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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA – MESTRADO
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: CLÍNICA INTEGRADA
WILMER FABIÁN SEPÚLVEDA NAVARRO
AVALIAÇÃO CROMÁTICA DE TRÊS RESINAS PARA BASE DE PRÓTESES
APÓS IMERSÃO EM ALIMENTOS LÍQUIDOS.
PONTA GROSSA
2007
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WILMER FABIÁN SEPÚLVEDA NAVARRO
AVALIAÇÃO CROMÁTICA DE TRÊS RESINAS PARA BASE DE PRÓTESES
APÓS IMERSÃO EM ALIMENTOS LÍQUIDOS.
Dissertação apresentada para obtenção do titulo de
mestre na Universidade Estadual de Ponta Grossa,
no curso de Mestrado em Odontologia – Área de
concentração em Clínica Integrada.
Orientadora Prof
a
. Dr
a
. Nara Hellen Campanha
Co-orientadora Prof
a
. Dr
a
. Christiane Philippini
Ferreira Borges
PONTA GROSSA
2007
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WILMER FABIÁN SEPÚLVEDA NAVARRO
AVALIAÇÃO CROMÁTICA DE TRÊS RESINAS PARA BASE DE PRÓTESES
APÓS IMERSÃO EM ALIMENTOS LÍQUIDOS.
Dissertação apresentada para obtenção do título de mestre na Universidade
Estadual de Ponta Grossa, no curso de Mestrado em Odontologia - Área de
concentração em Clínica Integrada.
Ponta Grossa, 08 de Novembro de 2007.
____________________________________________
Profa. Dra. Nara Hellen Campanha – Orientadora
Universidade Estadual de Ponta Grossa
_________________________________________
Profa. Dra. Karin Hermana Neppelenbroek
Universidade Estadual de Ponta Grossa
_________________________________________
Prof. Dr. Hercules Jorge Almilhatti
Universidade Federal do Paraná
A Deus,
Por ter me iluminado no dia a dia durante toda
minha vida até alcançar este grande sonho, o
qual retribuirei a todas as pessoas que fazem
parte essencial de minha existência
.
Aos meus pais
Celiar e Magola,
Por serem esses seres maravilhosos que Deus me
deu,
p
or seu carinho, seus conselhos, seu a
p
oio
incondicional, sua voz de alento nos momentos
di
f
ícies e sua ini
g
ualável ca
p
acidade de serem
meus
p
rinci
p
ais mestres ao lon
g
o de toda
minha vida. Sem vocês não teria chegado tão longe,
muito obrigado.
A meu irmão Hialder,
Por todos e cada um dos momentos que passamos
juntos, pelos seus conselhos, sua orientação, pelas
lembranças e pela oportunidade que Deus me deu de
ter um irmão como você, muito obrigado.
AGRADECIMENTOS
Ao professor e amigo Doutor João Carlos Gomes pela
oportunidade dada pra mim de crescer não só profissional como também
pessoalmente dentro desta instituição, pelas suas orientações, seus conselhos, e
sua grande qualidade humana transmitida com muita humildade desde o mesmo
momento que o conhecemos, obrigado por fazer de nós verdadeiros mestres.
À professora Doutora Osnara Maria Mongruel Gomes, por ter
me oferecido a oportunidade de compartilhar seus conhecimentos, seus conselhos,
suas orientações, paciência e amizade, desde a minha chegada no Brasil.
À minha orientadora Profa. Dra. Nara Hellen Campanha, pela
sua amizade, seus conselhos, paciência, tolerância, pelos conhecimentos
transmitidos e sua orientação durante toda a realização deste trabalho, muito
obrigado.
À Universidade Estadual de Ponta Grossa em nome do
Magnífico Reitor João Carlos Gomes pela oportunidade a mim oferecida de
realizar o curso de Mestrado e de Crescer profissionalmente.
À Universidade Santiago de Cali por abrirem suas portas
para mim e ter me formado como profissional.
À professora Doutora Christiane Philippini Ferreira Borges, por
seu tempo, oportunidade na realização de minha dissertação, seus conselhos,
paciência, sua co-orientação e pelos conhecimentos a mim transmitidos.
Ao Centro Interdisciplinar de Pesquisa e Pós-graduação
(CIPP) pela oportunidade de utilizar não só suas instalações físicas, mas também
seus equipamentos no transcurso de meu trabalho.
Ao meu professor e amigo Dr. Gonzalo Arana Gordillo pela sua
amizade, conhecimentos e a confiança em mim depositados incentivando-me na
atualização diária dentro desta maravilhosa profissão.
A todos e cada um dos meus professores do mestrado
especialmente a meus professores e amigos Doutores Ulisses Coelho,
Abraham Calixto, Alessandro Dourado Loguercio, Alessandra Reis e Elizabete Brasil
dos Santos, por suas orientações, conselhos e principalmente pela sua amizade,
muito obrigado.
Ao professor e amigo doutor Fabio André dos Santos, pela
sua valiosa contribuição na elaboração da análise estatística deste trabalho.
A minha espetacular família por serem sempre esse apoio
incondicional, exemplo de alegria, otimismo, felicidade e união. Sem a existência de
vocês, este grande sonho não sería jamais realizado, muito obrigado.
Ao meu grande amor Beatriz Elena Arana Correa, por estes
maravilhosos anos ao seu lado, cheios de muitas alegrias e dificuldades, por seu
otimismo, amor, colaboração e coragem, sempre a meu lado, obrigado por tudo e
agradeço a Deus a cada momento por me permitir conhecer uma mulher como você.
Te amo.
Aos meus amigos e irmãos Cristian, Sergio, Eugenio (Chuchi),
Roberto, Rodrigo (Zuk), Shelon e Cristiana pelos seus conhecimentos, conselhos,
companheirismo e por todos e cada um dos tantos momentos vividos nestes anos,
que não serão jamais esquecidos, por termos realizado e construído uma verdadeira
família, agora voltaremos sendo melhores pessoas cheios de experiências e sonhos.
Espero retribuir-lhes da mesma maneira em meu país e igualmente espero ter
contribuído em algo para suas vidas... Obrigado por serem meus amigos e irmãos e
que nossa amizade continue por muitos... muitos anos mais.
Ao professor e amigo Emigdio Jimenez porque além de nos
brindar muitos conhecimentos, foi um grande mestre e companheiro, obrigado pelas
suas experiências de vida transmitidos, conselhos e colaboração nestes anos.
Às minhas amigas e “irmãs” Ariane, Ana Paula e Simone, por
todo o tempo que compartilhamos, vocês ficarão na minha mente e no meu coração.
Obrigado por tudo.
Aos meus colegas e amigos do mestrado Alfonso, Gislaine, Ana
Paula G, Ana Paula T, Eloísa, Camila, Chigueyuki, Manoela e Michele pela
convivência, experiências e momentos de aprendizagem alegres e agradáveis, muito
obrigado.
Às professoras e amigas Janaina Habib Jorge e Karin Hermana
Neppelenbroek pela sua amizade e conhecimentos durante o tempo que
compartilhamos, muito obrigado.
À professora e amiga Adriana Postiglione Bührer Samra pela
sua amizade e conhecimentos, muito obrigado.
À amiga e colaboradora Morgana das Graças Procz dos
Santos pela sua colaboração, paciência, disposição, competência e amizade.
À bibliotecária Maria Luzia F. Bertholino pela paciente correção
das normas.
Aos técnicos do Laboratório Transflex (Ponta Grossa)
especialmente a Roberto, Marcelo e Elaine pela colaboração nesta pesquisa,
obrigado pela sua paciência e amizade.
DADOS CURRICULARES
Wilmer Fabián Sepúlveda Navarro
NASCIMENTO 01.07.1978 Cúcuta - Norte de Santander-
Colômbia
FILIAÇÃO Magola Navarro Perez
Celiar Enrique Sepúlveda Posada
1998 - 2004 Curso de Graduação
Universidad Santiago de Cali (USC).
Cali - Colômbia
2005 - 2007 Membro ativo da Sociedad
Colombiana de Operatoria Dental y
Biomateriales - SCODB
2005 - 2007 Membro ativo da Asociación
Latinoamericana de Operatoria
Dental y Biomateriales - ALODYB
2007 Curso de Escultura dental com
resinas compostas. Instituto Latino
Americano de Pesquisa e Ensino
Odontológico – ILAPEO Curitiba,
Paraná
2006/2007 Curso de Pós-graduação em
Odontologia, Universidade Estadual
de Ponta Grossa – UEPG, nível de
Mestrado em Odontologia - Área de
Concentração em Clínica Integrada
RESUMO
SEPÚLVEDA NAVARRO, W. F. Avaliação cromática de três resinas para base
de próteses após imersão em alimentos líquidos. Ponta Grossa, 2007, 123.
Dissertação (Mestrado em Clinica Integrada) – Faculdade de Odontologia,
Universidade Estadual de Ponta Grossa.
O objetivo deste estudo foi determinar a estabilidade de cor de duas resinas acrílicas
(Lucitone 550 e Vipi Cril) e de um material à base de náilon (Transflex) para base de
próteses, imersos em três alimentos líquidos (café, refrigerante de cola e vinho tinto,
e água destilada, como controle). Quarenta corpos-de-prova em forma de discos de
cada marca comercial, com diâmetro de 20,0 mm e espessura de 3,0 mm foram
confeccionados. Cada corpo-de-prova foi suspenso dentro do alimento líquido com o
uso de um fio dental impedindo o contato com o recipiente ou outros corpos-de-
prova. Os corpos-de-prova foram armazenados em água destilada por 24 h (T
0
) a
37 °C. Neste tempo T
0
, a cor dos corpos-de-prova foi mensurada com
espectrofotômetro (Varian Cary 100). Após 15 dias (T
1
) e 30 dias (T
2
) de imersão
nos alimentos líquidos, a cor dos corpos-de-prova for mensurada novamente com o
espectrofotômetro. A mensuração de cor foi registrada usando o sistema CIE L*a*b*
(Commission Internationale de L’ Eclairage), com iluminante D65 (luz do dia). Os
valores das médias de E (alterações de cor) foram calculados para cada material e
comparados estatisticamente com análise de variância de dois fatores e confirmado
pelo teste de Bonferroni com intervalos de 0,95. Em E T
0
T
1
e E T
0
T
2
as maiores
alterações de cor foram obtidas com o vinho tinto quando comparadas com as dos
corpos-de-prova imersos em água destilada (P< 0,0001). O café foi o segundo
alimento líquido que alterou a cor tanto das resinas acrílicas quanto da resina à base
de náilon. Transflex também demonstrou alteração de cor significativa após a
imersão em refrigerante de cola (P < 0,0001). Em E T
1
T
2,
somente o vinho tinto
promoveu alteração de cor significativa em todas as resinas (P < 0,0001). As
conclusões deste estudo demonstram que a maior alteração cromática foi provocada
pelo vinho tinto, seguido pelo café. Os valores de E dos corpos-de-prova,
convertidos a unidades NBS (National Bureau of Standard), demonstraram alteração
de cor visualmente perceptíveis por ambos os alimentos líquidos (vinho tinto e café).
Palavras chaves: Cor. Pigmentação. Espectrofotômetro.
ABSTRACT
SEPÚLVEDA NAVARRO, W. F. Chromatic evaluation of three denture base
resins after immersion in liquid foods. Ponta Grossa, 2007, 123. Dissertação
(Mestrado em Clinica Integrada) – Faculdade de Odontologia, Universidade Estadual
de Ponta Grossa.
The purpose of this study was to determine the color stability of two heat-cured
denture base acrylic resins (Lucitone 550 and Vipi Cril) and one nylon denture base
material (Transflex) immersed in four liquid foods (coffee, cola, red wine and distilled
water). Forty specimen disks of each brand, with a diameter of 20.0 mm and a
thickness of 3.0 mm were prepared. Each specimen was suspended in the liquid
foods with dental floss so that it did not contact the container or other specimens.
The specimens were stored in distilled water for 24 h at 37°C. At that time (T
0
) the
color of all specimens was measured with a spectrophotometer (Varian Cary 100).
After 15-day (T
1
) and 30-day (T
2
) periods of immersion in the liquid foods color of the
specimens was measured again with the spectrophotometer. Color measurements
were recorded using the CIEL*a*b* (Commission Internationale de L’ Eclairage)
system with D65 (day light) light. Mean E (color changes) values were calculated for
each material and compared statistically with a two-way analyses of variance and
calculating Bonferroni intervals at 0.95. In E T
0
T
1
and E T
0
T
2
the most severe
discoloration was apparent with red wine when compared to the specimens stored in
distilled water (P< 0.0001). Coffee was the second staining liquid food which have
affect both acrylic and nylon denture base materials. Transflex also showed
significant color change after immersion in cola (P < 0.001). In E T
1
T
2
only red wine
promoted significant discoloration of all resins (P < 0.0001). From the conclusions of
this study, the greatest chromatic change was exhibited by specimens immersed in
red wine, followed by coffee. E values of the specimens converted to NBS (National
Bureau of Standard) units, showed a visually perceptible color change by these two
liquid foods (red wine and coffee).
Keywords: Color. Pigmentation. Spectrophotometer.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Resina acrílica termopolimerizável Lucitone 550………………….. 63
Figura 2 - Resina acrílica termopolimerizável Vipi Cril.................................... 63
Figura 3 - Resina termoplástica injetável Transflex............................ 63
Figura 4 - Dimensões do corpo-de-prova.......................................................
.
64
Figura 5 - Silicone de condensação Printer (Catalizador Universal).............. 64
Figura 6 - Silicone de condensação Printer (Denso)..................................... 64
Figura 7 - Padrões de silicone incluídos em gesso........................................ 65
Figura 8 - Orifícios deixados pelos padrões no gesso.................................... 65
Figura 9 - Corpo-de-prova da resina Lucitone 550........................................ 66
Figura 10 - Corpo-de-prova da resina Vipi Cril................................................ 66
Figura 11 - Mufla metálica aberta.................................................................... 67
Figura 12 - Metade inferior da mufla preenchida com gesso pedra................ 67
Figura 13 - Padrões de silicone posicionados sobre o gesso......................... 67
Figura 14 - Condutos adutores, canal de alimentação principal e isolamento
da superficie do gesso..................................................................
68
Figura 15 - Vazamento do gesso na porção superior da mufla........................ 68
Figura 16 - Isolamento dos orifícios do gesso.................................................. 68
Figura 17 - Cartuchos metálicos fechados (6 cm, 9 cm e 12 cm).................... 69
Figura 18 - Máquina injetora termo-plástica modelo 01………………………… 69
Figura 19 - Materiais usados no acabamento dos corpos-de-prova................ 69
Figura 20 - Corpo-de-prova da resina Transflex.............................................. 70
Figura 21 - Fio colado na lateral do corpo-de-prova......................................... 70
Figura 22 - Espectrofotômetro Varian-Cary 100…………………………………
.
72
Figura 23 - Branco padrão para correção de linha de base............................. 72
Figura 24 - Sistema de cores CIE L*a*b*. O espaço representado no eixo Y
representou a coordenada L*, no o eixo X a coordenada a* e no
eixo Z a coordenada b*. As combinações destas coordenadas
resultaram em uma posição espacial que expressa a cor.............
72
Figura 25 - Médias amostrais (colunas) e erros padrão (barras verticais) de
variação de cor entre as resinas no período T
0
T
1
, independente
m
das soluções estudadas.................................................................
77
Figura 26 - Médias amostrais (colunas) e erros padrão (barras verticais) de
variação de cor entre as resinas no período T
0
T
2
, independente
m
das soluções estudadas.................................................................
77
Figura 27 - Médias amostrais (colunas) e erros padrão (barras verticais) de
variação de cor entre as resinas no período T
1
T
2
, independente
m
das soluções estudadas.................................................................
78
Quadro 1 - Materiais utilizados na pesquisa.................................................... 62
Quadro 2 - Características de proporção, manipulação e polimerização das
resinas acrílicas termopolimerizáveis............................................
65
Quadro 3 - Relação dos meios corantes utilizados na pesquisa..................... 73
Quadro 4 - Escores segundo a NBS................................................................ 75
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Médias e (erros padrão) das medidas de luminosidade (L*)
cromaticidade (a* e b*) antes da imersão dos corpos-de-prova.......
76
Tabela 2 - Médias e (erros padrão) da variação de cor E das resinas nas
diferentes soluções estudadas no período T
0
T
1
..............................
78
Tabela 3 - Médias e (erros padrão) da variação de cor E das resinas nas
diferentes soluções estudadas no período T
0
T
2
................................
79
Tabela 4 - Médias e (erros padrão) da variação de cor E das resinas nas
diferentes soluções estudadas no período T
1
T
2
..............................
79
Tabela 5 -
Médias de variação de cor (E) nos períodos T
0
T
1
, T
0
T
2
e T
1
T
2
,
segundo os critérios da NBS............................................................
80
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO.................................................................................... 14
2
REVISÃO DE LITERATURA............................................................... 18
3
PROPOSIÇÃÕ.................................................................................. 61
4
MATERIAL E MÉTODOS................................................................... 62
4.1 RESINAS ACRÍLICAS UTILIZADAS................................................... 62
4.2 CONFECÇÃO DOS CORPOS-DE-PROVA DAS RESINAS
TERMOPOLIMERIZÁVEIS..................................................................
63
4.3 ACABAMENTO E POLIMENTO DAS RESINAS
TERMOPOLIMERIZÁVEIS..................................................................
66
4.4 CONFECÇÃO DOS CORPOS-DE-PROVA DA RESINA
TERMOPLÁSTICA..............................................................................
66
4.5 ACABAMENTO E POLIMENTO DA RESINA TERMOPLÁSTICA...... 69
4.6 ARMAZENAMENTO DOS CORPOS-DE-PROVA.............................. 70
4.7 PRIMEIRA AVALIAÇÃO DE COR....................................................... 71
4.8 MEIOS CORANTES E CONDIÇÕES DE IMERSÃO.......................... 73
4.9 METODOLOGIA ESTATÍSTICA.......................................................... 74
5
RESULTADOS.................................................................................... 76
6
DISCUSSÃO....................................................................................... 81
7
CONCLUSÕES................................................................................... 88
8
REFERÊNCIAS................................................................................... 89
APÊNDICE A Valores originais das leituras de cor......................................
97
APÊNDICE B Resultados das análises de variância....................................
110
APÊNDICE C Valores do teste de Bonferroni realizado no programa
GraphPad Prism versão 4.03................................................
112
Ficha catalográfica elaborada pelo Setor de Processos Técnicos BICEN/UEPG
Sepúlveda - Navarro, Wilmer Fabián
S479a Avaliação cromática de três resinas para base de
próteses após imersão em alimentos líquidos. / Wilmer Fabián
Sepúlveda - Navarro. Ponta Grossa, 2007.
123 f.: il.
Dissertação ( Mestrado em Odontologia – área de
concentração em Clinica Integrada ), Universidade Estadual de
Ponta Grossa.
Orientadora: Profa. Dra. Nara Hellen Campanha
1. Cor. 2. Pigmentação. 3. Espectrofotômetro.
I . Campanha, Nara Hellen . II. Universidade Estadual de
Ponta Grossa. III. T.
CDD : 6l7.6
1 INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas as considerações estéticas em Odontologia
restauradora e protética têm recebido grande prioridade. A busca de um material
ideal que mantenha a coloração natural tem sido um dos maiores desafios atuais
das pesquisas dos materiais dentários (Phoenix
1
2005). Grande parte dos
profissionais da Odontologia não tem conhecimento profundo na ciência da cor
(Paravina
2
2002), embora a seleção de cores seja uma etapa crítica para o sucesso
estético. A despeito de sua óbvia importância, há anos os procedimentos de seleção
de cores vêm sendo conduzidos de forma empírica, com base em informações e
conceitos não amparados pela ciência (Melo
3
2005),
considerando-se este, um dos
principais obstáculos aos tratamentos restauradores e reabilitadores.
Dentro dos requisitos do material para base de prótese clinicamente
aceitável estão: resistência, durabilidade, propriedades térmicas satisfatórias,
precisão de processamento, estabilidade dimensional, estabilidade química,
ausência de gosto e odor, biocompatibilidade, aparência natural e estabilidade de
cor (Craig, Powers
4
2004), a qual é requerimento dos polímeros utilizados para
bases de próteses (Revised American Dental Association 1975
5
). Para melhor efeito
estético, as próteses deveriam ser translúcidas e permanecer com essa translucidez,
sem apresentar manchamentos, nem alterações de cor (Hersek
et al.
6
1999).
Antes da introdução dos acrílicos na Odontologia, em 1937, o
principal polímero utilizado para base de próteses era a borracha vulcanizada, cujos
principais problemas eram manchamento e absorção de líquidos. Previamente,
materiais como nitrocelulose, fenol formaldeído, plásticos de vinil e porcelanas eram
empregados. Em 1946, as resinas acrílicas foram muito utilizadas, chegando a 98%
das bases para próteses serrem confeccionadas de metilmetacrilato (Craig, Powers
4
2004).
Existem diferentes classes para as resinas de base de próteses, de
acordo com seu processamento e sistemas de polimerização e ativação. Assim, tais
resinas podem ser: autopolimerizáveis prensadas convencionalmente (Alves et al.
7
2007), injetadas (Karacaer et al.
8
2003) ou fluidas (Rawls
9
2005),
termopolimerizáveis prensadas (Rached et al.
10
2004, Sato et al.
11
2005)
e injetadas
(Liberman et al.
12
1995, Nogueira et al.
13
1999, Parvizi et al.
14
2004),
termopolimerizáveis ativadas por energia de microondas prensadas (Schneider et
15
al.
15
2002, Rached et al.
10
2004, Yunnus et al.
16
2005, Alves et al.
7
2007)
e injetadas
(Yunnus et al.
16
2005) e termoplásticas injetadas (Munns
17
1962, Hargreaves
18
1971,
Parvizi et al.
14
2004, Yunnus et al.
16
2005). As resinas acrílicas para base de
próteses mais comumente utilizadas baseiam-se no sistema monômero
metilmetacrilato (MMA) e polímero polimetilmetacrilato (PMMA). Independentemente
do tipo de polimerização, as resinas acrílicas termopolimerizáveis também diferem
em sua composição, podendo apresentar ou não agentes de ligação cruzada, tais
como eltilenoglicoldimetacrilato, divinilbenzeno, 1,6 hexametilenoglicoldimetacrilato,
1,10 decametilenoglicoldimetacrilato, tetraetilenoglicoldimetacrilato,
polietilenoglicoldimetacrilato 600, 1,4 butanedioldimetacrilato,
sendo usados no
componente de polimetilmetacrilato ou polietilmetacrilato(Price
19
1986, Arima
20
1995). O polimetilmetacrilato possui uma dupla ligação de carbono por molécula, e o
etilenoglicoldimetacrilato possui duas duplas ligações por molécula, resultando numa
molécula individual de glicoldimetacrilato, que serve como ponte para unir duas
cadeias poliméricas. O polímero formado desta maneira pode estruturalmente
acrescentar resistência à deformação. Este agente de ligação cruzada pode estar
presente no componente líquido em uma concentração de 1% a 2% por volume
(Phoenix
1
2005).
Existem também materiais à base de náilon, nome genérico de
certos tipos de polímeros termoplásticos pertencentes à classe das poliamidas, as
quais são produzidas pela reação de condensação entre uma diamina NH
2
-(CH
2
)
6
-
NH
2
e um ácido básico CO
2
H-(CH
2
)
4
-COOH (Munns
17
1962, Hargreaves
18
1971,
Yunnus et al.
16
2005). O náilon foi desenvolvido como resultado de uma investigação
de W. H. Carothers e colaboradores de Du Pont Chemical Co., realizada durante a
procura por um material formador de fibra sintética, em um trabalho realizado desde
1928 até 1938 com 230 químicos e engenheiros trabalhando neste propósito. O
náilon é um polímero cristalino, se comparado com o polimetilmetacrilato que é
amorfo; esta característica cristalina do náilon faz com que o mesmo tenha
resistência a solventes e altas temperaturas, ductibilidade e flexibilidade, tornando-o
um polímero resistente à fraturas (Mattews
21
1955).
Uma poliamida linear simples pode ser descrita por dois números: o
primeiro é o número de átomos de carbonos na cadeia molecular da diamina; o
segundo é o número na cadeia molecular do ácido. Assim, os tipos de náilon são
distinguidos por um prefixo numérico que indica o número dos grupos – CH
2
– na
16
diamina e o número total de átomos de carbono no ácido dibásico (X+2)
(Hargreaves
18
1971). Existem diferentes tipos de náilon os quais diferem nos
números de átomos de carbono e nas ligações de hidrogênio ao longo da cadeia
molecular, sendo assim os náilons 6, 66 e 610; este último, por ter mais espaço dos
grupos amidas, apresenta absorção de água menor e portanto sua estrutura é mais
forte.
Os mais recentes tipos de náilon são os tipos 11 e 12 com longas cadeias de
metileno e relativamente baixos ponto de fusão e níveis de absorção de água
(Hargreaves
18
1971). Algumas das desvantagens relatadas nas suas primeiras
formulações incluíam a tendência de deterioração de cor do material, manchamento,
alta absorção de água e o desenvolvimento de superfícies rugosas após períodos
curtos de tempo (Polat
et al.
22
2003, Yunnus et al.
16
2005). Entretanto, foram
encontrados poucos trabalhos na literatura que avaliassem a estabilidade de cor de
formulações atuais das resinas para base de próteses termoplásticas à base de
poliamida (Munns
17
1962, Hargreaves
18
1971).
Alterações de cor nas resinas acrílicas autopolimerizáveis podem
estar associadas à oxidação da amina terciária, composto químico que ativa o
iniciador de polimerização presente nestes materiais (Taylor, Frank
23
1950, Phoenix
1
2005). Tem sido demonstrado que as resinas autopolimerizáveis apresentam menor
estabilidade de cor quando comparadas às resinas termopolimerizáveis e que
mesmo entre diferentes marcas comerciais de resinas autopolimerizáveis podem ser
encontradas diferenças nesta propriedade (Anil et al.
24
1999).
As alterações de cor dos polímeros podem estar associadas à
sorção de líquidos no interior da massa polimérica (absorção) ou à sua deposição
superficial (adsorção) (Hersek et al.
6
1999). A absorção ou a adsorção de líquidos
pelos polímeros depende de sua composição química (Taylor, Frank
23
1950, Hersek
et al.
6
1999, Polat et al.
22
2003), especialmente sua porção monomérica (Price
19
1986, Arima et al.
20
1996) das características superficiais (Von Fraunhofer,
Suchatlampong
25
1975), da rugosidade (Alves et al.
7
2007), da polaridade (May et
al.
26
1992), da quantidade de monômero residual (Woelfel
27
1971, May et al.
28
1996)
e das porosidades (Compagnoni et al.
29
2004) provocadas pelo superaquecimento
ou pressão insuficiente durante a polimerização (May et al.
28
1996). A quantidade de
monômero residual é maior nas resinas autopolimerizáveis (Woelfel
30
1971) que nas
termopolimerizáveis (Weaver, Goebel
30
1980, Truong, Thomasz
31
1988) e pequena
17
nas resinas termopolimerizadas por microondas (De Clerck
32
1987, Tsuchiya et al.
33
1994).
As principais soluções que podem entrar em contato com as
próteses e que, portanto, apresentam potencial de manchamento das mesmas, são
agentes limpeza
(Lombardi, Budtz-Jörgensen
34
1993, Polyzois et al.
35
1997, Keif,
Gungor
36
2003) soluções desinfetantes (Robinson et al.
37
1987, Polyzois et al.
35
1997, Ma et al.
38
1997) e alimentos (Khan et al.
39
1987, Um, Ruyter
40
1991, Hersek
et al.
6
1999, Neppelenbroek et al.
41
2005). A avaliação de alterações de cor dos
materiais odontológicos pode ser realizada tanto subjetiva (visual) (Johnston, Kao
42
1989, Esteves et al.
43
2006)
como objetivamente (tecnológico) (Johnston, Kao
42
1989, Oliveira et al.
