49
.
Embora a grande vantagem das restaurações cerâmicas seja sua
estética, esta apresenta também radiopacidade, condutibilidade térmica e
coeficiente de expansão térmica semelhante ao dos dentes, estabilidade
de cor superior à das resinas compostas, biocompatibilidade, estabilidade
química, resistência à compressão e alta resistência à abrasão.
22, 56, 66
Como todo material restaurador, a cerâmica também apresenta
desvantagens, tais como: custo elevado, necessidade de equipamentos
específicos, friabilidade, baixa resistência à tração e alto módulo de
elasticidade, que a torna extremamente frágil antes de sua cimentação.
3, 5, 9, 59
Isso pode, além de comprometer a integridade marginal se sua
espessura e assentamento ao dente não forem corretos, trazer grandes
problemas periodontais. A manutenção da saúde gengival e a
longevidade de uma prótese estão intimamente relacionadas com a
integridade do selamento marginal conseguido durante a confecção de
uma prótese. Um selamento marginal deve satisfazer todos os requisitos
biológicos, físicos e estéticos, respeitando, no entanto, as particularidades
de cada caso.
4, 7, 14, 74
Fatores importantes como, espessura do cimento,
tipo de preparo, término no remanescente dental, técnica utilizada para a
confecção da restauração e também a habilidade do profissional e todos o
procedimento de cimentação, são critérios relevantes para alcançar
melhores resultados de adaptação.
32
A adequada adaptação marginal e alta resistência à fratura são,
provavelmente, os fatores de maior influência no desempenho clínico das
restaurações indiretas
22,16
. A adaptação marginal pode ser definida como
1 INTRODUÇÃO
_______________________________________________________________
___________________________________________________________
12
o grau de proximidade entre o dente e a restauração ao longo do ângulo
cavo superficial
32
, sendo dependente da técnica de confecção, das
características da cavidade do material restaurador e da técnica e
materiais de cimentos empregados
42,60,61
. O procedimento de moldagem
e obtenção em gesso, por si só, geram um pequeno desajuste marginal
48
. Contudo nas técnicas que exigem a duplicação do modelo de gesso
em material refratário, no sistema cerâmico In ceran ou Ceramcap, essa
desadaptação pode ser mais evidente. A compatibilidade térmica com o
revestimento refratário
46
, o tipo de construção da restauração
53,42,57
e as
alterações dimensionais decorrentes do processo de sinterização
42
, são
fatores de influência do material cerâmico sobre a adaptação marginal.
Por outro lado, a técnica de alívio do troquel pode resultar na formação de
maiores fendas marginais
64,66,69,58
. A capacidade de escoamento do
cimento resinoso
58
e a técnica de hibridização
31
agem tambem no
aumento da discrepância marginal.
A fenda acentuada expõe o material de fixação ao desgaste, por
atrito, com o bolo alimentar
32,36,69,16
. Esse desgaste, que é diretamente
proporcional à amplitude da fenda marginal
36
, serve de nicho para o
acumulo de placa bacteriana e pigmentos, possibilitando, assim a
instalação de cárie, manchamento marginal e doença periodontal
32,55,54
.
Um maior volume de cimento proporciona, ainda, aumento nas tensões
de contração de polimerização sobre a interface adesiva, interferindo na
efetividade da ligação entre o dente e a restauração
60,61
.Quando a
cerâmica une-se a estrutura do dente, duas faces de união necessitam
ser consideradas: adesivo/dentina e cimento/cerâmica. A resistência de
união nas duas faces deve ser melhorada, pois a baixa resistência entre
elas comprometeria a resistência final da restauração cimentada e,
conseqüentemente, a longevidade da mesma no meio bucal.
55,61,67
Apesar do grande desenvolvimento dos diversos sistemas
cerâmicos e da elevada importância da análise da adaptação marginal
1 INTRODUÇÃO
_______________________________________________________________
___________________________________________________________
13
dos diferentes sistemas cerâmicos livres de metal
9,23,27,44,64
, os trabalhos
existentes demonstram uma grande variação entre os sistemas. Assim,
muitas questões ainda continuam duvidosas.
Portanto parece interessante avaliar a adaptação marginal de
coroas cerâmicas após a confecção do coping e após a aplicação da
cerâmica de cobertura, objetivando conseguir subsídios para um bom
desempenho clínico de cada sistema cerâmico.
2 REVISÃO DE LITERATURA
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___________________________________________________________
14
2. REVISÃO DE LITERATURA
Antes de iniciar a revisão de literatura, faremos um breve histórico
das cerâmicas.
A palavra cerâmica se origina de “keramos” que vem do grego e
significa olaria ou “coisa queimada”. As primeiras fabricações de artigos
cerâmicos foram encontrados e datam de 23.000 anos A .C.
Historicamente, três tipos de cerâmicas foram desenvolvidos. A louça
(carthenware) que é queimada a baixas temperaturas e é porosa. Outra
louça (stoneware) que é queimada a uma temperatura mais alta que é um
material impermeável à água, e o terceiro tipo que é a porcelana, obtida
pela fusão de argila branca da China com “Pedra da China” em 1000 A.
C. por Kingtetching. Muitas tentativas de imitar a porcelana chinesa foram
feitas durante a revolução industrial na Europa no século XVII. Embora as
primeiras porcelanas são datadas de 1000 anos atrás ou à Dinastia Sung
(960 até 125 D. C), a história da porcelana como material dental data
somente 200 anos. Em 1774, o farmacêutico francês Alexis Duchateau
estava insatisfeito com as dentaduras de marfim que eram porosas, mal
cheirosas e manchavam, observou que os utensílios de cerâmica vítrea
que ele usava no seu dia-a-dia para moer seus produtos de laboratório
resistiam ao manchamento. Posteriormente, um dentista chamado
Chemant, melhorou consideravelmente o método de fabricação.
Fauchard, um dentista francês, o “pai da odontologia moderna”,
conhecido como descobridor do uso do esmalte em cor e forma
2 REVISÃO DE LITERATURA
________________________________________________________
___________________________________________________________
15
correspondente ao dente natural. Jones , em 1985.
Em 1825, o inglês Samuel Wesley Stockton produziu os primeiros
dentes de porcelana. Charles Henry Land confeccionou a primeira coroa
de porcelana em 1887, aplicando porcelana sobre uma lâmina de platina
ou ouro adaptada ao preparo dental.
Uma grande conquista no aumento da resistência da porcelana foi a
queima a vácuo, introduzida por Gatzka em 1949. Vines et al., em 1958,
usaram porcelana com pó mais fino e queimada sob vácuo, melhorando a
translucidez. Os reais avanços na resistência mecânica foram obtidos
usando infra-estruturas. McLean e Hughes
39
, em 1965, introduziram um
"coping" com alto teor de alumina e sinterizada sobre uma lâmina de
platina que era removida antes da cimentação. A partir de 1976, a platina
era recoberta eletroliticamente com estanho, oxidada e unida à base
aluminizada por queima. Processos semelhantes de união a estas infra-
estruturas finas (aproximadamente 0.1 mm) foram desenvolvidos e
determinaram resistência mecânica ao redor de 200 N/mm
2
.
Paralelamente a estas coroas aluminizadas, desenvolveu-se, no início da
década de 60, uma infra-estrutura metálica sobre a qual a porcelana era
queimada, surgindo a prótese metalocerâmica com resistência mecânica
de 650 N/mm
2
. Mas a procura por uma solução sem metal continuou
baseada principalmente nas pesquisas com a alumina cada vez mais
pura, obtendo-se infra-estruturas com resistência entre 400 a 650
N/mm
2
.
74,12,15
Após o aumento do preço das ligas áureas durante as décadas de
2 REVISÃO DE LITERATURA
________________________________________________________
___________________________________________________________
16
60 e 70, houve um desenvolvimento e maior utilização de ligas básicas
nestas metalocerâmicas cuja biocompatibilidade é questionável
5
'
6
'
57
. A
tendência atual das próteses parciais fixas é a eliminação das infra-
estruturas metálicas devido a um aumento da procura por melhor estética,
tanto em restaurações anteriores como posteriores.
Um grande número de sistemas totalmente cerâmicos encontra-se
disponível atualmente, proporcionando a possibilidade da melhor estética
pelo uso de uma infra-estrutura de alto valor de cor e uma melhor
biocompatibilidade
1
.
As restaurações cerâmicas são classificadas, pela sua composição
e fabricação, em: porcelanas convencionais, porcelanas de fundição,
porcelanas fresadas, porcelanas prensadas e porcelanas
infiltradas
18
'
32
'
36
'
44
'
45
'
52
. As porcelanas convencionais feldspáticas tiveram
seu conteúdo cristalino aumentado para obter maior resistência. Elas são
aplicadas diretamente sobre o modelo refratário para construção da
restauração. Comercialmente tem-se: Optec HSP (Jenric/Pentron),
Ceramco II (Ceramco), Cerinate (Den-Mat), Duceram LCF (Degussa) e
Finesse (Dentisply).
O sistema mais representativo das porcelanas de fundição é o Dicor
(Dentisply), onde as restaurações são produzidas pela técnica da cera
perdida e centrifugação de uma cerâmica vítrea fundida. Um sistema
semelhante ao Dicor é o CerapearI (Kyocera Bioceram) que usa a
hidroxiapatita como fase cristalina principal.
2 REVISÃO DE LITERATURA
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17
Os sistemas de fresagem de blocos cerâmicos pré-fabricados
auxiliada por computador foram desenvolvidos para diminuir micro-
porosidades, falta de homogeneidade e contração que acompanhavam os
procedimentos de confecção manual. O sistema Cerec (Sirona) usa um
processo CAD/CAM (Computer-aided Design/ Computer-aided
Manufacturing) de desenho e fabricação auxiliados por computador onde
uma leitura ótica do preparo cavitário é obtida clinicamente e um
computador transfere as informações para uma unidade que fresa blocos
de porcelanas feldspáticas -Vitablocks Mark l e II (Vita) - ou vitro-
cerâmicas - Dicor MGC. Denzir (Dentronic) é um dos mais novos sistemas
de fabricação de restaurações "inlays" auxiliadas por computador, onde
um laser copia o modelo de trabalho e um bloco de zircônia é fresado
com essas dimensões. O sistema Procera (Nobel Biocare) usa esta
tecnologia CAD/CAM para fabricação de prótese composta por uma infra-
estrutura de alumina de alta pureza e alta densidade associada a uma
porcelana de recobrimento de baixo ponto de fusão (faixa de fusão). No
sistema Celay (Mikrona Technologies) a restauração é confeccionada
laboratorialmente em resina e um digitalizador de contato transfere as
informações para uma unidade de usinagem que usa os mesmos blocos
do sistema Cerec.
As cerâmicas prensadas utilizam blocos que são aquecidos e
prensados num molde de refratário obtido por meio da técnica de cera
perdida. O sistema IPS Empress (Ivoclar) utiliza pastilhas pré-sinterizadas
2 REVISÃO DE LITERATURA
________________________________________________________
___________________________________________________________
18
de cerâmica feldspática reforçada por leucita. O sistema IPS Empress 2
(Ivoclar) possui uma cerâmica de dissilicato de lítio como infra-estrutura e
uma cerâmica de vidro sinterizado como material de recobrimento
estético. Outros sistemas disponíveis são o Cerestore (Innotek Dental)
que é um espinélio de alumínio e magnésio e o Optec OPC que possui
uma quantidade maior de pequenos cristais de leucita.
No sistema In-Ceram Alumina (Vita), uma infra-estrutura de alumina
porosa é infiltrada por um vidro fundido e recoberta por uma porcelana
feldspática compatível. O sistema conta ainda com infra-estrutura de
óxido de magnésio ou alumínio (In-Ceram Spinell), com menor resistência
e maior translucidez, e infra-estrutura de alumina com adição de zircônia
parcialmente estabilizada (In-Ceram Zircônia), com resistência mecânica
melhorada e menor translucidez.
Para aplicações odontológicas, infra-estruturas cerâmicas são
geralmente recobertas com porcelana onde esta combinação é uma
estrutura com camadas de diferentes módulos de elasticidade e diferentes
coeficientes de expansão térmica. Estas estruturas podem também conter
tensões residuais nestas diferentes camadas, podendo influênciar a
propagação de trincas e destacamento na interface, dependendo da
tensão nesta interface
61
.
O conjunto infra-estrutura e porcelana de recobrimento é que
determina a resistência final da prótese e a resistência deste conjunto
depende: 1. da resistência da infra-estrutura, 2. da interação química e
mecânica entre infra-estrutura e porcelana e 3. da compatibilidade entre
2 REVISÃO DE LITERATURA
________________________________________________________
___________________________________________________________
19
os coeficientes de expansão térmica da infra-estrutura e da porcelana de
recobrimento durante as fases de queima da porcelana
62
.
No entanto, apesar das infra-estruturas para porcelana melhorarem
o comportamento mecânico, a porcelana de recobrimento permanece
basicamente com a mesma resistência mecânica que as porcelanas
feldspáticas convencionais
18
.
Brecker, em 1956, foi o primeiro a divulgar o uso da cerâmica sobre
ligas de ouro, sendo que o metal proporciona maior resistência à fratura
da cerâmica, evitando a descoloração ocorrida nas coroas plásticas e a
insistente cobrança do paciente com relação à estética. A utilização do
ouro produz uma excelente adaptação marginal e a cerâmica
especialmente confeccionada para este propósito fundia-se entre 1700 a
1800° C. O coeficiente de expansão térmica do ouro é compatível com o
da cerâmica e uma camada fina de opaco é necessário. As cores branca,
amarela, marrom e cinza são estáveis e não são afetadas pêlos fluídos do
meio oral.
Batchelor e Dinsdale, em 1960, e Binns, em 1962, apud Mclean &
Hughes, em 1965, mostraram que quando grãos cristalinos de alta
resistência foram introduzidos dentro da matriz de um vidro ou cerâmica
de expansão térmica similar, a resistência do material aumentou
progressivamente após a cocção com o aumento da proporção da fase
cristalina. Também mostraram que para uma fenda se propagar neste tipo
de sistema, esta deve se estender através das fases vítrea e cristalina.
Então, a energia necessária para a propagação das fendas deve ser
maior do que aquela necessária para fraturar apenas a fase vítrea. Os
2 REVISÃO DE LITERATURA
________________________________________________________
___________________________________________________________
20
cristais de alta resistência atuam como bloqueadores da propagação das
fendas.
Segundo Pettrow
45
, em 1961, a forma do preparo utilizado para as
coroas de cerâmica era essencial na manutenção das propriedades
mecânicas. Os preparos eram geralmente baseados em quatro faces
(labial, língual, mesial e distal) da superfície do dente e essas faces
convergiam axialmente e verticalmente em direção ao ângulo. Os dois
tipos de fratura considerados nas coroas de cerâmica eram inicial e
funcional. A fratura inicial ocorria durante um ajuste clinico preliminar ou
na cimentaçào da coroa. Essas fraturas eram diagnosticadas como
resultado de pressões internas causadas por discrepâncias na impressão,
no modelo ou pela técnica de cimentação A fratura funcional ocorria após
um determinado período de uso. A forma anatômica das coroas também
tinham grande influência na fratura das coroas. Fraturas nas coroas
ocorriam em função de linhas finas em alguns pontos ao longo da
depressão angular. O arredondamento dos ângulos produzia um volume
maior na coroa e eliminava linhas especificas de clivagem. Portanto, a
tensão era distribuída sobre a espessura maior, conseqüentemente,
aumentando a resistência à fratura. Outro fator responsável pela fratura
das cerâmicas era a porosidade, a qual podia ser classificada em duas
categorias: normal e excessiva. Porosidade normal ocorria durante o
processo de condensação a queima da cerâmica. Uma condensação
manual inadequada, contaminação e queima eram as principais causas
de porosidades excessivas (bolhas). As porosidades afetavam a
resistência da cerâmica criando zonas de concentrações de tensões e de
baixa resistência à fratura. Porosidade excessiva afetava a resistência da
2 REVISÃO DE LITERATURA
________________________________________________________
___________________________________________________________
21
cerâmica mais do que o tipo normal. A borda quebrada ocasionalmente
exibia poros em grandes quantidades, os quais presumivelmente eram
um fator significante no fracasso da estrutura.
Mclean e Hughes
39
, em 1965, relataram que as fraturas das
cerâmicas odontológicas ocorrem devido á existência de fendas na
superfície do material, local em que ocorre a concentração de tensões
quando a cerâmica é submetida a cargas de tração, fazendo com que a
resistência medida seja sempre menor do que a coesão molecular ou a
resistência teórica do material cerâmico. Com objetivo de melhorar as
propriedades da cerâmica, os autoras determinaram os efeitos da
introdução da alumina na matriz vítrea sobre as propriedades físicas e
mecânicas da cerâmica. Diferentes concentrações de alumina foram
utilizadas, sendo obtido resultados mais satisfatórios com as amostras em
que foi empregado um conteúdo de 40% em peso de alumina. Concluíram
que o uso dos cristais de alumina como fase de reforço na matriz vítrea
forneceu aumento significativo nas propriedades mecânicas da cerâmica,
sendo a resistência à fratura aproximadamente o dobro da cerâmica
convencional.
Christensen
18
, em 1966, relacionou o desajuste de restaurações
tipo inlay confeccionadas em liga de ouro e a acuidade de dez cirurgiões-
dentistas em classificá-las como boas, clinicamente aceitáveis ou
deficientes. Dez pré-molares foram montados adjacente um ao outro em
base de resina acrílica, sendo preparados de forma padronizada. As
restaurações foram cimentadas sobre os respectivos dentes, e então
avaliadas com auxílio de sonda exploradora e radiografias interproximais.
2 REVISÃO DE LITERATURA
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___________________________________________________________
22
O autor verificou que os valores de desajuste cervical variaram de 34 a
119 µm, com valor médio de 74 µm na região interproximal. Concluiu que
margens clinicamente aceitáveis podiam possuir valores de até 39 µm,
valor este obtido a partir de fórmula de regressão linear.
Valderhaug e Birkeland
67
, em 1976 avaliaram a higiene oral,
condições gengivais, profundidade de bolsa periodontal e recessão
gengiva! em 114 pacientes com tratamento com prótese fixa. Oito por
cento dos pacientes receberam tratamento periodontal antes do
tratamento protético. Durante a realização do estudo todos os pacientes
participaram de um programa de higiene oral. As margens das coroas
estavam localizadas sub gengival, supra gengiva! e na altura da gengiva.
Inicialmente 65% das margens estavam sub gengivais, porem cinco anos
depois a porcentagem diminuiu para 41%. Quando as margens estavam
localizadas sub gengivais havia um aumento no índice de profundidade
de bolsa periodontal e recessão gengjval comparadas com as margens
supra gengivais. As restaurações com linha de cimentação maior se
correlacionavam com maior índice de recessão gengival e bolsa
periodontal.
Schneider; Levi; Mori
54
, em 1976, avaliaram a adaptação marginal de
coroas de porcelana fundida sobre refratário. Foram preparados dois
incisivos centrais superiores para coroa total e moldados com polissulfeto,
para a obtenção de 11 troqueis refratários. A porcelana (Ceramco) foi
aplicada e queimada diretamente nos troqueis refratários. seguindo as
instruções do fabricante. As coroas concluídas foram assentadas aos
dentes preparados por pressão digital e foi medida a adaptação margina!
