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tipos de balões confeccionados desde então: Gottstein, Sippy, Einhorn, Tucker, Browne-
McHardy, Rider Moeller, modelo de Correia Neto, modelo de Pinotti, Mosher, Witzel,
Rigiflex, Montag, entre outros. (Rezende, 1998). Além destes intrumentos, citamos o
dilatador mecânico de Stark (de metal, auto-expansível) e o de Negus (hidrostático,
introduzido por esofagoscopia) (Vantrappen e Hellemans, 1974).
Alguns autores preconizaram o uso de fio guia para facilitar a passagem do balão, sem a
necessidade de acompanhamento por radioscopia (Vantrappen e Hellemans, 1974).
Correia Neto (1934), quem introduziu em nosso país o tratamento do
megaesôfago chagásico por dilatação forçada, idealizou um balão hidrostático artesanal, de
fácil fabricação, renovável, medindo l1,5 cm de comprimento, 40 a 55 mm de diâmentro,
com capacidade de 300 a 350 ml de água e com um fio guia em seu interior que permitia
guiá-lo e fixá-lo na posição desejada sob controle radioscópico.O tempo de insuflação
preconizado era de 1 a 2 minutos.
Segundo Mineiro, o pioneiro da dilatação da cárdia no Brasil, para o tratamento do
megaesôfago chagásico foi Diógenes Magalhães em Uberlândia, Minas Gerais, na década
de 30, mas não houve na época, a comunicação científica deste fato. (Mineiro, 1958).
Paiva de Abreu empregou amplamente a dilatação da cárdia para o tratamento do
megaesôfago (Porto e Porto, 1970) e Freitas Jr obteve 90 % de melhora clínica em 400
casos tratados (Freitas Jr, 1950, apud Porto e Porto, 1970).
Em 1969, Pinotti, em São Paulo, confeccionou um balão hidrostático que permite realizar
dilatações progressivas, sem necessidade de fio condutor ou controle radioscópico. O balão,
com capacidade para 300 ml de água, é inicialmente preenchido com 100 ml de água e a
seguir tracionado, de modo que a parte distal do balão fique ancorada no fundo gástrico; a
seguir, mantendo-se a tração, completa-se o enchimento do balão até 300 ml de água, que
se distende, dilatando a cárdia (Pinotti, 1974).
Uma outra forma de dilatação da cárdia é a endoscópica, realizada com o
paciente em decúbito lateral esquerdo, com sedação adequada, permitindo maior conforto
para o paciente e o acompanhamento de todo o procedimento sob visão endoscópica. Esta
modalidade constitui um método moderno, mais seguro tanto para o paciente quanto para o
realizador do exame e dispensa o uso de radioscopia (Balão de Witzel, modelo de Sakai,
Rigiflex e Montag).