44
2002). A visão é processada no órgão ocular, formado por
coróides, íris, cristalino, humores vítreo e aquoso e retina, onde se forma a imagem,
sendo transformada em impulso nervoso pelos cones e bastões estimulados
(Steenbecker, Garone
45
2006). O método tecnológico ou instrumental vale-se de
aparelhos eletrônicos projetados para fornecer avaliação mais consistente das
cores. Esses dispositivos são capazes de avaliar e representar a cor dos objetos de
forma numérica (Rosa, Della Bona
46
2007). Esta última é realizada com o emprego
de aparelhos como espectrofotômetros (Horn
et al.
47
1998, Oliveira et al.
44
2002, Paul
et al.
48
2002, Türker et al.
49
2006) e colorímetros (Gross, Moser
50
1977,
Moser
et al.
51
1978, Johnston, Kao
42
1989,
Satoh
et al.
52
1993, Okubo et al.
53
1998, Joiner
54
2004,
Ikeda
55
2005) que analisam direta ou indiretamente a superfície do material. Alguns
colorímetros utilizados na Odontologia são o Chromascan (Sterngold, EUA) e o
ShadeEye (Shofu Dental Corp., EUA) e alguns espectrofotômetros são o Easy
Shade (Vita Zahnfabrik) (Rosa, Della Bona
46
2007), utilizado intraoralmente e o Cary
100 e 300 (Varian), utilizados não somente em pesquisa odontológica como também
em pesquisa de outros materiais. Esses dispositivos têm-se mostrado capazes de
fornecer resultados precisos, quantificáveis e repetíveis, aumentando o índice de
sucesso na seleção e comunicação da cor (Rosa, Della Bona
46
2007).
Com base no que foi acima mencionado, verifica-se que existe a
necessidade da realização de estudos que investiguem a estabilidade de cor de
resinas utilizadas para base de próteses, em função da imersão em alimentos
líquidos.
2 REVISÃO DE LITERATURA
Munns
17
(1962) descreveu uma nova forma de confecção e
propriedades das próteses à base de náilon. Foram avaliadas durante cinco anos
100 próteses superiores e inferiores utilizando uma técnica modificada com náilon 11
(Ralsin) na sua confecção. Esta técnica modificada consistiu na realização de um
furo com o auxilio de uma broca nas próteses invertidas encontrando-se elas
imersas no gesso dentro da mufla para posteriormente neste lugar ser colocado um
conduto adutor. Seguindo este processo, os cartuchos de náilon utilizados foram
aquecidos em aquecedor elétrico especial com o fim de minimizar o risco de
sobreaquecimento do material. Após o material ter atingido a temperatura requerida,
os cartuchos foram colocados em um cilindro pré-aquecido e imediatamente o
material foi injetado dentro da mufla. Após 1 h foi realizada a demuflagem e
acabamento utilizando brocas de carbeto de tungstênio e lixa de papel e o polimento
foi realizado utilizando escova de cerdas e pedra pomes. Duas modificações foram
realizadas após serem encontradas alterações acinzentadas em conseqüência ao
derretimento do material devido estas ao amolecimento do padrão metálico utilizado.
A primeira foi a utilização de folhas de prata ou platina como alívio metálico do
conduto adutor e a segunda modificação foi a não utilização de nenhum meio
separador na superfície do gesso, sendo que este ocasionava linhas brancas no
material. O autor relatou que o produto final poderia ter certo grau de flexibilidade e
fragilidade devido a possíveis altas de temperatura no momento da injeção do
material. Outra causa da fragilidade poderia estar associada à porosidade do náilon
em algumas partes grossas das próteses causadas pelo aquecimento e escape de
vapor através do gesso e à deficiência do fluxo do náilon ocasionado por possíveis
diminuições de temperatura no momento da injeção. Foi relatado nas considerações
clínicas que após terem sido superados todos os erros, persistiu a falta de união
entre os dentes e a base, sendo uma das causas possíveis as bolhas de ar
encontradas ao redor dos dentes anteriores. Ademais, os dentes que tinham sulcos
de retenção e cavidades diatóricas tiveram melhor desempenho e adequada
retenção à base de próteses. Poucos casos de rugosidade foram encontrados,
sendo estes diretamente relacionados aos procedimentos de limpeza das próteses.
O mesmo autor observou que quando as próteses foram imersas em água ou
19
soluções de limpeza, estas não sofreram nenhum tipo de alteração superficial nem
de cor. O acabamento e o polimento poderiam estar em íntima relação na alteração
da cor do material. A cor do náilon pode ser estável na boca com uma adequada e
regular rotina de limpeza, sendo possível alterações de cor quando existem baixos
níveis de higiene, principalmente em pacientes fumantes. Nas conclusões o autor
relatou que o náilon não pode ser recomendado como material para base de
próteses de uso geral ou, principalmente, em circunstâncias especiais realizando-se
um bom polimento e acabamento junto com a utilização de adequados métodos de
limpeza.
Hargreaves
18
(1971) descreveu a importância do uso da resina
acrílica na confecção de base de próteses, apesar de destacar algumas de suas
desvantagens, como baixas resistências flexural e de impacto, assim como também
pouca resistência à abrasão, evidenciado pela grande quantidade de reparação de
próteses no serviço médico nacional da Inglaterra. Segundo o autor, os problemas
de fratura de próteses encontrados deviam-se possivelmente a dois aspectos:
primeiro à utilização de outros polímeros tais como ésteres de vinyl, resinas
epóxicas, poliamidas, polistireno e policarbonatos e segundo, a suas características
no modelo de injeção. Nos anos 50, a poliamida, em alguns aspectos, mostrou-se
mal-sucedida e foi criticada como material para base de próteses. Segundo o autor,
o entendimento das limitações na utilização dos tipos de náilon é simplificado
examinando-se sua estrutura molecular: eles são distinguidos por um prefixo
numérico que indica o número de grupos (CH-2) na diamina e o total numérico de
átomos de carbono no ácido dibásico, conhecidos como náilon 66 (polihexametilene
adipamida) e náilon 610 (polihexametilene sebacamida). Existe outro grupo de
náilon o qual permite que sua polimerização continue e tem um prefixo numérico
somente com dos átomos de carbono em unidades repetidas. A presença de grupos
amidas ao longo da cadeia molecular afeta a absorção de água, assim como
também as propriedades químicas, tendo menor absorção de água o náilon 610 pelo
espaçamento dos grupos amida e melhor resistência química. Os náilons mais
recentes (11 e 12) apresentaram melhoria nas propriedades de absorção de água e
baixos pontos de fusão, influenciados pelo índice de umidade. Em 1955 Watt revisou
36 próteses parciais feitas em náilon 66 usadas durante seis meses e comprovou
que este material apresentava alto ponto de fusão em comparação com o náilon
20
610, dificultando sua manipulação e apresentando altos valores de absorção de
água. Além disso, apresentou descoloração, rugosidade moderada e retenção de
placa, após dois meses de utilização de próteses pelos pacientes. O autor do artigo,
finalmente fez uma investigação do náilon (12) como material para base de próteses
tendo em conta a temperatura, a pressão na injeção, o número de condutos
adutores e o potencial de carga vítrea incluída no material. Verificou que o material
precisou ser rapidamente injetado, requereu no mínimo dois condutos adutores,
apresentou temperatura de derretimento de 225 ºC, solução oleosa de sódio a 10%
como meio separador, e quanto a sua carga vítrea, esta poderia potencializar a
resistência das bases de próteses requerendo, entretanto, a confirmação por meio
de testes laboratoriais.
Hayashi et al.
56
(1974) avaliaram a tendência de várias resinas à
descoloração. Foram comparadas as tonalidades claras de cada material de oito
resinas compostas com uma resina acrílica (Adaptic, Concise, Addent XV, Blendant,
Posite, Shofu Composite, Yarbon A69, TD-71, Pile-A), as quais foram inseridas em
cavidades de 5 mm x 8 mm x 3 mm preparadas em blocos de hidrocal. Os corpos-
de-prova foram removidos aos 15 min ou às 48 h após a mistura e cada superfície
recebeu acabamento com discos de lixa de número 100, 300, e 500 para
aplainamento. A seguir, os corpos-de-prova foram polidos com taças de borracha e
pasta para polimento e imersos em meios corantes orgânicos: 100 mL de azeite de
laranja ou azeite de oliva a 37°C. Após três meses os corpos-de-prova foram
removidos e limpos. A cor dos corpos-de-prova foi analisada antes e após a
imersão, com analisador de cor Bausch & Lomb, variando-se a intensidade dos raios
em comprimento de onda de 415 mµ a 685 mµ em intervalos de 30 mµ. De acordo
com a técnica, os valores de vermelho (X), verde (Y), e azul (Z) foram convertidos
em L*, a*, b* aplicando-se a fórmula: a = 175 ( 102 X – Y) / Y , b = 70 ( Y – 0,8472)
Y , L = 100 Y. A diferença entre os valores de antes e após a imersão foi obtida
pela fórmula de E (N.B.S) = a² + b² + L². Os dados foram obtidos para cinco
corpos-de-prova por grupo. Além da análise no colorímetro, a cor foi observada
visualmente pelo método direto e por meio de fotografias para ser comparado com o
grupo controle (armazenamento em água destilada a 37°C). O grau de
manchamento observado com o olho humano concordou perfeitamente com os
resultados do equipamento colorimétrico, sendo que se obteve alteração de cor mais
21
significativa nos corpos-de-prova que receberam polimento aos 15 min do que às 48
h; às 48 h, as resinas que apresentaram maior alteração de cor foram Concise/
Addent XV / Blendant / TD – 71 e Yarbon e as que apresentaram menores
alterações foram Adaptic / Shofu Composite / posite e Pile A.
Gross e Moser
50
(1977) determinaram, por meio das técnicas
colorimétrica e visual, a alteração de cor de diferentes resinas compostas imersas
em soluções de café (pH = 6,78), chá (pH = 6,56) e água destilada (pH = 6,34),
como grupo controle. Foram utilizadas quatro resinas compostas: Adaptic; Prestige;
Addent XV; Smile, manipuladas segundo as recomendações do fabricante. Os
corpos-de-prova de cada material foram polimerizados em contato com tiras de
poliéster. Metade deles recebeu polimento com lixas de granulação de 350 a 600. A
seguir, permanecerem uma semana em água destilada e ambiente escuro, quando
foi realizada a primeira leitura de cor utilizando-se colorímetro (Color-Eye). Os
corpos-de-prova foram, então, imersos em uma das soluções já mencionadas a
55°C, por um período de 12 dias. Aos 13 dias foram retirados e lavados com água,
posicionados novamente no espectrofotômetro com fundo escuro (óxido de titânio) e
foi realizada a leitura final. Dez estudantes de odontologia que participaram como
observadores na análise visual observaram as mesmas superfícies dos corpos-de-
prova, os quais depois de secos foram posicionados em folhas de cartolina branca,
distribuídos em colunas organizadas de acordo com a marca comercial, solução de
imersão e tipo de polimento. O registro das cores se fez comparando entre as
colunas da mesma marca com seu diferente polimento e os corpos-de-prova com
mesmo polimento da mesma marca imersos nas três diferentes soluções. Para
todos os materiais e tipos de acabamento, a imersão em café e chá produziu
alterações de cor significativamente maiores do que a água destilada. O café
produziu alterações de cor significativamente maiores do que o chá, com exceção
das resinas Prestige e Addent XV que receberam acabamento. Os corpos-de-prova
do mesmo material com diferentes tipos de acabamento que foram imersos em chá,
apresentaram maiores alterações que os do grupo controle e os imersos em café,
sendo que para a marca Adaptic a alteração de cor foi menor, quando comparada
com Smile.
22
Moser et al.
51
(1978) avaliaram as alterações de cor de quatro
resinas compostas no sistema Munsell em termos de matiz, valor e croma, e
compararam os resultados com aqueles obtidos em um estudo anterior, quando os
mesmos autores utilizaram um colorímetro e valores triestímulos de CIE L*a*b*;
permitindo a comparação entre os sistemas visual e instrumental. No estudo original
foram utilizados 42 corpos-de-prova confeccionados com quatro resinas compostas
que foram preparadas de acordo as recomendações do fabricante com 10 mm de
diâmetro e 1 mm de espessura. Após a polimerização, foram armazenados em
ausência de luz e imersos em água destilada. Metade dos corpos-de-prova foi polida
com tiras de poliéster e outra metade com lixa de granulometría 600. Sete corpos-
de-prova de cada material e tipo de polimento foram agitados continuamente em
soluções corantes (água - controle, café ou chá) durante 12 dias a 55°C. Utilizando o
iluminante C, foram realizadas mensurações de cor com o colorímetro Color-eye. Os
valores do colorímetro X, Y e Z foram determinados antes e após a imersão em cada
solução testada. As leituras de X, Y e Z foram convertidas a valores triestímulos, os
valores da diferença total foram calculados pelo programa Friele MacAdam
Chickering (FMC) e antes de converter os dados ao sistema Munsell, os valores
triestímulos foram transformados a coordenadas de cromaticidade X e Y. As
coordenadas de cromaticidade e luminosidade refletida (Y) foram convertidas a
Munsell, matiz (H), valor (V) e croma (C). Estas conversões foram realizadas com o
programa FORTRAN. Na pré-imersão dos corpos-de-prova, o matiz foi encontrado
em variações de 1,5 Y a 7,0 Y, para croma, entre 0,3 a 2,0 e para valor, entre 5,3 a
6,3. Calculou-se a diferença antes e após a imersão para matiz, valor e croma. As
maiores alterações de cor dos corpos-de-prova foram encontradas para a solução
de café, seguida pela solução de chá e água destilada, e segundo a análise de
Variância (ANOVA), as mudanças expressas pelo sistema munsell e a diferença de
cor registrada pelo colorímetro foram estatisticamente diferentes principalmente para
valor e croma, mas não para matiz.
Powers et al.
57
(1978) estudaram os efeitos de espessura, cor de
fundo, reflexão especular e rugosidade superficial sobre a cor de cinco resinas
restauradoras analisadas em espectrofotômetro de reflectância. Foram utilizadas
quatro resinas comerciais e uma resina sem partículas de carga e realizaram para
23
cada uma delas três corpos-de-prova com 36 mm de diâmetro por 1,3 mm de
espessura, seguindo as recomendações do fabricante. Posteriormente, os corpos-
de-prova foram colocados em um forno a 37°C, e nos primeiros 90 s após o início da
mistura todos os corpos-de-prova foram armazenados durante 24 h antes do teste. A
média de rugosidade foi de 2,5 µm para o lado rugoso (polimerizado em contato com
metal) e 0,6 µm para o lado liso (polimerizado em contato com placa de vidro). Os
corpos-de-prova foram colocados uns sobre os outros, variando sua espessura (1,3;
2,6; e 3,9 mm) e sua posição para, assim, avaliar a porcentagem de reflectância. Isto
foi realizado para cada uma das resinas entre 405 nm e 700 nm. Cada corpo-de-
prova foi avaliado sob duas condições de reflectância, uma com fundo preto e outra
com fundo branco padronizado. Os valores triestímulos foram obtidos em iluminação
C e os dados de cromaticidade foram obtidos por meio de um programa de
computador. Os valores entre os produtos, entre as diferentes espessuras, e entre
os fundos utilizados foram estatisticamente diferentes, sendo maiores os valores de
reflectância quando se utilizou o fundo preto e menor os valores quando se utilizou o
fundo branco, aumentando também a opacidade quando se aumentou a espessura
dos corpos-de-prova.
Price
19
em 1986 adicionaram oito diferentes agentes de ligação
cruzada ao componente monomérico de uma resina para base de prótese de cadeia
linear de polimetilmetacrilato em várias concentrações, e verificaram o efeito na
resistência ao impacto das resinas polimerizadas. Os agentes de ligação cruzada
foram escolhidos para promoverem diferentes comprimentos de cadeias de ligações
cruzadas e graus de flexibilidade de cadeia. Quando testadas em condições orais,
os polímeros que receberam agentes de ligação cruzada de cadeias longas e
flexíveis não demonstraram grande redução na resistência ao impacto como aquelas
que receberam cadeias curtas e rígidas. Os autores concluíram que a substituição
de etilenoglicoldimetacrilato das resinas para bases de próteses com agentes de
ligação cruzada tais como polietilenoglicoldimetacrilato 600 poderia melhorar sua
resistência a solventes.
Khan et al.
39
(1987)
avaliaram as propriedades mecânicas e
características superficiais do material para base de próteses Triad VCL,
(fotopolimerizável) e compararam a resistência flexural, dureza superficial e
24
manchamento desse material com uma resina acrílica convencional (PMMA). Foram
utilizados cortes de 72 mm x 25 mm x 3 mm para o material fotopolimerizavel
segundo as recomendações do fabricante. Os corpos-de-prova da resina acrílica
convencional, confeccionados nas mesmas medidas do material fotopolimerizavel,
foram incluídos com gesso em mufla metálica. Oito corpos-de-prova de cada
material foram obtidos, quatro para serem usados em microdureza e testes de
manchamento e os outros para os testes de resistência. Os testes de manchamento
foram realizados em soluções preparadas em 800 mL de água destilada a 100 °C na
qual era imerso um saché de chá de 8 g durante cinco min e depois retirada, tendo
sido adicionado 0,1 g de ácido de sódio à solução como agente antifúngico e
bactericida. Os corpos-de-prova foram imersos separadamente no chá a 37°C ± 1°C
e 50°C ± 1°C e fotografados a cada dez dias durante dois meses. O manchamento
foi determinado por comparação visual independente antes e após a imersão ao final
do estudo. A dureza superficial de ambos materiais foi determinada em
microdurômetro semi-automático com 20 g de carga. Os testes de microdureza
foram realizados com os mesmos corpos-de-prova utilizados para o teste de
manchamento após 0, 7, 14, 24, 34 e 42 dias de imersão na solução de chá. A
resistência flexural dos dois materiais foi determinada segundo a especificação
número 12 da ADA. Observações em estereomicroscópio não revelaram diferenças
na porosidade e rugosidade superficial dos materiais. Os testes de absorção de
água, resistência flexural e microdureza demonstraram alteração significante para o
material Triad VCL, concluindo que após 10 e 20 dias o material Triad VCL nas
soluções de chá a 37°C e 50°C, não tiveram nenhuma alteração da cor. Da mesma
maneira os autores associaram o grau de manchamento da resina Triad VCL ao seu
maior grau de absorção de água.
Robinson et al.
37
(1987) valoraram por meio de varios testes o efeito
de diferentes métodos de limpeza em uma resina acrílica termopolimerizavel e duas
autopolimerizaveis utilizadas na confecção de base de próteses, incluindo o
tratamento com o agente de limpeza recomendado para a prótese a elevadas
temperaturas. Foram confeccionados cinco corpos-de-prova para cada teste,
utilizando para isso moldes de gesso cobertos com alginato. Igualmente o efeito da
ação do solvente foi valorado com exposição dos corpos-de-prova em um
humidificador de 2 Lt de capacidade contendo 25 mL de acetona por um período de
25
1h a 21º C, realizando isto previamente a cada método de limpeza. As soluções de
limpeza usadas foram peróxido alcalino e hipoclorito. Os testes de limpeza foram
realizados usando banhos de água controlados termostáticamente . Cada corpo-de-
prova foi colocado em cada uma das soluções de limpeza em um recipiente a uma
temperatura de 95º C sendo levemente tapados para assim evitar a sua evaporação.
Mostrou-se que as resinas tanto química como termicamente polimerizadas não
sofreram nenhum efeito branco quando submetidas a limpeza com peróxido alcalino
utilizado como recomenda o fabricante. A limpeza em água aquecida ou solução de
hipoclorito aquecida causou cor branca severa e quando expostos a vapor de
solvente antes da limpeza em algumas das soluções este efeito branco aumentava.
Algumas das resinas acrílicas utilizadas foram mais suceptiveis a apresentar cor
branca do que outras, igualmente foi mostrado que os corpos-de-prova
termopolimerizados esbranquecidos também tiveram uma mudança na força flexural.
Microscopicamente foram reveladas mudanças na matriz intersticial das resinas.
Johnston e Kao
42
(1989) determinaram a relação entre os critérios
visuais do serviço de saúde público dos Estados Unidos (USPHS), uma escala
visual (EVRSAM) e um colorímetro, na avaliação da cor em compósitos para facetas.
Foram selecionados pacientes com necessidades de restaurações estéticas
anteriores, realizadas com três tipos de resinas microparticuladas (Durafill, Prisma e
Silux). A seleção visual da tonalidade foi realizada com base no dente adjacente,
contralateral ou antagonista, ou em restaurações existentes, por meio das guias de
cores dos fabricantes. Se o dente ou restauração apresentava várias cores, a
seleção da tonalidade foi realizada comparando-se mais de um dente até se chegar
a uma tonalidade satisfatória. A avaliação da cor base foi obtida após uma semana
de restaurados os dentes, e após seis e doze meses as 42 restaurações realizadas
foram avaliadas. A avaliação visual foi realizada com dois examinadores treinados.
Se houvesse discordância, um terceiro examinador auxiliava na seleção. A média da
diferença de cor do CIEL*a*b* julgada clinicamente aceitável pelo USPHS foi igual a
3,7. Os resultados revelaram diferença estatística entre os dois métodos visuais e os
dados obtidos pelo colorímetro.
Khokhar et al.
58
(1991) avaliaram a estabilidade de cor de resinas
compostas indiretas expostas a dietas comuns e agentes químicos usados para
26
realizar higiene oral. Foram estudadas quatro resinas para restaurações: Dentacolor,
Visio-Gem, Brilliant D.I ou Concept, colocadas em três meios líquidos (gluconato de
clorexidina a 0,12%, café e chá). Foram utilizadas matrizes metálicas para a
fabricação dos corpos-de-prova, tendo 6 mm de diâmetro e 2 mm de espessura,
com polimerização e acabamento segundo as recomendações do fabricante. Foram
obtidos 26 corpos-de-prova de cada material. Para expor as amostras aos fluidos
selecionados foi utilizado o aparelho Tuccillo-Nielson, que consiste em uma roda de
plástico vertical rotacional contendo oito orifícios. Os corpos-de-prova foram
colocados na roda, a sob velocidade de uma rotação por minuto (rpm),
mergulhando-os alternadamente e removendo cada corpo-de-prova durante 15 e
45 s. Três corpos-de-prova de cada material testado foram usados como controle,
sendo armazenados em água destilada em ambiente escuro. As amostras foram
polidas com taça de borracha e pasta profilática para posteriormente realizar-se a
mensuração da cor. Os dados de cor foram obtidos usando Minolta Chroma Meter II
e analisados por um processador de dados Minolta DP–100. A mensuração da cor
foi realizada às 6 h, 12 h, 24 h e 48 h, utilizando-se iluminação D65, que
corresponde à luz dia, com o sistema CIEL*a*b*. Os resultados de diferenças de cor
foram obtidos com a seguinte fórmula E*ab = [(L)
2
+ (a*)
2
+ (b)
2
]
1/2
.
As leituras
dos corpos-de-prova foram realizadas antes e após serem imersos nos meios
líquidos e após o polimento. A imersão da resina Dentacolor em café promoveu
alteração de cor estatisticamente significante quando comparada com a resina
Concept, em um tempo de 6 h a 48 h. Para café, clorexidina e saliva, a resina
Brilliant DI apresentou alteração de cor significativa com relação à resina Concept.
Para chá, a Visio-Gem apresentou um incremento de cor às 24 h e as outras quatro
resinas apresentaram maior alteração de cor às 48 h. Para chá, clorexidina e saliva,
as quatro resinas apresentaram um incremento em E às 6 h e 48 h. A alteração de
cor foi reduzida com o polimento de todas as resinas. Os corpos-de-prova utilizados
como controle apresentaram alterações de cor nos valores E ab, mas nenhum dos
valores foi perceptível ao olho humano. Os pesquisadores concluíram que a dieta
tem um fator importante no manchamento dos materiais testados, sendo o chá
causador de maior alteração do que o café. O manchamento superficial pôde ser
removido com os procedimentos normais de higiene, apesar de ir-se acumulando
com o transcorrer do tempo.
27
Um e Ruyter
40
(1991) investigaram in vitro a estabilidade de cor de
cinco materiais para facetas estéticas à base de resina acrílica com ou sim carga na
sua composição, após a exposição em solução de café em infusão, solução de café
filtrado e solução de chá. Foram utilizadas duas resinas fotopolimerizáveis (Visio-
gem VG e Dentacolor DC) e três termopolimerizáveis (Vitapan Monopast VI, Isosit IS
e Biodent K +B plus BI), realizando para cada uma delas nove corpos-de-prova com
um diâmetro de 35 mm e 1,4 mm de espessura, segundo as recomendações do
cada fabricante. O acabamento final foi realizado até os corpos-de-prova alcançarem
espessura de 1,30 mm ± 0,02 mm. As soluções foram preparadas da seguinte
forma: para solução de café em infusão, 60 g de café foram colocados em 1 L de
água destilada quente durante 10 min para somente a seguir ser coado em filtro de
papel; para a solução de café filtrado, 60 g de café foram colocados diretamente no
filtro de papel e 1 L de água destilada quente foi despejada sobre o filtro, após o que
esta solução foi filtrada novamente através de dois dos outros filtros de papel e
completada com água destilada até marcar 1L; a solução de chá foi preparada com
10 g de chá puro em 1 L de água destilada quente durante 5 min, e também foi
passada por filtro de papel. Os corpos-de-prova foram armazenados nas soluções
de café e chá e mantidos em incubador a 50°C por 0,5 h,1 h, 2 h, 3 h, 6 h, 9 h, 12 h,
18 h, 24 h, 36 h, 48 h e 1000 h. Posteriormente foram removidos das soluções e
imersos em água destilada por 10 min por duas vezes consecutivas. Imediatamente
após, os corpos-de-prova foram imersos por 10 min em solução de limpeza,
preparada com 10 mL de sabão e 700 mL de água destilada, e enxágüe final com
água destilada. Após a mensuração da cor nos tempos de armazenamento
estipulados anteriormente, os corpos-de-prova foram novamente imersos nas
soluções de café e chá, até o final de 1000 h. Antes da mensuração da cor esses
corpos-de-prova foram submetidos a três diferentes métodos de lavado para tirar a
pigmentação deixada às 48 h. O primeiro dos métodos foi imersão em solução de
sabão por 5 min, esfregando ambos dos lados por 1 min seguido de lavagem com
água destilada; o segundo foi utilizando 40 escovações em duas direções em ângulo
de 90º com imersão em sabão; e o terceiro foi realizando o mesmo método de
escovação, desta vez usando 20 mm de dentifrício e lavando com água destilada.
Às 1000 h, três corpos-de-prova de cada marca foram armazenados em solução de
café em infusão e filtrado, assim como também em solução de chá a 50 ± 1ºC
durante 1000 h. Depois os corpos-de-prova foram removidos, com os mesmos três
28
métodos de limpeza antes descritos, com um acabamento extra, e pressão digital
durante 60 s em cada lado, realizando em seguida a mensuração de cor. As
características de cor foram comparadas com os outros corpos-de-prova elaborados
recentemente. Para a mensuração da cor utilizou-se um espectrofotômetro de
reflectância e escala CIEL*a*b*. Nos resultados, além da obtenção da
caracterização química quanto à carga dos materiais, encontrou-se que depois de
48 h de imersão, a solução de chá apresentou grande alteração da cor em todos os
materiais e a solução de café filtrado produziu maior alteração na cor que a solução
de café em infusão, sendo que as marcas IS e BI apresentaram melhor estabilidade
que as marcas VI e VG. A descoloração apresentada nos corpos-de-prova em
contato com a solução de chá foi mais facilmente removida com escova e dentifrício
que para os corpos-de-prova em contato com a solução de café filtrado e a solução
de café aquecido. Concluindo segundo os autores que a alteração de cor pela
solução de café poderia ser atribuída, à adsorção e à absorção de corantes em duas
das marcas testadas, provavelmente devido à compatibilidade do polímero com o
corante amarelo do café e que uma boa higiene oral com escova dental e dentífrico
é muito importante para prevenir e reduzir esta aletração.
May et al.