2 REVISÃO DE LITERATURA
________________________________________________________
___________________________________________________________
23
em 7 pontos pré-determinados, mediante observação direta em
microscópio ótico. O estudo indicou que a adaptação da porcelana pode
ser considerada aceitavel
Janenko e Smales
34
, em 1979, em um estudo clinico e laboratorial,
avaliaram acúmulo de placa, gengivite, contorno axial, ângulo de
emergência, adaptação marginai, sobrecontomo e subcontomo em coroas
totais de jaquetas de cerâmica pura e metalocerâmica. Cento e uma
coroas de jaqueta e oitenta e oito de metalocerâmica foram examinadas
em 126 pacientes, as restaurações foram feitas por estudantes do último
ano de odontologia e clínicos do hospital da Universidade de Adelaide na
Austrália, sob supervisão de professores. A avaliação foi realizada por
meio de Score. No estudo laboratorial a habilidade de retenção de placa
sobre esmalte, cerâmica, ouro e fosfato de zinco foi avaliada. Cinco
amostras de cada material foram suspensas em 60 ml de saliva humana
fresca contendo 10% de sucrose e também em saliva contendo 10% de
D-glucose como controle e todas foram incubadas a 37°, por 48 horas. A
adaptação marginal também foi avaliada. Os resultados mostraram que, o
acúmulo de placa supragengival foi menor para as coroas artificiais, não
houve diferença no acúmulo de placa entre cerâmica e metalocerâmica.
Alta porcentagem de coroas estava associada com gengivite, em alguns
casos severa. A adaptação marginal de coroas de cerâmica pura foi
inferior a metalocerâmica. O esmalte mostrou pouco acúmulo de placa,
enquanto, a cerâmica glazeada não apresentou nenhuma formação de
placa e a cerâmica sem glaze resultou em alto acúmulo de placa. O ouro
mostrou acúmulo de placa em algumas regiões de defeitos. A superfície
de fosfato de zinco reteve considerável quantidade de placa. Os autores
2 REVISÃO DE LITERATURA
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24
concluíram que, a gengivite às vezes severa estava associada com
ambos materiais restauradores. Há uma correlação entre a gengivite,
adaptação marginal, rugosidade de superfície e defeitos marginais.
Dedmon
20
, em 1985, realizou um estudo para correlacionar o ajuste
marginal de coroas totais fundidas com o desenho da margem. Cem
coroas totais fundidas foram selacionadas por meio de desenho das
secções mesial, distal, vestibular e lingual de cada troquel. Quatrocentas
secções marginais foram avaliadas e tabuladas. As dimensões das
aberturas marginais foram classificadas como abertas (> 39 µm) e
fechadas (<39 µm). A determinação da dimensão da abertura foi feita pela
visualização das fundições sobre os troqueis com aumento de 2 vezes e
uma tira de metal pontiaguda com 38 µm. Quando a ponta deslizava entre
a margem com a mesma configuração de abertura foram agrupadas para
análise estatística, o grupo A, incluía chanfro regular, o B, ponta de faca,
margens com bisel e margens com metal em relevo, das quarenta
secções marginais, 9% tinham abertura que excediam 39 µm. As secções
marginais em ponta de faca mostraram um total de 5,2% das margens
abertas: o chanfro regular promoveu 9,4 % das margens abertas; o
chanfro pesado, ombro sem bisel mostrou 50% de aberturas que
excediam 39 µm. O autor concluiu que preparos marginais com chanfro
pesado sem bisel e em ombro são mais prováveis de ter aberturas que
excedem 39 µm; chanfrados pesados e ombro foram mais susceptíveis de
terem sobrecontomo em suas margens; margens em ponta de faca e
biseladas foram os piores por terem aberturas que excediam 39 µm.
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25
Fusayama
25
, em 1986, ressaltou que o fator mais expressivo
correlacionado com a irritação pulpar seria a ocorrência de fendas
marginais, sem as quais nenhuma bactéria ou produto químico poderia
atingir ou irritar a polpa. Considerou ser essencial a completa remoção da
zona de contaminação microbiana durante a operatória dental, para
permitir a adesão adequada das resinas compostas e sistemas adesivos
modernos em substrato dentinário. Em cavidades consideradas profundas
sugeriu proteção direta da polpa com aplicação de um cimento de
hidróxido de cálcio na pequena área exposta.
Brännström
11
, em 1987, relatou que ácidos somente, não são
causa de infecção pulpar. Já a presença de pequenas moléculas de
açucares e bactéria ao redor de fendas entre a restauração de resina
composta e o dente podem ser as fontes desta infecção. O autor
observou ainda que em cáries iniciais no esmalte e na dentina, existe uma
extensa propagação lateral de infecção em fendas estreitas na junção
amelodentinária. Na fenda, bactérias penetram profundamente para
dentro do esmalte intacto, bem como para dentro da dentina. Outra fonte
de infecção são, bactérias que permanecem no interior dos túbulos da
dentina mineralizada. Micróbios presentes na dentina mineralizada podem
se multiplicar e penetrar em uma direção exterior. Isto pode ser observado
nos túbulos dentinários radiculares dos dentes com polpas necróticas e
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26
também na área das fendas dentinárias. Citou ainda outros fatores que
podem provocar infecção como a presença de bactérias na smear layer e
a presença de agentes contaminantes como ar após limpeza da cavidade
com agentes descontaminates. Observou que o tamanho da fenda pode
ser menos importante quando se considera seu efeito sobre a polpa.
Algumas resinas compostas sabidamente expandem-se
higroscopicamente, e até mesmo quando a fenda e a camada bacteriana
são pequenas, a inflamação pulpar pode ser severa. Por outro lado,
fendas grandes em comunicação com a cavidade oral podem providenciar
mais nutrientes para os micróbios dentro da fenda, resultando em cáries
recorrentes.
Em 1987, Sorensen; Okamoto
60
, avaliaram a adaptação marginal de
coroas cerâmicas dos sistemas Cerestore. Dicor. Vitadur N. A partir da
moldagem de 30 troqueis metálicos, com preparo para coroa total, foram
confeccionada 10 coroas de cada sistema e cimentadas nos seus
respectivos troqueis com fosfato de zinco. As amostras foram incluídas e
seccionadas vestibulolingualmente e mesiodistalmente. Três
mensurações foram realizadas em cada ponto a ser lido. As médias dos
resultados obtidos corresponderam a 15 µm para as coroas Cerestore, 19
µm para as coroas Dicor e 36 µm para as coroas Vitadur N. Os autores
consideraram aceitáveis as margens de todos os sistemas cerâmicos
estudados.
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Chan et al
17
., em 1989 realizaram um estudo a fim de registrar as
discrepâncias marginais e deformações superficiais de coroas
metalocerâmicas, metalocerâmicas com ombro cerâmico (colarless) e
Cerestore. Foram preparados dezoito dentes humanos extraídos para
coroas cerâmicas, com término cervical em ombro arredondado. As
coroas foram confeccionadas conforme instruções dos fabricantes,
cimentadas com cimento fosfato de zinco e analisadas em microscópio
eletrônico de varredura. Todos os materiais, metal e cerâmica
apresentaram irregularidades nas regiões marginais. As margens das
coroas de Cerestore ficaram exposta em vários pontos sem recobrimento
de cerâmica de cobertura. Todos os sistemas tiveram regiões de boa
adaptação e de adaptação ruim. A MEV em três tipos de restaurações
estéticas mostraram que a configuração marginal das coroas é mais
irregular que os estudos de microscopia convencional tem registrado. As
fendas marginais médias para Cerestore, metalocerâmica e colarless
foram de 75, 65 e 95 µm respectivamente, as imagens obtidas mostraram
que ambas as margens em metal ou cerâmica, apresentavam crateras,
irregularidade e outras microporosidades
Sorensen
61
, em 1989, elaborou um trabalho de revisão, onde
descreveu o processo de formação da placa bacteriana e resposta
gengival. Definiu fatores mediadores do acúmulo de placa nas superfícies
das coroas, alem de possibilitar a diferenciação de respostas gengivais
em relação a vários tipos de coroas. Os fatores mediadores do acúmulo
de placa que influenciam na saúde gengival do tecido ao redor da
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interface restauração/dente são: rugosidade superficial, adaptação
marginal e contorno da restauração.
Diante da variação de terminologia utilizada para medir adaptação
de restaurações à estrutura dentária, Holmes et at
30
., em 1989,
propuseram uma padronização na terminologia. Para os autores, o ajuste
deve ser melhor definido em termos de desajuste, existem muitos locais
entre o término do preparo e a restauração onde as medições podem ser
realizadas- Os autores relacionam geometricamente os locais onde o
desajuste pode ser medido e são definidos com diferentes
nomenclaturas: fenda interna, fenda marginal, discrepância marginal
vertical, discrepância margina horizontal, margem com sobrecontomo,
margem com subcontorno, discrepância marginai absoluta e discrepância
de assentamento e neste mesmo artigo, realizaram um estudo com o
objetivo de mensurar a adaptação marginal de coroas Dicor e compará-
las com coroas fundidas em ouro tipo III. Dez coroas totais Dicor e dez
coroas tipo vencer foram confeccionadas em modelos ivorine idênticos,
com margens em chanfro, utilizando um molde especial para
enceramento. As coroas foram cimentadas com resina sem carga e
embutidas em resina epóxica e após seccionadas no sentido vestíbulo
lingual e mésio distal, polida e fotografada com aumento de 250 vezes.
Não houve diferenças significantes entre locais e materiais, mas a
variabilidade das coroas em ouro foi maior que o dobro das coroas Dicor.
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Abbate et al
1
., 1989, avaliaram a adaptação marginal de quatro
sistemas cerâmicos com margem em metal, coroa metalocerâmica com
margem em cerâmica e dois sistemas de cerâmica pura. Foram
confeccionadas 40 coroas e cimentadas com fosfato de zinco seguindo-se
as recomendações dos fabricantes. Na cimentaçâo as coroas foram
submetidas inicialmente a pressão digital e suportadas com carga estática
de 5 kg, por 10 minutos. Em seguida, todas as coroas foram incluídas em
resina epóxica e seccionadas no sentido vestíbulo língua), em três cortes
distantes, 1 mm aproximadamente do centro do dente, produzindo um
disco central de 2 mm que não foi usado no estudo. Os outros dois cortes
foram sequencialmente polidos até a lixa 600. A espessura de película foi
medida com micrômetro digital acoplado a um vídeo com imagem
ampliada em uma tv de alta definição. As medições foram feitas por meio
das faces vestibulares e linguais seccionadas, utilizando-se um escore
com pontos pré-determinados de 100, 200 e 300 µm da margem de
acabamento. A abertura marginal variou de 56 a 81 µm. As coroas
Cerestore apresentaram a menor desadaptação e Dicor a maior, sem
diferença estatística entre elas.
Hung et al
31
., em 1990, avaliaram a adaptação de dois sistemas de
cerâmica pura (Cerestore e Dicor) e um metalocerâmica (Liga-
Cameogold, Jelenko e ceramica-Ceramco). Dez preparos para coroas
totais foram feitos para cada sistema, utilizando pré-molares humanos
livres de cárie. Foram tomadas impressões com polivilsiloxano e obtidos
troqueis. As coroas foram confeccionadas seguindo as recomendações
dos fabricantes. A desadaptação marginal foi medida antes e após
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cimentaçâo e após termocidagem em microscópio óptico. Após a
termociclagem as coroas e dentes foram incluídos e metade foram
cortados no sentido vestibulo/lingual e o restante no sentido mesio/distal,
em secções seriadas de 1mm, e a desadaptação foi avaliada novamente
no ângulo cavo superficial Os resultados mostraram que houve diferença
significativa entre todas as condições de ensaio, para cada material.
Assim, concluiu-se que a desadaptação marginal aumentou após a
cimentaçâo e termociclagem. O sistema metalocerâmico apresentou
valores de desadaptação inferiores ao sistema cerâmico livres de metal.
Com a finalidade de avaliar a qualidade de adaptação marginal que
a "In Ceram" pode proporcionar. Sorensen et al
62
., em 1990. realizaram
um dos primeiros trabalhos que dizem respeito à adaptação em
restaurações "In Ceram". Avaliaram a adaptação marginal de coroas "In
Ceram", cimentadas em preparos com vários tipos de término cervical:
1)borda de faca; 2)chanfro; 3)ombro e 4)ombro com bisel. Troqueis
mestres metálicos foram confeccionados para cada configuração marginal
e duplicados em gesso para a fabricação das coroas. Os copings
apresentaram 0,5 µm de espessura e sobre eles foi aplicada a porcelana
aluminizada Vitadur. As coroas foram cimentadas aos seus respectivos
troqueis mestres com cimento de fosfato de zinco, incluídos em resina
epóxica e seccionados V-L e M-D e as medições, realizadas em
microscópio digital. De acordo com os resultados, o término em chanfro,
ombro e ombro com bisel obtiveram a melhor adaptação marginal,
enquanto que o término em borda de faca produziu margens irregulares e
com sobrecontorno. As médias de discrepância marginal obtidas foram de
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67µm para o grupo 1, 32 µm para o grupo 2, 24 µm para o grupo 3 e 48
µm para o grupo 4. Os melhores resultados de adaptação marginal foram
obtidos pêlos términos em ombro e em chanfro.
Felton et al
22
., em 1991, avaliaram in vivo o efeito da discrepância
marginal em coroas metálicas sobre a saúde periodontal. Quarenta e
duas restaurações com término subgengival em chanfro e tempo mínimo
de uso de quatro anos foram selecionadas em pacientes da Universidade
da Carolina do Norte. A região do término foi moldada para análise em
microscopia eletrônica de varredura e o índice gengival foi obtido por
sondagem de profundidade do espaço periodontal na região vestibular.
Os autores concluíram que o aumento na discrepância entre a peça
fundida e o dente preparado resultava em aumento da inflamação
gengival.
Vahidi et al
66
., em 1991 compararam a adaptação marginal de
coroas Renaissance, metalocerâmicas e Dicor. Foram preparados 22
premolares recém extraídos com término em ombro, sendo 12 coroas
confeccionadas com o sistema Renaissance, cinco para Dicor e 5
metalocerâmicas. As coroas foram confeccionadas de acordo com as
recomendações dos fabricantes e cimentadas nos preparos com cimento
de policarboxilato (Durelon) sob pressão constante. Após a cimentaçâo ,
as amostras foram embutidas em resina, seccionadas e polidas para
análise da discrepância marginal. A espessura da película de cimento foi
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avaliada sob microscopia óptica de luz com aumento de 100 vezes na
interface dente/restauração. A fenda marginal das coroas
metalocerâmicas (37µm) e coroas Renaissance (76 µm). As coroas Dicor
apresentaram fendas marginais de 30 µm. Diferenças, estatisticamente
significantes foram encontradas entre as entre os três sistemas
cerâmicos. As coroas Dicor e metalocerâmicas apresentaram espessuras
de película de cimento similares. Análise em M.E.V. mostrou presença de
porosidade na região marginal das coroas Renaissance e
metatocerâmicas, sendo que para o sistema Dicor nenhuma porosidade
foi observada.
Ferrari
23
, em 1991, realizou um estudo ín vivo comparando a
discrepância marginal e mícroinfiltraçâo de coroas de cerâmica vítrea,
onlays em ouro e coroa metalocerâmica. Seis pacientes com 17 dentes
indicados para extração por problemas periodontal foram selecionados
para este estudo. Os dentes foram preparados e moldados, para a
confecção de coroas, sendo dois onlays em ouro e uma coroa
metalocerâmica como controle, e 14 coroas Dicor, variando o cimento
utilizado e o tratamento interno da superfície conforme o grupo estudado.
As coroas foram cimentadas, e num período de quatro a sete meses, os
dentes foram extraídos e mantidos em azul de metileno por dois dias. Os
mesmos foram incluídos em resina e seccionados no sentido V-L. Uma
das metades foi avaliada em MEV e a outra em estéreo microscópio, em
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relação à espessura de cimento e microinfiltraçáo. Com exceção do
controle foi observada menor infiltração marginal no grupo cimentado com
resina composta para cimentação, tratada internamente com ácido
fluorídrico, silano e adesivo dentinário Gluma. Este grupo também
apresentou os menores valores de espessura de película na região de
ombro (45 µm). Observou-se neste estudo, que os agentes de união à
dentina não são resistente o suficiente para produzir cimentação livre de
fendas. A adaptação margina! de restaurações metálicas com bisel é
superior as coroas cerâmicas vítrea, apesar dos valores encontrados para
as últimas serem considerados clinicamente aceitáveis.
Tjan et al
65
., em 1991, avaliaram o desajuste cervical de coroas
totais confeccionadas em cinco ligas alternativas, comparando-as com
coroas totais confeccionadas em liga de ouro tipo III. Os autores ataram
que durante a seleção de uma liga alternativa para restauração fundida,
um dos fatores importantes a ser considerado era a precisão dimensional
da peça resultante do processo de fundição. Clinicamente, os autores
consideraram que uma restauração tinha aceitável desajuste cervical
quando a fenda era imperceptível visualmente ou por de sondagem. Os
autores ponderaram que a existência de fenda cervical permitia a
dissolução do material de dmentaçâo exposto ao meio bucal, formando
um nicho para crescimento bacteriano que possibilitava a ocorrência de
inflamação gengival, recidiva de cárie e inflamação pulpar. Os autores
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concluíram que: a liga à base de prata-paládio produziu resultados
próximos aos da liga de ouro tipo III; a liga à base de níquel cromo-
molibdênio produziu os maiores valores de desajuste cervical; o alívio
interno propiciado pelo espaçador para troqueis era imprevisível, sendo
recomendado calibrar o número de camadas de acordo com a liga
utilizada.
Alkumru et al
4
., em 1992, investigaram as variações na fenda entre
coroas cimentadas e o preparo dental. Coroas anteriores foram
confeccionadas com a cerâmica Vita Pt (infraestrutura) e Vitadur N
(dentina e esmalte) com término cervical em chanfro largo e ombro reto.
As lâminas de platina foram removidas em metade das coroas finalizadas.
As coroas foram cimentadas aos dentes preparados sob pressão digital
de 30 N, por 2 minutos, com três tipos de cimento: Panavia-Ex, Ketac-
Cem e fosfato de zinco. As coroas cimentadas foram armazenadas em
água por 24 horas, seccionadas no sentido V-L e as metades incluídas
em resina epóxica. A análise foi realizada em MEV, medindo a espessura
de película de cimento em intervalos de 0,4 mm da coroa. Foi observado
que as aberturas foram maiores na porção lingual da coroa e fatores
como escolha de cimento e remoção da folha de platina teve influência na
abertura da fenda. Não houve diferença entre os tipos de cimento, bem
como, os tipos de término. Os autores concluíram que a adaptação das
coroas cerâmicas não é dependente apenas da adaptação da coroa ao
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preparo dentário, mas também pela forma do dente e pelo
comportamento do cimento.
Van Meerbeek et al
69
., em 1992, avaliaram a integridade marginal
de quatro sistemas de cerâmica com microscópio eletrônico de varredura.
Três tipos de restaurações foram produzidas por meio de um sistema
CAD/CAM. Um tipo com cerâmica de vidro e os restantes com blocos de
cerâmicas pré sinterizados. As restaurações foram cimentadas com resina
composta de polimerizaçâo dual. Depois de seis meses de serviço clínico
todos os sistemas revelaram desgaste oclusal da resina composta de
cimentação. As inlays de cerâmica de vidro sofreram fratura marginal e
apresentaram maior abertura marginal do que os outros sistemas. Os
autores concluíram que a possível explicação para a cerâmica de vidro
apresentar os piores resultados poderia ser seu enfraquecimento devido
ao condicionamento com biofluoreto de amônia.
Em 1992, Inokoshi et al
32
.; avaliaram a adaptação marginal de
inlays executadas pelo sistema CAD/CAM. Usando réplicas de pré-
molares superiores foram feitas cavidades MOD tendo os ângulos
internos proximais definidos e arredondados. Após obtenção das
restaurações a partir de dois softwares diferentes a distância interfacial foi
diretamente medida usando um microscópio modular X-Y sob magnitude
de 5 x 12,5. Cinco pontos de medida ao longo de cada linha marginal
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(vestibular e lingual) da caixa oclusal foram avaliados. Na face proximal
foram selecionados três pontos para cada linha marginal (vestibular,
lingual e gengival). Na face oclusal não foram encontradas diferenças
estatísticas significantes. Na face proximal as medidas foram diferentes
da oclusal somente na região de ângulos. Para o software mais antigo a
distância interfacial foi de 215 μm e de 176 para o software atualizado. Os
resultados mostraram menor espaço marginal quando utilizado o novo
software e para preparos com ângulos arredondados. Acrescentam que,
devido à limitada precisão marginal das restaurações Cerec, seu sucesso
é altamente dependente da resistência ao desgaste do agente cimentante
e da efetividade de união do sistema adesivo utilizado.