26
(1992) analizaram quantitativamente a estabilidade de
cor, em função do envelhecimento acelerado, de quatro resinas acrílicas utilizadas
em base de próteses (Triad, Accelar 20, Compak 20 e Acron GC), uma para
reparação de prótese (Perm Repair) e uma resina convencional termopolimerizável
(Hy-pro). Foram confeccionados cinco corpos-de-prova para cada material, com 50
mm de diâmetro por 1 mm de espessura. Os corpos-de-prova foram desgastados
até espessura de 0,5 mm (especificação número 12 da ADA). A seguir, os corpos-
de-prova foram hidratados em água destilada durante 30 dias e as avaliações foram
realizadas (Chroma Meter II) em três áreas próximas ao centro dos corpos-de-prova.
Dessa maneira, foram obtidas alterações de sua cor base (E) antes e após 100 h e
300 h de exposição ao envelhecimento acelerado. Foram registradas as médias de
três leituras de cada material. Os resultados demonstraram alteração de cor
significativa após 300 h de exposição ao envelhecimento acelerado, mas não após
100 h. Os materiais e os tempos empregados foram fatores significantes, embora na
interação dos dois não tenha havido diferença significante; os materiais menos
29
afetados pelas condições de envelhecimento acelerado foram Lucitone Hy-pro e
Triad (VLAR).
Shotwell et al.
59
(1992) determinaram a estabilidade de cor de
materiais de reembasamento para próteses totais submetidos a um teste in vitro de
envelhecimento acelerado. Os materiais foram divididos em três grupos: silicones,
resinas acrílicas e polifosfacine. Cinco discos de cada material foram obtidos com
um molde de teflon de 28 mm de diâmetro e 4 mm de espessura, de acordo com as
recomendações do fabricante. Os corpos-de-prova foram armazenados em água
destilada durante 24 h e a cor foi mensurada, utilizando colorímetro acoplado a um
processador DP-100. Após a mensuração de cor inicial, os corpos-de-prova foram
colocados em uma câmara de envelhecimento acelerado a 110 F e expostos a uma
fonte de luz visível ultravioleta de xenon com umidade relativa. A umidade foi
conseguida utilizando-se spray de água destilada a cada 102 min por 18 min, sendo
que os corpos-de-prova foram mantidos na câmara por 100 h. Ao término do
período, novas medições de cor foram realizadas. As alterações de cor foram
calculadas para se obter os valores triestímulos com o uso da CIE L*a*b* e a
diferença de cor foi verificada com a fórmula: E*ab = {(L*)
2
+ (a*)
2
+ (b*)
2
}
½
.
Os autores encontraram que o material Prolastic silicone foi menos afetado, o
acrílico Astron LC e o silicone Molloplast–B apresentaram diferença não
estatisticamente significante, e Coe Supersoft e Novus apresentaram diferenças
estatísticas em relação aos outros materiais testados, sendo que as alterações de
cor destas últimas foram facilmente detectadas visualmente. Os autores concluíram
que a combinação da câmara de envelhecimento acelerado e a mensuração de cor
utilizando o colorímetro foi efetiva para a avaliação da estabilidade de cor de
materiais de reembasamento de próteses.
O objetivo da revisão da literatura realizada por Lombardi e Budtz-
Jörgensen
34
(1993), foi discutir os principais procedimentos adotados para o
tratamento da estomatite protética. Segundo os autores, o controle de placa
microbiana na superfície interna das próteses removíveis, parciais ou totais, deve
ser sempre indicado, independentemente da terapia adotada. A higienização
inadequada das próteses é considerada um dos fatores etiológicos locais da
estomatite protética. O uso contínuo das próteses também favorece o
30
desenvolvimento da patologia, uma vez que prolonga o trauma local sobre a mucosa
de contato. As próteses antigas também podem traumatizar a mucosa bucal em
decorrência da falta de suporte promovida pela reabsorção do rebordo alveolar. As
próteses com condições inadequadas de suporte e estabilidade devem ser
periodicamente reembasadas até que possam ser substituídas, em média a cada
cinco anos. As próteses novas devem ser somente confeccionadas quando a
mucosa de suporte estiver saudável e o paciente apresentar boas condições de
higiene bucal. Os pacientes devem ser instruídos a remover suas próteses durante a
noite e higienizá-las após cada refeição. Vários agentes antifúngicos podem ser
utilizados para o tratamento da estomatite protética. A escolha de um agente
específico é determinada por diversos fatores, como interação medicamentosa,
função dos órgãos vitais (toxicidade) e aceitação (tolerância) pelo paciente. A
utilização de agentes sistêmicos deve ser limitada aos pacientes que não
responderem à terapia tópica ou quando fatores sistêmicos predisponentes
estiverem presentes (diabetes não controlada, neutropenia, disfunções imunológicas
e endócrinas). Entre os agentes antifúngicos, a nistatina (Micostatin) deve ser
utilizada apenas como tratamento tópico, pois é tóxica quando administrada
parenteralmente. Devido ao gosto amargo, a nistatina pode produzir efeitos
colaterais como náuseas e intolerância. A anfotericina B pode ser administrada via
intravenal (candidose sistêmica) ou como agente tópico (candidose superficial). No
entanto, esse medicamento pode produzir efeitos hepatotóxicos e náuseas. O
cetoconazol (Nizoral) é administrado sistemicamente, sendo indicado para os casos
de candidose mucocutânea crônica em pacientes com imunodeficiências. O
miconazol (Daktarin) é amplamente utilizado para o tratamento de candidose por
apresentar ação fungicida e bacteriostática para microrganismos gram-positivos,
uma vez que bloqueia simultaneamente a síntese de esteróides e as proteínas das
membranas das células microbianas. Esse fármaco também pode ser utilizado para
o tratamento de lesões associadas à estomatite protética, como a queilite angular. O
fluconazol (Diflucan) é indicado para o tratamento de candidose bucal em pacientes
HIV-positivos. No entanto, esse medicamento pode produzir efeitos colaterais como
desconforto gástrico e dor de cabeça. Além disso, o fluconazol pode não apresentar
o efeito terapêutico desejado por causa da resistência desenvolvida por algumas
espécies de Candida. Como tratamento adjunto, pode-se realizar a imersão das
próteses em desinfetantes ou agentes de limpeza como hipoclorito de sódio,
31
enzimas, peróxidos alcalinos e ácidos. A utilização de sustâncias antimicrobianas
como a clorexidina também pode ser uma alternativa para a redução da inflamação
da mucosa acometida pela estomatite protética. De acordo com o autor,
independentemente da terapia antifúngica e do tratamento adjunto selecionados, os
pacientes devem ser instruídos quanto à importância da adoção dos procedimentos
de higienização das próteses e remoção das mesmas no período noturno, uma vez
que esses cuidados atuam não apenas no controle da infecção causada pela
estomatite protética, mas também na sua prevenção.
Satoh et al.
52
(1993) avaliaram a susceptibilidade de pigmentação
em dentes incisivos centrais superiores esquerdos, de cinco marcas comerciais de
dentes utilizados para próteses, sendo dois de alta dureza (Endura Anterior, Shofu
Co., Ltd. e Duradent Anterior,GC Co., Ltd.), dois convencionais (Real Crown, Shofu
Co., Ltd. e Acrylic Teeth, GC Co., Ltd.) e um de porcelana (Real Teeth, Shofu Co.,
Ltd.). Os autores utilizaram os meios corantes vermelho alimentício à 2%, café e 2%
de turmérico para a imersão dos dentes. Cada marca comercial de dente foi dividida
em três grupos de cinco, para cada meio corante. A seguir os grupos foram divididos
em duas condições diferentes de limpeza e imersos por quatro semanas. Metade
dos corpos-de-prova foi limpa diariamente com ultra-som em soluções de Ultraclin
por 30 segundos. Os líquidos foram substituídos a cada 24 h. A cor foi determinada
antes da imersão e os valores obtidos foram usados como controle. Quatro
condições foram observadas para cada tipo de dente: com e sem limpeza diária
depois da primeira semana de imersão, e outros com e sem limpeza diária depois da
quarta semana de imersão. As condições de cor foram lidas na intersecção de uma
linha central vertical e uma linha central horizontal na superfície vestibular do dente.
Para a obtenção dos resultados, foi utilizado colorímetro com sistema de análise de
imagem (LA-555 Co., Ltd.) e câmera digital (TK-870K, Victor Co., Ltd.). Para a
análise dos dados utilizou-se o sistema de cor L* a* b* da CIE 1976. Os valores
obtidos na diferença da cor foram multiplicados por 0,92 obtendo valores baseados
na National Bureau of Standards (NBS), utilizada para avaliar as mudanças de cor
percebidas pelo olho humano. Nos resultados obtidos, a cor amarela do turmérico
tendeu a ter mais afinidade pelos cinco tipos de dentes artificiais. Os dentes
artificiais de alta dureza apresentaram menor tendência à alteração de cor que os
dentes convencionais. Em contraste, os dentes de alta dureza, comparados com os
32
dentes de porcelana apresentaram maior susceptibilidade ao manchamento. Na
quarta semana de imersão, houve maior alteração de cor dos dentes que na
primeira. Todos os dentes além que foram submetidos à limpeza diária tiveram
menor susceptibilidade ao manchamento quando comparados com os dentes que
não foram limpos.
Buyukyilmaz e Ruyter
60
(1994) avaliaram quantitativamente a
alteração de cor de sete diferentes marcas de resina para base de próteses, sendo
uma fotopolimerizável, três autopolimerizáveis e três termopolimerizáveis. Avaliaram
também a absorção de água e suas características químicas. Quinze corpos-de-
prova de cada material foram confeccionados, segundo as recomendações do
fabricante, com 35 mm de diâmetro e 2 mm de espessura. O polimento foi realizado
com lixas de granulometría 1000 e 1200, obtendo uma espessura final de 2,0 mm ±
0,1 mm. Os corpos-de-prova de cada material foram divididos em cinco grupos, nas
seguintes condições e tratamentos: imersão em café, chá, água destilada a 55ºC em
ausência de luz, e água destilada a 37ºC sob exposição à luz solar artificial. A
solução de café foi preparada filtrando 1 L de água destilada em ebulição em 60 g
de café e para a soluão de chá utilizou-se 10 g de chá em 1 L de água destilada em
ebulição por 5 min, foi preparada a solução de chá. Os três corpos-de-prova
restantes de cada material foram utilizados para testes de absorção e solubilidade
de água. Para a imersão em soluções de café e chá, os corpos-de-prova foram
levados a incubador e armazenados por 1 h, 2 h, 3 h, 6 h, 9 h, 12 h, 18 h, 24 h, 48 h,
72 h e 96 h a 50ºC com 10 mL. A cada intervalo de tempo os corpos-de-prova foram
retirados das soluções e lavados com sabão e água destilada, realizada a primeira
série de mensurações de cor e as soluções de imersão foram renovadas. Após as
96 h do armazenamento, realizou-se outra limpeza, desta vez utilizando três
métodos padronizados em todos os corpos-de-prova: o primeiro foi imersão durante
5 min em solução de sabão, secagem e enxágüe com água destilada; o segundo
dos métodos empregados foi realizado com escovações padronizadas utilizando
solução de sabão e lavagem final; e o terceiro foi realizado com escovas
padronizadas, pasta de dentes, e lavagem com água destilada. Após a limpeza, os
corpos-de-prova, foram novamente imersos em soluções de café e chá,
empregando-se um tempo adicional de 1000 h à temperatura de 50°C ± 1°C. As
soluções foram renovadas semanalmente após a utilização dos três métodos de
33
limpeza anteriormente citados. A cada substituição das soluções, foi realizado
polimento com lixa de granulação 2400, seguida de nova leitura de cor. A terceira
condição foi imersão em água destilada a 50°C durante 6 h, 12 h, 24 h, 48 h, 96 h,
168 h, 336 h, 720 h e 1400 h. Na quarta condição, os corpos-de-prova foram
expostos à luz de xenon, pelos períodos de 2 h, 4 h, 6 h, 18 h, 24 h, 48 h, 72 h, 96 h,
168 h, 336 h e 504 h em água a 37°C. Os corpos-de-prova restantes foram utilizados
para a avaliação de absorção e solubilidade em água. As características químicas
dos materiais foram avaliadas com procedimentos cromatográficos líquida e gasosa,
e com espectrofotometria no comprimento de onda do infravermelho. Todas as
mensurações de cor foram realizadas com espectrofotômetro de reflectância,
obtendo valores triestímulos e valores CIEL*a*b*. Os resultados demonstraram que
o café e o chá promoveram manchamentos superficiais, os quais foram reduzidos
com escovação e dentifrício. No grupo imerso em água destilada a 50°C, os
materiais foram relativamente resistentes ao manchamento. Quando expostos à luz
de xenon revelaram diferenças na estabilidade de cor e demonstraram absorção de
água de 2,5% a 3,5% do seu volume total.
Liberman et al.
12
(1995) determinaram condições ótimas
laboratoriais na mensuração objetiva da cor de acrílicos expostos à luz artificial,
além de avaliar o efeito de diferentes fundos e comparar esta mensuração objetiva
com avaliação subjetiva em materiais comercialmente disponíveis. Foram
confeccionados corpos-de-prova com 50 mm de diâmetro por 0,5 mm de espessura
para dez marcas comerciais de resinas acrílicas utilizadas como base de prótese
(Fastcure rosa e claro, Meanway, Minaryl, QC 20, SR Ivocap, SR 3/60, Trevalon,
Trevalon C e Trevalon HI). Três marcas de resinas acrílicas foram selecionadas para
determinar um padrão de fundo ótimo na quantificação da mudança da cor. Os
corpos-de-prova foram divididos ao meio, tendo uma metade exposta a lâmpada de
xenon a 6500 °K durante 24 h, e a outra metade protegida da irradiação. Com ajuda
de espectrofotômetro (Minolta CR-221), iluminante C, angulação de incidência da luz
a 45° e fundo branco padrão, foram realizadas a mensurações da cor na escala
CIEL*a*b*. Três leituras de cada local pré-estabelecido foram registradas nos
corpos-de-prova, sendo um total de oito mensurações, quatro para uma metade e
quatro para a outra metade. Após isso, foram realizadas mensurações para os três
34
materiais com nove diferentes fundos (branco, violeta, amarelo escuro, amarelo
claro, laranja, vermelho, azul, preto e cinza), sendo que para todos os dez materiais
utilizou-se um fundo branco; os dados foram calculados por meio a equação : E*ab
= [(L)
2
+ (a*)
2
+ (b)
2
]
1/2
. Na avaliação subjetiva, realizada por três técnicos
experientes, os corpos-de-prova foram levados contra um fundo branco,
comparando suas conclusões com os dados obtidos na avaliação objetiva sob fundo
branco. Os resultados demonstraram valores de a* na direção da cor vermelha em
todos os fundos testados com a resina Fastcure; para os outros fundos, as resinas
SR Ivocap, Minacryl, tiveram mudanças na cor para o verde; para os valores em b*
foram encontradas diferenças significantes com a utilização do fundo branco em
todos os materiais testados. Mudanças significantes nos valores de E foram
encontrados durante a exposição dos corpos-de-prova à luz ultravioleta durante
24 h quando utilizado o fundo branco. Os autores concluíram que o teste dos
materiais deve ser objetivo para não ocorrer erros na avaliação.
Arima et al.
20
em 1996, testaram se a incorporação de agentes de
ligação cruzada iria melhorar as propriedades mecânicas de polímeros à base de
hidroxietilmetacrilato e diminuir sua absorção de água e solubilidade. Além disso,
investigaram qual agente de ligação cruzada seria mais efetivo. A relação entre
resistência flexural, módulo de elasticidade, absorção de água e solubilidade e a
concentração do agente de ligação cruzada foi determinada. A resistência e o
módulo de elasticidade tenderam a aumentar com o aumento em até 50% da
concentração do agente de ligação cruzada. Acima desta concentração, estas
propriedades tenderam a reduzir. A absorção de água diminuiu com a adição de
agentes de ligação cruzada em qualquer concentração testada. A solubilidade
tendeu a diminuir quando se acrescentou agentes de ligação cruzada até a
concentração de 40%, após o que aumentou. Segundo os autores, o comportamento
de todos os materiais foi parecido demonstrando diferenças nos valores absolutos
em todas as propriedades dependendo do tipo de agente de ligação cruzada
utilizado.
May et al.
28
(1996) determinaram quantitativamente o efeito de
envelhecimento acelerado sobre a estabilidade de cor de cinco materiais para base
de próteses (Lucitone Hy-pro, Accelar 20, Lucitone 199, Lucitone CH e Lucitone
35
TruTrone, termopolimerizáveis; Ebony light, e Eboni dark, de termopolimerização
rápida; e G-C Microwave, polimerizado por meio de microondas). Foram
confeccionados cinco corpos-de-prova de cada material com 22 mm de diâmetro por
3 mm (especificação 12 da ADA), prensados em muflas para microondas com auxílio
de gesso pedra. Após a polimerização, realizada em forno de microondas durante 5
min em potência máxima, os corpos-de-prova foram submetidos a processos de
envelhecimento. Este foi realizado por exposição a lâmpada xenon de 2500 W no
espectro de luz ultravioleta com 90% de umidade e 110°F. O registro da alteração de
cor foi realizado, em triplicata, no centro de cada corpo-de-prova, utilizando o
instrumento Chroma Metter II, também utilizado para quantificar os valores
triestímulos, antes e após 300 h, 600 h e 900 h de envelhecimento acelerado.
Diferenças de cor entre os materiais dentro do mesmo tempo de envelhecimento
foram investigadas com o auxílio de ANOVA one-way. Utilizou-se o teste Scheffé
para a comparação das médias de cor e entre os diversos períodos de tempo
utilizados. Todos os materiais demonstraram alterações de cor estatisticamente
significantes em algum dos tempos de exposição ao envelhecimento acelerado.
Quando se analisou a diferença de cor para os tempos utilizados, Hy-pro, Lucitone
TruTone e Lucitone 199 sofreram as menores alterações de cor. Quando estas
ocorreram, os corpos-de-prova tornaram-se mais brilhantes e menos cromáticos.
Kim e Um
61
(1996) compararam as tonalidades das guias de cores
com as cores de resinas compostas disponíveis comercialmente. Foram realizados
três corpos-de-prova de cada material (Z 100, Prisma TPH, Herculite XR, Tetric e
Silux Plus), utilizando-se matriz de 16,0 mm de diâmetro e 1,6 mm de espessura. Os
materiais foram manipulados segundo as recomendações do fabricante.
Posteriormente, os corpos-de-prova foram polidos com lixa de papel de granulação
320, 400, 600, 800, 1000 e 1200. Para as leituras de cor, foi utilizado
espectrofotômetro (Color-Eye 3000) com iluminante D65, utilizando as coordenadas
CIE L*a*b*. O equipamento foi calibrado após cada leitura, utlizando-se o software
Optiview (MacBeth) e os valores de comprimento de onda foram observados para
cada corpo-de-prova de 20 nm de intervalo entre 360 e 740 nm, obtendo valores X,
Y e Z. Posteriormente, os valores X, Y e Z foram convertidos a L*a*b* e as
diferenças de cor foram calculadas correspondendo a par de tonalidades de guia de
cor e os corpos-de-prova de resina composta. Foram observadas diferenças de cor,
36
detectáveis a olho nu, entre todas as tonalidades da guia e os corpos-de-prova de
resina, exceto para as tonalidades D3, A3 e B2 da Z100 e as tonalidades B2 de
Prisma TPH. Comparando-se as médias do E dos materiais foi verificado que a
Z100 apresentou menor diferença de cor seguida da Prisma TPH, Tetric, Silux Plus
e Herculite XR. Concluindo-se que as tonalidades das guias são inadequadas para a
seleção de cor para as restaurações de resina compostas.
Polyzois et al.
35
(1997) investigaram os efeitos de quatro soluções
desinfetantes (Klinex, Cidex-7, Hibitante e Cabadol) na cor de resinas para base de
próteses. Foram preparados 50 corpos-de-prova com 22 mm de diâmetro por 2,5
mm de espessura para cada um dos três materiais (Paladon 65 termopolimerizável,
Triad fotopolimerizável e ProBase Cold autopolimerizável). Os corpos-de-prova
foram desgastados nos dois lados utilizando lixa de papel siliconizado nº 1000 em
máquina de polimento sob irrigação até chegar a espessura de 2,0 ± 0,1 mm. A
seguir, foram colocados em dissecador com gel de sílica a 37°C ± 1°C até atingirem
pesos constantes e armazenados em água destilada durante 24 h. Dez corpos-de-
prova de cada um dos três materiais foram imersos nas soluções desinfetantes e o
dez restante foi utilizado como grupo controle (imersos somente em água destilada).
Os tempos de imersão foram: 10 min (T1), 10 h (T2), e 7 dias (T3). Após a imersão,
foram limpos com água destilada utilizando ultrason, e secos com papel absorvente.
A mensuração de cor foi realizada antes e após os tempos de imersão. Utilizando
colorímetro com 5 mm de abertura de diâmetro e iluminação D65 sendo os corpos-
de-prova observados a 10 graus. Para cada corpo-de-prova foram feitas seis leituras
utilizando fundo branco padronizado e a diferença de cor foi calculada utilizando: E
*= (L*
2
+ a*
2
+b*
2
)
½
. Foi encontrado que a resina Paladon não apresentou
diferenças estatísticas significantes entre os meios corantes. A resina Triad VLC
apresentou comportamento similar, não apresentando diferenças estatísticas
significantes, exceto no T3 para a solução de Cabadol (E* de 3,0). A resina
ProBase Cold apresentou alta alteração de cor no T3 com Cabadol (E* 12,85). Os
outros meios de imersão apresentaram valores entre 0 a 2 de E*. Esta última
resina, comparada com a Paladon 65 e Triad VLC, apresentou em geral menores
alterações de cor.
37
Ma et al.
38
(1997) avaliaram a rugosidade e a alteração de cor de
resinas acrílicas após imersão em desinfetantes em diferentes tempos de imersão.
Foram utilizados cinco desinfetantes químicos e cinco resinas para base de
próteses, três autopolimerizáveis, uma termopolimerizável e uma fotopolimezável,
manipuladas segundo as recomendações do fabricante. Foram confeccionados 25
corpos-de-prova de cada uma das resinas, sendo cinco imersos em cada solução
em recipiente fechado com a superfície a ser avaliada para cima. A seguir, os
corpos-de-prova foram lavados com água destilada e secos com jatos de ar antes de
cada leitura. Foram realizadas leituras de rugosidade e de cor de cada corpo-de-
prova antes da imersão nas soluções sendo estes os dados controle. Para as
leituras de rugosidade foi utilizado um rugosímetro com intervalos de 0,01 µm. Nas
leituras da cor foi utilizado um colorímetro segundo as coordenadas L*a*b*, com
iluminante D65. As avaliações foram realizadas em quatro períodos de imersão: 10
min, 30 min, 24 h e 7 dias. Exceto com o desinfetante biocide todas as cinco resinas
para base de próteses não sofreram alteração de cor estatisticamente significante a
curto e longo prazo. A textura superficial das resinas estudadas não foi afetada após
sete dias de imersão em quatro dos cinco desinfetantes. Os resultados
demonstraram que os desinfetantes estudados na pesquisa podem ser utilizados por
um período de 30 min sem prejuízo das propriedades superficiais estudadas pelos
autores.
Scotti et al.
62
(1997) compararam a estabilidade de cor de quatro
tipos de resina acrílica indicadas para provisórios em prótese fixa: Trim, Protemp,
Mixacryl II e CoId Pac. Foram utilizados 32 corpos-de-prova de cada resina com 25
mm de diâmetro e 2 mm de espessura. Os corpos-de-prova foram imersos em: 990
mL de saliva artificial, água destilada e ácido láctico; 660 mL saliva sintética com 330
mL de chá; 660 mL saliva sintética com 330 mL de café; ou 660 mL saliva sintética
com 330 mL de clorexidina, armazenados a temperatura de 37°C ± 1°C simulando a
cavidade oral. Foram realizadas as mensurações de cor antes e após 20 e 30 dias
da imersão, utilizando espectrofotômetro (Macbeth Color-Eye 7000) com iluminante
D65. Os autores concluíram que os corpos-de-prova que apresentaram menor
instabilidade de cor foram os imersos em saliva e saliva com chá. Na resina Mixacryl
38
II a saliva com café provocou maior grau de escurecimento produzindo uma
coloração mais avermelhada que os demais materiais, sendo melhor a CoId Pac.
Horn et al.
47
(1998) compararam o método objetivo e subjetivo para
a avaliação de tonalidades de dentes, utilizando espectrofotômetro e análise visual.
Foram utilizados 20 dentes anteriores superiores extraídos e seis tonalidades da
escala de cores VITA. A avaliação da cor foi realizada nos dias 1 e 14, com base em
valores de L*. A avaliação de cor visual e espectrofotómetrica foi realizada usando
método cego. O espectrofotômetro avaliou a superfície vestibular dos dentes,
utilizando luz D65, sendo reposicionado o espectrofotômetro para cada leitura dos
dentes, com registro dos valores obtidos durante as leituras para depois serem
comparados com a avaliação visual realizada por cinco avaliadores. No dia 1 os
dentes foram numerados aleatoriamente de 1 a 20 e para cada dente foram
realizadas leituras em cinco tempos consecutivos por 30 s. Usando as tonalidades
da escala Vita foram ordenadas visualmente da mais clara à mais escura, marcando
cada tonalidade com a letra “A” para a mais clara e a letra “F” para a mais escura.
No primeiro dia os cincos avaliadores compararam cada dente natural com as seis
tonalidades da escala. Sem informar aos avaliadores, os dentes foram renomeados
aleatoriamente de 1 a 20, cada número original do dente e o novo foi registrado, só
os avaliadores os desconheciam; foi assinada uma nova letra para as tonalidades
das guias experimentais, em ordem ascendente da “Z” mais escura até “U” a mais
clara, a letra original e a nova foram registradas. Após 40 dias foi realizada outra
avaliação com os mesmos parâmetros estabelecidos no primeiro dia. Análise
estatística não foi realizada, pela inexistência de método que possa comparar dados
registrados pelo espectrofotômetro com dados obtidos pelos examinadores
humanos. Foi observado que a coincidência da leitura do espectrofotômetro foi 16
de 20 dentes, 80%, e embora a coincidência do método visual foi de 10 de 20
dentes, (50%). Nos resultados desse estudo foi confirmado que o registro humano
na avaliação da tonalidade dos dentes é pouco confiável quando comparado com o
espectrofotômetro, mais preciso para os estudos in vitro.
Millstein et al.
63
(1998) determinaram o efeito da cor de materiais
para base de próteses sobre a cor dos dentes artificiais. Foram fabricados corpos-
39
de-prova retangulares de 16 mm x 12 mm x 24 mm, usando os materiais e a
seqüência utilizada na confecção de dentes para próteses, nas tonalidades 62, 65 e
81. Uma camada de corpo de 1 mm a 8 mm de espessura e uma camada incisal de
0 mm a 6 mm de espessura foram incorporadas em cada corpo-de-prova. Para
avaliar o efeito de cor em materiais utilizados na confecção de base de próteses,
foram fabricados sete corpos-de-prova, com as mesmas medidas de 16 mm x 12
mm x 24 mm nas cores: rosa liso, rosa claro avermelhado, tom tissular claro, tom
tissular médio, étnico suave, étnico escuro e mista; o lado superior e o inferior
estavam totalmente planos para assegurar uniformidade no teste empregado. A
mensuração da cor para os três corpos-de-prova das tonalidades 62, 65, e 81 foi
realizada com colorímetro D2509 e fundo preto padronizado, associando esses
valores com respostas visuais humanas, sendo utilizado para isso um sensor óptico.
Os dados obtidos eram convertidos então a valores CIEL*a*b* e comparados entre
eles; o mesmo processo foi realizado com os sete corpos-de-prova do material para
base de próteses. Posteriormente realizaram-se mensurações no colorímetro,
colocando cada um dos sete diferentes corpos-de-prova para confecção de base de
próteses entre cada um dos três corpos-de-prova utilizados na confecção de dentes
de acrílico e o fundo preto, comparando estas novas mensurações às feitas
anteriormente, utilizando somente fundo preto. Os resultados demonstraram
diferenças na avaliação da cor em cada um dos três corpos-de-prova utilizados para
a confecção de dentes para próteses, quando comparados com as sete diferentes
resinas acrílicas utilizadas como fundo.
Okubo et al.
53
(1998) analizaram a capacidade de selecionar
tonalidades nas guias de cerâmicas nos novos colorímetros computarizados e
compararam com o teste visual. O teste visual consistiu em utilizar duas guias de
cores da escala (Vita Lumin), para serem comparadas entre elas, por exemplo a
tonalidade C3 de uma escala com a mesma tonalidade C3 da outra escala. Foram
selecionadas 31 pessoas, entre cirurgiões dentistas, técnicos de laboratório e
estudantes de odontologia, depois de serem expostos a testes de deficiência de cor
e de coincidir que as mesmas cores das duas guias eram indistinguíveis. A
identificação de cada uma das amostras das duas guias foi coberta. Cada amostra
foi colocada sobre um fundo plano cor preto e os observadores tiveram tempo
ilimitado para a observação das guias, utilizando luz natural do meio dia. O teste foi
40
realizado em de duas semanas e dois meses após, metade dos observadores foi
testada nas mesmas condições. Na avaliação instrumental foi empregado um
Colortron II computarizado, e desmontável para ser usado intraoralmente a 45°.
Foram realizadas 25 leituras nas 16 tonalidades das duas guias de cores,
selecionando-se o terço médio de cada amostra para ser lido. Os resultados
demonstraram que o Colortron mediu 8 de 16 tonalidades corretamente e os
examinadores, no método visual, mediram corretamente 7,7 de 16 tonalidades. Não
se encontrou diferença estatística entre os dois métodos, o colorímetro demonstrou
100% de repetibilidade e o método visual demonstrou também adequada
repetibilidade. Os autores concluiram que o método visual foi pouco inconsistente e
o método instrumental para a avaliação das tonalidades das guias de cores de
porcelana foi superior.
Uchida et al.
64
(1998) avaliaram quantitativamente as mudanças de
cor de duas marcas de resinas compostas fotopolimerizáveis (Conquest Direct Fill e
Pentra-Fill II), expostos à irradiação de luz UV e à degradação da cor em função das
tonalidades. Foram selecionadas cinco tonalidades de cada uma das seguintes
resinas: amarelo claro, amarelo escuro, verde claro, verde escuro e universal (para
Conquest Direct Fill); e universal, marrom, amarelo claro, amarelo escuro e cinza
(para Pentra-Fill II). Cinco corpos-de-prova de cada tonalidade foram preparados e
imersos em água destilada a 37°C por 24 h. A seguir realizou-se mensuração da cor,
cujos dados foram armazenados para servir como base da avaliação de possíveis
alterações. Os corpos-de-prova foram colocados no colorímetro sobre um prato
giratório com fundo preto a temperatura controlada de 37°C a 33 rpm, com abertura
diametral de 8 mm na direção da luz UV durante 24 h. Posteriormente foi realizada
a segunda mensuração de cor. Cada mensuração de cor foi realizada com três
repetições para obtenção da média do parâmetro de cor de cada corpo-de-prova,
utilizada na análise estatística. Para obter a diferença entre as coordenadas de
cromaticidade e a exposição à luz UV utilizou-se a fórmula para o calculo de E, foi
observado que os compósitos expostos a essa irradiação durante 24 h
apresentaram significantes alterações de cor.
Anil et al.
24
(1999) avaliaram in vitro a estabilidade de cor de
materiais de reembasamento para próteses, utilizando envelhecimento acelerado.
41
Dois materiais autopolimerizáveis (Ufigel P e Simpa) e três termopolimerizáveis
(Ufigel L, Molloplast B e Flexor). Foram utilizados, confeccionando-se para cada um
deles sete discos com 15 mm de diâmetro por 2 mm de espessura conforme
recomendações do fabricante. A mensuração inicial de cor foi obtida em
espectrofotômetro de luz ultravioleta-visível (UV), rotando-se 90° cada corpo-de-
prova em sentido horário, obtendo-se desta maneira quatro medições em cada um
deles e utilizando um fundo branco padronizado do mesmo aparelho como controle.
A seguir, os corpos-de-prova foram colocados em câmara de envelhecimento
acelerado durante 900 h, expostos à luz UV a temperatura de 110°F, com ciclo
programado de 18 min de spray de água a cada 2 h. Foram realizadas medições de
cor novamente após o ciclo de envelhecimento acelerado. Os resultados
demonstraram que os materiais Simpa e Ufigel P mostraram maior mudança na cor
que os outros materiais, concluindo desta maneira que a alteração de cor foi maior
nos materiais autopolimerizáveis em comparação com os termopolimerizáveis,
embora essa alteração não tenha sido estatisticamente significante.
Hersek et al.
6
(1999) determinaram a estabilidade de cor de cinco
resinas acrílicas de base de prótese em três soluções corantes presentes em
alimentos. Foram utilizadas duas resinas de alto impacto (Lucitone e QC 20) e três
convencionais termopolimezáveis (Meliodent, Trevalon e Trevalon HI). Para cada
material estudado foram confeccionados 15 corpos-de-prova retangulares com
dimensões de 20,0 mm x 10,0 mm x 1,5 mm. Os corpos-de-prova foram submetidos
a ciclo curto de polimerização em água a 72°C durante 1,5 h, seguido por 30 min de
ebulição a 100°C. O polimento das faces superiores e inferiores dos corpos-de-prova
foi realizado com lixa de granulação 600 até que alcançassem a espessura final. A
seguir, foram divididos em grupos de cinco corpos-de-prova para cada solução
corante testada: eritrosina a 3%, tartrazina e amarelo sunset. A cada três gramas da
solução corante foram adicionados 100 mL de água destilada, e as soluções
resultantes foram contidas em recipientes fechados protegidos de luz, nos quais
foram armazenados os corpos-de-prova a 23°C ± 1°C, evitando seu contato direto.
As medições de cor dos corpos-de-prova, realizadas antes e após a imersão nas
soluções corantes por períodos de um, três e seis meses, foram feitas em três áreas
aleatórias, utilizando espectrofotômetro de luz ultravioleta-visível. Antes de cada
medição, totalizando três para cada corpo-de-prova, estes foram lavados com água
42
destilada e o excesso de água foi retirado com papel absorvente. Os dados foram
registrados de acordo com o modelo CIE L*a*b* e as diferenças de cor, calculadas
pela fórmula E*ab = [(L)
2
+ (a*)
2
+ (b)
2
]
1/2
, sendo comparadas as cores dos
corpos-de-prova com um branco padrão (tablete de pó de sulfato de bário
prensado). O efeito de material, solução corante e tempo de imersão sobre a
alteração de cor foram verificados. As mudanças de cor apresentadas pelas resinas
acrílicas no mesmo período de tempo nas três soluções corantes foi comparada pelo
teste de Mann-Whitney U, o qual também foi utilizado para a obtenção dos
resultados em diferentes períodos de tempo de imersão na mesma solução. Os
resultados demonstraram que a resina Lucitone apresentou alterações de cor
significativamente maiores que as outras nas soluções de eritrosina e tartrazina. A
menor mudança de cor foi promovida pela solução amarelo sunset. Concluindo que
o efeito de manchamento das três soluções nas cinco resinas acrílicas teve níveis
clinicamente aceitáveis.
Saito et al.
65
(2000) avaliaram o efeito do acabamento e polimento
sobre a rugosidade e pigmentação superficial em materiais híbridos de ionômeros de
vidro e resina composta e verificaram a correlação existente entre os dois métodos
de análise da qualidade superficial. Confeccionaram 60 corpos-de-prova de cada
material (Chelon Fil, Vitremer e Dyract), utilizando matrizes de teflon. Após 24 h
realizaram acabamento e polimento com discos de óxido de alumínio Soflex e
brocas de carbeto de tungstênio; e para o grupo controle não foi realizado nenhum
tratamento superficial. Foi realizada análise perfilométrica para considerar a
rugosidade e posteriormente os corpos-de-prova foram imersos em dois meios
corantes: fucsina básica a 0,5% e eritrosina a 0,5% durante 24 h. A seguir foram
lavados, secos e triturados com pistilo de aço inoxidável. O pó obtido foi colocado
em tubos de ensaio contendo 4 mL de álcool absoluto durante 24 h para a extração
do corante, as soluções foram centrifugadas por 3 mm e o “sobrenadante” foi
utilizado para a leitura no espectrofotômetro. Os resultados amostraram que o
acabamento com as brocas de carbeto produziu a maior rugosidade superficial para
o material Chelon Fil, seguido do material Vitremer e Dyract, respectivamente. A tira
de teflon conferiu a maior lisura superficial para os materiais Dyract e chelon Fil, no
entanto, o material Vitremer apresentou uma maior rugosidade. Os discos sof-lex
produziram superfícies mais lisas quando o material Dyract foi utilizado, sendo mais
43
rugosas para os materiais Chelon Fil e Vitremer, que não diferiram entre si.
Concluindo que para o teste de deposição superficial de corante, não houve
diferenças significantes entre os sistemas de acabamento, sugerindo que a
suscetibilidade à pigmentação está diretamente relacionada ao material restaurador.
Stober et al.
66
(2001) investigaram a estabilidade de cor de sete
resinas compostas com alto conteúdo de carga inorgânica, indicadas para confecção
de facetas (Colombus, Artglass, Sinfony, Targis, Zeta LC, Zeta HC, BelleGlass
HP/dentine e BelleGlass HP/enamel). Os materiais foram polimerizados na forma de
cilindros (6 mm X 5 mm), de cor Vita - A 3,5, totalizando 21 corpos-de-prova para
cada material. A seguir, as superfícies foram processadas com lixa de papel
abrasivo montadas em instrumento rotatório. Esse procedimento foi realizado sob
irrigação utilizando lixa até a granulação 1000. As amostras foram armazenadas em
água deionizada durante 24 h a 37ºC. Três amostras de cada material foram
tratadas, em sete grupos, contendo diferentes meios corantes (água deionizada, em
conjunto ou não com a aplicação de luz UV artificial; enxagüatório bucal à base de
fluoreto; chá; café; vinho tinto e solução turmérica (curcuma) a 0,1%, durante quatro
a oito semanas. A verificação de cor foi realizada segundo o sistema CIE L*a*b. Os
autores verificaram que as maiores alterações de cor provocadas pela radiação UV
ocorreram no valor colorimétrico b*, que corresponde à cor amarela, sendo que as
alterações foram encontradas nas resinas Colombus, Artglass, Sinfony, Targis e
Zeta LC. Com relação aos corantes, severas alterações de cor foram causadas pelo
vinho tinto e a solução de curcuma em todas as resinas estudadas, tanto no tempo
de quatro, quanto no tempo de oito semanas de imersão. De acordo com os autores,
alterações de cor não aceitáveis clinicamente foram registradas para as resinas Zeta
LC, Zeta HC e BelleGlass HP/enamel, após quatro semanas de imersão em chá ou
café e, após oito semanas, para todas as resinas estudadas. Concluíndo que os
novos compósites híbridos micropartículados estudados apresentaram deficiente
estabilidade de cor.
Sproull
67
(2001) revelou que os principais requisitos para a
confecção da escala de cores são a combinação lógica e adequada distribuição no
espaço de cor. De acordo com o autor, a escala de cor, baseada no sistema
Munsell, cumpriu com estas exigências através da determinação do matiz, valor e
44
croma. Entretanto, as escalas de cores disponíveis comercialmente não
apresentaram volume de cores requerido pelo sistema ou a ordem das escalas e ou
relação entre as amostras foram usualmente falhas. Portanto, concluiu o autor que
se tornam necessários avanços na confecção das escalas de cores para a obtenção
de níveis aceitáveis na mensuração da cor.
Mutlu-Sagesen et al.
68
(2001) analisaram, por meio de técnica
colorimétrica, a estabilidade de cor de diferentes marcas de dentes artificiais
utilizados em próteses removíveis: Unilux UL e Vivoperl VP, de porcelana; Optodent
OD e Ivolek IL, de acrílico reforçado; e Isodent ID e Ultraplus UP, em acrílico
convencional. Foram utilizados quatro dentes anteriores superiores de cada marca
comercial para cada uma das soluções de imersão (café filtrado, chá, Coca-cola e
água destilada). Cada conjunto de dentes foi posicionado por sua face palatina
dentro de molde de cera rosa de 15 mm x 15 mm e foi suspenso por fio dental. A
seguir, foram imersos em água destilada a 37°C por 24 h e armazenados em um dos
meios corantes. A mensuração de cor foi realizada antes e após um dia, uma, duas
e quatros semanas de imersão nos meios corantes. As soluções foram substituídas
semanalmente e filtradas a cada dois dias de imersão para se evitar contaminação e
depósitos, respectivamente. Para a avaliação de cor foi utilizado um colorímetro
(Gardner Lab. Inc.) com os parâmetros de CIE L*a*b* medindo os terços incisal,
médio e cervical dos dentes. Antes das mensurações de cor, o colorímetro foi
calibrado de acordo com as recomendações do fabricante, os valores foram
armazenados e a diferença de cor foi calculada por E* = [(L)
2
+ (a*)
2
+ (b)
2
]
utilizando-se o teste estatístico ANOVA de duas vias. A solução que promoveu
manchamento significativo foi o café, seguido do chá e de coca-cola nos dentes de
acrílico convencional UP, concluindo-se que os dentes de porcelana e os de acrílico
reforçados apresentaram maior estabilidade de cor.
Oliveira et al.
44
(2002) avaliaram in vitro o grau de clareamento
dental obtido por agentes ativados por calor ou a laser, registrado a partir de técnica
espectrofotométrica e visual. Foram utilizados 24 caninos humanos, divididos em
dois grupos. Para aplicação da técnica clareadora, no primeiro grupo, foi realizada
técnica de associação, utilizando calor com fonte catalisadora e no segundo grupo
realizou-se técnica com laser. Foram realizadas duas leituras iniciais, uma antes e a
45
outra após 21 dias de escurecimento com sangue, utilizando-se espectrofotômetro
de refletância e escala de cores Vita em cada uma delas. Imediatamente após a
realização das técnicas de clareamento, realizou-se leitura de cor, seguida pelas
leituras 15 e 30 dias após o clareamento. Cada corpo-de-prova foi classificado
segundo o padrão de cor da escala VITA, onde o grupo A1 - A4 corresponderam ao
marrom, B1 – B4 ao amarelo, C1 – C4 ao cinza, e D2 – D4 corresponderam ao
vermelho. A diferença de cor entre as coordenadas L*, a* e b* demonstrou, nos dois
tempos experimentais (15 e 30 dias), altos valores em alguns dos corpos-de-prova,
tanto no grupo da técnica de calor como no grupo da técnica de laser,
principalmente para os corpos-de-prova submetidos ao escurecimento com sangue.
Apesar disto, o análise dos resultados demonstrou não haver diferença estatística
significante quando comparadas às diferenças de cor (E) imediatamente após o
clareamento e nos tempos experimentais para os grupos testados.
Paul et al.
48
(2002) analisaram a concordância entre as técnicas
espectrofotométrica e visual na determinação de cor de dentes naturais (incisivos
centrais de 30 adultos com 17 a 44 anos de idade). Utilizaram um espectrofotômetro
de refletância (# LUA005, MHT. Zürich, Switzerland, software 2.15), usando
iluminante D65. A luz foi dividida para que o dente fosse iluminado simultaneamente
em duas direções a 45° de angulação utilizando câmera intra-oral. A luz refletida foi
direcionada a 0° para duas áreas detectorás: uma geradora de vídeo colorido e outra
de vídeo em branco e preto. Além disso, foi captada imagem de área sem
iluminação adicional à luz ambiente. Utilizaram-se filtros polarizados para eliminar o
brilho da superfície. Previamente a cada ciclo de mensuração, o espectrofotômetro
foi calibrado com cerâmica branca fornecida pelo fabricante. Obtiveram
mensurações com o espectrofotômetro de cada guia da escala VITA, colocando
cada uma no interior de uma caixa preta ao lado de um dente com silicone cor de
rosa imitando a gengiva. Os dados obtidos foram registrados segundo os
parâmetros CIE L*a*b*. A cor dos dentes foi expressa de acordo com a escala
clássica de cor VITA. Na análise visual, três cirurgiões dentistas com história
negativa de deficiência visual, selecionaram independentemente a melhor
coincidência do terço médio de um dos pacientes no incisivo central utilizando a
mesma guia da escala VITA que foi utilizada no espectrofotômetro. Foi obtido
também registro fotográfico convencional (Minolta 500Si, Macro Lens AF 100 mm.
46
Flash 1200 AF, F 22, Lightness + 0.5) padronizado do incisivo de cada paciente
junto à cor da guia mais semelhante para os três cirurgiões dentistas. Na avaliação
espectrofotométrica foi utilizada uma câmera intra-oral com adaptador esterilizável
no espectrofotômetro, que foi posicionada sobre cada um dos 30 dentes. Após ficar
a imagem estabelecida no mesmo terço médio utilizado na avaliação visual foram
registrados os dados obtidos no computador, o qual também foi utilizado para
comparar os espectros de reflectância com os espectros da cor já registrados ao
início do estudo. O E, foi calculado pela equação E = [(L*
object
- L*
library
)
2
+ (a*
object
- a*
library
)
2
+(b*
object
- b*
library
)
2
]
1/2
. Na comparação final entre análises visual e
espectrofotométrica, os dados foram obtidos pelo princípio de maioria: onde os três
examinadores coincidiam ficava a tonalidade final quando um dos examinadores
registrava diferente tonalidade e os outros dois coincidiam a última tonalidade era a
tonalidade final e quando os três examinadores não coincidiam, a tonalidade
registrada pelo espectrofotômetro ficava como a tonalidade final. Para os dados do
espectrofotômetro, foram utilizados aqueles obtidos nas leituras feitas anteriormente
utilizando a equação (E). Os resultados finais demonstraram uma coincidência das
três tonalidades selecionadas visualmente em 26,6% e em 83,3% para as
selecionadas pelo espectrofotômetro, demonstrando assim maior precisão que o
registro visual humano na seleção das tonalidades.
Tung et al.
69
(2002) avaliaram a confiabilidade e compararam a
tonalidade registrada pelo colorímetro (Shade Eye-Ex Dental Chroma Meter) com a
tonalidade selecionada por clínicos experientes. Na primeira prova da parte I do
estudo, foram testados onze indivíduos e nas aferições de cor dos seus dentes
participaram dois examinadores (A – B) calibrados, tendo como padrão 0,5 a 1,0 mm
da gengiva marginal livre no terço médio gengival. Quando o examinador A estava
satisfeito da posição da ponta do colorímetro no dente, ele informava a um terceiro
examinador C, o qual registrava de três a cinco medições. Duas leituras da mesma
área foram obtidas da mesma maneira (seqüência 1 e 2) com lapsos de não mais de
um minuto entre elas. O examinador B realizou a mesma tarefa. Na segunda prova
da parte I, foram realizadas medições igualmente dos mesmos onze sujeitos três
semanas depois. O coeficiente de confiabilidade Cronbach foi estabelecido com
três semanas de separação entre as medições realizadas na primeira e segunda
prova da parte I do estudo, entre os examinadores e entre as seqüências 1 e 2. A
47
amplitude dos valores foi determinada de 0 a 1. Quando o valor indicava nove, a
confiabilidade da medição era muito alta e um valor de zero indicava não
correlação. A parte II do estudo se realizou com os mesmos onze sujeitos e o
examinador C, incluindo dois diferentes examinadores (D - E) O examinador que
participava como cego nas outras medições selecionava uma tonalidade da escala
VITA junto ao incisivo central superior direito de cada sujeito, a qual era registrada
pelo examinador C. Os dados foram registrados, para depois serem utilizados na
equação E*ab = [(L)
2
+ (a*)
2
+ (b)
2
]
1/2
. A coincidência foi considerada presente
quando 10 seleções da tonalidade eram as mesmas. Quando coincidia a tonalidade
entre os examinador A e B e entre os examinadores D e E, mas não coincidia entre
eles, a segunda tonalidade nominal era convertida em valores individuais CIE
L*a*b*. O valores totais de 99 para a tonalidade, 96 para o valor e 94 para matiz,
sugeriram que o colorímetro foi confiável no estudo, mas não houve precisão do
sistema. Em geral isto foi atribuído a diversos fatores, entre esses que a cor do
dente não era a mesma na sua totalidade ou por presença de placa bacteriana,
saliva e superfície dental. Na parte II do estudo, o colorímetro concordou em 82%
das vezes, e os clínicos concordaram com a tonalidade selecionada em 73%. As
seleções feitas pelo colorímetro e pelos clínicos combinaram em 55% a 64%.
Lai et al.
70
(2003) compararam a estabilidade de cor, resistência ao
manchamento e absorção de água de quatro materiais utilizados como gengiva
artificial em próteses dentais. Foram confeccionados 45 corpos-de-prova cilíndricos
com 15 mm de diâmetro e 10 mm de espessura para cada material: silicone
(Gingivamoll), copoliamida (Flexite Supreme) e resinas acrílicas termopolimerizáveis
(QC-20 e Vertex). O polimento dos corpos-de-prova foi realizado com lixas de
granulação 600 a 1200, obtendo-se espessura final de 10 mm ± 0,5 mm, e dez
corpos-de-prova de cada material foram submetidos a quatro diferentes condições
(imersão em café, chá e água ou exposição ao ar). As soluções utilizadas foram
preparadas de maneira padronizada, utilizando-se água destilada. O café foi
preparado utilizando-se 15 g de café com 500 mL de água destilada; a solução de
chá foi preparada utilizando-se 5 sachés imersos em 500 mL de água destilada
durante 10 min. A cada 500 mL do chá, café, e água destilada foram adicionados 0,3
g do ácido de sódio para impedir o crescimento fúngico. Um corpo-de-prova de cada
material foi imerso em 100 mL de cada uma das soluções. A cor foi avaliada após 7,
48
14, 30, 60, 120 e 180 dias, utilizando-se espectrofotômetro com iluminação padrão
D65. Os cinco corpos-de-prova restantes de cada material foram utilizados para o
teste de absorção de água. O diâmetro e a espessura de cada corpo-de-prova foram
medidos e o volume foi calculado. Os discos foram condicionados até atingir peso
constante em dissecador e, a seguir, os corpos-de-prova foram imersos em água
destilada a 37°C ± 1°C, em ausência de luz. A água foi substituída diariamente
durante sete dias. As medições de peso foram feitas após 1, 3, 7, 14, 28, e 56 dias
por um só operador. As diferenças de cor foram registradas antes e após os
períodos de imersão. Concluindo que os materiais testados demonstraram
estabilidade de cor em água e ar, e as alterações de cor dos materiais de silicone e
copolamide armazenados em café por 180 dias foram maiores que 3 segundo a
NBS, sendo apreciável e clinicamente aceptavel, seguido da copoliamida e as duas
resinas acrílicas termopolimerizaveis; igualmente a copoliamida teve o maior valor
de absorção de água quando comparada com a silicone.
Compagnoni et al.
29
(2004) avaliaram a efetividade de diferentes
ciclos de polimerização por microondas na porosidade de uma resina acrílica para
base de próteses. Foram confeccionados 32 corpos-de-prova retangulares em
moldes de gesso pedra dentro de mufla metálica, com medidas de 65 mm x 40 mm x
5 mm, os quais foram divididos em quatro grupos (A, B e C) e controle (T), contendo
oito corpos-de-prova cada um deles. Para os grupos A, B e C utilizou-se resina base
Onda-Cril e para o grupo T foi utilizada resina termopolimerizável Clássico. A
polimerização foi realizada da seguinte maneira: (A) 500 W por 30 min; (B) 90 W por
13 min + 500 W por 90 s; (C) 320 W por 3 min + 0 W por 4 s + 720 W por 3 min e
(T) 74 W por 9 h. Cada corpo-de-prova foi pesado em ar e em água e foi então
calculada a porosidade. Não houve diferença estatisticamente significante entre os
grupos controle (T) e os grupos experimentais (A, B e C) com P = 0,418. Os autores
concluíram que não houve diferença estatisticamente significante entre a média de
porosidade encontrada e a polimerização por energia de microondas.
Joiner
54
(2004) descreveu, em revisão de literatura sobre coloração
dental, espaço de cor CIE L*a*b*, propriedades ópticas dos dentes, métodos de
mensuração de cor, distribuição da cor dos dentes e percepção e aparência da cor
do elemento dental. A mensuração de coloração dental pode, de acordo com os
49
autores, ser possível por meio de análise visual com auxílio de escalas de cor,
espectrofotometria, colorimetria e análise computacional de imagens digitais. Foi
descrito que cada método de mensuração de cor tem vantagens, desvantagens e
limitações. Todavia estes métodos têm sido utilizados com sucesso para mensurar
mudanças de cores provocadas pelo clareamento dental. O autor explicou que os
espectrofotômetros são instrumentos que medem um comprimento de onda por vez
pela reflectância ou pela transmitância de um objeto e têm sido utilizados para medir
o espectro visível dos dentes. Sua pouca disponibilidade se deve à complexibilidade
e alto custo para utilização in vivo nos consultórios odontológicos. Em relação à
percepção e à aparência da cor dental, o autor comentou que a aparência dos
dentes é relatada pela preferência individual de cada paciente. O autor relatou o
surgimento do sistema CIE L*a*b* e o fato de permitir que as diferenças de cor
sejam expressas em unidades que podem ser relacionadas com percepção visual e
significância clínica. Apesar disso, afirmou que a percepção da aparência dentro do
ambiente intra-oral é muito complexa para ser definida pelos três parâmetros de cor
(matiz, croma e valor), sendo questionável a utilização de técnicas de mensuração
instrumental como ferramentas clínicas.
Keyf e Etikan
71
(2004) avaliaram a alteração do brilho superficial de
materiais utilizados para bases de prótese, após a imersão em diferentes tipos de
bebidas. Foram confeccionados 36 corpos-de-prova com dimensões de 30 mm de
comprimento por 30 mm de largura e 2 mm de espessura, com as resinas Meliodent
- termopolimerizável para base de prótese - e Meliodent - autopolimerizável para
reparo. Somente um dos lados recebeu polimento, realizado com roda abrasiva e
lixa, seguido de pedra pomes em roda de pano molhada e, então, mistura de gesso
e álcool foi aplicada e os corpos-de-prova foram,finalmente,lavados. O brilho inicial
dos corpos-de-prova foi aferido com o auxílio de equipamento específico para essa
finalidade (Sheen Instruments Ltda, England), que emitiu iluminação na sua região
central, com duas angulações (20° e 60°). Os corpos-de-prova foram imersos em
cinco soluções durante 30 min diários: chá, café, Coca-cola, suco de cereja e água,
esta última pertencente ao grupo controle. Entre os períodos de imersão, os corpos-
de-prova foram mantidos em água a 37°C. Para cada solução de imersão, foram
confeccionados 14 corpos-de-prova, sendo 7 de cada tipo de resina acrílica testada,
com exceção do suco de cereja, para o qual foram confeccionadas 16 amostras (8
50
de cada resina). Leituras de brilho superficial foram também realizadas ao término
de 45 e 135 dias de imersão. De acordo com os resultados obtidos, o brilho
superficial de todos os corpos-de-prova alterou significativamente após 135 dias de
imersão e o tipo de polimento influenciou significativamente nessa alteração. Os
corpos-de-prova que foram imersos em água demonstraram alterações
estatisticamente significativas ao longo do tempo, porém estas alterações foram
inferiores às das outras soluções. Para todas as condições experimentais, o chá e a
Coca-Cola® foram as bebidas que provocaram maiores alterações de brilho.
Patel et al.
72
(2004) determinaram a estabilidade de cor usando três
tipos de tratamento superficial, utilizando uma resina composta Filtek Z-250 e uma
resina livre de partículas (oferecida pela 3M ESPE, St. Paul, Minessota). Foram
confeccionados 54 corpos-de-prova de cada material para o que utilizou-se matriz
vazada de polietileno contendo orifício de 16,7 mm de diâmetro e 2,4 mm de altura.