White e Yu
72
, em 1992, avaliaram as diversas interações entre a
espessura de cimento e seu comportamento frente as necessidades
clínicas em uma série de estudos. Inicialmente, os autores procuraram
determinar e comparar a espessura de novos agentes cimentantes
adesivos. O método aplicado estava de acordo com as especificações da
American National Standards Institution/American Dental association
(ADA) especificação número 8 para fosfato de zinco. Foram testados 20
materiais manipulados exatamente de acordo com as instruções dos
fabricantes. Os testes consistiram na colocação de uma porção da
mistura padrão do cimento, misturado e posicionado entre duas placas de
vidro redondas, lisas e de espessura uniforme, com uma área de
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superfície de 2 cm
2
. Após o posicionamento do cimento, uma carga de 15
kg foi aplicada verticalmente sobre as placas. Um guia eletrônico de
precisão de 0,5 um e uma escala de 300 µm foram selecionados. As
medições foram feitas e foi anotada a medida mais próxima, sempre após
dez minutos de misturados os cimentos. Cada cimento foi analisado dez
vezes e a média de espessura e desvio padrão foram calculados para
cada cimento. Os resultados revelaram que, nove materiais satisfizeram a
especificação para espessura de 25 µm, e estes foram os cimentos de
hidroxiapatíta, ionômero de vidro, fosfato de zinco e policarboxilato. Cinco
outros materiais se enquadraram, para espessuras menores que 40 µm,
dentre eles ionômero de vidro e cimento resinoso (C&B Metabond - 26,3
µm). Seis cimentos apresentaram uma espessura do filme com mais de
40 µm (Panavia Ex - 44,7 µm). Os autores investigaram o efeito da
interaçâo com a superfície dentinária na determinação da película de
alguns cimentas. Foram testados o fosfato de zinco (Flecks Zinc
Phosphate - USA), cimento resinoso com agente de união (Dent Mat Thin
Film Cement e Tenure - USA), ionômero de vidro (Ketao-Cem - Germany)
e Policarboxilato (Durelon-Germany). Os resultados mostraram espessura
dos cimentos fosfato de zinco e ionômero de vidro significativamente
menor quando em contato com a dentina, do que quando os cimentas
estiveram entre duas superfícies de vidro. Os cimentas resinosos e
policarboxilato não apresentaram diferença frente aos dois tipos de
superfície. Fatores importantes durante o processo de cimentação foram
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colocados petos autores como fundamentais para se conseguir uma fina
camada de cimento e diminuir a dor pós-operatória. A manipulação
rigorosa dos cimentos, limpeza das peças proféticas, secagem da
superfície do dente e da prótese, sem desidratar os túbulos dentinários é
fundamental para uma boa união. Para os cimentos ionoméricos é
recomendado a proteção externa com verniz evitando umidade durante a
polimerizaçâo.
White et al
73
., em 1992 examinaram o efeito da força de
assentamento na espessura de película de diferentes cimentos. Foram
avaliados o fosfato de zinco ( Recks Zinc Phosphate - USA), cimento
resinoso com agente de união (DentMat Thin Rim Cement e Tenure -
USA), ionômero de vidro (Ketac-Cem - Germany) e Policarboxilato
(Durelon-Germany) com variação de carga de 1, 3, 5, 15 e 23 Kg. Foi
observada uma substancial diferença de espessura para as diversas
cargas aplicadas aos cimentas, os resultados demonstraram que a
reorganização interna das partículas estava associada a magnitude de
força durante o assentamento. Os cimentos de ionômero de vidro,
requerem menor força do que os cimentos resinosos, estando os
cimentos de fosfato de zinco e policarboxilato em posição intermediária.
Isso tem relação com viscosidade de cada produto, também associada a
viscosidade dos diferentes ácidos. O fosfórico é menos viscoso que o
poliacrilico, respectivamente nos cimentos policarboxilatos e ionômero de
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vidro, e menos que os dois presentes nos cimentas resinosos, o Bis-GMA
e o poli (metilmetacrilato). Também a natureza da reação afeta a
espessura. Os cimentas fosfato de zinco, policarboxilato e ionômero de
vidro endurecem mais lentamente devido a reação ácido-base entre o
líquido e as partículas de carga. Os cimentos resinosos endurecem pela
polimerização de monômeros, formando grandes moléculas, os
polímeros. A viscosidade do líquido aumenta de forma exponencial,
induzindo as partículas a se reorganizarem e desta forma obterem uma
espessura mínima.
Grey et al
27
., em 1993 compararam coroas metalocerâmicas
aluminizadas (Vitadur N, Vita) e cerâmicas infiltradas por vidro (In Ceram,
Vita), em relação a fidelidade marginal e à ruptura. Trinta e três coroas de
tamanho e forma similares foram confeccionadas para se adaptar à um
modelo padrão feito em latão, sendo onze em cada um dos sistemas. A
adaptação foi determinada peio cálculo de peso de silicone de baixa
viscosidade interposto entre coroa e o troquel metálico. Com valores de
densidade do silicone e a área total do preparo observou-se a fidelidade
total das coroas. As coroas foram cimentadas com cimento fosfato de
zinco nos modelos de latão, e submetidas à carga de ruptura. A carga
média de ruptura de coroas infiltradas de vidro foi superior à jaqueta
aluminizada, enquanto que a adaptação da infiltrada foi melhor do que a
jaqueta aluminizada.
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40
Pêra et al
44
., em 1994, avaliaram a adaptação marginal de três
configurações de preparo e estabilidade dimensional da infraestrutura de
In Ceram alumina após aplicação de cerâmica de estratificação. Foram
utilizados nove dentes superiores de manequim (Columbia Dentoform,
EUA) divididos em três grupos, cada um composto por um incisivo central,
um canino e um primeiro pré-molar. No Grupo A: foi feito preparo com
término em chanfro; Grupo B: ombro de 50°; e, Grupo C: ombro em 90 °.
A partir destes foram obtidas réplicas em resina epóxica (Epoxi-Die,
Ivoclar-Vivadent, Alemanha), totalizando 27 modelos, sendo nove para
cada tipo de término. Modelos das réplicas foram obtidas em gesso
especial, sobre os quais foram confeccionadas coroas de In Ceram
alumina, de acordo com as recomendações do fabricante. Medidas da
desadaptação foram realizadas com auxílio de estereomicroscópio (Wild
M8, Suíça) com aumento de 100 vezes, em quatro pontos equidistantes
para cada dente. Foram avaliadas: a) infraestrutura nos modelos de
gesso; b) infraestrutura no modelo em resina epóxica; e, c) coroa
finalizada no dente de resina epóxica. O menor valor da linha de
cimentação foi observado no grupo A (21,67 µm) e no grupo B (23,7 36
µm), sendo maior no grupo C (27,5 µm). Observou-se melhor adaptação
do chanfro e ombro de 50° em relação ao ombro em 90 °. Não foram
observadas diferenças em relação ao tipo de dente. Foi observada
estabilidade dimensional da infraestrutura do In Ceram durante a queima
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41
da cerâmica de estratificação.
White et al
70
., em 1994, investigaram a relação entre abertura
marginal e microinfiltraçâo. Preparos padronizados foram feitos em
premolares humanos intactos e copings metálicos foram fundidos por
técnica convencional. As fundições foram aleatoreamente divididas para
os seguintes agentes de dmentação: cimento fosfato de zinco, cimento de
policarboxilato de zinco, cimento de ionômero de vidro, cimento resinoso
éster fosfato e uma resina composta com agente de união dentinário com
NPG-GMA e foram cimentadas de maneira padronizada. A desadaptação
marginal e microinfiltraçâo foram avaliadas nos mesmos pontos. Os
resultados mostraram maior desajuste marginal para os cimentes
resinosos em relação aos outros cimentos. Não houve correlação entre a
abertura marginal e a infiltração para os diferentes agentes de
cimentação.
Siervo
57
, também em 1994, comparou a desadaptação marginal de
inlays produzidas pelo sistema Celay, que consiste em uma máquina
capaz de fresar Inlays/onlays e facetas laminadas a partir de blocos
cerâmicos pré- fabricados. Para tanto, foram confeccionados preparos em
10 dentes terceiros molares, recêm-extraídos, tendo o preparo as
seguintes características: espessura de 1,5 mm no desgaste axial e
2,0mm no desgaste oclusal, divergência das paredes de 6 a 8° , ângulos
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arredondados e bisel, feitos para facilitar a cimentação adesiva. Todos os
preparos foram executados pelo mesmo operador. Os dentes foram
divididos ao acaso e em um grupo foram construídos os padrões
diretamente sobre os espécimes extraídos com resina (Celay Tech, ESPE
- Germany) procurando dar toda a forma oclusal apropriada, ponto de
contato e adaptação marginal . Outro grupo foi feito pela técnica indireta
que difere da anterior apenas pelo fato de ter sido feito uma moldagem do
dente preparado (Provil - Bayer- Germany ) e vazado um troquel. O
padrão de resina foi feito no troquel seguindo o mesmo processo da
técnica direta. Este sistema consiste em dois componentes integrados
porém separados: um serve para copiar ou margear o padrão de resina
previamente feito, seja diretamente sobre o preparo ou sobre o troquei e o
outro que corta o bloco cerâmico pré-fabricado. As restaurações foram
tratadas com ácido hidrofluorídrico lavadas, silanizadas e receberam uma
fina camada de Heliobond (Vivadent) sendo guardadas em local sem luz.
O dente preparado foi lavado com solução salina, secado com ar, tratado
com ácido (fosfórico a 34% por 60 s), lavado, e aplicado o agente de
união (Heliobond). O preparo foi então pincelado com a resina composta
Heliomar (Vivadent) e as restaurações assentadas. Foi feita a
polimerizaçao em todas as margens por um minuto. A análise foi feita
através de um microscópio eletrônico, obtendo-se 216 pontos na oclusal e
209 nas proximais. Os espécimes foram seccionados no sentido mésio-
distal e vestibulo-distal, para permitir acesso à fenda marginal. Os
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resultados apresentaram uma fenda marginal para as restaurações
diretas de 67,81µm na próximal e de 74,67µm na oclusal. Para as
restaurações indiretas na proximal 86,28um e na oclusal de 68,83µm. A
análise estatística apresentou um melhor resultado para as restaurações
diretas.
Em 1994, Castellani et al
15
., compararam as medidas de
discrepância marginal vertical entre vários sistemas. Foram avaliadas
coroas metalocerâmicas, Dicor, "Hi Ceram" e "In Ceram". antes e depois
de cada tratamento térmico para a queima da porcelana de dentina,
esmalte e glaze. Foi confeccionado um troquel mestre de aço inoxidável e
a partir deste foram fabricadas as coroas, que tiveram altura, espessura e
forma padronizadas por meio de uma forma de aço- Para as
mensurações, os copings e as coroas foram posicionados no troquel
mestre e um compasso aplicava uma pressão padronizada em todos os
corpos de prova, até que a força de assentamento não interferisse mais
na qualidade de adaptação. O conjunto troquel mestre- coroa foi moldado
com sílicona de adição, para a obtenção de réplicas de resina epóxica.
Após a polimerização da resina, as réplicas foram seccionadas em cinco
fatias verticais paralelas entre si. As mensurações da discrepância
marginal vertical foram efetuadas em um microscópio Nikon
Optiphot(Nikon Corp. Tokyo, Japan), com aumento de 100, 200 e 300X.
As médias dos resultados obtidos para as fases de coping, após a 1ª
queima, após a 2º queima e após o glaze, foram, respectivamente. Como
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conclusões, os autores afirmaram que entre as coroas de cerâmica pura.
a "In Ceram" exibiu resultado mais próximo ao da metalocerâmica
concluíram também que coroas de cerâmica pura são mais sensíveis às
repetidas queimas da porcelana que as metalocerâmicas.
Rinke et al
49
., em 1995 avaliaram a adaptação marginal e
resistência à fratura de coroas In Ceram convencionais e fresagem. Dois
modelos, um incisivo central superior (modelo-padrão A) e um premolar
(modelo padrão B), foram confeccionados em liga de cobalto cromo, com
o término em ombro arredondado. Os mesmos foram duplicados com
silicone de adição, produzindo quarenta modelos de trabalho, sendo vinte
de cada tipo de dente. Dez incisivos e dez premolares foram utilizados
para produzir coroas In Ceram convencionais eos remanescentes na
técnica In Ceram Celay. A dimensão dos copings foi padronizada em 0,5
mm nas paredes axiais e 0,7 mm na face odusal. Após sua confecção, foi
aplicada cerâmica de cobertura (Vitadur Alfa, Wa), com auxífío de uma
forma, a fim de padronizar suas dimensões. Para verificar a adaptação
marginal, as coroas foram posicionadas nos modelos-mestres em um
dispositivo de fixação e submetidos a uma carga de 30 N aplicados com
um peso metálico, sem cimentação. A fenda entre a coroa e a linha de
término central foi avaliada em 54 pontos por unidade em microscópio
óptico de luz. Uma videocâmera reproduziu a imagem com aumento de
180 vezes em monitor de computador e analisada com software especial.
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Após a análise da discrepância marginal, as coroas foram cimentadas
com cimento fosfato de zinco, com pressão de 30 N. Teste de resistência
à fratura foi realizado em máquina de ensaio Universal com velocidade de
1 mm/minuto. As superfícies fraturadas foram analisadas em MEV para
verificação da causa da falha. Coroas anteriores com abertura marginal
médias 32,5 um para a técnica convencional e 38 µm para as de
fresagem foram significativamente menores que coroas em premolares,
com fenda média de 45 um para ambas técnicas. Houve diferença
significante em resistência à fratura apenas em coroas anteriores. O
estudo indica que as coroas In Ceram Celay apresentam adaptação
marginal e resistência à fratura clinicamente aceitáveis e tempo reduzido
de laboratório.
Sjõgren
58
, em 1995, fez um estudo para determinar in vitro a
adaptação marginal e interna, após a cimentaçâo de inlays de cerâmica
empregando 4 técnicas diferentes. Foram utilizados 50 pré-molares
extraídos e armazenados em solução de cloreto de benzoconio a 0,5%.
Foram confeccionadas cavidades MOD com término em esmalte. Dez
foram preparadas para receber restaurações em cerâmica CEREC
CAD/CAM (10) e Vita Cerec Mark II (10), com preparos em forma de U e
30 com os sistemas Empress (10), Vita In Geram Spinell (10) e Celay
(10). Após análise dos dados, o autor concluiu que o alívio interno
controlado é importante para produzir um troquel dimensionalmente maior
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do que o de trabalho. Este procedimento promove um espaço para o
agente de cimentação proporcionando melhor adaptação das coroas
cerâmicas.
White, et al
71
., em 1995, avaliaram a infiltração em dentina após a
cimentação de coroas metálicas em dentes humanos. Foram usados
trinta e cinco pré-molares humanos, com preparo para coroa total, e
impressão com silicone de adição. Os negativos foram vazados com
gesso especial. Foram confeccionados copings em cera e incluídos em
revestimento a base de fosfato e fundidos com liga de metal não nobre.
Após ajuste os copings foram posicionados nos preparos, com carga pre-
determinada e medidas da abertura marginal foram feitas em quatro
pontos distintos com três repetições em cada ponto. Após, os copings
foram cimentados em com Cínco agentes de cimentação diferentes:
Grupo 1, fosfato de zinco; 2, policarboxilato; 3, cimento de ionômero de
vidro convencional; 4, cimento resinoso a base de GMA/NPG e agente
união e 5, cimento resinoso com componentes do éster fosfato. Todos os
materiais foram usados seguindo as instruções dos fabricantes. As
amostras ficaram a 37° C em 100% de umidade por 24 horas e depois
armazenadas em água destilada a 37 ° por 24 dias e em seguida
sofreram processo de termocidagem de 1500 ciclos com temperatura de 5
e 50 °. Posteriormente as amostras foram pintadas com verniz epoxico
exceto 1 mm acima e abaixo das margens e tratadas com corante de
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nitrato de prata. As amostras foram incluídas em resina epóxica e
cortadas longitudinais, mesio distal e vestíbulo-fingual nas marcas de
avaliação. Então a infiltração linear de nitrato de prata foi medida. As
médias foram submetidas a análise estatística antes e após a
címentação. A média de abertura marginal antes da cimentação foi de 35
µm. A média de infiltração foi maior no grupo de fosfato de zinco, seguido
dos grupos cimentados com polícarboxilato, GMA éster fosfato, ionômero
de vidro e GMA/NPG. Os autores concluíram que o ionômero de vidro
reduziu a infiltração marginal e a resina bis GMA/NPG produziu menos
infiltração do que os outros agentes de cimentação.
Em 1996, Shearer et al
56
., avaliaram a influência da configuração
marginal e da adição de porcelana na adaptação de coroas In-Ceram.
Dois métodos foram usados. Um com a técnica de secção direta e o outro
com a técnica do cimento análogo usando silicona por adição. O primeiro
método envolveu 40 coroas cimentadas e seccionadas nos seus
respectivos modelos de prata eletroformados. Para o segundo método, 80
análogos foram embebidos e seccionados. Todas as medidas foram feitas
usando um microscópio Reflex. A avaliação mostrou que as coroas e
infra-estruturas de In-Ceram se adaptam bem com fenda marginal
variando de 1 a 63 μm, com média de 19 μm. O tipo de término cervical,
se ombro ou chanfrado, não mostrou diferença significante. A adição de
porcelana ao coping de In-Ceram e repetidas queimas envolvidas na
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construção da coroa também não alterou a adaptação marginal. Eles
concluíram que coroas de in-Ceram se adaptam bem em comparação
com outros tipos de coroas previamente avaliadas (liga de ouro fundido,
metalocerâmica e cerâmica pura).
Qualtrough; Sharp; Piddock
47
, em 1996, avaliaram o efeito de três
técnicas de aplicação de porcelana sobre refratário, na adaptação
marginal de iniays. Foram utilizadas duas metodologias distintas e
usinados 10 blocos de resina com preparo para Inlay- O troquel mestre foi
moldado para a obtenção de troqueis de gesso e, a partir destes,
obtiveram-se os troqueis refratários. As restaurações foram fabricadas
variando-se a técnica de aplicação da porcelana e utilizando-se o método
da pesagem do filme análogo e o método do seccionamento. Houve
diferenças estatisticamente significantes entre as metodologias, porém
não houve diferenças entre as técnicas de aplicação da porcelana. As
médias de desadaptação variaram entre 98-118 µm para a técnica da
pesagem do análogo e entre 32-64 µm para o seccionamento e
observação da imagem em microscópio.