Os corpos-de-prova foram, então, divididos em três grupos de acordo com o tipo de
tratamento: o primeiro utilizou lixas de granulação 400, 600, 1200 e 2000, seguida
de polimento com óxido de alumínio (1 µm); o segundo acabamento utilizou placa
diamantada de 15 µm seguido de lixa de granulação 400 e finalizando com placa
diamantada de 30 µm e 15 µm; o terceiro grupo não recebeu polimento e os
materiais foram polimerizados em contato com tiras de poliéster localizadas inferior e
superiormente ao corpo-de-prova. A primeira mensuração de cor foi realizada
utilizando colorímetro com 8 mm de abertura, fundo cinza padronizado, nas
coordenadas de L*a*b* e iluminação D65 que simula a luz dia. A seguir, todos os
corpos-de-prova foram imersos em água destilada por dois dias a 37°C e, então foi
realizada a segunda mensuração de cor. Os corpos-de-prova foram imersos em 20
mL de soluções de café, vinho ou coca, a 37°C por sete dias. Os resultados
demonstraram que a maioria das alterações de cor ocorreram entre o segundo dia
de imersão em água e o sétimo dia de imersão em solução corante, sendo que a
resina particulada apresentou maior alteração de cor. Foi observado que o polimento
com tiras de poliéster e o vinho vermelho apresentaram maior alteração de cor
quando comparado com o polimento com placa diamantada; o café e a solução de
cola causaram mudanças de cor estatisticamente significantes após de sete dias de
imersão. Concluindo que os tratamentos de polimento e imersão em soluções
afetam o manchamento das superfícies dos materiais dentais à base de resina.
51
Samra
73
(2004) pesquisaram a estabilidade de cor de cinco
materiais restauradores imersos em solução de café e a eficácia da profilaxia na
redução da pigmentação. Foram confeccionados 71 corpos-de-prova, divididos em
cinco grupos (G1- resina composta Tetric Ceram – Ivoclar/Vivadent , G2, G3 e G4
Targis – Ivoclar/Vivadent; Resilab Máster – Wilcos; belleGlass HP – Kerr como
resinas laboratoriais de segunda geração, respectivamente e G5- porcelana IPS
Empress® 2 – Ivoclar/vivadent), com 17 mm de diâmetro por 1 mm de espessura.
Os corpos-de-prova foram imersos em solução de café por 15 dias, com temperatura
controlada de 37º± 1°C ao abrigo da luz. Na seqüência, foram submetidos a
profilaxia com bicarbonato de sódio. As avaliações de cor foram realizadas depois
da profilaxia após 1, 7 e 15 dias, utilizando espectrofotometria de reflectância. A
variável E foi avaliada utilizando-se teste ANOVA de dois critérios (período
experimental e tempo). Ao se proceder aos testes pot-hoc constatou-se diferenças
significativas entre os grupos G1,G3 e os demais, entre G2, G4 e os demais e entre
G5 e todos os restantes. O autor concluiu que G1 e G3 apresentaram as maiores
alterações de cor, G2 e G4 apresentaram valores intermediários e G5, apresentou a
menor alteração, sendo mais intensa nos períodos de 1 a 7 dias para todos os
materiais. A profilaxia foi eficiente para reduzir a alteração de cor.
Sham et al.
74
(2004) determinaram a estabilidade de cor de cinco
resinas utilizadas na confecção de próteses provisórias após a imersão em água
destilada e café ou exposição à luz ultravioleta. Foram utilizadas três resinas
acrílicas à base de metil-etil metracrilato (Trim II, Duraly e Alike) e duas resinas à
base de bisacril metacrilato (Luxatemp e Integrity). Para cada material, 21 corpos-de-
prova em forma de discos (20 mm X 1 mm) na cor A2, foram confeccionados e após
a polimerização (à temperatura de 37°C por 15 min) foram lavados e secos com
papel absorvente. A seguir, foram distribuídos aleatoriamente em três grupos:
imersão em água destilada (a 60°C por 20 dias); imersão em solução aquosa de
café por 20 dias (3,6 g de café, 300 mL de água, solução essa trocada a cada dois
dias e mantida à temperatura de 37°C) ou exposição a luz ultravioleta (10 W a 20°C
por 24 h, em ambiente escuro). Os valores de cor foram mensurados utilizando
colorímetro (CS-100, Minolta, Tókio, Japão) com 9° de área observada e 1° de
ângulo de medida. Os dados colorimétricos foram armazenados por processador
52
(modelo DP-100; Minolta, Tókio, Japão) conectado ao colorímetro e cada leitura
representou os valores da média de três repetições. A diferença de cor foi calculada
pela média L*, a* e b* de valores obtidos de cada corpo-de-prova com a
fórmula: E = [(L
1
– L
0
)
2
+ (a
1
- a
0
)
2
+ (b
1
– b
0
)
2
]
½
,
onde (L
1
– L
0
), (a
1
- a
0
) e (b
1
– b
0
)
representam as diferenças de L*, a* e b* entre os valores obtidos imediatamente
após a confecção dos corpos-de-prova e após os diferentes tratamentos (imersão ou
fotoexposição). Os resultados demonstraram que após o armazenamento em água
destilada, a diferença de cor para as resinas à base de bisacril-metacrilato não foi
significante, ao contrário das resinas à base de polimetilmetacrilato. Estas últimas
apresentaram maior alteração de cor que as polimetilmetacrilato tanto após a
imersão em café quanto após a irradiação da luz UV. Os autores concluíram que as
resinas estudadas apresentaram diferentes graus de variação de cor, sendo mais
estáveis em água as resinas à base de polimetilmetacrilato. No entanto, quando
imersas em café ou expostas à luz ultravioleta, as resinas à base de bisacril-
metacrilato apresentaram alta estabilidade de cor.
Vichi et al.
75
(2004) avaliaram a alteração de cor e a opacidade de
tonalidades iguais em resinas compostas de diferentes gerações, utilizando os
testes propostos por Asmussen. Foram utilizadas três marcas comerciais de resina
composta: (TPH, Tetric Ceram e Z100) e selecionadas seis tonalidades da escala
Vita (A2, A3, A3,5, A4, B2 e B3). Para cada tonalidade de cada marca foram
confeccionados cinco corpos-de-prova, em molde cilíndrico de 1 mm de espessura
por 15 mm de diâmetro. Os corpos-e-prova foram polidos e armazenados em
ausência de luz por 24 h. Para a realização das medições foi utilizado um
espectrofotômetro (PSD1000) com 10 mm de abertura, com iluminação D65 a um
ângulo de 10° de observação. Fundos brancos e pretos padronizados foram
utilizados. A seguir, os corpos-de-prova foram imersos em água durante 30 dias a
60°C sendo novamente mensurados quanto a sua opacidade e sua cor. Para se
obter a diferença dos valores obtidos nos corpos-de-prova antes e após serem
imersos, foi utilizada a fórmula E* = [(L)
2
+ (a*)
2
+ (b)
2
]
½
. Os autores concluíram
que a matriz resinosa não esteve diretamente relacionada e o envelhecimento em
água afetou tanto a cor como a opacidade dos materiais testados.
53
Bagheri et al.
76
(2005) determinaram os efeitos de corantes e
soluções simuladoras de alimentos na susceptibilidade de determinados materiais
restauradores odontológicos ao manchamento. Além disso, avaliaram a influência do
polimento nessa propriedade. Foram selecionados seis materiais de cor A2, (Fuji II
LC, Fuji IX GP, Photac Fil, F2000, Charisma, Durafill), cinco soluções corantes,
(vinho tinto, café, chá, molho de soja e cola) e três soluções simuladoras de
alimentos (água destilada, etanol 10%, e crodamol). Foram confeccionados 576
corpos-de-prova com 1 mm de espessura por 12 mm de diâmetro interno e 16 mm
de diâmetro externo, os quais foram polidos com lixa nº 1000. Metade dos corpos-
de-prova recebeu acabamento com tiras de mylar e outra metade, com lixas de
granulometria 600, 1000, 1500 e 2000. Todos os corpos-de-prova foram imersos em
água destilada a 37°C durante uma semana e, a seguir, os dois grupos foram
subdivididos em quatro grupos: (imersão em 10% de etanol, seguida de exposição
às soluções corantes durante uma semana); (imersão em Cromadol, seguida de
exposição às soluções corantes durante uma semana); (imersão em água destilada,
seguida de exposição às soluções corantes durante uma semana; e grupo controle,
com exposição à água destilada durante duas semanas. Todas as imersões foram
realizadas com as soluções a 37°C. Os resultados demonstraram alterações de cor
nos corpos-de-prova imersos em café, vinho tinto e chá, sendo que o Fuji IX
apresentou maior resistência ao manchamento e o Fuji 2000 apresentou menor
resistência, devido, possivelmente, a suas características químicas na sua
composição e ao grau de absorção de água.
Guler et al.
77
(2005) analizaram a estabilidade de cor de cinco
materiais restauradores (uma resina composta fotopolimerizável, uma resina
composta autopolimerizável para provisórios, duas resinas compostas microhíbridas
e uma resina composta com micropartículas) em diferentes meios corantes. Foram
preparados 45 corpos-de-prova de cada material utilizando matriz metálica, com
diâmetro de 15 mm por 2 mm de espessura. Os materiais foram manipulados de
acordo com as instruções dos fabricantes. Os corpos-de-prova fotopolimerizáveis
foram polimerizados à distância de 1 mm durante 20 s. A seguir foram polidos com
lixas de papel de granulação 1000 durante 10 s, a 300 rpm. Ao término do
polimento, todos os corpos-de-prova foram armazenados em água destilada durante
54
24 h e divididos em dez grupos, segundo a solução de imersão: água destilada
(controle), café com e sem açúcar, chá, com e sem açúcar, vinho tinto, café com
creme artificial e açúcar, Coca-cola e suco de cereja ácido. O café foi preparado
utilizando-se 3,6 g de café, dissolvidos em 300 mL de água destilada em ebulição e
filtro de papel; o café com açúcar foi preparado de igual maneira, porém
adicionando-se 10 g de açúcar; o café com creme e açúcar foi preparado
misturando-se 20 g de café com creme artificial e açúcar em 300 mL de água; o chá
foi preparado com 300 mL água destilada em ebulição e dois sachés de chá; o chá
com açúcar foi preparado de igual maneira, adicionando-se 10 g de açúcar. A cor
base dos corpos-de-prova foi mensurada antes da exposição, utilizando um
Colorímetro (Minolta CR-300), o qual foi previamente calibrado de acordo com as
recomendações do fabricante, utilizando-se escala CIEL*a*b* em iluminação padrão
A. Foram realizadas três repetições para cada corpo-de-prova e a média de L*a*b*
foi calculada. Cada grupo foi armazenado por 24 h a 37°C, sendo que os corpos-de-
prova armazenados em café durante esse período simularam o consumo da bebida
durante um mês. Posteriormente foram retirados e lavados com água destilada por 5
min e secos com papel absorvente, e a seguir foram realizadas as mensurações de
cor de todos os corpos-de-prova. Foi observado que no grupo das resinas
fotopolimerizáveis, incluindo as resinas utilizadas na realização de provisórios, o
meio que mais promoveu diferença da cor foi o vinho tinto (E= 11,1), os demais
meios corantes que apresentaram diferenças estatísticas significativas foram: chá,
chá com açúcar, café, e café com açúcar; para a resina autopolimerizável o meio
que promoveu alteração significativa da cor foi o vinho tinto (E= 8,5); nas resinas
microhíbridas foi também observada alteração da cor com o vinho tinto (Herculite
XRV teve E=8,1 e Filtek Z250 teve E= 8,9) e a resina reforçada com
micropartículas apresentou alteração de cor com o vinho tinto (E= 6,4). Os autores
concluíram que o vinho tinto foi a solução que promoveu maior alteração de cor nos
materiais, destacando também as alterações das soluções que empregaram açúcar
na sua preparação, sendo os materiais mais afetados os fotopolimerizáveis.
Ikeda et al.
55
(2005) analizaram parâmetros de translucidez (TP) e
cor de resinas compostas. Foram utilizadas as cores A2 e OA2 de Charisma, A2 e
AO2 de Solare, e A2B e A2D de Filtek Supreme, cuja nomenclatura corresponde às
cores A2 não-opaca e A2 opaca, respectivamente. Foram confeccionados dez
55
corpos-de-prova utilizando matrizes de acrílico com orifícios de 2 mm de espessura
e 8 mm de diâmetro. Depois de polimerizados, os corpos-de-prova foram
individualmente submetidos à primeira medição de TP e cor utilizando-se o
colorímetro OFC-300A (Nippon Denshoku,Tokyo,Japan) e variando-se a cor de
fundo (fundo preto, fundo de mesma cor e material do corpo-de-prova a ser aferido e
fundo branco). Os resultados obtidos pelo colorímetro foram expressos de acordo
com os parâmetros CIE L*a*b* para a avaliação das mensurações obtidas. O
primeiro resultado obtido com fundo preto foi: L* = 25,2; a* = 0,2 e b* = 0,5 e o
resultado obtido com fundo branco foi: L* = 93,0; a* =0,1 e b* = 2,6. Para calcular a
translucidez dos materiais foi utilizada a fórmula TP
(D=2 mm)
= [(L*
W
- L*
B
)² + (a*
W
-
a*
B
)² + (b*
W
- b*
B
)²]½, onde a letra W refere-se ao fundo branco, e a letra B refere-se
a o fundo preto. Para detectar as mudanças de TP foi utilizado teste Anova de dois
critérios e teste de Tukey. A diferença de cor segundo CIE L*a*b* entre as
tonalidades de opaco A2 e OA2, tendo como fundo as mesmas tonalidades foi
calculada pela fórmula * = [(L*
A2
- L *
OA2
)² + (a*
A2
- a*
OA2
)² + (b*
A2
- b*
OA2
)²]½ .
A diferença de cor das resinas utilizadas da mesma tonalidade foi realizada com a
equação * = [(L*)² + (b*)² +(a*)²]
½
, calculando também L*a*b*, e utilizando
para isso a mesma cor da resina utilizada como material de fundo, onde L*, b*,
a* é a diferença matemática entre L*a*b* das diferentes resinas em cada
tonalidade. As diferenças colorimétricas superiores a 3,3 foram consideradas
perceptíveis. Os valores de TP das resinas opacas foram estatisticamente inferiores
aos valores apresentados nas tonalidades não-opacas para todas as resinas do
estudo, e a resina Charisma demonstrou as maiores diferenças; os valores de L*a*b*
foram mais altos quando se utilizou o fundo branco do que quando utilizado o fundo
preto, independentemente da tonalidade dos materiais utilizados. Todas as resinas
demonstraram diferenças na cor clinicamente perceptíveis (E>3,3) entre as
tonalidades opacas e não-opacas, o que demonstra o seu benefício na utilização
clínica de resinas opacas sob resinas translúcidas.
Yunnus et al.
16
(2005) compararam propriedades flexurais do
material náilon com outros materiais para próteses à base de PMMA sob diferentes
métodos de polimerização e após 24 h de imersão em solução desinfetante com
liberação de oxigênio. Realizaram-se moldes de 68 mm x 50 mm x 4 mm nas muflas
específicas para cada material, os quais foram utilizados posteriormente com os
56
materiais nos diferentes tipos de polimerização: Meliodent (termo-prensada), Acron
MC (microondas prensada), Lucitone 199 (microondas injetada), Lucitone FRS
náilon (termo-injetada), seguindo as recomendações dos fabricantes. Dez corpos-
de-prova de cada material com dimensões de 64 mm x 10 mm x 2,5 mm foram
obtidos após o polimento e acabamento com lixas de granulometría 600 e 1000,
sendo armazenados em água destilada a 37°C durante 30 dias. Metade dos corpos-
de-prova de cada marca foi imersa em uma solução desinfetante (Perform) durante
24 h, a outra metade serviu como grupo controle, imerso em água somente. A
seguir, foi realizado o teste de flexão em três pontos em banho de água a 37°C em
cada corpo-de-prova e as dimensões obtidas foram registradas em um programa
digital. Os resultados após a obtenção dos dados de módulo de elasticidade e
resistência flexural nos diferentes materiais no teste de três pontos, demonstraram
que o material Lucitone FRS náilon teve diferenças estatisticamente significantes no
módulo de elasticidade com respeito aos outros materiais à base de PMMA. Com
relação à resistência flexural o material de náilon teve diferenças estatisticamente
significantes sendo menos resistente que os materiais Meliodent e Aron MC, não
sendo estatisticamente significante em comparação com o material injetado e
polimerizado por microondas Lucitone 199. A imersão na solução desinfetante não
influenciou na resistência flexural e no módulo de elasticidade dos materiais à base
de PMMA. No material de náilon foram incrementados os valores no módulo de
elasticidade quando tratado com o desinfetante, sendo que a resistência flexural não
sofreu nenhuma alteração.
Esteves et al.
43
(2006) avaliaram as alterações de cor de dentes
artificiais após contato com alimentos corantes como açaí, café, vinho tinto e água
destilada como grupo controle. Foram utilizados 40 dentes incisivos centrais
superiores (Vipident/Vipi) da cor 62, separados em quatro grupos de 10 corpos-de-
prova para cada meio corante. Os corpos-de-prova foram imersos nas soluções por
20 dias consecutivos durante 4 h diariamente e nas 20 h restantes do dia ficavam
imersos em água destilada a 37°C. As leituras de cor foram realizadas após 5, 10,15
e 20 dias de imersão utilizando método visual, realizado por três examinadores. Os
autores concluíram que houve maior alteração quando imersos em vinho e que a
alteração se fez mais progressiva ao longo do tempo.
57
Omata et al.
78
(2006) compararam o efeito corante de três bebidas,
café, chá, e vinho tinto, em um compósito exposto à saliva artificial e investigaram a
influência da escovação e da clorexidina sobre o manchamento causado por estas
soluções. Foram confeccionados 15 corpos-de-prova com 10 mm de diâmetro e
5 mm de espessura fotopolimerizando a superfície livre durante 40 s em contato com
matriz de poliéster. O polimento foi realizado com lixas de granulometría 800, 1000,
1200, e 2000, sucessivamente. Todos os corpos-de-prova foram imersos em saliva
artificial durante 17 h, lavados e imersos nas três soluções corantes durante 7 h. Os
corpos-de-prova utilizados como controle foram imersos em água e saliva artificial
somente; o mesmo protocolo de imersão foi repetido por uma, duas e quatro
semanas. Realizou-se escovação dos corpos-de-prova após cada 24 h do ciclo de
imersão, empregando-se um tempo de 10 s, seguido de lavagem com água, imersão
em clorexidina durante 10 min e nova lavagem com água. Após este processo,
foram fotografados digitalmente e analisados em escala de cinza, por meio de
análise digital segundo os valores L*a*b*. Nos resultados observaram maior
manchamento relacionado ao vinho tinto, seguido do chá e do café; a escovação
reduziu o manchamento causado pelo vinho e a clorexidina aumentou o
manchamento do chá e do café.
Kolbeck et al.
79
(2006) determinaram a estabilidade de cor
intrínseca de materiais restauradores, sua alteração de cor extrínseca por corantes
alimentícios e o efeito do envelhecimento acelerado sobre essas propriedades.
Foram confeccionados 16 corpos-de-prova para cada um dos oito materiais a serem
utilizados (ConquestSculpture, Thermoresin, Vita Zeta LC, Compo Plus, Belle Glass
HP, Definite, Ariston pHc e Spectrum TPH), com 5 mm de espessura e 6 mm de
diâmetro. Suas superfícies foram polidas com papel abrasivo até se obter superfícies
idênticas. Depois de 24 h de armazenamento em água destilada, a cor base de cada
corpo-de-prova foi obtida por um espectrofotômetro (Minolta CM 3500d), sendo as
mensurações de cor repetidas duas vezes para a obtenção de médias. Metade dos
corpos-de-prova foi envelhecida artificialmente por irradiação ultravioleta simulando
luz do dia (Xenotest CPSC): o ciclo foi de 20 min (17 min de período seco seguido
de 3 min de lavagem com água deionizada a 37°C). A cor mensurada foi
interpretada depois de 24 h e 72 h de armazenamento. A outra metade dos corpos-
de-prova foi armazenada em água destilada em ausência de luz a 37°C,
58
mensurando-se a cor após 10 dias (grupo controle). Após isso todos os corpos-de-
prova foram armazenados em vinho tinto por 10 dias quando a mensuração de cor
final foi realizada. As alterações de cor foram calculadas pela fórmula E*= [(L
1
* –
L
2
*)
2
+ (a
1
*- a
2
*)
2
+ (b
1
* – b
2
*)
2
]
½
. De acordo com os resultados, o material que
demonstrou menores valores de E após armazenamento em vinho e 72 h de
exposição a luz UV foi Belle Glass e o valor mais alto foi apresentado por
Thermoresin, existindo diferenças estatisticamente significantes quando comparado
com os outros materiais. Em geral, a melhor estabilidade de cor foi apresentada por
Belle Glass, Definite e Spectrum TPH.
Souza
80
(2006) determinaram por meio da técnica de
envelhecimento, a estabilidade de cor intrínseca e a microdureza Vickers da resina
composta Charisma nas cores A2 e SL em relação à fonte de luz utilizada. Foram
confeccionados 60 corpos-de-prova com 17 mm de diâmetro e 1 mm de espessura
com auxilio de matrizes metálicas, divididas em 4 grupos: G1 cor A2/luz halógena,
G2 cor SL/ luz halógena, G3 cor A2/ aparelho à base de LEDs e G4 cor SL/aparelho
à base de LEDs. Os corpos-de-prova foram imersos em água deionizada a 60°C por
30 dias ao abrigo da luz. Realizaram-se duas leituras da cor, uma após 24 h da
confecção dos corpos-de-prova e uma após 30 dias. Foi utilizada espectrofotometria
de reflectância (Espectrofotômetro Cary-Varian 100) com espectro entre 360 nm e
720 nm, espaço de cor CIE L*a*b* para análise da alteração da cor. Posteriormente
os corpos-de-prova foram submetidos a teste de microdureza. Na alteração da cor,
os resultados mostraram que não houve diferença estatísticamente significativa
entre os grupos estudados. Para o teste de microdureza, houve diferença
significante para o G2 apresentando os maiores valores. Os autores concluiram que
o aparelho à base de LEDs foi eficiente em proporcionar estabilidade de cor
intrínseca da resina composta testada, que a cor SL apresentou melhor estabilidade
da cor e microdureza quando comparada a cor A2, e que mesmo a maior alteração
da cor encontrada neste estudo está dentro dos valores clinicamente aceitáveis.
Türker et al.
49
(2006) avaliaram o efeito de cinco diferentes tipos de
soluções corantes (café, chá, coca-cola, suco de laranja e vinho tinto, tendo água
destilada como controle) sobre a estabilidade de cor de duas resinas acrílicas para
base de próteses (Structure 2 Dorninant e OC Unifast LC) e três materiais
59
restauradores provisórios a base de resina composta (Systemp c&b, Dentalon Plus
Temdent). Os corpos-de-prova foram preparados em cilindros de 10 mm de diâmetro
com 2 mm de espessura, segundo as recomendações do fabricante. Posteriormente
os corpos-de-prova foram polidos com discos de papel de granulação 600. As
soluções foram preparadas com as seguintes proporções: 15 g de café em 500 mL
de água destilada em ebulição; e cinco sachés de chá preparados com 500 mL de
água destilada em ebulição. Os corpos-de-prova foram colocados em um dissecador
a 37°C e posteriormente foram armazenados em água destilada a 37°C por 24 h.
Oito corpos-de-prova foram selecionados aleatoriamente e imersos nas seis
soluções por um período de 3 h por dia, num total de 30 dias. Para a avaliação de
cor foi utilizados espectofotômeto (Minolta Spectrophotometer CM-3600) e os dados
base foram obtidos após os corpos-de-prova serem saturados (T1); o T2 foi obtido
após a hidratação dos corpos-de-prova; as leituras dos tempos T3, T4 e T5 foram
obtidas após 1, 7 e 30 dias de imersão nos meios corantes. Foram realizadas três
leituras para cada corpo-de-prova e calculada a média das leituras. Observou-se
que a solução que causou maior alteração de cor foi os vinhos tintos, seguido do chá
e do café. Os materiais apresentaram o mesmo grau de alteração de cor, com
exceção da Systemp c&b que apresentou menor estabilidade de cor desde o
primeiro dia. Os autores concluíram que os materiais provisórios imersos em
soluções corantes sofreram alterações de cor.
Rosa e Della Bona
46
(2007) relataram a importância da cor na
odontologia estética na realização de restaurações diretas e indiretas, exigindo dos
cirurgiões dentistas o conhecimento na seleção da cor e nas técnicas utilizadas para
este fim; a técnica mais utilizada pelos cirurgiões dentistas é a técnica visual
precisando da utilização de escala de cores para a realização da seleção da cor. No
mercado existem diversas escalas de cores agrupadas de diferentes formas,
segundo matiz, valor, entre outras. Existem muitos problemas observados com a
utilização desta técnica já que pode estar influenciada por diversos fatores como
variáveis fisiológicas (idade e incapacidade visual) cansaço, influência ambiental,
iluminação, roupas e outras. A evolução da ciência na odontologia tem permitido a
criação de novas técnicas para solucionar esses problemas como a utilização de
espectrofotômetros e colorímetros. O espectrofotômetro apresenta vantagens como
a avaliação de cada um dos terços dos dentes separadamente e avaliar áreas de
60
cores atípicas como hipoplasias e manchamento. Os autores concluíram que a cor
dos dentes é um fator determinante na odontologia estética, a seleção adequada da
cor compromete o resultado final do trabalho e que a determinação da cor dos
dentes por meio de aparelhos eletrônicos é importante, pois torna possíveis as
seleções rápidas da cor, propiciando maior índice de acerto.
3 PROPOSIÇÃO
Avaliar quantitativamente a estabilidade de cor de três diferentes
marcas de resinas utilizadas para base de próteses, duas termopolimerizáveis
(Lucitone 550, Dentsply e Vipi-Cril, Vipi) e uma termoplástica injetada (Transflex,
Transflex Brasil), em função da imersão em alimentos líquidos (refrigerante de cola,
café e vinho tinto) e água destilada, como controle, após 15 e 30 dias.
4 MATERIAL E MÉTODO
4.1 RESINAS PARA BASE DE PRÓTESES UTILIZADAS
Para a realização desta pesquisa foram selecionadas três marcas
comerciais de resinas utilizadas na confecção de bases de próteses dentais (Quadro
1, Figuras 1, 2 e 3).
Material Nº Lote e
registro
Ministério da
Saúde
Composição
química
Marca
comercial
Fabricante Cor
Resina acrílica
termopolimerizável
Pó: Lote nº:
262720.
Registro no
Ministério da
Saúde:
10186370134.
Líquido: Lote
n°: 262720.
Registro no
Ministério da
Saúde:
10186370134
Pó: Copolímero
(metil-n-butil)
metacrilato,
peróxido de
benzoíla e
corantes
minerais.
Líquido:
Metacrilato de
metila, etileno
glicol
dimetacrilato e
hidroquinona
Lucitone 550 Dentsply Ind. e
Com. Ltda,
Petrópolis, RJ,
Brasil
Rosa
Médio
Resina acrílica
termopolimerizável
Pó: Lote nº:
75313.
Registro da
Anvisa:
10216040008.
Líquido: Lote
nº: 60801.
Registro da
Anvisa:
10216040012
Pó:
Polimetilmetacrila
to, peróxido de
benzoila,
pigmentos
biocompatíveis.
Líquido:
Metilmetacrilato,
EDMA
(Crosslink),
inibidor
Vipi Cril Dental VIPI
Ltda.,
Pirassununga,
SP, Brasil
Rosa
Médio
Resina
termoplástica
Serie AAB, nº:
474
Grilamide (náilon
12)
Transflex Transflex,
Curitiba, PR,
Brasil
Rosa
Médio
Quadro 1 - Materiais utilizados na pesquisa.
63
4.2 CONFECÇÃO DOS CORPOS-DE-PROVA DAS RESINAS
TERMOPOLIMERIZÁVEIS
Os corpos-de-prova das duas resinas acrílicas termopolimerizáveis,
em número de 40 para cada marca comercial, foram confeccionados em forma de
discos com 20,0 mm de diâmetro e 3,0 mm ± 0,1 mm de espessura. Os corpos-de-
prova utilizados neste estudo foram confeccionados com um diâmetro menor e uma
espessura maior ao estabelecido pela especificação n° 12 da ADA
5
. A modificação
do diâmetro foi realizada para permitir que cada corpo-de-prova pudesse ser
encaixado dentro da grade de difração do aparelho, obliterando o orifício de
posicionamento dos corpos-de-prova. A modificação da espessura foi realizada para
permitir que representasse melhor a cor de cada material, aproximando-se das
condições clínicas de espessura de uma prótese (Figura 4).
Figura 1 - Resina acrílica termopolimerizável
Lucitone 550.
Figura 2 - Resina acrílica termopolimerizável
Vipi Cril.
Figura 3 - Resina termoplástica injetável
Transflex.
64
Para sua confecção, inicialmente foram obtidos padrões em silicone
de condensação
*
(Figura 5 e 6), com as mesmas dimensões dos corpos-de-prova.
Esses padrões foram obtidos a partir de matrizes metálicas constituídas de discos
com 3 mm de altura, contendo um orifício central vazado com o mesmo diâmetro dos
corpos-de-prova. O silicone foi proporcionado e manipulado de acordo com as
instruções do fabricante e inserido dentro das matrizes. As matrizes foram mantidas
sob pressão entre duas placas de vidro até a polimerização do material. Isto permitiu
que o padrão de silicone pudesse se polimerizar em contato com uma superfície
vítrea, proporcionando melhor qualidade superficial dos corpos-de-prova.
Após obtidos os padrões em silicone, estes foram incluídos em
gesso-pedra
**
de maneira convencional dentro de muflas odontológicas metálicas,
em número de cinco em cada mufla (Figuras 7). Após a abertura da mufla, os
padrões de silicone foram removidos permitindo a visualização dos orifícios dentro
*
Printer denso Lote. n° 008 06, Registro no Ministério da Saúde: 10068870071 e Printer catalizador
universal, Lote nº 008 04, Registro no Ministério da Saúde 10068870071. Inter Vital Com. Ltda. Santo
Aleixo, Andorinhas – Magé, RJ, Brasil.
**
Herodent; Vigodent, Bonsucesso, RJ, Brasil.
3,0 mm
20,0 mm
Figura 5 - Silicone de condensação Printer
(Catalizador Universal).
Figura 6 - Silicone de condensação Printer
(Denso).
Figura 4 - Dimensões do corpo-de-prova.
65
do gesso com as dimensões dos futuros corpos-de-prova (Figura 8). O gesso da
porção inferior e superior da mufla foi isolado com isolante para resina acrílica
*
.
Figura 7 - Padrões de silicone incluídos Figura 8 - Orifícios deixados pelos padrões
no gesso. em gesso
As resinas acrílicas termopolimerizáveis foram proporcionadas,
manipuladas e, na fase plástica de polimerização, foram inseridas nos orifícios do
gesso. Em seguida, as resinas foram prensadas e submetidas à polimerização,
segundo as recomendações do fabricante. As características de proporção,
manipulação, prensagem e polimerização dessas resinas estão descritas no Quadro
2.
Material Proporção
pó/líquido
Manipulação Prensagem Polimerização
Lucitone
550
21 g de pó
(polímero),
para 10 mL
de líquido
(monômero).
Em pote de vidro
com tampa e
com auxílio de
espátula nº 31
até
homogeneização.
Na fase plástica
de polimerização:
prensagem de
prova, com 500
Kgf, com auxílio
de filme de
polietileno,
seguida de
prensagem final
com 1250 Kgf.
Após 30 min da
prensagem. Imersão em
água a 73°C durante 90
min, seguida de ebulição
da água por 30 min.
Vipi Cril 14 g de pó,
para 6,5 mL
de líquido.
Em pote de vidro
com tampa com
auxílio de
espátula de
plástico, até
homogeneização.
Prensagem de
prova com 750
Kgf, seguida de
prensagem final
com 1250 Kgf.
Após 2 h da prensagem.
Imersão da mufla em 3 L
de água fria, eleva à
temperatura de 70°C por
30 min, seguida de
ebulição a 100°C durante
90 min. Esfriamento da
mufla até 40°C por 20 min.
Quadro 2 - Características de proporção, manipulação e polimerização das resinas
termopolimerizáveis.
*
Isocril, Dencril Com e Ind. de Plásticos Ltda, Caleiras, SP, Brasil.
66
4.3 ACABAMENTO E POLIMENTO DAS RESINAS TERMOPOLIMERIZÁVEIS
O acabamento dos corpos-de-prova foi realizado com pressão
digital, utilizando lixas d’água de granulometria 150 e 600 em politriz
*
sob irrigação,
com velocidade padrão de 300 rpm até atingir espessura de 3,0 mm ± 0,1 mm
verificada com paquímetro digital
**
.
O polimento das faces superior e inferior dos corpos-de-prova foi
realizado em torno de bancada, utilizando-se pasta de pedra pomes
***
com água, em
escova de cerdas nº 29, seguida de pasta de branco de Espanha
****
com água, em
roda de pano. Os corpos-de-prova finalizados das resinas termopolimerizáveis
podem ser visualizados nas Figuras 9 e 10.
4.4 CONFECÇÃO DOS CORPOS-DE-PROVA DA RESINA TERMOPLÁSTICA
Os corpos-de-prova da resina termoplástica (n = 40) foram
confeccionados com as mesmas dimensões dos corpos-de-prova das resinas
termopolimerizáveis, a partir de padrões de silicone obtidos pelas mesmas matrizes
metálicas. A técnica de inclusão e de polimerização da resina acrílica termoplástica
*
Aropol E, Arotec, Cotia, SP, Brasil.
**
Absolute Digimatic, Mitutoyo, model nº CD-6"C,Tokyo, Japão.
***
Asfer, Industria Química Ltda, São Caetano do Sul, SP, Brasil.
****
JON Produtos Odont, Vila Esperança, SP, Brasil.
Figura 9 - Corpo-de-prova da resina
Lucitone 550.
Figura 10 - Corpo-de-prova da
resina Vipi Cril.
67
foi realizada em equipamentos específicos, pelo fato de ser material injetado sob
pressão.
Para esta técnica, foram utilizadas muflas metálicas especiais
constituídas de duas partes idênticas contendo uma ranhura lateral que permitiu a
injeção de material (Figura 11). Uma das partes da mufla foi preenchida totalmente
com gesso pedra, até se obter uma superfície plana e lisa (Figura 12). Cinco
padrões de silicone foram então posicionados na superfície do gesso (Figura 13). A
seguir, foram confeccionados condutos adutores em cera
*
, unindo todos os padrões
de silicone. Além disso, foi confeccionado com a mesma cera um canal de
alimentação principal unindo o padrão de silicone localizado mais próximo à ranhura
lateral até o exterior da mufla e a superfície de gesso foi isolada (Figura 14).
A outra parte da mufla foi encaixada e vazou-se nova porção de
gesso pedra no seu interior até preenchimento total (Figura 15). Após a presa do
*
Cera rosa periférica Nº 7 Asfer, São Caetano do Sul, SP, Brasil.
Fi
g
ura 11 - Mufla metálica aberta. Figura 12 - Metade inferior da mufla
preenchida com gesso
pedra.
Figura 13 - Padrões de silicone
posicionados sobre o
gesso.
68
gesso, a mufla foi aberta, a cera removida com água quente e os padrões de silicone
também foram removidos do interior do gesso. A seguir, a superfície de gesso, bem
como os orifícios deixados pelos padrões de silicone e os condutos adutores, foram
lavados com sabão neutro e água corrente e todo o gesso foi isolado com isolante
para resina acrílica
*
(Figura 16).
A resina termoplástica foi disponibilizada comercialmente em
cartuchos de três tamanhos diferentes, de acordo com a quantidade necessária: 6
cm, 9 cm e 12 cm (Figura 17). Para o presente trabalho foi selecionado um cartucho
de 9 cm, que apresenta volume suficiente de material para o preenchimento de cinco
orifícios e condutos adutores. O cartucho foi montado em máquina injetora termo-
*
Isocril, Dencril Com e Ind. de Plásticos Ltda, Caleiras, SP, Brasil.
Figura 14 - Condutos adutores, canal de
alimentação principal e
isolamento da superfície do
g
esso.
Figura 15 - Vazamento do gesso na porção
superior da mufla.
Fi
g
ura 16 - Isolamento dos orifícios do
g
esso.
69
plástica modelo 01 e aquecida até atingir 240 ºC (Figura 18). Onze minutos após
atingida essa temperatura, o equipamento disparou um alarme sonoro durante 15 s,
restando 45 s para o posicionamento manual da mufla fechada na porção superior
da máquina injetora, totalizando-se 12 min de aquecimento do cartucho. Iniciou-se,
então, o processo automático de injeção da resina totalmente fundida para o interior
da mufla. O processo de injeção deu-se em 25 s, por meio de pressão de nitrogênio
de 5 Kgf. A seguir, a mufla foi retirada manualmente para o resfriamento em água e
foi realizada a desinclusão dos corpos-de-prova.
Figura 17 - Cartuchos metálicos fechados Figura 18 - Máquina injetora termo-
(6 cm, 9 cm e 12 cm). Plástica modelo 01.
4.5 ACABAMENTO E POLIMENTO DA RESINA TERMOPLÁSTICA
O acabamento foi realizado com brocas de carbeto de tungstênio
de corte cruzado fino CX251F
*
e CX79F
**
, lixa para madeira de numeração 120
***
posicionada em mandril para lixa
****
, ponta de borracha grossa (verde), ponta de
borracha fina (cinza)
*****
e lixa de numeração 220
******
(Figura 19).
Figura 19 - Materiais usados no acabamento dos corpos-de-prova.
*
Edenta AG Dental ( Produkte), Suíça.
**
Edenta AG Dental ( Produkte), Suíça.
***
Alcar, São Paulo,SP, Brasil.
****
Microdont micro, Socorro, SP, Brasil.
*****
Shofu,INC, San Marcos, Estados Unidos.
******
Alcar, São Paulo,SP, Brasil.
70
O polimento das faces superior e inferior dos corpos-de-prova foi
realizado em torno de bancada, utilizando-se pasta de pedra pomes
*
com água, em
escova de cerdas, seguida de pasta de branco de Espanha
**
com água, em roda de
pano. A seguir, os corpos-de-prova foram lavados com água e sabão e imersos em
solução de hipoclorito de sódio
***
a 1% por 1 a 2 min para desinfecção. O corpo-de-
prova da resina termoplástica pode ser visualizado na Figura 20.
Figura 20 - Corpo-de-prova da resina Transflex
4.6 ARMAZENAMENTO DOS CORPOS-DE-PROVA
Imediatamente após o polimento, todos os corpos-de-prova de
todas as resinas foram armazenados dois a dois em 20 mL (Patel et al.
72
2004) de
água destilada à temperatura de 37°C ± 1°C (Stober et al.
66
2001)
durante 24 h
(Polysois et al.
35
1997, Shotwell et al.
59
1992) em estufa
****
. Para manter os corpos-
de-prova suspensos e sem contato com o fundo do recipiente foi utilizado fio dental,
o qual foi colado à lateral do corpo-de-prova para que não interferisse na face de
leitura de cor (Figura 21). Este tempo de armazenamento em água destilada por 24
h foi considerado como T
0
.
Figura 21 - Fio colado na lateral do corpo-de-prova.
*
Polimento Ind. Comi Ltda, Cotia, SP, Brasil.
**
JON Produtos Odont, Vila esperança, SP, Brasil.
***
Asfer Industria Química Ltda, São Caetano do Sul, SP, Brasil.
****
Estufa Retilínea. Fanem Ltda, São Paulo, SP, Brasil.
71
4.7 PRIMEIRA AVALIAÇÃO DE COR
Para a leitura inicial de cor, realizada após o término do tempo de
armazenamento em água destilada, todos os corpos-de-prova foram removidos do
líquido, secos com papel absorvente e posicionados em um orifício específico,
localizado em uma das lateriais do acessório para medida de reflexão difusa,
suspensos pelo fio como foi relatado anteriormente. Foi utilizada a técnica de
espectrofotometria de reflectância, por meio do equipamento Varian-Cary
*
(Vichi et
al.
75
2004), alocado no Centro Interdisciplinar de Pesquisa e Pós-graduação da
Universidade Estadual de Ponta Grossa (CIPP), iluminante D-65 (Scotti et al.
62
1997), espectro obtido no intervalo de 830 nm a 360 nm, espaço de cor CIE-L*a*b* e
ângulo de observador de 10º (Scotti et al.
62
1997) (Figura 22).
Optou-se por registro tecnológico de cor, através da
espectrofotometria, pela precisão dos resultados fornecidos, haja vista que a
percepção de cor varia de indivíduo a indivíduo bem como para o mesmo indivíduo,
sob diferentes condições. Anteriormente à primeira leitura de cor, foi realizada a
leitura de um fundo padrão branco universal
**
, para correção de linha de base
(Figura 23). A leitura inicial foi registrada em coordenadas referentes ao espaço
internacional de cor CIE-L*a*b*. A técnica de espectrofotometria para a avaliação de
cor forneceu resultados das coordenadas L* (valor de luminosidade da cor, ou seja,
quantidade de branco ou de preto - quanto mais próximo de 0, maior a quantidade
de preto e quanto mais próximo de 100, maior a quantidade de branco), a*
(representou os extremos de vermelho e verde – quando o valor de a* era negativo,
significou que a cor apresentou quantidade de verde e quando era positivo,
vermelho) e b* (representou as cores amarelo e azul, sendo os valores negativos
atribuídos a quantidades de azul, e os positivos, ao amarelo) (Figura 24).
*
Varian-Cary 100, São Paulo, SP, Brasil.
**
Certified Reflectance Standard / Labsphere
72
Figura 22 - Espectrofotômetro Varian-Cary
1
00
.
Figura 23 - Branco padrão para correção de
linha de base.
Figura 24 - Sistema de cores CIE-L*a*b*. O espaço representado no eixo Y
representou a coordenada L*, no o eixo X a coordenada a* e no
eixo Z a coordenada b*. As combinações destas coordenadas
resultaram em uma posição espacial que expressa a cor.
73
4.8 SOLUÇÕES CORANTES E CONDIÇÕES DE IMERSÃO
Para a investigação da estabilidade de cor das resinas foram
selecionados três alimentos líquidos para imersão: café, refrigerante de cola e vinho
tinto, com base em seu potencial de manchamento e sua freqüência de ingestão
pela população. Para efeito de comparação e investigação da influência da umidade
na alteração de cor, foi utilizado como grupo controle a água destilada, configurando
o quarto alimento líquido (Quadro 3). Para facilitação do entendimento e da redação,
os alimentos líquidos utilizados neste estudo passarão a ser designados no presente
texto como soluções corantes.
A solução CA foi preparada adicionando-se 3,6 g de café
instantâneo a 300 mL de água destilada em ebulição (Sham et al.
74
2004). A solução
foi utilizada somente após total resfriamento em bancada.
Para a utilização da solução corante VT, foi adquirida uma garrafa
de 750 mL da bebida, cujo lacre foi aberto no mesmo dia de imersão dos corpos-de-
prova.
Para a utilização da solução corante CC, foi adquirida uma garrafa
de 600 mL do refrigerante de cola, cujo lacre foi aberto no mesmo dia de sua
utilização.
Solução
corante
Nome Comercial Origem Código
Café Nescafé tradição
instantâneo
Nestlé Brasil Ltda, Araras, SP, Brasil CA
Vinho tinto Vinho tinto seco de mesa,
Campo Largo
Vinícula Campo Largo, Campo Largo,
PR, Brasil
VT
Refrigerante
tipo cola
Coca-Cola® Coca Cola, Curitiba, PR, Brasil CC
Água destilada - Destilador Quimis, Q.341.210, Quimis
aparelhos científicos, SP, Brasil
AD
Quadro 3 - Relação dos meios corantes utilizados na pesquisa.
Imediatamente após o término da primeira leitura de cor, dez
corpos-de-prova de cada marca de resina foram imersos por 30 dias em cada uma
das quatro soluções corantes. A imersão foi realizada com os corpos-de-prova
suspensos por fio dental, da mesma maneira como descrito anteriormente para o
armazenamento em água destilada.
74
Ao final dos primeiros 15 dias de imersão (T
1
) foi realizada a
segunda leitura de cor, da mesma forma como descrito anteriormente. A terceira
leitura foi realizada ao final dos 30 dias de imersão (T
2
). Antes de cada mensuração
de cor, os corpos-de-prova foram retirados das soluções corantes e secos com
papel absorvente. Não foram realizadas substituições periódicas das soluções
corantes e nem foram adicionados conservantes a elas (Hayashi et al.
56
1974,
Gross, Moser
50
1977, Khan et al.
39
1987, Um, Ruyter
40
1991, Polysois et al.
35
1997,
Hersek et al.
6
1999).
4.9 ANÁLISE DOS DADOS
Foram aplicadas análises de variância de dois fatores (Material e
Solução corante) para avaliar a variação na cor (E) entre dois períodos de imersão,
com nível de significância de 5%. A comparação da cor antes e após a imersão nos
meios corantes foi dada pela diferença de cor ou E* ab= [(L*)
2
+ (a*)
2
+ (b*)
2
]½,
onde:
L*= L*
1
- L*
0
(leitura após imersão menos leitura prévia à imersão)
a*= a*
1
- a*
0
(leitura após imersão menos leitura prévia à imersão)
b*= b*
1
- b*
0
(leitura após imersão menos leitura prévia à imersão)
A análise de variância foi complementada pelo teste de Bonferroni
de comparações múltiplas de médias. Adotou-se o nível de significância de 5% para
a tomada de decisão quanto à existência de diferença entre médias de variação na
cor.
Além disso as alterações da cor foram quantificadas pela National
Bureau of Standars (NBS) tendo em conta os valores de E baseados em uma
fórmula constante de alteração de cor perceptível ao olho humano onde, NBS unit =
ELab x 0,92 (Hayashi et al.
56
1974, May et al.
26
1992, Shotwell et al.
59
1992, Satoh
et al.
52
1993, Polysois et al.
35
1997, Anil et al.
24
1999, Hersek et al.
6
1999) (Quadro 4)
75
Valores de alteração da cor Visualização da alteração pelo olho
humano
0,0 - 0,5 Traços de alteração
0,5 - 1,5 Alteração leve
1,5 - 3,0 Alteração perceptível
3,0 - 6,0 Alteração marcada
6,0 – 12,0 Alteração extremamente marcada
12,0 – ou mais Alteração para outra cor
Quadro 4 - Escores segundo a NBS.
5 RESULTADOS
As avaliações de cor das resinas Vipi Cril, Lucitone e Transflex
foram realizadas em três ocasiões: no início (T
0
), após 15 (T
1
) e 30 (T
2
) dias de
imersão dos corpos-de-prova dessas resinas em soluções de CC, VT, CA ou AD.
Foram confeccionados 40 corpos-de-prova de cada resina, subdivididos em quatro
grupos de 10 para a imersão nas soluções estabelecidas. Os resultados originais
dos valores das coordenadas L*, a* e b* dos corpos-de-prova nos diferentes tempos
de imersão podem ser visualizados nas Tabelas A1 à A36 do apêndice A. Na Tabela
1 são mostradas as médias e erros-padrão das medidas iniciais de L*, a* e b* dos
corpos-de-prova de cada resina, isto é, antes da imersão nas soluções (T
0
).
Tabela 1 - Médias e (erros-padrão) das medidas de luminosidade (L*) e de cromaticidade (a* e b*)
antes da imersão dos corpos-de-prova.
Resina L* a* b*
Vipi-cril 58,86 (0,15) 23,88 (0,21) 11,75 (0,09)
Lucitone 550 61,12 (0,23) 22,44 (0,26) 10,37 (0,15)
Transflex 62,21 (0,39) 9,41 (0,33) 6,71 (0,20)
Os resultados obtidos para cada coordenada (L*, a* e b*) foram
utilizados para a obtenção dos valores de E em dois tempos diferentes. Os
resultados de E foram submetidos a análises de variância para os fatores Material
(resina de base de prótese) e Solução corante para avaliar a variação de cor em um
mesmo período (α = 0,05). De acordo com os resultados das análises, foi
encontrado efeito significativo para a interação entre os fatores estudados (P =
0,0063) entre os tempos T
0
e T
1
. Além disso, foi verificado que no mesmo período de
imersão houve diferença significativa entre as resinas (P < 0,0001) e entre as
soluções estudadas (P < 0,0001) (Tabela B1 do Apêndice B). Para os tempos T
0
e
T
2
foi encontrado efeito significativo de interação (P = 0,0018), com diferença
significativa entre as resinas (P < 0,0001) e entre as soluções (P < 0,0001) (Tabela
B2 do Apêndice B). Igualmente, foi encontrado efeito significativo de interação entre
os fatores estudados (P = 0,0011) entre os tempos T
1
e T
2
, com diferença
significativa entre as resinas (P = 0,0421) e entre as soluções (P < 0,0001) (Tabela
B3 do Apêndice B). As médias amostrais de variação de cor entre as resinas,
77
independentemente das soluções utilizadas nos períodos T
0
T
1
, T
0
T
2
e T
1
T
2
,
respectivamente, podem ser visualizadas nos gráficos das figuras 25, 26 e 27.
Vipi Cril Lucitone Transflex
0
1
2
3
4
E T
0
T
1
Vipi Cril Lucitone Transflex
0.0
2.5
5.0
7.5
E T
0
T
2
Figura 25 – Médias amostrais (colunas) e erros-padrão
(barras verticais) de variação de cor entre
as resinas no período T
0
T
1
,
independentemente das soluções
estudadas.
Figura 26 - Médias amostrais (colunas) e erros-padrão
(barras verticais) de variação de cor entre
as resinas no período T
0
T
2
,
independentemente das soluções
estudadas.
78
Na Tabela 2 são apresentadas as médias e os erros-padrão da
variação de cor (E) das resinas nas diferentes soluções estudadas entre os tempos
T
0
e T
1
. Estas médias de variação foram submetidas ao teste de Bonferroni (α =
0,05) para verificação de diferenças entre os grupos. Assim, para avaliar a variação
de cor compararam-se as médias duas a duas por esse teste estatístico. Utilizou-se
o nível de significância de 5%, de forma a compensar a heterogeneidade de
variâncias observada. Este teste, realizado no programa GraphPad Prism versão
4.03, está exposto no Apêndice C e os resultados das comparações entre as
médias, resumidos na Tabela 2.
Tabela 2. Médias e (erro-padrão) da variação de cor E das resinas nas diferentes soluções
estudadas no período T
0
T
1.
Resina CC VT CA AD
Vipi Cril 0,8470(0,09)
a
A 4,978(0,17)
c
A 1,649(0,23)
b
A 0,3800(0,08)
a
A
Lucitone 550 0,9540(0,15)
a
A 4,753(0,41)
c
A 1,928(0,26)
b
A 0,4820(0,08)
a
A
Transflex 1,390(0,14)
b
A 5,745(0,31)
d
B 3,304(0,14)
c
B 0,4830(0,09)
a
A
Na direção vertical letras maiúsculas iguais indicam ausência de diferença estatística significante
entre as resinas. Na direção horizontal, letras minúsculas iguais indicam ausência de diferença
estatística significante entre as soluções. P< 0,05.
Figura 27 - Médias amostrais (colunas) e erros-padrão
(barras verticais) de variação de cor entre
as resinas no período T
1
T
2
,
independentemente das soluções
estudadas.
Vipi Cril Lucitone Transflex
0
1
2
3
4
E T
1
T
2
79
Como pode ser verificado na Tabela 2, no período T
0
T
1
, a
solução VT causou alteração de cor estatisticamente significante em todas as
resinas estudadas, quando comparada com o controle (AD). A solução CA também
causou alteração estatisticamente significante nas resinas, porém inferior à
provocada por VT. Além disso, a resina Transflex sofreu alteração de cor
estatisticamente significante pela solução CC, sendo esta alteração inferior aos das
outras soluções.
As Tabelas 3 e 4 apresentam as médias e os erros-padrão de
E das resinas nas diferentes soluções estudadas nos períodos T
0
T
2
e T
1
T
2
, bem
como os resultados dos testes de Bonferroni (α = 0,05) para verificação de
diferenças entre os grupos.
Tabela 3. Médias e (erro-padrão) da variação de cor E das resinas nas diferentes soluções
estudadas no período T
0
T
2
.
Resina CC VT CA AD
Vipi Cril 1,107(0,11)
ab
A 10,62(0,31)
c
A 1,616(0,14)
b
A 0,5180(0,07)
a
A
Lucitone 550 1,095(0,13)
a
A 11,61(0,53)
c
B 2,299(0,21)
b
A 0,8100(0,14)
a
A
Transflex 2,033(0,17)
b
B 12,31(0,42)
d
B 3,823(0,23)
c
B 0,6540(0,13)
a
A
Na direção vertical letras maiúsculas iguais indicam ausência de diferença estatística significante
entre as resinas. Na direção horizontal, letras minúsculas iguais indicam ausência de diferença
estatística significante entre as soluções. P< 0,05.
Como pode ser verificado na Tabela 3, no período T
0
T
2
, as
soluções VT e CA causaram alteração de cor estatisticamente significante em todas
as resinas estudadas, quando comparada com o controle (AD), porém a alteração foi
significantemente inferior à provocada por VT. Além disso, a resina Transflex sofreu
alteração de cor estatisticamente significante pela solução CC, sendo esta alteração
inferior à das outras soluções, em relação ao controle.
Tabela 4. Médias e (erro-padrão) da variação de cor E das resinas nas diferentes soluções
estudadas no período T
1
T
2
.
Resina CC VT CA AD
Vipi Cril 0,4970(0,08)
a
A 5,875(0,31)
b
A 0,6350(0,21)
a
A 0,8090(0,07)
a
A
Lucitone 550 0,3230(0,06)
a
A 7,056(0,26)
b
B 0,7920(0,17)
a
A 0,7190(0,14)
a
A
Transflex 0,8540(0,13)
a
A 6,643(0,21)
b
B 0,9410(0,15)
a
A 0,5090(0,04)
a
A
Na direção vertical letras maiúsculas iguais indicam ausência de diferença estatística significante
entre as resinas. Letras minúsculas horizontais iguais indicam ausência de diferença estatística
significante entre as soluções. P < 0,05.
80
Como pode ser verificado na Tabela 4, no período T
1
T
2
, a
solução VT causou alteração de cor estatisticamente significante em todas as
resinas estudadas, quando comparada com o controle (AD).
Após sua obtenção, os resultados de E foram transformados,
segundo critério estabelecido pela National Bureau of Standard (NBS), pela sua
multiplicação pelo fator 0,92. Os resultados obtidos após a transformação estão
demonstrados na Tabela 5. De acordo com essa tabela, as alterações de cor
provocadas pela solução VT ao final do segundo período foram classificadas como
“extremamente marcantes” para o olho humano para as três resinas avaliadas.
“Alterações perceptíveis” foram promovidas pela solução CA para as três resinas
estudadas e pela solução CC para a resina Transflex, ao final do segundo período
de imersão. As outras soluções estudadas não foram capazes de promover
alterações visíveis ao olho humano, classificando-se como “traços de alterações” ou
“alterações leves”.
Tabela 5 - Médias de variação de cor (E) nos períodos T
0
T
1
, T
0
T
2
e T
1
T
2
, segundo os critérios da
NBS.