Em 1996, Shearer; Gough; Setchell
56
, avaliaram a adaptação
marginal de copings e coroas "In Ceram", com configurações marginais
de término em chanfro de 120° e ombro de 90° e o efeito da queima de
porcelana sobre os copings. As medições foram realizadas por duas
metodologias distintas;na primeira, foi utilizada a técnica por
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seccionamento direto no sentido vestibulotingual. depois da cimentação
das coroas com cimento de ionômero de vidro. Esse método envolveu 20
coroas cimentadas e seccionadas nos seus respectivos troqueis
metálicos, isto é, 10 coroas para cada um dos términos; na segunda
metodologia foi utilizada a técnica do cimento análogo (simulação do
cimento convencional) utilizando-se silicona de adição de baixa
viscosidade, na cor azul. Nessa metodologia, comparou-se o ajuste, antes
e depois da queima da porcelana, ou seja, na fase de coping e na fase de
coroa. Foram fabricados 5 copings para cada tipo de término(chanfro e
ombro) e destes copings, foram fabricadas 5 coroas com cada tipo de
término. Esses copings e coroas foram cimentados com silicona, nos
troqueis mestres de NiCr(um de cada término). Após a polimerização da
silicona, as partes foram cuidadosamente separadas e a película foi
incluída em outra silicona de cor verde. Os corpos de prova foram
seccionados, a metade no sentido vestibutolingual e a outra metade no
sentido mesiodistal. Foram realizadas duas cimentações análogas na fase
de coping e duas na fase de coroa, totalizando 10 análogos de cada tipo
de preparo e de cada fase. Todas as medições da espessura do cimento
ou do análogo do cimento foram realizadas no microscópio Reflex, com
20x de aumento. Os grupos experimentais consistiram da cimentação de
copings com término em chanfro(cimento análogo), copings com término
em ombro(cimento análogo), coroas com término em chanfro(cimento
análogo), coroas com término em ombro(cimento análogo), coroas
cimentadas com término em chanfro(cimento convencional) e coroas
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cimentadas com término em ombro(cimento convencional). Foram
analisados os ajustes marginal e interno, este último correspondente á
parede axial e área incisal. A média de ajuste marginal do término em
chanfro, foi significantemerte superior ao ombro. Em relação ao ajuste
interno, obteve-se uma média de 60,9 µm, devido ao uso de 3 camadas
de espaçador. Os autores concluíram, pêlos resultados, que o fator plano
de seccionamento não influenciou para que diferenças significantes
ocorressem e que o fator da adição de porcelana nao afetou
significativamente a adaptação marginal. Já o fator configuração marginal
influenciou, pois as margens em 90° exibiram diferença estatística
significante(p<0,05). Em relação ao término em chanfro, este exbiu
melhores valores de adaptação. Em relação ao tipo de metodologia, a
utilização do cimento análogo produziu piores resultados, quando
comparado com o cimento convencional.
Jamt et al
33
., em 1996, desenvolveram um trabalho destinado a
orientar pesquisadores sobre os métodos para a avaliação da
discrepância marginal na interface prótese/implante. O referido trabalho
apresenta os resultados de investigações nos Estados Unidos e Suécia,
durante os 2 últimos anos, sobre o desenvolvimento de sistemas para a
medição do ajuste- Os autores apresentaram os métodos de medição da
adaptação marginal, bem como a comparação de dados coletados por
cada um dos sistemas estudados. Os métodos avaliados foram :1)Mylab
CMM; 2)Sistema desenvolvido peia Universidade de
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Washington(Universiíy of Washington); 3)Método fotográfico(CIinica
Branemark Gotemburgo-Suécia) e 4)Sistema da universidade de
Mlchigan(Laser). A conclusão foi que todos os métodos de medição do
ajuste estudados podem ser usados para a pesquisa em relação ao
desajuste entre intermediários e a estrutura protética.
Scherrer; De Rijk; Belser
53
, em 1996, avaliaram a resistência à
fratura de coroas de cerâmica pura. cimentadas em dentes naturais e
compararam os resultados com a resistência à fratura de dentes naturais
intactos. Os sistemas cerâmicos utilizados foram: porcelana
feldspática(Ceramco), Dicor e In Ceram. Foi variado o tipo de cimentação
nas coroas de porcelana feldspática (cimento de fosfato de zinco e
cimento resinoso dual), enquanto as coifas foram apenas assentadas
(não cimentadas) em um intermediário CeraOne, a uma carga de 5Kg,
durante 1 minuto. Os totais de medição corresponderam a 3 faces
escolhidas peta alternância das faces da superfície interna sextavada.
Foram obtidas as medidas da adaptação marginal por meio do Projetor
óptico Starret VB300. Os resultados obtidos revelaram um melhor ajuste
marginal dos componentes pré-fabricados de ouro (9,55 µm) e
cerâmica(13,33 µm) e suas respectivas sobrefundições, quando
comparadas às infra-estruturas fundidas a partir das cápsulas
poliacrílicas. Dentre as coifas fundidas, os melhores resultados foram
exibidos pelas infra-estruturas de titânío(22,24 µm), seguidas pelas de
ouro cerâmico(29,55 µm), ouro tipo IV(32,67 µm), prata/paládio(34,00 µm)
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e niquel/crômio(53,78 µm). O autor concluiu que a utilização deste último
é desaconselhávef clinicamente.
Groten et al
28
., em 1997 realizaram um estudo com o objetivo de
avaliar a adaptação marginal de copings Celay In Ceram após as
diferentes etapas de sua fabricação, e comparar os dados obtidos por
microscópio óptico e eletrônico de varredura. Um modelo mestre de
incisivo central superior em aço com preparo para coroa total e término
cervical em ombro arredondado foi utilizado, e a partir dele foram
produzidos dez modelos de trabalho em gesso e respectivas coroas. A
avaliação da fenda marginal externa foi realizada no modelo mestre em
aço utilizando microscopia óptica de luz e um sistema de análise de
imagem em vídeo computadorizado, após cada um dos seguintes passos;
a) cópia por fresagem; b) infiltração por vidro, c) aplicação da cerâmica,
realizando aproximadamente 3600 leituras (124-138 por corpo-de-prova).
No estágio final, com a cerâmica de cobertura já aplicada, a discrepância
marginal foi também avaliada com auxílio de MEV (Grupo Cs),
proporcionando aproximadamente 1000 medições (100 por corpo-de-
prova). Neste caso, a análise foi realizada por meio de fotografias em
preto e branco. Os resultados obtidos foram: A= 25,1 µm ± 5,1; B= 20,6
µm ± 2,3; C= 18,3 µm ± 4,1; Cs 40 = 23 µm ± 7,6. As diferenças
encontradas entre as séries não mostram relevância estatística. Dados da
MEV confirmam os resultados da microscopia óptica. Os autores
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concluíram que os passos de fabricação após a cópia por usinagem não
mostram influência óbvia na largura da fenda marginal e acreditam que o
sistema Celay In Ceram resulta em uma adaptação marginal clinicamente
aceitável.
Prõbster et al
46
., em 1997 realizaram um estudo com o propósito de
avaliar as propriedades clinicamente relevantes da cerâmica IPS
Empress. Os seguintes parâmetros foram investigados: resistência
flexural de três e quatro pontos, resistência flexural biaxial, resistência
compressiva e adaptação marginal de coroas totais. Para a verificação de
adaptação marginai. 18 molares humanos foram preparados para receber
coroas totais com término em ombro arredondado. Os dentes foram
moldados, obtidos os respectivos, obtidos os modelos em gesso e
confeccionadas as coroas conforme recomendações do fabricante. As
fendas marginais foram observadas com as coroas assentadas no dente
preparado antes e após cimentação (Dual cement, Riteher). Para a
cimentaçâo foi padronizada força de 20 N durante 5 minutos. As medida
foram realizadas em MEV ao longo da margem a cada 100 µm,
aproximadamente. Não foi observada diferença estatística entre os dois
materiais do sistema Empress. As fendas marginais médias encontradas
para as amostras não cimentadas foram de 81,9 µm para a técnica de
maquiagem e 72,1 µm para a técnica de estratificação. Entretanto, os
resultados relativos às coroas cimentadas, tanto com fosfato de zinco
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como cimento resinoso, claramente demonstraram que o cimento foi um
fator chave influenciando a dimensão da fenda marginal.
Panzera
43
, em 1997, fez um relato do grande número de materiais
que tem sido pesquisado com o intuito de melhorar a estética das coroas
metalocerâmicas, cujo inconveniente é a opacidade do metal. Nos últimos
anos, grandes tentativas foram feitas no intuito de utilizar materiais
estéticos com alta resistência. Um dos sistemas lançados recentemente é
o OPC™ (Óptima Pressable Ceramic), que apresenta composição com
alta quantidade de leucita, aproximadamente 55% em volume, com a
finalidade de melhorar as propriedades mecânicas.
Sulaiman et al
64
., em 1997, compararam a adaptação marginal in
vitro de três sistemas cerâmicos (In-Ceram, IPS Empress 2 e Procera) em
função dos diferentes estágios de confecção e da face do dente. Para
tanto, obteve-se um incisivo central superior utilizando liga metálica
(Rexillium, Jeneric Pentron), e as coroas foram confeccionadas de acordo
com as recomendações dos fabricantes. A adaptação marginal de cada
restauração foi verificada no modelo mestre com aumento de 225 vezes
com auxílio de microscópio digital (Nikon SMZ-U, Nikon, Japão) após os
seguintes estágios de confecção: a) material de infra-estrutura; b) após
queima de cerâmica de dentina e esmalte; c) após glazeamento. Os
resultados mostraram que todos os sistemas cerâmicos foram
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significativamente diferentes entre si p<0,05. O In Ceram exibiu maior
discrepância marginal (161 µm), seguido do Procera (83um) e IPS
Empress 2 (63 µm). Não houve diferença estatística significante entre os
vários estágios de confecção das coroas. As margens vestibular e língua!
exibiram discrepâncias marginais significativamente maiores que distal e
mesial.
Rocha
50
, 1997, avaliou a adaptação de dois sistemas cerâmicos,
cerâmica de vidro fundido (DICOR ®) e o sistema hidrotermal de
cerâmica, dental (DUCERAM) e a infiltração das mesmas, cimentando
com dois tipo; de cimentos resinosos, 4- Meta ( C&B Metabond-Parkell) e
resina de carga inorgânica de vidro ( Panavia 21- J. Morita) variando o
término em dentina e esmalte. Foram confeccionadas quarenta
incrustações cerâmicas vinte de cada sistema, sobre preparos MOD em
molares superiores recentemente extraídos. Os espécimes após a
cimentação foram submetidos a ciclagem térmica (1000 ciclos por 10
segundos, 5/55° C ), corados com fucsina básica 0,5% por 16 horas,
lavados em água corrente e seccionados no sentido mésio distal, para a
verificação do nível de infiltração , o que foi feito ao MEV. Para a
desadaptação marginal o autor obteve as leituras das fendas antes da
cimentaçâo, apresentando resultados equivalentes estatisticamente entre
as cerâmicas avaliadas onde para o DUCERAM a média foi de 68,27um e
Dicor® 69,76µm. Verificou-se uma significância estatística para maior
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infiltração do Panavia 21 em relação ao C&B Metabond e uma maior
infiltração em dentina em relação ao esmalte quando utilizado
DUCERAM/PANAVIA 21 e DICOR/C&B Metabond. No caso dos outros
grupos houve uma tendência para maior infiltração em dentina, entretanto
estatisticamente equivalentes.
Rosembium e Schulman
52
, em 1997, fazendo uma revisão sobre as
restaurações feitas em cerâmicas observaram que dentre os vários tipos
de classificação dos sistemas de fabricação de coroas de cerâmicas
puras, a adaptação dela à estrutura dentária subjacente pode ser
extremamente precisa. A compensação para as aberturas ou fendas pode
ser feita através de cimento resinoso. Neste estudo foram avaliados os
seguintes sistemas:
1. Cerâmicas convencionais - Optec HSP (Jeneric/ Pentron) e Duceram;
2. Cerâmicas fundidas- Dicor (Dentsply.L.D. Caulk Division);
3. Cerâmicas usinadas - Cerec Vitablocs Mark l e II (Vident), Dicor MGC(
Dentsply L.D.Caulk Division) e Celay (Vident);
4. Cerâmicas prensadas -l PS Empress ( Ivoclar North América) e Optec
Pressable Ceramic (Jeneric/ Pentron); Cerâmicas Infiltradas - IN Ceram
(Vident). Os autores comentam também que um mecanismo para inibir a
fratura da restauração destas cerâmicas totais é a capacidade de se
aderirem ao dente. Quanto ao desgaste do dente oposto, os materiais
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contendo leucita (IPS - Empress, Optec HSP e Optec OPC) devem
desgastar mais os sistemas Dicor e Duceram parecem criar mínimo ou
nenhum desgaste, no entanto não há dados clínicos disponíveis para isto.
Os autores finalizam afirmando que os materiais mais resistentes
deveriam ser usados em áreas sob maior carga oclusal (dentes
posteriores) e os mais fracos deveriam ser usados em situações em que a
abrasão do dente pode ser critica (superfície lingual e incisal dos dentes
anteriores), a abertura marginal entre a restauração marginal e o dente foi
mais ampla nas cerâmicas usinadas do que em todos os outros sistemas
de cerâmicas puras.
Em 1997, Gemalmaz et al
26
., estudaram "in vitro" a adaptação marginal
de inlays de cerâmica sobre refratário (Ducera de baixa fusão). Foram
utilizados 10 dentes extraídos e. a partir de preparos MOD, foram
confeccionadas as restaurações de porcelana fundida sobre refratário,
estas foram avaliadas microscopicamente por duas metodologias
distintas; cimento análogo (silicona leve) com seccionamento das réplicas
e cimentação adesiva com seccionamento dos dentes. Foram lidas as
margens oclusais e proximais das restaurações e obtida a média de
desadaptação para o método do análogo nas margens oclusais de 71,83
µm, que foi estatisticamente diferente das margens proximais (105,6 um).
A média de desadaptação para o método de cimentação adesiva para as
margens odusais foi de 78,77 µm, também estatisticamente melhor que
as margens proximais (128,85 µm). A média total de desadaptação,
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desconsiderando os métodos separadamente, foi de 71,83±8,93 µm para
as margens oclusais e de 105,6±39,33 µm para as proximais. Os autores
salientaram que as diferentes metodologias utilizadas obtiveram
diferenças, isto é, a cimentaçâo adesiva exibiu 6,94 µm, e 23.25 µm a
mais que a utilização do cimento análogo para as superfícies oclusa! e
proximal, respectivamente.
May et al
40
., em 1998, avaliaram a adaptação marginal e interna de
coroas Procera AIICeram em dentes molares e premolares. Cinco
primeiros molares e primeiros premolares superiores artificiais (Ivorine)
foram preparados para receber coroas totais, com padronização do
ângulo de convergência em 10°, términos cervicais em chanfro com
profundidade de 1,3 a 1,5 mm e redução odusal de 2 mm. A partir dos
mesmos, modelos em resina epóxica foram obtidos, e sobre eles
confeccionadas as coroas. A adaptação foi avaliada em relação à fenda
marginal, adaptação interna e precisão de assentamento (média de todos
os pontos de medição), através de leitura por laser-videografia. Foi
realizado um procedimento no qual a coroa foi fixada ao modelo com
silicone leve, com o propósito de reproduzir todos os aspectos internos da
coroa. Após sua polimerização a coroa foi removida e feita a digitalização
do troquel; o silicone foi removido e feita uma nova digitalizaçâo, que em
conjunto com a anterior compôs uma imagem tridimensional da película,
representando a fenda interna da coroa. Dimensões médias de fendas e
desvio padrão na fenda marginal para os premolares e molares foram 56
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µm + 21 e 63 µm ± 13 µm, respectivamente e a precisão de adaptação
para os grupos de coroas não foram significativamente diferentes em
nível de 5%. Neste estudo foi observado que o sistema produziu coroas
com aceitável adaptação de margem (54 a 64 µm e aspectos internos (49
a 63 µm).
Neiva et al
42
., 1998, avaliaram a resistência á fratura e adaptação
marginal de 3 sistemas cerâmicos: IPS-Empress, In-Ceram e Procera All-
Ceram. Sessenta modelos mestres em aço inoxidável foram duplicados
em uma resina com alto teor de carga, pelo fato desta ter um módulo de
elasticidade semelhante á dentina humana (12,9 Mpa) e por responderem
ao ataque com ácido fosfórico a 34%, criando microretenções, permitindo
a colagem. Foram confeccionados 10 coroas cerâmicas de cada sistema
e, então cimentadas nos modelos de resina. Os 20 casquetes
correspondentes ao sistema Procera e IN-Ceram, foram fabricados com
uma mesma espessura de 1mm axialmente e 2,5mm na região oclusal.
Dez coroas Empress foram enceradas nas mesmas dimensões e
prensadas pelo fabricante. As coroas foram cimentadas com Panavia 21,
sendo que as coroas feitas com Empress previamente atacadas e
silanizadas, e as coroas In-Ceram e Procera previamente jateadas com
óxido de alumínio. O tamanho das aberturas marginais foi avaliado com
microscópio óptico, para cada sistema cerâmico. Como resultado, os
autores verificaram que as maiores aberturas marginais foram
encontradas em coroas Procera All-Ceram enquanto que as menores nas
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60
paredes axiais das coroas In-Ceram. Uma explicação para isto poderia
ser que o diâmetro da ponta de safira que "escaneou" a superfície do
modelo mestre era levemente maior que o ângulo interno arredondado do
preparo. Em outras palavras, a ponta poderia não estar em íntimo contato
com o ângulo interno arredondado entre o ombro e a parede axial.
Também devido a um mesmo modelo mestre ter sido utilizado na
confecção de 20 casquetes ao invés de serem "escaneados"
individualmente. Como resultado, uma ampla abertura poderia ser
esperada nesta área. Outra explicação para o tamanho da abertura
encontrada pode ser relacionada aos vários passos que estão envolvidos
no processo de fabricação de coroas com alto conteúdo de alumina.
Durante o processo de fabricação das coroas In-Ceram e Procera All-
Ceram, o modelo que é utilizado paras queima das coroas de cerâmica
pura precisa ser vazado em material refratário, o qual è comumenie mais
amplo que o preparo original para compensar a contração que ocorreu
durante o processo de sinterização Com o sistema Procera All - Ceram o
modelo refratário é feito aproximadamente 20% maior que o modelo
original, e a contração esperada durante o processo de sinterização
também é de 20%. Portanto possivelmente ocorram variações que
comprometam a adaptação da coroa no modelo original.
Lin et al
37
. (1998) verificam a adaptação interna e marginal de infra-
estruturas Procera relacionada à forma do preparo, variando quatro tipos
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de terminação (lâmina de faca, chanfro de 0.3 mm, ombro arredondado
0.5 mm e ombro arredondado 0.8mm), três formas oclusais (vertentes
com 90, 120 e 160° de divergência), três diferentes ondulações ocluso-
cervicais para a linha término proximal (ondulação ausente, leve e
exagerada) e três formas de retenção proximais auxiliares. Concluem
que:(1) a terminação em lâmina de faca exibiu a maior desadaptação
marginal com média de 135 µm, em contraste com as outras três
terminações que obtiveram desadaptação média entre 51 a 68µm. (2) as
três formas oclusais permitiram uma adaptação interna comparável às
paredes axiais, menor que 50µm. (3) as variações das ondulações ocluso-
cervicais para a linha término proximal não afetaram significativamente a
adaptação das infra-estruturas Procera. (4) retenções proximais com
largura menor que 2.5mm e profundidade 0.5mm não podem ser
precisamente reproduzidos pela ponta do scanner.
Audenino et al
6
., em 1999 avaliaram, in vitro, a adaptação marginal
e geral de quatro sistemas de inlays cerâmicos cimentados adesivamente.
Quarenta inlays cerâmicos mésio-ocluso-distal , utilizando quatro técnicas
diferentes: Colorlogic, IPS Empress, Celay direto e Celay indireto foram
avaliados. Após moldagem e confecção em laboratório das restaurações,
procederam a cimentação dos inlays com cimento de cura dual ( Dual
Cement Radiopaque , Ivoclar). As amostras foram seccionadas no sentido
mésio–distal passando através do centro das restaurações. A espessura
do cimento foi mensurada nas margens e em diversos pontos
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internamente utilizando um estereomicroscópio equipado com uma escala
de medidas. Concluiram que os inlays de IPS Empress mostraram valores
médios de adaptação marginal de 45±15m, valores médio de adaptação
geral de 53 ± 21m e uma distribuição homogênea de cimento no interior
do preparo. Os inlays de Colorlogic apresentaram valores médio de
adaptação marginal de 43±31m, e adaptação geral de 85 ± 32m e uma
distribuição irregular do cimento no interior do preparo. Já os inlays de
Celays diretos, apresentaram valores de adaptação marginal de 114 ±
13m, e adaptação geral de 129 ± 11m, e uma distribuição homogênea
do cimento no interior do preparo. Os Celays indiretos mostraram valores
médios de adaptação geral de 140 ± 6m, com distribuição homogênea
de cimento em seu interior. Os autores concluíram que valores de
espessura uniforme do cimento que variem de 50 a 100m podem ser
considerados uma suposição segura para valores ideais de adaptação.