Resina Meio ET
0
T
1
ET
0
T
2
ET
1
T
2
Vipi-cril CC 0,78 1,02 0,46
VT 4,56 9,76 5,40
CA 1,51 1,50 0,58
AD 0,35 0,48 0,74
Lucitone 550 CC 0,87 1,01 0,30
VT 4,37 10,67 6,50
CA 1,78 2,11 0,73
AD 0,44 0,74 0,66
Transflex CC 1,28 1,87 0,79
VT 5,30 11,32 6,11
CA 3,03 3,51 0,86
AD 0,44 0,60 0,47
6 DISCUSSÃO
A cor das resinas utilizadas na confecção para base de próteses
pode ser alterada por diversas soluções que podem entrar em contato com elas,
entre as quais soluções desinfetantes, (Ma et al.
38
1997), agentes de limpeza
(Polyzois et al.
35
1997, Robinson et al.
37
1987) e alimentos (Hersek et al
6
1999, Um,
Ruyter
40
1991, Khan et al
39
1987). No presente estudo foi avaliada quantitativamente
a estabilidade de cor de três diferentes marcas de resinas utilizadas para base de
próteses, duas acrílicas termopolimerizáveis (Lucitone 550 e Vipi-Cril) e uma
termoplástica injetada (Transflex), em função da imersão em quatro alimentos
líquidos (AD, CC, CA e VT) durante 15 e 30 dias. A maior alteração de cor foi
encontrada com a solução VT para os três tipos de resinas, seguida pela solução
CA. Ademais, a resina Transflex sofreu manchamento também pela solução CC.
Quando analisadas pelos critérios da NBS as soluções VT e CA promoveram ambas
alterações detectáveis ao olho humano em todas as resinas.
No período T
0
T
1
, a solução VT causou alteração de cor em todas as
resinas estudadas e continuou alterando-as no segundo período de imersão (T
1
T
2
).
Isto denota um alto poder de manchamento desta solução para os materiais
estudados, possivelmente pelo pigmento natural da uva e pela emocianina,
pigmento artificial do VT utilizado neste estudo. Tem sido observada alteração de cor
de materiais poliméricos após a imersão em vinho tinto (Stober et al.
66
2001). Guler
et al.
77
(2005) concluíram que o vinho tinto foi a solução que promoveu maior
alteração de cor em cinco resinas compostas estudadas, quando comparada com
água destilada, café com e sem açúcar, chá com e sem açúcar, café com creme
artificial e açúcar, refrigerante tipo cola e suco de cereja ácido. Omata et al.
78
(2006)
avaliaram o efeito das bebidas café, chá e vinho tinto em um compósito, tendo como
resultado que o vinho tinto causou maior alteração da cor. Esteves et al.
43
(2006)
avaliaram as alterações de cor de dentes artificiais após contato com açaí, café,
água destilada e vinho tinto, encontrando maior alteração por esta última solução.
Patel et al.
72
(2004) avaliaram uma resina composta e uma resina livre de partículas
e observaram que a maior alteração ocorreu com o vinho tinto com 12% de álcool,
quando comparado com café e refrigerante de cola. Estes autores sugeriram que o
álcool causou amolecimento da superfície da matriz da resina. Omata et al.
78
(2006)
também afirmaram que alterações cromáticas poderiam ser atribuídas à degradação
82
superficial provocada pelo álcool quando entra em contato com resinas por períodos
prolongados, ocasionando asperização desses materiais. Outra das possíveis
causas da alteração de cor das três resinas estudadas pode ter sido o baixo pH do
VT (3,7). Ademais, o vinho inicia um processo de degradação no momento em que é
exposto a ar e microrganismos, reduzindo ainda mais seu pH (em torno de 2,9),
podendo tornar as superfícies dos corpos-de-prova mais porosas e susceptíveis ao
manchamento. Este possível processo de degradação superficial poderia explicar os
resultados encontrados no segundo período de avaliação, em que foi observada
alteração de cor adicional à do primeiro período.
A solução CA, no primeiro período do estudo (T
0
T
1
),
causou
manchamento em todas as resinas estudadas, porém inferior à provocada por VT,
estando em concordância com os resultados obtidos por Patel et al.
72
(2004).
Büyüyilkmaz e Ruyter
60
, em 1994, demonstraram que após 1000 h de imersão dos
corpos-de-prova de resina acrílica em soluções de café e chá, a solução que
produziu maior alteração foi o café. Estes autores sugeriram que a alteração de cor
foi resultado da adsorção de corantes nos materiais e que o efeito do ácido tânico
presente no chá e no café causou este manchamento. Outros estudos encontraram
alteração da cor de materiais à base de resina acrílica ocasionada pelo café, a qual
foi atribuída à adsorção e à absorção dos corantes, especialmente o amarelo do
café, e sua compatibilidade com polímeros (Um e Reuyter
40
1991). Lai et al.
70
(2003)
afirmaram que ocorreu manchamento clinicamente significativo nos materiais de
silicone e copoliamida, quando armazenados em café por 180 dias. Nos dentes
artificiais de resina acrílica o café também tem causado alteração significativa da cor
(Mutlu-Sagense et al.
68
2001).
A solução CC foi introduzida no presente estudo devido à sua
coloração escura, seu alto consumo pela população e por seu pH ácido,
proporcionado pela presença de ácido fosfórico em sua composição. Neste estudo,
o único material que sofreu manchamento por essa solução foi a resina Transflex,
sendo este manchamento inferior aos das outras soluções. As alterações de cor
induzidas pela solução CC foram, então, dependentes do tipo de material. O
refrigerante ganha sua coloração pela cor do caramelo. O caramelo exibe cores que
vão do amarelo pálido ao marrom escuro e é obtido pelo aquecimento de açúcar ou
glicose em presença de um álcali ou de um ácido mineral Patel et al.
69
(2004).
Trabalhos realizados por Patel et al.
72
(2004), Bagheri et al.
76
(2005), Guler et al.
77
83
(2005) e Türker et al.
49
(2006) não encontraram alterações de cor provocadas por
refrigerantes tipo cola nos diferentes materiais restauradores avaliados.
A solução AD foi utilizada como controle no presente estudo por
apresentar pH próximo do neutro (Gross, Moser
50
1977) e por ser utilizada em vários
estudos de alteração cromática e para verificação do efeito da umidade nos
materiais. Não foi inserido um grupo de corpos-de-prova a seco no presente estudo.
Portanto, embora não se possa dizer que a água não tenha provocado
manchamento, os menores valores de E foram encontrados para esta solução,
como esperado. Entretanto, a alteração água pode ser avaliada pelos critérios de
NBS (Hayashi et al.
56
1974, May et al.
26
1992, Shotwell et al.
59
1992, Satoh et al.
52
1993, Anil et al.
24
1999, Polyzois et al.
35
1997, Hersek et al.
6
1999). De acordo com
estes escores, para todos os períodos de imersão examinados foram encontrados
valores de alteração cromática para a água classificados como “alterações leves”,
portanto não detectáveis a olho nu. Diversos estudos demonstraram que as
alterações de cor dos materiais poliméricos, quando imersos em diversos meios
corantes podem ser atribuídas à absorção da água contida nesses meios (Khan et
al.
39
1987, Sham et al.
74
2004, Bagheri et al.
76
2005). Buyukyilmaz e Ruyter
60
(1994)
avaliaram sete resinas para base de próteses verificando absorção de água de 2,5%
a 3,5% do volume total dos corpos-de-prova, além de alteração na estabilidade de
cor. Também foi abordado em um estudo que a água causou degradação química
por hidrólise, provocando a formação de poros na superfície dos compósitos
(Bagheri et al.
76
2005). As pequenas alterações ocorridas neste estudo podem estar
relacionadas com absorção da água nos materiais utilizados. Alterações de cor
estatisticamente significativas foram encontradas ao longo do tempo em água por
Keyf e Etikam
71
(2004). Os resultados de Lai et al.
70
(2003) também estão de acordo
com os do presente estudo, uma vez que verificaram que os materiais utilizados
para gengiva artificial em próteses dentais demonstraram estabilidade de cor em
água.
Tem sido observado que os materiais poliméricos sofrem maior ou
menor manchamento principalmente devido a composição química (Hersek et al.
6
1999), características superficiais (Ma Tsun
38
1997), alta absorção de água,
desenvolvimento de superfícies rugosas após períodos curtos de tempo (Hersek et
al.
6
1999), polaridade (May et al.
26
1992), monômero residual (May et al.
28
1996) e
porosidades (Compagnoni et al.
29
2004).
Hersek et al.
6
(1999), após avaliarem a
84
estabilidade de cor de cinco resinas acrílicas para base de próteses em três
corantes presentes em alimentos, chegaram às conclusões de que Lucitone
apresentou maiores alterações de cor em eritrozina, Lucitone e QC-20 em tartrazina
e QC-20, em amarelo sunset. As resinas acrílicas possuem a mesma base química
estrutural, contendo pequenas diferenças nos seus agentes de ligação cruzada,
plastificantes e pigmentos, as quais poderiam alterar sua hidrofilidade (Hersek et al.
6
1999), e ser a explicação das pequenas diferenças de alteração de cor verificadas
nas duas resinas acrílicas termopolimerizáveis utilizadas neste estudo (Figura 24). A
resina de polimetil metacrilato utilizada para base de prótese tem atração por
pigmentos solúveis em água na sua superfície, podendo ocorrer manchamento,
devido às cargas eletrostáticas (Hersek et al.
6
1999). Especificamente com relação
ao náilon, Hargreaves
18
(1971) concluiu que o de tipo 610, por apresentar maior
espaçamento na disposição dos grupos amidas dentro de sua estrutura polimérica,
absorve menor quantidade de água em comparação com os náilons 6, 66 e o
polimetilmetacrilato. Alguns materiais utilizados na confecção de base de próteses
possuem Grilamide (náilon 12), semelhante à resina termoplástica injetável utilizada
neste trabalho, o qual por ter cadeias longas de metileno e relativo baixo ponto de
fusão, apresenta pequenos níveis de absorção de água (Hargreaves
18
1971). Apesar
disso, no presente trabalho, a resina Transflex apresentou altos níveis de
manchamento, o que poderia estar associado mais à adsorção de corantes a sua
superfície do que à sua absorção.
Contaminação de materiais, insuficiente higiene oral, hábitos de
dieta e deficiente polimento (Um, Reuyter
40
1991, Khokhar et al.
58
1991) são fatores
que predispõem à alteração da cor de materiais odontológicos. Gross e Moser
50
(1977) verificaram que polimentos com lixa (granulação 350 a 600) e tira de poliéster
não alteraram as propriedades de manchamento por café e chá de resinas
compostas. Entretanto, Hayashi et al.
56
(1974) avaliaram a tendência de várias
resinas à descoloração, utilizando diversos tipos de polimento em diferentes tempos
e chegaram à conclusão que alterações significativas de cor foram encontradas nos
corpos-de-prova que receberam polimento aos 15 min em relação aos corpos-de-
prova que o receberam às 48 horas. Patel et al.
72
(2004) determinaram a
estabilidade de cor usando três tipos de tratamento superficial (diferentes lixas, placa
diamantada ou sem polimento), chegando à conclusão que os tratamentos de
polimento e imersão em soluções afetaram o manchamento das superfícies dos
85
materiais dentais à base de resina. No presente estudo, as duas resinas acrílicas
termopolimerizáveis estudadas foram submetidas ao mesmo tipo de acabamento e
polimento, considerados padrão para este tipo de material. Já para a resina
termoplástica, foi utilizado o polimento recomendado pelo seu fabricante, o que
poderia ter acarretado diferença nas características superficiais entre os grupos,
como por exemplo na rugosidade. Isto poderia ser um dos fatores a promoverem o
maior manchamento da resina Transflex quando comparada com os outros
materiais.
No presente estudo, foi utilizado espectrofotômetro de reflectância
(Varian Cary 100), iluminante D-65 (Scotti et al.
62
1997), espectro no intervalo de
360 nm a 830 nm, espaço de cor CIE-L*a*b* e ângulo de observador de 10º (Scotti
et al.
62
1997) para determinar a alteração cromática das resinas. A metodologia deste
trabalho está de acordo com estudos que utilizaram o sistema de avaliação
espectrofotométrica expressando os dados em coordenadas CIE-L*a*b*, objetivando
a exatidão dos resultados (Khokhar et al.
58
1991) e a aproximação de sua análise
com a percepção visual da cor pelo olho humano (Um, Ruyter
40
1991). Este sistema
representa as três dimensões do espaço da cor tendo componentes de luminosidade
e de matiz (Paul et al.
48
2002, Shotwell et al.
59
1992, Satoh et al.
52
1993, Polyzois et
al.
35
1997, Horn et al.
47
1998, Millstein et al.
63
1998, Hersek et al.
6
1999, Sham et
al.
74
2004, Stober et al.
66
2001). Este modelo considera que a alteração de cor
aceitável clinicamente situa-se em valores até E = 3,3, embora este valor não
devesse ser rígido, uma vez que a aceitabilidade depende da aplicação clínica (Um,
Ruyter
40
1991, Keyf, Etikam
71
2004). Entretanto, os critérios da USPHS (Serviço de
Saúde Pública Americana) ampliam os limites da aceitabilidade clínica para um E
entre 2,2 e 4,4, (Johnston, Kao
42
1989). De acordo com os valores fornecidos pela
NBS, as alterações da cor detectáveis ao olho humano são verificadas a partir de
um E de 3,3 (Shotwell et al.
59
1992, Polyzois et al.
35
1997, Anil et al.
24
1999,
Hayashi et al.
56
1974, Satoh et al.
52
1993, Hersek et al.
6
1999, May et al.
26
1992). Os
valores devem ser avaliados considerando-se as restrições relacionadas à
metodologia, ou seja, mesmo que os valores de alteração de cor ultrapassem os
limites clinicamente aceitáveis, isto não significa que o material deva ser contra-
indicado, porém, é importante que se conheça suas limitações (Samra
73
2004). Os
dados obtidos neste estudo situaram-se entre 0,30 e 11,32 nos diferentes tempos e
soluções estudados demonstrando, segundo os critérios da National Bureau of
86
Standard (NBS), desde “traços de alteração” até “alterações extremadamente
marcantes” ao olho humano.
Existem diferenças entre os estudos que utilizam a metodologia de
espectrofotometria no que se refere ao fundo (anteparo) utilizado para a avaliação
de cor. Neste estudo, os corpos-de-prova foram posicionados sobre um fundo que
apresentava cor branco universal por ter 100% de reflectância das cores sem
interferir na obtenção dos dados. Diversos estudos têm utilizado fundo branco na
realização das leituras (Powers et al.
57
1978, Polyzois et al.
35
1997, Hersek et al.
6
1999, Liberman et al.
12
1995, Guler et al.
77
2005, Anil et al.
24
1999, Ikeda et al.
55
2005). Outros estudos utilizaram fundos pretos com o fim de simular a cavidade oral
(Okubo et al.
53
1998, Vichi et al.
75
2004, Uchida et al.
64
1998). No estudo realizado
por Millstein et al.
63
(1998) foram utilizados como fundos, diferentes cores de resina
para base de próteses com o fim de analisar o efeito da cor da base sobre a cor dos
dentes artificiais. Independentemente da cor que apresente o fundo utilizado para a
mensuração de cor, é importante ressaltar que o mesmo fundo deverá ter sido
previamente utilizado para a realização da calibração do equipamento. Dessa forma,
fundos de cor branco universal são considerados pela técnica como 100% de
reflectância e fundos pretos, 0%.
O tempo de imersão tem sido considerado importante como causa
de alteração da cor. Neste estudo foi observada maior alteração de cor até os
primeiros 15 dias de imersão (T
0
T
1
)
nos alimentos líquidos. Igualmente, foi
observada alteração de cor estatisticamente significante nos períodos de 15 a 30
dias (T
1
T
2
), com a solução VT em todas as resinas estudadas, quando comparada
com a solução controle (AD). No estudo realizado por Satoh et al.
52
(1993) foi
encontrada alteração da cor nos dentes artificiais na quarta semana de imersão nas
soluções utilizadas. Patel et al.
72
(2004) avaliaram a cor de resinas compostas e
encontraram que a maioria das alterações da cor ocorreu a partir do segundo dia de
imersão em água e do sétimo dia de imersão em vinho. Stober et al.
66
em (2001),
encontraram diferenças significativas entre o manchamento ocorrido em até oito
semanas, verificando que há efeito menor, porém cumulativo em todo o período. De
acordo com Guler et al.
77
(2005) a imersão ininterrupta de um corpo-de-prova em
café durante 24 h equivalem a 30 dias de consumo diário da bebida. Assim, o tempo
total de imersão utilizado no presente estudo corresponderia a 2,5 anos de consumo
da bebida, o que equivale a metade do tempo útil de uma prótese total (Lombardi,
87
budtz-jorgensen
34
1996). Levando-se em consideração somente o manchamento, o
fato de as três resinas estudadas terem sofrido alterações de cores perceptíveis ao
olho humano ainda no primeiro período de imersão (15 dias) poderia comprometer a
utilização de próteses pelos pacientes, reduzindo-a para um quarto do seu tempo
médio. Na literatura pesquisada, não foi encontrada equivalência do tempo de
imersão com o tempo de consumo dos outros alimentos líquidos testados no
presente estudo, o que impediu a realização de comparações.
Dentro das limitações deste estudo in vitro, encontram-se a falta de
padronização de polimento entre os materiais estudados e a não substituição
periódica das soluções de imersão. Sugere-se que novos estudos sejam realizados
para que se estabeleça correlação entre a metodologia empregada e a
aplicabilidade clínica, utilizando resinas para bases de próteses com diferentes
métodos de polimerização e polimento, verificação e controle do pH das soluções de
imersão, com sua substituição periódica, comparação entre diferentes métodos de
avaliação colorimétrica, a simulação de métodos de higienização, tais como
escovação, a utilização de saliva artificial ao invés de água destilada como grupo
controle e a inserção de um grupo controle com corpos-de-prova a seco.
7 CONCLUSÕES
De acordo com a metodologia proposta, dentro das limitações do
presente estudo e com base nos resultados obtidos, pôde-se concluir que:
O alimento líquido que causou maior alteração da cor foi o vinho
tinto, de forma continuada até a finalização do período
experimental.
O café promoveu alterações na cor dos materiais estudados,
embora estas alterações tenham sido inferiores às do vinho
tinto.
As alterações de cor promovidas pelo vinho tinto e pelo café
foram consideradas detectáveis ao olho humano, segundo os
critérios da NBS.
A resina Transflex sofreu alterações cromáticas promovidas pelo
refrigerante de cola no primeiro período de imersão.
Todas as resinas de base sofreram alteração de cor em alguma
das soluções estudadas, na seguinte ordem crescente: Vipi Cril,
Lucitone e Tranflex.
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Ponta Grossa. Faculdade de Odontologia, Universidade Estadual de Ponta
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97
APÊNDICE A
Valores originais das leituras de cor.
98
Tabela A1. Valores originais das leituras de cor (coordenada L*) para os corpos-de-prova da resina
Vipi-Cril imersos em CC nos tempos T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
58,78
57,78 58,18
2
59,16 58,02 57,62
3
58,31 57,93 57,17
4
57,99 57,30 57,16
5
58,77 58,51 58,12
6
59,56 58,85 58,48
7
59,28 58,58 58,16
8
58,67 58,26 58,34
9
59,27 59,21 59,26
10
58,86 58,27 58,05
Tabela A2. Valores originais das leituras de cor (coordenada L*) para os corpos-de-prova da resina
Vipi-Cril imersos em VT nos tempos T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
58,91 56,08 52,02
2
58,36 55,33 50,92
3
58,59 55,12 51,51
4
58,51 56,46 52,33
5
58,32 54,97 50,39
6
57,45 54,96 50,25
7
60,30 56,98 50,21
8
58,44 55,64 50,45
9
58,49 56,67 52,05
10
58,09 56,31 51,42
Tabela A3. Valores originais das leituras de cor (coordenada L*) para os corpos-de-prova da resina
Vipi-Cril imersos em CA nos tempos T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
59,75 59,08 59,13
2
60,66 58,43 58,28
3
59,06 58,00 58,18
4
60,46 59,97 58,62
5
59,82 57,87 58,43
6
59,32 57,95 58,19
7
61,02 60,37 60,14
8
58,83 57,97 57,42
9
59,83 57,99 57,94
10
59,86 58,63 58,48
99
Tabela A4. Valores originais das leituras de cor (coordenada L*) para os corpos-de-prova da resina
Vipi-Cril imersos em AD nos tempos de T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
68,46 68,15
69,09
2
67,02 67,00 67,18
3
66,13 65,94 66,71
4
65,57 65,30 65,83
5
65,74 65,60 66,21
6
65,24 64,97 65,76
7
65,47 65,11 65,68
8
67,81 67,31 67,90
9
65,39 65,11 65,52
10
68,85
67,80 68,83
Tabela A5. Valores originais das leituras de cor (coordenada a*) para os corpos-de-prova da resina
Vipi-Cril imersos em CC nos tempos de T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
23,04 23,48
23,01
2
23,35 23,63 23,53
3
22,90 22,90 22,54
4
24,09 23,95 23,89
5
23,75 23,39 23,41
6
24,07 24,44 24,40
7
24,70 24,62 24,60
8
23,95 23,73 23,53
9
25,06 24,53 23,54
10
23,88 23,85 23,61
Tabela A6. Valores originais das leituras de cor (coordenada a*) para os corpos-de-prova da resina
Vipi-Cril imersos em VT nos tempos de T
0
, T
1
e T
2
.
Corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
24,16 20,83 18,21
2
23,96 20,04 17,02
3
23,69 20,09 17,75
4
23,46 19,95 17,24
5
24,11 20,80 17,34
6
23,77 20,00 16,62
7
23,36 20,22 16,32
8
23,56 20,16 16,39
9
24,57 21,79 18,06
10
25,16 22,24 18,10
100
Tabela A7. Valores originais das leituras de cor (coordenada a*) para os corpos-de-prova da resina
Vipi-Cril imersos em CA nos tempos de T
0
, T
1
e T
2
Corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
23,60 23,20 23,20
2
22,04 22,83 22,71
3
23,04 22,48 22,09
4
24,01 22,80 23,54
5
23,73 21,09 22,93
6
23,33 22,77 22,36
7
24,27 23,16 23,21
8
23,73 22,85 22,66
9
23,20 22,77 22,69
10
23,44 22,66 22,82
Tabela A8. Valores originais das leituras de cor (coordenada a*) para os corpos-de-prova da resina
Vipi-Cril imersos em AD nos tempos de T
0
, T
1
e T
2
Corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
16,84 17,01 16,64
2
17,12 17,10 16,90
3
16,98 16,96 16,36
4
17,42 17,47 17,12
5
16,71 16,51 16,26
6
17,18 17,27 16,80
7
16,77 16,70 16,28
8
16,84 17,00 16,53
9
17,08 17,26 16,96
10
15,81
15,54 15,99
Tabela A9. Valores originais das leituras de cor (coordenada b*) para os corpos-de-prova da resina
Vipi-Cril imersos em CC nos tempos de T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
11,87 12,63
12,38
2
11,80 12,37 12,24
3
11,32 11,85 12,03
4
11,88 12,42 12,29
5
12,33 12,53 12,49
6
11,63 12,40 12,45
7
11,96 12,39 12,14
8
11,30 11,67 11,56
9
11,62 11,49 11,50
10
11,75 12,19 12,12
101
Tabela A10. Valores originais das leituras de cor (coordenada b*) para os corpos-de-prova da resina
Vipi-Cril imersos em VT nos tempos de T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
11,56 9,30 8,61
2
11,62 9,07 7,87
3
12,12 9,51 8,39
4
12,12 9,24 8,31
5
11,95 9,68 8,23
6
11,68 8,94 7,87
7
11,10 9,05 7,81
8
11,72 9,12 7,78
9
11,67 9,52 8,42
10
12,06 9,83 8,30
Tabela A11. Valores originais das leituras de cor (coordenada b*) para os corpos-de-prova da resina
Vipi-Cril imersos em CA nos tempos de T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
11,63 11,85 11,78
2
11,36 11,45 11,51
3
11,29 11,55 11,27
4
11,80 11,71 11,75
5
12,36 13,27 12,24
6
11,95 12,11 11,80
7
12,08 12,17 12,06
8
12,04 12,10 12,13
9
12,35 12,38 12,28
10
11,88 12,06 11,87
Tabela A12. Valores originais das leituras de cor (coordenada b*) para os corpos-de-prova da resina
Vipi-Cril imersos em AD nos tempos de T
0
, T
1
e T
2
.
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
7,83 7,95 7,67
2
7,61 7,64 7,43
3
7,12 7,16 6,71
4
7,23 7,25 7,00
5
7,53 7,51 7,27
6
7,30 7,37 7,02
7
7,03 7,01 6,73
8
7,69 7,78 7,50
9
7,25 7,38 7,14
10
7,17
7,09 7,20
102
Tabela 13. Valores originais das leituras de cor (coordenada L*) para os corpos-de-prova da resina
Lucitone imersos em CC nos tempos de T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
60,71 60,15 60,05
2
61,92 61,33 61,38
3
60,46 59,19 59,44
4
60,74 60,27 60,00
5
62,03 61,29 61,01
6
60,76 60,06 59,91
7
60,33 59,45 59,33
8
62,42 60,85 60,80
9
61,21 60,60 60,17
10
60,60 60,02 59,63
Tabela A14. Valores originais das leituras de cor (coordenada L*) para os corpos-de-prova do
resina Lucitone imersos em VT nos tempos de T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
59,83 57,02 51,33
2
60,15 57,00 51,04
3
61,29 58,35 51,43
4
60,84 58,06 53,62
5
62,82 57,20 50,17
6
60,82 57,48 51,32
7
59,70 56,14 50,06
8
61,23 56,71 49,28
9
60,30 58,16 52,75
10
61,26 58,69 52,19
Tabela A15. Valores originais das leituras de cor (coordenada L*) para os corpos-de-prova do
resina Lucitone imersos em CA nos tempos de T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
61,59 60,83 60,23
2
61,08 59,59 59,12
3
61,64 60,33 60,06
4
61,93 58,79 58,75
5
59,84 58,86 58,26
6
61,68 59,64 58,59
7
60,30 59,69 59,42
8
60,02 58,66 58,22
9
61,80 59,63 59,55
10
60,89 59,91 58,97
103
Tabela A16. Valores originais das leituras de cor (coordenada L*) para os corpos-de-prova do
resina Lucitone imersos em AD nos tempos T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
60,26 60,30 60,20
2
61,68 61,90 61,97
3
62,73 62,57 62,39
4
63,82 63,94 63,30
5
61,18 60,76 60,65
6
60,42 60,28 61,44
7
63,01 63,43 62,83
8
62,49 62,81 62,66
9
63,81 63,18 62,91
10
60,88 60,99 61,32
Tabela A17. Valores originais das leituras de cor (coordenada a*) para os corpos-de-prova da resina
Lucitone nos tempos imersos em CC de T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
23,12 22,45 22,41
2
20,94 21,43 21,08
3
22,98 22,80 22,68
4
23,02 23,00 22,94
5
21,79 21,81 21,81
6
22,38 22,17 22,20
7
23,22 23,17 23,16
8
21,30 21,67 21,68
9
23,10 22,77 22,11
10
22,52 22,62 22,61
Tabela A18. Valores originais das leituras de cor (coordenada a*) para os corpos-de-prova da resina
Lucitone imersos em VT nos tempos de T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
22,86 20,61 16,95
2
22,95 20,89 17,36
3
22,66 20,95 17,39
4
22,83 19,98 17,38
5
21,96 19,16 16,24
6
22,76 20,15 16,98
7
23,57 20,00 16,95
8
22,54 17,94 15,14
9
23,13 21,32 18,15
10
22,30 20,47 17,25
104
Tabela A19. Valores originais das leituras de cor (coordenada a*) para os corpos-de-prova da
resina Lucitone imersos em CA nos tempos T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
22,82 22,13 21,06
2
22,42 21,45 21,64
3
21,70 21,84 21,91
4
20,89 20,25 21,40
5
23,07 22,22 22,02
6
21,50 19,57 20,97
7
23,09 22,11 22,13
8
23,31 21,78 21,92
9
22,39 21,23 21,28
10
23,05 21,90 22,08
Tabela A20. Valores originais das leituras de cor (coordenada a*) para os corpos-de-prova do
material Lucitone imersos em AD nos tempos de T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
23,02 22,69 22,34
2
22,35 21,72 21,23
3
20,51 21,15 20,42
4
21,49 21,25 21,79
5
21,79 22,14 21,88
6
21,77 21,77 20,52
7
22,09 22,05 22,60
8
21,36 21,35 21,32
9
22,52 22,82 22,78
10
22,89 22,83 22,05
Tabela A21. Valores originais das leituras de cor (coordenada b*) para os corpos-de-prova do
material Lucitone imersos em CC nos tempos T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
10,81 10,61 10,62
2
9,92 9,82 9,95
3
10,63 10,52 10,30
4
10,43 10,63 10,53
5
10,31 10,62 10,62
6
10,66 10,54 10,62
7
10,65 10,48 10,49
8
9,30 10,86 10,57
9
10,88 10,80 10,55
10
10,12 10,47 10,41
105
Tabela A22. Valores originais das leituras de cor (coordenada b*) para os corpos-de-prova do
material Lucitone imersos em VT nos tempos de T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
10,40 8,70 7,28
2
10,67 8,53 7,32
3
11,16 9,34 7,48
4
10,50 8,05 7,96
5
10,54 8,22 7,41
6
10,56 8,49 7,35
7
10,47 8,13 6,88
8
10,04 7,21 6,84
9
10,81 9,29 7,64
10
10,42 8,91 7,34
Tabela A23. Valores originais das leituras de cor (coordenada b*) para os corpos-de-prova do
material Lucitone imersos em CA nos tempos T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
10,84 10,75 10,90
2
10,77 11,06 11,04
3
10,80 11,48 11,38
4
10,20 11,71 10,95
5
10,56 10,59 10,67
6
10,16 10,97 11,65
7
10,92 11,03 10,99
8
10,72 10,46 10,53
9
11,67 11,36 11,51
10
11,05 11,17 10,82
Tabela A24. Valores originais das leituras de cor (coordenada b*) para os corpos-de-prova do
material Lucitone imersos em AD nos tempos T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
10,59 10,39 10,27
2
10,21 9,97 9,44
3
9,47 10,08 9,51
4
10,43 10,14 10,54
5
9,39 9,68 9,48
6
9,78 9,75 9,72
7
10,86 10,98 11,25
8
10,04 10,05 10,07
9
10,49 10,84 10,90
10
10,86 10,92 10,72
106
Tabela A25. Valores originais das leituras de cor (coordenada L*) para os corpos-de-prova da resina
Transflex imersos em CC nos tempos T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
62,57 62,14 61,25
2
61,92 60,78 60,25
3
61,23 59,48 58,52
4
62,65 60,61 59,81
5
61,96 60,92 60,86
6
61,35 60,91 60,09
7
64,82 64,41 63,99
8
64,68 64,30 63,71
9
62,22 62,61 60,92
10
62,73
62,10
61,86
Tabela A26. Valores originais das leituras de cor (coordenada L*) para os corpos-de-prova do
material Transflex imersos em VT nos tempos de T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
61,31 56,85 50,67
2
62,09 57,09 51,02
3
64,12 57,55 50,51
4
63,53 55,72 49,43
5
62,76 56,80 50,41
6
61,84 56,93 51,75
7
61,24 56,35 49,06
8
62,50 56,39 49,08
9
61,85 56,43 49,67
10
61,83 56,05 48,81
Tabela A27. Valores originais das leituras de cor (coordenada L*) para os corpos-de-prova do
material Transflex imersos em CA nos tempos T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
61,58 60,14 59,52
2
62,95 59,96 59,23
3
61,43 58,58 58,67
4
63,28 61,09 58,96
5
62,79 60,80 60,14
6
62,93 60,97 60,28
7
62,66 59,75 60,77
8
63,36 60,42 60,77
9
63,89 61,89 61,15
10
62,19 59,93 59,25
107
Tabela A28. Valores originais das leituras de cor (coordenada L*) para os corpos-de-prova do
material Transflex imersos em AD nos tempos T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
62,78 61,68 61,05
2
64,96 65,12 64,69
3
63,53 63,46 62,88
4
62,74 62,97 62,53
5
62,39 61,78 61,44
6
64,76 64,88 64,54
7
61,25 61,61 61,43
8
62,63 62,74 62,29
9
62,76 62,57 62,18
10
62,39 62,67 61,99
Tabela A29. Valores originais das leituras de cor (coordenada a*) para os corpos-de-prova da resina
Transflex imersos em CC nos tempos T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
9,98 9,85 9,93
2
9,30 9,50 9,32
3
10,76 10,44 10,20
4
10,17 9,77 9,80
5
10,16 9,94 9,93
6
10,27 10,20 10,22
7
8,20 8,00 8,06
8
7,42 7,13 7,38
9
9,06 9,12 9,04
10
8,77 8,65 8,56
Tabela A30. Valores originais das leituras de cor (coordenada a*) para os corpos-de-prova do
material Transflex imersos em VT nos tempos T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
10,41 10,09 10,52
2
9,54 9,77 10,19
3
7,68 7,88 9,39
4
9,38 9,66 10,21
5
9,25 9,35 10,08
6
9,83 9,68 9,77
7
10,19 9,84 10,27
8
10,11 9,60 10,31
9
10,17 9,70 10,08
10
10,55 9,67 9,95
108
Tabela A31. Valores originais das leituras de cor (coordenada a*) para os corpos-de-prova do
material Transflex imersos em CA nos tempos T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
9,81 9,17 9,24
2
8,58 8,12 8,03
3
9,78 9,26 9,37
4
9,41 8,98 9,31
5
9,50 9,37 9,39
6
10,03 9,47 9,54
7
9,23 8,20 8,48
8
10,10 9,09 9,14
9
9,04 8,78 8,46
10
8,68 8,25 8,52
Tabela A32. Valores originais das leituras de cor (coordenada a*) para os corpos-de-prova do
material Transflex imersos em AD nos tempos T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
9,89 9,47 9,66
2
8,66 8,03 8,15
3
9,46 9,19 9,31
4
9,37 9,30 9,45
5
8,90 8,77 9,01
6
8,21 8,07 7,96
7
10,34 10,00 10,20
8
9,03 8,82 8,82
9
9,99 9,60 9,60
10
9,28 9,03 9,17
Tabela A33. Valores originais das leituras de cor (coordenada b*) para os corpos-de-prova da resina
Transflex imersos em CC nos tempos T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
6,67 7,80 7,97
2
6,72 7,90 8,17
3
7,41 8,12 8,24
4
7,70 8,38 8,65
5
7,40 8,28 8,60
6
6,66 7,57 7,68
7
5,63 6,27 7,47
8
6,06 6,88 7,36
9
6,75 8,33 8,35
10
6,12 7,06 7,15
109
Tabela A34. Valores originais das leituras de cor (coordenada b*) para os corpos-de-prova do
material Transflex imersos em VT nos tempos T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
7,18 7,59 6,88
2
6,69 7,44 6,75
3
6,36 7,15 7,12
4
7,69 6,68 6,64
5
6,98 7,21 6,85
6
6,72 7,14 5,88
7
6,61 7,00 6,28
8
6,94 7,20 6,78
9
7,06 6,97 6,27
10
7,95 6,53 6,16
Tabela A35. Valores originais das leituras de cor (coordenada b*) para os corpos-de-prova do
material Transflex imersos em CA nos tempos T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
6,56 8,39 8,96
2
6,66 8,87 9,22
3
6,68 9,39 9,96
4
6,68 9,53 9,52
5
6,50 9,09 9,22
6
6,89 9,03 9,31
7
6,61 7,77 8,23
8
6,97 8,90 8,65
9
6,62 9,03 8,95
10
6,72 8,59 9,54
Tabela A36. Valores originais das leituras de cor (coordenada b*) para os corpos-de-prova do
material Transflex imersos em AD nos tempos T
0
, T
1
e T
2
corpos-de-prova T
0
T
1
T
2
1
7,00 6,82 7,10
2
6,02 5,84 6,12
3
6,49 6,37 6,57
4
6,18 6,26 6,45
5
7,32 7,22 7,50
6
5,79 5,95 6,01
7
6,92 6,94 7,06
8
6,43 6,40 6,53
9
7,05 6,93 7,01
10
7,46 7,46 7,55
110
APÊNDICE B
Resultados das análises de variância.
111
Tabela B1. Resultados da análise de variância de 2 fatores de E T
0
T
1
das resinas
para base de próteses.
Fonte
gl
SQ MQ F
P
Solução de
imersão (A)
3,0 3,93.5 131,2 300,21 < 0,0001
Resinas (B) 2,0 14,46 7,229 16,55 < 0,0001
A x B 6,0 8,377 1,396 3,20 0,0063
Erro 108 47,18 0,4369
Total 119,0 463,5
gl, graus de liberdade; SQ, soma dos quadrados; MQ, média quadrática.
Tabela B2. Resultados da análise de variância de 2 fatores de E T
0
T
2
das resinas
para base de próteses.
Fonte
gl
SQ MQ F
P
Solução de
imersão (A)
3,0 2288 762,8 1155,96 < 0,0001
Resinas (B) 2,0 31,28 15,64 23,70 < 0,0001
A x B 6,0 14,99 2,498 3,79 0,0018
Erro 108 71,27 0,6599
Total 119,0 2406
gl, graus de liberdade; SQ, soma dos quadrados; MQ, média quadrática.
Tabela B3. Resultados da análise de variância de 2 fatores de E T
1
T
2
das resinas
para base de próteses.
Fonte
gl
SQ MQ F
P
Solução de
imersão (A)
3,0 770,6 256,9 825,84 < 0,0001
Resinas (B) 2,0 2,030 1,015 3,26 0,0421
A x B 6,0 7,562 1,260 4,05 0,0011
Erro 108 33,59 0,3110
Total 119,0 813,8
gl, graus de liberdade; SQ, soma dos quadrados; MQ, média quadrática.
112
APÊNDICE C. Valores do teste de Bonferroni realizado no programa
GraphPad Prism versão 4.03.
113
Bonferroni posttests T
0
T
1
CC E T
0
T
1
vs. VT E T
0
T
1
RESINAS CC E T
0
T
1
VT E T
0
T
1
Difference 95% CI of diff.
vipi 0.8470 4.978 4.131 3.226 to 5.036
Lucitone 0.9540 4.753 3.799 2.894 to 4.704
Transflex 1.390 5.745 4.355 3.450 to 5.260
RESINAS Difference t P value Summary
vipi 4.131 13.98 P<0.001 ***
Lucitone 3.799 12.85 P<0.001 ***
Transflex 4.355 14.73 P<0.001 ***
CC E T
0
T
1
vs. CA E T
0
T
1
RESINAS CC E T
0
T
1
CA E T
0
T
1
Difference 95% CI of diff.
vipi 0.8470 1.649 0.8020 -0.1030 to 1.707
Lucitone 0.9540 1.928 0.9740 0.06899 to 1.879
Transflex 1.390 3.304 1.914 1.009 to 2.819
RESINAS Difference t P value Summary
vipi 0.8020 2.713 P < 0.05 *
Lucitone 0.9740 3.295 P<0.01 **
Transflex 1.914 6.475 P<0.001 ***
CC E T
0
T
1
vs. AD E T
0
T
1
RESINAS CC E T
0
T
1
AD E T
0
T
1
Difference 95% CI of diff.
vipi 0.8470 0.3800 -0.4670 -1.372 to 0.4380
Lucitone 0.9540 0.4820 -0.4720 -1.377 to 0.4330
Transflex 1.390 0.4830 -0.9070 -1.812 to -0.001995
RESINAS Difference t P value Summary
vipi -0.4670 1.580 P > 0.05 ns
Lucitone -0.4720 1.597 P > 0.05 ns
Transflex -0.9070 3.068 P<0.01 **
114
VT E T
0
T
1
vs. CA E T
0
T
1
RESINAS VT E T
0
T
1
CA E T
0
T
1
Difference 95% CI of diff.
vipi 4.978 1.649 -3.329 -4.234 to -2.424
Lucitone 4.753 1.928 -2.825 -3.730 to -1.920
Transflex 5.745 3.304 -2.441 -3.346 to -1.536
RESINAS Difference t P value Summary
vipi -3.329 11.26 P<0.001 ***
Lucitone -2.825 9.557 P<0.001 ***
Transflex -2.441 8.258 P<0.001 ***
VT E T
0
T
1
vs. AD E T
0
T
1
RESINAS VT E T
0
T
1
AD E T
0
T
1
Difference 95% CI of diff.
vipi 4.978 0.3800 -4.598 -5.503 to -3.693
Lucitone 4.753 0.4820 -4.271 -5.176 to -3.366
Transflex 5.745 0.4830 -5.262 -6.167 to -4.357
RESINAS Difference t P value Summary
vipi -4.598 15.56 P<0.001 ***
Lucitone -4.271 14.45 P<0.001 ***
Transflex -5.262 17.80 P<0.001 ***
CA E T
0
T
1
vs. AD E T
0
T
1
RESINAS CA E T
0
T
1
AD E T
0
T
1
Difference 95% CI of diff.
vipi 1.649 0.3800 -1.269 -2.174 to -0.3640
Lucitone 1.928 0.4820 -1.446 -2.351 to -0.5410
Transflex 3.304 0.4830 -2.821 -3.726 to -1.916
RESINAS Difference t P value Summary
vipi -1.269 4.293 P<0.001 ***
Lucitone -1.446 4.892 P<0.001 ***
Transflex -2.821 9.544 P<0.001 ***
115
Bonferroni posttests T
0
T
2
CC E T
0
T
2
vs. VT E T
0
T
2
RESINAS CC E T
0
T
2
VT E T
0
T
2
Difference 95% CI of diff.
vipi 1.107 10.62 9.509 8.397 to 10.62
Lucitone 1.095 11.61 10.51 9.399 to 11.62
Transflex 2.033 12.31 10.28 9.167 to 11.39
RESINAS Difference t P value Summary
vipi 9.509 26.17 P<0.001 ***
Lucitone 10.51 28.93 P<0.001 ***
Transflex 10.28 28.29 P<0.001 ***
CC E T
0
T
2
vs. CA E T
0
T
2
RESINAS CC E T
0
T
2
CA E T
0
T
2
Difference 95% CI of diff.
vipi 1.107 1.616 0.5090 -0.6033 to 1.621
Lucitone 1.095 2.299 1.204 0.09172 to 2.316
Transflex 2.033 3.823 1.790 0.6777 to 2.902
RESINAS Difference t P value Summary
vipi 0.5090 1.401 P > 0.05 ns
Lucitone 1.204 3.314 P<0.01 **
Transflex 1.790 4.927 P<0.001 ***
CC E T
0
T
2
vs. AD E T
0
T
2
RESINAS CC E T
0
T
2
AD E T
0
T
2
Difference 95% CI of diff.
vipi 1.107 0.5180 -0.5890 -1.701 to 0.5233
Lucitone 1.095 0.8100 -0.2850 -1.397 to 0.8273
Transflex 2.033 0.6540 -1.379 -2.491 to -0.2667
RESINAS Difference t P value Summary
vipi -0.5890 1.621 P > 0.05 ns
Lucitone -0.2850 0.7845 P > 0.05 ns
Transflex -1.379 3.796 P<0.001 ***
116
VT E T
0
T
2
vs. CA E T
0
T
2
RESINAS VT E T
0
T
2
CA E T
0
T
2
Difference 95% CI of diff.
vipi 10.62 1.616 -9.000 -10.11 to -7.888
Lucitone 11.61 2.299 -9.307 -10.42 to -8.195
Transflex 12.31 3.823 -8.489 -9.601 to -7.377
RESINAS Difference t P value Summary
vipi -9.000 24.77 P<0.001 ***
Lucitone -9.307 25.62 P<0.001 ***
Transflex -8.489 23.37 P<0.001 ***
VT E T
0
T
2
vs. AD E T
0
T
2
RESINAS VT E T
0
T
2
AD E T
0
T
2
Difference 95% CI of diff.
vipi 10.62 0.5180 -10.10 -11.21 to -8.986
Lucitone 11.61 0.8100 -10.80 -11.91 to -9.684
Transflex 12.31 0.6540 -11.66 -12.77 to -10.55
RESINAS Difference t P value Summary
vipi -10.10 27.80 P<0.001 ***
Lucitone -10.80 29.72 P<0.001 ***
Transflex -11.66 32.09 P<0.001 ***
CA E T
0
T
2
vs. AD E T
0
T
2
RESINAS CA E T
0
T
2
AD E T
0
T
2
Difference 95% CI of diff.
vipi 1.616 0.5180 -1.098 -2.210 to 0.01428
Lucitone 2.299 0.8100 -1.489 -2.601 to -0.3767
Transflex 3.823 0.6540 -3.169 -4.281 to -2.057
RESINAS Difference t P value Summary
vipi -1.098 3.022 P<0.01 **
Lucitone -1.489 4.099 P<0.001 ***
Transflex -3.169 8.723 P<0.001 ***
117
Bonferroni posttests T
1
T
2
CC E T
1
T
2
vs. VT E T
1
T
2
RESINAS CC E T
1
T
2
VT E T
1
T
2
Difference 95% CI of diff.
vipi 0.4970 5.875 5.378 4.614 to 6.142
Lucitone 0.3230 7.056 6.733 5.969 to 7.497
Transflex 0.8540 6.643 5.789 5.025 to 6.553
RESINAS Difference t P value Summary
vipi 5.378 21.56 P<0.001 ***
Lucitone 6.733 27.00 P<0.001 ***
Transflex 5.789 23.21 P<0.001 ***
CC E T
1
T
2
vs. CA E T
1
T
2
RESINAS CC E T
1
T
2
CA E T
1
T
2
Difference 95% CI of diff.
vipi 0.4970 0.6350 0.1380 -0.6256 to 0.9016
Lucitone 0.3230 0.7920 0.4690 -0.2946 to 1.233
Transflex 0.8540 0.9410 0.08700 -0.6766 to 0.8506
RESINAS Difference t P value Summary
vipi 0.1380 0.5533 P > 0.05 ns
Lucitone 0.4690 1.880 P > 0.05 ns
Transflex 0.08700 0.3488 P > 0.05 ns
CC E T
1
T
2
vs. AD E T
1
T
2
RESINAS CC E T
1
T
2
AD E T
1
T
2
Difference 95% CI of diff.
vipi 0.4970 0.8090 0.3120 -0.4516 to 1.076
Lucitone 0.3230 0.7190 0.3960 -0.3676 to 1.160
Transflex 0.8540 0.5090 -0.3450 -1.109 to 0.4186
RESINAS Difference t P value Summary
vipi 0.3120 1.251 P > 0.05 ns
Lucitone 0.3960 1.588 P > 0.05 ns
Transflex -0.3450 1.383 P > 0.05 ns
118
VT E T
1
T
2
vs. CC E T
1
T
2
RESINAS VT E T
1
T
2
CC E T
1
T
2
Difference 95% CI of diff.
vipi 5.875 0.6350 -5.240 -6.004 to -4.476
Lucitone 7.056 0.7920 -6.264 -7.028 to -5.500
Transflex 6.643 0.9410 -5.702 -6.466 to -4.938
RESINAS Difference t P value Summary
vipi -5.240 21.01 P<0.001 ***
Lucitone -6.264 25.11 P<0.001 ***
Transflex -5.702 22.86 P<0.001 ***
VT E T
1
T
2
vs. AD E T
1
T
2
RESINAS VT E T
1
T
2
AD E T
1
T
2
Difference 95% CI of diff.
vipi 5.875 0.8090 -5.066 -5.830 to -4.302
Lucitone 7.056 0.7190 -6.337 -7.101 to -5.573
Transflex 6.643 0.5090 -6.134 -6.898 to -5.370
RESINAS Difference t P value Summary
vipi -5.066 20.31 P<0.001 ***
Lucitone -6.337 25.41 P<0.001 ***
Transflex -6.134 24.59 P<0.001 ***
CA E T
1
T
2
vs. AD E T
1
T
2
RESINAS CA E T
1
T
2
AD E T
1
T
2
Difference 95% CI of diff.
vipi 0.6350 0.8090 0.1740 -0.5896 to 0.9376
Lucitone 0.7920 0.7190 -0.07300 -0.8366 to 0.6906
Transflex 0.9410 0.5090 -0.4320 -1.196 to 0.3316
RESINAS Difference t P value Summary
vipi 0.1740 0.6976 P > 0.05 ns
Lucitone -0.07300 0.2927 P > 0.05 ns
Transflex -0.4320 1.732 P > 0.05 ns
119
Bonferroni posttests T
0
T
1
VIPI CRIL vs. LUCITONE
SOLUÇÃO VIPI LUCITONE Difference 95% CI of diff.
CC E T
0
T
1
0.8470 0.9540 0.1070 -0.7584 to 0.9724
VT E T
0
T
1
4.978 4.753 -0.2250 -1.090 to 0.6404
CA E T
0
T
1
1.649 1.928 0.2790 -0.5864 to 1.144
AD E T
0
T
1
0.3800 0.4820 0.1020 -0.7634 to 0.9674
SOLUÇÃO Difference t P value Summary
CC E T
0
T
1
0.1070 0.3620 P > 0.05 ns
VT E T
0
T
1
-0.2250 0.7612 P > 0.05 ns
CA E T
0
T
1
0.2790 0.9439 P > 0.05 ns
AD E T
0
T
1
0.1020 0.3451 P > 0.05 ns
VIPI CRIL vs. TRANSFLEX
SOLUÇÃO VIPI TRANSFLEX Difference 95% CI of diff.
CC E T
0
T
1
0.8470 1.390 0.5430 -0.3224 to 1.408
VT E T
0
T
1
4.978 5.745 0.7670 -0.09837 to 1.632
CA E T
0
T
1
1.649 3.304 1.655 0.7896 to 2.520
AD E T
0
T
1
0.3800 0.4830 0.1030 -0.7624 to 0.9684
SOLUÇÃO Difference t P value Summary
CC E T
0
T
1
0.5430 1.837 P > 0.05 ns
VT E T
0
T
1
0.7670 2.595 P < 0.05 *
CA E T
0
T
1
1.655 5.599 P<0.001 ***
AD E T
0
T
1
0.1030 0.3485 P > 0.05 ns
LUCITONE vs. TRANSFLEX
SOLUÇÃO LUCITONE TRANSFLEX Difference 95% CI of diff.
CC E T
0
T
1
0.9540 1.390 0.4360 -0.4294 to 1.301
VT E T
0
T
1
4.753 5.745 0.9920 0.1266 to 1.857
CA E T
0
T
1
1.928 3.304 1.376 0.5106 to 2.241
AD E T
0
T
1
0.4820 0.4830 0.0009999 -0.8644 to 0.8664
SOLUÇÃO Difference t P value Summary
CC E T
0
T
1
0.4360 1.475 P > 0.05 ns
VT E T
0
T
1
0.9920 3.356 P<0.01 **
CA E T
0
T
1
1.376 4.655 P<0.001 ***
AD E T
0
T
1
0.0009999 0.003383 P > 0.05 ns
120
Bonferroni posttests T
0
T
2
VIPI vs. LUCITONE
SOLUÇÃO VIPI LUCITONE Difference 95% CI of diff.
CC E T
0
T
2
1.107 1.095 -0.01200 -1.076 to 1.052
VT E T
0
T
2
10.62 11.61 0.9900 -0.07357 to 2.054
CA E T
0
T
2
1.616 2.299 0.6830 -0.3806 to 1.747
AD E T
0
T
2
0.5180 0.8100 0.2920 -0.7716 to 1.356
SOLUÇÃO Difference t P value Summary
CC E T
0
T
2
-0.01200 0.03303 P > 0.05 ns
VT E T
0
T
2
0.9900 2.725 P < 0.05 *
CA E T
0
T
2
0.6830 1.880 P > 0.05 ns
AD E T
0
T
2
0.2920 0.8038 P > 0.05 ns
VIPI vs. TRANSFLEX
SOLUÇÃO VIPI TRANSFLEX Difference 95% CI of diff.
CC E T
0
T
2
1.107 2.033 0.9260 -0.1376 to 1.990
VT E T
0
T
2
10.62 12.31 1.696 0.6324 to 2.760
CA E T
0
T
2
1.616 3.823 2.207 1.143 to 3.271
AD E T
0
T
2
0.5180 0.6540 0.1360 -0.9276 to 1.200
SOLUÇÃO Difference t P value Summary
CC E T
0
T
2
0.9260 2.549 P < 0.05 *
VT E T
0
T
2
1.696 4.668 P<0.001 ***
CA E T
0
T
2
2.207 6.075 P<0.001 ***
AD E T
0
T
2
0.1360 0.3744 P > 0.05 ns
121
LUCITONE vs. TRANSFLEX
SOLUÇÃO LUCITONE TRANSFLEX Difference 95% CI of diff.
CC E T
0
T
2
1.095 2.033 0.9380 -0.1256 to 2.002
VT E T
0
T
2
11.61 12.31 0.7060 -0.3576 to 1.770
CA E T
0
T
2
2.299 3.823 1.524 0.4604 to 2.588
AD E T
0
T
2
0.8100 0.6540 -0.1560 -1.220 to 0.9076
SOLUÇÃO Difference t P value Summary
CC E T
0
T
2
0.9380 2.582 P < 0.05 *
VT E T
0
T
2
0.7060 1.943 P > 0.05 ns
CA E T
0
T
2
1.524 4.195 P<0.001 ***
AD E T
0
T
2
-0.1560 0.4294 P > 0.05 ns
122
Bonferroni posttests T
1
T
2
VIPI vs. LUCITONE
SOLUÇÃO VIPI LUCITONE Difference 95% CI of diff.
CC E T
1
T
2
0.4970 0.3230 -0.1740 -0.9042 to 0.5562
VT E T
1
T
2
5.875 7.056 1.181 0.4508 to 1.911
CA E T
1
T
2
0.6350 0.7920 0.1570 -0.5732 to 0.8872
AD E T
1
T
2
0.8090 0.7190 -0.09000 -0.8202 to 0.6402
SOLUÇÃO Difference t P value Summary
CC E T
1
T
2
-0.1740 0.6976 P > 0.05 ns
VT E T
1
T
2
1.181 4.735 P<0.001 ***
CA E T
1
T
2
0.1570 0.6295 P > 0.05 ns
AD E T
1
T
2
-0.09000 0.3608 P > 0.05 ns
VIPI vs. TRANSFLEX
SOLUÇÃO VIPI TRANSFLEX Difference 95% CI of diff.
CC E T
1
T
2
0.4970 0.8540 0.3570 -0.3732 to 1.087
VT E T
1
T
2
5.875 6.643 0.7680 0.03782 to 1.498
CA E T
1
T
2
0.6350 0.9410 0.3060 -0.4242 to 1.036
AD E T
1
T
2
0.8090 0.5090 -0.3000 -1.030 to 0.4302
SOLUÇÃO Difference t P value Summary
CC E T
1
T
2
0.3570 1.431 P > 0.05 ns
VT E T
1
T
2
0.7680 3.079 P < 0.05 *
CA E T
1
T
2
0.3060 1.227 P > 0.05 ns
AD E T
1
T
2
-0.3000 1.203 P > 0.05 ns
123
LUCITONE vs. TRANSFLEX
SOLUÇÃO LUCITONE TRANSFLEX Difference 95% CI of diff.
CC E T
1
T
2
0.3230 0.8540 0.5310 -0.1992 to 1.261
VT E T
1
T
2
7.056 6.643 -0.4130 -1.143 to 0.3172
CA E T
1
T
2
0.7920 0.9410 0.1490 -0.5812 to 0.8792
AD E T
1
T
2
0.7190 0.5090 -0.2100 -0.9402 to 0.5202
SOLUÇÃO Difference t P value Summary
CC E T
1
T
2
0.5310 2.129 P > 0.05 ns
VT E T
1
T
2
-0.4130 1.656 P > 0.05 ns
CA E T
1
T
2
0.1490 0.5974 P > 0.05 ns
AD E T
1
T
2
-0.2100 0.8420 P > 0.05 ns
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