Milan
41
, em 1999, avaliaram o ajuste cervical e interno de coroas
totais metálicas sem e com alívio interno (espaçador de troquel, ataque
químico com ácido nítrico e jateamento com partículas de óxido de
alumínio), confeccionadas com ligas de Pd/Ag (Pors-on 4), com três
diferentes tipos de término cervical: ombro reto, ombro biselado em 20° e
chanfro reto em 45°. Para fusão da liga foram utilizadas duas fontes de
calor de fundição: gás oxigenio e resistência elétrica. Após a fundição ,as
coroas foram assentadas sobre seus respectivos troqueis, sob carga
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estática de 9 kgf. As leituras do desajuste cervical e da interface
troquel/coroa das secções transversais foram realizadas em microscópio
metrológico (Cart Zeiss). Os resultados mostraram que: os melhores
ajustes cervical e interno foram obtidos com gás oxigenio, o término
cervical em chanfro reto de 45° apresentou os melhores ajustes, tanto
cervical como interno, e o melhor alívio interno foi o realizado na pós-
fundição com jateamento com óxido de alumínio.
Sheets
55
, em 1999, mostrou que a utilização de um microscópio
pode melhorar a adaptação marginal de restaurações cerâmicas de
qualquer tipo. O autor cita que, entre os fatores mais críticos em relação
às restaurações de cerâmica estão àqueles relacionados com a estética,
saúde periodontal e a longevidade da restauração, provavelmente devido
a precisão das margens da restauração. O autor afirma que margens com
qualidades duvidosas podem causar sobrecontomo e saliências
indesejáveis, as quais podem resultar em cárie e inflamação periodontal.
Beschnidt e Strub
10
., em 1999, realizaram um estudo com o objetivo
de avaliar a discrepância marginal de cinco diferentes sistemas de coroas
cerâmicas (In Ceram, Empress maquiagem, Empress estratificação, Celay
feldspática e Celay In Ceram) antes da cimentaçâo, após cimentação e
após pré-carga cíclica em boca artificial. Sessenta dentes (ICS) foram
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incluídos em blocos de resina com a porção coronária exposta, e
preparados para coroa totalmente cerâmica e metalocerâmica. Os dentes
foram moldados e obtidos modelos de trabalho sobre os quais foram
confeccionadas as coroas segundo instruções dos fabricantes. As coroas
foram assentadas e fixadas nos seus respectivos pilares por pressão
digital, e duplicadas em resina epóxica, para a avaliação da fenda
marginal pre-cimentação. Foram realizados os procedimentos de
dmentaçâo peta técnica adesiva e as amostras foram novamente
duplicadas. Metade das amostras foram submetidas a ciclagem térmica e
mecânica, e as réplicas em resina epóxica obtidas para análise da fenda
marginal. Os resultados foram comparados com a coroa metalocerâmica,
com margem vestibular cerâmica, cimentadas com címento fosfato de
zinco. A cimentação das coroas aumentou significativamente a fenda
marginal (p<0,01). Antes da cimentação a técnica da maquiagem do
Empress 2 mostrou as menores fendas marginais (média 47 µm), seguida
por In ceram convencional (média 60 µm) e Empress estratificado (62
µm). Coroas Celay In Ceram mostraram aberturas marginais de (78 µm)
de média, as feldspáticas de (99 µm) e as metalocerâmicas (64 µm). O
envelhecimento em simulador de mastigação não teve influênda na
adaptação das amostras. O estudo mostra que todos os sistemas
apresentam margens clinicamerrte aceitáveis.
vAN Diken et al
68
.; em 1999, avaliaram, in vivo, inlays de cerâmica
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feldspática IPS Empress (Ivoclar) fixadas com cimento de ionômero de
vidro modificado por resina Fuji PIus (GC) e cimento resinoso Panavia 21
(Kuraray). Em 29 pacientes selecionados foram feitos preparos dasse 2,
em 53 premolares e 26 molares, sendo que cada paciente recebeu pelo
menos duas restaurações confeccionados em cerâmica IPS Empress,
seguindo as instruções do fabricante. Em cada paciente, uma restauração
de cada par foi cimentada com um dos dois cimentos empregados. Para a
cimentaçâo com o Fuji Plus, o inlay foi condicionado com ácido fluorídrico
a 9,5%, por 2 a 3 segundos e, no dente preparado, foi aplicado o
condicionador Fuji PIus por 20 segundos, lavado com água e seco
levemente com ar. Após inserção e remoção dos excessos de cimento, o
mesmo foi deixado tomar presa por 4 minutos. Para a cimentaçâo com o
Panavia 21, o preparo foi condicionado com o primer autocondicionante
(Panavia ED primer) por 60 segundos. Na superfície interna da cerâmica
foi realizado condicionamento com ácido fluoridrico por 2 a 3 segundos,
aplicação do silano por pelo menos 2 minutos seguido da aplicação do
adesivo Clearfil New Bond e do cimento resinoso, remoção dos excessos
e aplicação do Oxiguard II para cobrir as margens do inlay. Após 3
minutos, o Oxiguard foi removido com água. Cada restauração foi
avaliada após 2 semanas, 6 meses, 1 e 2 anos seguindo os critérios da
United Pubtíc Dental Health para avaliação da qualidade das
restaurações. Nenhuma falha foi observada durante os 2 anos de
controle. Foi verificada pequena fenda nas margens para ambos os
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cimentos, não havendo diferença significante entre os dois materiais. Os
autores concluíram que o cimento de ionômero de vidro modificado por
resina Fuji PIus e o cimento resinoso Panavia 21 podem ser indicados
para fixação de Onlays de cerâmica prensada.
Boening et al
13
., em 2000, mediram in vivo a precisão de adaptação
marginal e oclusal de coroas Procera AIICeram em dentes anteriores e
posteriores. Oitenta coroas anteriores e posteriores foram avaliadas por
uma técnica de réplicas do espaço intermediário entre a superfície interna
da coroa e a superfície do dente obtidas pela colocação de silicona fluida
de adição. A espessura do filme de silicona foi medida por um
microscópio com 30 X de aumento, determinando valores marginais e
oclusais. Concluem que: (1) a precisão de adaptação está dentro da faixa
de aceitabilidade clínica. (2) As coroas posteriores apresentaram maiores
fendas (90 a 145 µm) comparadas com as anteriores (80 a 95 µm). (3) A
adaptação da coroa apresentou grande variação entre as superfícies das
margens.
Denissen et al
21
., em 2000, verificam se os sistemas CÍCERO
(Computer Integrated Ceramic Reconstruction - CÍCERO Dental Systems
BV), CEREC (Ceramic Reconstruction - Sirona Dental Systems) e Procera
AIICeram são capazes de produzir infra-estruturas cerâmicas para um
desenho de oníay experimental. O protocolo de preparo foi: redução
oclusal 1.5 a 2.0 mm, chanfros cervicais profundos nas caixas proximais e
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ao redor das cúspides funcionais, amplo bisel nas cúspides não-
funcionais. Os preparos foram moldados e troqueis de gesso
determinados para confecção das infra-estruturas: oito CÍCERO, dez
CEREC e sete Procera. A adaptação da onlay foi verificada por um
sistema digital de imagem microscópica. Concluem que: (1) As medidas
médias de fenda marginal não foram maiores que 85 um e não houve
diferença estatística entre os materiais: CÍCERO (74 µm), CEREC (85
µm) e Procera (68 µm). (2) Na leitura do scanner Procera, a orientação da
ponta de safira em relação à superfície do preparo foi crítica, sendo
necessária a aplicação de cera para suavizar as bordas internas.
Romão et al
51
., em 2000, avaliaram a adaptaçao marginal e a
infiltraçao de tres sistemas cerâmicos. Foram confeccionados 30
incrustações sendo divididas 10 para o sistema empress, 10 para
Colorlogic e 10 para Cerec sobre preparos MOD em terceiros molares
humanos recem extraidos. Os especimes foram cimentados, utilizando-se
o mesmo cimento resinoso (variolink II- Vivadent e adesivo dental (Prime&
Bond NT - Dentsply). A seguir, foram submetidos á ciclagem mecânica
(100.000ciclos, 8 kgf, 4Hz) e a cicfagem térmica (700 ciclos, 5°/55° C por
um minuto). Foram impermeabilizados com duas camadas de esmalte
cosmético, deixando apenas exposta a interface gengiva! das caixas
proximais,e imersos em solução de nitrato de prata 50%, por 8 horas, em
ausência de luz. Os dentes foram seccionados no sentido mesio/distal,
para a verificação da linha de cimentação e infiltração. Os resultados
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obtidos por meio da leitura microscópica óptica para a espessura da linha
de cimento em um das faces proximais, respectivamente em esmalte e
dentina, foram: Empress (65 e89), Colorlogic (113 e 118) e Cerec 2 ( 78 e
87). Os sistemas Empress e Cerec2 obtiveram comportamento
semelhantes quanto a espessura da linha de cimento, enquanto o sistema
Colorgic ficou acima dos 100 µm. Quanto a infiltração não houve
diferença estatisticamente significante entre os três sistemas cerâmicos,
quando a parede gengival tinha o seu término em esmalte (Empress, 0,05
mm: Colorlogic, 0,12mm e Cerec 2, 0,07mm). Os autores concluíram
ainda que houve maior infiltração nas paredes terminadas em dentina do
que em esmalte, sendo maior para o sistema Colorgic. Não houve
diferença significante entre os sistemas Cerec 2 e Empress. Não houve
também correlação estatística entre os valores de linha de cimento e
infiltração.
Kawai e Takaoka
36
, em 2001, avaliaram o potencial de adesão de
placa bacteriana em diferentes materiais restauradores medindo a
quantidade de bactéria aderida e gtucano. Foram utilizados três cimentos
de ionômero de vidro modificados e duas resinas modificadas por
potiácido. Como controle foi usada urna resina composta
fotopolimerizada. Amostras em forma de disco foram feitas seguindo as
recomendações de cada fabricante e a superfície das mesmas foi polida
até a lixa 600. Streptococus sobrinus foi selecionado como bactéria
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cariogênica. A quantidade de bactéria e glucano aderidos nas amostras
foram medidas depois de 3, 8 e 24 horas de incubação com bactéria
cariogênica radiomarcada e sucrose. Os resultados mostraram que
depois de 3 e 8 horas de incubação a quantidade aderida de bactéria e
glucano foi pequena e não houve diferença entre os materiais com
exceçâo da resina composta. Após 24 de incubação a quantidade de
bactéria aderida e glucano aumentou significativamente nos cimentes de
ionômero de vidro e resinas modificadas por poliácidos, mas foram ainda
significativamente menores do que a resina composta exceto para um
compômero. Os autores concluíram que após 24 horas, os ionômeros de
vidro modificados e compômeros mostraram menor quantidade de
bactéria e gtucano aderidos do que a resina composta, com exceçâo de
um compômero.
Fons-Font et al
24
.; em 2001 descreveram que a palavra cerâmica
(keramiké) vem do grego, e consiste na arte de fabricar vasos e outros
objetos de barro, louça de todas as classes e qualidades. Do italiano o
termo porcelana (porcellana) define o produto final obtido, referindo-se a
essa espécie de louça fina, transparente, clara e brilhosa, inventada na
China e imitada na Europa. Classificaram as atuais cerâmicas dentais,
pelas propriedades físicas e químicas do silício e de três elementos
derivados dele que mais tem importância dentro das cerâmicas: o quartzo
ou sílica, os feldspatos e o caolin. As porcelanas dentais são formadas
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básicamente por um vídro onde se encontram partículas mais ou menos
grandes de minerais cristalizados, sendo, uma fase vítrea (feldspatos) de
estrutura atômica não periódica e, portanto, amorfa que contém uma fase
ordenada periódica e, portanto, cristalina (sílica). O silício combinado com
o oxigênio forma a sílica ou quartzo, que é um dos materiais mais
abundantes da natureza. Sua estrutura tem uma grande estabilidade. O
feldspato é constituido por silicatos de alumínio combinado com um ou
dois metais. Dentro do grupo dos feldspatos existem minerais chamados
feldspatóides cuja composição é parecida à ele, mas com menor
quantidade de sílica (Leucita) que atuam na plásticidade da massa. O
caolim (silicato de alúmina hidratado) que é a mais fina das argilas, dá a
plasticidade e se mistura facilmente com a água mantendo sua forma
durante o processo de secagem e cocção. Quando misturados o feldspato
com alguns óxidos metálicos a alta temperatura, forma a fase vítrea. Esta
fase serve de matriz para o quartzo, que constitui a fase cristalina,
permanecendo em suspensão na massa e atua como endurecedor da
porcelana. Na composição das porcelanas feldspáticas convencionais
encontramos 73% a 85% de feldspato (silicato alumínico- potássico), 13%
a 25% quartzo (óxido de sílica), 0% a 4% de caolim (silicato alumínico) e
5% de corantes e opacificadores. Se substituirmos parte do quartzo (SiO2)
por alúmina (Al2O 3) em uma proporção de 40% a 85%fabricaremos a
porcelana aluminizada. Classificaram as diversas porcelanas pela
temperatura de sinterização, composição e formas de fabricação, citando
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que a porcelana IPS Empress (Ivoclar Vivadent) possue alta resistência
derivada da incorporação da leucita em sua fase cristalina, assim como o
seu tratamento térmico que é realizado pela injeção por pressão. A
porcelana IPS Empress II (Ivoclar Vivadent), o dissilicato de lítio e o
ortofosfato de lítio, substituem a alúmina e conferem a esta porcelana
uma resistência mecânica de 450 MPa.
Hilgert
29
, em 2002, estudou a adaptação marginal de cerâmica In
Ceram Alumina (Vita) com dois tipos de término e diferentes tratamentos
de superfície interno da cerâmica. Foi utilizado troqueis metálicos com
preparo para coroa total com término cervical em ombro arredondado e
em chanfro largo. A partir de cada preparo foram confeccionadas vinte
copings de In ceram alumina e a adaptação avaliada em microscópio para
medição. Cada grupo foi subdividido em dois e receberam tratamento
interno com cobertura de sílica: 1) em toda a extensão interna e 2) em
toda a superfície interna, mas aliviando o bordo cervical. As discrepâncias
foram novamente avaliadas. Os resultados mostraram valores médios de:
42,37 ± 18,78 µm para chanfro largo e 33, 35 ±20,08 µm para ombro
arredondado sem diferença estatística entre os grupos. Os valores foram
comparados àqueles do tratamento com sílica e mostraram que o
tratamento superficial alterou a adaptação das coroas. O autor concluiu
que, apesar das diferenças apresentadas nos grupos tratados, todos os
valores de fenda marginal observados se encontram dentro dos limites
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clinicamente aceitáveis.
A adaptação marginal e a resistência à fratura de coroas feitas com
cerômero reforçado por fibras foram avaliadas por Cho et al
19
., em 2002,
eles analisaram o efeito da variação do preparo dental na adaptação
marginal antes e após a cimentação. Três modelos metálicos com graus
de convergência diferentesforam preparados: 6, 10 e 15 graus. Um total
de 30 coroas, 10 por grupo, foi fabricado. As restaurações foram
avaliadas em 48 pontos ao longo da circunferência marginal com um
estereomicroscópio e as medidas obtidas analisadas estatisticamente. A
menor fenda marginal foi encontrada nas coroas com convergência de 6
graus com média de 47 μm, antes da cimentação, e 76 μm após a
cimentação. Para as coroas com convergência de 10 graus as médias pré
e póscimentação foram 48 e 68 μm, enquanto para a convergência de 15
graus foram 69 e 78 μm. A análise estatística mostrou diferença
significante entre o grupo de 6 graus e o de 15 graus. A fenda marginal de
95,6% das coroas estava dentro do limite clinicamente aceitável de 100
μm antes da cimentação. A cimentação provocou aumento da
discrepância marginal em todos os grupos analisados. Porém, cerca de
90% de todas as amostras ainda permaneceram com fenda dentro do
limite de 100μm. No grupo de 15 graus a influência da cimentação foi
menor. Segundo o autor, provavelmente, a maior expulsividade do
preparo possibilitou maior escape de cimento nesse grupo. Concluíram
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que uma menor convergência axial possibilita melhor adaptação marginal
e maior resistência à fratura e sugerem que, para coroas de cerômero
reforçadas com fibra, o preparo deveria ter a menor convergência
possível.
Celik e Gemalmaz
16
, em 2002 avaliaram a integridade marginal de
veneer de resina composta e de cerâmica comparadas com o sistema IPS
Empress utilizando dois diferentes agentes de cimentação. O estudo
avaliou também a integridade marginal de IPS Empress sob jateamento
com com partículas abrasivas. Foram usados 42 incisivos superiores
humanos, nos quais foram confeccionados 14 coroas veneers de cada
material. Para a realização das restaurações foi aplicado espaçador a fim
de promover espaço para o agente de cimentaçâo. As restaurações foram
cimentadas com cimento resinoso Variolink II High e Variolink Ultra. Os
dentes restaurados foram seccionados no sentido vestíbulo lingual e
mesio distai e a abertura marginal foi avaliada em microscópio com 200
vezes de aumento. Os resultados mostraram que a abertura marginal
variou de 105 µm a 182 µm. Nenhuma diferença foi encontrada entre os
diferentes tipos de veneers e agentes de cimentação. O objetivo deste
trabalho foi avaliar a adaptação marginal e a resistência à fratura de
coroas totais metalocerâmicas e de coroas sem reforço de infra-estrutura
metálica, utilizando-se diferentes sistemas restauradores. Foram
selecionadas 48 raízes de dentes bovinos com diâmetros e formas
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semelhantes, seccionadas com 15 mm de comprimento. Após tratamento
endodôntico e alívio do conduto pinos metálicos com 12 mm de
comprimento foram fixados com cimento de fosfato de zinco e um
preenchimento coronário de resina composta micro-híbrida foi construído
com 3 mm de altura e convergência axial de aproximadamente 6 graus. O
término cervical foi o ombro arredondado com 1,0 mm de largura. As
amostras preparadas e seus respectivos modelos foram aleatoriamente
distribuídos em 6 grupos com 8 amostras cada. As amostras foram, então,
submetidas a carga de compressão em uma máquina de ensaios EMIC, a
uma velocidade de 1 mm/min.. Após obtenção dos valores de resistência
à fratura cada amostra foi submetida a uma inspeção visual na lupa
estereoscópica para análise do modo de fratura. Para os valores de
resistência à fratura, submetidos à análise estatística, o teste de Kruskall-
Wallis acusou diferença significante e o teste U de Mann-Whitney indicou
os locais de diferença. A análise do modo de fratura mostrou que o
remanescente dental foi pouco afetado nas amostras dos grupos das
coroas metalocerâmicas (Grupos A e B). Nos grupo C, D e E metade das
fraturas ocorreu envolvendo somente o preenchimento coronário e a outra
metade envolveu o preenchimento e a raiz do remanescente. O grupo F
apresentou 100% de envolvimento do remanescente dental com fraturas
cervicais ou longitudinais. Para os dados relativos à adaptação marginal o
teste estatístico ANOVA não acusou diferença significante. Todos os
grupos apresentaram valores dentro do limite de 100 µm, aceitável
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clinicamente.
Addi et al
2
.,em 2002, determinaram o tamanho da fenda na interface
de inlayscerâmicos usando-se um sistema CAD/CAM recentemente
introduzido e dois tipos de cerâmicas feitas em laboratório prensadas de
baixa fusão (IPS Empress e Opc). Pré-molares humanos extraídos foram
preparados para receber inlays cerâmicas mesio-ocluso-distais (MOD)
para os quais 10 Denzir, 10 IPS Empress e 10 Opc foram fabricadas.
Antes da cimentação, a adaptação interna sobre os modelos de gesso e
sobre os pré-molares foi determinada utilizando-se réplicas. Após a
cimentação sobre os pré-molares com cimento resinoso Panavia F
(Kurary- Japan), a adaptação interna e marginal foram mensuradas. Antes
da cimentação não houve diferenças significativas (p>0,05) na largura da
fenda interna entre os três sistemas estudados quando colocados sobre
seus modelos de gesso correspondentes. Quando colocados sobre os
pré-molares, uma diferença significativa (p< 0,01) na adaptação interna foi
observada entre o Empress e o Opc. O sistema IPS Empress demonstrou
adaptação interna de aproximadamente 206mm, adaptação proximal de
153mm, gengivo-proximal de 167mm e oclusal de 147mm. O sistema Opc
apresentou adaptação interna aproximadamente 278mm, proximal
246mm, gengivo-proximal 265mm, oclusal 256mm. E o sistema CAD/CAM
pré-fabricado Denzir apresentou adaptação interna de aproximadamente
243mm, proximal 136mm, gengivo-proximal 139mm, oclusal 149mm .
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Soares et al
59
., em 2003, avaliaram a adaptação marginal de
sistemas restauradores para “inlays” de resina e cerâmica. Os materiais
utilizados foram cerâmica feldspática (Duceram) e três tipos de cerômero
(Solidex, Targis e Artglass). Foram feitas cavidades MOD em molares e
obtidas as respectivas restaurações. A avaliação da adaptação marginal
foi feita usando um sistema computadorizado coletor de imagem aplicado
em quatro pontos em cada face com amplificação de 250 vezes. Este
sistema apresenta uma precisão de 1 μm. Entre todos os materiais a
discrepância marginal verificada na região cervical foi estatisticamente
superior à das regiões oclusal e proximal. A cerâmica feldspática mostrou
maior discrepância do que os cerômeros, que não apresentaram
diferença estatística entre si. Estudos quanto à discrepância marginal de
coroas unitárias usando vários sistemas e materiais têm resultado em
inferências estatísticas ambíguas.
Segundo Yeo et al
38
., em 2003,em seus estudos, relatam que, isto
se deve à pequena quantidade de amostras e número reduzido de
medidas que levam à utilização de testes estatísticos não-paramétricos
cuja força de avaliação é menor do que os testes paramétricos. Em seu
trabalho para avaliação da adaptação marginal eles utilizaram quatro
grupos: sistema metalocerâmico convencional, Celay In-Ceram, In-Ceram
convencional e IPS Empress pela técnica estratificada. Cada grupo foi
composto de 30 amostras. Os preparos tinham término cervical em ombro
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com 1 mm de largura e inclinação axial de 6 graus. A adaptação marginal
de cada coroa foi aferida com um microscópio óptico com precisão de
±0.1 μm em 50 pontos ao longo da circunferência marginal. O critério de
fenda marginal com o máximo aceitável clinicamente (120 μm) foi usado.
Os dados foram avaliados com a análise de variância ao nível de
significância de 0,05. Os valores médios obtidos por grupo foram: 87 μm
para o grupo controle (metalocerâmica convencional); 83 μm para o
Celay; 112 μm para o In-Ceram convencional; 46 μm para o IPS Empress.
Em comparação com o grupo controle, diferenças significantes foram
observadas para o IPS Empress com a menor discrepância marginal. Já o
grupo In-Ceram convencional exibiu a maior discrepância marginal. O
grupo Celay não apresentou diferença em relação ao grupo controle.
Suarez et al
63
., em 2003, compararam a precisão de adaptação
marginal in vitro de coroas Procera AIICeram com dois desenhos de
terminação: chanfro e ombro arredondado, tendo como hipótese que a
terminação em chanfro proporcionaria a melhor adaptação pelas
características do scanner. Vinte modelos de preparo foram
confeccionados em metal sendo dez com terminação em chanfro de 1.0
mm e dez com ombro arredondado de 1.0 mm. As infra-estruturas foram
confeccionadas e cimentadas com cimento resinoso (Calibra Esthetic
Resin Cement - Dentsply). As amostras foram embutidas em resina
epóxica e seccionadas longitudinalmente para avaliação utilizando uma
lupa de magnifícação acoplada a um programa de análise de imagem.
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Concluem que: (1) a adaptação marginal atingida pelas infra-estruturas
estava dentro da aceitabilidade clínica. (2) A precisão de adaptação não
foi influenciada pelo tipo de linha de término. (3) A terminação em chanfro
apresentou sobre-contorno vertical e horizontal. (4) A terminação em
ombro arredondado apresentou boa adaptação vertical e sobre-contorno
horizontal.
Wolfart S. et al
74
., em 2003, comparou a discrepancia marginal
antes e apos cimentaçao de coroas ceramicas, neste estudo foram
selecionados desseseis pacientes que foram moldados e confeccionados
as coroas com o sistema Empress 2, apos confecção dos copings e
aplicaçao de ceramicas foram confeccionados moldes antes e apos a
cimentação para analise da discrepancia ocassionado pela
cimentação.Concluiram que não houve diferença significativa de
adaptaçao marginal antes e após a cimentação.
Quintas et al
48
., em 2004, analisou a discrepância marginal vertical
de copings cerâmicos de diferentes materiais. Foram avaliados os efeitos
de diferentes términos cervicais, técnicas de manipulação da cerâmica e
agentes cimentantes. Foram obtidos dois preparos de coroas de molares
em padrões metálicos. Em cada um deles foi feito um término cervical
diferente: chanfrado profundo e ombro arredondado. Cada molar foi
duplicado para fabricar 90 copings. Para cada término foram obtidos 9
subgrupos com 10 amostras, numa combinação de diferentes materiais
2 REVISÃO DE LITERATURA
________________________________________________________
___________________________________________________________
79
cerâmicos para o coping (Empress II, InCeram e Procera) e diferentes
agentes cimentantes (fosfato de zinco, ionômero de vidro e resinoso). Um
dispositivo especial de alumínio foi desenvolvido para posicionar o modelo
metálico e o coping cerâmico. A distância (μm) entre dois pontos pré-
determinados foi medida antes e após a cimentação por um projetor de
perfil sob uma força de torque. A análise de variância (ANOVA) com
medidas repetidas foi feita para verificar a influência de cada fator na
discrepância marginal vertical: 3 fatores entre os copings (tipo de término,
material e agente cimentante) e um fator inter-coping (antes e após a
cimentação). Os dados analisados acusaram diferença estatística para o
fator material. Os copings Procera apresentaram as menores médias de
valores de discrepância marginal antes e após a cimentação (25/44 μm)
quando comparados ao Empress II (68/110 μm) e ao InCeram (57/117
μm). O fator cimento e o tipo de término cervical não apresentaram
influência significante na discrepância marginal cervical. Os autores
concluíram que em se considerando cada fator separadamente, a técnica
de manipulação da cerâmica parece ser o fator testado mais importante
para a discrepância marginal vertical dos copings cerâmicos.
Albert F.E, Mowafy O. M
3
., em 2004, investigou a o efeito de
diversos cimentos na microinfiltração e na adaptação marginal de coroas
2 REVISÃO DE LITERATURA
________________________________________________________
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80
da porcelana. Foram utilizados oito molares extraídos e foram divididos
em dois grupos. Os dentes de um grupo foram preparados para receber
coroas de Procera Allceram, visto que o outro grupo foi preparado para
receber coroas metálicas cerâmica. Foram confeccionados Copings pelas
técnicas padrão, e os grupos foram divididos para cimentação com fosfato
de zinco, ionômero de vidro, cimento de ionômero de vidro e cimento
resinoso Os espécimes foram avaliados em relação a adaptação marginal
utilizando um microscópio e como resultado os copings de Procera
AllCeram tiveram uma abertura marginal média significativamente maior
(mícron 54) comparada ao metal cerâmico (mícron 29). Concluíram que
em ambos os tipos de coroas, o uso do cimento da resina resultou na
melhor adaptação marginal.
Campos
14
, em 2005, avaliaram a adaptação marginal e a
resistência à fratura de coroas totais metalocerâmicas e de coroas sem
reforço de infra-estrutura metálica, utilizando-se diferentes sistemas
restauradores. Foram selecionadas 48 raízes de dentes bovinos com
diâmetros e formas semelhantes, seccionadas com 15 mm de
comprimento. Após tratamento endodôntico e alívio do conduto pinos
metálicos com 12 mm de comprimento foram fixados com cimento de
fosfato de zinco e um preenchimento coronário de resina composta micro-
híbrida foi construído com três mm de altura e convergência axial de
aproximadamente 6 graus. O término cervical foi o ombro arredondado
2 REVISÃO DE LITERATURA
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81
com 1,0 mm de largura. As amostras preparadas e seus respectivos
modelos foram aleatoriamente distribuídos em seis grupos com oito
amostras cada. Os grupos foram assim divididos: GRUPO A – coroas
metalocerâmicas convencionais; GRUPO B – coroas metalocerâmicas
modificadas; GRUPO C – coroas cerâmicas reforçadas por dissilicato de
lítio (Empress 2); GRUPO D – coroas cerâmicas reforçadas por leucita
(Cergogold); GRUPO E – coroas cerâmicas reforçadas por leucita
fluorapatita; GRUPO F – coroa de cerômero (Targis). As coroas foram
fabricadas seguindo-se as recomendações técnico-laboratoriais dos
fabricantes para o seu material. No seu formato final as coroas
apresentaram espessura axial aproximada de 1,0 mm no terço gengival e
espessura oclusal de 2 mm. A inclinação oclusal das coroas foi controlada
através de uma referência padronizada. Antes da cimentação as coroas
foram submetidas à avaliação da adaptação marginal através de análise
em estereomicroscópio, com ampliação de 20x. A aferição da fenda
marginal foi feita através de sistema computadorizado obtendo-se a
média a partir de 16 medidas, sendo 4 medidas por face do dente. A
cimentação foi feita com cimento resinoso dual. Após a cimentação foi
criado um ligamento periodontal artificial e as amostras incluídas em um
cilindro de resina de poliestireno. As amostras foram, então, submetidas à
carga de compressão em uma máquina de ensaios EMIC, a uma
velocidade de 1 mm/min. Após obtenção dos valores de resistência à
fratura cada amostra foi submetida a uma inspeção visual na lupa
2 REVISÃO DE LITERATURA
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82
estereoscópica para análise do modo de fratura. Para os valores de
resistência à fratura, submetidos à análise estatística, o teste de Kruskall-
Wallis acusou diferença significante e o teste U de Mann-Whitney indicou
os locais de diferença. O grupo B apresentou média de 172,66 Kgf,
significativamente superior ao grupo A, com média de 141,17 Kgf. Os
grupos com infra-estrutura metálica foram significativamente superiores
aos outros. Os grupos C (67,13 Kgf), D (55,80 Kgf) e F (76,51 Kgf) foram
estatisticamente semelhantes, sendo que os grupos C e F foram
significativamente superiores ao grupo E (45,32 Kgf). Os grupos D e E
apresentaram médias estatisticamente semelhantes. A análise do modo
de fratura mostrou que o remanescente dental foi pouco afetado nas
amostras dos grupos das coroas metalocerâmicas (Grupos A e B). Nos
grupo C, D e E metade das fraturas ocorreu envolvendo somente o
preenchimento coronário e a outra metade envolveram o preenchimento e
a raiz do remanescente. O grupo F apresentou 100% de envolvimento do
remanescente dental com fraturas cervicais ou longitudinais. Para os
dados relativos à adaptação marginal o teste estatístico ANOVA não
acusou diferença significante. As médias de cada grupo foram: Grupo A –
74 μm; Grupo B – 102 μm; Grupo C – 87 μm; Grupo D – 99 μm; Grupo E
– 80 μm; Grupo F – 100 μm. Todos os grupos apresentaram valores
dentro do limite de 100 μm, aceitável clinicamente.
2 REVISÃO DE LITERATURA
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83
Bindl e Mormann
9
, em 2005, avaliaram a discrepância marginal de
coroas puras confeccionadas com in ceran, empress 2, cerec, procera e
decim para o estudo foi confeccionado 72 Copings cerâmicos que foram
analisados em SEM 120X, neste estudo os autores verificaram que o
sistema In ceran foi o que apresentou a menor discrepância marginal que
o sistema empress 2 e em relação ao sistema Procera e Decin não houve
diferença estatisticamente e o sistema Cerec não apresentou diferença
significativa em relação aos outros materiais.
Balkaya, M.C., Cinar,A., Pamuk S
7
., em 2005, relata que as
restaurações protéticas são usadas e ha uma falta da informação sobre
como a adaptaçao marginal se é ou nao afetado por procedimentos de
fabricação. Neste estudo ele examinou a adaptaçao marginal apos os
ciclos de confecçao das coroas totalmente ceramicas, para issso foram
confeccionados 10 coroas ceramicas de In ceram convencional e dez
coroas de In ceram modificada e dez de In ceram feldspatica(
controle).Os espécimes foram medidos, essas medidas foram gravadas
em 18 pontos selecionados ao longo dos planos horizontais e verticais.
Os sistemas da coroa foram comparados pelo uso do teste do student t e
da análise de variancia (ANOVA). Como resultados o sistema Inceram
convencional apresentou (57 +/- 24 microm) e o modificado (microm 57
+/- 32) demonstrando os valores marginais quase idênticos na
2 REVISÃO DE LITERATURA
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84
discrepância, seguidos pelas coroas feldspatica (controle), (17 +/- 12) no
plano vertical. As análises estatísticas não demonstraram nenhuma
diferença significativa nos valores marginais da discrepância entre os 3
sistemas todo-cerâmicos, à exceção dos valores horizontais da
discrepância entre o In ceram convencional e modificado após o ciclo da
queima da porcelana. Os resultados indicaram que a adição da porcelana
aos copings causou uma mudança significativa na adaptaçao marginal, os
autores concluiram que os 3 sistemas cerâmicos demonstraram um ajuste
marginal comparável e aceitável. O ciclo de queima da porcelana afetou o
ajuste marginal das coroas cerâmicas. Entretanto, o ciclo de queima do
glaze não teve nenhum efeito significativo no ajuste.
Akbar J. H. et al
5
., em 2006, verificaram a discrepância marginal do
CEREC 3, em diferentes tipos de preparo, foram preparados 16 molares
humanos para confecção de coroas totais. A adaptação marginal foi
avaliada em duas maneiras: (1) usando-se modificaram critérios unidos
do serviço de saúde pública dos estados (USPHS) para avaliar oito locais
pre selecionados em cada margem da coroa, e (2) usando o SEM, medir
aberturas marginais em todas as quatro paredes axiais com 15 medidas
em cada parede (60 medidas por cada coroa). Resultados: em grupos do
preparo tipo chanfro e do tipo ombro não houve diferença significativa e
portanto podem ser aceitas clinicamente.
3 PROPOSIÇÃO
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3. PROPOSIÇÃO
O objetivo deste estudo foi avaliar “in vitro”, através de, microscopia
óptica de luz, a adaptação marginal de coroas totais de dois sistemas
cerâmicos, IPS Empress 2 e Ceramcap, em dois momentos:
3.1 Análise da adaptação marginal do Coping cerâmico.
3.2 Análise da adaptação marginal após aplicação da cerâmica de
estratificação.
4 MATERIAL E MÉTODO
_______________________________________________________________
4. MATERIAL E MÉTODO
4.1- Materiais
A metodologia foi desenvolvida com dois grupos, cada um contendo cinco
corpos-de-prova, conforme descrito a seguir.
Foram utilizados neste estudo os seguinte materiais conforme quadro 1.
Quadro1- Descrição dos materiais que foram utilizados no estudo.
Do universo de cerâmicas metal-free, selecionamos para o nosso
trabalho o sistema Ceramcap confeccionado a base de Alumina ( Por se
tratar de uma tecnológia brasileira) e o sistema Empress 2 (Ivoclar), em
função de sua ampla utilização clínica e aceitação profissional. Estes
MATERIAIS NOME
COMERCIAL
COMPOSIÇÃO FABRICANTE
Cerâmica IPS Empress 2 Dissilicato de
Lítio.
Ivoclar
Cerâmica Ceramcap Alumina
Ceramcap
Silicona de
adição
Express LTD Vinil
polysiloxione
3M ESPE
4 MATERIAL E MÉTODO
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87
sistemas diferem em composição, técnica de confecção e espessura
mínima do substrato de reforço sobre o qual é aplicada a cerâmica
estética. Para a realização deste trabalho, confeccionamos corpos de
prova dos dois sistemas cerâmicos citados, seguindo as orientações dos
respectivos fabricantes.
Portanto, dez munhões de aço inoxidável, foram torneados
produzindo preparos circulares que simulavam os preparos dentais.As
diretrizes de um preparo para coroas cerâmicas relatadas na literatura
foram respeitadas e valores médios de um preparo dental incorporados,
linha de terminação em ombro de 1, 5 mm.; paredes axiais em 6 graus de
convergencia oclusal; angulos axio-pulpar e axio-oclusal arredondados;
altura de 7 mm; diâmetro na base do preparo de 11 mm; diâmetro na
oclusal do preparo de 7, 06 mm. Caixas ou concavidades foram evitadas(
Fig. 1) .
4 MATERIAL E MÉTODO
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88
FIGURA 1: Munhão de aço que simula o preparo dental.
Para simular as condições de trabalho clínico, ao invés de utilizar-se
o munhão de aço inoxidável, o munhão foi moldado para obtenção de um
modelo de gesso para confecção dos corpos de prova, da mesma
maneira que ocorre em um consultório Odontológico.
Para a moldagem foi utilizada uma moldeira de plástico cilíndrica e
rígida - em conjunto com uma silicona de polimerização por reaçâo de
adição – Express LTD –( Fig. 2) na técnica corretora. Assim, foi realizada
uma moldagem preliminar com a silicona densa em conjunto com um
pedaço de plástico para que houvesse um espaçamento para a inserção
do segundo material, (Fig. 3) e, após sua reação de polimerização, o
4 MATERIAL E MÉTODO
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89
molde foi separado do munhão (Fig. 4). Uma segunda moldagem foi
realizada colocando a silicona fluida no interior do molde denso e
reposicionando o munhão no interior do molde para detalhamento de
superfície(Fig. 5). Após a polimerização da segunda silicona, o munhão
foi novamente removido (Fig. 6) e aguardou-se trinta minutos de
recuperação elástica do material de moldagem antes do vazamento.
FIGURA 2: Silicona de adição utilizada na moldagem dos munhões.
O molde, foi vazado com gesso Velmix tipo IV (Fig. 7 e 8). Após a cura do
gesso (cristalização), o modelo (Fig. 9 ) foi separado do molde e enviado
ao laboratório de prótese.
4 MATERIAL E MÉTODO
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90
FIGURA 3: Moldagem preliminar utilizando plástico para realização
espaço para a silicona fluida.
FIGURA 4: Preenchimento da moldagem preliminar com a silicona fluida
4 MATERIAL E MÉTODO
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91
.
FIGURA 5: Reposicionamento do munhão
FIGURA 6: Moldagem final do munhão
4 MATERIAL E MÉTODO
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92
FIGURA 7: Realização do vazamento do molde com gesso.
FIGURA 8: Vazamento de gesso concluido
4 MATERIAL E MÉTODO
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93
FIGURA 9: Obtenção do modelo
4. 2- CORPOS DE PROVA DO EMPRESS 2® (IVOCLAR)
Para a produção dos corpos de prova do sistema Empress 2®, os
munhões em gesso foram pincelados com um liquido espaçador ( Fig. 10
e 11) e em seguida foram previamente encerados nas dimensões
preconizadas pelo fabricante (Fig 12 e 13). Empregou-se a cera Classic,
realizou-se a pesagem desses copings de cera para determinar a
quantidade de pastilha que seria utilizada em cada injeção. Os copings
foram unidos ao cilindro para injeção por um tubo cilíndrico, o qual serviu
como ducto de alimentação no momento da injeção. Após a fixação, os
copings em cera foram devidamente isolados com um isolante
4 MATERIAL E MÉTODO
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___________________________________________________________
94
hidrossolúvel, para evitar bolhas e possíveis uniões com o material de
revestimento. Procedeu-se a dosagem e manipulação do material de
revestimento específico do Sistema Empress 2 (Fig. 14 e 15) e foi
realizado o preenchimento de todo o cilindro (Fig. 16). Aguardou-se o
tempo de 30 minutos para a presa do material de revestimento (Fig. 17 e
18), e os cilindros de injeção foram desmontados e levados ao forno EDG
3000 para o aquecimento e eliminação da cera (Fig.19). Esse
procedimento é realizado a 750° Celsius durante 1 hora. A próxima etapa
foi a montagem dos cilindros com as pastilhas de dissilicato de lítio e um
cilindro de material cerâmico (Fig.20), o qual atuou como êmbolo no
momento da injeçâo, pressionando o material cerâmico fundido, para que
esse ocupe o espaço que foi deixado dentro do material de revestimento
após a eliminação da cera.
O conjunto do cilindro montado com as pastilhas e o êmbolo
foi levado ao forno IPS EP 600 para injeçâo (Fig. 21 e 22), que ocorre a
uma temperatura de 920° Celsius em um intervalo de 15 minutos.
Completado esse ciclo, os cilindros foram removidos do forno e
recortados, tendo-se o cuidado de marcar no cilindro o comprimento do
êmbolo, para que não houvesse risco de cortar os copings (Fig. 23 e 24).
A remoção do material de revestimento ocorreu com um jateamento
utilizando esferas de vidro a uma pressão de 4 bar (Fig. 25). Próximo aos
copings, removeu-se o revestimento com jateamento de esferas de vidro
a uma pressão de 2 bar, e os copings foram separados dos ductos de
4 MATERIAL E MÉTODO
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___________________________________________________________
95
alimentação, utilizando-se um disco fino de diamante. Nas áreas próximas
ao ducto de alimentação, foram realizados desgastes com pontas
diamantadas (Fig. 26). Foi realizada limpeza das peças com o líquido
Invex, em um aparelho ultrassônico, com a finalidade de remover todo o
material de revestimento que pudesse estar aderido ao material cerâmico
(Fig. 27). Alem disso, foi efetuado um novo jateamento, agora com
partículas de óxido de alumínio, a uma pressão de 1 bar. Após essa
limpeza, foram removidos os excessos de material cerâmico dos copings,
com instrumentos rotatórios, para obtermos copings com a espessura
desejada (Fig. 28, 29 e 30).
FIGURA 10: Liquido espaçador
4 MATERIAL E MÉTODO
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96
FIGURA 11 : Realização do espaçamento
Figura 12: Enceramento Figura 13: Grupo Encerado
do Coping
4 MATERIAL E MÉTODO
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97
Figura 14: Materiais Figura 15: Espatulação à Vacúo
de Revestimento
Figura 16 : Vertendo Revestimento Figura 17: Cilindros Prontos
4 MATERIAL E MÉTODO
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98
Figura 18: Cilindros com Embolo em posição Figura 19: Vista do cilindros no interior do
forno para fundição da cera
Figura 20: Posicionando o Embolo nos cilindros
4 MATERIAL E MÉTODO
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99
Figura 21: Apresentação do Figura 22: Cilindro Montado e Posicionado no
forno IPS Empress Forno para a Injeção
Figura 23:
Cilindros Injetados e prontos Figura 24: Recortando os cilindros
Para serem recortados com disco diamantado
Figura 25: Jateamento para remoção do Figura 26: Corpos de prova Limpos
revestimento preso ao Coping
4 MATERIAL E MÉTODO
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100
Figura 27: Ultra Som para remoção dos restos
de revestimento
Figura 28:Vista interna do coping Figura 29: Vista lateral
4 MATERIAL E MÉTODO
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101
Figura 30: Copings prontos e em posição para ser
realizado as medições
Após obtenção dos copings cerâmicos de Empress 2, foram realizadas
as medidas de desadaptação marginal.
Com o objetivo de padronização da cerâmica de recobrimento sobre a
infra estrutura, foi necessário o desenvolvimento de um dispositivo que
permitisse um espaço padrão entre este e a infra estrutura posicionada
sobre o munhão metálico (Fig. 31, 32, 33 e 34). Este espaço teria que ser
definido de tal maneira que as dimensões finais do conjunto infra estrutura
e cerâmica de recobrimento fossem de 2,5 mm na linha de terminação,
elevando-se linearmente para 2,0 mm na oclusal, valores recomendados
na literatura para resistência do conjunto.
4 MATERIAL E MÉTODO
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102
Figura 31: Matriz aberta com o Figura 32: Matriz fechada
munhão em posição
Figura 33:
Coping cerâmico sobre munhão Figura 34: Coping cerâmico sobre munhão
Munhão, vista Geral vista Lateral
Assim, foi realizado a mistura das cerâmicas de cobertura com o pó de
porcelana Empress 2, cor de dentina A1 com o liquido de modelar IPS
Empress 2 (fig. 35), formando uma massa que foi aplicada sobre os
copings cerâmicos, com auxilio de um pincel e da matriz metálica, os
copings com a massa cerâmica foram encaminhados ao forno de
sinterização. Foi utilizado um forno Keramat, a uma temperatura de 810°
4 MATERIAL E MÉTODO
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103
Celsius, durante 1 minuto, sob vacuo. Concluido o ciclo de queima, ou
sinterização, o forno foi aberto automaticamente, aguardando-se o
resfriamento à temperatura ambiente obtendo as amostras com a
cerâmica de cobertura(Fig.36 e 37 )
Após a confecção dos corpos de prova agora com a cerâmica de
cobertura foi realizado novamente as medidas das desadaptações
marginais.
Figura 35: Kit de cerâmica de cobertura utilizado
4 MATERIAL E MÉTODO
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104
Figura 36: Obtenção do corpo de prova com cerâmica de cobertura
Figura 37: Grupo de Corpos de Prova nos seus respectivos munhões
4 MATERIAL E MÉTODO
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105
4.3- CORPOS DE PROVA DO CERAMCAP
Para a produção dos corpos de prova do sistema Ceramcap, seguimos os
passos de manipulação e sinterização estipulados em cada etapa de
produção, tanto da infra estrutura (Coping) quanto da camada de
estratificação aplicada sobre o mesmo, conforme orientação do
fabricante.
Assim, realizou-se a aplicação de isolante com a ajuda de pincel sobre as
amostras ( Fig. 38 e 39), em seguida as amostras foram reproduzidos
com silicone de condensação e sobre o molde foi vertido revestimento.
Após o tempo de endurecimento, foi realizado o preparo da babotina do
kit do fabricante ( Fig. 40), em seguida com ajuda de espatula, foi
realizado a aplicação da babotina, sobre o modelo refratário ( Fig. 41)
que foram levados no forno Cerampress (NEY-QEX) com a temperatura
de 1080° C por 20 minutos, obtendo assim a sinterização da alumina dos
copings cerâmicos do grupo Ceramcap (Fig. 42) e em seguida foi
realizada a infiltração de vidro a uma temperatura de 1050° C por 1
minuto, (Fig. 43). A seguir esses copings foram levados para realização
da desadaptação marginal.
Num segundo momento, foi realizada a aplicação de cerâmica de
cobertura Dulcera Allceran ( Fig. 44 e 45) com ajuda do pincel e da matriz
metálica.
4 MATERIAL E MÉTODO
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106
Figura 38: Isolante a ser usado no corpo de prova
Figura 39: Aplicação do isolante realizada
4 MATERIAL E MÉTODO
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107
Figura 40: Kit de babotina, diluente e vidro
Figura 41: Aplicação da babotina
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108
Figura 42: Grupo Ceramcap
Figura 43: infiltração de vidro
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Figura 44: Cerâmica de cobertura
Figura 45: Amostra concluida
4 MATERIAL E MÉTODO
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110
4. 4- Método
Para aferição microscópica da adaptação marginal das amostras
foi utilizado uma lupa estereoscópica em aumento de 100X (Modelo
LEICA MS 5 - Leica Microscopy Systems Ltd – Heerbrugg - Switzerland),
com iluminação externa e sistema fotográfico acoplado (Fig. 46 e 47). Os
parâmetros de regulagem da lupa para as fotos foram: abertura de lente
5; objetiva 10 (ampliação real de 100x); intensidade 5 de iluminação
externa. Na objetiva 10 obtém-se um campo bastante ampliado, mas
pouco extenso. Desta forma, foram selecionados os pontos que
apresentavam maior discrepância marginal ao longo de toda a face
avaliada. Para a fotografia foi utilizado à própria câmera digital da lupa
estereoscópica. As imagens foram captadas digitalmente. Na imagem
digitalizada foram localizados os pontos de maior discrepância e a
amplitude de cada ponto definida a partir do ângulo cavo - superficial até
a margem da restauração (Fig. 48 e 49). As fotografias digitais foram
analisadas por um programa computadorizado (Imagelab 2000). Este
programa importa as imagens em BMP de um arquivo e permite a
mensuração de medidas lineares e áreas. Através de uma ferramenta de
calibração pode-se determinar qual a unidade de medida desejada. O
sistema foi, então, calibrado para mensurações lineares em micrometros
(μm).
Foram feitas medições da fenda marginal em 3 pontos de cada face,
perfazendo um total de 12 pontos mensurados por cada amostra. A média
4 MATERIAL E MÉTODO
_______________________________________________________________
___________________________________________________________
111
destes 3 pontos representou, então, a desadaptação de cada face (Fig.
50). A desadaptação de cada amostra foi calculada pela média aritmética
das medidas das 4 faces da amostra. A aferição foi realizada por um
único avaliador. Este método possibilita a avaliação da adaptação
marginal deixando as amostras intactas para utilização em outros testes.
Figura 46: Lupa estereoscópica
4 MATERIAL E MÉTODO
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112
Figura 47: Lupa estereoscópica
Figura 48: Imagem captada pelo software próprio da lupa
4 MATERIAL E MÉTODO
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113
Figura 49: Vista da desadaptação marginal
Figura 50: Cálculo da média da fenda marginal por face e média geral por
dente
4 MATERIAL E MÉTODO
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114
ANÁLISE ESTATÍSTICA
Considerando que o estudo avaliou a comparação entre adaptação
marginal de sistemas cerâmicos no momento da confecção dos copings e
após a aplicação de cerâmica de cobertura, foi definido a utilização da
aplicação do teste para dados pareados justificado pela dependência
entre os resultados obtidos para o mesmo voluntário. Assim foi utilizado o
teste T de Student para as variáveis: adaptação marginal no momento do
coping e após a aplicação da cerâmica de cobertura.
Em todas as análises foi adotado o nível de significância de 5%.
5 RESULTADOS
__________________________________________________________________
___________________________________________________________
5. RESULTADOS
Para verificar a correlação entre a variável, adaptação marginal,
entre os dois sistemas cerâmicos, foi aplicado o teste de correlação de
Person (α= 0,05). Este teste analisa a distribuição pareados dos valores
da adaptação marginal de cada amostra individualmente e através do
coeficiente de correlação pode-se analisar a existência ou não relação
entre entre a variável (Coping X Cerâmica de Cobertura) e entre os
sistemas (IPS Empress 2 X Ceramcap). Os valores dos coeficientes de
correlação para a cerâmica Empress 2 (r= 0,95) e para o Ceramcap
(r=0,78), revelam que não há correlação entre os materiais e portanto eles
são diferentes estatisticamente.
5 RESULTADOS
__________________________________________________________________
___________________________________________________________
116
Para melhorar a compreensão e discussão do assunto , os
resultados foram divididos nos seguintes itens.
5.1- Sistema Cerâmico Empress 2.
Os valores originais da desadaptações marginais das amostras do
sistema cerâmico IPS Empress 2, são mostradas nos quadros 2 e
3.
Quadro 2. Medidas (em μm) obtidas através do software Imagelab
2000, do Sistema Cerâmico IPS Empress 2, após confecção dos copings.
IPS EMPRESS 2
COPINGS
Corpos-
de-Prova
Medidas de
Desadaptação
1.1 87 85 83
1.2 82 89 84 MÉDIA 86.33333
1.3 91 90 93
1.4 83 85 84 DESV.PADRÃO 3,601347
2.1 92 90 87
2.2 83 85 89 MÉDIA 85,25
2.3 84 82 85
2.4 81 85 80 DESV.PADRÃO 3,671141
3.1 92 90 91
3.2 86 88 89 MÉDIA 86,58333
3.3 85 87 88
3.4 83 81 79 DESV.PADRÃO 3,98767
4.1 87 86 85
4.2 82 84 87 MÉDIA 85,25
4.3 89 90 92
4.4 79 80 82 DESV.PADRÃO 4,025487
5.1 90 93 91
5.2 86 85 87 MÉDIA 87,5
5.3 89 86 87
5.4 87 85 84 DESV.PADRÃO 2,713602
5 RESULTADOS
__________________________________________________________________
___________________________________________________________
117
Quadro 3. Medidas (em μm) obtidas através do software Imagelab
2000, do Sistema Cerâmico IPS Empress 2, após aplicação da cerâmica
de cobertura.
CERÂMICA DE COBERTURA
Corpos-
de-Prova
Medidas de
Desadaptação
1.1 85 84 81
1.2 80 86 82 MÉDIA 84
1.3 87 88 90
1.4 82 80 83 DESV.PADRÃO 3,247377
2.1 90 90 87
2.2 82 84 87 MÉDIA 84,25
2.3 83 81 84
2.4 80 84 79 DESV.PADRÃO 3,621276
3.1 90 87 90
3.2 85 87 89 MÉDIA 85
3.3 83 85 86
3.4 80 80 78 DESV.PADRÃO 4,022663
4.1 85 83 82
4.2 80 84 86 MÉDIA 83,83333
4.3 87 90 91
4.4 79 78 81 DESV.PADRÃO 4,1524
5.1 87 89 90
5.2 86 84 86 MÉDIA 85,75
5.3 87 84 85
5.4 86 83 82 DESV.PADRÃO 2,340357
As médias amostrais calculadas estão expostas no quadro 4, onde
pode ser observado que todas se enquadram dentro do limite de 100 μm
aceitável clinicamente. No entanto o grupo aplicado à cerâmica de
cobertura apresentou as menores médias, de desadaptação marginal
vertical em relação às medidas de desadaptação marginal realizadas nos
copings. Para o sistema IPS Empress 2 existe diferença estatística
significativa nas medidas no momento do Coping e após realização da
cerâmica de cobertura
5 RESULTADOS
__________________________________________________________________
___________________________________________________________
118
Quadro 4. Médias finais dos corpos-de-prova do sistema IPS Empress 2
Teste-t: duas amostras em par para médias para IPS Empress 2
COPING CERÂMICA DE
COBERTURA
MÉDIA 86,18333333 84,56666667
Variância 13,03361582 12,1819209
Observações 60 60
Correlação de Pearson 0,956059002
Hipótese da diferença de
média
0
gl 59
Stat t 11,82354739
P (T<=t) uni-caudal 1,67585E-17
T critico uni-caudal 1,671093033
P (T<=t) bi-caudal 3,3517E-17
T critico bi-caudal 2,000995361
5.2- Sistemas Cerâmicos Ceramcap
Os valores originais das desadaptações marginais das amostras do
sistema cerâmico Ceramcap, são mostradas no quadro 5 e 6.
5 RESULTADOS
__________________________________________________________________
___________________________________________________________
119
Quadro 5. Medidas (em μm) obtidas através do software Imagelab
2000, do Sistema Cerâmico Ceramcap, após confecção dos copings.
CERAMCAP
COPING
Medidas de
Desadaptação
1.1 113 110 99
1.2 97 95 98 MÉDIA 99,66667
1.3 101 104 95
1.4 98 86 100 DESV.PADRÃO 7,062492
2.1 107 104 98
2.2 97 99 102 MÉDIA 100,5
2.3 101 103 105
2.4 95 97 98 DESV.PADRÃO 3,729489
3.1 101 104 106
3.2 97 100 98 MÉDIA 100,8333
3.3 99 98 95
3.4 107 102 103 DESV.PADRÃO 3,688639
4.1 103 104 101
4.2 93 95 97 MÉDIA 98,41667
4.3 104 101 100
4.4 96 94 93 DESV.PADRÃO 4,231018
5.1 99 101 104
5.2 94 97 100 MÉDIA 100
5.3 97 93 95
5.4 104 107 109 DESV.PADRÃO 5,152228
5 RESULTADOS
__________________________________________________________________
___________________________________________________________
120
Quadro 6. Medidas (em μm) obtidas através do software Imagelab
2000, do Sistema Cerâmico Ceramcap, após confecção da cerâmica de
cobertura.
CERÂMICA DE COBERTURA
Medidas de
Desadaptação
1.1 97 100 99
1.2 96 93 97 MÉDIA 97,41667
1.3 100 102 93
1.4 96 95 101 DESV.PADRÃO 2,998737
2.1 100 103 99
2.2 96 97 101 MÉDIA 99,16667
2.3 100 103 104
2.4 94 95 98 DESV.PADRÃO 3,270622
3.1 100 102 105
3.2 95 100 97 MÉDIA 99,58333
3.3 97 97 94
3.4 105 100 103 DESV.PADRÃO 3,679386
4.1 99 100 97
4.2 93 92 94 MÉDIA 95,5
4.3 100 97 95
4.4 95 93 91 DESV.PADRÃO 3,089572
5.1 97 100 102
5.2 92 95 98 MÉDIA 98,66667
5.3 97 92 94
5.4 104 105 108 DESV.PADRÃO 5,210712
As médias amostrais do sistema Ceramcap calculadas, estão
expostas no quadro 7, onde pode ser observado que todas se enquadram
dentro do limite de 100 μm aceitável clinicamente. O grupo aplicado à
5 RESULTADOS
__________________________________________________________________
___________________________________________________________
121
cerâmica de cobertura (97,9 μm) apresentou as menores médias, de
desadaptação marginal vertical em comparação com a desadaptação
marginal dos copings (99,8 μm). Para o sistema Ceramcap, existe
diferença estatística significativa entre as medidas no momento do Coping
e após realização da Cerâmica de cobertura.
Quadro 7. . Médias finais (em μm) das amostras do Ceramcap
Teste-t: duas amostras em par para médias para Ceramcap
COPING CERÂMICA DE
COBERTURA
MÉDIA 99,88333 97,9
Variância 23,42684 14,6678
Observações 60 60
Correlação de Pearson 0,788437
Hipótese da diferença de
média
0
gl 59
Stat t 5,160044
P (T<=t) uni-caudal 1,52E-06
T critico uni-caudal 1,671093
P (T<=t) bi-caudal 3,03E-06
T critico bi-caudal 2,000995
5.2- SISTEMA CERÂMICO EMPRESS 2 X SISTEMA CERÂMICO
CERAMCAP.
Os valores relativos à discrepância marginal vertical estão expostos no
quadro 8. Os mesmos foram submetidos à análise estatística para
5 RESULTADOS
__________________________________________________________________
___________________________________________________________
122
verificação de diferenças significantes. Este quadro mostra que o sistema
IPS Empress 2, foi significativamente diferente estatisticamente em
relação ao Ceramcap; mostrando uma melhor adaptação marginal para o
sistema IPS Empress 2, (85,37±0,65) em comparação com o sistema
Ceramcap (98,89±0,80)
Quadro 8. Médias Geral (em μm) do sistema IPS Empress 2 e Ceramcap
Teste-F: duas amostras para variâncias
IPS
EMPRESS 2 CERAMCAP
Média 85,375 98,89167
Variância 13,16071 19,87892
Observações 120 120
gl 119 119
F 0,662044
P(F<=f) uni-caudal 0,012646
F crítico uni-caudal 0,738765
Int.Confiança variável 85,375±0,656
Int. Confiança variável 98,892±0,806
5 RESULTADOS
__________________________________________________________________
___________________________________________________________
123
Nas Figuras 51, 52 e 53, pode se obsevar valor mínimo e máximo do
conjunto dos dados e assim como sua mediana dos corpos de prova dos
sistemas no momento do coping e após a aplicação da cerâmica de
cobertura, mostrando que nao houve nenhuma disparidade dos dados
obtidos para o sistema IPS Empress 2 e apenas uma disparidade (
valores encontrados nos corpos-de-prova) para o sistema Ceramcap.
Figura 51: A figura 51, mostra o valor mínimo e máximo do conjunto dos
dados e assim como sua mediana dos corpos de prova do sistema IPS
Empress 2 no momento do coping e após a aplicação da cerâmica de
cobertura.
COPING
CERÂMICA DE COBERTURA
5 RESULTADOS
__________________________________________________________________
___________________________________________________________
124
Figura 52: A figura 52, mostra o valor mínimo e máximo do conjunto dos
dados e assim como sua mediana dos corpos de prova do sistema
Ceramcap no momento do coping e após a aplicação da cerâmica de
cobertura.
COPING CERÂMICA DE COBERTURA
5 RESULTADOS
__________________________________________________________________
___________________________________________________________
125
Figura 53: Nesta figura, faz-se uma comparação entre os dois materiais
estudados, mostrando uma diferença de variabilidade entre o sistema
Empress 2 e o sistema Ceramcap e mostrando a sua única disparidade
dos dados coletados.
IPS Empress 2 Ceramcap
6 DISCUSSÃO
___________________________________________________________
___________________________________________________________
6. DISCUSSÃO
As pesquisas relacionadas com materiais estéticos são vastas e
tem procurado abordar os mais variados aspectos de cada tipo de
produto. A todo momento surgem novos materiais, cabendo ao meio
cientifico estar atento, procurando caminhos que levem não apenas ao
aperfeiçoamento dos materiais existentes mas avaliando de forma que
possamos dar subsídios aos clínicos.
Uma restauração indireta deve apresentar requisitos clínicos
satisfatórios, como contorno adequado, relação oclusal e marginal
eficiente após a cimentação, entretanto, o selamento marginal e a
adaptação marginal são fatores críticos para o sucesso clínico deste tipo
de restauração, uma vez que essas deficiências levam a problemas
relacionados com a solubilidade do agente cimentante
2,8,11,
, bem como a
infiltração marginal
39
. O desajuste cervical das restaurações indiretas
proporciona formação de fenda marginal entre o dente e o preparo,
facilitando o crescimento bacteriano, inflamação gengival, recidiva de
cárie e inflamação pulpar.
65
A adaptação marginal de restauração indiretas sobre o dente
preparado pode ser vista de duas formas. Com relação ao diâmetro de
ambas, em que a restauração pode terminar aquém ou além do ângulo
cavo-superficial marginal (sobre contorno ou sub contorno) e a outra
forma, diz respeito à distância entre a superfície interna da restauração e
6 DISCUSSÃO
________________________________________________________
___________________________________________________________
127
a superfície do preparo, ao longo do término cervical e uma das formas
existentes de mensuração dessa distância é através da distância entre o
ângulo da margem externa da restauração e o ângulo cavo-superficial do
dente preparado, denominada discrepância marginal vertical.
29,40,48,57,58,65
Assim a intimidade com que uma restauração indireta se adapta sobre um
preparo tem influência direta na sua longevidade.
1,13,21,37
No entanto na literatura ainda a muita controvérsia em relação a
adaptação marginal dos sistemas cerâmicos. Para alguns autores o grau
aceitável de fenda marginal citado para coroas tem sido de 50 a 75 μm
8,25
, e para outros superiores a 160 μm, ( Sulaimam et al
64
., 1997, Celik e
Gemalmaz
16
, 2002). No entanto para a American Dental Association
(ADA), a fenda marginal aceitável, deve ter no máximo 100 μm
12,20
.
Holmes
30
, em 1989, acreditava que a adaptação de uma coroa
pudesse ser mais bem definida em termos de “ desajuste”, mensurado em
diversos pontos entre a superfície interna daquela e o dente preparado. O
crescente interesse por essas restaurações indiretas de cerâmicas trouxe
à tona a necessidade de se identificar fatores significantes ao sucesso
clínico dos materiais e, idealmente, informação suficiente para predizer
seu comportamento ao longo do tempo. Entretanto, informações objetivas
a respeito do ajuste de uma coroa não são fáceis de serem obtidas. A
problemática de se mensurar a adaptação tridimensional de restaurações
indiretas ainda não estão resolvidas na prática
47,43
.
Análises microscópicas têm sido comumente usadas para testes
6 DISCUSSÃO
________________________________________________________
___________________________________________________________
128
comparativos in vitro da adaptação marginal entre diversos sistemas
cerâmicos
17,33,62,70
. Pêra et al
44
. (1994) usaram um microscópio com
amplificação de 100x com dados obtidos a partir de 4 pontos em cada
amostra. Rinke et al
49
. (1995) usaram um estereomicroscópio combinado
com um sistema computadorizado, sob amplificação de 180x fizeram uma
avaliação a partir da análise de 54 pontos de medida por amostra.
Rocha
50
, 1997, avaliou a adaptação de dois sistemas cerâmicos,
cerâmica de vidro fundido (DICOR ®) e o sistema hidrotermal de cerâmica
dental (DUCERAM), através da microscopia eletrônica de varredura, onde
verificou, para o DUCERAM a média de 68,27 µm e 69,76 µm para o
Dicor® .
Segundo Beschnidt e Strub
9
(1999), Milan
41
, (1999); todos os
dados deveriam ser analisados sob as considerações da metodologia de
cada estudo. Segundo esses autores, a avaliação da discrepância
marginal das coroas depende de vários fatores: mensuração de coroas
cimentadas ou não; forma de armazenagem e tratamento (como
procedimentos de envelhecimento) após a cimentação; tipo de pilar usado
para as mensurações; tipo de microscópio e fator de aumento para as
mensurações; e localização e quantidade de medidas. Inokoshi et al
32
.
(1992) relataram que diferentes métodos de avaliação da adaptação
marginal mostraram variação nas medidas dos mesmos corpos, além das
diferenças acima descrita, existem outros fatores que também influenciam
na desadaptação marginal, são as características intrínsecas como,
6 DISCUSSÃO
________________________________________________________
___________________________________________________________
129
materiais de moldagem, produtos à base de gesso e revestimento, ceras,
massas cerâmicas; e as cacteristicas extrínsecas, técnica laboratorial e
destreza profissional do técnico em laboratório.
Neste estudo foi utilizado a uma lupa estereoscópica em aumento
de 100X (Modelo LEICA MS 5 - Leica Microscopy Systems Ltd –
Heerbrugg - Switzerland), com iluminação externa e sistema fotográfico
acoplado, cada amostra foi fotografado quatro vezes a cada 90°,
perfazendo um total de 12 medidas em cada corpo de prova e para que
não houvesse divergências de técnicas empregado em cada sistema
cerâmico, o técnico em laboratório foi indicado pelos fabricantes.
As técnicas de obtenção dos corpos de prova deste trabalho são
consideravelmente influenciadas pelos fenômenos de contração e
expansão de cada um dos materiais utilizados nestes processos e fazem
com que geralmente, os trabalhos (produção dos copings e aplicação de
cerâmicas) obtidos por essas técnicas, não se adaptem precisamente aos
preparos nos elementos dentais que os deram origem.
Neste trabalho, foi utilizado o sistema cerâmico IPS Empress 2, por
se tratar de um dos sistemas cerâmicos mais utilizados na Odontologia
atualmente, seu processo de fundição por cera perdida, foi introduzida por
Taggard, em 1907, certamente foi um dos maiores passos para o avanço
das técnicas odontológicas
15,18
. Este processo é apontado, até hoje, como
o grande responsável pela produção de restaurações de ajuste precisos,
que estejam com a concepção atual de fisiologia, função, mecânica e
6 DISCUSSÃO
________________________________________________________
___________________________________________________________
130
estética.
67
Já para o sistema Ceramcap, a técnica utilizada foi a de
reprodução por material refratário semelhante ao sistema cerâmico In
Ceran.
Na literatura existem inúmeros trabalhos relativos a adaptação
marginal do sistema cerâmico Empress 2 e nenhum trabalho relativo ao
sistema Ceramcap, por se tratar de um sistema com tecnologia brasileira
com pouco tempo no mercado.
Em relação ao sistema Empress 2 conforme quadro 3 pode se
observar uma melhor adaptação marginal após a aplicação da cerâmica
de cobertura (84,56µm), em relação as medidas realizadas após a
confecção dos copings (86,16µm). Havendo uma diferença
estatisticamente significante dentro deste sistema. O mesmo ocorreu com
o sistema cerâmico Ceramcap, uma média de (99,8µm) para as medidas
dos copings e uma média de (97,90µm) após a aplicação da cerâmica de
cobertura.
Os valores encontrados neste estudo para os dois grupos, mostram
uma influência direta do tipo de material restaurador sobre a adaptação
marginal. A fenda marginal para o grupo restaurador com o sistema
cerâmico Ceramcap (98,89µm) foi significativamente superior ao grupo
IPS Empress 2 (85,37µm). Essa diferença de comportamento pode ser
explicada pela duplicação do troquel de gesso em material refratário e
outro fator a ser analisado é a contração no momento da infiltração do
vidro
46,28,24,29,48,42
. Neiva et al
42
., 1998, avaliaram a adaptação marginal
6 DISCUSSÃO
________________________________________________________
___________________________________________________________
131
de 3 sistemas cerâmicos: IPS-Empress, In-Ceram e Procera All-Ceram.
Sessenta modelos mestres em aço inoxidável foram duplicados em uma
resina com alto teor de carga. Foram confeccionados 10 coroas
cerâmicas de cada sistema e, então cimentadas nos modelos de resina.
Os 20 casquetes correspondentes ao sistema Procera e IN-Ceram, foram
fabricados com uma mesma espessura de 1 mm axialmente e 2,5 mm na
região oclusal. Dez coroas Empress foram enceradas nas mesmas
dimensões e injetadas pelo fabricante. O tamanho das aberturas
marginais foi avaliado com microscópio óptico, para cada sistema
cerâmico. Como resultado, os autores verificaram que as maiores
aberturas marginais foram encontradas em coroas Procera All-Ceram,
enquanto, menores nas paredes axiais das coroas In-Ceram. Uma
explicação para isto poderia ser relacionada aos vários passos que estão
envolvidos no processo de fabricação de coroas com alto conteúdo de
alumina. Durante o processo de fabricação das coroas In-Ceram e
Procera All- Ceram, o modelo que é utilizado para queima das coroas de
cerâmica pura precisa ser vazado em material refratário, o qual é
comumente mais amplo que o preparo original para compensar a
contração que ocorre durante o processo de sinterização Portanto
possivelmente ocorram variações que comprometam a adaptação da
coroa no modelo original.
Quintas et al
48
., em 2004, analisou a discrepância marginal vertical
de copings cerâmicos de diferentes materiais. Foram avaliados os efeitos
6 DISCUSSÃO
________________________________________________________
___________________________________________________________
132
de diferentes términos cervicais, técnicas de manipulação da cerâmica e
agentes cimentantes. Os dados analisados acusaram diferença estatística
para o fator material. Os copings Procera apresentaram as menores
médias de valores de discrepância marginal antes e após a cimentação
(25/44 μm) quando comparados ao Empress II (68/110 μm) e ao InCeram
(57/117 μm). Os autores concluíram que em se considerando cada fator
separadamente, a técnica de manipulação da cerâmica parece ser o fator
testado mais importante para a discrepância marginal vertical dos copings
cerâmicos.
Os valores numéricos encontrados neste experimento, para o
grupo IPS Empress 2 são semelhantes ao encontrados nos trabalhos de
Prõbster et al
46
., em 1997, que obtiveram cerca de 81,9 µm, Sulaiman et
al
64
., em 1997, que obtiveram (78 µm); Romão, et al
51
., 2000, ( 89 μm) e
Campos
14
, em 2005, que obtiveram (87 µm).
Resultados não semelhantes a este estudo foram relatados por
Audenino, et al
6
., em 1999 (45 µm); Yeo, et al
38
., em 2003 (46 µm);
Beschnidt e Strub
9
., em 1999, que obtiveram cerca média (62 µm);
enquanto, Celik e Gemalmaz
16
, em 2002, encontrou abertura marginal de
105 µm a 182 µm e Quintas et al
48
., em 2004, obtiveram (68/110 μm)
Entretanto para os valores numéricos para o sistema Ceramcap,
não é possível relacionar esses valores com a literatura devido à ausência
de relatos que envolvam esta metodologia por se tratar de um novo de
material, contudo cabe relaciona-los a trabalhos que empregam material
6 DISCUSSÃO
________________________________________________________
___________________________________________________________
133
semelhante em sua construção (In Ceram). No entanto esses valores são
muitos divergentes nos trabalhos de Sulaiman, et al
64
., em 1997 (161 µm),
Beschnidt e Strub
9
., em 1999 obtiveram (60 µm); Hilgert
29
, em 2002, (42
μm); Quintas et al
48
., 2004, obtiveram (57/117 μm) e Campos
14
, em 2005
(161 μm).
A desadaptação marginal das restaurações indiretas é indesejável,
sua influência possibilita o desenvolvimento de doença
periodontal
25,34,35,45
, predispõe a um maior desgaste do agente de fixação,
pelo atrito com o bolo alimentar, predispondo a recidiva de cárie e
manchamento
26
. Entretanto, Rosenblum e Schulman
52
, em 1997
consideram que pequenos defeitos de adaptação marginal, exceto para
as restaurações feitas por computador, podem ser corrigidos pelo cimento
resinoso.
Os valores encontrados para a adaptação marginal de
restaurações indiretas não devem ser submetidas à simples comparação
numéricas entre diferentes trabalhos e sim, serem analisados à luz de
suas metodologias e parâmetros de avaliação.
Fica evidenciado, neste estudo, que o material restaurador tem
grande influência na adaptação marginal. Muito embora se tenha
consciência dos aspectos relacionados à confecção de cerâmicas puras e
sua condição de dificuldades de padronização, mesmo cercando de todos
os cuidados, porém, são as mesmas que aconteceriam em procedimentos
clínicos semelhantes.
6 DISCUSSÃO
________________________________________________________
___________________________________________________________
134
Por essas razões e devido a poucos estudos que relacionem as
alterações na adaptação marginal no momento da confecção do coping e
após a aplicação da cerâmica de cobertura, novos estudos tornam-se
necessários, para que se avaliem novas variáveis.
Além disso, dão margem a uma busca científica interessante na
área do desajuste marginal, visto que se situam muitas vezes dentro de
tecidos gengivais com características diferentes das quais circundam os
dentes, podendo causar distúrbios teciduais, pois as propriedades
vantajosas de um material não sobrepõem a necessidade de uma
restauração indireta bem adaptada.
Dessa forma cabe ao clinico uma maior acuidade, desde o preparo
dental à escolha do material restaurador, para que garanta, saúde,
função, estética e conseqüentemente a satisfação do paciente e do
profissional.
7 CONCLUSÃO
___________________________________________________________
___________________________________________________________
7. Conclusão
De acordo com a proposição e a metodologia desenvolvida neste
estudo e com base na análise dos resultados, podemos concluir que:
1. Há uma melhora significativa após a aplicação da cerâmica
de cobertura na desadaptação marginal em comparação com
a confecção dos copings.
2. A desadaptação marginal encontrada para sistemas
cerâmicos estão dentro dos parâmetros aceitáveis.
3. O sistema cerâmico Ceramcap apresentou maior grau de
desadaptação quando comparado ao sistema cerâmico IPS
Empress 2 .
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
________________________________________________________
* ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023
Informação e documentação – referência – elaboração. Rio de Janeiro,
2002. 24p.
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RODRIGUES NETO, E. Adaptação marginal de coroas totais cerâmicas
executadas em diferentes sistemas. Araraquara, 2008. 148 p. Doutorado
em Dentística Restauradora- Faculdade de Odontologia, Universidade
Estadual Paulista.
Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar a adaptação marginal de
coroas totais cerâmicas utilizando-se o sistema restauradores IPS
Empress 2 e o sistema Ceramcap em dois momentos: após confecções
dos copings e após aplicações da cerâmica de cobertura. No entanto, dez
munhões de aço inoxidáveis, foram torneados produzindo preparos
circulares que simulavam os preparos dentais com linha de terminação
em ombro de 1, 5 mm, paredes axiais em 6 graus de convergência
oclusal, ângulos axio-pulpar e axio-oclusal arredondados, altura de 7 mm,
diâmetro na base do preparo de 11 mm e diâmetro na oclusal do preparo
de 7, 06 mm. Caixas ou concavidades foram evitadas. Em seguida, foram
moldados com silicona de adição e confeccionados os copings, conforme
recomendações dos fabricantes. A avaliação da adaptação marginal foi
feita com um microscópio óptico de luz visível com aumento de 100 x,
acoplado com sistema de coleta de imagem, foram feitas 4 imagens para
cada corpo-de-prova, foi utilizado um software Imagelab 2000 para
análise das imagens, onde foram coletados 12 pontos de desadaptação
para cada imagem. Os valores de desadaptação marginal foram
146
analisados através do teste T student com nível de significância de 5%.
Para os sistema cerâmicos IPS Empress 2 e Ceramcap foram
encontrados médias de desadaptação respectivamente de (86,1μm e
99,8μm) para os copings e de (84,5μm e 97,9 μm), após aplicado a
cerâmica de cobertura. Houve diferença estatística significante entre a
confecção dos copings e após as aplicações da cerâmica de cobertura,
entre os dois materiais estudados. Em comparação aos dois sistemas
estudados, o sistema IPS Empress apresentou menores médias de
desadaptação em comparação com o sistema Ceramcap.
Palavras Chaves: Adaptação, Porcelana, Odontologia.
147
RODRIGUES NETO, E. Marginal adaptation of restoring ceramic total
crowns made with different systems. Araraquara, 2008. 148 p. Doutorado
em Dentística Restauradora- Faculdade de Odontologia, Universidade
Estadual Paulista.
Abstract
The objective of this work was to evaluate the adaptation marginal
of restoring ceramic total crowns using system IPS 2 Empress and the
Ceramcap system at two moments: after confections of copings and after
applications of covering ceramics. However, ten stainless steel trunnions,
had been tilted producing circular prepare that simulated the dental
prepares with line of termination in shoulder of 1, 5 mm, axial walls in 6
degrees of oclusal convergence, rounded off angles to pulpar-axio and
occlusal-axio, height of 7 mm, diameter in the base of the 11 preparation
of mm and diameter in the oclusal of the preparation of 7, 06 mm. Boxes
or concavities had been prevented. After that, they had been molded with
silicona of addition and confectioned copings, as recommendations of the
manufacturers. The evaluation of the adaptation marginal was made with
an optic microscope of visible light with increase of 100 x, connected to
system of image collection, had been made 4 images for each body-of-
test, was used a software Imagelab 2000 for analysis of the images,
where 12 points of mismatch for each image had been collected. The
148
values of mismatch marginal had been analyzed through test T student
with level of significance of 5%. For system ceramic IPS 2 Empress and
Ceramcap they had been found average of mismatch respectively of
(86,1μm and 99,8μm) for copings and of (84,5μm and 97,9 μm), after
applied covering ceramics. It had difference significant statistics enters the
confection of copings after and the applications of covering ceramics,
between the two studied materials. In comparison to the two studied
systems, system IPS Empress presented average minors of mismatch in
comparison with the Ceramcap system.
KEYWORDS: Adaptation, Porcelain, Dentistry.
Rodrigues Neto, Elidio.
Adaptação Marginal de Coroas Totais Cerâmicas Executadas
em Diferentes Sistemas. / Elidio Rodrigues Neto. – Araraquara:
[s.n.], 2008.
148 f. ; 30 cm.
Tese (Doutorado) Universidade Estadual Paulista,
Faculdade de Odontologia
Orientador : Prof. Dr. José Roberto Cury Saad
1. Adaptação 2. Porcelana 3. Odontologia I. Título
Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Ceres Maria Carvalho Galvão de Freitas, CRB-8/4612
Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação da Faculdade de Odontologia de Araraquara / UNESP
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